País rural e senhorial módulo II- 10º ANO

Escola Secundária Luís de Freitas Branco

Escola Secundária Luís de Freitas Branco

Senhorios

Concelhos Regiões

do território português

Reguengos Coutos Honras Terras do Rei Terras do Clero Terras da Nobreza

O senhorio é uma área territorial, mais ou menos extensa e nem sempre contínua, que pertence a um senhor, o qual detém vários poderes sobre a terra e os homens que nela habitam. Podem então, pertencer ao rei, à nobreza e ao clero.

Escola Secundária Luís de Freitas Branco

O senhorio de Egas Moniz

•A VASSALIDADE: Estabeleciam-se relações hierárquicas de vassalagem entre o suserano ( o senhor que doa a terra) e o vassalo (o senhor que a recebe). Os monarcas peninsulares recompensaram com terras os nobres e os clérigos que os ajudaram na guerra e na administração do território. Em troca criaram uma rede de vassalos fiéis. Assim se iniciou a vassalidade que se estendeu depois entre senhores.

Suserano

Vassalos Nobres

Vassalos Eclesiásticos

Escola Secundária Luís de Freitas Branco

. Posse e exploração económica das terras

. Exercício de funções militares, jurisdicionais e fiscais

Poder de natureza política ou pública/direitos senhoriais

Poder de naturezaeconómica ou dominial/Direitos dominiais

Estes poderes públicos correspondiam ao poder de «Bannus» ou poder banal: o «comando, a punição, a coacção» sobre os habitantes do senhorio, que se traduzia nos seguintes privilégios ao senhor:.comando militar ;. Punição judicial; Manual, pág. 58. Coação fiscal;Tratam-se dos poderes públicos que foram concedidos pelos reis. Com o tempo, os nobres foram-se apropriando e aumentando esses poderes/privilégios, conduzindo à imunidade do senhorio.

Imunidades: uma vez que os senhores nobres e eclesiásticos detinham, os poderes públicos, os funcionários régios ficavam impedidos de neles exercerem as funções militares, judiciais e fiscais, que competiriam ao monarca e que assim conduziu a uma considerável perda de poderes por parte da realeza e a um abuso nestes privilégios por parte da nobreza.

Esta imunidade era dada através de:

Carta de couto- designa os senhorios eclesiásticos.

Honra- era considerada uma honra o monarca delegar a administração de territórios ou castelos aos senhores nobres.

Carta de couto de d. Afonso Henriques, concedida à ermida de s. Vicente de fragoso em 1127

RESERVA ou QUINTÃ Aí se encontrava a morada do senhor, os estábulos, os celeiros, o moinho, o forno, o lagar e as melhores terras.

CASAIS Eram unidades de exploração arrendadas a camponeses a troco de pesados tributos.

Que incluíam campos de cereais, vinha, pomares, pastos, bosques.

Quintã – Terras do senhor e a sua exploração feita por escravos, servos e colonos livres dos casais, que aí prestavam serviços gratuitos e obrigatórios durante um espaço de tempo do ano (Jeiras)

Casais – terras arrendadas pelos senhores aos colonos, também chamados caseiros. Os contratos podiam ser perpétuos, mas normalmente eram feitos em prazos. As rendas eram pagas normalmente com frações de colheitas.

Nos domínios eclesiásticos- coutos- o controlo era mais apertado:Os clérigos optavam pela exploração direta das suas reservas, denominadas de granjas.Cobravam:•Rendas aos caseiros;•A dízima (contributo de todos os proprietários em 10% de toda a produção.)

Todo o homem livre devia depender de um senhor (rei, nobre ou clérigo).

Os senhores controlavam, para além dos escravos, uma imensa quantidade de homens livres – os dependentes, aos quais exigiam tributos e taxas.

HERDADORES – proprietários de terras, e como tal, isentos de direitos dominiais, mas sujeitos a prestações senhoriais.

Assalariados - viviam do aluguer ocasional do seu trabalho. Havia também caçadores, colmeiros e pastores.

Servos -descendentes de escravos libertos, a quem foram entregues casais para exploração e que viviam sempre sobrecarregados com as jeiras.

Colonos - trabalhavam em terra alheia arrendada ao senhor, através de contratos perpétuos ou a prazo. A troco do arrendamento, pagavam tributos.

Foreiros; Malados; Vilãos

Os vários escalões da Nobreza:

• Ricos - Homens• Infanções / Fidalgos• Cavaleiros• Escudeiros

Escola Secundária Luís de Freitas Branco

Ricos –Homens “senhores de pendão e caldeira”:

Possuidores de avultados domínios/ senhorios extensos onde exerciam a justiça e gozavam a isenção fiscal. Infanções :Nobres portucalenses que ajudaram D. Henrique e D. Afonso Henriques a conquistar a independência e a alargar o território. Foram perdendo o seu poder até ao século XIII. O próprio nome caiu em desuso. Passaram a ser chamados Fidalgos.

Ricos-Homens e Infanções

Nobres que pertenciam à Ordem Militar da Cavalaria. Dedicavam-se à guerra e deveriam cumprir um rigoroso código : * Proteger as mulheres e os fracos * Defender a justiça contra a injustiça e o mal * Defender a Igreja.

Cavaleiros

Os companheiros dos Cavaleiros. Tinham como deveres, em tempo de paz, o polimento das armaduras e armas, ajudar seu cavaleiro a vestir e a tirar a armadura, tomar conta de seus pertences e velar pela sua guarda.

Nas batalhas, o escudeiro ajudava seu cavaleiro. Ele levava armas substitutas e cavalos, tratava das feridas, afastava os cavaleiros feridos do perigo, ou garantia um enterro decente.

Escudeiros