Duarte Cabral de Mello - Human habitat 2011

Preview:

Citation preview

HUMAN HABITAT 2011 2 de MAIO 2011

AUDITÓRIO DO OCEANÁRIO - LISBON

C I D A D E CIDADANIA & F E L I C I DA D E

1

DUARTE CABRAL DE MELLO

O complexo Pruitt-Igoe era constituído por 33 edifícios de 11 pisos no Near North Side de St. Louis, Missouri, USA

1955

1972

AINTELIGÊNCIAFRACASSADA:TENTATIVA&ERRO

2

P R O G R E S S O

O Progresso celebra vitórias sobre a natureza. O Progresso fará bolsas de pele humana.

Carl Kraus (circa 1030)

3

A Questão Evasiva da Sustentabilidade da Arquitectura e do Desenvolvimento Urbano

ESTIMATIVA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL ATÉ 2025

Total Sem casa 2012  7.000 Milhões 1.000 Milhões (14,3% do total)

2025 8.000 Milhões 2.000 Milhões (25,0% do total)

4

T É C N I C A

O desenvolvimento técnico só vai deixar um único problema por resolver: a debilidade da natureza humana.

Carl Kraus (circa 1030)

5

E F I C I E N T E E F I C A Z

6

7

Há lugar para a Ética num mundo de consumidores?

Zygmunt Bauman, 2009

Que são, ou podem vir a ser, as cidades de hoje para além da concentração de consumidores?

Charles Correa, utilização dos passeios em Bombaim, 1968-1999 8

V A L O R D O E S P A Ç O P Ú B L I C O

9

Maputo – Caniço, 2001

TimeLessTechnology Bio

quím

ica

Ciê

ncia

s S

ocia

is

Med

icin

a

Físi

ca

CO

NH

ECIM

ENTO

DIS

PER

SO E

DIV

ERG

ENTE

CO

NH

ECIM

ENTO

CO

NVE

RG

ENTE

Arquitectura & Desenho Urbano

Cf. Bunge, 2003

Arquitectura & Desenho Urbano

TE

MP

O

10

Bio

quím

ica

Ciê

ncia

s S

ocia

is

Med

icin

a

Físi

ca

CONHECIMENTO E BEM ESTAR HUMANO

PORQUE NÃO ESTAMOS A

APLICAR TODO O NOSSO

CONHECIMENTO CIENTÍFICO E

TECNOLÓGICO PARA MELHORAR

A QUALIDADE DE VIDA NA NAVE

ESPACIAL TERRA?

11

S U S T E N T A B I L I D A D E

Defino a sustentabilidade como a possibilidade dos humanos e outras vidas virem a florescer na Terra para sempre.

EHRENFELD, John R (2008) IdefinesustainabilityasthepossibilitythathumansandotherlifewillflourishontheEarthforever.YouwillnoticesomecircularityheresinceIuseone“‐ity”todefineanother.Butpossibilityisperhapstheonly“‐ity”thatcannotbemadeintoathing.Itisjusttheopposite:possibilityisno‐thing.Possibilityhasnomaterialexistenceintheworldofthepresent.Possibilityisalwaysonlyaword.Itmeansbringingforthfromnothingnesssomethingwedesiretobecomepresent.Possibilitymaybethemostpowerfulwordinourlanguagebecauseitenableshumanstovisualizeandstriveforafuturethatneitherisavailableinthepresentnormayhaveexistedinthepast.Possibilityislikeatimewarp,allowingonetoescapefromthelimitsofourpastexperienceintoanunshackledfuture.OnemightinterpretOrtegayGasset’swordsfromChapter1astheessenceofpossibility.

EHRENFELD,JohnR(2008)

12

Progresso, desenvolvimento e sustentabilidade

QUE DEVERIAM EVITAR OS ARQUITECTOS E URBANISTAS:

1. - - - - - - - - - - - 2.  - - - - - - - - - - - - - 3.  - -- - - - - - - - - - 4.  - - - - - - - - - - - - - 5.  - - - - - - - - - - - - - - 6. - - - - - - - - - - - - - - 7. - - - - - - - - - - - - - - - n. - - - - - - - -

QUE DEVERIAM PROMOVER OS ARQUITECTOS E URBANISTAS:

1. - - - - - - - - - - - 2.  - - - - - - - - - - - - - 3.  - -- - - - - - - - - - 4.  - - - - - - - - - - - - - 5.  - - - - - - - - - - - - - - 6. - - - - - - - - - - - - - - 7. - - - - - - - - - - - - - - - n. - - - - - - - -

13

PROJECTO & CONHECIMENTO DISPERSO

Poderá a Inteligência Artificial (IA) vir a transformar os sistemas complexos de dados necessários para assegurar a Sustentabilidade em regras práticas, renováveis dinâmicamente, acessíveis à sua aplicação efectiva e fácil?

Pode, se assentar em BASES SISTÉMICAS DE CONHECIMENTO TÉCNICO E CIENTÍFICO que não só sejam de confiança como permitam colaboração em rede e utilização aberta.

14

Chamamos TimeLess Technology à possibilide desse uso reflectivo do conhecimento, sistémico dinâmico e integrado, necessário para projectar e gerir um Estabelecimento Humano Sustentável. (DCM, 2000)

H A B I T A R & F L O R E S C E R

Se quizermos resolver o problema da falta de habitação mundial devermos basear os nossos esforços não no CAPITAL FÍSICO (que dificilmente pode ser partilhado simultâneamente por outras pessoas), e, em vez disso, nas ideias produzidas pelo CAPITAL HUMANO que pode ser acumulado, usado e partilhado simultâneamente por um número sempre crescente de pessoas.

15

PRODUÇÃO DE HABITAÇÃO EM MASSAumprocessoabertodeprojecto

USA BRASIL

16

2 MILHÕES DE CASAS PARA O MÉXICO

17

A partir dos anos 60, para resolver a falta de casas, desenvolveram-se duas tendências: a tradicional e a industriasada. As suas vantagens e desvantagens poderiam resumir-se nos termos seguintes:

TRADICIONAL • É sustentável (segundo os defensores) • Não é eficaz (segundo os críticos) porque não permite produção rápida e de grande escala.

INDUSTRIALIZADA • É eficaz (segundo os defensores) • Não é sustentável (se seguirmos os críticos)

18

TimeLessTechnoloy

TRADITIONAL: “Vá construindo de acordo com a evolução da sua capacidade financeira”

INDUSTRIALIZADA: “Mande construir a sua casa já e pague depois”

QUEM TEM RAZÃO?

Seria alguma vez possível construir cidades e casas novas eficientes e sustentáveis? Em que condições se deveria usar produzir casas de modo Tradicional ou Industrial? Estas perguntas são ditadas pelo fantasma persistente da produção industrializada como a ferramenta milagrosa para resolver necessidades urgentes e abstratas, sem lugar, cultura ou escala.

Se seguirmos a TimeLessTechnology, as perguntas e as respostas para resolver a produção sustentável de casas e cidades, sempre específicas, tenderão a ser mais simplificadas e, eventualmente, óbvias.

19

DESENHO URBANO E CONSTRUÇÃO DE UM BAIRRO SUSTENTÁVEL EM LISBOA PP4 EXPO’98 (1994-2009)

20

D E S E N H O U R B A N O D O P P 4

•  TimeLessTechnology & DESENHO CRÍTICO •  OS PADRÕES TRADICIONAIS DE LISBOA •  MODELOS URBANOS MODERNOS •  PRINCÍPIOS DE DESENHO URBANO •  MORFOLOGIA DOS EDIFÍCIOS E SUSTENTABILIDADE •  ESPAÇOS PUBLICOS URBANOS •  SUSTENTABILIDADE DINÂMICA

21

22

RELAÇÃO COM ÁREAS URBANAS ADJACENTES

CONDIÇÕES DE FRONTEIRA CONEXÃO COMO UM OBJECTIVO PRINCIPAL

23

24

25

26

27

28

PADRÕES TRADICIONAIS DE LISBOA

Séc. XX

Séc. XVIII

29

30Lisboa e a Constituição de Zenão (425)

31

2005 1998 1994

P L A N O S

•  DECISÕES À ESCALA GERAL DE ENQUADRAMENTO •  USOS E POPULAÇÃO •  DESENHO URBANO E ESTRATÉGIAS DE CONSTRUÇÃO •  ESTRATÉGIAS ENERGÉTICA

32

33

PAVIMENTOS E IMPERMEABILIZAÇÃO DOS SOLOS

34

35

36

37

38

39

40

S U S T E N T A B I L I D A D E D I N Â M I C A

411995

42

43

44

PISTAS PARA A SUA REQUALIFICAÇÃO URBANA

junho

PP4 2008

ESPELHO DE ÁGUA

45

46C O M É R C I O P R O P O S T O N O P L A N O

47

ESTACIONAMENTO DE APOIO À FRENTE RIBEIRINHA (PP4) - 1994 ESTACIONAMENTO DE APOIO À FRENTE RIBEIRINHA (PP4) - 1995

48

49

50

1. ALUGUER DE BICICLETAS / APOIO AOS DESPORTOS NO PARQUE

2. EQUIPAMENTO INFANTIL

3. CAFÉ COM INTERNET, LIVRARIA

4. PISCINAS PÚBLICAS

51

A Felicidade é a ausência da luta para a obter.

Zhuang Zhou (Século IV, AC)

LAYA

RD

, Ric

hard

(200

5) H

appi

ness

, Les

sons

from

a N

ew S

cien

ce (L

ondo

n: P

engu

in B

ooks

, 200

5), p

. 28

EXPO'98 PLANO DE PORMENOR PP4 1994 ÁREA DE PAVIMENTO: 810.000 Área urbana projectada: 720,000 m2

Coordinação Geral, Desenho Urbano & Arquitectura Duarte Cabral de Mello (UTOPOS) Desenho Urbano & Arquitectura Maria Manuel Godinho de Almeida (UTOPOS) Infraestruturas João Quinhones Levy (ECOSERVIÇOS)

Engenharia Rodoviária Manuel Pedro Madeira Mendo (VIÉS)

Paisagismo Sidónio Costa Pardal

Consultores

Estruturas António Rocha Cabral (BETAR) Sinalética Robin Fior Legislação Zélia Pinheiro Construção e Imobiliário António Cabral de Mello Geografia Urbana Clara Mendes Geologia Penalva Esteves Tráfego Vítor Oliveira Acústica Pedro Martins da Silva 52