92610871 Richard Feynman Que Te Importa Lo Que Piensen Los Demas

R i c h a r d P. F e y n m a n

¿ Q u é te impor t a lo que p iensen los demás ?

O t r a s aven tu r a s de u n c u r i o s o p e r s o n a j e c o m o le f u e r o n r e f e r i da s a R a l p h L e i g h t o n

V e r s i ó n e spaño l a de L u i s B o n

A l i a n z a Ed i to r i a l

¿ Q u é te i m p o r t a lo q u e p i e n s e n los d e m á s ? O t r a s aven tu r a s de u n c u r i o s o p e r s o n a j e c o m o le f u e r o n r e f e r i d a s a R a l p h L e i g h t o n

T í t u l o o r i g i n a l : What Do Y o u What Other People Think? Further Adventures of a Curious Character.

C o p y r i g h t © 1 9 8 8 b y R a l p h L e i g h t o n a n d G w e n e t h F e y n m a n © E d . c a s t . A l i a n z a E d i t o r i a l , S . A . , M a d r i d , 1990 C a l l e M i l á n , 38 , 2 8 0 4 3 M a d r i d ; t e l é f . 2 0 0 0 0 4 5 I S B N : 8 4 - 2 0 6 - 9 6 0 3 - X D e p ó s i t o l e g a l : M . 6 . 5 5 8 - 1 9 9 0 I m p r e s o e n C l o s a s - O r c o y e n , S . L . P o l í g o n o I g a r s a P a r a c u e l l o s d e J a r a m a ( M a d r i d ) P r i n t e d in S p a i n

I N D I C E

Pre f a c io

P a r t e 1 . U N C U R I O S O P E R S O N A J E

A s í se hace u n c i en t í f i co ¿ Q u é te i m p o r t a lo q u e p i e n s e n los d e m á s ? T a n senc i l lo c o m o con t a r Sa l i r ade l an t e H o t e l C i t y ¿ Q u i é n d i a b l o s es H e r m a n ? ¡ F e y n m a n , c e r d o m a c h i s t a ! A c a b o de e s t r echa r l e la m a n o , ¿ p u e d e s c r e e r l o ? C a r t a s , fo tos y d i b u j o s

P a r t e 2 . E L S R . F E Y N M A N V A A W A S H I N G T O N : I N V E S T I G A C I Ó N D E L D E S A S T R E D E L T R A N S B O R D A D O R E S P A C I A L CHALLENGER

Pre l im ina r e s Su i c id io

7

Ind ice

L o s fr íos hechos 141 ¡ O j o a las se i s ! 179 «P i e s p l anos » 185 C i f r a s fantás t icas 207 U n apénd ice i n f l a m a d o 221 L a déc ima r e c o m e n d a c i ó n 233 R e u n i ó n con la p r ensa 241 Re t ro spec t i v a 247

A p é n d i c e F : O b s e r v a c i o n e s pe r sona l e s re l a t ivas a la f i ab i l i dad de l t r a n s b o r d a d o r 257

E P Í L O G O 2 7 9

Prefac io 279 El va lor de la c i enc ia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281

8

P R E F A C I O

L a p u b l i c a c i ó n de ¿Está Vd. de broma, Sr. F e y n m a n ? hace nece sa r io exp l i c a r a q u í u n p a r de cosas .

P r i m e r a , a u n q u e el p e r s o n a j e de este l i b r o es el mismo de en tonces , las « a v e n t u r a s de u n c u r i o s o p e r s o n a j e son aqu í un t an to d i f e r en t e s : a u n q u e las h a y l i g e r a s y las hay t rág icas , es s e g u r o q u e el Sr . F e y n m a n cas i nunca está de b r o m a . . . si b i en m u c h a s v ece s r e su l t a d i f í c i l saberlo.

E n s e g u n d o luga r , la i l a c i ón de las h i s to r i a s de este l ib ro es m á s l axa q u e en «Está Vd. de broma...», Donde f u e r o n d i spues t a s c r o n o l ó g i c a m e n t e p a r a d a r l e s apariencia

de o r d e n ( lo cua l p r o d u j o en a l g u n o s l e c to re s la erronea i m p r e s i ó n de q u e se t r a t a b a de u n a a u t o b i o g r a f i a .

L o s m o t i v o s q u e m e i n s p i r a n son s e n c i l l o s : de sde que e m p e c é a o í r anécdo t a s de F e y n m a n , he s en t i do siempre u n fue r t e de s eo de c o m p a r t i r l a s con o t r a s p e r sona s .

F i n a l m e n t e , a d i f e r enc i a d e las an t e r i o r e s , pocas de estas h i s to r i a s m e f u e r o n r e f e r i d a s d u r a n t e sesiones de

9

Prefac io

tambor . Desarro l laré este aspecto en el breve resumen siguiente.

La pr imera parte , « U n cur ioso persona je» , comienza descr ib iendo la in f luenc ia de quienes más conformaron la persona l idad de F e y n m a n —su padre , Me l , y su pr i -mer amor , Ar lene . La pr imera historia es adaptac ión de «The Pleasure of F ind ing Things O u t » , (El p l ace r del descubr imiento) , un p rog r ama de la B B C p roduc ido por Chr i s topher Sykes . A F e y n m a n le resul taba penoso re-fer ir la historia de Ar l ene , de la cual ha s ido tomado el t í tu lo de este l ibro. Por ello, fue ensamblada a lo largo de los ú l t imos d iez años, a part i r de f r agmentos de seis historias diferentes . C u a n d o por f in quedó completa , F e y n m a n la encontró especia lmente de su agrado, y es-tuvo gozosamente d ispuesto a compart i r l a con otros .

Las otras histor ias de F e y m a n de que consta la p r ime -ra parte , más l igeras de tono en general , f i guran aquí porque y a no podrá haber un segundo vo lumen de «Está Vd. de broma . . . » . F e y n m a n estaba par t i cu la rmente or -gul loso de «Tan senci l lo como contar» , que tuvo en ocasiones intención de pub l i ca r con carácter de ar t ícu lo de ps icología . Las cartas del ú l t imo capí tu lo de la pr i -m e r a par te me f u e r o n amab l emen te f ac i l i t ada s po r Gwene th Feynman , Freeman D y s o n y H e n r y Bethe .

La segunda parte , «El Sr. Feynman va a Wash ing ton» es, por desdicha, la ú l t ima de sus aventuras . L a h is tor ia es par t icu larmente l a rga porque su conten ido aún con-serva actual idad. ( H a n aparec ido vers iones abrev iadas en Engineering and Science y en Physics Today). N o fue publ icada antes po rque F e y n m a n hubo de sufr i r su ter-cera y cuarta operac iones qu i rúrg icas — m á s rad iac ión , h iper temia y otros t ra tamientos— después de pres tar ser-vic ios en la Comi s ión Rogers .

La batal la de F e y n m a n contra el cáncer , que se p ro -longó todo un decenio, dio f in el 15 de Febrero de 1988,

10

Prefac io

dos semanas después de impar t i r su ú l t ima clase en C a l -tech. H e quer ido inc lu i r uno de sus más e locuentes e insp i radores d i scursos , t i tu l ado «El va lor de la c i enc ia» , a m o d o de ep í logo .

Ra lph Le igh ton M a r z o de 1988

11

Parte 1

U N C U R I O S O P E R S O N A J E

ASI SE H A C E U N C I E N T I F I C O

Tengo un amigo p in tor ; a veces sost iene op in iones q u e no compar to . T o m a una f lor y te dice, « M i r a qué he rmosa es» , y y o me mues t ro de acuerdo . Pero en ton-ces añade, «Yo , como p in tor que soy , p u e d o ver cuán h e r m o s a es una f lor . En camb io tú, c o m o c ient í f ico , la ana l izas y haces pedazos , y su be l l eza se e s fuma» . A m í me parece que está un poco ch i f l ado .

A n t e todo, la be l leza que él ve está al a lcance de otras personas , y t ambién de mí , e s toy seguro . A u n q u e es m u y pos ib le que estét icamente y o no sea tan r e f inado c o m o él, sé apreciar la be l l eza de u n a f lo r . Pero , al m i s m o t i empo, veo en la f lo r m u c h o más que él. P u e d o imag i -n a r m e las células de su inter ior , que también t ienen una c ier ta bel leza. Pues no sólo h a y be l l eza a l a d imens ión de cent ímetros ; existe i gua lmente be l l eza en d imens ión m u c h o menor .

Están las compl i cadas acc iones de las cé lu las y otros procesos . El hecho de que el co lor ido de las f lores h a y a evo luc ionado con el f in de atraer insectos que las po l i -n i cen es interesante : compor t a que los insectos pueden

15

Un cur ioso personaje

ver los colores. Lo cual p lantea una cues t ión : ¿existe t ambién en los seres infer iores el sent ido estético que nosotros poseemos? Del conoc imiento de la ciencia ema-nan toda clase de preguntas interesantes , que aportan a la f lo r mister io , exci tac ión y sobrecog ida admirac ión . La c iencia s iempre suma. N o se me a lcanza cómo puede restar .

Y a desde niño he s ido m u y parc ia l en lo tocante a la c iencia . C u a n d o era más joven concentré en el la casi todo m i esfuerzo. En aque l los t i empos no tenía t i empo, ni t ampoco mucha dispos ic ión, para aprender lo que se co-noce por «human idade s » . A pesar inc luso de que había en la univers idad cursos de human idades , que era prec iso aprobar para graduarse , hice todo cuanto p u d e po r es-capar de el los. Sólo más tarde, más maduro y re la jado, me he dispersado un poqu i to . H e aprendido a d ibu jar y he le ído un poqu i t ín , pero la verdad es que s igo s iendo una persona m u y po la r i zada y lo que sé no es gran cosa. M i inte l igencia es l imi tada y y o la u t i l i zo en una direc-c ión concreta .

Antes de nacer y o , mi padre le di jo a mi madre , «Si es chico, será c ient í f i co» 1 . S iendo y o un mocosue lo m u y pequeñín , sentadi to en mi sil la alta, mi padre tra jo a casa un montón de ba ldos ines de cuarto de baño , de diversos colores . J ugábamos con ellos. M i padre los co locaba ver-t ica lmente , como dominós , y y o der r ibaba el de u n ex-t remo para ver cómo se caían todos.

Después , pasado a lgún t iempo, y o le a y u d a b a a colo-car los . M u y pronto estuvimos d i sponiéndolos de formas más compl icadas : dos losetas blancas y una azul , dos blancas y una azul , y así suces ivamente . C u a n d o mi ma-dre v io aquel lo , d i jo : «De ja en paz al pobre n iño . Si le apetece poner una azul , que la p o n g a . »

Pero mi padre d i jo , « N o , qu ie ro hacer le ver cómo son

1 A pesar de este pre ju ic io de que só lo los chicos pueden l l egar a c ient í f icos , F e y n m a n tiene una hermana menor , Joan , que es doctora en f ís ica.

16

A s í se hace un c ient í f ico

las regu la r idades y lo m u y interesantes que son. Es una especie de matemát i ca e l ementa l » . A s í que c o m e n z ó m u y pronto a hab l a rme del m u n d o y de lo interesante que es.

Ten í amos en casa la Enciclopedia Británica. De peque -ño, mi padre solía senta rme en sus rodi l las y l ee rme frag-mentos de la Británica. A lo me jor estaba l e y é n d o m e sobre los d inosaur ios . La enc ic loped ia hab laba po r e jem-plo del Tyrannosaurus rex, y dec ía a lgo así como, «Este d inosaur io t iene siete met ros y med io de al to y su cabe-za, un me t ro ochenta de ancha . »

Entonces mi padre in t e r rumpía la lectura y decía , «Bueno , veamos ahora qué s ign i f ica eso. Qu i e r e decir que si el d inosaur io es tuv iera en el j a rd inc i to que hay delante de casa, ser ía lo bas tante a l to pa ra me te r la ca-beza por nues t ra ventana , aqu í a r r iba » . (Es tábamos en el segundo p i so . ) «Pe ro la cabeza sería demas i ado ancha para entrar p o r el hueco » . P rocu r aba t raduc i r a a lguna rea l idad todo cuanto me leía.

Resu l t aba apas ionante y m u y , m u y interesante , pensar que hub ie ra an imales de semejante magn i tud , q u e todos hub ie ran mue r to y que nad ie sup iera por qué . A m í no me daba miedo el que a consecuenc ia de esto pud ie ra l legar uno hasta m i ventana . En cambio , aprend í de mi padre a t r aduc i r ; en todo cuanto leo p rocu ro aver iguar lo que de ve rdad s igni f ica , lo que rea lmente se está d ic i endo .

So l í amos ir a los M o n t e s Ca t sk i l l , que era u n l uga r f recuentado por la gente de N u e v a Y o r k duran te el ve-rano. Los padres de fami l i a tenían todos que vo lve r a la c iudad, a t raba jar , y sólo pasaban al l í los f ines de sema-na. En los f ines de semana , mi padre me l levaba de paseo por los bosques y me contaba las mucha s cosas intere-santes que ocur r í an en e l los . C u a n d o las otras madres v ieron aque l lo , les parec ió a lgo marav i l loso y pensa ron que los demás padres deber í an t amb ién l levar a sus hi jos de paseo. Tra ta ron de convencer les , pe ro al p r inc ip io no cons igu ieron nada . Entonces qu i s i e ron que m i padre se l levase a todos los ch iqu i l los , pe ro él no aceptó, p o r q u e tenía conmigo una re lac ión m u y especia l . La cosa acabó

17


en que los otros padres tuvieron que sacar de paseo a sus hi jos el f in de semana s iguiente .

El lunes , después de que todos los padres hub ieran vuelto al t rabajo , nosotros los niños es tábamos j ugando en un campo . U n o de los chicos va y me dice, « ¿Ves aquel pá j a ro? A ver, ¿qué clase de pá jaro es ése?»

Yo respondí , « N o tengo la menor idea de qué clase de pá ja ro es ése .»

Y el ot ro dice, «Es un tordo pet imarrón . ¡ T u padre no te enseña nada ! »

Pero era exactamente lo contrar io . El y a me había en-señado: « ¿Ves aquel pá j a ro? » , me decía . «Es un gorgea-dor de Spencer . » (Yo sabía y a que él no conocía su ver-dadero nombre . ) «Bueno , en i ta l iano es un Chutto La-pittida. En por tugués , un Bon da Peida. En chino, es un Chun-lon-tah, y en japonés , es un Katano Tekeda . Pue -des conocer el nombre de ese pá jaro en todos los id io-mas del mundo , pero cuando termines de aprendérte los no sabrás abso lutamente nada del pa jar i l lo . Tan sólo sa-brás a lgo acerca de los humanos de diferentes lugares : cómo le l l aman al pá jaro. A s í que observemos el pá j a ro y veamos qué está haciendo, eso es lo que impor ta . (Aprend í m u y pronto la d i ferencia entre el n o m b r e de algo y saber a lgo . )

Me decía , « P o r e jemplo, f í j a te : el pá j a ro está constante-mente p icando entre sus p lumas . ¿Ves cómo hace, ves que va caminando y al m i smo t i empo p icándose el p l uma j e ? »

«S í . » Y entonces me preguntaba , « ¿Po r qué piensas que los

pá ja ros se picotean entre las p l umas ? » « B u e n o » , respondía y o , « a lo mejor es que se les de-

sordenan al vo lar , y luego vuelven a colocárse las con el p ico . »

« M u y b ien» , me decía , «Si así fuera , se p icar í an las p lumas justo después de haber estado vo lando . Enton-ces, después de haber estado un rato posados en el suelo, y a no se las picar ían tanto. ¿Ent iendes lo que qu ie ro dec i r ?»

18

A s í se hace un c ient í f ico

«S í . » «F i j émonos a ver si se p icotean más cuando se posan

en el sue lo . » Era d i f íc i l de dec i r : no parec ía haber m u c h a d i ferenc ia

entre los pá j a ros que l levaban un rat i to andando por el sue lo y los que acababan de a ter r izar . A s í que di je , « M e r indo . ¿Por qué se p ican los pá ja ros las p l u m a s ? »

« P o r q u e les moles tan los p io jo s » , me contesta . « L o s p io jos se comen los copos de prote ínas que se despren-den de las p l u m a s . »

Y cont inuo , « C a d a p io jo t iene en las pa tas una sus -tanc ia cerosa , que sirve de a l imento a otros ácaros más pequeños . Los ácaros no pueden d iger i r la po r comple to , por lo que emi ten por su ext remo pos te r io r una sus tan-cia parec ida al azúcar , donde se cr ían bacter i as . »

F ina lmente me dice, « A s í que y a ves, al l í donde h a y una fuente de sustento h a y a l guna f o r m a de v ida que la descubre y la aprovecha . »

Ahora , y o sabía que tal v ez no fueran exac tamente p io jos lo que tuv iera el pá jaro , que tal v e z no fue r a de l todo exacto que en las patas del p io jo se cr iasen ácaros . Esa h is tor ia era, p robab l emente , incorrec ta en detalle, pero la expl icac ión era correcta en principio.

En otra ocas ión, s i endo y o m a y o r , a r rancó u n a ho ja de un árbol . Ten ía esta ho ja un defecto , a lgo en lo que no so lemos f i j a rnos . L a ho ja daba la impres ión de estro-peada ; tenía una pequeña l ínea m a r r ó n en fo rma de C , que ar rancaba más o menos del centro de la ho ja y se d i r ig ía hac ia el borde f o r m a n d o u n r i zo .

«F í j a te en esta l ínea m a r r ó n » , m e d ice . «Es es t recha al pr inc ip io , y se va ensanchando con fo rme avanza hac ia el borde . La causa de esto es una mosca , una mosca azu l , de ojos amar i l los y alas verdes , que ha ven ido y ha pues -to un huevo en esta ho ja . Después , cuando el huevo hace ec los ión, sale una larva (un ser pa rec ido a una o ruga ) , que se pasa toda la v ida comiéndose esta ho ja — p o r q u e en ella es donde encuentra su comida . C o n f o r m e se la va comiendo va de j ando en pos u n ras t ro de ho ja comi -

19


da. Y al crecer la larva, el rastro se ensancha, hasta que crece al tamaño máx imo cuando l lega al extremo de la hoja , donde se convierte en una mosca — u n a mosca azul , de ojos amari l los y alas verdes— que se aleja vo lando y pone un huevo en otra ho ja . »

Lo mismo que antes, y o sabía que los detal les no eran exactamente correctos — p o d í a inc luso haber s ido un es-caraba jo— pero la idea que estaba t ratando de comun i -carme era la par te amena de la v ida : que toda el la con-siste en la reproducc ión . Poco impor ta cuán compl icado sea el asunto, ¡ lo fundamenta l es hacer lo otra vez ! .

Carec iendo y o de experiencia con muchos padres , no me daba cuenta de lo m u y notab le que era el mío . ¿ C ó m o p u d o aprender los pr inc ip ios p ro fundos de la ciencia y adqui r i r el amor por ella, lo que se encuentra tras ella, el por qué de su va lor y su impor tanc ia? N u n c a se lo pregunté , porque daba por supuesto , senci l lamente , qué ésas eran cosas que los padres sabían.

M i padre me enseñó a f i j a rme en las cosas. U n día estaba y o jugando con un «vagón expreso» , que era una especie de carr i to o vagoneta prov i s to de barandi l l a todo a su a l rededor . Ten ía dentro una pelota , y cuando t i raba del vagón, observé a lgo referente al mov imien to de la pe lota . M e fu i a mi padre y le di je, « O y e , papá , me he f i j ado en una cosa. C u a n d o t i ro del vagón, la pe lota rue-da hasta el fondo del carr i to. Y cuando lo es toy arras-t rando y me paro de pronto , la bola rueda hasta la parte delantera . ¿Por qué es eso?»

«Eso, nadie lo sabe» , me respondió . «El pr inc ip io ge-nera l es que las cosas que están en mov imien to t ienden a seguir moviéndose , y las cosas inmóvi les t i enden a que-darse quietas , a menos que se las empuje con fuerza . Esa tendencia se l l ama " inerc ia" , pero nadie sabe por qué es verdadera» . Ahora , eso se l l ama comprender l a s cosas a fondo. M i padre no se l imitó a da rme un nombre .

Y s iguió d ic iendo, «Si se m i r a desde el costado, verás que es el fondo del vagón lo que empujas contra la pe-lota, y que la bola se está quieta . En rea l idad, a causa

20

As í se hace un c ient í f i co

del rozamiento , la pe lota ha e m p e z a d o y a a move r s e un poqu i to con re lac ión al sue lo . L a bo la no se m u e v e hac ia a trás .»

Vo lv í cor r i endo con mi vangonc i to , co loqué ot ra vez la pe lo ta y t iré del vagón . A l m i r a r desde el cos tado , Comprobé que mi padre , e fec t ivamente , tenía r a zón . C o n respecto a la acera , la pe lota se hab í a m o v i d o un p o q u i t í n .

As í es como fu i educado po r mi padre , con e j emplos y expl icac iones como aque l los . N o hab ía p re s ión ; sólo expl icac iones amables e interesantes . M e han mot i v ado para el resto de mi v ida , y m e han hecho in te resa rme por todas las c iencias . (Lo que pasa es que soy más dies-tro hac i endo f í s ica . )

H e s ido a t rapado , por así dec i r lo — l o m i s m o que a l-guien a qu ien se le ha dado de n iño algo marav i l loso , y luego se pasa la v ida buscándo lo ot ra vez . Es toy s i empre buscando , como un n iño ; buscando las marav i l l a s que sé que he de encontrar — n o s iempre , qu izás , pero sí de vez en cuando .

M á s o menos por entonces , mi p r imo , que era tres años m a y o r que y o , estaba hac i endo el ú l t i m o año de secundar ia . El á lgebra le r e su l t aba de una d i f i cu l t ad con-s iderable , por lo que fue prec i so poner l e p rofesor par t i -cular . A m í m e de jaban q u e d a r m e sentado en u n r incón mientras el profesor t ra taba de enseñar le á lgebra a mi pr imo. Y o les oía hablar de « x » .

Le di je a mi p r imo , « ¿ Q u é tratas de hace r ? » «Es toy t ra tando de aver iguar cuánto va le x, c o m o en

2 x + 7 = 15» . Yo le d igo, «Qu i e r e s decir 4 . » «Sí , pe ro tú lo hiciste po r a r i tmét ica . H a y que hacer lo

por á lgebra . » A p r e n d í á lgebra pero , a fo r tunadamente , no fue y e n d o

a la escuela , s ino po rque descubr í un v ie jo texto escolar de mi tía al lá en el át ico, grac ias al cual comprend í que lo impor tan te es aver iguar cuán to va le la x , y que es indi ferente cómo se haga . Para m í no hab ía d i fe renc ia entre hacer lo «po r a r i tmét ica» y hace r lo « p o r á l gebra » .

21

Un cur ioso persona je

«Hace r l o por á lgebra» consist ía en apl icar un s is tema de reglas , que seguidas c iegamente p roduc í an la so luc ión : « res tar 7 de ambos m iembros ; si hay coef ic iente , d iv id i r los dos té rminos po r el coef ic iente» , y así suces ivamente — u n a serie de pasos mediante los cuales pod í a uno ob-tener la so luc ión aunque no comprend ie ra qué se pre -tendía hacer . Las reg las habían s ido inventadas con el f in de que todos los n iños que t ienen que es tudiar á lgebra puedan aprobar la todos . Y por eso mi p r i m o nunca fue capaz de hacer cá lcu los a lgebra icos .

Hab í a en la b ibl ioteca local una serie de l ibros de m a -temát icas que empezaban por Aritmética para personas prácticas. Después venía Algebra para personas prácticas y Trigonometría para personas prácticas. (Yo aprendí tr i -gonomet r í a con ese l ibro, pero pronto la o lv idé , p o r q u e no la comprend í a m u y bien) . C u a n d o tenía y o unos tre-ce años, la b ibl ioteca estaba a punto de rec ibir Cálculo diferencial para personas prácticas. Para entonces y a sa-bía, po r haber lo le ído en la encic lopedia , que el cá lcu lo diferencia l era una mater ia de impor tanc ia e interés , y que y o debía aprender lo .

C u a n d o por f in vi el l ibro de cá lcu lo en la b ibl ioteca , me entró una gran inqu ie tud . Fui a pedírse lo a la bibl io-tecar ia , pero el la m e mi ró y me di jo , « N o eres m á s que un n iño . ¿Para qué te vas a l levar este l ib ro?»

Fue una de las pocas veces en que tanta i ncomod idad me han hecho sent i r que he ment ido . Di je que era pa ra mi padre .

M e l levé el l ibro a casa y comencé a estudiar el cá lcu lo diferencia l en él. M e parec ió re la t ivamente senci l lo y d i -recto. M i padre empezó a leer lo, pero lo encontró con-fuso y no logró entender lo . As í que intenté expl icar le el cá lcu lo diferencia l . N o sabía y o que él fuera l imi tado , y eso me i rr i tó un poqu i to . Por pr imera vez me daba cuen-ta de que en ciertos aspectos había aprend ido más que él.

A d e m á s de la f ís ica —fuese correcta o no—, otra de las enseñanzas de mi padre consis t ió en hacerme desde-ñar c ierta clase de cosas. Por e jemplo, cuando y o era pe-

22

A s í se hace un c ient í f i co

queño , él me sentaba en sus rod i l l as y me mos t r aba los fo tog rabados del New York Times, que eran las f i gu r a s impresas que acababan de aparecer en los per iód icos .

En una ocas ión es tábamos m i r a n d o una imagen de l Papa , con todo el m u n d o inc l inándose ante él. M i padre d i jo , «F í j a t e ahora en esos h u m a n o s . F íe aqu í u n h u m a -no p l an t ado ahí en med io , y todos los demás dob l ándose ante él. ¿ Y en qué cons is te la d i f e renc i a ? En q u e éste es el P a p a » — p o r la r azón que fue re , m i padre od i aba al P a p a — « y toda la d i ferenc ia es esa especie de sombre ro que l l eva . » (Si se t ra taba de u n genera l , l a d i fe renc ia se-r í an las charreteras . S i empre era la ves t imenta , el un i fo r -me, la pos i c ión . ) « P e r o » , d i jo , «es te h o m b r e t i ene los m i smos p rob l emas que todos los demás : t iene q u e co-mer , t iene que ir al aseo, c o m o los demás . N o es más que u n ser h u m a n o . » ( Inc identa lmente , mi padre t r aba -j aba en el negoc io de confecc ión de un i fo rmes , po r lo que sabía cuál era la d i ferenc ia entre un h o m b r e s in un i -f o r m e y un h o m b r e con el u n i f o r m e pues to : para él eran el m i s m o h o m b r e . )

Estaba contento de mí , e s toy convenc ido . U n a vez , empero , cuando vo lv í del M I T 1 (donde fuí es tud iante var ios años) , me d i jo , « A h o r a q u e eres una pe r sona bien enterada de estos asuntos , h a y u n a cuest ión que s i empre se m e ha p l an teado y que nunca he en tend ido m u y b ien . »

L e p regunté qué cues t ión era ésa. M e di jo , « Según ent iendo, c u a n d o un á tomo efec túa

u n a t rans ic ión de un es tado a o t ro emi te una par t í cu l a de. l uz , l l amada fo tón . »

« A s í es» , le respondí . M e d ice entonces , « ¿ Y está p r ev i amen te el fo tón en el

á t o m o ? » « N o , el fo tón no está de an t emano . » « B u e n o » , me dice, « ¿ d e dónde sale , entonces? ¿ C ó m o

es que sa le?»

1 Massachuse t t s Ins t i tu te of T e c h o n o l o g y , Ins t i tu to de Tecno log í a de Massachuse t t s .

23

U n cur ioso personaje

M e esforcé en expl icárselo, en expl icar le que el núme-ro de fotones no se conserva ; que son creados jus tamen-te por el mov imien to del e lectrón —pero no conseguí expl icárse lo m u y bien. Di je , «Es como el sonido que es toy produc iendo ahora : no se ha l laba prev iamente en m í . » ( N o le pasa así a mi n iño pequeño , qu ien súbi ta-mente anunció un buen día que y a no pod ía decir una cierta pa labra —pa l ab ra que resul tó ser « g a to » — p o r q u e en su «saco de pa labras» se le hab ía acabado esa pa labra . N o hay un saco de palabras que haga que las pa labras se agoten al ir sa l iendo de él ; de igual manera , no hay en los á tomos un «saco de fo tones . » )

N o quedó sat isfecho conmigo en ese aspecto. J amás pude expl icar le n inguna cosa que él no comprend ía por sí m i smo. M i padre no tuvo éxito en eso: me envió a todas aquel las univers idades para aver iguar aquel las co-sas, pero nunca l legó a poder saberlas .

A u n q u e mi madre no sabía nada de ciencia, t ambién ejerció sobre m í una gran inf luenc ia . Tenía , en par t i cu-lar , un marav i l loso sent ido del humor , y aprendí de ella que las más altas formas de comprens ión que podemos a lcanzar son la r isa y la compas ión humana .

¿ Q U E TE I M P O R T A L O Q U E P I E N S E N L O S D E M A S ?

S i endo y o un moza lbe te , más o menos de trece años , me enredé con u n g rupo de muchachos a lgo m a y o r e s que y o y más sabidi l los . Conoc í an a u n m o n t ó n de chi -cas, con las cuales so l í an sa l i r . M u c h a s veces, a la p l aya .

En c ierta ocas ión en que e s t ábamos en la p l a y a , suce-d ió que casi todos los ch icos se fue ron con las m o z a s a u n rompeo l a s . Y o estaba un p o q u i t o in te resado po r una chica en par t i cu la r , y me parece q u e pensé en v o z alta « ¡ J o , y a m e gustar ía ir al cine con Barba ra . . . »

A u n q u e eso era todo lo que tenía que dec i r , el chaval que está a mi l ado va y se pone todo exc i tado . Sale co-r r i endo po r las rocas a buscar a la chica . La trae de vue l t a a empujones , d i c i endo a voces todo el camino , « ¡Bá rba r a , F e y n m a n te qu i e re dec i r u n a co s a ! » . F u e de lo más embarazoso .

Bueno , ensegu ida todos los m u c h a c h o s aque l los están ap iñados a mi a l rededor , d ic i endo , « ¡ V e n g a , F e y n m a n , sué l ta lo y a ! » . As í que la invi té al c ine . Fue mi p r imerá ci ta .

A l l legar a casa se lo conté a mi m a d r e . El la m e d io toda clase de conse jos de c ó m o hace r esto y c ó m o hacer

25


aque l lo . Por e jemplo, si tomábamos el autobús , y o tenía que bajar antes y ofrecer le a Bárbara m i mano . O bien, si ten íamos que andar por la calle, y o tenía que ir por la par te exter ior . M i madre me expl icó inc luso qué clase de cosas decir . M e estaba t raspasando una t rad ic ión cu l -tura l ; las mujeres enseñan a sus hi jos a tratar bien a la s iguiente generac ión de mujeres .

Después de la cena, me empere j i ló de pies a cabeza y me v o y a buscar a Bárbara a su casa. Ella todav ía no está l ista (s iempre pasa igual ) , por lo que su fami l i a me hace esperar la en el comedor , donde están cenando con ami-gos . . . ¡ un montón de gente ! Dicen de m í cosas como « ¡ Q u é r ico es ! » y otros comentar ios po r el est i lo. N o me sentía nada « r i co» . ¡Fue abso lu tamente hor r ib l e !

M e acuerdo perfectamente de aquel la cita. Mien t r a s nos d i r ig í amos a pie hacia el c ine nuevo que acababan de abrir en el pueblo , hab lábamos de tocar el p i ano . Y o le conté que s iendo más pequeño me habían hecho es-tudiar p iano durante un t i empo, pero que después de seis meses aún seguía tocando «El bai le de las marga r i -tas» , y que no pod ía resist ir más . Y es que , ¿ saben? , estaba m u y ansioso por no parecer a feminado, y tener que estar c lavado durante semanas , tocando «El bai le de las margar i t a s» era demas iado pa ra mí , así que lo dejé . Tan preocupado estaba por no parecer mar iqu i t a que me moles taba inc luso que mi madre me enviase al mercado a compra r unos bocat ines que se l l amaban «Bo l l i tos al p ipe rmin t » o «Del ic ias tostadas .»

V imos la pe l ícu la y la acompañé de vue l ta a su casa. Yo la fel icité por los f inos y bonitos que eran sus guan -tes. F ina lmente , m e despedí en la puer ta de su casa.

Bárbara me dice . «Muchas gracias por habe rme hecho pasar una tarde encantadora . »

« ¡B ienven ida seas ! » , respondí y o . M e sent í fantás t ica-mente .

En mi s iguiente cita —fue con una chica d is t inta— y o le deseo buenas noches y el la me contesta « M u c h a s gra -cias por haberme hecho pasar una tarde encantadora . »

26

¿ Q u é te impor t a lo que p iensen los demás?

Y a no me sent í tan fantás t i camente . C u a n d o me desped í de la tercera chica con la que sal í ,

e l la abre la boca a pun to de hab la r , y y o d igo, « M u c h a s grac ias po r habe rme hecho pasar una ta rde encan tadora . »

El la d ice , « M u c h a s grac ias . . . uh . . . ¡ O h ! . . . ¡S í . . . uh . . . y o t amb ién he pasado una tarde encantadora , mucha s gra -cias !» En c ierta ocas ión estaba en una f ies ta con la p anda de la p l a y a , y u n o de los chicos m a y o r e s estaba en la coc ina enseñándonos a besar , va l i éndose de su chica pa ra ha -cernos la exh ib ic ión : «Tené i s que pone r los l ab ios así , en ángu lo recto, para que no os choquen las na r i ce s » , y demás deta l les . A s í que vue lvo a la sa la de estar y busco una chica. A l l á es toy y o , sentado en u n sofá , rodéando l a con u n b r azo y p rac t i cando este nuevo arte, cuando de p ron to se p roduce un revue lo por todas partes . « ¡ V i e n e A r l e n e ! ¡V iene A r l e n e ! » . Y o n o sabía qu ién era Ar l ene .

Entonces a lgu ien d ice : « ¡ Y a está a q u í ! ¡Ya está a q u í ! » — y todo el m u n d o deja de hace r lo que hac ía y sa l ta pa ra ver a esta re ina . A r l ene e ra m u y guapa , y a u n q u e y o pod í a comprende r por qué era ob je to de toda aque l l a admi r ac ión —bien merec ida— no cre ía en la an t i demo-crát ica conduc ta de dejar de hacer lo que u n o es tuv iera hac i endo sólo p o r q u e entrase la re ina .

A s í que mient ras todo el m u n d o sale cor r i endo a ver a Ar l ene , y o s igo sentado con m i chica en el sofá .

(Ar l ene me di jo más tarde , después de haber l og r ado conocer la , que el la se acordaba de aque l l a f iesta , donde todos eran tan agradab les — e x c e p t o un t ío que estaba en un r incón mor r e ando con u n a chica . ¡ L o que el la no sabía es que dos m inu tos antes todos los demás estaban hac i endo lo propio! ) .

La p r i m e r a vez que le d i r ig í la pa l ab ra a Ar l ene fue en u n baile!. Era una chica m u y popu l a r , y todo el m u n d o terc iaba con t inuamente pa ra ba i l a r con el la. R e c u e r d o que pensé que t ambién me gus tar í a ba i lar con el la, t ra-t ando de dec id i rme a terc iar y o . S i empre tenía d i f i cu l t ad en ese p r o b l e m a : ante todo , cuando el la acababa de ba i -

27


lar con otro chico estaba s iempre en la otra pun ta de la sala y resultaba demas iado compl i cado —así que u n o espera a que ella se acerque . Entonces , cuando po r f in está cerca, uno piensa , «Bueno , y o no domino este ba i -l e » , y espera a que cambie la mús ica . C u a n d o la mús i ca es del t ipo que a uno le gusta, u n o hace a lgo así como dar un paso al f rente —al menos , uno piensa haber dado un paso para pedir cambio de pa re j a— justo cuando otro t ipo se te cuela. As í que h a y que esperar unos cuantos minutos , porque es descortés cortar demas iado p ron to después de haber lo hecho otro. ¡ Y para cuando han p a -sado esos minutos , se encuentran en el otro ex t remo de la sala, o ha cambiado la mús ica , o lo que sea!

Después de una buena dosis de insegur idad y de ir de acá para allá, f ina lmente m u r m u r o algo relat ivo a q u e me gus tar í a bai lar con Ar lene . U n o de los t ipos con los que y o me juntaba me o y e y les hace un gran anunc io a los otros , « ¡Eh, tíos, pres tad o ído ! ¡ F e y n m a n qu iere bai lar con Ar l ene ! » . Pronto está uno de el los ba i lando con A r -lene y moviéndose hac ia nues t ro g rupo . Los compañeros me empujan a. l a p is ta y por f in y o « te rc io» . Pueden ustedes darse cuenta de mi estado de án imo en las p r i -meras palabras que le di je, que po r cierto no tenían se-gunda intención: « ¿ Q u é se s iente al ser tan p o p u l a r ? » . Ba i l amos nada más unos minutos , p o r q u e enseguida a l-gu ien terció.

M i s amigos y y o hab íamos estado y e n d o a clases de bai le , aunque n inguno de nosotros estaba d i spuesto a admi t i r lo jamás . En aquel los días de la Depres ión , una amiga de mi madre trataba de ganarse la v ida enseñán-donos a bai lar por las tardes, en un estudio de bai le que hab ía montado en el p iso de arr iba . La casa tenía una puer ta trasera, y en ella había d ispuesto las cosas pa ra que los chicos jóvenes pud ie ran sub i r por atrás sin ser v is tos .

De cuando en cuando sé ce lebraba un bai lecito de so-c iedad en el estudio de esta señora . N o tuve va lo r para comproba r si era verdad el anál is is s iguiente , pe ro tengo

28


la impre s ión de que las chicas pasaban m u c h o peor rato que los chicos . En aque l los t i empos , las chicas no pod ían ped i r c amb io de pare ja y ba i lar con los chicos ; eso « n o estaba b i en» . As í que las chicas que no eran m u y boni tas pod ían pasarse horas sentadas jun to a la pared , más tr is-tes que el in f i e rno .

Y o pensé , « L o s chicos lo t ienen fác i l ; t ienen l iber tad para terc iar cuando qu i e r an» . Pe ro no era fáci l . U n o p u e -de tener « l i be r t ad» , pero no el cora je , o el sent ido, o lo que haga fa l ta para re la jarse y d i s f ru ta r del bai le . En lugar de eso, te hace s un mano jo de nerv ios , angus t i ado ante la perspect iva de ped i r cambio de pare ja o de tener que inv i tar a una chica.

Por e jemplo , si se veía a una chica que no estaba ba i -l ando, y con la que te gustar ía ba i lar , u n o pod í a pensar , « ¡ B u e n o ! ¡Por lo menos ahora tengo una o p o r t u n i d a d ! » . Pero de o rd ina r io era m u y d i f íc i l . La chica sol ía decir , « N o , grac ias , e s toy cansada . M e parece que en esta p i eza me v o y a queda r s en tada» . As í q u e u n o se aleja un tanto de r ro tado — a u n q u e n o po r comple to , po rque a lo me jo r s í que está cansada de ve rdad— pero cuando te vue lves se fe acerca a lgún o t ro ch ico , ¡ y e l la sale a ba i lar con é l ! A lo me jo r ese chico es su nov io y e l la estaba e spe rando que v in iera , o a lo me jo r no le gusta tu aspecto, o es a lguna otra cosa. Para ser cosa tan senci l la , r esu l t aba m u y compl i cada .

En cierta ocas ión dec id í inv i tar a Ar l ene a uno de esos bai les . Era la p r imera vez que sal ía con el la. T a m b i é n mis me jo re s amigos es taban a l l í ; m i m a d r e les hab í a in-v i tado, para que el es tud io de ba i le de su amiga tuv ie ra más c l ientes . Estos ch icos eran con temporáneos míos , ch icos de mi edad y de mi escuela . H a r o l d Gast y Dav id Leff eran t ipos de inc l inac iones l i t e rar ias ; las de R o b e r t Stapler , en cambio , eran c ient í f icas . Pa sábamos jun tos much í s imo t i empo al sa l i r del co le , pa seando y d i s cu -t iendo de lo d iv ino y lo h u m a n o .

Sea como fuere , m i s me jores amigos estaban en el ba i -le, y en cuanto me v i e ron con Ar l ene me l l amaron al

29


guardar ropa y d i jeron, « O y e , F e y n m a n , que remos que comprendas que nosotros nos damos cuenta de que esta noche Ar l ene es tu chica , y n inguno de nosotros va a molestar te por lo que a el la respecta . Para nosotros , como si estuviera en v edado» , y otras l indezas po r el est i lo. ¡Pero un momento más tarde, no había m á s que r iva l i -dades y cambios de pare ja , p rovocados prec i samente por aque l los t íos ! A p r e n d í entonces el s ign i f i cado de la f rase de Shakespeare , « C r e o que protestá is demas i ado . »

El lector t iene que comprender cómo era y o po r en-tonces : un personaje m u y t ímido , s i empre incómodo , s iempre inseguro, po rque todo el m u n d o era más fuer te que y o ; s iempre temeroso de parecer a feminado . Todos los demás jugaban al bé isbol ; todos hacía toda clase de cosas atléticas. Si en a lgún sit io estaban j ugando , se les escapaba una pelota y ven ía hacia m í , m e quedaba pe -t r i f icado, porque a lo peor tenía que devolver la . . . y si la l anzaba , iba a desviarse por lo menos un rad ián de la d i recc ión correcta , y no iba a l legar ni a la mitad de la d is tanc ia ! Entonces todos se reir ían de mí . Era a lgo te-r r ib le ; y o me sentía m u y desgrac iado.

U n día me inv i taron a una f iesta en casa de Ar l ene . Al l í estaba abso lutamente todo el mundo , po rque Ar l ene era la chica más popu l a r de la zona : el la era la número uno, la más s impát ica , y le caía m u y bien a todos . Bue -no, al lá es toy y o sentado en un s i l lón, sin nada que ha-cer, cuando l lega Ar l ene y se sienta en el b razo del s i l lón para hablar conmigo . Fue el comienzo de ese sent imien-to de « ¡ A h o r a sí que el m u n d o es ve rdaderamente ma -rav i l loso ! ¡A lgu i en que m e gustaba se ha f i j ado en m í ! »

Por aque l los días, había en ía s inagoga de Far R o c k a -w a y un centro juveni l para chicos jud íos . Era un c lub grande, con muchas act iv idades . Hab í a un grupo l i te ra -r io que escr ibía cuentos , que se los le ían unos a o t ros ; había un grupo teatra l que preparaba y representaba obras ; había un g rupo cient í f ico y un g rupo de arte . A m í tan sólo me interesaba lo c ient í f ico, pero como A r -

30

¿ Q u é te impor ta lo que p iensen los demás?

lene estaba en el g rupo de arte , t ambién y o m e apunté a eso. A l l í es tuve luchando con la cosa art íst ica , ap ren -d iendo a hacer mo ldes de e scayo l a del rostro y cosas así (que m e s i rv ieron luego , m u c h o más ade lante en mi v ida ) , s in más ob je to que pode r estar en el m i s m o g rupo q u e Ar lene .

Pero Ar l ene tenía en él un noviec i to l l amado J e r o m e , por lo que y o no tenía la m e n o r pos ib i l idad . Yo andaba rondando po r al l í , s i empre en segundo té rmino .

U n d ía , no encon t r ándome presente , a lqu ien me p r o -puso pa ra pres idente del c lub juven i l . Los m a y o r e s co-menza ron a inquie tarse , pues a l a sazón y o era ateo dec l a -rado .

M e hab ía c r i ado en la re l ig ión jud í a . M i f ami l i a iba a la s inagoga todos los v iernes , y a m í m e enviaban a lo que l l amábamos « l a escuela d o m i n i c a l » ; inc luso l l egué a es tudiar hebreo duran te a lgún t i empo . Pero al m i s m o t iempo, m i padre me hab laba de l m u n d o . C u a n d o y o o ía al r ab ino refer i r a lgún mi l ag ro c o m o el del a rbusto c u y a s hojas se ag i taban a pesar de no haber v iento , y o me esforzaba en hacer enca jar el m i l a g ro dent ro del m u n d o real y expl icar el m i l a g ro por m e d i o de f enómenos na tu -rales.

A l g u n o s mi l agros resu l t aban más dif íc i les de exp l i ca r que otros . El del a rbus to era fác i l . U n día, y e n d o de camino a la escuela oí un ru id i to : aunque el v i en to era apenas percept ib le , las ho jas de un arbus to osc i l aban u n poqu i to p o r q u e se encont raban ju s t amente en la pos i -c ión adecuada para entrar en una especie de resonanc ia . Y y o me di je , « ¡ A j á ! ¡ H é t e aqu í u n a buena exp l i cac ión para la v i s ión del a rbus to que tuvo El i a s ! » .

Pe ro hab í a otros m i l ag ros que n u n c a consegu í ac l a ra r . Por e j emplo , estaba la h i s tor ia de cuando Mo i s é s a r ro jó su bácu lo y éste se conv i r t ió en serpiente . N o log r aba imag ina rme q u é podr í an ver los test igos que pud i e r a h a -cerles pensa r que el bas tón de Mo i s é s era una serp iente .

Si me hub i e r a acordado de c u a n d o era m u c h o más n iño , l a h is tor ia de Santa C l a u s p o d r í a habe rme d a d o

31

TJn cur ioso persona je

una pista . Pe ro a la sazón no me había causado tanto impacto como pa ra susci tar la pos ib i l idad de que uno debiera dudar de la verac idad de las h is tor ias que no encajan con la natura leza . A l descubr i r que Santa C l aus no era real no me d isgusté ; po r el contrar io , supuso un al ivio saber que la expl icac ión del f enómeno de que tan-tos niño? de todo el m u n d o rec ib ieran rega los la m i sma noche era m u c h o más senci l la ! El cuénto se estaba ha-c iendo f rancamente complicado," se les estaba y e n d o de las manos .

Lo de Santa C l au s era una cos tumbre par t i cu la r que ce lebrábamos en nuestra casa, y la cosa no era m u y seria. Pero los mi lagros de los que estaba o y e n d o hab la r tenían conexión con cosas reales : estaba la s inagoga , a la que iba la gente todas las semanas ; estaba la escuela domin i -cal , donde los rab inos les enseñaban a los n iños los m i -lagros ; era una cosa mucho más dramát ica . En Santa C l aus no intervenían grandes inst i tuc iones como la s ina-goga, que y o sabía que eran reales.

As í que todo el t i empo que estuve y e n d o a la escuela dominica l , por una parte y o m e lo creía todo , y por otra no conseguía que las p iezas encajasen. Y , c laro, antes o después aquel lo tenía que desembocar en una cris is .

La auténtica cris is debió produc i r se ten iendo y o once o doce años. El rab ino estaba contándonos una his tor ia de la Inquis ic ión española, en la cual los j ud ío s sufr ían horr ib les tor turas . N o s hab ló de una pe r sona de termi -nada , l l amada Ru th , nos d i jo exac tamente de qué se la acusaban, cuáles fueron los a rgumentos en su contra y en su favor, la h is tor ia entera, con pe los y deta l les , como si hubiera s ido recog ida por el secretar io del t r ibuna l . Yo no era más que un chiqui l lo inocente , e scuchando todo aquel lo , convenc ido de que era comentar io autént ico , po rque el r ab ino nunca había ind icado que no lo fuera .

A l f inal , el rab ino descr ib ió cómo mor í a R u t h en pr i -s ión : «Y cuando se estaba mur i endo , el la pensaba . . . » —bla , bla, bla.

Aque l lo fue para mí un autént ico golpe . T e r m i n a d a la

32


lecc ión fui a ver le y le di je , « ¿ C ó m o sabían el los lo que R u t h pensaba cuando se estaba m u r i e n d o ? »

Y él me dice, «Bueno , c laro, p r epa r amos la h i s tor ia de Ru th pa ra pode r expl icar más v iv idamente lo q u e su -fr ieron los jud íos . N o era una pe r sona de carne y h u e -so .»

Aque l l o fue demas iado para mí . M e sent í t e r r ib l emen-te decepc ionado : y o quer í a una h i s tor ia autént ica , no arreg lada ni amañada por nad ie , pa ra pode r dec id i r po r sí m i smo lo que s ign i f icaba . Pe ro a m í me resu l taba d i -f íc i l d iscut i r con adul tos . L o ún ico que consegu ía era que los ojos se me l l enaran de l ág r imas . Tan to me enfadó aque l lo que me eché a l lorar .

El rab ino me di jo , « ¿ Q u é te pa s a ? » Tra té de expl icárse lo . « ¡ H e es tado escuchando todas

esas his tor ias , y ahora no sé, de todo lo que me ha con-tado, qué cosas eran verdaderas y cuáles n o ! ¡ N o sé qué hacer con todo lo que he ap r end ido ! Y o quer í a expl icar le que en aque l m o m e n t o lo estaba pe rd i endo todo, p o r -que , por así decir lo , no estaba seguro de los datos . Y o había estado l uchando y e s fo r z ándome por entender to -dos aque l los mi l agros , y ahora — ¡ b u e n o , aque l lo reso l -v ía un mon tón de mi l ag ros , desde l uego ! Pero m e sent ía desd ichado.

El r ab ino di jo , «S i te resu l ta tan t r aumát i co , ¿ p o r qué vienes a la escuela domin i c a l ? »

«Porque mi s madres me env ían . » Yo nunca les hab lé de aque l lo a mi s padres , y nunca

aver igué si el r ab ino se comun i có con el los o no , pe ro mis padres nunca más me h ic ie ron volver . Y eso era jus tamente antes de m i conf i rmac ión como c reyen te .

En cua lqu ie r caso, aque l l a cr is is reso lv ió bas tante rá-p idamente mi d i f icu l tad , en f avor de la teor ía de que todos los mi l ag ros eran his tor ias p reparadas pa ra hacer l e entender «más v iv idamente » las cosas a la gente , aún cuando los mi l ag ros es tuv ieran en conf l i c to con los fe-nómenos natura les . M a s a m í me parec í a que la p rop i a natura leza era demas iado in teresante para admi t i r que

33


fuera d is tors ionada de aquel modo . As í que g radua lmen-te l legué a desconf iar de toda la re l ig ión.

Sea como fuere , los jud íos m a y o r e s habían o rgan i zado este c lub y todas sus act iv idades no sólo para sacar de la calle a los chicos, s ino para interesar les por la fo rma de v ida de los jud íos . Y de resul tar e legido pres idente a lguien como y o se hub ieran encontrado en s i tuac ión m u y embarazosa . Para mu tuo al ivio suyo y mío , no lo fu i ; por otra parte , el centro acabó por fal lar . Y a iba de capa caída cuando me propus ie ron y de haber resu l tado elegido, sin duda me hub ieran cu lpado a mí de su de fun -ción.

U n día, Ar l ene me di jo que J e rome y a no era su no -vio. Y a no estaba l igada a él. Eso me an imó much í s imo , ¡era el pr inc ip io de la e s p e r a n z a ! Ella me invi tó a ir a su casa, en el 154 de la Aven ida Westmins te r , en la cer-cana Cedarhurs t .

C u a n d o fu i a su casa aquel día y a había ca ído la os-cur idad , y el porche no estaba i luminado. N o pod í a ver los números . N o quer iendo molestar a nad ie p reguntan -do si era la casa que buscaba , me acerqué s ig i losamente y pa lpé los números de la pue r t a : 154.

Ar lene tenía d i f icu l tades con los deberes de la clase de f i losof ía . «Es tamos es tud iando a Descar tes» , d i jo . « E m -pieza por "Cog i to , ergo sum" , (Pienso, luego exis to) y termina demost rando la existencia de Dios . »

« ¡ Impos ib l e ! » , di je y o , s in pa ra rme a pensar que esta-ba pon iendo en tela de ju ic io al gran Descartes . (Era una reacción que y o había aprendido de mi padre : no tener respeto a lguno a la au tor idad ; presc indi r de qu ien lo d i jo y en lugar de eso mi ra r de qué parte , adonde l lega , y preguntarse a u n o mismo, « ¿Es r azonab le ? » ) . Entonces quise saber, « ¿ C ó m o puede l legar a deduc i r una cosa de la o t ra?»

« N o lo sé» , d i jo ella. «Bueno , v amos a ve r lo » , repuse . « ¿En qué consiste el

r a zonamien to? » . As í que lo es tudiamos, y vemos que el

34


ax ioma de Descartes , « C o g i t o , ergo s u m » pre tende de -c irnos que h a y una cosa que no p u e d e dudarse , a saber , la p rop ia duda . « ¿ P o r qué no lo dice d i r e c t amen te ? » , me que jé . « L o ún ico que qu ie re decir es que de un m o d o u otro, h a y un hecho que conoce . »

Después pros igue d ic iendo cosas como, « Y o sólo p u e -do imag ina r pensamientos imperfec tos , mas lo impe r f ec -to so lamente puede ser c o m p r e n d i d o en opos ic ión a lo perfecto . Por cons igu iente , lo per fec to ha de exist i r en a lgún lugar . » (Ahora se está abr i endo camino en d i rec -ción a Dios . )

« ¡ D e n inguna m a n e r a ! » , d igo y o . «En c iencia se p u e d e hablar de grados re lat ivos de ap rox imac ión sin tener u n a teor ía perfecta . N o sé de qué va todo esto. M e parece a mí que no son más que un m o n t ó n de cuentos ch inos . »

A r l ene me comprend ió . C o m p r e n d i ó , cuando exami -n ó la cuest ión, que a pesar de lo m u y impor tan te e i m -pres ionante que se supone q u e es todo este asunto f i lo -sóf ico, resul ta pos ib le tomárse lo a l a l igera , que u n o p u e -de ir r e f l ex ionando en las pa l abras en l uga r de p r eocu -parse de que hub ie ra s ido Descar tes qu ien las d i jo . « B u e -no, me parece que no habrá nada de ma lo en ver las cosas desde otro l ado» , d i jo el la. « M i p rofesor no hace más que dec i rnos que toda cuest ión t iene dos caras , lo m i smo que t iene dos caras una ho j a de pape l » .

«Tamb i én ésa es cuest ión deba t ib l e » , d i je y o . « ¿ Q u é quieres dec i r ? » Y o había le ído en la Britannica — ¡ m i marav i l losa B r i -

tannica!— acerca de la banda de M ö b i u s . En aque l los días, las cosas como la c inta de M ö b i u s no le eran tan conocidas a todo el m u n d o como lo son h o y , pe ro sí les resul taban tan comprens ib le s a los chicos de entonces como a los de nues t ros d ías . ¡ L a ex is tenc ia de s eme jan te superf ic ie era tan rea l y man i f i e s t a ! N o era una de esas resba ladizas y op inab les pol í t icas , n o era nada c u y a c o m -prens ión exigiese conocer la h i s tor ia . Leer sobre ta les cosas era como perderse en un m u n d o marav i l lo so del que nadie o ía hab l a r ; nos causa u n t r emendo p lacer no

35


só lo por el goce de aprender la mater ia , s ino p o r q u e su lec tura nos hace sent i rnos únicos .

Co r t é una tira de papel , le di med i a vue l ta y l a cerré fo rmando un bucle . Ar l ene estaba encantada.

A l día s iguiente , en clase, el la estaba al acecho de su profesor . Y , c laro, como era de esperar, él sost iene en alto una hoja de papel suelta , «Toda cuest ión t iene dos caras , lo m i smo que h a y dos caras en cada ho ja de pa -pe l . » Ar lene sost iene entonces en alto su prop ia t i ra de pape l —retorc ida med ia vue l ta y cerrada en buc l e— y dice, «Profesor , incluso eso que dice t iene dos caras : ¡ h ay papel que sólo t iene una ca ra ! » El profesor y toda la clase se ponen todos nerv iosos , y Ar lene d i s f rutó tan-to enseñándoles la cinta de M ö b i u s que me parece que a part i r de entonces me prestó más atención a causa de aque l lo .

Pero después de J e r o m e tuve un nuevo compe t idor : mi « b u e n amigo» Ha ro ld Gast . Ar lene estaba cont inua -mente dec id iéndose por una cosa u otra. C u a n d o l legó el d ía de mi graduac ión en la escuela , fue con H a r o l d al ba i le de gala, pe ro se sentó con mis padres para la cere-monia de entrega de t í tulos. Yo era el mejor a l umno en matemát icas , el me jor en f ís ica, el me jor en qu ímica , por lo que tuve que ir y venir del estrado muchas veces du-rante la ceremonia , para rec ibir honores . H a r o l d era el me jor en l engua inglesa y en histor ia y además había escrito la obra teatral de la escuela, así que aque l lo era m u y impres ionante .

Y o iba fatal en l engua inglesa . Era una as ignatura que no pod ía aguantar . M e parec ía r id ículo de letrear o no correctamente las. palabras , po rque la or tograf í a inglesa no es más que un convenio h u m a n o ; no t iene nada que ver con las cosas reales, con nada de la natura leza . C u a l -quier pa labra podr í a deletrearse igua lmente bien de otro modo . A mí me fast id iaba al máx imo toda aque l l a bo-bada de la lengua .

Hab í a una serie de exámenes l l amados «Regen te s » , a

36


los que ten ían que someterse todos los a l umnos de ú l t i -mo año de secundar i a de l Es tado de N u e v a Y o r k . U n o s cuantos meses antes, cuando todos nosot ros e s t ábamos examinándonos de ing lés en los Regentes , H a r o l d y mi otro amigo l i terato, Dav id Leff — q u e era redac tor jefe de la revis ta de la escuela-— m e p regun t a ron acerca de qué l ibro hab ía dec id ido escr ib i r . Dav id hab ía e l eg ido algo con p ro fundas inc l inac iones socia les , de S inc la i r Le-wis , y H a r o l d hab ía op tado po r c ierto d r ama tu rgo . Yo di je que hab ía e leg ido La isla del tesoro p o r q u e ha -b íamos ten ido que leer aque l l ib ro en el p r ime r año de inglés, y les conté lo que hab ía escr i to .

Se echaron a re í r . « ¡ C h a v a l , con esas s implezas sobre un l ibro tan senci l lo seguro que vas a c a rga r ! »

H a b í a t ambién una l ista de t emas para una redacc ión . El que y o e leg í se t i tu laba « L a impor t anc i a de la c ien-cia en la av i ac ión» . Y o pensé , « ¡ Q u é t ema más b o b o ! ¡ L a impor tanc i a de la c iencia en la av iac ión salta a la v i s ta ! »

Estaba a pun to de redac ta r una cosa senci l la sobre un tema id iota , cuando recordé que mi s amigos l i tera tos es-taban s i empre « r i z ando el r i z o » , s i empre c o n s t r u y e n d o frases que sonasen comple j a s y re f inadas . Dec id í hacer la prueba , sólo por ver qué d i ab los pasaba . Pensé , « s i los examinadores de los Regentes son tan bobos como para poner temas c o m o la impor tanc i a de la c iencia en la av ia-ción, lo v o y a hacer . »

As í que les escr ibí pe rog ru l l ada s c o m o « L a c iencia ae-ronáut ica desempeña un impor tan te pape l en el aná l i s i s de los remol inos , vórt ices y turbu lenc ias que se f o r m a n en la a tmósfe ra tras el av ión . . . » Y o sabía q u e remol inos , vórt ices y turbu lenc ias son lo m i smo , ¡pe ro al menc iona r los tres suena m e j o r ! Esa fue la ún ica cosa que o rd ina -r iamente no hub ie ra hecho en el examen .

El p rofesor que cor r ig ió m i examen tuvo que habe r quedado impres ionado po r los r emol inos , vór t ices y tu r -bulencias , p o r q u e obtuve u n 91 en el e x amen — m i e n t r a s que mi s amigos l i teratos , que e l ig ie ron temas q u e los

37


profesores de lengua pod ían j u zga r más fác i lmente , ob-tuvieron ambos 88.

Aque l año sacaron una norma nueva : si uno obtenía 90 o más en un examen de Regentes , ¡ au tomát i camente se tenía matr ícu la de honor en esa mater ia en el m o m e n -to de la g raduac ión ! As í que mientras el d ramaturgo y el redactor de la revista de la escuela tuv ieron que que -darse en sus asientos, aque l estudiante de f í s ica med io analfabeto es l l amado una v e z más al estrado a rec ibir su matr ícu la de honor en l engua ing lesa !

Después de la ceremonia de graduac ión , Ar l ene estaba en el vest íbulo con mis padres y los padres de H a r o l d cuando se nos acercó el jefe del depar tamento de mate -mát icas . Era un hombre m u y fuer te —era t amb ién el encargado de apl icar los cast igos en la escuela—, u n t ipo alto, dominante . La Sra. Gast le dice, « ¡ H o l a , D r . A u g s -be r r y ! Soy la madre de Ha ro ld Gast . Le presentó a la Sra. Feynman . . . »

El profesor ignora comple tamente a la Sra. Gast e in-media tamente se vuelve hacia mi madre . «Sra . F e y n m a n , qu ie ro que le conste con toda c lar idad que jóvenes c o m o su hi jo sólo se dan m u y ra ramente . El Estado deber ía mantener a los hombre s de tan gran ta lento. ¡Es prec iso que le manden ustedes a la univers idad , a la me jo r que puedan pe rmi t i r s e ! » . A él le p reocupaba que mis padres pud ie ran estar pensando en no env iarme a la un ivers i -dad, porque en aque l los t i empos eran much í s imos los chicos que tenían que buscarse un trabajo inmed ia t amen-te después de graduarse en la escuela , para a y u d a r a la fami l ia .

Lo cual , en efecto, le ocurr ió a mi amigo Rober t . T a m -bién él tenía un laborator io , y me había enseñado todo sobre lentes y ópt ica . ( U n día sufr ió un acc idente en su laborator io . Estaba abr iendo una botel la de ác ido fén ico ; la botel la se le escapó de las manos , y se le de r r amó algo de ácido sobre la cara. Fue al méd ico y hubo de l levar el rostro vendado durante unas semanas . Lo más cur ioso fue que cuando le ret i raron las vendas tenía la pie l l isa

38


y suave por deba jo , más f ina y tersa de lo que hab í a s ido antes, con muchos menos granos y defectos . H e aver i -guado después que se usó duran te c ierto t i empo una es-pecie de t ra tamiento de be l leza que u t i l i zaba ác ido fén i -co, pero más d i lu ido) . La m a d r e de Robe r t era pobre , y él tuvo que ponerse a t raba jar ensegu ida para a y u d a r l a , por lo que no p u d o cont inuar con su interés p o r las ciencias.

En cua lqu ie r caso, mi madre t r anqu i l i zó al D r . A u g s -be r r y : «Es tamos ahor rando lo más que podemos , y p r o -curaremos mandar l e a C o l u m b i a o al M I T 1..» Y A r l e n e lo estaba o y e n d o todo, po r lo que después de eso y o iba un poquito" po r de lante .

Ar l ene era una chica marav i l losa . Era la r edac tora de la revista de la Escue la Super ior Lawrence , de Nas s au C o u n t y . Tocaba el p i ano d iv inamente y era de inc l ina -ciones art íst icas. H i z o a lgunos adornos para nues t ra casa, como el lo ro que adornaba p o r den t ro nues t ro gab inete . A l pasar el t i empo e ir mi f ami l i a conoc iéndo la me jor , Ar lene sal ía a lgunas veces al bosque a p in ta r en c o m p a -ñía de mi padre , a qu ien , como a tantas personas m a y o -res, le había dado po r la p in tura en los años m a d u r o s de su v ida .

Ar l ene y y o c o m e n z a m o s cada u n o a mo ldea r la pe r -sonal idad del otro . La f ami l i a de el la era m u y f ina y cortés, m u y sensible a los sent imientos de los demás . Ella me enseñó a m í a ser t amb ién un poco más sens ib le a ese t ipo de cosas . Por ot ra par te , su fami l i a cons ideraba que las ment i r a s p iadosas eran pe r fec t amente aceptables .

A m í me parec ía que la ac t i tud que uno deb ía tener era la de « ¡ Q u é te impor t a lo que p iensen los d e m á s ! » . Yo decía , « D e b e m o s escuchar las op in iones de otras pe r -sonas y re f lex ionar sobre el las. Después , si resu l tan ab-

1 Massachuset t s Inst i tute of T e c h n o l o g y . El Inst i tuto Tecno lóg i co de Massachusetts .

39

TJn cur ioso personaje

surdas o nos parece que son equivocadas , pues . . . ¡ a l traste con e l las ! » .

Ar lene asumió esta idea inmedia tamente . Fue fáci l con-vencer la de que en nuestras relaciones deber í amos ser m u y sinceros u n o con otro y decir lo todo c laramente , con absoluta f r anqueza . Func ionó m u y bien, y nos ena-moramos m u y p ro fundamente , con un amor como nin-gún otro que y o h a y a conoc ido .

Tras aquel verano y o me fu i a la un ivers idad , al M I T . ( N o pude ingresar en C o l u m b i a a causa de la cuota ju -día 2). Empecé a recibir cart i tas de mis amigos d ic iendo cosas del esti lo de «Deber ías ver cómo sale Ar l ene con Ha ro ld » , o «El la hace esto y lo otro, mient ras tú estás solo allá en Bos ton» . Bueno , y o salía con chicas al lá en Boston, que no s igni f icaban nada para mí , y sabía que otro tanto val ía para Ar lene .

L legado el verano, me quedé en Boston con un em-pleo de temporada , y estuve t raba jando en la medic ión de fr icciones. La C o m p a ñ í a Chry s l e r había desarro l l ado u n nuevo método de pu l imentac ión , para obtener un sú-per acabado de las p iezas , y nosotros es tábamos encar-gados de med i r hasta qué punto era super ior . (Resu l tó que el « súper acabado» no era s ign i f ica t ivamente mejor . )

De todos modos , Ar l ene buscó el med io de estar cerca de mí . Encontró un trabajo est ival cu idando n iños en Scituate, a unos tre inta k i lómetros . Pero a mi padre le preocupaba que y o pudiera impl i ca rme demas i ado con Ar l ene y descarr ia rme de los estudios , así que la d i suad ió — o me d i suad ió a mí , no lo recuerdo bien. Aque l lo s t iempos eran m u y , m u y diferentes de éstos. En aquel los t i empos había que tener la carrera bien l ista y rematada antes de pensar en casarse.

Sólo pude ver a Ar l ene unas pocas veces en todo aquel verano, pero p romet imos que nos casar íamos en cuanto

2 El s istema de cuotas era una práct ica d iscr iminator ia q u e l imi taba el número de plazas univers i tar ias al que pod ían acceder los estudiantes de procedencia jud ía .

40


y o te rminase los es tudios . Para entonces hac ía y a seis años que nos conoc íamos . M e cues ta u n poco tra tar de expresar has ta qué p u n t o se desar ro l ló nues t ro m u t u o amor, pero ambos es tábamos seguros de ser el u n o pa ra el otro .

Después de g r adua rme en el M I T fu i a Pr ince ton , y durante las vacac iones iba a casa, a ver a Ar l ene . En una de las veces en que fu i a ver la , a A r l ene se le hab í a desarro l lado un bul to en un l ado del cue l lo . Ella era una muchacha m u y hermosa , po r lo que aque l lo la p r e o c u p ó un poqu i to , pero como no le do l í a supuso que no ten-dría mucha impor tanc i a . Fue a ve r a un t ío suyo , q u e era méd ico , qu ien le d i jo que se lo f rotase con aceite omega .

Entonces , a lgún t i empo después , el bu l to e m p e z ó a cambiar . Se h i zo más g r ande — q u i z á fue más p e q u e ñ o , no sé— y le d io f i ebre . La f i ebre se agravó , por lo q u e la fami l i a j u zgó que Ar l ene debía ir al hospi ta l . L e d i j e -ron que tenía f iebres t i fo ideas . Inmed i a t amente , c o m o sigo hac i endo hoy , consu l té la en f e rmedad en los l ib ros de med ic ina y le í todo lo que hab í a al respecto .

C u a n d o fu i a ver a Ar l ene al hosp i ta l , el la es taba en cuarentena — t u v i m o s que pone rnos batas especia les pa ra entrar en su hab i tac ión , y cosas así . El méd i co se encon-traba presente , por lo que le p r egun t é po r los resu l t ados de la p rueba de W y d e l l — e r a una p rueba abso luta pa ra las t i fo ideas , que supon ía el e s tud io de las bacter ias de las heces. M e dice, «Fue nega t ivo . »

« ¿ Q u é me dice? ¿ C ó m o es pos ib l e ? » , protes té y o . « ¿ A qué v ienen todas estas batas , cuando ni s iqu ie ra han po -dido ustedes ha l la r las bacter ias en un expe r imen to? ¡ A lo me jo r es que no t iene t i fus ! »

El resu l t ado fue que el méd i co hab ló con los pad re s de Ar l ene , qu ienes me d i j e ron que no in te rv in ie ra ni es-torbara el t rabajo de los méd icos . « D e s p u é s de todo , el médico es él . Tú sólo eres su nov io . »

He descubier to desde entonces que tales per sonas no

41


saben lo que se hacen, y se s ienten insu l tadas cuando se les hace una sugerenc ia o una crít ica. Ahora m e d o y cuenta de eso, y bien qu is iera haber s ido entonces m u -cho más enérgico y haber les dicho a los padres de Ar l ene que tal médico era un idiota — q u e lo era— y que no sabía lo que hacía . Pero, tal como eran las cosas, eran los padres de ella qu ienes la tenían a su cargo.

Sea como fuere , al cabo de poco t i empo Ar l ene me -joró , en apar ienc ia : le bajó la h i n c h a z ó n y se le fue la f iebre . Pero a lgunas semanas después volv ió a sal ir el bul to , y esta vez fue a otro médico . Este t ipo le pa lpa la axi las y las ingles y otros lugares , y observa que t am-bién all í h a y h inchazones . A f i rma entonces que la enfer -medad está en sus g lándulas l infát icas, pero que todav ía no sabe qué enfe rmedad específ ica es. Lo va a consu l tar con otros médicos .

A l oír aquel lo me v o y derecho a la bibl ioteca de Pr in-ceton y consulto lo que hay sobre enfermedades l infá t i -cas, y encuentro, « H i n c h a z ó n de las g lándulas l infát icas . (1) Tubercu los i s de las g lándulas l infát icas . Se t rata de una enfermedad m u y fácil de d iagnost icar . . . » —as í que d o y por hecho que la enfermedad de Ar l ene no puede ser ésta, porque lo s méd icos están ten iendo d i f i cu l tades para diagnost icar la .

Empiezo a leer sobre otras enfermedades : l in fodene-ma, l infodenoma, enfermedad de H o d g k i n , toda clase de otras enfermedades ; todas ellas, cánceres de una cosa u otra. Después de leer m u y cu idadosamente , la ún ica d i -ferencia que pude encontrar entre el l in fodenema y el l in fodenoma fue que , si el paciente muere , es l i n fodeno-ma ; si el paciente sobrevive —al menos , durante c ierto t i empo— entonces se trata de l infodenema.

Sea como fuere , tras leer de cabo a rabo todas las enfermedades l infát icas , l legué a la conclus ión de que lo más probable era que Ar lene tuv iera una en fe rmedad incurable . Med io me sonreí para mis adentros , pensan -do, «Seguro que todo el m u n d o que lee un l ibro de medic ina se p iensa que tiene una enfermedad fa t a l » . Y

42


sin embargo , después de leer todo m u y cu idadosamente , no pod ía encontra r otra pos ib i l idad . El a sunto era ser io .

Entonces acud í al té semana l de Pa lmer Ha l l , y m e encontré hab l ando con los ma temát i cos lo m i s m o que s iempre, a pesa r inc luso de acabar de descubr i r que p r o -bab lemente Ar l ene tenía una en fe rmedad mor ta l . Era a lgo m u y raro, c o m o tener dos mentes .

C u a n d o fu i a v is i tar la , le conté a Ar l ene el chiste de quienes sin saber nada de med i c ina leen los l ibros de pato log ía y luego se imag inaban tener enfe rmedades in -curables . Pe ro t ambién le d i je que nos encon t r ábamos en una gran d i f i cu l tad , y que por lo q u e y o hab ía p o d i d o aver iguar , el la tenía una en f e rmedad incurab le . Es tuv i -mos r epasando las d iversas enfe rmedades , y y o le d i je en qué cons is t ía cada una .

U n a de las en fe rmedades que le mend ioné a A r l e n e fue el ma l de H o d g k i n . La s igu iente vez que el la v io a su médico , le p r egun tó d i r ec t amente : « ¿ P o d r í a ser que y o tuviera el ma l de H o d g k i n ? »

El di jo, «Bueno , sí, es u n a pos ib i l i dad . » C u a n d o ella f ue al hosp i ta l del condado , el méd i co

escribió el s igu iente d i agnós t i co : « ¿ M a l de H o d g k i n — ? » . C o m p r e n d í entonces que el méd i co no sabía de este p r o -blema más de lo que sabía y o .

El hospi ta l del condado somet ió a Ar l ene a p ruebas de todas clases y a t r a tamientos de r a y o s X para aque l « ¿ M a l de H o d g k i n — ? » y h u b o reun iones especia les de médicos pa ra ana l i za r este caso pecu l i a r . R e c u e r d o en-contrarme y o afuera , en el ves t íbu lo , e sperándo la . A l terminar la reun ión , la enfe rmera la conduc í a en una si l la de ruedas . De repente , u n t ipo pequeñ i to sa le co r r i endo de la sa la de reun iones y nos a lcanza . « D í g a m e » , le d ice a Ar lene , « ¿Escupe usted sangre? ¿ H a espec torado san-gre al tose r ? »

La enfermera le dice, « ¡ V á y a s e ! ¡ V á y a s e ! ¡ C ó m o se le puede hacer esa p r egun t a a u n a p a c i e n t e ! » — y le echa de allí. Después se vo lv ió hac ia nosot ros y d i jo , «Ese hombre es un méd i co de la vec indad , que v iene s i empre

43


a las reuniones y no hace más que crear prob lemas . ¡ N o es la clase de preguntas que esté bien hacerle a los pac i en-tes!»

Pero y o no cog í onda . El méd ico estaba cons ide rando una cierta pos ib i l idad , y si y o hubiera s ido l isto, le h u -b iera preguntado cuál era.

F ina lmente , tras mucha discusión, uno de los méd icos del hospita l me dice que , según est iman, la pos ib i l idad más veros ími l es el ma l de H o d g k i n . M e dice, « H a b r á a l gunos per iodos de me jor í a y per iodos que será prec i so pasar en el hospi ta l . La enfermedad t iene al t ibajos, aun -que se agravará cada vez más. N o tenemos mane ra de inver t i r por comple to su curso. Es fatal al cabo de pocos años . »

« L a m e n t o mucho lo que me d ice» , le respondo. « I ré a expl icar le lo que me ha d icho.»

« ¡ N o , no ! » , me dice el médico . « N o h a y neces idad de p reocupar e inqu ie ta r a la paciente . Le d i remos que es f i eb re g landular . »

« ¡ N o , no ! » , le rep l ico y o . « Y a hemos comentado entre nosotros la pos ib i l idad de que fuera mal de H o d g k i n . Sé que el la es capaz de aceptar lo .»

«Sus padres no qu ieren que lo sepa. Será me jo r que antes hable usted con el los.»

En casa, todo el m u n d o se pone a t raba ja rme : mi s padres , mis dos t ías, nuestro médico de cabecera ; todos se m e echan enc ima, d ic iendo que no soy más que un joven insensato incapaz de darse cuenta del dolor que va a causar le a esa joven marav i l losa al decir le que t iene una enfermedad letal . « ¿ C ó m o puedes ser capaz de a lgo tan ter r ib le?» , me preguntaban , horror izados .

« P o r q u e nos hemos hecho el pacto de hab la rnos con tota l f ranqueza y de mirar todas las cosas de f rente y por derecho. De nada vale andarse con rodeos. Ella va a p regunta rme qué es lo que t iene, ¡ y y o no puedo men-t ir le ! » .

« ¡ L o que estás d ic iendo es una n iñer í a ! » , me dicen, y bla , bla, bla. Todo el m u n d o machacándome, todos a

44


dec i rme que es toy hac i endo ma l . Y y o pensaba dec id i -damente que m i act i tud era la correcta , p o r q u e y a le había hab l ado a Ar l ene de la en fe rmedad y sabía que e l la pod ía enca jar lo , que dec ir le la ve rdad era la f o rma co-rrecta de a f ronta r el p rob l ema .

Pero , f ina lmente , se acercó a m í m i he rmana p e q u e ñ a — q u e tendr ía po r entonces once o doce años— con el rostro a r r a sado en l lanto. Sé puso a da rme puñe t azos en el pecho, d i c i éndome la chica tan marav i l losa que es A r -lene y que y o soy un he rmano es túp ido y cabezota . Y a no pude aguanta r m á s ; aqué l lo me h i z o ven i rme aba jo .

As í que le escr ib í a A r l ene una car ta de amor y des -ped ida , imag inando que si el la l l egaba a descubr i r la ve r -dad después de dec ir le y o que tenía f i ebre g l andu la r , eso marcar ía el f ina l de nues t ras re lac iones . Yo l l evaba la carta enc ima en todo m o m e n t o .

Los dioses nunca te lo hacen más fác i l ; s i empre más dif íc i l . V o y al hospi ta l a ver a A r l e n e — u n a vez t o m a d a esta dec i s ión— y hé la al l í , s entada en la cama, entre sus padres, un tanto a turd ida . A l ve rme , se le i l umina el ros -tro y dice, « ¡ A h o r a me d o y cuenta de l g r and í s imo va lo r de que nos d i g amos la ve rdad el u n o al o t ro ! » . Y h a -ciendo a sus padres un gesto a f i rmat ivo , pros igue , « M e están d ic i endo que tengo f i ebre g l andu la r , y no sé si creerles o no . D ime , R i cha rd , ¿ t engo ma l de H o d g k i n o f iebre g l andu l a r ? »

«T ienes f i ebre g l andu l a r » , d i je s in t i éndome mor i r p o r dentro. Fue terr ib le , ¡ senc i l l amente ter r ib le !

Su reacc ión fue de lo más s imp le : « ¡ O h ! ¡ M a g n í f i c o ! Entonces les c r eo» . Tan g rande era la fe y la con f i anza que hab í amos l l egado a tener el u n o en el otro , que e l la se s int ió comple t amente a l iv iada . T o d o resue l to , t odo m u y bon i to .

Ar l ene m e j o r ó u n poco y vo lv ió a su casa t empora l -mente . C o s a de una semana después , m e l l ama por te lé-fono. « R i c h a r d » , me dice, « q u i e r o hab l a r cont igo . V e n a casa, por f avor . »

45


«Per fec tamente» . M e cerc ioré de l levar la carta conmi -go. M e di cuenta de que pasaba a lgo.

Subo hasta su habi tac ión y ella me dice, «S i én ta t e » . Me senté a los pies de su cama. « M u y bien, d ime ahora , ¿ tengo f iebre g l andu la r o ma l de H o d g k i n ? »

«T ienes la enfermedad de H o d g k i n » , le respondo, y , echo mano de la carta. ¡

« ¡ D i o s m ío ! ¡ H a n deb ido hacerte pasar un i n f i e rno ! » dice ella.

Acababa de decir le que tenía una enfermedad morta l , confesándole al m i smo t i empo que la había ment ido , y ¿qué es lo que ella p iensa? ¡El la se preocupa por m í ! M e sentí terr ib lemente avergonzado de mí mi smo. L e dí la carta a Ar lene .

«Debías haber res is t ido. Ahora sabemos lo que esta-mos hac iendo ; ¡ es tamos en lo c ier to !»

« L o lamento. M e s iento horr ib lemente . » « L o comprendo , R i cha rd . Pero no vuelvas a hacer lo . » Y es que , ¿saben? , el la estaba al lá arr iba en cama e

h izo a lgo que solía cuando era pequeña : sal ir de punt i l l a s de la cama y bajar a lgunos pe ldaños de la escalera pa ra saber qué hacían los demás en la p lanta baja . O y ó l lorar mucho a su madre , y vo lv ió a la cama pensando , «S i sólo tengo f iebre g landular , ¿por qué está l lorando tanto mi madre? ¡Pero R ichard di jo que y o tenía f iebre g landu lar , así que tiene que ser ve rdad ! »

M á s tarde pensó, « ¿Ser ía pos ib le que R ichard me h u -biera men t ido? » , y comenzó a preguntarse cómo podr í a haber s ido pos ib le . L legó a la conclus ión de que , po r increíble que pareciese , a lguien podr í a haberme apre tado los torni l los de a lgún modo .

Era tan capaz de a f rontar s i tuaciones dif íc i les que pasó sin más al p rob l ema s iguiente . « M u y b ien» , me dice . «Tengo la enfermedad de H o d g k i n . ¿ Q u é vamos a hacer ahora? »

Yo tenía una beca en Pr inceton, que no podr ía segu i r d i s f ru tando si me casaba. Yo sabía y a cómo evo luc iona-ría la enfermedad : a veces me jorar í a durante unos meses ,

46


y Ar l ene podr í a estar en casa ; otras , t endr ía que estar en el hospi ta l duran te meses — y así, pe r iód icamente , du -rante cosa, tal vez , de un pa r de años .

A s í que ca lcu lo que aunque es toy a mi t ad de mi tesis doctora l , tal v ez pud i e r a logra r un empleo en los Bel l Te l ephone Labora tor i e s — u n lugar magn í f i co pa ra t ra -ba j a r— y encontra r u n pis i to en Q u e e n s que no es tuv ie -ra m u y le jos del hospi ta l ni de los Labora tor ios . Pod r í a -mos casarnos en N u e v a Y o r k , dent ro de pocos meses . Lo de j amos todo p l aneado aque l l a tarde .

H a c í a y a a lgunos meses que los méd icos de A r l e n e quer í an hacer u n a b iops ia de la h inchazón de l cue l lo , pero sus padres no lo pe rmi t í an — n o quer í an «mo l e s t a r a la pobre n iña en fe rma» . Pero ahora , con r enovada de-terminac ión , empecé a ins ist i r les , exp l i cándoles q u e era impor tan te d i sponer de tanta in formac ión como fue r a pos ib le . C o n a y u d a de Ar l ene , logré f ina lmente conven-cer a sus padres .

A l g u n o s d ías después , A r l ene me te lefonea y me dice, «Ya t ienen el resu l tado do la b iops i a » . « ¿S í ? ¿Y es bueno o m a l o ? » « N o lo sé. V e n y hab l a r emos de e l lo . » C u a n d o l l egué a su casa m e mos t ró el i n fo rme . Dec í a , «La b iops ia mues t ra tubercu los i s de la g l ándu la l i n f á -

t ica .» Aque l l o sí que me p i l ló po r sorpresa . Q u i e r o dec i r

que era la p r imera ma ld i t a en fe rmedad de la l ista . La pasé po r enc ima p o r q u e el l ibro dec ía que era m u y fáci l de d iagnost icar y a los méd icos les es taba-costando d i ag -nost icar la en fe rmedad de Ar l ene . Dí po r hecho que ha -br ían c o m p r o b a d o la pos ib i l idad más ev idente . Y aque l era el caso ev idente : el h o m b r e que hab ía sa l ido cor r i en-do de la sala de reun iones , p r egun t ando , « ¿Escupe us t ed sangre?» hab ía t en ido la idea correcta . ¡P robab l emen te supiera de qué se t r a taba !

M e sent í c o m o un imbéc i l , p o r q u e hab ía desprec i ado la pos ib i l idad obv ia f u n d á n d o m e en p rueba s c i r cuns t an -ciales ( lo que no está nada b ien) y a t r i buyéndo l e s a los

4 7


méd icos una inte l igenc ia super ior a la que tenían. D e lo contrar io , y o la habr í a suger ido inmedia tamente , y tal vez el médico que t ra taba a. Ar l ene hub ie ra d i agnos t i cado l a rgo atrás que su enfermedad era « tubercu los i s de la g l ándu la l infát ica» . Hab í a s ido un bobo . A l g o he apren-d ido , desde entonces .

Sea como fuere , Ar l ene dice, « A s í que tal v ez l l egue a v iv i r hasta siete años más . Inc luso puede que me p o n g a b ien . »

« ¿ Q u é quieres decir , entonces, con eso de que no sa-bes si la noticia es buena o ma l a ? »

«Bueno , ahora no podremos casarnos hasta más t a rde . » Sabiendo que so lamente le quedaban dos años de v ida ,

lo habíamos resue l to todo tan perfectamente , desde su p u n t o de vista, ¡ que ahora le moles taba descubr i r que podr í a vivir más ! Pe ro no me costó m u c h o convencer la de que era mejor así .

Supimos de este m o d o que desde entonces p o d r í a m o s encarar las cosas juntos . Después de pasar por aque l lo no tuv imos d i f i cu l tad para af rontar n ingún otro p rob l e -ma .

Cuando empezó la guerra fu i rec lu tado al lá en P r i n -ceton para t raba jar en el P royec to Manha t t an , donde y o estaba rematando mi tesis. Pocos meses después, en cuan-to me doctoré, anunc ié a mi fami l i a qué iba a casarme.

M i padre quedó hor ror i zado , p o r q u e desde el p r ime r momento , al v e rme crecer, pensó que y o sería fe l iz como cient íf ico. En su. op in ión era todav ía demas iado p ron to pa r a casarme, que el ma t r imon io ser ía u n es torbo en mi carrera . Tenía t amb ién la absurda idea de que si un h o m -bre estaba en apuros , la culpa hab ía qué buscar la en una muje r . «Che rchez la f emme» , decía cont inuamente . Es-taba convencido de que las mujeres eran el gran pe l i g ro de los hombres , que los hombres tenían que estar s i em-pre alerta y most ra rse f i rmes en lo tocante a muje res . Y al ve rme a punto de casarme con u n a muchacha tuber -culosa , piensa en la pos ib i l idad de que también y o con-t ra iga la enfermedad.

48


Toda mi fami l i a tenía esa p reocupac ión — m i s t ías, m i s tíos, todo el m u n d o . H ic i e ron venir a casa al méd ico de cabecera. El méd i co se es forzó en exp l icarme que la tu -berculos is era una enfe rmedad pe l igrosa , que es m u y p r o -bable, casi seguro , que fue ra a contraer la .

Le di je, «Bas t a que me d iga cómo se t rasmite , y nos las a r r eg l a r emos» . Y a é ramos m u y , m u y cu idadosos ; sa-bíamos que no deb í amos besarnos , po rque la boca está l lena de bacter ias .

Entonces me exp l icaron m u y de l i cadamente que cuan -do y o hab ía p rome t i do casarme con Ar l ene y o i gnoraba la s i tuac ión. T o d o el m u n d o comprender í a que entonces y o no pod ía saber lo que pasaba y que m i p romesa no suponía una ve rdade ra p romesa .

N u n c a tuve el sent imiento , la absurda idea que se les había met ido en la cabeza , de que y o fue ra a casa rme porque lo hub i e r a p rome t ido . N i s iqu iera se me hab í a ocurr ido . N o era cuest ión de que y o hub ie ra p rome t i do nada ; hab í amos ten ido que esperar , s in poder casarnos forma lmente , s in « u n » pedazo de pape l que lo acred i ta -se, pero es tábamos enamorados , y es tábamos casados y a el uno con el otro , emoc iona lmente .

Les di je entonces , « ¿Ser í a lóg ico que u n mar ido aban-donase a su mu j e r al saber que ésta t iene tube rcu los i s ? » .

M i tía, la que regenta el hote l , era la ún ica que op inaba que tal v ez fue r a correcto que nos casáramos . Todos los demás segu ían opon iéndose . Pe ro ahora , como mi f am i -lia me hab ía dado antes y a conse jos de este t ipo y se había equ ivocado tanto, m i pos ic ión era m u c h o más só -lida. Fue m u y fáci l res ist i r y segu i r ade lante . A s í que n o hubo p rob l ema , en rea l idad . A u n q u e fuera una c i r cuns -tancia parec ida , y a no iban a convercerme de nada más . Ar lene y y o sab íamos que acer tábamos en lo que hac ía -mos.

Ar l ene y y o lo p repa ramos todo. H a b í a un hospi ta l en N e w Je r s ey , jus to al sur de For t Dix , donde el la p o -día quedarse mient ras y o estuviera en Pr ince ton . Era u n hospital de benef ic ienc ia , l l amado Deborah , sos ten ido

49


por el S indicato de Traba j adoras de la Confecc ión dé N u e v a York . Ar l ene no t raba jaba en la confecc ión, pe ro eso no impor taba . Y y o no era más que un chico joven que t raba jaba en no sé qué p royec to del gobierno, por lo que mi paga era m u y pequeña . Pero, al menos , de esta fo rma podía encargarme de cuidar la .

Dec id imos casarnos de camino al Hosp i t a l Deborah . Fui a Pr inceton a recoger un coche ; Bi l l W o o d w a r d , uno de los estudiantes pos tg raduados de all í me pres tó su ranchera . Yo la p reparé como si fue ra una pequeña am-bulancia , y puse en la par te trasera un colchón y mantas , para que Ar l ene pud ie ra acostarse si se fat igaba. A u n q u e estaba pasando u n o de esos per iodos en los que la en-fe rmedad no aparentaba tanta gravedad y estaba en casa de sus padres , Ar l ene hab ía pe rmanec ido m u c h o t i empo en el hospita l del C o n d a d o y se encontraba un poco débi l .

C o n d u j e hasta Ceda rhu r s t y r ecog í a la novia . La fa-mi l i a de Ar lene la desp id ió ag i tando los brazos , y nos fu imos . C r u z a m o s Q u e e n s y B r o k l y n , y fu imos después a Staten Is land en el f e r r y —ta l fue nues t ro románt i co v ia je en barco— y nos encaminamos hac ia la tenencia de a lca ldía de R i c h m o n d para casarnos.

Sub imos la escal inata , l entamente , y fu imos has ta el reg is tro civil . El func ionar io que all í había era m u y agra -dable . Nos atendió inmedia tamente . N o s di jo, « N o tie-nen ustedes tes t igos» , así que l l amó a un of ic in is ta y a u n contable que estaban en un despacho vecino, y fu i -mos casados según las l eyes del Estado de N u e v a Y o r k . N o s sent íamos m u y dichosos , y nos sonre í amos fel ices , tomados de las manos .

El contable me dice, « A h o r a y a están casados. Deber í a usted besar a la nov i a » .

A s í que el sonro j ado personaje besó levemente a la nov ia en la mej i l l a .

Les dí a todos una prop ina y les agradec í m u c h o sus atenciones. Vo lv imos al coche y condu je hasta el H o s -pita l Deborah .

50

¿ Q u é te impor ta lo que p i ensen los demás?

Todos los f ines de semana y o ba j aba desde Pr ince ton para v is i tar a Ar l ene . En una ocas ión el au tobús se re -trasó y no p u d e entrar en el hosp i ta l . N o hab ía hote les por los a l rededores , pe ro l levaba pues to m i v ie jo abr igo de p ie l de cordero (por lo que estaba bas tante ca lent i to ) y busqué un solar vac ío donde do rm i r . Estaba un p o c o p reocupado po r lo que pud i e r a pensa r la gente q u e se asomase a la ventana , po r lo que e leg í un l uga r que es-tuviera suf i c i en temente a le jado de las casas.

A l d ía s igu iente , al desper ta rme , descubr í que hab í a estado d u r m i e n d o en un ver tedero de basura — ¡ u n a es-combre ra ! M e sent í e s túp ido y me eché a re í r .

El méd i co de Ar l ene era m u y agradab le , pero se en-fadaba todos los meses , cada vez que le l l evaba un bono de guer ra po r 18 dólares . Se daba cuenta de que n o te-n íamos m u c h o d inero , e ins is t ía en que no hab ía nece -s idad de que con t r i buyé r amos con nada al hospi ta l , pe ro de todas fo rmas lo hice .

En una ocas ión, en Pr ince ton , m e l legó por el cor reo una caja de láp ices . Eran de co lor ve rde oscuro , y l l eva-ban grabado en letras de oro , « R I C H A R D , Q U E R I D I -S I M O , ¡TE A M O ! P U T S Y » . M e los hab ía enviado A r -lene ( y o la l l amaba Pu t s y ) .

Bueno , aque l lo era un deta l le m u y bon i to , y y o la quer ía t ambién , pe ro — y a se sabe lo d i s t r a ídamente que va uno de jándose los lápices por ahí . A lo me jo r le estás enseñando al p ro fe sor Winge r u n a fó rmu l a , u ot ra cosa , y te o lv idas el l áp i z en su mesa .

En aque l los d ías no nos sobraba de nada , así que qu i se aprovechar los lápices . Busqué u n a cuchi l l a de afe i tar en el cuarto de baño y recor té el g r abado de uno de e l los , para ver si m e era pos ib le usar los .

A la mañana s igu iente , una carta . C o m i e n z a , « ¿ P A R A Q U E E S T A S B O R R A N D O EL N O M B R E D E L O S L A P I C E S ? »

Y con t inúa : « ¿ N o te s ientes o rgu l lo so de que te a m e ? » . Y después , « ¿ Q U E TE I M P O R T A L O Q U E P I E N S E N L O S D E M A S ? »

51


Y después, un vers i l lo : «Si te avergüenzas de mí , de mí , ¡ Q u e te den morc i l l a ! » . Y la s iguiente estrofa era por el esti lo, con el ú l t imo verso , « ¡ Q u e te den tor t i l l a ! » C a d a uno era « ¡ Q u e te den morc i l l a ! » , expresado de di-ferente forma.

A s í que tuve que usar los lápices grabados con mi nombre . ¿ Q u é otra cosa pod ía hacer?

A l poco tuve que i rme a Los A l amos . Rober t Oppen -he imer , que estaba al cargo del p royec to , h izo los arre-glos para que Ar l ene pudiera pe rmanecer en el hospita l mas cercano, en A lbuque rque , a unos 150 k i lómetros . Y o tenía un poco de t i empo l ibre todos los f ines de semana para i r a ver la , por lo que los sábados buscaba a lguien que me l levase allá, ve ía a Ar l ene por la tarde y pasaba la noche en un hotel , a l l í en A l b u q u e r q u e . Des-pués , volvía a ver a Ar l ene el d o m i n g o por la mañana , y po r la tarde vo lv í a otra vez «hac i endo dedo» .

Era corr iente que recibiera cartas suyas a lo la rgo de la semana. A l guna s de ellas, como la escri ta en u n rom-pecabezas en b lanco, descompues to en p iezas y enviado en una bolsa tuv ieron por resu l tado not i tas del censor mi l i ta r del est i lo de, «Por favor , d íga le a su esposa que aqu í no tenemos t i empo para andarnos con jueguec i tos» . Yo no le di je nada . A mí me gus taba que el la inventase juegos , a pesar de que ello me puso a lgunas veces en s i tuaciones tan d ivert idas como embarazosas , de las que no pod ía escaparme.

U n día, casi a pr inc ip ios de M a y o , en los buzones de correos de casi todo el mundo , en Los A l amos , apare-c ieron unos bolet ines impresos . Todo aquel condenado lugar estaba l leno de ellos. Eran de esos que uno des-p l iega y aparece un t i tu lar que en gruesas letras impresas sobre la por t ada d icen : « ¡ T O D O EL PAIS C E L E B R A EL C U M P L E A Ñ O S D E R. P . F E Y N M A N ! » .

Ar l ene estaba j ugando su par t ida con el m u n d o . Tenía much í s imo t i empo para pensar . Le ía revistas, y enviaba a por esto y a por aquel lo . S i empre estaba maqu inando

52


algo. (Seguro que tuv ieron que a y u d a r l a a pone r las d i -recciones N i c k Met ropo l i s o a l guno de los compañeros de Los A l a m o s que sol ían ir a v is i tar la ) . A r l ene estaba en su cuar to del hosp i ta l , pero estaba en el m u n d o , es-c r ib iéndome cartas d i spara tadas y p id i endo toda c lase de cosas.

En una ocas ión me envió un gran catá logo de equ ipo de cocina, del t ipo necesar io pa ra ins t i tuc iones enormes , como las pr i s iones , que a lbergan en el las a un m o n t ó n de gente. H a b í a all í de todo , desde soplantes y c ampanas para hornos hasta inmensas ol las y sartenes . Y o me pre -gunto , « ¿ A qué d iablos v iene es to?»

L o cual m e hace acordarme de cuando y o es taba en el M I T y Ar l ene me envió un catá logo donde se descr i -bían grandes navios , desde barcos de guer ra a t ransat -lánticos, barcos grandes de ve rdad . Y o le escr ibí , « ¿ Q u é pretendes con es to?»

Ella r e sponde a vue l ta de correo , «Se me ocur r ió que tal vez , cuando nos casemos , p o d r í a m o s compra rnos un barco.»

Le contesto, « ¿Estás loca? ¡ N o t ienes sent ido de la p roporc ión ! » .

Entonces m e l lega otro ca t á logo : ahora son g randes yates , ve leros de 12 met ros y cosas así , pa r a gentes m u y ricas. El la me escr ibe, « D a d o que los o t ros no te gus ta -ron, tal v ez pud i é r amos queda rnos u n o de es tos .»

Le escr ibo : « M i r a : ¡ te sales comp le t amen te de esca la ! » Pronto me l lega otro catá logo. Son d iversos t ipos de

motoras , Chr i sc ra f t esto y Ch i sc r a f t lo o t ro . Escr ibo, « ¡ D e m a s i a d o ca ros ! » F ina lmente , rec ibo una no t a : «R i cha rd , ésta es tu ú l -

t ima opor tun idad . Sólo sabes dec i r que n o » . Resu l t a que un amigo s u y o t iene u n bote de r emos que desea vende r por 15 dó lares —es un bote u s a d o — y qu i zá s p u d i é r a -mos comprá rnos lo pa ra poder ir a r ema r el p r ó x i m o ve -rano.

Luego , sí. ¿ C ó m o decir no tras todo aque l lo ? Bueno , todav ía es toy t ra tando de i m a g i n a r m e a dónde

53


conduce este ca tá logo de equipos de cocina para ins t i tu-ciones cuando me l lega ot ro : éste, para hoteles y restau-rantes ; sumin is t ros para hoteles y res taurantes de tama-ño de med io a pequeño . Después , a los pocos días , re-cibo un catá logo para « la cocina de tu nuevo hoga r . »

Por f ín, el sábado s iguiente en A l b u q u e r q u e logro ave-r iguar de qué va todo aquel lo . H a y en su hab i tac ión una pequeña asadora de carbón, que ha comprado por correo en Sears. T iene unos 50 cm. de d iámetro y patas blancas .

«Se me ocur r ió que pod í amos hacernos unas chuletas a la par r i l l a » , d ice Ar lene .

« ¿Pe ro cómo d iab los vamos a usar la en la habi tac ión, aquí , con el h u m o que se hará y todo lo demás ? »

« ¡ O h , n o ! » , me dice. « N o tienes más que sal ir ahí afuera , al césped. As í podrás asar chuletas todos los do-mingos . »

El hospi ta l estaba justo en la Ru t a 66, la carretera pr in -cipal que atraviesa los Estados Un idos . « N o puedo hacer eso» , le respondo . « A ver si me ent iendes , ¿ cómo v o y a ponerme a asar chuletas ahí a fuera mientras pasan con-t inuamente los coches y los camiones , y toda la gente que va y v iene por los arcenes? ¡Senc i l l amente , no puedo salir ahí a fuera y pone rme a cocinar en el c é sped ! »

« ¿ Q u é te impor ta lo que p iensen los demás? ( ¡Ar l ene me torturaba con t inuamente con aque l lo ! ) . «Bueno , va le» , me dice, mient ras abre un ca jón. « V a m o s a l legar a un acuerdo : no será preciso que te pongas el gor ro de chef ni los guantes . »

Y levanta un gor ro de chef, un gorro autént ico, y unos guantes de cocina . Y entonces añade, «Pruéba te el de-lanta l » , y lo despl iega . A mayore s , el de lanta l l l eva es-crita a lguna bobada como « B A R - B - Q K I N G 3 » , o a lgo po r el est i lo.

« ¡ Y a basta, y a bas t a ! » , digo yo , hor ror i zado . « ¡P r epa -

3 J uego de pa labras . L i tera lmente , rey de la barbacoa .

54


raré la carne en el c é sped ! » . As í que cada sábado o d o -mingo , me tocaba ba jar a la Ru t a 66 y asar chuletas .

Está después lo de las tar jetas de nav idad . U n día , apenas unas semanas después de l l egar a Los A l a m o s , Ar l ene dice, « H e pensado que ser ía bon i to manda r l e t a r -jetas de nav idad a todo el m u n d o . ¿Qu i e r e s ver las que he e l eg ido?»

Eran tar jetas m u y bonitas , desde luego , pero den t ro decían «Fe l i z Nav idad , les desean R i c h & P u t s y . « ¡ N o puedo enviar les éstas a Fe rm i o a Be the ! » , p ro tes té . « ¡ A p e n a s si les conozco ! »

« ¿ Q u é te impor t a lo que p iensen los demás ? » . . . como era de esperar . Las env iamos .

L lega el año s iguiente , y para entonces y a he conoc ido a Fermi . Y a conozco a Bethe . H e es tado en sus casas . H e cu idado de sus h i jos . Todos somos m u y amigos .

En cierto momen to , A r l ene me dice, con tono de la m a y o r fo rma l idad , «R i cha rd , todav í a no me has p r e g u n -tado por nuestras tar jetas nav ideñas de este año . . . »

Siento que el M I E D O me l lena de pies a cabeza . « U h . . . , bueno, veamos las tar je tas . »

Las tar jetas d icen : Fe l i z N a v i d a d y P róspe ro A ñ o N u e -vo, les desean R i cha rd y Ar l ene F e y n m a n . « M u y b ien , esp léndidas» , le d igo . «Son m u y boni tas y serv i rán pa r a todo el m u n d o . »

« ¡ O h , n o ! » , dice ella. « N o s i rven pa ra Fermi , y Be the y todos esos sabios tan f amosos » . Y , no fa l taba más , tenía ot ra caja de tar jetas .

Saca una de mues t ra . J un to al texto hab i tua l : Les de -sean el Dr . y l a Sra. R . P . F e y n m a n .

N o me quedó más r emed io que enviar les estas ot ras . « ¿ A qué v iene este t ra to tan fo rma l , D i c k ? » , se re ían .

Les a legró saber que Ar l ene se es tuv iera d iv i r t i endo t an -to, y que y o no pud ie ra hacer nada al respecto .

Ar l ene no pasaba todo el t i empo inventando juegos . Hab ía m a n d a d o pedir un l ibro t i tu l ado Sonidos y símbo-

55


los del chino. Era un. l ibro prec ioso, que todav ía conser -vo, con unos c incuenta s ímbolos t razados con prec iosa ca l igraf ía y expl icac iones como « T o r m e n t a : tres muje res en una casa» . Se había provis to de papel adecuado , de pinceles y t inta, y pract icaba la ca l igraf ía . Se hab ía com-p r ado también u n d icc ionar io de chino, pa ra d i sponer de muchos otros s ímbolos más .

U n día, cuando fui a vis itar la , Ar l ene estaba pract i -cando estas cosas. Ella m u r m u r a b a para sí, « N o . Ese otro está ma l . »

A s í que yo , el «g ran c ient í f ico» , d igo, « ¿ Y qué ent ien-des por "ma l " ? N o es más que un convenio h u m a n o . N o h a y n inguna l ey de la na tura leza que d iga qué as-pecto han de tener ; puedes d ibu jar los del m o d o que qu ie -ras» .

« Q u i e r o decir que art í s t icamente está mal . Es una cues-t ión de equi l ibr io , de estét ica.»

«Pero una fo rma es tan buena como ot ra» , protes to yo.

« T o m a , » dice el la , y me pasa el p ince l . « H a z u n o tú mi smo . »

H ice uno, pues , y di je, «Espera un momen to . V o y a hacer o t ro ; éste está demas iado embor ronado . » (Después de todo, no pod ía decir que estaba ma l . )

« ¿ Y cómo sabes lo poco o mucho embor ronado que ha de ser?» , me dice .

C o m p r e n d í lo que me quer ía decir . Para que tenga un aspecto boni to es prec iso hacer los t razos de de te rmina-da forma . Las cosas estéticas t ienen un algo, u n carácter , que no puedo def in i r . Y como tal cosa no pod ía ser def in ida , y o lo cons ideraba inexistente . Pero he apren-d ido por exper iencia que sí h a y a lgo y desde entonces , he sent ido por el arte una cierta fasc inac ión.

Jus to entonces, m i hermana m e envía una posta l desde Ober l in , donde el la asiste a la un ivers idad . Está escri ta a láp iz , con s ímbolos pequeñi tos — y está en ch ino.

J o a n es nueve años m e n o r que y o , y t ambién es tud ia -ba f ís ica . Tene rme a m í por he rmano m a y o r le resu l taba

56

¿ Q u é te impor ta lo que p iensen los demás ?

duro. S i empre estaba buscando a lgo que supiera hacer , y secre tamente iba a clases de ch ino .

Bueno , y o no sabía una pa l abra de ch ino ; ahora , u n a cosa que se me da b ien es gastar una in f in idad de t i empo en resolver un rompecabezas . El f in de s emana s igu iente me l levé la tar jeta a A l b u q u e r q u e . Ar l ene m e enseñó a consul tar los s ímbolos . H a y que empeza r p o r la ca tego-ría correcta en la par te f ina l del d icc ionar io y conta r el número de t razos . Después se va a l a par te pr inc ipa l del d icc ionar io . Resu l t a q u e cada s ímbo lo t iene va r ios s i gn i -f icados pos ib les , po r lo cual es prec i so ag rupa r var ios s ímbolos antes de poder comprender lo s .

C o n gran pac ienc ia logré desc i f rar lo todo . J o a n m e decía cosas c o m o « H o y he pasado un buen d í a » . Só lo había una f rase que no pod í a comprende r . « A y e r ce lebra-mos el d ía de fo rmar montaña s » — l o que ev iden temente tenía que estar ma l t r aduc ido . (Resu l tó que a l lá en O b e r -lin sí tenían a lgo l l amado « D í a de f o r m a r m o n t a ñ a s » , y que y o lo hab ía t r aduc ido co r r ec t amente ! » ) .

Eran ev identemente las cosas tr iv ia les que son de es-perar en u n a pos ta l ; pe ro m e d i cuenta po r la s i tuac ión de que Joan estaba t ra tando de hace rme m o r d e r el p o l v o env iándome el texto en ch ino .

Estuve ho jeando ade lante y atrás el l ibro de arte ch ino y seleccioné cuat ro s ímbo los que enca jaban b ien . D e s -pués los p rac t iqué uno po r uno , u n a y o t ra vez . Ten í a un gran cuaderno en el que d ibu j é unos c incuenta de cada uno , hasta que me sa l ieron casi perfectos .

C u a n d o más o menos acc identa lmente hube l o g r a d o tener un e j empla r correc to de cada s ímbo lo , los gua rdé . Ar l ene les dio el v is to bueno , y los p e g a m o s en co lumna , uno sobre otro . P u s i m o s después un pedac i to de m a d e r a en cada ex t remo, para p o d e r co lgar los de la pared . T o m é una fo togra f í a de mi obra maes t ra con la c ámara de N i c k Metropol i s , enrol lé la t ira , la me t í en u n t u b o y se la envié a J o a n .

As í que el la lo rec ibe . Los desenro l l a y c o m p r u e b a que no puede leer lo . A el la le parece c o m o si y o hub i e r a

57


senci l lamente p in tado cuatro caracteres en la banda, uno encima de otro . M i hermana se los l leva a su maes t ro .

Lo pr imero que le dice es, « ¡Es ta escr i tura está f r an -camente b ien ! ¿ L a hiciste t ú ? »

«Uh . . . N o . ¿ Q u é es lo que d ice?» « H e r m a n o m a y o r también habla . » Verdaderamente , soy un ma l bicho. N u n c a dejé a mi

hermani ta que se marcara un tanto a mi cuenta .

C u a n d o Ar l ene empeoraba y se ponía más débi l , su padre venía desde N u e v a Y o r k a vis i tar la . En aque l los t iempos, durante la guerra , un via je tan la rgo era m u y costoso y compl icado , pero su padre venía, po rque sabía que se acercaba el f in . U n día me te lefoneó a Los A la -mos. « M á s va le que vengas cuanto antes» , me di jo .

Hac í a mucho que y o tenía acordado con un amigo mío de Los A l amos , Klaus Fuchs , que en caso de emer-gencia tomar í a pres tado su coche, para poder l legar rá-p idamente a A lbuque rque . Recog í a un par de autoesto-pistas para que me ayudaran en caso de que ocurr ie ra a lgún percance por el camino.

C o m o no pod ía fal lar , de camino a Santa Fe p incha -mos. M i s pasa jeros me a yuda ron a cambiar la rueda . Des -pués, apenas pasada Santa Fe, se nos p inchó la rueda de repuesto, pero por for tuna es tábamos cerca de u n a ga-sol inera. M e acuerdo de haber estado esperando pac ien-temente a que el empleado de la gasol inera terminase con otro coche, cuando los dos autoestopistas , que conoc ían la s i tuación, fue ron y le expl icaron lo que pasaba . N o s arregló la rueda inmedia tamente . Dec id imos no reparar también la rueda de repuesto, po rque ello nos hub ie ra retrasado más todavía .

Ar r ancamos nuevamente en dirección a A l b u q u e r -que, s in t iéndome estúpido por no habérseme ocur r ido decir le nada al mecán ico de la gasol inera en un momen to en que el t i empo era tan precioso. Y entonces, a unos 50 k i lómetros de A lbuque rque , ¡o t ro p inchazo ! Tuv i -mos que abandonar el auto y hacer autoestop el resto

58


del camino . L l a m é a una g rúa y le exp l iqué la s i tua-ción.

M e encontré al padre de Ar l ene en el hosp i t a l ; hac ía unos días que se encontraba al l í . « N o puedo aguan ta r más, tengo que i rme a casa» , d i jo . Se sent ía tan desd i -chado, que se fue sin más .

C u a n d o po r f in vi a Ar l ene estaba m u y débi l y c o m o desor ientada . N o parec ía darse cuenta de lo que es taba ocurr iendo. M i r a b a al f rente f i j amente , s in ver, desv ian-do la v is ta apenas un p o q u i t o de cuando en cuando , t ra tando de resp i rar . D e cuando en cuando se le deten ía la resp i rac ión, como si se a t ragantase ; l uego vo lv ía a e m -pezar . As í es tuvo duran te var ias horas .

Salí un m o m e n t o a dar u n paseo po r el exter ior . Es-taba sorprend ido , p o r q u e no sent ía lo que se supon ía había q u e sent ir en aque l las c i rcunstanc ias . Ta l vez es-tuviera engañándome a m í m i smo . N o es que es tuv iera encantado, pero t ampoco m e ha l l aba te r r ib lemente ape-nado, pos ib lemente , p o r q u e sabía desde hac ía m u c h o lo que iba a ocurr i r .

Resu l t aba dif íc i l de expl icar . Si los marc i anos (qu ienes , imag inemos , j amás m u e r e n sa lvo po r acc idente) l l egasen a la T ie r ra y observasen esta pecu l i a r especie de c r i a turas —estos h u m a n o s que v iven unos setenta u ochenta años , sabedores de que les ha de l legar l a muer t e—, sin d u d a les parecer ía un t r emendo p rob l ema ps i co lóg i co c ó m o nos es pos ib le v iv i r en esa s i tuac ión , s ab i endo que la v i d a sólo es t empora l . Bueno , nosot ros los h u m a n o s h e m o s dado con una fo rma de v iv i r a pesa r de este p r o b l e m a : nos re ímos , b romeamos sobre él, v i v imos .

La ún ica d i ferenc ia fue , po r lo que A r l e n e y a m í concierne, que en l uga r de c incuenta años fue ron c inco. Se t ra taba so lamente de una d i fe renc ia cuant i t a t iva ; el prob lema ps ico lóg ico era exac tamente el m i s m o . La ú n i -ca fo rma en que hub ie ra pod ido ser a lgo d i ferente ser ía que nos hub i é r amos d icho a noso t ros m i s m o s , « P e r o tantos otros t ienen me jo r for tuna , p o r q u e podrán v iv i r c incuenta años» . Pero eso es absurdo . ¿ P o r qué depr i -

59


mirse y sent irse miserable d ic iendo cosas como, « ¿Po r qué nos ha tocado a nosotros tan ma l a suerte? ¿ Q u é nos ha hecho Dios? ¿ Q u é hemos hecho nosotros para me-recernos esto?, todo lo cual , si u n o comprende la rea l i -dad y la asume p lenamente , es i r re levante e i r resoluble . Son cosas que nadie puede saber, senci l lamente . . La si-tuac ión de cada cual no es más que un acc idente de la v ida .

Hab í amos pasado juntos un t i empo end iab ladamente bueno.

Regresé a su habi tac ión. N o hac ía más que imag ina r -me todas las cosas que estaban f i s io lóg icamente ocur r i en-do : los pu lmones incapaces de aportar suf ic iente oxígeno a la sangre, con lo que se obnub i l a el cerebro y se de-bi l i ta el corazón , hac iendo a su v e z más dif íc i l la respi-rac ión. Yo esperaba una especie de efecto de avalancha, acumulándose todo en una especie de dramát ico desplo-me. Pero no fue así como parec ió produc i r se la muer te : fue poco a poco perd iendo el conoc imiento ; su resp i ra-ción fue debi l i tándose más y más , g radua lmente , hasta que y a no hubo al iento. . . pero jus to antes, exhaló m u y , m u y poqui to .

La enfermera , en una de sus rondas , entró, con f i rmó que Ar lene estaba muerta , y se fue , pues y o qu i se que-da rme solo un momento . Estuve sentado all í durante un ra to ; después, me incl iné para besar la por ú l t ima vez.

M e sorprendió mucho descubr i r que su cabe l lo olía exactamente igua l . Evidentemente , cuando me paré des-pués a pensar lo , no había razón para que su cabel lo hu-b iera de oler de m o d o diferente en un t i empo tan breve. Pero para mí fue una especie de choque , po rque en mi mente acababa de ocurr i r algo eno rme— y sin embargo , n ada había pasado .

A l día s iguiente fu i a la funerar i a . El t ipo de al l í me entrega unos ani l los que había re t i r ado del cadáver . « ¿ D e -sea usted ver a su esposa una ú l t ima vez ? » , me pregunta .

« ¡ Q u é clase de . . . ! ¡No , no qu ie ro ver la , n o ! » , le di je. « ¡ A c a b o de ve r l a ! » .

60

¿ Q u é te impor ta lo que p iensen los demás ?

«Sí , pe ro ahora está pe r fec tamente a r r eg l ada» , me dice . Todo lo referente a pompas fúnebres me era comp l e -

tamente a jeno. ¿ Q u é objeto t iene a r reg la r u n cuerpo , si n o h a y nada

en él? N o qu i se vo lver a ver a A r l e n e ; eso me hub i e r a t ras tornado aún más .

L l amé a la compañ ía de la g rúa , r ecog í el coche y cargué las cosas de Ar l ene en la t rasera . R e c o g í un au-toestopista y sa l í de A l b u q u e r q u e .

Apenas l l evábamos recor r idos ocho k i l óme t ro s cuan -do.. . ¡ B A N G ! O t r o reventón . Empecé a b las femar .

El autoes topis ta me m i ró c o m o si y o fuese un pe r tu r -bado menta l . «Despué s de todo sólo ha s ido un n e u m á -tico, ¿ n o ? » .

«S í ! ¡ U n neumát i co , y otro , y otro , y otro m á s ! » M o n t a m o s la rueda de repues to y s egu imos m u y des -

pacio, todo el c amino de vue l t a a Los A l a m o s , sin hacer reparar la rueda p inchada .

N o sabía cómo iba a enca ra rme con mi s amigos de Los A l amos . N o quer í a ver a m i a l rededor caras l a rgas hab l ándome de la muer t e de Ar l ene . A l g u i e n me p re -guntó qué hab ía ocur r ido .

« H a muer to . ¿ Q u é tal va el p r o g r a m a ? » Cap t a ron ensegu ida que no quer í a en t r ega rme a la -

mentac iones n i añoranzas . Só lo h u b o u n compañe ro q u e me diera el pésame , y resu l tó que se encont raba fue r a cuando y o regresé a Los A l a m o s .

U n a noche tuve un sueño, en el que A r l e n e t o m a b a parte. Inmed ia t amente le di je , « N o , no , tú no puedes estar en este sueño . ¡Tú no estás v i v a ! »

Después , más tarde, tuve o t ro sueño d o n d e vo lv í a a estar Ar l ene . L e repet í lo m i smo , « ¡ N o puedes estar en este sueño ! »

« N o es as í» , me dice el la. «Te he engañado . Es taba harta de tí , po r lo que u rd í esta e s t ra tagema pa ra p o d e r seguir mi p rop io camino . Pero ahora vue lvo a querer te , así que he vue l to » . Rea lmente , mi m e n t e es taba l u c h a n d o contra sí m i sma . ¡ L e era prec i so expl icar , i nc lu so en un

61

U n cur ioso personaje

ma ld i to sueño, cómo era pos ib le que el la todav ía se en-contrase al l í !

Sin duda me hice , ps ico lóg icamente , a lgo a m í m i smo . N o l loré hasta un mes después, cuando al pasar jun to a unos grandes a lmacenes de O a k R i d g e me f i jé en un boni to vest ido del escaparate . Pensé, « A Ar l ene le h u -biera gus tado ése» . Y aquel lo me h izo mel la .

T A N S E N C I L L O C O M O C O N T A R

Siendo y o u n muchachue lo , a l lá en Far R o c k a w a y , tenía un am igo que se l l amaba Bern ie W a l k e r . A m b o s teníamos « l abora to r ios » en nues t ras casas, en los que r ea l i z ábamos d iversos « expe r imen to s » . Es t ábamos en cierta ocas ión d i scu t i endo de a lgo — d e b í a m o s tener once o doce años po r en tonces— cuando di je , «Pe ro pensar no es más que hab larse a u n o m i s m o por den t ro . »

« ¿ A h , s í ? » , d i jo Bern ie . « ¿ H a s v i s to qué f o r m a tan rara t iene el c igüeña l de u n coche? » .

«Sí . ¿ Q u é t iene de r a r a ? » «Bueno , pues d ime : ¿ C ó m o te la descr ibiste a tí m i s -

mo cuando hab labas para tus aden t ros ? » . Fue así c o m o aprend í de Bern ie que los pensamien tos

también puede ser v i sua les y no só lo verba les . Más tarde, y a en la un ive r s idad , me entró interés po r

los sueños . M e p r egun t aba y o c ó m o en el los pod í a todo parecer tan real , como si l a l u z estuviera a l c anzando la retina, t en iendo u n o los ojos cer rados . ¿Estar ían tal v ez siendo ve rdaderamente e s t imu lados los nerv ios de la re-tina de a lguna ot ra fo rma — p o r el p rop io cerebro , aca-

63


so— o sería qu izás que el cerebro t iene un «depa r t amen-to de enju ic iamiento» que se «de sborda » durante el sue-ño? La ps icología nunca me proporc ionó respuesta sa-t isfactoria a estas preguntas , a pesar de lo m u c h o que me interesé por el func ionamiento del cerebro. De lo que hab ía mucho, en cambio , era de interpretac ión de los sueños y demás.

Estando en Pr inceton, p reparando el doctorado , apa-rec ió un art ículo de ps icología , bastante es túpido, que suscitó un montón de discusiones. El autor había l legado a la conclus ión de que lo que contro laba el « sent ido del t i empo» en el cerebro era una reacc ión qu ímica donde intervenía el h ie r ro . Yo dije pa ra mis adentros , «Pero , vamos a ver, ¿ cómo inf iernos ha pod ido aver iguar una cosa así?»

Bueno, he aqu í cómo. La esposa del autor parec ía de f i ebre crónica, que le subía y ba jaba mucho . Por a lguna razón, al autor se le ocurr ió comproba r el sent ido del t iempo de su esposa; así que la puso a contar segundos pa ra sus adentros (sin mirar el reloj) , mientras él c rono-met raba cuánto tardaba en l legar a sesenta. A l l á tuvo a la pobre mu je r contando todo el día . C o m p r o b ó que cuando le subía la f iebre contaba más ráp idamente , y cuando le ba jaba , lo hacía más despac io . Por cons igu ien-te, —pensó— lo que controlase el « sen t ido del t i empo» en el cerebro tenía que estar func ionando más rápida-mente cuando el la se encontraba en estado febr i l que cuando no.

S iendo como era un tipo m u y «c i en t í f i co» , el ps icólo-go sabía que la ve loc idad de las reacciones qu ímicas de-pende según una cierta fó rmu l a de la t empera tura a que se desarrol len, la cual es func ión a su vez de la energía de la reacción. M id ió las d i ferenc ias én las ve loc idades a las que contaba su mujer , y de te rminó cómo inf lu ía la tempera tura en d icha ve loc idad. Después trató de encon-trar una reacción qu ímica cuya s ve loc idades de reacción cambiasen con la tempera tura en la mi sma proporc ión que la ve loc idad de recuento de su esposa. Descubr ió

64

Tan senci l lo c o m o contar

que las reacc iones del h ier ro eran las que me jo r enca ja-ban con d icha pauta . Dedu jo de aqu í que el sent ido del t iempo de su m u j e r estaba gobe rnado p o r una reacc ión qu ímica que tenía luga r en su o rgan i smo y en la que intervenía el h i e r ro .

Bueno, todo aque l lo me parec ió un cuento ch ino . ¡Eran tantos los pun tos débi les de aque l l a l a rga cadena de ra-zonamientos ! Pe ro la p regunta sí era in teresante : ¿ q u é es lo que de te rmina el « s en t ido del t i e m p o » ? C u a n d o uno se esfuerza a ir contando a r i tmo constante , ¿de qué depende ese r i tmo? ¿Y c ó m o p u e d e u n o in f lu i r en sí mismo para c amb ia r lo ?

Decid í inves t igar . M e puse a contar hasta 60 s egundos —sin mi ra r el re lo j , c l a ro— a r i tmo lento y cons tante : 1,2,3,4,5. . . C u a n d o l legué a 60 só lo hab ían t r anscur r ido 48 segundos , pe ro eso no me i m p o r t a b a : lo interesante no era contar exac tamente un m inu to , s ino contar a r i t -mo constante . L a s igu iente vez que conté hasta 60 ha -bían t ranscurr ido 49 segundos . Después , 47, 48, 49, 48, 48.. . Descubr í que pod í a contar a un r i tmo f r ancamente constante.

Ahora , si m e quedaba sentado s in hacer nada , s in con-tar, esperando hasta que me parec ía que hab ía de j ado pasar un minu to , los resu l tados eran sumamen t e i r r egu -lares, con g randes var iac iones . Descub r í así que la est i-mación de un m i n u t o po r mera con je tu ra daba ma lo s resultados. En cambio , contando , p o d í a ser m u y prec isa .

Sabiendo y a q u e pod ía contar a r i tmo m u y constante , la s iguiente cuest ión era : ¿qué cosas i n f l u y e n en tal r i tmo?

Quizás tuv iera que ver con los l a t idos del co r azón . Así que me puse a sub i r y ba jar po r la esca lera , a r r iba y abajo, para hacer que el co razón m e lat iera depr i sa . Después me iba cor r i endo a mi cuar to , me echaba en la cama y contaba hasta 60.

También p robé a sub i r y ba jar cor r i endo la esca lera , contando para mi s adentros mient ras lo hac ía .

Los compañeros me ve ían sub i r y ba jar po r la esca lera , muertos de r isa. «Pe ro , ¿qué hace s ? » .

65


N o les pod ía responder — l o que me h izo perca ta rme de que no pod ía hab la r y contar para mis adentros al m i smo t i empo— y seguí sub iendo y ba jando por la es-calera, parec iéndoles id iota .

(Los tíos de mi colegio m a y o r y a estaban hab i tuados a que y o hic iera chorradas . En otra ocasión, por e jem-plo, entró en mi habi tac ión un compañero — m e hab ía o lv idado de cerrar la puer ta durante el « expe r imento» — y me encontró sub ido en una sil la, envuel to en mi pesado abr igo de piel de oveja , con med io cuerpo aso-m a d o por la ventana abierta de pa r en par en mi t ad del inv ierno, sosteniendo un pote en una mano y ag i tando con la otra. « ¡ N o me mole s t e s ! » , di je. Estaba ag i tando una jalea y observándola de cerca : sentía cur ios idad por saber si ag i tándola sin parar se podr í a imped i r que la ja lea se coagulase con el f r ío . )

Sea como fuere , el caso es que tras ensayar todas las combinac iones de carreras escaleras arr iba y aba jo y echarme en la cama, ¡ sorpresa ! El r i tmo cardíaco no te-nía inf luenc ia a lguna . Y dado que me acaloré m u c h o su-b iendo y ba jando escaleras, me imag iné i gua lmente que la temperatura tampoco tenía nada que ver ( aunque de-bería saber que el ejercicio no hace subir ve rdaderamente la tempera tura corpora l ) . De hecho, no pude encontrar nada que afectase al r i tmo con que y o contaba.

Lo de subir y ba jar escaleras resul taba f rancamente aburr ido , por lo que empecé a contar mientras hacía co-sas que me era necesar io hacer . Por e jemplo, cuando enviaba la ropa a lavar tenía que cubr i r un impreso don-de decía cuántas camisas eran, cuántos ca lzonci l los , y así. Descubr í que era capaz de anotar «3» frente a « ca l zon-ci l los» o «4» jun to a «camisas» , pero en cambio , no po-día contar los calcet ines. Hab í a demas iados : hé teme aquí hac iendo func ionar mi « m á q u i n a de contar» —36 ,37 ,38— y todos aquel los calcet ines f rente a m í— 39,40,41 , . . . ¿ C ó m o contar los calcet ines?

C o m p r o b é que podía organ izar los en f iguras geomé-tr icas —en cuadrados , por e j emplo : un par de calcet ines

66

Tan senci l lo como contar

en este vért ice , un pa r en este otro, ot ro par por aqu í , otro por al l í — o c h o calcet ines .

Prosegu í con el jueguec i to de contar po r f iguras , y comprobé que pod ía contar las l íneas en g rupos de 3 ,3 ,3 y 1 para fo rmar 10; después, 3 de tales conf igurac iones , 3 de ellas y otros 3 grupos , más 1, lo que hacía cien l í -neas en total . Después de acabar de contar hasta 60 sabía dónde me encontraba en lo que tocante a g rupos , y pod í a decir « H e l l egado a 60 y h a y 113 l íneas» . Descubr í que podía hacer cua lqu ie r cosa mient ras contaba , ¡ s in a l te-rar el r i tmo ! De hecho pod ía hacer cua lqu ie r cosa m i en -tras contaba para mí , excepto hab l a r en v o z alta , c laro está.

¿Y escr ibir a máqu ina , cop iando pa labras de un l ib ro? Descubr í que también pod ía hacer aque l lo , pero que esa act ividad 'SÍ inf lu ía en el t i empo. Aque l l o era fo rmidab le . ¡Por f in había dado con a lgo que sí afectaba a mi r i tmo de conteo! L o invest igué más a fondo .

M e pon ía a escr ibir , mecanogra f i ando las pa labras sen-cillas bastante r áp idamente , mient ras contaba para m í —. . .19 ,20 ,21 , . . .— seguía con la mecanogra f í a , contando , —...27,28,29,. . .-— hasta que — ¿ Q u é demon io de pa l abra es ésa? ¡Ah , s í !— y entonces seguía contando, 30 ,31,32, y así suces ivamente . Y al l legar a 60, iba con retraso.

Tras a lguna in t rospecc ión y u l ter ior observac ión caí en la cuenta de lo que tenía que haber suced ido : que interrumpía la cuenta cuando l l egaba a una pa labra d i f í -cil, una pa labra que neces i taba « m á s ce rebro» , por así decirlo. N o es que mi r i tmo de conteo se h ic iera más lento; más b ien era que se detenía t empora lmente de cuando en vez . Tan au tomát i ca se hab ía vue l to la cuenta hasta 60 que al pr inc ip io no me daba cuenta dé las in te-rrupciones .

A l día s igu iente , durante el de savuno , di cuenta a los compañeros de mesa de los resu l t ados de estos exper i -mentos. Les refer í todas las cosas que y o pod í a hacer mientras contaba para mis adentros , y d i je que la ún ica

67


cosa que me era abso lu tamente impos ib le hacer mient ras contaba era hablar .

U n o de los compañeros , u n chaval l l amado J o h n Tu-key , di jo, « N o estoy d i spuesto a creerme que seas capaz de leer, y no veo por qué no puedes hablar . Te apuesto a que soy capaz de contar mientras hab lo y te apues-to a que no eres capaz de leer y contar al m i s m o t iem-po . » "

As í que les hice una exh ib ic ión : me dieron un l ibro y lo estuve l e y endo duran te un rat i to, contando para mí . C u a n d o l legué a 60 di je, « ¡ A h o r a » ! —hab ía pasado 48 segundos, mi t i empo norma l . Después les conté lo que hab ía le ído.

T u k e y estaba a sombrado . Después de ver i f icar su r i t -m o de conteo unas cuantas veces, para de te rminar su t iempo normal , se puso a hab l a r : « M a r y tenía un cor-der i to ; puedo decir lo que quiera , poco impor t a ; no sé qué es lo que te moles ta» —bla , bfa, bla, y f ina lmente , « ¡ Y a ! » . Hab í a a t inado su t i empo en el centro de la d iana . ¡ Y o no pod ía creer lo !

Nos pus imos a comenta r lo y descubr imos una cosa. Resu l taba que T u k e y contaba de modo d i s t in to : él v i -sua l izaba una cinta con números que iban pasando por delante de él. Mien t r a s decía , « M a r y tenía un corder i to» , ¡é l veía la c inta ! Bueno, ahora está c laro : ¡ T u k e y observa el desf i lar de la cinta, por lo que no puede leer, mient ras que y o estoy "hab l ándome" mientras cuento, por lo que no puedo hab la r !

Tras aquel descubr imiento estuve e s fo rzándome por dar con un proced imiento para leer en voz alta mientras contaba, cosa que n inguno de los dos pod í amos hacer . Supuse que deber ía ut i l i zar una parte de mi cerebro que no interf ir iese con el «depa r t amento» del hab la n i con el de la v is ión, por lo que dec id í ut i l izar los dedos , para ut i l i zar sólo el sent ido del tacto.

Pronto tuve éxito en contar con los dedos mientras le ía en voz alta. Pero y o deseaba que todo el proceso fuese menta l y no se fundase en act iv idades f ís icas . Probé

68

Tan senci l lo como conta r

pues a imag ina rme el mov imien to de los dedos mient ras leía en alto.

Merced a aque l l a exper iencia , T u k e y y y o descubr i -mos que lo que sucede en las mentes de pe r sonas d is-tintas cuando creen estar hac iendo una m i s m a cosa — a l g o tan senci l lo c o m o contar— puede ser d i fe rente en pe r -sonas d i ferentes . Y descubr imos que es pos ib le c o m p r o -bar externa y ob je t ivamente c ó m o func iona el c e r ebro : no es prec iso pregunta r l e a una pe r sona c ó m o cuenta y f iar en sus p rop i a s observac iones de sí m i s m a ; en l uga r de eso, se observa qué cosas es c apaz de hacer mient ras cuenta. La prueba es absoluta . N o h a y f o r m a de vencer -la ; no hay fo rma de f ing i r l a .

Resul ta natura l expl icar una idea echando m a n o de lo que uno t iene en la cabeza . Los conceptos se encuentran api lados unos sobre o t ros : esta idea se enseña re f i r i én-dola a tal otra , y esta otra, po r med io de una tercera , la cual procede del acto de contar , ¡ que p u e d e ser m u y diferente en dist intas pe r sonas !

Procuro acorda rme de esto, sobre todo, cuando e s toy enseñando a lguna técnica esotér ica , como la integrac ión de las func iones de Bessel . C u a n d o veo ecuac iones , veo las letras de co lores ; no sé po r qué . A l t i empo que hab lo , veo imágenes vagas de las func iones de Bessel tomadas del l ibro de J a h n k e y Emde , con jotas de co lor sepia , enes levemente azu l —vio láceas , y equ is m a r r ó n oscuro volando por al l í . Y me p regun to qué inf ie rnos de aspecto tienen que ofrecer les a los es tudiantes .

69

S A L I R A D E L A N T E

En cierta ocas ión, al lá por los años c incuenta , el barco en que y o volv ía de Brasi l h i zo escala de un día en Tr i -nidad, por lo que dec id í d a rme una vue l ta p o r la c iudad más importante , Puer to España . En aque l los t i empos , cuando v is i taba una c iudad lo que más me in teresaban eran los barr ios pobres , ver cómo func ionaba la v ida por la parte de aba jo .

Pasé a lgún t i empo por las col inas , en los barr ios ne-gros de la c iudad, vagando a p ie de acá pa ra al lá . En el camino de vuel ta un taxi se de tuvo a mi l ado y el con-ductor di jo, « ¡Eh , señor ! ¿ Q u i e r e ver la c i udad? Sólo cuesta c inco b iw i . »

Dije, « D e acue rdo» y sub í al taxi . El conductor a r rancó inmed i a t amente pa ra l l evarme a

ver no sé qué pa lac io , d ic iendo, « L e v o y a enseñar todos los sitios interesantes . »

Yo le di je, « N o , grac ias . Esos son por un est i lo en todas las c iudades . Qu i e ro ver los barr ios ba jos de la ciudad, donde vive la gente pobre . Las co l inas y a las he visto.»

71


« ¡ O h ! » , d i jo , impres ionado . «Tendré mucho gusto en l levar le . Y cuando t e rminemos me gustar ía hacer le una pregunta , por lo que qu iero que mire todo cu idadosa -mente . »

M e l levó entonces a un barr io de indios, pero de las Indias Or ienta les — t u v o que haber sido a lgún p lan de v iv iendas económicas— y se detuvo frente a una casa constru ida con b loques de cemento . Dent ro no había prác t icamente nada . U n hombre estaba sentado en los escalones de la entrada . « ¿ V e a ese hombre ? » , d i jo el taxista . «T iene un hi jo es tud iando medic ina en M a r y -l and» .

Entonces recogió a una persona del barr io , para que y o pud ie ra ver me jor cómo eran. Era una mu je r con la dentadura toda car iada.

M á s adelante se detuvo y me presentó a dos mujeres a qu ienes él admi raba . « H a n logrado reunir el d inero suf ic iente para una máqu ina de coser y ahora hacen tra-ba jos de costura y sastrer ía para las gentes del ba r r io» , me di jo, orgu l loso . C u a n d o me presentó a el las, di jo, «Este señor es profesor , y lo más interesante, qu iere co-nocer nuestros barr ios . »

V imos muchas cosas, y por f in el taxista me di jo, « A h o -ra, profesor , esta es mi p regunta : ha pod ido ver que los ind ios son tan pobres , más pobres a veces que los ne-gros, sin embargo salen adelante , van a a lgún sit io. Aque l hombre ha enviado a su hi jo a la un ivers idad ; esas m u -jeres están c reando una empresa de confección. Pero mi gente no va a n inguna par te . ¿Por qué es es eso?

C o m o es natura l , le respondí que no lo sabía — q u e es la respuesta que d o y a casi todas las p reguntas— pero él no estaba d i spuesto a aceptar la , v in iendo como venía de un profesor . M e esforcé po r conjeturar a lgo que pa-reciera p laus ib le . Di je , « L a v ida en la India t iene una l a rga t radic ión subyacente , que procede de una re l ig ión y una f i losof ía que t iene mi les de años de an t igüedad . Y aunque estas personas y a no se encuentran en la India , todav ía se pasan de una generac ión a otra esas t rad ic io-

72

Sal ir ade lante

nes acerca de lo que impor ta en la v ida , a saber , el es-fuerzo por const ru i r para el fu tu ro y sostener a sus h i jos en el esfuerzo , t rad ic iones que les v i enen desde hace m u -chos s ig los .»

Proseguí , « M e parece que po r desd icha el pueb lo al que usted pertenece no ha ten ido la opor tun idad de de -sarrol lar una tan l a rga t rad ic ión, o si la tuv ieron , la pe r -dieron al ser conqu i s t ados y e sc l av izados . . . » . N o sé si aquel lo era verdad , pero fue lo me jor que at iné a con je tu-rar.

A l taxista le parec ió que era una buena observac ión , y me contó que también él estaba p l aneando ed i f i car para el f u t u r o : hab ía apos tado a lgún d ine ro en los caba-llos, y si ganaba , comprar í a su p rop io taxi y entonces sería cuando las cosas iban a i r le ve rdade r amen te bien.

Sentí pena por él. Le di je que apos ta r a los caba l los era mala idea, pero él ins ist ió en que era la ún ica fo rma en que podr í a consegu i r lo . Sus in tenc iones eran buenas , pero su mé todo tendr í a que ser la buena suerte .

C o m o yo no tenía intenc ión de segu i r f i lo sofando , me llevó a un sit io donde una banda tocaba m u y buena m ú -sica de cal ipso, y d i s f ru té de una tarde agradab le .

73

H O T E L C I T Y

En cierta ocas ión, es tando y o en Ginebra pa ra as ist ir a una conferenc ia de la Soc iedad Fís ica , sal í a dar una vuelta y pasé po r casua l idad jun to a los ed i f i c ios de las Naciones Un ida s . M e di je pa ra mis adentros , « ¡ A t i z a ! Me parece que v o y a entrar y echar u n v i s t a zo » . N o iba par t icu larmente bien vest ido — u n o s panta lones sucios y un abrigo v i e jo— pero resu l tó q u e y a tenían o rgan i zados recorridos de vis i ta , con una gu ía que te iba enseñando todo.

Aunque la v is i ta fue sumamente interesante , lo más l lamativo de todo fue el g ran aud i tor io . Y a se sabe cómo se exagera todo para los g randes persona jes in te rnac io -nales, así que lo que ord ina r i amente ser ía un es t rado con una tar ima estaba aqu í d i spuesto en var ios n ive les : era preciso sub i r t r amos enteros de escalera has ta aque l l a cosa de madera , grande , inmensa , de smesurada , desde atrás la cual se hab la ; una gran panta l l a a la espa lda . Tienes f rente a tí los as ientos . Las a l fombras son e legan-tes; las g randes puer tas con asas doradas de l fondo son preciosas. A cada lado del gran aud i tor io , a l lá a r r iba ,

75


están las cabinas acr is ta ladas donde se insta lan los t ra-ductores a los d is t intos id iomas . Es un lugar fantást ico, y no hago más que dec i rme a m í m i smo , « ¡ C a r a y ! ¡ C ó m o ha de ser dar una conferenc ia en este l u g a r ! » .

A l poco de esto, íbamos caminando por el pas i l lo que rodeaba el audi tor io cuando el guía señaló por la ventana y di jo, « ¿Ven ustedes aquel los edif ic ios que están cons-t ruyendo al l í? Serán ut i l i zados por pr imera vez en la Conferenc ia A t o m o s para la Paz , más o menos dent ro de seis semanas . »

Recordé de repente que M u r r a y Ge l l—Mann y y o ten-dr íamos que p ronunc i a r en esa Conferenc ia sendas char-las acerca de la s i tuac ión actual en f ís ica de altas energías . M i a locución estaba prev is ta para la sesión p lenar ia , por lo que pregunté al guía , «Señor , ¿dónde se ce lebrarán las sesiones p lenar ias de esa Conferenc i a ? »

«Prec i samente en la sala de dónde acabamos de sa l i r . » « ¡ O h ! » , di je encantado. « ¡ A s í que v o y a p ronunc i a r

una conferencia en esa sa la ! » El guía echó una m i r ada a mis panta lones suc ios y

a lo desa l iñado de mi camisa. M e di cuenta de lo estú-p ido que debió sonar le al gu ía mi comentar io , pero no fue más que sorpresa genuina y sat isfacción po r mi par te .

Seguimos un poco más adelante y el guía dice, «Esta es una sala de estar para los diversos de legados , donde suelen mantener d iscus iones informales» . Las puer tas de la sala tenían pequeñas ventanas cuadradas por las que se pod ía mirar , así que mi ramos . Estaban all í sentados unos cuantos hombres , hab lando .

A l mirar por la ventana v i a Igor T a m m , u n f ís ico ruso a qu ien conozco . « ¡ A n d a ! » , exclamé. « ¡ Y o conozco a ese h o m b r e ! » , y eché a andar hacia la puer ta .

El guía chil la, « ¡ N o , n o ! ¡ N o entre ah í ! » . Para enton-ces el guía y a estaba seguro de tener a un man íaco entre manos , pero él no pod ía persegu i rme porque t ampoco a él le estaba permi t ido atravesar aquel la puer t a !

T a m m me reconoce y se le i lumina el rostro. M e que-

76

Hote l C i t y

dé con él y char l amos un m o m e n t i o . El gu ía , t r anqu i -l izado, cont inuó la vis i ta sin mí , y y o tuve que correr para a lcanzar los .

En la r eun ión de la Soc iedad Fís ica , m i buen am igo Bob Bacher me di jo , « O y e , va a resul tar d i f íc i l encontra r habitación en p lena conferenc ia de A t o m o s para la Paz . ¿Por qué no haces que el Depa r t amen to de Estado te arregle lo de la hab i tac ión , si todav ía no has hecho reser-va?»

« ¡ N o n e s ! » , respondí . « ¡ N o qu iero que el Depa r t amen -to de Estado haga nada po r m í ! ¡ M e las a r reg laré y o solo !»

C u a n d o vo lv í a mi hote l les d i je que m e ir ía dent ro de una semana , pero que tenía que vo lver a f ina les de verano. « ¿Pueden hacerme ahora una reserva para enton-ces ? »

« ¡Desde l uego ! ¿En qué fechas p iensa vo lve r u s t ed? » «En la s egunda semana de sep t i embre . . . » « ¡ O h ! Lo l amentamos much í s imo , P ro fe so r F e y n m a n ;

tenemos y a comple to el hote l en esas fechas . » As í que fu i de hote l en hote l y comprobé que estaban

y a ocupados de cabo a rabo, ¡seis semanas antes ! Me acordé entonces de un t ruco q u e ut i l i cé en c ierta

ocasión, es tando con un f í s ico amigo mío , u n t ipo inglés f lemát ico y d igno .

Estábamos c ruzando los Estados U n i d o s en auto , y cuando acabábamos de rebasar Tu l sa , en O k l a h o m a , su -p imos que se esperaban grandes crec idas e inundac iones más adelante . L l egamos a un pueb lec i to y all í v imos co-ches aparcados por todas partes , c a rgados de gente, de famil ias t ra tando de dormi r . M i amigo dice, « M á s va le que nos de tengamos aqu í . Está c laro q u e no p o d e m o s cont inuar . »

« ¡ A h , v a m o s ! » , le d igo . « ¿ C ó m o puede s saber lo? Vea -mos si nosotros podemos . A lo me jor , p a r a cuando l le-guemos han ba jado las aguas . »

« N o deber í amos pe rde r t i empo» , me contesta . «Ta l

77


vez podamos encontrar todavía habitac ión en un hote l si lo buscamos ahora . »

« ¡Venga y a , hombre , no te preocupes por e so ! » , le d igo. « ¡ S i g amos ! »

Sa l imos del pueblo , avanzamos unos quince k i lóme-tros y nos t ropezamos con un torrente . Sí, aque l lo es demas iado, inc luso para mí . N o h a y d iscus ión pos ib le : no vamos a tratar de vadear aquel lo .

Damos la vue l ta ; mi amigo no hace más que rezongar que ahora no tendremos pos ib i l idad a lguna de encontrar habi tac ión, mientras y o le d igo que no se preocupe .

A l vo lver al pueb lo nos lo encontramos abso lu tamente bloqueado, l leno de gente durmiendo en sus coches, evi-dentemente , porque y a no quedan habi tac iones . Todos los hoteles t ienen que estar a reventar . Veo un carte l i l lo sobre una puer ta : dice « H O T E L » . Era la clase de hotel con la que y o estaba fami l i a r i zado de cuando A l b u q u e r -que , cuando me dedicaba a dar vueltas por la c iudad mi rando cosas, mientras esperaba para poder ver a mi esposa en el hospi ta l : hay que sub i r un vue lo de escaleras y la recepción está en el p r imer re l lano.

«Desde luego , señor. Tenemos una de dos camas en la tercera p lanta . »

Mi amigo a luc inado, es tupefacto : ¡El pueb lo rebosan-do de gente que t iene qué dormi r en los coches, y héte aquí un hotel que tiene hab i tac iones !

Sub imos a nuest ra habi tac ión, y g radua lmente le va resu l tando más obv io : la habitac ión no tiene puer ta , sólo un trapo que cuelga en el umbra l . El cuar to estaba f r an -camente l impio , tenía un lavabo; no estaba tan mal . N o s d i spus imos a ir a la cama.

Me dice, «Tengo que hacer p is . » «El cuar to de baño está aba jo . » O ímos risas falsas de chicas y e n d o y v in iendo po r la

sala que hay fuera , y mi amigo empieza a ponerse ner-vioso. N o qu iere salir allí.

« M u y bien, no h a y pega . M e a en el l avabo» , le d igo . «Pero eso es ant ih ig ién ico .»

78

Hote l C i t y

« Q u é va, no t iene impor tanc i a . Senc i l l amente , deja co-rrer el agua . »

« N o puedo or inar en el l avabo» , me dice . A m b o s es tábamos cansados , así que nos acos tamos .

Hace tanto ca lor que no u t i l i z amos mantas , y mi am igo no puede do rm i r deb ido a los ru idos del l uga r . Y o me dormí a med ia s un poqu i to .

U n poco después o i g o u n cru j i r las tablas del sue lo y abro un ojo d i s imu ladamente . H é l o all í , en la oscur idad , avanzando a pas i tos quedos hac ia el l avabo.

Sea como fuere , y o conoc ía en Ginebra u n hote l i to l l amado Hote l C i t y , que era uno de esos luga res que no tienen más que una ent rada que da a la ca l le y un vue lo de escaleras que l levan a la recepc ión . A l l í sol ía haber s iempre a lguna hab i tac ión l ibre , y nad ie hac í a reservas .

Subí las escaleras que daban a la of i c ina y le di je al empleado que iba a vo lver a Ginebra dent ro de seis se-manas y que qu i s i e ra a lo j a rme en su ho t e l : « ¿ P o d r í a ha -cer una r e se rva? » .

«C i e r t amente , señor . ¡Desde l u e g o ! » El emp leado escr ib ió mi n o m b r e en u n p e d a z o de pa -

pel —al l í no tenían l ibro de reservas donde anota r lo . M e acuerdo del empleado buscando u n c lavo o un gancho donde dejar el pape l para acordarse . A s í que y a tenía hecha mi « r e se rva» , y todo iba pe r fec t amente .

Volv í a Ginebra seis semanas después , fu i a H o t e l C i t y , y y a me tenían la hab i tac ión d ispuesta . Estaba en la p l an -ta alta. A u n q u e era u n hote l bara to , estaba l imp io . ( ¡Era Suiza ; estaba limpia!). H a b í a a l gunos agu j e ros en la col -cha, pero era una co lcha l imp i a . Por la m a ñ a n a me ser-vían en la hab i tac ión un d e s a y u n o eu ropeo ; es taban f ran-camente encantados de tener aque l huésped q u e hac ía reservas con seis semanas de ade lanto .

Fui entonces a las Nac ione s U n i d a s para el p r ime r d ía de la Confe renc i a A t o m o s pa ra la Paz . H a b í a toda u n a

cola en la mesa de recepc ión, d o n d e todo el m u n d o ten ía que presentarse . U n a mu j e r estaba ano tando la d i recc ión

79


y el teléfono de todo el mundo , para poder loca l izar le en caso de que hub ie ra mensa jes o recados.

« ¿Dónde se aloja usted, Profesor F e y n m a n ? » me pre -gunta .

«En el Hote l C i t y . » « ¡ A h , sin duda qu iere usted decir el H o t e l C i t é ! » . « N o , se l l ama C i t y : C —I — T — Y . » ( ¿Y por qué no?

En Amér i c a le hub ié ramos l l amado « C i t é » , y por lo mis -mo le l lamaban « C i t y » en Ginebra , porque sonaba ex-tranjero . )

«Pero no consta en nuestra l ista de hoteles. ¿Está bien seguro de que se escr ibe " C i t y " ? »

«Busque el número en la guía de te léfonos. A l l í lo encontrará . »

« ¡ O h ! » , di jo ella, tras consul tar la guía te lefónica . « ¡M i ' l ista está incomple ta ! A lgunas personas están todavía bus -cando a lo jamiento, así que qu izás pueda recomendar les el Hote l C i t y . »

A lgu ien debió advert i r la sobre el Hote l C i t y , p o r q u e nad ie más de la Conferenc ia acabó parando en él. D e cuando en cuando, los del Hote l C i t y rec ibían l l amadas telefónicas para m í de las Nac iones Un idas . Entonces a lguien subía corriendo los dos vuelos de escalera desde la recepción para ven i r a avisarme, entre impres ionado y cur ioso, para que ba jara a contestar el te léfono.

Recuerdo del Hote l C i t y una histor ia d ivert ida . Esta-ba y o una noche mi r ando por la ventana al pat io . En el edi f ic io de enfrente, al otro lado del pat io, vi a lgo por el rabi l lo del o jo ; parec ía como un cuenco boca abajo en el a lfé izar de una ventana. M e parec ió que se hab ía mov ido , así que estuve observando durante un rato, pero nada se mov ía . Después , al cabo de un rato, se m o v i ó un poqu i t ín hacia un lado. N o acertaba a imag ina rme qué cosa era aquel la .

A l cabo de un rato lo aver igüé : ¡era un h o m b r e con unos pr ismát icos , que tenía apoyados en el repecho, que mi raba a través del pat io al p iso que había ba jo el m í o !

H a b í a otra escena del Hote l C i t y que s iempre recor-

80

Hote l C i t y

daré, que m e encantar ía poder p in ta r : al vo lver una no -che de la conferenc ia abr í l a puer ta al p ie de la escalera . Al l í estaba el prop ie ta r io , en pie, con u n c igar ro en la mano, t ra tando de parecer indi ferente , m ien t r a s empu ja -ba algo escaleras arr iba con la otra . M á s arr iba , la mu j e r que me tra ía el d e s a yuno estaba t i r ando del m i smo ob -jeto pesado con ambas manos . Y en lo a l to de las esca-leras, en el re l lano, al l í estaba ella, con sus pie les de imitación, el bus to p rominen te , la m a n o en la cadera , esperando imperiosamente. Su c l iente estaba un poco be-bido y no era capaz de sub i r las escaleras . Y o no sé si el propie tar io sabía que yo sabía de qué iba todo aque l lo ; senci l lamente, pasé de l a rgo . A él le ave rgonzaba su ho -tel; pero , c laro, pa ra m í era encantador .

81

¿ Q U I E N D I A B L O S ES H E R M A N ?

U n día rec ib í una conferenc ia te lefónica de una v ie ja amiga de Los A l a m o s . M e dice con v o z m u y seria , « R i -chard, tengo una not ic i a tr iste que comunica r t e . H a muer to H e r m a n » .

En esto de los nombre s y o s i empre me s iento insegu-ro, porque se me o lv idan, y después t engo ma l a conc ien-cia, p o r q u e me parece que no le pres to suf ic iente a ten-ción a la gente . A s í que d igo, « ¿ O h ? » t r a t ando de pa re -cer sereno y ser io para poder obtener más in formac ión , mientras p ienso para mí , « ¿ Q u i é n d iab los es H e r m a n ? »

Ella me dice, « H e r m a n y su m a d r e re su l t a ron muer tos en un acc idente de au tomóv i l cerca de Los Ange le s . C o m o su m a d r e es de all í , el funera l t endrá l uga r en Los Angeles , en el Sacramenta l de R o s e Hi l l s , el 3 de M a y o , a las tres de la t a rde» . Entonces d ice , « A H e r m a n le hub ie ra gus tado mucho , m u c h í s i m o saber que tú ser ías uno de los por t adores de l f é re t ro . »

Sigo sin pode r recordar le . Y o d igo , «Se r á u n honor , desde l uego . » (De este m o d o p o d r é al m e n o s aver iguar quién era H e r m a n . )

83


Entonces se me ocurre una idea : L l amo a la funerar i a . «T ienes ustedes un funera l el 3 de M a y o , a las tres de la tarde . . . »

« ¿ A qué funera l se ref iere : al funera l Goldschmidt , o al funera l Pa rne l l ? » .

«Bueno, uh. . . , no lo sé» . Todav í a no me enca ja ; no me parece que sea n inguno de el los. F ina lmente , d igo, «Seguramente se t ratará de u n funera l doble . Su madre fa l leció también . »

« A h , sí. Entonces se trata del funera l Go ldschmid t . » « ¿ H e r m a n Go ldschmid t ? » « E x a c t a m e n t e . H e r m a n G o l d s c h m i d t y l a S r a .

Goldschmidt . » Vale . Es H e r m a n Goldschmidt . Pero todav ía no pue-

do recordar a nad ie que se l l amase H e r m a n Goldsch-midt . N o tengo ni idea de qué es lo que he o lv idado ; po r la forma de hablar , mi amiga estaba segura de que H e r m a n y y o nos conoc íamos bien.

M i úl t ima opor tun idad es ir al funera l y m i r a r en el a taúd.

V o y al funera l , y la mu je r encargada de los arreg los se acerca, toda vest ida de negro , y dice con v o z l amen-tosa, « ¡ C u á n t o me alegro de que se encuentre us ted aquí . A He rman le hub ie ra gustado saber que —todas esas f rases tan serias. T o d o el m u n d o va con la cara ser ia por H e r m a n , y y o s igo sin saber qu ién es H e r m a n — ¡ aunque seguro que si lo supiera sentir ía pena po r su mue r t e !

El funeral pros igu ió , y cuando l legó la ho r a de que todos desf i lásemos junto a los féretros , me levanté . M i r é en el pr imer a taúd ; era la madre de H e r m a n . M i r é en el segundo, y al l í estaba He rman — ¡ l e j u ro que no le hab ía v is to jamás en mi v ida !

L legó la hora de tras ladar el féretro y ocupé mi pues to entre los por tadores . Depos i té m u y cu idadosamente a H e r m a n para que reposase en su tumba , p o r q u e sabía que le hubiera gus tado así. Pero hasta el d ía de h o y s igo sin tener la menor idea de qu ién era H e r m a n .

84

¿ Q u i é n d iab los es H e r m a n ?

Muchos años después reun í f i na lmen te el cora je nece -sario para p lanteárse lo a mi amiga . «Sabes , aque l funera l al que fu i , el de H o w a r d . . . »

«Te ref ieres a H e r m a n » . « ¡ A h , sí — H e r m a n ! Sabes, no sabía qu ién era H e r -

man. N i s iqu ie ra le reconoc í en el a t aúd . » «Pero R i cha rd , os conociste is en Los A l a m o s jus to

después de la guerra . Los dos érais buenos amigos míos , y tuv imos muchas conversac iones j un tos . »

«S igo sin poder recordar l e . » A l gunos días después m e l l amó y me d i jo lo que p o -

dría haber ocu r r i do : pos ib l emente ella hub i e r a conoc ido a He rman jus to después de haberme ido y o de Los A l a -mos — y por cons igu iente deb ió confund i r s e un poco en la fechas— pe ro como ella era tan buena amiga de los dos, c reyó que t endr í amos que habernos conoc ido . A s í que fue ella la que se equ ivocó , no y o (que es lo que suele ocurr i r ) . ¿ O tal vez estaría nada más s iendo cortés conmigo ?

85

¡ F E Y N M A N , C E R D O M A C H I S T A !

A l g u n o s años después de dar unas lecc iones a los es-tudiantes de p r imer curso de Ca l tech (que fue ron pub l i -cadas con el t í tu lo de Feynman Lectures on Physics) re-cibí una larga carta de un g rupo femin is ta . En el la me acusaban de pre ju ic ios contra las mujeres , a causa de dos h is tor ias : l a p r imera era u n anál is is de las su t i l ezas de la noción de ve loc idad , en la cua l in terven ían u n a conduc -tora que era detenida po r u n agente de t rá f ico . D i scu t í an sobre la ve loc idad a que c i rcu laba , y y o pon í a en boca de la conduc tora objec iones vá l idas a las de f in i c iones de ve loc idad que daba el agente. La carta dec ía que y o hacía parecer es túpida a la conduc tora .

La ot ra h is tor ia obje to de sus cr í t icas estaba re fe r ida por el g ran a s t rónomo A r t h u r Edd ing ton , qu ien acababa de aver iguar que las estrel las obt ienen su energ ía po r combus t ión a tómica del h id rógeno , med i an te una reac-ción nuc lear que p roduce hel io . Edd ing ton refer ía la fo r -ma en que , en la noche s igu iente a su descubr im ien to estaba sentado en un barco con su nov ia . El la d i jo , « ¡ M i r a qué hermosas br i l lan las es t re l l as ! » , a lo cua l él hab í a

87


repl icado, «Sí , y ahora m i smo soy el ún ico h o m b r e del m u n d o que sabe la causa de que br i l l en» . Edd ing ton estaba descr ib iendo una clase de marav i l losa so ledad, la que se t iene cuando se hace un descubr imiento .

L a carta sostenía que y o a f i rmaba que las muje res son incapaces de comprender las reacciones nucleares .

Imag iné que carecía de objeto tratar de responder con detal le a sus acusaciones , por lo que les respondí con una breve carta donde les decía , « ¡Venga , hombre , no fast i -d i e s ! » .

Inút i l decir, aque l lo no func ionó demas iado bien. M e l legó otra carta : « Su respuesta a nuest ra carta del 29 de sept iembre resulta insat i s factor ia . . . » bla, bla , bla . La se-gunda carta advert ía que de no revisar el edi tor las cosas que ellas objetaban, íbamos a tener d i f icu l tades .

H i c e caso omiso de la carta y o lv idé el asunto. M á s o menos un año después, la Asoc iac ión A m e r i -

cana de Docentes de Física me conced ió un p remio por escr ibir aquel los l ibros , y me p id ió que hablase en su congreso de San Francisco. C o m o Joan , mi hermana , v ivía en Palo Al to , a cosa de una hora de coche, pasé la noche en su casa y fu imos juntos al Congreso.

A l acercarnos a la sa la donde debía p ronunc i a r mi char-la, nos encontramos gente repar t i endo octavi l las entre todos quienes entraban . Joan y y o cog imos una cada uno y le echamos una o jeada . En lo alto decían, « U N A P R O -T E S T A » . Segu idamente ofrecían citas de las cartas que me hab ían enviado, y mi respuesta (completa ) . Para ter-m ina r se decía en grandes letras, « ¡ F E Y N M A N , C E R -D O M A C H I S T A ! » .

J o a n se detuvo súbi tamente y d io la vue l ta apresura-damente : «Son m u y interesantes» , le d i jo a la protes tan-te. « ¡ M e gustar ía tener a lgunas m á s ! » .

C u a n d o volv ió a ponerse a la par conmigo , di jo, « C a -r a y , R ichard , ¿qué les has hecho? »

L e conté lo suced ido mientras en t rábamos en la sala. En la par te de lantera de la sala, cerca del estrado, se

encontraban dos mujeres m u y prominentes en la Aso -

88

¡ F e y n m a n , cerdo mach i s t a !

ciación de Docentes . U n a de el las tenía a su cargo los asuntos f emen inos dent ro de la o rgan izac ión , y la o t ra era F a y A j zenbe rg , una profesora de f í s ica que y o co-nocía, de Pennsy lvan i a . M e ven ba jar hac ia el es t rado acompañado de una mu j e r que l leva un p u ñ a d o de oc-tavillas y me hab la . F a y se d i r ige a el la y le dice, « ¿S ab í a usted que el Profesor F e y n m a n t iene una he rmana a qu ien animó a es tud iar f í s ica y ha l l egado a doctora r se en f ís i -ca?» .

«Desde luego que lo sé ,» respond ió J o a n . « ¡Esa her -mana soy y o ! » .

Fay y su asoc iada me exp l icaron que las man i fes tantes eran un g rupo —irón icamente , d i r i g ido p o r un h o m b r e — que no se cansaban de pe r tu rba r todas cuantas reun iones tenían lugar en Be rke l e y . « N o s sen ta remos una a cada lado de usted pa ra hacer ver nues t ra so l idar idad , y jus -tamente antes de que v a y a a hab la r , y o p ronunc i a r é unas palabras pa ra aca l lar a las man i fe s t an te s » , o f rec ió F a y .

Dado que antes de in terveni r y o habr í a o t ro orador , tuve t i empo pa ra pensar a lgo que decir . L e agradec í a Fay su of rec imiento , pe ro lo decl iné .

En cuanto me puse en p ie para hab la r , m e d i a docena de manifestantes avanza ron has ta la de l an te ra del sa lón de actos y desf i l a ron jus to al p i e del es t rado, ag i t ando en alto sus le t reros y s a lmod iando , « ¡ F e y n m a n , ce rdo machista ! ¡ F e y n m a n , cerdo mach i s t a ! » .

Comencé mi a locuc ión d ic i endo a las man i fes tantes , «Lamento que la brevedad de m i respues ta a la carta de ustedes las h a y a hecho ven i r innecesar i amente . H a y l u -gares más ser ios a los que d i r ig i r la a tención para m e j o -rar la s i tuac ión de las mu je re s en la f í s ica que estos e r ro-res re la t ivamente tr iv ia les —s i así es c o m o qu ie ren l la -mar los— en un l ibro de texto. Pero , después de todo, tal vez h a y a s ido buena cosa que h a y a n ven ido . Pues las mujeres son efect ivamente v í c t imas de pre ju ic ios y d i s -cr iminación en la f ís ica , y h o y , la presenc ia de us tedes aquí nos recuerdan a todos tales d i f i cu l t ades y la nece-sidad de poner les r emed io . »

89


Las manifes tantes se mi ra ron unas a otras. Los car te-lones que a lzaban empeza ron a ba jar lentamente , como las velas al ama inar el v iento.

P rosegu í : « A pesar de que la Asoc iac ión Amer i c ana de Docentes de Física me h a y a conced ido u n p r emio po r enseñar , he de confesar que no sé hacer lo . Nada , pues , tengo que decir sobre enseñanza . Qu i s i e ra en c amb io hablar de a lgo que resul tará especia lmente interesante para las mujeres que me están escuchando: me gus tar í a exponer la es t ructura del p ro tón . »

Las mani fes tantes ba jaron sus letreros y sa l ieron. M i s anf i t r iones me contaron después que j amás el h o m b r e aquel y su g rupo de protesta había s ido vencido tan fác i l -mente .

( H e descubier to rec ientemente una transcr ipc ión de m i d iscurso, y lo que di je al pr inc ip io no parece ni de le jos tan dramát i co como y o lo recuerdo. ¡Lo que r ecuerdo haber d icho es m u c h o más marav i l loso que lo di je en rea l idad ! )

Después de mi intervención, a lgunas de las man i fes -tantes vo lv ie ron a la carga para pres ionarme sobre la h is tor ia de la conductora . « ¿Po r qué una conduc to r a ? » , ins ist ían. «Está usted dando a entender que todas la m u -jeres son malas conductoras . »

«Pero la mu je r hace parecer bobo al agente» , di je y o . « ¿Po r qué no les p reocupa a ustedes el po l i c í a ?»

« ¡ P o r q u e eso es lo que es de esperar de un po l i c í a ! » , di jo una de ellas. « ¡ Son todos unos ce rdos ! » .

«Pero es que deber ía importar l es» , di je y o . «En la h is tor ie ta del l ibro o lv idé decir que se trataba de una agente . »

90

A C A B O D E E S T R E C H A R L E L A M A N O , ¿ P U E D E S C R E E R L O ?

Desde hace a lgunos años, la Un ive r s idad de T o k i o ha estado r e i t e r ándome su inv i tac ión pa ra v is i tar J apón . Pero cada una de las veces que aceptaba m e pon í a enfe rmo y no pod ía ir .

Iba a ce lebrarse un congreso en T o k i o duran te el ve -rano de 1986, y la un ive r s idad vo lv ió a inv i t a rme . A m í me encanta J apón , y tenía mucha s ganas de ir , pe ro la invitación me hac ía sent i rme i ncómodo , p o r q u e no tenía n inguna apor tac ión or ig ina l que presenta r . A u n q u e la univers idad me aseguró que ser ía per fec tamente acepta-ble que presentase un ar t ícu lo de carácter expos i t ivo , y o les expl iqué que no me gus taba hacer eso. Entonces m e di jeron que se sent i r ían m u y honrados si y o pres id ía una sesión de la conferenc ia — q u e eso sería todo cuanto y o habr ía de hacer . As í que f ina lmente accedí .

Tuve suerte esta vez y no enfermé 1 . Gwene th y y o v ia jamos a T o k i o , y y o pres id í una de las ses iones .

1 F e y n m a n suf r í a de u n cáncer abdomina l . Se somet ió a operac iones qu i rúrg icas en 1978 y en 1981. A su regreso de J a p ó n vo lv ió a pasar por el qu i rófano , en oc tubre de 1986 y en oc tubre de 1987.

91


L a func ión del pres idente es garant izar que las comu-nicac iones no excedan del t iempo previsto, para que to-dos tengan opor tun idad de ofrecer la s u y a . El pres idente ocupa una posic ión de tan alto honor que t iene dos v i -cepres identes para ayudar l e . M i s v icepres identes d i jeron que se encargar ían de presentar a los oradores así como de avisar les cuando agotasen su t i empo.

Las cosas rodaron perfec tamente durante casi toda la ses ión, hasta que uno de los oradores — u n j aponés— cont inuó hab lando tras haber consumido su t i empo. Eché una ojeada al re loj y calculé que y a era hora de que in te r rumpiese su exposic ión. Consu l t é con la m i r ada a los v icepres identes e hice un leve gesto.

El los se me acercan y dicen, « N o haga nada ; nosotros nos ocuparemos . Está hab lando de Y u k a w a 2 . N o hay p rob l ema . »

A s í que fu i pres idente honorar io de una ses ión, y no tenía s iquiera la impres ión de haber hecho bien mi tarea. Y para eso, la un ivers idad había pagado mi viaje a J apón , se hab í a cu idado de todos los deta l les y se hab ían mos -t rado generosos y atentos en ext remo.

U n a tarde, después de comer , es tábamos hab l ando con el o rgan izador de nues t ro viaje . N o s mues t ra un m a p a de ferrocarr i les , y Gwene th se f i ja en una l ínea curva con un montón de paradas en mi tad de la pen ínsu la de Ise. A q u e l l o no está cerca del mar ; no está cerca de nada . Ella señala con el dedo el f inal de la l ínea y dice, « Q u e -r emos ir aqu í . »

Nues t ro organ izador mira el l uga r y dice, « ¡ O h . ¿Qu i e r en ustedes i r a. . . I seok i t su?»

El la responde, « A s í es» . « P e r o en Iseoki tsu n o h a y nada», se d i r ige a mí , m i -

r á n d o m e como si mi esposa estuviera loca y tuv iera la e speranza de que y o pud ie ra devolver le el ju ic io .

A s í que d igo, «Exactamente , así es. Que r emos ir a I seok i t su . »

2 H i d e k i Y u k a w a . Eminente f ís ico j aponés ; p r em io N o b e l en 1949.

92


Gwene th no se hab ía pues to de acuerdo conmigo , pero y o sabía lo que estaba pensando : d i s f ru t amos y e n d o a sitios que están en med io de nada , luga res de los que nunca hemos o ído hab lar , lugares que no t ienen nada de especial .

Nues t ro anf i t r ión parece un poco mo l e s to ; no ha he-cho jamás una reserva de hote l para I seok i t su ; ni s iqu ie ra sabe si h a y all í una posada .

Echa mano del te léfono y l l ama a I seok i t su para en-terarse. Resu l t a que en Iseok i t su no h a y a lo jamientos . Pero h a y otra v i l la , a unos siete k i l óme t ro s más allá del f inal de la l ínea de ferrocarr i l , que t iene una posada de esti lo j aponés .

Noso t ros dec imos , « ¡Esp l énd ido ! ¡Eso es exactamente lo que q u e r e m o s ! ¡ U n a posada de est i lo j aponés ! » Le dan el número y l l ama .

El posadero se mues t r a reacio. « N u e s t r a posada es m u y pequeña ; la a t endemos entre la f ami l i a . »

«Eso es lo que desean» , le insiste nues t ro hombre . « ¿ H a acep tado?» , p r egun to . A l cabo de un poco más de d i scus ión con el otro, me

responde, «S í , acepta» . Pero a la s emana s igu iente , nues t ro anf i t r ión recibe

una l l amada de esa m i s m a posada . Resu l t a que la noche pasada tuv ie ron una conferenc ia de f ami l i a y dec id ie ron que no pod ían a f ronta r la s i tuac ión . N o p u e d e n ocupar -se de extranjeros .

Yo pregunto , « ¿ Q u é pega t i enen?» Nues t ro anf i t r ión te lefonea a la posada y p r egun t a qué

prob lema hay . Se vue lve hac ia nosot ros y dice, «Es el aseo. N o t ienen cuar to de aseo de est i lo occ identa l . »

Le digo, «Exp l íque l e s que la ú l t ima vez que mi esposa y y o fu imos de v ia je l l evábamos una pa l i t a y pape l h i -g iénico, y que h i c imos nues t ros p rop ios h o y o s en t ierra . Pregúnte les si h emos de l levar nosot ros la pa l a . »

Nues t ro huésped les expl ica po r t e l é fono lo anter ior y le responden que vale, aceptan. « P u e d e n us tedes ir por una noche . N o hace fa l ta que l leven pa l a p rop i a . »

93

Acabo de estrecharle la mano , ¿puedes creer lo?

El posadero nos recogió en la estación de ferrocarr i l de Iseoki tsu y nos l levó hasta la posada . Por el exter ior de nuestra habi tac ión había un ja rd ín m u y hermoso . N o s f i j amos en una rana arbórea de br i l lante co lor verde es-mera lda que t repaba por un marco de meta l con barras hor izonta les (u t i l i zado para tender la ropa a secar) y una d iminuta serpiente amar i l la en un arbus to que había f ren-te a nuest ra engawa (mirador ) . En efecto, no hab ía nada en Iseoki tsu — p e r o a nosotros nos parec ió m u y he rmo-so y m u y interesante .

Resu l tó que había un templo a cosa de k i l óme t ro y med io —ta l era la razón de que allí hub ie ra una pequeña posada— así que fu imos paseando hasta el la. En el ca-mino de vuel ta se puso a l lover . U n hombre nos rebasó en su au to ; entonces dio la vuel ta y regresó a po r noso-tros. « ¿ A d o n d e van? » , p reguntó en japonés . « A la po -sada» , respondí . Y nos l levó.

A l l legar a nuest ra habitac ión, Gwene th descubr ió que había perd ido un ro l lo de pel ícula fotográf ica , pos ib le -mente en el coche del hombre que nos recogió. A s í que saqué el d icc ionar io y consul té «pe l í cu la» y «pé rd ida » , y traté de expl icárse lo al posadero . N o sé cómo p u d o hacer lo, pero aver iguó quién era el h o m b r e que nos tra-jo, y encontramos la pel ícula en su coche.

El baño era interesante ; ten íamos que atravesar otra habi tac ión para tomar lo . La bañera era de madera , y a su a l rededor había toda clase de juguet i tos , barqu i tos y cosas así. También hab ía una toal la es tampada con M i c -k e y Mouse .

El ma t r imon io que l levaba la posada tenía una hi j i ta de dos años, una nena pequeñi ta . Vis t ieron a su n iña con un k i m o n o y la t ra jeron a nuestra hab i tac ión . Su madre le h izo cosas de origami (pap i rof lex ia ) ; y o le hice a lgu-nos d ibu jos y todos jugamos con el la.

U n a señora que vivía al otro lado de la cal le nos regaló una prec iosa bola de seda que había hecho ella misma . Todo era amis toso ; todo era m u y bueno .

94

Acabo de estrechar le la mano , ¿puedes creer lo?

Estaba conven ido que nos fué semos a la mañana si-guiente. Ten í amos una reserva en u n o de los más f amo-sos lugares de t emporada , un ba lnear io que hab ía no sé dónde. Vo lv í a m i r a r en el d i cc ionar io ; después bajé y le mostré al posade ro el rec ibo de nues t ra reserva en el gran hotel — s e l l amaba el Gran Vis ta , o a lgo así . Le di je , «Nosot ros no querer ir gran hote l m a ñ a n a noche ; noso -tros querer queda r aqu í mañana noche . Noso t ro s fe l ices aquí . Por favor , l l áme les ; c amb ie es to . »

El me dice, « ¡ D e s d e l uego ! ¡Desde l u e g o ! » . Pod í a da r -me cuenta de que le complac ía l a idea de que estos ex-tranjeros fueran a cance lar su reserva en aquel hote l de lujo para quedarse ot ra noche en su fond i ta .

C u a n d o regresamos a T o k i o f u i m o s a la Un ive r s i d ad de Kanazawa . A l g u n o s profesores hab ían hecho los pre -parat ivos para l l evarnos en coche a lo l a rgo de la costa de la cercana pen ínsu l a de N o t o . A t r ave s amos var ios de-liciosos pueb lec i tos pesqueros y f u imos a v is i tar una pa -goda que hab ía en med io de aque l l a reg ión .

Vis i tamos después un san tuar io con un enclave en su parte, trasera, donde sólo se pod í a entrar po r inv i tac ión especial. El sacerdote shintoís ta q u e nos rec ib ió fue m u y amable. N o s inv i tó a tomar el té en sus estancias pa r t i -culares y ca l igraf ió pa ra nosot ros a lgunos s ignos .

Nues t ros anf i t r iones nos l l evaron a lgo más allá, costa adelante, pero tuv ie ron que regresar a Kanazawa . G w e -neth y y o dec id imos queda rnos en Tog i duran te dos o tres días. N o s a lo j amos en un hote l de est i lo j aponés , y la hotelera fué m u y , m u y atenta con nosotros . Se pu so de acuerdo con su he rmano pa ra que nos l l evara e n co-che por la costa has ta var ios pueb lec i tos , y después re -gresamos en au tobús .

A la mañana s igu iente , la hote l e ra nos d i jo q u e ocur r í a en la c iudad u n acontec imiento impor t an te . Iba a ser consagrado un nuevo santuar io , en sus t i tuc ión del ant i -guo.

C u a n d o l l egamos al l uga r f u imos inv i tados a sentarnos

95


en un banco y nos s i rv ieron té. H a b í a mucha gente por a l l í ; f ina lmente , de la par te trasera del santuar io sal ió una proces ión. N o s encantó comprobar que el persona je que la encabezaba era el sacerdote del santuar io que hab ía -m o s vis i tado pocos días antes. Iba revest ido con grandes ropajes ceremonia les , y sa l taba a la vista que todo, aque-l lo estaba a su cargo.

La ceremonia comenzó al poco . N o quer í amos inmis-cu i rnos en un lugar sagrado, po r lo que nos quedamos atrás, fuera del santuar io prop iamente d icho. Pero había chiqui l los corr iendo y sa l tando arr iba y abajo por las escaleras, j ugando y hac iendo ru ido , por lo que nos f i -guramos que qu izás no fuera tanta l a fo rma l idad . N o s acercamos un poco y sub imos la escal inata, para poder ver lo que pasaba dentro.

La ceremonia era marav i l losa . H a b í a una copa cere-monia l cubierta con ramas y ho jas ; había un grupo de muchachas vest idas con un hábi to especia l ; t ambién ha-bía bai lar ines. Todo m u y e laborado.

Estábamos observando todos aque l los actos cuando sú-bi tamente nos tocan en el hombro . ;Era el of ic iante pr in -c ipa l ! Nos hace gestos para que le s igamos.

Rodeamos el santuar io y ent ramos por un lateral . El sacerdote nos presenta al a lca lde y a otros d ignatar ios , y nos invita a sentarnos . U n actor noh e jecuta una danza y se suceden toda clase de cosas marav i l losas .

Después v ienen los discursos . Pr imero el a lca lde p ro -nunc ia unas pa labras . Después , el sacerdote se pone en p ie y habla . Dice « U n a n o , uts ini Kuntana Kanao . U n -t a n a o u n i K a n a o . U n i y o z o i m a s u d o i z i n t i Fa in—man—san unkano Kane goza i—mas . . . » — y ¡ en-tonces señala a «Fa in—man—san» y me indica que diga a l go !

Hab lo m u y ma l japonés , por lo que di je unas pa labras en ing lés : « M e encanta el J a p ó n » , les d igo. «Es toy espe-c ia lmente impres ionado por la t remenda ve loc idad del cambio tecnológico de su país , que ha sabido conservar al m i smo t i empo tradic iones tan ricas en s igni f icado,

96

Acabo de estrechar le la mano , ¿puedes creer lo?

como están demos t r ando ustedes en la ded icac ión de este santuar io» . Q u e r í a expresar la mezc l a que hab ía v is to en J apón : cambio , pe ro sin pé rd ida de respeto a las t rad ic io-nes.

El sacerdote pr inc ipa l d ice a lgo en j aponés que no me parece pueda ser la t r aducc ión de mi s pa l abras ( aunque tampoco podr í a asegurar lo contrar io) , ¡ po rque ante r ior -mente él j amás hab ía comprend ido nada cuando y o le hablaba! Pe ro él actuaba como si hub ie ra comprend ido exactamente mi d iscurs i to , y lo es tuv iera « t r aduc i endo» para todos, con total conf i anza . Se parec í a m u c h o a m í en este aspecto.

Sea como fuere , la gente escuchó cor té smente lo que hipotét icamente y o di je, y después o t ro sacerdote p ro -nunció otro d iscurso . Era un h o m b r e joven , d i sc ípu lo del sacerdote pr inc ipa l , e iba reves t ido con unos háb i tos maravi l losos ; l levaba unos panta lones m u y grandes y an-chos en las p iernas y una especie de sombre ro t amb ién m u y ancho y m u y grande . Ten ía un aspecto de l ic ioso , maravi l loso en ve rdad .

Después f u imos a a lmorza r con todos los d igna ta r ios y me sentí m u y honrado de f i gu ra r entre el los.

Conc lu ida la ce remonia de ded icac ión , G w e n e t h y y o les d imos las grac ias al sacerdote pr inc ipa l y abandona -mos la sala del banquete pa ra pasear un ra to por el p u e -blo. A l poco nos encont ramos con a lgunas personas q u e iban t i rando de un gran vagón con u n re l icar io y lo llevan por las cal les de la c iudad . T o d o s l levan ropas especiales decoradas con s ímbo los en la espa lda , y can-tan, « ¡ E y o ! ¡ E y o ! »

Vamos tras la proces ión , d i s f ru t ando de los feste jos , cuando se nos acerca un po l ic í a de rad io te l é fono . Se qu i -ta el guante b lanco y nos a larga la mano . N o s es t recha-mos las manos .

A l desped i rnos del po l i c í a y r e anuda r la marcha tras la proces ión, o ímos a espa ldas nues t ras una v o z alta, agu -da, que hab l a m u y ráp idamente . N o s v o l v e m o s y v emos al pol ic ía , que aferra el r ad io te l é fono y hab l a a t ravés de

97

TJn cur ioso personaje

él con mucha exc i tac ión: « O gano faan m i y o ganu Fa in—man—san i yo Kano mur i tono muro to Kala . . . » . Podía imag inárme lo d ic iéndole a su inter locutor , « ¿Te acuerdas de un tal Sr. Fa in—man que hab ló en la consa-grac ión del santuar io? A u n q u e no te creas, ¡ acabo de estrechar le la m a n o ! » .

¡ L a « t raducc ión» del sacerdote debió ser a lgo verda-deramente impres ionante ! »

98

C A R T A S , F O T O S Y D I B U J O S

11 de Oc tub re de 1961 Hote l A m i g o , Bruse las

¡Hola , amor m í o !

M u r r a y y yo nos m a n t u v i m o s despier tos el uno al otro d i scu t i endo hasta que no p u d i m o s más . N o s des-pertamos sobre Groen land ia , que estaba todav í a más p r e -ciosa que la ú l t ima vez , p o r q u e pa s amos po r la par te más bonita. En Londres , nos r eun imos con ot ros f ís icos y fuimos juntos hasta Bruse las . U n o de el los estaba p reo -cupado, p o r q u e en su gu ía de v ia jes el H o t e l A m i g o ni siquiera f i gu raba . Pero otro de los colegas tenía una gu í a más moderna . ¡ C i n c o estrel las, y se r u m o r e a que es el mejor de Eu ropa !

Es ve rdade ramente m u y agradab le . T o d o el mob i l i a r io es de madera pu l ida , co lor granate oscuro , en per fec to estado; el cuar to de baño es magn í f i co , etc. Ve rdade r a -mente es u n a l ás t ima que no v in ieras a esta conferenc ia , en lugar de a c o m p a ñ a r m e a la otra .

99


A l día s iguiente, en la reunión, las cosas a r rancaron con lent i tud. Yo tenía que hablar a p r imera hora de la tarde . Y así fue, pero en rea l idad no tuve suf ic iente t i em-po . Tuv imos que in te r rumpi r l a a las 4, a causa de una recepción prevista para esa noche. A pesar de todo, me parece que mi comunicac ión estuvo bien; después de todo, lo que me quedó por decir estaba en la vers ión escrita.

As í que esa tarde fu imos al palac io a sa ludar al r e y y a la re ina. Ten íamos taxis esperándonos en el hote l —ta -xis grandes, negros— y allá nos fu imos a las 5 de la tarde. L legamos a las puer tas del palac io, con un guard i a a cada lado, y pasamos en coche bajo un arco, donde nos abr ieron la puerta servidores de l ibrea roja y med ia s b lancas con una banda negra y torzue lo dorado bajo cada rodi l la . Más guard ias todavía en la entrada , en el ves t íbulo , a lo largo de la escal inata y hasta una especie de salón de bai le . Estos guardias , todos de gor ro ruso gris oscuro con barbuque jo , casaca oscura, panta lón b lan-co y botas de monta r negras y refu lgentes , están al l í m u y t iesos, todos con el sable en alto.

U n a vez en el « sa lón de bai le» tuv imos que esperar cosa de veinte minutos . Los suelos son de parque t tara-ceado, con una L en cada cuadrado (en recuerdo del r e y Leopo ldo —el actual se l l ama Ba ldu íno o así) . Las pare-des, doradas , son del s ig lo XVII I ; en el techo h a y p in-turas de mujeres desnudas que conducen carros entre las nubes . H a y un montón de espejos y de si l las doradas tap izadas en ro jo a lo la rgo del borde exter ior de la sa la —exactamente igual que tantos otros palac ios que hemos visto, aunque esta vez no se trata de un museo ; está v ivo , todo está v ivo y re luciente , todo en perfecto estado. Va -r ios func ionar ios de palac io se encargaban de nosotros . U n o de el los, que l levaba una l ista, me di jo dónde de-ber ía s i tuarme, pero no lo hice bien y después me en-contré descolocado.

Se abren las puertas del fondo de la sala. H a y guard ias que escoltan al r e y y a la re ina. Entramos todos , l enta-

100

Car ta s , fotos y d ibu jos

mente, y v a m o s s iendo presentados u n o a u n o al r e y y a la re ina. El r e y es una pe r sona joven de ros t ro med io lelo y v igoroso apre tón ; la re ina es m u y atract iva . ( M e parece que se l l ama Fabr io l a (sic) — u n a condesa espa-ñola). Sa l imos a ot ra sala que h a y a la i zqu i e rda , donde hay una mesa con seis as ientos para c ient í f i cos i lustres .—Niels Bohr , J . Per r in (un francés) , J . R . O p p e n h e i m e r , etc. M i r a el d ibu jo .

Resu l ta que el r e y qu ie re saber qué e s t amos hac iendo, así que todos aque l los vie jos chicos van a dar una serie de seis pesadas conferenc ias — m u y so l emnes ; nada de bromas . Estuve m u y i n c ó m o d o al l í en mi as iento , po r -que tenía la espa lda r íg ida y do lo r ida de do rm i r en el avión.

C u m p l i d o el t rámite , los r eyes pasan a t ravés de la sala en la que les fu imos presentados y vamos a o t ro salón a la derecha (marcado R en el d ibu jo . T o d o s estos sa lo-nes son m u y grandes , dorados , Victorianos, lu josos , etc . ) . En R h a y un i fo rmes de muchas c lases : gua rd i a s en la puerta con casacas rojas , c amare ros de l ib rea b lanca (para servirnos bebidas y aper i t ivos) , mi l i t a res de Kak i y me-dal lero, y t ipos de chaqué negro — t i p o fune r a r i a— que son func ionar ios de pa lac io .

En el t ráns i to desde L hasta R v o y de ú l t imo , p o r q u e a causa de las moles t ias en la espa lda he de caminar len-tamente. M e encuent ro hab l ando con uno de los f u n -c ionar ios de pa l a c io , un h o m b r e agradab le . Enseña matemát icas a med io t i empo en la Un ive r s i d ad de Lo-vaina, pero su t raba jo pr inc ipa l es el de secretar io de la reina. Tamb i én ha s ido tutor del rey duran te la j uven-tud de éste y ha estado t r aba j ando en pa lac io desde hace 23 años . Ahora , po r f in , t engo a lgu ien con qu ien hablar .

Ot ros conversan con el R o la R ; todos es tamos de pie. A l cabo de un rat i to , el p rofesor q u e pres ide la con-ferencia (Prof . B r a g g ) me toma del b r a z o y m e dice que el r e y desea hab l a rme . Bragg dice, « R , éste es F e y n m a n » . Me tedura de pata n ° l : p re tendo vo lve r a es t rechar le la

101


mano . Incorrecto al parecer : no h a y mano que rec iba la mía . Tras una pausa embarazosa , R salva la s i tuac ión es t rechándomela . El rey hace comentar ios corteses sobre lo intel igentes que tenemos que ser todos y lo dif íc i l que t iene que ser pensar . Respondo con observac iones joco-sas (habiendo sido ins t ru ido por Bragg que así convenía , pero , ¿él cómo lo sabe? . . . ) y me to la pata por s egunda vez . F ina lmente , se al ivia la tensión cuando Bragg trae otro profesor —He i s enbe rg , me parece. R o lv ida a F y F se escabul le para reanudar conversac ión con secretar io de R.

Tras un t i empo cons iderable —var ios zumos de na-ranja , segu idos de muchos excelentes canapés— un uni -fo rme mil i tar con meda l las se me acerca y dice, « ¡ H a b l e con la re ina ! » . N a d a me gustar ía más (la chica es bonita , pe ro no te preocupes , está casada) . F entra en escena : R está sentada a una mesa rodeada por otras tres si l las y a ocupadas — n o h a y sit io para F. Se producen diversas toseci l las , l igera confus ión , etc. y ¡ hop ! — u n a de las si-l las es l iberada de ma la gana. Las otras si l las cont ienen una dama, un c lér igo con todos los arreos, de pun t a en blanco, l l amado LeMa î t r e (que también es f ís ico) .

Man tenemos una larga conversac ión ( aunque presto o ído, no perc ibo toseci l las y no soy evacuado de mi as iento) de unos 15 minutos , tal vez . U n botón de mues -t ra :

R a : «T iene que resul tar m u y a rduo pensar en esos di-f íc i les problemas . . . »

F : « N o , todos los hacemos po rque nos gus ta» . R a : «T iene que resul tar dif íc i l aprender a cambia r to-

das las ideas que uno t iene» —(cosa que el la ha apren-d ido en las seis conferencias) .

F : « N o , los tíos que d ieron las conferencias son ve-jestor ios —los cambios de que hablaron se p rodu je ron en 1926, cuando y o tenía 8 años nada más. As í que cuan-do aprendí f ís ica tuve que aprender las ideas nuevas . El gran prob lema está ahora en saber si t endremos que cam-biar las otra vez .

102


R a : «S in duda debe causar le sat i sfacc ión saber que está usted t raba jando po r la paz . »

F : « N o , ni se m e pasa por la cabeza si es po r la p a z o no. N o lo s abemos . »

R a : «Desde luego , las cosas están c amb i ando ráp ida-mente. M u c h o es lo que han c amb i ado en los ú l t imos cien años.»

F : « N o en este pa l ac io . » (Lo pensé , pe ro me cont ro-lé.). «Sí , y después m e embarco en una lecc ión sobre lo que se conoc ía en 1861 y lo que hemos descub ie r to des-de entonces» , añad i endo al f ina l , med io r i éndome , « M e parece que no p u e d o evitar l a rgar lecc iones . C l a ro , y a ve usted, es que soy profesor , ¡ ja , j a ! »

La reina, desesperada , se vue lve hac ia la d ama sentada a su costado y emp ieza a conversar con la m i sma .

A lgunos m o m e n t o s después , l lega R y le susur ra a lgo a R qu ien se levanta , y ambos se marchan t r anqu i l a -mente. F regresa con el secretar io de la re ina , qu ien per -sonalmente le a compaña en su sa l ida del pa lac io , de j ando atrás guardias , etc.

Siento ter r ib lemente que te lo perd ieras . N o sé cuándo encontraremos otro r e y para que puedas conocer le 1 .

Esta mañana en el hote l , antes de sal ir con los demás , un botones es tuvo voceando mi nombre , po r u n aviso. Regresé con los otros y anunc ié , «Caba l l e ro s , esa l l amada era del secretario de la reina. Es preciso que abandone ahora mismo su c o m p a ñ í a » . Todos quedan impres ionados , porque no pasó desaperc ib ido que F hab ló más l a rga y duramente con R de lo que parec ía correc to . Lo que no les dije, sin embargo , es que se t ra taba de un encuen-tro preconven ido , que el secretar io m e estaba inv i t ando a conocer a su esposa y a dos de sus ( cua t ro ) hi jas , y a ver su casa. Y o le hab ía inv i tado a v i s i t a rnos en Pasa-dena cuando v in ie ra a Amér i c a , y ésta era su respuesta .

Su esposa y sus hi jas son m u y agradab les y su casa es

1 Cua t ro años después , R i c h a r d y G w e n e t h conoc ie ron al r e y de Sue-cia, en la ce remonia de ent rega de los p r emios N o b e l .

103


pos i t ivamente del ic iosa . Te hub ie ra gus tado más todavía que visitar el pa lac io . H a p royec t ado y cont ru ído su casa a esti lo belga, un poco a imitac ión de una ant igua casa de labor, pero bien hecha. Dent ro t iene muchos arma-r ios y mesas ant iguas , justo al l ado de mueb les mucho más modernos , pero todos m u y bien combinados . Re -sulta mucho más fáci l encontrar ant igüedades en Bé lg ica que en Los Ange les , po rque aún quedan muchas viejas granjas, etc. La casa es a lgo más grande que la nuestra , y t iene mucho más terreno, pero todavía no está a jard i -nado ni cul t ivado, sa lvo por una huer ta de horta l izas . T iene un banco que h izo para sí e scond ido entre los árboles allá en el j a rd ín , desde donde puede sentarse a contemplar la campiña de los a l rededores . Tamb i én t iene un perro —tra ído de W a s h i n g t o n — que a lgu ien le rega ló al r e y y que éste le traspasó. El perro t iene un carácter parec ido a K iw i 2 , s eguramente po rque es igua l de amado .

Le dije al secretar io que y o tenía una re ina en un cas-t i l l i to de Pasadena, a qu ien me gustar ía que él conociera , y me contestó que conf iaba en poder ir a A m é r i c a a vernos . El vendr ía en caso de que la re ina vo lv iera a v is i tar Estados U n i d o s .

Te envío una fo togra f í a de su casa, y su tar jeta , no sea que y o las p ierda .

Sé que debes sent i r te fatal por haber tenido que que-darte esta vez , pero a lgún día lo a r reg la remos , de a lgún m o d o . N o olvides , s in embargo , cuánto te qu ie ro y de lo orgul loso que es toy de la fami l i a que tengo y de la que v o y a tener 3 . El secretar io y su esposa te env ían sus me jores deseos para tí y para nuestro fu tu ro .

Bien quis iera que estuvieras aquí , o si no, estar y o ahí. Besa a S N O R K 4 . Cuénta l e a M a m á mis aventuras , y estaré en casa antes de lo que piensas .

T u mar ido te ama Tu mar ido .

2 El perro de los F e y n m a n . 3 Gweneth estaba esperando a C a r l a la sazón. 4 K iw i .

104

Car tas , fotos y d ibu jos

Gran H o t e l Varsov ia

Quer id í s ima Gwene th ,

Para empezar , te qu ie ro . También os echo m u c h o de menos a ti y al n iño 5 y

a Kiwi , y ve rdaderamente qu i s i e ra estar en casa. Me encuent ro ahora en el res taurante de l Gran Hote l .

Los amigos me adv i r t i e ron y a que el serv ic io es lento, así que vo lv í a buscar p l umas y lápices para t raba jar en mi intervención de mañana , mas , ¿ q u é me jo r que escr i -bir, en cambio , a mi adorada?

¿ C ó m o es Po lon i a ? La impres ión m á s fuer te — y que tanta sorpresa me causa— es que todo es casi exac tamen-te como me lo f i gu raba (excepto en un deta l le) , no sólo en el aspecto exter ior , s ino t ambién en la gente, en sus sent imientos, en lo que d icen y p iensan del gob ierno , etc. Según parece , en los Estados U n i d o s estamos bien informados , y las revistas como Time y Atlas no están tan mal . El «detalle es que y o hab ía o l v idado cuán c o m -pletamente q u e d ó des t ru ida Varsov i a du ran te la guerra , y así pues , que con pocas excepc iones ( fác i lmente iden-tificables po r los agu jeros de bala que las cubren) , todos los edif ic ios ha s ido cons t ru idos después de la guerra . Se trata, de hecho , de un ve rdadero logro , pues son m u c h í -simos los ed i f ic ios nuevos : Var sov i a es u n a c iudad g ran-de, tota lmente reconst ru ida .

El genio de los const ructores loca les es su capac idad para constru i r v ie jos edi f ic ios . H a y ed i f ic ios a los que se les cae el revoco (paredes cubier tas de cemento , a través del cual a soman parches de l adr i l lo gas tado) , barrotes corroídos en las ventanas , con l amedura s de óx ido co-rriendo fachada aba jo del ed i f ic io , etc. A d e m á s , la a rqu i -tectura es de est i lo an t iguo —la decorac ión es de t ipo

5 Car l . Esta carta fue escrita en 1963.

105


1927, pero más pesada— y no h a y nada interesante que ver (excepto un edif ic io) .

El cuarto del hotel es m u y pequeño , y el mobi l i a r io , barato. El techo es m u y al to (unos 4 metros y med io ) , h a y en las paredes v ie jos manchones de humedad , la es-cayo l a está al descubier to en los puntos donde la cama roza la pared , etc. M e recuerda un v ie jo «Gran H o t e l » de Nueva Y o r k , y a sabes, la colcha de a lgodón desco lo-r ida que deja ver las des igua ldades del co lchón, etc. En cambio , la fontaner ía del baño (gr i fos , etc.) está br i l lante y re luciente , lo que me de jó confuso : parecen re la t iva-mente nuevos en este v ie jo hote l . F ina lmente aver igüé lo que pasa : el hote l sólo t iene tres años —hab í a olv i -dado su capac idad para const ru i r cosas viejas . (Todav ía no ha ven ido el camarero , así que me in te r rumpo y l l amo a uno que pasa . M e dir ige una mi rada confusa — y l lama a o t ro . Resu l t ado ne to : me dicen que no h a y servic io para mi mesa y me piden que me tras lade a otra. H a g o diversos ru idos de enojo. La respuesta : me ponen en otra mesa, me entregan un menú , y me conceden unos 15 segundos para dec id i rme. Encargo Sznyce l Po W i e d e n s k u —chule ta de ternera a la Vie -nesa. )

Sobre la cuest ión de si h a y mic rófonos en la habi ta-c ión : busco las tapas de regis tros (como el que h a y en el techo de la ducha) . H a y c inco en total , todos cerca del techo —son cuat ro met ros y medio . M e har ía falta una escalera, po r lo que dec ido no invest igar los . Pero hay una p laca cuadrada parec ida en uno de los r incones del cuarto, en la par te baja, cerca del te léfono. T i ro de el la un poqu i to (uno de los torni l los está suel to) . Pocas veces he v is to tantos hi los —¡pa r ece una radio vista por aba jo ! ¿ Q u é es esto? ¡ Q u i é n sabe ! N o he v is to n ingún mic ró fono ; los ext remos de los cables están cubiertos con cinta a is lante, como si se tratase de conexiones o tomas que han de jado de ut i l i zarse . Tal vez el mic rófono esté ocul to bajo la cinta. Bueno , no tengo destorn i l l ador y no puedo desmonta r la p laca para invest igar más . En

106


dos pa labras , si mi cuar to no t iene escuchas , están des -perd ic iando un mon tón de h i los .

Los po lacos son gente agradab le , pobre , t i enen al m e -nos un gus to med io en ( ¡ l l ega la sopa ! ) el vest i r , etc. H a y lugares agradab les donde bai lar , con buenas orquestas , etc., etc. , A s í que Varsov ia no es demas i ado abur r ida y pesadota, como se o y e dec i r que lo es M o s c ú . Por ot ra parte, uno se t rop ieza por todas partes con esa clase de estúpida y r e t rógrada conduc ta caracter í s t ica del gob ie r -no — y a sabes, como cuando te d i j e ron no tener c amb io de 20 dó lares cuando fu is te a la c iudad a r enovar tu tarjeta en la Of i c i n a de Inmigrac ión . E j emp lo : pe rd í m i lápiz y qu i se compra rme ot ro en el k i o s k o de prensa del hotel.

« U n bo l í g ra fo cuesta 1 dó la r y 10 centavos . » « N o , no me ha entend ido . Q u i e r o un l áp iz corr iente

—de los de maderá , con m ina . » « N o , so lamente tenemos bo l íg ra fos de 1'10 dó la res . » «Bueno , ¿cuántos z lo ty s son?» « N o puede us ted pagar lo en z l o t y s ; t iene que ser por

1'10 dó lares . » ( ¿Por qué? ¡ Q u i é n sabe ! ) Tengo que sub i r a la hab i tac ión a po r d inero amer i -

cano-. Le entrego 1 dólar y 25 centavos . El empleado del k iosco no puede da rme el c amb io

—es prec i so ir al ca jero del hote l . La f ac tura de mi p lu -ma se escr ibe po r cuadr ip l i c ado : el emp leado se queda con una copia , el ca jero con ot ra ; dos son para mí . ¿Para qué puedo querer l a s ? En el dor so se dice que deberé conservarlas para no paga r aduana en los Estados U n i -dos. El bo l ígrafo es un Pape rma te hecho en los Estados Unidos. ( M e ret i ran el p la to de sopa . )

El ve rdadero p rob l ema de empresa púb l i c a como con-traposición a la p r ivada suele d iscut i rse sobre bases de-masiado abstractas y f i losóf icas . Teór i camente , la p l an i -ficación puede ser buena . Pe ro nad ie ha ave r i guado ja -más la causa de la es tup idez gubernamenta l , y hasta que se consiga ( y se descubra el r emed io) , todos los p lanes ideales caerán en arenas moved izas .

107


N o acerté en la na tura leza del pa lac io donde se cele-bran las reun iones . H a b í a imag inado una gran sala, an-t igua e imponente , del s iglo X V I o así. C o m o antes, o lv idé lo conc ienzudamente destru ida que hab ía s ido P o -lonia . El pa lac io es comple tamente nuevo : nos r eun imos en una sala c i rcu lar con paredes blancas, con decorados dorados en los ba lcones ; el techo está p intado de color azu l cielo y nubes . (L lega el p la to pr inc ipa l . Lo como ; es m u y bueno. Encargo el pos t re : pastel i l los con ananás, 125 g. Inc identa lmente , el menú es m u y prec i so : los «125 g» corresponden al peso, 125 gramos. H a y cosas como «f i l e te de a renque , 144 g » , etc. N o he visto que nad ie compruebe con una ba lanza si le están es tafando; por mi par te , no comprobé si el peso de la chuleta eran los 100 g ramos dec larados . )

N o estoy sacando nada de la reun ión . N o es toy apren-d iendo nada. C o m o no h a y exper imentos , esta especia-l idad no es m u y activa, por lo que son pocos los f ís icos verdaderamente buenos que trabajan en ella. El resu l t ado es que esto está l leno de bobos (126), lo cual no es bueno para mi pres ión arter ia l . Son tan grandes y tan se r i amen-te anal izadas las t r iv ia l idades que se están presentando, que me meto en d iscus iones fuera de las sesiones fo rma-les (por e jemplo , durante el a lmuerzo ) cada vez que al-gu ien me pregunta a lgo o empieza a hab la rme de su « t ra -ba jo» . Dicho t raba jo cae inexorab lemente en una de las s iguientes categor ías : (1) tota lmente incomprens ib le , (2) vagoroso e indef in ido , (3) correcto —se trata de a lgo obv io y evidente por sí m i s m o — pero e laborado me-diante un anál is is l a rgo y dif íc i l , y presentado como si fue ra un descubr imiento importante , o (4) la a f i rmac ión , basada en la es tup idez del autor , de que cierto hecho evidente, aceptado y comprobado desde hace años , es, en rea l idad fa lso (estos son los peores : n ingún r azona -mien to puede convencer al nec io en cuest ión) , (5) una tentat iva de hacer a lgo que aunque probab lemente es i m -posible , c ier tamente carece de ut i l idad, y que , como nos es reve lado al f ina l , f racasa ( l lega el postre y es devora -

108


do), o (6) a lgo s implemente er róneo . Estos días h a y m u -chís ima «ac t iv idad en este c a m p o » , pe ro tal « ac t i v idad» consiste fundamenta lmente en poner de man i f i e s to que la «ac t iv idad» prev ia de a lgún otro acabó en error , en nada de ut i l idad , o en a lgo p rometedor . Es c o m o si u n montón de gusanos tratasen de sal ir de una bote l la a r ras -trándose y encaramándose po r enc ima de los demás . N o es que la mater ia sea dif íc i l , es que las personas capaces se están ocupando de otras cosas. ¡ R e c u é r d a m e que no vuelva a asist ir a n inguna otra conferenc ia sobre grav i t a -ción!

Fui esta noche a casa de u n o de los profesores po lacos (joven, con una esposa joven) . A la gente se le conceden en los apar tamentos unos 6 met ros cuadrados po r per -sona, pero su esposa y él han ten ido suer te : d i sponen de casi 20 —para sala de estar, cuar to de aseo y coc ina . Se encontraba un poco azorado con sus inv i tados (el p ro -fesor Whee l e r y su esposa, otra persona y y o ) y parec ía como ped i r d isculpas por la p e q u e n e z de su apa r t amen-to. (Pido la cuenta . Duran t e todo este t i empo, el c ama-rero ha tenido dos o tres mesas act ivas , contada la mía ) . En cambio su esposa se encontraba per fec tamente a gus -to y besaba a su gato s iamés , « B u b u s h » , exac tamente igual que tú haces con K iw i . H i z o un magn í f i co t r aba jo a lentando y an imando la r eun ión (para poner la mesa de la comida fue necesar io sacar la de la cocina , lo que ob l i -gó antes a sacar de sus goznes la pue r t a del baño) . ( H a y solamente cuatro mesas act ivas en todo el res taurante , y cuatro camareros) . Coc inaba m u y bien y todos d i s f ru -tamos m u c h o con la comida .

¡Ah , menc ioné antes que sí h a y en Varsov i a u n ed i f i -cio interesante que ver ! Es el m a y o r ed i f ic io de P o l o n i a : el «Pa lac io de la C i enc i a y la C u l t u r a » , rega lo de la U n i ó n Soviét ica. Fue d iseñado por arqu i tec tos soviét icos . ¡ A m o r mío, es a lgo incre íb le ! N o p u e d o s iqu ie ra empeza r a des-cr ibir lo. ¡Es la más descabe l lada mons t ruos idad que h a y sobre la superf ic ie ter res t re ! (L lega la cuen ta— me la trae un camarero d is t into . Espero el c amb io . )

109


H e de terminar aqu í m i carta . C o n f í o en no tener que esperar demas iado por el cambio . M e salté el café porque pensé que tardar ía demas iado . A ú n así, y a ves qué carta tan larga puede u n o escr ibir mientras toma la cena del domingo en el Gran Hote l .

Te quiero , te lo repi to , y desearía que estuvieras aquí — o mejor , estar y o ahí. En casa se está bien.

( M e l lega el cambio . Está l igeramente equ ivocado (en unos 0 '55 z lo tys , esto es, unos 15 centavos) , pe ro lo dejo pasar . )

Ad ió s por ahora . R ichard .

Sábado, 29 de jun io (¿?) , a las 3 de la tarde Hote l R o y a l Ol impic . J un to a la p isc ina

Que r idos Gwene th , y Miche l l e 6 ( ¿ y Car i ? ) , Este es mi tercer día en Atenas . Estoy escr ib iendo desde el borde de la p isc ina del ho-

tel, con el papel a p o y a d o en el regazo, po rque las mesas son demas iado altas y las si l las demas iado bajas.

El v ia je se a tuvo en todo momento al horar io , pero de todas maneras fue incómodo porque el avión de N u e -va Y o r k a Atenas estaba comple tamente l leno, sin un as iento l ibre. Fui rec ib ido por el Prof . I l l i apoulos , un estudiante y su sobr ino, que t iene justo la edad de Car l .

Descubr í con sorpresa que el c l ima es aqu í m u y pare -c ido al de Pasadena, aunque unos tres grados más f resco. La vegetac ión es m u y parec ida , las col inas son pe ladas y des iertas ; las mismas plantas, los mi smos cactus , la m i s m a humedad , las m i smas noches frescas. Pero aqu í es donde se acaban los parec idos . Atenas es una c iudad des-par ramada , fea, ru idosa , un l ío de calles sa turadas con el h u m o de los escapes, l lenas de un tráf ico nerv ioso , de

6 La hija de F e y n m a n , Miche l le , tenía unos 11 años cuando se es-cr ibió esta carta, en 1980 ó 1981.

110


coches que sa l tan como conejos en cuanto los semáforos se ponen verdes y que se det ienen con gran ch i r r ido de frenos cuando se ponen en ro jo — u n conc ie r to de bo-cinas en ámbar . Es m u y parec ido a C i u d a d de Méx i co , aunque la gente no, parece tan pobre— apenas sí h a y tantísimas t iendas ( todas pequeñas ) , y a C a r l le gustar ía muchís imo pasear por los soporta les con sus vue l tas y revueltas y sus sorpresas , sobre todo en la par te ant igua de la c iudad .

A y e r por la mañana fu i al museo a rqueo lóg ico . A M i -chelle le hub i e r an gus tado todas las g randes estatuas ecuestres de los gr iegos —espec ia lmente , la del n iño que galopa a l omos de un gran cabal lo , que es una autént ica sensación. Vi tantas cosas que empeza ron a do le rme los pies. M e hice un l ío con todo ; las p iezas no están bien rotuladas. Además , me resu l taba un poco abur r ido , p o r -que y a he v is to m u c h o de todo esto ante r iormente . Ex-cepto por una cosa : entre todos aque l los ob je tos de arte había uno tan comple t amente d is t into , tan extraño, que parecía casi impos ib le . Fue recuperado del m a r en 1900 y es a lguna clase de máqu ina con trenes de engrana jes , muy parec ida al inter ior de un desper tador de cue rda moderno. Los dientes de los p iñones son m u y regu la res ; las ruedas están enca jadas m u y cerca unas de otras . T iene círculos g raduados e inscr ipc iones en gr i ego . M e p r e g u n -to si será a lguna clase de fa l s i f i cac ión . H a b í a un ar t í cu lo sobre ella en un Scientific American de 1959.

Aye r , a p r imera hora de la tarde , fu i a la Acrópo l i s , que se encuentra en med io de la c iudad — u n a e levada planicie rocosa , en la cual fue ron cons t ru idos el Pa r t e -nón y otros templos y santuar ios . El Pa r t enón t iene m u y buen aspecto ; pero el t emplo que h a y en Segesta , que Gweneth y y o v i s i tamos en Sici l ia , es i gua l de impre s io -nante y te permi ten pasear po r él, mient ras aqu í no es posible sub i r o pasear entre las co lumnas del Par tenón . Nos a compañó la he rmana del p rofesor I l l i apou los (es arqueóloga profes iona l ) prov is ta de un cuade rno que t ie-ne, e h i zo de gu ía de nues t ra vis i ta , d ándonos toda clase

111


de detal les, fechas, citas de P lutarco , etc. Según parece , los gr iegos se toman su pasado con absoluta ser iedad. Estudian a rqueo log ía gr iega ant igua en sus escuelas e le-menta les a lo la rgo de seis años, y le dedican a esa ma -ter ia 10 horas semanales . Es una especie de culto a los antepasados , pues están cont inuamente destacando lo m a -ravi l losos que fueron — y lo fue ron de verdad. Pero cuan-do los animas a hablar , d ic iendo, «Sí , y f í jese cuánto ha avanzado el h o m b r e moderno desde los ant iguos gr ie -gos» , pensando en la c iencia exper imenta l , el desarro l lo de las matemát icas , el arte renacent ista , la gran p r o f u n -d idad y compres ión de la re lat iva superf ic ia l idad de la f i losof ía griega, etc. etc., te repl ican, « ¿ Q u é pre tende us-ted decir? ¿ Q u é tenían de ma lo los ant iguos g r i egos? » . Están cont inuamente reba jando la importanc ia de la era p rop ia y rea lzando la de la edad ant igua, hasta el pun to de que hacer notar las marav i l l as del presente les parece in jus t i f icada fa l ta de apreciac ión del pasado.

Se enfadaron m u c h o cuando di je que el acontec imien-to de máx ima impor tanc ia para el desarrol lo de las m a -temát icas en Europa fue el descubr imiento de Tar tag l i a , la so lubi l idad de la ecuación cúbica . A u n q u e tal descu-br imiento sea en sí m i smo de poca ut i l idad , tuvo que haber s ido ps ico lóg icamente marav i l loso , po rque demos -t raba que el h o m b r e moderno tenía capac idad para hacer lo que n inguno de los ant iguos gr iegos pod ía lograr . L o cua l a yudó en el Renac imiento , que fue la l iberac ión del h o m b r e de la in t imidac ión de los ant iguos . Lo que los gr iegos de h o y están aprend iendo en las escuelas es a sent irse in t imidados por haber ca ído tan por deba jo de sus excelsos antepasados .

Le pregunté a la a rqueó loga por la máqu ina del museo —s i se habían encontrado otras s imi lares , o máqu ina s más sencil las conducentes a ella, o descendientes s u y a s — pero la señora no tenía not ic ia s iquiera de su existencia . A s í que me reun í en el museo con ella y con su hi jo (que es de la edad de Car l , y que me parec ió un ant iguo héroe gr iego, po rque está es tudiando f ís ica) para m o s -

112


trársela. Ella me p regun tó po r q u é m e parec ía qué p o d í a tener tal máqu ina de interesante o sorprendente , pues , « ¿Acaso no mid ió Eratóstenes la d i s tanc ia al Sol , s in ne -cesidad de re f inados ins t rumentos c i en t í f i cos? » . ¡ A y ! ¡Qué ignorantes pueden ser las per sonas de fo rmac ión clásica! N o es marav i l l a que no s ientan es t ima po r su propio t i empo. N o per tenecen a él, y no lo comprenden . Pero al cabo de a lgún t i empo e m p e z ó a pensar que qu i -zás la máqu ina sí fuera chocante , y la señora me l l evó a las salas de atrás del museo —s in duda habr í a otros e j em-plares; el la iba a hacerse con una b ib l iogra f í a comple t a sobre el tema, etc. Bueno , pues no hab í a o t ros e j emplos , y la b ib l iograf í a comple ta cons is t ía en una l ista de tres art ículos (entre el los, el aparec ido en Scientific American) debidos todos a una m i s m a persona , ¡ un amer i cano de Ya le !

M e imag ino que los gr iegos p iensan que todos los ame -r icanos t ienen que ser de pocas luces , al sent i r in terés nada más po r la maqu ina r i a , cuando están todas esas preciosas estatuas y representac iones de mi tos encanta -dores, todas esas h is tor ias de dioses y d iosas que mi ra r . (De hecho , una func ionar í a del museo , al ser i n fo rmada de que el profesor nor teamer i cano que r í a saber acerca del í tem N°15087, comentó , « D e todos los objetos he r -mosos que tenemos en este museo , po r qué habrá ido a f i jarse en ese í t em en pa r t i cu l a r ? ¿ Q u é es lo que t iene de espec ia l?» .

A q u í todo el m u n d o se que ja del ca lor y se interesa por saber qué tal lo sopor ta uno , cuando en rea l idad es más o menos como en Pasadena , só lo que unos tres g r a -dos más fresco por t é rmino med io . A s í pues , en todas las t iendas y of ic inas c ierran entre la 1 :30 y las 5 :30 de la tarde ( « a causa del ca lor » ) . La ve rdad es que resu l ta m u y buena idea ( todo el m u n d o echa la s iesta) p o r q u e se acuestan tarde — l a cena es entre 9 : 30 y 10 de la no -che— cuando y a hace f resco. A h o r a m i s m o , la gente se está que j ando aqu í m u y en ser io de una l e y por la cua l , para ahorrar energ ía , todos los res taurantes y bares t ie-

113


nen que cerrar a las 2 de la madrugada . Eso, dicen, echa-rá a perder la v ida en Atenas .

Es ahora la hora mág i ca entre las 1:30 y las 5 :30 , y la estoy aprovechando para escribirte. Te echo de menos y la verdad es que me sent ir ía más fe l iz en casa. M e ima-gino que se me ha ido el gusani l lo de los viajes . H e de pasar todavía un día y med io más aquí , y me han pro-porc ionado toda clase de l i teratura sobre una preciosa p l a y a cercana (de cantos rodados) , de u n impor tante lu-gar de la ant igüedad ( aunque casi to ta lmente en ruinas) , etc. Pero no p ienso ir a n inguno de el los, po rque cada uno de esos lugares supone un largo via je de dos a cua-tro horas en autobús y otro tanto de vuel ta . N o . M e quedaré donde es toy y prepararé las conferencias que he de dar en Cre ta . (Qu ie ren que dé tres conferencias extra para unos veinte estudiantes univers i tar ios gr iegos que van a ir a Cre t a sólo para o í rme. H a r é más o menos lo mismo que en mis conferencias de N u e v a Ze landa 7 , ¡pero no tengo l istas las notas ! Tendré que volver a pre-parar las . )

Os echo de menos a todos, especia lmente al acostarme por la noche — ¡ n o tengo perro al que rascar ni dar le las buenas noches !

C o n amor , R i cha rd

PS. SI TE R E S U L T A I M P O S I B L E L E E R L O S G A -R R A P A T O S A N T E R I O R E S , N O TE P R E O C U P E S , S O N D I V A G A C I O N E S S I N I M P O R T A N C I A . ES-T O Y E N A T E N A S Y M E E N C U E N T R O BIEN.

7 Las «Elecc iones de N u e v a Ze landa» , impar t idas durante 1979, están recogidas en OED: The Strange Theory of Light and Matter (Pr in-centon Univers i t y Press, 1985).

114


M c F a d d i n Ha l l Un ive r s idad de C o r n e l l

Ithaca, N Y 19 de nov i embre de 1947 8

Quer ida f ami l i a :

Unas letras nada más antes, de sa l i r para Roches te r . Tenemos todos los miérco les un semina r io en el que a l-guien expone a lgún t ema de inves t igac ión , seminar io que de vez en cuando hacemos en con junc ión con la U n i -vers idad de Roches te r . H o y es la p r i m e r a vez en este curso en que v a m o s a ce lebrar lo al l í .

Hace un día e sp lénd ido y el v ia je deber í a ser m u y agradable . Roches te r se encuent ra al noroes te de aquí , en la r ibera de l l ago Onta r io , y v amos a a t ravesar terr i -torio semisa lva je . M e l l evarán en el coche de F e y n m a n , lo que resu l tará m u y d iver t ido si sobrev iv imos . F e y n -man es h o m b r e por el que es toy s in t i endo cada vez m a -yo r admirac ión ; es el p r ime r e j emplo que he conoc ido de una rara especie, el c ient í f ico nor t eamer i cano na t ivo . Ha desarro l l ado una vers ión par t i cu l a r de la teoría cuán -tica, de la que es op in ión genera l que se t rata de u n buen trabajo que puede resu l tar más út i l que la vers ión o r to -doxa para c iertos p rob l emas ; en genera l , está s i empre h irv iendo de ideas nuevas , la m a y o r par te de las cua les tienen más de espectacular que de út i l , y que apenas n inguna l lega m u y lejos, p o r q u e una nueva insp i rac ión la ecl ipsa. Su más va l iosa apor tac ión a la f í s ica es soste-ner la mora l ; al menos , cuando entra como un vendava l en la sala con su ú l t ima onda menta l y p rocede a expo-nerla con los más p ród i gos efectos sonoros y ges t icu la -ción de brazos , la v ida no se te hace pesada .

8 Escás cartas fue ron fac i l i tadas por F reeman D y s o n . Son la p r imera y la ú l t ima cartas que escr ib ió en las que se menc iona a R i cha rd F e y n -man. Se hace a lus ión a otras cartas en el l ib ro de D y s o n , Disturbing the Universe.

115


We i s skopf , el pr inc ipa l de los teór icos de Rochester , es también hombre interesante y capaz , pero del t ipo europeo normal . Procede de Mun ich , donde era amigo de Bethe desde sus t i empos de estudiante .

El acontec imiento de la semana pasada ha s ido una v is i ta de Peierls , qu ien ...se quedó dos semanas con los Be the antes de tomar el av ión de vuel ta a casa. . . El lunes p o r la noche, los Bethe d ieron una f iesta en su honor , a la cual fu imos inv i tados la mayo r í a de los jóvenes teó-r icos. C u a n d o l l egamos fu imos presentados a H e n r y Bet -he , que cuenta ahora cinco años de edad, pero no pare-ció nada impres ionado. De hecho, lo único que decía era, « ¡ Q u i e r o que venga D i c k ! ¡ M e dij isteis que D ick iba a ven i r ! » . F ina lmente fue necesar io enviar le a la cama, p o r q u e D ick (alias F e y n m a n ) no se mater i a l i zó .

Cosa de media hora después , F e y n m a n entró como una t romba en la sala. Tuvo el t i empo justo de decir , «S iento much í s imo l legar tan tarde . . . ¡ se me ocurr ió una br i l lante idea justo cuando ven ía ! » y sal ió d i sparado es-caleras arriba a consolar a H e n r y . La conversac ión cesó entonces al prestar todos los presentes o ído a los gozo-sos sonidos que ven ían de arr iba , que a veces tomaban la fo rma de dúo y a veces, la de una orques ta de pe rcu -s ión compuesta por un sólo mús ico . . .

M u c h o amor , Freeman

Urbana , I l l inois 9 de abri l de 1981

Q u e r i d a Sara,9

Acabo de pasar tres días marav i l losos con Dick F e y n -man , y hubiera deseado que hubieras estado aqu í para compart i r lo con nosotros . Sesenta años y una impor tan -

9 U n a amiga de la fami l i a .

116


te operac ión de cáncer no le han hecho mel l a . S igue s ien-do el m i smo F e y n m a n que conoc imos en los vie jos t i em-pos de Corne l l .

Estuv imos juntos en una pequeña r eun ión de f í s icos organ izada po r J o h n Whee l e r en la Un ive r s idad de T e -xas. Por a lguna razón , Whee l e r dec id ió ce lebrar la r eu -nión en un grotesco lugar l l amado « W o r l d of Tenn i s » , un c lub de c ampo donde v ienen a re la jarse los m i l l ona -rios té janos del pet ró leo . A s í que al l í es tábamos . T o d o s rezongábamos de los e levados prec ios y de la extrava-gante fea ldad de nues t ras hab i tac iones . M a s no hab ía n in -gún otro l uga r adonde ir — o así nos parec ía . Pero D i c k tenía ot ra op in ión : se l imi tó a decir , « A l in f i e rno con esto. N o p ienso dormi r en este l ug a r » , recog ió su ma le ta y se in ternó solo y a p ie en los bosques .

Reaparec ió po r la mañana , sin que su noche ba jo las estrellas hub ie ra empeorado su aspecto . Con f e só que no había do rm ido m u c h o , pero que hab í a va l ido la pena .

Tuv imos muchas conversac iones sobre c iencia e h i s -toria, como en los v ie jos t i empos . Pe ro ahora tenía a lgo nuevo de que hab lar , sus h i jos . D i jo , « S i empre pensé que sería un padre espec ia lmente bueno , p o r q u e no iba a tratar de empu ja r a mis h i jos en n inguna d i recc ión par -t icular. N o pensé en t ra tar de conver t i r los en c ient í f i cos o en inte lectua les si no quer í an ser lo . M e sent ir ía igua l de fe l iz con el los si dec id iesen ser camioneros o gu i t a -rristas. L a ve rdad es que inc luso m e gustar ía más que sal ieran al m u n d o e h ic ieran a lgo real en lugar de ser profesores , como y o . Pero el los s i empre encuentran la forma de darte donde due le . F í ja te si no en mi Ca r l . ¡ A h í lo t ienes, en s egundo año en el M I T , y todo cuanto quiere hacer con su v ida es conver t i r se en un condenado f i l ó so fo ! » 1 0

1 0 C o m o resul tó , F e y n m a n no iba a queda r d e f r a u d a d o : C a r l t raba ja en Th ink ing Mach ine s C o m p a n y , y su h i ja Miche l l e está e s tud i ando para hacerse fo tógra fa comerc ia l .

117


Mien t r a s esperábamos en el aeropuer to la sa l ida de nuestros aviones , D i c k sacó un bloc y un l áp iz y se puso a d ibu jar los rostros de las personas que esperaban en la sala. Los retrasó sorprendentemente bien. Le di je que lamentaba no tener ta lento para el d ibujo . El respondió, «S iempre he cre ído que t ampoco y o tengo ta lento. Pero para cosas así no hace falta ta lento .» . . .

S inceramente tuyo , F reeman

17 de Febrero de 1988 Londres , Ing laterra . 1 1

Quer ida Sra. F e y n m a n , N o nos hemos encontrado, me parece, con la f recuen-

cia suf ic iente para que n inguno de los dos h a y a pod ido arraigar en la memor i a consciente del otro . Le ruego pues pe rdone cua lqu ie r impert inencia , pero no pod ía de-jar pasar desaperc ib ida la muer te de R ichard , ni la opor-tun idad de añad i r al s u y o mi propio sent imiento de pér-dida .

D ick fue el me jo r y mi favor i to entre los diversos « t íos» que rodearon mi infancia . Durante su estancia en Corne l l fue v is i tante as iduo y s iempre b ienvenido de nuestra casa, a quien s iempre se podía sacar de la con-versación con mis padres y con otros adul tos pa ra ha-cerle der rochar atención sobre los n iños . Fue a un t iem-po gran compañero de juegos con nosotros y maest ro que inc luso entonces nos abr ió los ojos al m u n d o que nos rodea .

El favor i to entre mis recuerdos es cuando ten iendo y o ocho o nueve años me encontraba sentado entre D ick y mi madre , esperando a que el d i s t ingu ido natura l is ta Konrad Lorenz diera una char la . Estaba y o inqu ie to e

11 Esta carta fue fac i l i tada por H e n r y Bethe .

1 1 8


impaciente, como les pasa a todos los n iños cuando les mandan estarse quietec i tos en su as iento ; entonces D i c k se volv ió hacia m í y d i jo , « ¿Sab ía s que h a y el dob le de números que de n ú m e r o s ? » .

« ¡ N o , no los h a y ! » . Yo tenía una act i tud defens iva de mis conoc imientos , como todos los jóvenes .

«Sí, sí que los h a y ; te lo v o y a demos t ra r . Di un n ú m e -ro.»

« U n mi l l ón» . U n número g rande pa ra empeza r . «Dos mi l lones» . «C incuen t a y cua t ro» . Dije unos diez números más y cada v e z D i c k me can-

tó un número que era el dob le de g rande . P o r f in se h i zo la luz .

« Y a veo. Entonces también h a y tres veces más n ú m e -ros que números . »

«Demués t r a lo » , d i jo el t ío D i ck . El menc ionó un nú -mero y y o di je otro tres veces m a y o r . P r o b ó con otro . Volví a hacer lo otra vez . Y otra más .

Entonces di jo una c i fra demas i ado compl i c ada pa ra poder la mul t ip l i ca r menta lmente . «T re s veces ésa» , d i je yo .

«As í pues , ¿h a y un número más g r ande que los de-más?» preguntó .

« N o , » rep l iqué . « P o r q u e pa ra cada n ú m e r o h a y o t ro que es dos veces m a y o r , ot ro que es tres veces m a y o r . Incluso hay uno que es u n mi l lón de veces más g rande . »

«Exactamente . Y esa noc ión de c rec imiento sin l ími te , de que no hay un n ú m e r o más g r ande que todos , se l lama in f in i to» .

En ese punto l legó Lorenz , y nos ca l l amos para escu-charle a él.

C u a n d o Dick se fue de Corne l l de jé de ver le con f re -cuencia . Pero él de jó conmigo br i l l antes recuerdos , la noción de in f in i tud y nuevas fo rmas de aprender acerca del mundo . Le amé con gran afecto.

S ince ramente suyo , Henry Be the

119

Richard Feynman comenzó a ir a clase de pintura, a los 44 años, y continuò dibujando durante el resto de su •vida. Entre los bocetos aquí mostrados se cuentan retratos de modelos profesionales, de su amigo Bob Sadler, y de su hija Michelle (a la edad de 14 años). Feynman firmaba sus trabajos con el pseudónimo « O f e y » para asegurarse de que nadie sospechase quién era en realidad su autor.

121

122

Richard y Arlene en el paseo El día de su boda, marítimo de Atlantic City.

Arlene en el hospital.

125

La hora del c a f é en el Centro de Alumnos Winnett) en 1964 (CALTECH).

Gesticulando durante una conferencia del Día de los Alumnos, en 1978 (CALTECH).

126

127

Como actor en F io r e l l o , 1978, puesta en escena en Caltech

(CALTECH).

El cacique de Bali Mai en South P a c i f i c , 1982 (CALTECH).

En plena descripción de los diagramas de Feynman, 1984 (FA USTIN

BRAY).

Modulando los sonidos del «timbal loco» con Ralph Leigton, 1984 (FA USTIN BRA Y).

128

Con Michelle, de 3 años, y Carl, de 10, en Yorkshire, Inglaterra (BBC, YORKSHIRE TELEVISION).

Con su h i j o Carl el día en que ganó el Premio Nobel, 1965

(CALTECH).

129

Richard y Gweneth en sus bodas de plata, 1985 (FOTO TOMADA POR

YASUSHI OFINUK/).

130

Par te 2

E L S E Ñ O R F E Y N M A N V A A W A S H I N G T O N : I N V E S T I G A C I O N D E L

D E S A S T R E D E L T R A N S B O R D A D O R E S P A C I A L CHALLENGER

P R E L I M I N A R E S

En esta h i s to r i a v o y a m e n c i o n a r m u c h í s i m o a la N A S A * , p e r o c u a n d o d i g o « l a N A S A h i z o e s to » o « l a N A S A h i z o a q u e l l o » , n o p r e t e n d o dec i r q u e t o d a la N A S A lo h i c i e r a ; m e r e f i e r o n a d a m á s a l a p a r t e de l a N A S A q u e t u v o q u e v e r c o n e l t r a n s b o r d a d o r (o l a n z a -dera) e spac i a l .

Le r e c o r d a r é q u e el g r a n c u e r p o cen t r a l de l t r a n s b o r -dador es el t a n q u e , q u e con t i ene c o m b u s t i b l e y c o m b u -rente : en la p a r t e s u p e r i o r l l eva o x í g e n o l í q u i d o , m i e n -tras el c u e r p o p r inc ipa l c o n t i e n e h i d r ó g e n o . L o s m o t o r e s encargados de la c o m b u s t i ó n se e n c u e n t r a n en la p o p a del o r b i t a d o r , l a n a v e q u e v i a j a ha s t a el e spac io . L o s pues tos de la t r i p u l a c i ó n es tán en la p r o a de la n a v e ; t ras ellos se e n c u e n t r a la b o d e g a de c a r g a .

D u r a n t e el l a n z a m i e n t o , d o s c o h e t e s de c o m b u s t i b l e sól ido se e n c a r g a n d u r a n t e u n o s p o c o s m i n u t o s d e la

* N a t i o n a l A e r o n a u t i c s and Space A d m i n i s t r a t i o n . L a i n s t i t u c i ó n es-t adoun idense enca r g ada de l a a e r o n á u t i c a y el e spac io .

133

El Sr . F e y n m a n va a W a s h i n g t o n : ...

i m p u l s i ó n de l t r a n s b o r d a d o r , ha s t a que , ago tados , se des -p r e n d e n y caen al m a r . A l g u n o s m i n u t o s después , el tan-q u e se d e s p r e n d e del o rb i t ado r — t o d a v í a en la a t m ó s f e -ra, p e r o a u n a a l tu ra m u c h o m a y o r — y se separa de la nave , c a y e n d o de vue l t a a t i e r ra .

L o s cohetes i m p u l s o r e s de combus t i b l e só l ido cons t an de va r i a s secc iones . Pa r a m a n t e n e r de una p i e z a las d i -versas secc iones se u t i l i z an jun ta s de un ión , d e dos t ipos , a s abe r : las « j u n t a s de f áb r i c a » , q u e son p e r m a n e n t e s y se se l l an en la f áb r i c a M o r t o n T h i o k o l en U t a h ; y las « j u n t a s de c a m p o » , q u e se se l l an antes de c ada vue lo — « s o b r e el t e r r e n o » — en el C e n t r o Espac ia l K e n n e d y , en F lo r i d a .

134

P r e l i m i n a r e s

FIGURA 1. El transbordador espacial C h a l l e n g e r . El tanque de com-bustible, flanqueado por dos cohetes lanzadores de combustible sólido, está anclado al orbitador, cuyos motores principales consumen hidróge-no y oxígeno líquidos.

135

Pre l im ina re s

FIGURA 2. Ubicaciones y vistas en primer plano de las juntas de cam-po de los cohetes impulsores.

136

S U I C I D I O

C o m o s e g u r a m e n t e s abe el l ec tor , el t r a n s b o r d a d o r es-pacial Challenger s u f r i ó u n a cc iden t e el m a r t e s 28 de enero de 1986. V i p o r t e l ev i s ión c ó m o se p r o d u c í a l a exp los ión , p e r o sa lvo p o r la t r ág i c a p é r d i d a de s ie te v i -das, no pensé d e m a s i a d o en e l lo .

A u n q u e y o so l í a l ee r en los p e r i ó d i c o s las no t i c i a s so -bre las c o n t i n u a s idas y v e n i d a s de los t r a n s b o r d a d o r e s , me f a s t i d i aba u n p o c o q u e en las r ev i s t a s c i en t í f i c a s j a -más encont r a se r e f e r enc i a s a r e s u l t a d o s de los e x p e r i m e n -tos r e a l i z ados en el t r a n s b o r d a d o r , s u p u e s t a m e n t e tan impor tan tes . P o r ese m o t i v o n o le e s t aba p r e s t a n d o m u -cha a tenc ión al a s u n t o .

Pues b ien , a los p o c o s d ías de l a cc iden te r ec ib í u n a l l amada t e l e fón i ca de W i l l i a m G r a h a m , d i r e c to r de la N A S A , ¡ p i d i é n d o m e q u e f o r m a s e p a r t e de la c o m i s i ó n inves t i gadora q u e deb í a e s t ab l ece r q u é h a b í a f a l l ado en el t r a n s b o r d a d o r ! El D r . G r a h a m d i j o q u e h a b í a s i do a l umno m í o en C a l t e c h * , y q u e d e s p u é s h a b í a t r a b a j a d o

* Ins t i tu to T e c n o l ó g i c o de C a l i f o r n i a .

137

El Sr . F e y n m a n v a a W a s h i n g t o n : ...

en las H u g h e s A i r c r a f t C o m p a n y , d o n d e y o h a b í a es tado d a n d o curs i l los los m ié r co l e s p o r la t a rde .

Y o segu í a todav í a s in estar s egu ro de l t o d o de qu ién se t r a t aba .

C u a n d o le o í dec i r q u e la i nves t i g ac ión se de sa r ro l l a r í a en W a s h i n g t o n , mi r eacc ión i n m e d i a t a fue , ¿ c ó m o p o d r é l i b r a rme de es to?

L o consu l t é con va r io s am igos , c o m o A l H i b b s y D i c k Dav i e s , p e r o todos m e exp l i c a ron que la i nve s t i g ac ión del acc iden te de l Challenger era de la m a y o r i m p o r t a n c i a pa ra el país y q u e y o deber í a pa r t i c ipa r en e l la .

M i ú l t ima o p o r t u n i d a d era convence r a m i e sposa de que y o ten ía r a z ó n . « M i r a » , le d i je , « c u a l q u i e r a p o d r í a hace r lo . P u e d e n encon t r a r a o t r o » .

« N o » , d i jo G w e n e t h . «S i no lo haces tú, h a b r á doce pe r sonas , en g r u p o , y e n d o todas junt i t a s de u n s i t io a o t ro . Pe ro si ent ras en la c o m i s i ó n , hab rá once p e r s o n a s — t o d a s en g r u p o , d a n d o vue l t a s de u n s i t io a otro—-mien t r a s el d u o d é c i m o me t e las na r i ce s p o r t o d a s pa r te s , i n specc ionando toda c lase de cosas raras . P r o b a b l e m e n t e no habrá nada , p e r o si h a y a l go q u e encon t r a r , tú lo harás» . Y añadió . « N o h a y nadie que haga eso c o m o tú . »

C o m o s o y m u y i n m o d e s t o , l a cre í . B u e n o , u n a cosa es d e s cub r i r q u é fa l ló en el t r a n s b o r -

dador . Pe ro la s i gu i en te ser ía ave r i gua r q u é i b a a pasa r con la o r g a n i z a c i ó n de la N A S A . Se p l an t ean en tonce s p r egun t a s c o m o , « ¿ D e b e m o s c o n t i n u a r con el s i s t ema de t r an sbo rdadore s , o será p re f e r ib l e u t i l i z a r cohe te s s in re -t o r n o ? » . Y de spué s v i enen p r e g u n t a s más g raves t o d a v í a : « E n el p u n t o en q u e nos encon t r amos , ¿ a d o n d e p o d e -m o s i r ? » . « ¿ Q u é f u t u r a s me t a s h e m o s de f i j a r n o s en el c a m p o e spac i a l ? » . M e daba pe r f ec t a cuen ta de q u e una comi s ión q u e c o m e n z a s e po r t r a ta r de ave r i gua r q u é le suced ió a la l a n z a d e r a p o d í a acaba r conve r t i d a en u n a comi s ión q u e t r a t a se de dec id i r sobre cues t iones de p o -l í t ica nac iona l ¡ y e t e rn i z a r s e !

Esa pos ib i l i d ad m e i nqu i e t aba sob r emane r a . D e c i d í q u e abandona r í a al c abo de seis meses , pasase lo q u e pasase .

138

Su i c id io

Pero re so lv í t a m b i é n q u e m i e n t r a s e s tuv i e r a inves t i -gando el a cc iden te no m e iba a o c u p a r de n a d a m á s . Tenía en t re m a n o s a l g u n o s p r o b l e m a s de f í s i c a con los que es taba j u g a n d o . Ten í a en C a l t e c h u n a c lase de i n -formát i ca q u e y o i m p a r t í a con o t ro p r o f e s o r ( q u i e n se ofrec ió p a r a enca rga r s e t o t a l m e n t e de l cu r so ) . Es t aba la compañ í a T h i n k i n g M a c h i n e s de B o s t o n , p a r a la q u e y o iba a ac tua r de consu l to r . ( E s p e r a r e m o s , d i j e ron ) . T a m -bién la f í s i c a t end r í a q u e e spe ra r .

Para en tonce s y a e ra d o m i n g o . L e d i j e a G w e n e t h , « V o y a s u i c i d a r m e d u r a n t e seis m e s e s » , y a lcé el t e l é fono .

139

LOS F R I O S H E C H O S

C u a n d o l l a m é a G r a h a m p a r a acep ta r , és te aún n o sa -bía e x a c t amen t e q u é i b a a hace r la c o m i s i ó n , n i q u i é n la iba a p r e s i d i r , y n i s i qu i e r a , si y o se r í a a d m i t i d o en el la.( ¡ A ú n h a b í a e s p e r a n z a ! )

Pe ro al d í a s i gu i en t e , l unes , r ec ib í u n a l l a m a d a t e l e fó -nica a las c u a t r o de la t a r d e : « S r . F e y n m a n , ha s i do u s t e d aceptado p a r a la c o m i s i ó n » . . . que p a r a en tonce s e ra u n a « c o m i s i ó n p r e s i d e n c i a l » , e n c a b e z a d a p o r W i l l i a m P . R o -gers .

M e a c o r d a b a de l Sr . R o g e r s . M e h a b í a d a d o a l go d e l ás t ima en sus t i e m p o s de Sec re t a r io de Es t ado , p o r q u e me pa r e c í a q u e el P r e s i d e n t e N i x o n se e s t aba s i r v i e n d o cada v e z m á s de su conse jo de s e g u r i d a d nac iona l (K i s -s inger ) , ha s t a el p u n t o de q u e el S ec r e t a r io de E s t a d o en rea l idad n o e s t aba f u n c i o n a n d o p a r a n a d a .

En c u a l q u i e r caso , l a p r i m e r a r e u n i ó n ser í a el m i é r c o -les. M e f i g u r é q u e n o h a b r í a n a d a q u e hace r el m a r t e s (pod ía vo l a r ha s t a W a s h i n g t o n el m a r t e s p o r la n o c h e ) , por l o q u e t e l e foneé a A l H i b b s y le p e d í q u e m e busc a s e

141


a l gunas pe r sona s de l J P L * b ien i n f o r m a d a s sob re el p r o -y e c t o de l t r a n s b o r d a d o r , p a r a q u e m e pus i e r an al co r r i en -te.

El mar t e s p o r la m a ñ a n a sa l í z u m b a n d o al J P L , con la c a lde r a a toda p r e s ión , l i s to pa ra a r r anca r . M i a m i g o A l m e hace s en t a rme , y una ser ie de i ngen i e ros v a n v i -n i e n d o u n o t ras o t ro , y m e exp l i can las d ive r sas par tes de l t r a n s b o r d a d o r . N o sé c ó m o les era pos ib l e , p e r o del t r a n s b o r d a d o r lo s ab í an ab so lu t amen t e todo . M e in fo r -m a r o n c o n c i e n z u d a e in t ensamente , a g r an ve loc idad . Los h o m b r e s del J P L ( J e t P r o p u l s i o n L a b o r a t o r y , L a b o r a t o -r io d e P r o p u l s i ó n a C h o r r o ) t en í an el m i s m o en tu s i a smo q u e y o . F u e a l go apa s ionan t e de v e rdad .

FIGURA 3. Así comienzan las notas tomadas por Feynman durante la sesión informal del Laboratorio de Propulsión a Chorro.

* El l abo ra to r io de P r o p u l s i ó n a C h o r r o ( J e t P ropu l s i on L a b o r a t o r y ) de la N A S A , q u e está a d m i n i s t r a d o po r C a l t e c h .

142

L o s f r ío s h e c h o s

A h o r a , al m i r a r m i s notas , m e d o y cuen t a de lo m u y ráp ida y p r o n t a m e n t e q u e m e p u s i e r o n sob re la p i s t a d e dónde busca r en el p r o b l e m a de l t r a n s b o r d a d o r . L a p r i -mera l ínea de m i s no t a s d ice . « I n h i b i t b u r n i n g . L i n e r . » ( « Inh ib i c ión q u e m a d o . R e v e s t i m i e n t o » . P a r a ev i t a r q u e el p rope l en te q u e m e y a t rav iese la p a r e d me t á l i c a de c ada cohete i m p u l s o r e s se u s aba un r eve s t im i en to , q u e n o es-taba a c tuando c o r r e c t a m e n t e . ) L a s e g u n d a l ínea de m i s notas d i ce « O - r i n g s s h o w s c o r c h i n g in c lev is c h e c k » (An i l los tó r i cos m u e s t r a n c h a m u s c a d o s en el p u n t o de c o m p r o b a c i ó n de l ing le te ) . Se h a b í a o b s e r v a d o en o c a -siones q u e gases ca l i entes q u e m a b a n y se a b r í a n p a s o a través de los an i l los tó r i cos de h e r m e t i c i d a d de las j u n t a s de c ampo de los cohe te s i m p u l s o r e s .

143

El Sr . F e y n m a n v a a W a s h i n g t o n :

En la m i s m a l ínea d ice , « Z n C r 0 4 m a k e s bubb l e s . » ( L a mas i l l a de c r o m a t o de z inc , u t i l i z ada c o m o re l leno a i s l an te tras los an i l los tór icos , h ace bu rbu j a s , q u e pue -den ag randar se r á p i d a m e n t e c u a n d o el gas ca l i ente se in-f i l t r a a su t ravés , e ro s ionando los an i l los tó r i cos . )

FIGURA 5. Fotografía de la formación de burbujas en la masilla de cro-mato de cinc, que pueden ocasionar la erosión de los retenes tóricos.

L o s ingen i e ros m e exp l i c a ron en cuán to c a m b i a n las p re -s iones en el i n t e r io r de lo s cohe te s i m p u l s o r e s du ran te el vue lo , cuá l es la c o m p o s i c i ó n de l p rope l en t e , c ó m o se r e a l i z a el m o l d e a d o y cocc ión de l p rope l en t e a d i s t in tas t e m p e r a t u r a s , los porcen ta j e s de am i an to , p o l í m e r o s y u n c iento de cosas m á s de l r eve s t im i en to ; toda c lase de o t r a s cues t iones . M e i n f o r m a r o n de los e m p u j e s y fue r -za s q u e expe r imen t an los mo to r e s , los más de m a y o r r e l a c ión potenc ia/peso j amás cons t ru idos . L o s moto re s p l a n t e a b a n m u c h a s d i f i cu l t ades , e spec i a lmente , g r i e tas en los á labes de las tu rb ina s . Los i ngen i e ro s m e exp l i c a ron q u e a l gunos de qu i enes t r aba j an en los m o t o r e s man te -n í an s i empre los dedos c r u z a d o s en cada vue lo , y que en el ins tante m i s m o de hace r exp los ión la l anzade r a , e s t aban s egu ro s de que hab í an s ido los mo to r e s .

Si los i ngen i e ros no sab ían a l g u n a cosa , dec í an a lgo así c o m o , « A h , p e r o L i f e r sabe de q u é va e so ; h a g á m o s l e ve-n i r » . Entonces A l l l a m a b a a L i f e r , q u e se p r e s en t aba in-m e d i a t a m e n t e . Re su l t a r í a impos ib l e tener u n a d o c u m e n -tac ión me jo r .

144

L o s f r í o s h e c h o s

N o fue u n a ses ión breve . F u e muy i n t ensa , m u y r áp i -da, m u y c o m p l e t a . Es la ú n i c a f o r m a q u e c o n o z c o de absorber r á p i d a m e n t e i n f o r m a c i ó n t écn ica . N o cons i s t e en queda r s e a l l í s e n t a d o m i e n t r a s e l los te e x p o n e n lo q u e piensan q u e ser í a i n t e r e s an t e ; al revés , u n o hace u n m o n -tón de p r e g u n t a s , ob t i ene r e spues t a s i n m e d i a t a s , y r áp i -damente c o m i e n z a a hace r s e u n a c o m p o s i c i ó n de l u g a r ; aprende q u é t i ene q u e p r e g u n t a r p a r a q u e le den el s i -guiente e l emen to de i n f o r m a c i ó n q u e neces i t a . A q u e l d í a me h i c i e ron u n a p u e s t a a p u n t o de t o d o s los d i a b l o s y y o absorb í aque l l a i n f o r m a c i ó n c o m o u n a e spon j a .

Esa n o c h e t o m é el « O j e r a s » * a W a s h i n g t o n , a d o n d e l legué a p r i m e r a h o r a de l m i é r c o l e s . ( N o he vue l to j a m á s a tomar el « O j e r a s » . ¡ H e a p r e n d i d o la l e c c i ó n ! )

M e ins ta l é en un hos t a l l l a m a d o H o l i d a y Inn , en el centro de W a s h i n g t o n , y t o m é u n taxi p a r a q u e m e l l e -vase a la p r i m e r a r e u n i ó n de la c o m i s i ó n .

« ¿ A d o n d e ? » , m e d ice el c o n d u c t o r . T o d o c u a n t o t engo es u n p e d a z o de pape l . « A l 1415

de la C a l l e 8 a » . A r r a n c a m o s . S o y n u e v o en W a s h i n g t o n . A q u í t e n e m o s

el C a p i t o l i o ; al l í , el m o n u m e n t o a W a s h i n g t o n ; t o d o lo impor t an te p a r e c e es tar m u y cerca . P e r o el tax i s i gue y s igue, i n t e r n á n d o s e m á s y m á s en t e r r i t o r io c ada vez p e o r . Los ed i f i c io s son más p e q u e ñ o s ; a l g u n o s p a r e c e n i n c l u so un p o q u i t o d e s c u i d a d o s . P o r f i n l l e g a m o s a la C a l l e 8a, y c o n f o r m e a v a n z a m o s p o r e l la , los ed i f i c io s e m p i e z a n a desapa rece r c o m p l e t a m e n t e . A l c abo , e n c o n t r a m o s la d i recc ión . . . p o r i n t e r p o l a c i ó n . ¡Es un so l a r v ac ío , en t r e dos ed i f i c i o s !

T e n g o y a p l e n a c o n c i e n c i a de q u e a q u e l l o es u n d i s -

* El « o j e r a s » ( « r e d — e y e » ) es u n p u e n t e a é r eo q u e sa le de la C o s t a Occ identa l de Es t ados U n i d o s a eso de l a s 11 de la n o c h e y l l ega a la Cos ta O r i e n t a l hac i a las 7 de l a m a ñ a n a , t ras c i n c o h o r a s d e vue lo , c a m b i a n d o tres veces de z o n a ho r a r i a .

145

El Sr . F e y n m a n va a W a s h i n g t o n : . . .

para te . N o sé q u é hacer , p o r q u e todo cuan to t engo es este p e d a z o de pape l y n o sé a d ó n d e ir .

L e d igo al t ax i s ta , « L a r eun ión a la q u e m e d i r i j o t iene a lgo q u e ve r con la N A S A . ¿ P u e d e n l l e v a rme a la N A S A ? »

« C l a r o » , r e sponde . « Y a sabe d ó n d e está , ¿ v e r d a d ? ¡ Ju s -to en f r en t e de d o n d e le r e cog í ! »

Era v e rdad . A la N A S A p o d í a h a b e r ido a n d a n d o des -de la H o l i d a y I n n : ¡ e s taba jus to al o t ro l ado de la ca l l e ! Ent ro , r ebaso al gua rd i a que hace p l a n t ó n en la ve r j a y e m p i e z o a da r vue l t a s po r al l í .

C o n s i g o da r con el despacho de G r a h a m y p r e g u n t o si h a y u n a r e u n i ó n sobre el t r a n s b o r d a d o r espac i a l .

«S í , y o sé d ó n d e e s » , r e sponde a l gu i en . « L e a c o m p a -ñaré a l l í . »

M e c o n d u c e n has ta u n a sala , y en efecto , a l l í se está c e l eb r ando u n a gran r eun ión . H a y focos y c á m a r a s de te lev i s ión a l lá al f o n d o ; la sa la está rep le ta , l l ena a re -venta r , y a d u r a s pena s cons i go t r a spasa r la p u e r t a . P i en -so, «Es t e s i t io n o t i ene más q u e u n a en t r ada . ¿ C ó m o d i ab los v o y a ba j a r desde d o n d e e s toy has ta l a p r e s i d e n -c i a ? »

Entonces en t r eo i go una s pa l ab ra s — v i e n e n de t an le-jos q u e apena s si en t i endo lo que se ha d i c h o — ¡pe ro desde l u e g o es o t ro t e m a !

A s í q u e v u e l v o al despacho de G r a h a m y m e e n c u e n -tro con su sec re ta r i a . Esta hace una s cuantas l l a m a d a s y ave r i gua d ó n d e está r eun ida la comi s ión . « Y o t a m p o c o lo sé » , le está d i c i endo a la pe r sona q u e es tá al ot ro ex t r emo de h i lo . « ¡ A n d a a vue l t a s po r ah í y se ha co l ado en el d e s p a c h o ! »

La r e u n i ó n ten ía l uga r en el g ab ine te j u r í d i c o de l Sr. R o g e r s , en el 1415 de la Ca l l e H. M i pape l dec í a 1415 C a l l e 8a . * ( M e hab í an dado la d i r ecc ión p o r t e l é fono . )

* L a c o n f u s i ó n se exp l i ca por la h o m o f o n í a en ing lés d e la pa l ab r a 8th (8o ) y de l n o m b r e de la le t ra H . (N. del T.)

146

L o s f r íos h e c h o s

L l e gué p o r f i n a la o f i c i n a de l Sr . R o g e r s — h a b í a s i do y o el ú n i c o en r e t r a s a r s e— y el Sr . R o g e r s m e p r e s e n t ó a los d e m á s m i e m b r o s de la c o m i s i ó n . A p a r t e de l Sr . Roge r s , de l ú n i c o de q u i e n y o h a b í a o í d o h a b l a r e ra N e i l A r m s t r o n g , el p r i m e r h o m b r e q u e f u e a l a L u n a , q u e ac tuaba de v i c ep re s iden t e . ( T a m b i é n e s t aba en la c o m i -s ión Sa l l y R i d e , p e r o n o ca í en la c u e n t a de q u i é n e ra hasta m á s t a r d e * ) . Se ha l l aba a s i m i s m o u n p e r s o n a j e de u n i f o r m e , m u y b i en p a r e c i d o , un ta l G e n e r a l K u t y n a (p ronúnc i e s e a l a e spaño l a ) . T e n í a u n a spec to f o r m i d a b l e reves t ido de t o d o s sus a r reos , m i e n t r a s los d e m á s l l e vá -bamos t ra j e s c iv i l es cor r i en te s .

Esta p r i m e r a r e u n i ó n era en r e a l i d ad u n a t o m a de c o n -tacto i n f o r m a l . L o cua l m e m o l e s t ó u n p o c o , p o r q u e y o venía t enso c o m o u n m u e l l e a c au s a de m i ses ión de l d í a an te r ior en el L a b o r a t o r i o de P r o p u l s i ó n a C h o r r o .

El Sr . R o g e r s s í a n u n c i ó a l g u n a s cosas , s in e m b a r g o . De la o r d e n e j ecu t iva q u e d e f i n í a n u e s t r o t r aba jo , l e y ó :

Se rán f u n c i o n e s de la C o m i s i ó n : 1. R e v i s a r l a s c i r cuns t anc i a s q u e r o d e a r o n el a c c i d en t e

y e s tab lecer l a c ausa o causa s p r o b a b l e s de l m i s m o ; y 2. E l a b o r a r r e c o m e n d a c i o n e s co r r ec t i v a s o de o t r a es-

pecie , f u n d a d a s en los h a l l a z g o s y d e t e r m i n a c i o n e s de la C o m i s i ó n .

El Sr . R o g e r s añad ió q u e n u e s t r o s t r aba jo s h a b r í a n de conc lu i r en el p l a z o de 120 d ías .

L o cua l f u e u n a l i v io : el a l c ance d e nue s t r a c o m i s i ó n se l im i t a r í a a l a i nve s t i g a c ión de l a cc iden t e , ¡ y n u e s t r o t r aba jo p o d r í a es tar c o n c l u i d o antes de h a b e r m e s u i c i d a -do de l t o d o !

El Sr . R o g e r s nos p r e g u n t ó c u á n t o de n u e s t r o t i e m p o p o d r í a m o s d e d i c a r a l a c o m i s i ó n . A l g u n o s d e su s m i e m -bros eran p e r s o n a s y a j ub i l ad a s , y cas i t odos h a b í a n r e o r -g an i z ado y a su s c o m p r o m i s o s . P o r m i pa r t e , m a n i f e s t é , « ¡ E s t o y l i s to p a r a t r aba j a r al 100 p o r c i en to , y e m p e z a r ahora m i s m o ! » .

* Sa l l y R i d e f u e l a p r i m e r a m u j e r n o r t e a m e r i c a n a q u e v i a jó al e spac io .

147


El Sr. R o g e r s p r e g u n t ó , « ¿ Q u i é n se va a enca rg a r de la r edacc ión de l i n f o r m e ? » .

U n tal Sr . H o t z , que hab í a s ido ed i to r de la revis ta Aviation Week se o f r ec ió vo lun t a r i o p a r a esa t a rea .

Después , el Sr . R o g e r s t ra tó o t ro p u n t o . « H e pasado m u c h o t i e m p o en W a s h i n g t o n » , d i jo , « y es p r e c i so que les d i ga u n a cosa : h a g a m o s lo q u e h a g a m o s , s i e m p r e ha-b r á f i l t r ac iones a la p rensa . L o m á s q u e p o d e m o s hacer es t r a ta r de m i n i m i z a r l a s . El t r a t am i en to i d ó n e o de las f i l t r ac iones cons i s t e en ce l ebra r ses iones p ú b l i c a s . Ten -d r e m o s ses iones a p u e r t a ce r rada , c o m o es obv io , pero si d e s c u b r i m o s a l go impor t an t e , t e n d r e m o s i nmed i a t a -m e n t e una ses ión ab ier ta , con el f in de q u e el púb l i co sepa en todo m o m e n t o lo q u e está p a s a n d o . »

El Sr . R o g e r s p ro s i gu ió , « P a r a in i c i a r lo an tes pos ib le nues t r a s r e l ac iones con la p rensa , nues t r a p r i m e r a reu-n i ó n of ic ia l t end r á ca rác te r p ú b l i c o . N o s r e u n i r e m o s ma -ñ a n a , a las 10 de la m a ñ a n a . »

M i e n t r a s s a l í amos de aque l p r i m e r encuen t ro , o í dec i r al Genera l K u t y n a , « ¿ D ó n d e es tá la e s t ac ión de M e t r o m á s p r ó x i m a ? » .

M e di je p a r a m i s adent ros , « C o n este t ipo v o y a hacer buena s m iga s . I rá ve s t ido de lo q u e sea, pe ro p o r dent ro es u n t ipo l ega l . N o es la c lase de genera l q u e ex ige un coche pa r t i cu l a r y chófe r ; se vue lve al P e n t á g o n o en M e -t r o » . M e c a y ó b i en ensegu ida , y a lo l a rgo de lo s t raba jos de la comi s ión de scubr í q u e en este caso m i j u i c io hab ía s ido exce lente .

A la m a ñ a n a s igu iente , v i n o a r e coge rme u n a l imus ina . A l g u i e n hab í a d i spues to q u e a c u d i é r a m o s en l i m u s i n a a nue s t r a p r i m e r a ses ión of i c i a l . O c u p é el a s i en to de lante -ro , j u n t o al c o n d u c t o r .

D e c am ino , el chófe r me d ice , « S e g ú n en t i endo , en esa c o m i s i ó n h a y u n m o n t ó n de pe r sonas i m p o r t a n t e s . . . »

« P u e s sí, m e pa rece q u e s í . . . » « E s que , ve rá , s o y co lecc ion i s t a de a u t ó g r a f o s » , me

d i c e . » ¿ P o d r í a u s t ed h a c e r m e u n f a v o r ? » « N a t u r a l m e n t e » , contes to .

148


Y a e s t o y e c h a n d o m a n o a la p l u m a c u a n d o m e d ice , « C u a n d o l l e g u e m o s , ¿ q u e r r í a i n d i c a r m e q u i é n es N e i l A r m s t r o n g , p a r a p o d e r p e d i r l e su a u t ó g r a f o ? » .

A n t e s de c o m e n z a r la s e s ión p r e s t a m o s j u r a m e n t o . L a gente se a r r e m o l i n a b a a n u e s t r o a l r e d e d o r ; u n a s ec re t a r i a nos fac i l i tó d i s t in t i vos con nues t r a f o t o g r a f í a , q u e n o s permi t i r í an m o v e r n o s l i b r e m e n t e p o r la N A S A . H u b o que f i r m a r i m p r e s o s y f o r m u l a r i o s , d o n d e u n o se m a n i -f iesta c o n f o r m e con es to o con lo o t r o p a r a p o d e r c o b r a r dietas y gas tos , y así s u c e s i v a m e n t e .

Despué s de habe r j u r a d o m e encon t r é con Bi l l G r a -ham. L e r e conoc í , r e c o r d á n d o l e c o m o p e r s o n a a g r a d a b l e .

Esta p r i m e r a se s ión p ú b l i c a iba a e s t a r d e d i c a d a a la i n fo rmac ión genera l y a p r e s e n t a c i ó n de lo s hechos , a cargo de p e c e s g o r d o s de la N A S A : el Sr . M o o r e , el Sr . A ld r i ch , el Sr . L o v i n g o o d , y o t ros . N o s h a b í a n a c o m o -dado en g r ande s s i l lones de cue ro , en u n e s t r ado , y t e -n í amos focos y c á m a r a s de t e l ev i s ión e n f o c á n d o n o s en cuanto n o s r a s c á b a m o s la n a r i z .

M e tocó s e n t a r m e j u n t o al G e n e r a l K u t y n a . J u s t o an -tes de e m p e z a r la ses ión , se inc l ina hac i a m í y m e d i ce , « C o p i l o t o a p i l o t o : pásese u n p e i n e . »

Y o r e s p o n d o , « P i l o t o a c o p i l o t o : ¿ p u e d e p r e s t a r m e el s u y o ? »

L o p r i m e r o q u e t u v i m o s q u e a p r e n d e r f u e la l o c u r a de s ig l as y a c r ó n i m o s q u e la N A S A u t i l i z a p a r a t o d o : « M C S » son los m o t o r e s de c o m b u s t i b l e só l i do , q u e son la pa r t e p r i nc ip a l de los L C S , l a n z a d o r e s - c o h e t e só l i -dos. L o s M P T E son los m o t o r e s p r i n c ip a l e s de l t r an s -bo rdador e spac i a l ; q u e m a n L H ( h i d r ó g e n o l í q u i d o ) q u e están a l m a c e n a d o s en el « T E » , t a n q u e ex t e rno . T o d o va por s ig las .

Y no só lo las pa r t e s p r i n c i p a l e s : p r á c t i c a m e n t e t o d a s las v á l vu l a s t i enen su a c r ó n i m o , p o r lo q u e n o s d i j e ron , «Les p r o p o r c i o n a r e m o s u n d i c c i o n a r i o de a c r ó n i m o s ; l a ve rdad es q u e son m u y s enc i l l o s » . Senc i l l o s lo son , s in duda , p e r o el d i c c iona r i o es u n l i b ro t e g r a n d e , g o r d o , donde u n o t i ene que consu l t a r cosas c o m o T B O A P ( t u r -

149


b o b o m b a de o x í g e n o a alta p r e s i ón ) y T B C A P ( tu rbo-b o m b a de c o m b u s t i b l e a a l ta p re s ión ) .

T u v i m o s después q u e i n fo rma rnos sobre el s i s t ema de «ba l i ne s » , q u e son c i r cu l i tos neg ros u t i l i z ados c o m o dis-t in t ivos de las f rases r e sumen . N u e s t r o s l ib ros de ins-t rucc iones y las t r ansparenc i a s q u e nos p r o y e c t a b a n es-taban l l enos de aque l lo s c o n d e n a d o s ba l ines .

FIGURA 6. Un e j e m p l o de «balines».

Se daba la c i r cuns t anc i a de que , e x c ep tuados los Srs. R o g e r s y A c h e s o n , q u e eran jur i s tas y el Sra . H o t z , que era ed i to r , todos los d e m á s p o s e í a m o s t i tu l ac ión c ient í -f i ca : el Genera l K u t y n a era g r a d u a d o de l M I T ; los Srs. A r m s t r o n g , C o v e r t , R u m m e l y Su t t e r e ran todos el los ingen i e ros ae ronáu t i cos , m ien t r a s que la Sr . R i d e , el Sr. W a l k e r , el Sr . W h e e l o n y y o é r amos f í s i cos . C a s i todos p a r e c í amos habe r r e a l i z ado c ier to t r aba jo p r e l i m i n a r po r cuen ta p rop i a . N o p a r á b a m o s de hacer p r e g u n t a s m u c h o

150


más técnicas de lo q u e a l g u n o s de a q u e l l o s p e c e s g o r d o s estaban en c o n d i c i o n e s de r e s p o n d e r .

C u a n d o a l g u n o de e l los n o p o d í a r e s p o n d e r , el S r . Rogers l e t r a n q u i l i z a b a , a s e g u r á n d o l e q u e n o s o t r o s nos hac í amos c a r g o de q u e n o e s p e r a b a n p r e g u n t a s t an de -ta l ladas y q u e n o s c o n f o r m á r a m o s , al m e n o s p o r el m o -mento , con la s e m p i t e r n a r e spues t a , « L e s f a c i l i t a r e m o s esa i n f o r m a c i ó n m á s a d e l a n t e » .

La l ecc ión p r i n c i p a l q u e ex t r a j e d e aque l l a s e s ión es lo m u y ine f i c i en t e q u e es u n a i n d a g a c i ó n p ú b l i c a : l a g en t e se pasa cas i t o d o el t i e m p o h a c i e n d o p r e g u n t a s c u y a r e s -pues ta u n o c o n o c e y a — o en las q u e n o es tá i n t e r e s a -do— y u n o se a ton t a t an to q u e l u e g o apena s p r e s t a o í d o cuando se t r a t an p u n t o s i m p o r t a n t e s .

¡ Q u é con t r a s t e con el J P L , d o n d e tan r á p i d a m e n t e m e hab ían l l e n a d o de i n f o r m a c i ó n de t o d a c l a s e ! El m i é r c o -les t e n e m o s u n a «¡puesta en c o m ú n » en el d e s p a c h o de l Sr. R o g e r s — l o q u e n o s o c u p a dos h o r a s — y d e s p u é s t enemos el r e s to de l d í a p a r a h a c e r ¿ q u é ? N a d a . ¿ Y esa noche? N a d a . Y al d ía s i gu i en t e t e n e m o s la s e s ión p ú -bl ica — « V o l v e r e m o s con u s t ede s s o b r e e l l o »— lo q u e hace u n tota l de ¡ n a d a ! A u n q u e pa r e c í a c o m o si t o d o s los d ías e s t u v i é r a m o s h a c i e n d o a l go a l l í en W a s h i n g t o n , en r ea l i dad lo ú n i c o q u e h a c í a m o s era p a s a r n o s las h o r a s sentados acá y a l lá , s in apena s h a c e r n a d a .

A q u e l l a n o c h e m e d io a l go q u e h a c e r : p u s e p o r e s c r i to la c lase de p r e g u n t a s q u e m e p a r e c í a d e b e r í a m o s f o r m u -lar d u r a n t e n u e s t r a i nve s t i g a c ión , y lo s t e m a s q u e d e b e -r í amos e s tud i a r . M i p l an cons i s t í a en a v e r i g u a r q u é d e -seaban hace r los res tantes m i e m b r o s de la c o m i s i ó n , p a r a que p u d i é r a m o s d i v i d i rnos el t r a b a j o y a r r a n c a r .

T u v i m o s la p r i m e r a se s ión a u t é n t i c a al d í a s i gu i en t e , v iernes . P a r a en tonce s d i s p o n í a m o s de u n d e s p a c h o — n o s r e u n í a m o s en el a n t i g u o ed i f i c i o de o f i c i n a s de l E j e c u t i -v o — e i n c l u so t e n í a m o s u n a d m i n i s t r a t i v o p a r a t r a n s c r i -b i r cada u n a de las p a l ab r a s q u e p r o n u n c i á r a m o s .

El Sr . R o g e r s se r e t r a só p o r a l g ú n m o t i v o , p o r lo q u e

151


m i e n t r a s le e spe r ábamos , el Gene r a l K u t y n a o f r ec ió ex-p l i c a rnos cuá l es la t écn ica de inves t i g ac ión de acc iden-tes. N o s pa rec ió u n a buena idea , p o r lo que se pu so en p ie y nos expuso c ó m o hab í a p r o c e d i d o la F u e r z a Aé rea en la inves t i gac ión de u n cohete T i t án n o t r i p u l a d o que h a b í a f a l l ado .

V i con p lacer q u e el s i s tema q u e él n o s desc r ib í a (qué p r e g u n t a s hab í a q u e r e sponder , c ó m o p rocede r p a r a ha-l lar las r e spues ta s ) era m u y s im i l a r al que y o hab í a es-b o z a d o la noche anter ior , sa lvo en que era m u c h o más m e t ó d i c o q u e el i m a g i n a d o p o r mí . El Genera l K u t y n a nos p r ev ino que a veces la c ausa pa rece obv ia , pe ro al inves t i ga r más c u i d a d o s a m e n t e es prec i so c amb i a r de opi-n ión . En el caso de l T i t án ten ían m u y pocas p i s tas y c a m b i a r o n de op in ión tres veces a lo l a rgo de la inves t i -gac ión .

A q u e l l o me a n i m ó m u c h í s i m o . Esa es la c lase de in-ves t i gac ión que qu i e ro hacer , y m e i m a g i n o que pode-m o s e m p e z a r i nmed i a t amen t e . T o d o lo que fa l t a es de-c id i r de q u é t a rea se enca rga rá c ada cua l .

Pe ro el Sr . R o g e r s , que l l egó a m i t a d de la expos ic ión de l Genera l K u t y n a , d ice , «S í , su inves t i gac ión f u e un gran éx i to , Genera l , pe ro en este caso no p o d r e m o s ut i -l i za r sus mé todos , p o r q u e no p o d e m o s d i spone r de tanta i n f o r m a c i ó n c o m o la que us ted t u v o . »

Es pos ib l e que el Sr . R o g e r s , q u e carece de f o r m a c i ó n técn ica , no se perca te de lo m a n i f i e s t a m e n t e f a l so de su a f i r m a c i ó n . El T i t án , por ser un cohete no t r i pu l ado , no se ace rcaba ni de le jos al n ú m e r o de e l emen tos de ver i -f i c ac ión y cont ro l del t r a n s b o r d a d o r . D i s p o n í a m o s de imágene s de te lev i s ión que m o s t r a b a n c ó m o sa l ía una l l a m a po r el cos t ado de u n o de los cohetes i m p u l s o r e s va r ios s egundos antes de la e xp lo s ión ; en c amb io , todo c u a n t o se p o d í a ve r en las fo tog ra f í a s de l T i t án p re sen -tadas po r el Genera l K u t y n a era u n p u n t o i n f o r m e en el c ie lo — a p e n a s u n f o g o n a z o pequeñ i to , d i m i n u t o — y aún así p u d o sacar consecuenc i a s út i l es de aque l lo .

El Sr . R o g e r s nos dice, « H e e fec tuado lo s a r reg los

152


necesar ios p a r a q u e v a y a m o s a F l o r i d a el p r ó x i m o j u e -ves. Los f u n c i o n a r i o s de la N A S A n o s i n s t r u i r án a l l í y nos l l evarán a v i s i t a r las i n s t a l a c iones de l C e n t r o E s p a -cial K e n n e d y . »

M e t rae a l a m e n t e la i m a g e n de la z a r i n a q u e v i s i t a un pueb lo en el « A c o r a z a d o P o t e m k i n » : t odo está a r r e -g lado de a n t e m a n o . N o s m o s t r a r á n los cohe t e s y c ó m o son e n s a m b l a d o s . Esa no es la f o r m a de a v e r i g u a r c ó m o son las cosas , de verdad.

Entonces el Sr . A r m s t r o n g dec l a r a , « N o p o d e m o s es-perar e f ec tua r u n a i nve s t i g a c ión t écn i ca c o m o la r e a l i z a -da po r el G e n e r a l K u t y n a » . L o cua l m e e n f a d ó m u c h í -s imo, p o r q u e las ún i c a s cosas q u e y o p o d í a i m a g i n a r m e hac iendo e r an técn icas . N o s ab í a e x a c t a m e n t e lo q u e A r m s t r o n g q u e r í a dec i r : ta l v e z e s tuv i e r a d i c i e n d o q u e todo el t r aba jo t écn i co de l a b o r a t o r i o se r í a l l evado a c a b o por la N A S A .

C o m e n c é a suge r i r cosas q u e y o p o d r í a hace r . Es tando y o a m i t a d de m i l i s ta , en t r a u n a s ec r e t a r i a

con una ca r t a , p a r a q u e el Sr . R o g e r s la f i r m e . En el inter ín , c u a n d o acabo de c a l l a r m e y e s t o y e s p e r a n d o p a r a

vo lver a e m p e z a r , d i ve r sos o t ro s m i e m b r o s de l a c o m i -sión se o f r e c e n p a r a t r aba j a r c o n m i g o . E n t o n c e s e l Sr . Rogers v u e l v e a l evan t a r l a v i s t a p a r a p r o s e g u i r c o n la sesión, p e r o le da la p a l a b r a a o t r a p e r s o n a — c o m o si es tuv iera d i s t r a í do y h u b i e r a o l v i d a d o q u e h e s i do i n t e -r r u m p i d o . A s í q u e t e n g o q u e p a r t i r n u e v a m e n t e de c e r o ; pero c u a n d o e m p i e z o a e x p o n e r m i p u n t o de v i s ta , se p roduce u n n u e v o « a c c i d e n t e » .

¡ D e hecho , el Sr . R o g e r s p u s o f in a l a r e u n i ó n c u a n d o y o es taba a m e d i o c a m i n o ! V o l v i ó a e x p r e s a r su p r e o -cupac ión de q u e q u i z á n o l l e g á s e m o s n u n c a a a v e r i g u a r qué fue e x a c t a m e n t e lo q u e le o c u r r i ó al t r a n s b o r d a d o r .

A q u e l l o era s u m a m e n t e d e s c o r a z o n a d o r . R e s u l t a d i f í -cil de c o m p r e n d e r ahora , p o r q u é la N A S A se h a t o m a d o más de d o s años pa ra v o l v e r a enca r r i l a r el t r a n s b o r d a -dor . Pe ro en a q u e l m o m e n t o , pensé q u e se r í a cue s t i ón de días .

153


M e d i r i g í al Sr . R o g e r s y d i je , « V a m o s a ir a F lo r i d a el j u eve s q u e v i ene . L o cua l s i gn i f i c a q u e n o t e n e m o s nada q u e hace r d u r a n t e cinco días. ¿ Q u é es lo q u e h e de hace r d u r a n t e esos c inco d ías?

« B u e n o , ¿ q u é hub i e r a hecho us ted , de n o h a b e r es tado en la c o m i s i ó n ? » .

« I b a a ir a B o s t o n c o m o asesor de u n a empre s a , pero cance lé m i c o m p r o m i s o pa ra p o d e r t r aba j a r en es to al 100 p o r c i en to . »

« B i e n , ¿ y p o r q u é no se va a B o s t o n estos c inco d í a s ? » N o p u d e a guan t a r aque l lo . Pensé , « ¡ Y a e s toy m u e r t o !

T o d o este m a l d i t o invento no f u n c i o n a c o m o es deb i -d o » . V o l v í al ho te l h u n d i d o en la m i se r i a .

En tonces m e acordé de Bi l l G r a h a m , y le t e l e foneé . . « O y e , B i l l » , le d i je . « T ú m e met i s t e en es to ; aho r a t ienes q u e s a l v a rme . E s t o y c o m p l e t a m e n t e d e s m o r a l i z a d o ; no a g u a n t o m á s . »

M e d ice , « ¿ Q u é es lo que p a s a ? » « ¡ Q u e q u i e r o hacer a l go ! ¡ Q u i e r o ir p o r ah í y hab l a r

con u n o s c u a n t o s i n g e n i e r o s ! » « ¡ P u e s c l a r o ! » , m e d ice . « ¿ P o r q u é n o ? T e o r g a n i z a r é

un v ia je . P u e d e s ir a d o n d e q u i e r a s : p u e d e s i r al C e n t r o J o h n s o n , o al M a r s h a l l , o al K e n n e d y . . . »

Pensé q u e no deb í a ir al K e n n e d y , p u e s pa r ece r í a c o m o si qu i s i e r a a d e l a n t a r m e pa ra p i sa r l e s el t e r r eno a los o t ros . S a l l y R i d e t r aba j aba en el J o h n s o n y se h a b í a o f r ec ido pa r a c o l a b o r a r c o n m i g o , por lo q u e d i je , « I r é a J o h n s o n . »

« M a g n í f i c o , » m e dice . «Se lo d i ré a D a v i d A c h e s o n . Es a m i g o p e r s o n a l de R o g e r s y t amb i én m í o . E s t o y se-gu ro de q u e t o d o i rá sobre rueda s . »

M e d i a ho r a de spués , A c h e s o n m e t e l e fonea : « A m í me ha p a r e c i d o u n a g ran i d e a » , m e dice , « y así se lo he h e c h o s abe r al Sr . R o g e r s , p e r o él d ice q u e n o . Senc i l l a -men t e , n o sé p o r q u é no p u e d o convence r l e . »

Ent r e t an to , G r a h a m pensó en u n a so luc ión d e c o m -p r o m i s o : y o pe rmanece r í a en W a s h i n g t o n y él h a r í a ve-n i r a gen te a su despacho , que es taba de l o t ro l a d o de la ca l le , f r en t e a m i hote l . Y o d i s p o n d r í a de la c lase de

154


i n fo rmac ión q u e de s e aba s in t ene r q u e ir c o r r i e n d o de un l ado p a r a o t ro .

Entonces m e l l a m a el Sr . R o g e r s : es c o n t r a r i o al c o m -p romi so i d e a d o p o r G r a h a m . « N o s v a m o s t o d o s a F l o -r ida el j u eve s p r ó x i m o » , m e d ice .

Le r e s p o n d o , «S i la i dea es q u e nos s e n t e m o s y nos den char l as , en m i caso eso n o f u n c i o n a r á . P u e d o t r a b a -jar m u c h o m á s e f i c a z m e n t e h a b l a n d o d i r e c t a m e n t e con los i ngen i e ro s . »

«Es p r ec i so q u e a c t u e m o s m e t ó d i c a y o r d e n a d a m e n t e » . « ¡ H e m o s c e l e b r a d o y a va r i a s ses iones , p e r o t o d a v í a n o

se nos ha a s i g n a d o t a rea a l g u n a ! » . R o g e r s m e d ice , « V a m o s a ve r , ¿ q u i e r e u s t e d q u e m o -

leste a los r e s t an te s m i e m b r o s y c o n v o q u e p a r a el l u n e s una r e u n i ó n espec ia l , c o n el f i n de q u e p o d a m o s h a c e r esa d i s t r i b u c i ó n ? » .

« ¡ P u e s s í ! » . Y o m e i m a g i n a b a q u e n u e s t r a t a r ea e ra trabajar,) as í q u e n a d i e t en í a q u e m o l e s t a r s e p o r eso . ¿ C o m p r e n d e m i p u n t o de v i s t a ?

A s í q u e c a m b i a de t e rc io , n a t u r a l m e n t e . M e d ice , « E n -t i endo q u e n o es tá u s t ed a g u s t o en el ho t e l d o n d e se encuent ra . P e r m í t a m e a lo j a r l e en u n b u e n h o t e l . »

« N o , m u c h a s g rac i a s . T o d o es tá p e r f e c t a m e n t e b i en en mi ho t e l . »

V u e l v e a l a c a r g a m u y p r o n t o , p o r lo q u e le d i go , « S r . Roge r s , n o e s t o y p r e o c u p a d o p o r m i c o m o d i d a d p e r s o -nal . E s t o y t r a t a n d o de p o n e r m e a t r aba j a r . ¡ Q u i e r o hacer a l go ! »

P o r f in , R o g e r s d i ce q u e es tá b i en , q u e p u e d o c r u z a r la ca l le y h a b l a r con la g en t e d e la N A S A .

M á s t a rde , G r a h a m t r a tó de e x p l i c á r m e l o . « I m a g í n a t e que a t í , q u e e res de f o r m a c i ó n t écn ica , te a s i g n a r a n el papel de p r e s i d e n t e de u n a c o m i s i ó n e n c a r g a d a de es tu-diar u n c i e r to p r o b l e m a j u r í d i c o . T u c o m i s i ó n se c o m -pone f u n d a m e n t a l m e n t e de ju r i s t a s , y u n o de e l los n o para de dec i r , « P u e d o t r aba j a r m á s e f i c a z m e n t e si h a b l o d i r e c t amen te con o t ros j u r i s t a s » . Y o i m a g i n o q u e antes de de j a r q u e n a d i e sa l i e ra d i s p a r a d o a i nve s t i g a r p o r su

155


cuenta que r r í a s o r i en ta r t e y s abe r po r d ó n d e te andas . » M u c h o más ade l an te me d i cuen t a de q u e el Sr . Roge r s

t en ía m o n t o n e s de p rob l emas q u e a t ender . P o r e j emplo , cada e l emento de i n fo rmac ión q u e r e c ib i é r amos t en í a que ser r eg i s t r ado y pue s to a d i spos i c ión de los res tantes m i e m b r o s de la comis ión , po r lo q u e era p r ec i so esta-b lecer una b ib l io teca centra l . Esa c lase de cosas l l eva t i em-p o .

El s ábado p o r la m a ñ a n a m e fu i a la N A S A . G r a h a m h i z o ven i r a u n a ser ie de pe r sona s pa ra q u e m e exp l i ca -sen todo lo r e fe ren te al t r a n s b o r d a d o r . A u n q u e a l tos car-gos de la N A S A , todos aque l los h o m b r e s e ran de for -m a c i ó n técnica .

El p r i m e r o m e con tó todo ace rca de los cohe t e s im-pu l so re s de c o m b u s t i b l e só l ido — e l p rope l en t e , el mo-tor , todo de t odo , m e n o s de los c ie r res h e rmé t i co s . «El expe r to en h e r m e t i c i d a d estará a q u í a p r i m e r a h o r a de la t a rde . »

El s igu iente m e exp l i có todo lo re fe rente al m o t o r . El f u n c i o n a m i e n t o bás i co era más o m e n o s obv io , p e r o des-p u é s es taban t o d a c lase de cont ro le s , los s u m i n i s t r o s y acar reos a t ravés de tuber ías , c a l en t am ien to de es to y de lo o t ro , m i en t r a s el h i d rógeno a a l ta p res ión i m p u l s a una p e q u e ñ a hé l ice q u e hace g i ra r o t r a cosa , la cua l b o m b e a ox í geno a t ravés de u n a vá lvu l a de s a l i da— cosas de ese es t i lo .

Era in te resante , y m e esforcé al m á x i m o p o r c o m p r e n -der lo , pe ro al c abo de u n ra to le d i je , «Es to es lo más q u e v o y a ap r ende r , por ahora , sob re el m o t o r . »

« P e r o los m o t o r e s presentan m u c h o s p r o b l e m a s , de los q u e us ted debe r í a tener i n f o r m a c i ó n » , m e d ice .

Pe ro y o m e h a b í a emba l ado t ras la p i s ta de l cohete impu l so r , po r lo q u e di je , « T e n d r é q u e de ja r de l ado los m o t o r e s pa ra l u e g o , cuando tenga m á s t i e m p o » .

L l egó en tonces o t ro exper to a h a b l a r m e de l o rb i t ador . M e h i z o s en t i rme fata l , p o r q u e le hab í a h e c h o ven i r a v e r m e en s ábado y no parec í a q u e el o r b i t a d o r hub i e r a t en ido arte n i pa r t e en el acc idente . Y a t en ía p o r en ton-

156


ces bas tan tes d i f i cu l t ade s pa ra en t ende r el r e s to de l t r ans -bo rdador — e l c e r eb ro s o l a m e n t e p u e d e r e t ene r u n a c i e r -ta can t idad d e i n f o r m a c i ó n p o r c e n t í m e t r o c ú b i c o — p o r lo que le de j é c o n t a r m e u n p o c o de su e spec i a l i d ad , p e r o p ron to t u v e q u e confe s a r l e q u e los de t a l l e s m e e s t aban d e s b o r d a n d o , p o r lo q u e n o s l i m i t a m o s a so s t ene r u n a agradab le c o n v e r s a c i ó n .

Por la t a rde l l egó el e xpe r to en c i e r res h e r m é t i c o s — s e l l amaba W e e k s — y m e p r o p o r c i o n ó lo q u e r e su l tó se r ampl i ac ión de l « c u r s i l l o » del J P L , con m á s de ta l l e s t o d a -vía .

Se u t i l i z a b a n mas i l l a s y o t r a s cosas , p e r o la d e f i n i t i v a he rme t i c i d ad de l c i e r re e s t aba e n c o m e n d a d a a dos an i l l o s de g o m a , l l a m a d o s r e t enes tó r i cos , q u e t i enen a p r o x i m a -damente u n o s seis m i l í m e t r o s de d i á m e t r o y es tán a lo j a -dos en u n c í r cu lo d e 366 c m . de d i á m e t r o , lo q u e d a n un c o n t o r n o de m á s de o n c e m e t r o s .

En el d i s eño in ic i a l de lo s r e t enes tó r i co s q u e h i z o la c o m p a ñ í a M o r t o n T h i o k o l , se e spe r aba q u e la p r e s i ó n del p r o p e l e n t e al q u e m a r s e p r o v o c a r í a el a p l a s t a m i e n t o de estos an i l lo s . P e r o c o m o l a s j u n t u r a s de los d i s t i n to s cuerpos s o n m á s f ue r t e s q u e las p a r e d e s ( p u e s son t res veces m á s g ruesa s ) , l a p a r e d se a b o m b a hac i a a fue r a , h a -c iendo q u e la j u n t u r a se ab ra u n p o c o — l o ba s t an t e c o m o para q u e el r e t én tó r i co se sa lga de la z o n a de c i e r r e . El Sr. W e e k s m e d i jo q u e este f e n ó m e n o e r a c o n o c i d o p o r « ro t ac ión de la j u n t u r a » , y f u e d e s c u b i e r t o m u y p r o n t o , antes i nc lu so de hace r v o l a r el t r a n s b o r d a d o r p o r p r i m e -ra vez .

A u n q u e las p i e z a s de g o m a de las j u n t u r a s se l l amen ani l los o r e t enes tó r i cos , no se u t i l i z a n c o m o los r e t enes de c ie r re n o r m a l e s . En c i r cuns t anc i a s o r d i n a r i a s , c o m o los r e t enes p a r a i m p e d i r q u e se s a l ga el ace i te en lo s au tomóv i l e s , l a p i e z a s son de s l i z an t e s o son e jes en r o -tación, p e r o las h o l g u r a s p e r m a n e c e n cons t an t e s . La j u n -ta tó r i ca p e r m a n e c e en su l u g a r en p o s i c i ó n f i j a .

Pe ro en el caso de l t r a n s b o r d a d o r , la h o l g u r a se incre-menta al a u m e n t a r la p r e s i ó n en el cohe t e . Y pa r a m a n -

157


\ t ener la e s t anque idad , la g o m a de l re tén t i ene q u e expan-d i r se ràpidamente p a r a t apona r el h u e c o — y d u r a n t e un l a n z a m i e n t o , el h u e c o se ab re en u n f r a cc ión de s e g u n d o .

FIGURA 7. La rotación de las juntas es debida a la presión interior en el cohete, que empuja las paredes y las abomba hacia el exterior. Se abre una rendija en las juntas y f l u y e gas caliente hacia el exterior, erosio-nando uno o ambos retenes tóricos.

A s í pues , la c apac idad de r e cupe r a c ión de la g o m a pa só a se r u n aspec to m u y esencia l de t odo el d i s eño .

C u a n d o los ingen i e ros de T h i o k o l e m p e z a r o n a des -cub r i r estos p r o b l e m a s se d i r i g i e ron a la P a r k e r Seal C o m p a n y , f ab r i c an te de la g o m a , a ped i r a s e so r am i en to . L a P a r k e r Seal C o m p a n y d i jo a T h i o k o l q u e los re tenes

158


tór icos no es t aban d i s e ñ a d o s p a r a ser u t i l i z a d o s d e ese modo , po r lo q u e n o p o d í a n a se sora r l e s .

A u n q u e se sab ía casi de sde el p r i n c i p i o q u e la j u n t a no estaba f u n c i o n a n d o c o m o se h a b í a p r o y e c t a d o , T h i o -

kol s i gu ió l u c h a n d o con el d i spos i t i vo . H i c i e r o n c i e r to número de m e j o r a s i m p r o v i s a d a s . U n a de e l las f u e c a l z a r las j un tu r a s c o n s u p l e m e n t o s , p a r a a u m e n t a r su r i g i d e z , pero la j u n t u r a s egu í a s u f r i e n d o fuga s . El Sr . W e e k s m e mos t ró f o t o g r a f í a s de f u g a s t o m a d a s en v u e l o s an t e r io r e s —lo que los i ngen i e ro s l l a m a b a n « b l o w b y » , un e n n e g r e -c imiento l o c a l i z a d o t ras el c ie r re tó r i co , q u e s eña l aba el lugar p o r d o n d e se f u g a b a n gases ca l i entes , y lo q u e e l los l l amaban « e r o s i ó n » , q u e e ran los l u g a r e s d o n d e el c i e r re tór ico se h a b í a q u e m a d o u n p o q u i t o . R e v i s a m o s la h i s -toria c o m p l e t a de los c ie r res ha s t a el v u e l o , el 5 1 — L .

Qu i s e s a b e r : « ¿ D ó n d e se d ice q u e el p r o b l e m a f u e ana l i zado a l g u n a vez , q u é ta l h a i do e v o l u c i o n a n d o , o si se ha hecho a l gún o t ro p r o g r e s o ? » .

El p r o b l e m a t an só lo f i g u r a b a en las « r e v i s i o n e s de p repa rac ión p a r a el v u e l o » . ¡ E n t r e v u e l o y v u e l o el p r o -b lema n o se m e n c i o n a b a !

E c h a m o s u n v i s t a zo al r e s u m e n del i n f o r m e . T o d o c l a -s i f icado p o r ba l ines , c o m o de c o s t u m b r e . L a l ínea s u p e -r ior d i ce :

* La ca r enc i a de u n b u e n c i e r re s e c u n d a r i o en la u n i ó n de c ampo es s u m a m e n t e c r í t i c a ; d e b e n i n c o r p o r a r s e lo antes po s ib l e m é t o d o s p a r a r e d u c i r l a r o t a c i ón de la j u n -ta, pa ra d i s m i n u i r la c r i t i c a l i d ad .

Y después , cas i al p i e de la p á g i n a , d i c e : * El aná l i s i s de los da tos ex i s t en tes i n d i c a q u e r e su l t a

seguro c o n t i n u a r v o l a n d o c o n el d i s eño ex i s t en te a c o n -dic ión d e q u e se c o m p r u e b e la inex i s t enc i a de f u g a s en todas las j u n t a s al ser some t i d a s a u n a e s t ab i l i z a c ión de 200 ps ig . . .

A q u e l l a c o n t r a d i c c i ó n m e de jó p e r p l e j o : «S i es " s u m a -mente c r í t i co" , ¿ c ó m o p o d r í a " r e su l t a r s e g u r o c o n t i n u a r v o l a n d o " ? ¿ A q u é l óg i c a o b e d e c e e s to ? »

El Sr . W e e k s d ice , « ¡ S í , y a e n t i e n d o lo q u e q u i e r e

159

E l S r . F e y n m a n v a a W a s h i n g t o n : ...

dec i r ! B u e n o , v e a m o s : aqu í d ice «E l aná l i s i s de lo s datos ex i s tentes . . . »

F u i m o s r epa s ando el i n f o r m e y e n c o n t r a m o s el anál i -sis. Era a l gún t ipo de m o d e l o c o m p u t e r i z a d o f u n d a d o en d iversas h ipótes i s no nece s a r i amen t e cor rec ta s . Y a se sabe cuál es el pe l i g ro de usa r o r d e n a d o r e s . Se l lama G I G O (ga rbage in , g a rbage ou t ) , esto es, js i m e t e s ba-su ra sacas b a s u r a ! El aná l i s i s conc lu í a q u e u n a fugu i t a impred i c ib l e acá y a l lá p o d í a se r to l e rab le a ú n cuando n o fo rma r a pa r t e del d i seño o r i g ina l .

Si todos l o s c ierres h u b i e r a n m o s t r a d o f u g a s , inc luso a la N A S A le hub i e r a r e su l t ado obv i a la s e r i edad del p r o b l e m a . P e r o so l amente m o s t r a b a n fuga s a l guna s de las jun tas en a l gunos de los vue los , n a d a más . A s í que la N A S A a d o p t ó una ac t i tud s u m a m e n t e p e c u l i a r : si a pe sa r de q u e u n o de los c i e r res t iene a lgo de f u g a el vue lo resu l ta u n éx i to , es q u e el p r o b l e m a n o es tan ser io . P r u e b e a j u g a r a la ru l e t a rusa de l m o d o s igu iente : c o m o u n o h a ap re t ado el ga t i l lo sin q u e se d i spa re el t i ro , s in d u d a r e su l t a s eguro vo l v e r a apre t a r lo . . .

El Sr . W e e k s d i jo q u e h a b í a el r u m o r de q u e la his-tor i a de los p r o b l e m a s de las j u n t a s estaba s i endo f i l t r ado a la p rensa . Eso le mo l e s t aba u n poco , p o r q u e daba la i m p r e s i ó n de q u e la N A S A es tuv ie ra t r a t ando de m a n -tener las cosas en secre to .

Y o le expresé q u e m e encon t r aba de l t odo sat i s fecho de las pe r sona s q u e G r a h a m h a b í a env i ado a h a b l a r con-m i g o , y que dado que y a hab í a o í do hab l a r de los p ro-b l emas de las j un t a s en el J P L , q u e la cosa n o era tan g ran not ic i a .

A l d ía s igu iente , d o m i n g o , B i l l G r a h a m m e l l evó con su f ami l i a al M u s e o N a c i o n a l de A e r o n á u t i c a y de l Es-pac io . T o m a m o s j un tos el d e s a y u n o , m u y t e m p r a n o , y de spués c r u z a m o s la ca l le h a s t a el m u s e o .

Espe r aba e n c o n t r a r m e a l l í con u n a m u l t i t u d de gente , p e r o me hab í a o l v idado de q u e Bi l l G r a h a m era u n pez m u y gordo . D i s p u s i m o s d u r a n t e u n ra to de l l u g a r entero p a r a noso t ro s so los .

160


FIGURA 9. Dos ejemplos de erosión de retenes tóricos. Tal erosión se producía impredictiblemente a lo largo de unos 5 a 8 cm del retén, cuyo perímetro es de más de 10 metros.

1 6 1


V i m o s al l í a Sa l l y R ide . Se encon t r aba expues t a en una v i t r ina , ves t ida con tra je de a s t ronauta , so s t en i endo el casco y todo el resto del equ ipo . El m o d e l o en cera era exac t amente igua l q u e el la .

162

L o s f r íos hechos

En el m u s e o hab í a un c ine espec ia l d o n d e se p a s a b a una pe l í cu l a sob re la N A S A y sus l og ro s . L a pe l í cu l a era marav i l losa . N o hab í a y o c a í d o en la c u e n t a de l e n o r m e n ú m e r o de p e r s o n a s q u e t r a b a j a b a n en el t r a n s b o r d a d o r espacial , de l e n o r m e e s f u e r z o q u e h a b í a s u p u e s t o su cons -t rucc ión. Y y a se sabe c ó m o son las p e l í cu l a s : p u e d e n hacer las e m o c i o n a n t e s . T a n e m o c i o n a n t e e ra q u e cas i m e h izo l lo ra r . P u d e ve r q u e el a c c iden t e h a b í a s u p u e s t o u n golpe t r e m e n d o . Pensa r q u e t an t a gen t e h a b í a e s t ado t r a -ba jando tan d u r a m e n t e pa r a q u e t o d o f u n c i o n a s e — y entonces falla—- m e dec id ió m á s todav í a a a y u d a r a en-mendar los p r o b l e m a s de l t r a n s b o r d a d o r lo m á s r á p i d a -mente pos ib l e , pa ra q u e todas aque l l a s p e r s o n a s v o l v i e -ran a r e a n u d a r la m a r c h a . D e s p u é s de ve r esta p e l í c u l a cambié m u c h o de a c t i t ud y pa sé de es t a r m e d i o an-t i — N A S A a u n a m u y v i g o r o s a a c t i t ud a su f a v o r .

A q u e l l a t a rde r ec ib í u n a l l a m a d a t e l e fón i c a de l g ene r a l Ku t yna .

« ¿ P r o f e s o r F e y n m a n ? » , d ice . « T e n g o pa r a u s t e d n o t i -cias u rgen te s . ¡ A h , e spere un i n s t a n t e ! » .

O i g o al f o n d o m ú s i c a de t i po b a n d a m i l i t a r . La m ú s i c a cesa , y el g ene ra l K u t y n a d ice , « D i s c u l p e

usted, profesor. . E s t o y en u n conc i e r to de la B a n d a de las F u e r z a s A é r e a s y a c aban de toca r el h i m n o n a c i o n a l . »

Pod í a i m a g i n á r m e l o de u n i f o r m e , p l a n t a d o en p o s i c i ó n de f i rmes m i e n t r a s l a b a n d a toca « B a r r a s y e s t r e l l a s » , s a l udando con u n a m a n o y s o s t e n i e n d o el t e l é f o n o con la otra . « ¿ Q u é not i c i a s son ésas , g e n e r a l ? »

«B ien , en p r i m e r l u g a r , R o g e r s m e d i jo q u e le d i j e r a que no vo lv i e r a us t ed a la N A S A . »

N o le p re s t é a eso n i n g u n a a t enc ión , p o r q u e y a h a b í a ido a la N A S A el d ía an t e r io r .

K u t y n a p ro s i gu ió , « L a o t r a cosa es q u e v a m o s a t ene r mañana u n a r e u n i ó n espec ia l p a r a i n f o r m a r n o s s o b r e u n a persona c u y a h i s to r i a ha s ido p u b l i c a d a h o y en el New York Times.»

M e re í p a r a m i s a d e n t r o s : ¡ í b a m o s a t ene r r e u n i ó n especial el l unes , d e spué s de t o d o !

163


En tonces m e d ice , « E s t a b a t r aba j ando esta m a ñ a n a en el c a r b u r a d o r de m i coche y es taba p e n s a n d o : el t rans-b o r d a d o r de spegó c u a n d o la t e m p e r a t u r a era de 2 ó 3 g r ados ba jo cero . A n t e s d e eso , la t e m p e r a t u r a m á s ba ja h a b í a s ido de u n o s 12 g r ados . U s t e d es p r o f e s o r de f í s i -ca. «¿Cuál es, señor, el e f e c t o del f r í o sobre los retenes tóricos?»

« B u e n o » , d i je . « L o s p o n d r á r í g idos . Sí, de sde l u e g o ! » . Eso era t odo lo q u e t en ía q u e dec i rme . Era u n a pista

p o r la que l u e g o se m e a t r i b u y ó m u c h o mér i to , p e r o la obse rvac ión hab í a s ido s u y a . A u n p ro f e so r de f í s i c a teó-r i ca h a y q u e dec i r l e d ó n d e t i ene q u e m i r a r . ¡E l se l imi ta a u t i l i z a r sus conoc im i en to s p a r a exp l icar las obse rvac io -nes de los e x p e r i m e n t a d o r e s !

El lunes p o r la m a ñ a n a , el genera l K u t y n a y y o nos a ce r c amos a la o f i c ina de G r a h a m y le p r e g u n t a m o s qué i n f o r m a c i ó n ten ía sobre e fec tos de la t e m p e r a t u r a en las j u n t a s tór icas . N o la ten ía a m a n o , pe ro d i jo q u e nos la p r o p o r c i o n a r í a lo más p r o n t o pos ib le .

G r a h a m sí ten ía , empe ro , a l gunas fo tog r a f í a s in te re -san tes q u e m o s t r a r n o s . En e l las se ve í a u n a l l a m a que c rec í a desde el cohe te i m p u l s o r de combus t i b l e só l i do de la de r echa u n o s s egundos antes de la exp lo s ión . R e s u l -t aba d i f í c i l dec i r de d ó n d e sa l ía exac t amen te la l l ama . P e r o j u s t amen te al l í , en la o f i c ina , hab í a u n m o d e l o del t r a n s b o r d a d o r . C o l o q u é el m o d e l o en el sue lo y m e des-p l a cé a su a l r ededor has ta q u e tuvo exac t amen te e l m i s -m o aspecto q u e en la fo to , lo m i s m o en t a m a ñ o q u e en o r i en t a c ión .

M e f i j é en q u e en c ada u n o de los cohetes i m p u l s o r e s h a y u n agu j e r i to , l l a m a d o por t i l l o de ve r i f i c a c ión de fu -gas , p o r el que se i n y e c t a gas a p re s ión p a r a ve r i f i c a r si h a y fuga s . Se ha l l a entre los dos re tenes tór i cos , p o r lo q u e si el c i e r re no es h e r m é t i c o y el p r i m e r o de estos an i l lo s fa l la , el gas se e scapar í a p o r el por t i l l o , con efec-tos ca t a s t ró f i cos . Se encon t r aba a p r o x i m a d a m e n t e donde la l l ama . D e s d e luego , segu ía s i endo cues t ión de si la l l a m a es taba sa l i endo de l por t i l l o de ve r i f i c a c ión o si una

164

L o s f r ío s hechos

l lama m a y o r , de la q u e n o s o t r o s s o l a m e n t e v e í a m o s la punta , sa l í a de o t ro p u n t o m á s a l e j ado y l am í a a l r e d e d o r .

A q u e l l a t a rde m a n t u v i m o s nues t r a r e u n i ó n de e m e r -gencia a p u e r t a c e r r ada pa r a e s cucha r al p e r s o n a j e c u y a histor ia hab í a p u b l i c a d o el New York Times. Su n o m b r e era Sr . C o o k . Se e n c o n t r a b a en el d e p a r t a m e n t o de p r e -supues tos de la N A S A c u a n d o se le p i d ió q u e i n d a g a s e la pos ib le ex i s t enc i a de p r o b l e m a s de h e r m e t i c i d a d en las juntas y e s t imase el cos to necesa r io p a r a e n m e n d a r l o s .

A l hab l a r con los i ngen i e ros d e s c u b r i ó q u e la h e r m e -t ic idad de los c i e r res hab í a s i do un g r an p r o b l e m a de sde hacía m u c h o . I n f o r m ó en c o n s e c u e n c i a q u e s o l u c i o n a r l o costar ía t an to y t an to — u n m o n t ó n de d ine ro . D e s d e el punto de v is ta de la p r e n s a y de a l g u n o s de los c o m i -s ionados , la h i s to r i a de l Sr . C o o k pa r ec í a u n a g r an r e -ve lac ión, c o m o si la N A S A n o s e s tuv i e r a e s c a m o t e a n d o el p r o b l e m a de las j un t a s .

Tuve q u e sopo r t a r t odo aque l g r an e i nnece s a r io r e -vuelo, p r e g u n t á n d o m e si c ada v e z q u e la p r e n s a p u b l i -case un a r t í cu lo h a b r í a m o s de ce l eb ra r u n a r e u n i ó n ex -t raord inar i a . ¡ D e esa f o r m a no l l e g a r í a m o s a n a d a !

Pero m á s ta rde , d u r a n t e esa m i s m a r e u n i ó n , o c u r r i e -ron va r i a s cosas m u y in t e re san te s . P r i m e r o , v i m o s f o t o -graf ías q u e m o s t r a b a n b o c a n a d a s de h u m o q u e sa l í an d e una u n i ó n de c a m p o , j u s t a m e n t e de spué s de la i gn i c ión , antes i nc lu so de q u e el t r a n s b o r d a d o r sa l i e r a de la t o r r e de de spegue . El h u m o p r o c e d í a de l m i s m o l u g a r — p o -s ib lemente , el po r t i l l o de v e r i f i c a c i ón de f u g a s — d o n d e después apa r ec ió la l l ama . Y a no hab í a m u c h a s d u d a s , vaya . T o d a s las p i e z a s iban enca j ando .

O c u r r i ó e n t o n c e s a l g o c o m p l e t a m e n t e i n e s p e r a d o . U n o de los i ngen i e ros de T h i o k o l C o m p a n y , un ta l Sr . M a c D o n a l d , que r í a d e c i r n o s a l go . H a b í a v e n i d o a la r eu -nión po r in i c i a t iva p rop i a , s in ser i nv i t ado . El Sr . M a c -Dona ld i n f o r m ó q u e los i ngen i e ro s de T h i o k o l h ab í an l legado a la c o n c l u s i ó n de q u e las ba j a s t e m p e r a t u r a s tenían q u e ve r con el p r o b l e m a de las j u n t a s , y q u e e s -taban m u y , m u y p r e o c u p a d o s al r e spec to . E n la n o c h e

165


anter ior al l a n z a m i e n t o , d u r a n t e la r ev i s ión gene ra l p r e -via, d i j e ron a la N A S A q u e el t r a n s b o r d a d o r n o d e b e r í a volar si la t e m p e r a t u r a b a j a b a de 12°C — l a t e m p e r a t u r a m ín ima de la v e z a n t e r i o r — y. aque l l a m a ñ a n a e ra de 3°C bajo cero .

El Sr. M a c D o n a l d d i jo q u e la N A S A se q u e d ó « p a s -mada» ante tal d ec l a r a c ión . El p r e s i d e n t e de a q u e l l a r e u -nión, u n tal Sr. M u l l o y , adu jo q u e l a s p r u e b a s p r e s e n t a -das e ran « i n c o m p l e t a s » — l o s f e n ó m e n o s de e ros ión y « b l o w b y » se hab í an p r o d u c i d o t a m b i é n en v u e l o s a t e m -pera turas de más de 12 g r a d o s — por lo q u e T h i o k o l deber ía r e c o n s i d e r a r su opos i c ión al v u e l o .

FIGURA 12. Progresión de una llama, emanada probablemente de la zona del portillo de verificación de fugas (Foto NASA).

167

El Sr. F e y n m a n va a W a s h i n g t o n : ...

T h i o k o l d io ma r cha atrás , p e r o M a c D o n a l d se negó a el lo, d ic i endo , «Si a lgo va a ma l en este vue lo , no me gus ta r í a tener una comi s ión de inves t igac ión y confesar que y o eché ade lan te y les d i je q u e ade lante , q u e h ic ieran vo l a r el ch i sme aque l , que es taba en cond ic iones de hacer-lo . »

A q u e l l o re su l t aba tan a s o m b r o s o que el Sr . Rogers t uvo que p regun t a r , « ¿ L e he en t end ido cor rec t amente ? ¿ H a d icho us t ed que . . . , » y r ep i t ió toda la h i s to r i a . Y el Sr . M a c D o n a l d r e sponde , « A s í es, s eñor . »

T o d a la comi s ión q u e d ó desconce r t ada , p o r q u e era la

FIGURA 13. Un portillo de verificación incorrectamente sellado podría originar una fuga por donde las llamas queman, al pasar, el retén tórico primario.

168

L o s f r íos h e c h o s

pr imera v e z q u e o í a m o s esta h i s t o r i a : n o só lo f a l l a b a n las juntas , s i n o q u e p o d í a h a b e r t a m b i é n f a l lo s en la d i -rección de la empre s a .

El Sr. R o g e r s dec id ió q u e d e b e r í a m o s ve r i f i c a r c u i d a -dosamente la d e c l a r a c i ón de l Sr . M a c D o n a l d , y a v e r i g u a r más deta l les antes de da r l a a c o n o c e r al p ú b l i c o . E m p e r o , con el f i n de m a n t e n e r i n f o r m a d o al p ú b l i c o , c e l eb r a r í a -mos al d ía s i gu i en te , ma r t e s , u n a r e u n i ó n a p u e r t a ab i e r -ta, en la cua l p r e s t a r í a t e s t i m o n i o el Sr . C o o k .

Pensé , « E s t o v a a ser c o m o u n a a c t u a c i ó n : r e p e t i r e m o s mañana las m i s m a s cosas q u e d i j i m o s h o y , y n o a p r e n -deremos n a d a n u e v o . »

M i e n t r a s s a l í amos , l l egó B i l l G r a h a m con u n r i m e r o de pape les p a r a mí .

« ¡ C a r a y ! ¡E so es r a p i d e z ! » , d i je y o . « ¡ S i só lo fue esta mañana c u a n d o te ped í la i n f o r m a c i ó n ! » . G r a h a m c o o -peró s i e m p r e con m u c h a d i l i g enc i a .

El p ape l q u e v i ene de lo a l to d ice , «E l p r o f e s o r F e y n -man, de la C o m i s i ó n P re s idenc i a l , q u i e r e c o n o c e r q u é efectos t i ene la t e m p e r a t u r a sob re la c apac i d ad y t i e m p o de r e c u p e r a c i ó n de los r e t enes tó r i co s . . . » —se t r a t a de un o f i c io d i r i g i d o a un s u b o r d i n a d o . —

Bajo de este o f i c io h a y o t r o : «E l p r o f e s o r F e y n m a n , de la C o m i s i ó n P re s idenc i a l , q u i e r e c o n o c e r . . . » de a q u e l s u b o r d i n a d o a su s u b o r d i n a d o , y as í a lo l a r g o de t o d a la l ínea .

Hay u n pape l con u n o s n ú m e r o s p r e p a r a d o s p o r el pobre d e s g r a c i a d o q u e es tá en lo m á s ba jo , y d e s p u é s otra se r i e de no ta s de d o c u m e n t o s de r e m i s i ó n q u e ex -p l i can q u e la r e spues t a está s i endo e n v i a d a al s i g u i e n t e nive l .

A s í q u e a q u í t e n e m o s esta p i l a de pape lo t e s , c o m o u n s a n d w i c h , y en el m e d i o está l a r e s p u e s t a . . . ¡ a la p r e g u n t a e r rónea ! L a r e spues t a d e c í a : « S e c o m p r i m e la g o m a d u -rante dos h o r a s a u n a c ie r ta t e m p e r a t u r a y p r e s i ó n , y se obse rva d e s p u é s c u á n t o t a rda en r e c u p e r a r su f o r m a p r i -m i t i v a » . ¡ H o r a s ! ¡ Y o nece s i t aba s abe r con q u é r a p i d e z

169


170


r e spond í a la g o m a d u r a n t e u n l a n z a m i e n t o , en milise-g u n d o s ! A q u e l l a i n f o r m a c i ó n n o m e se rv í a de n a d a .

V o l v í a m i ho te l . M e s i en to h u n d i d o ; e s t o y t o m a n d o la cena . M i r o la m e s a y v eo en e l la u n vaso de a g u a he lada . M e d i g o p a r a m i s aden t ros , « M a l d i t a sea, y o m i s -m o p u e d o a v e r i g u a r q u é le p a s a a esa g o m a s in q u e la N A S A se pa se el d í a e n v i a n d o n o t a s ade l an t e y a t rás . |Voy a hace r y o el e n s a y o ! L o ú n i c o q u e m e h a c e fa l t a es d i s p o n e r de u n a m u e s t r a de esa g o m a . »

M e d i g o , « P u e d o hace r l o m a ñ a n a m i e n t r a s e s t a m o s todos s e n t a d o s al l í , m i e n t r a s C o o k n o s rep i t e las b o b a -das q u e y a h e m o s o í d o h o y . En esas r e u n i o n e s s i e m p r e nos p o n e n a g u a h e l a d a ; al m e n o s eso es a l go q u e p u e d o hacer p a r a a h o r r a r t i e m p o . »

M á s t a rde p i en so , « N o , eso ser í a u n a t o r p e z a » Pe ro d e s p u é s m e a c u e r d o de L u i s A l v a r e z , el f í s i co .

Es u n t i po a q u i e n a d m i r o p o r sus r e d a ñ o s y p o r su sent ido de h u m o r , y p i en so , «S i A l v a r e z e s tuv i e r a en esta comi s ión lo h a r í a y con eso t e n g o ba s t an t e . »

H a y h i s to r i a s de f í s i cos — g r a n d e s h é r o e s — q u e h a n ob t en ido i n f o r m a c i ó n c o m o q u i e n cuen t a h a s t a t res — a s í , por las b u e n a s — m i e n t r a s t o d o el m u n d o se m a t a i n t e n -t ándo lo de f o r m a s c o m p l i c a d a s . P o r e j e m p l o , t ras el d e s -c u b r i m i e n t o de los r a y o s u l t r av io l e t a s y de los r a y o s X , h u b o o t ros de n u e v o t ipo , l l a m a d o s r a y o s N , d e s c u b i e r -tos p o r A n d r é B l o n d e l en F r a n c i a . L o s r a y o s N n o e r an fác i les de de t e c t a r ; o t ros c i en t í f i cos t u v i e r o n d i f i c u l t a d en r epe t i r los e x p e r i m e n t o s de B l o n d e l , p o r lo q u e a l -gu ien le p i d i ó al g ran f í s i co n o r t e a m e r i c a n o R . W . W o o d que v i s i t a r a el l a b o r a t o r i o de B l o n d e l .

B l o n d e l d io u n a con f e r enc i a p ú b l i c a y u n a e x h i b i c i ó n . Los r a y o s N e ran de sv i ados p o r el a l u m i n i o , y B l o n d e l hab ía a l i n e ado lentes de t o d a s c lases , s e g u i d a s p o r u n gran d i s co con u n p r i s m a de a l u m i n i o en el c en t ro . A l ir h a c i e n d o g i r a r l e n t a m e n t e este p r i s m a , l o s r a y o s N se de sv i aban as í y asá, y el a y u d a n t e de B l o n d e l i b a i n f o r -m a n d o de su i n t en s i d ad — n ú m e r o s d i f e r en t e s p a r a á n -gu los d i f e r en te s .

171


L o s r a y o s N eran a fec t ados po r la l u z , p o r lo que B londe l apagó las luces p a r a hace r m á s sens ib les las lec-turas . Su a y u d a n t e s i gu ió i n f o r m a n d o de la i n t ens idad .

C u a n d o se encend i e ron o t ra vez las luces , a l l í es taba R . W . W o o d en la p r i m e r a f i l a , sos t en i endo el p r i s m a en lo a l to, en equ i l i b r io sobre la p u n t a de lo s dedos , a la v i s t a de todos . ¡ F u e el p u n t o f ina l de los r a y o s N !

P iensa , « ¡ E x a c t a m e n t e ! H e de hace rme con u n a mues -tra de la g o m a » . L l a m o a Bi l l G r a h a m .

R e s u l t a impos ib l e : la g u a r d a n en a lgún l ug a r de C a b o K e n n e d y . Pero en tonces G r a h a m se a cue rda de q u e el m o d e l o de la j u n t a de c a m p o q u e v a m o s a u t i l i z a r en nues t r a r eun ión de m a ñ a n a cont i ene dos m u e s t r a s de g o m a . M e dice, « P o d r í a m o s r e u n i m o s en mi o f i c ina an-tes de la r eun ión y ver si p o d e m o s sacar la g o m a . »

A la m a ñ a n a s i gu i en te me l evanto t e m p r a n o y sa lgo f r en t e a mi hote l . Son la ocho de la m a ñ a n a y está ne-v a n d o . Encuen t ro u n taxi y le d igo al c o n d u c t o r , « Q u i e -ro ir a u n a f e r r e t e r í a » .

« ¿ A una fer re ter í a , s e ñ o r ? » «S í . Nece s i to una s he r r am i en t a s . » « V e r á , señor , n o h a y t i endas de fe r re te r í a p o r aqu í .

A l l á está el Cap i to l i o , la C a s a B l anca po r a l l á . . . espere un in s t an te : m e pa rece q u e r e cue rdo h a b e r p a s a d o de-l ante de u n a el o t ro d í a . »

E n c o n t r ó la f e r re te r í a , y r e su l tó q u e n o abr í a has ta las 8 :30 — e r a n c o m o las o c h o y c u a r t o — así q u e esperé a fuera , con chaque t a y corba ta , v e s t imen ta q u e h e adop-tado desde que l l egué a W a s h i n g t o n pa ra p o d e r m o v e r -m e ent re los na t ivos s in l l ama r demas i ado la a tenc ión .

L a s chaque t a s q u e los na t ivos l levan en el i n t e r io r de sus ed i f i c ios ( que t i enen una ca le facc ión pe r f e c t a ) son suf i c i en tes para c a m i n a r desde u n ed i f i c io a o t ro , o desde el ed i f i c io has ta u n tax i si h a y m u c h a d i s t anc i a entre e l los . (Todos los tax is t i enen ca le facc ión) . P e r o los nat i -vos pa r ecen sent i r u n ex t r año m i e d o al f r í o : se ponen abr i gos po r enc ima de sus chaque t a s c u a n d o qu i e r en sa-l i r al ex ter ior . Y o no m e hab í a c o m p r a d o ab r i go todavía ,

172


por lo q u e s e g u í l l a m a n d o bas t an te la a t enc ión a l l í p l a n -tado de l an t e de la f e r r e t e r í a m i e n t r a s ca í a la n i eve .

A las 8 : 30 ent ré , c o m p r é u n p a r de de s to rn i l l ado r e s , unos a l i ca tes y el g a to de c a r p i n t e r o lo m á s p e q u e ñ o q u e p u d e encon t r a r . D e s p u é s m e fu i a l a N A S A .

D e c a m i n o a la o f i c i n a de G r a h a m m e p a r e c i ó q u e el gato ser ía d e m a s i a d o g r ande . N o d i s p o n í a de m u c h o t i empo , y m e fu i c o r r i e n d o al d e p a r t a m e n t o m é d i c o d e la N A S A . (Sab ía d ó n d e se e n c o n t r a b a , p o r h a b e r i do a l l í para h a c e r m e u n o s aná l i s i s de s ang r e q u e m e h a b í a m a n -dado hace r m i c a r d i ó l o g o , q u e e s t aba i n t e n t a n d o t r a t a r -me por t e l é fono ) . P e d í u n a m o r d a z a m é d i c a , c o m o las que u t i l i z an pa r a sus t u b o s .

N o t en í an . P e r o el s an i t a r io m e d ice , « ¡ V a y a , v e a m o s si su ga to c abe en u n v a s o ! » . E n t r a b a s in d i f i c u l t a d .

Sub í al d e s p a c h o de G r a h a m . P u d i m o s ex t r ae r f á c i l m e n t e la g o m a de l m o d e l o con

los a l i ca tes . H é t e m e y a con la m u e s t r a d e g o m a en la mano . A u n q u e sab ía q u e r e su l t a r í a m á s e m o c i o n a n t e y h o n r a d o r e a l i z a r p o r p r i m e r a v e z el e x p e r i m e n t o en p ú -bl ico, h ice a l go de lo q u e e s t o y l i g e r a m e n t e a v e r g o n z a -

173

El Sr. F e y n m a n va a W a s h i n g t o n :

do . H i c e t r ampa . N o p u d e res i s t i r lo . L o p r o b é . A s í que , s i gu i endo el e j emp lo de m a n t e n e r r eun ione s a p u e r t a ce-r rada antes de ce l ebra r ses iones púb l i c a s , d e s cub r í q u e el e x p e r i m e n t o f u n c i o n a b a antes de l l evar lo a c abo en la ses ión abier ta . En tonces vo lv í a co loca r la g o m a en el m o d e l o , pa ra que G r a h a m lo l l evase a la r e u n i ó n .

A c u d o a la r eun ión , t odo d i spues to , con los a l ica tes en u n bols i l lo y el g a to en el o t ro . M e s i en to al l a d o de l genera l K u t y n a .

En la r eun ión an te r io r hab í a a gua he l ada pa r a t o d o el m u n d o . Esta vez , no . M e l evanto , m e d i r i jo a a l gu i en me pa rece enca rgado de aque l l o y le d i go , « Q u i s i e r a u n vaso de agua con h ie lo , p o r f a v o r . »

M e d ice , « ¡ D e s d e l u e g o . A h o r a m i s m o ! » Pa s an c inco m inu to s , los gua rd i a s c i e r ran las pue r t a s ,

da c o m i e n z o la ses ión y y o s igo s in mi a gua f r í a . L e h a g o gestos al h o m b r e con q u i e n antes hab l é . Se

acerca y m e dice , « ¡ N o se p r e o c u p e , y a la t r a e n ! » . La r eun ión p ros i gue , y ahora el Sr . M u l l o y c o m i e n z a

a hab l a rnos de los c ierres he rmé t i cos . (A l p a r e ce r , la N A S A qu i e r e con t a rnos lo de los c ierres antes de q u e lo haga el Sr . C o o k . ) El m o d e l o e m p i e z a a pa s a r de m a n o en m a n o , y cada c o m i s i o n a d o lo e x am ina u n p o q u i t o .

¡ Y ent re tanto , y o s in agua h e l a d a ! El Sr . M u l l o y exp l i ca a la m a n e r a hab i tua l en la N A S A

c ó m o se espera que f u n c i o n e n los c ier res . U t i l i z a pa l a -bras ra ras y a c rón imos , q u e les resu l t an d i f í c i l e s de en-t ender a los demás .

Para p r epa r a r un poco las cosas m ien t r a s e spe ro po r el a gua he lada , p r e g u n t o , « D u r a n t e el l a n z a m i e n t o , se p r o d u c e n v ib r ac iones causan tes de q u e las j u n t u r a s de l cohe te se m u e v a n u n p o q u i t o — ¿ e s co r r ec to lo que d i g o ? » .

« E s cor rec to , s eño r . » « Y po r el in te r io r de esas j un tu r a s se encuen t r an los

l l amados re tenes tór i cos , que han de expand i r s e p a r a man t ene r la h e rme t i c i d ad , ¿es a s í ? » .

«S í s eñor . En cond i c iones es tá t icas t endr í an q u e m a n -


tenerse en con t ac to d i r ec to con la h o r q u i l l a y la e sp i g a* , c o m p r i m i d a s m e d i o m i l í m e t r o » .

« ¿ P o r q u é n o se e l i m i n a n los r e t ene s ? » « P o r q u e en tonce s t e n d r í a m o s gases ca l i en tes e x p a n -

d i éndose a t r avés de la u n i ó n . . . » « A h o r a , p a r a q u e el c i e r re f u n c i o n e c o r r e c t a m e n t e es

prec i so q u e los re tenes sean de g o m a . P o r e j e m p l o , n o serv i r ía el p l o m o , q u e c u a n d o se d e f o r m a p o r c o m p r e -s ión, p e r m a n e c e a p l a s t a d o . »

« A s í es, s e ñ o r » « S e g ú n eso , ba s t a r í a q u e los r e tenes tó r i cos p e r d i e r a n

duran te u n o o dos s e g u n d o s su c apac i d ad de r e c u p e r a -ción pa r a q u e se c rea ra u n a s i t uac ión m u y p e l i g r o s a . »

«S í , s e ñ o r » . L o cua l nos l l evaba d i r e c t a m e n t e a l a cue s t i ón de la

baja t e m p e r a t u r a y la c a p a c i d a d de r e c u p e r a c i ó n de la goma . Y o p r e t e n d í a d e m o s t r a r que el Sr . M u l l o y t en ía que h a b e r s ab ido q u e la t e m p e r a t u r a t en í a u n e fec to , a u n q u e s e g ú n el Sr . M a c D o n a l d — l a s p r u e b a s f u e r a n « i n c o m p l e t a s » . ¡ P e ro s egu í a s in agua h e l a d a ! A s í q u e tuve que d e t e n e r m e y e m p e z ó a p r e g u n t a r o t r a p e r s o n a .

El m o d e l o va p a s a n d o de m a n o en m a n o . L e l l ega al genera l K u t y n a y de spué s a m í . Saco de l bo l s i l lo el ga to y los a l i ca tes , d e s m o n t o el m o d e l o , t engo en la m a n o los s e g m e n t o s de re tén tó r i co , ¡ m a s s igo s in a g u a h e l a d a ! M e vue lvo o t r a v e z y h a g o señas al h o m b r e a q u i e n he es -tado i n c o r d i a n d o pa r a q u e m e la t r a i gan , y él m e d ice po r ges tos , « ¡ n o se p r e o c u p e , l a t e n d r á ! » .

E n s e g u i d a v eo a u n a m u j e r j oven , q u e ba j a hac i a n o -sot ros t r a y e n d o u n a b a n d e j a con va sos . L e da u n vaso de a gua h e l a d a al Sr . R o g e r s , le da un vaso de a g u a h e -lada al Sr . A r m s t r o n g , ¡ v a y v i ene en t r e l a s f i l a s de l es -t r ado , d á n d o l e a gua h e l a d a a t o d o el m u n d o ! L a p o b r e m u j e r se ha t r a í do t o d o —ja r r a , vasos , h i e lo , b ande j a , el

* L a e sp i ga es la p i e z a m a c h o de la u n i ó n ; la h o r q u i l l a , la p i e z a h e m -bra (véase la F i g u r a 13).

175


j u e g o c o m p l e t o — pa r a que todo el m u n d o p u e d a tener agua fresca.

¡Po r f in m e l l ega el agua , y y o q u e no m e la bebo ! C o m p r i m o la g o m a entre las m o r d a z a s de l g a to y la i n t roduzco en el va so de a gua—hie lo .

A l cabo de a l gunos m i n u t o s e s t o y l i s to p a r a mos t r a r los resu l tados de m i p e q u e ñ o expe r imen to . A l a r g o la m a n o hacia el bo tón que pone en serv ic io m i m i c r ó f o n o .

El genera l K u t y n a , q u e se ha dado cuen ta de lo que e s toy hac i endo , se inc l ina r á p i d a m e n t e hac ia m í y dice, « C o p i l o t o a p i l o t o : ahora no . »

U n m o m e n t i t o de spués vue l vo a a l a rga r l a m a n o otra vez .

« ¡ N o , ahora n o ! » . M e seña la el l ib ro q u e nos h a n dado , d o n d e f i gu r an todos los e squemas y d i apos i t i v a s q u e el Sr. M u l l o y está exp l i c ando , y m e dice , « C u a n d o l l egue a esta d i apos i t iva , aqu í , será el m o m e n t o p rec i so de hace r -lo . »

P o r f in , el Sr . M u l l o y l l ega al p u n t o s eña l ado . Pu l so el botón del m i c ro y d igo , « H e ex t r a ído esta p i e z a de g o m a del m o d e l o , l a c o m p r i m o con u n ga to y la he m e t i d o en a g u a — h i e l o du r an t e c i e r to t i e m p o . »

Saco el ga to , lo sos tengo a la v i s ta y a f lo jo las m o r d a -zas mient ras h ab lo . « H e de scub i e r to q u e c u a n d o se a f lo -ja el gato, la g o m a n o se r ecupe ra en el ac to . C o n otras pa l abras , du r an t e bas tantes s egundos , este ma t e r i a l n o da s i gnos de r ecupe rac ión c u a n d o es m a n t e n i d o a u n a t em-pe r a tu r a de 0 g r ados . S o y de la op in ión de q u e tal hecho rev is te impor t anc i a en nues t ro p r o b l e m a . »

An te s de q u e el Sr . M u l l o y p u d i e r a r e s p o n d e r nada , el Sr . Roge r s d ice , «Es t a es cues t ión q u e e x a m i n a r e m o s ex tensamente , de sde luego , en la ses ión q u e d e d i c a r e m o s a la me t eo ro log í a . E s t i m o que se t ra ta de u n p u n t o im-po r t an t e ; q u e el Sr . M u l l o y as í lo r e conoce y sobre el q u e nos c o m e n t a r á sobre el pa r t i cu l a r en u n a ses ión pos -t e r i o r » .

D u r a n t e el de s canso pa r a a l m o r z a r , los pe r i od i s t a s me v in i e ron h a c i é n d o m e p r egun t a s c o m o , « ¿ S e r e fe r í a us ted

176



a los an i l los o a l a m a s i l l a ? » y « ¿ Q u e r r í a u s t ed exp l i ca r -nos qué es, exac t amen te , una j un t a t ó r i c a ? » . M e de jó bas tante d e p r i m i d o el no h a b e r p o d i d o de j a r c l a ra mi tesis . Pe ro aque l l a noche , t odos los se rv ic ios i n f o r m a t i -vos se hab í an d a d o cuen t a de la i m p o r t a n c i a de l exper i -m e n t o y al d í a s i gu ien te , los a r t í cu los de los d i a r io s ex-p l i c aban todo a la pe r f e cc ión .

178

¡ O J O A L A S SEIS !

M i p r i m a F r ance s m e i n s t r u y ó sob re la p r e n s a . H a b í a s ido co r r e sponsa l de A P en la C a s a B l a n c a d u r a n t e las admin i s t r a c ione s de N i x o n y de F o r d , y a h o r a t r a b a j a b a pa ra C N N . Frances m e c o n t a b a h i s to r i a s de gen te q u e salía h u y e n d o p o r la p u e r t a de a t rás p o r m i e d o a la p r e n -sa. R e c i b í de F r ance s la i dea de q u e la p r e n s a n o está hac i endo n a d a m a l o ; los i n f o r m a d o r e s t r a t an , s enc i l l a -mente , de a y u d a r a l a g en t e a s aber lo q u e pasa , y n o hace n i n g ú n d a ñ o ser cor t é s con e l los .

D e s c u b r í q u e p u e d e n ser v e r d a d e r a m e n t e m u y a m i s -tosos si se les da la o p o r t u n i d a d . P o r ese m o t i v o y o n o le ten ía m i e d o a la p r e n s a y es taba s i e m p r e d i spue s to a r e sponder a sus p r e g u n t a s .

Los pe r iod i s t a s m e e x p l i c a b a n q u e p o d í a dec i r , « N o menc ione la f u e n t e » . P e r o y o n o q u e r í a a n d a r con t r u -cos. N o q u e r í a q u e m i s dec l a r a c ione s sona s en c o m o si es tuv iese « f i l t r a n d o » a l go a la p rensa . A s í q u e s i e m p r e que h a b l a b a con la p r e n s a lo hac í a c l a r a m e n t e . E n c o n -secuenc ia m i n o m b r e e s t aba t odos los d ías en el p e r i ó -dico, p o r todas par te s .

179


Pa rec í a c o m o si y o fuese el q u e s i empre r e spond i e r a las p r egun t a s de lo s pe r iod i s t a s . L o s o t ros m i e m b r o s de la comi s ión pa rec í an m u c h a s veces ans iosos de i r se a co-me r , y y o me q u e d a b a al l í con t e s t ando p r e g u n t a s . « ¿ Q u é ob je to t iene ce lebrar una ses ión púb l i c a si u n o sa le co-

rr iendo en cuan to te p r e g u n t a n el s i gn i f i c ado de u n a pa-l a b r a ? » .

C u a n d o "por f in nos j u n t á b a m o s pa ra a l m o r z a r , el Sr. R o g e r s nos r e c o r d a b a s i empre q u e t u v i é r a m o s cu idado de no hab la r con la p rensa . Y o dec í a en tonces , « B u e n o , no hac í a más q u e exp l i ca r l es q u é son las j un t a s tór i cas . »

Y él me dec ía , «Es t á p e r f e c t a m e n t e ; lo está h ac i endo us t ed m u y b ien , D r . F e y n m a n ; n o h a y p r o b l e m a en eso .» A s í q u e no log ré n u n c a ave r i gua r cuá l era el s i gn i f i c ado exac to de « n o hab l a r con la p r e n s a » . El t r aba jo en la comi s ión r e su l t aba f r a n c a m e n t e tenso , p o r lo q u e d i s f ru -t aba cenando de c u a n d o en c u a n d o con F rance s o C h u c k , el h i j o de mi h e r m a n a , q u e e s t aba t r a b a j a n d o pa ra el Washington Post. Pe ro c o m o el Sr . R o g e r s no p a r a b a de hab l a r de fuga s , nos a s e g u r a m o s de n o dec i r n u n c a ni u n a pa l ab ra sobre lo que y o es taba hac i endo . Si l a agen-cia C N N neces i t aba saber a l go de mí , t en ían q u e enviar a o t r a pe r sona . L o m i s m o va l í a p a r a el Post.

L e menc ioné al Sr . R o g e r s q u e ten ía pa r i en t e s t raba-j a n d o en la p rensa . « H e m o s c o n v e n i d o n o hab l a r de mi t r aba jo . ¿Ve u s t ed a l gún p r o b l e m a en e l lo? »

Se sonr ió y d i jo , «Es t á pe r f e c t amen te . T a m b i é n y o t engo u n s o b r i n o en la p r ensa . N o h a y p r o b l e m a en ab so lu to . »

El mié rco les , l a comi s ión no ten ía n a d a q u e hacer , por lo que el genera l K u t y n a m e inv i tó a v i s i t a r l e en el Pen-t á g o n o pa ra i n s t r u i rme sobre las r e l ac iones en t re la fue r -za aé rea y la N A S A .

Era la p r i m e r a v e z en m i v i d a q u e es taba en el Pen-t ágono . A q u e l l o está l l eno de t íos de u n i f o r m e rec ib ien-do ó rdenes ; a l go m u y d i s t in to de la v i d a c iv i l . K u t y n a le d ice a u n o de e l los , « Q u i s i e r a u t i l i z a r l a sa la de confe-renc i a s . . . »

180

¡ O j o a las se i s !

« ¡ S í , m i g e n e r a l ! » «...y n e ce s i t a r emos ve r las d i apos i t i v a s n ú m e r o s tal y

tal y así y a s í . » « ¡ S í , m i g e n e r a l ! ¡ A la o r d e n , m i g e n e r a l ! » Y a t e n e m o s a t odos aque l l o s h o m b r e s t r a b a j a n d o pa r a

nosot ros m i e n t r a s el genera l K u t y n a m e o f r ece u n a g r an p re sen t ac ión en u n a sa la espec ia l . L a s d i apos i t i v a s se p r o -yec t an de sde el o t ro l a d o de u n a pa r ed t r an spa r en t e . Era r ea lmente f an tá s t i co .

A lo m e j o r , el genera l K u t y n a m e dec í a cosas c o m o « A l s e n a d o r F u l a n o , la N A S A se lo t i ene m e t i d o en el bo l s i l lo , » y y o le r e spond í a , b r o m e a n d o a med i a s , « N o me h a g a esos c o m e n t a r i o s al m a r g e n , m i gene r a l . ¡ M e está a t i b o r r a n d o la c a b e z a ! Pe ro n o se p r e o c u p e , lo o l -v ida ré t o d o . » Q u e r í a peca r de i n g e n u o . P r i m e r o ten ía que a v e r i g u a r qué le h a b í a p a s a d o al t r a n s b o r d a d o r ; y a me p r e o c u p a r í a m á s ade l an t e de las p r e s ione s po l í t i c a s .

En u n c ier to m o m e n t o de la presentac ión , el genera l K u -t yna c o m e n t ó q u e todos los m i e m b r o s de la c o m i s i ó n ten ían a l gún p u n t o f l a co a causa de sus c o n e x i o n e s o de -p e n d e n c i a s : a él, q u e h a b í a t r a b a j a d o m u y de c e r c a con el p e r sona l de la N A S A en su a n t i g u o c a r g o de d i r e c t o r del P r o g r a m a de T r a n s b o r d a d o r e s Espac i a l e s de la F u e r -za A é r e a , le r e su l t aba d i f í c i l , c u a n d o n o i m p o s i b l e , p l a n -tear a b i e r t a m e n t e las p r e g u n t a s m á s d u r a s r e l a t i va s a la ges t ión de la N A S A . S a l l y R i d e s i gue t r a b a j a n d o en e l la , por lo q u e n o es l i b re de dec i r t o d o lo q u e qu i e r a . El Sr. C o w e r t hab í a t r a b a j a d o en los m o t o r e s y h a b í a s i do consu l to r de la N A S A ; y as í s u c e s i v a m e n t e .

Y o d i je , « ¡ Y o e s t o y a soc i ado con C a l t e c h , p e r o n o cons ide ro q u e eso sea u n p u n t o d é b i l ! »

« B u e n o » , m e r e s p o n d e , « e so es c i e r to . H a s t a d o n d e se me a l c anza , es u s t ed i nvu lne r ab l e . P e r o en la F u e r z a A é -rea t e n e m o s un d i c h o : ¡ O j o a las s e i s ! »

Se exp l i có . « U n t i po es tá v o l a n d o t r a n q u i l a m e n t e , m i -r ando en todas las d i r e cc ione s y s i n t i é n d o s e m u y s e g u r o . Pero o t ro vue l a j u s t o u n p o q u i t o m á s a l to , j u s to de t r á s de él ( « a las s e i s » ; las « d o c e » están d i r e c t a m e n t e e n f r e n -

181


te) y le d i spa ra . La m a y o r pa r t e de los av iones son de-r r i bados de ese m o d o . ¡ C r e e r s e a sa lvo es p e l i g r o s o ! En a l gún l ug a r h a y u n p u n t o f l aco que u n o ha de ha l lar . S i empre h a y q u e tener o jo con las se i s . »

L l ega u n s u b o r d i n a d o . M u r m u r a a lgo de q u e ot ros neces i t an la sa la ahora . El genera l K u t y n a d ice , « D í g a l e s q u e t e rm ina r é den t ro de d i e z m i n u t o s . »

« A la o rden , m i gene r a l . » F in a lmen t e s a l imos . A l l í , en la antesa la , h a y D I E Z GE-

N E R A L E S e spe r ando pa r a u t i l i z a r la sa la . Y y o hab í a es tado s en t ado al l í , a l e cc ionado p e r s o n a l m e n t e p o r un genera l . M e sent í d i v i n amen t e .

D e d i q u é el res to de l d ía a escr ib i r una ca r t a a casa. E m p e c é a sent i r p r e o c u p a c i ó n po r lo de l « o j o a l a seis» c u a n d o desc r ib í la r e acc ión del Sr . R o g e r s a m i s v is i tas a F r ance s y a C h u c k . Escr ib í ,

. . . la r eacc ión de R o g e r s m e comp l ac ió , p e r o ahora , en el m o m e n t o de escr ib i r t engo m i s r eparos . R e s u l t ó de-m a s i a d o fáci l , t ras h a b e r él exp l í c i t amente h a b l a d o en r e u n i o n e s p r ev i a s de la i m p o r t a n c i a de q u e no hub i e r a f i l t r ac iones , etc . ¿ M e es tán t end i endo u n a t r a m p a ? ( Y A VES , A M O R M I O , LA PARANOIA DE WASHING-TON SE ESTA APODERANDO DE MI.)... C o n s i d e r o pos ib l e q u e en lo q u e t enemos entre m a n o s h a y a cosas q u e a lgu ien p u d i e r a estar t r a t ando de ev i tar q u e sean descub ie r t a s y t ra tase de de s ac r ed i t a rme en caso de que me a c e rque d e m a s i a d o . . . A s í que , de m a l a gana , t endré que de ja r de v i s i t a r a F r ance s y a C h u c k . B u e n o , le p re -gun t a r é a F r a n si eso es demasiada pa r ano i a . R o g e r s pa -rec ía tan de a cue rdo , t an t r a n q u i l i z a d o r . F u e todo tan fáci l , a pe sa r de q u e s e g u r a m e n t e s o y para él u n a esp ina c l avada en el cos t ado . . .

M a ñ a n a , a las 6 : 15 i r emos en av ión espec ia l (dos av io-nes ) al C e n t r o Espac ia l K e n n e d y para ser « i n s t r u i d o s » . Sin d u d a nos l l eva rán de acá p a r a al lá , e n s e ñ á n d o n o s todo — ¡ c a r a y ! — p e r o sin t i e m p o pa ra ent ra r en deta l l es técn icos con nad i e . B u e n o , no les va a f u n c i o n a r . Si el

182

¡ O j o a las se i s !

v iernes no q u e d o sa t i s fecho , m e q u e d a r é el s á b a d o y el d o m i n g o , y si esos d ías no t r aba j an , en tonces , el l u n e s

y el ma r t e s . E s t o y d e c i d i d o a ave r i gua r q u é fue lo q u e suced ió , ¡ c a i g a q u i e n c a i g a !

M i c o n j e t u r a es q u e m e p e r m i t i r á n hace r l o , s a t u r á n -d o m e de da tos y de ta l l e s . . . , p a r a d i s p o n e r de t i e m p o p a r a ab l anda r t e s t i gos pe l i g rosos , etc . P e r o n o les f u n c i o n a r á t ampoco , p o r q u e (1) s o y c a p a z de i n t e r c a m b i a r y c o m -prende r i n f o r m a c i ó n técn ica m u c h o m á s r á p i d a m e n t e de lo que se i m a g i n a n , y (2) e s toy o l i endo y a c ier tas r a tas que no o lv ida ré , p u e s m e gus t a el o lo r de las ra tas , y a que es el r a s t ro de u n a aven tu r a e m o c i o n a n t e .

M e s i en to c o m o u n t o r o en u n a t i enda de p o r c e l a n a s . L o m e j o r se rá unc i r el t o r o al a r a d o y p o n e r l o a t r aba j a r . U n a m e t á f o r a m e j o r ser í a u n b u e y en la t i enda , p o r q u e , ev iden t emen te , l a p o r c e l a n a es el t o r o . 1

A s í que , a u n q u e m e gus t a r í a m u c h o es tar en casa h a -c iendo o t r a s cosas , lo e s toy p a s a n d o m a r a v i l l o s a m e n t e .

C o n a m o r , R i c h a r d

L a p r e n s a es taba d i f u n d i e n d o r u m o r e s de q u e la N A S A es tuvo s o m e t i d a a i n t ensa p r e s i ó n po l í t i c a p a r a l a n z a r el t r a n s b o r d a d o r , y hab í a d ive r s a s t eor í a s acerca de l o r i g e n de tal p r e s i ó n . Ese era p a r a m í u n m u n d o de g r a n d e s m i s t e r i o s , de f u e r z a s t r e m e n d a s . L o inves t i g a r í a , de acuerdo , y si m e p r o t e g í a b ien , n o m e o c u r r i r í a n a d a . Pe ro ten ía q u e estar a le r ta .

1 L o q u e F e y n m a n iba a d e s t r o z a r era el b u i o (el « t o r o » ) de lo b u e -no q u e es t o d o en la N A S A .

183

« P I E S P L A N O S »

P o r f in , a p r i m e r a h o r a de l j ueves v i a j a m o s a F l o r i d a . La idea p r i m i t i v a e ra q u e v i s i t á r a m o s el C e n t r o Espac i a l K e n n e d y en C a b o C a ñ a v e r a l y v i é r a m o s t o d o en u n a v is i ta g u i a d a . P e r o c o m o la i n f o r m a c i ó n e s t aba s a l i endo tan r á p i d a m e n t e en lo s pe r i ód i co s , t u v i m o s an te s u n a ses ión p ú b l i c a .

V i m o s , p r i m e r o , a l g u n a s f o t o g r a f í a s de t a l l ada s de h u m o q u e sa l ía de l t r a n s b o r d a d o r e s t a n d o t o d a v í a en la p l a t a fo rma de l a n z a m i e n t o . H a y p o r t o d a s pa r t e s c á m a -ras v i g i l a n d o el l a n z a m i e n t o , a l go as í c o m o u n c e n t e n a r de el las . H a b í a dos m i r a n d o d i r e c t a m e n t e al p u n t o de donde sa l í a el h u m o , pe ro , c u r i o s a m e n t e , a m b a s f a l l a r o n . N o obs t an te , desde o t r a s c á m a r a s p o d í a n verse c u a t r o o c inco b o c a n a d a s de h u m o n e g r o q u e sa l í an de u n a de las juntas de c a m p o . Este h u m o n o c o r r e s p o n d í a a ma t e r i a l en i g n i c i ó n ; era s enc i l l amen t r e c a r b o n o y s u c i e d a d q u e estaba s i endo e x p u l s a d o a c au s a de la p r e s i ó n ex i s t en te en el i n t e r i o r de l cohe te .

Las b o c a n a d a s c e s a ron al c abo de p o c o s s e g u n d o s : el c ierre se o b t u r ó de a l g ú n m o d o , p e r o só lo p a r a v o l v e r a abr i r se co sa de u n m i n u t o de spué s .

185


Se p r o d u j o a l guna d i scus ión sobre cuán ta fue la ma-ter ia q u e p u d o fuga r se en f o r m a de h u m o . La s bocana -das de h u m o s ten ían cosa de 1,80 m de l a rgas y u n o s 60

186

«P i e s p l a n o s »

u 80 c en t íme t ro s de e spesor . L a c an t i d ad de m a t e r i a e m i -t ida d e p e n d e de lo f i na s q u e sean las pa r t í cu l a s , y c abe s i empre la p o s i b i l i d a d de q u e h a y a g r u m o s g r ande s d e n -tro de la n u b e de h u m o , p o r lo q u e r e su l t a d i f í c i l j u z g a r . Y c o m o las f o t o g r a f í a s f u e r o n t o m a d a s de sde u n cos t a -do, no era i m p o s i b l e q u e h u b i e r a m á s h u m o p o r la c a r a ocul ta de l cohe te . Para e s t ab lece r un v a lo r m í n i m o , s u p u s e u n t a m a ñ o de pa r t í cu l a q u e p r o d u j e r a el m á x i m o v o l u m e n de h u m o pos ib le a pa r t i r de u n a c a n t i d a d f i j a de ma t e r i a l . Ta l c a n -t idad r e su l tó ser s o r p r e n d e n t e m e n t e p e q u e ñ a , a l go m á s de 15 c en t íme t ro s c ú b i c o s : con 15 c e n t í m e t r o s cúb i cos de ma te r i a l se p o d í a o b t e n e r t o d o a q u e l h u m o .

So l i c i t amos fo tog r a f í a s de o t ro s l a n z a m i e n t o s . D e s c u -b r i m o s de spué s q u e n u n c a se h a b í a p r o d u c i d o b o c a n a d a s de h u m o en n i n g u n o de los l a n z a m i e n t o s an t e r io r e s .

T a m b i é n s u p i m o s de las ba jas t e m p e r a t u r a s p r e v i a s al l a n z a m i e n t o p o r u n h o m b r e l l a m a d o C h a r l i e S t evenson , el e n c a r g a d o de la cuad r i l l a q u e c o n t r o l a b a la f o r m a c i ó n de h ie lo . M e d i jo q u e d u r a n t e la n o c h e la t e m p e r a t u r a hab í a d e s c e n d i d o has ta 3°C ba jo cero , p e r o q u e su e q u i -po hab í a o b t e n i d o l e c tu r a s tan ba j a s c o m o 13°C ba jo cero en a l g u n o s p u n t o s de la p l a t a f o r m a de l a n z a m i e n t o , sin que ace r t a sen a c o m p r e n d e r p o r q u é .

D u r a n t e el a l m u e r z o , u n i n f o r m a d o r de u n a e s t ac ión loca l de T V m e p r e g u n t ó la p o s i b l e c ausa de las ba j a s l ec turas t e r m o m é t r i c a s . L e d i je q u e a m i pa r e ce r , el h i -d r ó g e n o y el o x í g e n o l í q u i d o h a b í a n e n f r i a d o t o d a v í a más el a i re m i en t r a s f l u í an d e s d e el g r an t a n q u e de c o m -bus t ib l e sob re el cohe te i m p u l s o r . P o r a l g u n a r a z ó n , el i n f o r m a d o r se i m a g i n ó q u e le hab í a f a c i l i t ado a l g u n a i n -f o r m a c i ó n i m p o r t a n t e y secre ta , p o r l o q u e u t i l i z ó m i n o m b r e en las not i c i a s de la t a rde . E n l u g a r d e eso d i jo , «Es t a exp l i c ac ión ha s i do d a d a p o r u n p r e m i o N o b e l , p o r lo q u e s in d u d a es c o r r e c t a . »

P o r la t a rde , los de t e l eme t r í a n o s d i e r o n toda c lase de i n f o r m a c i o n e s sob re los ú l t i m o s i n s t an t e s de l t r ans -b o r d a d o r . Se h a b í a n e f e c t u a d o m e d i c i o n e s de c en t ena r e s

187


de var iab les , las cua les , en su to t a l i dad , i nd i c aban que el apa r a to f u n c i o n a b a todo lo b i en q u e era pos ib l e , dadas las c i r cuns t anc i a s : l a p re s ión en el t anque de h i d rógeno c a y ó súb i t amen te u n o s s e g u n d o s de spué s de haber se ob-se rvado la l l ama ; los g i ro scop ios q u e p i lo t an el t r ansbor -d a d o r es taban f u n c i o n a n d o pe r f e c t amen te ha s t a q u e uno tuvo que t r aba j a r más v i g o r o s a m e n t e q u e los o t ro s a cau-sa de la apa r i c ión de fue rza s l a te ra les p r o d u c i d a s po r la l l ama que sa l ía d i spa r ada del cos t ado de l cohe t e impu l -so r ; i nc lu so los m o t o r e s p r inc ipa l e s c e r r a ron el paso de combus t i b l e c u a n d o el t anque de h i d r ó g e n o h i z o explo-s ión, a causa de la ca ída de p re s ión en las l íneas de ali-men t ac ión de combus t i b l e .

La r eun ión d u r ó has ta las 7 :30 de la t a rde , p o r lo que p r o p u s i m o s la v i s i ta a las ins ta l ac iones has ta el v i e rnes y f u i m o s d i r e c t amen t e a u n a cena o r g a n i z a d a p o r el Sr. R o g e r s .

En la cena m e tocó s en t a rme al l ado del A l Keel , qu ien se hab í a i n c o r p o r a d o el lunes a l a comi s ión , con carácter de f u n c i o n a r i o e j ecut ivo , para a y u d a r al Sr . R o g e r s en la o r g an i z a c ión y desa r ro l lo de nue s t ro t r aba jo . N o s l le-gó p roceden t e de la C a s a B l anca (de u n depa r t amen to l l amado O M B 1); era h o m b r e de e sp l énd ida reputac ión po r su capac idad pa ra esto y aque l lo . El Sr . R o g e r s no hac ía más q u e fe l i c i ta rse po r nues t r a suer te al d i sponer de u n a pe r sona de tan altas cua l i f i c ac iones .

E m p e r o , u n a de las cosas q u e m e i m p r e s i o n a r o n fue q u e el D r . Kee l t en ía u n d o c t o r a d o en técn ica ae roespa-cia l y hab í a r e a l i z ado t raba jos postdoctorales en Be rke -l e y . C u a n d o se nos p resen tó el lunes , d i jo b r o m e a n d o q u e el ú l t i m o « t r a b a j o h o n r a d o » q u e hab í a r e a l i z ado para ganar se la v i d a hab í a s ido un es tud io de a e rod inám i c a pa r a el p r o g r a m a del t r an sbo rdado r , hac í a cosa de d iez o doce años . A s í q u e m e sent í m u y c ó m o d o con él.

1 O f f i c e of M a n a g e m e n t and B u d g e r ( O f i c i n a de D i r e cc ión y P re su -pues tos ) .

188

« P i e s p l a n o s »

B u e n o , ¡ n o l l eva r í a h a b l a n d o con el D r . Kee l m á s de cinco m i n u t o s c u a n d o m e sue l t a q u e en t o d a su v i d a le hab ían i n s u l t a d o de aque l m o d o , q u e n o acep tó este t ra -bajo p a r a su f r i r o fensas y q u e n o p i en s a a v o l v e r a h a b l a r c o n m i g o !

A h o r a b i en , t engo el c u r i o s o d e f e c t o de n o r e c o r d a r qué he d i c h o c u a n d o c o m e t o a l g u n a t o r p e z a o d i g o a l go que m o l e s t a a los d e m á s , p o r lo q u e o l v i d é q u é p u d o haber le m o l e s t a d o t an to . Sea lo fue re , y o c re í a q u e es ta -ba b r o m e a n d o , por lo q u e su r e acc ión m e s o r p r e n d i ó e n o r m e m e n t e . ¡ N o cab í a d u d a de q u e h a b í a t en ido q u e decir a l g u n a p a t o c h a d a , o a l g u n a g rose r í a , q u e p o r con -s igu iente , no p u e d o r e c o r d a r !

V i n o a c o n t i n u a c i ó n u n p e r í o d o ba s t an t e t enso d e u n o s c inco o d i e z m i n u t o s , en el q u e t r a to de d i s c u l p a r m e y r e a n u d a r u n a conve r s a c ión . F i n a l m e n t e v o l v e m o s a ha-b l a rnos u n p o c o . N o s o m o s g r ande s a m i g o s , p e r o al m e -nos h u b o p a z .

El v i e rne s p o r la m a ñ a n a s o s t u v i m o s o t r a r e u n i ó n p ú -bl ica , es ta vez , pa ra q u e gen t e de T h i o k o l y de la N A S A nos con ta se lo o c u r r i d o la n o c h e a n t e r i o r al l a n z a m i e n t o . T o d o va s a l i endo m u y d e s p a c i t o : el t e s t i go no t i ene ve r -dadera i n t enc ión de c o n t á r n o s l o t odo , p o r lo q u e h a y que ex t r ae r l e las r e spues t a s f o r m u l á n d o l e e x a c t a m e n t e p r e g u n t a s cor rec tas .

H a b í a o t ro s de los m i e m b r o s de la c o m i s i ó n c o m p l e -t amente de sp i e r to s ; el Sr . Su t t e r , p o r e j e m p l o . « ¿ C u á l e s eran , e x ac t amen t e , sus c r i t e r ios de c a l i d ad pa r a la a c e p -tac ión d e tal y tal y d e es to y lo o t r o ? » . F o r m u l a b a p r e g u n t a s e spec í f i cas , c o m o ésta , y r e s u l t a b a en tonce s que ta les c r i t e r ios n o ex i s t í an . L o s Srs . C o v e r t y W a l k e r a c tuaban de i gua l m a n e r a . T o d o el m u n d o es taba h a c i e n -do p r e g u n t a s d i f í c i l e s d e con te s t a r , p e r o y o m e e n c o n -t raba cas i s i empre c o m o u n p o c o o b n u b i l a d o , s i n t i é n d o -me u n p o c o r e z a g a d o .

S u r g i ó en tonces el a s u n t o del c a m b i o de ac t i tud de T h i o k o l . El Sr . R o g e r s y l a D r a . R i d e e s t aban p r e g u n -t ando a d o s de los d i r e c t o r e s de T h i o k o l , los Srs . M a s o n

189


y L u n d , cuán t a s pe r sonas e ran cont ra r i a s al l anzamien to , inc luso en el ú l t i m o m o m e n t o .

« N o le p r e g u n t a m o s a t odo el m u n d o » , d ice el Sr. M a s o n .

« P e r o , ¿h ab í a un n ú m e r o i m p o r t a n t e de op in iones en con t r a r io , o se t r a t aba so l amente de una o dos pe r sona s ? » .

« H a b í a en ingen ie r í a , d i r í a y o , una s c inco o seis per-sonas q u e en aque l m o m e n t o p u d i e r o n habe r d i cho que no era n o r m a l segu i r ade lante d a d a aque l l a t empera tu ra , y q u e d i j e ron q u e no sab ían . La cues t ión era que no s ab í amos con abso lu t a ce r t eza si t odo f u n c i o n a r í a . »

« ¿ A s í q u e las op in iones e s t aban d iv id ida s m á s o me-nos p o r i gua l ? »

« E s o ser í a u n n ú m e r o m u y a p r o x i m a d o » . M e c h o c ó q u e los d i r ec t ivos de T h i o k o l es tuv ieran

e c h a n d o ba lones fuera . Pe ro y o s o l a m e n t e sé hace r pre-gun t a s s i m p l o n a s . A s í q u e d i je , « ¿ P o d r í a n dec i rme , se-ñores , los n o m b r e s de sus c u a t r o me jo r e s exper tos en c ierres he rmé t i co s , en orden de c apac idad p r o f e s i o n a l ? »

« R o g e r B o i s j o l y y A r n i e T h o m p s o n son los n ú m e r o u n o y dos . D e s p u é s t enemos a J a c k Kapp y , es to . . . J e r r y B u r n s . »

M e vo lv í hac ia el Sr . B o i s j o l y , q u e se encon t r aba allí m i s m o , en la r eun ión . «S r . B o i s j o l y , ¿es taba us t ed de a c u e r d o en q u e no hab í a obs t á cu lo pa r a d e s p e g a r ? »

El r e sponde , « N o , no lo e s t aba . » L e p r e g u n t o al Sr . T h o m p s o n , q u e t amb i én se ha l l aba

p re sen te . « N o , n o es taba de a cue rdo . » P r e g u n t o , « ¿ S r . K a p p ? » El Sr . L u n d dice , « N o se encuen t r a aqu í . H a b l é con

él d e spué s de nues t r a r eun ión , y d i jo , " Y o habr í a t o m a -do esa dec i s ión , dada la i n f o r m a c i ó n que t e n í a m o s . " »

« ¿ Y el cua r to h o m b r e ? » « J e r r y B u r n s . I gnoro cuál e ra su o p i n i ó n . » « A s í p u e s » , r e s u m o , «de lo s cua t ro t e n e m o s u n "no

sé" , un " m u y p r o b a b l e m e n t e s í" , y los dos q u e f u e r o n m e n c i o n a d o s i n m e d i a t a m e n t e c o m o los mejores exper tos

190


en juntas he rmé t i c a s , que dijeron ambos no». P o r lo q u e el ro l lo aque l de « l a d i v i s i ón de o p i n i o n e s » n o era m á s que u n c ame lo . L o s q u e m á s s ab í an sob re las j u n t a s , ¿ q u é era lo q u e dec í an ?

A l f i na l de la t a rde n o s m o s t r a r o n el C e n t r o Espac i a l K e n n e d y . F u e in t e r e s an te ; l a cosa n o f u e tan m a l a c o m o y o hab í a p r e d i c h o . L o s o t ro s c o m i s i o n a d o s h i c i e r o n u n m o n t ó n de p r e g u n t a s i m p o r t a n t e s . N o t u v i m o s t i e m p o de ver el m o n t a j e de l cohe t e i m p u l s o r , p e r o casi al f i na l í b amos a ve r los res tos de l a cc iden te q u e se hab í an p o -d ido r ecoge r has ta en tonces . Y o m e e n c o n t r a b a f r a n c a -mente c a n s a d o de t o d o aque l « t r a b a j o en g r u p o » , p o r lo que me d i s cu lpé de l r e s to de la v i s i t a .

Ba jé c o r r i e n d o has t a la o f i c i n a de C h a r l i e S t e v e n s o n para ve r m á s fo tog r a f í a s de l l a n z a m i e n t o . D e s c u b r í t a m -bién m á s acerca de lo i n s ó l i t a m e n t e ba jo de las l e c tu r a s t e rmomét r i c a s . A q u e l l a s p e r s o n a s se m o s t r a r o n m u y d i s -pues tas a co l abo r a r , y q u i s i e r o n q u e y o t r aba j a se con el los. Y o h a b í a e s t ado e s p e r a n d o diez días p a r a p o d e r enredar u n p o c o en u n o de es tos l uga r e s , y a q u í e s t aba , ¡ p o r fin!

En la c ena de aque l l a n o c h e , le d i j e al Sr . R o g e r s , «Es taba p e n s a n d o en q u e d a r m e a q u í este f in de s e m a n a . »

«B i en , D r . F e y n m a n » , d i jo R o g e r s , « h u b i e r a p r e f e r i d o que vo lv i e r a us t ed a W a s h i n g t o n con n o s o t r o s es ta n o -che. Pe ro , d e sde l u ego , t i ene u s t ed l i b e r t ad pa ra hace r como p r e f i e r a . »

« D e a c u e r d o e n t o n c e s » , d i j e y o . « M e q u e d a r é » .

El s á b a d o hab l é con el h o m b r e q u e h a b í a t o m a d o p e r -sonal y v e r d a d e r a m e n t e las l ec tu ras t e r m o m é t r i c a s d u -rante la m a d r u g a d a de l d í a de l a n z a m i e n t o , u n t ío m u y ag radab l e l l a m a d o B . K. Dav i s . A l l a d o de cada t e m p e -ra tu ra hab í a c o n s i g n a d o la h o r a exac ta en q u e h a b í a s i do m e d i d a , y de spué s h a b í a t o m a d o u n a f o t o g r a f í a . Se p o -d ían ap rec i a r los g r ande s i n t e rva lo s de t i e m p o q u e m e -d i aban ent re las s u b i d a s y ba j ada s a l a g r an to r r e de l a n z a m i e n t o . H a b í a m e d i d o la t e m p e r a t u r a de l a i re , de l

191


cohete , de l sue lo , e i nc lu so de un amas i j o de aguan ieve con an t i coge l an te . H a b í a r e a l i z ado u n t r aba jo m u y com-ple to .

L a N A S A tenía u n cá l cu lo t eór i co acerca de cómo debe r í an va r i a r las t empe r a tu r a s en la p l a t a f o r m a de lan-z a m i e n t o : t endr í an q u e habe r s ido m á s u n i f o r m e s y más e levadas . A l g u i e n pensó q u e el ca lor em i t i do p o r rad ia-c ión hac i a el c i e lo de spe j ado p o d r í a t ener a l go q u e ver . Pe ro después a l gún o t ro se f i jó en q u e las l e c tu r a s que B K hab í a t o m a d o en el a guan i eve eran m u y in fe r iores a lo q u e i nd i c aba la f o tog r a f í a : a 13 g r ados ba jo cero , el aguan ieve , aún con el an t i conge l an te , t endr í a q u e haber -se h e l a d o y so l i d i f i c ado po r c o m p l e t o .

E x a m i n a m o s s egu idamen t e el d i spos i t i vo u t i l i z ado por el e q u i p o de cont ro l de he l adas para la m e d i c i ó n de las t empera tu r a s . S aqué el m a n u a l de in s t rucc iones , y des-cub r í q u e se supon í a q u e el apa r a to h ab r í a de encont ra r -se en el amb ien t e a m e d i r un m í n i m o de 20 m i n u t o s antes de ser u t i l i z ado . El Sr . Dav i s d i jo q u e lo había s acado d i r e c t amen te de las ca ja a 21 °C, y q u e hab ía e m p e z a d o a hace r m e d i d a s i n m e d i a t a m e n t e . P o r cons i -gu i en te , t e n í a m o s q u e ave r i gua r si los e r ro re s de med ida eran r ep roduc ib l e s . D i c h o de o t ro m o d o , ¿ ser í a pos ib le dup l i c a r las c i r cuns tanc i a s en q u e se h i c i e ron?

El l unes l l a m é a la c o m p a ñ í a q u e f ab r i c aba el ins t ru -m e n t o y hab l é con u n o de sus técn icos . « H o l a , m e l l amo D i c k F e y n m a n » , d i je . « P e r t e n e z c o a la comi s ión inves-t i g ado r a de l acc idente de l Challenger, y he de hacer le a l gunas p r e g u n t a s sobre su p i s to l a de exp lo r a c ión por i n f r a r ro jo s . . . »

« ¿ P u e d o l l amar l e den t ro de u n m o m e n t o ? » , m e dice. « C l a r o . » A l c abo de u n ra t i to m e l l ama él . « L o l a m e n t o , pero

esa i n f o r m a c i ó n está pa t en tada . N o p u e d o d i s cu t i r l a con u s t ed . »

P a r a en tonces m e pe rca to de cuá l es la au tén t i ca d i f i -c u l t a d : la c o m p a ñ í a se m u e r e de m i e d o de q u e v a y a m o s a c a r g a r las cu lpa s de l acc idente a su i n s t r u m e n t o . D igo ,

192

« P i e s p l anos»

«Señor , su p i s to l a e x p l o r a d o r a no t i ene n a d a q u e v e r con el acc idente . El p e r s o n a l de a q u í no se a t u v o a los p r o -ced imien tos de t a l l ados en su m a n u a l de i n s t rucc ione s , y estoy t r a t a n d o de a v e r i g u a r si p o d e m o s r e p r o d u c i r los errores y d e t e r m i n a r cuá le s f u e r o n v e r d a d e r a m e n t e las t empe r a tu r a s de aque l l a m a d r u g a d a . P a r a e l lo nece s i to saber m á s sob re su i n s t r u m e n t o . »

El T é c n i c o acabó f i n a l m e n t e v i n i e n d o al C e n t r o Es -pacia l , y c o l a b o r ó de m u y b u e n a gana . C o n su a y u d a , asesoré a lo s m i e m b r o s de l e q u i p o de he l ada s p a r a r e a -l i zar un e x p e r i m e n t o . E n f r i a r o n u n a h a b i t a c i ó n has t a u n a t e m p e r a t u r a de u n o s 4 g r a d o s , y p u s i e r o n en m e d i o de el la u n g r a n b l o q u e de h i e lo . U s a n d o h i e lo se p u e d e es t a r s eguro d e q u e la t e m p e r a t u r a en la s upe r f i c i e es de 0 g rados c en t í g r ados . D e s p u é s t r a j e ron la p i s to l a e x p l o r a -dora de sde u n a sala q u e es taba a 21 °C y f u e r o n t o m a n d o med ida s de l b l o q u e de h i e lo cada 30 s e g u n d o s . A s í p u -d ie ron m e d i r la de r i va de l i n s t r u m e n t o en f u n c i ó n de l t i empo .

El Sr . D a v i s hab í a a n o t a d o sus m e d i d a s t an c u i d a d o -samente q u e r e su l tó m u y fác i l co r r eg i r t o d o s los n ú m e -ros. Y de spués , n o t a b l e m e n t e , las t e m p e r a t u r a s r e c a l cu -ladas se a p r o x i m a r o n m u c h o a las e spe r ada s s e g ú n el mode lo t eó r i co . Pa r ec í a m u y r a z o n a b l e .

En la p r i m e r a oca s ión q u e tuve de h a b l a r con u n p e -r iod i s ta e n m e n d é todo lo d i cho ace rca d e las t e m p e r a t u -ras y le i n f o r m é q u e la t eo r í a an t e r io r , o f r e c i d a p o r u n p r e m i o N o b e l , era e r rónea .

P r e p a r é u n i n f o r m e pa r a los r e s t an te s m i e m b r o s de la comi s ión y lo env ié al D r . Kee l .

Inve s t i gué de spué s a l go q u e e s t á b a m o s c o n s i d e r a n d o c o m o pos ib l e causa c o a d y u v a n t e p a r a el a c c i d e n t e : c u a n -do los cohe te s i m p u l s o r e s a g o t a d o s se c aen al o c é a n o p i e rden a l go de r e d o n d e z a causa de l i m p a c t o . En K e n -n e d y son d e s m o n t a d o s , y l a s s ecc iones — c u a t r o p o r co -he t e— se env í an p o r f e r roca r r i l a T h i o k o l , en U t a h , p a r a re l l enar los de n u e v o p rope l en t e . D e s p u é s v u e l v e n a en -

193


v i a r los p o r f e r roca r r i l a F l o r i d a . D u r a n t e el t ransporte , las secc iones ( que se ca rgan su spend ida s de cos t ado con u n a g r ú a ) se acha t an u n p o q u i t o , p u e s el p rope l en t e es b l a n d u z c o y m u y pe s ado . El ap l a s t am i en to tota l es nor-m a l m e n t e de l o rden de u n c en t íme t ro , p e r o c u a n d o se vue l ven a e n s a m b l a r las secc iones de l cohete , u n peque -ño v a n o es su f i c i en te p a r a c rea r f u g a s de gases ca l ientes : ¡ los r e tenes tó r i cos so l amen t e t i enen 6 m m . de espesor y su d e f o r m a c i ó n p o r c o m p r e s i ó n , de só lo 0 ' 5 m m !

A u n q u e y o pensaba hace r a l g u n o s cá l cu los , la N A S A m e p r o p o r c i o n ó todas las to l e r anc i a s sob re desv iac iones de las secc iones r e spec to de la r e d o n d e z per fec ta , a part i r de las cua le s t ra té de ca l cu l a r cuán t a ser ía l a compres ión re su l t an te en los an i l los tó r i cos , y d ó n d e es tar ía loca l i -z ada . Ta l v e z la f u g a se p r o d u j e s e en los p u n t o s de com-pres ión m í n i m a . Los n ú m e r o s eran m e d i d a s t o m a d a s se-gún t res d i áme t ro s , s epa r ados 60 g r ados . P e r o la co inc i -denc i a de t res d i áme t ro s no es g a r an t í a de q u e las p iezas enca j en ; n i se is d i áme t ro s , n i n i n g ú n o t r o f in i to podr í a g a r an t i z a r l o , t a m p o c o .

P o r e j emp lo , se p u e d e t r a z a r u n a f i g u r a p a r e c i d a a un t r i ángu lo r e d o n d e a d o en los vér t i ces , en el cua l tres d iá -me t ro s s epa r ados 60 g r ados en t re sí , t i enen la m i sma l o n g i t u d .

R e c u e r d o habe r v i s to u n t r uco así en u n m u s e o , en mi s t i e m p o s de chava l . Se t r a t aba de u n a c r ema l l e r a den-t ada q u e se m o v í a con t o d a s u a v i d a d ade l an t e y atrás , m i en t r a s e n g r a n a b a n en e l la p o r la pa r t e i n f e r i o r var ias r ueda s den t ada s de f o r m a s ra ras , n o c i r cu l a res , q u e gi-r aban en t o m o a ejes b a m b o l e a n t e s . A q u e l ch i sme pare -cía impos ib l e , pe ro la r a z ó n de q u e f u n c i o n a s e era que las r ueda s den t ada s t en ían f o r m a s ta les , q u e man ten í an d i áme t ro s cons tan tes .

P o r ese m o t i v o , los n ú m e r o s f ac i l i t ados po r la N A S A no m e se rv í an de nada .

D u r a n t e aque l f in de s emana , exac t amente c o m o hab ía p r e d i c h o en m i carta a casa , e s tuve r ec ib i endo con t inua -

194


men te no t a s de la o f i c i n a cen t ra l de la c o m i s i ó n en W a s -h i n g t o n : « V e r i f i q u e las l e c tu r a s t e r m o m é t r i c a s , e x a m i n e las f o t o g r a f í a s , c o m p r u e b e esto , c o m p r u e b e lo o t r o . . . » H a b í a t o d a u n a l i s ta . P e r o c u a n d o i b an l l e g a n d o l a s i n s -t rucc iones , r e su l t aba q u e y a h a b í a h e c h o cas i t o d o a q u e -l lo p o r m i cuen t a .

U n a de las no t a s t en ía r e l a c ión con u n m i s t e r i o s o p a -pe l i to . S e g ú n se i n f o r m a b a , a l gu i en de l C e n t r o K e n n e d y había escr i to , « D é m o s l o p o r b u e n o » d u r a n t e el e n s a m -bla je de u n o de los i m p u l s o r e s de c o m b u s t i b l e só l i do . Tal l e n g u a j e pa r ec í a i nd i c a r c i e r t a des id i a . M i m i s i ó n : encont r a r el p ape l i t o en cues t ión .

B u e n o , p a r a en tonce s y a m e h a b í a d a d o cuen t a de l v o l u m e n de p a p e l e o q u e se m a n e j a en l a N A S A . Es t aba

195


s e gu ro de q u e se t r a t aba de u n t ruco pa r a desp i s t a rme , p o r lo que n o h ice n a d a al r e spec to .

E n luga r de eso, m e d e d i q u é s u b r e p t i c i a m e n t e a c ier tas pe squ i s a s .

Se r u m o r e a b a q u e la r a z ó n de q u e la N A S A tratase de l anza r el t r a n s b o r d a d o r el 28 de ene ro , a pe sa r del f r í o , era que el P re s iden te iba a p r o n u n c i a r esa n o c h e su d i s c u r s o sobre el Es t ado de la N a c i ó n . S egún esa teor ía , la C a s a B l anca lo ten ía todo p r e p a r a d o pa r a q u e duran te el d i s cu r so , l a Sra . M a c A u l i f f e , la maes t r a , les hab l a s e al P r e s iden t e y al C o n g r e s o esa n o c h e desde el e spac io . Iba a ser f an t á s t i co : el P r e s iden t e iba a dec i r , « ¡ H o l a ! ¿ Q u é tal se e n c u e n t r a ? » , y e l la r e sponde r í a , « ¡ E s t u p e n d a m e n -t e ! » t odo e l lo m u y d r a m á t i c o y e m o c i o n a n t e .

D a d o que s o n a b a lóg ico , e m p e c é p o r s u p o n e r q u e m u y p r o b a b l e m e n t e era pos ib l e . Pe ro , ¿hab í a a l g u n a p rueba ? Y o n o sab ía c ó m o inves t i ga r cosas de este t ipo . L o ún ico q u e se m e ocu r r i ó fue e s to : es m u y d i f í c i l l l ega r a tele-f o n e a r al P re s iden te . Y t a m p o c o p u e d o l l a m a r a una as-t r o n a u t a y h ab l a r con e l la c u a n d o se encuen t r a en el e spac io . A s í pue s ; el e n c a m i n a m i e n t o de las seña les des-d e el t r a n s b o r d a d o r al p r e s i den t e m i en t r a s éste está d i r i g i éndose al C o n g r e s o t i ene q u e ser a sun to compl i -c a d o .

Pa r a ave r i gua r si a l gu i en se h a b í a pues to a r e a l i z a r esa t a rea , de s cend í a los n ive les m á s ba jos y les h ice a los e m p l e a d o s de m e n o s i m p o r t a n c i a a l gunas p r egun t a s téc-n icas .

M e enseña ron las antenas , m e exp l i c a ron lo re la t ivo a f r e cuenc i a s de c o m u n i c a c i o n e s , m e m o s t r a r o n el g r an sis-t e m a de r ad io y el s i s t ema de o r d e n a d o r e s ; m e mos t ra -ron la f o r m a en q u e hac í an todas las cosas .

Y o qu i s e saber , «S i u n o qu i s i e r a env ia r u n a t r ansmi -s ión a a l gún o t ro l ug a r — a l C e n t r o M a r s h a l l , p o n g a m o s p o r caso , ¿ c ó m o lo h a r í a n ? » .

M e con te s t a ron , « O h , n o s o t r o s nada m á s s o m o s una e s t ac ión r epe t idora . T o d a s las t r ansmi s iones son au tomá-t i c amen t e env i adas a H o u s t o n , y desde a l l í se encargan

196

« P i e s p l anos»

de e s t ab lece r t odos los en laces . Ese t r aba jo n o lo toca -m o s a q u í » .

A s í q u e n o p u d e e n c o n t r a r n i n g u n a p r u e b a — a l m e -nos en K e n n e d y — . P e r o aque l l a s p e r s o n a s se p o r t a r o n tan b ien c o n m i g o , t o d o e r a tan a g r a d a b l e , q u e tuve m a l a conc i enc i a . N o m e gus t a hace r t r a m p a s a n a d i e . S in e m -ba rgo pensé q u e m á s v a l d r í a r epe t i r la j u g a d a c u a n d o fue r a a H o u s t o n .

El l unes , el Sr . H o t r z ba jó a F l o r i d a p a r a t r aba j a r c o n -migo . ( M á s t a rde m e con f e só q u e le h a b í a n e n v i a d o c o n in s t rucc iones conc re t a s de v e r q u é e s t aba h a c i e n d o , y ev i tar q u e m e « d e s m a n d a s e » ) . El Sr . H o t z t r a jo c o n s i g o una l i s ta de cosas en las q u e h a b í a q u e m i r a r . «Es t a l i s ta t iene u n m o n t ó n de p u n t o s » , m e d i jo , « p o r lo q u e m e encan ta r í a r e p a r t i r m e el t r aba jo con u s t e d » . H a b í a c ie r -tas cosas q u e s egún él le r e su l t a r í an m á s fác i l e s de hace r , y el r e s to de las o t r a s y a lo h a b í a r e a l i z a d o y o p o r mi cuenta , s a lvo en lo tocan te al p a p e l i t o q u e dec í a " D é -mos lo p o r b u e n o " . El Sr . H o t z m e a p u n t ó q u e p o d r í a p rocede r de l d i a r i o de t r aba jo de a l gu i en de l e q u i p o de ensambla j e de l cohe t e i m p u l s o r . Eso n o e r a p a r a m í u n a pista su f i c i en t e ; s enc i l l amen t e , n o e s t aba d i s p u e s t o a h a -cer lo. E n l ug a r de eso m e fu i a ve r a u n tal Sr . L a m b e r t h , que h a b í a e xp r e s ado su deseo de h a b l a r c o n m i g o .

El Sr . L a m b e r t h o c u p a b a un a l to l u g a r en los t a l l e r e s ; era un p e z g o r d o q u e t en í a a su c a r g o el m o n t a j e de lo s impu l so r e s de c o m b u s t i b l e só l i do . Q u e r í a h a c e r m e s abe r c iertos p r o b l e m a s q u e t en í a . « L o s o b r e r o s so l í an se r m u -cho m á s disc ip l inados» , exp l i có , « p e r o en n u e s t r o s d ías y a no son lo q u e e r a n » . M e d io u n p a r de e j e m p l o s .

El p r i m e r i n c i den t e t en ía q u e v e r con el d e s m o n t a j e de los cohe te s t ras h a b e r s i do r e c u p e r a d o s de l m a r . L a s secc iones de l cohe t e se u n e n en t r e sí p o r m e d i o de 180 pasadores ( c ada u n o de los cua le s t i ene u n o s 3 ' 80 cen t í -met ros de d i á m e t r o y u n o s c inco de l a r g o ) q u e c o r r e n a lo l a rgo de t odo el c o n t o r n o de la s e cc ión .

Es taba p rev i s to u n c i e r to p r o c e d i m i e n t o p a r a d e s m o n -

197


tar las secc iones , s egún el cua l , los opera r io s t en í an que ha l a r el cohe te una c ier ta d i s t anc ia . Pe ro hab í an d a d o en f i j a r se so l amen t e en la m a g n i t u d de la fuerza q u e es taban ap l i c ando , u n o s 5000 k i l o p o n d i o s . Era u n m é t o d o m e -jor , p o r q u e la idea era e l im ina r los e s fue rzos q u e la carga c reaba en los pa sadore s .

En c ier ta ocas ión , el d i n a m ó m e t r o u t i l i z ado pa ra con-t ro l a r d i cha f u e r z a no f u n c i o n ó co r r e c t amen te . L o s obre -ros s i gu i e ron ap l i c ando m á s y m á s f u e r z a , p r e g u n t á n d o -se p o r qué no a l c anzaban los 5000 k p . , c u a n d o u n o de los p a s a d o r e s se r o m p i ó de p r o n t o .

El Sr . L a m b e r t h a m o n e s t ó a los ob re ros p o r n o ate-nerse al p r o c e d i m i e n t o es t ab lec ido . M e h i z o r e co rda r c u a n d o y o in ten taba hace r f u n c i o n a r m e j o r las cosas en el ho te l de mi t í a : u n o t i ene u n m é t o d o m e j o r q u e el o r d i n a r i a m e n t e u t i l i z ado , pe ro en cuan to se su f r e u n pe -q u e ñ o acc idente . . .

El s e g u n d o inc iden te q u e m e con tó el Sr . L a m b e r t h se r e fe r í a al en s amb l a j e de las secc iones de l cohe te . El p r o c e d i m i e n t o p rev i s to cons i s t í a en ap i l a r cada secc ión sobre la an te r io r y a acop l a r la secc ión supe r io r sob re la in fe r io r .

C u a n d o resu l t aba necesa r io co r r eg i r u n p o q u i t o la fo r -m a de a l guna de las secc iones , el p r o c e d i m i e n t o era , en p r inc ip io , l evan ta r l a secc ión con una g r ú a y de j a r l a p en -der de cos t ado a l gunos d ías . L a cosa no p o d í a ser m á s s i m p l o n a .

Si po r este m é t o d o n o se consegu í a la r e d o n d e z nece-sar ia , h ab í a o t ro p r o c e d i m i e n t o : se u s aba la « m á q u i n a de r e d o n d e a r » — u n vás t ago p rov i s to de u n a p r e n s a h i d r á u -l ica p o r u n l ado y de u n a tue rca en el o t r o — y se au-m e n t a b a la p re s ión .

El Sr . L a m b e r t h m e d i jo q u e la p res ión no deber í a supe ra r los 84 k i l o p o n d i o s p o r cm 2 . En c ier ta ocas ión , una secc ión no era todav í a lo su f i c i en t emen te c i r cu l a r aún a l c anzados los 84 kp/cm 2 , po r lo q u e los ob re ros t o m a r o n una l lave ing lesa y c o m e n z a r o n a apre t a r l a t ue r -ca p o r el o t ro ex t r emo . C u a n d o f i n a lmen t e l o g r a r o n q u e

198


la s ecc ión t uv i e r a la r e d o n d e z su f i c i en t e , l a p r e s i ó n h a b í a a l c anzado cas i 95 kp/cm 2 . « A h í t i ene u s t e d o t r o e j e m p l o de i nd i s c ip l i n a de los o p e r a r i o s » , d i jo el Sr . L a m b e r t h .

En c u a l q u i e r caso , y o y a t en ía i n t enc ión de hab l a r con los ope r a r i o s de los ta l l e res de m o n t a j e (esas cosas m e encan tan ) , as í q u e h i ce los a r r eg lo s nece s a r io s p a r a ve r l e s al d ía s i gu i en te , a las 2 : 3 0 de la t a rde .

A las 2 : 3 0 en t ro en la sa l a aque l l a , y m e e n c u e n t r o una l a r g a m e s a con t r e in ta o cua r en t a pe r sona s , t o d o s sen tados con caras l a rgas , m u y ser ios , p r e p a r a d o s pa r a hab l a r con el C o m i s i o n a d o .

Q u e d é a t e r r ado . N o m e hab í a d a d o cuen t a de l t r e -m e n d o p o d e r q u e y o ten ía . P u d e v e r l a p r e o c u p a c i ó n que sen t í an . ¡S in d u d a les h ab í an d i c h o q u e y o e s t aba i nve s t i g ando los e r ro re s q u e e l los h a b í a n c o m e t i d o !

I n m e d i a t a m e n t e les d i je , « N o ten ía n a d a espec i a l q u e hacer , as í q u e pensé en v e n i r a cha r l a r con las p e r s o n a s que m o n t a n los cohe te s . N o p r e t e n d í a q u e t o d o el m u n -do de j a se de t r aba j a r só lo p o r q u e y o q u i e r o s abe r a l go po r c u r i o s i d a d ; só lo q u e r í a h a b l a r con lo s t r a b a j a d o r e s . . . »

C a s i t o d o el m u n d o se l evan tó y se f u e . Só lo se q u e -d a r o n seis o s i e te : la cu ad r i l l a q u e r e a l m e n t e se e n c a r g a -ba de e n s a m b l a r las s ecc iones de los cohe t e s , su c a p a t a z , y a l gún j e fe q u e o c u p a b a u n pue s to m á s a l to en el s i s t ema .

B u e n o , aque l l a s p e r s o n a s e s t aban t o d a v í a u n p o q u i t o a sus t adas . N o es t aban m u y d i spue s to s a so l t a r l a l e n g u a . Lo p r i m e r o q u e se m e o c u r r e dec i r l e s es, « T e n g o u n a p r e g u n t a q u e hace r l e s : c u a n d o u s t e d e s m i d e n lo s t res d i áme t ro s y los t res son i gua l e s , ¿ e n c a j a n de v e r d a d l a s secc iones en t re s í? A m í se m e o c u r r e q u e u n a p o d r í a t ener a b u l t a m i e n t o s p o r u n l ado y a b o l l a d u r a s i n m e d i a -t amen t e deba jo , con lo q u e a ú n s i e n d o los t res d i á m e t r o s i gua les , l a s secc iones p o d r í a n n o a c o p l a r s e » « ¡ S í , s í » , m e d i cen . « N o s e n c o n t r a m o s con a b o l l a d u r a s así . N o s o t r o s las l l a m a m o s p e z o n e s . »

La ún i c a m u j e r p r e s e n t e d i jo , « ¡ N o t i enen n a d a q u e ver c o n m i g o ! » — y t o d o s so l t a ron u n a c a r c a j ada .

199

El Sr. F e y n m a n v a a W a s h i n g t o n : ...

« N o s encontrarnos c o n t i n u a m e n t e con p e z o n e s » , p ro -s i gu i endo d i c i endo . « ¡ H e m o s t r a t ado de hacé r se lo saber al supe rv i so r , p e r o j a m á s c o n s e g u i m o s n a d a ! »

E s t á b a m o s e n t r a n d o en deta l l e s , y eso ob r a marav i l l a s . Y o les hac ía p r egun t a s sobre lo q u e t eó r i c amente pensa -ba q u e p o d í a ocur r i r , pe ro a e l los , y o les parec í a un t ipo n o r m a l que en tend í a de sus p r o b l e m a s técn icos . Se so l -t a ron m u y r áp idamen te y m e con t a ron toda c lase de ideas pa ra m e j o r a r las cosas .

P o r e j emplo , c u a n d o u san la m á q u i n a de r e d o n d e a r t i enen q u e hace r pasa r un vá s t ago a t ravés de agu j e ros s i tuados d i ame t r a lmen t e u n o f r en t e a o t ro . H a y 180 agu -j e ros , p o r lo que t i ene q u e ce rc iona r se de q u e el o t ro ex t r emo del vás t ago pase p o r el a gu j e ro q u e está exac ta -m e n t e 90 más a l lá . A h o r a , r e su l t a que pa ra con ta r lo s h a y q u e enca r amar se a un l ug a r m u y i n c ó m o d o . L a ope r a -c ión resu l t a m u y l en ta y d i f í c i l .

L o s ob re ros pens a ron q u e ser í a m u y p r ác t i co q u e las secc iones v in i e r an y a de f áb r i c a con cua t ro ma rc a s de p i n t u r a , s eparadas 90 g r ados . D e ese m o d o n o t endr í an n u n c a neces idad de con t a r m á s de 22 agu j e ros ha s t a la m a r c a m á s cercana . P o r e j emp lo , si i n s e r t aban el v á s t ago p o r un agu j e ro que d i s t aba 9 or i f i c ios en sen t ido ho r a r i o de u n a de las marca s de p i n t u r a , el o t ro ex t r emo t endr í a q u e ir a 9 o r i f i c ios en sen t ido ho r a r i o de la m a r c a d i a -m e t r a l m e n t e opues t a .

El capa taz , Sr . F i ch te l , m e d i jo q u e d i r i g ió u n m e m o -r á n d u m a sus supe r io re s hac í a dos años , s in q u e has ta ahora h u b i e r a o c u r r i d o nada . C u a n d o p r e g u n t ó p o r qué , le d i j e ron que su suge r enc i a e ra d emas i ado ca ra .

« ¿ Q u e es d emas i ado caro pintar cuatro rayitas?», p r o -testé , s in dar c réd i to a lo q u e o ía .

T o d o s so l t a ron la c a rca j ada . « N o es la p i n t u r a ; es el p a p e l e o » , d i jo el Sr . F i ch te l . « T e n d r í a n q u e rev i sa r y a c tua l i z a r todos los m a n u a l e s » .

L o s ope r a r io s de m o n t a j e t en í an m á s obse rvac iones y suge renc i a s q u e hacer . Le s p r e o c u p a b a , p o r e j emp lo , q u e si al en s amb l a r dos secc iones de l cohe te se p r o d u -

200

« P i e s p l anos »

c ían r o z a d u r a s , p o d r í a n d e s p r e n d e r s e e s q u i r l a s de m e t a l q u e se i n c ru s t a s en en las j u n t a s de g o m a y las d a ñ a s e n . Ten í an i n c l u s o suge r enc i a s p a r a r e d i s e ñ a r la u n i ó n de las secc iones . L a s suge r enc i a s tal v e z n o f u e r a n d e m a s i a d o buenas , ¡ p e r o lo q u e i m p o r t a es q u e los o p e r a r i o s pen-saban! N o s aqué la i m p r e s i ó n de q u e f u e r a n i nd i s c ip l i -n a d o s ; e s t aba m u y i n t e r e s ados p o r su t r aba jo , p e r o n o se les a n i m a b a g ran cosa . N a d i e les p r e s t a b a m u c h a a t en -c ión . E r a m u y no t ab l e q u e m a n t u v i e s e n t an a l ta l a m o -ral , d ada s las c i r cuns t anc i a s .

E n t o n c e s lo s ob r e ro s c o m e n z a r o n a h a b l a r l e al j e fe q u e se h a b í a q u e d a d o . « H a h a b i d o u n a cosa q u e nos h a d e c e p c i o n a d o » , d i jo u n o d e e l los . « C u a n d o la c o m i s i ó n iba a v e r el m o n t a j e de l c o h e t e i m p u l s o r , l a d e m o s t r a c i ó n la h i z o u n o de los d i r e c to re s . ¿ P o r q u é n o n o s de j a s t e i s hacer l a a n o s o t r o s ? »

« T e m í a m o s de q u e os s in t i é ra i s i n t i m i d a d o s an te la c o m i s i ó n y n o qu i s i é r a i s h a c e r l o . »

« N o , n o , n a d a de e so » , d i j e r o n los o b r e r o s . « N o s o t r o s c r e e m o s hace r u n b u e n t r aba jo , y q u e r í a m o s enseña r lo q u e h a c e m o s . »

D e s p u é s de esa r e u n i ó n , el j e fe m e l l evó a la c a fe t e r í a . M i e n t r a s c o m í a m o s — l o s t r a b a j a d o r e s y a n o e s t aban c o n n o s o t r o s — m e d i jo , « H a s i do u n a s o r p r e s a p a r a m í q u e se lo h a y a n t o m a d o tan a p e c h o . »

L e h a b l é m á s t a rde al S r . F i ch t e l s o b r e el i n c i den t e de a u m e n t a r la p r e s ión has t a m á s de 84 k p / c m 2 . El m e m o s -tró las n o t a s q u e fue t o m a n d o m i e n t r a s p r o c e d í a . N o eran d o c u m e n t o s o f i c i a l e s , q u e v a n en p a p e l con m e m -bre te ; e r an p a r t e de un d i a r i o i n f o r m a l , p e r o c u i d a d o s a -m e n t e escr i to .

L e d i j e , « H e o ído dec i r q u e la p r e s i ó n s u b i ó ha s t a cas i 95 k p / c m 2 . »

« A s í es , » m e d i jo . « T u v i m o s q u e a p r e t a r la t ue r c a q u e va en el o t ro e x t r e m o . »

« ¿ E r a ése el p r o c e d i m i e n t o n o r m a l ? » « O h , s í » , r e s p o n d i ó . « V i e n e en el l i b r o . » A b r e el m a n u a l y m e en seña el p r o c e d i m i e n t o . D i c e ,

201


« A u m e n t e la p r e s ión en el ga to h id r áu l i co . Si e l lo resu l -ta ra insuf i c i en te p a r a consegu i r la r e d o n d e z necesar ia , p r o c é d a s e a apre ta r m u y c u i d a d o s a m e n t e la tuerca del o t r o ex t r emo pa r a ob t ene r la r e d o n d e z d e s e a d a » . ¡ A s í de c l a ro lo dec ía , en n e g r o sobre b l anco ! El l i b ro n o dec ía q u e al apre t a r la tuerca , l a p res ión rebasa r í a los 84 k p / c m 2 ; es p r o b a b l e q u e qu i ene s e sc r ib i e ron el m a n u a l n o fue ran p l e n a m e n t e consc i en tes de e l lo .

El Sr . F ichte l h a b í a escr i to en su d i a r io , « F i e m o s apre -t a d o la tuerca m u y c u i d a d o s a m e n t e » — e x a c t a m e n t e el m i s m o l engua j e q u e en las in s t ruc iones .

Y o di je , «El Sr . L a m b e r t h me ha d i cho q u e les a m o -nes tó a us tedes p o r pasa r de 84 . »

« A m í j amás m e ha l l a m a d o la a t enc ión p o r eso . ¿ Q u é m o t i v o p o d r í a t e n e r ? »

N o s i m a g i n a m o s lo que p r o b a b l e m e n t e ocu r r ió . La amones t a c i ón del Sr . L a m b e r t h fue d e s c e n d i e n d o de n ive l a n ive l , has ta q u e p r o b a b l e m e n t e a l gu i en s i tua-do en un nive l de m a n d o i n t e r m e d i o se d io cuen ta de q u e el Sr . F ichte l h a b í a p r o c e d i d o c o n f o r m e al manua l , y q u e el er ror es taba en el m a n u a l . Pe ro en l uga r de i n f o r m a r al Sr . L a m b e r t h de su er ror , se l im i t a ron a t i r a r a l a pape l e ra la a m o n e s t a c i ó n y de j a r las cosas t r an-qu i l a s .

D u r a n t e el a l m u e r z o m e con tó los p r o c e d i m i e n t o s de in specc ión . «Ex i s t e un f o r m u l a r i o p a r a cada p r o c e d i m i e n -to, c o m o éste q u e ve pa ra el de r e d o n d e o » , d i jo . «En e l los h a y r e cuad ros pa ra los se l los — u n o del supe rv i so r , u n o de cont ro l de ca l idad , u n o de l f abr i can te , y pa ra los t r aba jos m a y o r e s , u n o de la N A S A . »

Y p ros i gu ió , « H a c e m o s las med i c ione s , d a m o s u n a pa-s ada de r e d o n d e o y v o l v e m o s a m e d i r . Si no co inc iden su f i c i en t emente , r epe t imos los pasos . F i n a l m e n t e , cu an -do las d i fe renc ias en t re los d i á m e t r o s son lo bas tan te p e q u e ñ a s , lo d a m o s p o r b u e n o . »

M e desper té . « ¿ Q u é q u i e r e dec i r "da r lo p o r b u e n o " ? » , d i j e y o . « S u e n a c o m o a l i g e r eza . . . »

202

«P i e s p l anos »

« N o , n o » , d ice . « N o es m á s q u e la j e r g a q u e u t i l i z a -m o s c u a n d o q u e r e m o s dec i r q u e se v e r i f i c a n t o d a s las c o n d i c i o n e s y q u e e s t a m o s l i s tos p a r a p a s a r a la s i g u i e n t e fase de la o p e r a c i ó n . »

« ¿ H a n escr i to u s t edes esa f rase a l g u n a v e z ? M e r e f i e r o a lo de " d a r l o p o r b u e n o " ? »

«S í , en oca s i one s . » « V e a m o s de e n c o n t r a r u n l u g a r d o n d e lo e s c r ib ió u s -

t ed . » El Sr . F i ch te l f u e h o j e a n d o su d i a r i o , y e n c o n t r ó u n

e j e m p l o . L a exp re s ión le r e s u l t a b a c o m p l e t a m e n t e n a t u -ra l . N o era n i u n a exp r e s i ón d e s c u i d a d a ni u n a l i g e r e z a ; era s enc i l l amen t e su f o r m a de hab l a r .

El l u n e s y el ma r t e s , m i e n t r a s y o e s t aba d a n d o v u e l t a s po r K e n n e d y , el Sr . R o g e r s es taba en W a s h i n g t o n , c o m -p a r e c i e n d o an te u n a c o m i s i ó n de l S e n a d o . El C o n g r e s o es taba c o n s i d e r a n d o si deb í a e f e c tua r u n a i n v e s t i g a c i ó n p rop i a .

El s e n a d o r H o l l i n g s , de C a r o l i n a de l Sur , le e s t aba h a c i e n d o pa s a r a R o g e r s u n m a l r a t o : « S e c r e t a r i o R o -ge r s » , d i ce , « E s t o y ans io so de q u e d i s p o n g a u s t ed d e pe r sona l a d e c u a d o , ¿ s abe u s t e d ? ¿ C u á n t o s investigadores t iene su c o m i s i ó n ? »

El Sr . R o g e r s d ice , « N o t e n e m o s i n v e s t i g a d o r e s en el s en t ido po l i c i a l . E s t a m o s l e y e n d o d o c u m e n t o s , h a c i é n -d o n o s c a r go de lo q u e s i gn i f i c an , o r g a n i z a n d o a u d i e n -cias , h a b l a n d o con los t es t igos . . . t a reas de ese t i po . Y t e n d r e m o s u n a p l an t i l l a a d e c u a d a , se lo a s e g u r o . »

«Exac tamente de eso se t ra ta» , d ice el s enador Ho l l i ng s . « P o r m i expe r i enc i a en la i nve s t i g a c ión de o t ro s casos , m e h a r í a n fa l t a c u a t r o o c inco i n v e s t i g a d o r e s b i en p u e s -tos en c i enc i a s y en t e c n o l o g í a e spac i a l q u e se d e d i c a r a n a d a r vue l t a s a t o d o C a b o C a ñ a v e r a l , h a b l a n d o con t o -dos , a l m o r z a n d o con la gen te . Q u e d a r í a u s t ed s o p r e n d i -do de lo q u e se d e s c u b r e a l m o r z a n d o en los r e s t au r an t e s de p o r a l l í d u r a n t e dos o t res s e m a n a s . N o p u e d e q u e -dar se s e n t a d o y p o n e r s e a l ee r lo q u e le d a n . »

203


« N o nos h e m o s q u e d a d o sentados , l e y e n d o » , d ice el Sr. Roge r s , a la de fens iva . « H e m o s m e t i d o a u n m o n t ó n de pe r sona s en u n a sa la y les h e m o s h e c h o p r e g u n t a s a todos al m i s m o t i empo , en l ug a r de t ener f i s gone s d a n d o vue l t a s p o r ahí , h a b l a n d o de u n o con la g en t e . »

« C o m p r e n d o » , d i ce el s enado r H o l l i n g s . « E m p e r o , si no cuen ta us ted con a l g u n o s de esos f i s gones , su p r o -duc to n o acaba de convence rme . Eso es lo m a l o de las comis iones p res idenc i a l e s . Y a he es tado en e l las . C o m e n de lo q u e les dan , y n o m i r a n lo que h a y de t rás . En ton -ces a c a b a m o s con r epo r t e ro s—inves t i g ado re s , gen te que escr ibe l ib ros y t odo lo demás . T o d a v í a h a y gen t e en esta c iudad q u e está i nve s t i g ando el i n f o r m e de la C o m i s i ó n W a r r e n 2 . »

El Sr . R o g e r s d ice con t o d a t r anqu i l i d ad , « L e a g r a d e z -co sus obse rvac iones , S enador . L e in te re sa rá s aber q u e u n o de los m i e m b r o s de nues t r a comi s ión — q u e es un p r e m i o N o b e l — está p r e c i s a m e n t e h o y en F lo r i d a , i nves t i g ando en la f o r m a q u e us ted qu i s i e r a q u e se h i -c i e ra . »

(El Sr . R o g e r s no lo sab ía , p e r o en el m o m e n t o de p r o -nunc i a r estas pa l ab ra s y o es taba en r ea l i dad ¡ a l m o r z a n d o con un i ngen i e ro ! )

El s enado r H o l l i n g s d ice , « N o e s toy p o n i e n d o en te la de j u i c i o la c o m p e t e n c i a de l p r e m i o N o b e l ; he es tado l e y e n d o con el m a y o r in te rés las dec l a r ac iones q u e ha hecho . N o se p o n e en d u d a la compe t enc i a de la p rop i a comi s ión . L o q u e sucede es que c u a n d o se i nves t i g a un caso hacen fa l ta i nves t i g adores . H a n expues to us t edes a la a t enc ión de l p ú b l i c o un m o n t ó n de hechos m u y in te -resantes , po r lo q u e n o me parece q u e h a y a n s i do us te -des neg l i g en t e s en m o d o a l g u n o . »

¿ El i n f o r m e W a r r e n f u e e m i t i d o p o r la C o m i s i ó n W a r r e n , p r e s id ida po r el M a g i s t r a d o J e f e de l T r i b u n a l S u p r e m o , y a p o r e n t o n c e s j ub i l a -do , y se enca rgó de la inves t i gac ión de l ases inato de l P r e s i d e n t e J o h n F. K e n n e d y .

204


A s í q u e a y u d é un p o c o a sacar al Sr . R o g e r s de l a p u r o . P u d o v e r q u e t en ía con q u é ce r r a r l e la b o c a al Sr . H o -l l ings g rac i a s a la buena suerte de q u e y o m e h u b i e r a q u e d a d o en F l o r i d a a p e s a r de t odo , c o n t r a v i n i e n d o su s deseos .

205

C I F R A S F A N T A S T I C A S

El m a r t e s p o r la t a rde reg resé a W a s h i n g t o n p o r av ión , y el m i é r co l e s as is t í a la s i gu i en te s e s ión de la c o m i s i ó n . Se t r a t aba de o t ra de las r e u n i o n e s a p u e r t a s ab ie r t a s . Es taba p r e s t a n d o t e s t i m o n i o u n o de lo s d i r e c t i vos de la T h i o k o l C o m p a n y , l l a m a d o Sr . L u n d . L a n o c h e antes de l l a n z a m i e n t o , el Sr . M u l l o y le h a b í a d i c h o q u e se pu s i e r a « s o m b r e r o de d i r e c t i vo» en l u g a r de « s o m b r e r o de i n g e n i e r o » , p o r lo q u e c a m b i ó su o p o s i c i ó n al l a n z a -m i e n t o e i m p u s o su c r i t e r io al de sus i ngen i e ro s . E s t a b a y o f o r m u l á n d o l e p r e g u n t a s á spe r a s c u a n d o s ú b i t a m e n t e m e sent í un i n q u i s i d o r .

El Sr . R o g e r s n o s h a b í a h e c h o n o t a r q u e d e b e r í a m o s t ra ta r con de l i c adeza a es tas p e r s o n a s , c u y a s c a r r e r a s t e -n í a m o s en nues t r a s m a n o s . N o s d i jo , « T e n e m o s todas las v e n t a j a s : n o s o t r o s no t e n e m o s q u e con te s t a r a las s u y a s . » A q u e l l a s p a l a b r a s se m e v i n i e r o n e n c i m a de re -pen te . M e sent í t e r r i b l e m e n t e m a l ; n o p u d e s e g u i r ha -c i é n d o l o al d ía s i gu i en t e . R e g r e s é a C a l i f o r n i a p o r u n o s d í a s , a r e c u p e r a r m e .

D u r a n t e m i e s t anc i a en P a s a d e n a , v o l v í al J P L y m e

2 0 7


r eun í con J e r r y S o l o m o n y M e e m o n g Lee . A m b o s esta-ban e s tud i ando la l l a m a v i s ib l e s e g u n d o s antes de que h i c i e r a exp los ión el t a n q u e p r inc ipa l de c o m b u s t i b l e , y p u d i m o s p o n e r en c l a ro t o d a c lase de deta l l es . (El J P L t iene exce lentes exper tos en amp l i a c i ón de i m á g e n e s de te lev i s ión , grac ias a la expe r i enc i a a d q u i r i d a en las m i -s iones p l ane ta r i a s ) . P o s t e r i o r m e n t e , les l l evé sus amp l i a -c iones a Char l i e S t evenson y su e q u i p o de l C e n t r o Ken-n e d y , p a r a ace le rar el t r aba jo .

En un c ier to m o m e n t o , u n o de los admin i s t r a t i vo s m e p r e s en tó a la f i r m a u n o s pape l e s . En e l los se dec í a que mi s gas tos eran de t an to en t an to ; pe ro n o era as í : hab ían s ido m a y o r e s . Protes té . « E s t a c an t idad n o c u b r e los gas-tos q u e he t e n i d o » , d i j e .

El o t r o d i jo , « L o sé, s e ñ o r ; p e r o só lo t i ene de r e cho a gas ta r 75 dó la res d i a r ios en a l o j am i en to y m a n u t e n c i ó n . »

«En tonce s , ¿po r q u é m e a lo jan us t edes en u n hote l que cues ta 80 ó 90 dó l a r e s p o r noche , si só lo m e van a da r 75 dó l a re s al d í a ? » .

«S í , e s toy de a c u e r d o ; es u n a l á s t ima , ¡ p e ro as í son las c o s a s ! » .

M e acordé en tonces de la o fe r t a de l Sr . R o g e r s de a l o j a r m e «en u n b u e n h o t e l » . ¿ Q u é p r e t e n d í a dec i r con eso? ¿ Q u é iba a co s t a rme más a m í ? » .

Si le p i d e n a u n o q u e apor t e al Es t ado mese s de es-f u e r z o (pe rd i endo el d ine ro q u e hab r í a g a n a d o c o m o ase-sor de u n a compañ í a ) , el Es t ado deber í a aprec i a r el gesto un p o q u i t o m á s y no ser t an c i ca te ro en la c o m p e n s a -c ión . N o p re t endo hace r d ine ro a cuenta de l Es tado , ¡ p e ro t a m p o c o e s toy d i s p u e s t o a. p e r d e r l o ! L e r e spond í , « N o p i enso f i r m a r es to . »

El Sr . R o g e r s se ace rcó has t a noso t ro s y p r o m e t i ó a r re -g l a r lo , p o r lo que f i r m é la no ta de gas tos .

P i en so que el Sr . R o g e r s t ra tó r e a lmen te de a r reg l a r lo pe ro n o p u d o . Se m e p a s ó p o r la c abeza l u c h a r p o r mi de r echo has ta el f ina l , p e r o en tonces m e d i cuen t a de que era i m p o s i b l e : si se m e a b o n a r a n los gas tos rea les ser ía

208

C i f r a s f an tá s t i c a s

p rec i so p a g á r s e l o s t a m b i é n a t o d o s los d e m á s co l egas de comi s ión . L o cua l es tar ía p e r f e c t a m e n t e , p e r o s u p o n d r í a t a m b i é n q u e ser ía l a ú n i c a c o m i s i ó n a la q u e se le h a b r í a n p a g a d o su s gas tos rea les y m u y p r o n t o se co r r e r í a la v o z .

H a y u n d i cho en N u e v a Y o r k : « N o se p u e d e l u c h a r cont ra el A y u n t a m i e n t o » c o m o q u e r i e n d o dec i r , « E s i m -p o s i b l e » . P e r o esta vez , el p r o b l e m a e r a m u c h o m a y o r que el A y u n t a m i e n t o : ¡ l a r eg l a de lo s 75 dó l a re s d i a r io s es u n a l e y de los Es t ados U n i d o s ! H u b i e r a s ido d i ve r t i -do l l eva r la l u cha ha s t a el f ina l , p e r o s u p o n g o q u e y o estaba c a n s a d o — y a n o s o y tan j o v e n as í q u e r e n u n c i é .

A l g u i e n m e c o n t ó h a b e r o í do q u e los m i e m b r o s de las c o m i s i o n e s g a n a b a n 1000 dó l a r e s d i a r io s , p e r o la v e r d a d es que n u e s t r o g o b i e r n o n i s i qu i e r a les p a g a los gas tos .

A p r i m e r o s de m a r z o , m á s o m e n o s u n m e s d e s p u é s de q u e la c o m i s i ó n c o m e n z a s e sus t r aba jo s , nos d i v i d i -m o s en g r u p o s de t r a b a j o : el g r u p o de A c t i v i d a d e s P r e -l a n z a m i e n t o es taba d i r i g i d o p o r el Sr . A c h e s o n ; el Sr . Sut te r e s t aba a c a r go de l e q u i p o i n v e s t i g a d o r de l D i s e ñ o , D e s a r r o l l o y P r o d u c c i ó n ; el g ene ra l K u t y n a era el j e f e del g r u p o de A n á l i s i s de l A c c i d e n t e ; y l a D r a . R i d e t en í a a su c a r go el g r u p o de P l a n i f i c a c i ó n de la M i s i ó n y O p e -rac iones .

Pasé cas i t o d o mi t i e m p o en el g r u p o de K u t y n a . T a m -bién e s tuve en el g r u p o de R i d e , p e r o al f i na l n o h i ce gran cosa p a r a el la .

El g r u p o de l g ene ra l K u t y n a m a r c h ó al C e n t r o de V u e -lo Espac i a l M a r s h a l l , en H u n t s v i l l e , A l a b a m a , p a r a r ea -l i za r sus t a reas . L o p r i m e r o q u e s u c e d i ó a l l í f ue q u e u n h o m b r e l l a m a d o U l l i a n v i n o a c o n t a r n o s a l go . En su carác ter de of i c i a l de s e g u r i d a d de a l c ance en K e n n e d y , el Sr . U l l i a n t en ía q u e dec id i r si d e b í a i n s t a l a r c a rga s de d e m o l i c i ó n en el t r a n s b o r d a d o r . ( C u a n d o un cohe t e se sale de cu r so , las ca rgas de d e m o l i c i ó n p e r m i t e n h a c e r l o vo l a r en pedac i to s . L o s f r a g m e n t o s r e s u l t a n m u c h o m e -nos p e l i g r o s o s que u n cohe t e v o l a n d o sue l to p o r ah í , l i s to p a r a hace r exp lo s ión al h ace r i m p a c t o con t r a el s u e -lo) .

209


T o d o s los cohetes no t r i pu l ados l levan este t ipo de cargas de demo l i c i ón . El Sr . U l l i a n nos d i jo q u e 5 de los 127 cohetes que él h a b í a con t ro l ado hab í an f a l l ado , lo que supone u n a tasa de a l r ededor de u n 4 po r c iento . D a n d o po r supue s to q u e un vue lo t r i pu l ado habr í a de o f rece r m a y o r e s cond i c i one s de s e gu r i d ad q u e los no t r ipu l ados , t o m ó ese 4 p o r c iento y lo d i v i d ió p o r 4. O b t u v o as í una p r o b a b i l i d a d e s t imada de f a l lo de un 1 p o r c iento , q u e c o n s i d e r ó ex ig ía la ins ta l ac ión de cargas de demo l i c i ón .

Pe ro la N A S A le d i jo al Sr . U l l i an q u e una c i f ra m u -cho más ve ros ím i l d e la p robab i l i d ad de fa l lo era de 1 en 10 5 .

T r a t é de q u e ese n ú m e r o tuv ie ra s en t ido pa r a m í . « ¿ H a d i cho us ted 1 fa l lo p o r cada 10 5 l a n z a m i e n t o s ? » .

« A s í es, 1 de cada 100 .000» . « E s o s ign i f i ca q u e se p o d r í a hace r v o l a r el t r an sbo r -

d a d o r todos los días con u n t i e m p o m e d i o de espera en-tre acc identes de 300 años. Un vuelo diario, sin acciden-tes, durante 300 años... ¡Mantener eso es una bobada!».

«Sí, lo sé», d i j o el Sr. Ullian. «Por mi parte mejoré mi c i f r a , hasta 1 en 1000 para tener en cuenta todas las ase-veraciones de la NASA: que se ponía mucho más cuidado en los vuelos tripulados, que el cohete típico no puede servir válidamente como elemento de comparación, etc. A pesar de todo, instalé las cargas de demolición.»

Pero entonces surgió un nuevo problema: la sonda Ga-lileo, des t inada a la exp lo r ac ión de J ú p i t e r , iba a u t i l i z a r u n gene r ador de ene rg í a q u e f u n c i o n a a base de ca lor e n g e n d r a d o po r r ad i a c t i v i dad . Si el t r a n s b o r d a d o r que l l evaba el Galileo f a l l aba , la r ad i a c t i v idad se p o d r í a d i s -pe r s a r sobre u n a g ran super f i c i e . L a d i s cu s ión p r o s i g u i ó : la N A S A e m p e ñ a d a en decir que la p r o b a b i l i d a d de fa l lo e ra de 1 en 100 .000 y el Sr U l l i an , a f i r m a n d o q u e de 1 en 1000, en el m e j o r de los casos .

El Sr . U l l i an nos re f i r ió t amb i én las d i f i cu l t ade s con q u e t ropezó al q u e r e r hab l a r con el enca r g ado , el Sr. K i n g s b u r y . C o n s i g u i ó ser r ec ib ido p o r s u b o r d i n a d o s ,

210


pe ro n u n c a l o g r ó i r a K i n g s b u r y y a v e r i g u a r de q u é m o d o l l e g a b a la N A S A a la c i f r a de 1 f a l l o en 100 .000 . N o r e c u e r d o e x a c t a m e n t e los de ta l l e s de la h i s tor i a , p e r o pensé q u e el Sr . U l l i a n e s t aba h a c i e n d o t o d o r a z o n a b l e y s en s a t amen te .

N u e s t r o g r u p o s u p e r v i s ó las p r u e b a s q u e la N A S A es taba e f e c t u a n d o p a r a d e s c u b r i r las p r o p i e d a d e s de lo s c ie r res cuá l era la p r e s i ó n m á x i m a q u e p o d í a s o p o r t a r la mas i l l a , y cosas a s í— con el f in de d e s c u b r i r q u é f u e e x a c t a m e n t e lo s u c e d i d o . El genera l K u t y n a no q u e r í a sacar conc lu s i one s ap r e su r ada s , as í q u e r e p a s a m o s t o d o u n a y o t r a vez , c o m p r o b a n d o todas las p r u e b a s y v i e n d o q u é tal enca j aba t odo .

T u v i e r o n l u g a r m u c h í s i m a s m i n u c i o s a s d i s cu s ione s p a r a e s t ab lece r q u é f u e e x a c t a m e n t e lo o c u r r i d o en los ú l t i m o s s e g u n d o s de l vue lo , p e r o y o n o le p res té m u c h a a t enc ión a t o d o a q u e l l o . E r a c o m o si un t ren h u b i e s e de sca r r i l ado p o r q u e a la v í a le f a l t aba u n t r a m o , y n o s pus i é r amos a ana l izar qué vagones se separaron los p r ime -ros , cuá l e s los s e g u n d o s , o p o r q u é u n c i e r to v a g ó n r o d ó y c a y ó de cos t ado . M e f i g u r é q u e u n a v e z q u e el t r en se sa le de la v í a , t o d o eso ca rece de i m p o r t a n c i a — e l m a l hecho está h e c h o — . E m p e c é a a b u r r i r m e .

M e h ice en tonce s u n j u e g o p a r a m í : « I m a g i n e m o s q u e a lgo ha f a l l ado — l o s m o t o r e s p r inc ipa l e s , po r e j e m p l o — y q u e e s t u v i é r a m o s h a c i e n d o la m i s m a c lase de inves t i -gac ión in t ens iva q u e a h o r a : ¿ D e s c u b r i r í a m o s la m i s m a fa l ta de c r i t e r ios c l a ros de s e g u r i d a d y la m i s m a f a l t a de c o m u n i c a c i ó n ? » .

Pensé en hace r lo q u e t e n g o p o r c o s t u m b r e : a v e r i g u a r p o r los i ngen i e ros c ó m o f u n c i o n a el m o t o r , q u é p e l i g r o s h a y , q u é p r o b l e m a s h a n t en ido , y t o d o lo d e m á s ; y de s -pués , c u a n d o y a e s t o y t an c a r g a d o de i n f o r m a c i ó n q u e sé de q u é hab lo , i r m e d i r e c t a m e n t e a q u i e n a f i r m a q u e la p r o b a b i l i d a d de f a l l o es de 1 p a r t e en 100 .000 .

So l i c i t é h ab l a r sob re los m o t o r e s con u n p a r de i n g e -n ie ros . La p e r s o n a a c a r go m e d ice , « V a l e , se lo a r r e -

211


g l a ré . ¿ L e va b ien m a ñ a n a po r la m a ñ a n a a las n u e v e ? » . Esta v e z e s t aban t res ingen i e ros , su jefe , el Sr . L o v i n g -

w o o d , y u n o s cuan to s a y u d a n t e s , una s ocho o nueve pe r sonas en to ta l .

T o d o s ven í an p rov i s to s de g r andes y g rue sos cuade r -nos, l l enos de pape les , t o d o m u y b ien o r g a n i z a d o . En la p o r t a d a d e c í a n :

I N F O R M E S O B R E E L M A T E R I A L F A C I L I T A D O A L C O M I S I O N A D O R I C H A R D P . F E Y N M A N . W A — W A 1 D E M A R Z O D E 1986

Les d i go , « ¡ C a r a y ! C h i c o s , habré i s t en ido t r aba jo de lo l i ndo toda la n o c h e ! » .

« N o , no ha s ido t an to ; no h e m o s hecho m á s q u e re-cop i l a r los pape l e s n o r m a l e s q u e m a n e j a m o s c o n t i n u a -m e n t e » .

Le s exp l i co , « L o ú n i c o q u e que r í a era h ab l a r con dos o tres i ngen i e ros .

H a y t an tos p r o b l e m a s en los q u e t r aba j a r , q u e n o p u e -do ped i r l e s a todos us t edes que se q u e d e n pa ra exp l i c á r -me lo s . »

Pe ro esta v e z se q u e d a r o n todos . El Sr . L o v i n g w o o d se l evan tó y c o m e n z ó a exp l i c á r -

me lo t o d o a l a m a n e r a hab i tua l en la N A S A , con d i a -g r amas y g r á f i co s i gua l e s a la i n f o r m a c i ó n de m i l i b ro te — t o d o a base de « b a l i n e s » , ev iden t emen te .

N o p r e t e n d o abu r r i r l e con todos los deta l l es , p e r o ne -ces i taba c o m p r e n d e r todo l o re fe rente al m o t o r . A s í q u e me pasé t odo el t i e m p o hac i endo mis hab i tua l e s p r e g u n -tas ton tas .

A l c abo de u n t i empo , el Sr. L o v i n g w o o d d ice , « D r . F e y n m a n , hace dos ho r a s q u e e s t amos con esto . H a y 123 pág inas , y só lo l l e v a m o s v is tas 20 . »

M i p r i m e r a r eacc ión f u e contes ta r , « B u e n o , en r ea l i -dad no v a m o s a t a rda r t an to c o m o parece . A l p r i n c i p i o

1 La forma que tiene Feynman de decir «Whatever it wa s » (tal y tal dia).

212


s i empre v o y u n p o q u i t o l e n t o ; m e hace fa l t a u n t i e m p o pa ra coge r l e el t r a n q u i l l o . H a c i a el f i na l p r o d r e m o s ir m u c h o m á s r á p i d a m e n t e . »

P e r o en tonce s pen sé o t r a cosa . D i j e , « P a r a p o d e r a ce -le rar l a s cosas , les d i r é lo q u e e s t o y h a c i e n d o pa r a q u e sepan a d o n d e q u i e r o l l ega r . Q u i e r o s abe r si en el ca so de los m o t o r e s h a y la m i s m a fa l t a de c o m u n i c a c i ó n en t r e los i n g e n i e r o s y la d i r e c c i ó n c o m o la q u e h e m o s e n c o n -t rado en el ca so de los cohe te s i m p u l s o r e s . »

El Sr . L o v i n g w o o d d ice , « N o lo c r eo . D e hecho , a u n -que aho r a o c u p o u n p u e s t o d i r e c t i vo , m i f o r m a c i ó n es de i n g e n i e r o . »

« P e r f e c t a m e n t e , » d i je . « A q u í t i enen us t edes u n a ho j a de pape l c ada u n o . L e s r u e g o q u e e s c r iban en él su r e s -pue s t a a l a s i gu i en te p r e g u n t a : ¿ C u á l es , a su j u i c io , l a p r o b a b i l i d a d de q u e u n v u e l o n o p u e d a c o m p l e t a r s e d e -b ido a u n a aver í a en es te m o t o r ? » .

Esc r i b en sus r e spues t a s y m e p a s a n su s pape l e s . U n o de a q u e l l o s t íos e sc r ib ió , « 99— 4 4 /100 p u r o » ( c o p i a n d o el l e m a de l j a b ó n I v o r y ) , lo q u e equ i v a l í a m á s o m e n o s a 1 de c a d a 200 . O t r o de e l los e sc r ib ió a l go m u y t écn i co y s u m a m e n t e cuan t i t a t i vo , con los t e c n i c i s m o s hab i t u a l e s en es tad í s i t i ca , d e f i n i e n d o t o d o c u i d a d o s a m e n t e , q u e t u v e q u e t r a d u c i r — l o cua l r e su l tó n u e v a m e n t e en 1 de c ada 200 , a p r o x i m a d a m e n t e . El t e r ce ro e sc r ib ió n a d a m á s , « 1 de c ada 3 0 0 » .

El p a p e l de l Sr . L o v i n g w o o d , s in e m b a r g o , dec í a , N o p u e d o cuan t i f i c a r l a . L a f i a b i l i d a d se j u z g a b a s á n -

dose e n :

• expe r i enc i a p a s a d a • c o n t r o l de ca l i dad en la f a b r i c a c i ó n • j u i c i o i ngen i e r i l

« B u e n o » , d i je , « T e n e m o s c u a t r o r e spue s t a s , y u n a de e l las h a cons i s t i do en sa l i r se p o r la t a n g e n t e » . M e v o l v í hac i a e l Sr . L o v i n g w o o d . « M e p a r e c e q u e u s t ed r e c u r r e a s u b t e r f u g i o s » .

« N o lo c reo as í . »

213


« S e ñ o r m e ha d i cho c ó m o hace u s t ed p a r a de t e rm i -nar l a . L o q u e y o q u i e r o saber es : tras h abe r l a d e t e rm i -n a d o , ¿ q u é v a lo r t i ene ? »

«Señor , u s t ed no ha d a d o u n va lo r de c o n f i a n z a ; u s t ed só lo m e r e sponde , "100 p o r c i en to" . » Los i ngen i e ro s q u e -d a n boqu i ab i e r to s , y o q u e d o b o q u i a b i e r t o . M e q u e d o m i r á n d o l e ; todos se q u e d a n m i r ándo l e . . . « E j e m . . . , uh . . . , ; m e n o s é p s i l o n ! » .

A s í q u e le d igo , « B u e n o , s í ; e sp l énd ido . A h o r a bien, el ú n i c o p r o b l e m a es : ¿ C U A N T O ES E P S I L O N ? » .

R e s p o n d e : « 1 0 — 5 » . Es el m i s m o n ú m e r o de l q u e nos h ab ló el Sr . U l l i a n : 1 en 100.000.

L e mos t r é al Sr . L o v i n g w o o d las otras r e spues t a s y d i je , « L e in te re sa rá s aber que existe aqu í u n a d i f e renc i a en t re los ingen i e ros y la d i r e c c ión— con u n f ac to r m a -y o r que 300 . »

Rep l i c a , « S e ñ o r , es taré encan tado de env ia r l e el d o c u -m e n t o d o n d e se e f ec túa la e s t imac ión , p a r a q u e p u e d a u s t ed c o m p r e n d e r l a . » 2

R e s p o n d o . « M u c h í s i m a s grac ias . V o l v a m o s aho r a al m o t o r . »

P r o s e g u i m o s con él y , c o m o m e i m a g i n a b a , hac i a el

2 M á s tarde, el Sr. Lov ingood me envió ese in forme . Dec ía cosas como «¡La p r o b a b i l i d a d de éx i to de l a m i s ión es necesa r i amente m u y p r ó x i m a a 170» —¿s i gn i f i c a eso q u e es m u y cercana a 170, o q u e debería ser-lo?— y c o m o « H i s t ó r i c a m e n t e , este a l to g r a d o de éx i to en las m i s iones ha d a d o p ie a una d i f e renc i a de f i losof í a entre los p r o g r a m a s espac ia les de v u e l o s t r i pu l ados y los de vue lo s n o t r i pu l ados ; a saber , la c o n f r o n -t ac ión ent re p r o b a b i l i d a d n u m é r i c a y ju ic io i ngen i e r i l » . ¡ P o r lo que a m í se me alcanza, « ju ic io ingenier i l » s ignif ica senci l lamente que se van a l im i t a r a a m a ñ a r n ú m e r o s ! L a p robab i l i d ad de fa l lo de un á l abe de t u r b i n a era dada c o m o si f u e r a una constante un ive r sa l , c o m o si todos los a l abes fue ran exac t amen te i gua l e s y es tuv ie ran s o m e t i d o s a idént i cas cond i c iones . El d o c u m e n t o era de cabo a rabo una cuan t i f i c ac ión . P r á c -t i c amen t e f i g u r a b a n en él cada torn i l lo y cada tue r c a : « L a p r o b a b i l i d a d de q u e rev iente un tubo de T B H A P es 1 0 - 7 » . N o es pos ib l e e s t imar cosas as í ; una p r o b a b i l i d a d de 1 par te de 10 .000 .000 es cas i i m p o s i b l e de e s t imar . Era obv io q u e los n ú m e r o s co r r e spond i en te s a cada p i eza de l m o t o r hab í an s ido e l eg idos de mane r a q u e c u a n d o se sumasen todos se ob tuv i e r a 1 par te en 100.000 .

214

C i f r a s f an tá s t i ca s

f ina l a v a n z a m o s m u c h o m á s r á p i d a m e n t e . Y o ten ía q u e en t ende r c ó m o f u n c i o n a b a el m o t o r — l a f o r m a exac t a de los á l abes de la t u r b i n a , la f o r m a exac t a en q u e g i r aba , e t c .— p a r a p o d e r c o m p r e n d e r sus p r o b l e m a s .

D e s p u é s de l a l m u e r z o , los i n g e n i e r o s m e c o n t a r o n to -dos lo s p r o b l e m a s de los m o t o r e s : á l abes a g r i e t ados en la b o m b a de ox í g eno , á l abes a g r i e t ados en la b o m b a de h i d r ó g e n o , apa r i c ión de f i su r a s o a m p o l l a s en los c u e r -pos de b o m b a , etc. L o s i n g e n i e r o s e x a m i n a b a n ta les d e -fec tos m e d i a n t e p e r i s c o p i o s e i n s t r u m e n t o s espec i a l e s al a t e r r i z a r el t r a n s b o r d a d o r , t ras c ada v u e l o .

H a b í a u n p r o b l e m a l l a m a d o « v ó r t i c e s u b s i n c r ó n i c o » , en el cua l el eje, al g i r a r a g r ande s ve loc idade s , se cu rva l e vemen t e en f o r m a de a rco p a r a b ó l i c o . El desgas t e de los co j ines era t an t e r r ib l e — c o n t o d o aque l r u i d o y v ibrac ión-— q u e n o pa r e c í a t ener r e m e d i o . Pe ro h a b í a n e n c o n t r a d o u n a f o r m a de l ib ra r se de él . H a b í a a l r e d e d o r de u n a d o c e n a de p r o b l e m a s m u y s e r i o s ; a p r o x i m a d a -m e n t e la m i t a d de e l los h a b í a n s i do r e sue l to s .

C a s i t odos los av ione s se p r o y e c t a n « d e aba jo a a r r i -b a » , u t i l i z a n d o p i e z a s y c o m p o n e n t e s q u e h a n s i do ex -t e n s a m e n t e p r o b a d o s . S in e m b a r g o , p a r a a h o r r a r t i e m p o , el t r a n s b o r d a d o r h a b í a s i do p r o y e c t a d o de « a r r i b a a aba -j o » . P e r o , c l a ro , c ada v e z q u e se d e s c u b r í a u n p r o b l e m a , pa ra p o d e r co r r eg i r l o e ra p rec i so m u c h o t r aba jo de r ed i -seño .

El Sr . L o v i n g w o o d apenas sí a h o r a ab re la boca , p e r o d i s t in tos ingen i e ros , s e g ú n el p r o b l e m a d e q u e se t ra te , me es tán c o n t a n d o t o d o esto, lo m i s m o q u e p o d r í a h a b e r a v e r i g u a d o si m e h u b i e r a i do a ver a los i ngen i e ro s d e T h i o k o l . H a b í a g a n a d o pa r a e l los m u c h í s i m o r e spe to . Eran t o d o s m u y c o n c i e n z u d o s y t o d o f u e e s t u p e n d a m e n -te. R e p a s a m o s el l i b ro de cabo a r a b o . L o l o g r a m o s .

E n t o n c e s d i je , « ¿ Q u é m e p u e d e n d e c i r de esta v i b r a -c ión de a l ta f r e c u e n c i a q u e p a d e c e n a l g u n o s m o t o r e s , y o t ros n o ? 3 » .

3 H a b í a o í d o hab l a r de e l la a Bi l l G r a h a m . M e d i j o q u e rec ién l l e g ado

215


H a y u n m o v i m i e n t o r áp ido , y aparece u n p e q u e ñ o m a n o j o de pape les . L o s p r e p a r a n ensegu ida ; enca j an a la pe r fecc ión en m i l ib ro . ¡ T o d o re fe rente a la v i b r a c c ión de 4000 c i c los !

Es pos ib l e q u e y o sea u n poco ob tuso , p e r o h ice el m á x i m o e s fue r zo po r no acusa r a nad i e de nada . M e l im i té a de ja r l es que m e mos t r a r an lo q u e m o s t r a r o n , y actué c o m o si no m e d ie ra cuen ta de su t ruco . N o s o y el t ipo de inves t i gador q u e se ve en la t e l ev i s ión , q u e sal ta y acusa a la o r g a n i z a c i ó n co r rup ta d e es tarse re -s e rvando i n f o r m a c i ó n . Pe ro sí tenía p l ena conc i enc i a de que no m e hab í an d i cho nada de l p r o b l e m a has ta q u e y o les p r e g u n t é . N o r m a l m e n t e y o ac tuaba c o m o si f u e r a u n comp l e to i n g e n u o — l o q u e f u n d a m e n t a l m e n t e s o y — .

En cua l qu i e r caso , los ingen i e ros sa l t a ron todos a una . Se exc i t a ron m u c h o y c o m e n z a r o n a de sc r ib i rme el p r o -b lema . E s t o y s eguro q u e e s t aban encan tados de hace r lo , p o r q u e la gente técn ica adora d i scut i r los p r o b l e m a s téc-n icos con pe r sonas técn icas que p u e d a n dar u n a o p i n i ó n o hace r u n a suge renc i a q u e p u e d e resu l t a r ú t i l . Y de sde luego , es taban v e r d a d e r a m e n t e ans iosos po r da r con el r emed io .

Se re fe r í an c o n t i n u a m e n t e al p r o b l e m a p o r u n n o m b r e c o m p l i c a d o — « u n a vo r t i c i d ad osc i l a tor i a p r e s o — i n d u c i -da» o a l go así .

Exc l amo , « ¡ A h , c o m o u n s i l b a to ! » « S í » , m e d icen , « exh ibe las carac ter í s t i cas de u n s i lb i -

do . » El los pens aban que el s i lb ido pod í a p r o c e d e r de un

al ca rgo de d i rec tor de N A S A , es taba r ev i s ando unos i n f o r m e s c u a n d o se f i jó en un « b a l í n » : " • v ib rac ión de 4 .000 c ic los se encuen t r a en el seno d e nues t r a base de da to s" . L e parec ió una f r a se m u y cur iosa , p o r lo q u e se p u s o a hacer p r egun t a s . C u a n d o por f in l l egó al c abo del ca-m i n o , d e s cub r ió que se t r a t aba de un asunto bas tante s e r io : a l gunos m o t o r e s v ib ra r í an t an to q u e ser í a impos ib l e u t i l i z a r los . M e lo c o m e n t ó c o m o e j emp lo de lo d i f íc i l q u e es ob tene r i n fo rmac ión a m e n o s q u e v a y a u n o p e r s o n a l m e n t e y la v e r i f i q u e po r sí m i s m o .

2 1 6


l u g a r d o n d e el gas f l u í a a g r an v e l o c i d a d p o r u n t u b o y desde a l l í e ra r epa r t i do p o r t res t u b o s m á s p e q u e ñ o s , en los cua l e s h a b í a dos pa r t i c i one s . M e e x p l i c a r o n has t a d ó n -de h a b í a n p o d i d o l l ega r en su a v e r i g u a c i ó n de la c au s a del p r o b l e m a .

C u a n d o a b a n d o n é la r e u n i ó n , t en ía l a d e f i n i d a i m p r e -s ión de h a b e r m e t r o p e z a d o con el m i s m o j u e g o q u e en el ca so de las j u n t a s : l a d i r e cc ión r e d u c i e n d o el r i g o r de los c r i t e r ios de a cep t ac ión y d a n d o p o r b u e n o s en el d i spos i t i vo m á s y m á s e r ro re s i m p r e v i s t o s , m i e n t r a s los i ngen i e ro s p i d e n a g r i tos soco r ro d e s d e las c ave rna s .

La n o c h e s i gu i en te c ené en el a v ión , d e c a m i n o a casa . C u a n d o t e r m i n é de u n t a r de m a n t e q u i l l a m i p anec i l l o , t o m é el p e d a c i t o de c a r tón en el q u e v i e n e la pe l l a de m a n t e q u i l l a y lo d o b l é en f o r m a de U , con los dos b o r -des m i r a n d o hac í a m í . L o s sos tuve y e m p e c é a sop l a r , y p r o n t o l og r é p r o d u c i r u n s o n i d o c o m o de s i l b ido .

D e v u e l t a en C a l i f o r n i a o b t u v e a l go m á s de i n f o r m a -c ión s o b r e el m o t o r de l t r a n s b o r d a d o r y su p r o b a b i l i d a d de f a l lo . F u i a R o c k e t d y n e y cha r l é con los i n g e n i e r o s q u e e s t aban c o n s t r u y e n d o los m o t o r e s . H a b l é t a m b i é n con lo s consu l t o r e s q u e a s e so r a ron su d i s eño . D e h e c h o , u n o de e l los , el Sr . C o v e r t , p e r t enec í a a l a c o m i s i ó n . A v e r i g u é t a m b i é n q u e u n p r o f e s o r d e C a l t e c h h a b í a s i do asesor de R o c k e t d y n e . Se m o s t r ó m u y ans io so y e x p l í -c i to , y m e con tó todos los p r o b l e m a s q u e t en ía el m o t o r y en c u á n t o e s t imaba él la p r o b a b i l i d a d de fa l lo .

Fu i d e s p u é s al J P L y m e r e u n í con u n a p e r s o n a q u e a c a b a b a de p r e p a r a r u n i n f o r m e p a r a la N A S A s o b r e lo s m é t o d o s u t i l i z a d o s p o r la F A A 4 y p o r los m i l i t a r e s p a r a ce r t i f i c a r sus m o t o r e s de t u r b i n a de gas y los m o t o r e s de sus cohe te s . N o s p a s a m o s el d í a en t e ro d á n d o l e v u e l -tas a c ó m o d e t e r m i n a r la p r o b a b i l i d a d de f a l l o en u n a m á q u i n a . A p r e n d í u n m o n t ó n de n o m b r e s n u e v o s , c o m o la « d i s t r i b u c i ó n de W e i b u l l » , q u e es u n a d e t e r m i n a d a

4 La A d m i n i s t r a c i ó n Fede r a l de A v i a c i ó n .

2 1 7


d i s t r ibuc ión es tad í s t i ca q u e gene ra una c ie r ta cu rva al ser r ep re sen t ada g r á f i c amen t e . M e exp l i có q u e las p r im i t i v a s reg las de s e gu r i d ad pa r a el t r a n s b o r d a d o r e ran m u y s i -m i l a r e s a las de la F A A , p e r o q u e la N A S A e m p e z ó a mod i f i c a r l a s c u a n d o c o m e n z a r o n a t ener p r o b l e m a s .

R e s u l t ó q u e el m o t o r hab í a s ido d i s eñado p o r el C e n -t ro Espac ia l M a r s h a l l en Hun t sv i l l e , R o c k e t d y n e los c o n s t r u y ó , o c k h e e d redac tó las in s t rucc iones y el C e n -t ro Espac ia l K e n n e d y de la N A S A los in s t a l aba . Ta l vez c o m o s i s tema de o r g a n i z a c i ó n f u e r a gen ia l , pe ro p o r lo q u e a m í se re fer í a , era un c o m p l e t o ga l imat í a s . M e crea-ba u n a con fu s ión te r r ib le . ¡ N u n c a sab ía si e s taba hab l an -do con el h o m b r e de Mar sha l l , el de R o c k e t d y n e , el de L o c k h e e d o el de K e n n e d y ! A s í q u e e n r e d a d o en aque l l ío , me pe rd í D e hecho , po r en tonces — e n m a r z o y en ab r i l— era t an to el t i empo que pa s aba co r r i endo de acá para al lá en t re Ca l i f o rn i a , A l a b a m a , H o u s t o n , F lo -r i d a y W a s h i n g t o n D . C . , que con f r e cuenc i a no sab ía ni el d ía que era, n i d ó n d e m e encont r aba .

D e s p u é s de toda esta inves t i gac ión en so l i t a r io , pensé q u e deber í a r edac t a r pa ra los d e m á s m i e m b r o s de la co-m i s i ó n u n i n f o r m e sobre el m o t o r . Pe ro c u a n d o consu l t é m i s notas sobre los p r o g r a m a s de e n s a y o s hab í a en el las c i e r t a c o n f u s i ó n : se hab l aba , p o n g a m o s p o r caso , del « m o t o r n° 12» y de cuán to t i empo hab í a « v o l a d o » . Pe ro n i n g ú n m o t o r era u n a cosa f i j a ; era r e p a r a d o c o n t i n u a -men te . Despué s de cada vue lo , los técn icos i n specc iona -b a n los motores y ve í an cuán tos á labes ag r i e t ados hab í a en el ro tor , cuán ta s f i su r a s en el cue rpo de la tu rb ina , y as í suces ivamente , A con t inuac ión p roced í an a r epa ra r el m o t o r , i n s t a l ando u n cue rpo nuevo , o un n u e v o rotor , o n u e v o s co j ine te s— sus t i tu í an c o m p l e t a m e n t e u n m o n -tón de p i ezas . U n o p o d í a leer en tonces q u e u n m o t o r d e t e r m i n a d o ten ía el r o t o r n° 2009 , q u e h a b í a f u n c i o n a d o du r an t e 27 m i n u t o s en el vue lo tal y ta l , y la cub i e r t a n° 4091 , q u e hab í a f u n c i o n a d o d u r a n t e 53 minutos , en los v u e l o s tal y cua l y as í y así . T o d o aque l lo era u n l ío .

218


C u a n d o c o n c l u í m i i n f o r m e q u i s e c o m p r o b a r l o . A s í que la s i gu i en t e v e z q u e e s tuve en M a r s h a l l d i je q u e r e r hab l a r con los i ngen i e ro s sobre u n o s c u a n t o s p r o b l e m a s m u y técn icos , só lo pa r a c o m p r o b a r los de ta l l e s — n o n e -ces i t aba a l l í a n i n g ú n d i r ec t i vo .

Esta vez , p a r a so rp re s a m í a , no v i n o nad i e m á s q u e los i n g e n i e r o s con los q u e hab í a h a b l a d o y a , y con e l lo s e n m e n d é todos los e r ro re s . Es t aba y a a p u n t o de i r m e , c u a n d o u n o de e l los d i jo , « ¿ S e a c u e r d a u s t ed de a q u e l l a p r e g u n t a q u e nos h i z o la ú l t i m a vez , la de los p a p e l e s ? T u v i m o s la i m p r e s i ó n de q u e iba con ba l a . N o f u e j u e g o l i m p i o . »

L e d i je , «S í , t i ene us t ed toda la r a z ó n . Era una p r e -gun ta con ca rga . Y o y a t en ía u n a idea d e lo q u e i b a a s u c e d e r . »

El h o m b r e v a y m e d ice , « Q u i s i e r a e n m e n d a r m i r e s -pues t a . Q u i e r o dec i r q u e no p u e d o c u a n t i f i c a r l a . » (Este h o m b r e era el q u e m e hab í a d a d o en aque l l a o c a s i ón la r e spues t a m á s de t a l l ad a . )

L e r e spond í , « M e pa rece m u y b ien . P e r o ¿ c o n c e d e r í a u s t ed q u e la tasa de t a l los es de 1 en 100 .000? )

« B u e n o , uh . . . , no , la v e rdad , no . L o q u e pasa , s enc i -l l amen te , es q u e no q u i e r o c o n t e s t a r . »

E n t o n c e s u n o de los o t ros d ice , « Y o d i j e q u e e ra de 1 en 300 y s igo d i c i e n d o q u e es de 1 en 300 , p e r o n o qu i e ro conta r l e c ó m o h e o b t e n i d o ese n ú m e r o . »

L e r e spond í , « N o h a y p r o b l e m a . N o t i ene u s t ed ob l i -gac ión de hace r l o . »

219

U N A P E N D I C E I N F L A M A D O

D u r a n t e t odo este t i e m p o , tuve la i m p r e s i ó n de q u e en a l g ú n m o m e n t o v o l v e r í a a r eun i r s e la c o m i s i ó n en ses ión p l ena r i a p a r a p o d e r exp l i c a rnos u n o s a o t r o s lo q u e h a b í a m o s d e s c u b i e r t o .

Pensé q u e p a r a f a c i l i t a r tal d i s cus ión debe r í a ir s o b r e la m a r c h a r e d a c t a n d o p e q u e ñ o s i n f o r m e s : e sc r ib í sob re mi t r a b a j o con el e q u i p o an t ihe l ada s ( a n a l i z a n d o las f o -tog r a f í a s y las l e c tu r a s t e r m o m é t r i c a s e r r ó n e a s ) ; e s c r ib í sobre m i s c o n v e r s a c i o n e s con el Sr . L a m b e r t h y los o p e -r a r ios de l t a l l e r de m o n t a j e ; e sc r ib í i n c l u s o s o b r e el p a -pe l i to q u e dec í a « d é m o s l o p o r b u e n o » . T o d o s es tos p e -q u e ñ o s i n f o r m e s se los fu i e n v i a n d o a A l Kee l , n u e s t r o f u n c i o n a r i o e j ecu t ivo , p a r a q u e lo s h i c i e r a l l ega r a los d e m á s m i e m b r o s de la c o m i s i ó n .

A h o r a , esta a v e n t u r a conc re t a —la f a l t a de c o m u n i c a -c ión en t r e la d i r e cc ión y los i ngen i e ro s q u e e s t aban t r a -b a j a n d o en el m o t o r — la esc r ib í con el p e q u e ñ o I B M P C q u e t engo en casa . M e e n c o n t r a b a f r a n c a m e n t e c a n -sado , p o r lo q u e n o l o g r a b a t odo el c o n t r o l v e rba l n e -ce sa r io ; no e s t aba escr i t a con el m i s m o c u i d a d o q u e lo s

221


o t ros i n fo rmes . Pe ro c o m o só lo p r e t e n d í a q u e f u e r a un i n f o r m e in t e rno pa r a los o t ros c o m i s i o n a d o s , n o m o d i -f i q u é el l engua j e antes de env iá r se lo al Dr . Kee l . S imp le -m e n t e le añad í u n a no ta que dec ía « M e pa r ece q u e esto p o d r í a ser de in terés p a r a los o t ros c o m i s i o n a d o s , pe ro p u e d e usted hace r lo q u e qu i e r a con é l ; es u n p o c o fue r t e al f i n a l , »

Kee l m e d io las grac ias , y d i jo q u e h a b í a env i ado m i i n f o r m e a todos .

D e s p u é s fu i al C e n t r o Espac ia l J o h n s o n , en H o u s t o n , pa ra i n t e r e s a rme p o r la av ión ica . El g r u p o de Sa l l y R i d e se encon t r aba al l í , i nves t i g ando a sun tos de s e g u r i d a d re -l a c ionados con las exper ienc ias de los a s t ronau ta s . Sa l l y m e p re sen tó a los ingen i e ros de p r o g r a m a c i ó n , qu i ene s m e enseña ron las ins ta l ac iones de e n t r e n a m i e n t o de los a s t ronau ta s .

Es ma r av i l l o so de veras . D i s p o n e n de s i m u l a d o r e s de d i f e ren tes t ipos , con d iversos g r ados de r e f i n a m i e n t o , que u t i l i z an los a s t ronautas pa ra sus prác t i cas . U n o de e l los te hace sent i r q u e aque l lo es r e a l : h a y q u e t r epa r e in -t roduc i r s e en é l ; en las ventan i l l a s , los o r d e n a d o r e s van g e n e r a n d o las imágene s adecuadas . C u a n d o el p i l o to m u e v e los cont ro les , la v is ta desde las ven tan i l l a s c amb i a en consecuenc i a .

Este s i m u l a d o r concre to t en í a la dob l e f i n a l i d a d de enseña r a los a s t ronau ta s y de c o m p r o b a r el f u n c i o n a -m i e n t o de los o rdenadore s . T r a s la c ab ina de la t r i pu l a -c ión hab í a bande j a s l l enas de cab le s q u e co r r í an a t ravés de l d e p a r t a m e n t o de carga has ta a l gún l ug a r s i t uado atrás , d o n d e hab í a i n s t r umen to s que s i m u l a b a n seña les de los m o t o r e s —pre s ione s , c o n s u m o s de c o m b u s t i b l e , y cosas así . ( L o s cables es taban acces ib les p o r q u e los técn icos e s t aban ve r i f i c ando si hab í a « m o d u l a c i ó n c r u z a d a » , o sea, in te r fe renc i a s entre las señales q u e co r r í an p o r d i s t in tas l íneas . )

Esenc i a lmente , todo f u n c i o n a m i e n t o del t r a n s b o r d a -d o r le está e n c o m e n d a d o a u n o r d e n a d o r . E n cuan to se p r o d u c e la i gn ic ión y se p o n e en m a r c h a , n i n g u n o de los

222

U n a p é n d i c e i n f l a m a d o

t r i pu l an t e s p u e d e hace r nada , p o r q u e la a ce l e r ac ión es t r e m e n d a . C u a n d o el t r a n s b o r d a d o r a l c anza u n a de t e r -m i n a d a a l tu r a , los o r d e n a d o r e s r e a ju s t an y r eba j an el e m -p u j e d u r a n t e u n m o m e n t o , y c o n f o r m e el a i re se va en -r a r e c i endo , los o r d e n a d o r e s v u e l v e n a r e toca r el e m p u j e . M á s o m e n o s u n m i n u t o d e s p u é s se d e s p r e n d e n lo s d o s cohe te s d e c o m b u s t i b l e só l i do , y p o c o s m i n u t o s m á s t a r -de se sue l t a el t a n q u e p r i nc ip a l de c o m b u s t i b l e ; c ada u n a de es tas ope r a c i one s es tá c o n t r o l a d a p o r los o r d e n a d o -res. El t r a n s b o r d a d o r en t r a en ó r b i t a a u t o m á t i c a m e n t e ; los a s t ronau t a s n o h a n h e c h o m á s q u e q u e d a r s e s en t ados en sus a s i en tos .

L o s o r d e n a d o r e s de l t r a n s b o r d a d o r n o t i enen m e m o -r ia s u f i c i en t e p a r a c o n s e r v a r l a t o t a l i d ad de los p r o g r a -mas de l v u e l o c o m p l e t o . C o n el a p a r a t o y a en órb i t a , los a s t ronau t a s r e t i r an a l g u n a s c in tas y c a rgan el p r o g r a m a pa r a la s i gu i en t e f a s e de l vue lo — h a y n a d a m e n o s q u e seis en to ta l . H a c i a el f i na l de su m i s i ó n , los a s t ronau t a s ca rgan el p r o g r a m a de de scenso .

El t r a n s b o r d a d o r l l eva a b o r d o c u a t r o o r d e n a d o r e s , en t odos lo s cua l e s f u n c i o n a n los m i s m o s p r o g r a m a s . N o r -m a l m e n t e , l o s r e s u l t a d o s de los c u a t r o co inc iden . En el caso de q u e u n o de los o r d e n a d o r e s n o esté de a c u e r d o con los o t r o s t res , a ú n se p u e d e c o n t i n u a r con el v u e l o . Si só lo c o n c u e r d a n dos , es p r ec i so a n u l a r el v u e l o y el t r a n s b o r d a d o r ha de ser t r a í d o de vue l t a i n m e d i a t a m e n t e .

P a r a m a y o r s e g u r i d a d t o d a v í a ex i s te un q u i n t o o r d e -n a d o r , s i t u a d o a d i s t anc i a de los o t r o s cua t ro , y c u y o s cab les c o r r e n p o r l u g a r e s d i f e r en te s , q u e só lo t i ene el p r o g r a m a de a scenso y ei p r o g r a m a de r eg re so . (Su m e -m o r i a es apenas c a p a z de con t ene r a m b o s p r o g r a m a s ) . En caso de q u e a l go o c u r r i e r a a los o t r o s o r d e n a d o r e s , el q u i n t o es c a p a z d e t r ae r de v u e l t a al t r a n s b o r d a d o r . J a m á s h a t en ido q u e se r u t i l i z a d o .

El m o m e n t o c u l m i n a n t e es el a t e r r i z a j e . C u a n d o lo s a s t ronau t a s saben d ó n d e h a n de a t e r r i z a r pu l s an u n o de tres bo tone s , m a r c a d o s E d w a r d s , W h i t e Sands y K e n -n e d y , q u e i n f o r m a n al o r d e n a d o r de l s i t io en q u e ha de

223


posarse el t r an sbo rdador . En tonce s ent ran en acc ión unos p e q u e ñ o s cohetes q u e lo f r enan un p o c o y lo hacen pe -ne t ra r en la a tmós fe r a con el á n g u l o j u s to y d e b i d o . Esa es la pa r t e pe l i g rosa , en la que todas las tese las de p ro -tecc ión se ca l i en tan .

D u r a n t e este t i empo los a s t ronau ta s no p u e d e n ver nada , y la ve loc idad con q u e t o d o c a m b i a es tan r áp ida que es p r ec i so hacer t odo a u t o m á t i c a m e n t e . C u a n d o la a l tura es de u n o s 10500 m e t r o s , el t r a n s b o r d a d o r f rena hasta a l go m e n o s de la v e loc id ad de l son ido , y en caso necesar io p u e d e ser m a n u a l m e n t e p i l o t ado . P e r o a los 1200 m e t r o s ocur re a lgo q u e n o se r ea l i za a u t o m á t i c a -men te : el p i lo to pu l sa u n bo tón pa ra hace r d e s c ende r el t ren de a t e r r i za j e .

A q u e l l o m e pa rec ió m u y ra ro , u n a espec ie de ton te r í a r e l ac ionada con la p s i co log í a de los p i l o to s : a los o jos del p ú b l i c o son hé roes ; t o d o el m u n d o t iene la idea de que van g u i a n d o el t r a n s b o r d a d o r de u n s i t io a o t ro , c u a n d o la ve rdad es que no t i enen nada q u e hace r has ta que pu l s an el bo tón q u e ba j a el t ren de a t e r r i z a j e . N o pueden sopor t a r la idea de q u e r e a lmen t e n o t i enen nada que hacer .

M e pa rec ió que ser ía m á s s egu ro que el o r d e n a d o r h ic iera ba j a r el tren de a te r r i za j e , en p rev i s ión de q u e los a s t ronau ta s hub i e r an p e r d i d o el conoc im i en to p o r a l gu -na r a zón . Los ingen ie ros de s o f t w a r e e s tuv i e ron de acue r -do, y a ñ a d i e r o n q u e ba j a r el t ren de a t e r r i z a j e en ma l m o m e n t o es m u y pe l i g ro so .

Los i ngen i e ros me d i j e ron q u e el con t ro l de t i e r ra p u e -de env i a r la seña l pa ra ba j a r el t ren de a t e r r i z a j e , p e r o esta m e d i d a de r e spa ldo les d io q u e pensa r . ¿ Q u é suce -der í a si el p i l o to está s e m i — i n c o n s c i e n t e y p i en s a q u e las r ueda s deber í an ba j a r en c i e r to m o m e n t o , y el con-t ro l ado r de t i e r ra p i ensa q u e ese m o m e n t o es i n a d e c u a -d o ? Es m u c h o m e j o r hace r q u e t odo el t r aba jo q u e d e a ca rgo de l o r d e n a d o r .

L o s p i lo tos so l ían con t ro l a r t amb i én los f r enos . Pe ro hab í a m u c h í s i m o s p r o b l e m a s : si se f r enaba d e m a s i a d o al

224


p r i n c i p i o n o q u e d a r í a en los f r enos f o r r o su f i c i en t e c u a n -do se l l egase al f i na l de la p i s t a — y todav í a se está en m o v i m i e n t o — . A s í pue s , se les e n c a r g ó a los i n g e n i e r o s d e s o f t w a r e q u e d i s eña r an u n p r o g r a m a de o r d e n a d o r q u e con t ro l a s e el f r e n a d o . A l p r i n c i p i o los a s t ronau t a s p r o t e s t a r o n p o r el c a m b i o , p e r o aho r a es tán encan t ados , po r lo b i en q u e f u n c i o n a el f r e n a d o a u t o m á t i c o .

A u n q u e en el C e n t r o J o h n s o n se es tá e s c r i b i endo m u -cho b u e n s o f t w a r e , los o r d e n a d o r e s de l t r a n s b o r d a d o r son t an a n t i g u o s q u e y a n o se f ab r i c an . L a s m e m o r i a s q u e c o n t i e n e n son de u n t ipo y a en de suso , con d i m i -n u t o s n ú c l e o s de f e r r i t a e n h e b r a d o s en h i lo s q u e p a s a n a su través . En el Ínterin, los equ ipos y mater ia les , el hard-ware, h a p r o g r e s a d o m u c h í s i m o : los m i c r o c i r c u i t o s d e m e m o r i a de nue s t ro s d í a s son m u c h o , m u c h í s i m o m á s p e q u e ñ o s ; t i enen u n a c apac i d ad m u c h í s i m o m a y o r ; son m u c h í s i m o m á s f i ab l e s . D i s p o n e n de c ó d i g o s i n t e rnos de co r r ecc ión d;e e r ro re s q u e m a n t i e n e n a u t o m á t i c a m e n -te la m e m o r i a en b u e n e s t ado . C o n los o r d e n a d o r e s de h o y p o d e m o s d i s eña r m ó d u l o s de p r o g r a m a i n d e p e n -d i en te s , con lo q u e el c a m b i o de t a rea n o r equ i e r e t ene r q u e vo l v e r a e sc r ib i r l o s p r o g r a m a s de c abo a r abo .

A causa de las e n o r m e s i nve r s iones en s i m u l a d o r e s d e v u e l o y t o d o el ma t e r i a l de c ó m p u t o a soc i ado , tener q u e e m p e z a r de n u e v o y su s t i t u i r los m i l l o n e s de l íneas de c ó d i g o q u e h a n c o n f e c c i o n a d o r e su l t a r í a s u m a m e n t e cos -toso .

M e en t e r é de la f o r m a en q u e los i n g e n i e r o s de so f t -w a r e d e s a r ro l l an la a v i ón i c a del t r a n s b o r d a d o r . U n o d e los g r u p o s se enca rga de d i s e ñ a r los p r o g r a m a s , p o r p i e -zas . D e s p u é s , las p i e z a s son e n s a m b l a d a s p a r a c o m p o n e r con e l l as e n o r m e s p r o g r a m a s , c u y o f u n c i o n a m i e n t o es v e r i f i c a d o p o r u n g r u p o i n d e p e n d i e n t e .

C u a n d o a m b o s g r u p o s c o n s i d e r a n q u e h a n d e p u r a d o y e l i m i n a d o todos los « b u g s » ( q u e es el n o m b r e q u e se da en la j e rga a los f a l l o s de los p r o g r a m a s ) , se e f e c túa u n a s i m u l a c i ó n de un v u e l o entero , en l a cua l se e n s a y a n

225


t oda s y cada u n a de l a s pa r te s de l t r a n s b o r d a d o r . En ta les casos se apl ica un p r i n c i p i o : esta s i m u l a c i ó n n o es u n m e r o e jerc ic io p a r a ve r i f i c a r si t odos los p r o g r a m a s f u n c i o n a n b i en : ¡es u n vuelo auténtico! Si a lgo fa l l a aho -ra , l a s i tuac ión es e x t r e m a d a m e n t e se r i a ; es c o m o si los a s t ronau t a s es tuv ie ran a b o r d o y en pe l i g ro . U n o se j ue -ga su r epu tac ión .

E n los m u c h o s años q u e l l evan hac i endo es to tan só lo h a n t en ido seis f a l los a n ive l de s i m u l a c i ó n de vue lo , y n i n g u n o en vue los rea les .

Pa rec í a pues q u e los i n f o r m á t i c o s s ab í an lo q u e se t r a í an entre m a n o s : sab ían q u e el f u n c i o n a m i e n t o del o r d e n a d o r e ra v i ta l para el t r a n s b o r d a d o r , pe ro po tenc i a l -m e n t e pe l i g roso , y es taban e x t r e m a n d o las p r ecauc iones .

Es t aban e sc r ib i endo p r o g r a m a s enca r g ados de hacer f u n c i o n a r u n a m á q u i n a s u m a m e n t e c o m p l e j a en u n am-b iente d o n d e las cond i c iones expe r imen t an c o n t i n u a m e n -te c amb io s bruscos , p r o g r a m a s q u e m i d e n d i chos c am-b ios , que son f l ex ib les en sus re spues ta s , y q u e m a n t i e -nen la s egu r idad y la p r ec i s ión . Y o d i r í a que , en c ier tos aspec tos , aque l lo s h o m b r e s o c u p a r o n pos i c i ón p u n t e r a en lo que a g a r an t i z a r l a ca l idad de los s i s temas robót i cos o de i n fo rmá t i c a in t e r ac t i va se r e f i e re , a u n q u e h o y , a c ausa de lo an t i cuado de sus equ ipos , tal cosa y a no sea c i e r ta .

N o inves t i gué la av ión ica t an a m p l i a m e n t e c o m o los mo to r e s , por lo que cabe en lo pos ib l e q u e m e es tuv ie ran « v e n d i e n d o » el p r o d u c t o ; p e r o no m e lo pa rece . Los i ngen i e ros y lo s d i r ec t ivos m a n t e n í a n u n a b u e n a c o m u -n i cac ión , y t odos ten ían el m a y o r c u i d a d o de n o re la ja r sus c r i t e r ios en ma te r i a de s egu r i d ad .

Les d i je a los i ngen i e ros de s o f t w a r e que , a m i ju ic io , su s i s t ema y su ac t i tud e ran m u y b u e n o s .

U n o de e l los m u r m u r ó a l go sobre los peces go rdos de la N A S A , q u e q u e r í a n r ecor t a r la fase de p r u e b a s para a h o r r a r d i n e r o : « N o hacen m á s q u e dec i r q u e s i empre s u p e r a m o s con éx i to las p r u e b a s , así pues , p a r a q u é tan-tas ? » .

226

U n apénd i c e i n f l a m a d o

A n t e s de de j a r H o u s t o n c o n t i n u é con m i sub r ep t i c i a i nve s t i g ac ión de l r u m o r de q u e la C a s a B l a n c a h a b í a p r e -s i o n a d o a la N A S A p a r a q u e l a n z a s e el t r a n s b o r d a d o r . H o u s t o n es el c en t ro de c o m u n i c a c i o n e s , así q u e m e a c e r -q u é a v e r a los de t e l eme t r í a y les p r e g u n t é p o r su s i s t ema de c o m u n i c a c i o n e s . R e p e t í t odos los pa sos q u e d i en F l o r i d a — y f u e r o n i g u a l de a g r adab l e s c o n m i g o — p e r o esta v e z d e s c u b r í q u e pa r a en l a z a r el t r a n s b o r d a d o r con el C o n g r e s o , l a C a s a B l anca , o c u a l q u i e r o t ro p u n t o só lo neces i t aban ser av i s ados con t res m i n u t o s de an t e l a c i ón — n o t res meses , n o t res d ías , n o t res ho r a s , ¡ t res m i n u -tos ! R e s u l t a p u e s q u e p u e d e n e s t ab l ece r el en l ace en c u a n -to hace fa l t a , s in nece s i d ad de cons t anc i a escr i ta p r ev i a . A q u e l l o da a u n ca l l e jón s in sa l ida .

En c i e r t a oca s ión , c o m e n t é este r u m o r con un r e p o r -te ro de l New York Times. L e p r e g u n t é , « ¿ C ó m o nace us t ed p a r a a v e r i g u a r si las cosas de esta c lase son v e r d a d e -ras ? » .

M e d ice , « U n a de las cosas q u e pensé hace r fu i ir a l l á y h a b l a r con qu i ene s m a n e j a n el s i s t ema de en laces . H i c e la p r u e b a p e r o n o p u d e sacar n a d a . »

D u r a n t e la p r i m e r a m i t a d de abr i l , el g r u p o de l g ene r a l K u t y n a rec ib ió lo s r e su l t ados de f i n i t i vo s de las p r u e b a s q u e la N A S A es taba e f e c t u a n d o en M a r s h a l l . A u n q u e la N A S A inc l u í a sus p r o p i a s i n t e rp r e t a c ione s de los r e -s u l t a d o s , n o s o t r o s p e n s a m o s q u e d e b e r í a m o s r e d a c -ta r lo t o d o o t ra v e z a nue s t ro p r o p i o es t i lo . ( L a s ún i c a s excepc iones e r an c u a n d o u n a p r u e b a n o d e m o s t r a b a nada ) .

El gene ra l K u t y n a m o n t ó t o d o u n s i s t ema en M a r s h a l l p a r a r e d a c t a r el i n f o r m e de n u e s t r o g r u p o . D u r ó cosa de dos d í as . A n t e s de q u e p u d i é r a m o s l l ega r a n ada r e c ib i -m o s u n m e n s a j e de l Sr . R o g e r s : « R e g r e s e n a W a s h i n g -ton . N o deben u s t ede s e f ec tua r ah í l a r e d a c c i ó n de su i n f o r m e . »

V o l v e m o s p u e s a W a s h i n g t o n , y el g ene ra l K u t y n a m e p r o p o r c i o n ó u n d e s p a c h o en el P e n t á g o n o . El d e s p a c h o

2 2 7


era e s tupendo , p e r o c o m o no ten ía sec re ta r i a , n o p o d í a t r aba j a r depr i s a .

Bi l l G r a h a m hab í a m o s t r a d o s i e m p r e g ran esp í r i tu de coope r ac ión , po r lo q u e le t e l e foneé . A r r e g l ó t odo pa r a que y o p u d i e r a u t i l i z a r la o f i c ina de u n a p e r s o n a ausente y su secre ta r i a , q u i e n m e p re s tó m u c h a , m u c h í s i m a a y u -da : era c apaz de escr ib i r t odo c u a n t o y o dec í a t an r áp i -d a m e n t e c o m o y o p o d í a dec i r lo , y de spué s e ra c apaz de da r l e f o r m a y co r r eg i r t odos m i s e r rores . T r a b a j a m o s m u y d u r a m e n t e d u r a n t e dos o t res d ías , y l o g r a m o s es-c r ib i r de aque l m o d o g randes f r a g m e n t o s de l i n fo rme . F u n c i o n ó m u y b ien .

N e i l A r m s t r o n g , q u e pe r t enec í a a n u e s t r o g r u p o , es u n r edac to r supe r l a t i v amen t e b u e n o . E r a c a p a z de echa r u n a o j e ada a m i t r aba jo y de tec ta r i n m e d i a t a m e n t e todos los p u n t o s déb i l es , así , a la p r i m e r a , y s i e m p r e ten ía ra-z ó n . Y o es taba v e r d a d e r a m e n t e i m p r e s i o n a d o .

C a d a g r u p o se es taba d e d i c a n d o a r edac t a r u n o o dos cap í tu los del i n f o r m e pr inc ipa l . N u e s t r o g r u p o p r e p a r ó par te de l con t en ido del « C a p í t u l o 3 : El a c c i d e n t e . » , pe ro nues t ro t r aba jo p r inc ipa l fue « C a p í t u l o 4 : La s causas del a c c iden t e » . Sin e m b a r g o , u n o de los r e su l t ados de este s i s t ema fue q u e n u n c a c e l eb r amos u n a r e u n i ó n pa r a d i s -cu t i r lo de scub i e r to p o r los o t ros g r u p o s , pa ra c o m e n -tar los h a l l a z go s de los d e m á s desde nues t r a s d i f e ren tes pe r spec t iva s . En l ug a r de eso nos d e d i c a m o s a lo q u e p o d r í a m o s l l amar « p u l i d o del t ex to» y a lo q u e el Sr. H o t z m á s t a rde l l amar í a « i n s c r i pc ión de losas sepu lc ra -l e s » : co r r eg i r la p u n t u a c i ó n , r e f ina r las f rases y demás . N u n c a t u v i m o s u n a au tént i ca d i s cus ión de ideas , sa lvo i nc iden t a lmen t e , d u r a n t e esta rev i s ión de l texto .

Por e j emp lo , p o d í a presenta r se u n a p r e g u n t a : «Es t a f rase sob re los mo to r e s , ¿debe r í a ir r edac t ada de esta f o r m a o de esta o t r a ? » .

Y o p r o c u r a b a en tonces susc i ta r u n p o c o la d i s cus ión . « D e s d e m i p u n t o de v i s ta , t engo la i m p r e s i ó n de q u e los m o t o r e s no son tan b u e n o s c o m o se está d i c i e n d o aqu í . . . »

A s í q u e dec í an , «En tonce s le d a r e m o s a esto la redac-

228


c ión m á s c o n s e r v a d o r a » , y p a s a b a n a la f r a se s i gu i en te . Es pos ib l e q u e este m é t o d o sea u n p r o c e d i m i e n t o e f i c i en te p a r a p r e p a r a r r á p i d a m e n t e u n i n f o r m e , p e r o la v e r d a d es q u e nos p a s a m o s la r e u n i ó n d e d i c a d o s a este « p u l i d o » .

D e c u a n d o en c u a n d o i n t e r r u m p í a m o s esa l a b o r p a r a d i s cu t i r l a t i p o g r a f í a y el co lo r de la p o r t a d a . Y t ras c a d a d i s cu s ión se n o s p e d í a q u e c o r t á s e m o s . A m í m e p a r e c i ó q u e se r í a m á s e f i c i en te v o t a r p o r el m i s m o co lo r q u e h a b í a m o s d e c i d i d o en l a ses ión an t e r io r , ¡ p e r o r e su l tó q u e y o ca í a s i empre en la m i n o r í a ! F i n a l m e n t e o p t a m o s p o r el co lo r ro jo . (Sa l ió en a zu l ) .

E n c i e r t a oca s ión m e e n c o n t r a b a h a b l a n d o c o n S a l l y R i d e sob re a l go q u e y o m e n c i o n a b a en m i i n f o r m e de los m o t o r e s , p e r o e l la n o pa r e c í a t ene r no t i c i a d e e l lo . Le d i go , « ¿ N o v io u s t ed m i i n f o r m e ? » .

M e r e s p o n d e , « N o , n o rec ib í cop i a del m i s m o . » V o y p u e s a l a o f i c i n a de Kee l y d i go , « S a l l y m e d i c e

que n o r ec ib ió cop i a de m i i n f o r m e . » Kee l hace u n ges to de so rpre sa y se v u e l v e a su sec re -

tar ia . « P o r f avor , h a g a u n a cop i a de l i n f o r m e de l D r . F e y n m a n pa r a la D r a . R i d e . »

E n t o n c e s d e s c u b r o q u e el Sr . A c h e s o n t a m p o c o lo h a v i s to .

« H a g a u n a cop i a y dése l a al Sr . A c h e s o n . » F i n a l m e n t e , ca í en la c u e n t a de l o q u e pa s aba , p o r lo

que d i je , « D r . Kee l , n o m e pa r ece q u e n a d i e h a y a v i s to mi i n f o r m e . »

A s í q u e le d ice a su secre ta r i a , « H a g a el f avo r de hace r una cop i a p a r a t o d o s los c o m i s i o n a d o s , y e n t r é g u e s e l a » .

E n t o n c e s le d i go , « M e h a g o c a r go de l m u c h í s i m o t r a -ba jo q u e pe s a sob re u s t ed , y que r e su l t a d i f í c i l a c o r d a r s e de t o d o . P e r o p e n s a b a q u e u s t ed m e h a b í a d i c h o h a b e r m o s t r a d o m i i n f o r m e a t o d o el m u n d o . »

El r e s p o n d e , « B u e n o , sí . M e re fe r í a al p e r s o n a l d e la p l an t i l l a . »

M á s ta rde , h a b l a n d o con la gen te de la p l an t i l l a , d e s -cubr í q u e t a m p o c o e l los lo hab í an v i s to .

2 2 9


C u a n d o p o r f in los o t ros c o m i s i o n a d o s l l e g a ron a ve r m i i n f o r m e , casi todos o p i n a r o n q u e era m u y b u e n o , y q u e debe r í a f i g u r a r de a l guna f o r m a en el i n f o r m e de la c o m i s i ó n .

A n i m a d o po r aque l lo , y o n o hac í a más q u e sacar a r e luc i r m i i n fo rme . « M e gus t a r í a q u e t u v i é r a m o s u n a r e u -n ión pa r a ana l i za r qué se p u e d e hace r con é l » , no p a r a b a de dec i r . ,.

« T e n d r e m o s u n a r e u n i ó n al r e spec to la s e m a n a que v i e n e » , era la r e spues t a p a t r ó n . (Es t ábamos d e m a s i a d o o c u p a d o s pu l i endo el t ex to y v o t a n d o el co lo r de la cu -b i e r t a . )

G r a d u a l m e n t e fu i c a y e n d o en la cuenta de q u e en la f o r m a en que es taba r edac t ado m i i n f o r m e ser í a necesa -r io l ima r l e m u c h a s ar i s tas , y el t i e m p o se nos e s t aba ago -t a n d o . Entonces a l gu i en p r o p u s o q u e m i i n f o r m e f i g u -rase c o m o apénd i ce al de la comi s ión . D e esa f o r m a n o ser í a necesa r io r e toca r lo p a r a hace r lo enca ja r con n i n g u -na o t r a cosa .

P e r o a l gunos de los c o m i s i o n a d o s ten ían la conv i cc ión de q u e de m i i n f o r m e deber í a de u n a f o r m a u o t r a q u e -da r i n t e g r a d o en el i n f o r m e p r i nc ipa l : « L o s apénd ice s n o s a ld r án s ino meses de spués , p o r lo q u e nad i e v a a leer su i n f o r m e si f i gu r a c o m o a p é n d i c e » , d i j e ron .

Cons ideré , empero , que debía buscar una so luc ión tran-sacc iona l y de j a r lo ir c o m o apénd ice .

P e r o ahora se p r e s en t aba u n n u e v o p r o b l e m a : m i in -f o r m e , q u e y o hab í a escr i to en casa en m i p r o c e s a d o r de t ex tos , t end r í a q u e ser conve r t i do desde el f o r m a t o de I B M al g r an s i s t ema de p r epa r a c ión de d o c u m e n t o s q u e es taba u t i l i z ando la comi s ión . T e n í a n u n p r o c e d i m i e n t o p a r a hace r lo con u n d i spos i t i vo de exp lo r ac ión ópt i ca .

T u v e a l gunas d i f i cu l t ade s p a r a encon t r a r a l a p e r s o n a i d ó n e a pa r a r ea l i za r el t r aba jo . P e r o t a m p o c o as í conse -gu í q u e se h ic i e ra i n m e d i a t a m e n t e . C u a n d o p r e g u n t é lo suced ido , el h o m b r e m e d ice q u e no a t inaba a e n c o n t r a r el e j e m p l a r que y o le hab í a f ac i l i t ado . T u v e p u e s q u e p r o p o r c i o n a r l e o t r a cop ia .

230

U n apénd i c e i n f l a m a d o

A l g u n o s d ías de spué s h a b í a y o t e r m i n a d o de e sc r ib i r m i i n f o r m e sobre la av ión ica , y q u i s e c o m b i n a r l o con m i i n f o r m e sob re los m o t o r e s . L e l l evo p u e s el i n f o r m e s o -bre av ión i c a al t ío aqué l , y le d i go , « Q u i s i e r a a ñ a d i r es to a mi o t r o i n f o r m e . »

En tonce s , p o r a l g ú n m o t i v o , t u v e n e c e s i d a d d e ve r u n a cop i a de m i n u e v o i n f o r m e , p e r o el h o m b r e m e da u n e j e m p l a r an t i guo , antes de q u e le f u e r a a ñ a d i d o el i n f o r m e de av ion ica . « ¿ D ó n d e es tá el n u e v o , con la av ió -n i c a ? » , q u i s e saber .

« N o p u e d o e n c o n t r a r l o » — y as í s u c e s i v a m e n t e — . N o r e c u e r d o todos los deta l l es , p e r o pa r e c í a c o m o si m i i n -f o r m e se p e r d i e r a s i e m p r e o e s tuv i e r a a m e d i o coce r . Era fác i l q u e se c o m e t i e r a n e r rores , p e r o es q u e eran d e m a -s i ados . Ir s a c ando ade l an t e m i i n f o r m e f u e t o d a u n a l u c h a .

En tonce s , en el ú l t i m o p a r d e d í a s , c u a n d o el i n f o r m e p r inc ipa l está l i s to p a r a ser e n v i a d o a i m p r e n t a , el D r . Kee l q u i e r e q u e t a m b i é n mi i n f o r m e esté d e b i d a m e n t e p u l i d o . L o l l evé p u e s al c o r r e c t o r h a b i t u a l q u e a l l í t e -n í an , u n h o m b r e m u y c apaz l l a m a d o H a n s e n , q u e lo p r e p a r ó s in c a m b i a r l e el s en t i do . V o l v i ó a ser i n t r o d u c i -do en la m á q u i n a c o m o « V e r s i ó n N ° 2 3 » . H a b í a r ev i s i o -nes y r ev i s iones .

( I n c i d e n t a l m e n t e : h a b í a 23 ve r s i one s de t o d o . Y a se h a h e c h o n o t a r q u e los o r d e n a d o r e s , q u e h i p o t é t i c a m e n -te h a b í a n de ace l e r a r l a v e l o c i d a d con q u e se h a c e n las cosas , n o h a n a c e l e r ado l a v e l o c i d a d c o n la q u e se p r e -p a r a n los i n f o r m e s : an tes s o l í a m o s h a c e r s o l a m e n t e t res ve r s iones , p o r lo cos toso que r e s u l t a b a m e c a n o g r a f i a r l a s . ¡ A h o r a h a c e m o s 2 3 ! )

A l d í a s i gu i en t e p u d e v e r a Kee l t r a b a j a n d o en m i i n f o r m e : h a b í a r o d e a d o con t o d a c lase d e g r a n d e s c í r c u -los s ecc iones ente ras , t a chada s con g r a n d e s X ; e s t aban s i endo e l im inada s t o d a c lase de cosas . M e exp l i có , «Es t a pa r t e no debe ir , p o r q u e rep i t e m á s o m e n o s l o m i s m o q u e d i j i m o s en el i n f o r m e p r i n c i p a l . »

T r a t é de exp l i ca r l e q u e r e su l t a m u c h o m á s fác i l c ap t a r l a l óg i c a de l m e n s a j e si t o d a s las i dea s se p r e s e n t a n j u n -

231


tas , en l ug a r de i r t o d o d i s t r i b u i d o en pedac i to s p o r el i n f o r m e p r inc ipa l . « D e s p u é s de t o d o » , le d i je , « n o va a ser m á s q u e u n apénd ice . N o i m p o r t a r á m u c h o el q u e sea u n p o c o re i t e r a t i vo . »

El Dr . Kee l r epuso acá y a l lá a l guna s cosas c u a n d o y o se lo ped í , pe ro aún as í era t an to lo q u e f a l t aba , q u e el i n f o r m e no se parec í a en nada al p r i m i t i v o .

232

L A D E C I M A R E C O M E N D A C I O N

En m a y o , en u n a de nue s t r a s ú l t i m a s r e u n i o n e s , e s tu -v i m o s d i s c u t i e n d o si d e b e r í a m o s f o r m u l a r u n a l i s ta de pos ib l e s r e c o m e n d a c i o n e s . A l g u i e n m e n c i o n ó , « Q u i z á s u n a de las cosas q u e t e n d r í a m o s q u e ana l i z a r ser í a l a c r eac ión de u n c o m i t é de s e g u r i d a d . »

« M u y b i en , a n o t e m o s e so . » P i en so , « j A l f i n ! ¡ V a m o s a d i s cu t i r a l g o ! » P e r o resu l t a q u e es ta l i s ta p r o v i s i o n a l de t e m a s pasa a

ser l a l i s ta de r e c o m e n d a c i o n e s — q u e h a y a u n c o m i t é de s e g u r i d a d , que h a y a u n esto , q u e h a y a u n a q u e l l o . L a ún i c a d i s c u s i ó n q u e se p l an t eó f u e a ce r ca de q u é r e co -m e n d a c i ó n debe r í a ser l a p r i m e r a , cuá l l a s e g u n d a , y as í s uce s i v amen te .

H a b í a m u c h a s cosas q u e y o q u e r í a d i s cu t i r m á s a f o n -do . P o r e j emp lo , en lo tocan te al c o m i t é de s e g u r i d a d , se p o d í a p l a n t e a r : « ¿ N o serv i rá tal c o m i t é p a r a a ñ a d i r u n e s t r a to m á s a u n a b u r o c r a c i a q u e y a ha p r o l i f e r a d o d e m a s i a d o ? »

Y a se hab í an c o n s t i t u i d o comi t é s de s e g u r i d a d a n t e -r i o r m e n t e . En 1967, t ras el a cc iden te de l A p o l o , el c o m i t é

233


de inves t i gac ión n o m b r a d o al e fec to inven tó u n a junta, especial, enca rgada de la s egu r idad . F u n c i o n ó d u r a n t e a l -gún t i empo , pe ro no d u r ó .

N o nos p a r a m o s a ana l i z a r p o r q u é los an te r iores co-mi t é s de s egu r idad y a no eran e fec t ivos ; en l ug a r de eso, nos l im i t amos a es tab lecer m á s j un ta s de s egu r idad . L o s b a u t i z a m o s « C o m i t é i ndepend i en t e de supe rv i s i ón de l d i s eño de m o t o r e s de c o m b u s t i b l e s ó l i d o » , « J u n t a ase -so ra de s egu r idad en el s i s tema de t r anspor t e de l t r ans -b o r d a d o r » , y « O f i c i n a de s egu r idad , f i ab i l i d ad y ga ran t í a de c a l i d ad » . D e c i d i m o s qu i én superv i s a r í a cada u n a de las j un t a s de s egu r idad , pe ro no a n a l i z a m o s si las j un t a s c r eadas po r nues t ra c o m i s i ó n t en í an m a y o r e s o p o r t u n i -dade s de func iona r , o si p o d r í a m o s a r reg l a r los comi tés y a ex is tentes p a r a que f u n c i o n a r a n o si deber í an ex is t i r en abso lu to .

N o s i empre m e re su l t an las cosas tan ev identes c o m o a los demás . La s cosas h a y q u e pensa r l a s u n p o q u i t o , y no e s t ábamos pensando j un tos lo su f i c i en te . En a sun tos impor t an t e s , las dec i s iones r áp ida s n o son m u y buenas , y a la ve loc idad q u e e s t ábamos y e n d o , era f o r z o s o q u e h i c i é r amos a l gunas r e c o m e n d a c i o n e s p o c o prác t i cas .

A c a b a m o s r e o r d e n a n d o la l i s ta de pos ib les r e c o m e n -dac iones y pu l i endo u n p o c o la r edacc ión . Era una f o r -m a ra ra de hacer las cosas , a la que y o no es taba acos -t u m b r a d o . D e hecho , t en ía la i m p r e s i ó n de q u e nos h u -b i e r an enca r r i l ado : se es taban dec id i endo las cosas u n p o c o sin nues t ro cont ro l .

Sea c o m o fuere , en nues t r a ú l t i m a r e u n i ó n a c o r d a m o s n u e v e r e comendac ione s . Despué s de aque l l a r eun ión , m u c h o s de los c o m i s i o n a d o s se f u e r o n a casa, p e r o c o m o y o pensaba ir a N u e v a Y o r k pocos d ías de spués , m e q u e d é en W a s h i n g t o n .

A l d í a s igu iente , m e encon t r aba un p o c o p o r casua l i -d ad en la o f i c ina de l Sr . R o g e r s con N e i l A r m o s t r o n g y o t ro c o m i s i o n a d o , c u a n d o R o g e r s d ice , « M e parece que d e b e r í a m o s dar u n a d é c i m a r e c o m e n d a c i ó n . T o d o nues -

234

L a d é c i m a r e c o m e n d a c i ó n

tro i n f o r m e es n e g a t i v o ; m e p a r e c e q u e d e b e r í a m o s da r a lgo pos i t i vo al f ina l p a r a c o m p e n s a r l o . »

M e m u e s t r a u n a ho j a de pape l . D i ce ,

L a L a C o m i s i ó n r e c o m i e n d a v i g o r o s a m e n t e q u e la N A S A c o n t i n ú e r e c i b i e n d o el a p o y o de la A d m i n i s t r a -c ión y de t o d a la nac ión . L a A g e n c i a c o n s t i t u y e u n r e -cur so nac iona l y d e s e m p e ñ a u n pape l c r í t i co en la ex-p l o t a c i ó n de l e spac io y en su a p r o v e c h a m i e n t o . Es as i -m i s m o u n s í m b o l o de o r g u l l o nac iona l y de l i d e r a z g o t ec -n o l ó g i c o . L a C o m i s i ó n ap l aude los e spec t acu l a r e s l o g r o s p a s a d o s de la N A S A y con f í a en los i m p r e s i o n a n t e s l o -gros q u e han de ven i r . L o s h a l l a z g o s y r e c o m e n d a c i o n e s p r e s e n t a d o s en este i n f o r m e t i enen la f i n a l i d ad de c o n -t r ibu i r a los f u t u r o s éx i tos de la N A S A q u e la n a c i ó n a u n t i e m p o espera y ex ige c o n f o r m e se a p r o x i m a el s i g lo X X I .

E n nue s t ro s c u a t r o mese s de t r aba jo en c o m i s i ó n j a -m á s h a b í a m o s d i s c u t i d o u n a c u e s t i ó n de í n d o l e po l í t i c a c o m o aqué l l a , p o r lo q u e m e pa r e c ió q u e n o h a b í a r a z ó n p a r a i nc lu i r l a . Y a u n q u e n o e s t o y d i c i e n d o q u e e s tuv i e r a en d e s a c u e r d o con e l la , e ra ev iden t e q u e t a m p o c o era c i e r ta . D i j e , « O p i n o q u e esta d é c i m a r e c o m e n d a c i ó n es i n a d e c u a d a . »

C r e o q u e oí dec i r a A r m s t r o n g , « B u e n o , si a l gu i en n o está a f a v o r de e l la , m e pa r ece q u e n o d e b e r í a m o s i n c l u i r -l a . »

P e r o R o g e r s s i gu ió t r a b a j á n d o m e . E s t u v i m o s en u n t i ra y a f lo j a d u r a n t e u n ra t i to , p e r o y o ten ía q u e c o g e r mi av ión a N u e v a Y o r k .

Es t ando en el av ión , e s tuve p e n s a n d o u n p o c o m á s en aque l l a d é c i m a r e c o m e n d a c i ó n . Q u i s e o r d e n a r c u i d a d o -s a m e n t e y p o r esc r i to m i s a r g u m e n t o s , p o r lo q u e en c u a n t o l l e gué a m i ho te l en N u e v a Y o r k le e sc r ib í u n a ca r t a a R o g e r s . A l f ina l dec í a , « E s t a r e c o m e n d a c i ó n m e r e c u e r d a las r ev i s iones de los v u e l o s de la N A S A : " E x i s -ten p r o b l e m a s cr í t i cos , p e r o n o i m p o r t a , ¡ s i g a m o s v o l a n -d o ! »

235


Era s ábado , y y o que r í a q u e el Sr . R o g e r s l e y e r a mi car ta antes del l unes . L l a m é p u e s a su secre ta r i a — t o d o el m u n d o es taba t r a b a j a n d o s iete d ías a la s e m a n a pa ra t e rm ina r el i n f o r m e a t i e m p o — y le d i je , « Q u i s i e r a d i c -tar le u n a car ta ; ¿ se r í a p o s i b l e ? » .

El la m e dice , « ¡ C l a r o q u e s í ! P e r m í t a m e q u e sea y o qu i en l l ame , y as í a h o r r a r á el i m p o r t e de la con fe r enc i a . » El la m e l l ama , le d i c to la car ta , y se la pasa d i r e c t amen t e al Sr . R o g e r s .

C u a n d o regresé el l unes , el Sr . R o g e r s d i jo , « D r , F e y n -m a n he l e ído su car ta , y e s toy de a c u e r d o con todo lo que d i ce en el la . P e r o en la vo t ac ión h a sa l ido lo con t r a -r io . »

« ¿ E n q u é v o t a c i ó n ? ¿ C ó m o p u e d o q u e d a r en minoría" en vo t ac ión , si n o nos h e m o s r e u n i d o ? » .

T a m b i é n Keel se encon t r aba p resen te . D i ce , « T e l e f o -n e a m o s a todos , y t odos es tán de a cue rdo con la r eco -m e n d a c i ó n . T o d o s v o t a r o n a f a v o r . »

« ¡ N o m e parece j u s t o ! » , p ro te s t é . «S i h u b i e r a p o d i d o p re sen t a r mi s a r g u m e n t o s a los o t ros c o m i s i o n a d o s , no creo q u e hub i e r a s ido d e r r o t a d o » . N o sab ía b ien q u é hacer , as í q u e di je , « Q u i s i e r a sacar u n a cop i a . »

C u a n d o vo lv í , Kee l m e d ice , « A c a b a m o s de a co rda r -nos de q u e no h a b l a m o s con H o t z sobre el a sunto , p o r -que es taba en u n a r e u n i ó n . N o s o l v i d a m o s de ped i r su vo to . »

Y o no sab ía c ó m o t o m a r m e aque l lo , p e r o l u e g o des -cub r í q u e el Sr . H o t z es taba en el ed i f i c io , no lo l e jos de la f o tocop i ado r a .

M á s t a rde hab lé con D a v i d A c h e s o n sobre la d é c i m a r e c o m e n d a c i ó n . El m e exp l i có , « N o t iene la m e n o r i m -p o r t a n c i a ; no son m á s q u e las pa t r io te r í a s sens ib le ras de s i empre . »

«S i carece de i m p o r t a n c i a , t a m p o c o es nece s a r i a » , r ep l i -qué .

« M i r e » , m e d i jo , «S i e s tuv i é r amos en u n a comi s ión para la A c a d e m i a N a c i o n a l de C i enc i a s , sus ob j ec iones

236


t end r í an m u c h a r a z ó n de ser . P e r o no se o l v ide de q u e se t r a ta de u n a c o m i s i ó n p r e s i denc i a l . D e b e r í a m o s d e c i r a l go p a r a el P r e s i d e n t e . »

« N o c o m p r e n d o la d i f e r e n c i a » , d i j e y o . «¿Por qué no puedo ser minucioso y c i e n t í f i c o cuando escribo un i n f o r -me para el Presidente?».

L a i n g e n u i d a d n o s i e m p r e f u n c i o n a : mi a r g u m e n t o no p r o d u j o e fec to . A c h e s o n ins i s t í a en d e c i r m e q u e e s t aba h a c i e n d o u n a m o n t a ñ a de u n g r a n o de a rena , y y o , q u e deb i l i t aba nue s t ro i n f o r m e y q u e n o debe r í a f i g u r a r en él .

H e a q u í c ó m o a c a b ó la c o s a : « L a C o m i s i ó n r e c o m i e n -d a v i g o r o s a m e n t e q u e la N A S A c o n t i n ú e r e c i b i e n d o el a p o y o de la A d m i n i s t r a c i ó n y de la n a c i ó n . . . » — t o d a a q u e l l a «pa t r i o t e r í a s ens ib l e r a » p a r a « c o m p e n s a r » el in -f o r m e .

M i e n t r a s v o l a b a de vue l t a a casa , p en s é pa r a m í , « E s c u r i o s o q u e la ún i c a p a r t e de l i n f o r m e q u e e s t aba genui-namente e q u i l i b r a d a f u e r a m i p r o p i o i n f o r m e : y o dec í a cosas nega t i v a s sob re el m o t o r y co s a s pos i t i v a s s o b r e la av ión i ca . Y t u v e q u e l u c h a r con e l lo s p a r a i nc lu i r lo , ¡ i n -c luso c o m o u n a s q u e r o s o a p é n d i c e ! »

R e f l e x i o n é sob re la d é c i m a r e c o m e n d a c i ó n . T o d a s las d e m á s r e c o m e n d a c i o n e s se b a s a b a n en p r u e b a s q u e h a -b í a m o s e n c o n t r a d o , p e r o p a r a és ta n o h a b í a p r u e b a a l -g u n a . El i n t en to de b l a n q u e a r lo m a l o e ra tan o b v i o q u e la ca l aún e scur r í a . ¡ E r a u n e r ro r d e b u l t o ! D a r í a m a l a f a m a a t o d o el i n f o r m e . Es taba m u y p r e o c u p a d o .

E n c u a n t o l l egué a casa hab l é c o n J o a n , m i h e r m a n a . L e con té lo de la d é c i m a r e c o m e n d a c i ó n , y la f o r m a en q u e h a b í a s ido « d e r r o t a d o » en v o t a c i ó n .

« ¿ L l a m a s t e a a l g u n o de los d e m á s c o m i s i o n a d o s y h a -b l a s t e p e r s o n a l m e n t e con e l l o s ? » , q u i s o saber .

« B u e n o , h a b l é con A c h e s o n , p e r o él e s taba a f a v o r . » « ¿ Y con nad i e m á s ? » « U h . . . n o » . A s í q u e l l a m é a o t r o s t res m i e m b r o s d e la

c o m i s i ó n . Les l l a m a r é A , B y C . L l a m o a A , q u e d ice , « ¿ Q u é d é c i m a r e c o m e n d a c i ó n es

é s a ? »

2 3 7


L l a m o a B, q u e d ice , « ¿ D é c i m a r e c o m e n d a c i ó n ? ¿ D e q u é m e es tá u s t ed h a b l a n d o ? » .

L l a m o a C , q u e d ice , « P e r o , b o b o , ¿no te a c u e r d a s ? Y o e s t aba en la o f i c i n a de R o g e r s l a p r i m e r a v e z q u e R o g e r s n o s lo d i jo , y no v e o n a d a de m a l o en e l l a » .

Pa r ec í a q u e las ú n i c a s p e r s o n a s q u e t en í an n o t i c i a de la d é c i m a r e c o m e n d a c i ó n e ran q u i e n e s se e n c o n t r a b a n en el d e s p a c h o de R o g e r s c u a n d o R o g e r s nos lo d i jo . N o m e m o l e s t é en h a c e r m á s l l a m a d a s t e l e fón icas . D e s p u é s de t odo , es bas t an te — n o m e pa r ec í a q u e f u e r a nece s a r i o ab r i r t oda s las ca jas p a r a c o m p r o b a r q u e la c o m b i n a c i ó n es la m i s m a — *

D e s p u é s le c o n t é a J o a n lo de m i apénd i c e — m u t i l a d o y d e s v i r t u a d o q u e lo h a b í a n de j ado , a p e s a r i n c l u s o de q u e iba a da r se c o m o apénd i ce .

J o a n m e d ice , «S i eso es lo q u e le v a n a h a c e r a tu i n f o r m e , ¿ q u é ha s c o n s e g u i d o al f o r m a r p a r t e de l a c o -m i s i ó n ? ¿ Q u é f r u t o h a t en ido todo tu t r a b a j o ? »

« ¡ A j á l » L e env ío un t e l e g r a m a al Sr . R o g e r s :

T E N G A L A B O N D A D D E R E T I R A R M I F I R M A D E L I N F O R M E A M E N O S Q U E O C U R R A N D O S C O S A S : 1) N O H A Y A D E C I M A R E C O M E N D A -C I O N , Y 2 ) M I I N F O R M E A P A R E Z C A S I N M O D I -F I C A C I O N E S D E L A V E R S I O N N° 23.

(Sab ía q u e es ta v e z t en í a d e f i n i r t o d o c u i d a d o s a m e n t e . ) P a r a p o d e r o b t e n e r el n ú m e r o de v e r s i ón q u e y o q u e -

r í a q u e se pub l i c a s e l l a m é al Sr . H o t z , q u e se h a b í a en-c a r g a d o de l s i s t ema de d o c u m e n t a c i ó n y de la p u b l i c a -c ión de l i n f o r m e . El Sr . H o t z m e env ió l a V e r s i ó n N° 23 , con lo q u e y o d i s p o n í a de a l go d e f i n i d o q u e p u b l i c a r p o r c uen t a p rop i a , si d e m a l o se pa saba a p e o r .

* A l u d e a o t ra h i s to r i a de « ¿ E s t á V d . de B r o m a , Sr . F e y n m a n ? » U n rev i en taca j a s conoce a o t ro .

2 3 8


El r e s u l t a d o d e m i t e l e g r a m a f u e q u e R o g e r s y Kee l t r a t a r o n de n e g o c i a r c o n m i g o . L e p i d i e r o n al g ene ra l K u t y n a q u e ac tua se de i n t e r m e d i a r i o , p o r q u e s ab í an q u e e ra a m i g o m í o . C u á n a m i g o m í o era , n o lo s ab í an .

K u t y n a m e d ice , « H o l a , P r o f e s o r ; só lo q u e r í a dec i r t e q u e estás h a c i e n d o m u y bien.. P e r o m e h a n e n c o m e n d a -d o la t a rea de t r a t a r de d i su ad i r t e , p o r lo q u e te v o y a e x p o n e r sus a r g u m e n t o s . »

« ¡ N o t engas m i e d o ! » , d i je . « N o v o y a c a m b i a r d e o p i -n ión . L i m í t a t e a d a r m e sus a r g u m e n t o s , y no t enga s m i e -d o . »

El p r i m e r o de e l los e ra q u e si n o a cep to l a d é c i m a r e c o m e n d a c i ó n , e l los n o a cep t a r í an m i i n f o r m e , n i s i -q u i e r a c o m o a p é n d i c e .

Eso n o m e p r e o c u p a b a lo m á s m í n i m o , p o r q u e y o s i e m p r e p o d í a da r a c o n o c e r el i n f o r m e p o r m i c u e n t a .

T o d o s los a r g u m e n t o s e r an c o m o ése . N i n g u n o de e l los n a d a conv incen t e , n i n g u n o de e l los c a u s ó el m e n o r e fec-to. Y o h a b í a r e f l e x i o n a d o m u y c u i d a d o s a m e n t e lo q u e es taba h a c i e n d o , as í q u e m e m a n t u v e en m i s t rece .

Entonces K u t y n a p ropuso una t r ansacc ión : es taban dis-pue s to s a acep ta r m i i n f o r m e tal cua l lo escr ib í , s a l vo p o r u n a f rase , cas i al f i n a l .

M i r é la f r a se en cue s t i ón y c o m p r e n d í a q u e y a h a b í a d e m o s t r a d o m i tes is en el p á r r a f o a n t e r i o r . R e p e t i r l a e q u i -va l í a a b u s c a r p o l é m i c a ; al e l im ina r l a , m i i n f o r m e p a r e -cer ía m u c h o m á s ob j e t i vo . A c e p t é el c o m p r o m i s o .

E n t o n c e s y o o f r e c í u n c o m p r o m i s o sob re la d é c i m a r e c o m e n d a c i ó n . « S i al f i na l q u i e r e n da r l e j a b ó n a la N A S A , q u e n o lo l l amen r e c o m e n d a c i ó n , p a r a q u e la g en t e sepa q u e n o es de la m i s m a c lase q u e las o t ras r e c o m e n d a c i o n e s ; q u e lo l l a m e n " r e f l e x i ón f i n a l " , si se qu i e r e . Y p a r a ev i t a r c o n f u s i o n e s , n o ha de u t i l i -z a r s e la f r a se " r e c o m i e n d a v i g o r o s a m e n t e " . B a s t a con q u e d i g a " i n s t a " : " L a c o m i s i ó n i n s t a a q u e la N A S A c o n t i n ú e r e c i b i endo el a p o y o de la A d m i n i s t r a c i ó n y de la n a c i ó n " . T o d o lo d e m á s p u e d e q u e d a r c o m o es t á . »

239

El Sr . F e y n m a n v a a W a s h i n g t o n : . . .

U n ra to después , Kee l m e l l a m a : « P o d e m o s dec i r " in s -ta v i g o r o s a m e n t e " ? »

« N o , " ins ta" , n ada m á s . » « V a l e » , d i jo . Y esa fue la dec i s ión f ina l .

240

R E U N I O N C O N L A P R E N S A

Susc r ib í el i n f o r m e p r i nc ip a l , m i p r o p i o i n f o r m e en t ró a f o r m a r p a r t e de él con el c a r ác t e r de apénd ice , y t o d o q u e d ó so l v en t ado . A p r i m e r o s de j u n i o r e g r e s a m o s a W a s h i n g t o n y l e e n t r e g a m o s n u e s t r o i n f o r m e al P r e s i -den t e en u n a c e r e m o n i a c e l eb r ada en la R o s a l e d a . Eso f u e el j u eve s . El i n f o r m e n o se h a r í a p ú b l i c o ha s t a el l u n e s s i gu i en t e , p a r a da r l e al P r e s i d e n t e t i e m p o p a r a e s tu -d i a r l o .

E n t r e t a n t o , los pe r iod i s t a s e s t aban t r aba j ando c o m o d i a b l o s : s ab í an q u e n u e s t r o i n f o r m e es taba c o n c l u i d o y e s t aban t r a t a n d o d e ade l an t a r s e a lo s o t ro s en c o n o c e r el c o n t e n i d o . Sab í a q u e iban a e s t a r t e l e f o n e á n d o m e d í a y n o c h e , y t en ía m i e d o de dec i r a l go s o b r e a l guna cue s t i ón t écn i ca q u e les pu s i e r a sob re la p i s t a .

L o s pe r iod i s t a s son p e r s o n a s m u y sagaces y p e r s i s t en -tes . T e d icen , « H e m o s o í d o ta l y tal cosa . . . , ¿es c i e r t a ? » ¡ Y en s egu id a , lo q u e p i ensa s q u e n o les d i j i s te es tá p u -b l i c a d o en los p e r i ó d i c o s !

Es t aba dec i d i do a n o dec i r u n a p a l a b r a sob re el i n f o r -m e ha s t a q u e se h i c i e r a p ú b l i c o , el l une s . U n a m i g o m í o

241


FIGURA 18. El Informe de la Comisión le f u e presentado al presidente Reagan en la Rosaleda de la Casa Blanca.. Visibles en la f o t o , de iz-quierda a derecha: el general Kutyna, William Rogers, Eugene Covert, el presidente Reagan, Ne i l Armstrong y Richard Feynman (Foto PETE SOU-ZA. THE WHITE HOUSE).

F I G U R A 1 9 . En la r e c e p c i ó n (Foto PETE SOUZA. THE WHITE HOUSE).

242

R e u n i ó n con la p r e n s a

m e c o n v e n c i ó pa r a q u e sa l i e ra p o r t e l ev i s ión en el « N o -t i c i a r io M a c N e i l / L e h r e r » , p o r lo q u e acepté p a r a l a ed i -c ión de l l unes p o r la noche .

E n c a r g u é t a m b i é n a m i sec re t a r i a de q u e p r e p a r a s e u n a con f e r enc i a de p r e n s a el ma r t e s , en C a l t e c h . L e d i j e , « E x -p l i q u e a los pe r iod i s t a s q u e q u i e r a n h a b l a r c o n m i g o q u e n o t e n g o n i n g ú n c o m e n t a r i o q u e hace r sobre n a d a ; q u e es ta ré encan t ado de r é s p o n d e r a c u a l e s q u i e r a p r e g u n t a s q u e t e n g a n el ma r t e s , en m i c o n f e r e n c i a de p r e n s a . »

D u r a n t e el f i n de s e m a n a , e s t a n d o y o todav í a en W a s -h i n g t o n , se f i l t ró de a l g u n a f o r m a q u e y o hab í a a m e n a -z a d o c o n re t i r a r m i n o m b r e de l i n f o r m e . U n p e r i ó d i c o de M i a m i e m p e z ó a hace r c o r r e r l a not i c i a , y p r o n t o f u e r o n de l d o m i n i o p ú b l i c o las d i f e r enc i a s q u e h a b í a m o s t en ido R o g e r s y y o . C u a n d o los r epo r t e ro s q u e so l í an c u b r i r l a s no t i c i a s de W a s h i n g t o n o y e r o n dec i r q u e «El Sr . F e y n m a n n o t i ene n a d a q u e d e c i r ; r e s p o n d e r á a toda s sus p r e g u n t a s en su con f e r enc i a de p r e n s a de l m a r t e s » , a q u e l l o les s o n ó s o s p e c h o s o — c o m o si l a c o n f r o n t a c i ó n c o n t i n u a r a t o d a v í a y y o f u e r a a m a n t e n e r aque l l a c o n f e -r enc i a d e p r e n s a el m a r t e s p a r a exp l i c a r p o r q u é m e h a -b í a n e g a d o a su s c r i b i r el i n f o r m e .

P e r o y o n o s ab í a n a d a de t o d o a q u e l l o . M e a i s lé d e la p r e n s a ha s t a el p u n t o de n o l ee r s i q u i e r a los p e r i ó d i c o s .

El d o m i n g o p o r l a noche , l a c o m i s i ó n tuvo u n a cena de d e s p e d i d a o r g a n i z a d a p o r el S r . R o g e r s en u n c lub . C u a n d o t e r m i n a m o s de c o m e r , le d i j e al genera l K u t y n a , « N o p u e d o q u e d a r m e m á s . T e n g o q u e sa l i r u n p o c o t e m -p r a n o . »

M e d ice , « ¿ Y q u é p u e d e ser e so t an i m p o r t a n t e ? » Y o n o qu i s e dec í r s e lo . M e a c o m p a ñ a a la sa l ida , p a r a ve r q u é era a q u e l l o tan

« i m p o r t a n t e » . Es u n br i l l an te d e p o r t i v o ro jo con d o s r u b i a s p r ec io sa s d e n t r o , e s p e r á n d o m e pa r a l l e v a r m e con e l las .

S u b o al coche . E s t á b a m o s a p u n t o de sa l i r d i s p a r a d o s , d e j a n d o a l l í p l a n t a d o al g ene ra l K u t y n a r a s c á n d o s e la

243


c abeza , c u a n d o una de las rub i a s d ice , « ¡ E h ! ¡ G e n e r a l K u t y n a ! S o y la Sra . T a l y ta l . L e h ice u n a en t rev i s t a t e l e fón ica hace a l gunas s e m a n a s . »

A s í f ue c ó m o se en te ró . La s ch i cas son r edac to r a s de l « N o t i c i a r i o M a c N e i l / L e h r e r . »

Eran m u y ag r adab l e s y h a b l a m o s de es to y lo o t ro pa r a el p r o g r a m a de l l unes . En u n c i e r to m o m e n t o les d i je q u e iba a t ener m i p r o p i a con f e r enc i a de p r e n s a el mar tes , d o n d e iba a da r a c o n o c e r m i i n f o r m e , a p e s a r de q u e fuera a apa rece r t res mese s de spué s c o m o a p é n -dice al de la c o m i s i ó n . D i j e r o n q u e m i i n f o r m e pa r e c í a in te resante , y q u e les gus t a r í a ve r lo . P o r en tonce s es tá -b a m o s en t é rm inos m u y amis tosos , p o r lo q u e les fac i l i t é u n e j emp l a r .

M e de j a ron en casa de mi p r i m a , d o n d e p a r a b a . L e conté a F rances lo de l p r o g r a m a de te lev i s ión , y q u e le hab í a d a d o a las i n f o r m a d o r a s una cop i a de mi i n f o r m e . Frances se echa las m a n o s a la c abeza , h o r r o r i z a d a .

L e d igo , «S í , h a s i do u n er ror e s túp ido , ¿ v e r d a d ? Será m e j o r q u e las l l a m e y les d i ga q u e n o lo u t i l i c en . »

¡ P o r la f o r m a en q u e Frances m e n e ó la c abeza p u d e d a r m e cuenta de q u e no iba a ser t an f á c i l !

L l a m o a una de e l l a s : « L o s i en to m u c h í s i m o , p e r o he c o m e t i d o u n e r r o r : n o d e b í haber l e s d a d o mi i n f o r m e , por lo q u e pre fe r i r í a q u e n o lo u t i l i z a s en . »

« D r . F e y n m a n , p e r t e n e c e m o s a u n a e m p r e s a de n o t i -cias . El p ropós i to d e ta les empre s a s es busca r la no t i c i a , y su i n f o r m e lo es. Ser í a to t a lmen te con t r a r i o a n u e s t r o s ins t in tos y al e j e rc ic io p ro f e s iona l no u t i l i z a r l o . »

« L o sé, p e r o han de en tender mí tota l i n g e n u i d a d en a suntos de esta c lase . Senc i l l amente , c o m e t í u n e r ro r . Ser ía in ju s to con los d e m á s pe r iod i s t a s que e s t a r án el mar t e s en la con fe r enc i a de p rensa . D e s p u é s de t odo , ¿les gus t a r í a a us tedes as i s t i r a u n a confe r enc i a y en -cont ra r se con q u e el convocan t e le hab í a d a d o y a su i n f o r m e a o t ro s ? I m a g i n o q u e p u e d e n us tedes en t ende r mi p u n t o de v i s t a . »

« C o n s u l t a r é a mi co l ega y le l l a m a r é . »

244

R e u n i ó n con la p r e n s a

.Dos hora s m á s t a rde e l las m e l l a m a n — e s t á n a m b a s al apa r a to y t r a t an de exp l i c a rme p o r q u é d e b e n u t i l i z a r -l o : « E n las agenc ias de no t i c i a s es h ab i t u a l q u e c u a n d o a l gu i en nos fac i l i t a u n d o c u m e n t o en la f o r m a en q u e u s t ed lo h i zo , d a m o s p o r e n t e n d i d o q u e p o d e m o s u t i l i -z a r l o . »

« M e h a g o c a rgo de q u e ex i s ten n o r m a s c o n v e n c i o n a l e s en los m e d i o s de c o m u n i c a c i ó n , p e r o h a n de da r s e c u e n -ta de q u e y o n o e n t i e n d o n a d a de esas cosas , p o r lo q u e , p o r cor t e s í a hac ia m í , les r u ego q u e n o lo u t i l i c e n . »

S e g u i m o s u n ra t i to m á s en u n t i r a y a f lo j a c o m o a q u é l . D e s p u é s o t ro , « L e l l a m a r e m o s d e s p u é s » , y o t r a l a rga d e m o r a . M e daba cuen t a , p o r la d u r a c i ó n de las e speras , de q u e aque l p r o b l e m a les es taba c a u s a n d o u n q u e b r a -de ro d e c abeza .

P o r a l guna r a z ó n , m e sen t í a t r a n q u i l o y l l eno d e f u e r -za . C a s i hab í a p e r d i d o , y sab ía lo q u e m e hac í a f a l t a , as í q u e p u d e cen t r a r el p r o b l e m a f á c i l m e n t e . N o t en í a i n -conven i en t e en a d m i t i r q u e h a b í a s i d o un id io t a c o m p l e -to — q u e es lo q u e m á s f r e c u e n t e m e n t e m e sucede c u a n -do t ra to con el m u n d o — y n o m e p a r e c í a q u e h u b i e r a n i n g u n a l e y de la n a t u r a l e z a q u e d i j e r a q u e y o h a b í a de cede r . S egu í in s i s t i endo , n o m e d i p o r v e n c i d o en n i n g ú n m o m e n t o .

L a cosa se fue a d e n t r a n d o en l a m a d r u g a d a : la u n a , las dos , y aún s e g u í a m o s p o r f i a n d o . « D r . F e y n m a n , es m u y p o c o p ro f e s i ona l d a r l e a u n pe r i od i s t a u n a no t i c i a y l u e g o r e t r ac t a r se de e l la . N o es as í c o m o se c o n d u c e la gen te en W a s h i n g t o n . »

« E s o b v i o q u e n o sé nada de W a s h i n g t o n . P e r o este es el m o d o en q u e y o m e c o n d u z c o — c o m o u n t o n t o — . L o l a m e n t o m u c h í s i m o , p e r o se t r a tó s e n c i l l a m e n t e de un e r ro r , as í que , p o r cor tes í a , les r u e g o q u e n o lo u t i l i -c en . »

Entonces. , en c i e r to m o m e n t o de la d i s cus ión , u n a de e l l as d ice , «S i v a m o s ade l an t e y u t i l i z a m o s su i n f o r m e , ¿ q u e r r á dec i r eso q u e no p i en s a u s t ed i n t e rven i r en el p r o g r a m a ? » .

245


« S o n us tedes qu i ene s lo han d i cho , no y o . » « V o l v e r e m o s a l l amar l e . » O t r a larga p a u s a . En rea l idad , y o n o hab í a d ec i d i do si m e nega r í a a a cu -

d i r al p r o g r a m a , p o r q u e segu í a p e n s a n d o q u e todav í a p o d r í a e n m e n d a r mi e r ror . C u a n d o lo med i t é , m e p a r e -c ió q u e no p o d r í a l e g í t i m a m e n t e u t i l i z a r esa ca r t a . P e r o al comete r una de e l las el e r ro r de p r o p o n e r tal pos ib l i -d ad , y o r e spond í , « S o n us tedes q u i e n e s lo han d i cho , n o y o » , — c o n m u c h a f r i a l d a d — c o m o d i c i endo , « ¡ N o te e s toy a m e n a z a n d o , p e r o puede s ave r i gua r lo p o r t í m i s -ma , n ena ! »

M e l l amaron n u e v a m e n t e , y d i j e ron q u e n o u t i l i z a r í an m i i n fo rme . C u a n d o fu i al p r o g r a m a no tuve en n i n g ú n m o m e n t o la i m p r e s i ó n de q u e n i n g u n a de las p r e g u n t a s e s tuv ie ra basada en m i i n f o r m e . El Sr . L e h r e r s í m e p r e -g u n t ó si hab ía ex i s t i do a l gún roce en t re el Sr . R o g e r s y y o , pe ro y o eché ba lones f u e r a : d i je q u e no h a b í a ex i s -t ido n ingún p r o b l e m a .

T e r m i n a d o el p r o g r a m a , las dos pe r iod i s t a s m e d i j e ron q u e en su o p i n i ó n hab í a sa l ido e s t u p e n d a m e n t e s in el i n f o r m e . A l d e s p e d i r n o s q u e d a m o s c o m o b u e n o s a m i g o s .

T o m é el av ión a C a l i f o r n i a aque l l a m i s m a n o c h e y ce l ebré mi con fe r enc i a de p r ensa en C a l t e c h el mar t e s . As i s t i e ron m u c h o s per iod i s t a s . U n o s cuan to s h i c i e ron p r e g u n t a s re la t ivas a mi i n fo rme , p e r o lo que les i n t e r e -s aba a la m a y o r í a e ra el r u m o r de q u e y o hab í a a m e n a -z a d o ret i rar m i n o m b r e del i n f o r m e de la c o m i s i ó n . M e encont r é r ep i t i éndo l e s u n a y o t ra v e z q u e no h a b í a te-n ido n ingún p r o b l e m a con el Sr . R o g e r s .

246

R E T R O S P E C T I V A

A h o r a q u e h e t e n i d o m á s t i e m p o p a r a r e f l e x iona r en e l lo , t o d a v í a s i gue c a y é n d o m e b ien el Sr . R o g e r s , y s i go pen -s ando q u e t o d o es c o m o debe . A m i j u i c io , R o g e r s es u n h o m b r e e x t r a o r d i n a r i o . D u r a n t e los t r aba jo s de la c o m i s i ó n tuve oc a s i ón de ap r ec i a r sus t a l en tos y c apac i -dade s , y s i en to g r an r e spe to p o r é l . El Sr . R o g e r s es p e r s o n a de t r a to m u y a g r a d a b l e y exqu i s i t o s m o d a l e s , p o r lo q u e r e se rvo en m i m e n t e la p o s i b i l i d a d — n o c o m o sospecha , s ino c o m o i n c ó g n i t a — de q u e m e cae b i en p o r q u e él sab ía c ó m o hace r p a r a c a e r m e b i en . P r e f i e r o pensa r q u e se t r a t a genu ina rnen te de u n a p e r s o n a exce -lente , y q u e es ta l cua l pa r ece . P e r o t a m b i é n es c i e r to q u e es tuve en W a s h i n g t o n el t i e m p o su f i c i en t e p a r a c o m -p r e n d e r q u e n o p u e d o s abe r lo de c i e r to .

N o e s toy s e g u r o de l t odo de lo q u e el Sr . Roge r s p i en s a de m í . M e d a la i m p r e s i ó n de q u e s i ente hac i a m í g ran s impa t í a , a p e s a r de las m u c h a s mo l e s t i a s q u e le c ausé al p r i nc ip io — y o era c o m o u n g r a n o en el c u e l l o ; q u i é n sabe si m u c h o más aba jo . Es pos ib l e q u e m e e q u i -v o q u e , p e r o si sus s en t im i en to s h a c i a m í son los q u e t e n g o p o r él, son b u e n o s .

247


E l Sr . R o g e r s es ju r i s t a , y la d i r ecc ión de u n a comi s ión i n v e s t i g a d o r a de a s u n t o s f u n d a m e n t a l m e n t e t écn i cos h u b o de resu l t a r l e t a rea d i f í c i l . C o n s i d e r o , s in e m b a r g o , q u e con la a y u d a de l D r . Kee l los aspectos t écn i cos de la t a rea e s tuv i e ron b ien t r a t ados . M e chocó en c a m b i o q u e h u b i e r a a l go de ga to ence r r ado en lo r e l a t i vo a v a -r ios peces g o r d o s de la N A S A .

C a d a vez q u e h a b l á b a m o s con d i r i gentes de los n i ve -les supe r i o r e s és tos no hac í an m á s q u e dec i rnos q u e n o s a b í a n n a d a d e los p r o b l e m a s de n ive les in fe r io re s . N o s es tán d a n d o otra dos i s de lo m i s m o en el a f f a i r e « C o n t r a — I r á n » , p e r o en aque l caso , esta c lase de s i tua -c ión m e resu l t aba en t e r amen t e n u e v a : o b ien los t ipos de lo a l to n o sab í an n a d a , en c u y o caso ten ían la ob l i -g ac ión de saber lo , o si lo sab ían , nos e s t aban m i n t i e n -do .

C u a n d o nos e n t e r a m o s de q u e el Sr . M u l l o y h a b í a p r e s i o n a d o a la N A S A pa r a q u e efec tuase el l a n z a m i e n -to, t u v i m o s q u e o í r u n a y o t ra v e z q u e en la N A S A , el n ive l i n m e d i a t a m e n t e s u p e r i o r n o sab ía nada . U n o p e n -sar ía q u e el Sr . M u l l o y h ab r í a no t i f i c ado a a lgún s u p e r i o r d u r a n t e esta gran d i s cus ión , d i c i endo a lgo c o m o , « H e -m o s e s t ado d e b a t i e n d o si d e b e m o s o n o vo ta r m a ñ a n a por la m a ñ a n a , p u e s ha h a b i d o a l gunas ob j ec iones de los i ngen i e ro s de T h i o k o l , p e r o de todos m o d o s h e m o s de -c id ido vo l a r . ¿ Q u é o p i n a u s t e d ? » . Pe ro en l uga r de eso, M u l l o y d ice a l go así c o m o « T o d a s las cues t iones h a n s ido r e sue l t a s » . Pa rec í a ex is t i r a l guna r a zón p o r la q u e la g en t e de un n ive l n o t r a s l adaba los p r o b l e m a s al i n -m e d i a t o super io r .

Inven té u n a t eor í a q u e he d i s cu t i do con un c o n s i d e -rab le n ú m e r o de pe r sonas , y q u e m u c h a gen te m e ha exp l i c ado p o r q u é es e r rónea . Pe ro no r e cue rdo sus ex-p l i c ac iones , p o r lo q u e n o res is to a la t en tac ión de ex-p l i ca r q u é fue a m i pa r ece r lo q u e l levó a esta f a l t a de c o m u n i c a c i ó n en la N A S A .

C u a n d o la N A S A es taba i n t en t ando i r a la L u n a , h a -b ía en el la m u c h í s i m o e n t u s i a s m o : era u n a me t a q u e to -

248

R e t r o s p e c t i v a

dos e s t aban ans iosos p o r a l c anza r . N o sab ían si p o d í a n log r a r lo , p e r o todos t r a b a j a b a n j u n t o s .

T e n g o esta i d e a p o r q u e t r aba j é en L o s A l a m o s , y ex -p e r i m e n t é la t ens ión y la p r e s ión d e t odos c o l a b o r a n d o pa r a hace r la b o m b a a t ó m i c a — c o n el d e t o n a d o r , p o n -g a m o s po r ca so—, todo el m u n d o s abe q u e es u n g r an p r o b l e m a , es tán p e n s a n d o f o r m a s de r e so lve r lo , e s t án h a -c i endo suge renc i a s , y se e m o c i o n a n c u a n d o o y e n la so -l uc ión , p o r q u e eso s i gn i f i c a q u e a h o r a su t r aba jo es ú t i l : si el d e t o n a d o r no func iona s e , la b o m b a n o f u n c i o n a r í a .

M e i m a g i n é q u e lo m i s m o hab r í a s u c e d i d o en la N A S A en los p r i m e r o s d í a s : si el t ra je e spac i a l no f u n c i o n a b a , no se p o d í a i r a l a L u n a . A s í q u e t o d o el m u n d o está i n t e r e s ado p o r los p r o b l e m a s de t o d o s los d e m á s .

Pe ro después , c o n c l u i d o y a el p r o y e c t o l una r , l a N A S A ten ía r e u n i d a a t o d a aque l l a g e n t e : h a y u n a g r an o r g a n i -z ac ión en H o u s t o n y u n a g r an o r g a n i z a c i ó n en H u n t s -v i l l e , p o r no m e n c i o n a r la K e n n e d y en F lo r i d a . U n o n o qu i e r e de sped i r a la g en t e y e cha r l a a l a ca l le c u a n d o se ha t e r m i n a d o u n g r an p r o y e c t o , as í q u e el p r o b l e m a es, ¿ q u é hace r aho r a ?

Es p r ec i so c o n v e n c e r al C o n g r e s o de q u e ex i s t e u n p r o y e c t o q u e s o l a m e n t e la N A S A p u e d e r ea l i z a r . P a r a l o g r a r l o es nece sa r io — a l m e n o s e r a aparentemente n e -cesar io en este c a s o — exage r a r l o m u y e c o n ó m i c o q u e iba a r e su l t a r el t r a n s b o r d a d o r , e x a g e r a r l a f r e c u e n c i a con q u e p o d í a vo l a r , e x a g e r a r su s e g u r i d a d , e x a g e r a r los g r ande s hechos c i en t í f i co s q u e iban a se r d e s c u b i e r t o s . «E l t r a n s b o r d a d o r p u e d e e f ec tua r t an to s y t an tos v u e l o s , y v a a cos t a r t an to y t a n t o ; h e m o s l o g r a d o i r a l a L u n a , ¡ as í q u e podemos h a c e r l o ! »

En t r e t an to , los i n g e n i e r o s q u e e s t án a p i e de o b r a es -tán d i c i endo , « ¡ N o , n o ! N o p o d e m o s hace r t an tos v u e -los . Si t u v i é r a m o s q u e r e a l i z a r t an to s v u e l o s , e l lo s u p o n -dr í a t an to y t a n t o ! » . Y , « ¡ N o , n o p o d e m o s h a c e r l o con ese p r e s u p u e s t o , p o r q u e eso s u p o n d r í a t ener q u e t r an s i -g i r con esto y lo o t r o ! » .

B u e n o , p u e s q u i e n e s es tán t r a t a n d o de q u e el C o n g r e -

249


so dé l u z ve rde a sus p r o y e c t o s n o qu i e r en o í r n ada de n a d a . Es m e j o r n o o í r nada , p o r q u e as í p u e d e n ser más « h o n e s t o s » — ¡ n o qu i e r en encont r a r se en la s i tuac ión de t ene r q u e men t i r l e al C o n g r e s o ! Y , en consecuenc i a , sus a c t i t udes emp i e z an a c a m b i a r p r o n t o : las i n f o r m a c i o n e s de s ag r adab l e s que l l egan desde a b a j o — « E s t a m o s t rope -z a n d o con u n p r o b l e m a en la h e r m e t i c i d a d de los c ie -r r e s ; d e b e r í a m o s a r r eg l a r lo antes de vo l v e r a v o l a r » — son s u p r i m i d a s p o r los peces go rdos y la ge renc i a i n -t e rmed i a , qu i enes d icen , «S i us ted m e da cuen ta de los p r o b l e m a s de h e r m e t i c i d a d h a b r á q u e de ja r el t r a n s b o r -d a d o r en t i e r ra y a r r e g l a r l o » . O b ien , « N o , no , h a y que s egu i r vo l ando , pues si no dará ma l a i m p r e s i ó n » , o s im-p l emen t e , « N o me v e n g a con p r o b l e m a s ; n o q u i e r o sa-b e r l o . » .

Ta l v e z n o d i g an exp l í c i t amente « N o m e lo cuen t e » , p e r o sí d e s a n i m e n la c o m u n i c a c i ó n , lo q u e v i ene a ser lo m i s m o . N o es cues t ión de qué es lo que se ha escr i to , o de qu i én deber í a dec i r qué a q u i é n ; es cue s t i ón de si c u a n d o u n o le cuen t a a o t ros u n p r o b l e m a éstos están encan t ados de o í r lo y te d i cen « C u é n t a m e m á s » y « ¿ H a s p r o b a d o tal y tal co s a ? » o te d icen , « B u e n o , m i r e qué p u e d e us ted h a c e r » , q u e es a sun to c o m p l e t a m e n t e d i s -t in to . Y si u n o in t en ta c o m u n i c a r una s cuan ta s veces y toda s se te qu i t an de enmed io , p r o n t o se l l ega a l a con -c lu s ión , « A l i n f i e rno con todo . »

A s í pues , ésta es m i t eo r í a : d eb ido a q u e la exagera -c ión de a r r iba es inconsc i en te con la r e a l i dad q u e h a y en el f o n d o , la c o m u n i c a c i ó n se hace cada v e z m á s lenta , y al f ina l , se a tasca . A s í es c o m o es pos ib l e q u e los de a r r i b a no lo sup i e r an .

L a ot ra po s ib l i d ad es que los de a r r iba sí lo sup i e r an y se l im i t a r an a decir q u e n o lo sab ían .

C o n s u l t é a u n an t i guo d i r ec tor de la N A S A — n o re -c u e r d o su n o m b r e en este m o m e n t o — que es el p re s i -den t e de c ier ta c o m p a ñ í a en C a l i f o r n i a . Pensé en ir a h a b l a r con él m i e n t r a s pa saba unos d ías de descanso en casa , exp l i ca r l e q u e « T o d o s dicen no h a b e r t en ido no t i c i a

250


a l guna . ¿ T i e n e s en t ido tal cosa? . ¿ C ó m o se p r o c e d e pa r a i n v e s t i g a r l o ? »

N u n c a m e d e v o l v i ó las l l a m a d a s . Q u i z á s n o q u e r í a h ab l a r con el c o m i s i o n a d o q u e inves t i g a a los a l tos ca r -gos, q u i z á s e s t aba y a ha r to de la N A S A y n o q u e r í a ve r se envue l t o en nada . Y c o m o y o e s t aba t an o c u p a d o en t an ta s o t ras cosas , n o ins i s t í m á s .

H a b í a toda c lase de cue s t iones q u e n o i n v e s t i g a m o s . U n a de e l las era el m i s t e r i o s o caso de l Sr . B e g g s , el an -t i g u o d i r e c to r de la N A S A q u e f u e a p a r t a d o de su p u e s -to d u r a n t e u n a i nve s t i g a c ión q u e n o t en í a n a d a q u e ve r con el t r a n s b o r d a d o r ; f u e r e e m p l a z a d o p o r G r a h a m p o c o antes de l a cc iden te . S in e m b a r g o , r e su l t aba q u e B e g g s iba t odos los d ías a su a n t i g u o d e s p a c h o . L a gente iba a ve r l e a l l í , a u n q u e él n u n c a h a b l ó con G r a h a m . ¿ Q u é e s t aba h a c i e n d o ? ¿ H a b í a a l g u n a a c t i v i dad q u e aún e s tuv i e r a s i endo d i r i g ida p o r B e g g s ?

D e c u a n d o en c u a n d o y o t r a t aba de in t e r e sa r al Sr . R o g e r s p a r a q u e se inves t i g a sen esos a sun to s p o c o s c l a -ros . Y o dec ía , « t e n e m o s en la c o m i s i ó n a b o g a d o s , t ene -m o s en la c o m i s i ó n d i r ec t i vos de empre s a s , t e n e m o s m a g -n í f i ca s p e r s o n a s con u n a g a m a m u y a m p l i a de e x p e r i e n -c ias . T e n e m o s p e r s o n a s capaces de l og r a r q u e lo s o t r o s hab l en a pe sa r de e s t a r d ec i d i dos a no dec i r n ada . Y o no sé hace r eso . Si a m í m e l l ega u n t ío y m e d ice q u e la p r o b a b i l i d a d de f a l lo es de 1 en 105 , y o sé q u e m e es tá l a r g a n d o u n c u e n t o ch ino . En c a m b i o , y o n o sé q u é es lo na tu r a l en un s i s t ema b u r o c r á t i c o . D e b e r í a m o s r eun i r a los peces g o r d o s y hacer l e s u n a s cuan t a s p r e g u n t a s : e x ac t amen te i gua l q u e les p r e g u n t a m o s a los d i r e c t i vos de s e g u n d o n ive l c o m o el Sr . M u l l o y , d e b e r í a m o s p r e -g u n t a r t a m b i é n al p r i m e r n ive l .

R o g e r s dec ía , «S í , b u e n o , c r eo q u e s í » . El Sr . R o g e r s m e d i jo m á s ade l an t e q u e le hab í a e sc r i to

una ca r t a a cada u n o de los a l to s c a rgos , p e r o q u e e l los hab í an con t e s t ado q u e n o ten ían n a d a q u e dec i rnos .

251


Es taba t amb i én el a sun to de una pos ib l e p re s ión de la Ca s a B l anca .

H a b í a s ido idea de l P re s iden te l l evar a u n a mae s t r a al espac io , c o m o s í m b o l o de l c o m p r o m i s o de la nac ión con la educac ión . El p r e s iden te hab í a p r o p u e s t o la idea u n año antes , en su d i s cu r so sobre el Es t ado de la N a c i ó n . A h o r a , al cabo de un año , l l egaba el m o m e n t o de p r o -nunc i a r u n n u e v o d i s cu r so . Ser ía pe r f ec to tener a la m a e s -tra en el e spac io , h a b l á n d o l e al P re s iden te y al C o n g r e s o . Las p r u e b a s c i r cuns tanc i a l e s eran m u y fue r t e s .

H a b l é de l a sun to con c ier to n ú m e r o de pe r sonas y e scuché d iversas op in iones , pe ro f i n a l m e n t e l l egué a la conc lus ión de q u e n o h a b í a ex i s t ido p re s ión de la C a s a B l anca .

A n t e todo , la pe r sona que p r e s i o n ó a T h i o k o l p a r a que c amb i a se de ac t i tud , el Sr . M u l l o y , era u n d i r ec t i vo de s e g u n d o n ive l . N a d i e pod í a p reve r a n t i c i p a d a m e n t e que p o d í a en to rpece r el l a n z a m i e n t o . Si u n o i m a g i n a q u e a M u l l o y le d i j e ron , « C e r c i ó r e s e de q u e el t r a n s b o r d a d o r v a y a a vo l a r m a ñ a n a , p o r q u e el P re s iden te as í lo q u i e r e » , t end r í amos q u e i m a g i n a r i g u a l m e n t e q u e se le h u b i e r a d i cho o t r o t an to a todo el personal de su n ive l — y h a y un m o n t ó n de gente a su n ive l . A l dec í r se lo a t anta g en -te, ta f i l t r ac ión era s egu ra . A s í q u e tal f o r m a de p re s ión era m u y i m p r o b a b l e .

C u a n d o la c o m i s i ó n f i n a l i zó su t r aba jo y o c o m p r e n d í a m u c h o m e j o r el c a r ác t e r de las ope r ac iones en W a s h i n g -ton y en la N A S A . Aprend í , v i e n d o c ó m o t r aba j aban , que los e m p l e a d o s de un gran s i s t ema c o m o la N A S A saben lo q u e conv i ene hacer , sin que se lo d igan .

Exist ía y a g ran p r e s ión pa r a m a n t e n e r en vue lo el t r ans -b o r d a d o r . L a N A S A ten ía u n p lan de vue los que es taba i n t en t ando c u m p l i r , só lo para d e m o s t r a r las c apac idade s de la N A S A — p o c o i m p o r t a q u e el p re s iden te fue se a p r o n u n c i a r o no un d i s cu r so aque l l a noche . A s í q u e n o me pa r ece q u e h u b i e r a n i n g u n a ac t i v idad d i rec ta o es-f u e r z o espec ia l de sde la C a s a B lanca . N o hab í a neces idad de hace r lo , po r lo q u e n o creo q u e se h ic i e ra .

252


Q u i s i e r a o f r ece r l e s u n a ana log í a de l o d i cho . Y a c o -nocen esas p e g a t i n a s q u e se l l evan en la l une t a t r a se r a d e los a u t o m ó v i l e s , ésas q u e d i cen B E B E A B O R D O , y cosas p o r el es t i lo . N o es p r ec i so q u e m e d i g a n q u e h a y u n b e b é en el coche ; ¡ d e t o d a s f o r m a s v o y a c o n d u c i r con c u i d a d o ! ¿ Q u é se e spera q u e h a g a al ve r q u e h a y u n n iñ i to en su coche , q u e a c túe de d i s t i n to m o d o ? ¡ C ó m o si y o f u e r a de p r o n t o a c o n d u c i r con m á s a t enc ión y n o c h o c a r con t r a su coche p o r q u e l l eva un nene , c u a n d o lo q u e y o e s t o y p r o c u r a n d o es n o c h o c a r con t r a u s t e d en n i n g u n a h ipó t e s i s !

A s í q u e la N A S A es t aba t r a t a n d o d e l a n z a r el t r a n s -b o r d a d o r f u e r a c o m o fue r a . N o es p r e c i so dec i r q u e h a y b e b é a b o r d o , m a e s t r a a b o r d o , n i lo i m p o r t a n t e q u e es. q u e este l a n z a m i e n t o sa lga b i en , p a r a c o n g r a c i a r s e con el P re s iden te .

A h o r a q u e h e h a b l a d o con a l g u n a s p e r s o n a s sob re mis expe r i enc i a s en la c o m i s i ó n , m e p a r e c e q u e e n t i e n d o u n a s cuan t a s cosas q u e an tes n o c o m p r e n d í a t an b i en . U n a d e e l las se r e f i e r e a lo q u e d i j e al D r . K e e l y q u e le m o l e s t ó t an t í s imo . Es t aba y o h a b l a n d o h a c e p o c o con u n a p e r -sona q u e p a s ó m u c h o t i e m p o en W a s h i n g t o n , y le h i c e u n a p r e g u n t a q u e de n o ser b ien e n t e n d i d a p o d r í a c o n -s ide r a r s e c o m o u n g r ave i n su l t o . Q u i s i e r a e x p l i c a r cuá l f u e la p r e g u n t a , p o r q u e tal v e z f u e r a , m á s o m e n o s , lo q u e r e a l m e n t e le d i j e al D r . Kee l .

L a ú n i c a f o r m a de t ener v e r d a d e r o éx i to en a s u n t o s c i en t í f i cos , q u e es c o n los q u e e s t o y f a m i l i a r i z a d o , es de sc r ib i r m u y c u i d a d o s a m e n t e las p r u e b a s d i s p o n i b l e s , s in t ene r en cuen t a c ó m o p i en s a u n o q u e d e b e r í a n ser . Si u n o t i ene u n a teor í a , es p r e c i so e s f o r z a r s e p o r exp l i c a r con e c u a n i m i d a d lo q u e t i ene de b u e n o y lo q u e t i ene de m a l o . En c i enc i a se a p r e n d e u n a espec ie de h o n e s t i -d a d e i n t eg r i d ad e s t ánda r .

En o t ros c a m p o s — c a s o de lo s n e g o c i o s — las co s a s s o n d i f e r en te s . P o r e j e m p l o , cas i t o d o s los a n u n c i o s q u e v e m o s es tán o b v i a m e n t e c o n c e b i d o s p a r a e n g a ñ a r al


c l i ente de u n a f o r m a u o t r a : lo q u e n o qu i e r en q u e u n o lea está en le t ra p e q u e ñ a ; las e s t ipu l ac iones están r edac -tadas con un es t i lo o scu ro . A todo el m u n d o le sa l ta a la v i s ta que el p r o d u c t o no está s i endo p r e s en t ado de f o r m a c i en t í f i c a y e cuán ime . Por cons i gu i en t e , en a sun tos de ven ta s existe u n a c ier ta carenc ia de i n t eg r i d ad .

A u n q u e mi p a d r e era v endedor , t en ía el e sp í r i tu y la i n t eg r i d ad de u n c i en t í f i co . R e c u e r d o habe r l e p r e g u n t a -do , « ¿ C ó m o p u e d e u n v e n d e d o r ser p e r s o n a í n t e g r a ? »

El me r e spond ió , « C o n f r a n q u e z a , h a y en el o f i c io m u c h o s v e n d e d o r e s que no son m u y rec tos — p i e n s a n q u e de ese m o d o v e n d e n más . P e r o y o m e e s fo r z ado p o r c o m p o r t a r m e con rec t i tud , y he de s cub i e r to que t iene sus venta jas . En r ea l i dad , y o no lo h a r í a de n i n g ú n o t ro m o d o . Si el c l i ente p i ensa u n p o c o , se d a r á cuen ta de q u e ha t en ido a l guna ma l a expe r i enc i a con o t ro v ende -dor , pe ro q u e con t i go n o ha t en ido exper i enc i a s de esa c lase . A s í que al f ina l , var ios c l i entes se q u e d a r á n con t i go d u r a n t e m u c h o t i e m p o y s abrán ap rec i a r tu h o n r a d e z . »

M i padre no f u e u n g r an v e n d e d o r , f a m o s o y de éx i to ; era el j e fe de ven ta s de u n a c o m p a ñ í a de t a m a ñ o m e d i o , d ed i c ada a l a confecc ión de u n i f o r m e s . T u v o éx i to , pe ro n o u n éx i to e n o r m e .

C u a n d o veo u n congres i s t a d a n d o su op in ión sobre a l g ú n asunto , m e p r e g u n t o s i empre si lo q u e d ice es re -f l e jo de su verdadera, op in ión , o si r ep re sen ta u n a op i -n ión d i s eñada con el f in de ser e l eg ido . Ta l pa rece ser el p r o b l e m a c ruc i a l de los po l í t i cos . P o r e l lo , sue lo p r e g u n -t a rme , ¿ q u é r e l a c ión existe entre la i n t eg r i dad pe r sona l y el t r aba jo pa r a el gob i e rno?

A h o r a b ien , el D r . Keel e m p e z ó d i c i é n d o m e que era t i t u l ado supe r io r en f í s ica . Y o s i e m p r e d o y p o r supues to q u e todos qu i ene s t r aba j an en f í s i ca se c o m p o r t a n de f o r m a ín teg ra — e s pos ib l e que sea u n i n g e n u o en e s to— por lo que deb í p r egun t a r l e a lgo en lo q u e p i enso con-t i nuamen te , « ¿ C ó m o p u e d e p r o s p e r a r en W a s h i n g t o n una pe r sona í n t e g r a ? » .

Es m u y fác i l d a r a l a p r e g u n t a u n a s e g u n d a l e c tu ra :

254


« E n v i s t a de lo b i en q u e se d e f i e n d e us t ed en W a s h i n g -ton , ¡ n o p u e d e ser p e r s o n a í n t e g r a ! » .

O t r a cosa q u e aho r a e n t i e n d o m e j o r se r e f i e r e a de d ó n d e sa l ió la idea de q u e el f r í o a fec ta a las j u n t a s tó -r icas . F u e el g ene ra l K u t y n a q u i e n m e l l a m ó y m e d i jo « E s t a b a t r a b a j a n d o en el c a r b u r a d o r de m i coche , y p e n -sé, ¿ q u é e fec to t i ene el f r ío sob re las j un t a s t ó r i c a s ? » .

B u e n o , r e su l t a q u e u n o de los p r o p i o s a s t ronau t a s de la N A S A le d i jo q u e ex i s t í a i n f o r m a c i ó n , en a l g ú n l u g a r de la N A S A , de q u e las j un t a s tó r i c a s n o t en í an n i n g u n a c apac idad d e r e c u p e r a c i ó n a ba j a t e m p e r a t u r a , y q u e la N A S A no es taba s o l t a n d o p r e n d a sob re el a sun to .

P e r o el genera l K u t y n a t en ía q u e p e n s a r en la c a r r e r a de l a s t r o n a u t a en cues t ión , p o r lo q u e la verdadera p r e -gun t a q u e se e s t aba h a c i e n d o el g ene r a l K u t y n a m i e n t r a s a r r eg l aba su c a r b u r a d o r era , « ¿ C ó m o p u e d o da r a c o n o -cer es ta i n f o r m a c i ó n sin p o n e r en p e l i g r o la c a r r e r a de mi a m i g o el a s t r o n a u t a ? » . Su s o l u c i ó n f u e ca l en ta r l e las ore jas al p r o f e s o r sob re el a sun to , y su p l an f u n c i o n ó pe r f e c t amen t e .

255

A p é n d i c e F : O B S E R V A C I O N E S P E R S O N A L E S R E L A T I V A S A L A F I A B I L I D A D D E L T R A N S B O R D A D O R

I n t r o d u c c i ó n

Ex i s t en al p a r e c e r e n o r m e s d i f e r enc i a s de o p i n i ó n en lo c o n c e r n i e n t e a l a p r o b a b i l i d a d d e u n f a l l o con p é r d i d a de l v e h í c u l o y de v i d a s h u m a n a s . * L a s e s t i m a c i o n e s o s -c i l an de sde a p r o x i m a d a m e n t e 1 en 100 has t a 1 en 100 .000 . L a s c i f r a s de r i e sgo m á s e l evadas p r o c e d e n de i n g e n i e r o s en e j e rc i c io , y las m á s ba jas , de la a l t a d i r e cc ión . ¿ C u á l e s son l a s c ausa s y consecuenc i a s de es ta d i s c o r d a n c i a ? D a d o q u e 1 p a r t e en 100 .000 e q u i v a l d r í a a p o d e r l a n z a r u n t r a n s b o r d a d o r t odos los d í a s d u r a n t e 300 años con ex -pec t a t i v a s de p e r d e r s o l a m e n t e u n o , p o d r í a m o s f u n d a d a -m e n t e p r e g u n t a r , « ¿ A q u é se debe l a fe t an f an t á s t i c a q u e la d i r e c c i ó n t i ene en la m a q u i n a r i a ? » .

H e m o s d e s c u b i e r t o t a m b i é n q u e l o s c r i t e r io s de ce r -t i f i c a c ión u t i l i z a d o s en las r ev i s i one s de d i s p o n i b i l i d a d p a r a el v u e l o sue l en i r se h a c i e n d o p r o g r e s i v a m e n t e m e -n o s es t r i c tas . El a r g u m e n t o d e q u e se v o l ó a n t e r i o r m e n t e con el m i s m o r i e sgo es n o poca s veces a c e p t a d o c o m o j u s t i f i c a c i ón d e la s e g u r i d a d de p o d e r a cep t a r ese r i e s go o t r a v e z . P o r tal m o t i v o , se a cep t an r e i t e r a d a m e n t e d e -b i l i d ade s m a n i f i e s t a s — e n oca s iones , s in q u e se e f e c t ú e

2 5 7


u n e s fue rzo su f i c i en t emen te se r io p o r r emed i a r l a s , y a veces , s in re t rasar el vue lo , a c au s a de su r e i t e r ada p r e s en -c ia .

Son var ias las fuen te s de i n f o r m a c i ó n d i s p o n i b l e s : es-tán pub l i c ados los c r i t e r ios de ce r t i f i cac ión , en los q u e se aprec i a u n a h i s to r i a de m o d i f i c a c i o n e s en f o r m a de a b a n d o n o s y desv i ac iones ; además , los r eg i s t ros de d i s -p o n i b i l i d a d pa r a el v u e l o co r r e spond i en t e s a c ada l a n z a -m i e n t o de jan cons tanc i a de los a r g u m e n t o s u t i l i z a d o s p a r a aceptar los r i esgos de l m i s m o . La i n f o r m a c i ó n se o b t u v o por el t e s t imon io d i r ec to y los i n f o r m e s de l o f i -cia l de s egu r idad de a lcance , L o u i s J . U l l i a n , q u e dan cuen t a de l h i s tor ia l de éx i tos de los cohetes de c o m b u s -t ib l e só l ido . Exis te u n es tud io ad i c iona l d e b i d o a d i cho f u n c i o n a r i o (en su carác ter de p r e s i den t e de la J u n t a de S e g u r i d a d de C a n c e l a c i ó n de L a n z a m i e n t o s , L A S P ) d o n -de se in tentan d e t e r m i n a r los r i e sgos q u e c o m p o r t a r í a n pos ib l e s acc identes , capaces de p r o v o c a r c o n t a m i n a c i ó n r ad i ac t i va al t r a t a r de hacer vo l a r u n g ene r ado r a tóm ico de p l u t o n i o ( l l amado g ene r ado r t é rm ico r ad i ac t i vo , G T R ) en f u t u r a s m i s ione s a los p l ane ta s . D i s p o n e m o s t amb i én de l e s tud io e f ec tuado p o r la N A S A acerca de l m i s m o p r o b l e m a . En lo re fe rente al h i s to r i a l de los m o t o r e s p r i n -c ipa l e s de l t r a n s b o r d a d o r espac ia l , se c e l eb r a ron ent re -v i s tas con la d i r ecc ión y los i ngen i e ros de l C e n t r o Es-pac i a l Mar sha l l , a más de ent rev i s t a s i n fo rma l e s con in -gen i e ros del R o c k e t d y n e . T a m b i é n fue en t r ev i s t ado de m o d o i n fo rma l un ingen i e ro m e c á n i c o i n d e p e n d i e n t e ( C a l t e c h ) , que ac tuó c o m o asesor de la N A S A en m a t e -r i a de motore s . Se e fec tuó u n a v i s i t a a J o h n s o n pa r a re -c o g e r i n fo rmac ión sobre la f i ab i l i d ad de la av ión i ca ( c o m -p u t a d o r a s , sensores y efectos) . F ina lmen t e , está el i n fo r -m e t i t u l ado « U n a rev i s ión de las n o r m a s de ce r t i f i c ac ión po t enc i a lmen t e ap l i cab les a m o t o r e s cohetes r eu t i l i z ab l e s en el t r anspor te de h u m a n o s » , p r e p a r a d o en el L a b o r a -to r io de P r o p u l s i ó n a C h o r r o , p o r N . M o o r e y o t ros , en f eb r e ro de 1986, de s t i nado a la O f i c i n a de V u e l o s Espac ia l es , Sede cent ra l de la N A S A . T r a t a de los m é -

258

O b s e r v a c i o n e s pe r sona l e s (

t o d o s u t i l i z a d o s p o r la F A A y los m i l i t a r e s p a r a ce r t i f i -car las t u rb ina s de gas y los cohe te s . D i c h o s au to r e s f u e r o n t a m b i é n en t r ev i s t ados i n f o r m a l m e n t e .

Cohetes impulsores de combustible sólido (CCS).

Se e f ec tuó u n e s tud io de la f i ab i l i d ad de los c o h e t e s i m p u l s o r e s de c o m b u s t i b l e só l i do ( C C S s ) p o r el of ic ia l de s e g u r i d a d de a l cance , q u i e n e s tud ió la e xpe r i enc i a de t odos lo s v u e l o s de cohe te s an te r io re s . D e u n to ta l de casi 2900 vue lo s , f a l l a ron 121 (1 de cada 25 ) . E n esta c i f r a se cuen t an , s in e m b a r g o , los q u e p o d r í a m o s l l amar « e r r o r e s i n i c i a l e s » , esto es, cohe t e s q u e v o l a b a n en las p r i m e r a s veces y en los q u e f u e r o n de s cub i e r to s y co-r r eg i dos e r ro re s de d i s eño . U n a c i f r a más r a z o n a b l e para los cohe t e s m a d u r o s p o d r í a ser de 1 en 50. P o n i e n d o espec ia l c u i d a d o en la se l ecc ión de p i e z a s y en la inspec-c ión , p o d r í a l og r a r s e u n a c i f r a d e fa l los i n f e r i o r a 1 en 100, a u n q u e es p r o b a b l e q u e con la t e cno log í a ac tua l n o p u e d a r eba j a r s e ha s t a 1 en 1000 . ( D a d o q u e el t r an sbor -d a d o r t i ene dos cohetes , es nece s a r i o d u p l i c a r es tos ín-d ices de fa l los p a r a ob t ene r la e s t imac ión de f a l lo s en el t r a n s b o r d a d o r d e b i d o s a C C S . )

L o s f u n c i o n a r i o s de la N A S A a d u c e n q u e la c i f r a rea l es m u y in f e r io r . Seña l an que , « d a d o q u e el t r a n s b o r d a -d o r es u n v e h í c u l o t r i pu l ado , l a p r o b a b i l i d a d de éx i to de la m i s i ó n es n e c e s a r i a m e n t e m u y p r ó x i m a a 1 ' 0 . » L o que esta f r a se s i g n i f i q u e n o r e su l t a m u y c l a ro . ¿ S i g n i f i c a q u e es cas i i g u a l a 1 o q u e debe r í a ser casi i gua l a 1? Y a c o n t i n u a c i ó n exp l i c an , « H i s t ó r i c a m e n t e , este g r a d o tan s u m a m e n t e e l e v a d o de éx i tos en la m i s i ó n ha d a d o p i e a u n a d i f e r en t e f i l o s o f í a en t re los p r o g r a m a s de v u e l o es-pac i a l t r i p u l a d o y los n o t r i p u l a d o s ; a saber , el u s o de p r o b a b i l i d a d n u m é r i c a f r en t e al j u i c i o i ngen i e r i l . » (Estas c i tas pe r t enecen a « D a t o s de l t r a n s b o r d a d o r e spac i a l co-r r e s p o n d i e n t e s al aná l i s i s de s e g u r i d a d de m i s i o n e s p la -ne t a r i a s con G T R » , pág ina s 3-1 y 3-2 , 15 de f e b r e r o de

259


1985, N A S A , J S C ) . Es c i e r to q u e si la p r o b a b i l i d a d de fa l lo fue s e tan ba ja c o m o 1 en 100 .000 ha r í an fa l ta un n ú m e r o d e s p r o p o r c i o n a d o de e n s a y o s pa r a v e r i f i c a r l a : no se ob tendr í a m á s q u e u n a ser ie de vue lo s pe r fec tos , s in u n a c i f ra prec i sa p a r a la p r o b a b i l i d a d de f a l l o ; t o d o cuan to se p u e d e dec i r es q u e es v e ro s ím i l q u e tal p r o b a -b i l i dad sea m e n o r q u e la inversa de l n ú m e r o de vue lo s que ha s t a el m o m e n t o c o m p o n e n la ser ie de e n s a y o s . Pe ro si la p robab i l i d ad rea l no fue se tan p e q u e ñ a , d en t ro de un n ú m e r o r a zonab l e de en s ayos , los vue los m o s t r a -r ían d i f i cu l t ades , casi f a l los o f r aca sos comp l e to s , y los m é t o d o s es tad í s t i cos hab i tua l e s p o d r í a n d a r n o s u n a es t i -m a c i ó n r azonab l e . D e hecho , la expe r i enc i a an t e r io r de la N A S A ha m o s t r a d o la ex i s tenc ia ocas iona l de ta les d i f i cu l t ade s , casi acc identes , e i nc lu so acc identes , s i gnos de l a to res todos e l los de que la p r o b a b i l i d a d de f a l lo en vue lo n o era tan s u m a m e n t e p e q u e ñ a .

O t r a incons i s t enc i a del a r g u m e n t o pa ra no d e t e r m i n a r la f i ab i l i d ad po r aná l i s i s de la expe r i enc i a p rev i a ( c o m o h i z o el r e sponsab l e de s egu r idad de a l c ance ) es la i n v o -cac ión q u e la N A S A hace de la h i s t o r i a : « H i s t ó r i c a m e n -te, este a l to g r ado de éx i to en las m i s i o n e s . . . » . F i n a l m e n -te, si v a m o s a r e e m p l a z a r las p r ác t i c a s hab i tua l e s de d e -t e rm inac ión de la p r o b a b i l i d a d po r j u i c io s ingen i e r i l e s , ¿ p o r q u é e n c o n t r a m o s tan e n o r m e s d i spa r i d ade s en t re las eva luac iones de la d i recc ión y las e s t imac ione s de los i ngen i e ro s ? D a la i m p r e s i ó n de que , p o r a l gún p r o p ó s i -to , sea éste de r é g i m e n in t e rno o pa r a c o n s u m o ex t e rno , la N A S A exagera la f i ab i l i dad de su p r o d u c t o has ta la f an ta s í a .

N o r epe t imos aqu í el h i s tor i a l de l a s c e r t i f i c ac iones y r ev i s iones de ap t i tud pa r a el vue lo ( véanse o t ras pa r t e s de l i n f o r m e de la comi s ión ) , pe ro el f e n ó m e n o de acep ta r c ie r res q u e hab í an m o s t r a d o e ros ión y f u g a s a su t ravés en vue lo s anter iores resu l t a m u y c la ra . El v u e l o de l Cha-llenger nos p r o p o r c i o n a un exce len te e j e m p l o : h a y va r i a s r e f e renc i a s a vue los an te r io res ; la a c ep t ac ión y éx i to de ta les vue lo s es t o m a d a c o m o ga r an t í a d e s e g u r i d a d . Pero

260

O b s e r v a c i o n e s p e r s o n a l e s (

l a e ro s ión y el « s o p l o a t r avés » n o es t aban p r e v i s t o s en el d i s eño . Son , p o r el con t r a r i o , adve r t enc i a de q u e a l go va m a l . El e q u i p o n o está f u n c i o n a n d o c o m o se e spera , y p o r cons i gu i en t e , ex i s te el p e l i g r o de q u e p u e d a f u n -c iona r con de sv i a c iones t o d a v í a m a y o r e s de es ta f o r m a i n e s p e r a d a y no c o m p r e n d i d a p o r c o m p l e t o . El h e c h o d e q u e ta l p e l i g r o n o p r o v o c a s e an tes u n a c a t á s t ro f e n o es g a r an t í a de q u e n o lo h a g a la p r ó x i m a vez , a m e n o s q u e el f e n ó m e n o sea c o m p r e n d i d o p o r c o m p l e t o . A l j u -ga r a l a ru l e t a ru sa , el h e c h o de q u e el p r i m e r t i ro f a l l a se p o c a t r a n q u i l i d a d p u e d e da r l e al j u g a d o r s i gu i en t e . L o s o r í g e n e s y las consecuenc i a s de la e ros ión y el s o p l o a t r avé s n o e ran c o m p r e n d i d o s . L a e ro s ión y el s o p l o no se p r e s e n t a r o n p o r i gua l en t o d o s lo s v u e l o s o en todas l a s j u n t a s ; a veces e r an m a y o r e s , a veces , m e n o r e s . ¿ P o r q u é no h a b r í a n de ser m a y o r e s , c u a n d o las c o n d i c i o n e s q u e las d e t e r m i n a n f u e r a n las adecuada s , y p r o v o c a r u n a c a t á s t ro f e ?

A pesa r de es tas v a r i a c i one s de u n caso a o t ro , l o s res -p o n s a b l e s a c t u a r o n c o m o si c o m p r e n d i e r a n el f e n ó m e n o , d á n d o s e u n o s a o t r o s exp l i c a c iones a p a r e n t e m e n t e l óg i -cas , q u e con f r e c u e n c i a r e c u r r í a n al « é x i t o » d e v u e l o s an te r io re s . P o r e j e m p l o , al d e t e r m i n a r si el v u e l o 5 1 — L re su l t a r í a s e g u r o en v i s t a de la e ros ión de las j u n t a s tó -r i ca s de l vue lo 5 1 — C , se o b s e r v ó q u e la p r o f u n d i d a d de la e ro s ión era s o l a m e n t e u n t e rc io de l r a d i o de l r e t én . Se h a b í a o b s e r v a d o en u n e x p e r i m e n t o q u e hac í a f a l t a co r -tar l a j u n t a ha s t a l a p r o f u n d i d a d d e u n r a d i o p o r lo m e -n o s pa r a l oga r q u e la j u n t a f a l l a se . En l u g a r de sen t i r g r an p r e o c u p a c i ó n p o r la p o s i b i l i d a d d e q u e l a s v a r i a -c iones en c o n d i c i o n e s d e f i c i e n t e m e n t e c o m p r e n d i d a s p u -d i e r an r a z o n a b l e m e n t e p r o v o c a r esta v e z u n a e r o s i ó n m á s p r o f u n d a , se a f i r m ó q u e « ex i s t í a un f a c to r de s e g u r i d a d i gua l a t r e s . »

Es ésta una cu r i o s a f o r m a de u t i l i z a r el t é r m i n o i nge -n ie r i l « f a c t o r de s e g u r i d a d » . Si u n p u e n t e está c o n s t r u i d o p a r a s o p o r t a r u n a c ie r ta c a rga s in q u e sus v i g a s se de -f o r m e n p e r m a n e n t e m e n t e , o se c u a r t e e n y v e n g a n aba jo

261


sus p i la res , p u e d e q u e esté d i s e ñ a d o pa r a q u e con lo s mate r i a l e s u t i l i z ados p u e d a sopo r t a r en r ea l i dad t res v e -ces d i cha carga . Este « f a c to r de s e g u r i d a d » se u t i l i z a p a r a t ener en cuenta c ie r tos excesos de ca rga , o cargas ex t ra desconoc idas , o deb i l i dades en los mate r i a l e s , que p o -d r í an tener defec tos ine spe rados , etc. Pe ro si se ap l i ca a un puen t e n u e v o la ca rga prev i s t a y aparece una gr ie ta en u n a v iga , se t r a ta de u n f a l lo de d i seño . N o hab í a f ac tor de s e gu r i d ad a l guno , a pesa r inc luso de que el puen t e no se h a y a ven ido aba jo , p o r q u e la gr ie ta so l a -m e n t e l l egó a u n terc io de la v i ga . En el d i seño de las j un t a s tór icas de los impu l so r e s de cohete só l i do n o es-t aba prev is ta su e ros ión . L a e ros ión era ind i c io de q u e a lgo ma rchaba ma l . D e la e ro s ión no p o d í a in fe r i r se f ac -tor de s egu r idad a l guno .

Sin p l ena c o m p r e n s i ó n del f e n ó m e n o no hab í a m a n e r a de tener con f i anza en que las cond i c i one s impe r an t e s la p r ó x i m a vez no fue r an a p r o d u c i r u n a e ros ión tres veces más in tensa q u e la v e z an te r io r . S in e m b a r g o , los f u n -c ionar ios de la N A S A se e n g a ñ a r o n a sí m i s m o s , h ac i én -dose va r i ac iones de caso en caso . Se p r e p a r ó un m o d e l o m a t e m á t i c o pa ra ca l cu l a r la e ros ión . Este m o d e l o n o es-t aba f u n d a d o en u n a c o m p r e n s i ó n de l f e n ó m e n o f í s i co , s ino en el a jus te de u n a cu rva a da tos emp í r i cos . C o n -c re t amente , se d a b a po r supue s to q u e un c h o r r o de gas ca l iente in f lu í a sobre el ma te r i a l de la j un t a tór ica , y q u e la t e m p e r a t u r a es taba en el p u n t o de e s t ancamien to (ha s -ta aqu í , con l e ye s f í s icas y t e r m o d i n á m i c a s r a zonab l e s ) . Pe ro pa ra d e t e r m i n a r cuán t a era la g o m a co r ro íd a en la j un t a se s u p u s o q u e la e ros ión va r i aba de a c u e r d o con la po tenc i a de exponen t e 0 ,58 de la t e m p e r a t u r a ; el ex-p o n e n t e 0 ,58 hab í a s ido d e t e r m i n a d o po r a jus te de u n a cu rva a da tos emp í r i cos . En c u a l q u i e r caso, a j u s t ando a l gunos o t ros n ú m e r o s se d e t e r m i n ó q u e el m o d e l o co in -c id ía con la e ros ión (has ta u n a p r o f u n d i d a d de u n te rc io de l r ad io de l an i l lo de c i e r re . ) ¡ N o h a y en este aná l i s i s n a d a tan e r róneo c o m o c o n f i a r en la r e spues t a ! En el m o d e l o aparecen i n c e r t i d u m b r e s por d o q u i e r . L a f u e r z a

262

O b s e r v a c i o n e s p e r s o n a l e s

del c h o r r o g a s eoso era i rnpred i c t ib l e ; d e p e n d í a de los h u e c o s q u e se f o r m a s e n en la mas i l l a . L a ex i s t enc i a de « b l o w b y » m o s t r a b a q u e el an i l lo p o d í a fa l l a r aun c u a n d o só lo e s tuv i e r a p a r c i a l m e n t e e r o s i o n a d o . Se s ab í a q u e la f ó r m u l a e m p í r i c a era inc i e r t a , p u e s la c u r v a n o pa s aba d i r e c t amen t e a t ravés de los d a t o s m i s m o s m e d i a n t e los cua le s es taba d e t e r m i n a d a . H a b í a u n a n u b e de pun to s , a l gunos de e l los dos veces p o r a r r iba y o t ro s , d o s veces po r aba jo de la c u r v a a j u s t ada , p o r lo q u e era r a z o n a b l e e spe ra r e ros iones dob l e s de las p rev i s t a s só lo p o r esa causa . La s o t r a s cons t an te s de la f ó r m u l a e s t aban rodea -das de i n c e r t i d u m b r e s s im i l a r e s , e tcé te ra , e t cé te ra . C u a n -do se u t i l i z a u n m o d e l o m a t e m á t i c o es p r e c i so p re s t a r c u i d a d o s a a t enc ión a las i n c e r t i d u m b r e s de l m o d e l o .

Motores principales del transbordador espacial (MPTE).

D u r a n t e el v u e l o de l 5 1 — L los tres m o t o r e s p r i n c i p a -les de l t r a n s b o r d a d o r espac ia l f u n c i o n a r o n p e r f e c t a m e n -te, e i nc lu so c o m e n z a r o n a apaga r s e o r d e n a d a m e n t e en los ú l t i m o s m o m e n t o s , c u a n d o el s u m i n i s t r o de c o m b u s -t ib le e m p e z ó a f a l l a r . N o obs t an t e , se p l an t e a la cues t ión de si — e n caso de q u e los m o t o r e s h u b i e r a n f a l l ado y h u b i é r a m o s t en ido q u e i nve s t i g a r l o s c o n el m i s m o deta -l le con q u e e s c r u t a m o s el c o h e t e i m p u l s o r de c o m b u s t i -ble s ó l i d o — h a b r í a m o s e n c o n t r a d o la m i s m a fa l ta de a t enc ión a los de fec tos y el m i s m o d e t e r i o r o de los c r i -t e r ios de s e g u r i d a d . D i c h o d e o t r o m o d o , ¿ s e encontra -ban las de f i c i enc i a s o r g a n i z a t i v a s q u e c o n t r i b u y e n al ac-c iden te c o n f i n a d a s al sec tor de l cohe t e i m p u l s o r sól idq o f u e ron , p o r el con t r a r io , u n a ca r ac t e r í s t i c a m á s gene ra l de la N A S A ? P a r a e sc l a rece r tal e x t r e m o , se p r o c e d i ó a i nves t i g a r los m o t o r e s p r i n c i p a l e s y la a v i ón i c a de l t rans-b o r d a d o r espac i a l . N o se r e a l i z ó en c a m b i o un e s tud io s im i l a r de l o r b i t a d o r p r o p i a m e n t e d i c h o ni de l t anque ex t e rno .

El m o t o r es u n a e s t ruc tu r a m u c h o m á s c o m p l e j a q u e

263


el cohe te i m p u l s o r de c o m b u s t i b l e só l ido , po r lo q u e c o m p o r t a un t r aba jo ingen ie r i l m u c h o m a y o r y m u c h o m á s de t a l l ado . En t é r m i n o s genera l e s , el t r aba jo de in -gen i e r í a pa r ece ser de a l ta c a l i d ad ; pa rece , i gua lmen t e , q u e se le está p r e s t a n d o cons ide r ab l e a tenc ión a las de -f i c i enc i a s y fa l los de scub i e r to s en el f u n c i o n a m i e n t o de los m o t o r e s .

El p r o c e d i m i e n t o hab i tua l de d i s eño de ta les m o t o r e s (pa ra av iones c iv i les o mi l i t a r e s ) p o d r í a dec i r se q u e con -s iste en el d i s eño p o r c o m p o n e n t e s , q u e es u n d i s eño « a b a j o a a r r i b a » . Es necesa r io en p r i m e r l ug a r c o m p r e n -de r c o n c i e n z u d a m e n t e las l im i t a c ione s y p r o p i e d a d e s de los ma t e r i a l e s a u t i l i z a r ( á l abes de t u rb ina , po r e j emp lo ) , p a r a c u y a de t e rm inac ión se p r o c e d e a e fec tuar e n s a y o s en m o n t a j e s expe r imen ta l e s . A pa r t i r de ta l c o n o c i m i e n -to se d i s eñan y e n s a y a n i n d i v i d u a l m e n t e p i eza s c o m p o -nen te s m a y o r e s (por e j emp lo , los co j ines ) . C o n f o r m e van s i e n d o obse rvadas de f i c i enc i a s y e r ro res , se p r o c e d e a co r r eg i r l o s y a ve r i f i c a r lo s con n u e v o s en s ayos . Pue s to q u e en cada ocas ión so l amente se ve r i f i c an p i eza s o pa r -tes de l m o t o r , d i chos e n s a y o s y m o d i f i c a c i o n e s no re -su l t an exce s i vamente ca ros . F i n a l m e n t e se t r aba j a en sen-t ido a scenden te has ta el d i seño de f i n i t i vo del m o t o r c o m -p l e jo , s egún las e spec i f i c ac iones necesa r i a s . Ex is ten g r an -des p r o b a b i l i d a d e s de q u e pa r a en tonces el m o t o r t enga p l e n o éx i to , y en caso con t r a r io , los f a l los q u e p re sen te r e su l t an fác i les de a is lar y ana l i z a r , p o r q u e se t i ene u n exce l en te c o n o c i m i e n t o y c o m p r e n s i ó n de los t ipos de fa l los , las l im i t ac iones de los ma te r i a l e s , etc. Es a d e m á s m u y p r o b a b l e que las m o d i f i c a c i o n e s necesar i a s p a r a su -p e r a r las ú l t imas d i f i cu l t ades q u e p l an tee el m o t o r n o r e su l t en d e m a s i a d o d i f í c i l e s de e fec tua r , pues cas i todos los p r o b l e m a s graves han s ido descub i e r tos y r e sue l tos y a en las e tapas an te r io res , y más económica s , del p r o c e -so.

El m o t o r p r inc ipa l de l t r a n s b o r d a d o r espac ia l r ec ib ió u n t r a t am i en to d i f e r en t e ; f ue d i s e ñ a d o de a r r iba a aba jo , p o d r í a m o s dec i r . El m o t o r fue d i s eñado y e n s a m b l a d o

264


de u n a vez , con u n e s tud io p r e v i o r e l a t i v a m e n t e p e q u e ñ o de sus ma t e r i a l e s y c o m p o n e n t e s . P e r o ahora , c u a n d o apa r ecen p r o b l e m a s en los co j ines , a l abes de t u r b i n a , c o n -d u c t o s de r e f r i g e r an t e , e tcé te ra , r e su l t a m u c h o m á s cos -to so y d i f í c i l hace r c amb io s . P o r e j e m p l o , se h a n d e s c u -b i e r to g r i e t a s en los á l abes de la t u r b i n a de l t u r b o c o m -p r e s o r de o x í g e n o a a l ta p r e s i ó n . ¿ S o n d e b i d o s a f a l lo s en el ma t e r i a l , al e fec to de u n a a t m ó s f e r a d e o x í g e n o sob re las p r o p i e d a d e s de l ma t e r i a l , a los c i c los t é r m i c o s de a r r a n q u é y a p a g a d o , o son f u n d a m e n t a l m e n t e d e b i d o s a r e sonanc i a s a c i e r tas v e l o c i d a d e s o a l gún o t r o m o t i v o ? ¿ C u á n t o t i e m p o p u e d e f u n c i o n a r un m o t o r d e s d e q u e c o m i e n z a la f o r m a c i ó n de g r i e t a s h a s t a el f a l l o de f i n i t i vo , y en q u é m e d i d a es este t i e m p o f u n c i ó n de l n ive l de p o t e n c i a ? U t i l i z a r c o m o b a n c o d e p r u e b a s u n m o t o r c o m p l e t o r e su l t a e x t r a o r d i n a r i a m e n t e o n e r o s o . U n o n o desea p e r d e r m o t o r e s c o m p l e t o s p a r a a v e r i g u a r d ó n d e y c ó m o se p r o d u c e u n f a l lo . Y s in e m b a r g o , el c o n o c i m i e n -to c o m p l e t o de tal i n f o r m a c i ó n es e senc ia l p a r a a d q u i r i r c o n f i a n z a en la f i ab i l i d ad de l m o t o r d u r a n t e su e m p l e o . S in c o m p r e n s i ó n de t a l l ada , es i m p o s i b l e a d q u i r i r ta l con -f i a n z a .

U n a de sven t a j a ad i c iona l de l m é t o d o « d e a r r i b a a aba -j o » es q u e aun en el caso de q u e se l l e gue a c o m p r e n d e r la c au s a de un fa l lo , p u e d e r e s u l t a r i m p o s i b l e p o n e r l e r e m e d i o senc i l lo — p o r e j emp lo , d a r l e u n a n u e v a f o r m a al c u e r p o de las t u r b i n a s — sin r e d i s e ñ a r de c a b o a r a b o el m o t o r en t e ro .

El m o t o r p r i n c i p a l de l t r a n s b o r d a d o r e spac i a l es u n a m á q u i n a s u m a m e n t e no t ab l e . T i e n e m a y o r r e l a c ión e m -pu je/peso q u e c u a l q u i e r o t ro m o t o r a n t e r i o r m e n t e cons -t r u i d o . Ha s ido c o n s t r u i d o a p u r a n d o has t a el l ím i t e — y a veces r e b a s á n d o l o — t o d a la e x p e r i e n c i a i ngen i e r i l p r e -cedente . A s í p u e s , c o m o se p o d í a e spe ra r , h a n a p a r e c i d o m u c h a s de f i c i enc i a s de m u c h a s c l a ses y se ha t r o p e z a d o con m u c h a s d i f i cu l t ade s . D a d o q u e , d e s d i c h a d a m e n t e , h a s ido c o n s t r u i d o « d e a r r iba a a b a j o » , ta les de f i c i enc i a s son d i f í c i l e s de d i a g n o s t i c a r y a r r eg l a r . U n a de las m e t a s de l

265


d i s eño , q u e el m o t o r tuv i e r a u n a v i d a equ iva l en te a 55 m i s ione s (27 .000 s e g u n d o s de f u n c i o n a m i e n t o , y a fue r a en m i s ione s de 500 s e g u n d o s cada u n a o en u n b a n c o de p r u e b a s ) no ha p o d i d o consegu i r s e . El m o t o r ex ige ac-t u a l m e n t e un m a n t e n i m i e n t o m u y f r ecuen te y la su s t i t u -c ión de p iezas i m p o r t a n t e s , c o m o t u r b o c o m p r e s o r e s , co-j ine tes , etc. El t u r b o c o m p r e s o r de combus t i b l e a a l ta p r e -s ión tenía que se r r e e m p l a z a d o cada tres o c u a t r o e q u i -va lentes de m i s i ó n ( a u n q u e es pos ib l e q u e tal p r o b l e m a esté re sue l to y a ) , y el t u r b o c o m p r e n s o r de o x í g e n o a a l ta p re s ión , cada c inco o seis . Es tos r e su l t ados s u p o n e n , en el m e j o r de los casos , u n d i e z po r c iento de las espec i -f i c ac iones de d i s eño or ig ina l e s . P e r o en nues t ro caso , el p r o b l e m a q u e m á s nos in te resa es la d e t e r m i n a c i ó n de su f i ab i l i dad .

En un tota l de 250 .000 s e g u n d o s de f u n c i o n a m i e n t o , los m o t o r e s p r inc ipa l e s has e x p e r i m e n t a d o fa l los se r ios en 16 ocas iones , po s ib l emen t e . L o s ingen i e ros p r e s t an g ran a tenc ión a es tos fa l los y t r a tan de r e m e d i a r l o s lo an tes pos ib le m e d i a n t e e s tud ios emp í r i cos de s a r ro l l ados en mon t a j e s expe r imen ta l e s , d i s eñados pa ra el f a l lo en cues t ión , m e d i a n t e cu id adosa in specc ión de l m o t o r en busca de ind ic ios suges t i vos ( f i suras , por e j e m p l o ) y m e -d i an t e u n cons ide r ab l e t r aba jo de e s tud io y aná l i s i s . D e esta f o r m a , a pe sa r de las d i f i cu l t ade s del d i s eño de sde lo a l to , y g rac i a s a u n d u r o t r aba jo , parece ser q u e m u -chos de los p r o b l e m a s h a n p o d i d o ser resue l tos .

D a m o s s e g u i d a m e n t e u n a l i s t a de los p r o b l e m a s ( y de la s i tuac ión en q u e se e n c u e n t r a n ) :

F i su r a s en los á labes de los t u r b o c o m p r e s o r e s de c o m -bus t ib l e a a l ta p r e s ión ( T C C A P ) . ( P u e d e habe r s i d o r e -sue l to . )

F i su r a s en los á l abes de los t u r b o c o m p r e s o r e s de ox í -g eno a a l ta p re s ión . ( T C O A P . N o re sue l to . )

R u p t u r a de la l ínea de r e f u e r z o de la ch i spa de l i gn i -tor . ( P r o b a b l e m e n t e r e sue l to . )

266


F a l l o de la v á l v u l a de v e r i f i c a c i ón de p u r g a . ( P r o b a -b l e m e n t e r e sue l to . )

E ro s ión de la c á m a r a de e n c e n d i d o . ( P r o b a b l e m e n t e r e sue l to . )

A g r i e t a m i e n t o de l r e v e s t i m i e n t o m e t á l i c o de l t u r b o -c o m p r e s o r de c o m b u s t i b l e ( T C C A P . P r o b a b l e m e n t e re-sue l to . )

F a l l o de l r eve s t im i en to de l r e f r i g e r a n t e de l t u r b o c o m -pre so r de c o m b u s t i b l e . ( P r o b a b l e m e n t e r e sue l t o . )

F a l l o de l codo de escape de la c á m a r a p r i n c i p a l de c o m b u s t i ó n . ( P r o b a b l e m e n t e r e sue l t o . )

D e s p l a z a m i e n t o de l codo de e n t r a d a de la c á m a r a p r i n -c ipa l de c o m b u s t i ó n . ( P r o b a b l e m e n t e r e sue l t o . )

V ó r t i c e s s ub s inc rón i co s en el t u r b o c o m p r e s o r de ox í -geno a a l t a p r e s ión . ( T C O A P . P r o b a b l e m e n t e r e sue l to . )

S i s t ema de s e g u r i d a d de a p a g a d o de l m o t o r p o r ace le -r ac ión en v u e l o ( f a l lo pa r c i a l en u n s i s t ema r e d u n d a n t e ) ( P r o b a b l e m e n t e r e sue l to . )

F o r m a c i ó n de l a j as en los co j ine t e s . ( P a r c i a l m e n t e re-sue l to . )

U n a v i b r a c i ó n de f r e c u e n c i a 4000 h e r t z q u e conv i e r t e en i nope r ab l e s c i e r tos m o t o r e s . ( N o r e sue l t o . )

M u c h o s de es tos p r o b l e m a s a p a r e n t e m e n t e r e sue l to s e ran d e b i d o s a las d i f i cu l t ade s de u n d i s eño n u e v o : 13 de e l los se p r e s en t a ron d u r a n t e los 125 .000 p r i m e r o s se-g u n d o s de f u n c i o n a m i e n t o , y só lo 3 d u r a n t e lo s 125.000 pos te r io re s . C o m o es na tu r a l , u n o n u n c a p u e d e es tar ab-s o l u t a m e n t e s egu ro de h a b e r e l i m i n a d o todas las pegas ,

2 6 7


en a l gunos casos , el a r r eg lo p u d o es tar e n c a m i n a d o a cu r a r el s ín toma , no la causa . P o r lo t an to , n o r e su l t a i r r a zonab l e p r e s u m i r q u e se p u e d a p r o d u c i r al m e n o s una sorpresa en los p r ó x i m o s 250 .000 s egundos , lo q u e equ iva l e a u n a p r o b a b i l i d a d de 1/500 po r m i s i ó n y m o -tor . En cada m i s i ó n se u t i l i z an t res m o t o r e s , p e r o es pos ib l e que a l gunos acc identes tan só lo afec ten a u n o de los mo to r e s . (El t r a n s b o r d a d o r p u e d e abo r t a r su m i s i ó n con dos m o t o r e s nada m á s . ) A s í pues , d i g a m o s q u e las sorpresas de s conoc ida s n o nos p e r m i t e n , en y p o r sí m i s -mas , con j e tu r a r q u e la p r o b a b i l i d a d de f r a ca so de la m i -s ión p o r causas i m p u t a b l e s a los m o t o r e s p r inc ipa l e s del t r a n s b o r d a d o r espac ia l sea m e n o r que 1/500. A esta p r o -bab i l i d ad d e b e m o s s u m a r la p r o b a b i l i d a d de fa l lo a causa de p r o b l e m a s c o n o c i d o s pe ro n o re sue l tos todav í a . P r o -b l emas éstos q u e e x p o n e m o s a con t i nuac ión .

( L o s ingen ie ros de R o c k e t d y n e , el f ab r i can te , e s t iman la p r o b a b i l i d a d tota l de fa l lo en 1/10.000. L o s i ngen i e ros del C e n t r o Espac ia l M a r s h a l l la e s t iman en 1/300, m i e n -t ras q u e la d i r ecc ión de la N A S A , a q u i e n i n f o r m a n los ingen ie ros m e n c i o n a d o s , l a e s t iman en 1/100.000. U n in -gen i e ro i ndepend i en t e que ac túa c o m o asesor de la N A S A cons ide ró que u n a e s t imac ión r a z o n a b l e ser ía de u n 1 a un 2 po r 100.)

L a h i s tor i a de los p r inc ip ios de ce r t i f i c ac ión de estos m o t o r e s resu l t a con fu s a y d i f íc i l de exp l i ca r . In i c i a lmen-te, la r eg l a parece h a b e r s ido q u e dos m o t o r e s de m u e s -tra hab í an cada u n o de f u n c i o n a r sin fa l los el dob l e de t i e m p o que el t i e m p o de serv ic io del m o t o r a ce r t i f i c a r ( reg la 2x ) . A l m e n o s , tal es la n o r m a en la F A A , y s egún pa rece , la N A S A la adop tó in i c i a lmente , c o n f i a n d o en que el t i e m p o ce r t i f i c ado fue ra de 10 mi s iones (por con -s igu ien te , cada m u e s t r a hab í a de sopor t a r 20 mi s iones ) . Ev iden t emen t e , los m o t o r e s más adecuados a u t i l i z a r p a r a la c o m p a r a c i ó n se r í an los de m á x i m o t i e m p o tota l de serv ic io ( t i empo de vue lo más t i e m p o de p rueba s ) , de-n o m i n a d o s en su j e rga « l í de re s de la f l o t a » . Pe ro , ¿ q u é sucede si u n te rcer m o t o r y va r ios o t ros fa l l an en u n

268


i n t e rva lo b r e v e ? S in d u d a n o p o d r í a m o s c o n s i d e r a r q u e el m o t o r es s e g u r o p o r q u e h a y a h a b i d o dos d e d u r a c i ó n i n s ó l i t a m e n t e g r ande . Es tos m o t o r e s de v i d a b r e v e p o -d r í an ser m á s r ep r e s en t a t i vo s d e las v e r d a d e r a s p o s i b i l i -dades , y con el e sp í r i tu de l f a c t o r de s e g u r i d a d 2 , los m o t o r e s s o l a m e n t e d e b e r í a n f u n c i o n a r d u r a n t e la m i t a d de l t i e m p o de v i d a de las m u e s t r a s m e n o s d u r a d e r a s .

Es te l en to c o r r i m i e n t o hac i a f a c to r e s de s e g u r i d a d de -c rec ientes p u e d e ve r se en o t r o s m u c h o s e j e m p l o s . T o -m e m o s el ca so d e los á l abes de l t u r b o c o m p r e s o r de c o m -bus t ib l e a g r an p r e s i ó n ( T C C A P ) . Se e m p e z ó p o r aban -d o n a r la idea de e n s a y a r u n m o t o r c o m p l e t o . E n cada m o t o r se r e e m p l a z a n a i n t e rva lo s f r e cuen t e s m u c h a s p i e -zas i m p o r t a n t e s comp l e t a s ( las p r o p i a s t u r b o b o m b a s , p o r e j emp lo ) , p o r lo q u e la n o r m a de s e g u n d a d 2 x se t ras -pa só de l m o t o r c o m p l e t o a los c o m p o n e n t e s . A s í pue s , se ce r t i f i c a u n d e t e r m i n a d o t i e m p o de s e rv i c io p a r a u n a t u r b o b o m b a de a l ta p r e s i ó n si d o s m u e s t r a s h a n f u n c i o -n a d o c ada u n a con éx i to el d o b l e de ese t i e m p o ( y d e s d e l u ego , p a r a se r p r á c t i co s s in e m p e ñ a r s e en q u e ese t i em-p o sea p o r lo m e n o s 10 m i s i one s ) . Pe ro , ¿ q u é se en t i ende al dec i r « c o n « é x i t o » ? P a r a la F A A , u n a g r i e t a en u n á l abe de t u r b i n a se cons i de r a u n f r a c a so , al o b j e t o d e da r en la p r á c t i c a u n f a c to r de s e g u r i d a d m a y o r q u e 2 . Es c i e r to q u e u n m o t o r p u e d e f u n c i o n a r c i e r to t i e m p o des -de q u e e m p i e z a a f o r m a r s e u n a g r i e t a ha s t a q u e és ta c re -ce lo bas t an te c o m o pa r a p r o v o c a r la r o t u r a de l á l abe . ( L a F A A es tá c o n s i d e r a n d o la i n t r o d u c c i ó n de n u e v a s reg las p a r a t ener en cuen t a este t i e m p o de s e g u r i d a d ex-tra , p e r o s o l a m e n t e las a c ep t a r á si la c u e s t i ó n es a n a l i z a -da m u y c u i d a d o s a m e n t e m e d i a n t e m o d e l o s c o n o c i d o s , d en t ro de u n m a r g e n c o n o c i d o de expe r i enc i a y con m a -ter i a les p r o b a d o s c o n c i e n z u d a m e n t e . N i n g u n a de estas c o n d i c i o n e s se da en el ca so d e lo s m o t o r e s p r i n c i p a l e s de l t r a n s b o r d a d o r e spac i a l . )

Se d e s c u b r i e r o n g r i e t a s en m u c h o s á l abes de t u r b i n a de t u r b o b o m b a s de s e g u n d a f a se . E n u n caso se e n c o n -t r a r o n t res al c abo de 1900 s e g u n d o s d e f u n c i o n a m i e n t o ,

269


m i en t r a s que en o t ro n o se encon t ró n i n g u n a al c abo de 4200 segundos , a u n q u e , p o r lo genera l , en estas p r u e b a s p r o l o n g a d a s sí m o s t r a b a n f i su ras . P a r a p ro segu i r con esta h i s tor i a , es prec i so c o m p r e n d e r q u e el e s fue rzo a q u e es s o m e t i d a la p i e z a d e p e n d e m u c h o de l n ive l de po t enc i a . L o m i s m o que en vue lo s anter iores , du r an t e casi t o d o el t i e m p o en q u e e s tuv i e ron f u n c i o n a n d o los m o t o r e s d u -ran te el vue lo de l Challenger, l o h i c i e ron a u n n ive l g r a -d u a d o c o m o 104 po r c iento de la po tenc i a n o m i n a l . A j u z g a r po r c ier tos da tos sobre mate r i a l e s , se s u p o n e q u e al 104 po r c iento de la p o t e n c i a n o m i n a l el t i e m p o pa r a la apa r i c ión de f i su ra s es a p r o x i m a d a m e n t e dob l e q u e al 109 p o r c iento , q u e es el n ive l de m á x i m a p o t e n c i a ( N M P ) . Los f u t u r o s vue lo s t end r í an q u e hace r se al 109 p o r c iento , p o r ser m a y o r e s la ca rgas prev i s tas , y f u e r o n m u c h a s las p r u e b a s e fec tuadas a ese n ive l . A s í pue s , d i -v i d i e n d o entre 2 el t i e m p o al 104 p o r c iento , se ob t i enen u n i d a d e s l l amada s n ive l equ iva l en te de po tenc i a m á x i m a ( N E P M ) . ( C o m o es obv io , al p r o c e d e r así se i n t r o d u c e u n a c ierta i n c e r t i d u m b r e , q u e n o ha s ido e s tud i ada ) . La s p r i m e r a gr ie tas antes m e n c i o n a d a s ocu r r i e ron a 1375 se-g u n d o s de N E P M .

A h o r a la r eg l a de ce r t i f i cac ión se conv ie r t e en « l i m i t a r t o d o s los á labes de s e g u n d a fase a un m á x i m o de 1375 s e g u n d o s N E P M » . C u a n d o se ob je t a que el f a c to r de s e gu r i d ad 2 se ha p e r d i d o , se seña la q u e u n a t u rb ina f u n c i o n ó du r an t e 3800 s egundos N E P M sin apa r i c ión de g r i e tas , y la m i t a d de esta c i f ra son 1900, p o r lo q u e se está s i endo inc lu so m á s p ruden t e . C o n s eme j an t e r a z o -n a m i e n t o e s t amos e n g a ñ á n d o n o s de t res m o d o s . P r i m e -ro , t enemos so l amen t e una mues t r a , q u e no es a d e m á s la « l í d e r de la f l o t a » , en efecto , las o t ras dos m u e s t r a s con 3800 s egundos N E P M o más r eun í an en to ta l 17 pa l a s con f i su ras . (El m o t o r t i ene 59 á labes) . En s e g u n d o l uga r , h emos a b a n d o n a d o la r eg l a de 2x y t o m a d o en su l u g a r el m i s m o t i e m p o (1375 s egundos ) . Y f i n a lmen t e , f u e a los 1375 s e g u n d o s c u a n d o se de s cub r ió u n a gr i e ta . P o d e m o s dec i r que no se hab í a de scub i e r to n i n g u n a f i -

270

O b s e r v a c i o n e s p e r s o n a l e s

su ra , p e r o la ú l t i m a v e z q u e m i r a m o s y n o v i m o s f i suras , f ue a l o s 1100 s e g u n d o s N E P M . N o s a b e m o s el in s t an te p r e c i so en q u e se f o r m ó la g r i e t a en t re dos t i e m p o s . Las gr ie tas , p o r e j emp lo , p o d r í a n h abe r s e f o r m a d o a los 1150 s e g u n d o s N E P M . ( A p r o x i m a d a m e n t e dos t e r ce r a s pa r t e s de los j u e g o s de á labes e n s a y a d o s m á s d e 1375 s e g u n d o s N E P M m o s t r a b a n gr i e tas y a a los 1150 s e g u n d o s ) . Era i m p o r t a n t e m a n t e n e r d i cha c i f r a lo m á s e l evada p o s i b l e p u e s el t i e m p o de f u n c i o n a m i e n t o de los m o t o r e s del t r a n s b o r d a d o r en cada v u e l o se a c e r c aba m u c h o al va lo r l ím i t e .

F i n a l m e n t e , se dec l a r a q u e n o se h a p r e s c i n d i d o de los c r i t e r ios de s e g u r i d a d y q u e el s i s t ema es s e g u r o , a pesar de h a b e r a b a n d o n a d o la n o r m a de la F A A s o b r e inex is -t enc i a de g r i e tas , c o n s i d e r a n d o ú n i c a m e n t e q u e se p r o -d u c e u n fa l lo c u a n d o se l l ega a l a r o t u r a c o m p l e t a de un á l abe . A c e p t a d a esta d e f i n i c i ón , n i n g ú n m o t o r ha fa l l ado todav í a . L a i dea es q u e p u e s t o q u e el t i e m p o p a r a q u e las f i su r a s c r e zc an has t a la f a c t u r a es lo s u f i c i e n t e m e n t e g ran-de , p o d e m o s a s e g u r a r n o s de la s e g u r i d a d de l s i s t ema ins -p e c c i o n a n d o t o d o s los á l abes , p o r si m u e s t r a n gr i e tas . De e n c o n t r a r a l guna , se r e e m p l a z a n los á l abes , y si n i n g u n a d i s p o n e m o s de t i e m p o su f i c i en t e p a r a r e a l i z a r u n a mi s ión con s e g u r i d a d . D e este m o d o , se a f i r m a , el p r o b l e m a de las g r i e tas de j a de ser u n p r o b l e m a de s e g u r i d a d de vue lo , p a s a n d o a ser m e r o p r o b l e m a de m a n t e n i m i e n t o .

L o cua l p u e d e q u e sea c i e r to . Pe ro , ¿ c ó m o s a b e m o s q u e el c r e c i m i e n t o de las g r i e t a s es s i e m p r e lo su f i c i en -t e m e n t e l en to c o m o p a r a q u e n o se l l e gue a la f r a c t u r a d u r a n t e u n a m i s i ó n ? T re s m o t o r e s h a n f u n c i o n a d o du-ran te p e r i o d o s l a rgos con u n o s cuan to s á l abes f i s u r a d o s (unos 3000 s e g u n d o s N E P M ) s in q u e en r e a l i d ad l l egan a r o m p e r s e n i n g u n a pa l a .

P o s i b l e m e n t e se h a y a l o g r a d o a r r eg l a r este p r o b l e m a de las g r i e tas . C a m b i a n d o la f o r m a de l á l abe , m a r t i l l e a n do la supe r f i c i e y r e c u b r i é n d o l a s de ma t e r i a l a i s l an te para a m o r t i g u a r los c a m b i o s t é rm i co s , las n u e v a s pa l e t a s de t u r b i n a no se h a n ag r i e t ado has ta aho r a .

271


L a h i s tor i a de la ce r t i f i c ac ión de las t u r b o b o m b a s de c o m b u s t i b l e de alta p r e s ión es bas tante pa rec ida , p e r o n o d a r e m o s aqu í los deta l les .

En r e sumen , es ev iden te q u e las r ev i s iones de d i s p o -s ic ión pa ra el vue lo y l a s reg las de ce r t i f i cac ión dan m u e s -tras de de te r io ro en lo a t inente a c ier tos p r o b l e m a s de los m o t o r e s p r inc ipa l e s de l t r a n s b o r d a d o r espac ia l , q u e se a p r o x i m a n de cerca al de t e r io ro de las n o r m a s co r r e s -p o n d i e n t e s a los cohetes de c o m b u s t i b l e só l ido .

Aviónica

Se en t i ende po r « a v i ó n i c a » el s i s t ema de o r d e n a d o r e s in s t a l ados en el o rb i t ado r , j u s t amen t e con los sensores que los p roveen de da tos y los d i spos i t i vos a c tuadore s de sa l ida . A l p r inc ip io nos l i m i t a r e m o s a los o r d e n a d o r e s p r o p i a m e n t e d i chos y n o nos o c u p a r e m o s de la f i ab i l i -d ad d e la i n f o r m a c i ó n sumin i s t r ada p o r los sensores de t empe r a tu r a , p res ión , e tc ; n i t a m p o c o , de si l a sa l ida de l o r d e n a d o r es f i e lmen t e obedec ida po r los a c tuadore s de encend ido de los cohetes , los con t ro l e s mecán i cos , l o s da tos mos t r ados a los a s t ronau ta s y así po r demás .

El s i s tema i n f o r m á t i c o está m u y e l aborado , y t i ene más de 250 .000 l íneas de cód i go . Es r e sponsab l e , en t r e o t ras cosas , de l con t ro l a u t o m á t i c o de t odo el a scenso de l t r a n s b o r d a d o r has ta su órb i t a y de l descenso de l o r -b i t ador has ta q u e éste se encuen t r a y a m u y den t ro de la a tmós f e r a (a ve loc idad m e n o s q u e M a c h 1), a p a r t i r de l m o m e n t o en que se p u l s a el bo tón que de t e rm ina el p u n -to de a te r r i za je de seado . Ser ía pos ib l e hace r que t o d o el a t e r r i za j e fuese a u t o m á t i c o . ( L a seña l de ba j a r el t r en de a t e r r i z a j e queda exp re s amen te f u e r a de l cont ro l de los o r d e n a d o r e s , y ha de ser d ada p o r el p i lo to , o s t ens ib l e -men t e , po r r azones de s egu r idad ) . D u r a n t e el v u e l o o r -bi ta l el s i s tema i n f o r m á t i c o de a b o r d o se u t i l i z a en el con t ro l de la carga , en la p re sen tac ión de i n f o r m a c i ó n a los a s t ronau ta s y en el i n t e r c amb io de i n f o r m a c i ó n con

272


t i e r ra . Es ev iden t e q u e la s e g u r i d a d de l v u e l o ex i ge q u e la exac t i t ud de este c o m p l e j o s i s t ema de e q u i p o s i n f o r -m á t i c o s y de p r o g r a m a c i ó n esté d e b i d a m e n t e g a r a n t i z a d a .

E n b reve , l a f i ab i l i d ad d e lo s e q u i p o s se g a r a n t i z a u t i -l i z a n d o c u a t r o o r d e n a d o r e s i d én t i co s , e s e n c i a l m e n t e in -depend i en t e s . S i e m p r e q u e es pos ib l e , c ada s e n s o r t i ene cop i a s m ú l t i p l e s — c u a t r o , p o r lo c o m ú n — c a d a u n a de las cua l e s a l i m e n t a a las l í nea s de en t r ada d e lo s c u a t r o o r d e n a d o r e s . En el ca so de q u e las seña les p r o c e d e n t e s de los s ensores sean d i s co rdan t e s , se u t i l i z a c o m o seña l e f ec t i va d e e n t r a d a o b i en u n c i e r to p r o m e d i o , o b i en se dec ide p o r m a y o r í a , d e p e n d i e n d o de las c i r cuns t anc i a s . D a d o q u e cada o r d e n a d o r está c o n e c t a d o con todas las cop i a s d e t odos lo s sensores , las e n t r a d a s son las m i s m a s , y d a d o q u e los a l g o r i t m o s u t i l i z a d o s p o r cada u n o de los c u a t r o , o r d e n a d o r e s son los m i s m o s , los r e s u l t a d o s de c ada o r d e n a d o r t e n d r í a n q u e ser los m i s m o s en c ada p a s o . Es tos r e su l t ados son c o m p a r a d o s de c u a n d o en c u a n d o , p e r o d a d o q u e su s v e l o c i d a d e s de f u n c i o n a m i e n t o p u d i e -ran m o s t r a r l i ge ra s d i f e r enc i a s , se ha i n s t i t u i do u n s i s te -m a de d e t e n c i ó n y e spe ra en i n s t an t e s e spec i f i c ados , p r e -v io s a la c o m p a r a c i ó n . Si u n o d e los o r d e n a d o r e s es tá en d i s c o r d a n c i a o se ha r e t r a s a d o d e m a s i a d o y n o t i ene l i s ta su r e spues t a , se d a p o r s u p u e s t o q u e lo s t res c o n c o r d a n -tes f u n c i o n a n c o r r e c t a m e n t e y el o r d e n a d o r q u e a j u i c io de los o t ro s dos fa l l a , ta l o r d e n a d o r es r e t i r ado de l s i s -t ema , c a n c e l á n d o s e lo q u e fa l t e de v u e l o : se i n s t i t u y e el de scenso ha s t a el p u n t o de a t e r r i z a j e , c o n t r o l a d o p o r los dos o r d e n a d o r e s restantes. . V e a m o s q u e se t r a t a de u n s i s t ema r e d u n d a n t e , p u e s el f a l l o d e u n ú n i c o o r d e n a d o r n o a fec ta a l a m i s i ó n . F i n a l m e n t e , c o m o m e d i d a ad i c i o -na l d e s e g u r i d a d , ex i s te u n q u i n t o o r d e n a d o r , i n d e p e n -d i en t e c u y a m e m o r i a es tá c a r g a d a s o l a m e n t e c o n el p r o -g r a m a de a scenso y de scenso , y q u e es c apaz d e c o n t r o -l a r el d e s c enso si se p r o d u c e u n f a l l o de dos o m á s de lo s o r d e n a d o r e s de la l ínea p r i n c i p a l de c u a t r o .

L o s o r d e n a d o r e s de la l í nea p r i n c i p a l n o d i s p o n e n de m e m o r i a su f i c i en t e p a r a t o d o s lo s p r o g r a m a s de a scenso ,

273


de scenso y ges t ión de la carga , p o r lo q u e la m e m o r i a es c a rgada po r los a s t ronau t a s u n a cua t ro veces , con p r o -g r a m a s reg i s t r ados en c inta .

A causa del e n o r m e e s fue rzo necesa r io p a r a r e e m p l a -z a r la p r o g r a m a c i ó n de u n s i s t ema tan e l abo r ado y p a r a p o n e r a p u n t o u n s i s t ema nuevo d e b i d a m e n t e c o m p r o -b a d o , n o se h a n r e a l i z ado c amb io s en el ma te r i a l d e sde q u e se c o m e n z ó con el s i s tema de t r anspor te p o r l a n z a -de r a espacia l , h ace u n o s 15 años . En rea l idad , d e sde el p u n t o de vista t e cno lóg i co , el ma te r i a l está c o m p l e t a m e n -te des fasado . P o r e j emp lo , las m e m o r i a s son de u n v i e jo t i po de núc leos de fe r r i t a . C a d a v e z resu l ta m á s d i f í c i l encon t r a r f abr i can tes q u e sumin i s t r en o r d e n a d o r e s tan p a s a d o s y de c a l i d ad su f i c i en t emen te a l ta . L o s o r d e n a -do re s m o d e r n o s son m u c h í s i m o m á s f i ab les , y f u n c i o n a n a ve loc idades m u c h o m a y o r e s . E l lo h a p e r m i t i d o s i m p l i -f i c a r sus c i rcu i tos y hace r m u c h o m á s . Los o r d e n a d o r e s m o d e r n o s no r e q u e r i r í a n ser c a r g ados tantas veces con las c intas , pues sus m e m o r i a s son m u c h í s i m o m a y o r e s .

L a p r o g r a m a c i ó n se c o m p r u e b a m u y c u i d a d o s a m e n t e , de aba jo arr iba , p o d r í a m o s dec i r . P r i m e r o se rev i sa c ada n u e v a l ínea de p r o g r a m a ; se c o m p r u e b a n de spué s los « m ó d u l o s » , secc iones de l p r o g r a m a enca rgados de f u n -c iones pa r t i cu l a re s . El a lcance de la ve r i f i c ac ión se va a m p l i a n d o paso a paso , has ta q u e lo s nuevos c a m b i o s son i nco rpo r ados a u n s i s t ema comp le to , y es c o m p r o -b a d o el f u n c i o n a m i e n t o de éste. Este r e su l t ado f ina l re -c ibe la cons ide r ac ión de p r o d u c t o f ina l , rec ién sa l ido . H a y , po r ot ra pa r t e , u n g rupo de desa r ro l lo de la p r o -g r a m a c i ó n , y la some t e a toda c lase de p rueba s , c o m o si f u e r a un c l iente de l p r o d u c t o en t r egado . Se e f ec túan n u e -vas ver i f i cac iones , u t i l i z ando los p r o g r a m a s en s i m u l a -dores , etc. D u r a n t e esta fase de en s a yos de ve r i f i c a c ión la apa r i c ión de u n e r ror es a lgo m u y ser io , y su o r i g en se e s tud i a m u y cu id ados amen t e , p a r a ev i tar lo en el f u -tu ro . So l amente se ha t r opezado con unos seis e r rores de este t ipo en toda la p r o g r a m a c i ó n nueva y en la r e a -dap t ac ión de la ex i s tenc ia (a ca rgas nueva s o m o d i f i c a -

274


da s ) q u e se ha h e c h o . El p r i n c i p i o al q u e se a t i enen es : t o d a es ta v e r i f i c a c i ón no es u n a spec to de la s e g u r i d a d de l p r o g r a m a , s ino u n e n s a y o d e tal s e g u r i d a d en u n a v e r i f i c a c i ón n o ca t a s t ró f i c a . L o s j u i c io s sob re s e g u r i d a d del v u e l o h a n de f u n d a r s e e x c l u s i v a m e n t e en lo b i en q u e h a y a n f u n c i o n a d o los p r o g r a m a s en los e n s a y o s v e r i f i c a -dos . U n fa l lo a este n ive l es c a u s a de cons i de r ab l e p r e o -c u p a c i ó n .

A s í pue s , p a r a r e s u m i r : el s i s t ema de v e r i f i c a c i ó n de la p r o g r a m a c i ó n es de la m á s a l t a ca l idad . N o pa r ecen da r se p r o c e s o s de i r e n g a ñ á n d o s e a u n o m i s m o al t i e m p o que lo s c r i t e r ios se r e l a j an y d e g r a d a n , p r o c e s o s tan ca-r ac te r í s t i cos , en c a m b i o , en los s i s t emas de s e g u r i d a d de l i m p u l s o r de c o m b u s t i b l e só l i do y de l m o t o r p r i nc ip a l del t r a n s b o r d a d o r . N o h a y d u d a , d e sde l u ego , de q u e r e c i e n t e m e n t e se h a s u g e r i d o d e s d e la d i r e cc ión la s u p r e -s ión d e es tos e n s a y o s tan p r o l i j o s y ca ros , c o n s i d e r á n -do lo s i nnece s a r i o s a es tas a l tu r a s de la h i s to r i a de los t r a n s b o r d a d o r e s . Es p r e c i so res i s t i r se a ta les suge renc i a s , pues n o t i enen en cuen t a las m u t u a s y sut i l es i n f l u enc i a s de u n a s pa r t e s de l p r o g r a m a sob re o t ras , e i n c l u so las f u e n t e s de e r r o r q u e c o m p o r t a r í a n p e q u e ñ o s c a m b i o s en el p r o g r a m a . Ex i s t e u n a p r e s i ó n c o n t i n u a p a r a e f ec tua r c a m b i o s en los p r o g r a m a s , al p r o p o n e r los u s u a r i o s n u e -vas d e m a n d a s y m o d i f i c a c i o n e s o n u e v a s c a rga s p a r a el t r a n s b o r d a d o r . L o s c a m b i o s son one ro so s , p o r q u e ex i -gen u n a a m p l i a ser ie de p r u e b a s y v e r i f i c a c i one s p r ev i a s L a f o r m a i d ó n e a de a h o r r a r d i n e r o es p o n e r co to al n ú -m e r o de m o d i f i c a c i o n e s so l i c i t adas , no a la c a l i d a d de la v e r i f i c a c ión de cada u n a .

Se p o d r í a a ñ a d i r q u e este e l a b o r a d o s i s t ema p o d r í a m e j o r a r s e m u c h o u t i l i z a n d o m a t e r i a l m o d e r n o y las m o -de rna s técn icas de p r o g r a m a c i ó n . C u a l q u i e r n u e v o c o m -p e t i d o r t endrá t o d a s las ven t a j a s de q u i e n p a r t e de cero . El p r o b l e m a de si se r í a b u e n a i d e a i n t r o d u c i r en la N A S A e q u i p o s de c o m p u t a c i ó n m o d e r n o s es cues t ión q u e de-be r í a ser ob j e to de c u i d a d o s o e x a m e n en este m o m e n t o .

F i n a l m e n t e , r e t o r n a n d o a los s enso re s y a c t u a d o r e s del

275


s i s tema de av iónica , e n c o n t r a m o s que la ac t i tud a ce r ca de los fa l los y f i a b i l i d a d de l s i s t ema n o l l ega a ser t an buena c o m o en el s i s t ema de c ó m p u t o . Por e j emp lo , se encont ró una d i f i cu l t ad con c ie r tos sensores de t e m p e -ra tura , q u e fa l l aban de c u a n d o en c u a n d o . S in e m b a r g o , d i ec iocho meses m á s t a rde se segu í an u t i l i z a n d o los m i s -m o s sensores , q u e s egu í an c o m o antes f a l l ando en o c a -s iones , has ta q u e fue p rec i so anu l a r un l a n z a m i e n t o p o r -que dos de e l los f a l l a ron s i m u l t á n e a m e n t e . Este s en so r vo l v ió n o obs tante a ser u t i l i z a d o o t ra v e z en u n v u e l o pos te r io r . Y los s i s t emas de con t ro l p o r r e acc ión , los cohetes u t i l i z ados pa ra la r eo r i en t ac ión y con t ro l en v u e -lo todav í a no son c o m p l e t a m e n t e de f i a r . Exis te en los s i s temas u n a cons ide r ab l e r edundanc i a , pero t a m b i é n u n a l a rga h i s tor i a de fa l los , n i n g u n o de los cua le s ha s i do lo bas tante g r ande c o m o pa r a a fec tar s e r i amente u n v u e l o . La acc ión de los cohetes es ve r i f i c ada p o r los s e n s o r e s : si un cohete de ja de f u n c i o n a r , los o r d e n a d o r e s b u s c a n o t ro cohe te que d i spa ra r . Pe ro los cohe te s n o es tán d i -s eñados con el f in de q u e fa l l en , y el p r o b l e m a debe r í a q u e d a r r e sue l to .

Conclusiones

C u a n d o resu l ta p r e c i so a tenerse a un c a l enda r io de l a n z a m i e n t o s r a zonab l e , es cor r i en te q u e los p r o b l e m a s ingen ie r i l e s no p u e d a n reso lverse con la r a p i d e z nece s a -ria p a r a m a n t e n e r los es t r i c tos c r i t e r ios de ce r t i f i c ac ión or ig ina l e s , conceb idos pa r a g a r an t i z a r q u e el v e h í c u l o sea m u y s egu ro de usa r . En ta les s i tuac iones , los c r i t e r ios de s e gu r i d ad son su t i lmen t e a l t e rados — n o poca s veces , con a r g u m e n t o s a p a r e n t e m e n t e l ó g i c o s — al ob j e to de q u e la ce r t i f i c ac ión de los v u e l o s p u e d a p r o d u c i r s e a t i e m p o . En consecuenc i a , el t r a n s b o r d a d o r vue l a en u n e s t ado r e l a t i v amente i n s egu ro , con u n r i e sgo de acc iden te q u e ronda u n p u n t o po r c i en to . (Resu l t a d i f í c i l ser m á s p r ec i -so . )

276


L a d i r e c c i ón of i c i a l , p o r o t ra pa r t e , se m a n i f i e s t a c o n -v e n c i d a de q u e la p r o b a b i l i d a d de f a l lo es un m i l l a r de veces m e n o r . U n a de las r a z o n e s p a r a e l lo p u e a e se r un i n t en to de g a r an t i z a r l e al g o b i e r n o la p e r f e c c i ón y el éx i -to de la N A S A y a s egu r a r s e as í el s u m i n i s t r o de f o n d o s . La o t ra p u e d e se r q u e es tos d i r e c t i vos es tén s i n c e r a m e n t e c o n v e n c i d o s de q u e es c ie r ta , lo q u e ser í a d e m o s t r a c i ó n de u n a i nc r e íb l e f a l t a de c o m u n i c a c i ó n ent re la d i r e c c i ón y los i ngen i e ro s q u e t r aba j an p a r a e l los .

Sea c o m o fue re , la a f i r m a c i ó n an t e r i o r ha t en ido con -secuenc i a s m u y d e s a f o r t u n a d a s , l a m á s g r ave de las cua -les ha s ido a n i m a r a c i u d a d a n o s o r d i n a r i o s a vo l a r en u n a m á q u i n a tan pe l i g ro sa , c o m o si f ue s e i gua l de s e g u r a q u e u n av ión de pa s a j e ro s co r r i en t e . L o s a s t ronau t a s , lo m i s -m o q u e los p i l o to s de p r u e b a s , h a n de c o n o c e r los r i es -gos q u e co r r en , y noso t ro s , h o n r a r l e s p o r su f avo r . ¿ Q u i é n p o d r á d u d a r q u e M c A u l i f f e 1 e ra i g u a l m e n t e u n a p e r s o n a de g r an va lo r , q u e t en ía m á s c l a ra c o n c i e n c i a de los v e r d a d e r o s r i e sgos de lo q u e la d i r e cc ión de N A S A está d i spue s t a a d e j a rnos c r e e r ?

H a g a m o s r e c o m e n d a c i o n e s q u e g a r an t i c en q u e los f u n -c iona r io s de la N A S A se e n f r e n t e n con u n m u n d o de r ea l i dad , q u e c o m p r e n d a n lo s u f i c i e n t e m e n t e b ien l a s im-pe r f e c c i one s y d e b i l i d a d e s de l a t e c n o l o g í a p a r a e s fo r -za r se a c t i v a m e n t e en e l im ina r l a s . H a n de v i v i r en u n m u n -do de r e a l i d ad al c o m p a r a r lo s co s to s y l a u t i l i d a d del t r a n s b o r d a d o r con o t ros m é t o d o s de p e n e t r a c i ó n en el e spac io . Y t i enen q u e ser r ea l i s t a s en la f o r m a l i z a c i ó n de con t r a tos y en la e s t i m u l a c i ó n de cos tos y d i f i c u l t a d e s de cada p r o y e c t o . S o l a m e n t e d e b e r í a n p r o p o n e r s e c a l en -dar ios de v u e l o s r ea l i s t a s ; c a l enda r i o s q u e t e n g a n u n a r a z o n a b l e p r o b a b i l i d a d de ser c u m p l i d o s . Si el g o b i e r n o no está d i s p u e s t o a m a n t e n e r a la N A S A en es tos t é r -m inos , así sea . L a N A S A t iene con los c i u d a d a n o s , c u y o

1 C h r i s t a M c A u l i f f e , mae s t r a de e scue l a , iba a ser la p r i m e r a c i u d a -dana o r d i n a r i a q u e v i a j a se al e spac io , u n s í m b o l o de l c o m p r o m i s o e d u -cat ivo de l p a í s y de la s e gu r i d ad de l t r a n s b o r d a d o r .

2 7 7


a p o y o sol ic i ta , el deber de ser f r anca , h o n r a d a e i n fo r -ma t i va , pa ra q u e es tos c i udadanos p u e d a n dec id i r con la m a y o r p rudenc i a y b u e n saber a q u é d e b e n d e d i c a r sus l im i t ados r ecu r sos .

Pa r a que u n a t e cno log í a t enga éx i to , es p r e c i so q u e la r e a l i dad tenga p r e cedenc i a sobre las r e l ac iones púb l i c a s , p u e s a la N a t u r a l e z a n o se la p u e d e engaña r .

278

E P I L O G O

Prefacio

G u a n d o era m á s j o v e n e s t aba c o n v e n c i d o de q u e la c i enc i a h a r í a cosas buena s p a r a t odos . Era e v i d e n t e m e n t e buena . D u r a n t e la gue r r a t r aba j é en la b o m b a a tómica . Este r e s u l t a d o de la c i enc i a e ra e v i d e n t e m e n t e u n a sun to m u y s e r io : r ep r e s en t aba la d e s t r u c c i ó n de seres h u m a n o s .

D e s p u é s de la gue r r a e s tuve s u m a m e n t e p r e o c u p a d o p o r la b o m b a . N o sab ía q u é a spec to iba a o f r e c e r el f u t u r o , y c i e r t a m e n t e n o t en í a la m e n o r s e g u r i d a d de f u é r a m o s a d u r a r has ta h o y . H a b í a p u e s u n a cues t ión ¿ l l eva la c i enc i a a l go m a l o c o n s i g o ?

D i c h o de o t ro m o d o , ¿ q u é v a l o r t i ene l a c i enc i a a la q u e m e h a b í a c o n s a g r a d o — l o q u e y o a m a b a — , después de v e r las cosas tan t e r r ib l e s q u e p o d í a h a c e r ? E r a una cues t ión a la q u e y o ten ía q u e da r r e spues t a .

«E l v a l o r de la c i enc i a » es, si se qu i e r e , u n a espec ie de i n f o r m e de los m u c h o s p e n s a m i e n t o s q u e m e sobrev in i e -ron al t r a t a r de r e s p o n d e r a esa cue s t i ón .

R i c h a r d F e y n m a n

279

E L V A L O R D E L A C I E N C I A *

D e c u a n d o en c u a n d o h a y q u i e n m e sug i e r e q u e lo s c i en t í f i cos debe r í an p r e s t a r m a y o r c o n s i d e r a c i ó n a los p r o b l e m a s soc i a l e s ; en espec ia l , q u e t e n d r í a n q u e ser m á s r e sponsab l e s al c o n s i d e r a r el i m p a c t o de la c i enc i a en la soc i edad . Pa r e ce se r o p i n i ó n gene ra l q u e si los c i en t í f i cos se t o m a s e n l a m o l e s t i a de p r e s t a r a t enc ión a e s tos p r o -b l e m a s soc i a l e s t an d i f í c i l e s y n o se p a s a r a n t an to t i e m p o t o n t e a n d o con p r o b l e m a s c i en t í f i co s m e n o s v i t a l e s , se o b t e n d r í a n g r ande s éx i tos .

T e n g o la i m p r e s i ó n de q u e n o s o t r o s sí r e f l e x i o n a m o s en ta les p r o b l e m a s de c u a n d o en c u a n d o , p e r o q u e n o les d e d i c a m o s la t o t a l i d ad de n u e s t r o s e s f u e r z o s , p o r la r a z ó n , en t re o t ras , de q u e n o t e n e m o s n i n g u n a f ó r m u l a m á g i c a p a r a r e so lve r p r o b l e m a s soc i a l e s , de q u e los p r o -b l e m a s soc i a l e s son m u c h o m á s d i f í c i l e s q u e los c i en t í -f i cos , y de q u e n o r m a l m e n t e n o l l e g a m o s a n a d a c u a n d o r e f l e x i o n a m o s en e l los .

E s t o y c o n v e n c i d o de q u e c u a n d o u n c i en t í f i co e x a m i -na p r o b l e m a s n o c i en t í f i cos p u e d e ser t an l i s to o tan ton to c o m o c u a l q u i e r p r ó j i m o , y de q u e c u a n d o h a b l a

281

Epí logo

de u n asunto no c i en t í f i co , p u e d e sona r igua l de i n g e n u o q u e cua lqu i e r p e r s o n a no i m p u e s t a en la ma te r i a . D a d o q u e la cuest ión de l v a l o r de la c i enc i a no es u n a cues t ión c ient í f i ca , esta cha r l a es ta rá d e d i c a d a a d e m o s t r a r l a tesis q u e acabo de expone r . . . p r e d i c a n d o c o n e l e j emp lo .

A todo el m u n d o le es f am i l i a r l a p r i m e r a de las fo r -m a s en q u e la c i enc i a es va l iosa , a saber , q u e el conoc i -m i e n t o c ient í f i co nos pe rm i t e hace r toda clase de cosas y cons t ru i r toda c lase de cosas . E v i d e n t e m e n t e , si h ace -m o s cosas buenas , e l lo no so l amen t e h ab r á de ac red i t a r se en la cuenta de la c i enc i a ; el m é r i t o será i g u a l m e n t e de la e l ecc ión m o r a l q u e nos l l evó a hace r obra s b u e n a s . El conoc im i en to c i en t í f i co conf i e re u n p o d e r q u e nos capa -c i ta pa ra obra r b ien o ma l , p e r o n o l l eva i n s t rucc iones ace rca de c ó m o u t i l i z a r lo . Ta l p o d e r t i ene un v a l o r ev i -d e n t e —inc l u so a u n q u e tal p o d e r p u e d a ser n e g a d o po r lo q u e u n o hace con él .

Supe de una f o r m a de expresa r este p r o b l e m a h u m a n o t an c o m ú n d u r a n t e u n v ia je a H o n o l u l ú . En u n t e m p l o b u d i s t a de al lá , el e n c a r g a d o les exp l i có a los tu r i s t a s u n p o q u i t o de la r e l i g ión bud i s t a , y de spué s acabó su char l a a f i r m a n d o que t en í a q u e dec i r les a lgo que no o l v i d a r í an jamás — y que y o j a m á s he o l v i d ado . Era u n p r o v e r b i o de la re l i g ión b u d i s t a :

A cada h o m b r e se le da la l l ave de las pue r t a s de l c i e lo ; e sa m i s m a l lave abre las pue r t a s de l i n f i e rno .

¿ Q u é va lo r t i ene , pues , la l l ave de las pue r t a s de l c ie-l o ? c ie r to es que si c a r ecemos de i n s t rucc iones c l a ra s q u e nos pe rm i t an d e t e r m i n a r cuá l es la p u e r t a q u e da al c ie lo , y cuá l al i n f i e rno , l a l l ave p u e d e se r u n ob je to pe l i g ro so de u t i l i z a r .

P e r o es ev iden te q u e la l l ave t i ene u n v a l o r : ¿ c ó m o p o d r e m o s ent ra r en el c ie lo si c a r e c e m o s de e l l a ?

L a s ins t ruc iones de uso ca rece r í an de v a lo r si n o p o -s e e m o s la l lave . Es ev idente , pues , q u e a p e s a r de que p u e d e p r o d u c i r e n o r m e s ho r ro r e s en el .mundo, l a c i en-cia t i ene va lor , p o r q u e puede p r o d u c i r algo.

282

El v a lo r de la c i enc i a

O t r o de los va lo re s de la c i enc i a es el d i s f r u t e —e l l l a m a d o g o z o i n t e l e c tua l— q u e a l gunas p e r s o n a s s i enten al l e e r y r e f l e x i o n a r en e l la , o q u e e x p e r i m e n t a n al t ra -ba j a r en el la . Es éste u n a spec to i m p o r t a n t e , u n a s p e c t o , q u e n o es s u f i c i e n t e m e n t e c o n s i d e r a d o p o r q u i e n e s nos d i cen q u e es r e sponsab i l i d ad n u e s t r a r e f l e x i o n a r sob re el i m p a c t o de la c ienc ia en la s o c i e d a d .

¿ T i e n e este d i s f ru t e p e r s o n a l a l g ú n v a l o r p a r a la soc ie-dad en su c o n j u n t o ? ¡ N o ! P e r o es t a m b i é n u n a r e spon-sab i l i dad c o n s i d e r a r el pape l de la soc i edad p r o p i a m e n t e d icha . ¿Se rá este pape l o r g a n i z a r las cosas de m o d o que los i n d i v i d u o s p u e d a n d i s f r u t a r de e l l a s ? E n tal caso , g o z a r de la c i enc i a es t an i m p o r t a n t e c o m o c u a l q u i e r o t r a cosa .

N o qu i s i e r a , e m p e r o , s u b e s t i m a r el v a lo r de la con -cepc ión de l m u n d o r e su l t an t e de l e s f u e r z o c i en t í f i co . H e -m o s s i do l l e v ados a i m a g i n a r t o d a sue r t e de cosas inf i -n i t a m e n t e m á s ma r av i l l o s a s q u e las v i s iones de lo s poe t a s y s o ñ a d o r e s de l p a s a d o . M u e s t r a q u e la i m a g i n a c i ó n de la n a t u r a l e z a es m u c h o , m u c h í s i m o m a y o r q u e la i m a g i -nac ión de l h o m b r e . P o r e j e m p l o , ¡ c u á n t o m á s n o t a b l e es que t o d o s nos h a l l e m o s su j e tos —la m i t a d de noso t ro s , c abeza a b a j o — p o r u n a m i s t e r i o s a a t r acc ión a u n a bo l a que g i ra sobre sí m i s m a ; a u n a bo l a q u e ha e s t ado ro -d a n d o p o r el e spac io d u r a n t e m i l e s de m i l l o n e s de años , q u e la m e t á f o r a de q u e s o m o s l l e v ados a l o m o s de un e l e fante so s t en ido p o r u n a t o r t u g a q u e n a d a en un mar sin f o n d o !

H a n s ido tantas las veces q u e he p e n s a d o es tas cosas en so l i t a r io , q u e c o n f í o en se r d i s c u l p a d o si les r e c u e r d o este t i po de p e n s a m i e n t o , q u e e s t o y s e g u r o q u e t an tos de us t edes han t en ido , m á s q u e n a d i e p o d r í a h a b e r teni-do en el p a s a d o , p o r q u e n o se t en ía en tonce s la i n fo r -m a c i ó n q u e h o y t e n e m o s s o b r e el m u n d o .

P o r e j emp lo , e s toy so lo , a la o r i l l a de l m a r , y e m p i e z o a p e n s a r .

283

E p í l o g o

H e ah í las o las p r e s u r o s a s m o n t a ñ a s de m o l é c u l a s cada una , e s t ú p i d a m e n t e o c u p a d a en lo s u y o , s epa radas p o r t r i l l ones y e m p e r o , f o r m a n d o al u n í s o n o la b l anca e s p u m a .

Edades sobre edades , antes q u e o jo a l g u n o pud i e r a v e r ; año t ra s año g o l p e a n d o a t r o n a d o r a s en la p l a y a , c o m o ahora . ¿Pa r a q u i é n ? ¿ P a r a q u é ? En u n p l ane t a m u e r t o sin v i d a q u e en t r e t ene r .

J a m á s en r eposo to r tu r ada s p o r la e n e r g í a p r o d i g i o s a m e n t e d e r r o c h a d a po r el Sol a r auda l e s v e r t i d a en el espac io . U n a p i z c a hace r u g i r al m a r .

En lo p r o f u n d o de l m a r unas de o t ras rep i ten las m o l é c u l a s las pau t a s toda s has ta f o r m a r o t ras nueva s y m á s comp le j a s . C r e a n o t r a s a e l las s eme j an te s y da c o m i e n z o as í u n a n u e v a d a n z a .

Y al c reer en t a m a ñ o y comp l e j i d ad seres v i vos masas de á t o m o s A D N , p ro t e ína s que t r a z a n u n a d a n z a a ú n m á s i n t r i ncada

Sa l imos de la cuna , p i s a n d o t ie r ra f i r m e he los a q u í p l a n t a d o s y e rec tos :

284

El va lo r de la c i enc i a

á t o m o s p rov i s to s de consc i enc i a ; ma t e r i a d o t a d a de c u r i o s i d a d .

P l a n t a d o f r en t e al m a r se p r e g u n t a p o r q u é se p r e g u n t a : Y o un u n i v e r s o de á t o m o s un á t o m o en el un ive r so .

La m i s m a e m o c i ó n , el m i s m o r e s p e t u o s o t e m o r , el m i s -m o m i s t e r i o vue l v e a apa r ece r u n a y o t ra v e z c u a n d o m i r a m o s a l go con su f i c i en t e p r o f u n d i d a d . Y con el m a -y o r c o n o c i m i e n t o l l ega u n m i s t e r i o m á s p r o f u n d o y m a -r av i l l o so , q u e nos inc i t a a p e n e t r a r en él m á s h o n d a m e n -te t o d a v í a . S in sen t i r j a m á s el t e m o r de q u e la r e spues t a p u e d e r e su l t a r d e c e p c i o n a n t e , con p l ace r y c o n f i a n z a da -m o s la vue l t a a c ada n u e v a p i e d r a q u e nos e n c o n t r a m o s , d e s c u b r i e n d o lo i n i m a g i n a d a m e n t e ex t r año , q u e c o n d u c e a m á s m a r a v i l l o s a s cue s t i one s y m i s t e r i o s -- ¡ u n a g ran a v e n t u r a , c i e r t a m e n t e !

Es c i e r to q u e son pocas las p e r s o n a s no c i en t í f i ca s q u e e x p e r i m e n t a n este t i po p a r t i c u l a r de expe r i enc i a re l i g io -sa. N u e s t r o s poe t a s no e sc r iben sob re e l l a ; nues t ros p in -to re s n o t ra tan de p l a s m a r esta cosa tan no t ab l e . N o sé p o r q u é . ¿ A c a s o a n i n g u n o i n sp i r a r á la i m a g e n q u e del u n i v e r s o h o y t e n e m o s ? Este v a l o r de la c ienc ia s i gue sin ser c a n t a d o po r los poe t a s ; u n o se ve r e d u c i d o no a e s c u c h a r u n a c anc ión o un p o e m a , s ino una l ecc ión ves-p e r t i n a sob re e l l a . T o d a v í a n o es la nue s t r a una edad c i en t í f i c a .

T a l v e z u n a d e las r a z o n e s de este s i l enc io sea q u e es p r e c i s o s abe r l e e r su mús i c a . P o r e j e m p l o , el a r t í cu lo c i e n t í f i c o p u e d e dec i r , «E l c o n t e n i d o de f ó s f o r o r ad i ac -t i vo de l c e r eb ro de la ra ta dec rece a la m i t a d en un pe -r i o d o de d o s s e m a n a s » . A h o r a b i en , ¿ q u é s i gn i f i c a tal c o s a ?

S i gn i f i c a q u e el f ó s fo ro q u e h a y en el c e r e b r o de la ra ta — y t a m b i é n en mi c e r eb ro , y en el s u y o — n o es el m i s m o f ó s f o r o q u e hab í a en él hace d o s s e m a n a s . S ign i -

285

Epí logo

f i c a que los á t o m o s de l c e rebro es tán s i endo r e e m p l a z a -d o s : los que antes se encon t r aban al l í se han ido .

O b s e r v a r q u e eso q u e y o l l a m o m i i n d i v i d u a l i d a d es t an só lo u n a c o n f i g u r a c i ó n , una d a n z a ; eso es lo q u e lo s i gn i f i c a el d e s c u b r i m i e n t o de lo q u e t a rdan los á t o m o s de l ce rebro en ser r e e m p l a z a d o s p o r o t ros á t o m o s . L o s á t o m o s l l egan a m i ce rebro , d a n z a n en él su d a n z a y de spué s se van — h a y s i empre n u e v o s á tomos , p e r o d a n -zan s i empre la m i s m a danza , r e c o r d a n d o c ó m o era la d a n z a de a ye r .

C u a n d o l e emos a lgo sobre este a sun to en el pe r iód i co , d i c e : « L o s c i en t í f i cos a f i rman q u e este d e s c u b r i m i e n t o p u e d e ser u n h i to impor t an t e en la cu r ac ión de l c ánce r . » A l pe r iód i co tan só lo le in teresa la u t i l i d ad de la idea , n o la idea en sí m i s m a . A du r a s pena s p u e d e nad i e c o m -p r e n d e r la i m p o r t a n c i a de una idea , tan no t ab l e es. Sa lvo que , pos ib l emen te , a l gunos n i ñ o s p u e d a n capta r l a . Y c u a n d o u n n iño cap ta una idea c o m o ésa, t e n e m o s u n c i en t í f i co . Y a es p a r a el los d e m a s i a d o t a rde cap ta r ese e sp í r i tu c u a n d o se encuent r an en nues t r a s un i v e r s i d ade s ; d e b e m o s pues exp l i c a r estas ideas a los n iños .

Q u i s i e r a d i r i g i r ahora mi a t enc ión a un te rcer v a lo r que t iene la c i enc ia . Es u n poco m e n o s d i rec to , p e r o n o m u c h o . El c i en t í f i co t iene una a m p l í s i m a exper i enc i a de i gnoranc i a , de d u d a , de i n c e r t i d u m b r e , y en m i op in ión , tal exper i enc i a de i gnoranc i a , de d u d a , de i n c e r t i d u m b r e , y en mi op in ión , ta l exper ienc ia es de la m a y o r i m p o r -tanc ia . C u a n d o u n c ient í f i co de sconoce la so luc ión de u n p r o b l e m a , es i gno r an t e . C u a n d o t i ene una c o r a z o n a d a sob re cuál va a ser el r e su l t ado , s iente i n c e r t i d u m b r e . Y a ú n cuando esté f r a n c a m e n t e s egu ro de cuá l v a a ser el r e su l t ado , t odav í a le queda a l guna d u d a . H e m o s descu -b i e r to que pa ra p o d e r p rog re s a r es de f u n d a m e n t a l i m -p o r t a n c i a saber r e c o n o c e r nues t r a i gno r anc i a y de j a r l u -gar a la duda . El conoc im i en to c i en t í f i co es un c u e r p o de enunc i ados q u e t i ene d iversos g r ados de c e r t i d u m b r e . A l g u n o s son s u m a m e n t e inseguros , a l gunos casi s eguros , pe ro n i n g u n o es absolutamente c ier to .

2 8 6

El v a l o r de la c i enc i a

A h o r a b ien , n o s o t r o s los c i en t í f i co s e s t amos h a b i t u a -dos a e l lo , y d a m o s p o r h e c h o q u e es p e r f e c t a m e n t e c o n -s i s tente t ener i n s e g u r i d a d , q u e es po s ib l e v i v i r y n o sa-ber . A u n q u e n o sé si t odos se d a n cuen t a de q u e esto q u e d i g o es c ie r to . N u e s t r a l i b e r t ad de d u d a r n ac ió de u n a l u c h a con t r a la a u t o r i d a d en lo s p r i m e r o s t i e m p o s de la c i enc i a . F u e u n a l u c h a m u y p r o f u n d a y v i g o r o s a : se nos ha p e r m i t i d o cue s t i ona r , d u d a r , n o estar s e g u r o s . M e pa r ece i m p o r t a n t e q u e no o l v i d e m o s esta l u c h a y p e r d e r q u i z á s lo q u e h e m o s g a n a d o . H e a q u í u n a res -p o n s a b i l i d a d soc ia l .

N o s en t r i s t e cemos c u a n d o p e n s a m o s en l a s m a r a v i l l o -sas po t enc i a l i d ade s q u e los se res h u m a n o s pa r e c en t ene r y las c o n t r a s t a m o s con lo d i m i n u t o de sus l og ro s . U n a y o t ra v e z se ha p e n s a d o q u e p o d r í a m o s hace r l o m u c h o me jo r . Q u i e n e s v i v i e ron t i e m p o s p a s a d o s v i e r o n en la pe sad i l l a de sus t i e m p o s u n s u e ñ o pa r a el f u t u r o . N o s o -t ros , q u e e s t amos en su f u t u r o , v e m o s q u e sus sueños , r eba s ados en c i e r tos a spec tos , s i guen s i endo s u e ñ o s en m u c h í s i m o s o t ros . La s e spe r anza s p a r a el f u t u r o s i g u e n s i endo h o y , en b u e n a par te , las m i s m a s de a y e r .

Se p e n s ó en c i e r t a o c a s i ón q u e las p o s i b i l i d a d e s q u e ten ían las p e r s o n a s n o se h a b í a n d e s a r r o l l a d o d e b i d o a la i g n o r a n c i a . C o n e d u c a c i ó n un i ve r s a l , ¿ p o d r í a n t o d o s los h o m b r e s ser Vo l t a i r e ? L o m a l o p u e d e se r e n s e ñ a d o p o r lo m e n o s tan e f i c i en t emen t e c o m o lo b u e n o . L a en-s e ñ a n z a es u n a f u e r z a m u y p o d e r o s a , pe ro lo es t an to pa r a lo b u e n o c o m o p a r a lo m a l o .

L a c o m u n i c a c i ó n en t r e las nac ione s h a b r í a de f ac i l i t a r su e n t e n d i m i e n t o — a s í r e z a b a o t r o sueño . P e r o las m á -q u i n a s de c o m u n i c a c i ó n p u e d e n ser m a n i p u l a d a s . L o q u e se c o m u n i c a p u e d e ser v e r d a d o m e n t i r a . L a c o m u n i c a -c ión es u n a f u e r z a p o d e r o s a , p e r o t an to lo es p a r a lo b u e n o c o m o pa r a lo m a l o .

L a s c ienc ias ap l i c adas d e b e r í a n l i be r a r al h o m b r e de los p r o b l e m a s ma te r i a l e s , c u a n d o m e n o s . L a m e d i c i n a con t ro l a la e n f e r m e d a d . Y a q u í el r eg i s t ro pa r ece ser en -t e r amen te para lo b u e n o . E m p e r o , n o f a l t an q u i e n e s t r a -

2 8 7

Epí logo

bajan pac i en t emen te pa r a c rea r g r andes p l aga s y v e n e -nos , a u t i l i z a r en la gue r r a de la m a ñ a n a .

A casi nad i e le gus t a la gue r r a . N u e s t r o sueño de h o y es la paz . En la p a z es d o n d e el h o m b r e p u e d e de sa r ro l a r me jo r las e n o r m e s po tenc i a l i dades que al pa rece r t iene . P e r o tal v e z lo s h o m b r e s del f u t u r o encuen t r en q u e t am-bién la p a z p u e d e ser buena y ma l a . Ta l v e z los h o m b r e s pac í f i cos se en t r eguen a la beb ida , p o r a b u r r i m i e n t o . Ta l vez en tonces la beb ida se conv i e r t a en el g r an p r o b l e m a q u e pa r e zc a i m p e d i r al h o m b r e l og r a r de sus f a cu l t ades t an to c o m o éste c ree que deber í a .

C o m o es obv io , l a p a z es u n a g ran f ue r z a , c o m o lo son la sobr i edad , el p o d e r ma te r i a l , la c o m u n i c a c i ó n , la educac ión , la h o n e s t i d a d y los idea les de m u c h o s soña -dores . T e n e m o s m á s de esas f u e r z a s a con t ro l a r q u e los an t i guos . Y tal v e z e s t emos h a c i é n d o l o un p o c o me jo r d e lo q u e la m a y o r í a de e l los p o d í a n . Pe ro lo q u e debe -r í a m o s pode r hace r se nos an to ja g i g an t e sco en c o m p a -rac ión con lo c o n f u s o de nues t ros l og ros .

¿ P o r qué es es to? ¿ P o r qué no p o d e m o s c o n q u i s t a r n o s a noso t ros m i s m o s ?

P o r q u e nos encon t r amos con q u e inc luso las g r ande s f u e r z a s y f acu l t ades n o pa recen ir p rov i s t a s de i n s t ruc io -nes c laras sobre c ó m o ut i l i za r l a s . P o r e j emp lo , l a g r an c o m p r e n s i ó n a c u m u l a d a en lo a t inente al m u n d o f í s i co s o l a m e n t e nos convence de q u e tal c o n d u c t a pa rece tener u n a espec ie de s insent ido . Las c i enc ias no enseñan d i r ec -t a m e n t e lo b u e n o y lo ma lo .

A t ravés de todas las edades pasadas , l a h u m a n i d a d ha t r a t a d o de sondea r el s i gn i f i c ado de la v ida . H a c o m -p r e n d i d o que de p o d e r confe r i r a nues t r a s acc iones a l-g u n a d i r ecc ión o s i gn i f i c ado , se de s encadena r í an g r andes f u e r z a s h u m a n a s . Y en consecuenc i a , m u c h í s i m a s han s ido las respues tas que se han dado al p r o b l e m a de l s ig -n i f i c a d o de todo . Pe ro las r e spues tas h a n s ido de toda c lase de suer tes , y los p roponen t e s de u n a r e spues t a han c o n t e m p l a d o con h o r r o r las acc iones de los c r e y e n t e s en o t r a s ; con ho r ro r , p o r q u e a r e su l t a s de u n a d i s co rdanc i a

288

El v a l o r de la c i enc i a

en el p u n t o de v i s t a toda s las g r a n d e s p o t e n c i a l i d a d e s de la r a z a q u e d a n c a n a l i z a d a s y c o n f i n a d a s en un ca l l e jón fa l so y s in sa l ida . D e hecho , h a s i d o a p a r t i r de la h i s -to r i a de las e n o r m e s m o n s t r u o s i d a d e s c r e a d a s p o r las fa l sas c reenc i a s c o m o los f i l ó so fo s h a n c o m p r e n d i d o las i n f in i t a s y m a r a v i l l o s a s c a p a c i d a d e s d e los h u m a n o s . El s u eño cons i s t e aho r a en d e s c u b r i r el c ana l ab i e r to .

¿ C u á l es , en tonces , el s i g n i f i c a d o d e t o d o e l l o ? ¿ Q u é p o d e m o s dec i r p a r a de sve l a r el m i s t e r i o de la ex i s t enc i a ?

Si t o m a m o s t o d o en c u e n t a — n o s o l a m e n t e lo q u e s ab í an los an t i guos , s ino t o d o lo q u e h o y s a b e m o s q u e no c o n o c í a n — m e p a r e c e en tonce s q u e h e m o s de a d m i t i r f r a n c a m e n t e q u e no lo sabemos.

Pero hace r tal a d m i s i ó n , p r o b a b l e m e n t e h a y a m o s en -c o n t r a d o el cana l ab i e r to .

N o es ésta u n a i d e a n u e v a ; és ta es l a i d e a de la e ra d e la r a z ó n . Ta l e ra la i dea q u e g u i ó a los h o m b r e s q u e c r e a ron la d e m o c r a c i a ba jo la q u e h o y v i v i m o s . L a i dea de q u e nad i e sab ía v e r d a d e r a m e n t e c ó m o se d i r i g e u n g o b i e r n o c o n d u j o a la i dea de q u e se d ebe r í a e s t ab l e ce r u n s i s t ema m e d i a n t e el cua l las i dea s nueva s p u d i e r a n se r de s a r ro l l ada s , e n s a y a d a s y a r r o j a d a s po r la b o r d a en c a so nece s a r i o ; un s i s t ema q u e p e r m i t i e r a i n t r o d u c i r t o d a v í a m á s ideas n u e v a s ; u n s i s t ema , en de f in i t i v a , b a s a d o en t an teos , en el e n s a y o y el e r ro r . T a l m é t o d o s o b r e v i n o a r e su l t a s de q u e a f i n e s de l s i g lo X V I I I la c i enc i a e s t aba e m p e z a n d o y a a m o s t r a r q u e e ra e m p r e s a v e n t u r o s a . In -c lu so en aque l l a época , a q u i e n e s r e f l e x i o n a b a n en los f e n ó m e n o s soc ia les le r e su l t aba o b v i o q u e la a p e r t u r a de pos ib i l i d ade s e ra u n a o p o r t u n i d a d q u e la d u d a y la d i s -cu s ión e ran esenc ia l e s p a r a p r o g r e s a r y p e n e t r a r en l o d e s c o n o c i d o . Si q u e r e m o s r e so lve r u n p r o b l e m a j a m á s resue l to a n t e r i o r m e n t e , t e n e m o s q u e de j a r en t r e ab i e r t a la pue r t a a lo d e s c o n o c i d o .

N o s e n c o n t r a m o s en los c o m i e n z o s m i s m o s d e la e ra de la r a z a h u m a n a . N o es i r r a z o n a b l e q u e t e n g a m o s o q u e t r o p e c e m o s con p r o b l e m a s . P e r o h a y d e c e n a s d e m i -les d e años en el f u t u r o . Es r e s p o n s a b i l i d a d n u e s t r a h a c e r

2 8 9

Epí logo

lo q u e p o d a m o s , ap rende r lo que p o d a m o s , m e j o r a r las so luc iones , y t r ansmi t i r l a s a nues t ros sucesores . Es res-p o n s a b i l i d a d nues t ra de j a r las m a n o s l ibres a las gentes f u tu r a s . H a l l á n d o n o s c o m o es t amos en la i m p e t u o s a j u -v e n t u d de la H u m a n i d a d , p o d e m o s c o m e t e r g raves e r ro -res q u e pa ra l i c en nue s t ro c r ec im ien to d u r a n t e l a r go t i e m -po . Y así sucederá si a f i r m a m o s t ener y a las r e spues ta s , c u a n d o tan g r ande es nue s t r a j u v e n t u d y nues t r a i gno -ranc ia . Si s u p r i m i m o s toda d i scus ión , toda cr í t ica , p r o -c l a m a n d o , « ¡ H e aqu í la respues ta , a m i g o s m í o s ; el H o m -bre está s a l v ado ! » c o n d e n a r e m o s d u r a n t e l a rgo t i empo a la H u m a n i d a d , la encadena r emos a la au to r idad , la con-f i n a r e m o s a los l ími te s de nues t r a i m a g i n a c i ó n presente . Y a se ha hecho antes m u c h a s veces .

Es r e sponsab i l i d ad nues t r a c o m o c ient í f i cos , s abedore s del g r an p rog r e so q u e e m a n a de u n a sa t i s fac tor ia f i l o so -f ía de la i gnoranc i a , de l g r an p rog r e so q u e es f r u to de la l ibe r t ad de pensamien to , p roc l ama r el va lo r de esta l i -be r t ad ; enseñar que la d u d a no ha de ser t emida , s ino b i enven ida y d i scu t ida , y ex ig i r esta l ibe r t ad c o m o debe r nues t ro hac ia todas las gene rac iones ven ideras .

290

Documents

92610871 Richard Feynman Que Te Importa Lo Que Piensen Los Demas