22
Abdelkrim Ouazzani - Air Libre 116 Centrum Sete Sóis Sete Luas ABDELKRIM OUAZZANI Per mezzo secolo Abdelkrim Ouazzani ha lavorato instancabilmente con la serietà di un bambino che gioca, un bambino nato nel cuore della Medina di Tetouan nel 1954. È entrato alla Scuola di Belle Arti di Tetouan nel 1972 e da allora continua a comporre la sua opera mosso da una traboccante gioia infantile, da un’ingegnosa spontaneità e da una saggia innocenza. Dopo la laurea con il massimo dei voti all’ENSBA di Parigi, è tornato in Marocco, per unirsi alla Scuola di Tetouan, proprio all’inizio degli anni ‘80, come insegnante, poi direttore dei corsi, e infine all’inizio degli anni ‘90 direttore della scuola. rinominata Istituto Nazionale di Belle Arti. Oggi, con le sue sculture monumentali, imponenti, proclama la sua adesione incondizionata all’arte aperta al pubblico, emblematica della democratizzazione dell’artista plastico, come fonte di gioia e felicità, offerta a tutti. Il principio di libertà occupa un posto d’onore nell’esperienza di questo artista marocchino, sia nelle forme espressive che negli spazi espositivi della sua opera aperta. Le opere di Abdelkrim Ouazzani sono state esposte in molte grandi sale espositive in Marocco, a Granada, Barcellona, Berlino, Londra, fino a Lisbona e Roma, passando per Parigi e Marsiglia, ma anche in Guinea, Capo Verde, Messico, Cile, Stati Uniti, Egitto, Bahrein e Siria. ABDELKRIM OUAZZANI Durante meio século, Abdelkrim Ouazzani tem trabalhado incansavelmente, com a seriedade de uma criança que brinca, uma criança nascida no coração da Medina de Tetuão em 1954. Ingressou na Escola de Belas Artes de Tetuão em 1972 e desde aí tem continuado a construir a sua obra, movido por uma alegria infantil transbordante, por uma engenhosa espontaneidade e por uma sábia inocência. Depois de se formar com a máxima distinção na ENSBA de Paris, voltou a Marrocos, para se juntar à Escola de Tetuão como professor, no começo da década de 1980, mais tarde tornou-se diretor do curso e, por fim, no início dos anos 1990, diretor da escola de grande prestígio Instituto Nacional das Belas Artes. Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista plástico, como fonte de alegria e felicidade, oferecida a todos. O princípio da liberdade ocupa um lugar de proeminência na experiência deste artista marroquino, tanto nas formas expressivas como nos espaços de exposição da sua obra pública. As obras de Abdelkrim Ouazzani têm sido mostradas em muitos dos grandes espaços de exposição de Marrocos, em Granada, Barcelona, Berlim, Londres, até em Lisboa e em Roma, passando por Paris e Marselha, mas também na Guiné, Cabo Verde, México, Chile, Estados Unidos da América, Egito, Bahrein e Síria. € 8,00 ISBN 979-12-80406-00-2 A Lre Abdelkrim Ouazzani (Morocco)

Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

Abd

elkr

im O

uazz

ani -

Air

Libre

116

CentrumSete Sóis Sete Luas

ABDELKRIM OUAZZANI

Per mezzo secolo Abdelkrim Ouazzani ha lavorato instancabilmente con la serietà di un bambino che gioca, un bambino nato nel cuore della Medina di Tetouan nel 1954. È entrato alla Scuola di Belle Arti di Tetouan nel 1972 e da allora continua a comporre la sua opera mosso da una traboccante gioia infantile, da un’ingegnosa spontaneità e da una saggia innocenza.

Dopo la laurea con il massimo dei voti all’ENSBA di Parigi, è tornato in Marocco, per unirsi alla Scuola di Tetouan, proprio all’inizio degli anni ‘80, come insegnante, poi direttore dei corsi, e infine all’inizio degli anni ‘90 direttore della scuola. rinominata Istituto Nazionale di Belle Arti.

Oggi, con le sue sculture monumentali, imponenti, proclama la sua adesione incondizionata all’arte aperta al pubblico, emblematica della democratizzazione dell’artista plastico, come fonte di gioia e felicità, offerta a tutti. Il principio di libertà occupa un posto d’onore nell’esperienza di questo artista marocchino, sia nelle forme espressive che negli spazi espositivi della sua opera aperta. Le opere di Abdelkrim Ouazzani sono state esposte in molte grandi sale espositive in Marocco, a Granada, Barcellona, Berlino, Londra, fino a Lisbona e Roma, passando per Parigi e Marsiglia, ma anche in Guinea, Capo Verde, Messico, Cile, Stati Uniti, Egitto, Bahrein e Siria.

ABDELKRIM OUAZZANI

Durante meio século, Abdelkrim Ouazzani tem trabalhado incansavelmente, com a seriedade de uma criança que brinca, uma criança nascida no coração da Medina de Tetuão em 1954. Ingressou na Escola de Belas Artes de Tetuão em 1972 e desde aí tem continuado a construir a sua obra, movido por uma alegria infantil transbordante, por uma engenhosa espontaneidade e por uma sábia inocência.

Depois de se formar com a máxima distinção na ENSBA de Paris, voltou a Marrocos, para se juntar à Escola de Tetuão como professor, no começo da década de 1980, mais tarde tornou-se diretor do curso e, por fim, no início dos anos 1990, diretor da escola de grande prestígio Instituto Nacional das Belas Artes.

Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista plástico, como fonte de alegria e felicidade, oferecida a todos. O princípio da liberdade ocupa um lugar de proeminência na experiência deste artista marroquino, tanto nas formas expressivas como nos espaços de exposição da sua obra pública. As obras de Abdelkrim Ouazzani têm sido mostradas em muitos dos grandes espaços de exposição de Marrocos, em Granada, Barcelona, Berlim, Londres, até em Lisboa e em Roma, passando por Paris e Marselha, mas também na Guiné, Cabo Verde, México, Chile, Estados Unidos da América, Egito, Bahrein e Síria.

€ 8,00 ISBN 979-12-80406-00-2

Air LibreAbdelkrim Ouazzani

(Morocco)

Page 2: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista
Page 3: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

Exhibited at theCentrum Sete Sóis Sete Luas de Montargil (Portugal) - 15.04.2021 - 31.05.2021Centrum Sete Sóis Sete Luas de Ponte de Sor (Portugal) june 2021 (dates to be defined)Centrum Sete Sóis Sete Luas di Pontedera (Italia) november 2021 (dates to be defined)Centrum Sete Sóis Sete Luas di Calcinaia (Italia) december 2021 (dates to be defined)Centrum Sete Sóis da Ribeira Grande (Cabo Verde) 06.07.2016 - 30.09.2016 Centrum Sete Sóis do Tarrafal (Cabo Verde) 02.11.2016 - 15.01.2017 Centrum Sete Sóis do Maio (Cabo Verde) 02.02.2017 - 15.03.2017 Centrum Sete Sois de São Filipe (Cabo Verde) 30.10.2017 - 25.01.2018 Centrum Sete Sóis de Brava (Cabo Verde) 03.02.2018 - 31.03.2018 Centrum Sete Sóis de Frontignan (France) 29.10.2019 - 23.11.2019

Exhibition promoted by Ass. Cult. Sete Sóis Sete LuasMunicípio de Ponte de Sor

Coordination ExhibitionMarco Abbondanza (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas)Pedro Gonçalves (Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor)

Exhibition registrar and catalogue editing Maria Rolli (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas)

AdministrationSandra Cardeira (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas)

Exhibition Installation Paulo Esperança (Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor) Patrícia Godinho, Licínio Miguel (Centro Cultural de Montargil)

Exhibition technicians Simona Leggerini, Barbara Salvadori, Alexandre Sousa, Maria Margarida Cardoso (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas)

Press Office of the exhibitionGiulia Salutini (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas)

TranslatorRui Aleixo (from French to Portoguese)Maria Rolli (from French to Italian)

Graphic DesignLaura Buscemi (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas)

Copyright © 2021 for the essays by Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas

Printed byBandecchi & Vivaldi, Pontedera (PI, Italy) for Sete Sóis Sete Luas

[email protected]

Abdelkrim Ouzzani (Morocco)

“Air Libre” Air LibreAbdelkrim Ouazzani

(Morocco)

Page 4: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

54

Locais de passagem, de encontro e de diálogo intercultural, onde ecoam as ondas da cultura mediterrânica e do mundo lusófono. Os Centrum SSSL estão ancorados às raízes do território que os viu nascer e os acolheu. São espaços de socialização, confronto e descoberta para a população local. São oficinas criativas onde importantes artistas do mundo mediterrânico e lusófono chegam, encontram inspiração, criam, dialogam e partilham. São locais de sinergia entre arte, música, turismo cultural e promoção do território.Exposições de arte contemporânea, residências artísticas, laboratórios de criatividade, concertos, originais produções musicais e encontros multiculturais, acompanhados pelos aperitivos: estas são as principais atividades que animam as “casas” do Festival Sete Sóis Sete Luas. A ampla programação artística, da responsabilidade da associação Sete Sóis Sete Luas, prevê anualmente 7 a 10 projetos expositivos de dimensão internacional em cada Centrum SSSL, promovidos de forma coordenada e cujos protagonistas são diversos: os prestigiosos artistas, reconhecidos no seu país de origem, mas não ainda a nível internacional, os jovens talentos e os estudantes que participam nos laboratórios e nos programas de intercâmbio entre as cidades da Rede SSSL.Cada Centrum Sete Sóis Sete Luas é identificável pelo mosaico de uma onda que se estende sinuosa pela parede externa com os nomes das cidades que fazem parte da Rede dos Centrum SSSL. Tem um espaço dedicado à coleção permanente, com a memória das atividades do Festival SSSL, uma sala dedicada às exposições temporárias e um bookshop onde são apresentados ao público todas as produções musicais e editoriais do Festival Sete Sóis Sete Luas: cd’s, dvd’s, livros, catálogos e os produtos eno-gastronómicos e artesanais mais representativos dos Países da Rede SSSL. Cada Centrum tem também uma sala de conferências para encontros, apresentações, debates, concertos, inaugurações e quartos para os artistas e os jovens estagiários da Rede SSSL.Estão neste momento ativos os Centrum SSSL de Pontedera (Itália), Ponte de Sor e Montargil (Portugal), Frontignan (França) e em Cabo Verde na Ribeira Grande (Santo Antão), Cidade do Porto Inglês (Maio), Nova Sintra (Brava), São Filipe (Fogo) e Tarrafal (Santiago).

Marco AbbondanzaDiretor do Festival Sete Sóis Sete Luas

Centros para as Artes do Mediterrâneo e do mundo lusófono

Page 5: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

76 7

Recebemos Abdelkrim Ouazzani em Ponte de Sor, na rede do Festival Sete Sóis Sete Luas com enorme carinho, sabendo que o enriquecimento das nossas comunidades neste projecto ímpar a nível europeu será profundamente importante e motivador.

Ponte de Sor sente-se feliz em receber no Centrum Sete Sóis Sete Luas / Centro de Artes e Cultura tão importante manifestação, fazendo votos que tal seja do agrado de todos, pois esta multiplicidade cultural permite augurar um futuro cada vez mais promissor.

Engº. Hugo Luís Pereira HilárioPresidente da Câmara Municipal de Ponte de Sor

Page 6: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

98

Abdelkrim Ouazzani ou o reino da fraternidade

A singularidade de Abdelkrim Ouazzani enquanto artista foi a de ter encontrado uma forma de garantir que a matéria-prima e o seu resultado final expressassem o impulso transitório do indivíduo. Para ele, o homem ter-se-á perdido pelas angústias da sua condição, e terá de lutar continuamente contra os tormentos que o esmagam com o seu peso incomensurável, para que a esperança permaneça. Ouazzani é o portador da esperança, o barqueiro e o conciliador de mundos antagónicos, que a qualquer instante ameaçam destruir-se mutuamente. Para restabelecer a harmonia, ele percorre o mundo e partilha a sua verve e a sua criatividade, com o coração e o sorriso como oferenda nas suas mãos, como um penhor eterno da fraternidade. As numerosas exposições em que Ouazzani participou vieram apenas confirmar o seu traço de caráter universalista e profundamente humano. Desde que começou os seus estudos nas Belas Artes de Paris, o seu destino ficou traçado de imediato. Este levou-o por toda a Europa, a África, à América do Sul e ao Médio Oriente. Qual é, então, o segredo deste sucesso? Estará relacionado unicamente com o talento e com as escolhas determinantes feitas pelo artista? Devemos procurá-lo no percurso de “barqueiro” que o artista exerce há mais de trinta anos no Instituto Nacional de Belas Artes de Tetuão? E, por último, como é que ele executa as suas criaturas esculpidas e pintadas? O estilo do artista Abdelkrim Ouazzani, de uma originalidade deslumbrante, é efervescente de ousadia e frescura. Ele afasta-se da pós-modernidade ocidental, conservando-se sempre a uma distância segura das reivindicações de identidade e de comunidade, das quais ele sempre se confessou francamente desconfiado. Para executar o seu trabalho, ele recusa-se a adotar as formas depuradas e idealizadas da escultura académica, cria superfícies e volumes alternadamente aguçados, nodosos e escoriados, cujos nódulos convidam e estimulam ao toque e ao abraço, a um abraço imóvel e improvável, isento de qualquer forma de lascívia. Ouazzani parece querer instaurar o reino do coração, passando sem nuances pelo processo do sofrimento e da destruição. Para tal, a escolha estética, vastamente assumida pelo artista, ilustra de forma brilhante uma abordagem única no seu género: a de propor através da sua obra uma modernidade inclassificável e autêntica, lançando luz, através do seu pensamento, sobre a complexidade moral e filosófica da nossa época.

Page 7: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

1110

As palavras hermenêuticas, que conduzem às esculturas e às criaturas imobilizadas, abrem os limiares de descodificação das grandes emoções que há milénios povoam o subconsciente do ser humano, e que nos asseguram que, em breve, não seremos mais capazes de explicar racionalmente os mistérios da nossa existência, nem da do universo que se desmorona à nossa volta. Esta lógica é a única que é capaz de expressar a ansiedade que atinge os corpos que definham, chegando ao limite da tísica, preservando neles o escape da esperança de preservar a fraternidade primeira do Homem, do animal e do vegetal. O artista explora as formas mais inesperadas, e dá vida aos tons mais claros e às nuances mais ardentes e mais frescas, para compor aquilo que Baudelaire intitula o hino da cor. Graças a isto, ele rompe com a uniformidade do mundo através da caloricidade da sua ambição, generosa e bem pesada, e recria-o infundindo nele, com a sua pureza natural e sua franqueza reta, a mais bela das alegrias. É preciso dizer que uma onda de emoções transborda das obras, que não se consegue vislumbrar nem contemplar sem se sentir a Einfühlung no sentido que lhe é atribuído por Croce: a saber, o da intuição imediata e espontânea, sem que seja necessário recorrer-se a qualquer raciocínio para que aconteça e exista. À flora e à fauna que revisita, o artista distribui generosamente atributos e características que são diferentes das suas. O cavalo é um símbolo recorrente nas suas esculturas. Ele assume um aspeto anseriforme e parece pavonear as curvas imaginárias da sela que o artista esbateu, deixando apenas uma linha desfiada e ténue. E por paradoxo, o focinho e o pescoço confirmam o aspeto equestre promissor da impetuosidade, da sinceridade e da lealdade deste alter ego do Homem, desde a aurora dos tempos. Esta abordagem, que nega à partida todos os segredos da conceção, permite que o artista ponha à prova as suas experiências. O seu domínio da modelagem nunca considera outra forma senão a da extremidade de um volume, por mais apurado que seja, para dar conta de uma superfície e de uma estrutura onde só o mais importante para o artista é esboçado e produzido: o movimento de resistência pacífica de um corpo esguio que se basta a si próprio, e que abandonou voluntariamente todos os acessórios da corpulência, do pelame ou da folhagem, para se apropriar da forma simbólica e fundamental que o artista lhe reatribuiu. Aquela onde as saliências e as depressões, feitas de barras metálicas revestidas de empastamentos diversos e variados, praticamente impercetíveis, ocupam um volume reduzido à estrutura. Assim, as formas longilíneas quase conceptuais, ilustram a metáfora do apagamento. Ouazzani, passou parte da sua vida a esfolar as suas criaturas, a obliterar incansavelmente as pistas que pudessem reportar às características de amplitude e conformação corporal, a ponto de, até

para o observador atento, ser muito difícil reconhecer os traços específicos das espécies, apesar das inúmeras semelhanças. A virtude dos membros filiformes e sobredimensionados, diz o artista, desafia o observador e obriga-o a uma aproximação imediata, destas criaturas tornadas exangues pelas ações do ser humano. O artista recria incansavelmente as figuras esculpidas e pintadas, que emergem do seu imaginário moldado durante toda a extensão de uma vida e das várias estações que a constituem e a alimentam com a sua inexorável cadência, mas cujas experiências nunca são idênticas. A proliferação deve-se à ação constante de cavar mais fundo, a cada nova inspiração, na busca dos contornos e da armação, do fio e da fibra, do círculo e do anguloso. Ainda que os corpos sejam ténues e graciosos, permanece a esfera e o plinto que os suporta e levanta frente ao Homem, pois o poder denotativo, das obras criadas pelo artista, pesa o verdadeiro peso do sentido e define o espaço intelectual que sugere. Nisto, faz negação à leveza e restitui a todos o direito de estarem na terra e de aí serem ancorados por amarras indeléveis, numa época da História em que a leveza de qualquer Ser ou ente se tornou insustentável. Portanto, podemos arriscar e dizer que o traço escultórico de Ouazzani é deliberadamente lapidário, no sentido estrito da palavra, porque ergue num só gesto as posturas, as atitudes e os gestos das suas criaturas, sendo nisso terrivelmente eficaz. Nenhum tateamento macula a harmonia global das suas esculturas, cujo desenho se torna no intermediário indispensável. As ideias sensíveis que daí nascem, despertam nele a exploração da memória humana e integral, visto que a ideia de desenhar com carvão na parede de uma caverna nasceu à volta de uma fogueira crepitante. Da mesma forma, Ouazzani perpetua, através das suas esculturas proféticas, a própria essência da nossa humanidade, da qual a sua obra é a consciência. Ele prenuncia de forma poderosa o Arquétipo da essência inteligível e expressiva, modelada em torno de uma obra que nunca atinge o seu limite ou o seu fim, pois o fim é sinónimo de morte. Ela continua, portanto, a sofrer transformações, a viver, a irradiar a esperança, tanto da nova criação como do novo receber.

Ahmed MJIDOU Professor académico e crítico de arte

Page 8: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

12UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26

Page 9: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26

Page 10: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26

Page 11: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26

Page 12: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26

Page 13: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26

Page 14: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26

Page 15: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26

Page 16: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26

Page 17: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26UNTITLED, mixed technique on cardboard, 2016, cm 20x26

Page 18: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

33

Page 19: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

3534

Abdelkrim Ouazzani o il regno della fratellanza

La singolarità di Abdelkrim Ouazzani come artista è quella di riuscire a far sì che la materia e il suo risultato finale esprimano l’impulso transitorio dell’individuo che, smarrito in preda alla sua condizione, deve lottare indefinitamente contro i tormenti, che lo schiacciano con il loro incommensurabile peso, per ritrovare la speranza. E Ouazzani è il portatore di speranza, il traghettatore e il conciliatore di mondi antagonisti, che minacciano di dilaniarsi in ogni momento. L’artista per ristabilire l’armonia, viaggia per il mondo condividendo la sua verve e la sua creatività, offrendo, attraverso le sue mani, cuore e sorriso come eterno pegno di fratellanza. Le numerose mostre a cui ha partecipato Ouazzani confermano il suo tratto caratteriale universalista e profondamente umano. Da quando ha iniziato i suoi studi all’Accademia di Belle Arti di Parigi, il suo destino è stato segnato, lo ha guidato in Europa, Africa, Sud America e Medio Oriente. Ma qual è il segreto di questo successo? È legato solo al talento o alle scelte determinanti compiute dall’artista? Dovremmo cercarlo nel percorso di traghettatore che l’artista esercita da più di trent’anni presso l’Istituto Nazionale di Belle Arti di Tetouan? E infine come crea le sue creature scolpite o dipinte? Lo stile dell’artista Abdelkrim Ouazzani è caratterizzato da una smagliante originalità, da audacia e freschezza. Si distingue dalla postmodernità occidentale pur mantenendo una rispettosa distanza dalle rivendicazioni identitarie e comunitarie, contro le quali ha sempre espresso franco sospetto. Per compiere il suo lavoro rifiuta di adottare le forme raffinate e idealizzate della scultura accademica e produce superfici e volumi affusolati, nodosi e bitorzoluti, i cui nodi invitano e incoraggiano a toccare e ad avvolgere in un abbraccio immobile e improbabile, da cui è abolita ogni forma di lussuria. Ouazzani sembra voler instaurare il regno del cuore compiendo senza sfumature il percorso della sofferenza e della distruzione. Per fare questo, la scelta estetica, ampiamente assunta dall’artista, illustra brillantemente un approccio unico nel suo genere: quello di proporre attraverso la sua opera una modernità inclassificabile e autentica, illuminando con il suo pensiero la complessità morale e filosofica del nostro tempo. Le parole ermeneutiche che riguardano le sculture e le creature immobili aprono le porte di decrittazione delle grandi emozioni, che da millenni popolano il subconscio umano e che ci confermano che presto, non saremo più in grado di spiegare razionalmente i misteri della nostra esistenza, né quelli dell’universo che si sgretola intorno a noi. Questa logica è l’unica capace di esprimere l’angoscia che colpisce i corpi in deterioramento, arrivando al limite

della tisi, pur conservando la fugace speranza di preservare la fratellanza primaria dell’uomo, dell’animale e del vegetale. L’artista esplora le forme più inaspettate e fa rivivere i toni più chiari e le sfumature più calde e più fredde, per comporre quello che Baudelaire chiama l’inno del colore. Grazie a ciò rompe l’uniformità del mondo con l’energia della sua ambizione, generosa e misurata, e lo ricrea infondendogli, con la sua naturale purezza e la sua schietta franchezza, la più bella delle gioie. Va detto che un’onda di emozioni trabocca dalle opere, che non si possono guardare e contemplare senza sentire l’Einfühlung nel senso datogli da Croce: cioè quella intuizione immediata e spontanea che non ha bisogno di ricorrere a nessun ragionamento per esserci. Alla flora e alla fauna, che rivisita, l’artista elargisce attributi e caratteristiche diverse dalle proprie. Il cavallo è un simbolo ricorrente nelle sue sculture. Prende un’aria anseriforme e sembra pavoneggiarsi sulle curve immaginarie della sella che l’artista ha sfumato, lasciando solo una linea sottile e tenue. Mentre paradossalmente il muso e il collo confermano l’aspetto equestre, indizio dell’ardore, della sincerità e della lealtà di questo alter ego dell’uomo sin dalla notte dei tempi. Questo approccio, rompendo tutti i segreti della rappresentazione, permette all’artista di mettere alla prova le sue esperienze. La sua scienza della modellazione non considera altra forma se non quella dell’estremità di un volume, anche se finito, per rendere conto di una superficie e di una struttura dove solo quello che è più importante per l’artista viene abbozzato e realizzato: il movimento di pacifica resistenza di un corpo magro che è di per sé sufficiente e che ha volontariamente abbandonato tutti gli accessori della corpulenza, del mantello o del fogliame, per appropriarsi della forma emblematica e fondamentale che l’artista gli ha conferito. Quella dove le sporgenze e gli avvallamenti, realizzate con barre di metallo rivestite con impasti vari e variegati, appena percettibili, occupano un volume limitato alla resa. In tal modo, le forme snelle, quasi concettuali, rappresentano la metafora della cancellazione. Ouazzani, ha passato parte della sua vita a scorticare le sue creature, cancellando instancabilmente gli indizi caratteriali di pienezza e conformazione corporea, permettendo a malapena allo spettatore attento di riconoscere i tratti specifici della specie, nonostante le numerose differenziazioni. La purezza degli arti filiformi e sovradimensionati, come afferma l’artista, fa appello allo spettatore e gli impone l’immediata vicinanza, a creature rese esangui dalle azioni dell’uomo. L’artista, instancabilmente, ricrea le figure, scolpite e dipinte, che emergono dalla sua fantasia impastate dall’intera estensione di una vita e dalle molteplici stagioni che la costituiscono e la alimentano con la loro inesorabile ciclicità, ma le cui esperienze non sono mai identiche. La proliferazione è dovuta

Page 20: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

3736

Luoghi di passaggio, di incontro e di dialogo interculturale in cui riecheggiano le onde delle culture mediterranee e del mondo lusofono. I Centrum SSSL sono ancorati alle radici del territorio che li ha visti nascere e che li ospita. Sono spazi di aggregazione e confronto, officine creative in cui importanti artisti del mondo mediterraneo e lusofono soggiornano, trovano ispirazione, dialogano, creano e condividono. Sono luoghi di sinergia tra arte, musica, turismo culturale e promozione del territorio.Mostre d’arte contemporanea, residenze artistiche, laboratori di creatività, concerti e originali produzioni musicali, incontri multiculturali, accompagnati spesso da degustazioni eno-gastronomiche: queste sono le principali attività che animano le “case” del Festival Sete Sóis Sete Luas. L’ampia programmazione artistica, di responsabilità dell’Associazione Sete Sóis Sete Luas, prevede ogni anno 7-10 progetti espositivi internazionali in ogni Centrum SSSL, che vengono promossi in maniera coordinata e i cui protagonisti sono molteplici: i prestigiosi artisti, affermati e quotati nel proprio paese d’origine ma non ancora a livello internazionale, i giovani talenti, gli studenti che partecipano ai laboratori e ai programmi di scambio tra le città delle Rete SSSL, le associazioni culturali presenti sul territorio…Ogni Centrum Sete Sóis Sete Luas è identificabile da un’onda mosaico che si snoda sinuosa sulla parete esterna con i nomi delle città che fanno parte della Rete dei Centrum SSSL. È dotato di uno spazio dedicato alla collezione permanente, depositario della memoria delle attività del Festival SSSL, di una sala dedicata alle mostre temporanee, un bookshop dove vengono presentate al pubblico le produzioni musicali ed editoriali del Festival Sete Sóis Sete Luas: cd, dvd, libri, cataloghi e i prodotti enogastronomici e artigianali più rappresentativi dei Paesi della Rete SSSL. Ogni Centrum è inoltre dotato di una sala per incontri, presentazioni, dibattiti, concerti e di foresterie per gli artisti e gli stagisti delle città della Rete SSSL. Sono al momento attivi nove Centrum SSSL : in Italia a Pontedera (Toscana), in Portogallo a Ponte de Sor e Montargil (Alentejo), in Francia a Frontignan (Languedoc-Roussillon) e a Capo Verde a Ribeira Grande (Santo Antão), Cidade do Porto Inglês (Maio), Nova Sintra (Brava), São Filipe (Fogo) e Tarrafal (Santiago).

Marco AbbondanzaDirettore del Festival Sete Sóis Sete Luas

all’azione costante di scavare più a fondo, a ogni nuova ispirazione, alla ricerca di contorni e rinforzi, filo e fibra, cerchio e spigolosità. Anche se i corpi sono sottili e snelli, resta la sfera e la base che li sostiene e che li eleva agli occhi dell’uomo, poiché il potere denotativo delle opere realizzate dall’artista ha il vero peso del senso e definisce lo spazio intellettuale che suggerisce. In questo nega l’assenza di gravità e restituisce a tutti il diritto di essere sulla terra e di esservi ancorati da legami incrollabili, in un momento della storia in cui la leggerezza di qualsiasi essere o ente è diventata insopportabile. Possiamo quindi azzardare e dire che il tratto scultoreo di Ouazzani è volutamente lapidario nel senso stretto del termine, perché erige in un colpo solo le posture, gli atteggiamenti e i gesti delle sue creature, pur essendo terribilmente efficace in questo. Nessun tentativo ed errore intacca l’armonia generale delle sue sculture, il cui disegno diventa il mediatore indispensabile. Le idee sensibili che ne derivano, suscitano poi in lui l’esplorazione dell’intera memoria umana, poiché l’idea di dipingere con il carboncino su una parete di una caverna è nata intorno a un fuoco scoppiettante. Allo stesso modo, Ouazzani perpetua attraverso le sue sculture profetiche l’essenza stessa della nostra umanità di cui la sua opera è la coscienza. Presenta potentemente l’Archetipo dell’essenza intelligibile ed espressiva, modellato intorno a un’opera che non raggiunge mai il suo limite o la sua fine, perché la fine è sinonimo di morte. Continua quindi a trasformarsi, a vivere, a irradiare speranza, nuova creazione e nuova accoglienza.

Ahmed MJIDOU Professore universitario e critico d’arte

Page 21: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

CATÁLOGO N. 116

1) El puerto de las Maravillas – Los navios antiguos de Pisa, 2001. T. Stefano Bruni e Mario Iozzo. Ed. PT, ES2) Maya Kokocinsky, Translusion II, 2002. T. Pinto Teixeira. Introduction de Oliviero Toscani. Ed. PT, ES.3) Oliviero Toscani, Hardware+Software=Burros, 2002. Ed. IT, PT.4) As personagens de José Saramago nas artes, 2002. Introduction de José Saramago. Ed. PT.5) Stefano Tonelli, Nelle pagine del tempo è dolce naufragare (2002). Ed. IT, PT.6) Luca Alinari, Côr que pensa, 2003. Ed. PT, ES.7) Riccardo Benvenuti, Fado, Rostos e Paisagens, 2003. Ed. IT, PT.8) Antonio Possenti, Homo Ludens, 2003. T. John Russel Taylor et Massimo Bertozzi. Introduction de José Saramago. Ed. IT, PT.9) Metropolismo – Communication painting, 2004. T. Achille Bonito Oliva. Ed. IT, PT. 10) Massimo Bertolini, Através de portas intrasponíves, 2004. T. R. Bossaglia, R. Ferrucci. Ed. IT, PT.11) Juan Mar, Viaje a ninguna parte, 2004. Introduction de José Saramago. Ed. IT, PT.12) Paolo Grimaldi, De-cuor-azioni, 2005. T. de Luciana Buseghin. Ed. IT, PT. 13) Roberto Barni, Passos e Paisagens, 2005. T. Luís Serpa. Ed. IT, PT.14) Simposio SSSL: Bonilla, Chafer, Ghirelli, J.Grau, P.Grau, Grigò, Morais, Pulidori, Riotto, Rufino, Steardo, Tonelli, 2005. Ed.: ES, IT, PT.15) Fabrizio Pizzanelli, Mediterrânes Quotidianas Paisagens, 2006. Ed. IT, PT.16) La Vespa: un mito verso il futuro, 2006. T. Tommaso Fanfani. Ed. ES, VAL.17) Gianni Amelio, O cinema de Gianni Amelio: a atenção e a paixão, 2006. T. Lorenzo Cuccu. Ed. PT.18) Dario Fo e Franca Rame, Muñecos con rabia y sentimento – La vida y el arte de Dario Fo y Franca Rame (2007). Ed. ES.19) Giuliano Ghelli, La fantasia rivelata, 2008. T. Riccardo Ferrucci. Ed. ES, PT.20) Giampaolo Talani, Ritorno a Finisterre, 2009. T. Vittorio Sgarbi et Riccardo Ferrucci. Ed. ES, PT.21) Cacau Brasil, SÓS, 2009. Ed. PT.22) César Molina, La Spirale dei Sensi, Cicli e Ricicli, 2010. Ed. IT, PT.23) Dario Fo e Franca Rame, Pupazzi con rabbia e sentimento. La vita e l’arte di Dario Fo e Franca Rame, 2010. Ed. IT.24) Francesco Nesi, Amami ancora!, 2010. T. Riccardo Ferrucci. Ed. PT, ES.25) Giorgio Dal Canto, Pinocchi, 2010. T. Riccardo Ferrucci e Ilario Luperini. Ed. PT. 26) Roberto Barni, Passos e Paisagens, 2010. T. Giovanni Biagioni e Luís Serpa. Ed. PT.27) Zezito - As Pequenas Memórias. Homenagem a José Saramago, 2010. T. Riccardo Ferrucci. Ed. PT.28) Tchalê Figueira, Universo da Ilha, 2010. T. João Laurentino Neves et Roger P. Turine. Ed. IT, PT.29) Luis Morera, Arte Naturaleza, 2010. T. Silvia Orozco. Ed. IT, PT.30) Paolo Grigò, Il Volo... Viaggiatore, 2010. T. Pina Melai. Ed. IT, PT.31) Salvatore Ligios, Mitologia Contemporanea, 2011. T. Sonia Borsato. Ed. IT, PT.32) Raymond Attanasio, Silence des Yeux, 2011. T. Jean-Paul Gavard-Perret. Ed. IT, PT.33) Simon Benetton, Ferro e Vetro - oltre l’orizzonte, 2011. T. Giorgio Bonomi. Ed. IT, PT.34) Noé Sendas, Parallel, 2011. T. Paulo Cunha e Silva & Noé Sendas. Ed. IT, PT, ENG.35) Abdelkrim Ouazzani, Le Cercle de la Vie, 2011. T. Gilbert Lascault. Ed. IT, PT.36) Eugenio Riotto, Chant d’Automne, 2011. T. Maurizio Vanni. Ed. IT, PT.37) Bento Oliveira, Do Reinado da Lua, 2011. T. Tchalê Figueira e João Branco. Ed. IT, PT.38) Vando Figueiredo, AAAldeota, 2011. T. Ritelza Cabral, Carlos Macedo e Dimas Macedo. Ed. IT, PT.39) Diego Segura, Pulsos, 2011. T. Abdelhadi Guenoun e José Manuel Hita Ruiz. Ed. IT, PT.40) Ciro Palumbo, Al di là della realtà del nostro tempo, 2011. T. A. D’Atanasio e R. Ferrucci. Ed. PT, FR.41) Yael Balaban / Ashraf Fawakhry, Signature, 2011. T. Yeala Hazut. Ed. PT, IT, FR.42) Juan Mar, “Caín”, duelo en el paraíso, 2012. T. José Saramago e Paco Cano. Ed. PT, IT43) Carlos Macêdo / Dornelles / Zediolavo, Caleidoscópio, 2012. T. Paulo Klein e C. Macêdo. Ed. PT, IT.44) Mohamed Bouzoubaâ, “L’Homme” dans tous ses états, 2012. T. Rachid Amahjou e A. M’Rabet. Ed. PT, IT, FR.45) Moss, Retour aux Origines, 2012. T. Christine Calligaro e Christophe Corp. Ed. PT, IT.46) José Maria Barreto, Triunfo da Independência Nacional, 2012. T. Daniel Spínola. Ed. PT, IT.47) Giuliano Ghelli, La festa della pittura, 2012. T. Riccardo Ferrucci. Ed. PT, FR.48) Francesco Cubeddu e Marco Pili, Terre di Vernaccia, 2012. T. Tonino Cau. Ed. PT, FR.49) Rui Macedo, De Pictura, 2012. T. Maria João Gamito. Ed. IT, FR. 50) Angiolo Volpe, Passaggi pedonali per l’ infinito, 2012. T. Riccardo Ferrucci. Ed. PT, IT.51) Djosa, Criôlo, 2012. T. Jesus Pães Loureiro e Sebastião Ramalho. Ed. PT, IT, FR.52) Marjorie Sonnenschein, Trajetória, 2013. T. Marcelo Savignano. Ed. PT, IT.53) Ilias Selfati, Arrest, 2013. T. Marie Deparis-Yafil. Ed. PT, IT, FR.54) Pierre Duba, Un portrait de moitié Claire, 2013. T. Daniel Jeanneteau. Ed. PT, IT. 55) Weaver, WEAVER DISCOS pop descarado, 2013. T. Ritelza Cabral. Ed. PT, IT. 56) Giuliana Collu & Roberto Ziranu, Terra è Ferru, 2013. T. Tonino Cau. Ed. PT, FR. 57) 7sóis.CriArt, Os Laboratórios de Criatividade do Centrum Sete Sóis Sete Luas (2010-2012), 2013. Ed. PT, IT, FR.58) Laka, El Viajero, 2013. T. Marilena Lombardi, Roberto Brunetti. Ed. PT, IT.59) Ugo Nespolo, Il Mondo a Colori, 2013. T. Riccardo Ferrucci. Ed. PT, FR.60) Hassan Echair, Horizon plombé, 2013 T. Nicole de Pontchara, Jean L. Froment, Faïssal Sultan, Pierre Hamelin. Ed. PT, IT.

61) Cristina Maria Ferreira, Esculturas do meu Fado, 2013 T. Sérgio Barroso, António Manuel de Moraes. Ed. IT, FR.62) Nela Barbosa, Olga Kulkchenko, Leomar e Tutú Sousa, Arte de Cabo Verde no Feminino, 2013 T. Daniel Spínola. Ed. PT, IT. 63) Marcello Scarselli, Il Lavoro Dipinto, 2014 T. Riccardo Ferrucci. Ed. PT, FR.64) Saimir Strati, Seven Stars, 2014 T. Ronald Galleta, Alida Cenaj. Ed. PT, IT.65) Ali Hassoun, Aqueles que vão - Quelli che vanno, 2014 T. Riccardo Ferrucci. Ed. PT, IT. 66) Charley Fazio, Con l’isola dentro, 2014 T. Antonio Lubrano. Ed. PT, IT.67) Fulvia Zudič, Istria, 2014 T. Enzo Santese. Ed. PT, IT.68) Ahmed Al Barrak, Geste et Lumière, 2014 T. Rachid Amahjour, Hafida Aouchar. Ed. PT, IT.69) Georges D’Acunto, Au Delà-du Regard, 2014 T. Odile Bochard, Simone Tant. Ed. PT, IT, FR.70) Alfredo Gioventù & Khaled Ben Slimane, Mãe Terra Mar, 2014 T. Alfredo Gioventù, Alice Pistolesi. Ed. PT, IT.71) Obras da colecção permanente do Centrum Sete Sóis Sete Luas de Ponte de Sor (2009-2014), 2014. Ed. PT.72) Maurício Oliveira, Tropiques Utopiques, 2014 T. Moisés Oliveira Alves. Ed. PT, IT, FR.73) Hamadi Ananou, Alcancía, 2015 T. Clara Miret Nicolazzi. Ed. PT, IT.74) Mira Ličen Krmpotić, Paesaggi istriani e momenti parigini / Paisagens istrianas e momentos parisienses , 2015 T. Nives Marvin. Ed. PT, IT.75) Mahassin Kardoud, Receitas Artisticas, 2015 T. Said Choukairi. Ed. PT, IT.76) Alice Pasquini, Deep Tides Dry, 2015 T. Marta Gargiulo. Ed. PT, IT.77) Sandro Libertino, Storie d’arancio e d’azzurro cobalto, 2015 T. Riccardo Ferrucci. Ed. PT, IT.78) Cláudio César, Sentimentos, 2015 T. Carlos Macedo, Dante Diniz. Ed. PT, IT.79) Ahmed Djelilate, Émotions Méditerranéens, 2015 T. Kurt R. Stroetler. Ed. PT, IT, FR.80) Gani Llalloshi, Sensitivity of Simulacra, 2016 T. Andrej Medved. Ed. PT, IT.81) Salvador Samper, Sobre Almas, 2016 T. José Fernando Sánchez Ruiz. Ed. PT, IT.82) Antonella Magliozzi, I see, I hear, I am... the universal Energy of the Soul, 2016 T. Cosmo Mitrano, Antonio Sorgente. Ed. PT, IT, FR.83) Zelito, Em Louvor das Mulheres, 2016 T. Daniel Rodrigues Spínola; João Cardoso. Ed. PT, IT.84) Abdelkarim Elazhar, Regards, 2016 T. Abdelaziz Mouride; Mostafa Chebbak; Khadija Alaoui. Ed. PT, IT, FR.85) Zed1, Il lato nascosto - “O lado oculto”, 2016 T. Federica Fiumelli. Ed. PT, IT.86) Sérgio Helle, Paradisus, 2016 T. Roberto Galvão. Ed. PT, IT.87) Pepe Gutiérrez, Código de Luz, 2016 T. Ramón Galindo Morales. Ed. PT, IT.88) Fernando França, Encantes Amazónicos, 2017 T. Binho Marques. Ed. PT, IT.89) Luis Ibañez, Paisajes Inquietantes, 2017 T. José Fernando Sánchez Ruiz. Ed. PT, IT.90) Fatima Bikerouane, Slimane Drissi e Mohammed El Mountassir, Espaçoa, Atmosferas e Cores D’essaouira Mogador, 2017, T. Rachid Elhahi, Victor Mennessier e Mohamed Tahdaini. Ed. PT, FR.91) Tutu Sousa, Meus aCORdes, 2017, T. Leonel Sambe. Ed. PT, IT.92) Charly Lesquelin e Méo, Kréol World, 2017, T. Alain Courbis. Ed. PT, IT.93) Tchalê Figueira, O Mundo Onìrico, 2017, T. Ireneu Rocha e Vasco Martis. Ed. PT, IT.94) Mario Madiai, Imprevedibili Emozioni, 2017, T. Patrizia Turini e Riccardo Ferrucci. Ed. PT, IT.95) Stênio, Manuel de Caligrafia e Pintura, 2017, T. Gilmar de Carvalho. Ed. PT, IT96) Alfredo Martìnez Pérez, Desde Alameda de Cervera Pinturas y Esculturas de Alfredo Martìnez Pèrez , 2018, T. Amador Palacios, Jesùs de Haro Malpesa, Severino canas e J. Ruyz. Ed. PT, IT.97) Mégot, Vous êtes ici, 2018, T. Vasanda Valin. Ed. PT, IT98) Alain Marquina e Alessandro Puccinelli , De muscat et cortiça, 2018, T. Alain Marquina, Alessandro Puccinelli, Lucie Deroux Ed. PT, FR, IT99) Jairson Morais Lima, O quotidiano cabo-verdiano, 2018, T. Alvaro Zacarias Monteiro, Jairson Morais Lima. Ed. PT, FR, IT 100) Anaïs-Armelle Guiraud, Le Petit Cabinet, 2018, T. Corine Girieud, Anaïs-Armelle Guiraud. Ed. PT, FR, IT101) Roberto Fanari , Il Rumore delle Nuvole, 2018, T. Alessandro Romanini, Riccardo Ferruccio. Ed. PT, IT102) Pierre Farel, Soleil de Méditerranée, 2018, T. Canoline Critiks, Christophe Mondoloni. Ed. PT, IT103) Pedro Orozco Tristán, momentos, 2019, T. José Luis Gómez Barceló. Ed. PT, IT104) Vasko Vidmar, Ideogrammi II, 2019, T. Maja Bjelica. Ed. PT, FR, IT105) Eduardo Bentub, Sodade, 2019, T. Eduardo Bentub, Omar Camilo, Mario Berdič. Ed. PT, IT106) Sancho el Quijote & Quijote el Sancho, 2019, T. José Fernando Sanchez. Ed. ES, PT107) Ascanio, Impossibile creato, 2019, T. Maurizio Gronchi, Riccardo Ferrucci. Ed. PT, IT108) WaRoox, L’art est Union, 2019, T. WaRoox. Ed. PT,IT109) Salah Benjkan, Ahmed El Amine, Abdelkarim Elazhar, Zoubir Najeb (Morocco), La mère du printemps , 2019, Fréderick Gambin Azzeddine Abdelouhabi. Ed. PT,FR,IT110) Ribéra D.Réka (France), Les Autres Mondes , 2019, Ribéra D.Réka. Ed. PT,FR,IT111) Roberto Braida (Italy), Passaggi , 2020, Riccardo Ferrucci, Lodovico Gierut. Ed. PT,FR112) Mako Deuza (France), Kontrast, 2020, Christophe Mondoloni. Ed. PT,FR,IT113) Diavù (Italy), Aria, 2020, David Vecchiato, Giovanni Maria Riccio. Ed. PT,IT114) Saramago Mediterraneo, 2020, M. Abbondanza, M. Rolli. Ed. PT, IT, FR115) Pier Toffoletti (Italy), La bellezza resistente, 2021, R. Ferrucci. Ed. PT, IT116) Abdelkrim Ouazzani (Morrocos), Air Libre, 2021, Ahmed Mjidou. Ed. PT, IT

Page 22: Air Libre · Hoje, com as suas esculturas monumentais e imponentes, proclama a sua adesão incondicional à arte aberta ao público, característica da democratização do artista

Festival Sete Sóis Sete Luas

CATÁLOGO N. 116