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CENTRO PASTORAL D. ANTÓNIO BENTO MARTINS JÚNIOR PROJETO EDUCATIVO COLORIR O FUTURO 2017/2020

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C E N T R O P A S T O R A L

D. ANTÓNIO BENTO MARTINS JÚNIOR

PROJETO EDUCATIVO

COLORIR O FUTURO

2017/2020

1

POEMA DO BRINCAR

“Quando me virem a montar blocos, a construir casas, cidades… … Não digam que estou só a

brincar.

Porque a brincar estou a aprender, a aprender sobre o equilíbrio e as formas.

Um dia posso vir a ser Engenheiro ou Arquiteto.

Quando me virem coberto de tinta, ou a pintar, ou a esculpir e a moldar barro… …Não digam que estou

só a brincar.

Porque a brincar estou a aprender, a aprender sobre expressar-me e a criar.

Um dia posso vir a ser Artista ou Inventor.

Quando me virem sentado, a ler para uma plateia imaginária… … Não digam que estou só a

brincar.

Porque a brincar estou a aprender, a aprender a comunicar e a interpretar.

Um dia posso vir a ser Professora ou Atriz.

Quando me virem à procura de insetos no mato ou a encher os bolsos com bugigangas… … Não digam que

estou só a brincar.

Porque a brincar estou a aprender, a prender a prestar atenção e a explorar.

Um dia posso vir a ser Cientista.

Quando me virem a pular, a saltar, a correr e a movimentar-me… … Não digam que estou só a

brincar.

Porque a brincar estou a aprender, a aprender como funciona o meu corpo.

Um dia posso vir a ser Médico, Enfermeiro ou Atleta.

Quando me perguntarem o que fiz na escola, e eu disser que brinquei… … Não me entendam mal.

Porque a brincar estou a aprender, a aprender a trabalhar com prazer e eficiência,

estou a preparar-me para o futuro.

Autor

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INDICE

Introdução .................................................................................................................................. 3

Caracterização do meio onde se situa o jardim de infância (patronato da oliveira) ..................... 4

Concelho de guimarães .............................................................................................................. 4

“Guimarães “ berço da nação” ..................................................................................................... 6

Carateristicas do jardim de infância e centro atividades de tempos livres (catl) ........................... 6

Projeto educativo ........................................................................................................................ 8

Fundamentação .......................................................................................................................... 9

Objetivos específicos ................................................................................................................ 10

Objetivos gerais: ....................................................................................................................... 11

Sugestões de temas.................................................................................................................. 12

Educação e vida: compromisso com o planeta. ......................................................................... 13

Metodologias e estratégias........................................................................................................ 13

Atividades planificadas .............................................................................................................. 14

Atividades espontâneas ............................................................................................................ 14

Experiências educativas ............................................................................................................ 14

Projetos de sala ........................................................................................................................ 14

Portfólio da criança.................................................................................................................... 15

Elaboração e divulgação do projeto educativo .......................................................................... 15

Revisão e avaliação do projeto educativo ................................................................................. 16

Conclusão ................................................................................................................................. 17

Bibliografia ................................................................................................................................ 19

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INTRODUÇÃO

A educação Ambiental não deve ser tratada como algo distante do quotidiano dos alunos, mas

como parte das suas vidas.

É de suma importância a consciencialização da preservação do Meio Ambiente para a nossa vida

e de todos os seres vivos…afinal vivemos nele e precisamos que todos os seus recursos naturais

sejam sempre puros.

Consideramos o projeto educativo como o espelho da especificidade da organização da nossa

Instituição, em que estabelecemos os nossos objetivos de acordo com a nossa identidade, de

forma a responder às necessidades e interesses das nossas crianças e jovens, como também da

comunidade em que estamos inseridos.

Este projeto será construído e desenvolvido com a participação de todos os agentes educativos,

direção, coordenação, pessoal docente e não docente, crianças, pais/ encarregados de educação,

parceiros e comunidade envolvente, uma vez que este documento se assume como um dos

principais elementos reguladores da vida da Instituição.

Para este triénio (2017/2020) definimos como tema” Colorir o Futuro" pois sentimos a necessidade

de consciencializar crianças e comunidade educativa para a importância de proteger e preservar

o meio ambiente. Iremos igualmente continuar a desenvolver atividades em que serão transmitidos

valores essenciais para que as nossas crianças se tornem cidadãos autónomos e conscientes.

O ser humano tem de começar a tomar consciência de que a terra é de todos e não de ninguém.

Ter a noção de que, não somos donos da terra; fazemos parte dela.

Não temos de dominar a natureza; precisamos de aprender a viver em harmonia com ela.

Dependemos da terra; a terra não depende de nós.

Enquadramento Legal

O Projeto Educativo (P.E.) é o documento que consagra a orientação educativa da escola,

elaborado e aprovado pelos seus órgãos de administração e gestão para um horizonte de três

anos, no qual se explicitam os princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo as quais

a escola se propõe a cumprir a sua função educativa (in Dec-Lei 115-A/98, artº 3º).

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CARACTERIZAÇÃO DO MEIO ONDE SE SITUA O JARDIM DE INFÂNCIA

(PATRONATO DA OLIVEIRA)

O Centro Pastoral D. António Bento Martins Júnior situa-se na rua de Santa Maria, União de

Freguesias de Oliveira, S. Paio e S. Sebastião, na cidade de Guimarães.

Se há cidade no país onde o passado se pode converter em fonte de riqueza, é sem dúvida,

Guimarães. “Cidade Berço“ da nacionalidade, dotada de monumentos de alto valor histórico e de

edifícios de reconhecida importância arquitetónica. De facto, poucas cidades poderão orgulhar-se

de possuir roteiro histórico, paisagístico e cultural como o que é possível encontrar em Guimarães.

Contudo Guimarães não é apenas história, paisagem e cultura, é também termalismo, folclore,

gastronomia, tradições populares, artesanato e todo um mundo de atrações que fazem hoje as

delícias de qualquer turista.

O Jardim de Infância está perfeitamente enquadrado na parte histórica da cidade de Guimarães,

cujos edifícios estão a ser restaurados seguindo o traço original. As suas pequenas e estreitas

ruas, ruelas e praças dão-lhe um aspeto medieval, o que lhe confere um encanto muito peculiar e

talvez único.

Guimarães é visitada por milhares de turistas ao longo do ano e a freguesia de Oliveira do Castelo

é uma das zonas mais preferidas, com a igreja de Nossa Senhora da Oliveira, Museu Alberto

Sampaio, Biblioteca Municipal Raul Brandão; para além de inúmeras e bonitas varandas floridas

e esplanadas onde se pode tomar um café repousando do passeio turístico.

CONCELHO DE GUIMARÃES

Guimarães é uma cidade portuguesa situada no Distrito de Braga, região Norte e sub-região do

Ave (uma das sub-regiões mais industrializadas do país).

É sede de um município com 240,95 km² de área e 158 124 habitantes, densidade populacional

656,3 hab./Km 2.

Número de freguesias 69 (agrupadas em 48 novas freguesias com a reorganização administrativa

das freguesias, mantendo as anteriores freguesias a “a sua identidade histórica, cultural e social,

conforme estabelece o artigo nº4 da Lei n.º22/2012, de 30 de Maio.

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Guimarães é sede de um concelho onde predomina uma vasta área de grande fertilidade agrícola.

Na região de Guimarães destaca-se o setor da indústria, que absorve 74% da sua população ativa,

sendo conhecido como um dos grandes centros têxteis do país. Para além da indústria têxtil, está

ainda implantada nesta região a indústria de cutelarias, bem como o calçado e a indústria de

plásticos.

Em termos de população a camada jovem está em força no gráfico demográfico, um dos polos da

Universidade do Minho, desde 1987 está situado em Guimarães, tendo contribuído para que o

concelho se tenha tornado mais jovem e dinâmico nesta última década.

A especificidade turística de Guimarães tem vindo a proporcionar um esquema de

orientação hoteleira centrada no turismo

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“GUIMARÃES “ BERÇO DA NAÇÃO”

A cidade de Guimarães é tradicionalmente considerada "berço da nacionalidade

portuguesa", ou "Cidade Berço", devido ao facto de ter sido estabelecido o centro administrativo

do Condado Portucalense por D. Henrique e por seu filho D. Afonso Henriques ter nascido nesta

cidade e, fundamentalmente, pela importância histórica que a Batalha de São Mamede, travou na

periferia da cidade em 24 de Junho de 1128, teve para a formação da nacionalidade.

É, sem dúvida uma cidade histórica, com um papel crucial na formação de Portugal, e que

conta já com mais de um milénio desde a sua formação, altura em que era designada como

Vimaranes. Podendo este topónimo ter tido origem em Vímara Peres, nos meados do século IX,

quando fez deste local o seu principal centro governativo do condado Portucalense que tinha

conquistado para o Reino de Galiza e onde veio a falecer.

Guimarães é uma das mais importantes cidades históricas do país, sendo o seu centro

histórico Património Cultural da Humanidade, tornando-a definitivamente um dos maiores centros

turísticos da região. As suas ruas e monumentos respiram história e encantam quem a visita.

A Guimarães atual soube conciliar, da melhor forma, a história e consequente manutenção

do património com o dinamismo e empreendorismo que caraterizam as cidades modernas, que se

manifestou na nomeação para Capital Europeia da Cultura em 2012, fatores que levaram

Guimarães a ser eleita pelo New York Times um dos 41 locais a visitar em 2012 e a considerá-la

um dos emergentes pontos culturais da Península Ibérica.

Os "Vimaranenses" são orgulhosamente tratados por "Conquistadores", fruto dessa herança

histórica de conquista iniciada precisamente em Guimarães

CARATERISTICAS DO JARDIM DE INFÂNCIA E CENTRO ATIVIDADES DE TEMPOS

LIVRES (CATL)

O Centro Pastoral D. António Bento Martins Júnior situa-se na rua de Santa Maria, União de

Freguesias de Oliveira, S. Paio e S. Sebastião, na cidade de Guimarães.

O Centro Pastoral D. António Bento Martins Júnior, mais conhecido por Patronato de Nossa

Senhora da Oliveira está enquadrado no centro histórico de Guimarães, nas instalações

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remodeladas e inauguradas em 02.09.2004. É uma Instituição Particular de Solidariedade Social

(IPSS) que iniciou a sua atividade em setembro de 1986.

Instalações:

• Quatro salas de atividades, (sala dos 3, 4, e 5 anos)

• Uma sala de CATL

• Uma sala de informática

• Uma sala de receção

• Um auditório

• Serviços administrativos

• Três WC para as crianças

• Um WC para adultos

• Um WC para crianças com NEE

• Um refeitório

• Uma cozinha

• Um parque exterior.

• Um campo de futebol

Equipa educativa

• Três educadoras de infância

• Uma educadora social

• Serviços administrativos

• Três ajudantes de ação educativa

• Uma cozinheira

• Uma ajudante de serviços gerais.

O trabalho em equipa responde às necessidades de aprendizagem contínua e de

profissionalização do adulto. Possibilita o intercâmbio e a comparação entre todos e,

simultaneamente, é base da construção de um objetivo comum: dar coerência e unidade ao próprio

projeto educativo, em favor de todas as crianças.

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PROJETO EDUCATIVO

“COLORIR O FUTURO”

“A nossa sociedade confronta-se com problemas ambientais graves, que afetam quer o nosso modo de

vida, quer o próprio equilíbrio ecológico da Terra. As próximas décadas serão críticas na evolução do

estado de saúde do nosso planeta e na reestruturação do sistema socioeconómico mundial.” (Melo, 1993:

p.13)

No processo educativo da criança tanto a escola, família, comunidade educativa possuem

obrigações importantes a cumprir. A escola como instituição educativa possui especificidades, que

inclui a missão de ensinar, direcionar e mediar o aluno ao conhecimento. A família por outro lado

tem o dever de promover a educação moral da criança e ajudá-la na formação de seu caráter

Se observarmos com um pouco de atenção o mundo que nos rodeia, não teremos dificuldade em

tomar consciência da velocidade de crescimento dos sinais de degradação ambiental, que nos

últimos anos têm aumentado a um ritmo tal, que se torna impossível evitar a preocupação, a

ansiedade e o receio do que o futuro nos pode reservar.

Assim, a relação com a natureza é muito importante, pois só conhecendo tudo de belo que ela nos

reserva podemos compreender o quão importante é preservá-la. A natureza não é só o espaço

verde que observamos nos jardins, ela engloba milhares de coisas, ela é todo o planeta onde

habitamos.

A educação ambiental tem como objetivo tornar cada pessoa mais consciente e capaz de respeitar

tudo o que a rodeia, desde os espaços verdes, até aos seres vivos.

A sensibilização das crianças e dos jovens para esta problemática é o primeiro passo para a

mudança. Desde cedo é necessário que se sinta que o poder de inverter o rumo dos

acontecimentos encontra-se em cada um de nós.

A participação na vida pública deve ser, cada vez mais, sentida como a assunção das

responsabilidades sociais de cada indivíduo, mantendo uma atitude crítica e participativa. É neste

âmbito que a educação para a cidadania e educação ambiental são indissociáveis.

A escola deve, então, ser um espaço privilegiado, onde se promove o sucesso investindo na

formação de pessoas capazes de pensar, criar, agir por opção e responsáveis pela sua felicidade.

É um investimento que acreditamos que vale a pena, pois é a partir dos pequenos atos de cada

um de nós que se dá início a grandes transformações.

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FUNDAMENTAÇÃO

“É PRECISO UMA ALDEIA INTEIRA PARA EDUCAR UMA CRIANÇA”

Não restam dúvidas que os pais são os primeiros educadores da criança e principais responsáveis

pela sua educação e bem-estar. Os professores e comunidade educativa são parceiros que devem

unir esforços, partilhar objetivos e reconhecer a existência de um bem comum para os alunos.

Cada vez mais é necessário o cuidado e atenção com o meio ambiente.

O desequilíbrio provocado pela devastação de recursos naturais está a colocar cada vez mais em

risco, não só espécies animais e vegetais, mas a sobrevivência do próprio homem no planeta.

O convívio escolar será um factor determinante para a aprendizagem dos valores e atitudes.

Considerando a escola como um dos ambientes mais imediatos do aluno sabemos que elas se

darão a partir do próprio quotidiano da vida escolar dos alunos.

Cuidar do destino do nosso meio ambiente é responsabilidade de todos.

Então, é importante que trabalhemos no sentido de envolver os alunos, pais, educadores e

comunidade educativa para que esta situação modifique, formando novos hábitos.

A Educação Ambiental é muito mais do que consciencializar sobre o lixo, a reciclagem e a

poluição. É trabalhar situações que possibilitem a comunidade escolar a pensar em propostas de

intervenção na realidade que nos cerca.

Sabendo que, na criança é mais fácil desenvolver a sensibilidade, o gosto e o amor pela natureza,

já no adulto, algumas vezes, é preciso desenvolver o respeito.

O trabalho de consciencialização da destruição do meio ambiente na escola, será para resgatar a

necessidade de conciliar a teoria com a prática no dia-a-dia, garantindo, o futuro do planeta e da

humanidade.

Desta forma, teremos uma noção que tudo está interligado. Somos parte da natureza e não

devemos esquecer isto.

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Este projeto contempla a necessidade de pequenos atos, que serão responsáveis por grandes

transformações que devem ser assumidas por nós, para o resto de nossas vidas e assim

estaremos garantindo o futuro de nossas gerações com fraternidade e sustentabilidade.

Uma das formas de revertermos esta situação é o reaproveitamento de materiais recicláveis,

evitando uma maior extração de recursos e diminuindo a acumulação de resíduos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Educar para conquistar um vínculo amoroso com a Terra, não para explorá-la, mas para

amá-la.

• Conviver num ambiente agradável onde um possa respeitar o outro e todos respeitem a

natureza.

• Compreender o sentido de ser um cidadão consciente e participativo nas ações de

preservação do meio ambiente.

• Adotar posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, baseados na prática das

virtudes, colaborando para a construção de uma sociedade justa, em um ambiente

saudável.

• Repensar e avaliar as atitudes diárias e as suas consequências no meio ambiente em que

vivemos.

• Estimular a mudança na prática de atitudes e a formação de novos hábitos em relação à

utilização dos recursos naturais.

• Favorecer a reflexão sobre a responsabilidade ética de nossa espécie e planeta para

garantir um ambiente sustentável.

• Participar de ações sociais que resgatem valores humanos como respeito pela vida,

responsabilidade, solidariedade, amizade e ética.

• Envolver a comunidade escolar e família neste processo de relações fraternas e

preservação do meio ambiente.

• Conhecer a realidade da sala de aula e da escola para busca coletiva de soluções.

(desperdício ou economia de papel, destino correto do lixo, torneiras abertas ou fechadas,

lanche saudável ou prejudicial à saúde, preservação das árvores ou destruição, etc.)

• Estabelecer diferença entre separar, reciclar e reutilizar.

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OBJETIVOS GERAIS:

• Sensibilizar os alunos sobre a importância da preservação do Meio Ambiente, identificando

as situações que causam danos à ecologia como: poluição, desmatamento, queimadas,

extinção de animais e outros estimulando assim o interesse pela natureza, e também

enfatizar a problemática do lixo e a solução oferecida pela reciclagem.

• Consciencializar os pais e alunos sobre a importância da recolha seletiva do lixo, do

reaproveitamento dos materiais recicláveis e do tempo de decomposição.

• Resgatar junto aos alunos a importância de vivermos e convivermos em um ambiente

limpo;

• Relacionar as cinco cores básicas aos lixos correspondentes (verde/vidro;

amarelo/plástico/metal; azul /papel/cartão; vermelho/pilhas; laranja/ óleos; cor á escolha

/lixo orgânico)

• Sensibilizar os alunos a auxiliarem no cuidado com a escola, não deitar lixo no chão;

• Incentivar a prática de atitudes conscientes quanto à limpeza da sala de aula, assim sendo

fazer com que os alunos levem essas informações a suas casas

• Refletir sobre nossas atitudes no dia-a-dia;

• Produzir brinquedos e outros objetos através do lixo que não é lixo

• Incluir no dia-a-dia dos alunos hábitos conscientes sobre reciclagens.

• Desenvolver com os alunos uma lista de atitudes benéficas para com o meio em que

vivemos;

• Utilizar os brinquedos desenvolvidos em sala de aula nos momentos lúdicos a eles

proporcionados;

• Socializar com outros alunos o que conseguimos produzir através dos materiais recicláveis;

• Levar os alunos a perceber a transformação do material reciclável, através do homem;

• Envolver a família na produção de brinquedos recicláveis, como forma de incentivar e

entusiasmar os pais e familiares nessa proposta;

• Compreender o período de decomposição de alguns elementos;

• Reconhecer os elementos prejudiciais à natureza;

• Promover a consciencialização da importância da reciclagem para o meio ambiente;

• Identificar para selecionar os materiais;

• Entender o processo de reciclagem;

• Despertar e desenvolver as capacidades potenciais dos alunos;

• Passeios Ecológico

• Despertar cada criança para as inter-relações entre os elementos que compõem o meio

ambiente, das quais os seres humanos são parte integrante

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SUGESTÕES DE TEMAS

APRENDENDO ATRAVÉS DAS CORES DO JARDIM

• Sensibilização e mobilização permanente em relação ao meio ambiente e a necessidade

de participação de todos e todas na construção da Sustentabilidade em suas várias

dimensões.

• Os alunos são incentivados, através de cartazes, a manter a sala limpa, cuidar dos

materiais escolares e cultivar hábitos de higiene com o corpo.

• Oficina de desenho

• Rodas de Leituras

• Músicas

• Pesquisa sobre as diversas paisagens que o homem precisa modificar o meio ambiente

ÁGUA, ESPERANÇA E FUTURO. ATÉ QUANDO?

• Rodas de Conversa sobre o meio ambiente e seus problemas.

• Oficinas de desenho, colagem e pinturas

• Pesquisas envolvendo o tema

DEIXANDO DE SER INDIFERENTE PARA O LIXO

• Realização de rodas de conversas

• Oficinas de desenho, colagem e pintura

• Montagem de uma peça teatral

• Pesquisas relacionadas ao tema

• Sensibilização e mobilização em relação ao meio ambiente e seus problemas através da

confeção de cartazes e de uma maquete apresentando um rio limpo e um outro poluído.

• Oficinas de música onde aprenderam diversas músicas que abordam o meio ambiente.

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EDUCAÇÃO E VIDA: COMPROMISSO COM O PLANETA.

• Sensibilização e mobilização em torno do meio ambiente e seus problemas através da colocação

de cartazes em sala de aula.

• Roda de conversa sobre o meio ambiente e seus problemas

• Pesquisa sobre animais em risco de extinção

• Produção de texto

• Implantação de uma campanha de alerta sobre o uso da água na escola

• Implantação de uma campanha de alerta sobre a limpeza na escola e na rua

Cultivo de uma Horta Escolar

METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS

A equipa educativa contextualiza a sua prática pedagógica numa perspetiva construtivista,

em que a criança se desenvolve através das interações que realiza com o meio/contexto (Piaget).

A criança é potenciadora do seu conhecimento agindo no meio em que vive, desta forma, o

contexto onde a criança se desenvolve é um fator muito importante para o seu desenvolvimento.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada no nosso contexto educativo é a metodologia de Projeto, tendo sempre

como visão principal a criança potenciadora do seu conhecimento motivando-a para aprender e

investigar sempre mais.

Recorrendo à Metodologia de Projeto procuramos ser companheiros experimentados das

crianças. Vamos acompanhando todo o Projeto e colocando sempre mais desafios, partilhando

papéis de liderança e de poder. “A Metodologia de Projeto pressupõe uma visão da criança como

um ser competente e capaz, como investigador nato, motivado para a pesquisa e resolução de

problemas” (Vasconcelos, 1998:133).

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ESTRATÉGIAS

Assim, decorrendo da metodologia com que trabalhamos, utilizamos as seguintes estratégias de

intervenção:

ATIVIDADES PLANIFICADAS

Mensalmente, planificamos atividades que vão estimular a criança a progredir no seu

desenvolvimento global. Estas atividades decorrem da elaboração de objetivos, que

progressivamente vão respondendo às necessidades de cada criança e do grupo.

ATIVIDADES ESPONTÂNEAS

Todos os dias e de acordo com a rotina diária, as crianças têm oportunidade de trabalhar nas

áreas da sala (ex. Biblioteca, Casinha…) e/ou no recreio. Nesses momentos, cada criança escolhe

e elabora uma estrutura mental sobre o que vai fazer e como vai fazer. A equipa educativa,

acompanha estas atividades participando ativamente nas suas brincadeiras, tentando sempre

apoiar a criança a ultrapassar mais desafios

EXPERIÊNCIAS EDUCATIVAS

Ao longo do ano, de acordo com o Plano Anual de Atividades ou com oportunidades que vão

acontecendo na comunidade, pais, filhos e equipa educativa partilham experiências educativas de

escola. São momentos de aprendizagem que permitem às crianças entender que a escola e os

pais estão de mãos dadas para a ajudar no seu crescimento.

PROJETOS DE SALA

A criança e a equipa de sala, ao longo do ano, descobre um tema, uma área, uma dúvida, que se

vai transformar no grande projeto da sala. Através do projeto a criança vai experimentando

oportunidades de investigação, questionamento, partilha de ideias e de saberes, etc .

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PORTFÓLIO DA CRIANÇA

Semanalmente em dia designado e decidido por todos, a criança é motivada a colocar os seus

trabalhos na capa designada por portfólio. Esta atividade permite à criança rever e repensar o seu

percurso na escola.

ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO

Para elaborarmos o nosso Projeto Educativo partimos das necessidades que, diariamente, em

equipa, diagnosticamos no grupo de crianças e famílias.

Os pais transmitem-nos uma preocupação constante em tornar os seus filhos mais capazes ao

nível da autonomia (alimentação e higiene) e da socialização (fazer amigos/gerir conflitos). A

equipa, atenta a estas preocupações, que também partilha, reuniu neste projeto estratégias para

atingir as referidas competências. Aliamos a estas capacidades, outras relativas ao conhecimento

de si e do mundo que rodeia a criança.

A família, os parceiros e outros intervenientes da comunidade educativa têm conhecimento do

nosso projeto através da realização de atividades.

Periodicamente, através de exposições ou outras formas de comunicação, demonstramos os

valores/competências que trabalhamos com o projeto.

Tal comunicação enriquece a ação do educador através da partilha de conhecimentos e

estratégias com outros adultos que também têm responsabilidades na educação da criança.

A troca de opiniões com os pais permite um melhor conhecimento da criança e de outros contextos

que influenciam a sua educação, nomeadamente a família e a comunidade onde ela se insere.

O contacto mantido com os pais tem como objetivo divulgar o trabalho que está a ser desenvolvido

no Jardim de Infância.

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REVISÃO E AVALIAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO

O Projeto Educativo é um documento ativo que está sujeito a revisões e avaliações para se

adequar de forma eficaz à realidade a que se reporta.

Assim, nas reuniões de equipa educativa revemos a eficácia do Projeto e a sua relação com os

Projetos Curriculares de Sala. Cada agente educativo, deve dar sugestões e mais-valias para a

concretização do nosso Projeto.

Anualmente, avaliamos a eficácia do Projeto Educativo no desenvolvimento dos Projetos

Curriculares de Sala e consecutivamente, na realização dos Planos de Desenvolvimento Individual

da Criança.

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CONCLUSÃO

Por excelência, a escola é um lugar de formação e educação dos alunos. Acreditamos que a

função da nossa escola não se esgota unicamente na sala de aula. Defendemos que é também

nosso dever e ambição, incentivar o entusiasmo de todas as crianças de forma articulada com

estratégias implícitas. É no nosso Projeto Educativo, que é possível encontrar as nossas

aspirações, os nossos anseios, as diretrizes e as formas de atuar que preconizamos. Daremos,

em primeiro lugar, uma atenção especial à formação moral dos nossos alunos incutindo-lhes

valores, condutas e sentimentos ambicionados para com os outros: Partilha, Solidariedade,

Amizade, Tolerância, Responsabilidade, Honestidade, Amor, Respeito.

Educar para os valores é transmitir aos filhos ou alunos ideias em que realmente acreditamos.

Por exemplo: que vale a pena ouvir enquanto outra pessoa estiver a falar, ou que ficar muito

tempo no chuveiro pode levar à falta de água para todos, ou ainda que cada um é responsável

por seus atos. É claro que família e escola estão juntas nessa tarefa, mas a influência que elas

exercem têm pesos diferentes. A escola pode dar um apoio fundamental aos pais, mas está

longe de substituí-los na tarefa de educar. A família vem em primeiro lugar, pois os laços

afetivos entre pais e filhos são os mais fortes. 'Hoje, sabe-se que o ambiente moral da casa

tem grande importância na formação das crianças, com a certeza de que….

“PARA QUE A ESCOLA SEJA A SEGUNDA CASA, A CASA TEM DE

SER A PRIMEIRA ESCOLA”

É de todo importante alertar para a observação, a exploração e a possibilidade de desfrutar do

meio natural sabendo que estas experiências são imprescindíveis para o desenvolvimento da

consciência ambiental. O contacto com pequenos animais, como tartarugas, passarinhos,

peixes, e as tarefas de os cuidar e alimentar, sempre com o acompanhamento da educadora,

além de sensibilizar as crianças, desenvolve-lhes sentimentos de afeto com os animais e

proporciona oportunidades excelentes de elevar o nível de consciencialização sobre o meio

ambiente.

Criar canteiros com flores, plantar pequenas hortas, acompanhar o seu crescimento e as suas

transformações, cuidar, regar, observar a ação dos insetos nos vegetais, também são

atividades estimuladoras e enriquecedoras para as crianças. Assim, elas podem gradualmente

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desvendar uma perceção integrada delas próprias com a natureza, sentindo-se parte dela e

agindo sobre ela.

A natureza mostra que as grandes árvores nascem de pequenas sementes.

Estamos confiantes que ao desenvolver este projeto essa semente também nasça em cada

criança e assim dar-nos a esperança de resolução de problemas ambientais que tanto afetam

o nosso dia-a-dia. A criança revela fascínio pela descoberta, por descobrir o mundo que a

rodeia, como funciona… O papel dos educadores é o de facilitar essa descoberta, de forma

independente e espontânea, fornecendo-lhe materiais apelativos e adequados à organização

dos espaços, preparando-lhes assim ambientes de aprendizagem ricos.

Após reflexão sobre o ambiente que nos cerca, privilegiamos os comportamentos de

responsabilidade e as atitudes de cada um de nós, que geram processos educativos ricos,

contextualizados e significativos para cada um dos grupos envolvidos.

Embora essa mudança diga respeito a todos nós, são as instituições na forma mais alargada

do termo, que deverão ser líderes desta mudança, criando hábitos dentro e fora das suas

organizações, mobilizando pessoas e recursos no sentido da mudança e encarando o

ambiente como um parceiro e não inimigo.

Agir localmente, pensar globalmente

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BIBLIOGRAFIA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (1997), “Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar”.

Lisboa, Ministério da Educação e Cultura;

HOHMANN, Mary; Banet, B.,WEIKART, David P. – “A Criança em Acção”. 2ª edição.

Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

FORMOSINHO, Júlia (1998), “Modelos Curriculares para a Educação de Infância”. Porto, Porto

Editora;

PORTUGAL, Gabriela – “Infância e Educação investigação e práticas” Revista do

GEDEI, n.º 1, 2000

“Enciclopédia de Educação Infantil” – Recursos para o desenvolvimento do currículo escolar. Volume II:

Nova Presença, Lda, 1997.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (1998), “Qualidade e Projeto na Educação PréEscolar”. Lisboa,

Ministério da Educação, DEB;

HOHMANN, Mary; WEIKART, David P. – “Educar a criança”. Lisboa: FundaçãoCalouste Gulbenkian,

1997.

KATZ, Lilian [et al] – “A abordagem de projecto na educação de infância”. Lisboa:

Fundação Calouste Gulbenkian, 1997

MARQUES, Ramiro – “A Prática Pedagógica no Jardim de Infância”. Lisboa: LivrosHorizonte, 1988.

Ministério da Educação – “Qualidade e Projecto na educação pré-escolar”. Lisboa: Ministério da

Educação,1998.

PAPALAIA, Diane E. [et al] – “O mundo da criança”, Amadora: Editora McGraw-Hill, 2001.