16
9 Copias Fuerzas y dinámica: de la metafísica a la física XX Aniversario del Área de Historia de la Filosofía - Jl O DfÆA) -

COHEN - ¿Nosotros, Los de Entonces, Ya No Somos Los Mismos

Embed Size (px)

DESCRIPTION

fdfdf

Citation preview

  • 9 Copias

    Fuerzas y dinmica: de la metafsica a la fsicaXX Aniversario del rea de Historia de la Filosofa

    - J l ODfA) -

  • FUERZAS Y DINMICA: DE LA METAFSICA A LA FSICA XX aniversario del rea de Historia de la Filosofa

    Lama Benitez Jos Antonio Robles Alejandra Velzquez Zaragoza (compiladores)

    Edicin de la Facultad de Estudios Superiores Acatln con recursos de la Direccin General de Asuntos del Persona! Acadmico a travs del Programa de Apoyo a Proyectos de Investigacin e Innovacin Tecnolgica con el Proyecto 1N401002 El mecanicismo en la filosofa moderna, ss. XVtl y XVIII: antecedentes y prospectivas.

    Portada: D.G. Vctor Hugo Huerta Gonzlez

    Primera edicin: 2007

    D. R. Universidad Nacional Autnoma de Mxico Direccin General de Asuntos del Personal AcadmicoFacultad de Estudios Superiores Acatln Av. Alcanfores y San Juan Totoltepec s/n Santa Cruz Acatln, Naucalpan, Edo. Mxico CP 53150

    ISBN: 978-970-32-4621-2

    Impreso y hecho Mxico Printed a nd made in M exico

    2/9

  • Pg.

    n d ic e .............................................. ..........7........ . ........ ....................... ................................... 5

    P r e s e n ta c i n ................................................... ................................... . ................................ 7

    X X A n iv ersa r io d e l rea d e H is to r ia de la F ilo so f a 13 ,

    L aura Benitez Jo s A ntonio Robles

    1 E l rea d e H is t o r ia d e la f i lo s o f a 1 9 8 5 - 2 0 0 3 e n e l I n s t i t u t od e I n v e s t i g a c i o n e s F i l o s f i c a s . S e m b l a n z a e n s u X X A n iv ersa r io ........................................................................................................ ............ . 15

    Leiser M adanes2 U na p r e s e n c ia e n tr a a b le ............................................................................................. 21

    Leiser M adanes3 H obbes y e l Q u ijo te ............................................ ............................................................... 2 7

    D iana CoTaen4 N o so tro s , lo s de e n to n c e s , ya n o so m o s lo s m is m o s ? La id e n t id a d

    p e r so n a l e n la M o d ern id a d ............................. .................................*.......-................. 49

    F u erza s y d in m ica : de la m e ta f s ic a a la f s ic a 63

    Alberto Ross5 I m p lic a c io n e s te o l g ic a s de la t e s i s d e l c o n ta c t o e n la f i lo s o f a

    a r is to t l ic a .; .......................... %................................................................. ........................... 65

    E rnesto P rian i Salso6 V o c e tu r u n i t a s . U n a r g u m e n to e n p ro de la u n id a d e n M a r s ilio

    F ic in o .............................................................................................................................. ......... 79

    J . Rafael M artnez E.7 L eon ard o: m e c n ic a e im g e n e s a c u t ic a s ........................................................ 91

    Z uraya M onroy N asr8 La fuerza de la des-almada fsica ca r tes ia n a ............................................... 125

    Leonel Toledo M arn9 P e r s p e c t iv a s d e l a to m ism o d e la m o d ern id a d te m p r a n a so b re la s

    fu erza s e n la m a te r ia ................................................................................................... . 135

  • NOSOTROS, LOS D E ENTONCES, YA NO SOMOS LOS M ISM OS? LA IDENTIDAD PERSONAL EN LA MODERNIDAD

    D ian a Cohen U n iv e rs id ad de B u e n o s Aires

    Puedo escrib ir los versos m s tr is te s e s ta noche. ...La m ism a noche que hace b lanquear los m ism o s rboles.

    Nosotros, los de en tonces, y a no so m o s los m ism o s.

    S eg u ram en te , c a s i to d o s n o so tro s leim os a lg u n a vez el Poem a 20 del poeta ch ilen o P ab lo N eru d a . M s a ll de la s em o c io n es q u e p u d o h a b e rn o s p ro v o c a d o , e in s t a l a d o s e n u n p la n o e s p e c u la t iv o , n o s e s p o s ib le in te rro g a rn o s : Q u e s lo que h a c e que u n a p e rso n a p e rm a n e z c a siendo la m ism a en m o m e n to s d ife re n te s ? A caso re c o g ie n d o la id e a de N e ru d a p o d em o s d e ja r de se r q u ien es fu im os?

    P or em p ezar, ad v irtam o s que a m en u d o em p leam o s la exp resin id e n tid a d p e r s o n a l p a r a r e fe r irn o s a a q u e llo q u e n o s h a c e s e r la s p e rso n a s q u e som os. La id en tid ad , en este sen tid o , c o n s is te en aquellos a t r ib u to s q u e n o s h a c e n n ic o s com o in d iv id u o s , y d ife re n te s de los d em s. P u es b ien , no h a de so rp re n d e rn o s que, com o en ta n ta s o tra s c u es tio n es , la M odern idad h a y a d ad o a luz la s id eas fu n d a c io n a le s de e s ta p ro b lem tica a n en d iscu s i n . E s Locke, p re c isa m e n te , q u ien in ic ia la trad ic i n , to d av a v igen te , seg n la cua l el p roceso de reco n o c im ien to y ap ro p iac i n del yo es posib le g rac ia s a la m em oria .

    E n e s ta s p g in a s com enzarem os p o r a n a liz a r la p o r aq u e l en to n ces noved o sa p ro p u e s ta lock ean a , y a co n tin u ac i n e x am in a rem o s la s s lidas ob jec io n es a d v e r tid a s p o r s u s c o n te m p o r n e o s , t a n to la su g e r id a por J o s e p h B u t le r co m o la v e r s i n de T h o m a s R e id d e u n a rg u m e n to o rig in a riam en te p ro p u e s to por George B erkeley. E ste a tro p e llad o recorrido

  • Fuerzas y dinmica: de la Metafisica a la Fisica

    de la id e n tid a d p e rs o n a l te n d r su golpe de g rac ia con la te o r ia h u m e a n a , en cuyo m arco el yo s e r concebido com o u n m ero h a z de percepc iones. F in a lm en te , n o s p re g u n ta re m o s si acaso to dav a hoy, fa lta lib ra r la ltim a b a ta lla de e s ta s u e r te de c o n tien d a esp ecu la tiv a .

    L ocke: Una d efin ic i n co n tro v ertid a

    In ic iem os n u e s tro itin e ra rio , p u e s , a co m p a ad o s p o r J o h n Locke. A dvirtam os, p o r lo p ro n to que , con su h a b itu a l p ro lijid ad y ex h au stiv id ad , el a u to r d e l E n s a y o so b re el e n te n d im ie n to h u m a n o 1 c o m ie n z a po r e x am in a r tre s c la se s de en tid ad es : la id en tid ad s u s ta n c ia l , la id en tid ad s is tm ica y la id e n tid a d nom inal.

    R esp ec to de la p r im e ra qlase de id e n tid a d , a la que p o d ram o s d e n o m in a r "u n id a d de s u s ta n c ia , p o d ra se r i lu s tr a d a con el s igu ien te ejem plo1 2 :

    Encuentro e n m i biblioteca u n ejem plar de ElQ uijote. Me pregunto si e s el m ism o ejem plar q u e le en el colegio secundario . L a s p g in a s am arillentas parecen indicar que s e trata del mismo. Pero pronto leo en la contratapa que s e trata de u n a edicin d e hace slo un p a r de aos , p o r lo cual e s im posible que yo h a ya ledo en m i ado lescencia este m ism o libro. Infiero en to n ces que es te libro no e s idntico a aqul que le cuando cursaba el colegio.

    Si la co m posic in a t m ica del lib ro que so sten g o en m is m an o s es la m ism a q u e a q u e lla que so stu v e cu an d o a s is ta a l colegio, en el sen tido de q u e o c u p a u n a m is m a se r ie c o n t in u a e n el e sp a c io y e n el tiem p o d esd e e n to n c e s h a s t a a h o ra , en to n ces se t r a ta del m ism o libro. S iguiendo e s ta p re m isa , en c o n tra p a r tid a , si el p rinc ip io de ind iv id u ac i n , no s dice Locke, es la e x is te n c ia m ism a que d e te rm in a u n se r de c u a lq u ie r clase que sea , u n tiem po p a r tic u la r y u n lu g a r in co m u n icab le a dos se re s de la m ism a e sp ec ie (E, II, xxvii, 3), el libro de m i b ib lio teca n o es el que le en m i e ta p a esco la r.

    E s no to rio e n to n c e s que el concep to de id en tid ad , en el m arco d la id e n tid a d s u s ta n c ia l , se re fie re a la c o n tin u id a d de la m a te r ia en el e spac io y e n el tiem p o , y q u e d icho concep to no se a l te ra p o r c ie rto s

    1 E nsayo sobre el en tendim iento h u m an o , Libro II, C aptulo XXVII, De la id en tid ad y la diversidad. De a h o ra e n ad e lan te E, II, XXVII.2 E stos e jem plos son to m ad o s, con n o to rias m odificaciones, de P e ter B. Lloyd, L o ckess Theory o f Personal Identity.

    50

  • XX Aniversario del rea de Historia de la Filosofia

    cam bios fsicos, p u e s si el libro h u b ie ra p e rd id o la m ita d de s u s p g in a s ig u a lm en te s e r a el m ism o libro . De fo rm a se m e ja n te a cm o in te r ro g a rn o s ace rc a de E l Quijote, podem os in te rro g a rn o s soy el m ism o c u e rp o m a te r ia l que el de h a c e citico m in u to s , cinco m e se s o cinco aos?"'

    R esp ec to del co n cep to de la d e n o m in a d a id e n tid a d s is t m ic a , a n lo g a m e n te a l p ro c e d im ie n to a n te r io r , to m a m o s el e jem p lo de u n ind iv iduo e n crec im ien to : - -

    Si ca d a s ie te aos s e renuevan to d a s s u s c lu las, s u s cabellos y s u s u a s caen, y crecen otros en s u lugar, puede decirse que e s ahora el m ism o ind ividuo d e hace u n o s aos a trs?

    E s ta p r e g u n ta n o rm a lm e n te c o n v o c a r e s p u e s ta s a m b ig u a s . Y req u ie re e s ta b le c e r c ierto c rite rio , po r lo g en e ra l a rb itra r io , p a ra decid ir sob re la c u es ti n : p odem os so s te n e r, p o r ejem plo , que si se m a n tie n e el c in c u e n ta p o r c ien to d e la s c lu la s (o el o c h e n ta , o el c u a re n ta , s e g n la convenc in estab lec id a ), se t r a ta del m ism o ind iv iduo . Lo e sen c ia l es que m ie n tra s q u e u n cu erp o ino rgn ico es u n a m a s a de m a te r ia q u e se so s tien e p o r la c o h e s i n de s u s p a r t c u la s y s u m a n e ra de e s t a r u n id a s , u n o r g a n is m o , e n c a m b io , e s u n a d is p o s ic i n d e l a s p a r t c u l a s q u e c o n s titu y e n la s p a r te s del cu erp o vivo (E, II, xxvii, 4).

    A dv irtase que si b ien e s ta id e n tid a d s is t m ic a e s a tr ib u id a por Locke a la s c o sa s que c o m p a rte n u n a o rg an izac i n de v id a co m n , esto es, la s p la n ta s y los an im a le s , a s im ism o la a tr ib u y e a l o rg a n ism o h u m a n o . De lo s s e r e s h u m a n o s , Locke c re e q u e so n u n co m p le jo de to m o s m a te r ia le s e in m a te r ia le s en u n i n v ita l u n o s con o tro s . In te rro g n d o n o s e s ta vez a c e rc a de la c o n tin u id a d p e se a lo s cam b io s de todo o rg an ism o vivo (E, II, xxvii, 5), podem os p re g u n ta r e n to n c e s soy el m ism o cu erp o o rg n ic o q u e a q u l a l c u a l se h a c e r e f e r e n c ia e n m i c e r t if ic a d o de n ac im ien to ?

    P o r l t im o , p o d e m o s r e f e r i r n o s a la n o c i n n o m in a l d e la id en tid ad , i lu s tr n d o la con el s ig u ien te ejem plo h is t rico :

    S eg n s e narra, el p o e ta d e l siglo d e oro espao l, L u is d e Gngora, perdi la m em oria h a s ta tal pu n to que no recordaba hab er esen to traged ias y com edias, y s e dice que ni siqu iera pa rec a se r el m ism o.

    De s i se t r a ta o no del m ism o in d iv iduo , n u e v a m e n te la r e s p u e s ta d ep en d e de cm o se e n tie n d a la ex p re s i n el m ism o in d iv id u o . E s ta id e n t id a d l la m a d a id e n t id a d n o m in a l es a q u e l la c o n la q u e Locke c a ra c te r iz a a la id e n tid a d de las p e r s o n a s . A ten d ien d o e s ta vez a este

  • Fuerzas y dinmica: de la Metafsica a la Fsica

    c o n c e p to n o m in a l d e la p e r s o n a l id a d h u m a n a , p o d e m o s ta m b i n in te r ro g a m o s so b re n u e s t r a p e rso n a lid a d a c tu a l en re lac i n co n la que te n a m o s la s e m a n a p a s a d a , o co n la que te n a m o s , si a c a so te n a m o s a lg u n a , e n el m o m e n to de n a c e r .

    E s n o to rio q u e Locke d e sc u b re q u e el o rg an ism o h u m a n o n o agota la n o c i n d e p e r s o n a de la c u a l h a de s e r d ife re n c iad o . E s te a lcan ce d iverso de u n o y o tro co n cep to explica que el filsofo se h a y a o cu p ad o de s e a la r u n a d is tin c i n e n tre el o rg an ism o h u m a n o (o h u m a n o a secas), in c lu id o e n s u c a ra c te r iz a c i n de la u n id a d s is t m ic a a n te r io rm e n te e x a m in a d a , p o r u n a p a r te , y la p e rs o n a en sen tid o e s tr ic to , p o r o tra , en su o p in i n , c o n c e p to s d ife re n te s q u e se re fie ren a e n tid a d e s d ife ren te s . P u es de a c u e rd o con e s te p e n sa d o r , p o r h u m a n o e n te n d e m o s u n tipo p a r tic u la r de c u e rp o vivo organizado . E n cam bio, el concep to de p e rso n a se a so c ia ra , a s u ju ic io , con la c o n tin u id a d de la m em o ria .

    E n efecto , Locke define el co n cep to de p e rs o n a com o el de u n se r p e n s a n te in te l ig e n te d o ta d o d e r a z n y d e re f le x i n , y q u e p u e d e c o n s id e ra rse a s m ism o com o el m ism o , com o u n a m ism a co sa p e n s a n te en d ife re n te s tie m p o s y lu g a re s . 3 .Y a c o n tin u a c i n a f irm a so b re la id e n tid a d p e rso n a l:

    P o rq u e co m o el t e n e r c o n c ie n c ia s ie m p re a c o m p a a a l p e n s a m ie n to , y eso e s lo que h a c e que c a d a u n o sea lo que l la m a s m ism o , y de ese m odo se d is tin g u e a s m ism o de to d a s la s d e m s co sas p e n s a n te s , en eso so la m e n te c o n s is te la id e n t id a d p e r s o n a l , e s d e c ir , la m is m id a d de u n s e r ra c io n a l. 4

    D e u n a y o t r a c i ta se in f ie re q u e la p ro p ie d a d e s e n c ia l de la s p e r s o n a s c o n s is te e n la p o se s i n de u n a c o n c ie n c ia reflex iv a q u e les p e rm ite c o n s id e r a r s e los m ism o s s m ism os, e n d ife re n te s tie m p o s y lu g a r e s . D a d a e s t a r e d u c c i n de la p e r s o n a l id a d a la p o s e s i n de a u to c o n c ie n c ia , la e x p e rie n c ia p e rso n a l es u n s u b c o n ju n to de ev en to s p e r s o n a le s c u y a p ro p ie d a d re le v a n te es m e n ta l o p s ic o l g ic a . E s to s e v e n to s p e r s o n a l e s d e o r d e n m e n ta l o p s ic o l g ic o p u e d e n d a r s e s i m u l t n e a m e n t e o a lo la r g o d e l t ie m p o , e s to e s , s i n c r n i c a o d ia c r n ic a m e n te .

    3 E, II, xxvii, 9.4 Ib idem .

    525

  • XX Aniversario del rea de Historia de la Filosofa

    E l c r i te r io lo c k e a n o d e id e n t id a d s in c r n ic a s o s t ie n e q u e ex p e rien c ias s im u lt n e a s p e r te n e c e n a la m ism a p e rs o n a to d a vez que u n a ex p erien c ia es u n a reflex in co n sc ien te de o tra , es decir, si u n a ex p erien c ia es u n a co n c ien c ia reflex iva de o tra ex periencia . El a lc a n c e de su p o s tu ra c o n s is te e n o f r e c e r u n a c o n d ic i n s u f ic ie n te q u e p e r m ite a s o c ia r e x p e r ie n c ia s de d ife re n te s n iv e le s . P ero s u lm ite r a d ic a e n q u e no e s p e c if ic a b a jo q u c o n d ic io n e s u n a c to p a r t i c u l a r de v e r o de o r p e rte n e c en a la m ism a p e rso n a . L am en tab lem en te , Locke n u n c a llega a e sc la re ce r co m p le ta m e n te la id e n tid a d p e rso n a l s in c r n ic a . Y en rigor de v e rd ad , s in te m a tiz a r la id e n tid a d s in c r n ic a de b a se , Locke no te n d r a d e rech o a te m a tiz a r la re lac i n d iac r n ica . Pero lo h ace .

    El crite rio de id en tid a d d ia cr n ica so s tien e q u e X en u n t2 e s la m is m a p e r s o n a q u e Y e n u n t i , s i X p u e d e te n e r r e c u e rd o s de la s ex p erien c ias de Y, y de la co n c ien c ia reflexiva q u e Y tie n e so b re s u s p ro p ias ex p e rien c ias p a s a d a s .

    A h o ra b ie n , en q u e s t p e n s a n d o Locke c u a n d o a lu d e a la co n c ien c ia reflex iva de ex p e rie n c ias p a s a d a s ? Si u n e s ta d io p e rso n a l es u n c o n ju n to de e x p e r ie n c ia s s im u l t n e a s p e r te n e c ie n te s to d a s a la m is m a p e rs o n a q u re lac i n debe d a rse e n tre d ife re n te s e s ta d io s de K (persona) p a ra q u e se a n d ife re n te s e s tad io s del m ism o K (persona)? Pues u n a vez a d m itid a la n o c i n de e s ta d io p e rso n a l, p o d ra m o s dec ir que dos o m s e s tad io s p e rso n a le s p e r te n e c e n a la m ism a p e rso n a , si y slo si e s ta l t im a p e r s o n a c o n tie n e u n a e x p e rie n c ia q u e es u n re c u e rd o de u n a c o n c ie n c ia in tro s p e c tiv a de u n a e x p e rie n c ia c o n te n id a en la p r im e ra p e rso n a .

    As Locke a firm a so b re la id en tid ad d iacrn ica :... Y h a s ta el p u n to q u e ese te n e r con c ien c ia p u e d a a la rg a rse h a c ia a t r s p a ra co m p ren d e r cu a lq u ie r acc i n o c u a lq u ie r p e n sa m ie n to p a sa d o s , h a s t a ese p u n to a lc a n z a la id e n tid a d de e sa p e rso n a : es el m ism o s m ism o a h o ra que e r a en to n ces ; y e sa acc i n p a s a d a fue e je c u ta d a p o r el m ism o s m ism o que el s mismo q u e re flex iona a h o ra sob re ella [sob re e sa acc in p asad a ] en el p re se n te . 5

    C o n fro n t n d o s e a D e s c a r te s , Locke a d v ie rte q u e s i ta l com o la te s is c a r t e s ia n a im p lic a , el a lm a p ie n s a s ie m p re , a u n de n o c h e , y

    S c ra te s en e s ta d o de vig ilia n o posee re c u e rd o s de ese p e n sa m ie n to ,

    5 Idem.

    '953

  • Fuerzas y dinmica: de la Metafisica a la Fsica

    en to n ces S o c ra te s dorm ido y S o c ra te s d esp ie rto , concluye cu rio sa m e n te Locke, n o so n la m ism a p e rso n a . Pero ad e m s , a a d e , la id e n tid a d se ex tien d e h a s ta el m o m en to q u e lleg an los r e c u e rd o s de u n in d iv id u o p a r t i c u la r : si lo s r e c u e r d o s de S c ra te s l le g a n h a s t a s u c a s a m ie n to co n X a n tip a , el S c ra te s m a d u ro y el jo v en S c ra te s n o so n u n a y la m ism a p e rso n a .

    M s a ll d e la s p e rp le jid ad es a la s q u e , com o e s n o to rio , conducen la s te s is lo c k e a n a s , lo c ierto es que som os c o n sc ie n te s del p a sa d o , no a t r a v s d e a l g u n a f a c u l t a d d e lo s s e n t i d o s , s in o t a l co m o y a a n tic ip am o s- a tra v s de la facu ltad de la m em oria : aquello que a h o ra reco rd am o s, p o d em o s h ab erlo visto; pero a h o ra slo lo reco rd am o s; no v em o s a h o r a a lg o q u e s u c e d i en e l p a s a d o . D e m o d o s e m e ja n te , p o d ra m o s s u p o n e r que a h o ra re c o rd a m o s u n a e x p e rie n c ia , o ta l vez reco rd am o s h a b e r sido in tro sp ec tiv am en te c o n sc ien te s de u n a experiencia, pero a h o ra no so m o s in tro sp ec tiv am en te c o n sc ie n te s de e s a experienc ia p a sa d que y a n o s suced i . Pero cualquier experiencia que yo recuerde reflexivam ente, m e pertenece , m e p a s a m.

    E n su m a , Locke so s te n d ra que d ec ir de a lg u ien que es la m ism a p e rso n a , no es d ec ir n a d a sob re la id en tid ad de la su s ta n c ia , sino que es decir m e ra m e n te q u e la p e rso n a es capaz de re c o rd a r in te rn a m e n te c ie r ta s acc iones y ex p erien c ias . C itando el ejem plo p ro p u e s to p o r Locke, s i a lg u ien p o s e e lo s m is m o s r e c u e r d o s de S c r a te s , e n to n c e s e s S c r a te s re e n c a rn a d o . S u s te s is in c lu so p u e d e n lleg a r a im p lic a r q u e c u a n d o ten am o s och a o s n u e s tro cuerpo no e ra h a b ita d o po r n o so tro s , si, de hecho , n o te n e m o s re c u e rd o s de ese perodo de n u e s t r a v ida. O si ten em o s re c u e rd o s de c u a n d o te n a m o s se is y o ch o a o s , p e ro n o te n e m o s re c u e rd o s de c u a n d o te n a m o s s ie te , n o s v e re m o s e n f ig u rilla s p a r a ju s tif ic a r ese h ia to en n u e s t r a ex istencia . Y n i q u h a b la r de ju s tif ic a r la a m n e s ia o los fa lso s recu e rd o s .

    Por c ie rto , el in te n to lockeano de re d u c ir la id e n tid a d p e rso n a l a u n a c o n c ie n c ia d e s lig a d a de la c o rp o ra lid a d c o n d u jo a p ro b le m a s en a p a rie n c ia irre so lu b le s . Si b ien se suele a legar, e n d e fe n sa de Locke, que su p reo cu p ac i n n o re sp o n d a tan to a in q u ie tu d e s m e ta fs ica s , sino que e m a n a b a de la e s fe ra legal, fo rense , en p a r t ic u la r p o rq u e a l filsofo le in te re s a b a la a tr ib u c i n de re sp o n sab ilid ad p e rso n a l p o r la s acc iones, lo c ierto es que e s ta s te s is lo ck ean as , c u y as c o n se c u e n c ia s re s u l ta n p o r d e m s c o n t r a i n t u i t i v a s , d a r a n lu g a r a n u m e r o s a s c r t i c a s , p o r em p eza r,la s del O bispo J o s e p h B utler.

    54

  • XX Aniversario del rea de Historia de la Filosofa

    J . B utler: La c o n c ie n c ia de la id en tid a d p erso n a l p resu p o n e la id en tid a d p erso n a l

    A dalid de la re lig in , B u tle r d ir ig ir d iv e rsa s o b jec io n es c o n el fin de re fu ta r d e fin itiv am en te la te s is lo ck ean a , la c u a l p o n a e n e n tre d ic h o la d o c t r in a c r i s t i a n a d e la in m o r ta l id a d d e l a lm a . E n p r im e r lu g a r , a d ife ren c ia de Locke, J o s e p h B u tle r so s tie n e q u e la u n id a d de la p e rs o n a se m a n tie n e in d e p e n d ie n te m e n te de si la p e rs o n a re c u e rd a los m o m en to s p a sa d o s de s u v ida. E n op in ion de J . B u tle r, la m em o ria re v e la e s ta d o s p a sa d o s de , p o n g am o s p o r caso , m i p e rso n a . P ero la c o n c ie n c ia de la ex p erien c ia p a s a d a no h ace po r si so la que s e a yo q u ie n la ex p e rim en t en el p a sa d o . D ice el a u to r:

    P ero a u n q u e la co n c ien c ia de lo p a sa d o c e rtif ic a n u e s t r a id e n tid a d p e rso n a l an te n o so tro s m ism o s, s in em b arg o ... u n o re a lm e n te d eb e ra p e n s a r que es ev id en te de suyo q u e l a ' c o n c ie n c ia de la id e n tid a d p e rs o n a l p re s u p o n e y, p o r lo ta n to , no p u ed e c o n s titu ir , la id e n tid a d p e rso n a l, a s com o ta m p o c o el co n o c im ien to , e n c u a lq u ie r o tro c a so , p u e d e c o n s titu ir la v e rd ad que p re su p o n e . 6

    E n seg u n d o lu g a r, reco rd em o s q u Locke se h a b a re fe rid o a la lla m a d a p o r n o so tro s " id en tid ad s is t m ic a , la q u e e ra a tr ib u id a p o r Locke a la s c o sa s q u e c o m p a rte n u n a "o rgan izac in de v id a co m n , e s to es , la s p la n ta s y lo s a n im a le s , com o a s im ism o a lo s o rg a n is m o s h u m a n o s , tra z a n d o u n a an a lo g a e n tre la id e n tid a d de los h o m b re s y la id e n tid a d de los veg e ta les , y se a la n d o que en n in g u n o de los do s ca so s es la id e n tid a d de la s s u s ta n c ia s aquello que h ace a la id e n tid a d del in d iv id u o (E, II , xxvii, 4). J . B u tle r re to m a el ejem plo p ro p u e s to p o r Locke y d e c la ra q u e c u an d o a lg u ien d ice de u n rb o l que fue p la n ta d o en u n c ie rto lu g a r h a c e q u in ce a o s, s ien d o el m ism o rbol el que se e n c u e n tra a h o ra p la n ta d o e n ese lu g ar, q u ie re decir slo que es el m ism o rb o l en el sen tid o c o m n en el q u e u ti l iz a m o s la s p a la b ra s , y n o e n el s e n tid o filosfico e s tr ic to del t rm ino , p u e s en el sen tid o filosfico e s tr ic to de ig u a ld a d entre A y B, todo lo q u e e s v e rd ad e ro resp ec to de A, es ta m b i n v e rd a d e ro re sp e c to de B, y v icev ersa . J . B u tle r concluye q ue , en u n se n tid o filosfico es tric to , n in g n h o m b re o c r ia tu r a puede se r la m ism a e n tid a d q u e a q u e llo con lo

    6 J . B u tle r, The'Analogy o f Religion, p .106 .

    55

  • F u erza s y dinm ica: d e la M etafsica a la F sica

    que, en rigor de v e rd ad , no tien e n a d a de igual (sin p e c a r de an ac ro n ism o , a d v i rta se q u e h o y p o d ram o s m a tiz a r e s ta te s is de J . B u tle r, p u e s se sab e que el ADN, p o r e jem plo , se c o n se rv a siendo el m ism o).

    P e ro n o s lo eso : la c u e s t i n de la s u s t a n c i a - m a t e r i a l o in m a te r ia l , cu e rp o o m en te (o alm a), a ju ic io de Locke e ra irre lev an te p a ra la c u e s ti n de la id e n tid a d p e rso n a l. Locke h a b a so sten id o q u e si a lg u ien ta l com o el M ayor de Q u eenborough re c la m a ra p o see r la m ism a s u s ta n c ia in m a te r ia l de S cra tes , pero no p u d ie ra re c o rd a r n a d a de su s a c c io n e s n i t e n e r n in g u n a de s u s e x p e rie n c ia s , e n to n c e s n o te n d r a d e rech o a lg u n o a s e r co n sid e rad o com o la m ism a p e rso n a que S cra tes . E ste desp rec io lockeano h a c ia la s u s ta n c ia in m a te ria l s e r el b lan co de o tra de la s c r tic a s de B u tle r, qu ien arguye que si la id e n tid a d p e rso n a l no req u ie re de la id e n tid a d de la s su s ta n c ia s , en to n ces la id en tid ad p e rso n a l rio es u n caso de id en tid ad o de igualdad en el sen tido estric to y filosfico del t rm in o . Com o an tic ip am o s, B u tler, como b u e n obispo h o n d a m e n te p reo cu p ad o p o r la in m o rta lid a d del a lm a, p ie n sa que Locke te n d r a que to m a r en c u e n ta a la s u s ta n c ia in m a te ria l p a ra su teo ra de la id en tid ad p e rso n a l. Pero la s c rtic a s no se d e tien en all.

    B erk eley: La tra n sitiv id a d de la id en tid a d

    C on el p ro p s ito d e p ro b a r q u e la id e n t id a d p e r s o n a l no es r d u c t ib le a la c o n c ie n c ia , B e rk e ley fo rm u la e n la s p g in a s de su A lciphron u n a o b jec in d ifc ilm en te re fu ta b le . All el p e rso n a je q u e le p r e s t a e l t t u lo a la o b r a m e n c io n a la c a r a c te r iz a c i n lo c k e a n a , co n ced ien d o q u e a lg u n a s id e a s p u e d e n h a b e r sido p e rd id a s , y o tra s n u e v a s a d q u i r id a s , p e ro u n c a m b io to ta l e s in c o n s i s t e n te c o n la id e n tid a d .

    O tro de- lo s p e rso n a je s , E u p b ra n o r , c o n s tru y e u n ex p e rim en to im ag in ario fu n d a d o en la p ro p ied ad tra n s itiv a de la id en tid ad , con el fin de verifica r o fa lsa r e s te su p u e s to cam bio to ta l. 7 Im ag inem os, dice, que u n a p e r s o n a t ie n e id e a s y e s c o n s c ie n te d u r a n te u n c ie r to tie m p o q u e d iv id irem os e n t r e s seg m en to s iguales, ind icad o s con la s le tra s A, B, C. E n el p r im e r seg m en to tem pora l, la p e rso n a posee c ierto n m ero de id eas

    7 R ecurdese que la re lacin de tran s itiv id ad se e n u n c ia as: u n a re lacin r es llam ada tran s itiv a si u n a e n tid ad x tiene la re lacin r con y, y la en tidad y tiene la relacin r con z, en to n ces x tiene la re lacin rc o n z.

    56

    7/9

  • XX Aniversario del rea de Historia de la Filosofa

    (a, b, c, d), que son re te n id a s en A. D u ran te el se g u n d o segm en to , re tiene slo la m ita d de s u s a n tig u a s id eas (c, d), y p ierde la o tra m itad (a, b), en cuyo lu g a r a p a re c en o tra s n u e v a s (e, f), de m a n e ra ta l que en B, de tod as su s ideas, la m itad de ellas son a n te rio re s y la o tra m ita d so n n u ev as . Y en el te rc e r se g m e n to C, im a g in e m o s q u e p e rd i el r e s to de s u s id e a s ad q u irid as en el p rim e r tram o (c, d), y que en su lu g a r ad q u iri o tras n u ev as en el te rc e r tram o (g, h), que son re te n id a s en C ju n to con las a d q u irid a s en el seg u n d o segm ento del tiem po. Las p e rs o n a s en A y en B son la s m ism as, al s e r co n sc ien tes de la s m ism as id e a s que p o seen en com n. La p e rso n a en B es (por la m ism a razn) u n a y la m ism a p e rso n a que C. Por lo ta n to , la p e rso n a en A es la m ism a que la p e rso n a en C. . , . Pero la p e rso n a en C no tiene id eas en com n con la p e rso n a en A. Por lo ta n to , concluye co n tra ria n d o la te s is lockeana , la id e n tid a d p e rso n a l no puede red u c irse a la conciencia. 8

    R eid y e l G eneral azotado e n la e sc u e la

    T hom as R eid re fo rm u la la c rtica b e rk e le ian a defend iendo , al igual que su an teceso r, la p rop ied ad tra n s itiv a de la id en tid ad : Si A e s igual a B, y B es ig u a l a C; en to n c e s A es igual a C. Pero la p re s e n ta en u n a colorida form a:

    Im agnese u n valien te oficial que cu an d o e ra n i o h a sido azo tado en la e scu e la por ro b ar del h u e rto , h a tom ado u n e s ta n d a r te de s u enem igo en su p rim era c a m p a a , y h a sido no m b rad o G enera l ya av an zad a su vida; im ag nese , ad em s, lo cu a l debe se r adm itido como posib le, que c u a n d o tom el e s ta n d a rte , l e ra consc ien te de h a b e r sido cas tig ad o en la e scu e la y que, cu an d o se convirti en G eneral, e ra con sc ien te de h a b e r to m a d o el e s t a n d a r t e , p e ro h a b a p e r d id o a b so lu ta m e n te la conciencia de su azote.S u p u e s ta s ta le s cosas, se sigue, seg n la d o c tr in a de Locke, que aq u l que fue azo tado en la e scu e la es la m ism a p e rso n a que quien tom el estandarte, y que aqul que tom el e s ta n d a r te es la m ism a p e rso n a que qu ien fue no m b rad o

    8 Luce y Je sso p , eds., Alciphron, p. 299. La sem ejanza con el a rg u m en to de Reid h a sido se a lad a por A. Flew Locke and the Problem o f Personal Identity, p. 57. y por M. R. Ayers, Locke, p. 271.

    57

  • Fuerzas y dinmica: de la Metafsica a la Fsica

    G eneral. D e lo que se sigue, si ex iste a lg u n a v e rd ad en la lgica, q u e el G eneral es la m ism a p e rso n a que aq u l que fue azo tado e n la escue la . Pero la conc ienc ia del G enera l no llega ta n a t r s h a s ta el azte; por lo ta n to , de acu erd o con la d o c tr in a de Locke, l no es la p e rso n a q u e h a sido azo tada.P o r lo ta n to el G en era l es, y a l m ism o tiem p o no e s , la m ism a p e rs o n a que la que fue azo tad a en la e sc u e la .9

    R e id s o s t i e n e q u e e l e n f o q u e lo c k e a n o im p l ic a q u e , pa rad jicam en te , u n a p e rso n a puede se r a la vez id n tic a y no -id n tica a u n a p e rso n a q u e rea liza c ierto acto; el G enera l e s idn tico al va lien te oficial q u e tom el e s ta n d a r te del enem igo pero no e s idn tico a l n io que rob del h u e rto . E s ta violacin de la reg la de tra n s itiv id a d vuelve a e s ta objecin d ifc ilm en te rebatib le .

    F in a lm en te , este ejem plo del G enera l le p e rm ite a Reid so s ten e r que Locke h a co n fu n d id o co n c ien c ia (un co n o c im ien to in m ed ia to del p re se n te ) con m e m o ria (u n co n o c im ien to in m e d ia to d e l p a sa d o ). E s notorio , u n a vez m s , que la in su fic iencia de la p ro p u e s ta lockeana es co n secu en c ia de q u e el filsofo ingls fija la sede de la p e rso n a lid ad y, con ella, de la id e n tid a d , en la e sfe ra del p en sam ien to .

    H um e: Identidad ... Qu id en tid ad ?

    H um e te rm in a por d a r el golpe de g rac ia a la nocin de id en tid ad personal. R ecu rd ese que el a u to r del Tratado d e la na tura leza hum ana c o m ie n z a p o r d e c l a r a r q u e n u e s t r o s c o n c e p to s p ro v ie n e n de la experiencia o de la observacin . Si no se d a u n o u o tro caso , en to n ces nos e n co n tram o s f re n te a u n concep to vaco, c a re n te .d e sen tid o . U n a vez adm itid a e s ta p re m isa bsica , H um e adv ierte que c a d a ind iv iduo h u m an o posee c ie r ta idea de s m ism o como la idea de u n a e n tid a d c o n s ta n te e invariab le , pero no h ay u n a im presin que le c o rre sp o n d a a d ic h a en tid ad , y si tien e que h a b e r u n a im presin que d origen a c a d a idea re a l . .. el yo o p e rso n a no es n in g u n a im presin , sino aquello a que se su p o n e que n u e s t r a s d i s t i n t a s im p re s io n e s e id e a s t i e n e n r e f e r e n c ia . . .. Q u descu b rim o s c u a n d o in ten tam o s m ira r d en tro de n o so tro s m ism os p a ra percib ir qu es aq u e llo de lo cua l som os co n sc ien tes? P u es que, lisa y

    9 T hom as Red, E ssa y s on the Intelectual Powers o f Man, pp. 114-115.

    58

  • XX Aniversario del rea de Historia de la Filosofa

    llan am en te , "n u n c a puedo a tra p a rm e a m m ism o e n n in g n caso s in u n a percepcin y n u n c a puedo o b serv ar o tra c o sa que la p e rcep c i n 10.

    L e jo s d e e n c o n t r a r a lg o in v a r i a b l e y c o n t i n u o , d e s c u b r o colecciones de p ercep c io n es fo rm ad as po r o p erac io n es d e la im ag inacin . Y de hech o , a ju ic io .d e H um e, no som os m s que u n h a z de percep c io n es. La n a tu ra le z a h u m a n a con funde la su c e s i n de p e rcep c io n es se m e ja n te s con u n yo co n tin u a m e n te ex is ten te , p ro y ec tan d o ilu so ria m e n te la id ea de id en tid ad o m ism id ad en u n objeto -el yo q u e p e rm a n e c e in v a riab le y co n tin u o a lo largo del tiem po.

    Y e s a s q u e p a r a s u p r i m i r l a d i s c o n t i n u i d a d e n t r e la s percep c io n es, la n a tu ra le z a h u m a n a finge o in s titu y e im a g in a ria m e n te u n a ficcin, la de u n a lm a, yo o s u s ta n c ia que la a y u d a a e n m a s c a ra r la d isc o n tin u id a d percep tiva , en u n a n u e v a exp resi n del h o rro r a l vaco, ap licado e s ta vez a l espacio m en ta l; a e s te h ia to e n tre la s p e rcep c io n es.

    E n lo que conc ie rne a las co sas del m u n d o ex te rn o , y h a s ta a la s o tra s co iic iencias, es posib le a d o p ta r u n a e s tra te g ia e n v ir tu d de la cu a l d ich as co sa s y conc ienc ias se a n el re su lta d o de c ie r ta s o p e rac io n es de la im ag inacin , m e ra s ficciones fo rjadas p o r la m en te . Pero e s a e s tra te g ia g enera l f ra c a sa to d a vez q u e p re ten d em o s exp licar el p rop io yo. P u es si la m en te se re d u c e a se r u n a ilu s n qu es, en to n ces , q u e p ro y ec ta d ich a ilu s i n ? q u es lo q u e c ree e r r n e a m e n te q u e h a y u n yo in d iv id u a l, a u to su b s is te n te ?

    E n el A pndice al Tratado , H um e co n fiesa que s i ex is te u n a raz n p a r a r e n d i r s e a l e s c e p tic is m o , e lla c o n s is te , p r e c i s a m e n te , e n la s perp le jid ad es que su sc ita la id en tid ad p e rso n a l, p u es

    si to d a id ea se deriva de im p res io n es p re c e d e n te s , pero no ten em o s im presi n a lg u n a de u n yo o s u s ta n c ia com o algo sim ple e ind iv idua l, no ten em o s id e a a lg u n a de e s a s co sa s en ese s e n tid o .11

    La p e rp le jid a d de H u m e i lu s t r a e l h e c h o d e q u e a m e n o s q u e seam o s "capaces de to m ar u n p u n to de v is ta n a rra tiv o de la v ida de u n a p e rso n a , in h e re n te a c u l es la n o c in del a u to r de la n a r ra t iv a , n o s a rrie sg am o s a p e rd e r no slo el sen tid o de la u n id a d s in o ta m b i n a la p e rso n a com o tal.

    10 David H um e, Tratado de la naturaleza humana, p. 399. u Id., p. 885.

    8/959

  • Fuerzas y dinmica: de la Metafsica a la Fsica

    La id en tid a d p erson al h oy

    C on el fin de d e te rm in a r c u e s t io n e s p r c t ic a s a s o c ia d a s a la p e rso n a lid a d , y a los c rite r io s de iden tificac in y re id en tificac i n de la s p e rso n a s , a u to re s c o n tem p o rn eo s , e n tre o tro s , D erek P arfit y R onald D w orkin , h a n su gerido v e rs io n es m odificadas de la p ro p u e s ta lockeana . B e rn a rd W illiam s, e n c la ra co n fro n tac i n con d ich a p ro p u e s ta , fij en el cu e rp o la sed e de la id e n tid a d . J o h n Perry y, en la tra d ic i n c o n tin e n ta l, P au l R icoeur, so n slo a lg u n o s de los n o m b res que in te n ta ro n e n c o n tra r u n p u n to in te rm ed io en el seno del m ism o m odelo. E n la n u e v a filosofa f ra n c e sa , e sp e c ia lm e n te e n los en foques p o sm o d ern o s que su p o n e n u n c u e s t io n a m ie n to r a d ic a l d e la s b a s e s en la s q u e se a s i e n t a n la s pe tic io n es de u n su je to h u m a n is ta , rac io n a l y co h esio n ad o , se p u ed en ra s tr e a r la s h u e lla s de la c rtic a h u m e a n a a la id e n tid a d p e rso n a l.

    N o to ria m e n te , to d a v a hoy se c o n t in a d is c u tie n d o , c u r io s a y s ig n if ic a tiv a m e n te , e n t rm in o s m u y se m e ja n te s a lo s m o d e rn o s , en to rn o de s n o so tro s , los de e n to n ces , som os, o no som os, los m ism os.

    60

  • XX Aniversario del rea de Historia de la Filosofa

    B ibliografa

    Ayers, M. R., Locke. Epistemology and Ontology, vol. 2, Routledge, Londres, 1991.B erkeley, George, A lc iphron, VII. viii; en W orks, ed. Luce a n d Je sso p ,- E d im burgo , vol. 3, 1948-1955.B u tle r, Jo se p h , The A nalogy of Religion, F irs t A ppendix, en J o h n Perry

    (ed.), P ersonal Identity , U niversity of C alifo rn ia P ress , Berkeley, 1975.

    D esca rte s , R en, L as p a s io n es del alma, T ecnos, M adrid , 1997.D w orkin, R onald, El dom inio de la vida , Ariel, B arce lona , 1998.Flew, Antony , Locke a n d the Problem of P ersonal Iden tity, Philosophy 26,

    (1951), 53-68.Hume, David, Tratado de la naturaleza humana, Editora Nacional, Madrid, 1981.Jolley , N., P erso n a l Iden tity , en Leibniz and Locke: A S tu d y o f the New E s

    says on H um an U n d ers tan d in g , C la rendon P ress-O xford , Oxford, 1984,-.

    Lloyd, P e te r B. Lockes Theory of P ersonal Id en tity , en h ttp : / / ea sy w eb .ea sy n e t.co .u k / ~ u r s a /p h ilo s /p re l2 .h tm

    Locke, Jo h n , E n sayo Sobre el E ntendim iento H um ano, Libro II, C aptu lo x x v ii, De la id e n t id a d y la d iv e r s id a d , F o n d o de C u l tu r a E conm ica, Mxico, 1992.

    Parfit, Derek, R easons and Persons, C larendon Press-O xford, Oxford, 1987.Reid, T hom as, E s s a y s on the Intellectual Pow ers o f Man, O f M emory", en

    J o h n Perry (ed.), Personal Identity, U niversity of C aliforn ia P ress, Berkeley, 1975.

    R icoeur, P au l, Soi-m m e com m e un autre, Ed. Suil, P a ris , 1994.W illiam s, B., The Self an d th e F u tu re , en J . Perry (ed.), Personal Identity,

    U niversity of C alifornia P ress, Berkeley, 1975.

    61