IX PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA EM … · 2019-10-10 · Questionário autorelato Escala...

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K A R O L B E Z E R R A T H É

G E R I AT R A P E L A U N I F ES P/ S B G G

Á R EA D E AT UA Ç ÃO E M D O R P E L A A M B

C O O R D E N A D O R A D O C O M I T Ê D E D O R N O I D O S O S B E D

M E M B R O D A CO M I S S ÃO D E D O R N O I D O S O S B G G

IX PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

EM FISIOPATOLOGIA E TERAPÊUTICA DA DOR

2019Equipe De Controle de Dor – Divisão de Anestesia do Hospital das Clínicas da

FMUSP

DOR NO IDOSO

Dra. Karol Thé

Dra. Karol Thé

ESTIMATIVA POPULAÇÃO BRAS: 208.500.000 - 13% IDOSOS ( 2018)233.090.000 - 32% IDOSOS ( 2060)

ESPERANÇA VIDA AO NASCER : 76,2 ANOS (MÉDIA) – 201881 ANOS ( MÉDIA) – 2060

Dra. Karol Thé

Dra. Karol Thé

IBGE,2018

Dra. Karol Thé

Dor no Idoso

Pós- Graduação em DorHospital Israelita Albert Einstein

Karol Bezerra Thé

Médica, especialista em Geriatria SBGG/AMB

Home Care Einstein

Pós- Graduação em Dor HIAE

2013

ENVELHECIMENTO

Declínio fisiológico das funções orgânicas

Aumento das doenças crônicas

DOR

Dra. Karol Thé

ENVELHECIMENTO E DOR

• Nos consultórios médicos, 73% dos idosos queixam-se de

algum tipo de dor. (Sleep. 2007 Mar 1;30(3):274-80)

• 50 a 60% ficam parcial ou totalmente incapacitados.

Dra. Karol Thé

Doenças osteomusculares

Estenose espinal

Fraturas

Úlceras de pressão

Retenção urinária

Constipação

Deficiência de vitamina D

Polimialgia reumática

Doença arterial coronariana

Dor orofacial

Doença de Paget

Doença vascular periférica

Neuropatia diabética

Neuralgia pós-herpética

Síndrome dolorosa pós-AVE

Câncer

Neuralgia do trigêmeo

Radiculopatias compressivas

CAUSAS COMUNS DE DOR NO IDOSO

Shega J, et al. Pain in Person with Dementia: complex, common, challenging. The Journal of Pain.

2007:373-37

Nem sempre a causa é uma só

“Se muitos problemas que

acompanham a idade são

incuráveis, como reumatismo,

desgastes articulares, dor na

coluna, entre outros, a dor tem

uma possibilidade de alívio e,

ao contrário do que muitos

pensam, envelhecimento e dor

não são sinônimos”

Newton Barros 07/12/2006

▪ 20-50% IDOSOS DA COMUNIDADE

▪ 45-80% INSTITUCIONALIZADOS

▪ 25% MORREM SEM OBTER CONTROLE ADEQUADO DA DOR

Kaasalainen S, Molloy DW. Pain and aging. Geriatrics today: J Can Geriatr Soc 2001; Bjoro K, Herr K. Clin Geriatr Med 2008

Dra. Karol Thé

N = 1.271 idosos

Dor crônica = 29,7%Dor lombar e MMII = 47,3%Intensidade moderada = 45,8%Frequência diária = 49,6%

Dra. Karol Thé

Dra. Karol Thé

▪ 872 idosos▪ Prevalência de dor crônica = 52,8% ▪ Localização mais frequente: membros inferiores = 34,5%▪ região lombar = 29,5%▪ Intensidade forte ou pior possivel = 54,7%

Pereira LV, et al. Prevalência, intensidade de dor crônica e autopercepção de saúde entre idosos: estudo de base populacional. 2014;22(4):662-9

◆Projeto Longevos: 330 idosos > 80 anos independentes

◆Prevalência de dor crônica 20,9%

◆ Intensidade moderada a intensa

◆Nociceptiva (80,3%)

◆Localização lombar (32,7%) e MMII (principalmente joelhos)

Dra. Karol Thé

Dra. Karol Thé

Dra. Karol Thé

•CONDIÇÕES ASSOCIADAS A PRESENÇA DE DOR ESTÃO ENTRE AS CINCO MAIORES CAUSAS DE TEMPO VIVIDO COM INCAPACIDADE.

•AUSTRÁLIA: ARTRALGIA / LOMBALGIA TRIPLICA A PROBABILIDADE DE ABSENTEÍSMO. IDOSOS ESTÃO DEIXANDO DE RETORNAR AO TRABALHO POR CONDIÇÕES DOLOROSAS.

•PACIENTES PORTADORES DE SÍNDROMES DOLOROSAS CONSOMEM 2X SERVIÇOS SAÚDE

Heschke N, Kamper SJ, Maher CG. The epidemiology and economyconsequences of pain; Maio Clinic, 2015

Dra. Karol Thé

▪ EUA ( 2010) : SÍNDROMES DOLOROSAS $ 635 BILHÕES

CANCER: $ 243 BILHÕES

DOENÇAS CARDÍACAS: $ 309 BILHÕES

DIABETES $ 188 BILHÕES

The high price of pain: the economic impact of persistent pain in Australia. 2007Goskin DI, Richard P. The economic costs of pain in USA. J Pain, 2012

Dra. Karol Thé

▪ AUMENTO DO ABSENTEÍSMO NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS

▪ IDOSOS ESTÃO DEIXANDO O MERCADO DE TRABALHO

▪ REDUÇÃO DO PIB ANUAL

▪MAIOR GASTOS COM SERVIÇOS DE SAÚDE

Dra. Karol Thé

Kayho Y et al. Impact of Pain on Incident Risk of Disability in Elderly Japanese: Cause-specific Analysis

Anesthesiology. 2017 Apr;126(4):688-696

Dra. Karol Thé

DOR CRÔNICA X MOBILIDADE

Dellarosa M, Pimenta CA, Duarte YA. Dor crônica em idosos residentes em SP: prevalência, características e associação com capacidade funcional e mobilidade. 2013

FATORES RELACIONADOS A DECLÍNIO FUNCIONAL:INTENSIDADE DA DORMULTIPLAS LOCALIZAÇÕESLOMBAR / MMII

Dra. Karol Thé

National Health and Aging Trends Study , EUA. 2011

National Health and Aging Trends Study , EUA. 2011

Pereira LV, et al. Prevalência, intensidade de dor crônica e autopercepção de saúde entre idosos: estudo de base populacional. 2014;22(4):662-9

Dra. Karol Thé

▪ROMPER MITOS RELACIONADOS A DOR NO IDOSO

▪AVALIAR E MENSURAR

1. DISTÚRBIOS SENSORIAIS

2. COGNIÇÃO

3. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

4. INFORMAÇÕES INDIRETAS

▪CONHECER OS MEDICAMENTOS E SUA FARMACOCINÉTICA

▪CONHECER OUTROS MÉTODOS TERAPÊUTICOS

▪INSERIR NO CURRICULO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Dra. Karol Thé

• Hiperalgesia secundária prolongada

Zheng, S.J et al.: Age-related differences in the time course of capsaicin-induced hyperalgesia.

Pain. 85:51-58 2000

• Desregulação da via descendente inibitória

M. Lariviere, et al.: Changes in pain perception and descending inhibitory controls start at middle age in

healthy adults.

Clinical Journal of Pain. 23:506-510 2007

FISIOPATOLOGIA & IDADE AVANÇADA

• 12 estudos

• Objetivo: tentativa de mostrar evidências de que idosos

teriam mudanças no limiar dor comparado aos adultos

jovens

• Não há evidências que determinem mudanças na

sensibilidade dolorosa em idosos saudáveis comparados

com individuos jovens

2017

AVALIAÇÃO DE DOR NO IDOSO

AVALIAÇÃO DE DOR

Questionário autorelato

❑Escala visual analógica

❑Escala numérica verbal

❑Escala de descritores verbais

❑Escala de faces

Questionários multidimencionais

❑Mcgill

❑Inventário Breve de Dor

❑GPM (Geriatric Pain Measure)

Rev Dor. São Paulo, 2015 abr-jun;16(2):136-41

Dra. Karol Thé

ESCALAS UNIDIMENSIONAIS DE DOR

• Projeto Longevos: 330 idosos > 80 anos independentes

• Prevalência de dor crônica 20,9%

• Escalas de avaliação preferidas: EF e ENV

DOR NA DEMÊNCIA

Dra. Karol Thé

DEMÊNCIA

✓ 2015 → 47milhões

✓ 2030 → 75 milhões

✓ 2050 →132 milhões

✓ 60% vivem em paises em desenvolvimento

Burlá, et al. 2013

Sampson EL, et al. 2015

DEMÊNCIA

PREVALÊNCIA:

❑ > 65 ANOS: 6%

❑ > 80 ANOS: 30%

Dra. Karol Thé

PREVALÊNCIA DE DEMÊNCIA POR 100.000 HABITANTES POR REGIÃO

Anos vividos com incapacidade e Anos de vida perdidos por 100.000 habitantes devido a Demência por idade

Lancet Neurol, 2018

❑ Prevalência alta

❑ O prejuízo na comunicação representa a maior barreira para

a avaliação da dor

❑ A experiência de dor é mais comum na fase final da

demência do que na fase final do câncer.

Corbett A, et al. Rev Neurol 2012;8:264-74

Van K et al. BMC Geriatrics 2015:15-29

DOR & DEMÊNCIA

Dra. Karol Thé

Malara A, et al. Journal of Alzheimer’s Disease 50(2016)1217-1225

233 idosos

demenciados em ILP

Dra. Karol Thé

❑ Idosos com demência e dor decorrente de estágio avançado

do câncer recebem menos analgésicos do que idosos sem

demência mesmo estando num estágio de mesma

evolução.

Monroe et al 2012

SUBTRATAMENTO DA DOR & DEMÊNCIA

Dement Geriatric Cogn Disord 2016;41:181-1911.897 pessoas

Malara A, et al. Journal of Alzheimer’s Disease 50(2016)1217-1225

COMO AVALIAR A DOR NO IDOSO COM DEMÊNCIA?

Dra. Karol Thé

Obter o autorelato de dor sempre que possível

Investigar condições clínicas que possam estar causando dor

Relato da família/cuidador

Observar comportamentos que podem sugerir presença de dor

SEMPRE...

American Society Pain Management

Dra. Karol Thé

MANIFESTAÇÕES DE DOR EM IDOSOS COM DEFICIT COGNITIVO

EXPRESSÃO FACIAL Tristeza, facies de raiva, caretas

VERBALIZAÇÃO/VOCALIZAÇÃO Gemidos, gritos, pedidos de socorro

MOVIMENTOS CORPORAIS Rigidez, tensão muscular a

movimentação, alteração na marcha

MUDANÇA NA INTERAÇÃO

INTERPESSOAL

Agressividade, apatia, isolamento social

MUDANÇA NAS ATIVIDADES

ROTINEIRAS

Recusa alimentar, mudança no apetite,

sonolência, perambulação

MUDANÇA NO ESTADO MENTAL Confusão mental, choros, irritabilidade,

agitação

AGS. Panel on Persistent Pain in Older Adults. The management of persistent pain in older persons. J Am Soc 2002:50:S211

Dra. Karol Thé

❑ Abbey (Abbey Pain Scale)

❑ ADD (Assessment od Discomfort in Dementia)

❑ DS-DAT (Discomfort in Dementia of the Alzheimer’s Type)

❑ CPAT (Certified Nursing Assistant Pain Assessment Tool)

❑ NOPPAIN (Noncommunicative Patient’s Pain Assessment Instrument)

❑ CNPI (Checklist of Nonverbal Pain Indicators)

❑ PADE (Pain Assessment for the Dementing Elderly)

❑ MOBID e MOBID 2 (Mobilization-Observation-Behavior-Intensity-

Dementia Pain Scale)

❑ PAINE (Pain Assesment in Non communicative Elderly Persons)

❑ DOLOPLUS 2

❑ PAINAD (Pain Assessment in Advanced Dementia)

❑ PACSLAC (Pain Assessment Checklist for Seniors with Limited Ability to

Communicate)

❑ MPS (Mahoney Pain Scale)

❑ ADD (Assessment of Discomfort in Dementia)

❑ ALGOPLUS

Dra. Karol Thé

❑ 23 artigos selecionados

❑Média de idade: 80 anos

❑ Oito estudos→ múltiplas escalas

❑ Treze avaliaram confiabilidade e validade das escalas

Neurodegener.Dis.Manag. 2016

Dra. Karol Thé

❑ Escalas de autorelato são padrão-ouro para avaliar dor em idosos com

cognição preservada

❑Mais de 90% dos idosos com demência moderada sao capazes de usar a

Escala de Descritores Verbais (VDS)

❑ VAS e NVS sao confiáveis, porém menos em comparação com VDS

Neurodegener.Dis.Manag. 2016

Dra. Karol Thé

❑ PAINAD, DOLOPLUS II e PACSLAC são as mais usadas na pratica

clinica

❑ PACSLAC é a única que contempla todos os 6 dominios de

comportamento nao-verbais recomendados pela AGS

❑ Estudos mostram que PACSLAC é a que tem maior habilidade de

diferenciar um estado comportamental associado à dor de outro não

associado à dor.

Neurodegener.Dis.Manag. 2016

Dra. Karol Thé

PACSLAC – VALIDAÇÃO BRASILEIRA

Dra. Karol Thé

Checklist de Avaliação de Dor em Idosos com Habilidade

Limitada para comunicação-Português (PACSLAC-P)

Pontuação das sub-escalas:

1- Expressão facial

2- Atividade/movimento corporal

3- Social/personalidade/humor

4- Outros (mudanças psicológicas, mudanças em comer e dormir e

comportamento vocal)

Pontuação total do checklist (somar os totais das 4 sub-escalas)

Dra. Karol Thé

• Estratégia de avaliação

• O uso apropriado de analgésicos reduziu significativamente

sintomas de agitação, agressividade e o uso de antipsicóticos

em casas de repouso.

Husebo BS, et al. 2011

TERAPÊUTICA DA DOR NO IDOSO COM DEMÊNCIA

Dra. Karol Thé

MANEJO DA DOR NO IDOSO

IMPORTANTE:

Estabelecer metas antes do inicio da terapia analgésica

Educar paciente/familia

Reduzir a incapacidade relacionada a dor é mais importante

do que eliminar completamente a dor

ATENÇÃO A CLASSES ESPECÍFICAS

ATENÇÃO A CLASSES ESPECÍFICAS

AINHs

▪ Medicamentos mais prescritos após os 65 anos

▪ Evitar os de meia-vida longa

▪ Reações adversas no TGI, SCV e Renal são comuns

▪ HDA é 7x mais prevalente no idoso e 10% são casos fatais

▪ Tem sido causa de até ¼ das admissões hospitalares

devido a reação adversa em idosos.

Pharmacological Management of Persistent Pain in older Persons. AGS. 2009

ATENÇÃO A CLASSES ESPECÍFICAS

PARACETAMOL

• Recomendado como 1a escolha analgésica em diversos

consensos.

• Não deve exceder a dose maxima diaria de 4g/dia pelo

risco de toxicidade hepatica

• Individuos com < 50Kg é recomendado - dose maxima de

2g/24h.

American Geriatric Society (AGS), 2009

National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE), 2012

ATENÇÃO A CLASSES ESPECÍFICAS

ADT:

• São metabolizados mais lentamente

• Maior concentração sérica, taxa de depuração prolongada e

maior meia-vida

• Estreita margem de segurança

• Complicações cardiovasculares mais frequentes em altas

doses

• Hipotensão postural é o efeito adverso cardiovascular mais

comum

• Piorar instabilidade postural, risco de quedas.

AD DUAL:

• duloxetina e venlafaxina são seguros

American Geriatric Society (AGS), 2009

National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE), 2012

ATENÇÃO A CLASSES ESPECÍFICAS

ANTICONVULSIVANTES

▪ idosos com dor de componente neuropática.

▪ Gabapentina e pregabalina melhor perfil de tolerância

▪ Têm depuração dependente da função renal – necessidade

de ajuste de doses na IR.

▪ Inicio com baixa dose e titulação gradativa

American Geriatric Society (AGS), 2009

National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE), 2012

ATENÇÃO A CLASSES ESPECÍFICAS

TERAPIA TÓPICA

▪ Lidocaina

▪ Capsaicina

▪ AINHs

▪ ADT

▪ buprenorfina

▪ Fentanil

Derry S, Moore RA, Rabbie R. Topical NSAIDs for chronic musculoskeletal pain in adults.

Cochrane Database Syst Rev 2012;(9):CD007400

ATENÇÃO A CLASSES ESPECÍFICAS

OPIOIDES

▪ Dor moderada a forte com prejuizo funcional

▪ Titulação gradativa

▪ Atenção para risco de quedas.

▪ Prejuizo na função cognitiva até 7 dias após aumento de dose.

▪ Considerar a experiência profissional do prescritor

▪ Iniciar com 25% a 50% da dose recomendada para adultos

American Geriatric Society (AGS), 2009

National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE), 2012

• 92 estudos entre janeiro de 1990 a maio de 2014

OBJETIVO:

• Resumir as abordagens terapêuticas

Quem é candidato a terapia farmacológica?

◆Dor com prejuízo na funcionalidade

◆Atenção à:

POLIFARMÁCIA

IATROGENIA

POLIFARMÁCIA

EPIDEMIA entre os idosos

30% dos individuos acima de 65 anos nos países

desenvolvidos usam > 5 medicamentos

POLIFARMÁCIA

Ingesta de cinco ou mais medicamentos ao dia

Hiperpolifarmácia: consumo >

10 medicamentos ao dia

POLIFARMÁCIA

USA:

33% de todas as prescrições médicas

Expectativa -> 50% em 2040

Canadá:

2/3 dos idosos: usam > 5 medicamentos

¼ dos idosos: usam > 10 medicamentos

American Geriatrics Society, 2014

Canadian Institute for Health Information, 2012

REV SAUDE PÚBLICA 2016;50(SUPL 2):9S

OBJETIVO: Identificar os fatores de risco para a polifarmácia

◆ 9.019 idosos > 60 anos

RESULTADOS:

18% usavam pelo menos 5 medicamentos

Polifarmacia: entre os mais idosos (70-79 anos) 22%, sexo feminino 20%

Regiao Sul 25%

autoavaliação de saúde ruim 37%

plano de saúde 23%

internação no ultimo ano 32%

doenca cardiaca 43%; diabetes 36%, obesidade 26%

IDADE AVANCADA

POLIFARMÁCIA

Reação adversa a

droga

Interação

medicamentosa

Número de medicamentos

Complexidade do regime

terapêutico

Alterações farmacocinéticas e

farmcodinâmicas

ALTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS NO ENVELHECIMENTO

ABSORÇÃO

↓ Secreção ácida

↓ fluxo sanguíneo gástrico

↓ motilidade gastrointestinal

↑ pH gastrointestinal

DISTRIBUIÇÃO

↓ volume plasmático (8%)

↓ débito cardíaco

↓ água corporal (25%)

↓ albumina plasmática (20%)

↑ massa de gordura (30 a 40%)

METABOLIZAÇÃO

↓ massa hepatica

↓ fluxo sanguineo hepático

↓ atividade enzimática

(citocromo P450)

↓ fase I metabolismo

(hidroxilação, n-metilação,

oxidação e hidrólise)

EXCREÇÃO

↓ massa renal

↓ número de néfrons funcionais

↓ fluxo sanguineo renal

↓ filtração glomerular (30-50%)

↑ incidência de esclerose

glomerular espontânea

FARMACODINÂMICA NO ENVELHECIMENTO

◆Diminuição da

densidade dos

receptores

◆Aumento da afinidade

dos receptores

◆Perda da função celular

com a idade, gerando

mair sensibilidade a

drogas.

MANEJO DA DOR NO IDOSO

DESAFIO

Polifarmácia Racional X Polifarmácia Inapropriada

ESQUEMAS TERAPÊUTICOS COMUNS COM RISCOS

POTENCIAIS DE INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA

INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA POTENCIAL EFEITO/RISCO POTENCIAL

Opioide + hipnóticos sedativos Aumenta analgesia e hipotensão

Opioide + antipsicóticos Aumenta analgesia e efeito sedativo

Opioide + anticonvulsivantes Aumenta analgesia e efeito sedativo

Opioide + ADT Aumenta biodisponibilidade e toxicidade

da morfina

Opioide + antieméticos Redução do efeito analgésico do

tramadol

Opioide +antiulcerosos Aumenta a biodisponibilidde e toxicidade

da morfina

Corticosteróides + AINHs Aumenta o risco de sangramento TGI

Corticoisteroides + diuréticos Hipocalemia e arritma cardiaca

Analgésicos não-opioides + furosemida Redução do efeito antihipertensivo

QUEM SÃO OS DE MAIOR RISCO?

FATORES DO PACIENTE FATORES DO SISTEMA DE CUIDADO

Idade >85anos Prescrições múltiplas

Idosos frágeis Farmácias múltiplas

desnutrição Listas de medicamentos não revisadas

regularmente

Seis ou mais doenças crônicas Pobre comunicação entre os prescritores

Deficit cognitivo Regimes de prescrições complexos

Nove ou mais medicações prescritas

ou doses contadas

Doze ou mais medicações/dia

Cl creatinina <50ml/min

EAD prévio

Kim J. Polypharmacy and Medication Management in older adults. Nurs Clin N Am 52 (2017) 457-68

SEMPRE QUE POSSÍVEL…

◆Tentar a desprescrição

◆atenção as metas de cuidado e expectativa de vida -> em

constante dinâmica principalmente aos frágeis e em

demência avançada

◆Preferência por medidas não-farmacológicas

CONSENSO BRASILEIRO DE MEDICAMENTOS INAPROPRIADOS PARA IDOSOS, 2016

CONSENSO BRASILEIRO DE MEDICAMENTOS INAPROPRIADOS PARA IDOSOS, 2016

PROBLEMA

Aumenta o risco de efeitos adversos à drogas

Reduz a aderência medicamentosa

Aumenta hospitalizações evitáveis

Aumento os custos para o paciente e ao sistema de saúde

Reduz a capacidade funcional e as AVD

Aumenta o risco de sindromes geriátricas: Desnutrição /

quedas / IU / deficit cognitivo

Levy H. Polypharmacy Reduction Strategies. Clin Geriatr Med 2017

EFEITO ADVERSO A DROGA

PREVALÊNCIA:

13% com até duas drogas

58% com até cinco drogas

82% acima de sete drogas

35% em idosos na comunidade

40% nos idosos hospitalizados

46,9% que chegam nos serviços de emergência.

Prybys KM, et al. Emerg Med Rep 2002;23(8):145-53

Shehab N. et al. JAMA 2016;316 (20):2115-25

CIRCULO VICIOSO IATROGÊNICO

Cascata farmacoiatrogênica

Dra. Karol Thé

MANEJO DA DOR CRÔNICA

RECOMENDAÇÕES:

• Seguir uma abordagem apropriada

para inicio da analgesia, avaliar

expectativas, riscos e beneficios do

tratamento

• Incorporar critérios de descontinuação

das medicações acordado como

paciente

• Revisar a efetividade, tolerabilidade e

conformidade da terapêutica escolhida

• Número de medicamentos devem ser

reduzidos sempre que possivel.

• QUEM É CANDIDATO A TERAPIA FARMACOLÓGICA?

• Dor que prejudica a funcionalidade

• ATENÇÃO À:

• Iniciar com dose baixa e titular gradativamente

• Preferencia pela via oral

• Doses de demanda podem ser usadas na dor episódica

• Atenção aos idosos com comprometimento cognitivo

• Doses fixas podem ser antecipadas em alguns casos

• Combinação com estrategias não-farmacológicas são

efetivas

COMISSÃO DE DOR SBGGDIOGO KALLAS BARCELLOS (MG)

FANIA CRISTINA SANTOS (SP)

KAROL THÉ (SP)

BIANCA BARROS (SE)

FERNANDA GAZONI (SP)

www. sbgg.org.br

karolthe@yahoo.com

11-987994000

dra_karolthe

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