View
7
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
Maria do Rosário BarrosoMaria José Magalhães
Valdemar CarnideSandra Martins
Curcubitáceas de
Trás-os-Montes
Maria do Rosário Barroso
Maria José Magalhães
Valdemar Carnide
Sandra Martins
Ficha Técnica
Título: Curcubitáceas de Trás-os-Montes
Autores: Maria do Rosário Barroso(DRAPN), Maria José Magalhães (DRAPN),Valdemar Carnide(UTAD), Sandra Martins(UTAD)
Propriedade: Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte
Edição: Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN)Núcleo de Documentação e Relações Públicas (NDRP)Rua da República, 1335370-347 Mirandelawww.drapn.min-agricultura.pt
Impressão: Candeias Artes Gráficaswww.candeiasag.com
Tiragem: 500 exemplares
Distribuição: DRAPN
Depósito Legal: 273116/08
ISBN: 978-972-8506-66-7
Dezembro 2007
3
Índice
NOTA PRÉVIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
PREFÁCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1. MELÃO (Cucumis melo L.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.1. Taxonomia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.2. Origem e domesticação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2. ABÓBORA (Cucurbita sp.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.1. Taxonomia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.1. Origem e domesticação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3. CATÁLOGO DE ENTRADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.1. Melão (Cucumis melo L.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.2. Abóbora (Cucurbita sp.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.2.1. Cucurbita pepo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.2.2. Cucurbita moschata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
3.2.3. Cucurbita maxima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
3.2.4. Cucurbita ficifolia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
Ín
di
ce
5
No
ta
P
ré
vi
a
Nota Prévia
A colecção “Uma Agricultura com Norte”, visa a co-
municação dos resultados de trabalhos de pesquisa e experi-
mentação desenvolvidos pela DRAP-Norte, em parceria com
outras entidades, designadamente em territórios transfron-
teiriços.
A promoção de uma informação de qualidade que sir-
va de apoio à actividade agrícola na Região Norte, é assumi-
da como uma das prioridades de intervenção da Direcção
Regional de Agricultura, quer no quadro da formação espe-
cializada quer em acções técnicas organizadas junto dos agri-
cultores e suas organizações.
Face aos novos desafios e oportunidades, que se abrem
no período de 2007/2013, os nossos empresários agrícolas
saberão contribuir para a criação de novas práticas, mais com-
petitivas e ambientalmente sustentáveis, fundamentais na evo-
lução do desenvolvimento agrícola regional.
Carlos Guerra
Director Regional de Agriculturae Pescas do Norte
7
Prefácio
Durante cerca de 40 anos, a política agrícola comum (PAC) de intensificação da
produção agrícola conduziu o melhoramento de plantas no sentido da produtividade e
normalização dos produtos agrícolas. Este facto originou uma elevada erosão genética,
sobretudo pela via do abandono no cultivo das variedades autóctones, menos produtivas
em sistemas de produção mais intensivos.
Tendo Portugal aderido à então CEE numa altura em que os excedentes agrícolas
já faziam adivinhar inflexões na PAC ocorridas no inicio da década de noventa, essa
política não teve iguais repercussões. Por outro lado, o elevado peso do auto-consumo
nos sistemas de produção do Norte de Portugal manteve uma elevada variabilidade
genética das espécies cultivadas, onde se destacam as associadas à „horta familiar‰.
A crescente preocupação dos consumidores europeus com a preservação do
ambiente e com a qualidade dos produtos agrícolas pode vir a ser uma janela de
oportunidades para a reintrodução de antigas cultivares na produção hortícola. A ac-
tual direcção da PAC no sentido de fomentar uma orientação para o mercado poderá
privilegiar produtos oriundos de sistemas de qualidade regulados a nível europeu e
que incluem os produtos tradicionais (DOP, IGP, ETG) e/ou modos de produção (AB
ou PI) com valorização crescente junto dos consumidores e onde as variedades
autóctones se encontram melhor adaptadas.
Dentro das variedades autóctones existentes, a família das cucurbitaceas apresenta
uma grande variabilidade genética e, consequentemente, uma grande potencialidade
para utilização em programas de melhoramento que desenvolvam novas variedades.
José Vieira
Eng.º AgrícolaCoordenador do Projecto REGEN
Pr
ef
ác
io
9
Introdução
A família das cucurbitaceas compreende cerca de 130 géneros e mais de 900espécies (Jeffrey, 1980). Embora a grande maioria tivesse tido origem no Velho Mun-do (Withaker e Davis, 1962), muitas espécies são originárias do continente Americanoe alguns géneros de ambos os hemisférios (Esquinas-Alcazar e Gulick, 1983).
A diversidade genética desta família estende-se às mais diversas característicasvegetativas e reprodutivas, e é de tal forma elevada que inclui espécies adaptadas aregiões tropicais e subtropicais, áridas e temperadas do globo (Ng, 1993).
Todas as Cucurbitaceas são sensíveis às geadas pelo que o seu cultivo se encon-tra confinado às regiões temperadas ou quentes do globo. Dentro desta família existemespécies anuais e perenes embora estas sejam cultivadas como anuais. São plantasherbáceas de hábito de crescimento normalmente prostrado, podendo algumas seremtrepadoras devido à presença de gavinhas que podem ser simples ou múltiplas. Asfolhas são alternas, sem estípulas, simples e lobuladas.
A maioria das espécies são dioicas, monoicas ou andromonoicas, podendo no en-tanto a expressão sexual variar com o género e mesmo com a espécie, sendo a polinizaçãoentomófila. As flores masculinas são as primeiras a aparecer, são em maior número epossuem geralmente três estames embora possam variar entre um e cinco.
O número básico de cromossomas é variável: 7 (Cucumis sativus), 11 (Citrullusspp., Mormordica spp., Lagenaria spp., Sechium spp., e Trichosanthes spp.), 12(Benicasa hispida, Coccinia cordifolia, Cucumis spp., Praecitrullus fistulosus), 13 (Luffaspp.) e 20 (Cucurbita), sendo os casos de poliploidia pouco frequentes (Jeffrey, 1990).
A nível mundial, as espécies cultivadas com maior interesse são a melancia (Citrulluslanatus (Thunb.) Matsum. & Nakai), o melão (Cucumis melo L.), o pepino (Cucumissativus L.) e a abóbora (em sentido lato) (Cucurbita ficifolia Bouché, Cucurbita maximaDutch.ex Lam., Cucurbita moschata Poir, Cucurbita pepo L. e Cucurbita argyrospermaHuber. Espécies como Benincasa hispida (Thunb) Cogn., Luffa acutangula Roxb., Luffacylindrica Roem., Momordica charantia L. e Trichosanthes anguina L. são tambémimportantes, embora em áreas mais restritas do globo.
As principais culturas desta família, melancia, pepino, melão e abóbora, repre-sentam 20% da produção total de produtos olerícolas do Mundo, assumindo uma pro-porção no total semelhante à das principais Solanaceas (excluindo a batata). De entreas várias Cucurbitaceas a melancia é a mais importante a nível mundial, com cerca de40% da produção total, seguida do pepino, com 27%, do melão e da abóbora com 20 e13%, respectivamente. I
nt
ro
du
çã
o
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
10
Os frutos das Cucurbitaceas são ricos em água, sendo os açúcares um importante
factor de qualidade no melão, melancia e em algumas espécies de abóbora, ricos em
carotenos, percursores da vitamina A, especialmente os frutos de polpa laranja e ama-
rela. A cor vermelha da polpa da melancia é devida à presença de licopeno, um caroteno
que não sendo percursor da vitamina A, possui importantes propriedades antioxidantes.
São pobres em calorias, sendo muitas vezes recomendados em dietas alimentares. Apesar
do reduzido valor nutritivo, estas desempenham um papel importante na alimentação
humana, especialmente nas regiões tropicais do globo, onde o seu consumo é elevado.
No quadro 1 apresenta-se a composição nutricional das principais espécies culti-
vadas desta família.
Quadro 1. Valor nutritivo das principais Cucurbitaceas
Nutrientes* Pepino Melão Melancia Abóbora
Água (%) 96 90-92 93 92
Energia (kcal) 12-13 26-35 26 26
Proteína (g) 0,5-0,7 0,5-0,9 0,5 1,0
Gordura (g) 0,1 0,1-0,3 0,2 0,1
Carbohidrato (g) 2,4-2,9 6,2-9,2 6,4 6,5
Fibra (g) 0,6 0,4-0,5 – 0,5
Cálcio (mg) 13-14 5-11 7 21
Fósforo (mg) 17-24 7-17 10 44
Ferro (mg) 0,3-0,6 0,1-0,4 0,5 0,8
Sódio (mg) 2-6 9-12 1 1,0
Potássio (mg) 149-190 210-309 100 340
Vitamina A (IU) 45-270 3,2-30 590 160 (mcgRE)
Tiamina (mg) 0,03-0,04 0,04-0,08 0,03 0,05
Reboflavina (mg) 0,02-0,2 0,02 0,03 0,11
Niacina (mg) 0,3-0,4 0,40-0,60 0,20 0,6
Ac. ascórbico (mg) 4,7-19,0 16,0-42,2 7,0 –
Vitamina B6 (mg) 0,05-0,4 0,06-0,12 – 0,06
Adaptado de: Gebhardt, Cutrufelli, and Matthews, 1982; Haytowitz and Matthews, 1984; Rubatzky and Yamaguchi, 1997(http://encyclopedias.families.com)*em 100g de parte comestível
11
1. Melão (Cucumis melo L.)
De acordo com as estatísticas da FAO (2005), a produção mundial demelão foi de 27x106t e a área cultivada em 13x105 ha. Os maiores produtoresde melão são a China, a Turquia, os Estados Unidos da América, a Espanha, oIrão, o Egipto e a Índia. A Ásia possui mais de metade da produção mundial demelão, com a China a produzir cerca de 8,6 milhões de toneladas de melão, aTurquia 1,9 milhões de toneladas e o Irão 1 milhão de toneladas. Também aEuropa, a América do Norte e Central e a África são importantes centros deprodução. A Espanha surge como o maior produtor europeu com 11x104t. Noano de 2004 os maiores exportadores de melão foram a Costa Rica com 222716tseguida das Honduras e dos Estados Unidos da América com 168895 e 162242t,respectivamente. Os Estados Unidos da América (657571t) e o Reino Unidoforam os maiores importadores (166279t) (FAO, 2006).
Em Portugal, a área cultivada é de cerca de 3000 ha e a produção de20000 toneladas (FAO, 2006), concentrando-se a maior parte da produção asul do Tejo com destaque para a região do Ribatejo e Oeste com mais de meta-de da produção. Nas regiões de Entre Douro e Minho e de Trás-os-Montes,encontram-se algumas áreas de produção dispersas, nomeadamente de varie-dades regionais, não tendo contudo volume de produção significativo que lhepossibilite a colocação em grandes centros de consumo.
O melão pode ser cultivado ao ar livre ou em estufa e pode ser aproveita-do para consumo em fresco, em saladas ou sobremesas, conservado sob a for-ma de picles, cozinhado (sopa, estufado, frito) ou em sumo.
Quanto ao seu valor nutritivo (Quadro 1) este é rico em água e apresentaum baixo teor em gordura, o que o torna um fruto popular entre os consumido-res mais interessados em dietas alimentares. Fornece quantidades moderadasde carbohidratos, altos teores de vitamina A e C, constituindo os frutos depolpa laranja e salmão uma excelente fonte de carotenos.
Diferentes cores e texturas da polpa e aromas são preferidos em diferen-tes partes do mundo. Nos Estados Unidos da América e em alguns países Euro-peus, como em França ou em Espanha o tipo Cantalupo é muito popular. EmEspanha os tipos Amarelo e Pele de Sapo são também muito apreciados.
Devido à sua importância económica, especialmente nas zonas tropicaise subtropicais do globo, o melhoramento da cultura do melão tem sido orienta-do no sentido de aumentar a qualidade dos frutos e de controlar alguns caracte- M
el
ão
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
12
res reprodutivos, os quais são úteis para a obtenção de semente híbrida(gimnoceidade, monoceidade, esterilidade masculina). A tolerância a factoresabióticos, tais como a tolerância à salinidade ou a germinação a baixas tem-peraturas, da ordem dos 15oC, e a melhoria da qualidade são também objectode melhoramento.
As cultivares modernas de melão exibem uma ampla gama de caracterís-ticas morfológicas e agronómicas, diferenciando-se um grande número de ti-pos ou variedades de acordo com a coloração da casca, da polpa, concentraçãode açúcares, sabor, conservação e resistência ao transporte. As principais pra-gas desta cultura são Diabrotica balteata, D. undecimpunctata, Dacuscucurbitae, Liriomyza sativae, Aphis gossypii, Aulacophora foveicollis,Diaphania nitidalis, Meloidogyne spp.), e de doenças Erwinia tracheiphila,Erysipha cihoracearum, Alternaria cucumerina, Pseudoperonospra cubensis,Fusarium oxysporum, Pythium spp., Cucumber Mosaic Virus (CMV),Muskmelon Yellows Virus (MYV), Watermelon Mosaic Virus (WMV),Cucumber Yellowing Vein Virus (CYVV), Melon Necrotic Spot Virus (MNSV),Zucchini Yellow Mosaic Virus (ZYMV).
A qualidade pode ser avaliada pela produção, aparência do fruto, texturada polpa e facilidade de conservação. O melhoramento para a qualidade é difí-cil uma vez que cada mercado tem as suas preferências. O melhoramento paraa produção tem-se concentrado na precocidade, uma vez que esta permite cus-tos mais baixos e melhores preços, e na redução do período de maturação. Aaparência refere-se à forma, tamanho e cor do fruto, rugosidade da casca e core qualidade da polpa. A qualidade da polpa consiste na doçura, aroma, texturae firmeza (McCreight et al., 1993). A textura da casca (dureza, espessura ereticulado) e a dureza da polpa são características importantes para a resistên-cia ao transporte.
A colheita do melão num estado imaturo não aumenta a facilidade da suaconservação e diminui a qualidade uma vez que os açúcares são translocadosdas folhas para o fruto até poucos dias antes da maturação (McCreight et al.,1993).
O melão produz flores andromonoicas, monoicas e ginomonoicas sendoas duas primeiras as que aparecem em maior número. A polinização no melãoé entomófila sendo as abelhas (Apis spp.) o melhor polinizador. No entanto,
13
não manifesta depressão de vigor com a endogamia pelo que pode ser traba-lhado como uma espécie alogâmica ou como uma espécie autogâmica.
Os métodos de melhoramento mais utilizados no melhoramento de melãotêm sido a selecção massal, o método individual de selecção genealógica (mé-todo “pedigree”), a selecção recorrente e o retrocruzamento (McCreight et al.,1993). Para a obtenção de variedades com adaptação a determinados ambien-tes, de alta qualidade e com resistência múltipla a doenças têm-se utilizadohíbridos F
1.
Através de métodos convencionais de melhoramento tem-se conseguidointrogredir diferentes tipos de resistência no mesmo indivíduo. Para a selecçãode genótipos com as características desejadas tem-se recorrido a marcadoresmorfológicos, os quais nem sempre são fáceis de aplicar. Actualmente, devido àutilização de marcadores moleculares, já existe suficiente informação sobre aassociação entre genes de resistência a doenças e alguns caracteres morfológicos(Blancard et al., 1998), que tem sido utilizada em programas de melhoramentoque visam a introgressão de genes de resistência à Pseudomonas syringae, aovírus do mosaico do tabaco e à Melampsora lini (Garcia-Mas et al., 2001).
Sendo o melão uma das espécies mais diversas do género Cucumis, ocontrolo genético da imensa variação fenotípica existente ainda não é conheci-do na sua totalidade. Mais de 100 genes envolvidos em caracteres morfológicose na resistência a doenças foram descritos (Pitrat, 1998), tendo 20 destes genessido já mapeados (Périn et al., 2002).
Em Portugal, nos últimos anos, têm sido desenvolvidos programas para arecuperação de variedades antigas locais. Para o efeito procedeu-se à colheitade semente junto dos agricultores, à sementeira das populações em abrigosanti-insectos, à polinização manual das plantas, à caracterização e selecçãoindividual dos frutos. Até à presente data já foi possível recuperar quatro vari-edades antigas sendo duas da região de Trás-os-Montes (Carrasco e Lagarto)(Barroso et al., 1997; Carnide et al., 2004) duas da região do Minho (CascaCarvalho Fino e Casca de Carvalho Robusto) e outra do Alentejo (Tendral) quese encontram inscritas no Catálogo Nacional de Variedades. O mesmo proce-dimento foi já iniciado com outras duas variedades de melão da região de Trás-os-Montes, Moscatel e Judeu, com o objectivo de recuperar estas variedades eobter dois novos produtos. M
el
ão
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
14
1.1. Taxonomia
O melão é uma angiosperma que, de acordo com Jeffrey (1990), se en-quadra nos seguintes grupos taxonómicos:
Classe: DycotyledoneaeOrdem:CucurbitalesFamília: CucurbitaceaeTribo: MelothriaeGénero: CucumisEspécie Cucumis melo
Dada a elevada diversidade encontrada nesta espécie Munger e Robinson(1991) dividiram a espécie C. melo em dois grupos: um grupo que inclui ape-nas a variedade selvagem C. melo var. agrestis e outro que inclui seis varieda-des cultivadas:
C. melo var. cantalupensis – andromonoica, com frutos de forma oval ouglobular, casca de textura sulcada ou macia, quase sempre reticulada, polpanormalmente de cor salmão ou alaranjada, podendo ser verde, e muito aromá-ticos. Pertencem a este grupo os melões designados por cantalupos e algumascultivares americanas conhecidas como “muskmelons”;
C. melo var. inodorus – normalmente andromonoica, com frutos de for-ma globular ou irregular, casca de textura lisa ou rugosa, polpa verde ou bran-ca, só ocasionalmente laranja e não aromática. Inclui cultivares adaptadas aclimas quentes e secos, são de maturação tardia e têm boas características deconservação;
C. melo var. flexuosos – normalmente monoica, com frutos muito alonga-dos e serpentiformes, geralmente consumidos em saladas à semelhança do pe-pino. Nesta variedade incluem-se os mais antigos melões conhecidos;
C. melo var. conomon – andromonoica, com folhas com espinhos, frutospequenos de forma cilindrica, polpa branca ou verde e com sabor a pepino.São utilizados para conserva (picles) mas existem algumas cultivares com fru-tos doces que são consumidos como maçãs;
15
C. melo var. chito e dudaim – as cultivares do primeiro grupo são monoicas,têm folhas e frutos pequenos, polpa branca e firme, sabor ácido e são utiliza-dos em conservas (picles); as cultivares do segundo grupo são andromonoicas,os frutos são pequenos, de forma oval ou globular, casca verde e amarela,polpa amarela e, embora muito aromáticos, os frutos não são comestíveis; sãocultivadas como ornamentais.
C. melo var. mormordica – monoica, com frutos de forma oval oucilindrica, casca de textura macia e cor branca ou laranja pálida..
1.2. Origem e domesticação
Não existe consenso quanto ao centro de origem do melão tendo este sidoapontado como originário de África e da Ásia (Harlan et al., 1997; Trentini,1998; Silberstein et al., 1999).
Esquinas-Alcazar e Gulick (1983) consideram a zona central e o Sudesteda Ásia como o centro primário de diversidade desta espécie e a PenínsulaIbérica, a China e a Coreia como centros secundários.
Quanto à sua domesticação alguns autores consideram que ela ocorreu deforma independente e paralela em África e na Ásia (Jeffrey, 1980; Esquinas-Alcazar e Gulick, 1983; Mallik e Masui, 1986).
O melão já era cultivado na Idade do Bronze existindo referências a ilus-trações de oferendas deste fruto em túmulos egípcios e foram encontradas se-mentes carbonizadas datadas desta época (Zohary e Hopf, 1993).
Esta espécie terá sido domesticada há cerca de 3000 anos AC (Pangalo,1929) e cultivada no Egipto pelo menos desde o ano 2000 AC e na Índia desdeo ano 1000 AC. A sua introdução na Europa terá ocorrido a partir da Pérsia e doCaucaso há aproximadamente 3000 anos (Walters, 1989). O melão quase quedesapareceu durante a Idade Média tornando-se novamente muito popular naépoca da Renascença (Pitrat et al., 1999). Foi introduzido no Novo Mundo porColombo no séc. XVI.
Me
lã
o
17
2. Abóbora (Cucurbita sp.)
Apesar do seu cultivo se encontrar amplamente difundido por todo omundo, grande parte da produção de abóbora tem lugar em pequenas parcelas,para autoconsumo ou destina-se aos mercados locais.
A produção mundial de abóbora foi, em 2005, de 19x106 t, tendo sido aárea semeada de 15x105 ha (FAO, 2006). O continente Asiático é o maior pro-dutor seguido da Europa. O maior produtor mundial é a China tendo em 2005produzido cerca de 57x105 t seguida da Índia com 35x105t (FAO, 2006). Em2004 os Estados Unidos da América e a França foram os maiores importadores(297785t e 136213t, respectivamente) e a Espanha e a Nova Zelândia os prin-cipais exportadores (204060t e 79024t, respectivamente) (FAO, 2006).
Em Portugal, no quinquénio 2000 a 2004 a área e a produção mantive-ram-se constantes com cerca de 600ha e 12000t, respectivamente. As importa-ções, no mesmo período, foram crescentes tendo passado de 227t em 2000para 1244t em 2004. No que se refere às exportações, estas apresentaram al-gum significado, embora pequeno, nos últimos três anos tendo sido de 98t em2002, 237t em 2003 e 598t em 2004 (FAO, 2006).
As espécies Cucurbita pepo L., Cucurbita máxima Duchesne, Cucurbitamoshata Duchesne, Cucurbita argyrospema Huber e Cucurbita ficifolia Bouchésão cultivadas com maior ou menor importância económica a nível mundial eregional. Estas espécies são geralmente cultivadas pelos seus frutos, que po-dem ser consumidos imaturos (courgetes) ou à maturação, mas também pelosfrutos decorativos, pelas flores que são comestíveis em algumas zonas da re-gião do Mediterrâneo ou pelas suas propriedades medicinais. A abóbora podeser utilizada na confecção de sopas, bolos e doces e as sementes, depois detorradas, podem ser consumidas como aperitivo. As sementes da C. pepo e daC. moschata também são aproveitadas para extracção de óleo.
A abóbora é muito rica em potássio, possui valores aceitáveis de magnésioe de ferro e apresenta um baixo teor em calorias (Quadro 1). As abóboras depolpa laranja são ainda ricas em carotenos.
A abóbora é afectada pelas mesmas pragas e doenças que as outrascucurbitaceas, sendo as pragas e as doenças mais frequentes Aphis spp,Trialeurodes vaporiarorum Westw., Tetranychus cinnabarinnus Boisd.,Erysiphe cichoracearum D.C. f. sp. cucurbitae, Colletotrichum lagenariumPass. Sacc. e Fusarium oxysporum f. sp. niveum (E.F. Smith) Snyder & Hansen, A
bó
bo
ra
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
18
pelo que a resistência a pragas e doenças tem sido um dos objectivos do me-lhoramento de plantas.
No melhoramento de diferentes espécies do género Cucurbita para o au-mento da produção, da qualidade e da resistência a pragas e doenças têm sidoutilizados diferentes métodos, como a selecção massal, a selecção genealógicae a selecção recorrente. Atendendo a que a abóbora é uma espécie alogâmica oefeito de heterosis também pode ser explorado pelo melhoramento de plantas.
A Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte e a Universidadede Trás-os-Montes e Alto Douro têm procedido nos últimos anos a uma colhei-ta conjunta de germoplasma de Cucurbita na região de Trás-os-Montes. Nasvárias missões efectuadas colheram-se populações de Cucurbita pepo,Cucurbita máxima, Cucurbita moshata e Cucurbita ficifolia. Algum do mate-rial colhido foi caracterizado e sujeito a um programa de selecção massal, en-contrando-se a decorrer um processo de inscrição de quatro variedades no Ca-tálogo Nacional de Variedades.
2.1. Taxonomia
As diferentes espécies cultivadas são genericamente designadas por abó-boras, apresentando-se de seguida a sua classificação taxonómica (Jefffrey, 1990).
Classe: DycotyledoneaeOrdem: CucurbitalesFamília: CucurbitaceaeTribo: CucurbitinaeGénero: CucurbitaEspécie: C. pepo, C. máxima, C. moshata, C. argyrosperma e C. ficifolia
Dentro da espécie C. pepo cultivada definiram-se duas subespécies, asubsp. pepo e a subsp. ovifera. A C. pepo é altamente polimórfica e apresentauma diversidade de frutos maior do que qualquer outra espécie da famíliaCucurbitaceae.
Devido à grande diversidade de tipos, foram propostas diferentes classi-ficações hortícolas, mas não existe na actualidade uma nomenclatura consensual
19
para os diferentes grupos de cultivares (Robinson e Decker-Walters, 1997). NaAmérica do Norte, onde se desenvolveu uma terminologia bastante detalhadapara as diferentes cultivares, Paris (1986) propôs a seguinte classificação emfunção da forma do fruto:
“Pumpkin”: frutos laranja, redondos ou ovais;“Scallop”: frutos pequenos, achatados e com bordos ondulados;“Acorn”: frutos pequenos, com sulcos, ovais ou cónicos, estreitados no
extremo pistilar;“Crookneck”: frutos alongados e de “pescoço” curvo;“Straightneck”: frutos cilíndricos de “pescoço” recto com uma ligeira
constrição;“Vegetable marrow”: frutos curtos, cilíndricos, estreitando-se desde o
extremo pistilar até à união com o pedúnculo;“Cocozelle”: frutos largos, cilíndricos, que estreitam longe do extremo
pistilar, com um rácio comprimento/largura igual ou superior a 3,5;“Zucchini”: frutos largos, cilíndricos com estreitamento escasso ou
inexistente;
Algumas cultivares de C. maxima produzem os frutos de maiores dimen-sões entre todas as abóboras. Da mesma forma que para a C. pepo, tambémpara a C. máxima, na América do Norte elaboraram-se classificações infor-mais dos diferentes tipos de cultivares (Castetter, 1925):
“Banana”: fruto largo, pontiagudo em ambos os extremos, com casca molee sementes castanhas;
“Delicious”: fruto com forma de turbante, ligeiramente verrugosas, comcasca dura e sementes brancas;
“Hubbard”: fruto oval, estreitando-se formando um “pescoço” curvo emambos os extremos, casca muito dura e sementes brancas;
“Marrow”: fruto oval a piriforme, estreita-se rapidamente no ápice e maisgradualmente na base, com sementes brancas;
“Show”: fruto grande, de casca laranja e mole e sementes brancas;“Turban”: fruto com forma de turbante que resulta do crescimento do
fruto no extremo sem cobertura de tecido do receptáculo;
Ab
ób
or
a
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
20
Dentro da C. moschata na América do Norte conhecem-se três tipos co-merciais (Robinson e Decker-Walters, 1997):
“Cheese”: fruto de forma variável, mas geralmente oblongo e de cor creme;“Crookneck”: fruto redondo no extremo pistilar, de “pescoço” largo, rec-
to ou curvo;“Bell”: frutos de forma variável desde cilíndricas até em forma de sino;
As espécies C. argyrosperma possuem frutos redondos ou piriformes, decor creme com sulcos manchados de verde e as sementes muito grandes quesão consumidas no México e na Guatemala;
A C. ficifolia Bouché é provavelmente uma das espécies de abóbora me-nos conhecida tendo sido descrita botânicamente pela primeira vez em 1837(Bouché, 1837). A designação ficifolia deve-se à similaridade que existe entrea forma das suas folhas e as folhas da figueira pelo que se denomina de nor-malmente por abóbora “de folhas de figueira”. Atendendo a que é a única espé-cie de Cucurbita que apresenta sementes negras também é conhecida comoabóbora “de sementes negras” e abóbora de Malabar. Para distinguir esta espé-cie das restantes, utilizaram-se, de forma errada, diferentes características(Andres, 1990; Lira-Saade, 1995). O seu carácter supostamente perene distin-guiu-a inicialmente das outras espécies anuais, o que hoje se sabe não ser ver-dade pois esta espécie não difere das restantes quanto à sua longevidade(Whitaker e Davis, 1962). A C. ficifolia é tolerante às baixas temperaturas e écultivada nos trópicos a elevadas altitudes, pelo que é capaz de vegetar emcondições de Invernos relativamente frios e nos quais as outras espécies mor-reriam. Esta parece ser a característica que melhor a diferencia, quanto ao seuhábito de crescimento das outras espécies. (Andres, 1990). Por razões desco-nhecidas, esta espécie apresenta escassa diversidade tanto morfológica comogenética, embora possua genes potencialmente valiosos para a resistência adoenças e tolerância ao frio. Ao contrário das outras espécies domesticadas, aC. ficifolia possui frutos que podem ser armazenados por períodos de dois atrês anos (Andres, 1990).
As diferentes espécies cultivadas de Cucurbita podem distinguir-se porcaracterísticas morfológicas das folhas, do caule, do pedúnculo e das sementessendo as características do pedúnculo as mais distintivas (Quadro 2).
21
Quadro 2. Características diferenciadoras das espécies cultivadas de Cucurbita
Espécie Pedúnculo Caule Folha Semente
C. argyrosperma Duro, anguloso, mas Duro, anguloso, Moderadamente Normalmente de corpassando a arredondado estriado lobulada, branca, podendo serna maturação, pubescente suavemente muito grande,encortiçado, ligeiramente superfície suave oucampanulado na com fendas; margemunião com o fruto proeminente, de
suave a dentada,por vezes escura
C. ficifolia Duro, ligeiramente Duro, Lobulada, quase Normalmente negra,anguloso, ligeiramente suavemente redonda, por vezes castanha;campanulado estriado ligeiramente superfície com
espinhosa pequenos orificios,margem suave eestreita
C. maxima Geralmente mole, Mole, Geralmente não Cor variável dearredondado, arredondado lobulada, quase branca a castanha,frequentemente redonda, macia muitas vezesencortiçado, inchada; superfícienão campanulado por vezes com sulcos
ou enrugada;margem muitoestreita, cicatrizoblíqua
C. moschata Duro, ligeiramente Duro, suavemente De quase redonda Cor variável deanguloso, amplamente estriado a moderadamente branco pálido acampanulado lobulada, macia castanho; superfície
suave a um poucorugosa; margemproeminente,tipicamente dentadae frequentementeescura; cicatrizligeiramente oblíqua
C. pepo Duro, anguloso, por vezes Duro, anguloso, Palmatilobada, Cor variável deligeiramente campanulado estriado, muitas vezes branco pálido ajunto do fruto espinhoso. profundamente castanho; superfície
fendida, espinhosa suave; margemproeminente masnormalmente suave;cicatriz quadradaou arredondada
Fonte: Nuez et al., 2000
Ab
ób
or
a
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
22
2.1. Origem e domesticação
O género Cucurbita teve a sua origem no continente americano (Whitakerand Davis, 1962) e compreende cerca de 15 espécies (Merrick, 1995; Nee,1990). As espécies C. pepo L., C. máxima Duchesne, C. moshata Duchesne, C.argyrospema Huber e C. ficifolia Bouché são cultivadas com maior ou menorimportância económica a nível mundial e regional. As espécies do géneroCucurbita começaram a ser cultivadas há milhares de anos pelos povos daAmérica. Apesar da marginalização actual de algumas destas espécies, elasformam um componente essencial do regime alimentar das comunidades ru-rais e de algumas comunidades urbanas do continente americano e de outraspartes do mundo. Actualmente existem dúvidas sobre a origem centro-ameri-cana da C. moschata e da C. ficifolia (Soade, R. L.; Hernandez, S. M., 1994).
Estas espécies são originárias do Sul e do centro do México com excep-ção da C. maxima que é originária da América do Sul (Whitaker e Knight,1980). A domesticação da C. pepo deverá ter ocorrido no México há cerca de8000 anos, tendo sido introduzida na Europa no sec. XVI. A C. argyrospermaprovavelmente foi domesticada no sul do México e a C. ficifolia nas terrasaltas do México, a C. maxima na Argentina e no Uruguai e a C. moschata noMéxico e na parte Norte da América do Sul (Andres, 1990).
23
3. Catálogo de entradas
3.1. Melão (Cucumis melo L.)
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
M7-30/98 Santa Comba da Vilariça Vila Flor Melão Moscatel
MJ/98 Santa Comba da Vilariça Vila Flor Melão Judeu
M7* Horta da Vilariça Torre de Moncorvo Melão Carrasco
M4* Santa Comba da Vilariça Vila Flor Melão Lagarto
ACC05408 Freixo de Espada à Cinta Freixo de Espada à Cinta Melão Verde
ACC03908 Macedo de Cavaleiros Macedo de Cavaleiros Melão de Macedo de Cavaleiros
Caracteres do fruto
Entrada Forma do Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Espessura dafruto da casca casca casca casca (cm) polpa polpa (cm)
M7-30/98 Elíptica Branco Ausente Macia 0,9 Salmão 3,8
MJ/98 Globular Verde Ausente Macia 1,2 Branco 3,3
M7* Elíptica Verde Ausente Rugosa 0,5 Salmão 3,9
M4* Oval Verde Amarelo Macia 0,7 Verde 4,3
ACC05408 Oval Verde Ausente Ondulada 0,7 Branco 3,2
ACC03908 Elíptica Verde Ausente Macia 0,8 Branco 2,9
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100 ºBrix (%)fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
M7-30/98 2,2 22,4 14,6 5,2 632 3,8 16,3
MJ/98 2,4 18,6 14,0 5 573 5,2 13,2
M7* 3,5 21,5 13 4,2 603 4,1 13,2
M4* 3,2 22,4 15,6 5,6 799 2,8 14,6
ACC05408 2,3 18,2 14,3 6,5 701 3,9 14,5
ACC03908 1,8 19,6 14,3 6,9 543 4,3 8,4
* Variedade inscrita no Catálogo Nacional de Variedades
Ca
tá
lo
go
d
e
en
tr
ad
as
·M
el
ão
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
24
M7-30/98 – Melão Moscatel
25
MJ/98- Melão Judeu
JUDEU
JUDEU
Ca
tá
lo
go
d
e
en
tr
ad
as
·M
el
ão
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
26
M7*- Melão Carrasco
CARRASCO
27
M4* – Melão Lagarto
LAGARTO
LAGARTO
Ca
tá
lo
go
d
e
en
tr
ad
as
·M
el
ão
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
28
ACC05408 – Melão Verde de Freixo de Espada à Cinta
29
ACC03908- Melão de Macedo de Cavaleiros
MACEDO DE CAVALEIROS
Ca
tá
lo
go
d
e
en
tr
ad
as
·M
el
ão
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
30
3.2. Abóbora (Cucurbita sp.)
3.2.1.Cucurbita pepo
Frutos globulares
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U39 Lamas de Olo Vila Real Calondro
U79 Grijó de Parada Bragança Abóbora porqueira
U195 Horta da Vilariça Torre de Moncorvo Abóbora porqueira
U196 Santa Comba da Vilariça Vila Flor Abóbora porqueira
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U39 Amarelo Ausente Ondulada 0,5 Amarelo 8,6 5,0
U79 Laranja Ausente Rugosa 0,5 Amarelo 9 5
U195 Laranja Verde Macia 0,5 Salmão – 4,5
U196 Amarelo Verde Rugosa 1 Branco – 4,2
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U39 13,0 40,5 35,0 24,0 398 23,4
U79 7,2 23,5 29,5 18,5 280 26,7
U195 13 37 35,5 25,5 – –
U196 13,5 38 35 24,6 – –
31
U-39
Ca
tá
lo
go
d
e
en
tr
ad
as
·A
bó
bo
ra
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
32
U-79
33
U-195
Ca
tá
lo
go
d
e
en
tr
ad
as
·A
bó
bo
ra
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
34
U-196
35
Frutos cilíndricos
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U19 Duas Igrejas Miranda do Douro Abóbora
U20 Picote Miranda do Douro Abóbora
U21 Picote Miranda do Douro Abóbora
U50 Lamas de Olo Vila Real Calondro
U121 Bornes Macedo de Cavaleiros Abóbora porqueira
U194 Vilarandelo Valpaços Abóbora porqueira
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U19 Amarelo Ausente Macia 0,3 Laranja 12,0 4,5
U20 Verde Amarelo Ondulada 0,2 Amarelo 12,0 3,6
U21 Amarelo Ausente Macia 0,7 Amarelo 11,5 3,6
U50 Verde Amarelo Ondulada 0,3 Amarelo 5,6 4,0
U121 Amarelo Ausente Ondulada 0,4 Amarelo 8,5 5,6
U194 Amarelo Ausente Macia 0,5 Branco – 5,5
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U19 8,0 34 27 17,4 381 25,7
U20 7,0 39,0 24,0 16,4 186 25,6
U21 5,0 33,5 32,0 23,4 501 17,9
U50 7,3 39,0 23,5 14,9 407 20,2
U121 13,1 48,0 29,0 17,0 689 30,6
U194 19,3 52,0 38,5 26,5 – –
Fr
ut
os
C
il
ín
dr
ic
os
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
36
U-19
37
U-20
Fr
ut
os
C
il
ín
dr
ic
os
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
38
U-21
39
U-50
Fr
ut
os
C
il
ín
dr
ic
os
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
40
U-121
41
U-194
Fr
ut
os
C
il
ín
dr
ic
os
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
42
Frutos piriformes
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U34 Nogueira Vila Real Courgete
U35 Nogueira Vila Real Courgete
U56 Ermida Vila Real Calondro
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U34 Verde Ausente Macia 0,4 Laranja 8,0 3,0
U35 Laranja Verde Macia 0,3 Amarelo 9,4 3,0
U56 Amarela Ausente Macia 0,5 Laranja 10,0 2,5
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U34 6,0 43,5 25,0 18,2 399 20,7
U35 7,2 46,0 23,0 16,4 414 15,8
U56 9,0 38,0 36,0 30,0 731 26,5
43
U-34
Fr
ut
os
P
ir
if
or
me
s
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
44
U-35
45
U-56
Fr
ut
os
P
ir
if
or
me
s
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
46
Frutos curvos
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U189 Vila Verde de Raia Chaves Courgete
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U189 Laranja Verde Macia 1,0 Branco – 2,0
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U189 3,5 47,0 13,5 7,5 – –
47
Fr
ut
os
C
ur
vo
s
U-189
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
48
Frutos globulares
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U49 Ermelo Mondim de Basto Gerimú
U61 Borbela Vila Real Abóbora
U73 Gostei Bragança Gerimú
U76 Gostei Bragança Abóbora porqueira
U91 Vale de Gouvinhas Mirandela Abóbora
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U189 Laranja Verde Macia 1,0 Branco 2,0
U49 Rosa Ausente Macia 0,3 Salmão 7,5 9,0
U61 Laranja Rosa Macia 0,5 Branco 5,1 6,0
U73 Laranja Ausente Macia 0,4 Salmão 6,3 6,0
U76 Laranja Verde Macia 0,3 Amarelo 7,8 5,8
U91 Verde Amarelo Macia 0,4 Laranja 7,1 4,0
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U49 15,2 29,0 37,0 18,4 113 25,0
U61 7,6 32,0 32,5 19,5 397 34,9
U73 15,0 36,0 37,0 24,2 250 27,2
U76 9,8 31,5 30,5 18,3 495 27,3
U91 12,5 21,0 26,0 17,2 382 14,0
3.2.2. Cucurbita moschata
49
Fr
ut
os
G
lo
bu
la
re
s
U-49
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
50
U-61
51
U-73
Fr
ut
os
G
lo
bu
la
re
s
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
52
U-76
53
U-91
Fr
ut
os
G
lo
bu
la
re
s
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
54
Frutos achatados
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U49 Ermelo Mondim de Basto Gerimú
U80 Grijó de Parada Bragança Abóbora menina
U90 Vale de Gouvinhas Mirandela Abóbora
U99 Vila Real Vila Real Abóbora
U124 Castelãos Macedo de Cavaleiros Abóbora menina
U179 Vilarandelo Valpaços Abóbora menina
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U80 Laranja Creme Rugosa 0,4 Laranja 11,9 3,5
U90 Rosa Ausente Rugosa 0,3 Salmão 8,2 6,7
U99 Laranja Ausente Ondulada 0,1 Laranja 6,3 4,7
U124 Verde Rosa Macia 0,2 Salmão 9,8 3,8
U179 Cinzento Creme Rugosa 1,0 Amarelo – 5,5
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U80 1,6 16,5 22,0 14,2 333 43,2
U90 12,5 27 39,0 25,0 705 22,4
U99 4,9 17,5 28,5 18,9 253 28,1
U124 3,1 14 22 14,0 227 13,0
U179 9,0 21 36,5 23,5 – –
55
U-80
Fr
ut
os
A
ch
at
ad
os
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
56
U-90
57
U-99
Fr
ut
os
A
ch
at
ad
os
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
58
U-124
59
U-179
Fr
ut
os
A
ch
at
ad
os
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
60
Frutos cilíndricos
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U48 Ermelo Mondim de Basto Gerimú
U74 Gostei Bragança Gerimú
U89 Vale de Gouvinhas Mirandela Abóbora
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U48 Rosa Ausente Granulosa 0,4 Salmão 5,1 6,7
U74 Verde Rosa Rugosa 0,3 Salmão 6,9 5,2
U89 Verde Laranja Rugosa 0,5 Salmão 9,1 5,0
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U48 12,0 40,5 30,5 16,3 290 21,4
U74 10,6 41,0 27,0 16,0 512 20,8
U89 12,4 42,0 31,0 20,0 449 21,4
61
U-48
Fr
ut
os
C
il
ín
dr
ic
os
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
62
U-74
63
U-89
Fr
ut
os
C
il
ín
dr
ic
os
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
64
Frutos elípticos
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U136 Bornes Macedo de Cavaleiros Gerimú
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U136 Rosa Ausente Macia 0,3 Salmão 8,8 5,9
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U136 12,0 40,0 28,0 15,6 487 18,3
65
U-136
Fr
ut
os
E
lí
pt
ic
os
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
66
Frutos piriformes
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U133 Castelãos Macedo de Cavaleiros Gerimú
U159 Quintanilha Bragança Abóbora
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U133 Castanho Amarelo Granulosa 0,2 Salmão 9,0 3,8
U159 Castanho Ausente Granulosa 0,3 Salmão 8,5 3,2
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U133 6,8 36,5 27,5 19,5 263 17,1
U159 5,7 36,5 20,0 13,0 170 15,2
67
U-133
Fr
ut
os
P
ir
if
or
me
s
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
68
U-159
69
Frutos cordiformes
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U137 Edroso Macedo de Cavaleiros Gerimú
U139 Boticas Boticas Abóbora
U186 Vilarandelo Valpaços Abóbora
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U137 Verde Creme Macia 0,3 Laranja 7,5 4,6
U139 Rosa Ausente Granulosa 0,4 Salmão 7,6 5,6
U186 Verde Ausente Granulosa 1,5 Salmão – 15,0
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U137 7,0 31,5 26,0 16,2 256 18,1
U139 16,0 30,0 40,0 28,0 341 18,9
U186 22,3 49,2 53,5 20,5 – –F
ru
to
s
Co
rd
if
or
me
s
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
70
U-137
71
U-139
Fr
ut
os
C
or
di
fo
rm
es
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
72
U-186
73
Frutos arqueados
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U153 Rio de Onor Bragança Abóbora
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U153 Verde Laranja Rugosa 0,3 Laranja 5,3 4,3
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U153 3,9 56,0 16,0 6,8 192 28,6
Fr
ut
os
A
rq
ue
ad
os
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
74
U-153
75
3.2.3. Cucurbita maxima
Frutos globulares
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U144 Pinho Boticas Abóbora
U53 Lordelo Vila Real Abóbora menina
U128 Edroso Macedo de Cavaleiros Abóbora menina
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U144 Laranja Creme Rugosa 0,6 Amarelo 6,1 7,5
U53 Laranja Creme Macia 0,2 Salmão 6,9 3,3
U128 Cinzento Creme Rugosa 0,2 Laranja 8,8 5,8
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U144 11,6 35,0 33,5 17,3 635 38,7
U53 6,0 31,0 30,0 23,0 313 6,9
U128 11,2 27,0 33,0 21,0 392 49,6
Fr
ut
os
G
lo
bu
la
re
s
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
76
U-53
77
U-128
Fr
ut
os
G
lo
bu
la
re
s
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
78
U-144
79
Frutos achatados
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U28 Lalim Lamego Abóbora
U36 Mateus Vila Real Abóbora
U78 Grijó Bragança Abóbora menina
U60 Borbela Vila Real Abóbora
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U28 Cinzento Creme Macia 0,7 Laranja 8,1 4,5
U36 Cinzento Ausente Macia 1,0 Amarelo 6,9 5,7
U78 Verde Creme Rugosa 0,4 Amarelo 9,0 6,5
U60 Rosa Ausente Macia 0,5 Amarelo 11,3 4,7
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U28 13,2 28,5 37,2 26,8 635 38,7
U36 9,6 27,0 32,0 18,6 398 33,1
U78 9,6 25,5 35,5 21,7 291 37,8
U60 7,4 25,5 33,1 22,7 275 35,8
Fr
ut
os
A
ch
at
ad
os
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
80
U-28
81
U-36
Fr
ut
os
A
ch
at
ad
os
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
82
U-60
83
U-78
Fr
ut
os
A
ch
at
ad
os
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
84
Frutos cilíndricos
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U192 27,0 62,3 54,5 33,5
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U192 Rosa Cinzenta Granulosa 1,5 Amarelo – 9,0
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U192 27,0 62,3 54,5 33,5 – –
85
U-192
Fr
ut
os
C
il
in
dr
ic
os
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
86
Frutos piriformes
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U24 Lalim Lamego Abóbora
U81 Grijó Macedo de Cavaleiros Abóbora menina
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U24 Cinzento Ausente Macia 1,0 Laranja 7,9 5,5
U81 Rosa Verde Granulosa 0,2 Laranja 7,8 3,5
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U24 17,4 50,1 35,5 22,5 468 38,8
U81 3,8 39,5 20,5 13,1 203 21,6
87
U-24
Fr
ut
os
P
ir
if
or
me
s
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
88
U-81
89
Frutos cordiformes
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U29 Avões Lamego Abóbora
U95 Lamares Vila Real Abóbora
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U29 Castanho Creme Rugosa 1,0 Laranja 10,1 5,3
U95 Castanho Laranja Rugosa 0,2 Amarelo 5,5 5,2
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U29 12,0 33,1 36,5 23,9 462 34,1
U95 9,2 29,3 31,5 20,7 165 45,2
Fr
ut
os
C
or
di
fo
rm
es
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
90
U-29
91
U-95
Fr
ut
os
C
or
di
fo
rm
es
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
92
3.2.4. Cucurbita ficifolia
Frutos globulares
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U71 Borbela Vila Real Chila
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U71 Verde Branco Macia 0,3 Branco 11,0 3,0
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U71 5,1 27,5 31,0 24,4 92 14,7
93
U-71
Fr
ut
os
G
lo
bu
la
re
s
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
94
Frutos elípticos
Dados de origem
Entrada Localidade Concelho Nome local
U70 Borbela Vila Real Chila
U82 Carlão Alijó Chila
Caracteres do fruto
Entrada Cor principal Cor 2ª da Textura da Espessura da Cor da Dureza da Espessura dada casca casca casca casca (cm) polpa polpa (kgf/cm-2) polpa (cm)
U70 Verde Branco Rugosa 0,5 Branco 11,5 2,0
U82 Verde Branco Macia 0,3 Branco 5,6 2,3
Entrada Peso do Comprimento Largura do Diâmetro da Nº de Peso de 100fruto (Kg) do fruto (cm) fruto (cm) cavidade (cm) sementes sementes (g)
U70 3,2 26,5 32,0 27,0 44 12,5
U82 5,8 23,0 17,0 11,8 255 19,4
95
U-70
Fr
ut
os
E
lí
pt
ic
os
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
96
U-82
97
Bi
bl
io
gr
af
ia
Bibliografia
Andres, T.C., 1990. Biosystematics, theories on the origin, and breeding potential of Cucurbita ficifolia.In: Biology and utilization of the Cucurbitaceae.
Barroso, M.R.; Monteiro, A.; V. Carnide, 1997. Caracterização de duas cultivares antigas de melão deTrás-os-Montes. Actas de Horticultura, 16: 58-65.
Bates, D.M., Robinson, R.C.; Jeffrey, C. eds. Cornell Univ. Press. Ithaca, New York, pp. 102-119.
Blancard, D., Lecoq, H. e M. Pitrat, 1998. Maladies des Cucurbitacées. Observer, Identifier, Lutter. INRA,301 pp.
Carnide, V.; Martins, S.; Vences, F.J.; Sáenz-Miera, L.E.; M.R. Barroso, 2004. Evaluation of Portuguesemelon landraces conserved on farm by morphological traits and RAPD markers. Progress in CucurbitGenetics and Breeding. A. Lebeda e H.S. Paris, (Eds.), Proceedings of Cucurbitaceae 2004, the 8thEUCARPIA Meeting on Cucurbit Genetics and Breeding, Czech Republic, 129-134.
Castetter, T. C., 1925. Horticultural groups of cucurbits. Proc. Amer. Soc. Hort. Sci., 22: 338-340.
Esquinas-Alcazar, J.T. e P.J. Gulick, 1983. Genetic Resources of Cucurbitaceae: A global report. InternationalBoard for Plant Genetic Resources, Rome, 101pp.
FAO, 2006. FAOSTAT, http:www/apps.fao.org.
Garcia-Mas, J.; Leeuwen, H. van; Monfort, A.; Vicente, M.C.; Puigdomènech P. e P. Arús, 2001. Cloningand mapping of resistance gene homologues in melon. Plant Science, 161: 165-172.
Harlan, J.R., Wet, J.M.J. e A.B.L. Stemler, 1997. Origin of Africa plant domestication. In: A.B. Damania etal. (eds.) The origin of agriculture and crop domestication. ICARDA, IPGRI, FAO e UC/GRCP.
Jeffrey, C., 1980. A review of the Cucurbitaceae. Bot. J. Linn. Soc., 81: 233-247.
Jeffrey, C., 1990. An outline classification of the Cucurbitaceae. In Biology and utilization of theCucurbitaceae. D.M. Bates, R.W. Robinson, e C. Jeffrey (Eds.), Ithaca, USA, 449-463.
Lira-Saade, R., 1995. Estudios taxonómicos y ecogeográficos de las Cucurbitaceae latinoamericanas deimportancia económica. Systematic and ecogeographic studies on crop genepools,. 9: InternacionalPlant Genetic Resources Institute, Roma, 281pp.
Mallick, M.F.R. e M. Masui, 1986. Origin, domestication and taxonomy of melons. Scientia Hort., 28:251-261.
McCreight, J.D., Nerson, H. e R. Grumet, 1993. Cucumis melo L. In: Genetic Improvement of VegetableCrops. (Eds.) G. Kalloo and B. U. Bergh, Pergamon Press, pp. 267-294.
Merrick, L. C., 1990. Squashes, pumpkins and gourds. In: Evolution of Crop Plants. Smart, J.; Simmonds,N. W., (Eds.). Longman, Londres, pp. 97-95.
Munger, H.M. e R.W. Robinson, 1991. Nomenclature of Cucumis melo L.. Cucurbit Genet. Coop. Rep. 14:43- 44.
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
98
Nuez, F.; Ruiz, J. J.; Valcárcel, J.V.; P. Fernández de Cordova, 2000. Colección de semillas de calabaza delcentro de conservación y mejora de la agrodiversidad Valenciana. Instituto Nacional de Investigacióny Tecnología Agraria y Alimentaria, Madrid, 158 pp.
Pangalo, K.J., 1929. Critical review of the main literature on the taxonomy, geography and origin of cultivatedand partially wild melons. Trudy Prikl. Bot., 23: 397-442.
Paris, H. S., 1986. A proposed subespecific classification for Cucurbita pepo. Phytologia, 61: 133-138.
Périn, C.; Hagen, L.S.; de Conto, V.; Katzir, N.; Danin-Poleg, Y. e V. Portnoy, 2002. A referente map forCucumis melo based on two recombinant inbred line populations. Theor. Appl. Genet., 104: 1017-1034.
Périn, C.; Hagen, L.S.; Giovinazzo, N.; Besombes, D.; Dogimont, C.; M. Pitrat, 2002. Genetic control offruit shape acts prior to anthesis in melon (Cucumis melo L.). Mol Genet Genomics, 266: 933-941.
Pitrat, M., 1998. Gene list for melon. Cucurbit Genet. Coop. Rept. 21: 69-81.
Pitrat, M.; Chauvet, M.; C. Foury, 1999. Diversity, history and production of cultivated cucurbits. ActaHort., 492: 21-28.
Robinson, R. W.; Decker-Walters, S.D., 1997. Cucurbits. CAB International, New York.
Silberstein, L., Kovalski, I., Huang, R., Anagostou, K., Jahn, J.M. e R. Perl-Treves, 1999. Molecular variationin melon (Cucumis melo L.) as revealed by RFLP and RAPD markers. Sci. Hort. 79: 101-111.
Trentini, L., 1998. Origine e botanica del melone. Spplemento a l’Informatore Agrario, 3: 5-6.
Walters, T.W., 1989. Historical overview on domesticated plants in China with special emphasis on theCucurbitaceae. Econ. Bot., 43: 297-313.
Whitaker, T. W. e R. J. Knight Jr., 1980. Collecting cultivated and wild cucurbits in Mexico. Econ. Bot., 34:312-319.
Whitaker, T. W.; Knight Jr. R. J., 1980. Collecting cultivated and wild cucurbits in Mexico. Econ. Bot., 34:312-319.
Whitaker, T.W.; G.N. Davis, 1962. Cucurbits. Interscience Publishers, Inc.
Zohari, D.; M. Hopf, 1993. Domestication of plants in the old word, Clarence Press, Oxford, p. 182.
Outros Volumes desta Colecção
Caracterização de Castas Cultivadas na
Região Vitivinícola de trás-os-Montes
Sub-regiões de Chaves,
Planalto Mirandês e Valpaços
Avaliação e Caracterização de Variedades
de Castanheiro na Área da DRAP Norte
Caracterização e Avaliação de
Diferentes Espécies de Leguminosas
Grão na Região de tràs-os-Montes
Nesta monografia é apresentada a caracterização de uma colecção de germoplasma de cucurbitaceas dos géneros Cucumis (melão) e Cucurbita (abóbora) constituída por material colhido durante um período de três anos (2003/2006) junto de agricultores de diferentes concelhos da região de Trás-os-Montes. Algum do material foi colhido sob a forma de frutos ou semente e foi posteriormente caracterizado através de parâmetros morfológicos. Para ambos os géneros a caracterização teve por base os descritores do ex-IBPGR (International Board for Plant Genetics Resources). Para os caracteres peso, comprimento e largura do fruto, dureza da polpa, espessura da polpa e da casca, diâmetro do fruto, número de sementes e peso de 100 sementes considerou-se a média de 10 frutos. A descrição de cada acesso inclui informação relativa ao local de colheita, ao nome local e a diferentes caracteres morfológicos como o peso e forma do fruto, cor principal e secundária da casca, cor da polpa entre outros. Pensamos que esta informação é de grande utilidade para os melhoradores uma vez que poderá permitir identificar de uma forma simples e objectiva, uma ou mais características com interesse para futuros programas de melhoramento, e também para produtores que podem encontrar material com alguma tipicidade.
Curcubitáceas de Trás-os-Montes
Recommended