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EL C O M E N T A R I O D E T E X T O S O R A L E S C O L O Q U I A L E S . U N A A P R O X I M A C I Ó N D I D Á C T I C A A L ANÁLISIS D E LA C O N V E R S A C I Ó N C O L O Q U I A L
A N T O N I O H I D A L G O NAVARRO
Universidad de Valencia
R E S U M E N
En la últ ima década el estudio del lenguaje oral ha const i tu ido el centro de atención de muchos lingüistas. Su manifestación más genuina es la conversac ión coloquia l , pero su estudio y descripción está somet ido a múlt ip les d i f i cu l tades desde u n p u n t o de vista gramatical. El presente trabajo intenta ser una aprox imación introductor ia al análisis de textos orales, especialmente para aquellos que por vez primera se enfrentan a la descripción de los múlt iples fenómenos lingüísticos presentes en este t ipo de discurso.
PALABRAS CLAVE
Conversación coloquia l , español coloquia l , comentar io de textos, didáctica.
A B S T R A C T
I n the last decade, the study o f oral language has p r o v o k e d the interest o f a lot o f linguists. The most genuine oral expression is col loquia l conversation, but its study and its descript ion are subordinate to a lot o f diff icult ies f r o m a grammatical po in t o f vue. The a im of present w o r k is to be an in t roduct ion to the analysis o f the oral texts, specially for anyone w h o intends to describe, at the firts t ime, all the l inguistic phenomena in this k i n d os discourse.
K E Y W O R D S
Conversation, col loquia l Spanish, text comment , didactics.
7 3 9 CAUCF.. Kecista de Fihlogfa y sit Dldaclka. n.° 20-21, 1997-98/pags. 719-7HO
A N T O N I O H I D A L G O NAVARRO
RÉSUMÉ
Dans la dernière décade, l'étude d u langage oral a suscité l'intérêt de beaucoup de linguistes. L'expression orale la plus authentique est la conversation col loquiale, mais son investigation et son étude sont subordonnés à beaucoup de diff icultés dès le point de vue grammatical . Le propos de ce travail est d'être une in t roduct ion à l'analyse de textes orales, surtout pour qu iconque q u i traite de décrire, par première fois, tous le phénomènes l inguistiques dans ce genre de discours.
MOTS-CLÉ
Conversation, espagnol parlé, commentaire de textes, didact ique.
0 . El c r e c i e n t e y n o v e d o s o i m p u l s o q u e h a n r e c i b i d o l o s e s t u d i o s
s o b r e e l l e n g u a j e o r a l e n la ú l t i m a d é c a d a p a r e c e r e p r e s e n t a r , v a l g a la
e x p r e s i ó n , u n " t a r d í o " r e c o n o c i m i e n t o a la l a b o r d e s e m p e ñ a d a e n l a s p r i
m e r a s d é c a d a s d e n u e s t r a c e n t u r i a p o r l o s s e g u i d o r e s d e la " e s t i l í s t i c a d e
la l e n g u a " . N u e s t r o h o m e n a j e a d o A m a d o A l o n s o v i n o a c o n s t i t u i r u n a
p i e z a c l a v e d e e s t e e n g r a n a j e e n l o q u e r e s p e c t a a la f i l o l o g í a h i s p á n i c a
y , c o n e l p r e s e n t e t r a b a j o , p r e t e n d e m o s r e c o n o c e r s u l a b o r , y la d e o t r o s
c o m o W . B e i n h a u e r , s i n c u y a a p o r t a c i ó n a la l i n g ü í s t i c a e s p a ñ o l a n o
p o d r í a e n t e n d e r s e e l i n t e r é s a c t u a l p o r i n v e s t i g a r e l h a b l a c o t i d i a n a .
E n t i é n d a s e e l s i g u i e n t e e s t u d i o c o m o h o m e n a j e a t a l e s p r e c u r s o r e s .
1. I N T R O D U C C I Ó N
El a n á l i s i s d e l h a b l a c o l o q u i a l s e e n f r e n t a a n u m e r o s o s p r o b l e m a s
m e t o d o l ó g i c o s , e l p r i m e r o d e e l l o s d e r i v a d o d e s u m i s m a n a t u r a l e z a
o r a l , q u e n o s s i t ú a a n t e la d i f i c u l t a d , n e c e s a r i a p o r o t r a p a r t e , d e r e c o
g e r m u e s t r a s a t r a v é s d e g r a b a c i o n e s ; a c t u a l m e n t e , s i n e m b a r g o , c o m o
y a s e ñ a l a b a G . S a l v a d o r ( 1 9 7 7 : 6 1 ) , e l p r o g r e s o t e c n o l ó g i c o y l o s a v a n c e s
d e l o s e q u i p o s a u d i o v i s u a l e s c o n v i e r t e n e s t a p r e t e n d i d a d i f i c u l t a d e n
e x c u s a i n a c e p t a b l e .
L o s p r o b l e m a s e n e l e s t u d i o d e l c o l o q u i o n o s e d e r i v a n , p u e s , d e l o s
m e d i o s e m p l e a d o s p a r a la r e c o p i l a c i ó n d e m a t e r i a l e s h a b l a d o s . El v e r
d a d e r o quid d e la c u e s t i ó n h a y q u e b u s c a r l o e n u n a f a s e s u b s i g u i e n t e a
7 4 0
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
la obtención de los datos, aquélla en la que el investigador se enfrenta a un corpus de lenguaje hablado sin saber a ciencia cierta cómo proceder a su análisis riguroso. Ciertamente esta disyuntiva complica el proceso y constituye, aun hoy, todo un desafío científico. En tal desafío radica, sin embargo, el verdadero interés de la investigación del habla coloquial espontánea.
Una vez se dispone de la grabación o grabaciones pertinentes, a lo que se llega tras el empleo de una serie de estratagemas más o menos conocidas 1 , el investigador se enfrenta a un toro de difícil lidia. En primer lugar, deberá transcribir las grabaciones, y finalmente, transcritos los textos, le espera lo más complejo de su tarea, enfrentarse a un corpus lingüístico en bruto, determinado por:
- su carácter oral (que previamente ya ha planteado el problema de la transcripción);
- la multiplicidad de rasgos que presenta y la heterogeneidad de los mismos: fónicos (fonético-fonológicos y suprasegmentales), morfosin-tácticos, sintácticos, léxico-semánticos, pragmáticos, sintáctico-pragmáticos, semántico-pragmáticos etc.—>
2. EL ENFOQUE PRAGMÁTICO-COMUNICATIVO Y SU OPERATIVIDAD COMO MECANIS
MO DE ANÁLISIS DE LA CONVERSACIÓN COLOQUIAL
Nuestra propuesta de análisis se fundamenta en el juego de la I a y 2- personas del coloquio, que se alternan en el discurso invirtiendo sucesivamente sus respectivas funciones:
E ( e m i s o r ) - R ( r e c e p t o r ) < > R ( r e c e p t o r ) - E ( e m i s o r )
a medida que avanza el discurso. Esto nos sitúa ante un esquema de comunicación convencional (vid. R. Jakobson, 1975):
C Ó D I G O E / R l M E N S A J E E / R 2
C A N A L C O N T E X T O
1. Sobre los problemas que plantea la grabación en cuanto a la obtención de datos lingüísticos real y verdaderamente espontáneos y "coloquiales" cfr. C. Silva Corvalán (1989: 24-46), A. Hidalgo y S. Pons (1991) o A. Hidalgo (1993).
741
ANTONIO HIDALGO NAVARRO
Par t imos, evidentemente, del conocimiento de u n C Ó D I G O común
por parte de l os hablantes, en caso contrario no sería n i s iquiera posib le
la comprensión: no habría comunicación. E n cuanto al CANAL, dado que
nues t ros materiales proceden de la grabación de conversaciones, ha s ido
s iempre oral.
Nuestra propuesta, s i n embargo, se ciñe esencialmente al producto
l ingüís t ico del proceso comunicativo, al M E N S A J E ; ahora bien, ese men
saje se manif iesta a través de una ser ie de elementos que se v inculan
alternativamente a l o s componentes de la comunicación [E j ( E / R , ) , R 2
( E / R 2 ) ] 2 , o al m i s m o mensaje en s í . R . Jakobson, retomando la d is t inc ión
establecida previamente por K . B ü h l e r (1979) d ist ingue una ser ie de fun
ciones l ingüíst icas que dan cuenta de tal comportamiento: referenciat
expresiva, apelativa,fática,poética, metaHngüística...—*, asignan
do a l o s componentes comunicat ivos dichas funciones. U n tanto s i m p l i
ficadas, estas m ismas funciones s o n igualmente asumidas en la pro
puesta de M. A. K . Hal l iday (1982):
Junción ideativa representativa o referencial
interpersonal apelativa y expresiva consideradas conjuntamente
textual coincide en cierto sentido con la función fática de Jakobson, función lingüística capaz de crear texto, vinculando el texto con el contexto (situación y texto precedentes); deben incluirse aquí, pues, todos los medios de que dispone la lengua hablada para establecer correspondencias en el seno del discurso o texto
A s í pues, podemos desl indar ciertos elementos l ingüís t icos asigna
bles al E M I S O R ( E ) y que corresponden por tanto fundamentalmente a
la F U N C I Ó N E X P R E S I V A ( E M O T I V A ^ ; o t ros s o n asignables al R E C E P -
2. Donde E (E-R,)= Hablante constituido en oyente, en la medida que el oyente se constituye también en hablante; y R (E-R2)= Oyente constituido en hablante, en la medida que el hablante se constituye en oyente.
3. Hemos optado por asociar la FUNCIÓN POÉTICA a la FUNCIÓN EXPRESIVA, en la idea de que en ambos casos se ejerce una acción subjetiva sobre el lenguaje emanada directamente del emisor (hablante, escritor, e t c . ) . Pensamos que algunos fenómenos del español coloquial (como puedan ser las metáforas, comparaciones, juegos de palabras, e t c . . presentes de continuo en el habla) pueden perfectamente asignarse a la FUNCIÓN POÉTICA. En cualquier caso, y entendiendo que tales manifestaciones no persiguen un propósito poético-literario, sino que se derivan de la propia expresividad del hablante (que pretende dar así más fuerza o, cuando menos cargar afectivamente su contribución en la conversación), hemos preferido mantener en estos casos la función EXPRESIVA como la más relevante.
7 4 2
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
T O R ( R ) y responden por tanto a la F U N C I Ó N A P E L A T I V A ( C O N A T I V A ) ;
o t ros recursos t ienen por objeto establecer, prolongar o i n te r rump i r la
comunicación y se ref ieren al CANAL ( F U N C I Ó N F Á T I C A ) 4 . S o n estos
ú l t imos , pues, fó rmulas empleadas para conf i rmar o no la existencia de
contacto entre E y R .
Finalmente, o t ros mecanismos contr ibuyen a la configuración del
M E N S A J E como T E X T O ( F U N C I Ó N T E X T U A L ) , entendido éste como
contexto operativo, es decir, como unidad super io r a la oración-enun
ciado, y como unidad de comunicación intencional. Debe tenerse en
cuenta, pues, el u s o concreto que de la lengua hace el hablante en una
si tuación dada con una f inal idad determinada.
A efectos de operatividad vamos a considerar bajo u n m i s m o ámbi
to las funciones F Á T I C A y T E X T U A L 5 . P resc ind i remos de la func ión
R E F E R E N C I A L , entendida como func ión orientada a la realidad ext ra l in -
güística y a contenidos objet ivos, que aparece en estado puro en el d i s
curso científico. Po r supuesto exc lu imos también la func ión M E T A -
L I N G Ü Í S T I C A , que consideramos como func ión marginal al lenguaje
conversacional cotidiano.
Po r ú l t imo, advert imos que, a pesar de nuestra propuesta para efec
tuar u n anál is is separado de cada func ión y de s u s manifestaciones l i n
güíst icas, es obvio que todas las funciones del lenguaje se entremezclan
en el enunciado s i n que realmente exista una del imitación tan precisa
como la que parece desprenderse de nuest ros comentarios.
Proponemos, en f i n , una estructuración por n ive les y funciones l i n
güíst icos, en la medida que nos sea posib le, admitiendo, pese a todo,
que nuest ro esquema no puede dar cuenta de todos y cada uno de l o s
fenómenos observables en el coloquio, pero s í de gran parte de l os
aspectos estrictamente l ingüís t icos registrables en el m i s m o . H e m o s de
añadir que hemos adaptado la organización establecida en la gramática
de J . Alcina y J . M. Blecua ( 1 9 8 8 ) . A part ir de ese esquema proponemos
4. Para A. M a Vigara (1990:1091) en los enunciados con función fática, "el lenguaje está orientado a informar acerca del uso que del canal de comunicación se hace en el acto comunicativo", por este motivo la autora considera que esta función es la más interpersonal (en terminología de Halliday). Esto plantea un serio problema a la hora de delimitar en qué medida la función fática participa de la FUNCIÓN TEXTUAL o de la FUNCIÓN INTERPERSONAL, pues esencialmente la finalidad perseguida viene a coincidir. No debemos olvidar que, aunque la función FÁTICA se manifiesta mediante rasgos que le son propios, no es menos cierto que muchas veces lo hace mezclada y superpuesta a otras. En este caso, por su naturaleza, las funciones TEXTUAL e INTERPERSONAL resultan las más próximas a la FUNCIÓN FÁTICA.
5. Vid. nota 4.
7 4 3
ANTONIO HIDALGO NAVARRO
u n patrón de anál is is particular, sobre el que proyectaremos las funciones l ingüíst icas ya descri tas 6 :
P l a n o f o n é t i c o
a) Relajación articulatoria.
b ) Meridional ismos fonéticos: b . l ) asimilaciones consonanticas b.2) reducción de grupos cultos b.3) aspiración de -s implosiva
P l a n o M o r f o s i n t á c t i c o ( c o m p o r t a m i e n t o d e l a s c a t e g o r í a s g r a m a t i c a l e s )
a) El sustantivo. Los categorizadores nominales: género y número , a . l ) Femeninos analógicos. a.2) Expresión del plural . Extensión del morfema 1-s]. Economía de la
marca morfológica de plural . a.3) Concordancia ad sensum.
b) El adjetivo calif icativo y la expresión de la cual idad. Construcciones sintagmáticas equivalentes de adjetivo.
c) El p ronombre . c . l ) Pronombres personales átonos. Redundancia y énfasis p ronomina l .
Pronombres afectivos (orden subjetivo SE ME > ME SE). Dat ivo ético. c.2) Uso de T Ú / U N O con sentido impersonal c o m o mecanismo de atenua
c ión (cortesía). c.3) Los posesivos c.4) Simpli f icación en el uso de pronombres relativos. c.5) Los Determinantes-Pronombres Cuantitativos y la expresión de la can
t idad. c.6) Los Determinantes-Pronombres Demostrativos. Usos pospuestos peyo
rativos.
d ) El verbo. d . l ) Deformaciones por analogía. d.2) Usos particulares del t iempo verbal.
Usos trasladados del Presente de Indicat ivo. Usos trasladados del Pret. Imperfecto de Indicat ivo. Pret. Perfecto simple y Pret. Perfecto compuesto.
6. El siguiente patrón de niveles lingüísticos nos sirvió previamente para el análisis de un corpus de habla coloquial espontánea correspondiente a individuos en edad juvenil, avanzado en A. Hidalgo (1990).
7 4 4
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
d.3) Usos modales desplazados. El M o d o Imperat ivo. Desuso del paradigma normat ivo y construc
ciones alternativas. El In f in i t ivo .
d.4) Otros fenómenos morfosintácticos verbales. Haber Impersonal . Verbos auxiliares de aspecto unitar io.
e) Las partes invariables de la oración. e . l ) Preposiciones. O m i s i ó n y redundancia. e.2) El Adverb io . Uso de adjetivos con f u n c i ó n adverbial .
0 Metábasis. Cambios de categoría gramatical.
P l a n o s i n t á c t i c o
a) Anacoluto. b ) Construcciones incompletas: estructuras suspendidas y sincopadas c) Yuxtaposic ión. d ) Relaciones de subordinación en el registro coloquia l . e) O r d e n de palabras subjetivo. 0 Estilo Directo. g) Elementos ordenadores del habla. Los marcadores discursivos (conecto-
res pragmáticos, nexos extraoracionales, etc.).
P l a n o L é x i c o - s e m á n t i c o
a) Las proformas (verba ómnibus).
b) Procedimientos de creación léxica product ivos en el habla coloquia l , b . l ) Supresión de elementos
apócope síncope (fonética sintáctica)
b.2) Der ivación sufijos normat ivos sufijos parásitos sufijos apreciativos (aumentativos y d iminut ivos)
b.3) Prefi jación b.4) Composic ión
c) Fraseología coloquia l
d ) Otras vías de enr iquecimiento léxico: d . l ) Préstamos (anglicismos, galicismos, italianismos, cult ismos, jergalismos
[gitanismos, jerga del incuente, jerga juveni l , léxico de moda] , dialectalismos)
745
ANTONIO HIDALGO NAVARRO
d .2 ) Deslizamientos de signif icado y juegos semánticos: Generalización de significados. Restricción de significados. Eufemismo y disfemismo. Creaciones metafóricas. Comparación, H ipérbole e Ironía.
Antes de aplicar nuest ro esquema en u n anál is is descr ipt ivo de con
versaciones coloquiales, deseamos introducir algunas observaciones
necesarias:
1 Q ) E n este proceso de determinación de rasgos y funciones nos
mueve u n objetivo esencialmente pedagógico; nos interesa particular
mente plantear u n método descript ivo operativo y ú t i l a profesores o
a lumnos en n ive les medios y super io res de aprendizaje. Esta pr imera
fase, obviamente, representa u n estadio meramente in tu i t i vo del fenó
meno coloquial, y es en fases sucesivas cuando la profundizac ión sobre
l o s valores pragmáticos o interactivos de l os d iversos aspectos descr i tos
acabará por asentar l o s conocimientos previamente int roducidos con
nuestra descripción.
2 Q ) Dado el carácter f in i to de nuest ro corpus, es obvio que l o s datos
extraídos no corresponden a la totalidad de fenómenos l ingüís t i cos ras-
treables en el registro coloquial de la lengua española; no obstante, s í
const i tuyen una muestra representativa, en la medida en que s o n datos
orales, datos empír icos de la realidad conversacional, que corresponden
a formas de habla espontánea. E n este sent ido consideramos apropiado
s u valor pedagógico.
3 Q ) Po r otro lado, y en v i r tud de nuest ro propósi to didáctico, hemos
intentado ejemplif icar cumplidamente cada uno de l os fenómenos
comentados 7. As í , en la representación ortográfica de l os d is t in tos ejem
p los de habla espontáea hemos seguido las convenciones establecidas
por el grupo de investigación de la Un ivers idad de Valencia V a l . E s . C o ,
en el que n o s inc lu imos. T a l e s convenciones son las s iguientes (v id . A.
B r i z et al., 1 9 9 5 ) :
7. A fin de ubicar cada ejemplo en su contexto preciso, al final de cada caso citado hemos señalado su procedencia, relativa al corpus que hemos manejado en nuestra descripción (transcripción a la que pertenece). En negrita aparece el fenómeno mencionado en cada caso. Cfr. al respecto el Apéndice final, que recoge íntegramente la procedencia de las transcripciones manejadas así como sus características sociolingüísticas.
746
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
/ / / / / / (")
—>
A
COCHE (( )) ((casa)) ((...)) (pe)ro
pa'l
°( )°
h 1.1 (RISAS)
aaa nn
Letra cursiva.
Turno de palabra. Turno de palabra de un hablante identificado como A. Interlocutor no reconocido. Sucesión inmediata, sin pausa apreciable, entre dos emisiones de distintos hablantes. Mantenimiento del turno de un participante en un solapamiento. Lugar donde se inicia un solapamiento o superposición. Final del habla simultánea. Reinicios y autointerrupciones sin pausa. Pausa corta, inferior al medio segundo. Pausa entre medio segundo y un segundo. Pausa de un segundo o más. Silencio (lapso o intervalo) de 5 segundos; se indica el n f i de segundos en las pausas de más de un segundo, cuando sea especialmente significativo. Entonación ascendente. Entonación descendente. Entonación mantenida o suspendida. Entonación circunfleja (expresiva, en enunciados aseverativos con tonema ascendente-descendente). Pronunciación marcada o enfática. Fragmento indescifrable. Transcripción dudosa. Interrupciones de la grabación o de la transcripción. Reconstrucción de una unidad léxica que se ha pronunciado incompleta, cuando pueda perturbar la comprensión. Fenómenos de fonética sintáctica entre palabras, especialmente marcados. Inciso. Fragmento pronunciado en un tono de voz más bajo, próximo al susurro. Aspiración de "s" implosiva. Asimilación fonética. Cuando aparecen al margen de los enunciados. Si acompañan a lo dicho, se transcribe el enunciado y en nota al pie se indica "entre risas". Alargamientos vocálicos. Alargamientos consonanticos. Preguntas o exclamaciones retóricas (por ejemplo, las interrogaciones exclamativas: preguntas que no preguntan). Interrogaciones. También para los apéndices del tipo "¿no?, ¿eh?, ¿sabes?" Exclamaciones. Reproducción e imitación de emisiones. Estilo directo, característico de los denominados relatos conversacionales.
Notas a pie de página-. Anotaciones pragmáticas que ofrecen información sobre las circunstancias de la enunciación. Rasgos complementarios del canal verbal. Añaden informaciones necesarias para la correcta interpretación de determinadas palabras (por ejemplo, la correspondencia extranjera de la palabra transcrita en el texto de acuerdo con la pronunciación real), enunciados o secuencias del texto, de algunas onomatopeyas, etc. Sangrados a la derecha: Escisiones conversacionales.
747
A N T O N I O H I D A L G O NAVARRO
2. L A F U N C I Ó N EXPRESIVA EN LA CONVERSACIÓN C O L O Q U I A L
Plano fonét ico
a) Relajación articulatoria.
U n a de las características fonéticas inherentes al lenguaje hablado
espontáneo es la rapidez de elocución, l o que ocasiona en muchos casos
la relajación en la articulación de l o s son idos . E s t o puede provocar, p.e.,
la pérdida de ciertas consonantes oclus ivas sonoras en pos ic ión intervo
cálica (algo ya casi sistemático en el caso de los f inales en -ado):
A: y y cuando l lego a casa? todos los días p o n g o la televisión a ver lo que ha t o c a o
B: Sí § A: § oyE / ¿te pues creer? que ya van dos sábados—» que de los números que
salen-»? ni uno no tengo NI UNO (H25A1)
Otro caso relativamente frecuente es el de las amalgamas y contrac
ciones vocálicas debidas al efecto del sandhi fonético, especialmente f re
cuente en el d iscurso rápido coloquial:
A: mamá e s o es cosa de correos 4 / tú no tienes ni idea de loh impreso ni nada X [¿tú sabes lo qu ' e s la carta? ]
B: [no porque—» la otra vez T l legó 1 1 (2HA1)
b) Mer id iona l i smos fonéticos.
Tamb ién algunos rasgos de l os dialectos mer id ionales h ispánicos se
manif iestan de forma notor ia en la conversación coloquial. H e m o s reg is
trado algunos de l os más frecuentes:
b . l ) As imi lac iones consonanticas:
S: d e p e n d e de c ó m o / / de c ó m o lo plantees A: m m / / según también c ó m o salga la fraseT// asín harán (RISAS)/ ¿quién viene
acorrerse conmigo debajo de un pinot? ¿no? / / (RISAS) me lo voy a (a)puntar en un papel pa mañana n o c h e / p o n é e H o (RISAS)// y me saca Andrés de una oreja y Jaime de otra ¿no? (AP80A1)
748
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
b .2 ) Reducción de grupos cultos:
A: es que estás co (n) stipá ¿eh?// MUU c o ( n ) s t i p á (AP80A1)
b .3) Aspi rac ión de - s implos iva:
D: p a s a l pasa ¡ay! / / / (3") es que las- estas botellas tienen- pinta d e e A: de botellas (8") D: e s o e- sí e- e h (=es) comer en la naturaleza propia/ een (RISAS) la misma selva
(RISAS) B: e n la misma mierda (RISAS)
(H38A1)
Plano Morfosintáctico (las categorías gramaticales)
a) E l sustant ivo. L o s categorizadores nominales: género y número,
a . l ) Femen inos analógicos.
Deben considerarse aquí casos como ayudanta, negocianta, fiscala,
etc. tan frecuentes en el u s o cotidiano.
a.2) E x p r e s i ó n del p lura l . E x t e n s i ó n del morfema [-s]. Economía de
la marca morfológica de p lura l .
A l ud imos aquí a p lura les analógicos que se forman añadiendo s i m
plemente el morfema [-s] al lexema singular, como ocurre en superávits,
déficits, clubs, etc.
a .3) Concordancia ad sensum:
A: con mis hijos me pasó / estaban sentaos ahí en el- en el banco viene la novia de mi hijo el mayor y le dice a mi madreee ¿me da usté los papeles de Fran de la moto? que es que see le ha pinchao y la p o l i c í a c o m o n o lleva los papeles q u i e r e n los papeles que se creen que es robada / al momento v ienen los amigos de mi Javi / mire4- que me dé los papeles dee la moto de Javi / que—» me caguen (H25A1)
7 4 9
ANTONIO HIDALGO NAVARRO
b) E l adjetivo calificativo y la expres ión de la cualidad. Construccio
nes sintagmáticas equivalentes de adjetivo.
I nc lu imos aquí determinadas combinaciones sintagmáticas cuyo uso
favorece la intensif icación expresiva de la cualidad. Se opta así por
emplear este t ipo de sintagmas antes que el adjetivo calificativo s i n más.
Ent re las construcciones más frecuentes hal lamos:
- la r e p e t i c i ó n d e a d j e t i v o : E s t o es barato barato.
- la r e p e t i c i ó n d e l a d v e r b i o M U Y : E s t o es muy muy jodido.
- el empleo de un c o m p l e m e n t o d e t e r m i n a n t e : bobo de Coria,
tonto de nacimiento, tonto de capirote, tonto de remate, pobre de
solemnidad, etc.
- a n t e p o s i c i ó n d e S O : So capullo, So zopenco, So bestia, So cafre...
- a n t e p o s i c i ó n d e u n s u s t a n t i v o c o n s d o . d e " p o r c i ó n " : pedazo
de alcornoque, cacho (de) muía, cacho (de) cabrón.
- a n t e p o s i c i ó n d e u n s u s t a n t i v o c o n s d o . c o l e c t i v o : Hatajo de
imbéci les, panda de ases inos, pandil la de bu r ros .
- s u s t a n t i v o s c o o r d i n a d o s e n f u n c i ó n a d j e t i v a : puta miser ia ,
sus to padre, noticia bomba, n iño bien, perro mundo.
- b i e n - a d j e t i v o / a d v e r b i o : B i e n di f íc i l lo has puesto. E l jefe me ha
dejao bien jodido. ¡Te habrás quedao bien descansao! ¡Te habrás
quedao bien ancho!
- S N ( c o n a r t í c u l o ) : La leche/la host ia/ la caraba/la repera/la monda
- etc.
c) E l pronombre.
- P ronombres personales átonos. Redundancia y énfasis pronomina l .
P ronombres afectivos (orden subjet ivo S E M E > M E S E ) . Dat ivo
ético.
Una de las características más destacadas dentro de la mor fos in tax i s
p ronomina l coloquial es la redundancia y el énfasis pronomina l :
A: e s o m e pasó a m í el otro día con mis hijos B: hombrea hombre § A: § con mis hijos me pasó / estaban sentaos ahí e n el- e n el
banco viene la novia de mi hijo el mayor y le dice a mi madreee ¿me da usté los papeles de Fran de la moto? (H25A1)
A: llamo al número de teléfono / s e m e pone una señora—» me dijo desde SINVERGÜENZA hasta todo !o que se le puede decir a una PERSONA? TT25A1)
750
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
A: oiga que a mí me lo han tomao por teléfono el pelo (H25A1)
B: tú ves el programa e se que hacen dee—» ¿¡cómo se l lamai coño i l? este de que hacen el lunes tío §
A: § el lunes T [¿en qué cadena?] B: [sí ¿cómo se llama? est-] pero esto qué e s i tío esto d e e pero
esto qué es—» § A: § e s o lo hacen ahora el lunes~l § B: § ahora lo hacen el lunes § A: § y o es
que n o lo [veo X ] B: [bueno] cuando lo echaban i tío el espacio ese del Nacho Dogan—¥ y to el rollo
(5HA1)
- Simpl i f icación en el u s o de pronombres relat ivos.
E n úl t ima instancia, advierte Beinhauer (1985 :421 ) , el lenguaje colo
quial únicamente emplea el pronombre relativo que*:
A: también le tocó a alguien aquí al lado—> B: sí un chico que su hermana vive aquí / él no vive aquí—>
(H25A1)
A: = tú sabes / tú sabes lo difícil que es [yo y o p o n g o los jueves—» lo lo de la primi=]
B: [eso / c o m o buscar una aguja en un pajar es e s o es—>]
A: =juego e se [que los jueves =] B: [Buáaa] A: = que llaman por teléfono en toa España/ por te léfono/ pues fíjate a los que le
toque (H25A1)
8. Según W. Beinhauer (1985:420) el tratamiento particular del pronombre relativo en frases como ese niño q u e le dicen el intérprete de los pavos, es otro fenómeno propio del lenguaje coloquial. Para el autor este comportamiento se explica psicológicamente por el principio de analogía, ya que el que relativo nominativo y el que acusativo son fonéticamente idénticos. En este proceso analógico los /que/ nominativo y acusativo se emplean también para el dativo, cuya idea se expresa posteriormente mediante el pronombre personal átono de dativo le. Este mismo comportamiento es registrado por E. Blasco (1988:129), Ch. E. K*ny (1969:167), A. Llórente (1980:22) y L. Cortés (1987:303).
7 5 1
O la duplicación del O D :
ANTONIO HIDALGO NAVARRO
- L o s Determinantes-Pronombres Cuantitativos y la expres ión de la
cantidad.
E s m u y frecuente en la conversación coloquial la exp res ión enfática
de la cantidad:
"a mí me lo han tomao b i e n t o m a o ¿eh?" (H25A1) (intensificación afectiva de la cantidad).
- L o s Determinantes-Pronombres Demostrat ivos. U s o s pospuestos
peyorat ivos.
Podemos comprobar este u s o en ejemplos tan evidentes como
"estoy harto del t ío ese", donde al valor peyorativo del sustant ivo " t ío"
(en referencia a u n ind iv iduo) se le añade el expresado por la pospos i
c ión del demostrat ivo "ese".
d ) E l verbo.
d . l ) Deformaciones por analogía.
U n ejemplo muy evidente de este fenómeno se da en e l frecuente
empleo del su f i j o analógico [-s] en la 2 a persona del s ingu lar del preté
r i to perfecto s imp le .
d.2) U s o s particulares del t iempo verbal.
Dado lo l imitado de nuest ro estudio nos vamos a ceñir exc lus iva
mente a algunos u s o s específ icos registrados en las conversaciones
manejadas:
Usos trasladados del Presente de Indicativo
- Presente de indicativo con valor de pasado. Presente narrat ivo 9 :
A: con mis hijos me pasó / estaban sentaos ahí en el- en el banco viene la novia de mi hijo el mayor y le dice a mi madreee me da usté los papeles de Fran de la moto que e s que see le ha minchao y la policía c o m o n o lleva los papeles quieren los papeles que se creen qiuc es robada / al momento v ienen los amig o s d e mi Javi / mire que me dé los papeles d e e la moto de Javi / que—> [me cagüen= ] (H25A1)
'). Empleamos ssle término de acuerdo con F.. Coseriu (1986:234).
752
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
B: [sí / sí sí / / sí / sí / no / sí ] D: = pero [claro esos momentitos eh la policía que se espere que se ponga el otro] B: [pero hasta que túuu—» sí sí / claro / ahí ahí ] /[ahí está ahí está ] A: [aquí no es te p o d í a s morir]
(=si lo hubieras visto te hubieras podido morir) (H25A1)
- Imperfecto de conatu10-.
A: tenía unos dolores que se moría/ la pobre chiquilla (3HA1)
d .3) U s o s modales desplazados.
- E l Modo Imperat ivo. D e s u s o del paradigma normat ivo y construcciones alternativas.
Presente de indicativo con valor exhortat ivo- imperat ivo:
A: ¿me da usté los papeles—»? 1 1
(H25A1)
10. Utilizado como señala S. Gili Gaya (1976:161) para hacer referencia a hechos iniciados que no llegan a consumarse.
11. Quizás la entonación contribuya a atenuar en este caso el carácter imperativo rte este enunciado.
7 5 3
Usos trasladados del Pret. Imperfecto de Indicativo.
- Imperfecto de indicativo con valor potencial. E n la prótasis del
período condicional:
A: pues por quizá porque lo están explotando mucho y cuando las cosas se repiten [demasiao—»]
B: [también ] también / [pero—> ] A: [ya pierden—» 1 pierden—» pueden perder lo que [tenían antes ] B: [pero un tío]
con vista comercial s i s e m o n t a b a uun no sé una discoteca o una sala d e fiestas—» con música carrocilla / tú ves los pabs que hay por budy tío que es—» (5HA1)
Cuando la sentencia subordinada posee un sent ido equivalente al de
una prótasis condicional:
D: hasta que se ve que se [puso otra persona y dice mire es d e aquí de jefatura dice preguntando fulano de tal digo pues no aquí no es =]
ANTONIO HIDALGO NAVARRO
- E l In f in i t i vo .
In f i n i t i vo s imp le con valor imperat ivo-exhortat ivo.
B: = y o no me atrevía a salir de la cocina / mi marido arriba mi madre llorando—» / / [bendito sea Dios y su santísima madre =1
A: [por una tonte- por una tontería hhhh ] B: = LECHUga decir la verdad 1 2 / / n o venir eh así § C: § claro § B: § no se lo doy a pasar—»
(H25A1)
A: yo los llamé / o y e i hacer el favor a mí no volverme a avisar con tel- además y o ya lo sabía o sea e- era un recordatorio (H25A1)
d .4) O t ros fenómenos morfosintácticos verbales.
- Haber Impersona l .
E l español coloquial hace m u y frecuente uso de l os morfemas de
número p lura l para el verbo haber en s u func ión impersonal , como s i se
tratara de una forma concordada con el sujeto: "Habían m u c h o s chiquillos
e n el sa lón d e juegos d e la guardería".
- Verbos auxi l iares de aspecto uni tar io.
Per í f ras i s verbales coloquiales del t ipo cojo y me voy.
e) Las partes invariables de la oración.
- Preposic iones. O m i s i ó n y redundancia.
E l im inac ión de la concordancia determinativa preposicional sus t i t u i
da por otra s i n preposic ión:
A: pero es que la cosa fue la de la siguiente manera / compraron el viernes los números los tiraron a la mesa el despacho y el lunes cuando fueron §
D: § y hasta que no fueron a trabatjar no se enteraron de nada] A: [se enconTRAron ] con que les había salido el gordo y el cupo-
nazo (H25A1)
12. Golpeando con la mano el mostrador de la tienila.
7 5 4
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
A: claro que el telegrama cuando lo dan—> pues o y e a las o c h o la noche a las nueve cuando sea / y era una chorrada / te recordamos que el día tal (H25A1)
- E l Adverbio. U s o de adjetivos con func ión adverbial (cfr. abajo
punto f . l )
0 Metábasis: cambios de categoría.
f . l . ) adjetivo> adverbio
"sí sí d e s c a r a o / si no se te ríeen—> o haces el ridículo o no pegas nada ahí/ tío" (5HA1)
Donde descara(d)o (que en s u or igen pertenece a la categoría adje
t ivo) actúa como u n adverbio análogo a "seguro" , " s i n lugar a dudas" . . . ) .
"pues sí que he ganao y o cinco mil pesetas fácil" (H25A1)
"igual estás consiguiéndole algo a alguien y ese alguien pasa de todo y te deja a ti pringao" 1 4
(5HAD
13- Sobre la frecuencia con que sobreviene en el español coloquial el adjetivo adverbializado hay que apreciar los comentarios de varios autores entre los que destacamos los de:
-R. Lapesa (1963:203): "el adjetivo se emplea cada vez más en función adverbial" sobre todo en "la conversación peninsular de hoy".
-W. Beinhauer (1985: 278, n. 50): "una tendencia muy acusada del español actual es el cada vez más frecuente empleo del adjetivo en función adverbial".
-A. Llórente (1980:49):"el uso de adjetivos con valor adverbial es una de las características más llamativas del español de nuestros días, y no sólo del habla coloquial ni del lenguaje de la publicidad donde este empleo es extraordinariamente frecuente".
-G. Herrero (1988:86): "en la actualidad se está extendiendo en la lengua coloquial la tendencia a utilizar términos en función de circunstancial sin ningún índice que los habilite para dicha función" (v.g. el adjetivo sin la derivación - mente ) .
14. Respecto al empleo de adjetivos en función circunstancial podemos mencionar también el frecuente uso que en español hablado familiarmente se hace del adjetivo igual. Ya R. Lapesa (1963:204) aludía al "uso norteño de igual por a lo mejor, posiblemente, en franco avance (...)". Por su parte R. Carnicer (1977:29-32) se refiere al empleo de igual con valor de probabilidad. Para este autor los puntos de arranque de la construcción son Vascongadas, Santander y Madrid. Considera que se trata posiblemente de un caso de elipsis de frases concebidas como comparaciones (Igual viene I que no viene). Esta misma construcción aparece reseñada en B. Steel (1985:154).
755
ANTONIO HIDALGO NAVARRO
f .2) O t r o s :
"si y o estoy a gusto con- con mi novia ¡qué cono me voy a poner a bailar con otra chica!" (5HA1)
D o n d e e l s i n t a g m a ¡qué cono! a c t ú a a m o d o d e a d v e r b i o d e m o d o
i n t e r r o g a t i v o ( a n á l o g o a c ó m o ) 1 5 .
Plano sintáctico
E n e s t e s u b a p a r t a d o v a m o s a c o n s i d e r a r e x c l u s i v a m e n t e f e n ó m e n o s
o b s e r v a b l e s r e f e r i d o s a la c o m b i n a c i ó n d e l a s p a l a b r a s ( e n e l e n u n c i a
d o ) , y t r a t a r e m o s o t r o s c a s o s r e l a t i v o s a la c o m b i n a c i ó n d e e n u n c i a d o s
( p e r í o d o s s i n t á c t i c o s m á s o m e n o s a m p l i o s ) 1 6 e n e l a p a r t a d o 3 (LA
F U N C I Ó N T E X T U A L . . . ) .
Combinación de palabras
a ) A n a c o l u t o .
A b a n d o n o d e la c o n s t r u c c i ó n s i n t á c t i c a e x i g i d a p o r u n p e r í o d o , p a r a
a d o p t a r o t r o m á s a c o r d e c o n l o q u e e l h a b l a n t e p i e n s a e n a q u e l m o m e n
t o , c o n o l v i d o d e la c o h e r e n c i a g r a m a t i c a l (F. L á z a r o C a r r e t e r , 1 9 7 4 : 4 1 ) .
"eso y o t el impreso aquí no tenemos la lista c o m o Dios manda" (3HA1)
"a mí nos dieron el otro día un susto—»" (H25A1)
15. Sobre la naturaleza exacta de este tipo de sintagmas debe tenerse en cuenta la opinión de G. Herrero (1989:185), quien considera que estas estructuras se caracterizan por la inclusión de elementos que les son ajenos, con un valor esencialmente expresivo. Tales elementos (en este caso cono) son de por sí expletivos, pues su ausencia en el sintagma no altera sustancialmente el mensaje. Se trata en definitiva de manifestar la tendencia al disfemismo que caracteriza, según la autora, la expresión coloquial, en particular la expresión coloquial juvenil.
16. Hemos de advertir que utilizamos el término enunciado laxamente, entendido como simple combinación de elementos léxicos, de forma que pueda incluir nociones sintácticas diversas como las de frase, sintagma u oración simple. Al hablar de "combinación de enunciados", entendemos que todo período compuesto se halla conformado por más de una frase, sintagma u oración simple.
7 5 6
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
Por el contrario, en las estructuras sincopadas nada queda resuel to, puesto que el mensaje se reduce a u n esquema que deja exc lus ivamente s u s té rminos m í n i m o s , con lo que l os elementos que debe s u p l i r el oyente pueden llegar a resul tar innumerables:
"porque se creen que su hijo n o o o no—»" (H25A1)
c) Yuxtapos ic ión . Tendencia centrífuga.
E n el habla coloquial es muy frecuente la ausencia de nexos y la suces ión de enunciados yuxtapuestos:
"yo n o m e atrevía a salir de la c o c i n a ! mi marido arriba! mi madre llorando—»" (H25A1)
d) Relac iones de subord inac ión en e l reg is t ro co loquia l . Construcciones hipotácticas coloquiales marcadas diafásicamente.
Trataremos exclusivamente relaciones de subordinación registradas en nuest ro corpus.
1 . Est ructuras Consecutivas.
E x i s t e n estructuras con ruptura formal de la expres ión estándar, s i n presencia explícita del cuantificador o in tens ivo:
"porque esto n o puede s é ( r ) i la chiquilla con unos dolores que te mueres" (3HA1)
"tenía unos dolores que se moría / la pobre chiquilla" (3HA1)
17. Cfr al respecto M. Seco (1973).
7 5 7
b) Construcciones incompletas: estructuras suspendidas y sincopad a s " .
Las pr imeras corresponden a secuencias entonativamente incompletas, s i n que e l lo impida una perfecta comunicación:
"claro que un telegrama cuando lo dan—»" (H25A1)
ANTONIO HIDALGO NAVARRO
2. Est ructuras F inales .
C o n s t r u c c i o n e s c o n v a l o r f i n a l d is t in tas d e las c o n j u n c i o n e s o l o c u c i o n e s c o n j u n t i v a s f ina les p r o p i a s de la g r a m á t i c a n o r m a t i v a :
"digo/ yo me espero a v e r s i me salen/ claro" (H25A1)
3 . Est ructuras C o n d i c i o n a l e s .
C o n s t r u c c i o n e s c o n v a l o r c o n d i c i o n a l d o n d e n o a p a r e c e n las c o n j u n c i o n e s n i las l o c u c i o n e s c o n j u n t i v a s p r o p i a s d e la g r a m á t i c a n o r m a t i va :
"cante el himno de Valencia q u e gana usté una televisión en color" (H25A1)
"un hombre quee c o m o se despierte ya no duerme" (H25A1)
4. Est ructuras Causales.
La s i g u i e n t e es u n a e s t r u c t u r a t íp ica r e l a c i o n a d a c o n la idea d e c a u s a l i d a d e n e l h a b l a c o l o q u i a l :
" c o m o ya me l'han jugao p u e s yaa no sabes si es verdad o es mentira" (H25A1)
e) O r d e n d e pa labras s u b j e t i v o . T e m a t i z a c i o n e s .
R e p r e s e n t a n la a n t e p o s i c i ó n d e u n e l e m e n t o , d e s g a j a d o d e la p r o p o s i c i ó n a la q u e p e r t e n e c e y s i t u a d o d e l a n t e d e l v e r b o p r i n c i p a l . T a m b i é n p u e d e o c u r r i r q u e e l s u j e t o o c o m p l e m e n t o d e u n v e r b o s e c u n d a r i o o s u b o r d i n a d o se a n t e p o n g a n al v e r b o p r i n c i p a l , a u n q u e s i n p e r d e r su f u n c i ó n r e s p e c t o d e ese v e r b o p r i n c i p a l d e l q u e d e p e n d e n . G e n e r a l m e n t e se a n t e p o n e e l s u j e t o o e l C D d e l v e r b o s e c u n d a r i o :
758
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
"un v i e r n e s me parece que te llamé" (5HA1)
0 E s t i l o Directo.
Con verbum dicendi:
"yo la v i y dig- digo a mi madrea algoo digo un dolor de repent (e) digoo o algo que le pasa a la chica digo porque—> me extraña porque esta mujer va con los chicos a comprar/y luego el marido p' arriba y p' abajo digo me extraña que nooo—> dice pues algo- vimos el coche ahí yo digo na/ algo" ( 3HAD
"dice mire es de aquí de RADIO VALENCIA" (H25AD
S i n verbum dicendi introductor:
"a lo mejor alguien te dice oiga quiere usté jugar y de improviso—) no no quiero" (H25AD
B: n i - mira ya cogió el teléfono y dice ni está Jesús ni si PUTA MADRE 1 8 y yo Vicente por Dios dice ni Vicente ni santo Vicente pero estos qué s' han creído esta noche (H25A1)
Plano Léxico-semántico
a) Las proformas (verba ómnibus).
N o s re fer imos a ciertas palabras que se u t i l i zan con mucha frecuen
cia como té rminos genéricos de gran extens ión semántica, tanto sustan-
18. Sonriendo mientras pronuncia estas palabras.
759
- CD:
"(usted la pesó)y l o q u e p e s a b a t yo le puse [Orden OSV]" (3HA1)
E s posib le igualmente la anteposición del C I , del Atr ibuto o del
Complemento Circunstancial, aunque aparecen menos frecuentemente:
- C. Circunstancial:
ANTONIO HIDALGO NAVARRO
t i vos , como adjetivos, verbos, adverbios. E n este sent ido las palabras se
comportan como auténticas proformas .
Esta misma tendencia a la economía o comodidad se manifiesta en el
empleo de comodines con los que el hablante suele zanjar ciertos titubeos
a la hora de hallar la expres ión precisa, como el sustant ivo c o s a , ciertos
verbos como h a c e r , o los demostrativos neutros e s t o , e s o , a q u e l l o :
"cada tres hora (s) o cada trees e s o " ( 3 H A 1 )
"eso es que ya está trucao " ( H 2 5 A 1 )
"pero es que la c o s a fue la de la siguiente manera (...)" ( H 2 5 A 1 )
"pero hay otra gente que simplemente es poobre pero que se gana la vida o rebuscando cartón oo h a c i e n d o la naranja o la vendimia" ( 5 H A 1 )
b) Procedimientos de creación léxica product ivos en el habla colo
quial.
b . l ) Sup res ión de elementos
- Apócope. Acortamientos léx icos.
"me dice mirel un muñeco que sale en la t e l e t " ( H 2 5 A 1 )
- Síncope (fonética sintáctica)
"luego cogió el mando a distancia el tío T y p'alante y p'atrás^ el tío repitiendo las mejores jugadas" ( H 3 8 A 1 )
b.2) Der ivación
- S u f i j o s normat ivos.
Especialmente su f i j os postverbales, entre l os que destacan por s u
frecuencia - A D A (gozada), - E (despelote), -O (acojono).
- S u f i j o s parásitos (Der ivación Caprichosa).
B: = LECHUga decir la verdad1 9 / / no venir eh así § C: § claro § B : § no se lo doy a pasar—»
( H 2 5 A 1 )
19. Golpeando con la mano el mostrador de la tienda.
760
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
E n L E C H U g a observamos una deformación caprichosa de Leche (ex
p res ión obscena): Lech-uga; hay fuerte semejanza con l os casos de s u f i -
jación parasitaria característica de las jergas, y s i n duda también partici
pan aquí las asociaciones mentales del hablante (relaciones asociativas).
- Su f i j os apreciativos (aumentativos y d im inu t i vos ) .
E l d im inu t i vo en el habla coloquial.
Veamos algunos ejemplos derivados del valor afectivo-emotivo de
este s u f i j o 2 0 :
- I T O :
"como no (den) el el r e l o j i t o me voy" (1HA1)
[Empleo irónico del diminutivo; en este caso, s iguiendo a M. Seco (1970:107-108) aporta una idea de atenuación con carácter irónico, muy propio del lenguaje popular y por extensión del habla coloquial]
"ya le digo madre mía / yo la vi y dig- digo a mi madre. . . a lgoo digo un dolor de repent (e) d igoo o algo que le pasa a la chica digo porque. . . me extraña porque esta mujer va con los chicos a comprar / y luego el marido p' arriba y p' abajo digo me extraña que n o o o . . . dice pues algo- v imos el coche ahí yo digo ná / algo / y o pensaba que era la abue l i ta dice e s o a lo mejor la abuelita que está fastidia también que . . . / ya cuando vi a mi hija dice . . . pobre la chiquilla pobrec i ta" (3HA1)
- E T E :
A: ese señor era algún amigúe te^ B: §Eh [o no o alguien que n o o o =] A: [o alguien que o / o a lo mejor alguien ] B: = que tendría una QUERELLA
(H25A1)
B: muy mal X 0 tienes que ir de ge- de cabrone- de c a b r o n c e t e § A: § sí / y [a lo m- mejor —> sí ] B: [y y de y del] morreo—) eventual que es lo que digo yo
[y y de y del] morreo—)
(5HA1)
20. Nos referimos a la conocida función emocional del diminutivo, primordial según la opinión de A. Alonso (1974) y F. Monge (1965).
7 6 1
A N T O N I O H I D A L G O NAVARRO
- ILLO:
"más que nada es un trabajo de deee de- yo qué sé queee cada día estás aguantando mil historias—»/ chungas—» todas ellas—»/ yyyy y eso quema un p o q u i l l o ¿no?" (5HA1)
"para ir por ahí //hombre hay zonas / hay zonas yy—» y las d i s c o t e q u i l l a s " (5HA1)
b . 3 ) P r e f i j a c i ó n
E s t e r e c u r s o m a n i f i e s t a e s c a s a p r o d u c t i v i d a d , a u n q u e d e b e m o s
a d v e r t i r e l f r e c u e n t í s i m o e m p l e o d e p r e f i j o super- c o m o s u s t i t u t o d e l
s u p e r l a t i v o a n a l í t i c o ( m u y + a d j e t i v o ) o s i n t é t i c o ( - í s i m o ) :
"va cada uno a su bola yyy la música superfuerte—» super-rara" (5HA1)
b . 4 ) C o m p o s i c i ó n
C o m o e n e l c a s o d e la p r e f i j a c i ó n , t a m p o c o e s t e p r o c e d i m i e n t o p r e
s e n t a e x c e s i v a p r o d u c t i v i d a d e n l a s c r e a c i o n e s l é x i c a s :
"pero es la típica movida de la juventud de la litrona—» del c u b a l l t r o y deee—» además la gente ca- cada vez saliendo más joven—»" (5HA1)
c ) F r a s e o l o g í a c o l o q u i a l .
I n c l u i m o s e n e s t e e p í g r a f e e j e m p l o s d e a l g u n a s f ó r m u l a s f r a s e o l ó g i
c a s e s t e r e o t i p a d a s : l o c u c i o n e s , m o d i s m o s , r e f r a n e s , i d i o t i s m o s . . .
"señora lo que yo le diga T v a a misa" (3HA1)
"saber m á s q u e Lepe" (3HA1)
l a d e S a n Q u i n t í n (3HA1)
"estaría h a s t a e l gorro" (H25A1)
"el a p a g a y v a m o n o s " (H25A1)
7 6 2
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
"pero en cuestión de sitios y tal me parece unaa mierda d e m u c h o cu idao" (5HA1)
"ya me han contao que cómo va-» la movida ahí y ni d e c o ñ a pienso entrar yo por ahí vamos" (5HA1)
"va cada uno a s u b o l a yyy la música superfuerte" (5HA1)
"pues yo eso lo veo d e p u t a m a d r e ! tío" (5HA1)
"y tienes que ir p o r COJONES a los únicos sitios que hay" (5HA1)
"hombre esos sitios están bien lo que pasa que están a p a r i r de gente" (5HA1)
d) Otras v ías de enriquecimiento léxico:
d . l ) Préstamos (angl ic ismos, gal ic ismos, i ta l ian ismos, cu l t i smos, jer-
ga l ismos [gi tanismos, jerga delincuente, jerga juven i l , léx ico de moda],
dialectal ismos).
S o n especialmente frecuentes l os préstamos procedentes de:
- E l argot 2 1
antro: (5HA1) chungas: (5HA1) enganchao (estar): (5HA1) enrollarse: (5HA1) fi lete (= lote, morreo) : (5HA1) marcha: (5HA1) morrear (se): (5HA1) movida: (5HA1) pelas: (5HA1) quemar (= cansar): (5HA1) rayado (a) (estar): (5HA1)
tía (= chica): (5HA1)
carroza: (5HAl) colega: (5HA1) enrollarse: (5HA1) fardar: (5HA1) mal-rol lo: (5HA1) molar: (5HA1) morreo: (5HA1) pegote (darse el): (5HA1) raya (de coca): (5HA1) rol lo: (5HA1) tirarse (= sacarse): (5HA1)
21. Conviene relativizar la extensión en el uso de las voces que aquí reunimos, pues todas provienen de un único informante, un joven de 23 años, y como de sobra es sabido, es precisamente la juventud el estrato biológico que muestra mayor proclividad al empleo de voces tomadas de otros códigos (jergas, lenguas extranjeras, e t c . ) . Cfr. al respecto los estudios de voces juveniles de A. Hidalgo (1990), (1992) y (1993).
763
ANTONIO HIDALGO NAVARRO
- Ex t ran je r i smos . Ang l i c ismos.
acid-jaus (house): (5HA1)
d .2) Des l i zamien tos de signif icado y juegos semánticos:
- General ización de signif icados.
U n ejemplo de general ización de signif icado es el del té rmino
"carro", ut i l izado en el léxico coloquial de los jóvenes para expresar el
m i s m o valor semántico que "coche" o "automóvi l " .
- Restr icción de signif icados.
Véase lo ocurr ido en tantos casos con el verbo "hacer", que ha v is to
especial izarse s u signif icado en func ión del contexto de uso . Este fenó
meno es especialmente frecuente también en el léxico juven i l :
- "¡Ya te has hecho el cubata!" (= beber) - "¡Ya te has hecho otra página!" (= leer) - "¡El sábado me hice una tía buenísima! (ligar, hacer el amor)
- E u f e m i s m o y d is femismo.
Tendencia a la expres ión malsonante directa.
"la hostia puta / mira que son bordes" (3HA1)
"a mi no me j o d e n l me CAGUEN LA MADRE QUE los parió" (3HA1)
- Creaciones metafóricas. Comparación, H ipérbo le e I ron ía .
La Comparación. El Juego de palabras
"esot c o m o buscar una aguja en un pajar" (H25A1)
Hipérbole e ironía
E n ocasiones, l os juegos i rón icos crean efectos h iperból icos de gran
creatividad en la conversación coloquial:
A: y o es que en Gante compré una vez un bote de guisantes/ me duró dos s e m a n a s l tú (RISAS)
D: (RISAS)
764
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
A: no conseguía comérmelos C: el cabrón ( (pagaos) )? s e l o s c o m í a d e u n o e n u n o
(H38A1)
Otras veces el énfasis hiperból ico se manif iesta en la af irmación o la
negación; in t roduc imos aquí algunas fó rmulas (n i con mucho las únicas
que pueden u t i l i za rse ) empleadas cuando el hablante desea dotar de
cierto énfasis expres ivo una aseveración afirmativa:
A :que llaman por teléfono en toa España/ por te léfono/ pues fíjate a los que le toque §
B: § n o v e a s / [fórmula expresiva empleada en el registro coloquial para manifestar conformidad ante algo o alguien] (H25A1)
"vaya/ hay veces que ha habido quien ha dicho no no q u i e r o i no" (H25A1) [indica aprobación, fórmula de asentimiento]
O s u negación:
"tú n o tienes ni idea de loh impreso ni nada" (3HA1)
"ni Vicente ni santo Vicente" (H25A1)
Otros mecanismos de énfasis: la interjección, la onomatopeya, la exclamación:
"¡ay ! vamos vamos" [Interjección] (1HA1)
"¡che! si no tengo ningún cuatro/ ¡che!" [Interjección] (H25A1)
"¡toma candela!" (H25A1)
"psch [onomatopeya] o iga / digo aún estamos aquí" (3HA1)
765
ANTONIO HIDALGO NAVARRO
3. LA FUNCIÓN TEXTUAL EN LA CONVERSACIÓN COLOQUIAL
Plano sintáctico
Elementos ordenadores del habla. L o s marcadores d iscu rs i vos
(conectores pragmáticos, nexos extraoracionales, etc.).
Part iendo de l os textos estudiados hemos d is t igu ido t res t ipos de fór
mulas , para cuya clasificación hemos seguido diversas propuestas 2 2 .
Hablamos así, en u n sent ido ampl io, de Est imu lantes conversacionales,
F ó r m u l a s de t ransic ión y Fó rmu las conclusivas. Debemos asignar los,
obviamente, al plano sintáctico, ya que afectan a la organización estruc
tural del d iscurso oral.
Estimulantes conversacionales
1. I m p e r a t i v o s d e p e r c e p c i ó n s e n s o r i a l
Dent ro de este grupo inc lu imos l os frecuentes casos de mira-.
"mirai a mí me dejo—)" (H25A1)
mire:
"me dice m i r e l un muñeco que sale en la te let" (H25A1)
Oye:
" o y e l oiga usté pues usté / n o n o o sabía nada mee avisó mi tía que me había salido" (H25A1)
Oiga:
"oiga4- que a mí me lo han tomao por teléfono el pelo" (H25A1)
2. I m p e r a t i v o s i n t e l e c t u a l e s
"pues fíjatei- a los que le toque—>" (H25A1)
3. N a d a introductor
"o sea que una puerta muy buena y tal / pero que n a d a / que—> / además lleva muchos líos en la cabeza y—> y un marido en la cárcel—> y cosas d'estas " (5HA1)
22. Hemos de citar al respecto a W. Beinhauer (1985), A. Narbona (1986), A. Ma
Vigara Tauste (1980), F. Díaz (1985), M. Criado de Val (1959) y (1980), L. A. Hernando Cuadrado (1988), M. Seco (1973), F. Ynduráin (1964) y (1965), G. Herrero (1988), B. Steel (1985), A. Llórente (1980), Ch. E. Kany (1969) y R. Grossi (1963).
766
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
Fórmulas de transición
En este caso podemos distinguir, operativamente, dos clases de elementos, los en laces co loquiales propiamente dichos (o "palabras gramaticales", en terminología de M. Seco, 1973), y los soportes conversacionales , sintagmáticamente independientes de la enunciación que introducen2^.
1. Enlaces coloquiales
QUE - Con matiz causal:
"pues p ó n s e l o q u e mi m a d r e m e tiró un: rec ibo d e dosc ien tas pese tas po r n o estar e n casa" (1HA1)
- Con matiz temporal:
"a las tres horas q u e el h o m b r e se había q u e d a o otra vez u n p o c o e m b e l e s a o " (H25A1)
- C o n v a l o r c o m p l e t i v o :
"eso fue un error del médico o que dio el papel / o que lo sa-" (3HA1)
- Con valor puramente ilativo:
"va la criatura q u e va—> q u e le due le" (3HA1)
"y por COJONESi- tíoX que igual no te- ni te apetece" (5HA1)
- En estilo directo s in verbum dicendv.
"y y o quer ía explicarle a la mujer y la mujer—» q u e n o " (H25A1)
A: a las o c h o d e la n o c h e [un telegrana = ] B: [bendi to sea Dios] A: = ( ( . . . ) ) y era y era u n a d' esa d e e ( ( . . . ) ) q u e el día ca torce r e u n i ó n
(H25A1)
23. La independencia sintagmática de estas fórmulas viene corroborada por su misma entonación, igual, generalmente, a la del vocativo (entonación descendente) . Suelen ir precedidas y seguidas por pausas, en ocasiones casi imperceptibles, pero suplidas por una juntura terminal descendente (cadencia o semicadencia).
767
ANTONIO HIDALGO NAVARRO
ES QUE
"es que pasa eso" (H25A1)
"desde luego eso noo—) tampoco lo entiendo/ noi es verdad/ yo es que eso no lo hagol cono" (5HA1)
Y
"y no estaban y como no —>" (1HA1)
"y viene el hijo y dicen ve vetee aa la radio" (H25A1)
"yyy/ y no sé-l yo esto ya lo he dicho muchas veces" (5HA1)
PUES
"pues luego el chico pues se fue aa" (3HA1)
"claro pues—) por eso no la enterraro" (3HA1)
"pues oye a las ocho la noche a las nueve" (H25A1)
"yo qué sé si alguien está enganchaoT pues canalizarle a un centro donde lo puedan desenganchar" (5HA1)
"pues—> nada allí hacemos tramitamos / ayudas tramitamos—) recursos sociales—) becas" (5HA1)
PERO (SI/QUE)
"pero señora si el ingreso lo tiene usté—)" (3HA1)
"pero es que la cosa fue la de la siguiente manera" (H25A1)
"al que pi- al que le pilla por ahí / pero más que nada a nosotros no / porque so-nosotros estamos ahí más cerca de—) como nosotros estamos en el barrio" (5HA1)
ADEMÁS
"o sea que una puerta muy buena y tal/ pero que nada/ que —) además lleva muchos líos en la cabeza y—> y un marido en la cárcel—) y cosas d' estas" (5HA1)
768
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
ENTONCES
"en tonces a u n q u e te t o m e alguien el pe lo p u e s dices sí" ( H 2 5 A 1 )
"esto p e e r o u n a s d o s o tres veces t amb- si q u e vive allí y ta l / p o r q u e hab ían ro to una puerta—»/ y e n t o n c e s era la historia—» p o r q u e allí nad ie qu ie re p o n e r puertas—» en el barr io puer tas blindadas—»/ yy" (5HA1)
O SEA
"o sea a ella le hab ían jodido la puer ta ¿no?/ yyy quer ía u n a n o tenía pelas" (5HA1)
"o sea—» e- p e r o o n o es p o r q u e sea Valencia en sí n o / o sea y o c reo q u e e n toda España pasa lo m i s m o yyy yy y c reo q u e e s o cont igo ya lo h e c o m e n t a o otras veces" (5HA1)
2 . S o p o r t e s c o n v e r s a c i o n a l e s
2 . 1 . I m p e r a t i v o s c o m p l e t a m e n t e d e s e m a n t i z a d o s (a pa r t i r de los ver b o s ir-vamos, íxnáíxv-anda)
VAMOS
"vamos / v a m o s p o r q u e es q u e era un señor" (H25A1)
"ya m e h a n cun tan q u e c ó m o va—» la movida ahí y ni d e coña p i enso entrar yo po r ahí vamos" (5HA1)
A N D A
"que diga q u e b u e n o va la criatura q u e va. . . q u e le due le / se encuen t ra mal / p e r o hostia a n d a -l así conforme va su hija q u e n o - la p o b - (( )) q u e tenía u n o s
do lores q u e se moría la p o b r e chiquilla / m e caguen la m a d r e q u e los par ió" (3HA1)
2.2. E x p r e s i o n e s v o c a t i v a s (hombre, tío, nano)
H O M B R E
"la ve rdad es q u e eel barr io ese yaa d e po r sí t iene m u y mala fama/ hombre - l hay gen te chunga eso está claro" (5HA1)
7 6 9
ANTONIO HIDALGO NAVARRO
TÍO
"pero ¿nombre completo? tío? oo cómo está eso?" ( 5 H A 1 )
"y ¿cómo conoces a una tía hoy en d í a i nano?/ ¿dónde te tienes que meter para buscar una una CHICA LEGALÍ tío? o sea legal COMO T Ú i cono" (5HA1)
N A N O
"y tienes que ir por COJONESt a los únicos sitios que hayi y en todos es la misma—> y por COJONESl t í o i que igual no te- ni te apeteced nano" (5HA1)
2 .3 - I n t e r j e c c i o n e s de r e s o n a n c i a o b s c e n a q u e h a n p e r d i d o , p o r su
u s o f r e c u e n t e , su carácter " m a l s o n a n t e " (cono, joder)
C O N O
"a mi eso me parece un ASCO vamos/ o sea—> un asco hombre conforme a mis expectativas de d i - de d ivers ión! cono" ( 5 H A 1 )
JODER
"¿qué quieres que te diga? yo creo que se ha perdido mucho laaa yo envidio la época de mis padres / cono / la época de los guateques y tal / joder" ( 5 H A 1 )
2.4. E x p r e s i o n e s s in tagmát icas c o n e l v e r b o "saber" c o m o e l e m e n t o
i n t e g r a n t e (yo qué sé, no sé)
Y O Q U É SÉ
"no no te aburre/ más que nada es un trabajo de deee de- yo qué sé queee cada día estás aguantando mil historias—> / chungas—> todas ellas—>" ( 5 H A 1 )
"pero yo qué sé4- así algún caso/ pues no sé una- enferma mental/ unaa mujer quee un día puees nos sacó la navaja yy—>" ( 5 H A 1 )
N O SÉ
B: en una discoteca no te puedes poner a hablar TÍO con—> A: no además imposible B: imposible no yyy en- en un pab puees casi tampoco no yyy tal yy—>// no sé—>
que echo a perder sitios d'esos no o sea—» sitios como las fiestas que puedes bailar en parejas por ejemplo ¿no? o loos—»" (5HA1)
770
EL COMENTARIO D E TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
2.5. Conector Buena
"una cosa es que diga que b u e n o / va" (3HA1)
"porque so- nosotros estamos ahí más cerca de—> c o m o nosotros estamos en el barrio/ pero que b u e n o / tenemos constancia de que ha ido al juzgao por ejemplo y l'armao—) o al hospital y l'armao" (5HA1)
3 . F ó r m u l a s c o n c l u s i v a s
Consideramos aquí ciertos té rminos a l os que se encomienda u n
papel terminat ivo o resumidor (v id . A . Narbona, 1986 :254)
Y YA ESTÁ
"pero hay otra gente que simplemente es poobre pero que se gana la vida o rebuscando cartón? o o haciendo la naranja o la vendimia payos y gitanos? que son gentee que intenta normalizar su situación? y enrollarse// sí/ y ya está" (5HA1)
Y TAL
"yo trabajo en un—) en un equipo deee—) d e e e servicios socia les / en el barrio del l iansampó de Burjasot / se le llama l iansampói se llama / seiscientas trece viviendas / y es un barrio de acción preferente/ donde haayy gente necesita-ada y tal" (5HA1)
Y TODO
"m'he traído corbata y t o d o ! tío" (5HA1)
Y COSAS DÉSTAS
"además lleva muchos líos en la cabeza y—) y un marido en la cárcel—) y cosas d'estas" (5HA1)
Y TODA LA HISTORIA
"no he visto un sitio original quee haya gente de veinte años—) / yo qué sé bailando—) y b i e n l t ío / con música que hh te suene yyy—) y y o qué sé que no—) que haya gente que vaya de normal sin el rollo este del alcol—» y toda la historia" (5HA1)
O ALGO
esto va a salir en la t e l e ! o a l g o l no ¿verdad? ¡qué lástima!" (5HA1)
7 7 1
ANTONIO HIDALGO NAVARRO
O POR AHÍ
'ya te digo pui- y sa- y sale muy tarde/ sobre las cuatro de la mañana o por ahí es cuando entran aaa a los antros estos" (5HA1)
BUENO (conc lus ivo )
"bueno/ ya probaremos" (1HA1)
"bueno/ hasta luego" (H25A1)
VALE (conc lus ivo )
"vale/ hasta la vista" (H25A1)
4. LA F U N C I Ó N APELATIVA EN EL REGISTRO C O L O Q U I A L
E n el marco d iscurs ivo de la conversación coloquial ex is ten deter
minados recursos, básicamente pragmáticos, v inculados al T Ú , a la 2 a
persona de la enunciación, que obedecen al interés del hablante por
m in im i za r s u presencia en el intercambio, y desplazan el interés comu
nicativo hacia dicho receptor. Hablaremos, así, de recursos determinados
por la deferencia del emisor hacia el interlocutor, esto es, fenómenos
relacionados, en un sent ido ampl io, con el concepto pragmático de
C O R T E S Í A (v id. Beinhauer, 1985 :133-144) , que const i tuyen usos grama
ticales determinados diafásicamente.
Plano morfosintáctico
a). Elusión d e la primera persona. U s o d e T Ú / U N O c o n sent ido imperso
nal c o m o m e c a n i s m o d e atenuac ión (cortesía).
N o s refer imos aquí a ciertos fenómenos relat ivos a la mor fos in tax i s
de las clases de palabras, concretamente el pronombre personal de 2 a
persona (y en general la 2 a persona) y el pronombre-determinante inde
f in ido U N O . H e m o s de advertir previamente, que en nuest ro corpus la
frecuencia de aparicicín de T Ú impersonal es muy s t iper io r a la del inde
f in ido U N O 2 4 . De cualquier forma, en ambos casos se manif iesta u n pro-
24. En adelante hablaremos de TÚ impersonal para referirnos al empleo de la segunda persona del singular con referencia impersonal. Sobre este aspecto específico véase el trabajo de A. Hidalgo (e.p.).
772
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA.
U N O IMPERSONAL
A: yo yo lo que digo siempre sale así § B: § [ ( ( ) ) ]
A: [cuando uno no lo espera—»] (H25A1)
"cuando uno está pendiente no hay nada que hacer" (H25A1)
b) Los posesivos. Redundancia en la indicación de la posesión
E x i s t e en el registro coloquial una marcada tendencia a alterar
redundantemente el uso canónico de los poses ivos . E n realidad se trata
de u n mecanismo con el que el hablante intenta superar la posib le ambi
güedad comunicativa (v id . E . Lo renzo , 1971) :
"y a una tía m í a de m i marido también " (H25A1)
c) El verbo. La apelación directa: el m o d o Imperat ivo
Frente al paradigma normat ivo del imperat ivo ex is ten algunas va
riantes coloquiales que denotan los m i s m o s valores que las formas ver
bales imperativas. E n nuest ro corpus ha s ido muy frecuente el empleo
del in f in i t i vo con valor imperativo, si tuación que ya hemos tenido en
cuenta al estudiar la func ión expres iva (v id . supra p. 174) :
"decir la verdad/ / no venir eh así" Infinit ivo imperativo (H25A1)
"venir desde un principio" Infinit ivo imperativo (H25A1)
"oveJ- hacer el favor a mí no volverme a avisar con tel-" Infinit ivo imperativo (H25A1)
773
ceso por el cual el hablante atribuye la actividad expresada por el verbo
al inter locutor (v id . W . Beinhauer, 1985:166, nota 4 5 ) .
T Ú IMPERSONAL
"la—» la gente, más o menos tiene que beber para divertirse y—» y no sé/ yo esto ya lo he dicho muchas veces/ que yo envidio sitios donde—» pues tampoco sea necesario eso ¿no? el que tú te tomes una co (pa)—» hombre/ bebes porque te da la gana pero no—» como es ahora/ beber por sistema/ es que ahora es beber por sistema/ tío—» ya no beber/ sino drogas y tal ¿no?/ pero hay sitios que sabes que no te puedes meter—» como no vayas dro—» drogao/ bueno con una raya o ta l / sí/ sí descarao/ si no se te ríen o haces el r idículo/ no pegas nada ahí/ tú" (5HA1)
ANTONIO HIDALGO NAVARRO
5. CONCLUSIONES
Quis ié ramos f inal izar este anál is is recordando nuevamente nuest ro propósi to didáctico inicial . As í , se habrá comprobado que nuestra descr ipción de los rasgos l ingüís t icos de la conversación coloquial ha s ido bastante superf ic ial , y lo ha s ido voluntariamente. H e m o s evitado profund izar en la adscripción categorial de l os rasgos, aspecto s i n duda de vital importancia, y hemos prefer ido obtener una nómina de rasgos lo más exhaust iva posib le, con objeto de proporcionar u n patrón de trabajo ú t i l aunque, como hemos venido reiterando, deliberadamente i n s u f i ciente para el investigador ya curt ido en estos temas. Nues t ro destinatar i o in ic ial no era este (aunque lo pueda ser secundariamente) s i n o el estudioso incipiente del habla coloquial, aquél que inicia o ha iniciado recientemente el estudio de este registro. La reso luc ión de l o s mú l t ip les problemas y el anál is is pormenor izado del regis t ro coloquial, deben l le var al manejo de trabajos más inc is ivos que el presente, aunque s u talante resul te menos descr ipt ivo 2 5 .
25. Claro está que sin pretender ser exhaustivos, como ejemplo de tales estudios específicos, recomendamos vivamente la lectura de A Briz (1993a) (1993b) (1995) (1996), A. Narbona (1986) (1989), L. Cortés (1987) (1991) (1995), S. Pons (1995), L. Kuiz (1995), J. Gómez (1992), J. Sanmartín (1996), J. Portóles (1993) (1994) (1995), J. J. De Bustos (1995), etc.
774
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
A P É N D I C E
Exponemos a continuación las características de cada una de las gra
baciones ut i l izadas en la elaboración de nuest ro corpus de referencia:
(1HA1) Grabación secreta. A) Situación de uso: la calle Lugar de grabación: Barrio de San Marcelino, Valencia.
B) Tema /Materia de conversación: despedida Propósito comunicativo: Interactivo.
C) Participantes: 3 (Conversación única)
D) Datos de los participantes: Pasivos: 0 Activos: 3 Relación entre participantes: amistad Tono empleado: informal Sexo: Los tres son mujeres. Edad: Una de + 60 años (B) , las otras dos de 40-60 (A, C) (Dado el carácter secreto de la grabación no hemos podido recabar más datos)
(2HA1) Grabación secreta: A) Situación de uso: Tienda-estanco. Lugar: Barrio de San Marcelino, Valencia.
B) Tema / Materia de conversación: coste de un envío postal. Propósito comunicativo: interactivo.
C) Participantes: 4 (Conversación única)
D) Datos de los participantes: Pasivos: 1 (el investigador) Activos: 3 Relación entre participantes: dos de ellos (las vendedoras) son madre e hija; los otros son clientes. Relación ocasional. Tono empleado: informal, "cierta confianza". Sexo: A (vendedora-hija) - mujer / D (vendedora madre) - mujer / B - mujer / C - hombre. Edad: A - 20-40 / D - +60 / B - 40-60 / C - 23 (Se ignoran otros datos).
7 7 5
ANTONIO HIDALGO NAVARRO
C3HA1) Grabación secreta: A) Situación de uso: calle. Lugar de grabación: Barrio de San Marcelino, Valencia.
B) Tema /Materia de conversación: situación actual de los hospitales españoles. Propósito comunicativo: Interactivo.
C) Participantes: 4 (Conversación única)
D) Datos de los participantes: Pasivos: 1. Activos: 3-Relación entre participantes: Amistad (Probablemente). Tono empleado: Informal. Sexo: A - Mujer / B.- Hombre / C - Mujer / D - Mujer. Edad: A, 40-60 / B, 40-60 / C, 40-60 / D, -20 (Se ignoran otros datos)
( 5 H A 1 ) Entrevista dirigida con cuestionario de base: A) Duración aproximada: 28 minutos. Situación de uso: Entrevista dirigida por el investigador en un parque público (Blasco Ibáñez) Lugar de la grabación: Avda Blasco Ibáñez, Valencia.
B) Tema / Materia de conversación: la "marcha" en Valencia. Propósito comunicativo: noticia-comentario / interactivo.
C) Participantes: 2 (Conversación única)
D) Datos de los participantes: Pasivos: 0 Activos: 2 Relación entre participantes: conocidos. Tono empleado: comenzó siendo formal, por el carácter de entrevista, pero, a los pocos minutos se llegó a un tono informal. Sexo: Ambos son varones. Edad: Ambos tienen 23 años. Al tener qtie eliminar, por motivos de rigor científico, los datos del investigador, señalamos únicamente los datos relativos al informante (B): Profesión: Asistente social. Estudios: ídem (diplomado universitario). Lengua materna: castellano (nació en Zaragoza), monolingüe. Domicilio: Alrededores de la Calle Alboraya, Valencia. Escala socioeconómica: Media.
776
EL COMENTARIO DE TEXTOS ORALES COLOQUIALES. UNA APROXIMACIÓN DIDÁCTICA
(H25A1) Grabación secreta: A) Situación de uso: Tienda-droguería. Lugar de grabación: Barrio de San Marcelino, Valencia.
B) Tema / Materia de coversación: Comentarios sobre concursos televisivos; bromas pesadas por teléfono. Propósito comunicativo: Interactivo.
C) Participantes: 4 (Conversación única)
D) Datos de los participantes: Pasivos: 0 Activos: 4 Relación entre los participantes: Ocasional. Dos de ellos son vendedores (A y D), los otros dos son clientes (B y Q Tono empleado: informal. Sexo: A - Hombre / D - Mujer / B - Mujer / C - Hombre Edad: A, 40-60 / D, 20-40 / B, 20-40 / C, 23 (Se desconocen otros datos)
(H38A1): Entrevista dirigida con cuestionario de base: A) Duración aproximada: 28 minutos. Situación de uso: Grabación secreta, con observación participante. Desarrollada en una zona campestre. Lugar de la grabación: El Saler, Valencia.
B) Tema / Materia de conversación: Varios, diversión, mujeres, ligues, el alcohol. Propósito comunicativo: interactivo.
C) Participantes: 4 (Conversación única)
D) Datos de los participantes: Pasivos: 0 Activos: 4 Relación entre participantes: amigos. Tono empleado: informal. Sexo: varones. Edad: A, C, D- 24 años; B- 25 años. Profesiones: A, Profesor universitario; B, Transportista al por menor; C y D, Estudiantes Universitarios. Lengua materna: castellano, monolingües. Domicilio: A, B, C, D, nuevo ensanche de la ciudad de Valencia. Escala socioeconómica: Media.
777
A N T O N I O H I D A L G O NAVARRO
(AP80A1) Grabación Secreta: A) Duración aproximada: 50 minutos. Situación de uso: Local de reuniones público Lugar de la grabación: Valencia, Poblados Marítimos.
B) Tema / Materia de conversación: Tabaco, deportes, los amigos. Propósito comunicativo: interactivo.
C) Participantes: 5 (Conversación única)
D) Datos de los participantes: Pasivos: 0 Activos: 5 Relación entre participantes: amistad. Tono empleado: informal. Sexo: 3 varones y dos mujeres. Edad: 26-55 años. Profesión: Parados y mujeres de la limpieza. Estudios: Primarios. Lengua materna: castellano. Domicilio: Chirivella (Valencia) y Valencia, capital. Escala socioeconómica: Baja.
B I B L I O G R A F Í A
ALCINA, J. y BLECUA, J. M. (1988): Gramática española. Barcelona. Ar ie l . 6-Edición.
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