View
7
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
ARTISTAS COMPONENTES DA
·O R Q U ESlRA · VIOLINOS
Anselmo Zlatopolsky (spala) Gian Carlo Pareschí Celio Nogueira Marcelo Pompeu Filho Edmundo M. Bisaggio Cynira R. Millions Octávio Miranda Ilha Fiordaliza Guimarães l'ernando T . Cunha Iracema Cintra Ahrahão ·Chimantvitch Branca C. Cunha Homero Gehnini
· Salomão Rabinovitz N órberto Zuckermann Enilde J otta Jeremias \Vaschitz · Waldemar Spilman Jorge Faini Roberto Domenech Robert Arnauc.l Jury Michelew Alvaro Vetere
·Caetano Bocchetti Ernani Bordinhão Svetoslaw I. Mitikoff Maria Elena Faini Rosina Bessa Júlio Drebtchinsky Dora F . Rabinovitz
VIOLAS
Stefano Passaggio Carmen Boisson Lucano Germano Guido Cantelli Fricis E. Bertulis Felix Cyncynates · Renault P. de Araújo Luiz Eduardo Salles
VIOLONCELOS
Gecrg,es .Bekefi Mário _Tavares Italo RizC?i ' N1colau Hohloff !talo· Babini Erio Vincenzi Luiz F. de Oliveira Ana Bezerra de Mello Devos
CONTRABAIXOS
Antooio Le0pHdi
SjNfONICft
J\laestro Eleazar de Carvalho
Agostino Paglia David Dias de Paiva Anrelio R. dos Santos Geraldo Gomes Dalmo Bonturi Luciano P . Perrotta H enrique Martins
HARPA
Giani Fumagalli
FLAUTAS
Moacyr Liserra Maria do Carmo Cunha Sebastião Tosto
FLAUTIM
Ademar de Souza Lanes
óBOES
Hans Bniitinger Joaquim B. Wanderley
CORNE INGL~S
Augusto Keller
CLARINETES
J ayoleno dos Santos .To sino José Corrêa José Alexandre de Carv3lho
BRASILEIRA CLARONE
José Rosa Ribeiro FAGOTES
Noel Devos Adam Firnekaes Paulo da Costa Br~ga
CONTRA-FAGOTE
Sebast ião S. de Almeida
TROMPAS
~Iarcos Benzaquem Max Jurth Jairo Ribe~ro S::: vino Cattani
TROl'dPETES
Nelson Rangel da Silva Hercules Galastri Gumercindo Melo
TROMBONES
Francisco Nogueira Reis Paulo José de Oliveira Miguel Alves de Azevedo
TUBA
Aprigio L. de Carvalho
TíMPANOS
Harry Miller
PIANO E CELEST A
Werther Politano
PERCUSSÃO
Francisco Gomes de Castro Ângelo Rodrigues da Silva
ARQUIVISTA
Fritz Gottwald
INSPETOR Gumercindo Melo
CHEFE DO SERVIÇO DE TRANSPORTES
Arlindo Castelo Branco
ALOYSIO DE ALENCAR P.
TEATRO 1\'lUNICIPAL
ORQUEST-RA SINFÔNICA
BRASILEIRA
Preside nte: Dr. EUV A~..DO LOD I D!Hl TOH I.RTISTICO E REGENTE TIT ULAn
Maestro ELEAZA R DE CAR VALHO
/
1954 XIV Temporada
NOITE DE GALA
FRANCESA
ORQUESTRA SINfONICA BRASILEIRA
1954 DÉCIMA QUARTA TEMPORADA 1954
CONSELHO DIRETOR:
DP.Remb. Dr. Eduardo Espinola Filho, presidente Luiz Mac Dowell da Costa Dr. Arnaldo Guinle
Desemb. Dr. Leopoldo Duque Estrada Gen. Antônio Coelho dos Reis Sr. Luiz Se,·eriano Ribeiro Dr. Paulo Portugal Dr. Mário Pollo
Prof_ Pedro da Cunha Dr. José G. Bandeira Dr. Alberto Guimarães Dr. Aldo Sant' Ana de Moura
SUPLENTES:
Dr. Ivo Magalhães Dr. Oswaldo Riso Dr. Luiz Ferreira Guimarães
COMISSÃO FISCAL:
úr. José Maia de Carvalho Orlanuo Guimarãe::-Oswaldo Pinto de Queiroz
DIRETORIA:
Dr. Euvaldo Locli, presidente D1·. Má1ic Pollo, vice-presidente
Maestr-o Eleazar ele Cet1"1'alho, clir-etor- artístico Dr. José Rego Costa, 1.0 secretário
Fe1·nanclo Robles, 2. 0 sec1·etário Fritz da Cânwra Luchsinger, 1.0 t esou1·eiro
Carlos da Costa Guinuwães, 2 .0 tesom·ei?·o
Redator Musical: Dr. Guilherme de Figueiredo
End.: Av. Rio Branco, 137, 8.0 and., salas 803-5- Fones 22-5942 e 22-4592 8G
Marguerite Long, ladeada pelo maestro Eleazar de Carvalho e professôra Magdalena Tagliaferro
87
MARGUERITE LONG Marguer·ite Long é mest1oc~ do piano, professôra de uma classe pre
par·a.tória do Conservatór·io Nacional de Música ele Paris, e, já há longos anos, catedr·ático de uma classe superior de TJiano nessa instituição, em que leciona desde o início de~ 1.noimeira guer·nt mundial. O que há de e:); tr·aordinário nessa gr·ancle pianista é a sua cornpetência corno mestra do instrumento e sua notável capu.C'idacle de tra.balho, conseguindo realizar urna intensa tar·efa há tanto tempo, sem. interrupção, ]Jr·eparando os m.ais destacados pianistas ele duas gerações, que atuam com sucesso em. todo o m.undo.
Mcidolena TagliciferTo, falando o respeüo de Marguerite Long, declar·a:-
- Nesse fecundo período do seu rnagisté-1-io, Mar·guerite Long formou inúm.er·os ]Jianistas j?·anceses e estr·o.ngáros, e não m.e par·ece exagerado afi?·m.ar que Ci grande maioria dos pianistas dêste m.eio século se formaram. na escola dessa ilustr·e mestra. Bastaria citar, entre os seus m.ais conhecidos discipulos, na França, os pr·ofessôres do Conser·vatório de Paris, o sr. Jean Deyen e Ci sr·ci. Lurette Desccwes, os jovens virtuoses Sanson Fr·ançois, Marie Terése Four·neau, Pierre Ba·rbizet, Philippe Entrem.ont e tantos outros que já atuaram. no Brasil, merecendo m.enção esfJecial entr·e os seus ex-alunos, o nosso eminente pianista e r·egente maestro João de Souza Lima.
E continuou Madc~lena Tagliaferro: - O que, a m.eu ver·, imprime car·áter· particular·m.ente m.ar·cante
ci personalidade da m.inha gr·ande am.igo. e colegci, é o convívio que teve corn os rnais famosos compositores mode1'nos fr·anceses, dos quais foi a inesquecível interprete, assinalando-se entre suas rnais célebres interpretações, as elo Concêrto em. Sol maior, pam piano e orquest·ra, de Ravel, que lhe foi dedicado, e que Marmwrite Long d·ifundiu glor·iosarnente, inclusive diversas vêzes sob Ci regência do pr·óprio autor.
Afastada do Conse-rvatório há rnais de doze anos,- é ainda Tagliaferro quern fala - pôde Mar·guer·ite Long se dedicar· rnais intensamente a. sua escola particular em Paris, nci qual vários elementos brasileiros de 'ValoT têrn ingressado nestes últimos anos. Foi tarnbém naquela época que, juntamente com o famoso violinista, ele saudosa memôTÜt., Jacques Thibaucl, fundou-se o Concu.rso lnter·nacional Maguerite Long- Jacques Thibaud, que constitui atualmente urn dos certarnens rncâs respeitados no mundo inteiro, realizando-se as 1Jrovas em Paris, ele dois ern dois anos, sendo cunfer·idos naqueles concursos valiosíssi?rws prêm.ios, por urn júri constituído de per·sonalidades r·epresentativas do rnundo da rnúsica de todos os países, Júri do q~~al tenho a honra de participar regular-rnente desde 1949, ao lado de Jacques Iber·t, Arthur· Rubinstein, Hnlffter, Firkunsny e tantos antros intérpretes da rnúsica.
Aí está urn retr·ato de Maryuerite Long, rnuito rnais interessante do que as corr·iqueiras biografias. O seu norne é ~~m.a bandeir·a posta a serviço, ao born serviço, dá rnúsica. Desde há 20 anos, quando aqui ela estêve, dando cursos especiais de interpretação p·i~~'Y'.-isNca, que o nosso público se acostumou a admir·á-la e a prestar-lhe, sernpr-e, as rnais significativas hornenagens, como hoje faz rnais urna vez, aplaudindo-a justamente. 88
O R Q U E !S T R A S I N F Ô H I C A B R AS I L E I R Á ---Presidente: DR. EUV ALDO LODI
DIRETOR ARTíSTICO E REGENTE TITULAR
Maes~ro ELEAZAR DE CARVALHO
--------------------------------------------------------1954 DÉCIMA QUARTA TEMPORADA 1954
--------------------------------------------------------------
Quarta-ftrira, dia 18 de agôsto de 1954, às 21 horas
H. BERLIOZ
RAVEL
RAVEL
DEBUSSY
CONCÊRTO EXTRAORDINÁRIO
Noite de Gala Francêsa TEATRO MUNICIPAL.
Regente: ELEAZAR DE CARVALHO
PROGRAMA
1.a PARTE
Carnaval Romano ( Ouverture)
Concêrto para Piano e Orquestra, em sol maior
a) Allegremente bl Adagio assai c) Presto
2.a PARTE
Pavane pour une infante défunte
La Mer a) De l'aube à midi sur la mer b) Jeux de vagues c) Dialogue du vent et de la mer
Solista: MARGUERITE LONG
(Uma vez iniciado o concêrto não se permitirá a entrada senão nos· intervalos)
89
NOTAS SÔBRE O PRO<iRAMA BERLIOZ, "CARNAVAL ROMANO"
Ouverture
Bcrlioz tinh~ acabado ele sair, ou melhor, emer g- ir, dél s mil compli caç~,es que foram a criação elo seu "Heqniem", quando se decidiu a enfrentar a compo"-ição de sua primeira ópera, '~ Benevenuto Cel lini'', dada em Paris no ano ele 1838 , e cledicada a E rncst L egou\'é, qne lhe emprestara 2.000 f rancos pa ra tornar possiYel a montagem. O prilneiro cscandalo foi mesn1o por ocasião dos a núncios da ópera, que tnostravam o "moderno'' Berlioz, inimigo dos italianos, explorando o ;;bel canto" e os temas da Italia. As camarrilhas, os poderosos, Rnss in !, ' 'os judeos" eram contra o compo~ itor e sua idl·ia de fazer construir um teatro de ópera. Hector Berlioz volta -~e novamente para o manuscrito interrompido, tenuina-o, luta para que toquem a sua mustca. A 11abertura", no dia da estréia, é ac lamada - e ~inda hoj e é uma elas belas obras da música orquestral fran cesa, no dizer de Guy de Pourtales; e daí por diante, "Beneven uto" foi meio :tplaudicln, tneio Yaiada, e seu rnalogro inicia l ~e de\'e talvez ao libreto de \Vaill y e Barbier, qne a li f izeratn realistno romantico en1 demasia. A partitura da ópera sàn1ente vinte anos Uepois seri a pnhlicada : Berlioz, decepcionado, retirou o seu t rabalho da Ópera <je Paris . Mas a ópera ele Her lioz, vitimada pelo mesmo desastre que ful minaria '· Tannhauser" Yinte c três a nos depois na mesma sa la de: espetáculos, se não tem a conte-xtura sólida - ela pê~a "·agneriana , tem os altos c baixo~ que a salvam e a condenan1. E entre os que a :-:a lva m está a primei ra abertura, baseada nos tt:mas principais da parte cantada, a música do ~arna\'a l ele Roma. o discurso do Card ial. a arieta de Harlcquin, e novamente tudo repetido- e finalllH:nt t: a segunda abertura , conhecida como "CarJl~~v;d Romano" n.0 9, também com os temas da ópera. e gera lmente usada como 1núsica de enl rea to. Berlioz cleclieou esta segunda abertura , em nosso~ dias tnai s ouvida como música de concêrto, ao l'rincipe de Hohenzollern-Hechingen. A sua pr imeira c::xecusão realizou-se e1n Pads, seis anos depois do fracnsso de ''Benevenuto", e sob a regência elo autor.
RA VEL, Concêrto em Sol para Piano e Orquestra
N uma entrevista concedida em 1931 , época em que con1pôs os seus fatnosos "Concêrtos", o em Ré Ma ior, para mão esquerda apenas e o em Sol Maior, para duas mãos, Maurice Ravel expôs o que entendia ser ésse gênero de música, falando
90
llêste último: "E' um concêrto no 1nais verdadei ro ~entido dn pa\a\-ra, escrito muito dentro do mesmo ~spi rito elos de Moz~rt e Saint-Saens. A mú sica dt' concêrto, em minha opinião deve ser a rdoro~a
e brilhante , e não dirigida ao objetivo de alcan \<H ~1 vro fu nd iclade ou os efeitos dramáticos. Muitos ~onc~nus llú:-::~ico s for.J.m compostos menos ((parrt" o via!~U d e~ que ((contra" o piano. Pensei em e;n itnlar o meu (ID iverti ssement" , mas o título " Conc•' rto" é bastante específ ico".
O "Concérto etn Sol", executado etn janeiro ele 193?.. em P a ri s. devia ter como sol ista o próprio Ravel, que p:-t~sou a tarefa a pianista i\[argu'2 ri te Lo!lg, a quem está êle dedicado. O próprio R a' e!, com .:V[arguerite Lonq numa utournée ' ' em t 93.2. ;ntrodu ziu -o en1 vfu· ias salas ele música europt· ia~ . En1 outras, coube esta glória ao 1naestro J:i"reitas Brnnco e ~na cspôsa, tendo o ilustre maestro portuguê.-;, como grande atnigo de Ravel, regido a ~eu convite ,·ár ias de suas obras em Paris e tm outras c~ pitai s do Ve lho Mundo. O "Concêrto" está ligado :t uma a\ãO 1novida pelo autor ~..:ontra uma companhia cinematogrúfica francesa que de ve ria introduzi- lo no f ilme 11 Don Quixote" , em que tomaria parte o baixo Chaliapin.
~~s<..: concêrto, o único deixado por ~!faurice
H.a,~e J para piano a duas mãos, é, nas suas pri~neira e te1·ce ira partes, nma brilhante fantasia sonora , um fo go de artifício no qual os t imbres do piano . , ·o \un tariamente martelados con1o nas tocatas do ,-écu lo XVlfT, mi sturam-se ;\ s sonoridades da orquE'stra, com uma :tbcricbdc, uma ' \· er ve" a que n5.o faltn a malícia, nem mesmo a farça -poder-se-i :t d:zer mesmo a blague, segundo observa J e;"tn Chantavoine. _'\ segunda parte ao contr6 ri o é uma c;1ntilcna calma e poét ica, ele s implicidade ,·oluntari:mwnte des pida ele artifícios , iniciada pelo pi<lllO c logn tomada pela orq uestra, fi cando o in stnm:ento !-iO Ji ..,ta a dc~cn\·ol\'ê -la.
III - RAVEL - Pavane pour une Infante défunte
E sc rita para piano em 1899, esta delicada jóia musical foi orquestrada em 1910, pelo próprio autor.
A lguns estudiosos da obra ele Ravel acham que não se trata propriamente ele um trecho destinado a se r vir etn uma cerimônia funebre, tnas de uma' dança nobre e dolorosa, dedicada à n1etnória de alguma criança querida.
Outros, porém, conside ratn-na cotuo uma itnpreosão, poss ivelmente elo célebre retrato ele uma ad.oles~ente, de Velasqllcz, existente no n1~1 seu do Louvre .
CLAUDE DE8USSY - O MAR
f.ste belo poema sinfônico foi estreado nos Concêrtos Lamoreux, em Paris, aos 15 de outubro de 19!15 , sol> a direção de Camille Chevi llarü. Como o nom e indica foi inspi rado pela v isão esplêndida do mar - que sempre exerceu poderoso c:t rati \'o sôbre o esp írito do genial músico francês .
.'\ obra es tá cliYidida em três quadros; 1° -· DA ALTROR A AO MEIO-DIA Sô
H R S O :vr. \R - O ocea.no, espêlho de miríades df' ah·oradas, permanece en1 tnisteriosa qui etude. nr'l i., um di a nasce. IIá n1unuúrios dos instrunlctlto~ de cordas e elos tambores, enquanto notas ascendentes da ha rpa sugeren1 un1 nevoeiro que ~e espal ha sôbre a superficie do mar, tOinando conta de têda a orq uestra . Um singular t·elâmpago elo na;o;cer do so l tenta romper a bruma, e ven1 reflet ir -se sôbre as ondas. Sussurros das trotnpas e do carne in gh~s contra a-; cordas descendentes sugeretn a linha do hori m nte como que se materializanclo ~tr~1\·és do nevoeiro, enquanto as últimas brumas da madrugada viio se dissipando.
A medida que rt manhã avança a mús ica ~e
n1od ifica em côr e transparência, cmuo o pt-óprio tnar. Já não é possi vel separar de sua estrutura tOdas a;-; hdezas de que se compõe e que o olha r Yai rclmscar en1 sua :-:elvagem e longingua expansão e, en1 particular, em cada vaga que se forn~a. 1\a m;t s ica permanece a sugestão mágica elo m::u·, con1 seus inegualaYeis azuis Yerdes, resplendendo rdlexos dourados. Há reminiscências el e seus Yagos mnnnú-.·ios c de sua pofente força.
2." - JOGO DAS VAGAS - O sarcástico, tempestuoso, plácido e traiçoeiro oceano é nêsse quadro representado de outra forma. Na orquestra as vozes coliàem, juntam-se, atrope lant-se, enredam-se como as próprias Yagas . São as .débeis ondas que nwrulhatn; é o H mar de tnadría", ou de 11Carne iracb", cujas brancas espumas clourant-se pelos raios elo sol : são os grandes rõlos que se Yên1 form3.ndo de lQJ:tge, ameaçadores, e se elesf ~zem em baques surdos c pesados -; são as itnpel·Josas \·agas que cobrem os arrecifes e ~e ,arrebentam em borbotões ferv ilhante~; Ventos errantes arrebatam as branca ~ e agitadas cristas, arremessando a s gotinhas numa chuva de borrifôs.
I-Iá pequenos solos elo co rne inglês e elas trom-1""'· clepois do oboe e do ,·iolino .. A música, leva<la j1elo seu próprio j ôgo de atividade, vai nun1 cresc-endo até atingir as cuhninâncias de esplendor. Depois . tudo se apaga, subsistindo, apenas, uma g t-anrle quietude.
3°- DIALO GO DO VENTO E DO M !\R - :\gora , o oceano é açoitado pelos ventos ::;c h ·:1g-e:1 s . O m.1r va i se torna ndo mai::; e mais reYolto . J\s vagas và'J ~c elc\·ando, cavando abisn1os profu11tlos. rugindo. terriYc is de se ve r, tentando rcsi:-;ti r ao d~svarío dos ventos.
Através do nwvimento os instrumentos de ~ôpro são jogados uns contra os outros, de mil forma~ diferentes. Algumas passagens . brandas, outras coléncas v5.o se su~edenclo até que resta , apenas, a luta desencadeada, terrível e frenética entre o ,·ento e o mar.
';
':,
PATRONESSES DO DEPARTAMENTO DE MúSICA DE CÂMERA:
Ex1na. Sra. Embaixador ela Iugos lávia, Presidente ; Exma. Sra. Deputado Oswaldo O rico; Exma.
Sra. Viúva Gilberto ele Toledo; Sra. Dr. J\Iário ele Lucena; Sra. Dr. Oswaldo Riso; Sra. Fritz '
\'ilLe rg; S ra. D)'la Josetti; Sra. Helena Lorenzo F ernandez·; Sra. Fritz Câmara Luchsinger; Sra.
Zins Bogu~n; Sra. Dick Brenner; Sra. Dr. Genésio Pitanga; Sra . Edyr ele Fabris; Sra, Dr. Celso
Kclly; S ra. Deputado Em•aldo Lodi; Sra. Amél ia \\ihitacke r de O. Gondin; Srta. J\Iarita Pinhei!·o
Machado; Sra. Eurico l\'ogueira França; Sra. Souza e Silva; Sra. A ldo Moura; Sra. Mitchd'l
Sm ith ; Sra. Alfredo Thomé; Barone~a de Saavedra; Exma. Sra. Eutbaixador ·Ja Grécia ..
Exma. Sra. Cranston J ones.
91
Recommended