10
 9 - CAMES E SEGUIDORES 9.1 - Definição Came é um elemento mecânico de uma máquina que é usado para acionar outro elemento, chamado seguidor, por meio de contato direto figura 9.1. 9.2 - Funcionamento Normalmente os cames são empregados para a transformação do movimento de rotação de um elemento em movimento alternado de outro elemento. A peça fixada ao elemento de rotação, o came é sempre o elemen to motor; ao elemento coman dado é dado o nome de seguidor, que, por sua vez, pode ser chamado de haste oscilante, quando o movimento é angular, ou haste guiada, quando o movimento é retilíneo. haste oscilantehaste guiada Fig. 9.1 Came e seguido r 9.3 - Aplicações Os mecanismos de came são simples, de projeto fácil e ocupam um espaço muito pequeno. Além disso, os movimentos dos seguidores que podem ter, todas as características desejadas, e não são de difícil obtenção. Por tais razões, os mecanismos de came são largamente utilizados em máquinas, sendo encontrados em motores de combustão interna, máquinas tipográficas, máquinas têxteis, máquinas ferramentas, máquinas automáticas de embalar, armas automáticas, dispositiv os de comando s et c. 9.4 - Classificação dos cames Os cames são classificados de acordo com sua forma na figura 9.2 t emos algun s tipos básicos, s endo o came de disco considerado de uso genérico. ESTATÍSTICAS 3801 visitas 508 downloads 1 comentários TAGS DESCRIÇÃO Apostila sobre cames com alguns exercicios resolvidos. ARQUIVOS SEMELHANTES apostila Apostila Apostila Apostila Apostila sobre mosfet apostila sobre transistores  Amanda Rosa Gabrie la Patrici a Mari a Janaina Fernanda Dy Lucas Co Yasmin Rai ssa Ebah no Facebook 57,295 pessoas curtiram Ebah. Curtir Plug-in social do Facebook tribologia e lubrificação Motores de Combustão Interna Sistemas Mecânicos Automotivos Apostila de Direito constitucional os et Transistor (Apostila)  Tweet  Apostila sobre cames Enviado por: Leopoldo Giovanetti | 1 comentários Arquivado no curso de Engenharia Mecânica na UFSC Curtir 6 Material de Estudo Comunidade Acadêmica Buscar arquivos, pessoas, cursos… Login Cadastro Apostila sobre cames http://www.ebah.com.br/conten t/ABAAAA6dkAF/apostila-sobre-cames 1 de 10 14/09/2012 23:42

Apostila Sobre Cames

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Apostila Sobre Cames

Citation preview

  • 9 - CAMES E SEGUIDORES 9.1 - Definio

    Came um elemento mecnico de uma mquina que usado para acionar outro elemento, chamado seguidor, por meio decontato direto figura 9.1.

    9.2 - Funcionamento

    Normalmente os cames so empregados para a transformao do movimento de rotao de um elemento em movimentoalternado de outro elemento.

    A pea fixada ao elemento de rotao, o came sempre o elemento motor; ao elemento comandado dado o nome deseguidor, que, por sua vez, pode ser chamado de haste oscilante, quando o movimento angular, ou haste guiada, quandoo movimento retilneo.

    haste oscilantehaste guiadaFig. 9.1 Came e seguidor 9.3 - Aplicaes

    Os mecanismos de came so simples, de projeto fcil e ocupam um espao muito pequeno. Alm disso, os movimentos dosseguidores que podem ter, todas as caractersticas desejadas, e no so de difcil obteno. Por tais razes, osmecanismos de came so largamente utilizados em mquinas, sendo encontrados em motores de combusto interna,mquinas tipogrficas, mquinas txteis, mquinas ferramentas, mquinas automticas de embalar, armas automticas,dispositivos de comandos etc.

    9.4 - Classificao dos cames

    Os cames so classificados de acordo com sua forma na figura 9.2 temos alguns tipos bsicos, sendo o came de discoconsiderado de uso genrico.

    ESTATSTICAS

    3801 visitas508 downloads1 comentrios

    TAGS

    DESCRIO

    Apostila sobre cames com alguns exerciciosresolvidos.

    ARQUIVOS SEMELHANTES

    apostila

    Apostila

    Apostila

    Apostila

    Apostila sobre mosfet

    apostila sobre transistores

    Amanda Rosa Gabriela Patricia Maria

    Janaina Fernanda Dy Lucas CordeiroYasmin Raissa

    Ebah no Facebook

    57,295 pessoas curtiram Ebah.

    Curtir

    Plug-in social do Facebook

    tribologia e lubrificao

    Motores de Combusto Interna

    Sistemas Mecnicos Automotivos

    Apostila de Direito constitucional

    Mosfet

    Transistor (Apostila)

    Tweet

    Apostila sobre camesEnviado por: Leopoldo Giovanetti | 1 comentriosArquivado no curso de Engenharia Mecnica na UFSC

    Curtir 6

    Material deEstudo

    ComunidadeAcadmica Buscar arquivos, pessoas, cursos Login Cadastro

    Apostila sobre cames http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA6dkAF/apostila-sobre-cames

    1 de 10 14/09/2012 23:42

  • Fig. 9.2a Tipos de cames.

    Fig. 9.2b Tipos de cames. 9.5 - Classificao dos seguidores

    Os seguidores so classificados em funo da forma de contato, da posio, do deslocamento e do tipo de retorno.

    9.5.1 - Quanto a forma de contato com o came (figura 9.3).

    Seguidor de ponta;Seguidor de face plana; Seguidor de face esfrica; Seguidor de roleteFig. 9.3 Tipos de contatos dos seguidores. 9.5.2 - Quanto a posio em relao ao eixo de giro do came (figura 9.4).

    Eixo RadialEixo Deslocado (Offset)Fig. 9.4 Posies dos seguidores em relao ao eixo de giro do came.

    Translao (haste guiada)Oscilante (haste oscilante)9.5.3 - Quanto ao tipo de deslocamento do seguidor (figura 9.5). Fig. 9.5 Tipos de deslocamentos do seguidor.

    9.5.4 - Quanto ao tipo de retorno do seguidor (figura 9.6).

    Retorno por gravidadeRetorno por mola Retorno comandado

    ApostilaAsperso Termica

    Apostila sobre cames http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA6dkAF/apostila-sobre-cames

    2 de 10 14/09/2012 23:42

  • Fig. 9.6 Tipos de retornos dos seguidores.

    9.6 Nomenclatura do came de disco (figura 9.7)

    Circunferncia base - a menor circunferncia com o mesmo centro do came e tangente internamente a ele figura 9.7.

    Ponto de traado - um ponto convenientemente escolhido sobre o seguidor, utilizado para determinar o perfil primitivo docame; corresponde ao centro do rolete ou arresta do seguidor de ponta. No caso dos seguidores de ponta, o ponto detraado tambm o ponto de contato.

    Perfil primitivo - aquele descrito pelo ponto de traado.

    Perfil do came - a curva limite da sua seo reta. No caso do seguidor de ponta, o prprio perfil primitivo.

    ngulo de presso - o ngulo entre a normal curva primitiva e o deslocamento do seguidor. Esse ngulo varivelao longo do perfil do came.

    ngulo de ao - o ngulo de rotao do came para realizao de um evento qualquer.

    Ponto primitivo - o ponto do perfil primitivo onde o ngulo de presso mximo.

    Circunferncia primitiva - uma circunferncia com o mesmo centro do came e que passa pelo ponto primitivo.

    Circunferncia principal - a menor circunferncia com o mesmo centro do came e tangente ao perfil primitivo.

    Fig. 9.7 Nomenclatura do came de disco com seguidor radial de rolete.

    9.7 - Projeto grfico do perfil do came. 9.7.1 - Consideraes gerais

    De um modo geral deseja-se na prtica, determinar o perfil de um came para um movimento conhecido ou escolhido doseguidor. O came dotado de uma determinada velocidade de rotao, geralmente uniforme (rad/s).

    O problema consiste ento em determinar, algbrica ou graficamente, um perfil para o came, o qual promova o movimentoespecificado para o seguidor.

    A soluo algbrica exige que o movimento do seguidor obedea a uma equao, enquanto a soluo grfica se aplica aqualquer caso. Por esta razo e pela sua simplicidade, o processo grfico se impe, na maioria dos casos.

    Para se obter graficamente o perfil do came, dois processos so empregados, caso se trate de came de disco ou camecilndrico ou cnico.

    Para os cames de disco, utiliza-se o processo de inverso do movimento, isto estuda-se o movimento relativo; para isso,supe-se o came imvel, enquanto o seguidor suposto girando em torno do eixo do came, em sentido contrrio ao giro docame.

    No caso dos demais cames, desenvolve-se a sua superfcie lateral em um plano por exemplo no came cilndrico.

    9.7.2 - Dados bsicos para traado grfico do camo de disco.

    - ( MU - MC - MHS - MP - R - etc.) = Movimentos considerados para um determinado ); - ( d ou L ) = Deslocamento doseguidor (haste) no movimento considerado;

    - (1, 2 , 3 , 4,n ) = Deslocamentos angulares do came no movimento considerado

    - ( Rm ) = Raio mnimo do came = Raio da circunferncia base;

    Apostila sobre cames http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA6dkAF/apostila-sobre-cames

    3 de 10 14/09/2012 23:42

  • - ( Rr ) = Raio do rolete (quando for o caso). - ( SG ) = Sentido de giro do came ( obs: sentido do traado contrrio a SG)

    - ( DIAGRAMA DE DESLOCAMENTO ) - Combina d e para cada movimento,formando elevao, repouso ou retorno do respectivo movimento. A linha de centro do seguidor (haste) contm os pontosde traado (0,1,2,3,4,5,6, - 6,5,4,3,2,1,0), figuras 9.8 , 9.9 e 9.10

    Fig. 9.8 Diagrama de deslocamento.

    Fig. 9.9 Came de disco com seguidor radial de ponta. Fig. 9.10 Came de disco com seguidor radial de rolete.

    9.7.3 - Diagramas de deslocamento

    Diagrama de deslocamento um grfico representativo, do deslocamento real do ponto de traado em funo de que ongulo real de ao do came. Conforme mostram as figuras 9.8 ; 9.9 e 9.10 o diagrama traado para uma rotaocompleta do came e representa as diversas posies do seguidor em um ciclo de seu movimento.

    Com o mnimo de 6 (seis) pontos de traado, colocados na ordenada (y) para o deslocamento do seguidor,correspondendo respectivamente a 6 (seis) divises na abcissa (x) do respectivo deslocamento do came, para cada domovimento considerado.

    9.7.3.1 - Movimento Uniforme - MU. a) Caractersticas

    Fig. 9.1 Deslocamento, velocidade e acelerao para o MU. b) Construo do diagrama do MU.

    O deslocamento do movimento uniforme uma reta com inclinao constante, logo a velocidade constante e a acelerao nula, figura 9.1 e 9.12 (a). As rampas de incio e fim provocam aceleraes infinitas, estas rampas podem sermodificadas com um arco circular figura 9.12 (b).

    (a) Pontos de Traado do Movimento Uniforme

    (b) Movimento Uniforme Modificado Fig. 9.12 Diagrama de deslocamento do Movimento Uniforme.

    9.7.3.2 - Movimento Harmnico Simples - MHS. a) Caractersticas

    Fig. 9.13 Deslocamento, velocidade , acelerao e acelerao segunda (jerk) para o MHS.

    b) Construo do diagrama do MHS.

    Traar um arco com raio igual ao curso do seguidor no movimento considerado dividido por 2 ( r = d/2 ). A projeo sobre odimetro de um ponto que se movimenta com velocidade uniforme, sobre o arco, est animada de MHS, logo podemoslocalizar os pontos de traado (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6) e construir o diagrama figura 9.14(a).

    (a) Pontos de traado sobre a linha(b) Diagrama de deslocamento do MHS.de centros do seguidor para MHSFig. 9.14 Diagrama de deslocamento do Movimento Harmnico Simples.

    Apostila sobre cames http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA6dkAF/apostila-sobre-cames

    4 de 10 14/09/2012 23:42

  • Obs: A figura 9.14 (a) Pontos de traado do MHS suficiente para o projeto grfico do came quando este movimento forespecificado nos dados do projeto.

    9.7.3.3 Movimento Parablico - MP. a) Caractersticas

    Fig. 9.15 Deslocamento, velocidade , acelerao e acelerao segunda (jerk) para o MP. b) Construo do diagrama doMP.

    1 - Pela origem do diagrama de deslocamento, traamos uma reta com um ngulo menor que 90 em relao a ordenada. 2- Em funo da preciso escolhida (mnimo de 6 pontos de traado), devemos dividir esta reta em partes proporcionaisconforme somatrio dos nmeros mpares da tabela 9.1. 3 - Unir a ltima diviso da reta com a ltima do seguidor naordenada (curso mximo no movimento considerado). 4 - Traar retas paralelas a reta gerada no passo 3 para cada umadas divises proporcionais, com isto obtemos os pontos de traado do came figura 9.16.

    divises em d 01 2 3 4 5 6 7 8 = div. da retadivises pro- 0 1 3 5 5 3 1- -

    Tabela 9.1 - Divises proporcionais e somatrio. 18

    0 1 3 5 7 7 5 3 1 32(a) Pontos de traado sobre a linha(b) Diagrama de deslocamento do MP.de centros do seguidor para MPporcionais Fig. 9.16 Diagrama de deslocamento do Movimento Parablico

    Obs: A figura 9.16 (a) Pontos de traado do MP suficiente para o projeto grfico....

    9.7.3.4 - Movimento Cicloidal - MC. a) Caractersticas

    Fig. 9.17 Deslocamento, velocidade , acelerao e acelerao segunda (jerk) para o MC. b) Construo do diagrama MC.

    1 - Montar a estrutura do diagrama, com a elevao do seguidor e o correspondente deslocamento angular do came nomovimento considerado (mnimo de 6 pontos de traado) figura 9.18. 2 - Desenhar no canto superior direito um circulo comraio igual a d dividido por

    sentido horrio para 1-2-3-4-5-62pi ( r = d / 2pi ) 3 - Dividir o circulo do passo 2 em nmero igual aos deslocamentos angulares adotados para o came(pontos de traado) no movimento considerado onde 0 = 3h e 4 - Projetar as divises do circulo ortogonalmente nodimetro vertical do circulo. 5 - Traar uma diagonal entre o canto inferior esquerdo e o canto superior direito do diagrama.Para 6 pontos de traado esta diagonal define os pontos 0, 3 e 6 ( zero, trs e seis) do deslocamento do seguidor. 6 -Projetar os outros pontos obtidos no dimetro vertical com retas paralelas a diagonal do passo 5. Com isto so obtidos ospontos de traado 1 e 2 para a paralela inferior e os pontos 4 e 5 para a paralela superior.

    Fig. 9.18 Diagrama de deslocamento do Movimento Cicloidal.

    9.7.4 - Perfil do came de disco com seguidor de translao (haste guiada). 1 - Dividir a circunferncia base (Rm) :

    1.1 - Em 1, 2, 3, 4n conforme nmero de movimentos considerados;1.2 - Dividir cada do item 1.1 em 6 (seis) pontos de traado no mnimo.

    2 - Considerar o came como fixo e girar o seguidor no sentido contrrio ao giro real do came. 3 - Compasso com pontaseca no centro da circunferncia base, combina-se os pontos de traado em d com as divises angulares do item 1.2observando a lgica do diagrama de deslocamento. Com isto encontramos os pontos de traado do perfil do came. 3.1 - Nocaso de seguidor de rolete, encontramos os centros onde devemos desenhar os roletes, para traar o perfil do cametangente a estes roletes, figuras 9.10 e 9.19. 3.2 - No caso de seguidor de ponta, encontramos o prprio perfil do came,figuras 9.9 e 9.20. 3.3 - No caso de seguidor de face plana, encontramos pontos onde devemos traar retasperpendiculares as retas do item 1.2 e, o perfil do came deve ser tangente ao polgono formado por estas perpendiculares,figura 9.21.

    Fig. 9.19 Came de disco com seguidor radial de rolete.

    Fig. 9.20 Came de disco com seguidor radial de ponta. Fig. 9.21 Came de disco com seguidor radial de face plana.

    9.7.5 - Perfil do came de disco com seguidor de haste oscilante.

    Para traar este tipo de perfil, utilizam-se os mesmos princpios adotados no traado do perfil do came de disco comseguidor de translao, a haste suposta girando em torno do came no sentido contrrio ao giro do mesmo. Ao mesmotempo, a haste dever girar em torno de seu prprio centro atravs do deslocamento angular especificado para cadaposio.

    Um dos mtodos para localizar os centros dos roletes, utiliza a interseo de dois raios (por exemplo o centro de rolete 3).O primeiro raio (do centro do came at a posio 3 nos pontos de traado do deslocamento) ponta seca do compasso nocentro do came para traar o primeiro arco. O segundo raio (do centro da haste at o centro do rolete 0 ou arco dospontos de traado), ponta seca do compasso no centro da haste que girou at a posio 3 para traar o segundo arco. Ainterseo dos dois arcos fornece a localizao do centro de rolete 3 .

    Apostila sobre cames http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA6dkAF/apostila-sobre-cames

    5 de 10 14/09/2012 23:42

  • Fig. 9.2 Localizao do centro do rolete no came de disco com seguidor de haste oscilante.

    Os pontos de traado do seguidor de haste oscilante, podem ser determinados, com a corda do arco percorrido pelo centrodo rolete, onde se faz corda = d para projetar os pontos conforme os diagramas de deslocamentos j conhecidos. A figura9.23 mostra um exemplo para o deslocamento MHS. Este mtodo suficientemente preciso, mas no exato [(43,8 43,4)/6 =0,08]. Para um traado mais exato, deve-se utilizar os deslocamentos sucessivos de um diagrama cinemticosobre o arco de deslocamento do centro do rolete.

    Fig. 9.23 Pontos de traado no came de disco com seguidor de haste oscilante 9.7.6 Perfil do came cilndrico com seguidorde rolete para MHS.

    O perfil do came ser determinado desenvolvendo-se a superfcie lateral do cilindro em um plano.

    Considerando-se o ponto de traado, o perfil primitivo ser o prprio diagrama de deslocamento.

    Desenhando-se sobre este diagrama crculos representativos das posies relativas dos roletes, pode-se facilmentedeterminar o perfil do came, ou seja, a forma de ranhura a abrir na superfcie lateral do camo figura 9.24.

    Fig. 9.24 Came cilndrico com seguidor de rolete para MHS.

    9.7.7 Perfil do came para comando de vlvulas em motores de combusto.

    O perfil de um came bsico para comando de vlvulas como o da figura 9.25 (b), composto por: - Um trecho circular, quecorresponde ao perodo de vlvula fechada formado pelo crculo base com raio R0; - dois trechos curvilneos ou retilneostangentes ao crculo de base, que correspondem aos perodos de abertura e fechamento de vlvula, chamados de flancosdo came; - Um trecho curvilneo (cabea do came) que une os dois flancos, correspondendo fase de mxima abertura davlvula.

    (a)(b)Fig. 9.25 Came para comando de vlvula (a) Conjunto de acionamento; (b) Perfil bsico do came.

    O traado para um motor de 4 tempos do perfil de um came para uma vlvula de admisso cujo deslocamento mximo He que tem a seguinte regulagem de distribuio:

    abertura = 10 antes do PMS; fechamento = 40 aps o PMI. A vlvula ter que se manter aberta por um ngulo m =10 + 180 + 40 = 230 de rotao da rvore de manivelas, isto representa para a rvore de comando devlvulas onde est o came, um ngulo m/2 = 115 (ngulo de abertura do came). Para um came de seguidor de faceplana: desenhamos o crculo de base com raio

    R0; o centro do crculo da cabea de raio r deve estar a uma distncia D do centro do crculo de base, de tal modo que: H= D + r R0. A reta que passa nos centros C e C o eixo do came.

    Traa-se uma reta que passe no centro do crculo de base, formando com o eixo do came um ngulo 0 = (m/2)/2= 57 30 . Com o centro O desta reta, traa-se o flanco do came, com um arco de circulo de raio R1 tangente ao crculode base no ponto 1 e ao crculo de cabea no ponto 2 (came de flancos curvilneos, lado esquerdo da Fig. 9.25 b).

    Para came de flancos retilneos (lado direito da Fig. 9.25 b): Partindo do centro do crculo de base traam-se duassemi-retas com o ngulo de abertura do came (115) tendo o eixo do came como bissetriz. Marca-se sobre a bissetriz oponto 3 de deslocamento mximo, o traado dos flancos so tangentes ao crculo de base nos pontos 1 e 1 . Desenhar ocrculo da cabea com raio r que tem que ser tangente aos flancos e passar pelo ponto 3 marcado na bissetriz.

    Os cames das figuras 9.25 (b) e 9.26 so conhecidos por came de arcos de crculos. Neste tipo de traado, compropores adequadas, obtemos diagramas de deslocamentos, velocidades e aceleraes que se aproximam dosdesejados.

    Fig. 9.26 Came para comando de vlvula

    Os cames atuais so projetados em funo dos diagramas de aceleraes, velocidades e deslocamentos que se querobter, figura 9.27. Seu perfil formado por curvas de raios variveis, isto possibilita obter mais facilmente e com melhoraproximao a lei do movimento previsto.

    s = perodo de abertura; r = perodo de abertura mxima; d = perodo de fechamento a = arco de ao a = s + r+ d

    Fig. 9.27 Came para comando de vlvula perfil em funo de um diagrama de deslocamento.

    O came da figura 9.26 constitudo por dois arcos de crculo r1 e r2. O arco de crculo de raio r0 corresponde ao perodode vlvula fechada.

    Exerccio resolvido 1- 1.1 - Fazer o esboo do diagrama de deslocamento e projetar um came de disco com seguidor radialde rolete, para realizar os deslocamentos conforme os dados: Rm = 30 m; Rr = 10 m; sentido de giro do came =anti-horrio; d= 40 m;

    0atpi MC (elevao) pi at pi R pi at 2pi MC (retorno)

    Apostila sobre cames http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA6dkAF/apostila-sobre-cames

    6 de 10 14/09/2012 23:42

  • 1.2 - Verificar o came quanto a formao de ponta e interferncia.

    1.3 - Calcular max.

    1.4 - Calcular R0 para max = 30

    - para elevao - para retorno- Movimento MC Fig. 9.32- Movimento MC Fig. 9.32- 1 = 240 - 3 = 60- L = d = 40 m - L = d = 40 mSoluo item 1.2

    30+10 = 40 m- (R0 = Rm + Rr ) R0 =Logo L

    1Logo/ R0 = 1,12min.= 1,12 x R0min.= 1,12 x 40 = 4,8 mmin.= 10 portanto no ocorre formao de ponta e muito menos interferncia.

    = 10 portanto no ocorre formao de ponta e muito menos interferncia.

    - para elevao - para retorno- Movimento MC Fig. 9.34- Movimento MC Fig. 9.34- 1 = 240 - 3 = 60- L = d = 40 m - L = d = 40 mSoluo item 1.3 - Calcular mx.

    30+10 = 40 m- (R0 = Rm + Rr ) R0 =Logo L

    1Logo= 19mx.Soluo item 1.4 - Calcular R0 para mx.

    - para elevao - 1 = 240- para retorno - 3 = 60Para mx. = 30

    =2Para mx.OBS: A ESCALA DO PROJETO GRFICO DEVE SER SEMPRE 1:1 Fig. 9.28 Projeto grfico do exerccio resolvido 1 (forade escala)

    Exemplo - 1

    1.1 - Projetar um came de disco com seguidor radial de rolete, para realizar os deslocamentos conforme diagramaesboado abaixo e com os seguintes dados:

    Rm = 30 m ; Rr = 14 m ; sentido de giro do came = horrio.

    1.2 - Verificar o came quanto a formao de ponta e interferncia.

    1.3 - Calcular max.

    1.4 - Calcular R0 para max = 35

    9.8 - Projeto analtico de um came 9.8.1 - Objetivos

    Evitar formao de ponta ou interferncia e controle do ngulo de presso mximo principalmente quando o projeto docame requer alta velocidade.

    9.8.2 - Mtodo para came de disco com seguidor radial de rolete

    Na figura 9.29 o deslocamento do centro do seguidor no centro do came dado por:

    R = R0 + f ( )(Eq. 9.8.1)Fig. 9.29 Deslocamento do seguidor onde R0 o raio mnimo da superfcie primitiva e f ( ) o movimento radial doseguidor em funo do movimento do came. Conhecido R0, determina-se as coordenadas polares dos centros do rolete ( R) para gerar o perfil do came.

    (R0 = Rm + Rr )(Eq. 9.8.2)O raio de curvatura da superfcie primitiva do came (), expresso em coordenadas polares determinado por:

    R = R0 + f ( )(Eq. 9.8.1)

    Apostila sobre cames http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA6dkAF/apostila-sobre-cames

    7 de 10 14/09/2012 23:42

  • 9.8.3 - Evitando formao de ponta e ou interferncia

    Um mtodo para determinar os pontos de traado deste came foi desenvolvido por Kloomok e Muffley, o qual considera afigura 9.30 onde:

    Fig. 9.30 Variveis no projeto analtico came .

    = raio de curvatura na superfcie primitiva;

    Rr = raio do rolete; c = raio de curvatura na superfcie do came.

    Se na figura 9.30, for mantido constante e Rr aumentar, c diminuir.

    Se continuamos aumentando Rr podem ocorrer duas situaes:

    a) Quando Rr = c = 0 e o came ter ponta figura 9.31(a) b) Quando Rr > o came ter interferncia figura 9.31(b) eo movimento do seguidor neste caso no ser o previsto.

    Fig. 9.31 (a) Came com ponta, (b) came com interferncia.

    Para evitar ambos os casos, o Rr dever ser menor que min., valor mnimo de para o movimento considerado. Para osvrios movimentos utilizados pelo seguidor, cada um dos casos dever ser analisado separadamente.

    min > Rr came sem formao de ponta e sem interferncia figura 9.30 min = Rr came com ponta figura 9.31(a) min< Rr came com interferncia figura 9.31(b)

    A equao 9.8.3 pode ser utilizada na determinao de uma expresso de para cada movimento considerado.Determinando-se a primeira derivada da equao 9.8.3 encontramos o menor valor de ou seja min. , que deve serutilizado na preveno contra pontas e interferncias. Dependendo da f ( ) (movimento considerado) estas derivadasimplicam em equaes complexas para cada caso, e por esta razo, para determinados tipos de cames e movimentosespecficos a equao 9.8.3 foi transformada em grficos prticos, dois exemplos so mostrados nas Fig. 9.32 para o MCe Fig. 9.3 para o MHS.

    As figuras 9.32 e 9.3 apresentam curvas que plotam min. / R0 versus para vrios valores de L/R0. Nestas curvas, ongulo de ao do came e L o deslocamento do seguidor no movimento considerado. Estas curvas permitem determinarmin. para comparar com Rr.

    O problema fornece os seguintes dados:

    - Movimento considerado ( MC Fig. 9.32 ou MHS Fig. 9.3 );

    - ngulo de ao do came no movimento considerado; - L = d deslocamento do seguidor no movimento considerado;

    - (R0 = Rm + Rr )(Eq. 9.8.2);com os dados acima determinamos min. Exemplo -1 (Pgina 19)

    - item 1.2 -Verificar o came quanto a formao de ponta e interferncia.

    - Movimento MHS Fig. 9.3

    Logo L

    0772,= 14 portanto no ocorre formao de ponta e muito menos interferncia conforme mostra o projeto grfico feito na aulapassada.

    23 Fig. 9.32 Movimento Cicloidal - MC

    24 Fig. 9.3 Movimento Harmnico Simples - MHS

    9.8.4 - Controle do ngulo de presso mximo. mx.

    O ngulo de presso tem importncia especial nos seguidores de rolete. necessrio tornar o seu mximo to pequenoquanto possvel e mesmo arbitra-lo em 30, embora maiores valores possam ocasionalmente serem usados. Um dosmtodos analticos foi desenvolvido por Kloomok e Muffley para seguidores radiais de rolete pode ser determinado pelaequao. 9.8.4.

    = tg R

    Para determinar o ngulo mximo, a complexidade das equaes levou para o desenvolvimento de monograma por E.C.Varnum, Fig. 9.34.

    Fig. 9.34 Monograma para determinao do ngulo de presso mximo. (Cortesia de E.C. Varnum, Barber - Colman Co.)

    Apostila sobre cames http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA6dkAF/apostila-sobre-cames

    8 de 10 14/09/2012 23:42

  • Exemplo -1(Pgina 19) item 1.3 - Calcular mx.

    - Movimento MHS Fig. 9.34

    Logo L item 1.4 - Calcular R0 e Rm para mx.

    Para mx. = 35

    R0 = Rm + Rr Rm = R0 - Rr

    9.9 Exerccios complementares do captulo 09 Exerccio complementar 1

    1.1 - Projetar um came de disco com seguidor radial de rolete, para realizar os deslocamentos conforme diagramaesboado abaixo e com os seguintes dados:

    Rm = 35 m ; Rr = 15 m ; sentido de giro do came = horrio.

    1.2 - Verificar o came quanto a formao de ponta e interferncia.

    1.3 - Calcular max.

    1.4 - Calcular R0 para max = 30

    Exerccio complementar 2

    2.1 - Fazer o esboo do diagrama de deslocamento e projetar um came de disco com seguidor radial de rolete, pararealizar os deslocamentos conforme dados abaixo:

    Rm = 3 m ; Rr = 20 m ; sentido de giro do came =horrio; d= 38 m;

    0atpi R pi at pi MC (elevao) pi at pi MP (retorno) pi at 2pi R

    2.2 - Verificar o came quanto a formao de ponta e interferncia.

    2.3 - Calcular max.

    2.4 - Calcular R0 para max = 25

    Exerccio complementar 3

    3.1 - Projetar um came de disco com seguidor radial de rolete, para realizar os deslocamentos conforme diagramaesboado abaixo e com os seguintes dados:

    Rm = 35 m ; Rr = 10 m ; sentido de giro do came = horrio.

    3.2 - Verificar o came quanto a formao de ponta e interferncia.

    3.3 - Calcular max.

    3.4 - Calcular Rm para max = 30

    Exerccio complementar -4

    4.1 - Projetar um came de disco com seguidor radial de rolete, para realizar os deslocamentos conforme diagramaesboado abaixo e para os seguintes dados: Rm = 35 m ; Rr = 16 m ; sentido de giro do came = anti-horrio.

    9.10 -Respostas dos exerccios complementares do captulo 09 R - Exerccio complementar - 1 - item 1.2 -Verificar o camoquanto a formao de ponta e interferncia.

    min.

    = 15 no ocorre formao de ponta e/ou interferncia.

    L / R0 = 0,6 mx.- item 1.3 - Calcular mx. = 16 item -1.1 Projeto grfico (desenho reduzido)

    R - Exerccio complementar - 2 - item 2.2 -Verificar o camo quanto a formao de ponta e interferncia.

    / R0 = 0,23 min.= 20 portanto ocorre interferncia.

    Apostila sobre cames http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA6dkAF/apostila-sobre-cames

    9 de 10 14/09/2012 23:42

  • L / R0 = 0,716 mx.- item 2.3 - Calcular mx. = 64 item -2.1 Projeto grfico (desenho reduzido)

    R - Exerccio complementar - 3

    - item 3.2 -Verificar o camo quanto a formao de ponta e interferncia.

    min.

    =10 no ocorre formao de ponta e/ou interferncia.

    L / R0 = 0,8 mx.item 3.3 - Calcular mx. = 26 item -3.1 Projeto grfico (desenho reduzido)

    R - Exerccio complementar - 4 item - 4.1 Projeto grfico (desenho reduzido)

    1 Comentrios

    Pesquisar

    O Ebah uma rede social dedicada exclusivamente aocampo acadmico e tem como principal objetivo ocompartilhamento de informao e materiais entre alunose professores.Saiba mais

    Sobre o Ebah:

    O que o Ebah?Perguntas frequentesAjude-nos a melhorarImprensaTermos e PrivacidadeTrabalhe no Ebah

    Cursos:

    AgrriasArtesBiolgicasEngenhariasExatasHumanas e Sociais

    Fique ligado:

    Alguns direitosreservados. 2006-2012

    Plug-in social do Facebook

    Comentar...

    Comentrio usando...

    Edilene B Moraes Moraes Sim

    otimo curso, vou comprar um traub a-25 !!!!!

    Responder Curtir 6 de Junho s 14:15

    Apostila sobre cames http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA6dkAF/apostila-sobre-cames

    10 de 10 14/09/2012 23:42