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Aprender édivertido !
G U I A D I D Á C T I C O 2 0 1 2
Guía Didáctica de Isla Mágica.
Aprender é divertido.
Equipe Redator:
©ARGOS "Proyectos Educativos", S.L.
Josechu Ferreras Tomé
Fermín María Beloqui
Trinidad Herrero Campo
Pilar Estada Aceña
Manuel Ángel Martín García
Ángel Domínguez Cubero
Alejandro Guerrero Morilla
Vanesa García Ocaña
Guadalupe Jiménez Leira
Desenho pedagogico:
©ARGOS "Proyectos Educativos", S.L.
Traduçao e Adaptaçao para Portuguêsde:
Fernando Barbosa Rodrígues
Edição:
Parque Isla Mágica, S.A.
Material curricular homologado pelo Conselho de Educação e Ciência da Junta daAndaluzia, segundo a resolução datada de 21 de Fevereiro de 2005.
Guía de CapítulosINTRODUÇAO
O SÉCULO XVI, ESPAÑA, PORTUGAL, AMÉRICA
A FÍSICA DAS ATRACÇOES
A ISLA MÁGICA E O MEIO AMBIENTE
O TEMPO HISTÓRICO
O CINEMA NA ISLA MÁGICA
Ainda existem terras por explorar .......................................................... 8
Isla Mágica , um lugar onde se pode aprende ................................... 9
20 anos depois: Isla Mágica no coração da Expo'92 ................... 11
O século XVI, Sevilha, América.............................................................. 16
Um século de Aventuras.......................................................................... 18
Sevilha, Porto das Índias Ocidentais..................................................... 20
Cádiz, Porto da América e berço da Constituição de 1812 ........ 22
Portugal, À procura da rota ocidental das Índias ............................ 25
As fortalezas no século XVI ................................................................... 29
O Pátio des Comedias ............................................................................ 34
O Mundo Maia ........................................................................................... 36
O ElDorado, as Civilizações pré-colombianas ................................ 41
Alimentação, actividade física e saúde em Isla Mágica ................ 45
A rota das Índias Ocidentais, porta da América ............................ 50
A Pirataria, causas e interesses ............................................................ 53
As formas de pagamento: da troca ao microchip .......................... 58
A Física das Atracções ............................................................................ 64
O escorrega. Compreendendo o mais simples ............................... 66
Iguaçú e Anaconda. Pela água quase sem atrito ............................. 69
O Jaguar. Jogando com a gravidade.................................................... 74
O Desafio, sentindo a gravidade .......................................................... 76
Do cinema mudo ao cinema em 4D.................................................... 80
A Ilha, um jardim de plantas exóticas ................................................. 85
A Água na Isla Mágica ............................................................................. 88
A Água: refresca, relaxa e diverte ....................................................... 90
A linha do Tempo........................................................................................ 96
Introdução
7
1492. Colombo chega às Índias Ocidentais.
1493. 2ª viagem de Colombo à América, Antilhas, Jamaica e Porto Rico.
1494. Leonardo da Vinci pinta “A última Ceia”.
1495. A imprensa de Gutemberg estende-se por toda a Europa.
1496. Colombo funda Santo Domingo.
L I N HA D O TE M P O
por explorarAINDA EXISTEM TERRAS
A Isla Mágica é um Parque Temático ambientado
na exploração do Novo Mundo, que toma a Sevilha
do século XVI como ponto de partida.
Quem visita o Parque passará um dia inesquecível
percorrendo cada uma das zonas que fazem da
Ilha Mágica o paraíso da diversão: Sevilha, Porta das
Índias Ocidentais; Quetzal, A Fúria do Deuses, Porta
da América; Amazónia; O Refúgio dos Piratas; A
Fonte da Juventude/La ihla os crianças, La Metropolis
y ElDorado. Em cada uma delas uma aventura
diferente, fazendo-nos recuar cinco séculos atrás e
fazendo-nos sentir o que viveram os mais audazes
aventureiros daquela época.
O visitante vive experiências irrepetíveis entre
atracções únicas na Europa, espectáculos lendários
e personagens caracterizadas neste ambiente de
novas sensações.
Não tenhamos dúvidas de uma coisa, para quem
goste de aventuras, Ilha Mágica é o seu paraíso
ideal. Os visitantes vivem a fantasia e o encanto de
um século cheio de surpresas. Tudo pode acontecer
na Ilha Mágica.
Aproveitar este manancial de vivências e motivações
que nos trouxe a aventura é o propósito deste
documento, que se dirige aos professores ou
professoras que liderem a expedição, e pretende
unicamente facil i tar à reflexão sobre os
acontecimentos vividos para melhorar o
conhecimento e a sabedoria dos nossos jovens
visitantes.
8
Um lugar onde se pode aprenderISLA MÁGICA
É o motivo que configura a linha temática
de Ilha Mágica, e pretende ser um tema
central para desenvolver o interesse pela
História e servir ao professorado na
tarefa de dar a conhecer um dos séculos
mais interessantes do passado, o século
XVI.
Depois de garantida a motivação para uma visita à atractiva Ilha Mágica, podemos sugerir um melhor
conhecimento do Parque através de uma perspectiva educativa, mobilizando e motivando a aprendizagem
e a reflexão dos alunos sobre a História, o Teatro, as Ciências e a Técnica. Afim de facilitar esta tarefa ao
professorado, elaboramos este material didáctico, desenvolvendo as seguintes temáticas:
Século XVI,Sevilha, América.
1497. Juan Cabote chega às costas de Norteamérica
1498. Vasco da Gama chega à Índia.
L I N HA D O TE M P O
9
Esta proposta está feita pensando na aquisição de novos conhecimentos, bem como no propósito de reflectir
sobre os que já possuímos, ajudando-nos a idealizar e a conceber, utilizando os magníficos recursos e
experiências in loco que o Parque Temático nos proporciona, como era e como se vivia no século XVI; para
sentir através da experiência directa como são e como actuam os diferentes fenómenos físicos.
Temos a possibilidade de “ver teatro”, evento cultural que
às vezes resulta como uma realidade cultural pouco
frequentada para muitos alunos. O Patio de Comédia e os
personagens que animam, estão perfeitamente ambientados
no século XVI, época em que a influência social do teatro
era muito importante.
El Corral das Comédias
A força centrífuga, a fricção, a aceleração ou o
poder da energia potencial estão presentes nas
atracções do Parque. Explicitar esses conceitos,
e dar a possibilidade de serem utilizados e
explicados na sala de aulas, convertem a Ilha
Mágica num local ideal onde se pode viver e
aprender a compreender estes conceitos da física.
A mecânica e a físicadas atracções.
Os 42.000 m2 de água e os mas de 49.000 m2 de jardins
dão cabida as 266 espécies de plantas existentes na Ilha
Mágica, oferecem a possibilidade de apreciar, conhecer e
realizar uma exótica viagem pela biodiversidade botânica dos
cinco continentes.
A “Ilha”, um jardim botânico.
10
Isla Mágica no coração da Expo'92
20 anos depois:
A Expo´92. Sevilha.
Em 2012 comemora-se o vigésimo aniversário da
celebração da Exposição Universal de 1992. A
Expo´92 motivou para a capital hispalense e para
a Andaluzia em geral não só a confluência de mais
de quarenta milhões de visitantes e a participação
de mais de cem países, senão também um
desenvolvimento económico e social sem
precedentes na cidade, com novas infra-estruturas
que originaram uma importante modernização de
Sevilha e Andaluzia. O início do funcionamento do
comboio AVE, que ligava Sevilla com a capital
madrilenha em somente duas horas e meia, foi uma
das metas mais importantes, que situavam a cidade
como referência mundial da alta velocidade em
transporte ferroviário. A ampliação do aeroporto, a
circunvalação exterior com a criação da SE-30,
novas redes de telecomunicações, a criação de
infra-estruturas culturais são mais alguns exemplos
das melhoras que experimentou Sevilha com a
celebração da exposição universal.
A Expo, que ocupava uma superfície de mais de
250 hectares, possibilitou só em 1992 a criação de
treze mil empregos na província de Sevilha, e
converteu-se em um exemplo de uma arquitectura
bioclimática, que através do acondicionamento
ambiental com abundantes espaços verdes e infra-
estruturas como pérgulas convertiam o passeio pela
exposição numa estadia agradável inclusive durante
os meses de verão.
O público escolar também foi protagonista no evento,
com um programa específico para eles, no qual
participaram milhares de escolares de toda Espanha.
Após a sua clausura, o Parque dos Descobrimentos
primeiro e a Isla Mágica depois junto ao Parque
Tecnológico Cartuxa 93 tomaram a testemunha da
Expo´92, recuperando
parte dos conteúdos
da exposição e aproveitando
as infra-estruturas e os
equipamentos criados
para o evento.
11
15 anos da Isla Mágica.
A Isla Mágica tem uma superfície total de 240 mil
metros quadrados dos quais 49 mil metros quadrados
são jardins e 40 mil metros quadrados superfície de
água, além de infra-estruturas para favorecer o seu
aproveitamento. Grande parte dos seus espaços é um
patrimônio deixado pela Expo no desenvolvimento
de uma arquitectura sustentável de referência mundial
(ver tabela 1). Desta herança, a Isla Mágica não só
incorporou as suas infra-estruturas senão também os
recursos humanos qualificados gerados pela Expo'92
para a gestão, operação e desenvolvimento de
processos formativos nestes grandes espaços de lazer
temático.
O Parque Temático consta de um percurso de 4000 metros onde se misturam atracções, espaços verdes,
representações teatrais, espaços audiovisuais, jogos com água, que permitem ao visitante passar um dia cheio
de magia. Um pirata que te assalta, um mercador que te distrai são alguns dos ingredientes fundamentais desta
aventura onde o século XVI e o século XXI se misturam para oferecer ao visitante uma experiência completa.
Desde o início até a actualidade, a Isla foi evoluindo em diferentes aspectos como as infra-estruturas, as pessoas
visitantes ou o seu programa escolar. A Isla Mágica abriu as suas portas com catorze atracções, mas aos poucos
foi incorporando outras novas até atingir as 25 actuais que permitem ao visitante descobrir os cantos das diferentes
áreas temáticas nas quais se divide o Parque.
De Expo´92 à Isla Mágica.
A Expo, que comemorava o V Centenário da Descoberta
da América e tinha como temática principal a “Era das
Descobertas”, submergia ao visitante em um percurso
através do tempo por diferentes países do mundo. O
Parque das Descobertas continuou entre 1993 e 1995
com o programa de visitas por alguns dos pavilhões da
Expo, para posteriormente abrir espaço para a Isla Mágica,
que nasce no dia 28 de junho de 1997, e que oferece
ao visitante um percurso trepidante e cheio de emoções
pelo século XVI. Trata-se do primeiro Parque temático do
mundo situado na zona urbana de uma grande cidade,
herdeiro do legado da Expo´92, não só por aproveitar
parte das suas infra-estruturas, senão também pelo seu
compromisso na criação de emprego e por tornar-se um
importante motor e apoio ao sector turístico da cidade.Uma das atracções do Parque dos Descobrimentos.
Fotografia aérea do recinto do Parque actualmente
1499. 1ª edição da obra “La Celestina”.
1500. V. Yañez Pinzón descobre Brasil.
L I N HA D O TE M P O
12
A Isla presta um atendimento especial ao público infantil e juvenil de
maneira que desde os seus inícios conta com um programa escolar
que põe em valor a relação do Parque Temático com áreas como a
história, a física ou o meio ambiente. O século XVI, a física das atracções
ou a importância da água são tratados de uma maneira didáctica através
do guia. O compromisso da Isla Mágica com o meio no onde se localiza,
faz que cada ano o Parque crie um importante número de empregos e
que desde 2007 conte com um centro de formação no Pavilhão da
Espanha. O centro encarrega-se da formação interna, mas também
desenvolve cursos de formação profissional para o emprego em matérias
como a hotelaria, o lazer ou a informação turística, que se completa
com um programa de inserção trabalhista através de estágios no próprio
Parque ou em outras empresas colaboradoras.
Nestes 15 anos a Isla tornou-se em um dos Parques Temáticos mais
importantes do país e em uma das principais empresas da cidade, que é eleita como destino não só pelos centros
escolares para as suas viagens de fim de curso ou as
famílias para passarem um dia divertido, senão também
por um crescente turismo de negócios e eventos que
aproveita as comodidades que lhe oferece o Parque
para realizar as suas apresentações. Em 2011 a Isla
Mágica já tinha recebido mais de 14 milhões de visitas.
Ilusão, emoção e diversão em um meio emblemático
fazem parte das razões pelas quais o parque temático
sevilhano é eleito ano por ano por milhares de pessoas
de procedência geográfica muito diversa para passar
um dia inesquecível.
Navio Barba Ruiva, uma das últimasatracções estreadas no Parque.
Foto de início da temporada 2011
•
•
•
•
TABELA 1. Elementos da Expo'92 reutilizados, prévia modernização e adaptação às novas necessidades.
Pavilhão de Espanha: cinemas, restaurantes, escritórios, sala de eventos, logística operativa, centro
de controlo dos sistemas informáticos e telecomunicações.
Lago e Espetáculo Multimídia.
Infra-estruturas de eletricidade, água, gás, telecomunicações, etc.
Auditório do Circo do Cóndor.
13
Tabela de acontecimentos
Años
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Isla de la CartujaAños Isla Mágica
14
Parque dos DescobrimentosCartuxa 93
Fecho do Parque dosDescobrimentos e inicio do
Projecto Isla Mágica
Acontecimientos
Projecto do Parque Temático(inicio em maio)
Construçãodo Parque Temático
Inauguração Isla Mágica(28 de junho)
Escola Técnica Superior deEngenheiros
Estadio Olímpico da Cartuxa
Isla Mágica na Encarta
Novaatracção
10º Aniversário Expo 5º Aniversário da Isla Mágica
I Feira da Ciência(Pavilhão do Futuro)
Faculdade de Comunicação
Novaatracção
Cine
10º Aniversário da Isla Mágica Telhado Forte / Centro deFormação Isla Mágica
Isla Mágica no Natal
Jardim Americano Novas atracções
20º Aniversário EXPO
14.000 amigos em
Número visitantesacumulado
4.402.040
Número visitantesacumulado
8.732.332
Número visitantesacumulado
13.119.427Número visitantes
acumulado
14.000.000Objectivo atingir os
15.000.000 devisitas
SEVILHA - Inaugura-se o AVE Sevilha-MadridESPANHA - Jogos Olímpicos Barcelona
MUNDO - Cimeira do Rio de Janeiro
ESPANHA - Crise económicaMUNDO - Divide-se Checoslováquia
MUNDO - Inaugura-se o Eurotúnel
MUNDO - Europa dos 15
SEVILHA - Campeonato mundial deatletismo
ESPANHA - Fundação para o Avance daPesquisa Espanhola sobre a SIDAMUNDO - Juízo contra Bill Clinton
MUNDO - Atentados 11 de setembro
MUNDO - Introdução do Euro
SEVILHA - Copa DavisESPANHA - Atentados 11 de março
MUNDO - Guerra do Iraque
MUNDO - Crise económica
ESPANHA - Crise económica
MUNDO - Guerra Libia
15º Aniversário da Isla MágicaNova atracção trilho
Tabela de acontecimentos
O século XVI, España, Portugal, América
15
Sevilha, AméricaO SÉCULO XVI
Conhecedores da dificuldade em estudar história,
pelas próprias dificuldades que a matéria e a
complexidade dos conceitos exigem por vezes;
conscientes da distância existente entre a vi-
vência espectacular e divertida que a visita ao
parque proporciona e convida à reflexão dentro
da linha temática da Isla Mágica, preparámos
este material com os seguintes objectivos:
Unir a vivência pessoal da visita á Ilha Mágica com
a interpretação teórica dos conteúdos que apresenta.
Animar e motivar o desenvolvimento do estudo da
história nos centros escolares, facilitando ao profes-
sorado um material para propiciar a reflexão na sala
de aula sobre uma época tão trepidante.
Os conteúdos expostos estão
caracterizados:Pela presença no parque de elementos significativos
para a interpretação dos acontecimentos do século
XVI.
Pelo seu poder de sugestão e motivação que serão
geradores do interesse e curiosidade pela história.
Pela sua contribuição a uma melhor interpretação e
conhecimento daquela época.
1501. De la Cosa desenha a primeira representação cartográfica das Índias Ocidentais.
1502. Colombo chega às Honduras e Panamá.
1503. Fundação da Casa da Contratação.
1504. Américo Vespúcio, diz que as novas terras exploradas são um continente novo.
L I N HA D O TE M P O
16
A linha de conteúdos é
determinada pelos seguintes
temas:
• O século XVI.
• Sevilha, Porto das Índias Ocidentais.
• O mundo Maia.
• A Rota das Índias, Porta da América.
• A Pirataria, causas e interesses.
• O ElDorado, As civilizações Pré-Colombianas.
Cada tema proposto estrutura a
proposta educativa segundo o
seguinte esquema:
1. Mensagem educativa, que focaliza um ob-
jectivo prioritário por tema.
2. Introdução histórica, que situa os conteúdos
propostos e oferece uma visão global do
tema.
3. Elementos de apoio ao desenvolvimento
metodológico:
“Os textos” da época, ligados à vida quo-
tidiana daquele tempo, e às suas figuras,
são propostos com a intenção de poderem
ser utilizados para serem comentados.
Quadros com dados, que servem o mo-
delo concreto das actividades propostas.
Curiosidades, pequenas histórias, com a
intenção de serem úteis para amenizar as
explicações e a reflexão sobre os temas
propostos.
Como apoio ao desenvolvimento metodológico
destes temas, planeiam-se actividades para o pri-
mário e o secundário sobre os conteúdos propostos,
para que depois da visita à Isla Mágica, os alunos
possam expressar os seus conhecimentos e avançar
a través de trabalhos em equipa, leituras ou activi-
dades na sala de aula que permitam adquirir algumas
noções básicas para compreender o século XVI e
o mundo em que vivemos.
17
de AventurasUM SÉCULO
1505. De Taxis estabelece a comunicação postal entre os vários países europeus.
1506. Diáz de Solís inicia a exploração do Uruguai e Rio da Prata.
1507. Da Vinci projecta as máquinas voadoras, o torno e a prensa hidráulica.
1508. Erasmo de Roterdão, publica “O Elogio da Loucura”.
L I N HA D O TE M P O
Deixamos para trás a Idade Média, e dois factoshistóricos: Cristóvão Colombo descobre o NovoMundo, marcando o começo da Idade Moderna,caracterizada pelo desenvolvimento do Estado ba-seado no poder das monarquias, primeiro autoritáriase depois absolutas, o processo de assentamento daburguesia, o crescimento das cidades e o auge doRenascimento que, com a sua visão antropocêntricado mundo, estimula a uma actividade humana moti-vada pela curiosidade, baseada em grandes aventuras,
em conhecer novas terras e no desenvolvimento doconhecimento científico.
No século XVI, a Espanha passa por um rápidoprocesso de modernização, e a unificação dos doisreinos ibéricos de Portugal e Espanha, a MonarquiaHispânica (1580-1640) e a expansão territorial paraa América, convertem o país na principal potênciaeuropeia e império colonial do mundo, ao incorporaras ricas possessões territoriais do império colonialportuguês debaixo do seu controle político.
As sociedades ibéricas (Espanha e Portugal) forammuito dinâmicas como o demonstram a rápidacolonização da América por estes países, desenvol-vendo uma economia expansiva, com duas fontes derecursos: a enorme produção de lã de ovelhas merinasem Castela, uma centralização do poder político nafigura do rei em Portugal o ouro e a prata, os diamantese o açúcar que chegavam aos portos de Lisboa eSevilha, vindos das possessões territoriais na América,África e Oriente. Infelizmente as guerras que a Espanhase envolve com outros países europeus impediramque esta riqueza servisse para o desenvolvimento daindústria do país e melhorar a qualidade de vida dosseus habitantes.
18
COMPLETA ESTE QUADRO
ACTIVIDADES. Educação Primária
ACTIVIDADES. Educação Secundária
Uma Caravela que media 21m. de comprimento por 7 m. de largura transportava 30 tripulantes
e demorava quase três meses em atravessar o oceano. Para além dos perigos das borrascas e
tempestades, um dos riscos mais graves que corriam as expedições ao Novo Mundo eram a
falta de água ou alimentos, as doenças e a monotonia.
Depois de cumpridas as tarefas diárias de limpeza do barco, das refeições e a reparação das velas, aos
tripulantes sobrava-lhes muito tempo livre. Faz uma lista das coisas que estes marinheiros para combater a
monotonia e a terrível rotina que produzia a travessia, muitos dias vendo apenas o mar, poderiam fazer.
De que forma mudou o mundo?
Quanto ao uso da iluminação?
Como era no Século XVI? Como é na actualidade?
Dos transportes
Na conservação de alimentos
Quanto tempo demorava emchegar uma carta de Espanhaà América?
O século XVI trouxe profundas mudanças de estrutura social e política, e na interpretação filosófica do mundo.
Formando grupos de três ou quatros companheiros/as, explicar as mudanças que se produziram, com
exemplos que comparem cada um dos termos que aparecem no quadro.
IDADE MÉDIA IDADE MODERNA (Séc. XVI y XVII)
Feudalismo Absolutismo
Confiança nas autoridades Confiança na razão
Teocracia Antropocentrismo
Ascetismo Valoración de la vida terrena
Explicações divinas Incremento da curiosidade científica
Relações feudais de produção Intercâmbios comerciais
19
L I N HA D O TE M P O
Porta das Índias OcidentaisSEVILHA
É descoberta a América. O Papa Alexandre VI outorga
pelo Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha, em
1493 o domínio sobre as Índias Ocidentais aos Reis
Católicos de Espanha (Isabel e Fernando). A divisão geo-
gráfica do mundo entre estes dois reinos ibéricos, e a
estratégica situação geográfica da Península Ibérica,
permitiram aos dois países obter um estatuto privilegiado
sobre todos os assuntos americanos. Aproveitando esta
situação houve a necessidade de estabelecer um sistema
de controlo de todo o comércio e transporte de mercadorias
que previsivelmente se ia estabelecer. Em Espanha a Coroa
dispõe que para este efeito, que todas as expedições
comerciais ou de exploração que se organizem terão que
partir de Sevilha e regressar ao seu porto fluvial nas
margens do rio Gualdaquivir.
No início do século XVI, Sevilha era uma cidade importante
que tinha um porto fluvial seguro e com uma população
crescente que vivia do comércio e da generosa produção
agrícola que se obtinha do vale do Gualdaquivir. Nesta
época a cidade tinha estabelecido trocas comerciais com
os principais portos europeus (Lisboa, Bruges etc.) sendo
uma das principais capitais financeiras e comerciais do
Século XVI.
Em 1503, a Coroa espanhola criou a “Casa da Contratação”,
o organismo encarregado do controle do monopólio do
comércio marítimo com a América. Este organismo para
além das suas funções comerciais e administrativas, tinha
a seu cargo a organização de missões científicas, sobretudo
relacionadas com a náutica, cartografia, astronomia e
matemáticas, treinando os pilotos marítimos que desejavam
dedicar-se ao comércio das Índias Ocidentais.
Reflectir sobre as repercussões do século XVI nocrescimento de Sevilha, causas e consequências.
1509. Leonardo da Vinci concebe a engrenagem.1510. Dox inventa os mapas em relevo.
20
Esta gráfica refleja de forma aproximada la evolución de la población de Sevilla en el Siglo XVI.
Os proponemos realizar el siguiente trabajo de investigación:
Elabora una gráfica similar a ésta, donde quede reflejada la evolución de la población en vuestra
localidad a lo largo del Siglo XX y en lo que va de Siglo XXI. Una vez dibujada, analiza las
variaciones, los máximos y los mínimos, buscando también las causas de esas variaciones.
Para analizar la gráfica necesitareis consultar libros de historia contemporánea, revistas o hacer
entrevistas a los más viejos del lugar.
Averigua las coordenadas (latitud y longitud) de tu ciudad y calcula la distancia en línea recta
a Sevilla, compárala con la distancia que hay por carretera.
Estos datos son una aproximación que sirven de referencia para conocer la evolución de la población de Sevilla en el siglo XVI.
Evolución de la población de Sevilla durante el Siglo XVI.
140.000
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.0001500 1533 1561 1565 1571 1588 1591 1597
habitantes
años
1500 1533 1561 1565 1571 1588 1591 1597
40.000 55.000 95.000 110.000 105.000 130.000 115.000 120.000
años
habitantes
Aumento do comércio do porto de Sevilha com a América.
Em 1506 partiram 35 barcos de Sevilha para a América, em 1550 o número aumentou para 215. Este aumento
é mais notório se temos em conta não o número de barcos saídos mas a tonelagem dos mesmos. Passa-se
das 3.309 toneladas às 32.335, quer dizer não só vão mais navios, como a sua capacidade de carga é maior,
passando de uma capacidade média de 95 toneladas por navio a 150 toneladas por navio.
21
ACTIVIDADES. Educação Secundária
Estes dados são uma aproximação que servem de referência para conhecer a evolução da população de Sevilla no século XVI.
1500 1533 1561 1565 1571 1588 1591 1597
40.000 55.000 95.000 110.000 105.000 130.000 115.000 120.000
anos
habitantes
Elaborar um gráfico similar a este, onde se possa registar a evolução da população da vossa
cidade ou localidade durante o século XX e século XXI. Uma vez desenhado, analisar as
variações, os máximos e os mínimos, procurando explicar as causas dessas variações.
Para analisar o gráfico será necessário que consultem livros de história contemporânea, revistas,
ou fazer entrevistas às pessoas mais velhas do lugar de estudo (freguesia, bairro etc.).
Averigua quais são as coordenadas (latitude e longitude) da tua cidade ou vila e calcula a
distância em linha recta a Sevilha, por fim compara com a distância que existe por estrada.
140.000
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.0001500 1533 1561 1565 1571 1588 1591 1597
habitantes
anos
Evolução da população de Sevilha durante o Século XVI.
Propomos-vos a realização do seguinte trabalho de investigação:
Este gráfico reflecte de forma aproximada a evolução da povoação de Sevilha no Século XVI.
Em 1812 nasce em Cádiz a primeira Constituição
espanhola, que se tornou não só numa meta
democrática em toda a Europa, senão que influiu
nas origens constitucionais e parlamentares da maior
parte dos Estados da América durante e depois da
sua independência.
O início: Cádiz, Porto de Índias.
Os motivos pelos quais Cádiz é o berço da
democracia estão muito relacionados com a sua
posição como capital comercial do reino, posto onde
aos poucos foi relevando Sevilha ao longo do século
XVIII. Na capital hispalense tinha-se situado durante
mais de dois séculos o principal porto marítimo de
ligação com a América, que era gerenciado através
da Casa da Contratação situada na mesma cidade.
No período 1503-1650, naufragaram 9 % dos navios
entre o rio e a barra de Sanlúcar quando se dirigiam
a Sevilha. Com o tempo esta seria uma das razões
pelas que o Porto de Índias seria transferido para
Cádiz, até a perda do monopólio da Carreira das
Índias em 1717, onde Felipe V ordenou que a Casa
da Contratação se transladasse à capital de Cádiz.
Constituição de 1812.
Entre 1811 e 1814, a cidade de Cádiz torna-se a
capital de Espanha, já que, com o avanço do exército
napoleónico, o Governo espanhol viu-se obrigado a
refugiar-se na província gaditana. Cádiz, por sua
especial posição de privilégio comercial com as
Índias desde o século XVIII, tinha-se convertido numa
das mais prósperas e cultas cidades espanholas.
Através dela entraram em Espanha as modas, as
idéias e os livros europeus e os seus cafés ou tabernas
se converteram em centros de livre discussão e
intercâmbio de ideias, que contribuíram ao
desenvolvimento de um pensamento liberal que
culminaria com a aprovação da Constituição de 1812.
Porto da Américae berço da Constituição de 1812
Cádiz
22
A elaboração da Constituição correu paralela à Guerra da Inde-
pendência Espanhola. Depois do levantamento do povo de Madrid
contra os franceses, em maio de 1808, produziu-se em numerosos
territórios um fenómeno espontâneo de resistência aos franceses
que se agrupou nas denominadas Juntas. Perante os problemas
de coordenação das Juntas e o esvaziamento de poder reinante,
houve a necessidade de convocar umas Cortes, que inicialmente
tinham de reunir-se em Sevilla em 1809. O avanço francês motivou
que as Cortes se estabelecessem em San Fernando, conhecida
na altura como a Ilha de León, realizando a sua primeira reunião
no dia 24 de setembro de 1810. Posteriormente, depois de um
surto de febre amarela e o avanço francês, as Cortes passaram a
Cádiz, cuja situação e o apoio da armada inglesa garantiam a
segurança dos deputados reunidos. Ali se reuniam os deputados
eleitos pelo decreto de fevereiro de 1810, que tinha convocado
eleições tanto na península como nos territórios insulares, americanos
e asiáticos pelo que estiveram compostos por algo mais de trezentos
deputados, dos quais cerca de sessenta foram americanos. Entre
os deputados não tinha nenhuma mulher já que se estabelecia
como sistema de eleição o sufrágio universal masculino indirecto.
A Constituição de 1812 foi uma constituição liberal e moderna para a época, que é base da nossa actual Carta
Magna. Entre as suas características principais se encontravam a soberania nacional, a divisão de poderes, a
igualdade da cidadania perante a lei, o direito à educação ou a liberdade de tipografia.
De Cádiz a América.
A Pepa, conhecida assim porque nesse momento governava em Espanha o Rei José I, não era uma constituição
só para a metrópole, senão também para todas as colonias espanholas; de facto, na definição da cidadania
espanhola da Constituição se incluíam não só aos
europeus, ou os seus descendentes americanos, senão
também às castas e aos indígenas dos territórios de
América.
A Constituição foi jurada na América, e o seu legado é
notório na maior parte das Repúblicas americanas que
se independizaram entre 1810 e 1830, não só porque
lhes serviu como modelo constitucional senão, também,
porque esta Constituição estava pensada, criada e
redigida por representantes americanos como um
projecto global hispânico e revolucionário.
1511. Afonso de Albuquerque, governador português da Índia, ocupa as costas de Malaca e Ceilão.1512. Miguel Angel finaliza a decoracion da Capela Sixtina.
L I N HA D O TE M P O
23
ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária
Em 1812 o domínio do Estado espanhol abrangia diversos territórios, nos quais eraimplementado também a Constituição. Localizados no mapa quais eram estes territórios.
ACTIVIDADES. Educación Secundaria.
Na seguinte tabela contemplam-se algumas das características e dos direitos que seincluíam na Constituição de 1812 e a sua correspondência com os artigos na actualConstituição Espanhola de 1978. Contempla a tabela com os artigos ou o conteúdosegundo corresponda:
Material de apoio para a realização da atividade:
• Colombia• Ecuador• Perú• Chile• Uruguay
• Paraguay• Argentina• México• Guatemala• El Salvador
• Honduras• Costa Rica• Nicaragua• Panamá• Cuba
• República Dominicana• Puerto Rico• España• Islas Filipinas• Canarias
Constituição de Cádiz de 1812 Constituição Espanhola de 1978
(Título I)
Soberania Nacional Art. 1.1
Art. 27
Divisão de Poderes
Art. 14
Inviolabilidade do domicilio
Art. 33
Liberdade de imprensa
Liberdade de expressão
24
Desde os princípios do século XV, o espírito de aventura dos portugueses empenhou-se na procura de uma
rota marítima para a Índia, seguindo a costa africana em direcção ao sul. O seu objectivo fundamental era
estabelecer uma nova rota comercial por mar, que evitasse os riscos da pirataria e o assédio dos turcos e
que permitisse o tráfego das especiarias tão apreciadas na Europa.
Os navegadores portugueses, com ágeis caravelas e as robustas carracas, aventuraram-se na exploração de
mares desconhecidos. As primeiras expedições foram apoiadas e financiadas pelo rei D. João. O seu filho,
conhecido como Henrique, o Navegador, desenhou a primeira caravela na Escola de Navegadores de Sagres
e comandou a exploração da costa africana. Procurava uma rota mais segura para o comércio de especiarias
(pimenta, cravo, noz moscada) com as Índia. Com a exploração da Madeira e a descoberta das ilhas dos
Açores, começou a era dos descobrimentos que transformou Portugal num dos maiores impérios coloniais
do mundo.
A Madeira e os Açores foram importantes centros produtores
de açúcar e isto, juntamente com a conquista de Ceuta,
propiciou uma óptima situação estratégica como base para
futuras explorações. Com as caravelas, embarcações ligeiras
muito bem adaptadas para navegar pelo Oceano Atlântico e
desenhadas por Henrique, o Navegador, na Escola de
Navegadores de Sagres, os marinheiros portugueses
aventuraram-se em direcção ao sulprocurando a rota das Índia.
Chegaram a Cabo Verde, Senegal, cabo de Santa Maria e
posteriormente, o caminho marítimo para a Índia foi traçado
por Vasco da Gama que, depois de passar pelo Cabo da Boa
Esperança e atravessar o Oceano Índico, chegou a Calcutá.
Quando a expedição voltou a Portugal, tinha percorrido mais
de 24.000 milhas e haviam passado 630 dias. A partir desta data, em finais de Março, saía de Lisboa a frota
portuguesa que voltaria doze meses depois, carregada com todo o tipo de mercadorias.
À procura da rota ocidental das ÍndiasPORTUGAL
25
Para que esta expansão fosse possível, Espanha e
Portugal tinham que evitar rivalidades entre eles. Em
1493 assinaram um acordo sob o auspício do Papa
Alexandre VI, o Tratado de Tordesilhas, pelo qual as
terras que fossem descobertas a ocidente de uma
hipotética linha traçada desde o Pólo Norte ao Pólo
Sul e que passava a 100 léguas a ocidente dos Açores,
seriam espanholas. As situadas a oriente seriam por-
tuguesas. Aos espanhóis, portanto, tocaram-lhes as
Antilhas, México, Peru, etc., e o resto dos territórios
americanos menos o Brasil, que ainda não tinha sido
descoberto e a Portugal, correspondia-lhe a África, a
Índia e posteriormente, o Brasil.
26
Gil Eanes Portugal 1433 Navegou em direcção ao sul pela costa ocidental
da África, passando pelo cabo Bojador.
Diogo Cão Portugal 1482-1486 Explorou a foz do rio Congo e parte da costa da
África ocidental.
Bartolomeu Dias Portugal 1488 Explorou a costa do sul de África, dando nome
ao cabo das Tormentas, posteriormente
rebaptizado como Cabo da Boa Esperança.
Vasco da Gama Portugal 1497-1498 Navegou para além do cabo da Boa Esperança,
chegou a Moçambique, na costa oriental da
África, cruzando dali o Oceano Índico até Calcutá,
na Índia.
Pedro Álvares Cabral Portugal 1500 Tomou posse do Brasil e também dobrou o cabo
da Boa Esperança, chegando até à Índia.
Gaspar Corte-Real Portugal 1500 Explorou a costa nordeste de Labrador e
Terranova.
Fernão de Magalhães Espanha 1519-1521 Explorou o estuário do rio da Prata, navegando
depois em direcção ao sul e atravessando o
estreito que ficou com o seu nome. Sulcou o
Oceano Pacífico até às ilhas Filipinas, onde
morreu assassinado. Foi o primeiro que chegou
em direcção a Ocidente até uma longitude
alcançada anteriormente numa viagem em
direcção a Oriente.
Juan Sebastián Elcano España 1519-1522 Após a morte de Magalhães, Elcano, ao comando
da Vitória (única nau sobrevivente da expedição),
voltou a Espanha, passando pelas Molucas e
pelo Cabo da Boa Esperança. Assim, foi o
primeiro a circunavegar o globo.
João Rodrigues Cabrilho Portugal 1542-1543 Explorou a costa ocidental do México e descobriu
a baía de San Diego (Califórnia).
CRONOLOGIA DOS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES.
Vasco da Gama foi o primeiro navegador português a chegar à Índia, costeando o
sul da África. Esta rota foi procurada pelos portugueses desde os tempos de
Henrique, o Navegador.
Vasco da Gama nasceu em Sines, no Alentejo. O rei de Portugal, Manuel I, o
Venturoso, encarregou-o da missão de chegar à Índia por mar. Zarpou das águas
do Tejo, em Lisboa, com cento e cinquenta homens distribuídos em quatro pequenos
barcos, em 9 de Julho de 1497. Em Novembro, dobrou o cabo da Boa Esperança;
depois deteve-se em Moçambique e em seguida, em Melinde, na costa oriental de
África. Com a ajuda de um guia, prosseguiu a sua viagem rumo para oriente, para
assim chegar a Calcutá, na Índia, no dia 20 de Maio de 1498. Regressou a Portugal
em 1499. No seu país foi recebido com elogios, recompensado economicamente
e autorizado a usar Dom no seu nome daí em diante.
Em 1503 regressou de outra viagem a Calcutá, retirando-se como navegador, até
que 20 anos depois foi nomeado vice-rei da Índia. Morreu em Cochim em 1524.
Álvares Cabral nasceu no ano de 1460, na cidade de Belmonte.
Em 1500, Manuel I colocou-o no comando de uma expedição
comercial à Índia. Cabral partiu de Lisboa com treze barcos e mais
de mil homens, em 9 de Março de 1500, com a ordem de seguir
a rota do cabo da Boa Esperança. Para evitar as tempestades e a
falta de ventos, Cabral seguiu uma rota mais a ocidente (a que
chamavam então “a volta do mar”). Depois de passar as ilhas do
arquipélago de Cabo
Verde. Em 22 de Abril de
1500, Cabral chegou ao
que actualmente é o
Estado da Baía, no Brasil.
O navegador português
reclamou para Portugal a
nova terra descoberta, a
qual deu o nome de “Terra
de Santa Cruz”. Antes dele,
as costas do noroeste
brasileiro e a foz do rio
A m a z o n a s f o r a m
explorados pelo espanhol
Vicente Yáñez Pinzón.
Vasco da Gama
Pedro Álvares Cabral
A Armada de Pedro Álvares Cabral no “livro dasArmadas”, manuscrito da Academia das Ciências deLisboa. Nesta imagem aparecem 12 dos 13 navios daarmada de Cabral, com os nomes dos respectivoscomandantes.
1513. Vasco Núñez de Balboa atravessa o istmo centro-americano e descobre o Oceano Pacífico.1514. Pedrarias Dávila começa a reconhecer a costa pacífica do Panamá.
L I N HA D O TE M P O
27
ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária
Fernão de Magalhães, navegador português, descobriu a passagem pelo sul do Oceano
Atlântico para o Oceano Pacífico, a qual denominou Estreito de Magalhães. Iniciou a
expedição que deu a primeira volta ao mundo.
Nasceu perto do Porto por volta de 1480. Foi educado na corte portuguesa, onde adquiriu
grandes conhecimentos de náutica e cartografia. Em 1505, embarcou numa expedição à
Índia e ali obteve informações acerca das ilhas Molucas ou das Especiarias.
Em 1513, teve problemas na corte do rei português Manuel I, o Venturoso, e chegou a
Sevilha em 1517 com a intenção de convencer o rei de Espanha, Carlos I, sobre o interesse
em organizar uma expedição às ilhas das Especiarias pelo ocidente, através de uma
passagem ou estreito que ficaria situado no sul da América do Sul, evitando assim entrar
nos domínios portugueses.
Em 10 de Agosto de 1519, Magalhães partiu de Sevilha em direcção às ilhas Molucas com cinco embarcações e cerca de
250 homens. Fizeram escala nas ilhas Canárias, na baía do Rio de Janeiro e exploraram o estuário do rio da Prata. Navegando
em direcção ao sul pela Patagónia, em 21 de Outubro de 1520 entraram no estreito, o qual o chefe da expedição chamou
de Todos os Santos (mas posteriormente chamado de estreito de Magalhães em sua honra). Saíram para o mar do Sul (o
qual nomearam de Pacífico) em 28 de Novembro. Subiram pela costa chilena e viraram em direcção a ocidente, penetrando
no Oceano Pacífico. Durante três meses navegaram sem provisões frescas nem água e com a tripulação a sofrer de escorbuto,
até que em 24 de Janeiro de 1521, chegaram às ilhas Marianas. Morreu em 27 de Abril desse ano na ilha de Mactan, durante
um combate com os indígenas.
A expedição dirigiu-se para as Molucas e após ficar com apenas uma nau, a Victoria, comandada por Juan Sebastián Elcano,
chegou a Espanha em 6 de Setembro de 1522, com 18 sobreviventes e carregada de especiarias.
Fernão de Magalhães
Itinerário de Ida: Lisboa - Ilhas Canárias (14/3/1500) - Cabo Verde (22/3) - Porto Seguro e Salvador de Baía. Brasil (22/4)- Cabo das Tormentas ou Boa Esperança (24/5) - Sofala, em Moçambique (16/6) - Melinde, no Quénia (6/7) - Goa, Índia(22/8) - Calcutá, Índia (13/9).Itinerário de Volta: Cananor, Índia (16/1/1501) - Moçambique (12/02) - Cabo das Tormentas ou Boa Esperança (19/04)- Cabo Verde (15/07) – Lisboa.
Assinala no mapa os lugares a que se faz referênencia nos itinerários e desenha a rota de ida e
volta da viagem de Pedro Álvares Cabral
28
As fortalezas, os portos fortificados, as muralhas ou as cidadelas foram construídas para proteger as
cidades, garantir o comércio, defender dos piratas ou assegurar as comunicações. São, além disso, a partir
do ponto de vista histórico-artístico, um dos monumentos mais significativos dos séculos XVI e XVII.
Não é em vão que a sua localização permite traçar as rotas comerciais entre a Espanha e Portugal e as suas
colónias durante os séculos XVI e XVII.
El Fuerte (O Forte) da Isla Mágica recria uma das muitas fortificações que durante o século XVI foram
construídas em diferentes partes do mundo. A sua missão fundamental era evitar os ataques de piratas e
corsários, ainda que conforme a sua localização possam ser distinguidas diferentes funções e significados.
Dentre as fortalezas podemos distinguir vários tipos: as construídas para delimitar diferentes territórios
dentro de um estado, as situadas nas fronteiras de um país para proteger o seu território, as feitas à volta
de portos marítimos para proteger o circuito comercial.
Dentre as fortificações feitas dentro de um estado para delimitar
o território, podemos distinguir dois tipos: a muralha e a cidadela.
A muralha era utilizada para delimitar o território de uma cidade
e servir de protecção perante um possível inimigo.
Durante o século XVI, não foram construídas muitas muralhas,
mas realizaram-se novas cidadelas. Este tipo de fortificações,
construídas dentro de outros recintos fortificados, estavam
posicionadas em lugares altos e simbolizavam o poder real frente
ao povo. Algumas das cidadelas mais famosas do século XVI
são as de Jaca, Pamplona e Amberes, que tinham como
característica comum a sua base pentagonal.
Mais que a fortificação nas próprias cidades, durante o século
XVI espalharam-se as fortalezas principalmente nas costas. Durante
este século, o comércio a partir da Espanha e Portugal para as
El Fuerte de Isla Mágica
no século XVIAS FORTALEZAS
29
colônias na América e África intensificou-se, mas também cresceu o ataque de piratas e corsários, no mar ou
junto ao porto, para roubarem as mercadorias. Por estes motivos, as fortificações espalharam-se por todos os
territórios luso-espanhóis. Foram construídas fortalezas pelas costas de toda a península, além de em Itália,
Caraíbas e zonas da África. Destacam-se os grandes portos fortificados de Cartagena (Múrcia), de Havana, de
Santo Domingo ou da Ilha de Santiago em Cabo Verde.
As fortalezas na costa costumavam estar acompanhadas de torres e
atalaias donde se avistavam os piratas, embora também fossem
construídas independentes das fortificações. As famosas torres do
litoral permitiam aos encarregados da defesa nas fortalezas avisarem
rapidamente sobre um possível ataque. Apenas no costa mediterrânea
foram construídas mais de quarenta torres. A maioria delas tinha forma
cilíndrica, como é o caso da torre do Peñón em Mojácar, mas também
existiam as de quatro lados, como Los Alfaques (Tortosa).
Muitas das fortalezas construídas durante o século XVI em territórios
portugueses ou espanhóis foram concebidas pelo engenheiro italiano
Juan Bautista Antonelli e costumavam ter nome de santo, como São
Filipe em Setúbal ou São João, em Lisboa. O elemento construtivo
principal nesta época foi o baluarte e os materiais, a argamassa e
faxina.
Pontevedra, Navarra, Tarragona, Baleares, Múrcia, Almería, Málaga,
Peniche, Setúbal, Portimão, Sicília, Sardenha, Melilla, Argélia, Cabo
Verde, Porto Rico, Santo Domingo, são alguns dos lugares nos quais,
durante o século XVI, foram construídas fortificações para proteger
as fronteiras dos ataques inimigos, e as rotas comerciais dos piratas
e corsários.
Fortaleza: sistema de defesa de um lugar através de muralhas ou outros elementos construtivos.
Cidadela: recinto fortificado que ficava no interior de uma praça, normalmente em forma de castelo. Os objectivos
eram pôr freio à cidade para que não se revoltasse contra o seu rei e poder ajudar na defesa da cidade no caso dos
inimigos a cercarem.
Baluarte: parte fundamental de uma fortificação que sobressai no encontro de duas cortinas ou lenços de muralha e
é composto por duas frentes que formam um ângulo saliente, dois flancos que as unem ao muro e uma gola de entrada.
Atalaia: torre feita normalmente num lugar alto, para avistar, a partir dela, o mar e avisar sobre o que se descobria.
Faxina: feixes de palha, ramos ou paus unidos.
Argamassa: mistura de cal, areia e água que ao secar adquire grande dureza; era utilizada na construção da muralha
para unir as pedras e os ladrilhos.
Guarita: local no qual os sentinelas se resguardavam enquanto faziam a guarda.
Parapeito: parede ou protecção que era construída à altura do peito para proteger os soldados.
Merlão: troço do parapeito que margeava a muralha na sua parte superior.
Glossário de Termos
1515. Nasce Santa Teresa de Jesus.
1516. Tomás Moro publica “Utopia”.
1517. Martinho Lutero expõe as suas 95 teses. Início da Reforma.
L I N HA D O TE M P O
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FORTALEZA LOCAL
Castelo de São Filipe El Ferrol (Galiza)
Castelo de São Filipe Puerto de la Cruz (Tenerife)
Fortificação de São Filipe Setúbal (Portugal)
Fortaleza Real de São Filipe Ilha de Santiago (Cabo Verde)
A Muralha de Filipe II Cartagena (Múrcia)
Porto fortificado Havana (Cuba)
Porto fortificado Santo Domingo (República Dominicana)
São João Lisboa (Portugal)
Cidadela Jaca (Huesca)
Cidadela Pamplona (Navarra)
Cidadela Amberes (Bélgica)
Fortificação Mazalquivir (Argélia)
Fortificação Cagliari (Sardenha)
Castelo de Bayona (Pontevedra)
Fortificação Portimão (Portugal)
Torre del Peñón Mojácar (Almería)
Fortificação La Gomera (Ilhas Canárias)
FORTALEZAS CONSTRUÍDAS NO SÉCULO XVI
EL FUERTE
EL FUERTE (O FORTE) DA ISLA MÁGICAEstá localizado na zona Norte do Parque, no nó temático denominado
Puerta de America. Recria minuciosamante o Forte de São Filipe, localizado
na cidade fortaleza denominada a “Ciudad Heróica” de Cartagena das
Índias.
No ano de 2007 foi remodelado para ser um grande espaço coberto e climatizado
onde se realizam espectáculos musicais, audiovisuais, refeições, eventos, etc...
31
ACTIVIDADES. Educação Primária
Procura no dicionário as seguintes definições e coloca o nome nas fotos.
Forte:
Baluarte:
Atalaia:
Guarita:
Troneira:
1.-____________ 2.-____________ 3.-____________ 4.-____________ 5.-____________
As cidadelas que foram construídas durante o século XVI tinham forma pentagonal,
enquanto que as torres do litoral tinham apenas quatro lados. Revê os polígonos e
completa a seguinte tabela:
Dibujo Nombre Número de lados Número de Ángulos
Triângulo
Cinco
Seis
Heptágono
Oito
32
ACTIVIDADES. Educação Secundária.
O ataque de piratas e corsários durante o século XVI levou Filipe II a ordenar
a construção de diversas fortificações em todo o mundo.
Localiza no mapa-múndi as seguintes fortalezas:
Fortificação de Mazalquivir
Porto fortificado de Havana
Fortificação de São Filipe em Setúbal
Fortaleza Real de São Filipe em Cabo Verde
Porto fortificado de Santo Domingo
Fortificação de Cagliari
Castelo de Bayona
Fortificação de Portimão
Torre do Peñón em Mojácar
Fortificação de La Gomera
Fortaleza de San Felipe de Barajas
LOCALIZAÇÃO DAS FORTALEZAS LUSO-ESPANHOLAS
33
des ComédiasOPÁTIO
A chegada dos cómicos era esperada com admiração
nas vilas e cidades importantes. As representações
teatrais celebravam-se nos Pátios des Comédias,
chamados assim por serem na sua origem, pátios de
edifícios que se improvisavam como lugar para as
representações, perpetuando-se depois este modelo
arquitectónico durante os séculos XVI e XVII.
Os Pátios des Comédia, pertenciam na sua maioria
às Instituições ou às Confrarias Religiosas que os
alugavam às Companhias, o que lhes permitia financiar
Hospitais e outras obras de beneficência.
Nos finais do século XVI apareceram os primeiros
Pátios des Comédias com instalações fixas. O público
distribuía-se nessos Pátios da seguinte maneira: “no
pátio estavam os homens, de pé, que fazendo barulho
e aplaudindo determinavam o êxito ou fracasso da
Comédia. Nas varandas e janelas situavam-se os
nobres, e numa parte mais retirada do pátio, chamada
“cazuela” (caçarola) as mulheres.”
O espectáculo começava às três ou quatro da tarde
e durava duas horas e meia. Não existiam os actuais
“descansos” (intervalos) pois entre os actos da comédia
o cenário era ocupado pelos que representavam os
entremezes, cantavam Jácaras ou distraíam o público
com danças. Se o Sol era forte corriam um toldo, e
se chovia forte suspendia-se a representação.
1515. Nace Santa Teresa de Jesús.
1516. Tomás Moro publica Utopía.
1517. Lutero expone sus 95 tesis. Principio de la Reforma.
L ÍN E A D E L T I E M P O
O Teatro era a grande paixão do século
1518. Riese propõe a adopção do sistema decimal e a numeração árabe.
1519. Hernán Cortês chega ao México.
L I N HA D O TE M P O
34
BULULÚ: 1 personagemÑAQUE: 2 personagensBOJIGANGA: 5 personagensFARÂNDOLA: 7 homens e 3 mulheresCOMPANHIA: 30 personagens
Puesto que apenas existía escenografía, el dramaturgo
confiaba a la palabra del personaje la descripción, llena
de color Já que mal existia cenografia, o dramaturgo
confiava à palavra do personagem a descrição, cheia
de cor e de música, dos lugares onde decorria a ação.
Todo era possível no palco, sem necessidade de tran-
sição; o público colaborava imaginativamente na brusca
mudança de lugar ou de tempo.
Faziam-se três tipos de
representações:
Os “Pasos”, em que quase não existe argumento, eram
peças breves em prosa e o seu mérito essencial estava
na vivacidade do diálogo e na pitoresca graça das suas
cenas de costumes, pelas que passavam os tipos popu-
lares da época. Destacou-se neste género a figura de
Lope de Rueda, que participava às vezes como actor.
Os “Entremezes” são breves quadros populares escritos
em prosa, que se caracterizam pela sua graça desenvolta
e sua maliciosa ironia. Neste género destacou-se a figura
de Cervantes.
A “Comédia”, que era um género maior e com uma
temática muito variada, tocava temas da história universal,
da épica medieval, ou se eram Renascentistas falavam
de temas pastoris, dos mouriscos, cavalheirescos ou
mitológicos. Tanto na comédia como na tragédia ou na
tragi-comédia, destacaram-se neste género, Lope de
Vega, Calderón de la Barca, Zorilla, Ruiz de Alárcon e
Tirso de Molina.
Os tipos e a importância das companhias de teatro
ambulante era muito diverso. Assim temos:
ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária
Para que continuemos a deleitar-nos com a arte teatral e contando com a colaboração e a imaginação
dos vossos companheiros/as, propomos que realizem um exercício de leitura, de alguns dos pequenos
textos (Passos ou Entremezes), que se representavam naquela época. Por exemplo de Lope de Rueda, o
“Passo da Azeiteira”, ou de Cervantes, “O Retábulo das Maravilhas”, ou “O viúvo rufião”
35
O mundo Maia
1520. Comunidades de Castela e Germanias de Valencia.
1521. Os franceses invadem Navarra.
L I N HA D O TE M P O
Dar a conhecer a riqueza cultural e a força dascivilizações da América Central.Se desenvolve a civil izacion Maia na região
mesoamericana,situada entre o Equador e o Trópico de
Câncer, caracteriza-se pela sua enorme variedade
ambiental e foi habitada por diferentes povos como os
Olmecas, Maias, Toltecas e Astecas. A configuração
geográfica destas zonas é muito variada, abarcando
zonas desde as planícies e terras baixas cobertas de
selva tropical, até aos cumes gelados das montanhas
de mais de 5.000 de altitude. Esta variedade da topografia
e de clima facilitou e permitiu o desenvolvimento de
diferentes culturas durante os últimos 3.000 anos.
O apogeu do desenvolvimento desta região foi alcançado
pela civilização Maia, que se destacou pelo o urbanismo
das suas cidades, como podemos apreciar pelas Ruínas
Maias de Tikal, a grandiosidade da sua arquitectura, a
utilização do sistema vigésimal para contar, a utilização
do “zero”, os conhecimentos em astronomia que
permitiram que tivessem quatro sistemas para medir o
tempo e a escrita baseada na utilização de glifos.
Os Maias chegavam a obter três colheitas por ano,
graças à construção de terraços de cultivo e canais de
rega. A sua economia baseava-se numa agricultura
intensiva e no comércio que se caracterizava pela troca
de mercadorias de luxo e artigos sumptuários (jade,
conchas, plumas de aves, ouro e cacau) mais do que
na troca de produtos agrícolas de primeira necessidade.
Os Maias adoravam muitos deuses, eram politeístas. Os
seus deuses eram os elementos da natureza (a água, o
fogo, o ar e a terra), os fenómenos atmosféricos, e os
astros, etc... Acreditavam que existiam deuses do bem
e do mal que estavam constantemente lutando para
encontrar um equilíbrio.
36
A religião estava presente nos ritos agrícolas, nas
cerimónias públicas, na arte e na cultura Maia. A
importância que alcançou foi muito grande, já que
estava fortemente ligada ao controle político, aos
conhecimentos científicos e à concepção da vida
que sustentou a civilização Maia. O seu domínio foi
exercido por uma casta: os sacerdotes.
A religião maia era politeísta. Era uma religião de
aspectos naturalistas, já que os desuses eram os
elementos naturais (água, fogo, ar e terra), os fenó-
menos atmosféricos, os corpos celestes, etc.
E por último, era dualista, pois partia do princípio
de que o bem e o mal são igualmente divinos. Os
deuses do bem estavam em luta constante comos
deuses do mal, porém, eram tão inseparáveis uns
dos outros como o dia da noite.
Por causas (naturais ou sociais) ainda desconhecidas,
esta civilização desmorona-se uns 600 anos antes
da chegada dos espanhóis ao “Novo Mundo”. Pos-
teriormente os Toltecas e Astecas incorporaram à
sua forma de vida elementos da religião e cultura
Maia.
ACTIVIDADES. Educação Primária
Lê o seguinte texto substituindo os desenhos pelas palavras adequadas.
Os povoadores do Novo Mundo acreditavam que a água, o ,o ar e o eram
os deuses a quem se devia prestar um culto. Viviam em e eram capazes
de construir grandes e templos com forma de .
Quando os espanhóis com as suas , chegaram à encontraram po-
vos que viviam da agricultura, cultivando , , ,e , produtos que eram
então desconhecidos na, .
Nas viagens que se fizeram depois os, ,transportaram animais que ainda não se
conheciam na como o os ,as e as . Para além de animais
levaram outros produtos desconhecidos no Novo Mundo como o , o vinho e as
.
Com o decorrer dos séculos, todos estes produtos se foram incorporando nos hábitos
alimentares de milhões de pessoas de todo .
37
Informação complementar para desenvolvimento do tema
Entre as castas dirigentes da sociedade
Maia, a mais alta era a sacerdotal: astrónomos,
matemáticos, arquitectos, curandeiros, historia-
dores, profetas e os guardiões da tradição. Um
grupo importante de artesãos especializados
trabalhavam sob a ordem dos sacerdotes como
escultores, pintores, construtores de edifícios,
assim como a arte plumária e outras
manifestações artísticas. A maioria da população
dedicava-se ao cultivo do milho, à caça e à
pesca, que com o seu trabalho mantinham
todos os membros desta estrutura social.
Conta uma lenda que Quetzacóalt, um
deus metade ar e metade terra, representado
pela Serpente Emplumada, ensinou o cultivo
do cacau aos antigos povoadores da América
Central.
O milho é originário da América, onde era
o alimento básico. A origem desta planta con-
tinua a ser um mistério já que todas as varie-
dades de milho existentes que existem na
actualidade não se podem reproduzir sem que
haja intervenção humana.
Mapa da Mesoamérica
GOLFO DO MÉXICO
MAR DAS CARAÍBAS
OCEANO PACÍFICO
38
Os calendários Maias: No ano 2012 (23 de dezembro), fim de uma era.
Actualmente na Europa e na maior parte do mundo rege o calendário gregoriano, não obstante nem
sempre foi assim. Os maias contavam o tempo através de três calendários. Cada calendário tinha uma
utilização diferente y permitia calcular os diversos acontecimentos nos calendários.
• Calendário sagrado (tzolkim): Este calendário contava de 260 dias e 20 meses, pelo que cada mês
constava de 13 dias. Os maias utilizavam-nos para fixar as cerimônias religiosas e prognosticar a chegada
e a duração de chuvas, além de períodos de caçada e pesca.
• Calendário civil (haab): O Haab media o ano solar e contava de um total de 365 dias, que se dividia
em 18 meses de 20 dias e um período especial de mais cinco dias, denominado pelos maias como
"Uayeb”. Leste é o calendário que os maias utilizavam em sua vida diária, nele se marcavam as estações
ou as épocas de cultivo. Durante os cinco dias do “Uayeb”, que coincidiam com o final do ano neste
calendário, os maias deixavam a um lado os seus trabalhos agrícolas já que se consideravam nefastos
e se dedicavam à preparação do ano novo, destruindo coisas velhas, criando novos utensílios, etc.
Tanto no tzolkim como no haab, os anos não se enumeravam já que a combinação de datas mediante
os dois sistemas era suficiente para o dia a dia, pois as coincidências entre um e outro se produzia cada
52 anos e isto superava a expectativa de vida da época. Para a combinação de ambos calendários os
maias utilizavam a roda calendárica na que cada volta representava um mês.
• Conta larga: Esta conta era utilizada para distinguir quando ocorria um evento face a outro no tzolkim
e no haab, e a diferença dos anteriores, neste calendário sim se numeravam os anos, pelo que é o mais
comparável com nosso calendário atual. Este calendário era cíclico já que se repetia cada 52 anos
maias, o que se celebrava com a cerimônia do fogo novo que se assemelharia à entrada do século novo
em nosso calendário. É justamente em base a este calendário pelo que se fala do fim do mundo em
dezembro de 2012. Especificamente, o 23 de dezembro de 2012 é quando o calendário maia da “conta
longa” marca o final de uma era de 5.126 anos. Isto não significa que para os maias o mundo termina
2012, já que o fim desta era faz parte de outros ciclos maiores de tempo e que os maias também
contabilizavam.
1522. Fernão de Magalhães e El Cano realizam a circum-navegação da Terra.
1523. De Alvarado explora as terras da Guatemala..
L I N HA D O TE M P O
Calendário haab (18 meses de 20 dias)
Calendário tzolkim (20 meses de 13 días)
39
ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária
PR I MÁR IA
SECUNDÁRIA
• Faz uma comparação entre o que tu fazes durante um dia qualquer e a forma de vida da menina que aparece no relato.
• Que te parece começares a pensar criar tu o teu próprio negócio?
• Que te parece começares a pensar criar tu o teu próprio negócio?
Questões que se devem ter em conta para um debate:
“ Existe um costume que quando alguém completa doze anos se entrega à criança um leitãozinho ou
um cordeirinho , ou dois pintainhos; espera-se que esses pequenos animais cresçam e se multipliquem
e isso deve depender do carinho que a criança irá pôr no presente que os pais lhe deram. Recordo que
quando fiz doze anos que o meu pai me ofereceu um leitãozinho fêmea e um porco. Ninguém podia tocar
ou vender os animais sem que eu autorizasse. Trata-se de que cada um comece por ter um sustento
próprio.” “... Sentia-me muito contente com todos esses animais. Fizeram-me uma grande festa. Comemos.
Nós os indígenas (naturais) só comemos galinha quando há uma festa. Por vezes passam-se muitos anos
sem que comamos carne. Para nós, comer carne de galinha é um grande acontecimento. Passado um
tempo, a minha porquita cresceu e teve cinco crias. Eu própria tinha que conseguir comida para os
alimentar. Depois de trabalhar no campo todo o dia regressava a casa pelas seis, sete da tarde, fazia
todas as tarefas que tinha que fazer, e preparava as coisas para o dia seguinte, depois punha-me a tecer
à luz do “ocote”. Ás vezes quando comíamos no campo, punha-me a tecer com o meu tear, pendurado
de um ramo de uma árvore. Ao fim de quinze dias ia vender quatro ou cinco peças de tecido e com o
dinheiro que ganhava comprava milho e comida para os meus leitões de criação. Quando estes atingiram
os sete meses, vendi-os e com esse dinheiro pude continuar a alimentar a porca para que continuasse a
ter mais crias. Assim pude comprar um corte de tecido e algumas coisas de vestir e pude comprar bastante
fio para tecer uma blusa, um “huipil”. É assim que cada um se vai sustentando...”
• Faz uma comparação entre o que tu fazes no teu quotidiano, e a forma de vida da menina que aparece no relato.
• Achas que é justo que existam crianças que tenham que trabalhar a partir dos doze anos? Podes sugerir alguma maneira de colaborares para evitar esta situação?
• Que te pareceria começar a montar um negócio teu aos doze anos?
• Se te lembrares de alguma proposta, parecida à que aparece no relato e adaptada a nossa forma de vida actual, sugere-a, pensando de que forma nos poderá ajudar a educarmo-nos com responsabilidade?
TEXTO PARA LEITURA E COMENTARIO
“O meu nome é Rigoberta Menchú e assim me nasceu a consciência”,Elisabeth Burgos. Argos Vergara. 1983.
Rigoberta Menchú foi prémio Nobel da Paz no ano de 1992
40
as Civilizações pré-colombinasO ELDORADO
Quando a primeira expedição toma contacto com
o “Novo Mundo”, já se tinham passado uns 40.000
anos sobre a chegada a partir de outros continentes,
os que seriam os seus primeiros povoadores. Esta
colonização foi feita por culturas muito antigas a partir
do norte e estendendo-se até ao sul do continente.
Quando chegaram os conquistadores europeus,
encontraram uma cultura desenvolvida e uma orga-
nização social muito hierarquizada, com agricultura
como a principal actividade básica. Ainda que alguns
destes povos (Incas e Astecas) possuíssem cidades
fortificadas, grandes exércitos e um conhecimento
perfeito do terreno, foram colonizados ou conquistados
com relativa facilidade, porque no princípio conside-
raram os espanhóis como deuses, e depois nas
batalhas, os cavalos e as armas de fogo e aço que
não conocian os indigenas, deram a supremacia aos
conquistadores.
Apesar de os conquistadores espanhóis terem
submetido pela força os Incas e os Astecas, que eram
os povos mais avançados, levando igualmente novas
doenças que dizimaram as populações indígenas,
muitos povos sobreviveram à conquista e na actuali-
dade formam importantes comunidades nos países
do Sul e Centro do continente americano. Ao serem
considerados estes povos como vassalos da Coroa
espanhola, à semelhança do que aconteceu com os
povos indígenas do Brasil sob governo da Coroa
portuguesa, contribuiu algumas vezes, para a sobre-
vivência destes povos, ainda que a política das enco-
miendas, e a evangelização mudaram as suas formas
de vida e a s suas concepções religiosas e culturais.
Por em evidência a existência de culturas pré-colombianas efacilitar a reflexão sobre o seu desenvolvimento cultural e social.
1524. Cria-se o Conselho de Índias.
1525. Fernández de Oviedo fala por primeira vez do milho, o fumo e o cacau.
1526. Paracelso introduz novas técnicas de laboratório. Banho de vapor.
L I N HA D O TE M P O
41
1527. Guillén inventa a bússola de variação que determina a declinação no mar.
1528. Durero apresenta inovações na arte do gravado.
1529. Criação do virreinato de México.
1530. Fancastoro expressa a ideia de que a Terra tem um polo magnético.
1531. Benewitz apresenta os seus “Estudos sobre o Sol”.
L I N HA D O TE M P O
42
ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária
TEXTO PARA LER E COMENTAR
Questões para orientar o debate ou o comentário ao texto:
• Qual é o ElDorado da nossa época actual?
• Para ti, que objectivos te impulsariam à aventura?
• Quais são as grandes aventuras na actualidade?
“ A lenda do “ElDorado” inspirou-se numa cerimónia
que se celebrava no lago Guatavita, ao norte de Bogotá,
com o motivo de celebrar o acesso ao poder de um novo
rei. Depois de se ter retirado para uma caverna (as
cavernas eram lugares sagrados), o pretendente ao trono
caminhava até ao lago, onde estava preparada uma balsa
feita de canas; com tochas de fogo ardendo e incenso, o
candidato a governante era despido e coberto por completo
de argila, misturada com ouro em pó. Então o “ElDorado”
subia para a balsa em que se encontravam oferendas de
ouro e esmeraldas. Ao som de instrumentos musicais a
balsa zarpava até ao centro do lago, e aí se fazia a oferenda
do ouro e das esmeraldas ao deus da água, montanhas e
terra. E assim se iniciava o reinado do novo governante.”
“Os espanhóis interpretaram a lenda como um
símbolo de um país de grandes riquezas. A palavra
“ElDorado” veio a significar assim um paraíso de riqueza
e felicidade e abundância, cuja pretendida situação variava
segundo as versões que os conquistadores davam das suas
aventuras.”
Mapa civilizaciones precolombinas
O sistema de numeração Maia
Muitos séculos antes da invenção do sistema decimal na Índia e do seu uso na Europa, os Maias
utilizando o conceito do zero criaram um sistema de numeração com base em 20 (vigésimal) que
requer um total de vinte símbolos, de 0 a 19, para expressar as diferentes quantidades. Num sistema
decimal (base 10) são necessários 10 símbolos, de 0 a 9
Informação complementar para o desenvolvimento do tema
Mapa civilizaciones precolombinas
43
Características das três culturas pré-colombianas mais desenvolvidas.
Incas Maias Astecas
A agricultura, a batata, a pesca, ex-ploração de minérios. Construção desistemas de rega.
Muito hierarquizada. Com guerreiros,que garantiam o domínio sobre o im-pério.
Acreditavam que o deus Sol, criaraos homens de pedra. Tinham outrasdivindades. Realizavam cerimónias esacrifícios sagrados com chamas.
Na cordilheira dos Andes, actual Peru.
Possuíam um calendário agrícola. Fa-lavam a língua Quechua. O urbanismoe a organização do espaço da cidadede Cuzco é verdadeiramente assi-nalável.
Possuíam uma boa rede comercial, e oprincipal produto cultivado era o milho.
Com três classes sociais: Rei, Guerreirose sacerdotes. Povo simples.
A religião governava o tempo e o espaço.Os sacerdotes detinham um poder muitogrande e a figura do rei estava divinizada.Acreditavam na vida após a morte.
Na América Central.
Tinham uma escrita baseada em “GLIFOS”e construíam enormes templos.
Cultivavam o milho, feijões, ecacau. Praticavam a troca deprodutos.
Autoridade real, Nobreza e muitosestratos sociais.
Toda a ordem cósmica e naturaldependia da vontade dos deu-ses. A oferenda mais importanteera o sangue. Deuses da guerrae a Deusa do Milho.
No actual México.
Possuíam um sitema tributário eum antigo código penal. As casaseram de adobe e tinham horta ejardim.
De
que
vivi
am?
Estr
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Rel
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deSi
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fica
Nív
elcu
ltura
l
Cifras numéricas do sistema de numeração Maia
A partir do 19 (último número com símbolo
individualizado, quer dizer semelhante ao
9 no sistema decimal) os números Maias
escrevem-se mediante um sistema de níveis
que se desenham verticalmente e em sen-
tido ascendente, em que o nível inferior
representa as “unidades” Maias (do 0 a
19) análogas às nossas (do 0 ao 9); o
seguinte nível, das vintenas (do 20 ao 399),
análogas às nossas dezenas (do 10 ao 99);
o seguinte das “vintenas de vintenas” (do
400 ao 7.999), análogas à nossas dezenas
de dezenas ou centenas (do 100 ao 999)
e assim sucessivamente.
1
2
3
4
5
11
12
13
14
15
16
17
18
19
0
6
7
8
9
10
1
2
3
4
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13
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16
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0
6
7
8
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10
ACTIVIDADES. Educação Primária
ACTIVIDADES. Educação Secundária
A partir do 19 (último número com símbolo individualizado, quer dizer semelhante ao9 no sistema decimal) os números Maias escrevem-se mediante um sistema de níveisque se desenham verticalmente e em sentido ascendente, em que o nível inferiorrepresenta as “unidades” Maias (do 0 a 19) análogas às nossas (do 0 ao 9); o seguintenível, das vintenas (do 20 ao 399), análogas às nossas dezenas (do 10 ao 99); o seguintedas “vintenas de vintenas” (do 400 ao 7.999), análogas à nossas dezenas de dezenasou centenas (do 100 ao 999) e assim sucessivamente.
Por exemplo os seis últimos que acompanham o 902 do telefone de Ilha Mágica seescreveriam assim:
NúmerosMaias
Vintenas devintenas devintenas devintenas
Em numeraçãoMaia
Níveis que representam assucessivas potências
Somamos e obtemos otelefone
(Número maia x 20 4 (x 160.000)
Vintenas devintenas devintenas Número maia x 20 3 (x 8.000)
Vintenas devintenas Número maia x 20 2 (x 400)
Vintenas Número maia x 20 1 (x 20)
Unidades do 0ao 19 Número maia x 20 0 (x1)
Isla Mágica 902 -
A nossa enigmática data continua a ser um mistério. Procura resolvê-lo.O que aconteceu naquela data em que a cultura Maia já tinha desaparecido?
Cifras do sistema de numeração Maia
Averigua como escreviamos Maias os números:
Três
Sete
Treze
Cezassete
Os Maias tinham um curioso sistema de numeração no qual utilizavam pontos e traços
para escrever as cifras numéricas.
44
A combinação de uma alimentação saudável e a actividade física é fundamental para manter e melhorar a
saúde. No entanto, na sociedade actual têm-se produzido mudanças alimentícias que se manifestam no
maior consumo de gorduras e açúcares, prejudiciais para a saúde, e numa descida da actividade física na
escola e durante o tempo de lazer. Para combater este sedentarismo e tornar-nos mais cientes da importância
de uma alimentação equilibrada, Isla Mágica oferece a possibilidade de fazer exercício a aprender, graças
a um percurso activo através do século XVI.
Alimentos no Novo e no Velho
mundo no século XVI.
No século XVI, quando chegámos à América Ocidental,
foram descobertos alimentos desconhecidos na Europa,
e também na América foram descobertos alimentos
desconhecidos até aquela data. Isto contribuiu para
aumentar a variedade da dieta europeia com o aumento
de alimentos ricos em hidratos de carbono e também
da dieta americana, que se enriqueceu com proteínas.
Entre os alimentos que não se conheciam na Europa
encontravam-se a batata, a abóbora, tubérculos como
os camotes (batata doce), frutos secos como o maní
(amendoim), cereais como o milho ou legumes
como(cacahuete), cereales como el maíz o verduras
Uma alimentação equilibrada e actividade física são os elementos
que mais contribuem para um estilo de vida saudável.
em Isla Mágica
ALIMENTAÇÃO, ACTIVIDADE
FÍSICA E SAÚDE
45
como o tomate. A alimentação espanhola forneceu alimentos ricos em proteínas como a carne de porco, de
vitela ou de ovelha, leguminosas como o grão-de-bico ou outros alimentos como o azeite.
Portanto, os alimentos que comemos variaram de uma época para outra e também de uns países para outros.
O encontro dos dois mundos contribuiu globalmente para uma alimentação mais variada e saudável nos dois
continentes.
A alimentação saudável e equilibrada.
Uma alimentação saudável é aquela que tem por base uma dieta variada e equilibrada. Podemos tomar como
referência a pirâmide da alimentação saudável, baseada na dieta mediterrânica, a qual nos aconselha comer
diariamente cereais (massa, pão, arroz), tubérculos como a batata, legumes, hortaliças e frutas variadas. Os
cereais fornecem hidratos de carbono saudáveis como o amido. Devemos saber que os hidratos de carbono
são a nossa principal fonte de energia. As frutas fornecem as vitaminas e os minerais necessários para o nosso
desenvolvimento, para além da fibra. Também diariamente, devemos tomar lacticínios, como o leite ou o iogurte,
e outros alimentos como o azeite, que contém uns ácidos gordos
monoinsaturados como o oleico muito benéfico para evitar doenças
cardiocirculatórias. Os lacticínios fornecem cálcio (fundamental para
o crescimento) e proteínas que contribuem para o desenvolvimento
dos nossos músculos e tecidos. Os legumes e as hortaliças são,
do mesmo modo que a fruta, uma importante fonte de vitaminas e
de fibra, um composto vegetal muito necessário para evitar a prisão
de ventre e prevenir algumas doenças. O leite e outros alimentos
como o peixe, a carne de frango, as leguminosas e os ovos, fornecem
proteínas de alto valor biológico pelo que devem comer-se de três
a cinco vezes por semana. Exis tem outros al imentos,
ALIMENTOS NO NOVO E NO VELHO MUNDO NO SÉCULO XVI
Alimentos do Velho Mundo Alimentos do Novo Mundo
Trigo Batata
Vinha Milho
Oliveira Pimento
Cana de açúcar Tomate
Arroz Mandioca
Alho Feijão
Cebola Abóbora
Porco Amendoim
Vaca Peru Comum
Ovelha Batata doce
Grão-de-bico Cacau
46
como por exemplo as carnes
vermelhas, (porco, vitela ou
bor rego) que t ambém
fornecem proteínas, mas
devem ser ingeridas em
menor medida dado que
possuem muitas gorduras
saturadas e podem ser
prejudiciais para a saúde se
são tomadas em excesso. O
mesmo acontece com os
doces e as guloseimas pois
contêm açúcares simples que
são menos saudáveis. Os
frutos secos são muito mais
saudáveis dado que possuem
um alto valor energético e as
suas gorduras são vegetais.
Por este motivo é conveniente
substituir as guloseimas por
frutos secos.
Para além de respeitar a
pirâmide da alimentação saudável e manter uma dieta variada para que a alimentação seja saudável, é necessário
distribuir os alimentos em 4 ou 5 refeições por dia. O pequeno-almoço é uma das refeições mais importantes
e deve fornecer 25% das calorias necessárias por dia. Comer de maneira saudável contribui para que nos
sintamos melhor e para prevenir a obesidade, a desnutrição e inúmeras doenças.
A actividade física.
Uma alimentação saudável também deve ser combinada com a prática de actividade física. Caminhar, andar
de bicicleta, fazer desporto e utilizar o nosso tempo de lazer de forma activa contribui para melhorar a nossa
saúde e o nosso bem-estar. Desta perspectiva, as características de Isla Mágica com mais de 4.000 metros
de percurso e um grande número de atracções fazem com que seja um local idóneo para a realização de
exercício físico de uma maneira divertida.
A actividade física em Isla Mágica varia em função do número de vezes que cada pessoa monta nas atracções,
do número de vezes que percorre Isla Mágica ou corre ou caminha de um lugar para outro. Dado que caminhar
é um exercício saudável, o simples facto de percorrer a pé os 4000 metros do Parque pode ser considerado
uma prática saudável.
Montar no Jaguar, montar na Anaconda ou viajar na Torre do Desafio podem ser considerados exercícios
relativamente intensos pelo stress e a emoção que produzem.
PIRÁMIDE DE LA ALIMENTACIÓN SALUDABLE
1532. Francisco Pizarro conquista o Peru.
1533. Iván IV o Terrível se converte no primeiro “zar” de Rússia.
1534. San Ignacio de Loyola funda a Compañia de Jesús, a Contrarreforma.
L I N HA D O TE M P O
47
DECÁLOGO DA NUTRIÇÃO SAUDÁVEL
1.- A tua alimentação deve ser variada.
2.- Come frutas e legumes.
3.- A higiene: essencial para a tua saúde.
4.- Bebe o suficiente.
5.- Não tentes mudar os teus hábitos de alimentação e comportamento
de um dia para outro.
6.- Consome alimentos ricos em hidratos de carbono (massa, batatas, pão).
7.- Mantém um peso adequado à tua idade.
8.- Come regularmente.
9.- Faz exercício.
10.- Lembra-te que não há alimentos nem bons nem maus.
P I M E N T 0 U
A R D L R B B A
T O M A T E C C
O H L I M O A A
O F E I J A O C
V C A P E R U P
A B O B O R A A
B A T A T A B F
G R A O A N Z O
A R D Z O R R A
A H N I V E C T
D O O V E L H A
O L I V E I R A
V C A A L H O P
C E B O L A E L
P A P O R C O F
ACTIVIDADES. Ensino Primário.
Encontra nestas sopas de letras, 8 alimentos do Velho Mundo (Europa) e 8 alimentos
do Novo Mundo (América):
SOPA DE LETRAS DO NOVO MUNDO: SOPA DE LETRAS DO VELHO MUNDO:
48
Extraído de la novela histórica de Yvon Mauffret: Yo, Magallanes. Caballero portugués,Capitán de su Majestad el Rey de España, que quiso dar la vuelta al mundo. 1990
“Mandei embarcar 22.000 libras de bolachas - para aguentarem dois anos -, sacos de farinha, de feijão,de arroz; 5.700 libras de carne de porco salgada, 200 tinas de sardinhas, 1.000 queijos, 500 réstias de alhoe de cebola, 1.500 libras de mel, 3.000 libras de passas e de amêndoas, açúcar, em grande quantidade.Sabe-se que os marinheiros gostam de vinho. Mandei que armazenassem a bordo 417 odres e 250 barrisdo melhor vinho de Jerez, suficiente para dar a cada homem duas doses diárias durante dois anos. Mas,onde estaremos dentro de dois anos? Terei encontrado a passagem?
Também tive de lembrar-me das mercadorias para a troca. Encontraremos gentes desconhecidas, das quais,com certeza absoluta, dependerão as nossas vidas. E como de forma oficial vamos à procura de especiarias,teremos de pagar de uma forma ou de outra!Sei por experiência própria que os selvagens adoram espelhos e campainhas. Levo 900 daqueles e nãomenos de 20.000 destas. E também, 400 dúzias de facas fabricadas na Alemanha, 50 dúzias de tesouras,pulseiras de cobre, pentes, avelórios. Por último, lenços de várias cores, gorros vermelhos e algumas peçasde roupa orientais, as quais reservo para as personagens mais importantes.
Excerto pertencente ao romance histórico de Yvon Mauffret: Fernão de Magalhães. Cavaleiro português,Capitão de Sua Majestade o Rei de Espanha, que quis dar a volta ao mundo.1990
ACTIVIDADES. Ensino Primário.
O Liga com setas os alimentos da direita com os degraus da pirâmide segundo o grupo
alimentício a que pertencem.
PROTEÍNAS
VITAMINASE MINERAIS
HIDRATOS DE CARBONO
ACTIVIDADES. Ensino Secundário.
A seguir apresentamos um texto onde se descrevem os alimentos que Magalhãesembarcou para ele e para a sua tripulação durante a primeira volta ao mundo. Realizauma composição incluindo os alimentos que tu levarias se tivesses de dar a volta aomundo de barco, tendo em conta a necessidade de manter uma alimentação saudável.
Por quê levarias contigo os alimentos que escreveste?
A preparação da primeira volta ao mundo.
49
Porta da AméricaA ROTA DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS
Ressaltar a importância dos avanços científicos e do comércio como
impulsionadores dos descobrimentos, e como motor da posterior colonização.
A escassez de pastos outonais da Europa, criaram a
necessidade de conservar a carne do gado para a
alimentação através de processos de conservação,
portanto surgiu a necessidade de comprar especiarias
(pimenta, cravinho, noz moscada). Este comércio era
realizado através do Oriente Mediterrâneo (as repúblicas
italianas) e constantemente ameaçado pelo controle
dos mercadores muçulmanos e a ameaça do Império
Turco.
A necessidade de encontrar rotas mais seguras para
este comércio, unidas às descobertas científicas e ao
espírito de aventura da época, fizeram possível as
primeiras viagens para Ocidente e o descobrimento do
Novo Mundo.
No início da colonização da América, as expedições
compunham-se de pequenos comboios de navios,
formados fundamentalmente por velozes caravelas, que
tinham a intenção de explorar as novas terras descober-
tas. Em meados do século XVI , a colonização estava já
consolidada, chegando o momento de se organizar o
comércio e a navegação entre os dois continentes.
A partir de 1526, foi proibido que todos os navios
comerciais atravessassem o oceano, estavam obrigadas
a fazê-lo em grupo e sob escolta de barcos de guerra.
Depois estabeleceram-se duas grandes frotas, em Es-
panha, as únicas e permanentes que asseguravam o
transporte de pessoas e bens para as colónias da
América espanhola, estas foram a do México ou da
Nova Espanha, e a da Terra Firme ou América Central.
Portugal mantinha outra rota igualmente importante para
a América, a do Brasil. Estas frotas garantiam a segurança
das embarcações, pessoas e bens, ante os ataques
frequentes dos piratas e de auxílio na travessia, obrigando
por isso a cumprir datas fixas e a uma maior duração
da viagem.
1535. Cartier explora o norte de Canadá e Alaska.
1536. Fontana Tartaglia, estudou o voo dos projécteis.
1537. Vesalio faz estudos científicos da Anatomia do corpo humano.
1538. Fundação da Universidade de Santo Domingo.
L I N HA D O TE M P O
50
A Nau Vitória, juntamente com outros quatro
barcos e um total de 247 tripulantes, zarpou
do porto de Sevilha no dia 10 de Agosto de
1519, em busca das Ilhas das Especiarias,
situadas no Oriente. A expedição, comandada
por Fernando de Magalhães, que morreu nas
Ilhas Filipinas em Abril de 1521, rumou a
Ocidente, esperando encontrar uma
passagem no extremo sul da América do
Sul, que demonstraria a esfericidade da Terra.
Três anos mais tarde, Juan Sebastian Elcano
e 18 dos homens que com ele tinham iniciado
a viagem, concluíram a circum-navegação do
globo terrestre, sendo assim o primeiro barco
a dar a volta ao mundo. Chegaram no dia 6
de Setembro de 1522 a Sanlucar de
Barrameda com a Nau Vitória carregada de
especiarias, após terem vivido terríveis
desventuras.
A Nau Vitoria realizou a primeira volta ao Mundo.
1539. Brocke. Cañerías de Plomo fundido.1540. De Valdivia funda Santiago de Chile.1541. El Portugués Mendes llega a Japón.1542. Paulo IV restablece la Inquisición.1543. Copérnico publica "De revolutionibus orbium celestium".1544. Stifel funda el Álgebra moderna en su obra "Aritmética Integral".
L I N HA D O TE M P O
Informação complementar para desenvolvimento do tema
• A bússola, de origem chinesa, foi introduzi-
da pelos árabes na Europa. É um instrumento
fundamental para a nossa orientação e que
consiste simplesmente numa agulha mag-
netizada por um imã que indica sempre o
Norte.
• O Astrolábio, é um instrumento antigo,
aperfeiçoado no século XV (Escola de Sagres,
Portugal), que permite medir a altura dos
astros e deste modo determinar a latitude.
Os marinheiros podiam assim conhecer a
sua situação geográfica no mar alto.
• Os Portulanos, eram mapas copiados à
mão. Neles se representava o contorno das
costas, e indicavam-se com precisão os
acidentes geográficos e os portos; de aí vem
o seu nome.
• Cristóvão Colombo apetrechou em 1492,
os três navios com víveres para quinze meses
e água para seis. A ração alimentar diária
por passageiro era de 1,5 libra a 2 libras de
biscoitos ou bolachas, uma libra de carne
salgada, um quarto de libra de arroz ou
legumes secos, um litro de água, três quartos
de litro de vinho, 50 gramas de vinagre e
um quarto de litro de azeite. Uma libra equi-
vale a 453,6 gramas.
• Colombo, com as suas rápidas caravelas,demorou 34 dias em fazer a travessia. Depois,
a frota com barcos maior calado de carga,
e muito mais lentos, tardavam cerca de dois
meses.
51
ACTIVIDADES. Educação Primária
AMÉRICA
OCEANÍA
Localiza no mapa e indica no mapa-múndi:
• Espanha - Europa - Índias Ocidentais - Turquía • Traça o caminho das Índias Ocidentais a Espanha. Vês os perigos? • Traça o caminho das frotas rumo ao Ocidente.
ACTIVIDADES. Educação Secundária
As dietas alimentares dos dois continentes começaram a mudar no século XVI.
Utilizando os dados do quadro elabora um menu completo para dois dias de uma famíliano século XV na Europa e outra da América. Faz o mesmo aplicando ao século XXI.
TrigoVinhasOliveiraCana deaçúcarCaféArrozAlho
CebolaCavalo
CãoPorcoVaca
OvelhaCabra
Bicho de seda
BatataMilhoCacau
PimentoTomate
MandiocaTabacoBaunilha
FeijãoAbóbora
PeruAmendoins
Na América não conheciam: Na Europa não conheciam:
52
Em meados do século XVI , atingiu-se o auge dos assaltos
de piratas no mar das Caraíbas, aos barcos de merca-
dorias. Estes factos ocorreram sob a protecção dos
governos de Inglaterra, França e Holanda. Os seus
objectivos era obter riquezas facilmente e debilitar as
monarquias ibéricas, Portugal e Espanha. Devido ao
facto dos portos europeus ficarem muito distantes das
rotas para a América, os corsários procuraram postos
de abastecimento próximos aos lugares de ataque, como
as ilhas atlânticas de Cabo Verde, a meio caminho entre
a Europa e a América. Os postos de abastecimento nos
domínios ingleses foram a Jamaica, e a Ilha Tortuga sob
domínio francês. Estes ataques não só os realizavam no
mar, mas também, quando tinham necessidade de
provisões ou boas expectativas de saques, atacavam as
cidades em terra firme.
Estes ataques constantes obrigaram à construção de
fortificações em algumas cidades portuárias como
Catagena das Índias, Campeche, Ribeira Grande, La
Havana, etc.
Com a denominação de piratas podemos encontrar
uma ampla gama de personagens, cuja única caracterís-
tica comum era a de estarem situados à margem das
leis vigentes e realizar as suas actividades no mar. As
suas formas de actuar, de organizar-se, suas leis e
códigos internos e a sua procedência nem sempre foram
iguais ao longo do tempo, tal como foram diferentes os
distintos governos de países europeus que se aprovei-
taram deles para os seus objectivos políticos de domi-
nação.
Assinalar os diferentes tipos de piratas,
sua relaçao com os governos eo ambiente
romântico da sua existência.
causas e interessesA PIRATARIA,
1545. Pare começa a cirurgia moderna.
1546. Vitoria fundador do Direito Internacional.
1547. Nasce Cervantes.
L I N HA D O TE M P O
53
Texto para leitura e comentário
Com ez canhões de cada lado
vento em popa a toda vela,
não corta o mar, mas sim voa
um veleiro bergantim:
baixel pirata a que chaman
por sua bravura o Temido,
em todo o mar conhecido
de um a outro confim.
(...)
À voz de “Barco á vista!”
É voz de ver
Como olha
E se antecipa
A toda vela escapar:
Porque eu sou o rei do mar,
E a minha fúria é de temer.
Como os saques
Eu divido
O colhido
Por Igual
Somente quero:
Por riqueza
A beleza
Sem rival.
Porque o meu barco é meu tesouro;
e o meu Deus a liberdade;
minha lei, a força e o vento;
minha única pátria o mar.
(...)
As embarcações escandinavasmoviam-se propulsionadas pela
vela e a força dos remos
Os polinésios percorriam enormesdistâncias a bordo de canoas de
vela com cascos duplos.
As caravelas portuguesaspodiam transportar 30 tripulantes.
As carracas, navios mercantes,de três mastros, marcaram omodelo dos futuros navios de
guerra, exploração e comércio.
O “Endeavour” do capitão Cookera um barco carvoeiro
remodelado.
As dawa, navios mercantesárabes, possuíam velas latinas
triangulares.
La cancióndel pirata.
José de Espronceda (1840)
ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária
54
1548. Carlos V dita o Interim de Augsburgo.
1549. Srurer apresenta o Vidro obtido de cobalto.
1550. Início do primeiro estilo do Barroco.
L I N HA D O TE M P O
55
Informação complementar para desenvolvimento do tema
Salteadores Lançados
Piratas Corsários
O mar, com os seus condicionantes como a imensidão, a insegurança, a surpresa e o risco era
justamente o que forjava a pirataria. A fome e a pobreza, que eram generalizadas na época, faziam
com que as pessoas buscassem na aventura, ou num golpe de sorte uma forma de se libertarem
da miséria imperante. Em todas as épocas os interesses políticos dos governos trataram sempre
de utilizar os piratas em benefício próprio.
Estes foram uns piratas
peculiares, estavam bem
organizados, tinham uma
sociedade paralela com
normas de convivência
próprias.
No princípio eram grupos
de caçadores ilegais,
franceses, ingleses, da ilha
de Santo Domingo, que
vendiam carne fumada aos
piratas. Quando os
espanhóis os expulsaram,
converteram-se em piratas.
São indivíduos que se
dedicam ao roubo e assalto
de barcos de forma
indiscriminada.
São indivíduos que se
dedicam ao roubo e assalto
de barcos das nações
inimigas, com a autorização
do seu governo.
“A patente do Corso”.
1551. Retico publica as tábuas para as funções trigonométricas.
1552. São Francisco Xavier morre na ilha de Cantão.
L I N HA D O TE M P O
56
ACTIVIDADES. Educação Primária
Os salteadores foram um tipo de piratas peculiares, bem organizados, tinham uma sociedade
paralela regida pelas sua próprias normas de convivência. Cada barco e cada tripulação possuíam
um Código de Honra próprios. Cada tripulação estabelecia as suas normas de convivência salvo
nos barcos em que o capitão era muito malvado. Estes códigos tinham normalmente em conta, os
direitos e deveres, e costumavam ser solidários com os mais fracos e muito rígidos com os traidores.
Propomos que cries na tua classe ou com o teu grupo de amigos e amigas o vosso próprio Código
de Honra. Devem todos escrever, e ter todos e todas uma cópia e não deve ter mais de dez pontos.
CÓDIGO DE HONRA
ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária
ACTIVIDADES. Educación Primaria
Título:______________________________________ Género:____________________
Produção:____________________________________________________________
Duração:________________________Direcção:____________________________
Argumento:______________________________________________________________
Actores:_____________________________________________________________
Sugerimos que leiam o romance que escreveu em 1883 Robert Louis Stevenson , “A Ilha do
Tesouro” e propomos que façam um exercício de crítica cinematográfica depois de ver o filme
“Piratas” de Roman Polanski (1986), completando o seguinte esquema:
Algumas indicações para escrever um artigo ou uma crítica sobre o filme:• De que trata? Quem são os protagonistas? Como são? Que têm de bom ou de mau? • O que lhes acontece? Que problemas têm? Como os resolvem?• Como se trata a violência?, Que mensagem nos quer transmitir o filme?• Está correctamente ambientado o filme? Reflecte bem a época?• Gostaste do filme? Porquê?• Averigua a distância entre a Jamaica e o porto de Sevilha.
DADOS DE FILMES
Informação complementar para desenvolvimento do tema
A vida e as estranhas e surpreendentes aventuras de Robinson Crusoe.......
O Rei dos Piratas...........................................................................................
As Aventuras do Capitão Singleton................................................................
O Pirata...........................................................................................................
O Corsário Vermelho...............................................................................................
O Pirata...........................................................................................................
A Ilha do Tesouro.............................................................................................
O Corsário Negro.............................................................................................
El Capitão Blood................................................................................................
Os Piratas de Halifax......................................................................................
Histórias de Piratas..................................................................................................
Os Piratas do Novo Mundo............................................................................
Daniel Defoe
Daniel Defoe
Daniel Defoe
Walter Scott
James Fenimore Cooper
Frederick Marryat
Robert Louis Stevenson
Emilio Salgari
Rafael Sabatini
Jules Verne
Arthur Conan Doyle
Rafael Abella
Filmes de piratas
Título: PIRATASGénero: AventurasProdução: Francia, Túnez 1996Duração: 124 minutos
Direcção: Roman PolanskiGuião: Gerard Brach y Roman PolanskiIntérpretes: Walter Mattau, Cris Campion, Danien ThomasNivel educativo: Educação Secundário
57
Evolução das diversas formas de pagamento.
Quanto custa? Como se paga um quilo de batatas? A resposta a esta pergunta variou ao longo da história,
em função da forma de pagamento utilizada em cada época. Assim, na pré-história americana poderia ter-
se trocado por um quilo de milho, no século XVI por moedas de bilhão, enquanto na actualidade além de
moedas ou notas poderia utilizar-se o cartão de crédito e inclusive realizar-se um pagamento telemático.
A troca.
Nas origens da humanidade, primava o autoabastecimento; quase tudo o que se caçava, se colhia ou se
produzia na agricultura ou pecuária primitiva, consumia-se, mas com os excedentes já faziam alguns intercâmbios
comerciais. Quando este sistema se formalizou, os habitantes de uma zona iam ao “mercado” um dia na
semana ou ao mês, para trocar os seus produtos.
As primeiras formas de comércio basearam-se no intercâmbio de produtos, isto é, trocava-se o que uma
pessoa tinha e não precisava, pelo que outra não tinha e precisava. A troca foi um sistema que se manteve
por muito tempo e não só em povos nômades, senão também em sociedades sedentárias. Deste modo, uma
jarra de vinho podia ser trocada por um saquinho de trigo, por peles para casaco, por uma arma de caça,
por lã de ovelha, por peixe, etc.
Os maias, por exemplo, basearam o seu sistema de troca no intercâmbio, sobretudo, de mercadorias de luxo
e artigos sumptuários como jade, conchas, plumas, ouro e cacau.
da troca ao microchip
As formas de pagamento:
58
O desenvolvimento de novos bens de consumo e o crescimento da actividade comercial demonstrou que a troca
não era muito prática: em primeiro lugar, porque nem sempre se precisava daquilo que o outro estava a oferecer
e, em segundo lugar, porque era difícil determinar qual era o valor exacto dos produtos a trocar.
Para resolver estes primeiros problemas procuraram produtos de referência, que fossem admitidos pela comunidade
como forma de pagamento e em função deles fixava-se o valor dos outros produtos. Assim, no Sudeste Asiático
utilizava-se o arroz, em diversas zonas da Europa o sal, em alguns países da África utilizavam-se conchas marinhas,
nas ilhas do Pacífico faziam-se os intercâmbios por colares, etc.
O dinheiro de metal.
O seguinte passo lógico, depois de fixar um valor para a troca,
era utilizar como moeda algo não perecível como, por exemplo,
o metal. O ouro e a prata converteram-se durante muitos anos
na medida de todos os intercâmbios comerciais.
As primeiras moedas, que estavam feitas com uma liga de metais
de ouro e prata, apareceram no século VI a.C. na Ásia Menor. Para
a cunha de uma moeda utilizava-se a mesma quantidade de ouro
que, naquele momento, valia a moeda. No século XVI este sistema
seguia vigente, de maneira que se dez gramas de ouro valiam um
Ducado (moeda da época), utilizavam-se dez gramas de ouro para
cunhar um Ducado. Esta situação deu origem à utilização de outro
tipo de materiais como, por exemplo, o bilhão. Com a moeda de
bilhão, o valor do metal utilizado para cunhar a moeda era inferior
ao valor que esta representava.
As moedas proliferaram rapidamente em todos os países
desenvolvidos do mundo. Tanto os monarcas como os aristocratas, as cidades e as instituições começaram a cunhar
dinheiro com o seu selo identificativo para certificar a autenticidade do valor metálico da moeda.
O dinheiro de papel.
As primeiras referências que existem na Europa sobre o
papel moeda ou a nota datam do séc. XIII e incluem-se nas
anotações do mercador veneziano Marco Polo na sua viagem
à China. Em Espanha começou a utilizar-se no séc. XVIII,
durante o reinado de Carlos III. Nesta altura criou-se o Banco
de San Carlos, origem do actual Banco de Espanha. Este
banco foi o primeiro em emitir notas no nosso país. A idéia
era simples, emitiam-se uma série de papéis certificando
que se podia trocar por ouro que previamente tinha sido
depositado no banco. Ao princípio as pessoas não davam
valor algum às notas e muitos estabelecimentos comerciais
não os admitiam, mas com o passo do tempo foi consolidando-
se, ao igual que as moedas, como forma de pagamento.
Actualmente uma das formas mais habituais para pagar, sobretudo se o valor for elevado, não é nem a moeda nem
a nota senão o cartão de crédito que surge a princípios do século XX.
59
O microchip e o dinheiro electrónico.
Hoje em dia, é habitual utilizar tanto o cartão de débito como o cartão de crédito, e este sistema ainda não está
esgotado, continua a evoluir e cada dia estão a surgir novos elementos encaminhados a melhorar o sistema e a
evitar a fraude. É o caso do microchip que, através de um circuito electrónico integrado ao cartão, realiza a maior
parte dos controlos relativos ao seu uso e oferece mais segurança ao utente e ao banco emissor, ao integrar
sistemas de protecção electrónica que impedem a sua violação ou a leitura sem autorização da informação que
contém. Actualmente está a desenvolver-se também o cartão 2.0, um cartão magnético multiconta, que oferece
entre outras funcionalidades a protecção do número do cartão por meio de um código secreto e a possibilidade
de dispor de dois “cartões” num mesmo cartão ou ter um de crédito e outro de
débito num mesmo cartão.
Paralelamente a esta evolução, estão a surgir novas formas de pagamento que
complementam ao sistema de cartões de crédito. A Internet através do Pay Pal,
que permite que qualquer utilizador com um endereço de correio-electrónico possa
enviar e receber pagamentos de forma segura pela Internet utilizando o seu cartão
de crédito, cartão de débito ou conta bancária, e através da telefonia móvel também
estão a evoluir os sistemas de pagamento on-line.
O dinheiro de plástico.
Em 1914 a empresa estado-unidense de envios de efectivo pelo mundo todo Western União tirou o primeiro cartão
de crédito ao consumo para os seus clientes preferentes. Era o primeiro cartão de crédito da história. Ainda
emitiram-se muito poucos e tinham uma aceitação muito limitada, foram o início duma nova tendência que
generalizou-se em quase o mundo todo. Multitude de redes de lojas, de bombas ou centros comerciais lançaram
cartões próprios, que serviam para comprar a crédito unicamente nas lojas de cada rede.
Em Espanha o primeiro cartão de crédito foi lançado pelo Banco de Bilbau em 1971, em concreto a BankAmericard
que seis anos depois converteria-se na Visa actual, ainda o seu uso não generalizou-se até os anos 80.
Ainda quando falamos de cartão como médio de pagamento o normal é fazer referência ao cartão de crédito,
existe duas grandes tipas de cartão: o cartão de crédito ou de débito. Com a primeira a pessoa pode pagar e retirar
dinheiro inclusive se a sua conta do banco não dispõe de fundos nesse momento, já que adia o pagamento até o
seguinte mês, enquanto o cartão de débito carga directamente na sua conta bancária as operações que são feitas
e sempre até o limite dos fundos de dita conta.
Microchip
1553. Morre queimado na fogueira, Miguel Servet, descobridor da circulação do sangue.
1554. Primeira publicação de “El Lazarillo de Tormes”. Fundação de S. Paulo (Brasil).
Nº do cartão
Data decaducidade
Banda magnética(sistema de identificação automática)
5468 1015 1416 5468 1015 1416 5468 1015 1416Esta tarjeta es PERSONAL E INTRANSFERIBLE, es propiedad de CAJASOL y suutilización supone la aceptación de las normas establecidas para su funcionamiento.el establecimiento podrá solicitar cualquier documento que acredite la personalidaddel usuario. Se ruega a quien pueda encontrar esta tarjeta la entregue en cualquieroficina de CAJASOL. En caso de pérdida o robo llame a CAJASOL.
Identificaçãopessoal
L I N HA D O TE M P O
60
ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária.
Em pares, anotem num papel os aspectos positivos e
negativos de cada uma das formas de pagamento que
surgiram ao longo da história. Depois disso, façam um
pequeno debate sobre as vantagens e inconvenientes de
cada uma delas.
VANTAGENS INCONVENIENTES
Troca
Moeda de metal
Moeda de papel (nota)
Cartão
Cartão com microchip
Internet e telefonia móvel(pagamento telemáticoe pelo telefone)
Entra na página web de Cajasol www.cajasol.es, ou de qualquer outra entidade
bancária, e aceda ao ítem dedicado aos cartões onde aparecem os diversos tipos
disponíveis. Escolha dois cartões e compare-os conforme o seguinte esquema:
Nome do cartão
Para que serve?
A quem está dirigido?
Onde pode ser utilizado?
Quais as suas vantagens?
Observações
61
A física das atracções
63
1555. De Medina apresenta a técnica da amálgama da prata.
1556. Abdicação de Carlos V, I de Espanha em favor de Filipe II.
1557. Bruler inventa a prensa para cunhar moedas.
1558. Morre Carlos I em Yuste, na Estremadura espanhola.
1559. Reinhold expõe a ideia que as trajectórias da Lua e de Mercúrio são elípticas.
das atracçõesA FÍSICA
Somos continuamente afectados por fenómenos que
têm que ver com a energia, sua conservação e trans-
formação. Estes conceitos são tratados implicitamente
em todos os níveis educativos. Dada a complexidade
do conceito de energia e o intuitivo da sua assimilação,
desde o ponto de vista didáctico, uma maneira eficaz
de aproximar-se à sua compreensão é através do
conhecimento das suas manifestações, os seus pro-
cessos de transformação, os diferentes tipos e fontes,
ligando a construção deste conceito às experiências
vividas pelos alunos.
Com a proposta que aqui se apresenta, pretendemos
facilitar a união entre a interpretação teórica destes
conceitos físicos e a experiência vivida nas atracções
da Isla Mágica.
Elaboramos este material com o
objectivo de:
Utilizar a motivação e os estímulos gerados pela visita
a Ilha Mágica para nos debruçar-mos sobre o conceito
da energia e facilitar a compreensão do princípio de
conservação da energia e as suas consequências.
Os conteúdos apresentados estão
caracterizados:
Pela presença na Ilha Mágica de atracções em
que se torna muito evidente, através da vivência,
a existência de conceitos como aceleração, energia
potencial, energia cinética...
L I N HA D O TE M P O
64
1560. Introduz o cultivo do tabaco na Europa.1561. Nasce Luís de Góngora.1562. Nasce Lope de Vega.1563. Início da construção do palácio “El Escorial”.
L I N HA D O TE M P O
Porque as atracções da Ilha Mágica dão-
nos a oportunidade de aproximar-nos à
“energia” a partir de diferentes aspectos:
As Fontes
Os Tipos
Sua Transformação
Suas Manifestações
E pelo carácter curioso e significativo
que tem a reflexão e aplicação destes
conceitos à vida quotidiana.
Os conteúdos têm como referência as
atracções existentes no Parque. Partimos na
nossa explicação do escorrega, sobre o qual
baseamos o desenvolvimento teórico desta
proposta e terminamos com “O Jaguar”, que
é o mais complexo desde o ponto de vista
da física.
Objectivos em torno do qual se
estruturam os conteúdos e
actividades:
• Estudar as diferentes situações
vividas nas atracções da Ilha
Mágica, com a intenção de
facilitar a compreensão do
princípio de conservação da
energia.
Estrutura do conteúdos:
• I n t rodução sob re o
funcionamento das atracções
desde o ponto de vista da
energia.
• Quadros de dados, sobre o
funcionamento e as condições
técnicas das atracções. Deles
se podem gerar problemas de
dis t in ta índole sobre o
funcionamento físico das
mesmas.
• Curiosidades e notas, com a
intenção de amenizar as
explicações e a reflexão sobre
os temas propostos.
• Fórmulas e equações que
p e r m i t e m f a z e r u m a
interpretação matemática
destes conceitos.
• Actividades para realizar com
os alunos da Educação Primária
e Secundária.
Esta proposta estrutura-sesegundo o seguinte esquema:
65
1568. Expedição de Saldanha às ilhas Salomão.
1569. Com Mercator: a projecção cónica dos mapas.
1570. Fundação da cidade de Manila.
1564. Nascem Shakeaspeare e Galileu Galilei.
1565. Expedição de Lézgapi às Filipinas.
1566. São introduzidos novos cultivos na Europa.
1567. Wulf de Senftenberg. Pólvora com mecha à distância.
A Energia Cinética define-se associada à velocidade. Associada
à fricção definimos a Energia de Fricção, que às vezes se
manifesta, dolorosamente, em forma de calor. Portanto, a Energia
Potencial acumulada na subida, é devolvida no escorrega na
descida como Energia Cinética e Energia de Fricção.
O seu funcionamento pode-se expressar de forma muito simples.
“O que lhe dás, é o que dele recebes”
Energia Potencial = Energia Cinética + Energia de fricção
Compreendendo o mais simplesO ESCORREGA
L I N HA D O TE M P O
O QUELHE DÁS
ENERGIAPOTENCIAL
ESFO
RÇO
É IGUAL AO O QUE DELE
RECEBES
ENERGIACINÉTICA
FRICÇÃO
ENERGIA
DE FRICÇÃO VELOCIDADE
66
“O QUE LHE DÁS” é o teu esforço físico, sem
o qual não poderias ter o gosto de deslizar.
Com o esforço físico que fazes ao subir, vais
gastando energia muscular, e quanto mais pese-
mos e quanto mais alto seja o escorrega maior
será o esforço a empregar.
A este esforço denomina-se: Energia Potencial.
A energia potencial acumulada é igual a energia
muscular gasta na subida ao escorrega.
“O QUE RECEBES” do escorrega são duas
coisas:
• Velocidade ao baixar.
• Fricção em forma de calor com a superfície
do escorrega.
1571. Nasce Kepler, inventor do telescópio.
1572. Ticho Brahe cataloga as estrelas e constrói instrumentos de observação.
L I N HA D O TE M P O
Fica por esclarecer donde procede a energia potencial que utilizamos na descida.
A resposta é a que obtemos da energia muscular, que por sua vez, provêm dos
alimentos que consumimos. Isto permite-nos calcular a quantidade de certo tipo
de alimentos que necessitaríamos para subirmos ao escorrega. Mas donde obtêm
os alimentos a sua energia?...
67
As energias cinéticas e de fricção estão assim relacionadas de igual forma que,
para a mesma altura do escorrega e portanto de energia potencial, o maior
emprego de uma, supõe o menor emprego de outra. Assim todos os escorregas
no seu funcionamento oscilam entre os dois extremos representados nos
esquemas desenhados, e que por motivos de segurança ao serem desenhados
devem permanecer numa posição intermédia.
ENERGIA POTENCIAL
MAIOR ENERGIA
DE FRICÇÃO
MENOR ENERGIACINÉTICA
MAIOR ENERGIACINÉTICA
MENOR ENERGIA
DE FRICÇÃO
ENERGIA POTENCIAL
Fundamentação teórica
Energia
Armazenada
nos alimentos
Energía Cinética
Energía de fricção
Energía
Muscular
Energía
Potencial
Temos assim uma cadeia de energias que se transformam umas em outras demaneira que não é possível obter uma se não for ao menos à custa de uma
das outras, por um processo de transformação, o qual o escorrega é bomexemplo. Este princípio universal conhece-se como:
PRINCÍPIO DA
CONSERVAÇÃO
DA ENERGIA
O maior “escorrega”
natural conhecido não se
encontra na Terra, mas
sim em Miranda, um
satélite de gelo do planeta
Urano, situado a 2.800
milhões de Km. de Sol,
calcula-se que meça 12
km de al tura e foi
descoberto pela nave
Voyager II em 1986, ao
fim de 9 anos de viagem
pelo sistema solar.
Informaçãocomplementarpara odesenvolvimentodo tema
Fundamentação teórica
A Energia Potencial
Depende:
• Do teu peso, P. Quanto maior for a pessoa, mais esforço lhe custará emsubir ao escorrega e maior será a Energia Potencial.
• Da intensidade com que a Terra atrai em relação ao solo, que se representapela letra G.
• Da altura do escorrega, h. Quanto mais alto seja o escorrega, maior seráa energia acumulada.
A Energia Potencial pode-se calcular multiplicando P, g e h.
• O peso deves expressá-lo em Kg.
• G, conhecida como aceleração da gravidade tem 9,8 m/Seg2 na superfícieterrestre.
• A altura h deves expressá-la em metros.
Calculada assim a Energia Potencial se medem em Jules. Se multiplicaseste resultado por 0,24, obtemos o resultado em Calorias. Associada àvelocidade define-se a Energia Cinética que calculamos assim:
ENERGIA POTENCIAL = M. 9,8. h
ENERGIA CINÉTICA= 1/2 m. v2
ACTIVIDADES. Educação Secundária
Podes preencher o quadro que se segue, no qual deves classificar de 1 a 3 as categorias que
se indicam com a seguinte classificação:
1. – Pouco/a • 2. – Aceitável • 3. – Muito/a
Como vês, tens na tabela uma fila (F) para que inventes e desenhes o teu próprio escorrega
e o classifiques.
F
A
B
C
D
E
Tipo deEscorrega
EnergiaPotencial
Energia defricção Velocidade
EnergiaCinética Segurança
68
1573. Fco. de Toledo, Virrey de Perú, reglamenta el sistema de la Mita.1574. Antonio Ricardo instala la primera imprenta en Perú.1575. Cardano: Resolución de ecuaciones de tercer grado.
Pela água quase sem atritoIGUAÇU E ANACONDA
L I N HA D O TE M P O
69
Fundamentação teórica
Para calcular a velocidade de saída da barcaça temos que aplicar o que já
conhecemos da transformação de energia. No caso do Iguaçu, e se admitirmos
que não existe energia de fricção temos:
Energia utilizada em subir a barcaça = Energia Potencial = M.g.h.
Energia Potencial = Energia Cinética + Energia de Roçamento
1/2 Mv2 = M.g.h
(A velocidade em P/seg, se g e h são utilizadas em p/seg2 e m respectivamente.)
Se a Energia de Roçamento é nula, a Energia Cinética = 1/2 M.v2,
ENERGIA POTENCIAL = ENERGIA CINÉTICA
Para obter emoções fortes, utilizando
o princípio da conservação da energia,
observarás que obteremos mais
energia cinética, e portanto maior
velocidade, se reduzirmos toda e
qualquer fricção. Isto consegue-se
espectacularmente no Iguaçu e
Anaconda.
No Iguaçu, a energia potencial, obtêm-
se não do nosso esforço muscular, mas
a partir dos motores que fazem subir
(que pela sua vez transformam a
energia eléctrica que recebem) a
barcaça até à parte mais alta.
Uma vez chegados ao ponto mais alto,
a barcaça cai, quase sem fricção e
por tanto adquire uma grande
velocidade.
IGUAÇÚ
1576. Burbage construye el primer teatro permanente y público de Londres.1577. El Greco llega a Toledo.1578. Se publica el primer catálogo de hidrografía marítima.
L I N HA D O TE M P O
70
Ficha Técnica
Iguaçu é uma atracção de tipo aquático. Está situada no extremo Noroeste da Ilha Mágica. Tem
uma subida e um escorrega recto (sem a bossa do camelo e fosso). Vinte passageiros podem
sentar-se comodamente numa barcaça plana, ascendendo a uma colina de 17 metros de altura,
cercados de uma vegetação exuberante. Depois de circum-navegar o cume da mesma, inespera-
damente se precipitam de uma altura de 15 metros, a mais de 60 Km./h. sobre um lago, aterrando
com grande estrépito e uma enorme cortina de água, que refresca os intrépidos passageiros e
visitantes curiosos. Os barcos voltaram de novo à estação depois de passar por debaixo de uma
ponte panorâmica.
ENERGIAPOTENCIAL
ENERGIAMECÂNICA
ENERGIACINÉTICA
ENERGIACINÉTICADA ÁGUA
Peso dos barcos Número de barcos Potência Instalada
243 metros 15 metros
20.000 Kgs. 5
Capacidade
1.600 passageiros/hora 214 Kw.
Comprimento do Percurso Altura da Queda Velocidade Máxima Capacidade por Barco
61 km/h. 20 passageiros (5x4)
Ficha Técnica
A Anaconda é uma atracção clássica. Simula uma aventura através de um vale de um rio, encaixado
entre duas montanhas da selva tropical. Os passageiros embarcam em botes que fingem ser troncos
com a capacidade para seis pessoas, ascendendo ao alto das colinas, precipitando-se como faziam os
nativos pelas cascatas, para cair com grande estrondo nas turbulentas águas do rio. Esta aventura
fantástica repete-se por três vezes, apanhando de surpresa os visitantes e espectadores mais descuidados,
totalmente molhados, sobretudo os menos cuidadosos ou que se tenham esquecido de pôr roupas à
prova de água. Uma temática cuidadosamente pensada conduzirão os passageiros por cascatas e
pontes fazem que esta seja uma das atracções preferidas e mais refrescantes da exploração da Ilha
Mágica.
1579. Della Porta inventa a telegrafía acústica.
1580. Nasce Quevedo.
1581. Mercati organiza a primeira galeria minerológica de Europa.
1582. Maurice monta uma bomba para fornecer água às cidades.
1583. Humprey Gilbert explora as costas da Terra Nova.
1584. Walter Raleigh funda a primeira colónia inglesa na América: Virgínia.
Comprimento do Percurso Altura da Queda
612 metros 8,1 metros9,0 metros
17,6 metros
L I N HA D O TE M P O
Peso de los Botes
600 Kgs.
Número de Botes
28
Capacidade
1.540 Passageiros/hora
Potência Instalada
395 Kw.
366 seg. 6 adultos/8 crianças
Tempo de Percurso Capacidade por Botes
71
Anaconda é uma montanha russa onde a água faz o
papel de roda para as barcas, com a diferença no
entanto de que quase toda a energia cinética se perde
na saída de cada escorrega ao transmitir-se à agua
que em forma de onda e salpicos, sai disparada à
frente delas.
ANACONDA
72
Informação complementar para o desenvolvimento do tema
Salto Angel
Tugela
Cuquenán
Sutherland
Takakkaw
Rey Jorge VI
Gavarnie
Krimmler
Silver Strand
Wollomombi
Gersoppa
Victoria
Iguazú
Niágara
Venezuela
KwaZulu-Nata (Suráfrica)
Venezuela
Nueva Zelanda
Canadá
Guyana
Francia
Austria
California
Australia
India
África austral
América del Sur
Canadá
979 m.
948 m.
610 m.
580 m.
503 m.
488 m.
422 m.
381 m.
357 m.
335 m.
253 m.
122 m.
64 m.
50 m.
Nas quedas de água naturais, parte da Energia Cinética inverte-se ao causar uma erosão na base
da catarata , o que acaba por fazer desmoronar a rocha fazendo-a retroceder. Assim, por exemplo,
calculou-se que as grandes cataratas do Niágara (EUA/Canadá) com uma queda de 50 metros,
retrocedeu uns 13 Km. nos últimos 12.000 anos.
Algumas das cataratas importantes e a altura e velocidade da queda de água:
73
ACTIVIDADES. Educação Secundária
ENERGIACINETICA 1
ENERGIAPOTENCIAL 2
ENERGIACINETICA 2
ENERGIAPOTENCIAL 1
Velocidade máxima da barcaça Km/h
Velocidade máxima da barcaça no escorrega 1 Km/h
Velocidade máxima da barcaça no escorrega 2 Km/h
Velocidade máxima da barcaça no escorrega 3 Km/h
Podes calcular aproximadamente a Energia transmitida à “onda” de água se conheces o peso
do número de pessoas que subiram à barcaça.
Nas quedas de água naturais, parte da Energia Cinética inverte-se ao causar uma erosão na
base da catarata , o que acaba por fazer desmoronar a rocha fazendo-a retroceder. Assim, por
exemplo, calculou-se que as grandes cataratas do Niágara (EUA/Canadá) com uma queda
de 50 metros, retrocedeu uns 13 Km. nos últimos 12.000 anos.
Averigua qual é a velocidade máxima em quilómetros por hora que pode alcançar a
barcaça de Iguaçu na queda.
Com os dados técnicos podes calcular as velocidades de saída de cada escorrega da Anaconda.
1585. Bruno, establece un nuevo modelo de Universo.
1586. Galilei inventa el anteojo astronómico.
1587. Stevin expone la teoría sobre el plano inclinado.
1588. Cavendich da la vuelta al mundo.
Jogando com a gravidadeO JAGUAR
L I N HA D O TE M P O
Trata-se da atracção mais impressionante da Isla Mágica.
O seu percurso divide-se em duas partes:
Na primeira parte, depois de ascendermos de
forma mecânica a uma altura de trinta metros,
a Energia potencial adquirida transforma-se
rapidamente em Energia Cinética de maneira
fisicamente análoga como as das atracções
Iguaçu e a Anaconda. Nesta atracção, o Jaguar,
a fricção é quase nula, de maneira que a velo-
cidade adquirida é muito alta.
Em seguida inicia-se uma descida vertiginosa
em que a estrutura por onde deslizam os as-
sentos submete os passageiros a forças e
acelerações bruscas cada vez que os obriga a
girar, piruetas, etc. Estas forças e acelerações
chamam-se Inércias.
Uma g é a força de gravidade que sofremos normal-
mente; é o que nos faz estar sobre a terra e não à
deriva pelo espaço. A gravidade na Lua é de um
sexto de g, o que fará que uma pessoa se sinta
muito leve. Uma descida em montanha russa pode
produzir nos passageiros uma força até seis g, o
que faz sentir o corpo muito pesado, mas apenas
por uns instantes.
Na atracção o Jaguar, podes chegar a experimentar
forças deste tipo até aos 4,5 g, de maneira que
alguém cujo peso seja de 70 kg. se sentirá como
se pesasse 315 kg. num determinado momento do
percurso.
74
75
ACTIVIDADES. Educação Secundária
Um dos momentos dramáticos da história da astronáutica ocorreu durante
o voo da cápsula espacial “FriendShip”, a 20 de Fevereiro de 1962, pilotada
pelo astronauta John Glenn, quando por momentos a dita cápsula e o seu
piloto, sofreram forças de inércia de 11 g.
Calcula quanto terá sentido que pesava o astronauta nesse momento.
Ficha Técnica
O Jaguar é uma montanha russa suspensa. O
seu nome faz alusão ao felino que corre silen-
cioso através da selva. O percurso adapta-se
ao perfil do terreno, integrando-se nas suas
formas e por entre o arvoredo.
O elevador situa os passageiros no alto de uma
colina, para os deixar cair a uma grande velo-
cidade, e reforçar o conceito de animal felino
que persegue velozmente a sua presa dando
voltas em todas as posições. A grande veloci-
dade, a aceleração e a quantidade de piruetas,
permitem que os passageiros aproveitem ao
máximo esta aventura que é uma das atracções
mais espectaculares da Isla Mágica.
As forças da inércia têm que ser cuidadosamente estudadas no desenho
das máquinas que, como nos modernos aviões caça ou nas naves espaciais,
são susceptíveis de sofrer a sua acção com grande intensidade durante
as manobras que efectuam. Assim as suas estruturas devem ser capazes
de resistir às forças produzidas por este estado.
Elementos
Altura do Elevador
34 metros
Comprimento do Percurso
765 metros
3
Número de Trens
Velocidade Máxima
85 Km./h.
Número de mudanças
6
Tempo Gasto Capacidad por Trem
135 seg. 20 passageiros
Capacidade
Queda, volta com pirueta dupla Pirueta lateral, duplosalto picado em parafuso, curva bávara, saca-rolhas.
1.400 passageiros/hora
Aceleração Máxima Potência Instalada
4,5 seg. 300 Kw.
Informação complementar para o desenvolvimento do tema
“O Desafio” é uma torre para queda livre de 68 metros de
altura, equivalente a um edifício de 22 andares, cuja estrutura
representa um minarete árabe. Dispõe de tecnologia moderna
que permite regular as velocidades de subida e de descida
com seis programações diferentes, dando a possibilidade
de experimentar novas sensações de grande velocidade,
de flutuação (não estar submetido às forças da gravidade),
ou de descer gozando de vistas panorâmicas espectaculares
sobre Sevilha e a Ilha da Cartuja.
Os alminares ou minaretes, que aqui são representados pelo
“O Desafio”, são as torres das mesquitas desde as quais se
chama cinco vezes diárias à oração dos fiéis. As três bolas
situadas na parte superior da torre, recordam a um farol em
terra firme, tendo este elemento mais do que um papel
decorativo, o de guiar as pessoas que se dirigem caminhando
em direcção à mesquita, já que os reflexos do Sol sobre
elas medem a distância exacta de um dia a pé.
Sentindo a gravidadeO DESAFIO
135 m.
142 m.
110 m.
120 m.
130 m.125 m.
115 m.
105 m.
0 m.
10 m.
20 m.
30 m.
40 m.
50 m.
60 m.
70 m.
80 m.
90 m.
100 m.95 m.
87 m.
75 m.
65 m.
55 m.
45 m.
35 m.
25 m.
15 m.
5 m.
GIR
AL
DA
DE
SE
VIL
LA
- 8
7 m
etro
s.
PONTE DO ALAMILLO 142 metros.
Ficha Técnica
Capacidade
32
N.º de Assentos
1.350 pessoas/hora
Aceleração Máxima na ascensão
1,5 m/seg2
Máx. desaceleração na ascensão
-2,0 m/seg2
Velocidade Máx. da ascensão
5,8 m/seg.
Altura da Queda
55 metros
Altura Máx. da Torre
68 metros
Velocidade Máx. de descida
14 m/seg.
Aceleração Máxima na descida
-7,5 m/seg2
Desaceleração Máxima na descida
8,0 m/seg2
Velocidade Máxima
51 Km/h
Freios de Segurança
Travão com acumuladores de força elástica, com 20 módulos e accionados pormétodo hidráulico na abertura.
Cimentação Sistema de travagem
16 Pilotes a24 metros de profundidade
4 travões de disco com pinças, respectivamente, accionadashidráulicamente, 1x activa, 1 x passiva
Estrutura
Estrutura soldada de aço composta por cabos cilíndricos com dois cabrestantes dúplex integrados,impulsionados electromecânicamente com cabos unidos.
Peso
150 Toneladas
76
1589. Hans Jansen inventa o microscópio composto (uma lente objectiva e outra ocular).
1590. Cresce a importância do porto de Cádiz.
Fundamentación Teórica
Na Grécia antiga, Aristóteles, defendia a ideia de que oscorpos mais pesados de uma matéria caiem de forma maisrápida do que aqueles que são mais ligeiros quando as suasformas são iguais. Este conceito estava errado como o feznotar na sua obra “Diálogos sobre os sistemas máximos”, ofísico e astrónomo italiano Galileu Galilei (1564-1642) quedepois de realizar diversas experiências com pesos lançadosdesde do alto da torre inclinada de Pisa chegou à seguinteconclusão: no vazio todos os corpos, independentemente dasua forma ou da sua massa, caem com idêntica aceleração.Os movimentos de queda livre são movimentos uniformementeacelerados, quer dizer, a aceleração instantânea é a mesmaem todos os pontos do percurso e esta aceleração é a acele-ração da gravidade,
g = 9,8 m/seg2
Como a velocidade inicial no movimento de queda livre é nula,as equações da velocidade e o espaço percorrido em funçãodo tempo podem escrever-se assim:
v=gt.
L I N HA D O TE M P O
68 m.
10 m.
5 m.
20 m.
15 m.
30 m.
25 m.
40 m.
35 m.
45 m.
50 m.
55 m.
65 m.
60 m.
0 m.
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68 m
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55 m
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- 4
0 m
etr
os.
Alturas Significativas
O Desafio da Isla Mágica 68 m.Torre de Pisa 55 m.Torre Eiffel 305 m.Torre de menagem dosCastelos Medievais 12 m.Torre de Babel 91 m.La Giralda de Sevilla 87 m.A pirâmide do Sol em Teotihuacán 64 m.Aqueduto de Segóvia 30 m.Ponte do Alamillo 142 m.Torre Panorámica deLos Jardines del Guadalquivir 92 m.Torre de queda livre de Terra Mítica 55 m.Torre de queda livre do Parquede Atracçiões de Madrid 40 m.Nova Torre do Parquedas Ciências de Granada 50 m.Cataratas de Níagara 51 m.Pabellón de España en Expo´92 32 m.
77
78
ACTIVIDADES. Educação Primária
Escreve o nome da cidade onde estão situados os monumentos e ordena por alturas, dando
ao mais alto um 10 e ao mais baixo 1
Inventa um sistema para medir de forma aproximada a altura de um edifício.
Mede com o sistema que tu inventas-te a altura da tua Escola.
68
55
305
87
30
142
92
55
40
50
O Desafio de Ilha Mágica
Torre inclinada
Torre Eiffel
La Giralda
Importante aqueduto romanoem Espanha
Ponte do Alamillo
Torre panorâmica dos jardins doGualdaquivir
Torre de queda livre de Terra Mítica
Torre de queda livre do Parquede atracções
Nova torre do Parque das Ciências
ALTURA EMMETROS
CIDADE ONDEESTÁ SITUADO
ORDEM PORALTURA
O cinema na Isla Mágica
79
O cinema sempre foi uma das formas mais influentes do século XX. Não é por nada que uma grande parte
dos nossos conhecimentos, referencias culturais, e valores têm o seu fundamento nas producçoes cinematograficas
(desenhos animados, filmes...). Por ese motivo o cinema não é só uma forma de divertimento mas tambem
é um recurso didáctico de grande importancia para o professor. A dimensão pedagogica do cinema tem três
vertentes fundamentais: aprender do cinema, aprender com o cinema ( sobre determinados conteúdos que
tambem se tratam nas escolas nos planos de estudos).
Na Ilha Mágica o cinema tambem tem um papel protagonista a traves das suas salas de projecção em três
e quatro dimensoes que supoem a aplicaçao de tecnicas digitais ainda pouco utilizadas nos cinemas
convencionais.
Nascimento do cinema: do cinema mudo
ao cinema sonoro. Da vertente de aprender do
cinema é interessante conhecer a sua historia porque
tambem corresponde a historia da evolução da ciencia.
O cinema como técnica de captação do movimento
é das formas de naração, tem os seus antecedentes
nas pinturas rupestres e nas sombras chinesas cujo
origem está na ilha de Java (Indonesia) há mais de
7000 anos. Nelas representa-se a imagem em
movimento por meio de sombras projectadas na parede
o numa tela.
ao cinema em 4DDo cinema mudo
80
Contudo o cinema como hoje o conhecemos nasce em 1891
quando Edison junto com Dickson patentearam o que seria
a primeira camera de cinema de 35 mm chamada
Kinetoscopio. Nele o espectador, depois de ter introduzido
uma moeda, olha pelo uma lente a través da qual vê-se um
fime.Pouco depois em 1895 aparareceria o cinematógrafo
dos dois irmãos Lumière, que supoem a invenção de uma
camara ligeira que se pode descolocar aos lugares de
projecção. Depois do cinematografico a inovação mais
importante seria a introdução do som ao fim dos anos 20.
Esta inovação supõe uma inovação tecnologica mas tambem
uma mudança na forma na maneira de contar as coisas.Os
movimentos dos actores com a introdução do cinema sonoro,
são por exemplo menos exagerados, pois a palavra substitui
algums detalhes que se exageravam a través dos gestos.
Do cinema sonoro ao cinema em cor: Depois do
som a grande inovação tecnologica foi a introdução da cor.
Embora ao principio do século XIX já se tinham realizado
algumas experiências, so foi em 1935 que se rodou o primeiro
filme em cor. Esta tecnica basa-se na filmação simultánea
de três filmes dentro da mesma camara, e cada um deles conta com fitros para que seja impressionada só por
uma cor. A combinação das três cores primarias azul, vermelho e amarelo conseguia reproduzir todo o espectro
da cor. Algums dos primeiros filmes a cor que tiveram mais sucesso foram Casablanca e o Feiticeiro de Oz de
1939. Desde então a cor generalizou-se no cinema e o preto e branco só se utiliza para crear efeitos especiais,
o com intenção artistica.
Do cinema a cor ao cinema em 4D: Sete décadas depois de que se estreara a cor, chega ao cinema
tridimensional o estereoscopio que tem como objetivo fazer que o espectador perceba o filme como vê a vida real.
A terceira dimensão é a inovação tecnologica mais importante desde o fim dos anos 30. Embora ainda seja uma
tecnica pouco generalizada porque a adaptação das salas é cara prevê-se que vai ser o cinema do futuro. A
estereoscopia o visão em três dimensoes resulta da capacidad do sistema visual de dar aspeto tridimensional aos
objetos a partir das imagens em duas diemensões em cada uma das retinas dos olhos.
Estas imagens são processadas e comparadas pelo cérebro que acaba por criar
uma sensação espacial. O procedimento é o seguinte: pegam- se em duas
imagens com um ângulo um pouco diferente e mostram- se por separado a
cada olho, então o cérebro pode reconstruir a distancia e por tanto a
sensação de profundidad. A Ilha Mágica com as suas salas de projecção
em três e quatro dimensões é pioneira neste tipo de cinema. A terceira
dimensão, o Parque acrescenta a criação de sensações físicas que
atravessam o ecrã e fazem que espectador o a espectadora viva uma
experiença com os cinco sentidos em assentos especialmente desinhados
para as percepções dinámicas e sensoriais.
81
1591. Varantino construye la primera excavadora accionada por fuerza humana.1592. Galilei inventa el termómetro de gas o de aire.1593. Serviere construye la bomba rotativa de dos ejes.1594. Barents explora el Ártico.
O CINEMA NA ILHA MÁGICA
O parque tematico Ilha Mágica conta com diferentes modelos de projecção individual que supõem diversas formas
de ver e de sentir o cinema.
Localização: ElDorado. Pabellón de España.
Capacidade: 160 pessoas.
Modo de projecção: Digital
Características principais: E um simulador com assentos moveis.Tem um ecrã semiesférico com uma luminosidade de 12.000lumen.
Localização: ElDorado. Pabellón de España.
Capacidade: 72 pessoas.
Modo de projecção: Digital
Características principais: Cinema em 4 diemensões, quecombina o efeito 3D com outros muitos efeitos, como cheiros,movimentos, agua, vento, relampagos... Conta com um ecrã comluminosidade de 6000 lumen.
Localização: Porta da América
Capacidade: 2000 pessoas.
Características principais: Num ecrã de agua de 17 metrosprojetam-se imagens combianadas com a pirotecnica, fontescibernéticas, lança-chamas y banda sonora original.
ESPECTÁCULO DO LAGO
L I N HA D O TE M P O
82
ACTIVIADES. Educação Primaria e Secundaria.
Completa a linha do tempo com os dados que faltam:
Linha do Tempo. Historia do Cinema
ANO EVENTO
- 7000Antecedentes do cinema:
sombras chinesas
1891
1927
1935
Cinematógrafo dos
irmões Lumière
Cinema em
3 dimensões
83
A Isla Mágica e o meio ambiente
84
12
20
1213141516
11
26
24
25
181921
22
2317
103
4
9
587
6
A ILHA, UM JARDIM de plantas exóticas
Quando se fala de biodiversidad referimo-nos a enorme
variedade das espécies animais e vegetais que moram
no nosso planeta. Esta diversidade biológica é um
indicador da qualidade ambiental e da riqueza dos
ecosistemas. A Ilha Magica no seu inicio apostou por
convertir-se num jardim que mostre espécies botánicas
de todos os continentes, contando no principio com
266 epécies diferentes de plantas e árvores. 36%
destas espécies são de origem americano, e 40% de
origem asiático e o resto de Europa, Africa e Australia.
No mapa seguinte mostram-se algumas das espécies
mais significativas do Parque, situadas segundo a sua
localização no mesmo.
L INHA DO TEMPO
1595. Guerra entre España y Francia.
1596. Van Celulen expone el número ¹ con 35 números decimales.
85
3. Jabonero (Koelreuteria paniculata)
Arvore de floração muito vistosa nas diferentes estações,mantendo-se os frutos na árvore até um certo tempo depoisde ter perdido a folhagem. A variação dos tons e das coresna sua copa dão-lhe um valor ornamental importante. Eoriginario da Asia Oriental (China, Japão, Corea).
1. Magnolio (Magnolia grandiflora)
Arvore com flores brancas e muito cheirosas e frutos comforma dum pequeno ananás, com sementes de cor vermelhas.Da um carácter distintivo aos jardims onde se planta.E originário de America do Norte.
14. Jacaranda (Jacaranda mimosifolia)
Convertiu-se numa árvore muito popular devido aos seuscachos de flores azuis que aparecem quando se separa dassuas folhas. Vem de América do Sul e cultiva-se muito nazona mediterranéa.
13. Bambú gigante (Phyllostachys viridi-mitis)
Procedente da Asia occidental, é muito utilizado pela suacapacidade para soportar uma amplia variedade de tiposde chão e condições climáticas. Os seus rebentos sãomuito apreciados na cozinha.
12. Braquiquito (Brachychiton populneus)
Arvore de flor perene com flores de cor creme, reunidas emgrupos. Está ampliamente utilizado no jardinagem, pela suarusticidade e adaptação a crescer nas nossas cidades. Eoriginaria de Australia.
11. Rabo de leão (Leonotis leonorus)
E originaria de Africa do Sul. As flores utilizam-se parafazer um chá medicinal de carácter hipnótico. Tambem seutilizam muito as folhas e as raizes como remedio paraas mordeduras de cobras e outras picaduras.
10. Paraiso (Melia azedarach)
Arvore de origem asiático com flores de cor lilas muitocheirosas e frutos fedorentos e tóxicos, que ficam na árvoredurante o inverno. E uma das espécies de jardim que maisCO2 atmosférico capta, ao contribuir a diminuição do aumentodo efeito invernadeiro.
9. Lantana (Lantana Camara)
Existem numerosas variedades dependendo da cor das suas flores(vermelhas, amarelas, vermelhas e amarelas simultaneamente, roxas,azuis e brancas...) A maioria são originarias de América e utilizam-se sobre tudo com fins ornamentais pelo seu crescimento rápido ea sua floração durante quase o ano inteiro.
8. Pita, maguey (Agave americana)
Planta robusta com o talo pouco desenvolvido e uma rosetade folhas grossas carnudas e com uma espinha terminal.Precisa de muitos anos para florecer, ao emitir um talo florarque pode chegar a 10 metros de altura. Uma vez que seseca a flor more a planta.
7. Yuca (Yucca elephantypes)
Arbusto muito resistente a sequia, originario de AméricaCentral, onde em algumas zonas consumem-se as suasflores, brancas e muito ornamentais.O seu nombreespecífico parece aludir ao parecido dos talos adultoscom a pata do elefante.
6. Palma Real o Chaguaramo (Roystonea regia)
Arvore com um tronco elegante e torneado emblemático deCuba ao estar reprsentado no seu escudo, sendo tambemuma árvore sagrada para umas das religiões mais difundidasna Ilha da Regla dos Orishas. O seu fruto o palmiche podechegar a pesar mais de 80 kilos.
5. Wasintonia (Washingtonia robusta)
Palmeira de crescimento rápido, muito utilizada na jardinagemdevido a sua rusticidade. É originaria do Oeste dos EstadosUnidos e Mexico e o seu nome de origem faz lembrar aoG. Washington, presidente dos Estados Unidos.
Aloe arborescente: O aloe arborescente que é originario deAfrica do Sul, florece no inverno e é muito utilizado paraa ornamentação de parques e jardins. A sua flor costumautilizar-se para a cosmética já que se extrai dum componentepara a tintura.
4. Aloe Arborescente (Aloe Arborescens)
2. Evónimo o Bonetero (Euonimus japonicus)
As distintas variedades deste arbusto asiático, produzemfolhas manchadas amarelas o brancas que formam setescompactos e elegantes. Soporta muito bem a poda, o quepermete realizar formas diferentes com o seu aspecto (Podaornamental o topiaria).
86
E uma espécie emblemática da flor canaria que pode atingirproporções arbóreas famosa por a sua longevidade.Antigamente obtinha-se a través da sua seiva um colorantechamado sangue de dragão, de propriedades medicinaismuito apreciado.
26. Drago (Dracaena draco)25. Ave do Paraíso (Strelitzia reginae)
Planta herbácea de floração espectacular, originaria daAfrica do Sul que pode atingir quase dois metros de altura.Precisa de mais o menos 3 o 4 horas diarias de luz solardireta para florecer adecuadamente.
24. Pata de Vaca (Bauchinia variegata)
Arvore caducifolia cujas folhas fazem lembrar as pegadasduma pata de vaca. E nativa da Asia e cultiva-seprincipalmente pelas suas flores, grandes e chamativascor de rosa, púrpura e brancas.
23. Acacia (Acacia Karou)
Arvore de contudentes espinhas parecido a mimosa,procedente de América do Sul. Principalmente ornamental(floração espectacular no verão), utilzava-se antigamentepara a separação dos quintais.
E originario de Asia Menor. Tem abundantes bagas no outonoque nascem nos ramos maduros, Podem ser vermelhas, corde laranja o amarelas e utilizam-se para a preparação decompota e as sementes são utilizadas como sustituto do café.
18. Arbusto de Fogo (Pyracantha coccinea)
19. Plumeiro da Pampa (Cortaderia selloana argentum)
E uma espécie que procede do Sul de America do Sul e queé sobre tudo utilizada com efeitos decorativos. Adapta-sefacilmente a todos os tipos de clima e pode atingir os trêsmetros de altura.A sua facilidade de adaptaçao climática fazque seja considerada em muitos lugares, uma planta invasora.
21. Cica o Palma do Sagú (Cycas revoluta)
Muitas vezes confundida com a palmeira, é uma planta muito primitivaconsiderada um fóssil vivente. O seu crescimento é lento e pode chegar,com muitos anos, a varios metros de altura. Presenta individuosmasculinos e femeninos com floração diferente e da sua seiva faz-seuma bebida alcoólica. E originaria de Asia.
22. Coco Penoso (Arescastrum romanzoffianum)
Palmeira com uma copa airosa e folhas que sobrepassam ostrês metros de comprimento e têm um aspecto desordenado“parecidas as penas”. Tem flores femeninas e masculinas nummesmo pé e os seus frutos são comestiveis. Na América doSul, de onde é originaria consumem-se os seus palmitos.
20. Bucarnea o Nolina (Beaucarnea recurvata)
Espécie originaria de Mexico que pode atingir mais de 5metros de altura, com um tronco característico engrossadona base. E idónea para para pôr em jardins com um fracoconsumo de agua, devido a sua resistencia a sequia.
17. Nenúfar (Nymphaea spp)
São plantas aquaticas com flores que crescen nos lagos, lagoas, poças,pântanos o ribeiros de corrente lenta, porque costumam estar enraizadasno fundo. No Egipto consideravam-se plantas sagradas porque as floresabrem-se ao sol e fecham-se com a escuridão. São originarias de Africae Asia e são muito utilizadas como elemento decorativo.
16. Árbol del Coral (Eritrina humeana)
Arvore do Coral: Esta árvore de tamanho pequenoconstitui um elemento muito decorativo quando aparecemas suas flores, de cor vermelho brillante durante overão. E originaria da Africa do Sul e pelo visto a suacasca tem virtudes medicinais.
15. Limpiatubos (Callistemon viminalis)
E originario de Australia o seu nome comun faz alusão aforma da sua flor cor de rosa. A sua madeira de coravermelhada, forte e dura, utiliza-se para o fabrico de cabosde ferramentas e peças de embarcações.
87
na Isla MágicaA ÁGUA
88
EL CARAMBOLOÁgua potável darede urbana deSevilla.
Na Maquinas vending
POÇO DEBOMBAGEM
AGUA PARA REGAR
Consome-se água de refrigeração nosclimatizadores do Pavilhão da Espanhae do Pavilhão de Cruzcampo, bemcomo no sistema de micronizaçãoexistente nas pérgolas do Parque.
A depuração efectua-se mediante umsistema de filtração e de cloração
que garante que os quarenta e cincomilhões de litros de água contidos
no lago passem pelo sistema dedepuração em cada 36 horas.
Utiliza-se para:- Projectar as imagens do Espectáculo
do Lago.- Navegar para fazer a travessia.- Desfrutar das fontes cibernéticas.- Realizar o Espectáculo dos Piratas.
Para preservar a rica vegetação e garantira economia da água no Parque, utilizam-seunicamente sistemas de rega porgotejamento e microaspersão.
Diariamente todas as viasdo Parque são lavadas antesda abertura ao público.
RIO, LAVAGEM OUIRRIGAÇÃO
RESERVATORIOS
AGUA DA CHUVA
AGUA ENGARRAFADA
AGUA PARA DIVERTIR-SENa batalha de bolas.
AGUA PARA REFRESCAR-SENas Fontes.Nas pérgolas, a águamicronizada cria um microclimaque suaviza o calor do Verão.alorveraniego.
AGUA NOS BARES E RESTAURANTES
AGUA PARA OS SANITARIOS
AGUA NAS ATRACÇÕES.
A água provém da rede de água potável e é logoconservada num circuito fechado que possui a suaprópria depuradora pela qual passa a água daatracção pelo menos uma vez por dia.No Anaconda, no Iguazú e no Orinoco, a águaserve para transportar os barcos e os botes,
diminuir a fricção das barcaças, absorver oseu impacto e salpicar os passageiros e osespectadores.
REDE
DE
DREN
AGEM
DAS
AGU
AS F
LUVI
AIS.
AGUA “BRUTA”Agua procedente do rio,
distribuída pela rede interna daIlha da Cartuja.
AGUA PARA LAVAR
AGUA PARA REFRIGERAR
AGUA NO LAGO
ESTAÇÃO DEPURADORADE AGUAS RESIDUAIS
1597. Capo Bianco descobre pela primeira vez cartuchos para artilharia.
1598. Morre Filipe II de Espanha, I de Portugal, rei Filipe III de Espanha, II de Portugal.
L I N HA D O TE M P O
Uma Ilha de água reciclada.
• O lago e as atracções com água, têm cada uma sua própria depuradora independente.
• A depuração efectua-se através de um processofísico que se baseia num filtro de areia silicea comum grão de 0,8 a 1,5 mm e de um processo químicomediante a injecção de Hipoclorito de Sódio e dealgicidas.
• O lago tem uma capacidade de 45.000 m3 de água e a sua depuradora é capaz de tratar
738 m3/hora.
• O Iguazú necessita de 1630 m3 de água para funcionar e a sua depuradora é capaz de tratar
240 m3/hora.
• O Anaconda necessita de 2030 m3 de água para funcionar e a sua depuradora é capaz de tratar 240 m3/hora.
• O Orinoco necessita de 2016 m3 de água para funcionar e a sua depuradora é capaz de tratar 240 m3/hora.
Sistema de depuração da água no lago enas atracções.
ESQUEMA DE DEPURADORA TIPO
Tratamento físico Tratamento químico
Entradade água
Saídade águadepurada
bomba
depósitohipoclorito
sódico(NaClO)
depósitolíquido
algicida
deseadores
areia silicea 0,8 m
leito de areiasilicea 1,3 m
Utilizando o plano, descobre:
¿De onde vem a água na Isla Mágica?
¿Para que se serve a água na Isla Mágica?
¿Para onde vai a água após ter sido utilizada?
O Iguazú possui uma depuradora que filtrae depura a sua água a uma cadencia de 240m3/hora. Se a capacidade total do lago é de1.630.000 litros de água, quanto tempo épreciso para depurar completamente toda aágua do lago do Iguazú?
ACTIVIDADES. Educação
Primária e Secundária
Informação complementar parao desenvolvimento do tema
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Procedente daestação de
bombagem do rio.RIO
AGUA “BRUTA”
AGUA CONTRA INCÊNDIOS
Procedente daestação de
bombagem do rio.
RIO
AGUA “BRUTA”
AGUA CONTRA INCÊNDIOSAgua de alta pressão que se utiliza na
rede contra os incêndios, redeindependente do resto da instalação, eque mantendo uma pressão constantede 6 kg/cm2, abrange todo o Parque.
A água é um bem escasso e muito apreciado nas regiões de
clima mediterrâneo como é o caso da Andaluzia. Por isso na
Ilha Mágica, parque temático em que a água desempenha
um papel muito importante, encara-se o consumo da água
seguindo dois critérios:
• Economizar água, e por isso utilizamos circuitos fechados
de água, com sistemas de bombagem que permitem reutilizá-
la em permanência.
• Garantir a qualidade da água utilizada no lago e nas atracções:
para isso contamos com um sistema completo de depuração
e com o controlo químico e bacteriológico efectuado por uma
empresa contratada homologada pela Junta da Andaluzia.
Na Ilha Mágica, utilizam-se diferentes tipos de água:
• A água potável que provém da rede urbana de Sevilha é
distribuída pela estação de distribuição de " El Carambolo".
• Água engarrafada transportada por camião até Sevilha.
• Água bruta, que provém da estação de bombagem do rio
e é utilizada no Parque após ter sido filtrada e depurada.
Capta-se também água a partir do anel de distribuição de
água bruta da Ilha da Cartuja.
• Água contra os incêndios, proveniente da extensão de alta
pressão.
Na Isla Mágica, o ciclo da água completa-se pela evaporação
de uma parte da água na atmosfera; outra parte é consumida
pelas pessoas e as plantas e o resto leva-se através da rede
de esgotos, para um poço de bombagem a partir do qual as
" águas usadas" são encaminhadas para a estação de depu-
ração de San Jeronimo, para depois ser vertida no rio Gua-
dalquivir uma vez depurada.
O parque temático Isla Mágica está situado ao noroeste da cidade de Sevilha, à beira do rio Guadalquivir. A
capital hispalense caracteriza-se por ter um clima com temperaturas suaves e agradáveis durante a maior
parte do ano, com uma média anual de 19,85ºC.
Para além disso, a Isla Mágica conta com 40.000 m2 de superfície de lâmina de água e infra-estruturas e
vegetação que ajudam a suavizar as temperaturas durante os meses mais quentes.
Fontes, chafarizes, atracções onde a água é
protagonista, di ferentes s istemas de
sombreamento e de refrigeração com água,
cascatas, correntes, reproduções de grutas,
transformam os espaços abertos e cantinhos
da Isla Mágica em cenários de frescura, diversão
e sossego.
A água.
A água é protagonista na Isla Mágica e está
orientada tanto à diversão como à climatização
do parque, estando presente através das suas
fontes, do lago ou das atracções.
O parque temático Isla Mágica está situado ao noroeste da cidade de Sevilha, à beira do rio Guadalquivir. A
capital hispalense caracteriza-se por ter um clima com temperaturas suaves e agradáveis durante a maior
parte do ano, com uma média anual de 19,85ºC.
Para além disso, a Isla Mágica conta com 40.000 m2 de superfície de lâmina de água e infra-estruturas e
vegetação que ajudam a suavizar as temperaturas durante os meses mais quentes.
Fontes, chafarizes, atracções onde a água é
protagonista, di ferentes s istemas de
sombreamento e de refrigeração com água,
cascatas, correntes, reproduções de grutas,
transformam os espaços abertos e cantinhos
da Isla Mágica em cenários de frescura, diversão
e sossego.
A água.
A água é protagonista na Isla Mágica e está
orientada tanto à diversão como à climatização
do parque, estando presente através das suas
fontes, do lago ou das atracções.
refresca, relaxa e diverteA ÁGUA:
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Fontes
Na superfície exterior da Isla Mágica existem numerosas fontes, que além de refrescar ao visitante, têm fins
recreativos ou ornamentais.
Fontes recreativas. A Fonte da Veracruz (1) e a Fonte Aquamanía (7) foram desenhadas com o objectivo de divertir
as pessoas que visitam o Parque. Na primeira, múltiplos jactos de água de até 5 metros de altura emergem
arbitrariamente de orifícios localizados no chão. Na segunda, em alguns casos é necessário activar um botão com
o pé para que o jacto de água seja projectado para cima molhando quem estiver ao redor.
Outras fontes. A Fonte da Juventude (2), que representa uma gruta com diferentes níveis de onde a água brota;
a Fonte do Motim (3), onde a água brinca com as garrafas que fazem parte de uma estrutura composta por um
tonel, um canhão e âncoras; a Fonte da Barraca do Indiano (4), com forma de bebedouro para as cavalarias; a
Fonte cibernética do lago (5), junção de água, luz e som espetacular sobre a superfície do lago; a Fonte do Quetzal
(6), arco de água sobre a entrada de um templo asteca, são outras das infra-estruturas que fazem da estadia na
Isla Mágica mais fresca e agradável, desde o ponto de vista visual e auditivo.
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O Lago
Constitui o núcleo central do parque temático e ao redor dele desenvolvem-se algumas das atracções. Com 40.000
m2 de superfície, e uma profundidade média de 1,5 m. (volume total: 60.000 m3 de água) o lago é um elemento
fundamental de climatização na Isla Mágica, pois ajuda a suavizar e refrescar o ambiente nas épocas do ano quando
as temperaturas são um pouco mais altas.
Atracções
Na maioria delas a água é protagonista, constituindo, de diversas maneiras o elemento principal da diversão.
A Travessia.(8).- Uma viagem de barco através do grande lago da Isla Mágica onde se descobrem os lugares mais
recônditos das diferentes zonas da Ilha. Desde o animado Porto de Sevilha, Porto das Índias, até a majestosa zona
do El Dourado, passando pelas secretas e temidas grutas do Esconderijo dos Piratas.
Anaconda (9).- Simula uma aventura através do vale dum rio, situado entre duas montanhas da selva. O percurso
realiza-se em botes com forma de tronco, que descem por diferentes cascatas para cair três vezes estrondosamente
nas turbulentas águas do rio. Refrescante e trepidante, não só durante a descida, senão também ao final da mesma,
onde podem receber o impacto de pistolas de água disparadas pelos visitantes situados à beira do rio.
A guerra de balões (10).- Situada na Barraca do Indiano, com esta atracção podemos refrescar-nos atirando balões
cheios de água sobre umas estruturas de madeira.
Iguaçu (11).- Vinte pessoas dentro de uma barcaça plana, sobem a uma colina com vegetação exuberante e caem
inesperadamente por uma cascata a mais de 60 quilômetros por hora, produzindo uma grande onda refrescante,
que surpreende às pessoas que estão espera no cais.
Os rápidos do Orinoco (12).- Um canal de águas turbulentas e extraordinário desnível, custodiado por uma densa
vegetação, onde botes circulares de 9 pessoas descem rapidamente desafiando as
irregularidades do leito do rio.
A enseada dos corsários (13).- Percurso pelo lago que oferece muitos
pontos de interacção entre os barcos participantes, podendo
disparar-se água tanto entre os barcos como desde a beira
do lago, já que existem canhões de onde os espectadores
podem atacar os corsários.
O Caimão dançarino (14).- Atracção aquática específica
para o público infantil, situada na Fonte da Juventude,
que conta com uma queda de àgua de um metro.
Uma curiosidade, em alguns filmes projetados em
4ª Dimensão, a água e em alguns casos, os flocos
de neve, fazem parte de alguma das surpresas e
sensações das 4D.
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Infra-estruturas
Para além da água, a Isla Mágica conta com uma série de infra-estruturas que contribuem à ambientação e
climatização do parque, como as pérgulas, a vegetação, diferentes sistemas de sombreamento, elementos temáticos
ou o acondicionamento de lugares fechados.
Pulverização da água em pérgulas (micronização)
Estruturas compostas por um esqueleto metálico coberto com malha de sombreamento ao qual se incorpora um
sistema de micronização que injecta água desde cima com certa pressão através de orifícios de diâmetro muito
pequeno, produzindo uma nuvem pulverizada, cujas pequenas gotinhas evaporam-se em contacto com o ar quente,
esfriando-o, e criando um fluxo contínuo de ar descendente ao deslocar o ar frio ao quente, já que pesa mais.
Estes pulverizadores ou micronizadores estão distribuídos ao longo dos suportes laterais
das pérgulas (15) que se localizam entre o Porto das Índias e a Porta da América, com
uma superfície de 684 m2.
Outros sistemas de sombreamento
Existem no Parque outros sistemas de sombreamento, que não incorporam
o sistema de micronização, mas que também contribuem a diminuir a insolação.
Ao todo esta superfície coberta por toldos aproxima-se a 8120 m2. A sombra
projectada por choças é de 1.867 m2 e a de alpendres de edifícios 3.177
m2.
Elementos temáticos: cavernas e cascatas
Outro dos elementos desenhados para a ambientação da Isla Mágica é a Toca
do Coelho (16), reprodução de uma gruta, na qual uma cascata cai a um estanque,
proporcionando uma agradável sensação de sombra e de frescura.
Vegetação
A superfície verde da Isla Mágica é de 59.000 m2.
A vegetação tem propriedades físicas e fisiológicas, transformando-se num sistema de climatização natural. As
plantas evaporam água para diminuir a sua temperatura e defrontar ao calor, neste processo não só se refrigeram
a si mesmas senão que também esfriam o seu meio.
A água, a vegetação e as infra-estruturas criadas para aproveitar estes recursos fazem que o acondicionamento
e a climatização da Isla Mágica se façam de uma maneira natural e sustentável, pois a água utilizada recircula
desde o rio (ver capítulo deste Guia, “A água na Isla Mágica. Uma Ilha de água reciclada”).
Climatização artificial
Os prédios da Isla Mágica (O Forte, Pavilhão de Espanha, Restaurantes…) foram construídos com elementos
significativos de climatização de frio-calor, utilizando no caso do Pavilhão de Espanha uma rede de água bruta para
climatizar e não devolver calor à atmosfera.
1599. João de Mariana expõe que a terra deve ser adequadamente aproveitada.
1600. Burgi desenvolve o cálculo com fracções.
1601. Neper cria regras de cálculo para facilitar a multiplicação.
1602. Bayer publica o primeiro Atlas das Estrelas.
L I N HA D O TE M P O
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ACTIVIDADES. Educação Secundária.
Construir um higrómetro utilizando material caseiro para medir o grau de humidade que contém
o ar.
Material necessário
- Um cartão duro de 24 cm. x 30 cm.
- Um cartão fino de 16 cm. x 4 cm.
- Um fio de cabelo de uns 25 cm. de comprimento.
- Um pedaço de madeira de 24 cm. de comprimento
x 4 cm. de largura e 4 cm. de espessura.
- Um lápis
- Fita adesiva
- Uma régua
- Tesoura
- Seis pregos pequenos
- Uma caneta colorida com ponta fina.
1. Utilize a régua para traçar uma flecha de 13 x 2 cm. sobre o cartão fino e depois recorte-a.
2. Cole um extremo do fio de cabelo na parte superior do cartão duro.
3. Utilize os pregos para aderir o cartão duro ao longo do pedaço de madeira.
4. Cole o outro extremo do fio de cabelo na parte posterior da flecha.
5. Coloque a flecha sobre o cartão e mova-a até esticar totalmente o fio de cabelo. Depois fixe o
outro extremo da flecha com um prego.
6. Coloque o higrómetro que acaba de construir no jardim da sua casa.
7. Quando o sol estiver iluminando, coloque o cartão na direcção para onde aponta a flecha. Escreva
a palavra “seco” ao lado desta marca.
8. Quando o tempo estiver húmido, a flecha apontará para baixo. Faça outra marca nesta posição
e escreva a palabra “húmido” no cartão.
9. Registe as suas observações todos os dias durante três semanas.
ACTIVIDADES. Educação Primária.
A respiração das plantas, a transpiração, produz vapor de água
junto com outras substâncias. Propomos averiguar o que se passa
quando colocamos um saco de plástico sobre um vaso. Para
isso, é preciso apanhar dois vasos mais ou menos iguais quanto
ao tipo e tamanho, e colocar um saco de plástico envolvendo a
planta, fechando embaixo, justo onde está a terra e colocar um
dentro da sala de aula e outro no pátio. No dia seguinte comparar
os sacos e explicar o que aconteceu.
Experimento higrómetro
www.elducador.com
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O tempo histórico
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De 10.000 a.C. até aos nossos dias.
A Linha do Tempo
ContinenteAmericano 10.000 a.c
9.000 a.c
8.000 a.c
7.000 a.c
6.000 a.c
5.000 a.c
4.000 a.c
3.000 a.c
2.000 a.c
1.000 a.c
Origem da agriculturaClovis, Caçadores
8.500 a.c Primeiras pinturas sobre pedra na zona sahariana
Primeiros cultivos silvestres no Peru
6.500 a.c Cultivo da batata (Peru) Domesticação de animais
Povos nómadas (Caçadores-recolectores, pescadores)
Cultura megalítica
Primeiros sistemas de rega na Mesopotâmia
4.500 a.c Primeiros povoamentos em Anáhuac (México)
3.500 a.c Descoberta da roda e do arado na Mesopotâmia3.750 a.c Primeira liga de cobre
Início da escrita cuneiforme2.800 a.c Escrita sobre papiro2.700 a.c Utilização da moeda na Lidia (Turquia)2.500 a.c Adestramento do cavalo na Ásia Central / Pirâmides do Egipto Primeiros povoamentos nos Andes
Surgimento da metalurgia no Peru
1.700 a.c Cultivo do centeio1.600 a.c Início do alfabeto grego1.500 a.c Relógio de Sol egípcio
1.300 a.c
Chegada dos Etruscos a Itália
776 a.c Inícios Jogos Olímpicos621 a.c Primeiras leis escritas Atenas600 a.c Cunhagem de moedas500 a.c Pitágoras260 a.c Princípio de Arquimedes221 a.c Construção da Muralha da China
Pirâmides de terra batidaCivilização zapoteca
Utilização da pedra na arquitecturaAuge e esplendor da cultura de Nazca
Os povos anasazi, hohokan e mogollón, começamA cultivar as terras no S.O. da América do Norte.
0
OLM
EC
A
CH
AV
IN
Resto do Mundo(Europa-Ásia)
Cultivo do milho
96
Nasce a nova moeda Européia ¤
Começa a década por uma Educação para a SustentabilidadeSe celebra a Cume Mundial do Clima em Nairobi
Começa um novo século
Mais de metade da população humana já vive nas cidadesDescobre-se gelo em MarteFesteija-se a cimeira das Nações Unidas sobre amudança climática em CopenhagueFesteija-se o ano mundial da Biodiversidade
1.000
500
1.500
250
750
1.250
1.700
100 Utilização do papel extraído da amoreira (China)
271 Utilização da bússola na China
400
Difusão das matemáticas (Índia)520 Invenção do sistema decimal
599 Invenção do jogo de xadrez600622 Ano I no calendário muçulmano
800
868 Primeiro livro impresso
900 Os chineses utilizam o Papel-moeda
980Os mercadores árabes fundam postosComerciais na costa oriental africana
Surgimento da roca na Ásia
1.044 Conhecimento da pólvora na China
1.200 Invenção da lupa (Inglaterra)
1.271 Mayapán Viagens de Marco Polo1.300 Invenção na Europa do relógio mecânico1.325 Conocimiento del papel moneda en China1.347 Epidemias Peste Negra1.432 Os exploradores portugueses chegam aos Açores1.450 Imprensa de Guttemberg1.470 Invenção do astrolábio
Teoria de Copérnico1.521 Introdução da batata na Europa1.590 Invenção do microscópio1.600 Fabricação do 1º termómetro (Galileu)1.643 Barómetro de Torricelli
1.765 Primeira máquina a vapor Wat1.799 Pilha voltaica1.837 Primeiro livro para cegos
1.859 Teoria de Darwin1.900 Código Morse1.926 Descoberta da Televisão
2.000
MA
IAS
TO
LTE
CA
SIN
CA
SA
ST
EC
AS
Uso de sistema de rega em terraçosUtilização da escrita 400
Utilização geral do calendário
Auge e esplendor da civilização Maia
Construção do Jaguar Gigante(pirâmide Maia de Tikal-Guatemala)
Civilização Mixteca
Civilização peruana de Chimú
Cuzco: o mais importante centro Inca
Restauração do Império Maia. Nova capital em
Expansão dos Incas pelos AndesOs Astecas fundam a cidade de Technotitlan
Acamapichtili: Rei dos AstecasViracocha primeiro soberano Inca
que unificou as diversas tribos
Derrota dos Astecas por Hernán Cortés
ContinenteAmericano
Resto do Mundo(Europa-Ásia)
2.002
2.011 Completa-se a Expedição Oceanográfica Malaspina no Índico
2.0052.006
2.007
2.008
2.009
2.010
97
902 16 17 16(+34)w w w . i s l a m a g i c a . e s
I N F O R M A Ç Ã O E R E S E R V A S
Pabellón de España • Isla de la Cartuja • 41092 • Sevilla