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2010.04.20 "  a expressão da nossa terra"  a expressão da nossa terra"  a expressão da nossa terra"  a expressão da nossa terra"  a expressão da nossa terra"  Fundador: Marçal Pires-Teixeir a Director: Henrique Pires-T eixeira Director-Adjunto: Valdemar Alves SEDE E ADMINISTRAÇÃO: Rua Dr. António José de Almeida, 41 3260 - 420 Figueiró dos Vinhos  E-MAIL: [email protected] | T elef.: 236 553 669 | Fax : 236 553 692 DAS COMUNIDADES DO PINHAL INTERIOR NORTE PORTE PAGO Nº. 353 20 DE ABRIL 2010 Ano XXXIV 2ª. SÉRIE Bimensal 0,60 Euros (IVAINCLUIDO) PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL TAXA PAGA PORTUGAL CCE TAVEIRO LOURICEIRA INAUGUROU SEDE DA ASSOCIAÇÃO ETPZP especial20 anos Nesta edição: Caderno Especial de 28 páginas dedicado à ETPZP Nesta edição: 48 páginas todas a cores Pág. 3 JOÃO MARQUES ELEITO VICE-PRESIDENTE DOS MUNICÍPIOS PORTUGUESES COM BARRAGEM PEDRÓGÃO GRANDE - “É” do concelho a maior  colecção de concertinas e acordeões de Portugal    P    á    g  .    1    1 Pág. 15 DESPORTO - figueiroenses em destaque - FUTEBOL: semana de derbie CASTANHEIRA DE PERA - Paulo Portas de visita ao norte Distrito reactiva Concelhias Pág. 10 Pág. 5

A Comarca, n.º 353 (20 de abril de 2010)

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2010.04.20"  a expressão da nossa terra"   a expressão da nossa terra"   a expressão da nossa terra"   a expressão da nossa terra"   a expressão da nossa terra"   

Fundador: Marçal Pires-Teixeir aDirector: Henrique Pires-Teixeira

Director-Adjunto: Valdemar Alves

SEDE E ADMINISTRAÇÃO:Rua Dr. António José de Almeida, 413260 - 420 Figueiró dos Vinhos

 E-MAIL: [email protected] | Telef.: 236 553 669 | Fax : 236 553 692

DAS COMUNIDADES DO PINHAL INTERIOR NORTE

PORTEPAGO

Nº. 35320 DE ABRIL2010

Ano XXXIV2ª. SÉRIE

Bimensal0,60 Euros(IVAINCLUIDO)

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAREM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPEL

PODE ABRIR-SE PARAVERIFICAÇÃO POSTAL

TAXA PAGAPORTUGAL

CCE TAVEIRO

LOURICEIRA INAUGUROUSEDE DAASSOCIAÇÃO

ETPZP especial

20anos

Nesta edição: Caderno Especialde 28 páginas dedicado à ETPZP

Nesta edição: 48 páginas todas a cores

Pág. 3

JOÃO MARQUES ELEITOVICE-PRESIDENTE DOS

MUNICÍPIOS PORTUGUESES COMBARRAGEM

PEDRÓGÃO GRANDE- “É” do concelho a maior colecção de concertinas e

acordeões de Portugal   P   á   g .

   1   1

Pág. 15

DESPORTO- figueiroenses em destaque

- FUTEBOL: semana de derbie

CASTANHEIRA DE PERA- Paulo Portas de visita ao norteDistrito reactiva Concelhias

Pág. 10

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2010.04.20

Desta vez a viagem no tempo atéao mundo das recordações foi-nosfacultada pelo amigo Saul Rijoatravés da fotografia que envioudos seus arquivos. Escreveu-nosSaul “...achei ela uma saudade paramuita gente, em especial parafamiliares...” e mais adiante“...alguns já falecidos os lem-

 bramos com muita saudade. Esta

foto deve ter uns 62 anos deidade.”DE PÉ: Antonio da Judite,

Antonio Rei, Jose Almeida[Ferrador], José das Dores Abreu,Antonio Jorge Pais [Toca]

DE JOELHOS: Anibal Oliveira[Filho de Zé do Abilio], Antonioda Farmacia, João Bruno HenriqueRijo, José Lima e Saul Rijo.”

Pois é, meu caro amigo. Tivemuito gosto em partilhar esta me-mória. Espero ter oportunidade

  para publicar mais fotografiasdestas, que nos deixam um sorrisode saudade. Muito obrigada pelaoportunidade que nos destes.

MARIA ELVIRA PIRES-TEIXEIRA

Recordações

2 PÁGINA DOISPÁGINA DOISPÁGINA DOISPÁGINA DOISPÁGINA DOIS

R ÍZES

JÁ TEMOS PROVEDOR Efectivamente a Santa Casa da

Misericórdia de Pedrógão Grande,nestes últimos meses viveu umvazio institucional, atendendo aofacto do Provedor Eduardo Luíster pedido a demissão por moti-vos profissionais e pessoais.

  Na realidade, a vida na SantaCasa não parou, graças aos seusfuncionários que todos os diasali labutam, mantendo o bem-estar dos utentes.

Por outro lado, a Mesa Admi-nistrativa esteve sempre atenta,realizando a gestão permanentede todos os serviços com que aSanta Casa tem brindado ao

longo dos anos os Irmãos, muito

em especial, os que mais neces-sitam de apoio social.

Para esse facto terá contribuídocertamente o saber da experiênciado Vice Provedor José ManuelBarão, aliado ao amor que tem àcausa de servir o seu semelhante.Trabalho que tem vindo a realizar ao longo dos anos no concelho dePedrógão Grande, prestando a suaajuda e o seu saber às mais diver-sas instituições do concelho.

Cumpriu três mandatos nos Ór-gãos Sociais da Santa Casa, doisdeles como Mesário do saudoso Pro-vedor Manuel Dinis Jacinto Nunese o outro na Assembleia Geral.

Outros tantos mandatos nos

Bombeiros Voluntários, no Re-creio Pedroguense, na Fábrica daIgreja e ainda foi Presidente daJunta de Freguesia.

Haverá certamente alguns quedesconheço e outros que não merecordo.

Depois dos seus estudos em Cer-nache do Bonjardim e o cumpri-mento do serviço militar obriga-tório na Guiné, casou em Dezem-

  bro de 1973 com a Pedroguense Noémia Barão, ilustre Professora,e em Janeiro de 1974, inicia a suaactividade bancária, fixando resi-dência na vila de Pedrógão Gran-de. Optou por ser esta a sua nova

terra, não esquecendo a que lhe

VALDEMAR ALVES

DEVESA

vai na alma, a cidade alentejanade Moura.

Do seu casamento nasceramdois filhos, hoje ilustres persona-lidades na vida Económica e Judi-cial do País. O José Miguel Barão,economista numa das maiores em-

  presas portuguesas com dimen-são internacional. A Ana Alexan-dra Barão, Juíza de Direito, pre-sentemente a prestar serviço naComarca do Cartaxo e no Tribunalde Círculo de Santarém, depoisde ter passado por comarcas nointerior do país.

Estes seus filhos enquantoviveram em Pedrógão, tal como o

 pai e mãe, sempre estiveram ao

serviço da causa pública e doseu semelhante.

José Manuel Barão, é desde o úl-timo dia 15 de Abril, o novo res-

 ponsável pela gestão da SantaCasa da Misericórdia, é o seunovo Provedor, assim quiserame decidiram os Corpos Gerentesda Instituição, Mesa da Assem-

  bleia Geral, Conselho Fiscal eMesa Administrativa, não obs-tante os estatutos, oficialmenteo Compromisso, assim o confir-mar, aguardando-se a superior decisão do Bispo de Coimbra.

Cumprirá, estou certo, mais umimportante mandato para a causa

social Pedroguense.

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2010.04.20REGIÃOREGIÃOREGIÃOREGIÃOREGIÃO 3

A ANMP – Associação Nacional de Municípios Po-rtugueses criou, em reuniãoa 12 de Abril em Coimbra, aSecção de Municípios comBarragens a que aderiram 75municípios portugueses e pa-ra a qual João Marques foieleito Vice-Presidente.

Ao autarca de PedrógãoGrande, juntam-se na Direc-ção da secção os autarcas Vi-la Pouca de Aguiar (Domin-gos Dias foi eleito Presidente

da secção), Montalegre eMoura, Pedrogão Grande.A próxima reunião de tra-

  balho da mesa de Secção deBarragens está agendada

 para o dia 29 de Abril, em VilaPouca de Aguiar.

  No primeiro encontro foidecidido iniciar os trabalhos

  para elaborar uma propostaao governo para a criação delegislação que garanta que aconstrução ou existência de

  barragens contribua para o

JOÃO MARQUES ELEITO VICE-

PRESIDENTE DE ÓRGÃO DA ANMP

PRESTÍGIO (MAIS UMA VEZ) RECONHECIDO

desenvolvimento susten-tado dos municípios e das re-giões em que se inserem osrespectivos equipamentos.

Segundo “A Comarca”apurou, a criação deste or-ganismo no âmbito da ANMPvem ao encontro de “uma as-

  piração que os municípiostinham há muito tempo como

forma de fazer chegar ao go-verno as justas reivindica-ções das populações afecta-das” pela construção de bar-ragens e em que estas podemter diversos objectivos, desi-gnadamente de abastecimen-to de água, regadio, produçãoeléctrica ou lazer.

CS

 Nos próximos dias 24 e 25de Abril têm lugar na vila dePedrógão Grande várioseventos relacionados com oEscutismo, dos quais se des-tacam as Comemorações Re-gionais do dia de S. Jorge, pa-droeiro do Escutismo; o 3ºFestival Regional de MúsicaEscutista e a 2ª Olimpíada de

Trotipaper.Estas actividades contamcom a presença dos escutei-ros da maior parte dos Agru-

 pamentos da Região de Co-imbra (cerca de 60 Agrupa-mentos), o que envolverá por certo um elevado número de

  participantes com idadescompreendidas entre os 6 eos 25 anos.

A organização estará a car-go da Junta Regional do CNEe do Agrupamento de Escu-teiros 1193 de Pedrógão Gran-de, contando com o apoio daCâmara Municipal de Pedró-gão Grande e das Juntas deFreguesia do Concelho.

ESCUTEIROS REUNEM-SE EM PEDRÓGÃOS. JORGE, PADROEIRO DOS ESCUTEIROS

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2010.04.204 REGIÃOREGIÃOREGIÃOREGIÃOREGIÃO

COMEMORAÇÕESDO 25 DE ABRIL

EM FIGUEIRÓDOS VINHOSO Município de Figueiró dosVinhos vai uma vez maisassinalar o 25 de Abril, queeste ano celebra o 36.ºaniversário do Dia daLiberdade.Conforme é tradição, pelas 9horas, tem lugar o Hastear daBandeira na Praça doMunicípio, a que se seguirá arealização de actividades

desportivas, pelas 10h, noPavilhão Gimnodesportivo ena Piscina Municipal.Pelas 11 horas, decorrerá noCoreto (Jardim Municipal)um concerto com aFilarmónica Figueiroense(que em caso de chuvadecorrerá no ClubeFigueiroense - Casa daCultura).

... E PARTIDOSOCIALISTAORGANIZATRADICIONALJANTARTambém a Concelhia doPartido Socialista deFigueiró dos Vinhos vai maisuma mais assinalar o 25 deAbril, com o tradicionalJantar, abertto a militantes,simpatizantes e população emgeral.Este ano, o jantar terá lugarno Restaurante Figueiras apartir das 20 horas deDomingo, dia 25 de Abril.Os interessados deverãofazer as suas inscrições junto dos Vereadores eleitospelo Partido Socialista, Dr.Carlos Lopes e JorgeFernnades Abreu.

Dia 20 de Abril a Assembleia

de Freguesia de Pedrógão Grandefez história com a realização da

  primeira sessão descentralizadada Assembleia que teve lugar nosEscalos Fundeiros, na Sede daAssociação de MelhoramentosCultura e Recreio.

Por proposta do Executivo daJunta de Freguesia, liderada por Pedro Nunes, a Assembleia deFreguesia vai passar a fazer assuas sessões ordinárias semprefora de portas, em localidades dafreguesia a anunciar oportuna-mente e caso a caso.

Pretende-se com esta iniciativa,estar mais perto da população

oscultar os seus problemas e ter uma maior participação popular nas sessões que, realizadas nasede, têm normalmente poucaafluência popular.

A avaliar pela afluência tratou-se de uma excelente ideia, já queo salão da Sede da Associaçãoescalosfundeirense estava lota-do, ainda que estivesse uma noi-te invernosa e a chover copiosa-mente.

  Na oportunidade, Mário Mar-ques da Silva, da bancada social-democrata pediu a palavra paraelogiar a iniciativa do Executivoem descentralizar estas sessõese congratular-se com o sucesso

que esta primeira estava a ser,confirmando a felicidade dainiciativa.

Após o expediente normal - lei-tura da última acta e intervenções

dos eleitos - Pedro Nunes elen-

cou a actividade da Junta nos úl-timos meses e anunciou a criaçãoda “Junta Móvel” que, breve-mente, começará a deslocar-se àsaldeias para debater e esclarecer 

sobre temas do momento fazendo

  para tal deslocar pessoal qualifi-cado. Seguiu-se a intervenção do

 público que, no caso dos habitan-tes dos Escalos Fundeiros e parafacilitar o bom andamento dos

trabalhos, nomeou um represen-

tante que apresentou um conjun-to de situações que, no seu en-tender, deveriam ser intervencio-nadas pela Junta, directamente,ou exercendo a sua influência.

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA FAZ SESSÃO DESCENTRALIZADA

JUNTA DE FREGUESIA FEZ HISTÓRIA NOS ESCALOS FUNDEIROS

ESCALOSFUNDEIRENSSES FORAM A VOTOS

ALCIDES FERNANDES RECONDUZIDO

 No passado dia 3 de Abril, a Associação de

Melhoramentos Cultura e Recreio dos Esca-los Fundeiros reuniu em Assembleia-geral.Mais uma vez, bastante concorrida, da

ordem de trabalhos, destaque para a votaçãodas Contas relativas ao Exercício de 2009 ea eleição dos Órgãos Sociais para o próximo

 biénio.Relativamente à Contas, estas foram apro-

vadas por unanimidade e aclamação, tendoo Presidente do Conselho Fiscal feito ques-tão de realçar o “rigor e transparência” dasmesmas.

 Neste particular, realce ainda, para o factode apenas faltarem 2.500 euros para que oedifício sede esteja completamente pago oque, diga-se, e tendo em conta que apenashá pouco mais de um ano está inaugurado etendo sido aprovado há menos de dois anosé, sem dúvida, digno de realce.

Quanto às eleições, foi apresentada uma lista decontinuidade, com Alcides Fernandes reconduzi-do na liderança dos destinos daquela associaçãocom a quase totalidade dos votos dos presentes.

  Na Direcção, apenas a registar a saída doVice-Presidente, José Santos, que por motivos

 pessoais de carácter profisional teve que aban-

donar, passando para o Conselho Fiscal quecontinua a ser liderado por Miguel Serrano ese mantém Aires da Silva.

Ainda na Direcção, Lino Simões subiu à Vice-Presidência e entrou Carlos Roldão.

 Na Assembleia-geral, tudo na mesma, conti-nuando Luis Filipe Antunes como Presidente

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2010.04.20REGIÃOREGIÃOREGIÃOREGIÃOREGIÃO 5

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O Passado dia 3 de Abrilfoi de festa na Louriceira,

 bonita aldeia do norte doconcelho e freguesia de Pe-drógão Grande, com a inau-guração da Sede da Associ-ação de MelhoramentosCultura e Recreio daquelalocalidade.

 No evento, estiveram pre-sentes o Governador Civilde Leiria, Prof. Dr. Paiva deCarvalho, o Presidente daCâmara Municipal de Pe-drógão Grande, Dr. JoãoMarques, os quatro Verea-dores daquela Autarquia, o

Presidente da Junta de Fre-guesia de Pedrógão Gran-de, Pedro Nunes e mais deduas centenas de popula-res que se quiseram asso-ciar ao evento.

O edifício sede da Asso-ciação de MelhoramentosCultura e Recreio da Louri-ceira é uma infra-estruturamuito desejada pela popu-lação e Associação, torna-da realidade após uma lutaque teve “um percurso demais de 12 anos” - conformereferiu António Lopes Si-mões, Presidente da Direc-

ção, durante a sua interven-ção.

Desde “conseguir o ter-reno para estas instalações,à elaboração do projecto,

  passando pela entrega dacandidatura na CCDRC, aqual por várias vezes devol-vida mas, felizmente, che-gámos ao dia da sua inau-guração” - completou An-tónio Lopes Simões queaproveitou para fazer al-guns agradecimentos, unsmais institucionais, comosejam o caso da Junta deFreguesia, Câmara Munici-

  pal e Governo Civil, mastambém não faltaram osagradecimentos pessoais atodos quantos contribuí-ram para tornar este sonhouma realidade.

Durante a sua interven-ção, António Lopes lem-

  brou que a Associaçãocompleta durante o mês deAbril 28 anos de existência

  pelo que “já merecia estedia” - considerou.

Mais è frente, AntónioLopes Simões afirmou que“o que estamos a celebrar é apenas o início daquilo

que será um local de en-contro de todos aquelesque gostam da Louriceira.Todos temos as nossas

vidas, os nossos empre-gos, a nossa luta, mas to-dos gostamos de estar comos nossos amigos e de ter orgulho na terra que nosviu nascer” - concluiu.

Por sua vez, o Presidenteda Autarquia Pedroguense,congratulou-se com o diade festa que a Louriceira es-tava a viver, manifestou asua alegria pelo mesmo e asua satisfação pelo Execu-tivo que lidera ter contribuí-do para tal. João Marquesfez votos que este edifíciovenha a ter tanto sucesso

quanto o foi desejado e lu-tado e deixou a disponibili-dade do seu Executivo paracolaborar na execução desseobjectivo e outros para o beme progresso da Louriceira.

Finalmente, usou da pa-lavra o Governador Civil deLeiria, Prof. Dr. Paiva de

Carvalho para apelidar estaobra fruto de “carolice” dosdirigentes da Associação,os quais elogiou; conside-

rar uma obrigação do Poder Central contribuir para asua execução e ajudar ini-ciativas deste género; atri-

 buir a sua presença nesteevento a factores mais de“obrigação moral e afectivado que protocolar”; elogiar a acção e obra do Presiden-te da Autarquia, João Mar-ques e da Junta de Fregue-sia, terminando com umamensagem de esperança nofuturo.

A festa continuou comum almoço oferecido a todaa população, nas novas

instalações.Á margem desta reporta-gem, deixamos aqui um pe-dido de desculpas ao Presi-dente da Assembleia Geral,Manuel Campos e que o ano

 passado, aquando do jantar anual da Associação, o bap-tizámos com outro nome.

Foto de cima à esquerda, pormenor dasintervenções durante a inauguração;Foto de cima, à direita, Governador Civil (Prof. Dr.Paiva de Carvalho), Presidente da Câmara (Dr.João Marques), Presidente da Direcção daAssociação (António Lopes Simões) e Tesoureiroda Direcção da Associação (António Martins), emamena cavaqueira numa das varandas da sededa associação;Em baixo, aspecto da frente da Sede e dapopulação que se juntou para a sua inauguração.

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2010.04.206 REGIÃOREGIÃOREGIÃOREGIÃOREGIÃO

IV FEIRA DE VELHARIAS E ANTIGUIDADES

EM FIGUEIRÓ DOS VINHOS

INICIATIVA MUITO CONCORRIDA

 No passado dia 4 de Abril,realizou-se a IV edição daFeira de Velharias e Antigui-dades de Figueiró dos Vin-hos.

Esta iniciativa, promovida  pela Câmara Municipal deFigueiró dos Vinhos emcolaboração com a AEPIN,decorreu durante todo o diana Av. Padre Diogo de Vas-concelos (Ramal), dandoseguimento às edições quedecorreram nos anos anteri-ores.

Este ano contou com a presença de mais de três de-zenas de expositores queapresentaram peças, objec-tos e imagens de temposidos, mas aos quais ficaramassociados traços queagora podemos recordar eadquirir.

O bonito dia primaveril - já a fazer lembrar o Verão -além do grande número deexpositores, trouxe também

“MOSTRA” JÁ VAI NA 12ª EDIÇÃO

EVENTO DE REFERÊNCIA NA REGIÃO...

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* Feijoada de Marisco* Arroz de Lampreia (na época) * Ensopado

de Javali * Cabrito à Europa

* Bacalhau na Canôa AGENTE

Jornal

Tem lugar em PedrógãoGrande, entre os dias 23 e25 de Abril a XII Mostra deProdutos Regionais e FeiraGastronómica, numa orga-nização conjunta da autar-quia, Escola Tecnológica eProfissional da Zona doPinhal e Associação Empre-sarial Penedo do Granada.

O certame terá lugar numespaço criado unicamente

  para este fim, numa lógicade concentração de arte-sãos, gastronomia e anima-ção, mantendo como prin-cipal objectivo o facto dedar a conhecer o que demelhor se faz na região.

Para o efeito será monta-

da uma tenda de grandesdimensões junto do Merca-do Municipal na sede deconcelho.

A animação musical vaificar a cargo de grupos fol-clóricos, tunas, bandasfilarmónicas e grupos demúsica popular.

CS

até Figueiró dos Vinhosmuitos visitantes que deramà vila de Figueiró dosVinhos um colorido huma-no muito especial, contribu-indo para que esta - a valiar 

  pela afluência popular -

tenha sido a edição de maior sucesso. Já os expositores,não passam ao lado da cri-se, queixando-se, tambémeles, que “há muita gente,vêem gostam, mas nãocompram”.

“Pedrógão Grande e a Biodiversidade” 

 AUTARQUIA PROMOVE CONCURSO DE FOTOGRAFIAIndo ao encontro dos objectivos das

comemorações do Ano Internacional daBiodiversidade, o Município de PedrógãoGrande promove, até 30 de Setembro de2010, o concurso de fotografia com o tema:“Pedrógão Grande e a Biodiversidade”.

Este Concurso de Fotografia tem por objectivo sensibilizar os munícipes de Pe-drógão Grande e quem o visita para a im-

 portância do património natural existenteno concelho, no sentido de registarem, emimagens, as suas experiências de modo asuscitarem, entre os que não o conheçamtão bem, uma desejável aproximação,

conservação e valorização.A iniciativa, que termina a 30 de Setem-  bro, está aberta a profissionais e ama-

dores que podem apresentar trabalhossobre diversas áreas da biodiversidade,como a fauna, a flora, os rios ou a floresta.

Os trabalhos devem ser remetidos parao Centro de Interpretação Turística (CIT),em Pedrógão Grande.

2010 é o ano Internacional da Biodiver-sidade e tem como missão alertar para ocontínuo empobrecimento do Planeta,numa altura em que os cientistas estimamque 34 mil espécies de plantas e 5200 deanimais estão em risco de extinção. O ritmode extinções é “alarmante”, ou seja, milvezes o ritmo que seria natural, estima a

ONU. Esta perda é causada pelas activi-dades humanas e estima-se que seja agra-vada pelas alterações climáticas.

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2010.04.20 7REGIÃOREGIÃOREGIÃOREGIÃOREGIÃO

ASSOCIAÇÃO COMEMOROU 10º ANIVERSÁRIO

ARCRA - ASSOCIAÇÃO RECREATIVA E CULTURAL DE RIBEIRA DE ALGE

 A SUA SA A SUA SA A SUA SA A SUA SA A SUA SA٠٠٠٠٠DE EM BOAS M DE EM BOAS M DE EM BOAS M DE EM BOAS M DE EM BOAS M  Ã  Ã  Ã  Ã  Ã O S O S O S O S O S 

 Dr. Pedro Kalidás Barreto

 Licenciado em M T C 

Escola Superior de Medicina Tradicional ChinesaUniversidade de Chengdu—Sichuan—China 

Membro da Associação Portuguesa dosProfissionais de Acupunctura

Cédula profissional n.º 410Membro da Associação Portuguesa deAcupunctura e Disciplinas Associadas

Contacto Tel: 938455098

  Zen Space   Zen Space   Zen Space   Zen Space   Zen Space Medicina Tradicional Chinesa

 ACUPUNCTURA

FITOTERAPIA

MOXIBUSTÃO 

MASSAGEM 

ESTÉTICA

DIETÉTICA

CARLOS LOPES RECONDUZIDONA LIDERANÇA

CONCELHIA DE FIGUEIRÓ DOSVINHOS DO PS TOMOU POSSE

A Arcra - AssociaçãoRecreativa e Cultural deRibeira de Alge, comemo-rou no passado dia 10 deAbril os 10 anos de exis-tência. Para celebrar a data,realizou uma Assembleia-geral em que, entre outros

  pontos, foram agraciadosalguns sócios que ao longodestes anos se distingui-ram pela colaboração que

 prestaram à Associação eum lanche convívio, nasmagníficas instalações dasua associação.

Fundada em 2000 (aARCRA procurou, ao lon-go da sua história, dina-mizar e promover a aldeia eo convívio entre naturais,moradores e amigos de Ri-

 beira de Alge.Em dia de aniversário

cortou-se (e comeu-se) orespectivo bolo, cantaram-se os parabéns e o Presi-dente da Direcção, RogérioRodrigues Simões, anunci-ou para breve obras nasimediações da Sede, de for-ma a torna-las ainda maisfuncionais e atractivas.

Para tal, e para fazer faceaos custos deste investi-mento, pediu a colaboraçãode todos e, em particular dos Autarquias, nomeada-

mente, Câmara Municipalde Figueiró dos Vinhos eJunta de Freguesia deAguda. Da assistência nãoveio qualquer manifesta-ção, curiosamente porqueos presidentes daquelasautarquias não estavam

  presentes, nem se fizeramrepresentar tendo, no en-tanto, justificado as suasausências. Assim, a únicareacção acabaria por che-

gar pela voz do sócio da-quela associação e, actual-mente Chefe de Gabinetedo Governador Civil deLeiria, Dr. Carlos Lopes quedeixou a sua disponibilida-de e, “com certeza” do Go-verno Civil para colaborar naquela obra e outras ini-ciativas fruto da iniciativadaquela laboriosa associa-ção. Elogiou, ainda, a obrae dinâmica da Direcção ePresidente da ARCRA.

De realçar, também a pre-

sença dos Presidentes dasassociações vizinhas deChimpeles, Aguda e Aldeiade Ana de Aviz, nomeada-mente, Fernando Pires,Paulo Covas e António“Ferreiro”, para os quais oChefe de Gabinete doGoverno Civil também teve

 palavras de elogio, apreçoe de disponibilidade, recon-hecendo a (s) sua (s) obrase dificuldades.

Na foto de cima, à direita:todos os presentescantam os “Parabéns” àARCA... em várias versões;Na foto de cima, à

esquerda, o Chefe deGabinete do Governador Civil de Leiria, Dr. CarlosLopes ao centroacompanhado pelosPresidentes dasAssociações presentes, daesquerda para a direita,António “Ferreiro” (Aldeiade Ana de Aviz), FernandoPires (Chimpeles), RogérioRodrigues Simões (Ribeirade Alge) e Paulo Covas(Aguda);Na foto de baixo,pormenor de algunspresentes de durante o

lanche convívio.

Tomou posse no passado dia 16 de Abril, na sede doPartido Socialista de Figueiró dos vinhos, a ComissãoPolitica Concelhia, eleita a 9 de Abril, para o próximo biénio. Carlos Lopes, continua na liderança.

A composição da lista eleita é a seguinte:Carlos Alberto David Dos Santos Lopes,João Paulo Pimenta Nunes,Marta Inês Dinis Brás Cardoso Fernandes,Jorge Manuel Fernandes Abreu,Carlos Alberto Martins Da Silva,Ana Bela Da Conceição Silva,

Aguinaldo Manuel Feitor Simões Silva,José Pires Caetano,Maria Teresa De Oliveira Azevedo Trancoso,Luís Paulo Carvalho Batista,José Da Conceição Barreto Napoleão,Helena Maria Carvalho Teixeira,Armindo Dos Santos Silva,Fernando Manuel Carvalho Batista,Arminda Da Conceição Augusto Silva,António Dos Santos Leitão,António Da Conceição Santos,Sandra Cristina Costa Simões,Joaquim Mendes Da Conceição Dias,Álvaro Dos Santos Lopes,Cláudia Cristina Avelar Santos,Mário Teixeira Morais,

José Manuel Mendes Da Silva,Maria Adelaide Martins Paiva Luís,Armando Jesus Santos Godinho,António Da Cruz Godinho Quaresma,Cristina Isabel Carvalho Guimarães RodriguesHugo Filipe Leitão Furtado,António Jorge Campos Ferreira Dias,Marlene Alexandre L. Pais,Eduardo Dias Brás,Marçal Manuel Batista Rebelo,Franklin Alves Nicolau,Belmira Nascimento Lopes Pimentel.

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2010.04.20 9REGIÃOREGIÃOREGIÃOREGIÃOREGIÃO

“PROGRIDE” PROMOVE O ACONSELHAMENTO

DIREITOS E DEVERES DO CONSUMIDOR E GESTÃO FAMILIAR

...PROVA DE VINHOSNO CASAL DE S. SIMÃO

PROMOMIDO PELOS JOVES DAASSOCIAÇÃO TERRACTIVIDADE...

“Direitos e Deveres do

Consumidor” e “Gestão eOrçamento Familiar” é onome de um conjunto desessões de esclarecimentoabertas à participação detoda a comunidade quedecorrem em Figueiró dosVinhos, organizadas peloProjecto “Figueiró - Cons-truir para a Inclusão”, como apoio da autarquia, SantaCasa da Misericórdia deFigueiró dos Vinhos eAEPIN, e que contam coma presença da DECO - As-sociação Portuguesa paraa Defesa do Consumidor.

  No passado dia 14 deAbril, teve lugar a primeiradestas sessões no Auditó-rio da Casa Municipal daJuventude, em Figueiró dosVinhos. Nesta sessão foi a-

 presentado o papel da DECOna defesa dos consumido-res, aos participantes queforam informados e acon-selhados sobre os seus di-reitos e deveres e proble-mas do orçamento familiar,nomeadamente, conscien-cializar o consumidor paraa importância da poupan-ça; alertar o consumidor 

 para a importância da adop-

ção da gestão de risco, im-  plementando uma peda-gogoa da minimizaçãodo

Tlm: 917 198 927 * Telf.: 236 553 470Rua Dr. António José de Almeida, nº 12 - 1º. Esq.

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Telf./Fax: 236 551 095

ANA LÚCIA MANATAADVOGADA - Telm.: 912724959

risco; consciencializar oconsumidor que o endivi-damento excessivo, decor-rente do crédito da habita-ção e do consumo, que po-de levat em casos limites à

 perda da própria habitação;aconselhar o consumidor sobre os cuidados a ter narenegociação dos seus cré-ditos; informar o consumi-dor sobre os meios que dis-

 põem aquando de uma situ-ação de individamentoexcessivo; alertar o consu-midor para os cuidados ater na publicidade a

serviços financeiros. No dia 21 de Abril, tamb-ém no Auditório da Casa

Municipal da Juventude  pelas 14 horas, terá lugar 

nova iniciativa no segui-mento da já realizada, comesclarecimentos sobre “Ges-

tão e Orçamento Familiar”,controle de endividamento

e como poupar. Conselhos,  por certo, muito úteis e degrande actualidade.

Realiza-se no próximo dia 24 de Abril, sábado, noRestaurante Varanda do Casal, no Casal de S. Simão

(Figueiró dos Vinhos) uma Prova de Vinhos, organizada pelos jovens da Terractividade - Associação Cultural eRecreativa de Figueiró dos Vinhos.

As inscrições estão abertas, podendo haver inscriçõessó para a Prova de Vinhos ou também para o Jantar deDegustação, que decorrerá após a Prova de Vinhos.

 Na ocasião estarão presentes Luís Louro e Luís Gomes,  produtores e formadores, devendo os interessados em participar, enviar um email para [email protected].

Para obter mais informações, poderá faze-lo em http://terractividade.blogspot.com/.

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 Assembleia Municipal de Figueiró reune em Sessão Ordinária

CONTAS DE 2009 VÃO ESTAR DISCUSSÃO E VOTAÇÃOEstá marcada para o próximo dia 23 de Abril (Sexta-

feira), pelas 18 horas, a próxima Sessão Ordinária daAssembleia Municipal de Figueiró dos Vinhos, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Dos oito pontos que constituem a ordem de trabalhos

daquele órgão liderado pelo socialista, José Pires Cae-tano, destacamos a “Apreciação da informação escritado Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal acerca da

actividade do Município, bem como a situação financeirado mesmo” e a “Apreciação e Votação dos Documentosde Prestação de Contas do ano de 2009” que, avaliar  pela votação dos Vereadores socialistas - em Reuniãode Câmara “chumbaram” as contas de 2009 - promete

serem temas quentes. Destaque, ainda, para a “Aprova-ção do Projecto de Regulamento Geral de Taxas Muni-cipais - RGTM”.

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2010.04.20 REGIÃOREGIÃOREGIÃOREGIÃOREGIÃO10

PAULO PORTAS EM CASTANHEIRA DE PERA

PARA ACTIVAR CONCELHIAS A NORTE DO DISTRITO...

O lider do CDS-PP, Dr. Pau-

lo Portas, esteve no passadodia 17 de Abril, Sábado, emCastanheira de Pera, para umareunião com militantes donorte do distrito de Leiria.

O líder do CDS/PP esteveem Leiria para uma visita dedois dias ao distrito. No pri-meiro dia esteve mais para sul,no segundo dia a norte, ondese encontrou no AuditórioMunicipal de Castanheira naPraça da Notabilidade com mi-litantes dos concelhos de Cas-tanheira de Pera, PedrógãoGrande, Figueiró dos Vinhos,Ansião e Alvaiázere.

Segundo a organização,

“esta primeira visita do líder CDS-PP, vem em seguimentoda implantação do partido nonorte do distrito”.

À sua espera, Paulo Portastinha algumas dezenas de po- pulares vindos dos concelhos já refenciados, entre eles osreponsáveis pelas respectivasSecções Concelhias que estãoa ser reactivadas.

Aliás, o próprio Paulo Por-tas durante a sua intervençãoanunciou que em Castanheirade Pera e Pedrógão Grande os processos estão bastante adi-antados, de tal forma que no próximo dia 1 de Maio terãolugar as eleições para as res- pectivas concelhias.

Carlos Santos, responsável por este movimento em Cas-

Comemorar a LiberdadeVolvidos trinta e seis anos sobre o 25 de Abril evocar 

esta data é sempre para nós motivo de orgulho. Ontemcomo hoje a liberdade é um dos bens mais preciosos que

o ser humano pode ter. Nos Cem anos de Proclamação da República em que o idealda Liberdade foi enaltecido também não pode ser esquecido.

O Município de Castanheira de Pera congrega estas duasdatas muito significativas da nossa historia recente peloideal que comungam e abre oficialmente as comemoraçõesdo Centenário da Implantação da República com uma expo-sição na Casa do Tempo intitulada “Retalhos da Repú-

 blica” que mostra de forma clara quem foram os homens eos acontecimentos que nos levaram a essa Liberdade.

Convidamos todos a estarem presentes para que maisuma vez se cumpra Abril!

Esta comemoração tem também o alto patrocínio daJunta de Freguesia de Castanheira de Pera.

 BMCP - Cristina Bernardo

CASTANHEIRA DE PERA

CELEBRA O 25 DE ABRIL

“COMEMORAR A LIBERDADE”

REGISTO AUTOMÓVEL EM DOIS DIASDESBUROCRATIZAÇÃO

“Documentos que demoravam seis meses, sobretudo no registoautomóvel, agora podem realizar-se em dois dias”, salienta ministro

Documentos que demo-ravam seis meses, sobre-tudo no registo automóvel,agora podem realizar-se emdois dias no Balcão dosServiços da Conservatóriade Castanheira de Pera.

«As vantagens desteespaço são a singeleza, asimplicidade, a desburocra-tização e o acesso dos ci-dadãos aos documentos ea este serviço público deJustiça que é muito maiscélere e muito mais eficaz»,declarou o ministro à agên-cia Lusa.

A título de exemplo, o ti-

tular da pasta da Justiçareferiu que «documentosque demoravam seis me-ses, sobretudo no registoautomóvel, agora podemrealizar-se em dois dias».

«A qualidade do serviçoé espantosa e só é possível

 porque se abandonou umageração de documentos de

  papel e passou-se a umavanço electrónico», acres-centou Alberto Martins,ressalvando tratar-se do24.º espaço de registos enotariado disponíveis atéao momento.

Além deste espaço em

Castanheira de Pera, estão já em funcionamento servi-ços idênticos em Santa-rém, Vila Flor, Caminha,Guimarães, Serpa, Alcoba-ça, Pombal, Nelas, Porta-legre, Póvoa do Varzim eBarcelos, assim como emLisboa (Benfica, FontesPereira de Melo e Areeiro).

A mesma tipologia deatendimento dos Registosfoi ainda adotada e integra-da nas Lojas do Cidadão deFaro, Borba, Murça, Tavira,Vimioso, Resende, Freixo deEspada à Cinta e Cantanhe-

de.

Abriram, ontem, dia 19 de Abril as ins-crições destinadas a recrutamento de

  pessoal para a Praia das Rocas.Os candidatos seleccionados poderão ser 

chamados a receber formação ou exercer funções nas respectivas áreas durante omês de Maio, pelo que deverão salvaguar-dar esta eventualidade nas suas agendas.

As candidaturas devem ser formaliza-das em impresso próprio, que pode ser obtido na Sede da Prazilândia - Turismo eAmbiente, E.E.M., na Praça Amarela (jun-

to à Rotunda da Roda), em Castanheira

RECRUTAMENTO DE PESSOALPRAIA DAS ROCAS

de Pera, ou em www.praiadasrocas.com, een-tregue na Sede da empresa, até ao dia 30de Abril de 2010, inclusive, nos dias úteisdas 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

O recrutamento de pessoal é para as fun-ções de “Auxiliares”, “Auxiliares de vigilân-cia aquática”, “Comercial”, “Manutenção”,“Tratamentos de Água” (Com horário dife-renciado), “Portaria” e “Nadador Salvador”.

Para a função “Tratamentos de Água”, énecessária disponibilidade para horáriosdurante a noite e madrugada, incluindo fins-

de-semana.

tanheira de Pera e quese perfila como o futuroPresidente da ConcelhiaCastanheirense, afir-mou na sua intervençãoque a sua equipa quer “apresentar trabalho eser opção, em Castan-heira de Pera”.

Acompanhado do Se-cretário Geral do Parti-do, João Almeida, daDeputada eleita por Lei-ria, Conceição Cristas e pelo Delegado Distrital,Manuel Isac, Paulo Portas, en-tre criticas ao governo de JoséSócrates e à oposição do Bloco

de Esquerda e PSD, fez a exal-tação das políticas do CDS,agradeceu aos militantes do

norte do distrito, expressou asua felicidade pela visita aCastanheira (um dos poucosconcelhos do país que aindanão visitara - realçou) e deixoua sua disponibilidade e vonta-de para voltar e colaborar nosentido de impor as suas polí-ticas e as “diferenças” do CDS,“um partido trabalhador” e“igual, antes e depois das elei-ções” - afirmou.

C S

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2010.04.20

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   A   D   E   R   N   O   E   S   P   E   C   I   A   L   D   I   S   T   R   I   B   U   I   D   O   C   O   M    O

   J   O   R   N   A   L   “   A   C   O   M   A   R   C   A   ”   (   o   p   r   e   s   e   n   t   e   s   u   p   l   e

   m   e   n   t   o   c   o   n   s   t   i   t   u   i   p   a   r   t   e   i   n   t   e   g   r   a   n   t   e   d   a   e   d   i   ç   ã   o

   n   º   3   5   3   d   o   j   o   r   n   a   l   “   A   C   o   m   a   r   c   a ,   n   ã   o   p   o   d   e   n   d   o   s   e   r   v   e   n   d   i   d   o   s   e   p   a   r   a   d   a   m   e   n   t   e   )

   F

  u  n   d  a   d  o  r  :   M  a  r  ç  a   l   P   i  r  e  s  -   T  e   i  x  e   i  r  a   |   D   i  r  e  c   t  o  r  :   H  e  n  r   i  q  u  e   P   i  r  e  s  -   T  e   i  x  e   i  r  a

   |   D   i  r  e  c   t  o  r  -   A   d   j  u  n   t  o  :   V  a   l   d  e  m  a  r   A   l  v  e  s

   |   S   E   D   E   E   A   D   M   I   N   I   S   T   R   A   Ç    Ã   O  :   R  u  a   D  r .   A  n   t   ó  n   i  o   J  o  s   é

   d  e   A   l  m  e   i   d  a ,   4   1   |   3   2   6   0  -   4   2   0   F   i  g  u  e   i  r   ó   d  o  s   V   i  n   h  o  s   |   T  e   l  e   f .  :   2   3   6   5   5   3   6   6   9   |   F  a  x  :   2   3   6   5   5   3   6   9   2

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    2    0    1    0

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2010.04.20

2010.04.20especial20anosETPZP2

SessãoSessãoSessãoSessãoSessão  SSSSSoleneoleneoleneoleneolene17Dezembro09

Em cima, a Mesa de Honra e osprofessores responsáveis pelacoordenação de cada um dos

Cursos;Em baixo: equipada a rigor. A ETPZP(equipa de Futsal e alunos deEducação Física passam a equipar Hummel.

Em cima, Bolo do 20º aniversário;Em baixo: o Dr. João Marques, actual Presidente da CâmaraMunicipal e primeiro Director da ETPZP servindo de “cicerone”na visita às instalações e às obras de ampliação em fase deacabamento, nomeadamente, o novo Laboratório.

Em cima, pormenor de alguns dos representantes das empresas que

assinaram novos Protocolos com a ETPZP;Em baixo: a assinatura dos Protocolos, no caso o representante daCardgest, com o Sr. Padre Julio, Pároco local, em fundo, abençoando acerimónia.

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2010.04.20

2010.04.20 especial20anosETPZP 3

 A ETPZP tem sidosem dúvida umexemplo de plenaintegração da Escolana comunidade.

 Hoje, dificilmente  poderemos imaginar   Pedrógão Grande sema ETPZP! Estaassume-se semqualquer preconceito,como um pólo de

desenvolvimento da Zona do Pinhal.

A Escola Tecnológica e Pro-fissional da Zona do Pinhal(ETPZP), uma das vinte pri-meiras escolas profissionais asurgir no país, está a comemo-rar o seu vigésimo aniversário.Situada no norte do distrito deLeiria, na Região do Pinhal, aETPZP assume-se como umamais valia para a região, nomea-damente para o concelho dePedrógão Grande e concelhoslimítrofes.

 No passado dia 17 de Dezem- bro, assinalou o aniversário com

uma sessão solene que contoucom as presenças, do Chefe deGabinete em representação do Go-verno Civil do Distrito de Leiria,Carlos Lopes; a Directora Regi-onal Adjunta da Direcção Regio-nal de Educação do Centro, Ma-ria Cristina Dias; do Presidenteda Câmara de Pedrógão Grande,João Marques; da Directora daEscola Profissional do Fundãoe representante da Associação

 Nacional de escolas Profissio-nais (ANESPO), Cecília Carval-hais; do Director Pedagógico daETPZP, António José FigueiraDomingues e do Padre Júlio.

Esta Sessão ficou ainda mar-

cada pela assinatura de maisde 30 Protocolos com empre-sas de referência.

Escolas criadas para formar  profissionalmente jovens queconcluíram o 9º ano de escolari-dade ou equivalente e qualificar trabalhadores em regime pós-laboral  pelo Decreto-Lei n.º26/89, de 21de Janeiro, criaram-se as Escolas Profissionais, noâmbito do ensino não superior,coordenadas pelo Gabinete deEducação Tecnológica, Artís-tica e Profissional-GETAP,cujas finalidades eram as deformar profissionalmente jo-vens que concluíram o 9º anode escolaridade ou equivalente

e qualificar trabalhadores em

20 anos a formar jovens... profissionais!

ESCOLA TECNOLÓGICA E PROFISIONAL DA ZONA DO PINHAL (ETPZP)

regime pós-laboral.A E.T.P.Z.P. foi, com esta filo-

sofia, criada em 1989, com os cur-sos de Contabilidade e Constru-ção Civil (com especificaçõesterminais de Desenho, Topogra-fia e Medições e Orçamentos).

Posteriormente, alargou o seuâmbito formativo a outras áre-as, nomeadamente: Hotelaria/Recepção e Atendimento, Ho-telaria/ Restauração, Organiza-ção e Controlo, Comunicação,Marketing, Relações Públicase Publicidade, Gestão de Peque-nas e Médias Empresas, Informá-tica Fundamental, e Informáticade Manutenção de Equipamento.

Para além destes, a E.T.P.Z.P.teve ainda aprovados os cursosde: Transformação e Prepara-ção de Madeiras/Mobiliáriode Madeira, Mecânica/Desen-ho de Construções Metalome-cânicas, Gestão do Ambiente,

e Projectista de Mobiliário.Alunos e Cursos da ETPZP

têm vindo a aumentarMesmo tratando-se de uma

região do interior, com um flu-xo migratório de pessoas parafora, uma população envelheci-da, problemas notáveis de de-semprego e exclusão social, onúmero de cursos e alunos daETPZP têm vindo a aumentar.

Por exemplo, em 1989, a es-cola nasceu com dois cursose, actualmente, tem seis cursosde nível III, a contar com omais recente Curso Profissi-onal de Energias Renováveis(variante sistemas solares),

além de Hotelaria, Construção

Civil, Comunicação, Gestão eInformática Fundamental, pa-ra além de estarem previstosmais dois cursos novos, o deProfissional Técnico de Tele-comunicações e o de Monitor de Actividades Desportivas,

embora este último ainda nãoesteja homologado pelo Mi-nistério da Educação. A estestemos ainda que somar os trêsCursos de Especialização Te-cnológica de nível IV (CET’s),ao abrigo do Protocolo com oInstituto Politécnico de Leiria.Para o primeiro semestre de2010 prevêem-se mais 4cursos de Nível IV: PráticasAdministrativas e RelaçõesPúblicas, Instalação e Manu-tenção de Redes, Condução deObra e Energias Renováveis.

 Neste sentido, o número dealunos também tem vindo aaumentar. Por exemplo, em

Dezembro de 2000, a popula-ção escolar da E.T.P.Z.P. erade 259 alunos, distribuídos

 por 15 turmas. Em 2002/2003,a população escolar ascendeuaos 280 alunos (15 turmas).Em 2003/2004, a populaçãoescolar (nível III e IV) atingiuos cerca de 300 alunos. Em2009/2010, a população esco-lar total da ETPZP vai já noscerca de 350 alunos.

E.T.P.Z.P. passa a ser umasociedade por quotas,

denominadaPETROENSINO

Por imposição do Decreto-Lei n.º 4/98, de 08 de Janeiro,

a entidade proprietária da

E.T.P.Z.P. passou a ser umasociedade por quotas, deno-minada PETROENSINO -Ensino e Formação Profissio-nal, Lda. (uma instituição deutilidade pública sem finslucrativos), cujo capital social

 pertence à Associação Huma-nitária dos Bombeiros Volun-tários de Pedrógão Grande(51%) e Câmara Municipal dePedrógão Grande (49%).

Desta parceria e do esforçodos seus dirigentes (onde te-mos que salientar ManuelHenriques Coelho e o Dr. JoãoManuel Gomes Marques),

  professores e funcionários,nasceu esta Escola Profissio-nal que se tem constituído aolongo destes quase vinte e umanos de existência como umdos principais instrumentos

 provocadores do desenvolvi-mento deste concelho e con-

celhos limítrofes.Criado um pólo da

E.T.P.Z.P. em Ferreira doZêzere

 No ano lectivo de 1994-1995,mediante protocolo assinadocom a Câmara Municipal deFerreira do Zêzere, foi criadoum pólo da E.T.P.Z.P. nesteconcelho. Neste mesmo ano,iniciou-se um ciclo de forma-ção na área de Contabilidade,tendo, no ano seguinte sidoaprovado o funcionamento deuma nova turma. No ano lec-tivo de 1997/98 foi iniciado umciclo de formação na área deHotelaria, Recepção e Atendi-

mento, que viria a terminar no

ano lectivo de 1999-2000.Com o encerramento deste ci-clo de formação, foi tambémextinto o pólo. Para esta deci-são contribuiu fundamental-mente a falta de instalaçõesque permitissem um dimensi-

onamento adequado do pólo eoutras dificuldades logísticas,optando-se pela concentraçãoda oferta de formação na sede.

Em 1999, a ETPZP mudade casa para instalações

mais adequadas à suadimensão

Em Setembro de 1999, a ETPZPmudou de casa, passando ausufruir de novas instalações,com uma capacidade e dimen-são que mais se adequava àssuas verdadeiras necessidades,crescimento e ambições.

E foi no dia 21 de Março de2000 que o Presidente da Re-

 pública, Dr. Jorge Sampaioinaugurou oficialmente oedifício-sede da ETPZP.

Um dos princípios funda-mentais da ETPZP foi sempreo de ser uma Escola Aberta. Aolongo destes anos, a ETPZPtem organizado e co-organizadouma série de eventos (Mostrade Produtos Regionais e FeiraGastronómica, Pedrógão Fas-hion, Virtual e Feira de Siste-mas Informáticos e de Gestão,Jornadas da Comunicação,Festival de Cinema Encontrode Gerações, entre outros, quelhe permitiu alcançar reconhe-cidamente um lugar de desta-que e de referência na região.

Esta filosofia aberta criou um

espírito de abertura e de respei-to para e com o meio, a regiãoe o país. Esta atitude tambémse tem manifestado, principal-mente, através da celebraçãode protocolos e por acçõesconjuntas em prol da formaçãoteórico-prática dos seus alunose com vista ao manifesto de-senvolvimento e visibilidadeda região, dentro e fora de Por-tugal.

Vitória nacional no jogo doHemiciclo de 2002/2003

A ETPZP tem sido premia-da e reconhecida com vários ga-lardões, a destacar a sua vitórianacional no jogo do hemiciclode 2002/2003 - onde mais de245 escolas participaram, maisde 5.000 alunos de forma indi-recta e 450 professores -, deonde resultaram como prémio28 viagens a Paris/Estrasburgoem representação de Portugalno jogo Euroescola (em Estras-

 burgo, no Parlamento Euro- peu), conjuntamente com maistreze países, tendo a ETPZPcolocado um aluno na final queclassificou Portugal em 3ºlugar.

Fruto de toda esta dinâmica,têm resultado convites paraestar presente em projectoscomo a Geração Millennium2003, o Prime Jovem, o Con-curso de Ideias de Negócio, ser uma Academia Local Cisco

 Networking, entre outros. AETPZP também já participoue participa em vários projectosinternacionais (no âmbito do

 programa Comenius, Leonardoda Vinci - mobilidade, Grun-dtvig, Primavera na Europa, eEtwinning). Neste precisomomento a ETPZP tem uma

 parceria com cerca de 16 paísesda União Europeia e dois extra-comunitários (Cabo Verde eSão Tome e Príncipe).

Finalmente, é de salientar que as taxas de inserção dosalunos da ETPZP no mercadode trabalho atingem uma

 percentagem de cerca dos 94%.Aliás, é considerado por mui-tos que o ensino profissionalé mais do que um ponto de

 partida para o ingresso na vidaactiva, podendo-se mesmoafirmar que os índices de em-

 pregabilidade destas mesmasescolas são bem demonstra-tivos dessa oportunidade quehá na integração na vida activados jovens que andam nasescolas profissionais.

C S

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A Câmara Municipal dePedrógão Grande...

... felicita a EscolaTecnológica e

Profissional

da Zona doPinhal

(ETPZP)pelo seu...

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“A Comarca” (AC) - Enquan-to Ministra da Educaçãoconcorda com a existênciade escolas profissionais, ereconhece a sua importân-cia e utilidade na formaçãode jovens que não se sen-tem vocacionados para asvias de ensino e que pro-curam saídas profissionaisimediatas?

Dra. Isabel Alçada (IA) -

Durante mais de 20 anos,os poderes públicos nãoapenas promoveram e re-conheceram as escolas pro-fissionais como parte inte-grante do sistema de edu-cação e formação, como ga-rantiram as condições parao seu funcionamento, atra-vés do Orçamento de Esta-do e recorrendo a fundoscomunitários.

O reconhecimento dasua importância foi impulsi-onado nos últimos anos,quando se decidiu alargar o modelo de educação-for-mação praticado nas esco-

las profissionais às escolassecundárias públicas. Estealargamento levou a umcrescimento exponencialdo número de alunos noscursos profissionais – decerca de 30 mil em 2005-2006, passou-se para cercade 114 mil, em 2009-2010, e

 prevêem-se cerca de 122milno próximo ano lectivo.

O papel dos cursos pro-fissionais e da formação vo-cacional em geral, no siste-ma educativo, deve ser de-finido pela positiva, comouma oferta dirigida aos que

se sentem vocacionados  para uma profissão especí-fica. São ofertas que ofere-cem, ao mesmo tempo, a

 possibilidade de conclusão doensino secundário e a oportu-nidade de obtenção de umaqualificação profissional.Têm, portanto, importantesimplicações a três níveisdistintos: por um lado, paraos jovens e para a sua for-mação pessoal; por outro,

 para o mercado de trabalho,que recebe profissionaisqualificados; e, por fim, pa-ra os objectivos nacionaisde educação, que abrangecada vez mais portugueses.

AC - Entende que tais cur-sos correspondem a umanecessidade do mercado detrabalho?

IA - A oferta de cursos  profissionais tem procura-

do responder a necessida-des do tecido económico eempresarial.

Tem-se procurado alin-har os cursos profissionaiscom o Catálogo Nacional deQualificações, o qual é objec-to de actualização permanen-te em função das mudançasque ocorrem no mercado detrabalho. Além disso, todosos anos se processa um tra-

 balho de planeamento para,a partir das necessidadesagregadas do mercado detrabalho, se definir da mel-hor forma as áreas de edu-

cação-formação que se de-ve privilegiar.Há ainda uma forte comuni-

cação entre que as escolas eas comunidades locais, articu-lando e planeando a ofertade cursos entre escolas pú-

  blicas, escolas profissio-nais, Centros de Formaçãoe outros operadores do Sis-tema Nacional de Qualifica-ções. Também são, frequen-temente, envolvidas enti-dades empregadoras, o queé indispensável quando se

 procura identificar as necessi-dades do tecido empresarial,

 para a realização de estági-os. O planeamento partici-

 pado por todos os interes-sados ainda é relativamenterecente e pode melhorar,mas o caminho percorridotem sido muito encorajador.

AC - Concorda que, com aexistência e vocação dasescolas profissionais, se  justifica a criação de cur-sos profissionais no âmbitodo ensino secundário ofi-cial que promovem a con-corrência com aquelas es-colas, e às vezes o esvazia-mento, num mesmo espaçoterritorial ou num mesmoagrupamento escolar?

IA -A oferta de cursos pro-fissionais nas escolas secun-dárias públicas não só é neces-

sária como, a vários títulos,inevitável. Desde logo, por uma questão de escala. No

âmbito da Iniciativa NovasOportunidades, tínhamos o ob-

 jectivo de as ofertas formati-vas de dupla certificação denível secundário integrarem50% dos alunos deste nível deensino, em 2010. Tal objecti-

vo, que já foi atingido, nãoseria possível sem a mobili-zação da capacidade instala-da nas escolas profissionais.

 Nem seria admissível a cria-ção de novos equipamentosescolares, quando muitas dasescolas secundárias públi-cas apresentavam taxas deocupação muito aquém dasua capacidade instalada.

A diversidade de interveni-entes é também um dos pon-tos fortes do sistema, não só

 porque permite a coexistên-cia de respostas diversifica-das de igual valor formati-

vo, mas também porque dáo devido valor à oferta dasescolas técnicas que, du-

rante tantos anos foram des-valorizadas.

Hoje, esta oferta está alin-hada com as melhores práti-cas a nível europeu, de umaforma e numa escala de quetodos os operadores (esco-las profissionais privadas eescolas públicas) têm ra-zões para se orgulharem.

Pela primeira vez em mui-tos anos, verificamos um au-mento sustentado e sistemá-

tico do número de alunos quefrequentam cursos profissi-onais em escolas profissio-nais privadas: 32.356, em2006-2007; 35.450, em 2007-2008; 37.604, em 2008-2009;41.256, em 2009-2010. Este éum valor histórico, provandoque a expansão do ensino vo-cacional na rede pública nãoconflitua, antes reforça, o po-tencial de crescimento dasescolas profissionais.

AC - Vai manter o actualmodelo das escolas profis-

sionais ou vai operar al-gumas alterações?

IA - Não estão previstas alte-rações no modelo de funciona-mento das escolas profissio-nais. Há alguns ajustamen-tos de pormenor que podemser feitos, mas sempre no sen-tido de manter o actual modelode cooperação entre operado-res diversos, e prosseguin-do os objectivos já traça-dos, que são consistentese adequados à evolução donosso país.

AC - Num momento em quea Escola Tecnológica e Profis-sional da Zona do Pinhal,em Pedrógão Grande, come-mora 20 anos de existência,isso suscita-lhe alguma pa-lavra de estímulo?

IA - Dou-vos os meus para- béns. Vinte anos é uma idadefantástica. Faço votos paraque a Escola Tecnológica e Pro-fissional da Zona do Pinhalcontinue a trabalhar para o su-cesso educativo dos seusalunos e para o desenvolvimen-to de Pedrógão Grande.

“Hoje, esta oferta estáalinhada com as melhores

práticas a nível europeu, deuma forma e numa escalade que todos os opera-dores (escolas profissi-

onais privadas eescolas públicas)têm razões para se

orgulharem”

“O papel dos cursos profissionais (...) deve ser definido pela positiva”

ENTREVISTA: Dra. Isabel Alçada (Maria Isabel Girão de Melo Veiga Vilar), Ministra da Educação

Isabel Alçada, actualMinistra da Educação,nasceu em Lisboa em 1950(29 de Maio), frequentou oLiceu Francês CharlesLepierre, onde concluiu oensino secundário elicenciou-se a seguir emFilosofia na Faculdade deLetras de Lisboa.Iniciou a sua vidaprofissional no Centro deFormação e OrientaçãoProfissional - Psicoformae, mais tarde, ingressounos quadros do Ministério

da Educação, tendoparticipado na Reforma doEnsino Secundário em1975/76. No ano seguintedecidiu seguir a carreiracomo professora do 2.º ciclode Português e História.Entre 1981 e 1983 fez parteda direcção do Sindicato deProfessores da GrandeLisboa, afecto à FederaçãoNacional dos Professores(Fenprof).Em 1982/83, fez ummestrado em Ciências daEducação nos EstadosUnidos, na Universidade deBoston, e depois, em 1987,a preparação dodoutoramento em Ciênciasda Educação na

Universidade de Liége(França).No ano lectivo 1995/1996foi nomeada peloMinistério da Educaçãocoordenadora do grupo detrabalho responsável pelaconcepção da rede debibliotecas escolares, e noano seguinte foi nomeadapara coordenar a equipaencarregada de estudar asproblemáticas relacionadascom o livro escolar.Em Janeiro de 2001 assumiuo cargo de Administradorada Fundação de Serralves,em regime de voluntariado.Em 2006 foi designadacomissária do PlanoNacional de Leitura (PNL),

uma iniciativa dosministérios da Educação,da Cultura e dos AssuntosParlamentares.

Isabel Alçada junta todosos ingredientes necessáriospara o desempenho docargo. Além de ser umapessoa com muito Mundo,conhece os problemas daeducação por dentro,primeiro como professora ecom um diálogo fácil comos alunos e depois comosindicalista. Aliando tudo isso,todo esse conhecimentoe essa experiência, reúnecondições ímpares para umexercício distendido docargo, de forma rigorosa sem

ser intolerante, e com umasabedoria sem arrogância.

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“É fundamental que (a ETPZP) continue a ser uma escola de referência”

ENTREVISTA: Prof. Dr. Roberto Carneiro, Ministro da Educação quando da abertura da ETPZP

  A Comarca (AC) - Tendo sido res-  ponsável, enquanto sobraçou a pastado Ministério da Educação, pela cria-ção das escolas profissionais, conti-nua convencido da sua importância eutilidade na formação de jovens quenão se sentem vocacionados para asvias de ensino e que procuram saídas

 profissionais imediatas?

“… Estas escolas contribuíram,desde a sua criação, para reduzir o

abandono escolar precoce, paraestancar a saída de jovens semqualificação para o mercado de

trabalho e, sobretudo, para formar ostécnicos intermédios que o nosso

país deixou de produzir desde aextinção das antigas EscolasIndustriais e Comerciais…”

Prof. Doutor Roberto Carneiro (RC)- Completamente convencido. Acho quea oferta formativa oferecida pelas escolas

 profissionais pode continuar a suprimir asnecessidades do meio em que estão in-seridas, permitindo consequentementeo aparecimento de novos desafios.Estas escolas têm um papel importan-tíssimo no desenvolvimento das regiõesonde estão localizadas, muitas delas das

mais pobres da Europa. Naturalmenteque nenhuma instituição de ensino, por si só, consegue suprimir as dificuldades,nem a falta de dinâmica empresarialduma região, mas imaginem o que se-riam estas regiões sem estas escolas, oque seria destes jovens sem a opçãoque estas escolas lhes oferece? Estasescolas contribuíram, desde a sua cria-ção, para reduzir o abandono escolar 

 precoce, para estancar a saída de jovenssem qualificação para o mercado detrabalho e, sobretudo, para formar ostécnicos intermédios que o nosso paísdeixou de produzir desde a extinção dasantigas Escolas Industriais e Comerci-ais. Ao mesmo tempo assistimos a uma

articulação da actividade das escolas profissionais com a das empresas, au-tarquias e outras entidades com inter-venção no desenvolvimento local e re-gional. Foram concebidas ofertas forma-tivas em função das necessidades exis-tentes e das oportunidades previstas,desenvolvendo-se projectos educati-vos inovadores, em que se privilegiouo contacto com o mundo laboral. Foramtambém criados serviços de orientaçãovocacional e de apoio à inserção no mer-cado de trabalho, envolvendo-se as

  populações e as instituições locais nosrespectivos projectos. Contudo, subsis-tem algumas indefinições, omissões edeficiências que, agravadas pelo es-trangulamento financeiro das escolas

profissionais privadas, estão a levar

muitas delas a situações de pré-en-cerramento. Tal possibilidade deixaantever custos sociais e económicosque não podem ser descuidados.

AC -  Entende que a criação detais cursos correspondeu a umanecessidade do mercado de tra-balho?

RC - Correspondeu efectivamentea uma nova necessidade por doisângulos inovadores. Por um lado,

criaram-se ofertas em domínios deformação que não eram anterior-mente cobertos. Por outro, deu-se início a um modelo pedagógicoe didáctico completamente inédi-to através de uma organizaçãomodular que flexibilizou a rigideztradicional de desenvolvimentocurricular por anos de escolarida-de. A criação de cursos específicos

 permitiu integração de necessida-des das escolas, das pessoas edas empresas.

 AC - As escolas profissionais re- presentam um sucedâneo, com um

  figurino igual e com objectivos

idênticos aos que justificaram acriação das extintas escolas té-cnicas?

RC - Não. A ideia motriz foi exac-tamente a de ultrapassar um paradi-gma dos anos 50 do século XX,

 baseado num conceito de socieda-de industrial “pesada” (construçãocivil, mecanotecnia, electrotecnia,serralharia, …) e de comércio as-sente em economias locais e poucoabertas á competitividade. Assim,as escolas profissionais viram-se

 para uma economia global e aberta

típica do século XXI onde com-  petências linguísticas, comunica-cionais, informáticas, negociais,e outras, são essenciais ao capitalhumano das empresas e dos mo-delos de negócio.

  AC - Concorda que, com a exis-tência e vocação das escolas

  profissionais, se justifica a cria-ção de cursos profissionais noâmbito do ensino secundáriooficial que promovem a concor-rência com aquelas escolas, e àsvezes o esvaziamento, num mes-mo espaço territorial ou num

mesmo agrupamento escolar?

“… Em vez de potenciar ainiciativa privada e apoiar as

escolas profissionais idóneasquis copiar o modelo de escolasde iniciativa privada… por essa

via inviabilizando muitasescolas de manifesto interessepúblico embora de titularidade

privada…”

RC - O Estado voltou a fazer o quelhe é peculiar. Em vez de poten-ciar a iniciativa privada e apoiar as escolas profissionais idóneasquis copiar o modelo de escolasde iniciativa privada importando-o para as escolas secundárias

 públicas, por essa via, inviabili-zando muitas escolas de mani-festo interesse público embora detitularidade privada.

  AC - Manteria hoje o mesmomodelo das escolas profissionaisou introduziria algumas altera-ções?

RC - Desde a sua criação, há25 anos atrás, muita coisa evoluiu

e necessariamente teriam que ser feitos ajustamentos cirúrgicosque permitiriam a adequação aostempos modernos. Penso que amaior vulnerabilidade das escolas

 profissionais criadas desde 1989foi a do modelo de financiamentoque ainda se encontra por resol-ver satisfatoriamente.

 AC - Num momento em que a Es-cola Profissional da Zona do

  Pinhal, em Pedrógão Grande,comemora 20 anos de existência,isso suscita-lhe alguma palavra

de estímulo?RC - Espero que a Escola Pro-

fissional da Zona do Pinhalconsiga manter um rigor e umaseriedade necessários à continui-dade deste tipo de ensino emPortugal. É absolutamente neces-sário que se consiga fazer mais emelhor pelas gerações mais

  jovens das zonas mais necessi-tadas do nosso país. É funda-mental que continue a ser umaescola de referência na qua-lidade do ensino que ministra,mas também na excelência e nainovação que coloca na pre-paração da sua comunidade para

a cidadania.

Roberto Artur da Luz Car-neiro, nascido em Cascaisem 1947 (10 de Maio), éengenheiro químico e foipor diversas vezes membrodo Governo, destacando-seo seu exercício do cargo deMinistro da Educação entre1987 e 1991, num Executivoliderado pelo Prof. AníbalCavaco Silva.

Foi durante o seu consula-do enquanto Ministro daEducação, em conjuntocom o Prof. Joaquim Aze-vedo, na altura tambémcom responsabilidades nomesmo Ministério, que secriaram as escolas profis-sionais em Portugal.

Professor da UniversidadeCatólica Portuguesa ondepreside ao Centro de Estu-dos dos Povos e Culturas deExpressão Portuguesa, Dou-tor Honorário em Ciênciasda Educação e Presen-tation Fellow pelo King’sCollege (Universidade deLondres), foi vice-presi-dente do INA (1983-1992),perito de organizações in-ternacionais (desde 1975),coordenador do Observa-

tório da Imigração (desde2003) e é consultor de di-versas organizações inter-nacionais, entre elas, oBanco Mundial, e delegadoao Comité Director doPrograma e-Learning daComissão Europeia.Foi convidado no âmbito daOCDE, UNESCO, OIT eConselho da Europa paraintegrar diversos projectos.

Numa entrevista recente, oEng. Eugénio Lisboa, adidocultural na Embaixadaportuguesa em Londres aotempo em que Roberto Car-neiro era Ministro da Edu-cação, contou que esteve

presente numa reunião en-tre este e o seu homólogoinglês, onde se debateramnaturalmente os proble-mas da área, e revelou oespanto do Ministro inglêsem face do conhecimentoque Roberto Carneiro tin-ha da realidade educativabritânica, a tal ponto queexclamou qualquer coisacomo isto: eu é que sou oMinistro mas o senhor sabemais do nosso sistema doque eu!

O tributo vindouro contem-plá-lo-á quando, comodefende, a educação puderfinalmente assumir o poten-cial libertador da “reprodu-

ção” social da pobreza.

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A Comarca (AC) - Tendopartilhado a responsabili-dade, enquanto sobraçou aSecretaria de Estado daEducação, e juntamentecom o Prof. Doutor Rober-to Carneiro, então Minis-tro da Educação, pela cria-ção das escolas profissio-nais, continua convencidoda sua importância e utili-dade na formação de jovens

que não se sentem vocacio-nados para as vias de ensi-no e que procuram saídasprofissionais imediatas?

Prof. Doutor Joaquim Aze-vedo (JA) - Os cursos que asescolas profissionais ofere-cem continuam a ser muitoimportantes, volvidos vintee um anos desde a sua cria-ção. Sobretudo porque contri-

 buem para a motivação e para a realização pessoal demuitos milhares de jovens

  portugueses. Essa é a suamais importante razão de ser.Vi muitos destes jovens, mui-

to desmotivados em relação

“(as escolas Profissionais) oferecem oportunidades

ENTREVISTA: Prof. Doutor Joaquim Azevedo, (Professor Catedrático da Universidade Católica)

à continuação de estudos emesmo em relação à vida e aofuturo, ganharem nova cora-gem e força de viver ao aderi-rem a estes cursos e que hojesão profissionais muito reali-zados e melhores pessoas.

AC - Entende que a criaçãode tais cursos correspon-

deu a uma necessidade domercado de trabalho?

JA - Claro que a criação doscursos profissionais tambémqualifica os jovens numa da-da área do saber técnico e pro-fissional, ao mesmo tempoque se desenvolvem global-mente como pessoas. Assimsendo, os cursos devem con-ter alguma articulação comos mercados de trabalho.

 No entanto, com a mobilida-de que se está a gerar nomundo e no trabalho, as esco-las profissionais estão a dar-se conta de que qualificam

  para a vida e não apenas

 para o mercado local de tra- balho. E o que vai ser e ondevai decorrer cada vida labo-ral, os próximos cinquentaanos de exercício profissio-nal, destes jovens? Não sesabe. Por isso, a qualifica-ção não deve estar cega-mente dependente apenasde solicitações locais, masda leitura das tendênciasdos mercados de trabalho,

em geral. Temos de estudar,ler sinais, apontar e cruzar tendências e modos de ver,estar atentos a economistase sociólogos, mas tambéma filósofos e escritores…

AC - As escolas profissio-nais representam um su-cedâneo, com um figurinoigual e com objectivosidênticos aos que justifica-ram a criação das extintasescolas técnicas?

JA - Não, nunca o quiseram

ser e nunca o foram. Partem

de pressupostos muito dife-rentes: não são as escolas

 para os pobres e para quemnão pode ir para o liceu, paraquem tem de ser “seleccio-nado” aos dez anos de ida-de; são escolas que oferecemoportunidades mais comple-tas de desenvolvimento hu-mano, contando os seus pla-nos de estudo, além da form-ação técnica específica, com

uma formação sociocultu-ral e científica, devidamenteadequadas; são escolas on-de os alunos são pessoal-mente apoiados e onde a pro-gressão de estudos se faz

 por módulos (pequenos con- juntos de aprendizagens quetêm de ser alcançadas por to-dos) e não por disciplinas anu-ais; são escolas abertas ao mun-do e não pretendem reproduzir dentro de si os modelos fa-

 bris, industriais e antigos.

AC - Concorda que, com a

existência e vocação das

escolas profissionais, se  justifica a criação de cur-sos profissionais no âmbitodo ensino secundário ofici-al que promovem a concor-rência com aquelas esco-las, e às vezes o esvazia-mento, num mesmo espaçoterritorial ou num mesmoagrupamento escolar?

JA - Bati-me pelo alarga-

mento dos cursos profissi-onais aos jovens que fre-quentam as escolas secun-dárias. Se esta modalidadede formação tem mais su-cesso e tem provas dadas,então porque não criar ou-tras oportunidades paramais jovens a poderem fre-quentar? Mas sempre disseque esse passo teria de ser dado com o maior cuidado,

 pois uma escola secundáriae uma escola profissionalsão instituições muito dife-rentes, não basta querer dar esse passo. Não é assim tãosimples reproduzir, numa es-

cola secundária, o “ethos”

Joaquim Azevedo, nascidoem 1955, é Licenciado emHistória e Doutorado emCiências de Educação. FoiDirector Geral do GETAP(Ministério da Educação – 1988/1992) e Secretáriode Estado do EnsinoBásico e Secundário(1992 e 1993), tudo aotempo do Eng. RobertoCarneiro.Preside à Fundação

Manuel Leão e é membrodo Conselho Nacional deEducação (CNE), daComissão Executiva daAssociação Empresarialde Portugal (AEP) e daDirecção da Escola deGestão do Porto, além depresidir igualmente aoCentro Regional do Portoda Universidade CatólicaPortuguesa (CRP-UCP),onde lecciona.No plano internacionalfoi designadorepresentante do GovernoPortuguês em organismos

e em conferênciasinternacionais, OCDE(CERI), UNESCO eComissão Europeia.Membro.

É um profundo estudiosodas políticas educativasem geral e do EnsinoSecundário em particulare a ele se devem,conjuntamente com oEng. Roberto Carneiro, acriação em Portugal dasescolas profissionais.

Só uma pessoa que, comoele, acredita nas virtudesdo ensino profissional sepode exprimir com oentusiasmo e odesassombro como o faz eque a entrevistapatenteia.Tem uma perspectivamuito sedimentada doproblema e não hesita emcolocar os dedos na ferida.Esperemos que a suavisão e o seu contributonão sirvam apenas paraenriquecer este cadernoespecial. Uma soluçãosustentada do ensinoprofissional não dispensaa sua sabedoria, nem a

sua experiência.

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de uma escola profissional,desenvolvido através deum árduo trabalho ao longode vinte anos, sendo alémdisso, desde a sua origem,uma instituição que nasceumuito diferente, com outramarca educacional. Alargar o ensino profissional é bom,desde que se salvaguardemas condições do seu suces-so, que são, em grande par-

te institucionais. O fato fazo monge, diz o povo!O que acontece é que o

ME, desde 2005, tomando por base uma experimenta-ção que se estava a realizar,disparou a criação destescursos nas escolas secun-dárias, impondo a sua aber-tura a torto e a direito, emantigos liceus (que nuncadeixaram culturalmente deo ser) e em escolas novascom ensino secundário esem qualquer cultura deensino profissional, semqualquer programa de for-

mação dos directores e dosdocentes, sem programa  publicamente debatido eescrutinado de equipamen-tos e instalações para tãogrande número de cursos.

Invoca-se a urgência. Masos “salvadores da pátria”,que agem sob o signo daurgência, dificilmente per-cebem que ninguém salvaninguém, que são as pessoase as instituições, com os seus

 problemas e as suas poten-cialidades, que fazem o ca-minho (por mais leis que di-gam que deve ser assim ouassado, que têm de seguir 

este caminho ou aquele)!Há muitas escolas secun-dárias que estão a fazer um

  bom aproveitamento destaoportunidade de ampliaçãodas suas ofertas educati-vas. Mas a maioria está, comos cursos profissionais quelhes impuseram, a criar “cai-xotes do lixo” para ondeempurra os adolescentes e

  jovens com mais dificulda-des de aproveitamento esco-lar até ao 9º ano. Aquilo a quechamamos ensino profissio-nal em Portugal não é isto etem vinte e um ano de pro-

vas dadas. Era possível efácil ter sido percorrido ou-tro caminho. Este está a ge-rar a descredibilização doensino profissional, maisdo que a sua credibilização

como percurso escolar dequalidade para qualquer jo-vem. E isso é grave, muitograve, porque estamos aandar para trás.

Além disso, como não secuida com precaução da in-tegração da rede local de ofer-tas de educação e formação

 para quem termina o 9º ano,acontece que, em várias lo-calidades, a abertura de cur-

sos profissionais em esco-las secundárias, quandoeles já existiam em escolas

  profissionais da mesma lo-calidade, são sinais claros deque o ME (que tutela am-

 bas as redes) quer destruir o ensino profissional, a mé-dio prazo. Como disse, ocaminho podia ter sido bemdiferente (e ainda pode).

AC - Manteria hoje o mes-mo modelo das escolas pro-fissionais ou introduziria

algumas alterações?JA - Sim, a equipa que o de-

senhou na altura, creio quenunca se arrependeu emnada do caminho percorri-

do. Estudamos muito bemo problema, entre 1985 e1989, avaliamos o que se es-tava a passar com o “ensinotécnico-profissional”, cria-do em 1983, avaliamos os

  prejuízos causados com aeliminação, pura e simpló-ria, do antigo “ensino té-cnico”, em 1977, estudamoso que se tinha passado emoutros países com os respec-

tivos ensinos profissionais,fizemos vários inquéritos amuitos milhares de jovensdo 9º ano, cujos resultadosdivulgamos, estudamos bemo perfil cultural dos portu-gueses e das suas institui-ções e apostamos em algoinovador e que rompeu comos modelos instalados. E vin-gou, está à vista de todos,em mais de duzentos locaisdo país. Apesar de ter sidomuito desleixado, durantedez anos, o apoio às esco-las profissionais, elas es-tão felizmente bem vivas, a

  precisar de se regenerareme inovarem, para responde-rem cabalmente a novosdesafios culturais e sociaisque hoje já são diferentes.

Mas, infelizmente, as ten-

dências, desde 2000, vão nosentido de descaracterizar estas escolas, no que elastêm de específico, para asaproximar do modelo gerale fabril. Não percebo estas

 políticas, mas é que se tem passado.

AC - Num momento em que

a Escola Profissional daZona do Pinhal, em Pe-drógão Grande, comemora20 anos de existência, issosuscita-lhe alguma palavrade estímulo?

JA - A Escola Profissio-nal da Zona do Pinhalsempre foi uma das que, aolongo destes anos, refericomo um exemplo a seguir.Uma subregião com muitasdificuldades, em termos derecursos e acessibilidades,viu, em 1990, as suas insti-tuições unirem esforços,

  juntarem-se e criarem umaescola profissional inova-dora, que abalou váriosconcelhos vizinhos (hojeabarca também Castanheirade Pêra e Figueiró dos Vin-

“… O que acontece é que o ME, desde2005, tomando por base uma

experimentação que se estava a realizar,disparou a criação destes cursos nasescolas secundárias, impondo a suaabertura a torto e a direito ….e sem

qualquer cultura de ensino profissional,sem qualquer programa de formação dosdirectores e dos docentes, sem programa

 publicamente debatido e escrutinado deequipamentos e instalações para tão

 grande número de cursos..”.

“A Escola Profissional da Zona do Pinhal 

sempre foi uma das que,ao longo destes anos,

referi como um exemplo

a seguir…” 

hos). Volvidos vinte anos,a vida social local já não écomo antes. Vejam as dife-renças, elas são muitas,anotem-nas e descrevam-nas em narrativas de espe-rança. A qualidade de vidaé melhor, a realização pes-soal de muitas pessoas éhoje uma realidade visível,o progresso sociocomuni-tário é claro.

Os Directores, os Pro-fessores e os Promotoresda Escola Profissional daZona do Pinhal, os seusAlunos e os Pais que apos-tam nela para a educaçãodos seus filhos, estão todosde parabéns. É assim quese faz um país melhor, compessoas melhores! Com oesforço das instituições edas pessoas de cada regi-ão, com muita persistênciae resistência às adversida-des, sem estar à espera quea salvação chegue por viagovernativa, mas fazendo,

com as nossas mãos,  porventura um pouco sujase frágeis, um presentemelhor e um futuro abertode esperança.

“… as escolas profissionais estão

a dar-se contade que quali-  ficam para avida e nãoapenas parao mercadolocal de tra-balho…” 

mais completas de desenvolvimento humano”

Felicitaa ETPZPpelo seu

20º Aniversário

a formar profissionais!

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2010.04.20

2010.04.20especial20anosETPZP10

PARABÉNS ETPZP!- 20 ANOS A FORMAR JOVENS- 20 ANOS NA “ARTE DA FORMAÇÃO”

Av. Dr. Francisco Sá Carneiro - Apartado 233270-092 Pedrógão GrandeTelefone: 236 485 263 / Fax: 236 488 264 | E-Mail:[email protected]

Horário de atendimento: Diariamente das 9h00-12h30 / 14h00-16h30

Felicita os Alunos, Professores e Pessoal não-docente da Escola Tecnológicae Profissional da Zona do Pinhal (ETPZP), pelo seu 20º aniversário

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2010.04.20

2010.04.20 especial20anosETPZP 11

InInInInInstalaçõesstalaçõesstalaçõesstalaçõesstalaçõesETPETPETPETPETPZPZPZPZPZP... a evolução

O actual edifício (principal) da ETPZP

As primeiras instalações da ETPZP, na primeira localização, na entrada norte da vila dePedrógão Grande, junto ao Centro de Saúde...

... as mesmas instalações, o edifício pré-fabricado que dois meses depois foi transferidopara o local onde ainda hoje se encontra, na entrada oeste da vila de Pedrógão Grande,e onde actualmente funciona o Bar, a Cantina e o Restaurante Pedagógico...

... o futuro à vista. Em primeiro plano as instalações iniciais, ao fundo o edifício novo jáem fase adiantada de construção, que viria a ser inaugurado oficialmente pelo Presidenteda República, Dr. Jorge Sampaio, em 21 de Março de 2000...

... a frontaria do actual edifício da ETPZP em mais uma das muitas fotografias de família.Uma familia cada vez maior e mais bem formada.PARABÉNS, ETPZP!

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2010.04.20

2010.04.20especial20anosETPZP12

Zona Industrial Lote 5 Cernache do Bonjardim

6100-271 CERNACHE DO BONJARDIM

Telefone: 274 801 122 | Email: [email protected]

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2010.04.20

2010.04.20 especial20anosETPZP 13

“O ensino profissional mais do que triplicou nos últimos 10 anos”

ENTREVISTA: Mestre António Figueira Domingues, Director Pedagógico ETPZP

A Comarca (AC) - Comocaracteriza a educação

  profissionalizante e quaissão os traços que a distin-

 gue do ensino formal?

Dr. António FigueiraDomingues (AFD) - É ne-cessário sublinhar que exis-te em Portugal, desde 1989,ensino tecnológico e pro-fissional, criado no âmbitodo Ministério da Educação,antecedido pela experiência

 pedagógica do técnico pro-fissional, em 1983, cuja ava-liação foi muito importante

 para o lançamento das es-colas profissionais. Preferiachamar-lhe “educação pro-fissional” mas isso é outradiscussão. No entanto, pa-ra quem lê alguma comuni-cação social, parece que“agora” se está a inventar o já inventado.

O ensino profissional maisdo que triplicou nos últi-mos dez anos em Portugal,tanto em número de alunoscomo na oferta de cursos,abrangendo actualmentequase um terço dos estu-dantes do secundário, indi-cam os dados do Ministérioda Educação.

Em 2009, ano em que se co-memorou os 20 anos do ensino

  profissional em Portugal,estavam a frequentar estetipo de cursos quase 91 milalunos, dos quais 60,3 por cento em escolas secundá-rias públicas. O número dealunos inscritos em cursos

  profissionais tem mantidocrescimentos constantesdesde há, pelo menos, dezanos, quando estavam ins-critos 27995 alunos, apenasnas escolas profissionais.

“O Governo propunha-  se atingir a meta de, em

2010, ter metade dos alu-nos do secundário a fre-quentar a via qualificantee, actualmente, à entradano 10º ano, já alcançámoso objectivo”, afirmou a ex-ministra da Educação, Ma-ria de Lurdes Rodrigues, emdeclarações a propósitodas comemorações públi-cas, que se iniciaram em Ja-neiro de 2009.

Para o presidente da As-sociação Nacional do Ensi-no Profissional (ANESPO),no entanto, o ensino profis-sional abrange ainda uma

  parcela relativamente redu-zida da população estudan-

til, já que a opção por cur-sos profissionais é feita por 30 por cento dos cerca de300 mil alunos que frequen-tam o ensino secundárioem Portugal. “ Estamos ain-da muito longe dos níveisatingidos nos países do

 Norte da Europa, onde 70a 80 por cento dos jovensno ensino secundário es-colhem um percurso de for-mação qualificante”, des-tacou o presidente daANESPO, Luís Presa.

Segundo muitos, mesmoassim, estamos muito longe

da meta definida pelo Go-verno de 50% de alunos dosecundário a frequentar cursos de natureza profis-sional.

O abandono escolar é ou-tro assunto. As EscolasProfissionais têm mostradomais capacidade para gerar dinâmicas de empregabili-dade e de sucesso na res-

 posta aos desafios do com- bate ao abandono escolar.

Aliás, a sociedade portu-guesa vive na expectativade acolher jovens quadrostécnicos formados nas di-versas vias disponíveis da“educação profissional”.

  Nestas vias os jovenscompletam o ensino secun-dário, ou seja, o 12º ano eadquirem uma qualificação

 profissional de nível 3, comequivalência nos estadosmembros da união euro-

 peia. Os cursos ministradostêm a duração de três anos(o que equivale a 3100 ho-ras por ciclo de formação).

  Nesta componente curricu-lar está incluída uma forma-ção prática em contexto detrabalho (420 horas).

A componente curricular de todos os cursos é dividida

em três áreas de formação:Sócio-cultural (1000 horas),Científica (500 horas) e Té-cnica (1600 horas). Verifica-se, pois, que esta formaçãotem uma componente emi-nentemente prática, nãodescurando, no entanto, asoutras vertentes funda-mentais à formação globaldos jovens, preparando-os, enquanto cidadãos, pa-ra um futuro desempenho

 profissional e individual.A ETPZP promove nos

seus formandos, através daformação ministrada, aabertura de perspectivas defuturo em termos da elabo-

ração de projectos de vida,nomeadamente preparan-do-os para o desempenhode um conjunto de profis-sões afins, dotando-os decapacidades e competênci-as ao nível sócio-cultural,científico e prático que pos-sibilitem e promovam o es-

 pírito crítico, criativo e EM-PREENDEDOR , gerador de uma mobilidade horizon-tal e vertical.

A via da “educação pro-fissional” não é uma alter-nativa menor. É uma alter-nativa maior. Este caminho

  já está descoberto e no ter-reno há muitos anos.Para além de todas as al-

ternativas que se queiram,legitimamente, implementar é preciso não perder de vis-ta as realidades preexisten-tes da “educação profissi-onal” e o apoio ao seu cres-cimento sustentado conju-gando experiências, siner-gias, recursos e inovação,desde os departamentos doestado, tantas vezes decostas voltadas, até à co-munidade educativa, ao“mundo empresarial” e, emgeral, à sociedade civil.

(continua na pág. 14)

O Dr. AntónioFigueira Domingues éo actual DirectorPedagógico da EscolaTecnológica eProfissional da Zonado Pinhal (ETPZP).“A Comarca” quizsaber qual o balançoque faz destes 20

anos de actividade daETPZP, qual aimportância que lheatribui no contextoregional, comoperspectiva o futuro,e muito mais.Mas, primeiro, fizemosuma viagem pelomundo do ensinoprofissional, em geral,do qual é umincondicional

defensor... mas muitocritico face aossucessivos governosque não valorizam esteensino, obrigando osdocentes e formadoresdas escolas acontinuarem a viversituações de extremaprecaridade einstabilidade, aomesmo tempo quepromovem uma

politica definanciamento que nãose coaduna com osobjectivos dosprojectos educativos.Exigente, visionário,empreendedor,António Figueira, nalinha dos fundadores,muito tem contribuídopara a expansão que setem registado naETPZP, quer emnúmero de cursos,quer em alunos.

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2010.04.20

2010.04.20especial20anosETPZP14

“A via da «educação profissional» não é uma alternativa menor.É uma alternativa maior. Este caminho já está AC - Qual o balanço que  faz da oferta do ensino profissionalizante no paíse o papel dos governos?

  Existe coordenação deactuação entre elas? Queapreciação faz da actua-ção do estado face aoensino profissional?

AFR - Recordo que numaaltura em que se perfazemquase 21 anos da publica-ção do Decreto-lei n.º 26/98,este possibilitou, logo em1989, o arranque de 50 no-vas escolas profissionais,entre as quais a ETPZP,que detém o 15º registo anível nacional, o Governoe Ministério da Educaçãoenaltecem o papel funda-mental dos cursos profissi-onais na qualificação demais jovens “para uma inte-gração de melhor qualida-

de na vida activa”, emboraos docentes e formadoresdas escolas profissionaiscontinuam a viver situa-ções de extrema precarie-dade e instabilidade.

“ (...) entre as quais aETPZP, que detém o

15º registo a nívelnacional, o Governo e

Ministério daEducação enaltecem o

papel fundamental doscursos profissionais naqualificação de mais jovens «para uma

integração de melhorqualidade na vida

activa» (...)”

Para esta crescente valo-rização do modelo do ensi-no profissional nunca hou-ve a correspondente valori-zação, por parte dos suces-sivos governos e equipasministeriais, dos milhares dedocentes e formadores que

tanto contribuíram, com oseu trabalho e dedicação,

  para o desenvolvimentodeste tipo de ensino e dosalunos que o têm frequen-tado.

 Na verdade, esse desen-volvimento e alguma quali-dade que, apesar de tudo,tem surgido, foram obtidosà custa dos direitos destes

 profissionais: vinte e umanos após a criação dasescolas profissionais, nãotêm direito, ainda, a umacarreira! É num quadro decompleta desregulação la-

  boral, de constante instabi-lidade profissional e degrande incerteza face ao fu-turo que estes docentes eformadores exercem a suaactividade.

“(...) É num quadrode completa

desregulação laboral,de constanteinstabilidade

profissional e degrande incerteza faceao futuro que estes

docentes e formadoresexercem a sua

actividade (...)”

Os problemas mais co-muns na generalidade dasescolas profissionais pas-

sam pela inexistência deum contrato colectivo detrabalho que preveja, entreoutros aspectos de âmbitosócio-profissional, regrasrelativas a horário de trabal-ho, organização das diver-sas componentes das fun-ções docentes e as condi-ções de progressão na car-reira, sendo o horário lecti-vo a prestar de 22 horas, es-tes docentes estão sujeitosa cargas horárias lectivasque se situam entre as 24 eas 27 horas (por vezes mais)sem qualquer tipo de remu-neração acrescida ou extra-ordinária, inexistência de

uma tabela salarial global,o que permite desigualda-des profundas entre esco-las, entre outras situações.

As escolas profissionaissão tratadas de forma dife-rente dos restantes estabe-lecimentos de ensino, ape-sar de lhes ser exigida amesma resposta. São trata-das como empresas benefi-ciárias da formação, que têmde adiantar o seu próprio in-vestimento.Ainda não existeum modelo de financiamentodos cursos profissionais.Muitas das vezes têm querecorrer ao crédito bancário,do qual apenas são reem-

 bolsadas depois, por nor-ma, tarde e a más horas, pe-los apoios do ProgramaOperacional para o Poten-cial Humano (POPH), masnão na totalidade. É que os

  juros do recurso ao créditoa que se vêem obrigadasnão são elegíveis, corres-

  pondendo a mais uma so-  brecarga inadmissível noseu orçamento.

“(...) As escolasprofissionais são

tratadas de formadiferente dos restantes

estabelecimentos deensino, apesar de lhesser exigida a mesma

resposta (...)

O que é grave é que estasregras de financiamentonão se coadunam com osobjectivos dos projectoseducativos de ciclos deformação trienais a que es-tas escolas estão obriga-das, estando, por isso, muit-as delas em situação deverdadeiro estrangula-mento. E é inadmissívelque, actualmente, com vinteanos de existência, muitasescolas continuem semdinheiro para pagar aosprofessores e formadores,com os quais têm, inevita-velmente, compromissos

 permanentes.Todos estes problemas

têm vindo a ser denun-ciados junto das instânciasgovernativas (Ministérioda Educação e Ministériodo Trabalho), repetida-mente, há já vários anos,com pedidos de reunião ur-gente, sem qualquer solu-ção concreta.

“ (...) Todos os cursosprofissionais têm umacomponente teórico-

prática. Os estágios dosalunos em empresas

assumem umaimportância

fundamental, querenquanto acréscimo de

formação (...), quer

como forma dedespertar nos jovens

uma atitude deresponsabilidade eparticipação activanuma actividade

profissional, quer,ainda, como forma defavorecer a integraçãodos jovens no mercado

de trabalho (...)

É absolutamente impor-tante que com a valorizaçãoque têm vindo a ser feita

 pelo Governo e pelo Minis-tério da Educação, em tornodo ensino profissional, queestes se mantenham numaatitude responsável (nosactos), não prejudicando oconjunto dos docentes eformadores das escolas

 profissionais, com conse-quências muito negativasno plano sócio-profissionale na qualidade do ensinodestas escolas, colocando,mesmo, em risco, o trabal-

ho que têm desenvolvidonestes anos e, até mesmo,

o seu funcionamento.

 AC - O ensino profissional tem uma vertente muito

 prática, certo? Essa ver-tente prepara melhor osalunos para o mercado detrabalho? A principal vo-cação das escolas profissi-onais é ou não a de formar 

  para o prosseguimento navida activa?

AFD - Todos os cursos pro-fissionais têm uma compo-nente teórico-prática. Osestágios dos alunos em em-

 presas assumem uma im-  portância fundamental,quer enquanto acréscimode formação àquela que foiadquirida na escola, quer como forma de despertar nos jovens uma atitude deresponsabilidade e partici-

 pação activa numa activida-

de profissional, quer, ainda,como forma de favorecer aintegração dos jovens nomercado de trabalho.

“(...) Muitos dosprojectos desenvolvidos

na ETPZP (porexemplo, novos

laboratórios,videovigilância,

reestruturação de redesinformáticas, entre

outros) são colocadosem prática pelos nossos

alunos (...)”

Aliás, para quem conhe-ce a ETPZP, sabe que osnossos alunos são cons-tantemente colocados à

  prova. Muitos dos projec-tos desenvolvidos naETPZP (por exemplo, novoslaboratórios, videovigilân-cia, reestruturação de redesinformáticas, entre outros)são colocados em prática

  pelos nossos alunos, soborientação dos professores

da área técnica, o que lhes permite adquirir conheci-mentos práticos imprescin-díveis para os crescentesdesafios do mercado de tra-

 balho.A escola proporciona es-

tágios nacionais e interna-cionais. Por exemplo, aindaeste último ano, algunsalunos do curso de Restau-ração estagiaram em Praga,República Checa e um alu-no finalista de comunica-ção (Vítor Mainho) foi se-leccionado para um work-

  placement internship (está-gio remunerado de seis me-ses na SAATCHE & SAA-TCHE) em Frankfurt, Ale-manha.

“ (...) A escolaproporciona estágiosnacionais e interna-

cionais. (...) alunos docurso de Restauraçãoestagiaram em Praga,República Checa e um

aluno finalista decomunicação foi se-leccionado para um

workplacementinternship (...)

Digamos que a ETPZPtem vindo ao longo dosanos, a desenvolver pro-cessos de cooperação e co-

laboração com entidadesligadas ao Ensino Profissi-onal, Ensino Superior etambém com outras institu-ições e empresas. Todosestes protocolos e/ou par-cerias têm uma duração ili-mitada, cujos objectivos,essencialmente são o decooperação institucional,criação de condições parao sucesso da formação, tro-ca de experiências, pros-

  seguimentos de estudos,actualização e moderniza-ção de processos, coloca-ção dos formandos em

estágios profissionais, e futura empregabilidade.

(continuação da pág. 13)

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2010.04.20

2010.04.20 especial20anosETPZP 15

  AC - Agora, falemos maisconcretamente da ETPZP:- Qual o balanço que faz destes 20 anos?

AFD - Num momento deforte afirmação do ensino

 profissional, convocando àreflexão sobre a importân-cia das qualificações pararesponder às novas dinâ-micas do trabalho, fazemosum balanço positivo destesúltimos 20 anos.

 AC - Quais o Cursos exis-tentes actualmente e, jáagora, que novos se pers-

 pectivam a curto prazo, e porquê?

AFD - Actualmente, aETPZP tem seis cursos pro-fissionais de nível três (Res-tauração, Construção Civil,Gestão, Comunicação, Mar-

keting, Relações Públicas ePublicidade, Informática eEnergias Renováveis), doiscursos de educação e forma-ção de jovens de nível dois(padaria/pastelaria e electri-cista de instalações), umcurso de educação e forma-ção para adultos (técnico deacção educativa), três cur-sos de nível IV (ao abrigo do

 protocolo com o Instituto Po-litécnico de Leiria), e forma-ção RVCC (ao abrigo do pro-tocolo com a ETP SIC).

“(...) Para 2010/11, aETPZP tem comogrande objectivo

acrescentar o cursoprofissional de técnicode telecomunicações, 2CEF (...), 2 cursos deeducação e formaçãopara adultos (...), 4

cursos de nível IV (...)”

Para 2010/11, a ETPZPtem como grande objectivoacrescentar o curso profis-sional de técnico de teleco-

municações, dois cursosCEF (padaria/pastelaria eelectricista de instalações),dois cursos de educação eformação para adultos (té-cnico de acção educativa etécnico de cozinha), quatrocursos de nível IV (práticasadministrativas e relações

  públicas, energias renová-veis, instalação e manuten-ção de redes e sistemas in-formáticos, e condução eacompanhamento de obra),formação RVCC (ao abrigodo protocolo com a ETPSICÓ), avançar com o cursode higiene e segurança notrabalho (ao abrigo do acor-do com a Autoridade paraas Condições do Trabalho),certificações modulares, ea conclusão do processode acreditação da Petro-ensino, junto da DGERT.

“ (...) A integração dosdiplomados no

mercado de trabalhomerece uma atençãoespecial (...) cerca de

94% dos alunosdiplomados pela

ETPZP estãoempregados (...)”

  AC - Já agora, a taxa deempregabilidade da

 ETPZP é animadora?

AFD - A integração dosdiplomados no mercado detrabalho merece uma aten-ção especial por parte daescola, pois trata-se de umvector fundamental para osucesso do seu projecto.

Assim, a ETPZP prosse-gue melhorar o seu trabal-ho de análise das necessi-dades do mercado de em-

 prego da região através deuma auscultação directadas empresas locais, regi-onais, e nacionais,  e  umacolaboração, cada vezmais estreita, com as en-

descoberto e no terreno há muitos anos...”tidades responsáveis, re-força a efectivação de pro-tocolos com empresas einstituições, promove a re-alização de visitas de estu-do, assim como acções desensibilização sobre a reali-dade empresarial, dinamizae melhora a actividade de-senvolvida pelo Gabinetede Apoio, Informação e

Orientação Profissional (GAIOP), e dá visibilidadeà formação ministrada: cer-ca de 94% dos alunos di-plomados pela ETPZP estãoempregados.

 AC - A ETPZP tem protoco-los com várias empresasnão só locais mas tambémnacionais e internacio-nais. Com que objectivos?

AFD - Determinada a es-tabelecer fundamentos de

uma união cada vez maisestreita entre os estudantesdo ensino técnico-profis-sional e as empresas, aETPZP fixou como objec-tivo essencial dos seusesforços a melhoria cons-tante das condições deacesso, ao mundo do tra-

  balho e académico, dosseus alunos.

“(...) a ETPZP fixoucomo objectivo

essencial dos seusesforços a melhoria

constante dascondições de acesso, aomundo do trabalho eacadémico, dos seus

alunos (...)”

A título de exemplo, a ETPZPcelebrou recentemente vá-rios protocolos, a destacar:Cision Portugal, Rederia,Hummel Portugal, Print-desk, Quinta das Lágrimas,Hotéis Eurosol, Cardgest,Academia das Emoções,entre outros. Todos estes

  protocolos inserem-se den-

tro do plano estratégico eformativo da ETPZP.

Estes protocolos visam aformação da sua comu-nidade escolar, intercâmbiode especialistas, intercâm-

  bio de infra-estruturas eequipamentos, participa-ção em projectos conjun-tos, tanto de âmbito local,regional, nacional comointernacional, capazes deresponder às necessidadesdo tecido empresarial.

Por exemplo, alguns alu-nos e técnicos da ETPZP

 participaram no projecto devideovigilância do Palácioda Pena, estando previstos

 para breve outros projectosde grande dimensão, den-tro e fora de Portugal.

“(...) Temos tambémconsciência de que a

Escola não pode parar

por aqui. Temos outrosprojectos em mente,como, por exemplo, afusão fibra óptica (aETPZP já adquiriu a

máquina de certificaçãoe de fusão), a

videovigilância flo-restal, entre outros (...)”

  AC - Há algum projectoque até hoje ainda nãotenham conseguido con-

cretizar?

AFD -De certeza. Neste mo-mento, temos por concluir o projecto para a nova resi-dencial de alunos, o proces-so de acreditação junto daDGERT, e o processo com aACT (Autoridade para asCondições do Trabalho).

Temos também consciên-cia de que a Escola não pode

 parar por aqui. Temos outros projectos em mente, como,  por exemplo, a fusão fibraóptica (a ETPZP já adquiriua máquina de certificação ede fusão), a videovigilânciaflorestal, entre outros.

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2010.04.20

2010.04.20especial20anosETPZP16

“A ETPZP é a menina dos meus olhos”

ENTREVISTA: Dr. João Marques, actual Presidente da Câmara e primeiro Director da ETPZP

 Jornal “A Comarca” (AC)- À passagem de 20º Ani-versário da ETPZP, é ine-vitável fazer um balanço.Como o faz?

Dr. João Marques (JM) -O balanço das actividadese impacto na sociedade pe-droguense é altamente po-sitivo. O “antes” e o “de- pois” da Escola Profissi-

onal são diferentes paramelhor: os jovens passarama ter novas oportunidadesem termos de formação profissional e perspectivasde emprego, criaram-senovos postos de trabalhodirectos e indirectos e, o co-mércio da Vila beneficioucom a vinda de novos “cli-entes” (alunos, professo-res e funcionários).

 AC - Quando se fala da ETPZP logo vêm à mentedois nomes: Manuel Coel-ho e João Marques. É co-mum ouvirmos a expres-são “pais da ETPZP”. Sente-se orgulhoso, identi- fica-se com a expressão?

JM - Sinto-me bastanteorgulhoso e com o senti-mento de dever cumprido por ter sido o coordenador da equipa que fez os pro-  jectos para a Escola Pro-fissional (Dr. António José,Eng.º Moreira Pires, Eng.ºDavim, D. Clotilde e D.

Isaura) projecto/escola,dos projectos/cursos e res- pectivos planos curricu-lares/conteúdos programá-ticos, e projecto económi-co-financeiro que garantis-se a sustentabilidade doinvestimento (da Escola).Mas é minha obrigação sa-lientar o papel do Senhor Manuel Henriques Coelho,à altura o Presidente da Câ-mara Municipal de Pedró-gão Grande. Foi ele quetrouxe a ideia e a vontade política e “empresarial” quedeterminou a criação e  posterior instalação da

E.T.P.Z.P. Sem ele, a Escolanão existiria. Nós, equipatécnica, apenas fizemos otrabalho técnico-econó-mico-pedagógico que per-mitiu a concretização daideia, do projecto do Sen-hor Manuel Coelho. Por isso mesmo, o “pai bio-lógico” é o Senhor ManuelCoelho. Na melhor das hi-  póteses serei o “pai ado-

 ptivo”, na medida em queadoptei a ideia/projectodele e aceitei concretizá-lacomo primeiro Director/Administrador Geral daEscola.

  AC - Apesar de muito jovem, à data, o Dr. João  Marques tinha já uma  posição estável como Director num prestigiadoColégio. Foi um “chama-mento” ao rincão natal que o fez trocar o certo  pelo duvidoso?

JM -  Na altura estava adirigir um estabelecimento

de ensino de grande di-mensão na região e a iniciar um trabalho de projectocom vista à criação de umaEscola Profissional nessalocalidade e, acoplada a es-se Colégio. Foi nessa alturaque surgiu o Senhor Ma-nuel Coelho com a ideia deinstalar uma escola emPedrógão Grande e meconvidou (convenceu!) aconcretizá-la. Sem dúvidaque o facto de se pers- pectivar o meu regresso àterra natal e nela trabalhar,contribuindo assim para o

seu progresso e prestígio,  pesou muito na minhadecisão. Além disso, oentusiasmo que irradiavado Senhor Manuel Coelho“contagiou” toda a gente e,a mim particularmente.

 AC - A ETPZP viu a suacandidatura aprovada

logo no início da implan-tação das Escolas Tecno-lógicas e Profissionais?Um risco ou uma visão do  futuro? Como surgiu aideia?

JM -Sim, foi das primeirasa surgir e a e a implantar-sea nível nacional. Como dis-se, a ideia foi do Presidenteda Câmara, e de facto,tratou-se de uma “visão defuturo” muito “arriscada”.Trata-se de um modelo deensino totalmente novo,com uma filosofia diferente,com objectivos bem de-finidos: formar jovenstécnicos intermédios, abso-lutamente necessários ao

tecido empresarial na-cional. Recordemos que ochamado ensino técnicocomercial e industrial, tinhaacabado, com todas asconsequências negativasque tal decisão provocou.As empresas estavam mui-to necessitadas de profis-sionais devidamente habili-tados e formados e, osistema formal de ensinotinha falhado completa-mente nessa matéria. Por isso, considero que os res- ponsáveis governamentaisda altura (Dr. Roberto Car-

“ (...) o «pai biológico» é o Senhor  Manuel Coelho. Na melhor das hi- póteses serei o «pai adoptivo» , na

medida em que adoptei a ideia/  projecto dele e aceitei concretizá-la

como primeiro Director/  Administrador Geral da Escola (...)”.

JOÃO MARQUES, foi o primeiro Directorda Escola Tecnológica e Profissional daZona do Pinhal e é, actualmente,Presidente da Câmara Municipal dePedrógão Grande.Foi ele que um dia sonhou e acreditou

que era possível aqui abrir umaescola profissional.

Trocou a sua carreiraestável e já de destaquenum Colégio de refe-rência por um projectoque sabia arriscado,difícil, mas em queacreditava.Hoje, a ETPZP é umareferência no ensino eum motivo de orgulho

para a região.Ciente da importância que

a ETPZP tem para oconcelho, quer pelomovimento que traz aoconcelho, quer “pelaformação de técnicosintermédios, tão necessá-

rios ao nosso tecido empre-sarial”, João Marques realça a

importância para quem afrequenta, lembrando as “novasoportunidades” que esta escolapermite aos jovens porque “dá-

se à população escolar aconsciência de que todos sãocapazes de atingir determinadosobjectivos, todos são capazes deconseguir a sua escolaridade e,mais importante, a sua profissão”- conforme afirmou na suaintervenção durante a Sessão

Solene comemorativa do 20ºaniversário da ETPZP.Mas, nem tudo são rosas. JoãoMarques revela-se bem atento e

confessa-nos algumas preocupações.

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neiro, Ministro da Educação e oDr. Joaquim Azevedo, Director daGetap) tiveram uma “visão defuturo”ao possibilitarem a aber-tura destas Escolas. Localmentea instalação da ETPZP corres- pondeu a esta “visão” e, corres-  pondeu (e corresponde) àsnecessidades dos jovens e dotecido empresarial da região.  AC - Quando se constrói, ouajuda a construir algo, há um

sonho inerente. O sonho já é umarealidade, ou acha que faltaalgo para concretizar essesonho?

JM - Os sonhos nunca estãocompletamente realizados. Asutopias servem para guiar as nos-sas acções, os nossos propósi-tos e os nossos projectos, mascomo utopias estão sempre por “completar”, por acabar.

A E.T.P.Z.P. será sempre um

 projecto “inacabado” porque terásempre, forçosamente, de acom- panhar o devir histórico, o evoluir da sociedade, as necessidadesdas novas gerações e das novasempresas.

  AC - Considera que a ETPZP tem sido um pólo dinamizador do concelho de Pedrógão Gran-de?

JM - Sem dúvida. Penso queninguém, honestamente, põe em

causa o papel relevante e deter-minante que a E.T.P.Z.P. tem tido,no progresso de Pedrógão Gran-de e de toda a nossa região.

 AC - Na sua intervenção durantea Sessão Solene dos 20 anos da ETPZP manifestou, face à res- ponsável da DREC, a sua preoc-upação face, principalmente ao

“financiamento” e à “descarac-terização do ensino profissi-onal”. Mantém essas preocu- pações ou, por outro lado, sãoainda mais amplas?

JM -Mantenho. Penso que a“massificação” do EnsinoProfissional generalizando-o atodos os tipos de escola, com omesmo “formato”, não contribuiem nada para a consolidação ediferenciação desejável deste

modelo de Ensino. O que odistinguia e prestigiava estemodelo de ensino era a possi- bilidade de constante adaptaçãoàs necessidades do mercado detrabalho e, ao acompanhamento próximo da evolução tecnológica.

Esta característica “camale-ónica” perdeu-se um pouco nosúltimos anos. Era a sua principalqualidade.

Quanto ao modelo de financi-amento, achamo-lo absoluta-mente desadequado daquilo quese pretende e julga necessário auma Escola. As Escolas não são

empresas e por isso, o modelo definanciamento do Fundo SocialEuropeu, devia ser adaptado àrealidade das Escolas Profissi-onais.

Sendo instituições sem finslucrativos, não se percebe a exi-gência de pagar aos trabalha-dores e fornecedores hoje, parareceber daqui a três meses oumais. Este modelo obriga aconstante recurso a financia-

mentos bancários, com os prejuí-zos daí decorrentes, dado que os  juros não são elegíveis, isto é,não são reembolsáveis. Assim,os poucos recursos gerados nasescolas, isto é, qualquer super-avit gerado é absorvido pelos juros quando devia ser aplicadona modernização das EscolasProfissionais. Contribui-se para oaumento dos lucros dos bancoscom verbas que deveriam ser aplicadas na Educação e noEnsino Profissional.

Mas….é o País que temos…com as regras que nos impõem eàs quais temos de obedecer.Esperamos que estas preocupa-ções contribuam para umamudança rápida das regras aplica-das às escolas, que, repito, nãosão comparáveis às empresasquando fazem formação para osseus activos, para os seus trabal-hadores.

As Escolas Profissionais, nãoo esqueçamos, gozam das prerro-gativas das pessoas colectivas deUtilidade Pública e não têm finslucrativos.

Muito obrigada ao Jornal “A

Comarca” pela oportunidade queme deu para falar da Instituiçãoque mais me marcou em todo omeu percurso profissional (tam- bém jamais esquecerei o InstituoVaz Serra). Alguém, em tempo, medizia que a E.T.P.Z.P. era a “me-nina dos meus olhos”. Concordo.Obrigado

“(...) Localmente a instalação da ETPZP correspondeu a esta “visão” (de futuro) e,

correspondeu (e corresponde) às necessidades dos jovens e do tecido empresarial da região (...)”

“ (...) A E.T.P.Z.P. será sempre um projecto“inacabado” porque terá sempre,

 forçosamente, de acompanhar o devir histórico, o evoluir da sociedade, as

necessidades das novas gerações e dasnovas empresas (...)

99.0 FMTel.: 236 486 500

RÁDIO TRIÂNGULO

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HORÁRIO DEATENDIMENTO:

Quarta-feira:...19h00 / 20h00Sábado:..........18h00 / 20h00

dá os parabéns à ETPZP pelo seu 20º aniversário a formar profissionais eengrandecer, divulgar e promover o concelho!

COMPETÊNCIAS E CAPACIDADES 

A Gesaúde tem por objectivos a organização e gestão de saúde em locais de trabalho, a prestação de cuidados de serviços de medicina no trabalho, a avaliaçãoe mediação de riscos profissionais, bem como a consultoria e formação na área da Saúde, Higiene, Segurança, Ergonomia, no âmbito das condições detrabalho, designadamente no que corcerne à Saúde, Segurança e Formação no trabalho. 

Assim, a Gesaúde oferece aos seus clientes, mediante prévio estudo das necessidades das empresas e instituições ou pessoas, sempre que necessário comvisitas aos clientes, sem qualquer encargo:

 - Cuidados e Serviços de Medicina no Trabalho | - Serviços de Higiene e Segurança | - Cuidados Médicos, de Enfermagem e Apoio Social- Formação Profissional em Saúde, Higiene e Segurança | - Gestão de Serviços de Saúde e Segurança

 As competências que a Gesaúde detém, alicerçadas no seu sistema de gestão da qualidade e na qualificação e experiência dos seus profissionais, orientam-se para que os cuidados e serviços a prestar permitam atingir: 

- Aumento da Saúde dos Trabalhadores e outras Pessoas Cuidadas | - Redução de Acidentes de Trabalho e Absentismo- Aumento de Competitividade das Empresas e Serviços Clientes | - Aumento de Competências das Pessoas Assistidas e Formadas

GESAÚDE - Organização e Gestão de Saúde nos Locais de Trabalho, LdaQuinta da Nora - Apartado 90603001-301 Coimbra, Portugal

Telemóvel: 96 869 3313Telefone: + 351 239 483 839Fax: + 351 239 483 839E-mail: [email protected]

LISTAGEM DE SERVIÇOS:Ajudas técnicas (em material e equipamento clínico);

Apoio Social (no domicílio, em consulta, em residência),organização e gestão de serviços (Saúde, Higiene e

Segurança); Serviços de Formação; Contratos de Medicinano Trabalho; Contratos de Higiene e Segurança; Avaliação

de Riscos Profissionais.

JUNTA DE FREGUESIA DE

VILA FACAIA

3270-225 Vila Facaia

Telefone: 236 550 197

| E-mail:[email protected]

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A ETPZP é dos maiores polos dinamizadores do concelho

ENTREVISTA: Manuel Coelho, Presidente da Câmara quando da abertura e Ex-Director da ETPZP

MANUELHENRIQUESCOELHO, era oPresidente da CâmaraMunicipal dePedrógão Grandequando foiapresentada acandidatura da

ETPZP.Acreditou noprojecto, abraçou-oe dinamizou-o.Será sempreapontado como umdos “pais” do ensinoprofissional emPedrógão Grande.Foi DirectorFinanceiro da ETPZPapós ter saído da

Autarquia.Actualmente dedica-seàs suas empresas

“A Comarca” (AC) - À pas-sagem do 20º Aniversárioda ETPZP, é inevitável 

 fazer um balanço. Como o faz?

Manuel Coelho (MC) - O balanço é, sem sombra dedúvida, bastante positivo.Basta pensar nos milharesde jovens que já passaram

 por Pedrógão Grande, uma

vez que a maior percenta-gem de alunos não são na-turais do concelho, haven-do mesmo muitos alunosvindos dos PALOP; na ofer-ta diversificada de forma-ção ministrada e conse-quente corpo docente; nasinúmeras participações daETPZP em eventos nacio-nais e internacionais, e, so-

  bretudo na elevadíssima percentagem de jovens quese inseriram na vida activa,quer por conta de outrem,quer por iniciativa própria.

Lamentável é que a formade financiamento das Esco-las Profissionais não tenha

tido alteração, originandoalguma asfixia financeira,que se reflecte claramentena sua capacidade de exe-cução formativa e limitandoos seus investimentos.

Urge alterar esta situaçãoe repensar esta questão,sob pena deste sistema deensino, tão importante paraa formação de quadros in-

termédios, que verdadeira-mente prepara os jovens para a vida activa, ser postoem causa.

  AC - Quando se fala da  ETPZP logo vêm à mentedois nomes: Manuel Coel-ho e João Marques. É co-mum ouvirmos a expres-são “pais da ETPZP”.

 Sente-se orgulhoso, identi-  fica-se com a expressão?

MC - É inevitável não mesentir orgulhoso, sobretu-do pela convicção do dever cumprido, e por ter sido das

 primeiras Escolas Profissio-nais do nosso País e a primei-

ra que teve como entidadepromotora a nossa Associ-

ação dos Bombeiros, da qualeu era Presidente da Direcção.

Identifico-me com a expres-são, porque muito lutei paraque se tornasse realidade,mas tal como um filho, elenão existe só com pai.

Precisa de mãe, avós, ti-os, amigos, etc. Por isso

considero, que o resultadose deve também à equipe,que constitui e liderei, e quecomigo trabalhou (ocupan-do muitos fim de semana)neste honroso projecto,com destaque para o Dr. Jo-ão Marques, a Isaura e aClotilde.

 AC - A ETPZP viu a suacandidatura aprovadalogo no início da implan-tação das escolas Profissi-onais? Um risco ou umavisão de futuro? Comosurgiu a ideia?

MC - A ETPZP viu a suacandidatura aprovada logo

no início. Foi das primeirasEscolas Profissionais a ser criada.

Com a extinção das Esco-las Comerciais e das EscolasIndustriais (um grande erroapós o 25 de Abril de 1974)que formavam quadros in-termédios qualificados, fi-cámos com um País onde

 passaram a existir só qua-

dros superiores e trabalha-dores não qualificados.Foram 10 anos de vazio na

formação de quadros, contraa qual lutei o que pude, atéque em boa hora, apareceuum Ministro da Educaçãoque colmatou a lacuna, coma publicação da legislaçãoque criou as Escolas Profis-sionais (Dec. Lei nº 26/98),cuja redacção tive oportu-nidade de acompanhar.

Claro que esta relação como processo partiu de forteexperiência com as acçõesde Formação Profissionaldesenvolvidas em 1987 e1988 pela nossa Associa-

ção dos Bombeiros e queenvolveram algumas cente-nas de jovens e adultos.

 AC -  Quando se constrói,ou ajuda a construir algo,há um sonho inerente. Osonho já é uma realidade,ou acha que falta algo pa-ra concretizar esse sonho?

MC -O sonho é uma reali-

dade, sendo certo que à me-dida que a concretizaçãoacontece, constroem-seoutros sonhos a partir do

  primeiro e que o comple-mentam - a vida é evolutiva.

Quando saí, achei quecumpri a minha missão, masobviamente ficaram em“carteira” projectos por concretizar. Alguns já oforam pela equipe que se se-guiu. Outros ainda aguar-dam a sua realização por não ter sido possível até aomomento.

  AC - Considera que a ETPZP tem sido um polo

dinamizador do concelhode Pedrógão Grande?

MC - A ETPZP é, semmargem de dúvida, se nãoo maior polo dinamizador do concelho de PedrógãoGrande, pelo menos um dosmaiores.

A dinâmica que traz à vila;a influência nas economiasde muitas famílias; o levar longe

o nome de Pedrógão Grande.O nome de ETPZP ser umareferência no panorama dasEscolas Profissionais, édisso um bom exemplo.

Como cidadão Pedroguen-se, que teve fortes e impor-tantes responsabilidadesneste Concelho no passa-do, só me resta sentir gratoàqueles que ao projecto de-ram continuidade, e apelar a que, com o mesmo empen-ho e dedicação, continuema defender e a trabalhar paraque a ETPZP se afirme cadavez mais como um Estabe-lecimento de Ensino eFormação de referência.

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Cur Cur Cur Cur Cur sossossossossosETPZPETPZPETPZPETPZPETPZP

Comunicação – Marketing,Relações Públicas e Publicidade

O Curso técnico nível III,de Comunicação, Marketing,Relações Publicas e Publici-dade da Escola Tecnológica eProfissional da Zona do Pinhal – Pedrógão Grande, teve iniciono ano lectivo 1993/1994 ouseja à dezassete anos atrás eapós ter sido submetido a umareforma na sua estruturaformativa, em 2006/2007, é no presente ano lectivo coordena-do, pela primeira vez, por Sandra Leitão.

Um dos actuais objectivosdo curso Técnico de Comuni-

cação, Marketing, RelaçõesPublicas e Publicidade daETPZP, insere-se na área dacomunicação, de duas formas:de um lado, através de umaoferta inovadora de ensino profissional de base pluridisci-  plinar; do outro, através dautilização generalizada ecriativa das novas tecnologiasde informação e comunicação,quer nas actividades de ensinoe investigação, quer na ligaçãoao meio ambiente. Pretende-mos preparar profissionais  para actuarem analítica ecriticamente nos contextos profissionais onde têm lugar odesenvolvimento das activida-des de Marketing, RelaçõesPúblicas, Publicidade Criativa,Audiovisuais e de Comunica-ção Empresarial:  agências,consultoras e clientes; dotar os estudantes de conhecimen-tos de base em ciências da

comunicação que concorram  para o bom entendimento eutilização dos conhecimentosaplicados, conhecimentosabrangentes sobre métodos,técnicas e instrumentos numa  perspectiva profissionali-zante, capaz de formar a suacapacidade de resolução de problemas no âmbito da áreade formação e futura área deinserção profissional. Desen-volver nos estudantes ascompetências de actuação crí-tica sobre informação neces-sária e adequada ao bom

desenvolvimento das suasactividades profissionais,capacitando-os para a tomadade decisões técnicas, e para asubjacente fundamentação, naárea. Desenvolver nos estu-dantes competências pessoaise interpessoais capazes de  potenciar a apresentação,debate, defesa e enriqueci-mento de ideias, conceitos,questões e problemas, ineren-tes às soluções encontradas noâmbito da aplicação práticados conhecimentos técnicos.Desenvolver nos futuros pro-fissionais padrões de aquisiçãode conhecimentos e de apren-dizagem que lhes providen-ciem predisposição e capa-cidade para a sua actualizaçãoautónoma posterior, numaabordagem de “actualização eaprendizagem ao longo davida”.

Realizar actividades pró-

 prias e intercâmbio nacional einternacional nas áreas deRelações Públicas e Comunica-ção, promovendo a mobilidadenacional e internacional dedocentes e discentes, no sen-tido de dotar estas duas comu-nidades de oportunidades dedesenvolvimento das suascapacidades científicas, profis-sionais, de entendimento ehumanas.

O curso visa dotar os for-mandos de preparação técnicana área do Marketing, dasRelações Publicas, das artes

gráficas, da comunicação áudioe audiovisual aplicada tanto navertente da publicidade, comona editorial, corporativa, orga-nização de eventos; adaptadoà utilização das ferramentasinformáticas mais comunsnesta actividade.

 No final desta formação oformando estará apto a lidar com a identificação e resoluçãode problemas de Design deComunicação, tanto ao nívelmaterial como ao nívelhumano, isto é, tanto no querespeita a questões técnicascomo a questões culturais eestéticas.

Apesar do curso Comu-nicação, não comemorar emsimultâneo o vigésimo ani-versário da instituição, averdade é que pretendecompensar e dar voz, com to-do o mérito, ao ensino que estaescola tem proporcionado à

região numa atitude interdis-ciplinar entre a oferta forma-tiva. Reflexo disso assistiu àorganização, colaboração ecobertura comunicacional doJantar beneficente para osBombeiros Voluntários dePedrógão Grande, à recepçãodo grupo integrado no projectointernacional Comenius, àComemoração do Vigésimoaniversário da ETPZP, XIedição do Virtual 2010; XIedição das Jornadas daComunicação 2010 – ACT!,Semana da Leitura (Grupo de

  bibliotecas do Município);Rádio Escola; Coop (coope-rativa de oficinas e ofícios  parcelares – rádio, audiovi-suais, fotografia, animaçãosociocultural), impulsionatodo o tipo de eventos noâmbito dos Projectos deAptidão Profissional num  plano coerente e completodesde o conjunto de activi-dades de planeamento, con-cepção e concretização, quevisam o interesse dos nossosalunos numa simulação do realmercado.

Muito já foi feito mas muitomais se poderá fazer e é com

este pequeno principio que pretendemos desenvolver trabalho para um futuro muito próximo.

 Sandra Leitão _CoordenadoraComunicação.

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Cur Cur Cur Cur Cur sossossossossosETPZPETPZPETPZPETPZPETPZP

Técnico de Gestão

Funcionamento do curso na escola.A Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal ministra

o Curso Profissional de Técnico de Gestão que permite aaquisição de conhecimentos e técnicas fundamentais para entender a dimensão da realidade empresarial e para conhecer as boas práticas de gestão, utilizadas na linguagem corrente, em especial,no meio sócio-empresarial.

Permite um melhor conhecimento e compreensão dasorganizações empresariais, num cenário de globalização e emconstante mutação, contribuindo assim para a formação do alunona perspectiva do cidadão, educando para a cidadania, para amudança e desenvolvimento socioprofissional.

Focando-nos no curso ele permite que os alunos desenvolvamtécnicas, conhecimentos, capacidades e atitudes que lhes facilitema aprendizagem de competências de base associadas às

qualificações previstas.O curso transmite um conjunto de saberes humanísticos,científicos e técnicos no sentido de desenvolver as competênciasvocacionais dos alunos orientadas quer para uma efectivaintegração no mercado de trabalho, quer para o exercício respon-sável de uma cidadania pro-activa.

Para isso a Escola conta com pessoal experiente e devidamentequalificado - professores profissionalizados e com formação naárea das ciências sócio culturais, língua portuguesa e estrangeira,matemática, economia, gestão, contabilidade (2 TOC),informática e educação física.

 No que respeita às instalações o curso desenvolve-se em salasteóricas e salas práticas utilizando para o efeito equipamentoinformático e software de gestão devidamente actualizado tendoem conta o novo quadro legal do SNC, permitindo ao aluno si-mular a criação de empresas, proceder ao trabalho da organização,classificação e lançamento contabilístico dos documentos, processar salários, facturação, imobilizado, proceder ao apura-

mento dos impostos, preenchimento e envio dos modelos fiscais pela internet.

O aluno desenvolve tarefas que lhe permitem obter conheci-mentos e sensibilidades sobre as variáveis de gestão nomeada-mente na área económica e financeira das empresas, na área dagestão previsional dos negócios, preparando um plano denegócios e efectuando o respectivo estudo de viabilidadeeconómica e financeira.

O nível de utilização da informática permite ao aluno dominar as técnicas da informação e comunicação permitindo-lhe, comalgum apoio, estabelecer para a empresa/instituição novas pon-tes de comunicação interna e externa.

Incorporando 420 horas de Formação em Contexto deTrabalho/Estágio desenvolve-se em dois períodos de 140 horas(um mês) e 280 horas (2 meses).

O Curso de Gestão incorpora também o desenvolvimento deuma Prova de Aptidão Profissional no 3º Ano em que o alunosimula a criação da sua empresa, constrói o seu plano de negócios,

 preenche um formulário para análise por parte da banca/outras

instituições contendo informação sobre o ciclo de actividadesoperacionais, de investimento e de financiamento.

Contabilisticamente constitui a sociedade, regista as operações deum mês (Dezembro) e encerra as contas. No final elabora a análiseeconómica e financeira e compara-a com a média sectorial.

Actividades desenvolvidos para além das aulasCom efeito, porque importa para a formação cultural e para a

cidadania, a Escola desenvolve vários tipos de actividades comoa semana dedicada ao tema "Virtual" integrando actividades comocolóquios, seminários, workshops sobre temas da gestão, cons-trução, comunicação, marketing, informática, telecomunicaçõese energias renováveis.

Desenvolve actividades sensibilizadoras do Empreendedorismo(Concurso Ideia de Negócios e Empreender não é Secundário)

culminando com o desenvolvimento dos negócios, por um dia,na vila de Pedrógão Grande.Outras actividades como eventos, convívios, animação,visitas

de estudo, são actividades proporcionadas pela Escola que promovem o bem-estar da comunidade estudantil, a sua integraçãono meio envolvente, a aquisição, o reforço dos conhecimentos ea aproximação ao mercado.

Saídas profissionais que o curso ofereceApós o final do curso, de uma forma geral os alunos recorrem

a três tipos de saídas:- A frequência de um Curso de Especialização Tecnológica que

lhes permite a especialização de conhecimentos numa determina-da área e a formação em contexto de trabalho (estágio). Porquede nível pós-secundário confere ainda, caso o aluno esteja interes-sado em ingressar no ensino superior, a equivalência a módulossemestrais de um estabelecimento de Ensino Superior;

- A frequência de estágios profissionais em empresas/instituições;

- O empregoDe uma forma geral o aluno pode desempenhar, com supervisão

inicial e posteriormente com autonomia, tarefas em várias áreasfuncionais da empresa/instituição como, por exemplo, facturação,stocks, pessoal, contabilidade, reconciliações, informática (naóptica do utilizador), preparação e análise de informação paragestão económica e financeira.

Pode desempenhar funções então em gabinetes de contabilidadee gestão bem como em organismos públicos como CâmarasMunicipais e Juntas de Freguesia, entre outros.

Inserção no meio envolvente estabelecido pela EscolaAnualmente são promovidas parcerias de colaboração com

diversas empresas de serviços, empresas industriais e empresascomerciais bem como com Organismos Públicos e AssociaçõesEmpresariais com o objectivo da promoção de estágios,divulgação de oportunidades de emprego, partilha deconhecimentos e divulgação de testemunhos.

Pode afirmar-se que alguns protocolos de parceria foram

estabelecidos com empresas de ex-alunos sendo verdadeirosexemplos de "empreendedorismo".

Preparação que se pretende para o alunoDe uma forma geral no que respeita ao "Saber-Ser" o aluno

deverá, no final do período de formação:1. Manter organizado o posto de trabalho de forma a permitir 

responder às solicitações do serviço.2. Facilitar o relacionamento com diferentes interlocutores.3. Tomar iniciativa na resolução de situações concretas.4. Gerir o tempo em função das prioridades da gestão.

Elevado nível nos resultados de satisfação do mercadoOs inquéritos efectuados às entidades permitem concluir de

um elevado nível de satisfação com o produto final.

De facto e relativamente ao ano de 2009 o grau de satisfaçãodas empresas/instituições com os seus estagiários foi de 98,5%.Todos os anos decidem ingressar no ensino superior entre 3 a

4 alunos. A experiência demonstra que alguns desses alunos obtêma licenciatura, nalguns casos o mestrado e, até, o doutoramento.

Outros têm criado as suas empresas e, posteriormente, aderidoao protocolo de colaboração com a Escola, apoiando, dessa forma,os alunos que frequentam aquela que em tempos também foi asua escola!

A actual conjuntura, porém, dada a retracção da actividadeeconómica, tem contribuído para dificultar a absorção dos nossosalunos.

Ainda assim olhamos para o futuro com confiança na certezaque um aluno da Escola Tecnológica e Profissional da Zona doPinhal obterá sempre as ferramentas adequadas à sua progressãoefectiva na vida profissional.

Texto extraído da entrevista doProfessor António Lopes,

coordenador do curso de Gestão, ao Jornal da Escola

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Técnico de Construção Civil

O curso de Técnico de Cons-trução Civil, como curso pioneiro,confunde-se com a história daETPZP. É com muito agrado queconstatamos o êxito da maior 

  parte dos formandos que conclu-íram este curso, verificando-seque na sua maioria ou conse-guiram emprego ou concluíramcom êxito cursos superioresnesta área ou ainda uma númeroconsiderável dos que criaramcom êxito a sua própria empresa.

É ainda com muito orgulho,

  principalmente atendendo aomeio e quem nos encontramosinseridos, que a nossa escola éapontada como uma das referên-cias nesta área de formação,sendo sempre convidada a

  participar nas redes de escolascom cursos de técnico de cons-trução civil e na elaboração denovos programas mais adaptadosao evoluir das novas tecnologias.

Este curso justifica-se pelagrande necessidade de técnicosintermédios nas empresas dosector, como se pode verificar 

 pelo estudo da INOFOR (2000)Construção Civil e Obras Públicas

em Portugal, que a seguir setranscreve, e que retrata bem asituação na nossa Zona:

  A actividade económica, generi-camente designada de constru-ção civil e obras públicas, en-

  globa tanto a construção deobra nova, como a sua demo-lição, reabilitação e conserva-ção. Este é um sector essencial da economia portuguesa, con-

tribuindo para uma signifi-cativa fatia do PIB nacional e

  para o emprego directo de tra-balhadores. Assume, de igual modo, uma importância acres-cida associada ao seu efei-to multiplicador em sectores a

montante (promoção imobiliá-ria, materiais de construção,construção de equipamento) e a

  jusante (mobiliário, decoração,electrodomésticos e mediaçãoimobiliária).

 A indústria da construção carac-teriza-se por um número reduzi-do de médias e grandes empre-sas e um elevado número de

 pequenas e microempresas, mui-tas com um carácter quase arte-sanal, que asseguram, princi-

 palmente, as obras no mercadoregional e local.

O sector apresenta ainda baixosníveis de escolaridade da maio-ria dos seus trabalhadores,tendência mais acentuada nas

 pequenas e microempresas. Estaárea tem apresentado poucaatractividade para os trabalha-dores de faixas etárias maisbaixas, todavia, tem funcionadocomo uma via de acesso privile-

 giado à entrada no mercado detrabalho de jovens com insuces-so e/ou abandono escolar precoce.

 A baixa atractividade do sector  junto de jovens tem criado algu-mas dificuldades em responder a necessidades do mercado detrabalho sobretudo em qualifi-cações de nível 2. Por outro la-do, é   também escassa a procurade formação profissional por 

 parte das empresas para os seustrabalhadores, justificada, so-bretudo, pelo elevado volume de

trabalho. Assim, e de um modo geral, cons-tatam-se dificuldades em encon-trar no mercado profissio-nais qualificados, quer ao nível da execução, quer para as fun-ções técnicas e chefias intermé-dias, quer, ainda, para empre-

  gos em emergência (controlo dequalidade, segurança, prepara-dores/as de obra), o que conferea este sector um positivo poten-cial de emprego.

 A formação profissional assume,assim, um papel essencial de mo-tor do sector, designadamenteelevando o seu nível de qualifica-ção e dotando-o das competênci-as necessárias às tendências deevolução desta indústria, alte-rando o actual quadro de sector 

 fortemente gerador de empregonão qualificado e precário.  Neste contexto, revela-se funda-mental uma oferta de formação

 profissional específica que permi-ta, em primeiro lugar, elevar osníveis de qualificação, reforçan-do um sector em evolução. É ne-cessário, igualmente, garantir odesenvolvimento de saberes-fazer tecnológicos, determinados pelo

  grau de sofisticação tecnológicados equipamentos e pela utili-

 zação crescente das TIC.  Destacam-se, ainda, as compe-tências associadas a regulaçãoe vigilância de equipamento e àadopção de comportamentosadequados em matéria de ambi-ente, higiene e segurança notrabalho.

Telef.: 236 480 160 | Fax: 236 480 161 | Tlms.: 936 796 564 / 936 796 565

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2010.04.20

2010.04.20 especial20anosETPZP 23

Cur Cur Cur Cur Cur sossossossossosETPZPETPZPETPZPETPZPETPZP

Técnico de Gestão deEquipamentos Informáticos

RUA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS, N.º30 APARTADO Nº 673260 - 419 FIGUEIRÓ DOS VINHOS

TLF.: 236 552 606 – TM: 96 332 13 10/1

CONTABILIDADE,GESTÃO E SERVIÇOS, LDA.

O plano de estudos do Curso Pro-fissional de Técnico de Gestão deEquipamentos Informáticos (nível3), tem uma componente de forma-ção sociocultural, científica e técnica,tendo uma carga horária, respectiva-mente 1000, 500 e 1600 horas. Nacomponente técnica estão incluídas420 horas de Formação em contextode trabalho. Assim, ao longo dos trêsanos de formação, os alunos vão ad-quirindo contacto com a realidade dasempresas, ambientando-se ao mundodo trabalho, criando-se igualmente ascondições favoráveis à fomentaçãodo espírito empreendedor e inovador e à troca de conhecimentos e estraté-gias com vista ao desenvolvimento

humano e tecnológico.O perfil dos jovens à saída do

curso, é o de técnico de informática,capaz de desempenhar, com autono-mia, as funções inerentes ao exercícioda sua profissão, ou seja, é o profissi-onal qualificado e apto a instalar equi- pamentos e redes, bem como a fazer a sua manutenção e administração.Este profissional tem competências para realizar actividades de concep-ção, especificação, projecto, imple-mentação, avaliação, suporte e manu-tenção de sistemas e de tecnologiasde processamento e transmissão dedados e informações.

Gostaríamos, no entanto, de vosfalar um pouco mais das actividades

realizadas no âmbito deste Curso:- O VIRTUAL é um evento que já

vai na sua XI edição, promovido pelaETPZP e organizada pelos Cursos

de Informática e de Gestão, não dei-xando de ser sempre um trabalho deequipa, envolvendo toda a comunida-de escolar.

Convida à participação de empre-sas, agentes científico-tecnológicos(instituições de ensino, investigação,desenvolvimento e formação), entida-des promotoras de emprego e autar-quia, no sentido de dinamizar a inova-ção e a tecnologia no seio do projectoeducativo da PETROENSINO. Pro-move também a valorização dos for-mandos, tendo em vista a sua futuraintegração no mercado de trabalho.

Tem por objectivo ser uma pequenamontra sobre a criatividade, investi-gação e avanços tecnológicos realiza-

dos por algumas das empresas portu-guesas com maior implantação nomercado das TIC, quer internamente,quer no mercado externo, relativamentea produtos, processos, serviços e ma-teriais tecnologicamente inovadores.

Pretende ser igual e simultaneamen-te, um ponto de encontro entre todos osagentes do mercado de trabalho locale regional, nomeadamente empresas,estudantes e população em idade acti-va, bem como criar um espaço privi-legiado para a transferência de tecno-logia e conhecimento entre entidadesformadoras e os agentes empresariais.

Deseja também proporcionar ocontacto com experiências profissio-nais fortemente marcadas pela cria-

tividade, onde o conceito do empre-endedorismo tenha uma aplicação reale de sucesso.

- No que respeita agora à área disci-

 plinar de Redes e Comunicações (dis-ciplina de Comunicação de Dados) pretende-se incutir aos alunos umaformação em contexto de trabalho,colocando à sua disposição projectosreais. No presente ano lectivo desta-cam-se os seguintes projectos con-cluídos ou em fase de conclusão:

* Videovigilância das Instala-ções antigas da escola - coloca-ção de 9 câmaras de Vídeo IP.Este projecto foi realizado e im- plementado pelos alunos do 2º e3º ano de Informática e inaugu-rado no âmbito do Virtual 2010;

* Montagem de Lan Party comVoip e Videovigilância - reali-zado e implementado pelos alu-

nos do 3º Ano de Informática,com o objectivo de ser simultane-amente utilizado no Virtual e deser um novo espaço com a recu- peração de um antigo autocarroda escola, em colaboração com oCurso de Comunicação na parteda decoração exterior deste.

* Reestruturação da Rede Infor-mática da ETPZP (1ª Fase) – Dotar a Escola de uma rede, a Gi-gabit em Categoria 6, devida-mente certificada. Este projectofoi realizado e implementado pelos alunos do3º ano.* Ligação entre os edifícios daescola com Fibra Óptica - Pro-jecto realizado pelos alunos do 3º

ano e instalado por equipas mis-tas entre as turmas de 2º e 3º anosdo curso, estando os caminhoscriados, aguardando a chegada da

fibra óptica para a sua conclusão.  Neste contexto, ainda em fase deestudo, estão os seguintes projectos:

* Reestruturação da RedeInformática da ETPZP (2ª Fase)

* Montagem da Rádio Escola eCircuito de Televisão Internoda ETPZP - Projecto realizadoem parceira com o Curso deComunicação que prevê dotar aETPZP com um circuito de IPTVe de rádio interna.

* Videovigilância das restantesinstalações - Projecto a ser reali-zado e implementado pelos alu-nos dos 2º e 3º Ano de Informáti-ca, com o objectivo de criar umarede de videovigilância em toda a

escola.Os alunos deste curso, no âmbito

ainda desta disciplina, frequentam oCCNA da Academia Cisco, obtendotodos aqueles que atinjam os objecti-vos, o diploma de frequência do CCNA,tendo reconhecimento internacional.

Com a aposta da escola nesta áreade formação, além do equipamentoexistente e tendo em conta os investi-mentos feitos e a realizar durante estetrimestre, o nosso curso disponibili-zará aos nossos alunos equipamentosde ponta com destaque para o equi- pamento de FUSÃO DE FIBRA OP-TICA, o que lhes permitirá instalar redes de fibra, contribuindo assim, para o desenvolvimento das redes danossa região.

Mas nada melhor, para falar docurso que os mais interessados. Entãofoi lançado o repto aos alunosfinalistas do Curso Técnico de Gestãode Equipamentos Informáticos - Oque acham do vosso Curso?

“É um Curso que para além denos dar o apoio lectivo necessário, proporciona-nos uma vasta quanti-dade de trabalhos práticos de modoa preparar-nos com melhores com- petências para o mundo do trabalho.

 A turma do 3ºE” 

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2010.04.20

2010.04.20especial20anosETPZP24

Cur Cur Cur Cur Cur sossossossossosETPZPETPZPETPZPETPZPETPZP

Técnico de Energias Renováveis- variante Sistemas Solares

Curso Profissional de Técnicode Energias Renováveis – Variantesolar, a nova aposta da ETPZP,indo de encontro às necessidadesdo mercado e á grande procuraneste tipo de energias, Curso denível 3 com equivalência escolar ao 12º ano constituído por trêscomponentes de Formação:

- Formação Sociocul tural,

composta pelas disciplinasde Português, Inglês, Te-cnologia da Informação eComunicação, Área de Inte-gração e Educação Física.

- Formação C ientíficacomposta pelas disciplinasde Matemática e Física eQuímica.

- Formação Técnica com-  posta pelas disciplinas deTecnologia e Processos,Organização Industrial, De-senho Técnico e PráticasOficinais.

Formando profissionais qualifi-cados aptos a programar, orga-

nizar, coordenar e executar a ins-talação, a manutenção e a repara-ção de sistemas solares fotovol-

A Escola Tecnológica e Profis-sional da Zona do Pinhal leccionadesde o ano lectivo 2008/2009 oCurso de Educação Formação(CEF) de Electricistas e Instala-ções, curso este dividido em trêscomponentes de formação:

- Formação soci ocu ltu -ral, composta pelas disci-

 plinas de Português, In-glês, Tecnologia da Infor-mação e Comunicação, Ci-dadania e Mundo Actual,Higiene Saúde e Seguran-ça no Trabalho e EducaçãoFísica.

- Formação c ientíficacomposta pelas disciplinasde Matemática e Física eQuímica.

- Formação t ecnológicacomposta pelas disciplinasde Instalações eléctricas,iluminação e climatização,Instalações eléctricas deforça motriz e Projecto ins-talação e conservação deInfra-estruturas de teleco-municações em edifícios.

Este curso tem a duração dedois anos, contemplando um mês

CURSO (CEF) ELECTRICISTAS DE INSTALAÇÕESde estágio, tendo comoobjectivo proporcionar aosformandos o conhecimentonecessário para que de formaautónoma, e no res-peito pelasnormas de segurança e higiene,executem instalações eléctricasde edificações, e o controlo,colocação em serviço emanutenção de equipamentos eaparelhos eléctricos, electróni-cos e de telecomunicações.

Dará equivalência escolar ao9.º ano, aos formandos comaproveitamento possibilitandoainda prosseguir os estudos, eobter a carteira profissional deElectricista, após exame final.

A área de Electricidade e Ener-gia junta as actividades de insta-lação, manutenção, reparação eidentificação de problemastécnicos das ligações eléctricase de outros equipamentos eléctri-cos em edifícios habitacionais,comerciais e industriais, tendocaracterísticas da instalação emanutenção industrial, instala-ção e manutenção de edifícios e

da manutenção doméstica.A ETPZP tem feito uma grandeaposta neste curso com a aqui-

sição de materiais e equipamen-tos necessários ao seu bomfuncionamento, facultando aosformandos o contacto com astecnologias mais recentes.

Com o objectivo de diversi-ficar os métodos pedagógicos e

  privilegiar a formação prática para uma melhor preparação dosformandos para o mundo dotrabalho, promovemos activida-des práticas em contexto de tra-

  balho (remodelação e ampliaçãodas instalações de algumas salasde aula e a instalação eléctricado novo laboratório de EnergiasRenováveis) desenvolvidas nodecorrer da formação e inseridasno âmbito das disciplinas dacomponente tecnológica, estan-do ainda mais alguns projectosem fase de estudo de viabilidade.

Apesar da conjuntura actual,os formandos deste curso tem

  bastantes saídas profissionais;Formamos profissionais comvalências nas áreas daElectricidade, Energia eTelecomunicações dotados dos

conhecimentos adequados enecessários ao mercado detrabalho.

CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DEENERGIAS RENOVÁVEIS – VARIANTE SOLAR 

taicos e solares térmicos.As energias renováveis têm

assumido cada vez mais comoformação de futuro.

A ETPZP pretende com estecurso antecipar as necessidadesfuturas de técnicos nesta área,tendo em conta que os países daunião europeia comprometeram-sea reduzir as suas emissões de

dióxido de carbono em 30% até2020, e estando o governo a apoiar e a incentivar as politicas energé-ticas.

Esta formação permitirá abrir caminho e desenvolver técnicosnum mercado profissional emfranca expansão, para além disso aETPZP oferece a possibilidade deestagiar em várias empresas desector das energias renováveisapós a conclusão do curso.

Este ano as inscrições no Cursode Técnico de Energias Re-nováveis excederam as expecta-tivas, tendo sidas preenchidastodas as 23 vagas, sendo expec-

tável que para o próximo anolectivo mais jovens se inscrevamneste curso.

A Junta de Freguesia da Graça- -

dá os parabéns à ETPZP pelo seu 20º aniversário a formarprofissionais e engrandecer, divulgar e promover o concelho!

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2010.04.20

2010.04.20 especial20anosETPZP 25

Cur Cur Cur Cur Cur sossossossossosETPZPETPZPETPZPETPZPETPZP

Restauração -Técnico de Restaurante / Bar

O curso profissional de Técnicode Restauração visa prepararprofissionais para o sector da

Restauração nas áreas deCozinha/Pastelaria e

Restaurante/Bar.Na vertente de Cozinha/Pastelaria preparamos

profissionais para as áreas deprodução de uma unidadehoteleira. Na vertente de

Restaurante/Bar os futurosprofissionais actuarão nas

áreas de distribuição e estandoem contacto com o cliente.

A formação tem componenteteórica e componente prática,

onde se destaca o Restaurante ea Cozinha pedagógicos onde osalunos têm uma formação quesimula várias situações reais.

Ao longo da existência do cursoformámos profissionais que sedistinguem na sua actividade e

atingiram o sucesso quer a nívelnacional, quer a nível

internacional. Este curso ébastante reconhecido a nível

nacional, e prova disso são osgrupos hoteleiros que

colaboram regularmente

connosco, como os HotéisEurosol ou a Lágrimas Hotels.

Comércio de Leitão Assado Regional à Moda do Coelhal

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Ilídio Tiago

Dias SimõesCurso: Técnico de hotelaria,restauração, organização e controloIdade com que entrei na ETPZP: 17(1999/2002)Idade actual: 28Ocupação actual: Chefe de partida(Cozinheiro 1ª)Local de trabalho: Hotel Quinta daslágrimas (Arcadas da capela umaestrela no guia Michelin)Morada: Santa Clara (Coimbra)

Desde muito cedo que fui tendo algum gosto por cozinha, no entanto só na adolescência e de também comconselho familiar decidi rumar ao mundo hoteleiro. Foi aíentão, que depois de alguma pesquisa de organismos e/ou entidades formadoras nesta área, que optei escolher aETPZP.

Foi então na ETPZP que ao longo dos três anos decurso que adquiri toda a base de conhecimento para omeu mundo profissional actual.

Tive a sorte de ter bons formadores criando-se algumaempatia entre mim como aluno/amigo «havendo tempo

 para tudo; trabalhar e conviver».  Nessa fase da minha vida tendo estágios em boas

unidades hoteleiras, que se me abriram grandes portas  para o meu futuro, como foi o caso da estalagem deSangalhos onde realizei o meu 1º estágio, e depois o Hotel

Quinta das lágrimas onde passei óptimos momentos nomeu 2º estágio. Fui convidado a integrar a equipa detrabalho do hotel após um bom desempenho no estágio.Equipa a qual ainda pertenço com muito agrado.

Aconselho vivamente este curso a jovens que tenhamuma grande paixão por gastronomia e turismo em geral,visto ser uma área com elevado potencial em Portugal e

Fernando Manuel

Mano SimõesCurso: Construção CivilOcupação actual: Engenheiro Civil -EmpresárioLocal de trabalho e morada: Ansião

Em poucas palavras descrever a ETPZP, tal como oslugares são as pessoas que os fazem e a ETPZP não fugiuà regra porque a grande importância dessa escola naformação de muitos bons técnicos deveu-se ao excelentedirector (dr. João Marques) e aos bons professores (eng.Ricardo, eng Davim e outros) que souberam transmitir sabedoria e confiança aos alunos.

Para mim teve uma elevada importância, pois permitiu-me uma equivalência escolar para a entrada ao ensino

superior, uma entrada directa ao mundo do trabalho(Câmara Municipal de Ansião). No meu caso particular dou elevada importâcia ao facto de ter frequentado aETPZP, por vários motivos, a aprendizagem e aresponsabilidade de ser quase independente, em que naquestão da aprendizagem foi-me dada a oportunidade eeu aproveitei-a, frutos os quais tenho-os colhido ao longodos últimos 17 anos.

Fui funcionário público durante 13 anos, terminei o cursode Engenharia Civil há já 11 anos e actualmente tenho umaempresa de projecto e construção civil que abrange todos ossectores relacionados com mercado imobiliário e da constru-ção, que é a Projeffes - Arquitectura e Engenharia Lda.

Pedro Miguel

Alves MartinsCurso: Técnico de hotelaria,restauração, organização e controloÉpoca em que frequentou a ETPZP:ano lectivo de 1998 a 2000.Idade actual: 28Ocupação actual: FormadorLocal de trabalho: ETPZP - PedrógãoGrandeMorada: Vila de Rei

Eu, Pedro Miguel Alves Martins, residente em Vila deRei, tenho 28 Anos e sou Formador na área de Hotelaria

desde 2005. Frequentei a Escola Tecnológica da Zona doPinhal no Curso de Técnico de Hotelaria RestauraçãoOrganização e Controlo, nos anos lectivos, 1998,1999 e2000.

O que motivou a escolher um curso profissional foi ofacto deste curso nos dar a oportunidade de ingressar nomundo do trabalho com uma experiência muito maisconsolidada, o meu percurso nesta escola foi muitoimportante, para a função que exerço hoje. Graças ascondições pedagógicas e professores que ela tem, permitiu-me ganhar experiência, gosto pelo trabalho e aafirmação na área. Devido à qualidade do ensino tive aoportunidade de estagiar num hotel conceituado e foimais fácil a continuidade dos estudos.

Para os jovens que querem ter um futuro mais promissor optem por esta escola porque nela aprendemos a ingressar 

mais facilmente na sociedade, a serem profissionais eaceites mais facilmente no mundo do trabalho.Espero que o meu contributo seja importante, peço

desculpa de só ter enviado hoje mas foi quando abri omeu e-mail eu fiz um texto simples onde expressei a minhaopinião.

AlunosAlunosAlunosAlunosAlunosETPZPETPZPETPZPETPZPETPZP

Onde andam?

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2010.04.20

2010.04.20 especial20anosETPZP 27

O curso Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Publicas ePublicidade, da Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal -Pedrógão Grande, vem por este meio congratular o merecido e exemplar sucesso de um dos seus alunos do terceiro ano: Vitor José Cesário Mainho.

Vítor Mainho revelou, quase desde que iniciou o seu curso técnico decomunicação, a sua pretensão em estagiar num país além fronteiras. Seinicialmente a sua pretensão recaia sobre Barcelona ou Madrid, findosegundo ano e sequente estágio, num ateliê de Design"weareone" emLisboa, não teve a mínima dúvida de que iria trabalhar para conseguir 

alcançar um país do norte da Europa, Alemanha.Depois de se sujeitar a todo o processo de selecção, desde a análise ao

seu portfolio às entrevistas com responsáveis, CHIEF CREATIVE e o"Managing Director" da "Saatchi & Saatchi" Frankfurt, foi aceite econvidado a estagiar no seio do seu grupo de trabalho por um período deseis meses remunerado.

São vitórias individuais e colectivas como esta que nos enchem deorgulho e vontade de continuar a trabalhar em prol do enriquecimento pessoal e profissional dos alunos e professores, dignificando a actividadedesenvolvida por esta comunidade escolar.

"Pessoas vitoriosas não são as que erram menos, e sim as que tentammais e cada vez buscam os seus objectivos de um jeito diferente atéacertarem "a pegada".

 Não poderíamos deixar de agradecer publicamente a todos os alunos,  professores e funcionários que contribuíram para o sucesso do Vítor Mainho e de todos os nossos alunos que com todo o mérito, do seutrabalho e esforço, se distinguem positivamente no próprio país e/ou alémfronteiras. Parabéns.

ETPZP, 15 de Abril de 2010

A Coordenação A Direcção

... e os actuais alunos também já se distinguem...

Vítor 

Mainho

Em primeiro lugar, cumpre-me agradecer o desafiolançado pela ETPZP através da Drª. Graça Marquese do Dr. António Figueiras, bem como pelo Jornal AComarca por via do contacto estabelecido pelo Sr.Carlos Santos. A resposta a este repto - como aossucessivos convites para participação em colóquios,

 palestras e simples depoimentos – é para mim, paraalém de um orgulho, uma obrigação à qual obviamentenão me escusaria de forma alguma.

Iniciava a redacção deste testemunho com um breve enquadramento do projecto embrionário querepresentava a ETPZP no contexto da região e daimportância do seu papel social. Em 1980, a faltade técnicos intermédios no mercado de trabalho erauma realidade, sendo que os jovens estudantesdecidiam prematuramente o seu destino através dasopções que tomavam no 9º ano de escolaridade, quer  por via da área vocacional, quer pela tipologia deensino por que enveredavam. A ETPZP surge comoum tipo de ensino alternativo ao normal seguimentode estudos e aos cursos tecnológicos entãoministrados de algumas escolas secundárias. Nummagno esforço de reunir o mínimo de alunos paragarantia de início e prossecução do curso técnico- profissional de Contabilidade e Gestão, o principal

 promotor da ETPZP (Dr. João Marques) dirige-meum convite informal para fazer parte da primeiraturma do aludido curso, ao que, com algumahesitação, correspondi. Pedrógão Grande, nessaaltura, distava centenas de curvas, semelhantenúmero de buracos de estrada e alguns contratemposde Cernache do Bonjardim, onde residia. Essa viagemera efectuada num velhinho e sobrelotado ToyotaLand Cruiser da Associação de Bombeiros local, delongos bancos de napa negra corridos na traseira, pelo que a conquista de um lugar dianteiro era, por sisó, um objectivo diário.

Um pequeno e novo estabelecimento de ensino,instalado num pré-fabricado de madeira (através doqual as condições climatéricas marcavam presençaregular), longe de casa e numa vila que malconhecíamos, era enfim uma solução de ensino quasefamiliar, através da qual se criavam laços afectivosentre professores, alunos e auxiliares, bem comocom a própria comunidade local. Por outro lado, ocurso técnico-profissional ministrado proporcionava

Rui

VasconcelosCurso: GestãoÉpoca em que frequentou aETPZP: ano lectivo de 1990/91, 1991/92 e 1992/3Ocupação actual: Empresário

uma componente prática de estágio de importânciaextraordinária, não aniquilando a possibilidade deaceder ao ensino superior e politécnico.

Penso que, como em diversas outras fases da minhavida, aproveitei a oportunidade. O curso técnico- profissional decorre com a normalidade possível paraos 16 anos de idade da altura, associados a algumaambição de continuar os estudos. Ficam para a

  posteridade alguns professores, alguns colegas,algumas rotinas e momentos vividos, bem como as bases de um futuro mais seguro.

Concluído o curso, revestem primordial impor-tância dois caminho paralelos, embora distintos: a  preparação para a prossecução de estudos; e o primeiro contacto efectivo com o mundo do trabalho, por via do estágio.

Aliás, estas duas variáveis – estudos e trabalho – mantiveram-se uma constante ao longo dos 8 anosseguintes. Do ponto de vista académico, ao nível IIIadquirido na ETPZP decidi somar o Bacharelato emGestão de Empresas (IPTomar), a subsequentelicenciatura na mesma área, seguida de Mestrado emEconomia Energia e Ambiente (ISEG). Do ponto devista do percurso e opções profissionais, é inquestio-nável que tudo começa no estágio desenvolvido noâmbito do curso. Aliás, decorrente desse estágio surgeo primeiro negócio em que me assumo como

 promotor, sendo que esse mesmo projecto – com assucessivas alterações e desenvolvimentos - gera nosdias de hoje cerca de 20 postos de trabalho, unidadesde negócio em alguns pontos do país e participaçõessociais em diversas áreas de negócio, da consultoriaa empresas ao sector imobiliário.

Deste percurso pessoal, académico e profissional,no qual obviamente a ETPZP tem um papelfundamental, obtenho hoje uma vida muito activa, por vezes exageradamente envolvido pelos diversosnegócios em que empreendo, mas compensadora do ponto de vista da realização pessoal e profissional. Na qualidade de gestor de empresas dedicadasessencialmente aos diversos domínios da gestão,sobressaem as marcas CB com balcões em Lisboa,Cernache do Bonjardim e Sertã (Contabilidade/Fis-calidade, Gestão de Pessoal, Projectos de Investi-mento e Consultoria de Gestão), PHR (RecursosHumanos), Weesi Smart Solutions (Tecnologias deInformação) e Buildosphera (Investimentos Imo-

 biliários), entre outros projectos em fase de conso-lidação. Mais de 2 Milhões Euros anuais defacturação, acima de 30 postos de trabalho, umadiversidade de oferta e a garantia de qualidade sãodesígnios que honram os promotores. O ensino – emtempos também leccionei na ETPZP – constituiigualmente uma prática profissional em que gosto deempreender. Do ponto de vista pessoal, para alémda família, a formação de base adquirida ao nível daartes – desenho, pintura e fotografia - e da música,conjugados com a paixão por viajar proporcionaramas condições ideais para participar activamente nacriação do projecto de ajuda humanitária Dar ÉReceber, bem como em diversos projectos pontuaisligados às artes e à música.

Acima de tudo, reconheço hoje a importância damensagem transmitida por diversos formadores daETPZP, o altruísmo e o empenho dos seus promo-tores para que esse projecto fosse uma realidade e

crescesse de forma sustentada, e o contributo paraque os alunos que se empenharam e retiveram oessencial viessem a ser homens e mulheres íntegros, profissionais dedicados e até empresários de sucesso. Nem tudo terá sido, obviamente, perfeito fácil e pacífico. Mas – e isso é inquestionável – o projectoETPZP, como o conheci e de que tive oportunidadede usufruir, constituiu uma referência de ensinotécnico-prático, uma escola na verdadeira acepçãoda palavra, pela partilha, familiaridade, acompanha-mento na fase de transição ensino-trabalho e preparação para os voos seguintes.

 Não sei objectivamente qual o enquadramento daETPZP no contexto regional actual, a sua missão,visão e estratégia de actuação. Espero contudo que o projecto constitua a mais-valia que em temposconheci, e que represente para os actuais e futurosusufrutuários um papel ao qual possam em brevereconhecer mérito e referência para os seus própriosfuturos. A todos – alunos, professores, demaiscolaboradores - boa sorte e um sincero agradecimento.

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2010.04.20 11COLABORAÇÃOCOLABORAÇÃOCOLABORAÇÃOCOLABORAÇÃOCOLABORAÇÃO

A maior colecção de

concertinas e acordeõesdo país, com mais demeio milhar deinstrumentos, vai estarreunida no museu damúsica que está a serprojectado pelaCâmara Municipal dePedrógão Grande,disse o presidente daautarquia.

“É um projecto museoló-gico, orientado essencial-mente para acolher uma co-lecção particular de instru-mentos musicais, compos-ta por instrumentos desopro mas principalmente

 por acordeões, concertinase os chamados harmónios”,explicou João Marques àagência Lusa.

O autarca salientou quese trata de “uma colecçãointeressantíssima, única no

 país, rara também na Euro-  pa”, acrescentando que é“uma das maiores colecçõesda Europa e a maior, de cer-teza absoluta, de Portugal”.

O museu, cujo projecto

se encontra em execução,vai ficar instalado num edi-ício centenário que foi sededo hospital da Misericór-dia, tem um custo estimadode meio milhão de euros e,segundo o edil, é uma obra“para este mandato”.

“Com esta possibilidade,que poderá ser apadrinha-da pelo PRODER [Programade Desenvolvimento Ru-ral], julgamos juntar doisdesejos: expor essa extraor-dinária colecção e o espóliomunicipal, e também recu-

 perar um edifício com algum

valor arquitectónico, mascom muito valor sentimen-tal para os pedroguenses”,

... E PEDRÓGÃO GRANDE VAI TER MUSEU PARA A EXPÔR

É PEDROGUENSE A MAIOR COLECÇÃO DE CONCERTINAS DO PAÍS

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afirmou João Marques.Augusto Neves, o colecci-

onador, de 49 anos, que hámais de 20 cultiva a paixão

  pelos instrumentos musi-cais, sobretudo acordeõese concertinas, não escondeo desejo de um dia os ver num espaço museológico.

“Gostaria, porque nem tenhoespaço nem possibilidades

 para fazer um museu”, decla-rou Augusto Neves, acres-centando que foi na Suíça,

 para onde emigrou em 1981,

que começou a coleccionar 

instrumentos, dando, assim,sequência ao gosto quesempre teve pela música.

“Quando ouço música deacordeão ou de concertina

 parece que o tempo para ali para mim”, confessou, adi-antando que foi uma con-certina a iniciar a colecção.“Comprei, mas não sabiatocar. Depois aprendi so-zinho, de ouvido”, afirmou,observando que as suas ac-tuações estão reservadas

  para familiares ou amigos.O empresário adiantou quea sua colecção foi crescen-do fruto de muitas horasextras no trabalho, continu-ando quando se fixou, denovo, em Pedrógão Grande.

Hoje, Augusto Nevescontabiliza mais de meiomilhar de instrumentos, on-de se incluem cerca de 200concertinas e outros tantosacordeões, mas não só. Sa-xofones, órgãos, harpas,trompetes, clarinetes outubas integram também acolecção.

“Havia um senhor, emFrança, que tinha 158 ins-trumentos. Acabei por lhecomprar quase todos”, re-

feriu, não escondendo odesejo de ver a colecçãoaumentada. “Ando à pro-cura de instrumentos quenão tenho e queria comprar um piano, mas não tenhoespaço”, comentou Augus-to Neves, assumindo que

  passa “horas e horas” devolta da colecção, da qualdestaca um acordeão, de1926, da Frateli Crosio, mastambém peças únicas nomundo, feitas por encomen-da de particulares, aosquais foi adquirindo emmúltiplas viagens que reali-

zou em Portugal, Suíça,França, Itália ou Alemanha.Texto: Lusa / Fotos: CS

 Sessão Ordináriada Assembleia  Municipal de

 PedrógãoCONTAS 2009 EM VOTAÇÃO  E DISCUSSÃO

Está marcada para o pró-ximo dia 26 de Abril (Se-gunda-feira), pelas 20H30horas, a próxima SessãoOrdinária da AssembleiaMunicipal de Pedrógão

Grande, no Salão Nobredos Paços do Concelho.

Para além do habitual“período antes da Ordemdo Dia, em que são apre-ciadas as Actas e o Presi-dente da Assembleia dáalgumas informações e faza leitura resumida do ex- pediente e da apreciação por qualquer membro daAssembleia se “assuntosde interesse local”, dosvários pontos que consti-tuem a ordem de trabalhosdaquele órgão liderado

 pelo social-democrata,Dr.Raul Garcia, destacamos a“informação escrita doPresidente da Câmara Mu-nicipal, sobre a actividadeMunicipal” e as propostasda Autarquia relativas aos“documentos de Presta-ção de Contas relativasao ano de 2009”: “Gran-des Opções do Plano de2010 (1ª revisão)” e o “Pro-  jecto de RegulamentoGeral de Taxas Municipais- RGTM”.

  No final terá lugar otradicional periodo des-

tinado à intervenção do público.

Em cima, Augusto Neves acompanhado dos seus filhos (Sóniae Michel - exímios executantes), ao meio uma das muitas secçõesonde guarda os acordeons e concertinas e, em baixo, Augusto,sempre rodeado pelas suas centenas de instrumentos...

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2010.04.2012 REGIÃO - PAMPILHOSA DREGIÃO - PAMPILHOSA DREGIÃO - PAMPILHOSA DREGIÃO - PAMPILHOSA DREGIÃO - PAMPILHOSA DA SERRAA SERRAA SERRAA SERRAA SERRA

Decorreu no dia 13 de

Abril, a Feira deOrientação Pessoal eVocacional“EmpreendeJovem”, naEscola Sede dePampilhosa da Serra.

Esta Feira de OrientaçãoPessoal foi organizada peloProjecto Trilhos Inova, pro-movido pelo Município dePampilhosa da Serra e finan-ciado pelo Programa Escol-has e pelo Serviço Psicolo-gia e Orientação do Agrupa-mento de Pampilhosa da Ser-ra – Escalada.Esta activida-de teve como objectivos es-clarecer e informar os alunos,

 principalmente os do 9.º ano,sobre escolas/cursos pro-fissionais, planos curricula-res, saídas profissionais, bemcomo o contacto directo com

  profissionais de diferentesáreas de formação.

Assim, estiveram presen-tes o Centro de Recruta-mento de Coimbra, a EscolaProfissional da Lousã, a Es-cola Tecnológica e Profissio-nal do Sicó, a Escola Tecno-lógica e Profissional dePedrógão Grande, a EscolaTecnológica e Profissional

Diogo de Azambuja de Mon-temor-o-Velho, a EscolaETAPA de Castelo Branco,a Santa Casa de Misericór-dia de Pampilhosa da Serrarepresentada pela fisiotera-

 peuta, o Centro de Saúde dePampilhosa da Serra repre-sentado pela enfermeira eos Bombeiros Voluntáriosde Pampilhosa da Serra.

Estiveram também repre-sentados os cursos da Esco-la Sede, Curso Profissionalde Animador Sociocultural(11.º ano) que expôs os seus

trabalhos e realizou molda-gem de balões, Curso Técni-co de Restauração variante

Restaurante/Bar (10.º ano)fez uma demonstração daconfecção de crepes.

O Projecto Trilhos Inova  promovido pelo Municípiode Pampilhosa da Serra efinanciado pelo ProgramaEscolhas, realizou no dia 6de Abril uma visita guiadaao Museu/Estádio Alvala-de XXI e à Academia doSporting em Alcochete.

 Na visita ao Estádio os  jovens visitaram os balneá-rios da equipa visitante, asala de treinos antes dos jo-gos, a sala de conferênciade imprensa, o relvado, ocamarote presidencial eoutras infra-estruturas doEstádio. No museu, os jo-

vens tiveram a oportunida-de de visionar um filme so-

  bre a história do clube quecontou com a participaçãode alguns atletas do clubee viram o espólio das taçase prémios ganhos peloSporting nas várias modali-dades.

 Na visita à Academia doSporting em Alcochete hou-ve a oportunidade de reali-zar uma visita às instala-ções. Aí visitaram os cam-

GRANDE AFLUÊNCIA

FEIRA DE ORIENTAÇÃO PESSOAL

E ACADEMIA DO SPORTING

VISITA GUIADA A MUSEU, ESTÁDIO ALVALADE

  pos relvados, o ginásio, osquartos, a sala de convívio,

a sala de conferência de im- prensa e visionaram um fil-me sobre os objectivos emetodologias da academiae o dia-a-dia dos atletas quese encontram em formação,este filme contou com a par-ticipação do futebolistaCristiano Ronaldo, que foiatleta nesta Academia des-de os 11 anos e para os jo-vens foi uma fonte de inspi-ração e motivação.

Participaram nesta vista

73 jovens do concelho,com idades compreendidas

entre os 6 e os 20 anos, que  puderam usufruir de umconvívio saudável entre

 pares.Foi sem dúvida uma expe-

riência enriquecedora e ines-quecível para estes jovensque tiveram a oportunidadede conhecer o estádio de fu-tebol, que se encontra den-tro dos 20 melhores estádi-os da Europa (5 estrelas),

 bem como a única Acade-mia certificada do País.

O Grupo empresarial Catarino ajudou areflorestar o concelho de Pampilhosa daSerra através de uma acção de sensibiliza-ção ambiental que reuniu muitas dezenasde colaboradores e familiares na freguesiade Unhais-o-Velho.

Com o objectivo de contribuir para o equi-líbrio ecológico, bem como para o bem-estar social da região, o Grupo Catarino escolheuum dos concelhos portugueses mais fus-tigados pelos fogos florestais na últimadécada (com uma área ardida superior adois mil hectares), para realizar uma acção

de voluntariado que consistiu na planta-

ção de duas mil árvores.Os voluntários antes de partir para o cam-

 po tiveram ainda tempo de receber forma-ção sobre as espécies a plantar e de comoo fazer, pela equipa da Oryzon Energias,empresa responsável pela promoção de ac-ções de sensibilização sobre os programasde apoio destinados aos sectores flores-tais e agrícolas, e pela gestão de um Grupode Certificação Florestal.

Esta empresa foi também a escolhida pelo concelho de Pampilhosa para, a partir de agora, fazer a gestão florestal daquele

concelho como ficou protocolado.

Grupo Catarino assina protocolo com AutarquiaVOLUNTA´IOS PLANTARAM 2 MIL ÁRVORES 

A Casa do Concelho decidiu atribuir o Ga-lardão de Mérito Regionalista a IsauraFernandes. No meio associativo regionalista éapelidada de “dama do regionalismo pampil-hosense”. E é de facto verdade que poucossão os regionalistas na região da Beira Serraque nunca ouviram falar de Isaura Fernandes.

Dirigente na Liga Pró-melhoramentos daFreguesia de Fajão, durante mais de 35 anos,uma grande parte dos quais como presidenteda direcção, acompanhou ombro a ombrograndes vultos do regionalismo e deu força a

muitas lutas pelo progresso da sua terra.

Começou no tempo em que a mulher era aindadiscriminada e num tempo em que os estatutosassociativos praticamente excluíam a mulher de forma explícita e lhe retiravam voz própria.Hoje, Isaura Fernandes é apontada como umexemplo e um símbolo da força da mulher ser-rana.

 Nunca virando a cara à luta e impondo comelegância e educação a condição de mulher,mereceu o maior apreço por parte da Casa doConcelho, que, por proposta da direcção,deliberou em assembleia-geral atribuir-lhe o

Galardão de Mérito Regionalista.

Organização da Casa do Concelho

  ISAURA FERNANDES VAI SER HOMENAGEADA

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2010.04.20 13REGIÃO - PAMPILHOSA DREGIÃO - PAMPILHOSA DREGIÃO - PAMPILHOSA DREGIÃO - PAMPILHOSA DREGIÃO - PAMPILHOSA DA SERRAA SERRAA SERRAA SERRAA SERRA

Assinalou-se, no passa-do dia 10 de Abril, o FeriadoMunicipal de Pampilhosada Serra.

Desse modo, no dia 9 deAbril, sexta-feira, à noite,

 pelas 21:30 horas, no Au-ditório Monsenhor NunesPereira teve início o progra-ma, com a presença doMestre António Chaínhosob o título “Apontamen-tos da Guitarra Portugue-sa”.

No dia 10 de Abril de man-hã, após o hastear da Ban-

deira, seguiu-se a recepçãoaos convidados, nomeada-mente ao Secretário de Es-tado da AdministraçãoLocal, Dr. José Junqueiro.

A Cerimónia Oficial teveinício, logo de seguida, coma assinatura de Protocoloscom Instituições do Con-celho (ver caixa à parte),notáveis embaixadores dacultura pampilhosense, eainda com a Empresa Ory-zon do Grupo Catarino. Foi,ainda, levada a cabo a Es-critura Publica da Constitu-ição da Fundação Dr. José

Fernando Nunes Barata,que visa essencialmenteapoiar famílias carenciadase jovens estudantes noEnsino Superior.

Seguidamente foram agra-ciados e distinguidos aque-les que se notabilizaram por méritos pessoais ou insti-tucionais, actos, feitos cívi-cos ou mesmo por serviços

  prestados ao Município,

ao País ou à Humanidade,com a atribuição de meda-lhas e distinções honorí-ficas (ver igualmente caixaá parte).

Logo após o encerramen-to da Cerimónia Oficial,seguiu-se a Entrega e Bên-ção de uma Viatura de Sal-vamento e Desencarcera-mento à Associação dos

José Alberto Brito.Presidenteda Câmara dePampilhosada Serra quecomemorouoDia do Concelhoem 10 de Abril

Bombeiros Voluntários de

Pampilhosa da Serra.Antes do almoço volantefoi, ainda, inaugurado oEspaço “JIRA Pampilhosa”(Juventude, Inovação eResidência de Arte), umnovo e moderno edifico quealberga o Posto de Turis-mo, uma Loja Aldeias doXisto e ainda a LudotecaCriativa.

Feriado Municipal2010 - Celebraçãode Protocolos com

InstituiçõesConcelhias

- Casa do Concelho de Pampilhosada Serra..............................7.000 Euros- Rancho Folclórico de Pampilhosada Serra..............................5.000 Euros- Rancho Folclórico de Dornelas doZêzêre.................................5.000 Euros- Grupo Desportivo Pampilhosense.......................................... 5.000 Euros- Grupo Musical Fraternidade Pam-pilhosense.........................5.000 Euros- Asso. dos Bombeiros Voluntáriosde Pamp. da Serra.............60.000 Euros

Total: 87.000 Euros

Atribuição de MedalhasMunicipais

Feriado Municipal – 10/04/2010

MEDALHA DE MÉRITO MUNICIPALAntónio Henriques Gaspar (Presidente da Assembleia Geral da Associação Juristasde Pampilhosa da Serra e Vice-Presidente do SupremoTribunal de Justiça)

MEDALHA MUNICIPAL DE VALOR E ALTRUÍSMOAugusto Fernandes Almeida(Ex-Pres. Junta de Freguesia de Fajão / Regionalista)

MEDALHA MUNICIPAL DE BONS SERVIÇOSAntónio dos Santos Bento Barata(Chefe de Divisão)Acácio Emílio de Almeida(Assistente Operacional)José Carlos De Jesus(Assistente Operacional)

(Funcionários reformados de 10/ Abril/2009

a 10/Abril/2010)

 Moderno edifício situado no centro da vila

 ESPAÇO “JIRA PAMPILHOSA” INAUGURADO

- Entregue (e benzida) Viatura de Salvamento e Desencarceramento à Associação dos Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra.

A inauguração do espaço “JiraPampilhosa” - Juventude, Inovação eResidência de Arte, foi um dos momentosaltos das comemorações do feriadomunicipal do concelho, numa sessãoque contou com a presença do secretáriode Estado e da Administração Local,José Junqueiro.

A inauguração do “Jira Pampilhosa”,um novo e moderno edifício localizadono centro da vila da Pampilhosa da Serra,que alberga o Posto de Turismo, umaLoja Aldeias do Xisto e a Ludoteca Cria-tiva, que se viveu o ponto alto das come-morações. Este é um espaço onde ovisitante tem contacto com “a tradição ea inovação”, e terá à disposição peçasde artesanato e produtos da região,havendo a possibilidade também se“iniciar a descoberta desta região”.

O espaço constitui um investimentode 1. 780 mil euros, financiado a 70 por cento.

O edifício da ‘Jira Pampilhosa’,localizado no Largo Dr. José Henriquesda Cunha, próximo das margens do RioUnhais, bem no centro da vila da Pam-

 pilhosa da Serra, solarengo e com parquede estacionamento ali ao lado, passa aser mais uma opção no que se refere àcompra de uma vasta gama de produtosAldeias do Xisto, quer como referênciana visita turística.

Este espaço terá ainda serviços desti-nados à população juvenil/estudantil,como um posto de atendimento, feiras deemprego, workshop’s, exposições tempo-rárias, ocupação de tempos livres, postode exposição de artigos regionais e uma“Ludoteca Criativa”, no sentido de criar um local atractivo e didáctico para os mais

 jovens.É com esta ambivalência que o espaço

servirá como ponto de partida para uma  partilha e contacto entre o visitante ou oturista e o território Aldeias do Xisto.

Fundação José F. Nunes Barata constituída

  INSTITUIÇÃO VAI APOIAR CARENCIADOS Por iniciativa de Maria de Lurdes Bara-

ta, viúva de José Fernando NunesBarata, constituiu-se a Fundação JoséFernando Nunes Barata. Uma instituiçãoque visa prestar apoio a jovens estu-

dantes universitários com carênciaseconómicas, assim como famílias, e apoiar e incentivar a investigação no campo dasciências exactas, tecnologias, ciênciashumanas e sociais.

  No “Jira Pampilhosa”   INAUGURADA LOJA DE XISTO

Inserido nas Comemorações doFeriado Municipal, Pampilhosa da Serrafoi inaugurada dia 10 de Abril a LojaAldeias do Xisto, no espaço ‘Jira Pam-

  pilhosa’. No qual o turismo da regiãoterá especial destaque.

A Rede de Lojas Aldeias do Xisto vaiser assim enriquecida com mais um espa-ço distintivo e apelativo, onde o visitan-te poderá ter contacto com a tradição e ainovação. É no ‘Jira pampilhosa’ quequalquer pessoa terá oportunidade para

se iniciar na Descoberta da região,conhecer peças de artesanato exclusivasou degustar produtos de excelência, desabores imensos e intensos.

PAMPILHOSENSES AGRACIADOS, PROTOCOLOS E INAUGURAÇÕES NO MENU

10 DE ABRIL - PAMPILHOSA DA SERRA ASSINALOU DIA DO CONCELHO

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8/4/2019 A Comarca, n.º 353 (20 de abril de 2010)

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2010.04.2014 REGIÃO / PUBREGIÃO / PUBREGIÃO / PUBREGIÃO / PUBREGIÃO / PUB..... OBRIGAOBRIGAOBRIGAOBRIGAOBRIGATÓRIA / NECTÓRIA / NECTÓRIA / NECTÓRIA / NECTÓRIA / NEC.....

AGRADECIMENTOCLARINDA DE JESUS

SOUSA

Filhos, Noras e Netos, agradecem reconhecidamente a todasas pessoas que acompanharam este ente querido à sua últimamorada, ou que, por qualquer meio, lhes manifestaram o seupesar.

A todos o nosso Bem-Haja.

Pedrógão Grande

Nasceu: 05.05.1927 * Faleceu: 21.03.2010

AGRADECIMENTO

ISILDA SANTOS BENTO

Marido, Filhas,Genros e Netos,

agradecem a todas aspessoas que se

 juntaram a nós para oacompanhar à sua

última morada, ou dequalquer modo nosmanifestaram o seu

pesar.

A todos o nossoBem-Haja.

A Família

Louriceira

PEDRÓGÃO GRANDE

Nasceu: 21.10.1936 * Faleceu: 28.03.2010

AGRADECIMENTOHELENA MARIA

FERNANDES PEDRO

Marido, Filhos,Noras, Netos e

restante Família,agradecem a todas as

pessoas que se juntaram a nós para o

acompanhar à suaúltima morada, ou de

qualquer modo nosmanifestaram o seu

pesar.

A todos o nossoBem-Haja.

A FamíliaEscalos Fundeiros

PEDRÓGÃO GRANDE

Nasceu: 29.09.1938 * Faleceu:16.03.2010

CARTÓRIO NOTARIAL DA SERTÃDE TERESA VALENTINA SANTOS

JUSTIFICAÇÃO

Certifico que por escritura de dez de Abril de dois mil e dez, no Cartório Notarial da Sertãde Teresa Valentina Cristóvão Santos, lavrada de folhas doze a folhas catorze, do livro denotas para escrituras diversas número cento e seis - F, compareceram:MANUEL GRAÇA FERREIRA e mulher MARIA DO CÉU DA PIEDADE LOPESFERREIRA, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais ele da freguesiada Graça, concelho de Pedrógão Grande, ela da freguesia de Vila Facaia, concelho dePedrógão Grande, onde residem habitualmente no lugar de Pobrais, E DECLARARAM:Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios:UM - Metade do prédio rústico, sito em Ribeiro da Serra, freguesia de Vila Facaia,concelho de Pedrógão Grande, composto de eucaliptal, pinhal e mato, com a área de trêsmil cento e dois metros quadrados, a confrontar do norte com José Inácio, sul comOlímpio Lourenço Lopes, nascente com Manuel Graça Ferreira e poente com JoaquimLourenço Lopes, inscrito na matriz sob o artigo 3581, não descrito na Conservatória doRegisto Predial.DOIS - Rústico, sito em Ribeiro da Serra, freguesia da Vila Facaia, concelho de PedrógãoGrande, composto de pinhal e mato, com a área de mil quatrocentos e oito metrosquadrados, a confrontar do norte com José Inácio, sul com Manuel Graça Ferreira,nascente com Maria Rosa Bernardo e poente com Olímpio Lourenço Lopes, inscrito namatriz sob o artigo 3582, não descrito na Conservatória do Registo Predial.TRÊS - Rústico, sito em Terra Comprida, freguesia de Vila Facaia, concelho de PedrógãoGrande, composto de terra de cultura com oliveiras, com a área de duzentos e noventae seis metros quadrados, a confrontar do norte com José Simões Lopes, sul e nascentecom Isilda da Piedade Dias e poente com Valentim Lourenço Lopes, inscrito na matrizsob o artigo 3682, não descrito na Conservatória do Registo Predial.Que do prédio indicado em primeiro lugar os justificantes são já titulares da outrametade por escritura de Compra e Venda, lavrada no Cartório Notarial de PedrógãoGrande a doze de Agosto de mil novecentos e oitenta e três, a folhas trinta e nove do livrode notas para escrituras diversas número duzentos e noventa e seis.Que eles justificantes possuem em nome próprio os prédios referidos nas verbas ume três, desde mil novecentos e oitenta e cinco por doação meramente verbal dos pais da  justificante mulher, Olímpio Lourenço Lopes e mulher Idalina da Piedade Inácio

Francisco, residentes no lugar de Pobrais, freguesia de Vila Facaia, concelho de PedrógãoGrande, cujo título não dispõem.Que eles justificantes possuem em nome próprio o prédio referido na verba dois, metade,desde mil novecentos e oitenta e cinco por doação meramente verbal dos pais da  justificante mulher, Olímpio Lourenço Lopes e mulher Idalina da Piedade InácioFrancisco, residentes no lugar de Pobrais, freguesia de Vila Facaia, concelho de PedrógãoGrande e a outra metade desde mil novecentos e oitenta e sete por compra meramenteverbal de António Dias e mulher Otília da Piedade, residentes que foram no lugar dePobrais, freguesia de Vila Facaia, concelho de Pedrógão Grande, cujo título não dispõem.Cartório Notarial da Sertã, 10 de Abril de 2010.

A COLABORADORA DEVIDAMENTE AUTORIZADA,Maria Helena Teixeira Marques Xavier   Nº 353 de 2010.04.20

JUSTIFICAÇÃO NOTARIALCartório Notarial em Vila Franca de Xira

Notária, Licenciada RUTE CARLA VALENTE DA ENCARNAÇÃO

Certifico nar rativamente, para efeito de pub licação, que, neste Cartório Notarial, afolhas cento e vinte e quatro do Livro de Notas para escrituras diversas número Vinte eSete - A, se encontra exarada uma escritura de justificação notarial, outorgada hoje, por José Maria da Conceição Costa e mulher, Olga Natércia dos Santos Abreu Costa, casadossob o regime da comunhão de adquiridos, naturais ele da. freguesia de Castanheira doRibatejo, concelho de Vila Franca de Xira e ela da freguesia de Santa Maria de Viseu,concelho de Viseu, residentes na Avenida António Maria Jalles, número cento e vinte edois, cave esquerda, Alenquer, na qual declararam que são donos e legítimos possuidores,com exclusão de outrem, de um prédio rústico com a área de 160 m2, sito em Cruz,freguesia e concelho de Figueiró dos Vinhos, composto de terreno de semeadura comoliveiras, confrontando a norte com Manuel Conceição Silva, a sul e poente com ManuelCaetano Mendes e a nascente com Eduardo Costa, inscrito na matriz predial rústica sobo artigo 4008 e com o valor patrimonial tributário de 1.34 Euros, ao qual atribuíram igualvalor e omisso na Conservatória do Registo Predial de Figueiró dos Vinhos.Que, o dito prédio rústico veio à sua posse por ter sido por eles.adquirido por verbalmente,  por compra que dele fizeram a Isilda da Conceição Dias Nunes Oliveira Medeiros, noano de mil novecentos e oitenta e sete, não dispondo de qualquer título formal para orespectivo registo na Conservatória, sendo certo que têm mantido a posse e fruição do  prédio, em nome próprio, sem qualquer interrupção ou ocultação de quem quer queseja, limpando-o, desbastando-o, caracterizando-se a posse por ter sido adquirida emantida sem violência e sem oposição, à vista de todos, desde o referido ano, conduzindoà aquisição do imóvel por usucapião, que invocam, justificando o seu direito de propriedade para o efeito de registo predial, dado que esta forma de aquisição não podeser comprovada por qualquer outro título formal extra-judicial.Está conforme o original.Vila Franca de Xira, trinta e um de Março de dois mil e dez.

A NOTÁRIA,Rute Carla Valente Da Encarnação  Nº 353 de 2010.04.20

SECRETÁRIO ESTADO REUNE COM AUTARCAS

GOVERNO CIVIL: SEGURANÇA COMUNITÁRIA

Em reunião de trabalho

que decorreu quarta-feira,dia 17 de Março, no Gover-no Civil de Leiria, os autar-cas do distrito manifesta-ram à Secretária de Estadoda Administração Interna,Dalila Araújo, um forte in-teresse na aplicação, a bre-ve prazo, do sistema de vi-deovigilância como medida

 preventiva da criminalida-de. Caberá ao Governo Civilefectuar os contactos ne-cessários, junto das autar-quias, forças de segurançae outras entidades, comvista à efectiva implemen-tação do sistema, integrado

nos Contratos Locais deSegurança, sendo que cadasolução a apresentar por município ou zona urbana,deverá ser objecto de estu-do diferenciado tendo emconta a realidade social decada concelho e a optimiza-

ção dos meios policiais

existentes. Na reunião, onde para além

dos Presidentes de Câmaraestiveram repre-sentados aPSP, GNR e SEF, foram aindaanalisados outros temas re-lacionados com a seguran-ça comunitária, nomeada-

mente, Polícias Municipais

e Guardas-nocturnos, estesúltimos aguardando a ade-quação da sua funcionali-dade à realidade actual, per-mitindo uma maior capaci-dade de detecção de crimi-nalidade e interacção comas forças de segurança.Foi

ainda salientado por todos

os participantes, a necessi-dade de encarar a seguran-ça como factor fundamentalna sustentação da econo-mia, sendo responsabili-dade de todos os cidadãos,não só do Estado, a sua

 preservação.

Papa/Portugal: Vaticano divulgou programadefinitivo da visita de Bento XVI ao país

O Vaticano divulgou o programa definitivo da visitado Papa Bento XVI a Portugal, entre 11 e 14 de maio,viagem apostólica que decorre no 10.º aniversário da

 beatificação dos videntes Francisco e Jacinta Marto.De acordo com o programa, enviado pelo porta-voz

da Conferência Episcopal Portuguesa, padre ManuelMorujão, Bento XVI sai de Itália às 08:50 de dia 11, doaeroporto internacional Leonardo da Vinci, Roma,

 prevendo-se a chegada ao aeroporto de Lisboa às 11:00,onde ocorre o acolhimento oficial e Bento XVI faz umdiscurso.

Às 12:45, em frente ao Mosteiro dos Jerónimos,realiza-se a cerimónia de boas vindas e, logo depois, oPapa efetua uma breve visita ao monumento, seguindo-se a visita de cortesia ao Presidente da República,Cavaco Silva, no Palácio de Belém, às 13:30.

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8/4/2019 A Comarca, n.º 353 (20 de abril de 2010)

http://slidepdf.com/reader/full/a-comarca-no-353-20-de-abril-de-2010 43/48

2010.04.20 15DESPORDESPORDESPORDESPORDESPORTTTTTOOOOO

CARTÓRIO NOTARIAL DA SERTÃDE TERESA VALENTINA SANTOS

JUSTIFICAÇÃOCertifico que por escritura de dez de Abril de dois mil e dez, no Cartório Notarial da Sertãde Teresa Valentina Cristóvão Santos, lavrada de folhas vinte a folhas vinte e duas, dolivro de notas para escrituras diversas número cento e seis - F, compareceram:JOAQUIM ANTÓNIO ALVES CAETANO e mulher AURORA MARIA LOPESDA SILVA CAETANO, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais eleda freguesia e concelho de Pedrógão Grande e ela da freguesia de Santa Justa, concelhode Lisboa, residentes habitualmente no lugar de Derreada Cimeira, freguesia e concelhode Pedrógão Grande, E DECLARARAM:Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do PRÉDIO RÚSTICO,sito em Fonte Regada, freguesia de Álvares, concelho de Góis, composto de mato, coma área de trinta e quatro mil e cem metros quadrados, a confrontar do norte com AntónioTavares, sul com Rui Lopes Barata Rosa, nascente com João Caetano e poente com Celsi,inscrito na matriz sob o artigo 2255, omisso na Conservatória do Registo Predial de Góis.Que eles justificantes possuem em nome próprio o referido prédio desde mil novecentose oitenta e cinco por compra verbal a Herculano Batista e mulher Encarnação HenriquesCortês, residentes no lugar de Amioso do Senhor, freguesia de Álvares, concelho deGóis, cujo título não dispõem.Está conforme.

Cartório Notarial da Sertã, 10 de Abril de 2010.A COLABORADORA DEVIDAMENTE AUTORIZADA,

Maria Helena Teixeira Marques Xavier 

 Nº 353 de 2010.04.20

LeiaAssine

Divulgue

BEATRIZ BRÁS CARDOSO NA SELECÇÃO

FIGUEIROENSES EM DESTAQUE

A décima edição do Torneio Inter-

Associações de 'Futebol 7' Feminino Sub-17 arrancou na quinta-feira (8 de Abril) e  prolongou-se até domingo (11 de Abril),com a presença da nossa conterrânea,Beatriz Brás Cardoso no lote dasconvocadas pela Associação de Futebolde Leiria.

A Beatriz teve presença assídua naformação Leiriense, excepto contra aselecção de Santarém, voltando logo no

 jogo seguinte com Af Setúbal, a ser titular no eixo da defesa, jogo onde asrepresentares do distrito conseguiramdemonstrar de forma clara a suasuperioridade, goleando por 5-1.

O exemplo da Beatriz deverá servir paraque as meninas deste e de outrosconcelhos mais distantes de Leiriaacreditem e continuem a praticar desporto,

 porque tudo está ao seu alcance.Aos dirigentes, associações, empresas

e a todos em geral, fica o registo e tambéma motivação para que apõem o desportofeminino.

A formação da AF Leiria terminou a fasede grupos em igualdade de pontos com aAF Porto e AF Santarém posicionando-seno terceiro lugar do grupo por diferençade golos marcados e sofridos, -1 que asoutras duas AF. Num torneio, em que os

 primeiros lugares de cada grupo disputamdo primeiro ao quarto lugar da geral, ossegundo classificados disputam do quintoao oitavo lugar da geral e assimsucessivamente. Restava à AF Leiria

disputar o melhor terceiro lugar (do nonoao décimo segundo da geral).

Fase onde Goleou a AF Setúbal por 5-1e venceu a AF Madeira por 7-6. A AF Leiriafoi a única equipa que terminou o torneiosem conhecer o sabor da derrota, saindovencedora da competição da AF Lisboa,depois de ter batido a equipa da Guarda,

 por 1-0, na final.

NA PRÓXIMA EDIÇÃO DE “FIGUEIROENSES EM DESTAQUE”:Jorge Simões é Seleccionador Nacional de Pentatlo

e vê-lhe atribuído o “Estatuto de Alta Competição”

ESTE FIM DE SEMANA

(DIA 25) HÁ DERBIE

FUTEBOL DE 11

- Pedroguense desloca-se a Figueiró

Prossegue no próximo fim-de-semana o campeona-to Distrital de Leiria - Divisão de Honra, onde militamduas equipas da comarca: a Desportiva de Figueiródos Vinhos e o Recreio de Pedrógão Grande.

  Neste momento, e a seis jornadas do fim dacompetição, a Desportiva encontra-se acima da linhade água que estabelece as descidas, mas com os mes-mos pontos do ante-penúltimo, as Meirinhas, daí queeste jogo se revista de grande importância para osfigueiroenses que têm feito uma época abixo das suas possibilidades mas que, estamos em crer irá continuar no escalão-mor de Leiria, onde é o seu lugar.

De recordar que descem apenas três equipas,independentemente das que descerem da 3ª Nacional, já que a partir deste ano, o ajuste é feito na 1ª Divisão.

Já o Pedroguense, encontra-se num tranquilo 9º lu-gar com 30 pontos, o que lhe permite encarra o próximo jogo com alguma tranquilidade, o que poderá repre-sentar dificuldades acrescidas para os figueiroenses.

O jogo é no próximo Domingo, dia 25 de Abril, noEstádio Municipal Afonso Lacerda, em Figueiró dos

Vinhos

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TIRAGEM MÉDIA: 5.000 exemplares

REDACTORES:Inácio de Passos, Carlos A. Santos

(redactores principais)Elvira Pires-Teixeira, Margarida Pires-Teixeira,

Valdemar Ricardo, Tânia Pires-Teixeira,

Rui Silva e Telmo Alves (Desporto)

SÓCIOS FUNDADORES DE:Fundação Vasco da Gama (Lisboa), Clube

CentroAventura (Figueiró dos Vinhos); CentroHípico de Figueiró dos Vinhos e Comité

Internacional de Solidariedade para com Timor 

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PROPRIEDADEMaria Elvira Silva Castela Pires-Teixeira

DIRECTOR: Henrique Pires-Teixeira (TE 675)

DIRECTOR ADJUNTO: Valdemar Alves

CHEFE DE REDACÇÃO: Carlos A. Santos (CP 2887)

SEDE E ADMINISTRAÇÃORua Dr. António José de Almeida, 41

3260 - 420 Figueiró dos VinhosTelef. 236553669 - Fax 236553692

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DELEGAÇÃO EM LISBOAAvenida Duque de Loulé, 1 - 2º.-E -

1050-085 LisboaTelf. 213547801 - Fax:213579817

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COORDENAÇÃO E SECRETARIADOElvira Pires Teixeira, Sandra Simões e Sandra Henriques.

MAQUETAGEM, PAGINAÇÃO“A Comarca” - Carlos Santos.

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AGENTES:Concelho de Castanheira de Pera:

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 Nº 353 de 2010.04.20

NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE FIGUEIRÓ DOS VINHOS

CERTIFICO, para fins de publicação, que no dia 05 de Abril de 2010, nolivro de notas para escrituras diversas número nove, deste Cartório, a folhascinquenta e dois e seguintes, foi lavrada uma escritura de justificação naqual, ALBINO DA SILVA e mulher, SIDALINA DE ALMEIDA MARTINSSILVA ou CIDALINA DE ALMEIDA MARTINS SILVA, casados no regimeda comunhão de adquiridos, naturais da freguesia e concelho de Figueiródos Vinhos, onde residem no lugar de Forno Telheiro, NIF 125.939.507 e125.939.493, respectivamente, declararam ser, com exclusão de outrem, donose legítimos possuidores dos seguintes prédios, situados na freguesia econcelho de Figueiró dos Vinhos:UM - RÚSTICO, sito em “Boleu”, composto por eucaliptal, com a área dequatrocentos e oitenta metros quadrados,

a confrontar do norte, do nascente e do poente com Albino Lopes da Silvae do sul com caminho, inscrito na matriz em nome de António Francisco sobo artigo 6.719, com o valor patrimonial tributário de Euros 109,76, igual aoatribuído;DOIS - RÚSTICO, sito em “Boleu”, composto por eucaliptal, com a área deduzentos e dez metros quadrados,a confrontar do norte, do sul, do nascente e do poente com Albino Lopes daSilva,inscrito na matriz em nome de Maximino da Silva Martins sob o artigo 6.721,com o valor patrimonial tributário de Euros 47,21, igual ao atribuído;TRÊS-RÚSTICO, sito em “Boleu”, composto por eucaliptal, com a área dedois mil e duzentos metros quadrados,a confrontar do norte com Manuel Nunes, do sul com caminho, do nascentecom António Nunes e do poente com António Bispo,inscrito na matriz em nome do justificante marido sob o artigo 6.720, com ovalor patrimonial tributário de Euros 494,50, igual ao atribuído;QUATRO - RÚSTICO, sito em “Picalhota”, composto por pinhal, eucaliptale mato, com a área de três mil duzentos e trinta metros quadrados,a confrontar do norte com Adelino dos Santos, do sul com MarcolinoHenriques Lucina e Silva, do nascente com João Pais da Silva e do poentecom Almerindo Conceição Lopes,inscrito na matriz em nome do justificante marido sob o artigo 4.512, com ovalor patrimonial tributário de Euros 529,91, igual ao atribuído;CINCO - RÚSTICO, sito em “Carapinhal”, composto por pinhal e mato, coma área de novecentos e noventa e cinco metros quadrados,a confrontar do norte com Belmiro Dias, do sul com Constância Maria,

do nascente com Manuel Fidalgo e do poente com Herculano Martins,inscrito na matriz em nome do justificante marido sob o artigo 13.082, como valor patrimonial tributário de Euros 227,78, igual ao atribuído;SEIS - RÚSTICO, sito em “Boleu”, composto por eucaliptal, com a área de mil metros quadrados,a confrontar do norte com Fernando Rosa Bispo, do sul com António SimõesMarques, do nascente com Manuel da Silva Nunes e do poente com Manuelda Conceição Silva,inscrito na matriz em nome do justificante marido sob o artigo 6.717, com ovalor patrimonial tributário de Euros 227,78, igual ao atribuído;SETE - RÚSTICO, sito em “Lomba da Maia”, composto por mato, com a áreade mil oitocentos e cinquenta e seis metros quadrados,a confrontar do norte com José Maria da Costa, do sul com MarcolinoHenriques L ucina e Silva, do nascente com Manuel Caetano Mendes e do poente com José Luís Nunes,inscrito na matriz em nome de Lourenço Caetano de Oliveira sob o artigo5.134, com o valor patrimonial tributário de Euros 31,47, igual ao atribuído;omissos na Conservatória do Registo Predial de Figueiró dos Vinhos.Que os citados prédios vieram à sua posse, já no estado de casados, oidentificado na verba um, por compra verbal, feita por volta do ano de milnovecentos e setenta e cinco, a António Francisco e mulher, Maria Rosa,residentes que foram no lugar de Chãos de Baixo, dita freguesia de Figueiródos Vinhos; o identificado na verba dois, por compra verbal, na mesma data,a Maximino da Silva Martins e mulher, Maria Joaquina ou Maria JoaquinaRibeiro, residentes no citado lugar de Forno Telheiro; os identificados nasverbas três e seis, por doação verbal feita por volta do ano de mil novecentos

e setenta e cinco, por Lucília da Conceição Silva, viúva, residente nomencionado lugar de Forno Telheiro; os identificados nas verbas quatro ecinco, por doação verbal, feita por volta do ano de mil novecentos e setentae cinco, por Maria de Jesus, viúva, residente que foi no lugar de Carapinhal,mencionada freguesia de Figueiró dos Vinhos e o prédio identificado naverba sete, por compra verbal, também na mesma data, a Lourenço Caetano deOliveira e mulher, Lourdes Figueiredo de Oliveira, residentes no Brasil, semque, todavia, desse facto, tenham ficado a dispor de título válido para o seuregisto, tendo de imediato entrado na posse dos mesmos.A verdade, porém, é que a partir daquela data possuem, assim, aqueles prédios,em nome próprio, há mais de vinte anos, passando a usufruí-los sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, plantando e cortandoárvores, roçando o mato, avivando estremas, retirando deles todas asutilidades possíveis, pagando as respectivas contribuições e impostos -  posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com oconhecimento da generalidade das pessoas da indicada freguesia, lugares efreguesias vizinhas - traduzida pois, em actos materiais de fruição, sendo,  por isso, uma posse pacífica, porque adquirida sem violência, contínua,  porque sem interrupção desde o seu início, pública, porque do conhecimentoda generalidade das pessoas e de boa-fé, porque ignorando no momento doapossamento lesar direito de outrem – pelo que verificados os elementosintegradores - o decurso do tempo e uma especial situação jurídica - posse- adquiriram os referidos prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado omodo de aquisição, documento que lhes permita fazer prova do seu direito de propriedade perfeita pelos meios extrajudiciais normais.Está conforme.Cartório Notarial de Figueiró dos Vinhos, 05 de Abril de 2010.

A Notária,Patrícia Isabel Marques Fernandes Figueiredo

 Nº 353 de 2010.04.20

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2010.04.20 17COLABORAÇÃOCOLABORAÇÃOCOLABORAÇÃOCOLABORAÇÃOCOLABORAÇÃO

FARMÁCIAS DESERVIÇO- Cast. de Pera:..........Farmácia Dinis Carvalho

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CASTANHEIRA DE PERAFarmácia Dinis Carvalho....Tf. 236432313

FIGUEIRÓ DOS VINHOSFarmácia Correia......... Tf. 236552312Farmácia Serra...........Tf. 236552 339Farmácia Vidigal..........Tf. 236552441AgudaFarmácia Campos....... Tf. 236622891Posto das BairradasFarmácia Correia (2ª, 4ª e 6ª Feiras)Posto de AregaFarmácia Serra (2ª, 3ª, 4ª. e 6ª Feiras)

PEDRÓGÃO GRANDEFarmácia Baeta Rebelo..Tf. 236486133Posto da GraçaFarmácia Serra (Todos os dias úteis)Posto de Vila FacaiaFarmácia Serra (Todos os dias úteis)

Ped.Pequeno.Farmácia Confiança......Tf.236487913Avelar Farmácia Medeiros......Tf. 236621304Chão de CouceFarmácia Rego.............Tf. 236623285

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FARMACÊUTICOS

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Sempre houve e continuam a existir uto-  pistas convictos de que a ciência se de-senvolver e tal modo que não haverá maislágrimas nem dor. m novo Éden; é o quenos espera. Não pense o leitor que estou aexagerar; tenho-os encontrado na vidaacadêmica como no mundo das profissões.A ciência chegará a um ponto que poderásaciar todas as aspirações do prazer, do

  poder e da riqueza. Não haverá mais lutonem gemido. Mas em contra partida, naconstante realidade domina-nos o peso ea dor da vida e mostra-nos como as pesso-as sofrem até no mais íntimo do ser. Basta

  passar pelos nossos hospitais e pelas nos-sas ruas em determinadas horas e depara-mos com pessoas a “falar sozinhas”. Por uma associação de ideias, recordo aqui a

  belíssima poesia de Afonso Lopes Vieira,do “fala sós”: “sós andando”, “sós falan-do”. De outro modo, mesmo no desalentoen-contramos uma brisa suave que quebra

a monotonia que jaz em nós. E em nosso

OOOOOpiniãopiniãopiniãopiniãopinião Uma Mulher exemplar que se enquadraria nas Escriturastempo um grande papel cabe à mulher, que

 pelas suas características próprias, espal-ham tão suave refrigério. Já o nosso Ale-xandre Herculano dizia fielmente: Dai ás

 paixões todo o ardor que puderdes; aos  prazeres mil vezes intensidade; aossentidos a máxima energia e convertei omundo em paraíso; mas tirai dele a mulher e o mundo será um ermo melancólico, osdeleites serão apenas prelúdio do tédio.Vem isto a propósito da mulher em grausublime, a Sra Dra Alice Medeiros. Encon-trá-la ao dobrar de uma esquina, na saídada sua farmácia, no ambiente cálido do ca-fé, onde as horas passam imperceptíveis,é um prazer que nos deleita o espír ito. Versaqualquer assunto. Conhece perfeitamenteo presente e o passado da sua Terra. Acon-teceu conversarmos sobre uma alta perso-nagem da vila que tinha morrido em Lisboa

  poucos anos depois de ser casado. Res- posta rápida: Morreu? Mataram-no, assas-

sinaram-no. Foi envenenado na sopa. E

até me desvendou o nome do produto com propriedade e segurança. O coração humil-de passa por alto as minudências; nãorepara nelas nem lhe atribuí uma dimensãoque não tem. Possui a arte de não conver-ter simples factos anedóticos em tragédiasgregas. Não existe felicidade perfeita. En-quanto a soberba desfigura as coisa e agi-ganta os males, a humildade de coraçãotorna o homem equilibrado e realista, comvisão positiva e capacidade para discernir a verdadeira importância das coisas.

É necessário reconhecer que a imensamaioria dos acontecimentos que azedam aconsciência humana, são futilidades in-transcendentes, quando não pura inven-ção da fantasia. No século da Espanhamussulmana, AbdemarrãoIII, o grandecalifa elevou o Islão ibérico ao zénite dasua história. Mas Abdemarrão que reinoudurnte cinquenta anos,sete meses, e trêsdias, passou à posteridade com um curioso

título: o Califa dos catorze dias felizes;

  porque foram precisamente catorze diasem que, segundo o seu próprio testamento

 pôde gozar de uma alegria serena e semnuvens. Catorze dias, em meio século dereinado foi a medida de felicidade queconseguiu alcançar o mais glorioso doscalifas espanhóis.

Precisamos de almas como a Sa DraMaria Alice para elevar o tónus moral do

 pobre, que dá voltas às suas carências;do capitalista de avião ultra moderno; doemigrante, de automóvel mais sofisticadoda Venezuela, que deixa a bata ensanguen-tada cingida por num cordel no matadouroe que assim se exibe aos pobres matarrua-nos da sua terra.,que se podem mos-trar ricos exterior-mente e vivereminfelizes no seuinterior.

MárioMendes Rosa

“Pensa como pensam os sábios,mas fala como falam as pessoas

simples”ARISTÓTELES

Como vivemos num país de cos-tumes, muitos directores continuama incentivar e a gostar de ser tratados por  senhor doutor  ou  senhor engenheiro. Na realidade, mesmo emorganizações onde quase todos oscolaboradores têm habilitações aca-démicas semelhantes, ainda assim,muitos são os directores que não

 prescindem de um tratamento por você e do título académico. É claroque estas chefias defendem-sedizendo que é tudo uma questão deeducação. Esquecendo-se que nãodeixa de ser uma educação defensorade que uns são mais do que osoutros, o que não ajuda ao espíritode grupo nem facilita a comunicaçãodentro de uma organização. Com a percentagem de portugueses licenci-ados a aumentar, seria bom que con-seguíssemos prescindir de velhasmordomias que diferenciam as pessoas pela sua posição hierárqui-ca ou grau académico (tantas vezes“Independente”… de alguma valia),

o que só dificulta uma relação mais  próxima entre todos para que ainformação seja mais fluente?!?...

Mas como quem dirige não muda,as coisas não mudam. Nas escolas,

SÓ CONTINUA CORNO QUEM NÃO É TRATADO POR TU...

ouvimos os professores queixar-seque os alunos não sentem a escola,os directores dessas escolas que sãoos professores que não sentem ainstituição e o governo, esse, queixa-se que são os directores que nãosentem o sistema tão, “magnifica-mente”, dirigido para as novasoportunidades. No entanto, conti-nuamos todos a alimentar os trata-mentos VIP’s (Very InsignificantPersons) de doutor para aqui, dou-tor para ali, você isto e você aquilo.Aliás, o tratamento por você lem- bra-me uma história engraçada…

Intrigado com a mudança decomportamento de um assistente,certo Director Geral, bem conheci-do na nossa praça, andava apreen-sivo sobre quais seriam as razões

 para este seu colaborador andar tãofeliz. A eficácia no desempenho dassuas tarefas não tinha sofrido qual-quer alteração. No entanto, paraalém de andar mais feliz, este asses-sor parecia mais afastado e começoua ausentar-se mais vezes da empre-sa. Intrigado com esta mudança dehábitos e com receio que este seuassistente estivesse a preparar a saí-da da empresa, ou mesmo já a colab-orar com qualquer empresa rival, onosso conhecido Director resolveucontratar um detective para desve-ndar o mistério.

Duas semanas depois, recebia o primeiro relatório: Sempre que seausentou da empresa, o Doutor Hélio foi para sua casa, dar umavolta na sua mota e fazer amor com

a sua mulher. Durante três meses,os relatórios repetiram-se. Já des-cansado, o dito Director Geralmarcou uma reunião com o detective para prescindir dos seus serviços.Desvendado o mistério e recuperadaa confiança e fidelidade no seuassessor, o Director Geral acertoucontas e agradeceu o bom trabalhoao detective. Na verdade, a relaçãoentre o detective e o Director nuncadeixou de ser distante. O detectiveera um homem de poucas palavras e parecia saber sempre mais do que

dizia. Por isso, foi com surpresa que,à saída, o dito detective pediu aoDirector Geral se o podia deixar detratar por você. Pouco dado a trata-mentos por tu, o Director lá acedeuao pedido sem perceber qual era anecessidade de tal mudança. Foi aíque o detective disse: Então vourepetir o relatório que te envio hátrês meses: Sempre que se ausentouda empresa, o Doutor Hélio foi paratua casa, dar uma volta na tua motae fazer amor com a tua mulher…*

* O autor adverte que esta é umahistória real e que qualquer semelhança com uma históriainventada é pura coincidência.

Paulo AntunesAssociação Nacional de Jovens

Formadores e Docentes(FORDOC)

[email protected]

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2010.04.20 SOCIEDSOCIEDSOCIEDSOCIEDSOCIEDADEADEADEADEADE

Companhia de Artilharia 178

 ANTIGOS COMBATENTES  REUNEM EM FIGUEIRÓ

18

EXPOSIÇÃO E CONFERÊNCIA NO ARQUIVO MUNICIPAL DE POMBAL

A IDADE DO OURO DA IMPRENSA DO NORTE DO DISTRITO DE LEIRIA

Realizou-se, no passadodia 5 de Março, Sexta-feira,às 18h00, no Arquivo Mu-nicipal de Pombal, umaconferência, subordinadoao título: A Idade do Ouroda Imprensa do Norte doDistrito de Leiria, apresen-tada por Miguel Portela eMargarida Herdade Lucas.Este evento integrava-se naexposição com o mesmo tí-tulo, concebida pelos seusautores e que ali estará pa-tente ao público, até ao dia30 deste mês.

A Imprensa foi o meio de

comunicação mais forte,entre as últimas décadas doséculo XIX e a primeira me-tade do século XX. Nelaapostaram os ideólogos, os políticos, os empresários eos artistas, que vertiam assuas crenças e prosas emartigos jornalísticos, quasesempre aguerridos ou líri-

O Grupo de Teatro daVieira de Leiria esteve noClube Figueiroense,numa coprodução com oGrupo de Teatro deCarvide, no sábado, 10 deAbril, a convite dosJograis e Trovadores.

CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO EM CENA

NA CASA DA CULTURA - CLUBE FIGUEIROENSE

Os dois grupos encena-ram e produziram a peça,Você está aqui, com oseguinte elenco: AUTOR:Simão Vieira; ENCENA-ÇÃO E CONCEPÇÃOPLÁSTICA GERAL: SimãoVieira; ACTORES: CristinaLavos, Daniel Pereira, Dio-go Amado, Elsa Gomes,

Filipe Ferreira, GabrielaSimão, Humberto Sobreira,Jorge Branco, Marco Silva,Rita Lavos, Sabrina Ge-nebra, Sérgio Lavos, SimãoVieira (voz), Solange Lavose Vânia Coelho; COLA-BORAÇÃO: Alice Serpa(produção de adereços);Amélia Alves, Joana Cor-

deiro e Miguel Ângelo San-tos (logística).

Comédia de crítica social,de grande simplicidade derecursos cénicos, contoucom o trabalho de actoresde mérito que lhe souberamimprimir ritmo e inovaçãoconstantes, a partir de umtexto muito actual.

cos, mas que marcaram pro-fundamente os seus projec-tos de vida e a sua obra.

O fim da Monarquia e o iní-cio da República estiveram

aqui em relevo, por coincidi-rem com a “Idade do Ouro” davida dos jornais locais destaregião do país, consideran-do ainda que entramos no

ano das comemorações docentenário da instauraçãoda República em Portugal.

Chama-se “Idade do Ou-ro” da Imprensa, à época

em que esta se industrializae se democratiza, entre1870 até 1914. De facto, o período da Regeneração edo Fontismo estabelece-ram um novo cenário navida portuguesa e produzi-

ram uma certa fúria intelec-tual e artística. A célebre “Ge-ração de 70” é disso exemplo,no campo das Letras, mas emtodas as áreas do pensamen-to e da cultura o país nuncamais seria o mesmo.

A Companhia de Artilharia 178 Mutuara - Moçambiquereúne-se em Figueiró dos Vinhos no próximo dia 23 deMaio para o 15º Convívio daquela Companhia.

 No prosseguimento das iniciativas anteriores, a Comis-são encarregue de organizar este ano o evento, encabeça-da pelo “figueiroense”, José Bernardino Costa, organizamais uma vez o almoço convívio que “será a melhor maneira de nos revermos, lembrarmos que o importante éa vida e a vida é um instante, por tudo isto não há que he-sitar e goza-la bem” - afirma José Costa.

Antes do almoço que terá lugar no Restaurante Fi-gueiras, às 10H30 terá lugar uma Missa na Igreja Matrizde Figueiró dos Vinhos.

“A Companhia de Artilharia 178, deixou-nos a tendênciae amizade, não há palavras que traduzam o fascínio dosencontros anuais, já que se mantêm os encontros outroraaos quais ninguém pode ficar indiferente” - conclui JoséCosta.

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2010.04.2020 ABRIL

2010 última página

AS NOVASTECNOLOGIAS

Abrimos, com alegria, ao nossoconhecimento, o que as novastecnologias de comunicação podem provocar de alargar de horizontes, oque podem ajudar à solidariedademundial, à harmonia e á fraternidade.

Infelizmente, assim como há o bomuso, há o reverso da medalha.

Com efeito há os que utilizam ocomputador para enviarem intrigase cobardemente usarem anonima-mente a maledicência contra os quelhes estenderam a mão para os ajudar.

Por outras palavras, como diz o povo, “cuspir no prato de quem lhesdeu a sopa”.

Com blogues, ou sem eles, são oscobardes de todos os tempos!

Falta-lhes a coragem para enfrentar os adversários; alguns “lacaia-mente” fazendo eco das mensagens,outros doutamente dando ins-truções na sombra porque lhes faltaaquilo que povo diz que cada homem

deve ter um par ou a barba na cara.Poderemos usar a expressão sinó-nima (vergonha) que serve paraqualquer sexo.

PECChamamos assim, abreviadamen-

te, o Plano de Estabilidade e Cresci-mento.

Mais uma vez é um Plano que quer impor aos trabalhadores e ás po- pulações mais sacrifícios, em con-traste com a manutenção dos privilé-

gios daqueles que foram afinal os  principais causadores da crise: osgrandes grupos económicos e finan-ceiros, particularmente a banca.

Penso que se esbanjaram ao longodos tempos os milhões de euros queentraram para as empresas portugue-sas sem que houvesse a contra- partida para o aproveitamento dasformas de desenvolvimento tecno-lógico para aumento da produtivi-

dade.Entretanto houve erros sucessi-vos de governos, de venda desonhos e de abundância pela bancaque “simpaticamente” trocava facil-mente por juros avultados.

Depois, falências, desemprego,desespero, fome, bons discursos,muitas promessas, economia à deri-va, bancos provocatoriamente comlucros fabulosos, gestores bancáriose administradores de empresas púbi-cas com remunerações indecentes.

Para onde vamos, afinal?Portugueses sem Portugal?Vendedores de lucros e consumi-

dores de fome?

  Não precisamos de vozes queavisem para a revolução do desem- prego, mas de soluções no terrenoque não sacrifiquem mais os mes-mos.

São precisas soluções nacionaisrápidas com respeito pela República, pelo 25 de Abril pela Constituiçãoem que povo e gente não é só núme-ro;

Queremos acção, não conversa,lamentos ou conselhos piedosos.

Precisamos de estadistas e não deoportunistas!

Viva o 25 de Abril!

restaurante

PANORAMAV

   A   R   A   N   D   A

   D   O

A   S   A   L   S .   S   I   M    Ã   O

Solicitador

PRÓXIMOS EVENTOS18 de Abril

Simulácro em Bairradas -acidente rodoviário

8 de MaioSimulácro em Figueiró dosVinhos - incêndio urbano

18 de MaioAniversário - 75 Anos

23 de Maio

Festa - Aniversário 75 Anos

VIOLÊNCIA DOMÉSTICAE BULLYING EM DEBATE

CASTANHEIRA DE PERA

A Comissão de Protecção de Crianças e Jovensem Perigo de Castanheira de Pera, no âmbito doPlano de Actividades para o ano 2010, irá promover uma acção de informação e sensibilização intitulada"Violência no namoro, violência doméstica eBullying", no próximo dia 21 de Abril, pelas 18H, noAuditório da Praça da Notabilidade, tendo comoobjectivo informar e sensibilizar toda a comunidadesobre a violência, abuso de poder e controlo.

Esta actividade conta com o apoio da Autarquialocal, do Agrupamento de Escolas de Castanheirade Pera e da GNR de Leiria - Núcleo de Investigaçãoe Apoio a Vítimas Específicas.

Nesta edição: 48 páginas todas a cores