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    Biologia celularTeoria celular

    1665Robert Hooke1 observao de clulas (clulas mortas de cortia com um microscpio

    composto)

    18311833Roberto Brownncleo (comum a todas as clulas e est rodeado por citoplasma)

    1838Mattias Schleidentodos os tecidos vegetais so constitudos por clulas

    1839Theodor SchwannTeoria celular

    A clula a unidade fundamental de todos os organismos; todas as clulas derivam de outras

    clulas

    1858Rudolf Virchowtodas as clulas tm origem em clulas pr existentes, por diviso.

    A clula a unidade fundamental da vida todos os organismos vivos so compostos por uma ou

    mais clulas.

    Todas as clulas tm origem em clulas pr-existentes.

    As clulas contm toda a informao hereditria dos organismos dos quais so uma parte e esta

    informao passada da clula me para a clula filha.

    Caractersticas comuns a todas as clulas- Limitadas por uma membrana constituda por lpidos e protenas: membrana plasmtica

    - Citoplasma: contedo celular, delimitado pela membrana citoplasmtica, excluindo o

    ncleo

    - Informao hereditria armazenada em molculas de DNA que codificam a sntese de RNA

    e protenas

    - Possuem capacidade de se reproduziremdiviso celular

    - Citosolsoluo aquosa onde esto todos os organelos, enzimas, ies, protenas, etc. a

    substncia fundamental do citoplasma

    Clulas procariticas

    - Maioria das clulas sem compartimentos membranares internos

    - Caractersticas dos grupos Eubacteria e Archaebacteria

    - DNA localizado no citoplasma; uma molcula circular geralmente no associada a protenas

    (podem existir algumas protenas semelhantes a histonas)

    - A nica membrana que existe a membrana plasmtica

    A parede celular exterior membrana plasmtica; confere forma clula e proteo fsica e

    osmtica; rgida devido presena de peptidoglicano.

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    As cianobactrias so evolutivamente semelhantes s clulas eucariticas. Tm membranas

    fotossintticas no citoplasma e fazem fotossntese com libertao de oxignio. Tm pigmentos

    fotossintticos fazem fotossntese como plantas superiores no entanto os pigmentos esto nas

    membranas citoplasmticas. As hidrogenases so as enzimas responsveis pela produo de

    hidrognio.

    Microscopia

    - Microscopia tica de campo claro

    3 Conjuntos de lentes:

    - Oculares (10x)

    - Objetivas (4x,10x,40x,100x)

    - Condensador (concentra a luz emitida pela lmpada)

    Ampliao total = amp. Objetiva x amp. OcularImagem final: virtual, ampliada, invertida

    Resoluo:capacidade de distinguir pontos muito prximos

    Limite de resoluo: distncia mnima entre dois objetos para que sejam distinguveis

    Um bom microscpio deve ter um bom poder resolvente e, assim, ter um pequeno limite

    de resoluo (quanto menor for o limite de resoluo, maior o poder resolvente).

    Para que o limite de resoluo seja o menor possvel, tenta-se que a abertura mnima da

    objetiva seja o maior possvel (conseguir ndices de refrao maiores do que o do ar ou recorrendo

    a luz com menor comprimento de onda).

    Preparao:

    - Fixao

    - Desidratao

    - Impregnao

    - Incluso

    Quando se observam clulas sem cor, mais difcil ver o contedo da clula uma vez que

    assim a luz passa toda (no h diferenas de contraste que nos permitem ver os pormenores).

    Nestes casos, coram-se as estruturas para tornar a tarefa mais fcil.

    Os atrasos que a luz sofre devem-se espessura e ao ndice de refrao do meio.

    - Microscopia tica de contraste de fase

    As diferenas de fase a luz traduzem-se em diferenas de intensidade da luz provocando

    contrastes na imagem.

    Tem um diafragma anular associado ao condensador (a luz passa apenas por um anel). Cada

    objetiva tem uma placa de face que faz com que as ondas sofram novo atraso.

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    -Microscopia de interferncia diferencial de Nomarski

    As imagens parecem ter relevo.

    D-se por sobreposio de ondas luminosas.

    - Microscopia de fluorescncia

    As substncias fluorescentes tm a capacidade de absorver luz com comprimento de onda

    especfico (de excitao) e libertam luz com comprimento de onda superior (de emisso).

    - Fluorescncia primria: fluorescncia natural das substncias presentes nos tecidos (colagnio,

    celulose, clorofila)

    - Fluorescncia secundria (induzida): fluorescncia resultante da utilizao de corantes

    fluorescentes especficos para determinadas estruturas celulares fluorocromos (ligam-se estrutura da

    clula que queremos identificar)

    Imunofluorescncia: anticorpos especficos para determinadas protenas celulares associados a

    corantes fluorescentes

    Brometo de etdeo: liga-se ao DNA e emite fluorescncia avermelhada.

    DiOC6: incorporado especificamente pelas mitocndrias e emite fluorescncia verde zonas ricas

    em DNA mitocondrial fluorescem em amarelo

    - Microscopia confocal

    Princpio desenvolvido por Marvin Minski nos anos 50

    Utilizao de sistema tico (semelhante ao microscpio de fluorescncia) sendo a luz reduzida a

    uma imagem pontual que faz o varrimento de cada ponto do plano de foco; usa-se normalmente uma

    fonte de raios laser.

    Para criar uma imagem, o ponto de luz faz o varrimento de cada ponto do plano de foco e a

    imagem construda num computador (por meio de um espelho oscilatrio defletor colocado entre o

    espelho dicroico e objetiva)

    O sistema permite o seccionamento tico do objeto; mtodo no invasivo: espcimes fixados ou

    vivos.

    A sobreposio da imagem de vrios planos de foco consecutivos permite a reconstruo de

    imagens tridimensionais.

    - Microscopia eletrnica de transmisso

    3 Tipos de lentes:

    - Condensadoras

    - Objetivas

    - Projetoras (projetam a imagem final num ecr)

    As lentes projetoras projetam a imagem final num ecr ( recoberto com uma substncia

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    Sonda que deteta os raios X libertados aps o impacto dos eletres do feixe com os tomos

    do material biolgico.

    Comprimento de onda ou energia dos raios X caractersticos dos elementos que os libertam.

    Citoqumica

    As tcnicas de citoqumica permitem localizar e identificar compostos qumicos especficos,

    nas clulas.

    1O composto a ser estudado deve ser imobilizado

    2O produto da reao deve ser insolvel

    3O mtodo deve ser especfico para uma substncia ou grupo qumico

    Reao de Feulgen

    Identificao de DNA, em microscopia tica.

    A reao com HCl provoca a libertao das bases purinas (o DNA fica s com basespirimdicas). O reagente de Schiff liga-se aos grupos livres resultantes da libertao da purina.

    Aps a reao de Feulgen, locais de DNA com cor magenta.

    Reao de PAS

    Identificao de polissacardeos em microscopia tica.

    O tecido tratado primeiro com cido peridico que rompe as ligaes dos carbonos

    (oxidao dos grupos glicosdicos 1,2). Colora-se com Schiff que se liga ao local de onde saram os

    aldedos.

    Reao com negro de Sudo

    Identificao de lpidos, em microscopia tica.

    O corante difunde-se para o interior das gotas lipdicas, mas no estabelecem

    ligaes qumicas.

    Citoqumica enzimtica

    Permite saber os locais da clula onde certas enzimas esto ativas.

    Fornecimento de molculas de substrato.

    Produto da reao transformado em produto insolvel, por reao com outra substncia

    presente no meio.

    Local da atividade identificado pelo depsito do produto insolvel.

    O meio tem de ter grande quantidade de substrato para que a enzima possa atuar. A reao

    faz-se depois da fixao e antes da desidratao.

    Fosfatase cida

    Catalisa a hidrlise de mono-steres do cido fosfrico com libertao de fosfato inorgnico.

    O glicerofosfato de sdio origina dois produtos de reao. O Pi reage com o Pb ++ originando

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    fosfato de chumbo (insolvel) que fcil de identificar.

    No microscpio tico, adiciona-se sulfureto de amnio para dar origem ao sulfureto de chumbo

    (amarelo) para ser mais fcil de observar.

    Onde se veem depsitos densos onde a enzima est ativa.

    Citocromo oxidase

    Caracterstica das mitocndrias (nas cristas e na matriz)

    Imunocitoqumica

    Tcnicas que permitem a localizao intracelular de molculas atravs da utilizao de anticorpos

    que se ligam especificamente a essas molculas.

    Tcnica direta:utilizao de um anticorpo primrio que reconhece e se liga ao antignio que

    se pretende localizar

    Tcnica indireta:utilizao de um anticorpo primrio que reconhece e se liga ao antignio

    que se pretende localizar e de um anticorpo secundrio que reconhece e se liga ao anticorpo primrio.

    Marcadores dos anticorpos: fluorocromos com enzimas ou com compostos radioativos ou com

    ouro coloidal

    Fracionamento celular

    Permite isolar protenas e organelos mantendo-os vivos e depois estudar as suas reaes

    metablicas.

    1. Homogeneizao dos tecidos

    Rompe-se a membrana das clulas e obtm-se fraes onde se recuperam os vrios organelos.

    necessrio fazer, primeiro, a homogeneizao dos tecidos (triturao dos tecidos num meio especifico para

    que a membrana seja destruda) com homogeneizadores que tm uma lmina cortante que provoca a

    rutura dos tecidos num meio vivel (frio, para evitar alteraes de corrente; com sacarose para equilibrar aconcentrao do meio e com soluo tampo). Depois, separam-se os organelos em centrfugas.

    2. Separao dos componentes celulares

    Coeficiente de sedimentao: parmetro que traduz a velocidade com que se movem partculas

    sujeitas a um campo gravitacional.

    No rotor que tem orifcios, coloca-se o homogeneizado que sofre processos de centrifugao. Por

    fim, os elementos movimentam-se em direo ao fundo do tubo de centrfuga.

    Centrifugao diferencial

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    Os diferentes componentes do homogeneizado so separados de acordo com o tamanho e

    densidade. Para a velocidade inicial, sedimentam-se os elementos mais densos e mais volumosos

    (ncleos)

    O sobrenadante pode ser transferido e ser centrifugado a uma velocidade superior. Para

    velocidades diferentes, sedimentam componentes prprios da clula. No final, sedimenta a frao

    solvel do citoplasma.

    Centrifugao por gradiente de densidade

    H componentes que tm densidades muito prximas e sedimentam em conjunto. Assim,

    tem de se estabelecer um gradiente de densidade. Usa-se uma soluo de sacarose (com

    concentrao varivel: maior no fundo e menor superfcie).

    Sobre o gradiente, introduz-se a frao a centrifugar. Os elementos ficam retidos onde a

    concentrao idntica sua. Os componentes esto separados de acordo com a sua densidade.

    Plantas

    As plantas tm uma importncia vital para a espcie humana.

    - Fonte de oxignio que respiramos

    - Fonte de toda a alimentao, direta ou indiretamente

    - Fonte de fibras para as roupas que vestimos

    - Fonte de medicamentos

    - Fonte de madeira

    - Fonte de papel

    - Fonte de energia- Fonte de beleza e tranquilidade

    As plantas so componentes essenciais da biosfera, regulando os ciclos da gua e dos

    nutrientes e proporcionando habitats para a biodiversidade.

    A preservao dos ecossistemas planetrios e a otimizao dos recursos naturais necessita

    de um conhecimento profundo do funcionamento das plantas.

    As plantas desenvolveram plasticidade fenotpica: a mesma espcie adapta-se a diferentes

    meios e altera-se. Tm capacidade de percecionar alteraes no meio, responder e adaptar-se a

    elas.

    Todas as clulas de uma planta so totipotentes

    Capazes de regenerar um organismo completo

    Todas as clulas de uma planta so multifuncionais

    Capazes de percecionar e responder a todo o tipo de stresses ambientais

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    Clula animal vs Clula vegetal

    -Centrossoma - Parede celular

    - Lisossomas - Vacolos

    - Plastdeos

    Clula vegetal = parede celular + protoplasto

    Tratamento com enzimas que degradam a parede celular

    - Parede celular

    rgida e determina a forma e o tamanho da clula, a textura do tecido e a forma final dos rgos

    vegetais.

    constituda por celulose e linhina; gera uma fora essencial no crescimento das folhas.

    Impede a clula vegetal de rebentar em meio hipotnico e permite o desenvolvimento de umapresso hidrosttica interna designada presso de turgescncia.

    A presso de turgescncia pode atingir valores elevados devido acumulao de solutos no

    vacolo. Mantm-se o volume da clula mas aumenta a presso.

    A presso de turgescncia responsvel pelo suporte e rigidez mecnica nas plantas herbceas

    (no lenhosas).

    A parede primria constituda por celulose embebida em matriz de polissacardeos e protenas

    estruturas que mantm a posio relativa da celulose.

    A parede celular um compsito constitudo por fibras que conferem resistncia trao e pormatriz que confere resistncia compresso.

    A celuloseconstitui o principal esqueleto da parede celular e um polissacardeo constitudo por

    microfibrilas resultantes da associao de cadeias lineares de molculas de glicose por ligaes glicosdicas

    1,4.

    As microfibrilas de celulose possuem em mdia 36 cadeias com arranjo paralelo e com domnios

    cristalinos em que as diferentes cadeias formam um arranjo ordenado devido ao estabelecimento de

    pontes de hidrognio.

    Associao de cadeias = grande resistncia trao

    As celulose sintases esto localizadas na face citoplasmtica da membrana plasmtica e associam-

    se em grupos de 6 que por sua vez se associam em grupos de 6 (6x6) formando uma roseta.

    As microfibrilas de celulosa so sintetizadas pela celulose sintase, um complexo enzimtico em

    forma de roseta que se move na membrana medida que sintetiza a microfibrila, com orientao

    determinada pelos microtbulos.

    A orientao das fibrilas de celulose determina a orientao da clula, atravs de microtbulos que

    faz com que a celulose sintase se mova.

    A matriz constituda por hemiceluloses, pectinas e protenas estruturais.

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    Os glicanos com ligaes cruzadas da parede celular (hemiceluloses) so polissacardeos que

    estabelecem pontes de hidrognio com as microfibrilas de celulose forram as microfibrilas e

    ligam-nas umas s outras formando uma rede.

    As pectinas so uma mistura de polissacardeos heterogneos ramificados, altamente

    hidratados e ricos em cido galacturnico. Ligam-se entre si atravs de ies clcio para formar um

    gel poroso (determinam a porosidade da parede) e so responsveis pela adeso clula-clula na

    lamela mediana.

    A parede celular possui vrias classes de glicoprotenas estruturais que podero tambm ter

    funes de reconhecimento e sinalizao das quais so exemplo a extensina e as protenas

    arabinogalactnicas.

    As macromolculas da matriz da parede celular so secretadas na parede por vesculas

    provenientes do complexo de Golgi.

    Na clula animal, a citocinese ocorre por formao de um anel contrtil (actina+miosina)que vai estrangular e dividir a clula em duas.

    Na clula vegetal, forma-se um organelo responsvel pela construo de uma nova parede

    entre as duas clulaso fragmoplasto(actina+miosina+microtbulos).

    O fragmoplasto forma-se no centro e cresce para a periferia formando um anel. Alberga

    vesculas com polissacardeos e protenas de parede que se fundem para formar a placa celular que

    vai crescendo at formar uma nova parede celular revestida por membrana plasmtica.

    A nova separao entre duas clulas no contnua vai deixar canais de ligao

    atravessados por canalculos de REplasmodsmios.A continuidade entre o lmen das vrias clulas vigiada por protenas que controlam

    rigorosamente o que passa entre duas clulas adjacentes.

    ?Se a parede celular rgida, como podem crescer as clulas vegetais?

    A parede celular primria (que est mias longe da clula) tem que tornar a parede

    mais elstica e a presso de turgescncia obriga a clula a esticar (permite o crescimento da

    clulas). A parede secundria muito mais rgida e s se forma depois da primria. Cada secundria

    pode ter orientaes diferentes, o que torna o material mais rgido.

    A presso de turgescncia a principal fora impulsionadora da expanso celular durante o

    crescimento das clulas vegetais.

    A orientao das microfibrilas de celulose determina a direo da expanso da clula.

    A presso de turgescncia vai induzir o afastamento e deslizamento das fibras da parede

    quando as ligaes entre estas so atenuadas por enzimas especficas, conduzindo ao crescimento

    da clula.

    A libertao do stress da parede celular permite a expanso e crescimento da clula vegetal.

    As enzimas que afrouxam a parede so ativadas quando a clula quer crescer.

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    O protoplasto forma a sua parede celular do interior para o exterior, sendo a parede mais recente a

    poro mais interior.

    A regio de unio das paredes primrias de clulas adjacentes constitui a lamela mediana (rica em

    pectinas) forma-se durante a diviso celular.

    As primeiras camadas de parede, depositadas durante o crescimento da clula, constituem a

    parede primria.

    Muitas clulas depositam camadas adicionais de parede celular quando o crescimento termina, queconstituem, assim, a parede secundria.

    As paredes secundrias no possuem pectinas e os espaos entre as microfibrilas de celulose esto

    preenchidas por lenhina, cutina ou suberinamuito rgidas.

    A linhina uma molcula grande constituda por um percursor fenlico, que forma uma rede

    atravs das suas ligaes que so formadas por peroxidase 3. Permite o desenvolvimento de estruturas

    com alturas enormes e grandes longevidades.

    -Plastideos

    Tm origem endossimbitica

    Possuem invlucro com duas membranas com composio diferente; genoma prprio do tipo

    procarionte (molculas de DNA circular no associado a protenas); ribossomas do tipo procarionte.

    Os plastdeos formam-se por diviso de plastdeos pr-existentes. Possuem semi-autonomia

    gentica.

    Leucoplasto: presente na raiz; produz estruturas bioqumicas necessrias clulaProplastdeo: est presente nas clulas indiferenciadas e depois pode-se diferenciar

    Cromoplasto: armazena pigmentos que conferem cor

    Amiloplato: armazena amido

    H plantas que crescem mais na obscuridade. H mais gua, o vacolo aumenta e empurra a

    parede celular. Apesar de no existirem mais clulas, as que existem so mais volumosas.

    - Vacolo

    Ocupa 80-90% do volume da clula

    Para alm de gua tem ies inorgnicos, cidos orgnicos, aucares, enzimas hidrolticas, protenas

    de armazenamento, compostos secundrios.

    A acumulao de solutos no vacolo determina a entrada osmtica de gua para o interior do

    vacolo produzindo a presso de turgescncia necessria para suporte do corpo da planta e para o

    crescimento da clula. A fora motriz o gradiente de concentrao. As enzimas no podem atuar logo

    que so sintetizadas: s atuam a um certo pH (cido).

    O vacolo permite o crescimento barato das clulas vegetais que pode continuar mesmo em

    condies adversas praticamente s custa de gua, solutos e pouco mais; permite produzir coletores

    solares amplos a custo reduzido.

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    Uma clula pode ter mais que um tipo de vacolos.

    Funes:

    - Produo da presso de turgescncia (suporte e expanso celular)

    - Armazenamento: solutos de baixo peso molecular e protenas

    - Compartimento ltico: protases, nucleases, glicosidases, lpases

    - Homeostase inica e do pH: reservatrio de H

    +

    e Ca

    2+

    - Sequestro de xenobiticos: metais pesados, poluentes, etc.

    - Defesa contra microorganismos patognicos e herbvoros: acumulao de

    metabolitos secundrios, produtos naturais e enzimas que degradam as paredes celulares dos

    insetos

    - Comunicao

    Como no tm sistema excretor, acumulam os xenobiticos no vacolo ou na parede

    celular, onde ficam numa forma inerte. uma forma de se despoluir o solo: absorvem os metais

    pesados e estes ficam acumulados nas folhas.

    As plantas so comidas por todo o tipo de animais no entanto esto programadas para

    responder ao estmulo de serem comidas, crescendo muito mais.

    Metabolitos primrios: molculas presentes em todas as clulas e diretamente envolvidas

    no crescimento, desenvolvimento e reproduo (essencial vida)

    Ex: aucares, protenas, cidos nucleicos

    Metabolitos secundrios:molculas com distribuio restrita a certas espcies; sem funodireta no crescimento, desenvolvimento e reproduo das clulas

    So importantes para a sobrevivncia e propagao das espcies em que ocorrem: emitem

    sinais qumicos de resposta; funo de defesa e de proteo contra a radiao UV

    Terpenos

    So polmeros de um precursor com cinco carbonos (isopreno). So classificados pelo

    nmero de unidades de isopreno. Usados como perfumes ou usados na defesa contra insetos

    Ex: mentol, taxol, cido abtico, borracha

    Alcaloides

    Compostos heterocclicos que possuem azoto, so quimicamente um grupo muito

    heterogneo. Usualmente sintetizados a partir de um ou alguns aminocidos comuns.

    Compostos muito importantes do ponto de vista farmacolgico e mdico; so importantes

    dissuasores de herbvoros

    Compostos fenlicos

    Apresentam um grupo OH ligado a um anel aromtico (benzeno); so sintetizados a partir de

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    Metafase

    Diviso nuclear Anafase

    Telofase

    Fase M

    Diviso citoplasmtica Citocinese

    1Profase

    Caracteriza-se pela mxima condensao da cromatina. O invlucro nuclear ainda se mantm

    intacto mas comea-se a ver a desorganizao do nuclolo. No citoplasma comea-se a formar o fuso

    mittico, constitudo por estruturas (centrossomas) a partir das quais so polimerizados os microtbulos

    (polmeros de tubulina).

    2Prometafase

    D-se a desorganizao do invlucro nuclear e h a ligao dos cromossomas a microtbulos(cinetocoro).

    3 - Metafase

    H o alinhamento dos cromossomas no plano mdio, os centrossomas esto no polo do fuso.

    Os cromatdeos mantm-se unidos atravs das coesinas (que se desorganizam na passagem

    metfase-anafase).

    4

    Anafase

    Os cromatdeos ascendem para os polos do fuso.

    5Telofase

    Reorganiza-se o invlucro nuclear e os cromossomas tornam a condensar.

    6Citocinese

    Nas clulas animais d-se por estrangulamento: forma-se um anel de actina e miosina que

    contraem a regio mdia at que os dois citoplasmas se separam; nas clulas vegetais h a formao de

    uma nova parede celular atravs de percursores que vm de vesiculas do complexo de Golgi que se

    depositam no plano mdio.

    Nas clulas animais, o centrossoma o principal centro organizador dos microtbulos: tem tubulina

    (inicia-se a polimerizao dos microtbulos e centrolos. Cada fuso mittico tem 2 centrossomas a sua

    duplicao ocorre na interfase).

    Os cinetocros so um complexo multiproteico ao qual se ligam os microtbulos. Esta ligao

    auxiliada por uma srie de protenas (cinesinas e dinena): so at 40 microtbulos por cinetocoro.

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    A separao dos cromatdeos, no incio da mitose, implica a fosforilao das coesinas. A

    nvel do centrmero a fosforilao das coesinas s ocorre na transio da metfase para a anafase.

    Durante a metfase criam-se foras que equilibram o cromossoma no plano equatorial. Os

    microtbulos so dinmicos com uma extremidade positiva qual se ligam subunidades de tubulina

    e so retiradas pela extremidade negativa. Quando a quantidade que se adiciona igual que se

    retira, h um balano e o microtbulo mantm um tamanho constante que permite que ocromossoma se mantenha quieto. Quando se adicionam menos subunidades do que as que se

    retiram, o microtbulo diminui de tamanho e os cromossomas comeam a aproximar-se do polo.

    Meiose

    Ocorrem duas divises sucessivas: I reduo do nmero de cromossomas; II reduo da

    quantidade de DNA

    Formam-se 4 clulas filhas com metade do material gentico; permite a formao de

    gmetas

    Profase I

    Leptteno: os cromossomas comeam a reconhecer-se

    Zigteno: os cromossomas homlogos vo reconhecer-se e associar-se (emparelhamento)

    Paquteno: a unio vai progredindo at que os cromossomas ficam completamente

    emparelhados e ocorre a troca de material gentico (crossingover)

    Diplteno: ocorre a dessinapse em que os cromossomas comeam a separar-se mas no

    completamente (mantm-se temporariamente os pontos de quiasmata)

    Diacinese: comea a desorganizar-se o invlucro e o nmero de pontos de quiasmata

    muito inferior

    Emparelhamento de cromossomas homlogos sinapse, atravs da formao do complexo

    sinaptonmico. Forma-se uma rede na zona centralum nico tipo de protena que se associa aos

    pares formando um dmero e se cruz no centro formando a tal rede.

    A meiose extremamente longa: a sua fase mais longa a prfase I e dentro desta, o

    paquteno o processo que leva mais tempo.

    Controlo do ciclo celular

    H controladores que determinam que o ciclo celular se inicie.

    G0: fase em que ficam as clulas que temporariamente no se dividem para quando

    entrarem no processo de diviso, entrarem diretamente para G1

    Os pontos de controlo so pontos com capacidade para parar o ciclo celular se tiver ocorrido

    algum erro e s o deixam avanar quando estiver reparado. Asseguram que a clula se reproduz

    direito e que a clula me igual clula filha.

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    As ciclinas e cnases controlam o processo de regulao do ciclo celular.

    Ciclinas:so sintetizadas e degradadas em cada ciclo celular.

    A concentrao de ciclinas varia ao longo do ciclo celular aumenta na fase de sntese e

    diminui na fase de degradao.

    As cnases fosforilam substratos e s esto ativas quando ligadas respetiva ciclina, a sua

    concentrao constante.

    Cnase Wee 1:adiciona grupos fosfato ao local ativo da enzima e o complexo cinase ciclina fica

    inativo. O grupo fosfato removido pelas fosfatases (CDC 25)

    Todas as clulas eucariticas exigem 3 ciclinas:

    - Ciclina G1-S: determina o incio do ciclo celular, decresce na fase S

    - Ciclina S: relacionada com duplicao do DNA- Ciclina M: estimula o incio da mitose

    A atividade das CDK pode ser inibida por fosforilao ou por protenas inibidoras (CK1)

    Fator promotor da fase S (S-CDK)

    A DNA polimerase tem de saber onde se vai ligar para duplicar. A origem da duplicao marcada

    por enzimas e forma-se o complexo pr-replicativo e s assim se pode ligar DNA polimerase.

    Estando ativa, a cinase fosforila a CDC 6 do complexo e a sua degradao provoca a abertura das

    helicases que permite que entre a DNA polimerase para que ocorra duplicao.

    Fator promotor da fase M

    A ciclina M liga-se cinase respetiva (h a ligao da cnase a um fosfato ativador; remove-se o

    fosfato inibidor para que o complexo fique ativoregula positivamente a fosfatase e inibe a Wee 1)

    A cinase fosforila vrios substratos:

    - Condensinas (levam condensao da cromatina)

    - Laminas (que levam desorganizao do invlucro)

    - Protenas que levam fragmentao do complexo de Golgi e RE

    - Protenas que tornam instveis os microtbulos do exoesqueleto (as tubulinas livres

    formam o fuso mittico)

    O complexo promotor da anafaseest intacto at transio metfase anafase, mas a CDC20

    liga-se e ativa-o. Provoca a degradao da securina; facilita a separao da separasse que degrada as

    coesinas e permite a libertao dos cromatdeos na anafase. H a degradao da ciclina mittica (ciclina M)

    Complexo G1 Cdk: a protena Rb quando est ativa mantm ligada a E2F. A CDK fosforila a

    protena Rb, alterando a conformao e libertando E2F que ativadora de genes da fase S.

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    A p53 suspende o ciclo at o dano ser reparado.

    Em situao no tem qualquer funo porque est ligada a outra protena. Mas com danos o

    ciclo para at se reparar. O erro ativa outras cnases que fosforilam a p53, que se liberta do que a

    estava a inibir e funciona como fator promotor da transcrio de um gene de p21 (inibidora da

    ciclinacinase)

    Membranas impossvel conceber uma clula sem uma membrana. Uma membrana um

    compartimento especializado onde ocorrem reaes qumicas especiais.

    cidos gordos

    Grupo carboxilo polar + cauda aliftica

    Os cidos gordos saturados (mais estveis porque as molculas podem alinhar-se

    paralelamente) no tm ligaes duplas entre os tomos de carbono. Os cidos gordos insaturados

    (agregados menos densos) tm pelo menos uma ligao dupla. Cada ligao dupla produz umcotovelo na cadeia.

    cidos gordos saturados dispem-se lado a lado duma forma quase cristalina. A presena de

    ligaes duplas resulta em agregados menos estveis.

    A presena de ligaes duplas confere curvatura cadeia, dando pelo menos estabilidade

    molcula (foras fracas ao longo da cadeia).

    Os cidos gordos saturados aumentando o tamanho da cadeia, aumentando o ponto de

    fuso. Nos cidos insaturados, para o mesmo nmero de carbonos com diferentes ligaes duplas,

    o ponto de fuso tanto menor quanto mais ligaes duplas tiver.

    Algumas clulas regulam a composio lipdica das suas membranas de modo a manter o

    grau de fluidez constante sob condies ambientais diversas.

    Agregados de lpidos anfipticos que se formam em gua: micelas, bicamadas e lipossomas.

    Os lipossomas podem ser usados como vesculas de descarga intracelular para frmacos, partculas

    virais, DNA ou outros.

    Triglicerdeos

    Trs cidos gordos unidos por ligaes ster a uma molcula de glicerol. So molculas

    apolares e so o principal componente das reservas energticas lipdicas.

    Tm como funo o armazenamento intracelular de energia qumica e isolamento trmico.

    As membranas biolgicas podem conter diferentes tipos de lpidos:

    1Glicerolpidos, glicerofosfolipidos e galactolipidos

    Os glicerofosfolipidos so constitudos por uma molcula de glicerol, dois cidos gordos e

    um grupo fosfato ligado a um lcool.

    Os galactolipidos so os principais constituintes dos tilacoides e so constitudos por uma

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    destrusse a membrana intrnsecas mas h as que so isolveis facilmente, que se associam

    apenas membranaextrnsecas.

    Uma das formas de extrair protenas para o exterior da membranas mas mant-las

    ancoradas atravs de ncoras GPI.

    Algumas protenas ligam-se s membranas atravs de ligaes covalentes com grupos

    lipdicos diversos que funcionam como ncoras hidrofbicas.

    ?Como que uma protena se vai inserir na membrana?

    Elas no vo para l, nascem l!

    As protenas comeam a sua sntese no citosol, a sntese proteica para, a membrana

    faz uma ancoragem ao retculo e reinicia-se a sntese e a protena cresce para dentro da membrana.

    -Barril: comum em purinas; composta essencialmente por folhas antiparalelas

    Esfingolpidos e colesterol agrupam-se na membrana para formar jangadas de lpidos

    (membranas rafts). So resistentes a detergentes no inicos, tais como Triton X-100, a 4C, econcentram seletivamente protenas que tenham sido aciladas com cadeias saturadas durante a

    sua modificao ps-traduo.

    A maior espessura das jangadas de lpidos pode ser observada por microscopia de fora

    atmica (os picos correspondem a protenas com ncoras GPI). Estas jangadas tm sido isoladas

    com base numa combinao de baixa densidade e insolubilidade a detergentes, e parecem ter uma

    estrutura mais ordenada devido interao do colesterol com esfingolpidos, para alm da

    presena de fosfolpidos saturados.

    TransporteQuando uma bicamada lipdica separa dois compartimentos aquosos, a permeabilidade da

    membrana pode ser facilmente determinada adicionando uma pequena quantidade de material

    radioativo num dos compartimentos e medindo a respetiva taxa de aparecimento no segundo

    compartimento.

    Difuso simples

    Movimento de soluto da regio de maior concentrao para a regio de menor

    concentrao. Quanto maior a quantidade de soluto, maior a taxa de difuso. A energia potencial

    proveniente do gradiente de concentrao pode ser usada para realizar trabalho.

    v

    c

    Para solutos eletricamente carregados, a taxa de movimento transmembranar ditada por

    uma combinao de potencial eltrico e do gradiente de concentrao. O equilbrio atinge-se

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    quando este potencial eletroqumico 0.

    Cada hlice transmembranar no constituda apenas por aminocidos hidrofbicos. Um lado

    da hlice mais hidrofbico e um mais hidroflico. As regies hidroflicas vo ficar lado a lado

    espontaneamente, formando uma passagem hidroflica.

    GLUT 1: a associao lado a lado de vrias hlices anfipticas pode produzir um canaltransmembranar hidroflico, enquanto as regies hidrofbicas constituem as regies de contacto com a

    bicamada lipdica.

    Difuso facilitada

    Ocorre atravs de transportadores; ocorre a favor do gradiente de concentrao e no precisa de

    energia; por mais que se aumente o soluto a taxa de difuso mantm-se: tem um ponto de saturao

    porque todas as enzimas j esto ocupadas.

    v

    c

    Os transportadores so saturveis e obedecem a uma cintica: h um ponto a partir do qual

    incrementos sucessivos na concentrao inicial de soluto no causam consequentes aumentos na taxa de

    transporte.

    Transporte ativo

    contra o gradiente de concentrao, requer uma fonte de energia por no ser espontneo.A energia pode advir da hidrlise do ATP, do gradiente de ies, da transferncia de eletres ou da

    energia luminosa.

    Bomba de sdio potssio

    Por cada molcula de ATP hidrolisada, 3 Na+ so bombeados para fora e 2 K+ so bombeados para

    dentro da clula.

    O sdio no exterior est em grandes quantidades assim como o potssio no interior. Esta diferena

    de concentraes importante para gerar diferena de potencial, importante para a homeostasia.

    eletrognica: nas clulas animais, este sistema de transporte responsvel pela manuteno das

    concentraes intracelulares de Na+e K+ e contribui para a gerao do potencial eltrico transmembranar.

    As ATPases do tipo P so reversivelmente fosforiladas pelo ATP como parte do ciclo de transporte,

    apresentam semelhana de sequncia e so inibidas pelo vanadato.

    F-ATPases e V-ATPases tm dois complexos e realizam trabalho mecnico.

    custa da hidrlise do ATP, h movimento da subunidade e a energia mecnica que transmitida

    para F0 usada para bombear ies.

    Funciona no reverso: os ies que so transportados resultam na produo de ATP.

    O ativador no se fosforila, usado apenas para o transporte de ies.

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    Transportadores do tipo ABC

    Usam a hidrlise do ATP para translocar uma grande variedade de molculas. Constituem

    uma super famlia de protenas muito diversificada, mas possuem tipicamente dois domnios

    muito conservados de ligao ao ATP.

    Os transportadores MDR fazem com que as clulas se tornem resistentes ao de

    compostos citotxicos quimicamente no relacionados.

    MDR1 um transportador de grande espetro que bombeia compostos xenobiticos para

    fora da clula. responsvel por uma diminuio na acumulao intracelular de muitos compostos,

    e frequentemente medeia o estabelecimento de resistncia s drogas anticancergenas.

    Uniporte: transporte de apenas uma substncia

    Simporte: transporte simultneo de um io e de uma outra substncia, no mesmo sentido

    (s acontece se forem transportadas as duas substncias)

    Antiporte: transporte simultneo, em sentidos opostos

    Canais de ies

    A taxa de transporte extremamente rpida; no so saturveis; por mais que se aumente a

    quantidade de soluto, a taxa de transporte aumenta; s transportam ies; so seletivos; a maioria

    no est sempre aberto (se estiverem so canais de escape).

    Os canais podem, ainda, ter o estado refratado: quando h um estmulo que altera a

    polaridade da membrana e aumenta a concentrao de sdio e h tambm uma despolarizao ao

    lado (conduo do estmulo nervoso). Como o estmulo s pode ter um sentido, o perodo refratadoserve para evitar que os canais de sdio que j abriram e fecharam sejam novamente ativados.

    Canal de sdio

    Um poro estreito permite a passagem de sdio ligado a uma nica molcula de gua, mas

    impede a passagem de potssio e outros ies

    Canal de potssio

    Possui um estreito filtro de seletividade formado por tomos de O. O poro permite a

    passagem de potssio desidratado.

    No filtro de seletividade, os tomos de O dos grupos carbonilo progridem para o interior do

    canal. A repulso mtua entre ies potssio, faz com que s 2 dos 4 locais de ligao possveis

    estejam ocupados simultaneamente.

    A maioria dos venenos de serpentes, escorpies e aranhas alteram o funcionamento destes

    canais.

    Aquaporina: transporta gua de forma especfica; o movimento ditado pelos potenciais

    osmticos, mas essencial que as aquaporinas impeam o movimento de H3O+, o que resultaria no

    colapso dos potenciais eletroqumicos da membrana. Consegue-o atravs de um filtro de

    especificidade.

    Ionforos: pequenas molculas, de origem bacteriana, que conferem um revestimento

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    hidrofbico a ies, aumentando assim a permeabilidade das membranas para esses ies. Podem ser

    mveis ou formadores de canais.

    Vias metablicas

    (documento)

    Maior parte do trabalho das clulas realizado pelas protenas.

    Protenas: conferem a cada compartimento as suas propriedades estruturais e funcionais

    caractersticas. So sintetizadas no citosol e so transportadas para o RE. Esta informao est na

    sequncia de aminocidos.

    Sistema endomembranar

    Tem como origem comum a membrana plasmtica.

    Conjunto de membranas que formam uma unidade funcional com biognese comum.

    Inclui o RE, o Golgi, a membrana plasmtica, vrios compartimentos endossomais e os lisossomas/

    vacolos

    Ocorre troca de material entre todos os componentes do sistema secretor por trnsito de vesculas

    membranares.

    Via secretora: transporte de material no sentido RE, Golgi, membrana plasmtica,

    lisossoma/vacoloprotenas secretoras

    Via endoctica: transporte de material extracelular para vesculas intracelulares/endossoma/

    lisossoma/vacolo

    Reticulo endoplasmtico

    Rede de membranas interligadas formando tubos e sacos achatados formam um compartimento

    altamente ramificado separado do citoplasma.

    Funes:

    - Sntese e glicosilao de protenas

    - Sntese de lpidos

    - Desintoxicao celular

    - Acumulao de clcio

    RE Rugoso

    Sacos achatados com ribossomas associados face externa com localizao frequentemente

    perinuclear.

    Responsvel pela sntese, modificao e transporte de protenas que se destinam ao restante

    sistema endomembranar e ao espao extracelular.

    RE Liso

    Forma mais tubular e sem ribossomas associados.

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    Responsvel pela sntese da maior parte dos lpidos da clula.

    Contm enzimas envolvidas na degradao de drogas e outros componentes txicos para o

    organismo.

    Pptido sinal: sequncia de aminocido N-terminal que reconhecida como o sinal de

    endereamento de protenas solveis para o RE

    Formam-se polirribossomas a ler o mesmo mRNA e ligados membrana do RE por mltiplas

    cadeias polipeptdicas em crescimento.

    O transporte de protenas para o RE envolve a atuao sequencial de 3 protenas:

    1SRP (partcula de reconhecimento de sinal)

    2Recetor de SRP

    3Protena translocadora (encontra-se fechada at ficar bloqueada pelo ribossoma,

    garantindo a impermeabilidade da membrana do RE)

    O pptido sinal removido durante a translocao de protenas nascentes para o RE

    Translocador do RE

    Funciona em duas direes: pode formar um poro atravs da membrana e pode abrir

    lateralmente para deixar pores hidrofbicas da protenas localizar-se na membrana.

    Integrao na membrana do RE de uma protena membranar de passo nico com um

    pptido sinal clivado:

    Quando a sequncia stop-transfer entra na translocao e interage com um local de

    ligao, o translocador modifica a sua conformao e descarrega a protena lateralmente na

    membrana.

    Glicosilao

    A maioria das protenas sintetizadas no RER so glicosiladas pela adio de um

    oligossacardeo comum N-ligadoa uma asparagina.

    Muito poucas protenas do citosol so glicosiladas e possuem apenas um resduo de N-

    acetilglucosamina O-ligado a uma treonina ou serina.

    1 - So retiradas algumas manoses e adicionam-se oligossacardeos

    2Acrescentam-se manosesoligossacardeos ricos em manoses

    No ocorre em bactrias porque estas no tm sistema endomembranar. Ento produzem-

    se protenas em clulas vegetais. No entanto, os padres de glicosilao so diferentes nas clulas

    vegetais pelo que se procede alterao gentica.

    O estabelecimento da conformao tridimensional mediado por chaperones: BIP,

    calnexina, calreticulina.

    Uma glucosil transferase adiciona glucose nas cadeias em que a conformao ainda no est

    completa ocorre nova ligao ao chaperone calnexina que promove a adoo da conformao

    correta (ocorrem ciclos de glucosilao e ligao calnexina at a protena assumir a sua

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    conformao correta).

    A presena de glucose nas cadeias oligossacardicas funciona como um marcador do estado da

    conformao da protena.

    E quando uma protena assume uma conformao defeituosa?

    As protenas com conformao defeituosa so translocadas de volta para o citosol

    (retrotranslocao), so desglicosiladas, ubiquitiniladas e degradadas no proteossoma a translocao bidirecional.

    Golgi

    Coleo de cisternas membranares achatadas que formam pilhas (dictiossomas) geralmente de 4-6

    cisternas.

    Nas clulas animais, as pilhas de Golgi esto tipicamente ligadas por conexes tubulares formando

    um complexo nico com localizao perinuclear.

    As pilhas de cisternas tm 2 faces:

    - Face cis (entrada): em comunicao com a rede cis Golgi, recebe vesculas do RE

    - Face trans (sada): em comunicao com a rede trans Golgi, exporta macromolculas para

    diferentes destinos: espao extracelular, lisossomas, vacolos, membrana citoplasmtica

    Funes:

    - Modificao/processamento e direcionamento de macromolculas provenientes do RE

    para outros organelos ou para secreo

    - Sntese de hidratos de carbono

    Cada compartimento encerra um espao chamado lmen que topologicamente equivalente ao

    exterior da clulatodos comunicam entre si por transporte de vescula que carregam molculas solveis

    e membranaresa carga.

    Transporte de vesculas

    Vesiculas carregam material (carga) do lmen e membrana de um compartimento para outro.

    Formao de uma vescula: fuso membranar tem incio na face interna da membrana

    Fuso de uma vescula: fuso membranar tem incio na face citoplasmtica de ambas as

    membranas

    Existem marcadores moleculares dispostos na face citoslica das membranas dos diferentes

    compartimentos que servem de guias para o trfego de entrada, assegurando que as vesculas de

    transporte se fundam com o compartimento correto.

    A maioria das vesculas forma-se a partir de pores de membrana revestidas e destacam-se como

    vesculas revestidas que perdem o seu revestimento antes de se fundirem com a membrana alvo.

    Revestimento das vesiculas

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    Importante para a seleo da carga (concentra protenas membranares especficas

    no local que vai dar origem vescula)

    Importante para a formao das vesculas (a juno das protenas do revestimento

    numa grelha curva em forma de cesto deforma a membrana moldando a vescula)

    Vesculas revestidas a clatrina

    Cada subunidade de clatrina constituda por 3 subunidades pequenas e 3 grandes

    que formam uma estrutura com trs pernas designadas triskelion.

    A extruso de uma vescula induzida pela polimerizao das subunidades de

    clatrina ao unir-se a adaptinas que se ligaram a recetores da molcula presentes na membrana de

    origem das vesculas.

    A vescula destaca-se por ao de uma protena que liga GTP, a dinamina.

    A dinamina polimeriza volta de uma evaginao em formao originando um anel

    que recruta outras protenas e vai desestabilizar a membrana os folhetos no citoslicos vofundir-se

    Reconhecimento da membrana alvo

    Vesculas possuem marcadores superficiais que identificam a origem e a carga e so

    reconhecidos por recetores complementares nas membranas alvo

    Controlado por duas classes de protenas:

    - SNAREs: fornecem a especificidade e catalisam a fuso; existem como pares

    complementares: U-SNARE na membrana da vescula e t-SNARE da membrana alvo- Rabs: GTPases que facilitam e regulam a taxa de acoplagem das vesculas e o

    reconhecimento dos pares SNARE

    Transporte entre o RE e o Golgi

    Transferncia de um compartimento para outro envolve um balano entre o

    transporte antero-grado e retro-grado.

    Protenas que entraram no RE e so destinadas ao Golgi so transportadas em

    vesculas COPII que se formam em regies especializadas do RElocais de sada do RE

    Muitas protenas do RE esto em trnsito para outras localizaes, mas outras so

    residentes no RE onde esto presentes em grande concentrao

    Vesculas COPII provenientes do RE fundem-se para formar um compartimento

    intermdio que conduzido ao Golgi por protenas motoras que se movem ao longo de

    microtbulos.

    Revestimentos COPI medeiam a formao de vesculas que retomam ao RE

    Modelo de recuperao das protenas residentes:

    O recetor KDEL captura as protenas e transporta-as de volta ao RE nas vesculas COPI

    A variao da conformao do recetor KDEL, pensa-se que devido a diferentes pHs e

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    concentraes inicas, faz com que ele liga as protenas com sinal KDEL no Golgi e as liberte no RE

    Transporte no aparelho de Golgi

    1- Modelo do transporte vesicular

    As cisternas so organelos estticos com um complemento residente de protenas

    caracterstico.O movimento de material entre cisternas mediado por vesculas

    2- Modelo de maturao das cisternas

    Toda a cisterna se move de cis para trans so adicionadas novas cisternas na face cis que

    passam atravs de todo o sistema e se degradam no lado trans

    O complemento residente de protenas mantido pelo transporte retrogrado.

    As vesculas movem-se por ao de protenas motor que se movem ao longo de filamentos do

    citoesqueleto.As protenas motor sofrem alteraes reversveis da sua forma utilizando a energia do ATP.

    Lisossomas

    Possuem enzimas hidrolticas que funcionam a pH cidohidrlases

    As hidrlases so capazes de destruir todo o tipo de biomolculas presentes nas clulas. So ativas

    a pH cido. Este pH mantido custa de bombas de protes que existem nas membranas dos lisossomas

    (transportam ativamente protes do citosol para os lisossomas e esta energia resulta da hidrlise do ATP).

    A fosfatase cida usada para marcao para identificao de lisossomas.As protenas desta membrana so altamente glicosiladas. A frao glicosdicas protege-a da ao

    das proteases existentes internamente que caso elas no existissem iriam atacar as protenas da

    membrana porque no as iam reconhecer como prprias.

    Protenas: ligam-se grupos fosfatos ao carbono 6 da manose que est ligada ao oligossacardeo no

    Golgi cisfaz com que as protenas se desloquem ao longe do Golgi e cheguem ao trans sem alteraes.

    Aqui so endereadas para os lisossomas onde o grupo fosfato removido.

    Se no tiver manose, no chegam aos lisossomas e so endereadas para outro lado.

    Se acontecerem mutaes que impeam a aduo dos grupos fosfato, ento no se d o transporte

    das hidrlases para os lisossomas e deixa-se de eliminar o material que devia ser degradado, formando-se

    incluses.

    Pneumoconioses: a inalao de partculas faz com que estas se alojem nos lisossomas para serem

    degradadas no entanto, como so muito grandes, rompem a membrana do lisossoma e h consequente

    libertao das hidrlases

    Doenas de sobrecarga: o material acumulado mas no degradado porque h falta de hidrlases

    para o degradar

    Peroxissomas

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    Possuem enzimas oxidativas (usam o oxignio para remover o hidrognio de substratos

    especficos).

    A catalase usada para marcao para se identificar se o peroxissoma ou no.

    A degradao dos cidos gordos d origem a acetil CoA, que exportado para o citoplasma

    para ser usada.

    Sindrome de Zellweger: os peroxissomas vazios (sem enzimas). Os cidos gordos esto l

    mas no so degradados porque no h atividade enzimtica

    Adrenoleucodistrofia (XALD): os cidos gordos esto l, no entanto, como no h

    transportadores, eles acumulam-se e no so degradados

    Ciclo do glioxilato

    catalisado por enzimas especficas (isocitrato liase, malato sintetase).

    O sucinato tem de sair para as mitocndrias e incluir-se no ciclo de Krebs.O malato vai sair para o citoplasma e participa em reaes inversas da gliclise (sintetiza

    hidratos de carbono)

    Esferossomas

    Oleosinas: no se encontram noutros locais da clula presentes nas sementes e gros de

    plen e no nos frutos

    Tem origem numa regio do RE onde existem oleosinas, vesculas e, no interior, acumulam-

    se lpidos que se depositam entre as camadas ficando o esferossoma rodeado apenas por metadeda membrana.

    Citoesqueleto

    No tem membranas associadas, o que permite que a clula cresa, se multiplique e se

    adapte.

    Os filamentos proteicos do citoesqueleto so formados por pequenas sub-unidades que se

    agregam e se desagregam; ligaes no covalentes (fracas)

    Constituido por microtbulos, microfilamentos e filamentos intermdios.

    Microtbulos

    So polmeros de tubulina (dmero); so essenciais na diviso celular; importantes na

    movimentao de estruturas no citoplasma; fazem parte da constituio de clios e flagelos.

    Subunidade liga sempre GTP; subunidade liga GTP (depois passa a GDP)

    As subunidades associam-se longitudinalmente formando um protofilamento

    (sempre na mesma posio que o dmero se associa)

    Associam-se 3 protofilamentos lateralmente para formar a parede do microtbulo.

    Adicionam-se unidades em ambas as extremidades, s varia a velocidade.

    Podem alternar entre perodos de crescimento lento e de rpida despolimerizao,

    hidrlise de GTP favorece a despolimerizao

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    Existem protenas transmembranares, nas duas membranas, que tm domnios

    extracelulares que se ligam entre si; o domnio interno permite que se liguem a filamentos do

    citoesqueleto (de actina ou intermdios) atravs da protena de ligao.

    Clulaclula

    Intervm protenas da categoria das caderinas.A quantidade de clcio condiciona a forma das caderinas que se ligam a filamentos de

    actina. Se a quantidade de clcio for elevada, h muito clcio para se ligar s caderinas e a protena

    estende-se e pode contactar com caderinas de clulas adjacente. Se a concentrao de clcio for

    baixa, no se liga caderina e a protena fica com uma forma flexvel impedindo o contacto com a

    caderina adjacente.

    As junes de adeso no esto isoladas formam conjuntos de estruturas de adeso

    contnuascintos de adeso.

    Clulamatriz

    Existem hemidesmossomas que so heterodmeros. Liga-se a protenas da matriz e,

    internamente liga-se a filamentos de actina por meio de outras protenas.

    As integrinas esto ligadas a protenas da matriz e, no interior da clula, a filamentos

    intermdios do citoesqueleto.

    Se houver alterao da distrofina, no h adeso das clulas com a matriz e provoca a

    distrofia muscular de Duchenne.

    Junes de ocluso

    Fecham o espao intercelular e impede que haja passagem. Localizam-se na zona apical das

    clulas.

    Tm uma importante funo nas clulas do epitlio intestinal na absoro da glucose

    porque limitam as protenas transportadoras a determinados locais da clula.

    A movimentao fica restringida.

    As protenas transmembranares confluem umas com as outras e fecham o espao. Estas

    protenas pertencem ao grupo das claudinas e das ocludinas, sendo as primeiras essenciais

    estrutura da juno.

    Estas junes s funcionam em clulas animais porque nas clulas vegetais, a parede celular

    impede as junes.

    Junes de comunicao

    As protenas transmembranares (conexinas) associam-se em grupo de 6 formando canais/

    conexes entre duas clulas adjacentes.

    Mantm-se o espao intercelular e h passagem de material entre as clulas.

    So permeveis a ies, aminocidos e acares.

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    Plasmodsmios

    Existem em clulas vegetais

    A parece celular no contnua, tem canais em que a parede interrompida e onde h passagem

    de substncias entre duas clulas.

    Um desmotbulo uma cisterna de retculo que atravessa o plasmodsmio.No h rutura da membrana a nvel do plasmodsmios ela forra-o (continua pelo canal e forma

    continuidade com a membrana da clula adjacente).

    As vesculas provenientes do Golgi que levam os percursores da parede fundem-se e a membrana

    forma-se mas a fuso das vesculas no total, deixando espao para formar plasmodsmios.

    Biosinalizao

    (slides)

    Clula tumoral

    A formao de tumores depende da proliferao celular ou de deficiente morte celular.

    Formao de metstases:

    - Clulas crescem como tumor no epitlio

    - Tornam-se invasivas e entram nos capilares

    - Aderem aos vasos sanguneos no fgado

    - Escapam dos vasos sanguneos para formar micrometstases

    - Colonizam o fgado formando metstases

    (A) Overactivity mutao (ganho de funo)

    A ativao da mutao permite que o oncogene promova a transformao da clula

    (B) Underactivity mutao (perda de funo)

    Eliminam os genes supressores de tumores promovendo a transformao da clula

    Vrus de induo de tumores

    1A clula normal infetada com retrovrus

    2A clula tem o genoma do retrovrus incorporado prximo do proto-oncogene

    3O vrus em formao encapsula o proto-oncogene e o genoma do retrovrus

    4A mutao cria oncogene

    5O retrovrus com o oncogene invade a clula normal

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