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Departamento de GEOLOGIA Departamento de Geologia da FCUL CeGUL, CREMINER LA/ISR LATTEX LA/IDL Ano Internacional do Planeta Terra Desastres naturais Minimizar cons ção o , risco maximizar a ci a en liz cia Foto de José Madeira

Departamento de Geologia da FCUL CeGUL, CREMINER LA/ISR ... · particular, os estudos da tectónica activa são essenciais para caracterizar o comportamento das falhas e o período

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Departamento de

GEOLOGIA

Departamento de Geologia da FCULCeGUL, CREMINER LA/ISRLATTEX LA/IDL

Ano Internacional do Planeta Terra

Desastres naturais

Minimizar cons ção

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Conferência

Podemos prever um tsunami?

Maria Ana Viana BaptistaInvestigadora do Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa. Professora do Departamento de Engenharia Civil, ISEL, IPL.

26 de Março, 17h00, sala 6.1.36GeoFCUL. Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Cidade Universitária.

GeoFCUL©2008

Podemos prever um tsunami?

Maria Ana Viana Baptista*Investigadora do Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa. Professora do Departamento de Engenharia Civil, ISEL, IPL.

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Duzentos e cinquenta anos depois de 1755...

Os grandes sismos e os tsunamis estão na memória histórica da cidade de Lisboa e da costa Portuguesa, os relatos históricos descrevem

acontecimentos desde o ano 60AC. A região de Lisboa foi inundada catastroficamente no século XVI a 26 de Janeiro de 1531 e no século XVIII

a 1 de Novembro de 1755. Outros tsunamis menos importantes foram só observados em Lisboa pelos marégrafos instalados junto à costa.

O tsunami gerado pelo sismo de 1 de Novembro de 1755 foi o maior desastre natural verificado em Portugal. O sismo ocorreu cerca das

9h 30m, hora de Lisboa, tendo sido sentido um pouco por toda a Europa. O tsunami foi observado no Atlântico Norte, desde as Ilhas Barbados

até à Escócia; no entanto as ondas mais destrutivas foram observadas em Portugal Continental, Espanha (Golfo de Cádis) e no Norte de

Marrocos. Passados cerca de 250 anos, no início do século XXI, a humanidade assistiu em directo pela televisão ao desenrolar do tsunami de

Sumatra permitindo-nos a todos compreender o verdadeiro impacto de um mega-tsunami.

O tsunami de 26 de Dezembro de 2004 foi um evento extremo, tal como o sismo que lhe deu origem. A energia libertada na zona de

rotura correspondeu a cerca de 23000 bombas de Hiroshima. O tsunami causou a morte a cerca de ¼ de milhão de pessoas, deixando mais

de um milhão de desalojados, afectou 12 países e ocorreu numa zona do globo onde os tsunamis são pouco frequentes; o último evento tinha

ocorrido há mais de 200 anos. Este tsunami veio lembrar ao mundo que os tsunamis são uma ameaça sempre presente às populações

costeiras e que temos de ser pró-activos na redução dos seus impactos (Bernard et al. 2006). A devastação causada por este evento, mostrou

por um lado a grande vulnerabilidade do litoral, hoje extensamente ocupado, e por outro lado fez voltar as atenções da comunidade cientifica

e das autoridades civis para zonas do globo onde os tsunamis são menos frequentes do que no oceano Pacífico. Quando se considera a

segurança anti-sísmica de empreendimentos críticos (como centrais nucleares ou barragens), ou se avalia o risco sísmico em áreas densamente

povoadas, onde se concentra importante actividade económica, a análise da sismicidade deve considerar períodos de tempo suficientemente

longos para abarcar convenientemente o mecanismo da sismogénese.

No que respeita ao ambiente continental intraplaca do interior da Europa, incluindo a maioria da Península Ibérica e Portugal Continental em

particular, os estudos da tectónica activa são essenciais para caracterizar o comportamento das falhas e o período de recorrência dos sismos

grandes, sensivelmente desde o Plistocénico médio (800.000 anos) e, particularmente, desde o Plistocénico superior (125.000 anos).

Baptista, A.M.V. (2008) Podemos prever um tsunami?, in Mateus, A. (Coord.), Desastres Naturais: Minimizar os riscos, maximizar a consciencialização. Departamento de Geologia FCUL, Lisboa, pp. 3-4. Acessível em http://geologia.fc.ul.pt/documents/85.pdf, consultado em [data da consulta].

* e-mail: [email protected]

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A Paleossismologia na avaliação da perigosidade sísmica

João Cabral*Professor Associado. GeoFCUL.

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Quando se considera a segurança anti-sísmica de empreendimentos críticos (como centrais

nucleares ou barragens), ou se avalia o risco sísmico em áreas densamente povoadas, onde se

concentra importante actividade económica, a análise da sismicidade deve considerar períodos

de tempo suficientemente longos para abarcar convenientemente o mecanismo da sismogénese.

Isto implica a utilização de metodologias geológicas e, em particular, paleossismológicas,

especialmente em regiões intraplaca com sismicidade histórica e instrumental baixa, mas onde

podem ocorrer registos de sismos grandes. Nestas áreas, o período de tempo abrangido pelos

dados da sismicidade histórica e instrumental é muito inferior à duração provável do ciclo sísmico 4 5

dos sismos grandes (intervalo entre dois eventos), tipicamente da ordem de 10 -10 anos. Deste

modo, os registos constantes nos catálogos sísmicos não representam adequadamente a

sismicidade regional, pois abarcam apenas uma parte do ciclo sísmico dos eventos maiores. Assim,

a estimativa, essencial, da dimensão e período de recorrência dos sismos grandes assenta no

estudo das falhas sismogénicas (fontes sísmicas), particularmente no que respeita ao seu

comportamento paleossísmico.

Em ambiente geodinâmico intraplaca ocorrem geralmente falhas com taxas de actividade

baixas, que se comportam como estruturas sismicamente “silenciosas” mas que têm a capacidade

de produzir ruptura superficial e sismos catastróficos, embora com períodos de retorno longos. Os

estudos geológicos (de Neotectónica) e, particularmente, os estudos paleossismológicos são

fundamentais para avaliar se essas falhas presentemente “silenciosas” são efectivamente falhas

activas de baixa taxa de actividade (“falhas lentas”), e indispensáveis para caracterizar o seu

potencial sismogénico, particularmente relevante na avaliação da perigosidade sísmica para

longos períodos de retorno.

No que respeita ao ambiente continental intraplaca do interior da Europa, incluindo a maioria

da Península Ibérica e Portugal Continental em particular, os estudos da tectónica activa são

essenciais para caracterizar o comportamento das falhas e o período de recorrência dos sismos

grandes, sensivelmente desde o Plistocénico médio (800.000 anos) e, particularmente, desde o

Plistocénico superior (125.000 anos).

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Na Península Ibérica, se excluirmos a região activa a SE e a área submarina meridional (do

Golfo de Cádis ao Banco de Gorringe), directamente associadas à fronteira de placas Ibéria-Nubia,

a actividade sísmica é aparentemente fraca e são escassas, ou mesmo inexistentes, as referências à

ocorrência de sismos destruidores. Contudo, neste tipo de ambiente intraplaca existem usualmente

evidências da ocorrência (embora pouco frequente) de sismos fortes durante os tempos históricos

bem como de paleossismos, indicando um potencial para a génese de grandes eventos sísmicos.

Existem poucos estudos sobre falhas de baixo grau de actividade (<0,1mm/ano; “falhas

lentas”). Durante os últimos anos tem-se efectuado na Europa um esforço importante para identificar

e compreender o comportamento sismogénico deste tipo de falhas, principalmente através da

implementação de vários projectos internacionais.

A equipa de investigação do GeoFCUL realiza estudos de Neotectónica em Portugal desde o

início da década de 80. Um dos objectivos principais tem sido a identificação e caracterização das

falhas activas em Portugal Continental e nos Açores. A maioria destes estudos tem privilegiado uma

cobertura e caracterização regional tanto quanto possível exaustiva das falhas evidenciando

actividade quaternária, em detrimento de uma avaliação detalhada do comportamento

sismogénico de estruturas particulares. Esta abordagem deve-se à perigosidade sísmica regional ser

dominada por falhas “lentas” que são escassamente conhecidas (ou virtualmente desconhecidas

até gerarem eventualmente um sismo grande inesperado), o que acentua a necessidade de se ter

uma base de dados tanto quanto possível exaustiva das estruturas activas, potencialmente

sismogénicas. A falta de dados de paleossismicidade constitui, contudo, uma lacuna importante

para estudos específicos de avaliação da perigosidade sísmica, quando é necessário conhecer a

actividade tectónica mais recente em falhas e, particularmente, o seu comportamento

sismogénico.

Presentemente um dos objectivos principais da equipa de investigação do GeoFCUL consiste

em obviar esta lacuna, testando as bases metodológicas e promovendo a aquisição de dados de

paleossismicidade em diversas falhas activas seleccionadas no território continental português, por

forma a complementar o conhecimento da actividade das falhas a longo termo com informação

sobre o seu comportamento sismogénico, a mais curto prazo, e obter assim informação essencial

para uma correcta avaliação da perigosidade sísmica regional e riscos associados.

* e-mail: [email protected] ; página web: http://geologia.fc.ul.pt/artigo.php?id_artigo=49

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Os terramotos: risco e perigosidadeHector Perea*Investigador pós-doutoral LATTEX-IDL. FCUL.

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Os terramotos são um fenómeno natural que resulta da ruptura em falhas, fracturas localizadas na “camada” mais superficial da Terra, a litosfera. Esta ruptura produz uma libertação quase instantânea de energia na forma de ondas sísmicas que se manifestam com o tremer e, algumas vezes, o deslocamento da superfície e a criação de escarpas. Os danos que produz um terramoto, quantificados pela intensidade sísmica, estão directamente ligados à propagação destas ondas, e serão mais ou menos severos dependendo da grandeza do terramoto (magnitude) e da distância à falha que o gerou. Há outros fenómenos que podem ser desencadeados pela ocorrência dum terramoto e que também podem produzir danos na sociedade como são os deslizamentos de terra (escorregamentos) e os tsunamis.

Os terramotos estão ligados aos movimentos tectónicos na litosfera terrestre e, em consequência, são fenómenos que se têm produzido durante a história da Terra e que vão continuar a produzir-se no futuro. Como humanos não temos controle sobre a ocorrência destes fenómenos, mas podemos avaliá-los e tentar mitigar os seus efeitos na população a partir de estudos de risco sísmico. Neste tipo de estudos avaliam-se as probabilidades de perdas, tanto sociais (perdas de vidas humanas ou pessoas feridas) como económicas, que a ocorrência dum terramoto pode originar. Na avaliação do risco sísmico tem-se em conta os custos, a vulnerabilidade e a perigosidade.

Os custos e a vulnerabilidade são dois parâmetros que têm em conta como um terramoto afectará a sociedade. Entendem-se como custos o valor que têm as estruturas potencialmente danificadas ou destruídas (edifícios, pontes, barragens, …), os efeitos na economia, as vítimas e quaisquer outros bens que possam materializar perdas potenciais devidas a um terramoto. Por outro lado, a vulnerabilidade define-se como a potencialidade de uma estrutura sofrer danos causados por um terramoto (por exemplo, se uma casa ou outro edificado suportará ou não a ocorrência dum terramoto, ou os danos que possa sofrer).

A perigosidade sísmica estuda o perigo, isto é, a possibilidade de ocorrência de um terramoto e as suas características, descrevendo a potencialidade de ocorrência dos fenómenos relacionados com este, como por exemplo qual será o movimento do terreno causado pelo sismo, se este produzirá ou não ruptura superficial, ou se desencadeará liquefacção em terrenos propícios,

entre outros efeitos. Nos estudos de perigosidade sísmica modelam-se as fontes dos terramotos (as falhas), o modo como as ondas se atenuam (como perdem energia quando se afastam da fonte) e os possíveis efeitos de sítio (amplificação das ondas, cedência do solo), com o objectivo de prognosticar como se percepcionará o terramoto numa localidade concreta, e assim projectar e construir edifícios sismo-resistentes, ou seja, edifícios preparados para suportar sismos de uma magnitude expectável.

Finalmente, sempre que haja uma falha que tenha a capacidade de gerar terramotos existe uma perigosidade, mas se não existir população ou alguma estrutura (ponte, barragem, …) na região envolvente não haverá um risco, porque não há probabilidade de ocorrerem perdas económicas ou sociais, ou danos sobre o edificado. Por outro lado, se houver perigosidade (associada à presença de uma falha activa) e, na área envolvente, existir população e edifícios ou estruturas altamente vulneráveis, os danos expectáveis representam custos elevados e assim o risco sísmico será elevado. Em conclusão, enquanto a perigosidade é inerente à presença de fontes sismogénicas com o potencial de gerarem eventos sísmicos de magnitude significativa, e, portanto, depende apenas da sua ocorrência, o risco varia, dependendo da afectação na sociedade e na economia.

Perea, H. (2008) Terramotos: risco e perigosidade, in Mateus, A. (Coord.), Desastres Naturais: Minimizar os riscos, maximizar a consciencialização. Departamento de Geologia FCUL, Lisboa, pp. 7-8. Acessível em http://geologia.fc.ul.pt/documents/85.pdf, consultado em [data da consulta].

* e-mail: [email protected] ; página web: http://geologia.fc.ul.pt/artigo.php?id_artigo=179

A importância do registo geológico para avaliação do potencial de inundação por tsunamiCésar Andrade* & Conceição Freitas**Professor Catedrático e Professora Associada com Agregação do GeoFCUL.

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Tsunami é uma palavra japonesa que significa “onda de porto” e é utilizada pela comunidade científica para designar um conjunto restrito de ondas de grande comprimento e período, que se propagam na superfície do oceano e acabam por atingir o litoral onde crescem em altura por efeito de atrito com o fundo.

Estas ondas podem ser geradas por qualquer mecanismo com capacidade para deslocar subitamente um volume apreciável do oceano - sismos com epicentro no mar (a maioria), actividade vulcânica, grandes escorregamentos de vertentes litorais ou submarinas e impactos de corpos extraterrestres. As regiões do Globo associadas a zonas de subducção (como o Japão) são as mais afectadas por este fenómeno, mas tal não exclui a sua importância noutros contextos geotectónicos. São dos poucos eventos naturais capazes de impactar em simultâneo locais muito distantes e afectar grandes trechos litorais.

Em Portugal, o registo histórico e instrumental identifica um número restrito de tsunamis (da ordem das duas dezenas, nos Açores, e inferior a dez no Continente e no Arquipélago da Madeira) com intensidade apreciável embora com expressão espacial muito variada, dos quais o mais importante foi o associado ao sismo de 1 de Novembro de 1755. Os tsunamis são raros - e tanto mais raros quanto mais intensos - pelo que as estimativas de períodos de retorno fundamentadas em séries curtas podem enfermar de incertezas e erros, incompatíveis com o rigor necessário à avaliação da perigosidade e risco. Neste contexto, o registo geológico assume potencialmente um papel fundamental na ampliação da janela temporal de aquisição de dados.

De facto, o impacto de um tsunami na faixa costeira origina uma inundação efémera, capaz de produzir erosão ou sedimentação, isto é, um sinal de natureza geológica que, se preservado no registo sedimentar, importa saber reconhecer e interpretar. As assinaturas de natureza deposicional têm sido objecto de estudo nas últimas décadas, com base em critérios geométricos, texturais,

mineralógicos, geoquímicos, geofísicos e paleoecológicos. Apesar de, no estado actual dos conhecimentos, não ser ainda possível atribuír uma assinatura inquestionável aos depósitos de tsunami, certo é que estes têm sido encontrados um pouco por todo o Mundo e utilizados para quantificar subsidência co-sísmica, medir a distância alcançada por paleoinundações, deduzir paleocorrentes, reconstituir altura e número de ondas, estudar a recorrência de tsunamis em intervalos de milhares de anos e identificar sinais objectivos destas inundações em contextos litorais até então julgados livres deste risco, dada a inexistência de registos históricos.

No litoral e na plataforma de Portugal Continental foram já reconhecidos depósitos sedimentares produzidos pelos tsunamis associados aos sismos (1) do 1º de Novembro de 1755, principalmente no Algarve e na região de Lisboa e (2) de 1531, no estuário do Tejo, embora com maior incerteza. A investigação neste domínio prossegue, alargada aos litorais do Golfo de Cádis e Atlântico Marroquino, com o objectivo de contribuir para a determinação de fontes (tectónicas ou assísmicas) e intervalos de recorrência, dados de grande relevância no esforço em curso para dimensionar risco de inundação por tsunami num litoral com índices de ocupação e valorização crescentes e operacionalizar um sistema de detecção e alerta precoce.

* e-mail: [email protected] ; página web: http://geologia.fc.ul.pt/artigo.php?id_artigo=104** e-mail: [email protected] ; página web: http://geologia.fc.ul.pt/artigo.php?id_artigo=105

Andrade, C. & Freitas, C. (2008) A importância do registo geológico para avaliação do potencial de inundação por tsunami, in Mateus, A. (Coord.), Desastres Naturais: Minimizar os riscos, maximizar a consciencialização. Departamento de Geologia FCUL, Lisboa, pp. 9-10. Acessível em http://geologia.fc.ul.pt/documents/85.pdf, consultado em [data da consulta].

Perigosidade vulcânica em PortugalJosé Madeira*Professor Auxiliar do GeoFCUL.

Em território português apenas o arquipélago dos Açores e, em menor grau, a ilha da Madeira estão sujeitos a perigosidade geológica de natureza vulcânica.

A actividade vulcânica na ilha da Madeira encontra-se num estado que pode ser considerado de dormência, pois o intervalo entre erupções na formação eruptiva mais recente é relativamente longo. Contudo, a ocorrência de erupções cujos derrames correram no (ou para o) interior de vales desenvolvidos durante o Quaternário e a recente datação de 6.000 anos de um nível de piroclastos basálticos de queda, indicam que o vulcanismo na Madeira não se encontra extinto. Existe, aliás, descrição de uma eventual erupção no mar, a oriente da ilha.

Não se conhecem manifestações secundárias de vulcanismo na Madeira. No entanto, em obras recentes de abertura de túneis rodoviários ou de galerias de captação de água, detectaram-se emanações de CO , de provável origem vulcânica. Numa delas a quantidade e concentração 2

de dióxido de carbono levou à suspensão da obra por configurar riscos elevados para os operários e técnicos envolvidos.

Já o arquipélago dos Açores foi palco de numerosas erupções desde o início do povoamento, no segundo quartel do século XV. As erupções de que existem registos ocorreram em terra (erupções subaéreas), nas ilhas de S. Miguel, Terceira, S. Jorge, Pico e Faial, e no mar entre elas (erupções submarinas). Identificaram-se 26 erupções até à data (veja-se tabela), a última das quais se iniciou há 10 anos ao largo da ilha Terceira. É muito provável que o número de erupções efectivamente ocorrido seja bastante superior.

Algumas erupções submarinas são pouco profundas e idênticas à dos Capelinhos. Podem incluir-se neste grupo as de 1638, 1682, 1720, 1800, 1811, 1867 e 1957/58. Trata-se de eventos que ocorreram junto ao litoral ou no topo de bancos submarinos. As erupções (de estilo surtsiano) são caracterizadas pela emissão de jactos de piroclastos e nuvens de vapor, com edificação rápida de cones submarinos que, ao emergir, constituem ilhas. Estas ilhas são frequentemente efémeras, como sucedeu com as que se formaram em 1638, na erupção de 1720 no Banco D. João de Castro, ou a que deu origem ao episódio da ilha Sabrina em 1811. Muitas vezes a erosão marinha arrasa a ilha rapidamente. Noutros casos, o novo edifício resiste e origina uma ilha que permanece durante alguns milhares de anos. Sucede também a erupção ocorrer tão perto da costa que o cone recém-formado acaba por se ligar à ilha principal.

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Nalgumas situações, como sucedeu nos eventos de 1867, 1911 e 1964, apesar de ocorrerem a profundidades reduzidas (~200 m), as erupções manifestam-se apenas por jactos de água e/ou cheiros sulfurosos.

Se as erupções submarinas têm lugar a profundidades um pouco superiores (em torno dos 400 m) as manifestações que atingem a superfície são muito menos evidentes, podendo facilmente passar despercebidas. Foi o caso da erupção da Serreta em 1998. Neste evento chegaram à superfície numerosos blocos ocos de basalto que flutuavam durante alguns minutos, originando plumas de vapor com alguns metros de altura. Por vezes, em períodos de maior intensidade, a pluma eruptiva submarina, constituída por minúsculas partículas de vidro vulcânico e bolhas de gás, aflorava dando origem a manchas e descolorações à superfície do mar. Relatos de erupções anteriores são similares às observações feitas na Serreta o que sugere ter-se tratado de eventos do mesmo tipo. Nestes incluem-se as manifestações de 1800, 1963 e 1981.

Quando a profundidade é superior, apenas por métodos indirectos se pode inferir a ocorrência de uma erupção. No caso dos Açores existem três relatos de cortes de cabos telegráficos submarinos em 1902, 1904 e 1907. Em todos eles a recuperação dos cabos para reparação revelou que estes se encontravam queimados, com a borracha do isolamento derretida ou com material piroclástico colado, confirmando as manifestações eruptivas.

As erupções basálticas sub-aéreas caracterizam-se por manifestações que se enquadram nos estilos havaiano e estromboliano. Normalmente formam-se fontes de lava ou pequenas plumas eruptivas, e derrames lávicos. Em tempos históricos ocorreram erupções com estas características em 1562/63, 1718 e 1720 no Pico, 1564 em S. Miguel, 1580 e 1808 em S. Jorge, 1672/73 no Faial e 1761 na Terceira. Trata-se de eventos que raramente provocam vítimas, embora existam registos de mortes na erupção de 1672/73 no Faial, onde pelo menos três pessoas pereceram. Há também relatos, como nas erupções de 1718 (2 vítimas) e 1808 (3 vítimas), de mortes causadas por asfixia por dióxido de carbono em zonas deprimidas onde aquele gás, mais denso que o ar, se acumulou. Manifestações mais perigosas, escoadas piroclásticas basálticas, estão documentadas na ilha de S. Jorge, nas erupções de 1580 e 1808, tendo provocado mais de duas dezenas de mortos.

As erupções envolvendo magmas intermédios e ácidos são menos frequentes mas de magnitude muito superior. Para além dos eventos reconhecidos no registo geológico (nos vulcões centrais das Furnas, Fogo, Sete Cidades, Santa Bárbara, Pico Alto, Guilherme Moniz, Graciosa, Faial e Flores), ocorreram quatro eventos em período histórico. Destas erupções, duas tiveram lugar no interior da Caldeira das Furnas (1439-43 e 1630), uma no sistema fissural dos Picos (1652) e outra no vulcão do Fogo (1563) em S. Miguel.

Este tipo de erupções apresentam a potencialidade de afectar toda uma ilha como se verificou em 1563 e 1630. Todavia, erupções muito maiores ocorreram nas ilhas em tempos pré-históricos e são essas que devem ser consideradas na avaliação do risco vulcânico associado aos vulcões centrais dos Açores.

A equipa de investigação do GeoFCUL realiza trabalhos de geologia de regiões vulcânicas em Portugal (Açores, Madeira) e no estrangeiro (por exemplo Cabo Verde, S. Tomé e Marrocos) desde a década de 70. Estes estudos abrangem áreas como a estratigrafia e cartografia geológica, geologia estrutural, vulcanologia física e petrologia e geoquímica. Os estudos referidos constituem contribuições para a análise da perigosidade vulcânica.

* e-mail: [email protected] ; página web: http://geologia.fc.ul.pt/artigo.php?id_artigo=184

Risco de inundaçãoMaria Teresa Mira de Azevedo*Professora Associada com Agregação do GeoFCUL.

As inundações são dos desastres naturais que maiores prejuízos económicos e perdas de vida implicam, os quais poderiam muitas vezes ser evitadas com um simples estudo geológico de previsão e/ou prevenção, determinando os riscos possíveis na área em causa.

Dentro dos processos geológicos rápidos as inundações rápidas são os mais perigosos, embora outros que se podem considerar lentos, tenham também uma enorme importância na economia, como é o caso das cheias lentas, ainda que realizem uma função importante no equilíbrio ambiental.

Todas as cheias provocam inundações, mas nem todas as inundações são devidas às cheias. Considera-se que há uma Cheia, quando um fluxo de água superficial confinado, cobre zonas adjacentes geralmente secas, podendo acarretar com isso perdas de vidas humanas e enormes danos económicos ou seja, existe uma cheia sempre que o rio transborda em relação ao seu leito ordinário, podendo originar a inundação dos terrenos ribeirinhos. No entanto, resultando as inundações de processos naturais, só serão consideradas catástrofes no caso de se traduzirem de algum modo num prejuízo para a vida humana, de forma directa ou indirecta, sendo a ocupação humana das áreas inundáveis a primeira causa do agravamento dos seus efeitos. As populações tiveram sempre tendência a implantar-se nos terrenos brandos e férteis das planícies de inundação, próximos das vias de transporte naturais que são os rios e da fonte alimentar acessível que eles constituem.

As cheias têm uma origem natural, sendo geradas pela dinâmica externa da terra, através de alterações na atmosfera, porém, a sua frequência vai sendo alterada tanto por processos naturais como, e principalmente, por processos antrópicos, como sejam: modificações na bacia hidrográfica, intensificação da desflorestação, assoreamento dos rios, impermeabilizações do solo e inadequação dos sistemas de águas residuais e pluviais.

Os principais impactos socio-económicos das cheias são a submersão de localidades e monumentos, a deslocação e desalojamento das populações, o corte de vias de comunicação e dos sistemas de abastecimento de água e de outros bens, a inundação de terras aráveis e a destruição de estruturas hidráulicas e outras. Os impactos no ambiente são por vezes catastróficos, pois podem, em questão de horas, alterar o canal fluvial e o próprio fundo de vale, através da erosão das margens, do assoreamento ou aprofundamento de alguns troços do canal.

Existem três tipos de medidas mitigadoras das cheias: medidas de conservação, de correcção e de restauração. As primeiras visam a introdução de critérios de ordenamento de território, como a reflorestação e o ordenamento das áreas ribeirinhas. A desflorestação, deixando o terreno a nu e intensificando de maneira drástica a erosão e perda de solo, tem como consequência que toneladas de sedimentos sejam lançadas anualmente nos cursos fluviais, provocando o seu assoreamento e consequente diminuição da sua navegabilidade; o assoreamento leva a elevação do leito e ao extravasamento mais rápido das águas, sendo este fenómeno mais eficaz se o leito estiver canalizado.

As medidas de correcção visam a resolução de problemas de inundação em pontos especialmente críticos da bacia hidrográfica, como as construções das barragens, canais de derivação, represas e diques de protecção a fim de impedir a passagem das águas para as margens ocupadas.

As medidas de restauração, procuram restabelecer as características naturais dos canais fluviais e dos ecossistemas ripícolas, ou seja, devolver aos rios o seu corredor fluvial original.

Ao longo dos últimos anos defendem-se cada vez mais outras formas de controle de cheias como alternativa às grandes obras de engenharia. Uma política de gestão e de ordenamento do território e uma zonação bem planificada poderiam substituir no futuro as antigas soluções; porém, isso vem colidir em absoluto com todos os interesses económicos implícitos, como as pressões de crescimento populacional e de desenvolvimento urbanístico.

A teoria consensual sobre as alterações climáticas prevê uma aceleração do ciclo hidrológico e consequentemente alguns autores pensam que os eventos extremos, como as cheias e as secas, vão aumentar em frequência e severidade.

Em face dessas alterações, o regime de cheias vai certamente acompanhar a mudança sendo, por isso, importante que a população se consciencialize e aprenda a adaptar-se às práticas de prevenção e alerta, de forma a reduzir as consequências negativas deste fenómeno (Duband, 2002). A Teoria da Adaptação Geral ao Risco de Cheias, de Kates, Burton e White (1978), assume que a passagem de um padrão de ajustamento para o seguinte implica transpr um limiar do que é socialmente considerado um risco aceitável. Os três limiares definidos são:

v O limiar da consciência que marca a passagem da ignorância do risco para o seu conhecimento, não sendo possível conceptualizar ajustamentos antes da consciência da exposição ao risco. É marcado pela identificação do perigo;

v O limiar da acção que marca a passagem de um ajustamento de aceitação para outro, de redução das perdas. Existe a crença na possibilidade de controlo sobre a Natureza. Depende de estimativas do risco e da avaliação das suas consequências por parte das populações;

v O limiar de tolerância que marca a passagem de ajustamentos de redução dos danos para ajustamentos de evitamento do perigo. Esta alteração corresponde à percepção dos riscos como intoleráveis e à modificação radical da ocupação da zona ameaçada. Exige uma avaliação social do risco.

Os padrões de ajustamento comportamental aparecem em fases diferentes consoante o desenvolvimento das diferentes sociedades (pré-industrial, industrial, pós-industrial) e caracterizam-se por reacções individuais e reacções colectivas.

* e-mail: [email protected] ; página web: http://geologia.fc.ul.pt/artigo.php?id_artigo=111

Instabilidades de vertentes: previsão, prevenção e tratamentoFernando M. S. F. Marques*Professor Auxiliar do GeoFCUL.

As instabilidades de vertente compreendem um conjunto complexo de movimentos em massa dos terrenos, em vertentes naturais e taludes artificiais, que são potencialmente geradores de risco para as actividades humanas. Trata-se de fenómenos com escala dimensional muito variada, desde quedas de blocos em escarpas com volumes da ordem do decímetro cúbico, até escorregamentos profundos envolvendo milhões de metros cúbicos, passando por movimentos de dimensão intermédia (escorregamentos, desabamentos e tombamentos ou balançamentos), que têm impacto crescente em estruturas e provocam numerosas perdas de vidas.

A ocorrência das instabilidades de vertentes está intimamente ligada a eventos extremos de actividade dos factores naturais que os podem desencadear, como chuvas excepcionalmente intensas e/ou prolongadas, fusão rápida de neve e sismos. Estes factores têm efeitos instabilizadores em locais onde os terrenos têm deficientes características de resistência, se encontram enfraquecidos por degradação lenta ao longo do tempo ou estão compartimentados por fracturas com orientação desfavorável e, por outro lado, onde os processos activos da geodinâmica externa modelaram a configuração das encostas de forma a criar condições de instabilidade potencial. Acrescem a estas situações, a instabilidade induzida por deficientes práticas de uso do solo ou mesmo intervenções humanas que tem como resultado o aumento do comprimento, altura ou declive das encostas, modificações nos regimes de infiltração e circulação de água nos terrenos e instalação de sobrecargas (construções), em especial nas zonas localizadas na parte superior das vertentes.

O estudo das instabilidades de vertente tem sido desenvolvido em duas linhas principais que se complementam entre si: estudos de caso, visando a determinação dos mecanismos físicos intervenientes, incluindo causas e factores desencadeantes; estudos regionais orientados no sentido de determinar quantitativamente e em termos probabilísticos as componentes espaciais, temporais e de magnitude da perigosidade.

Os primeiros apoiam-se em conhecimentos da área da Mecânica do Solos e da Mecânica da Rochas, estando particularmente vocacionados para o tratamento de instabilidades localizadas. Os segundos utilizam preferencialmente análise estatística de inventários de instabilidades ocorridas no passado, complementada ou não por análises de estabilidade de casos

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característicos, com a finalidade de estabelecer modelos de previsão da componente espacial da perigosidade. A componente temporal é definida por correlação dos eventos ocorridos no passado com os registos dos factores desencadeantes, sendo as relações magnitude-frequência também determinadas através da análise das ocorrências passadas.

Em Portugal existem zonas particularmente susceptíveis à ocorrência de instabilidades de vertente, fundamentalmente devido ao relevo vigoroso (algumas regiões graníticas do norte de Portugal, vale do Douro, regiões autónomas dos Açores e Madeira) frequentemente associado a deficientes características de resistência dos terrenos (região a norte de Lisboa, Santarém, entre outras), ou a contextos em que a erosão no sopé é particularmente intensa, como no caso das arribas litorais.

A importância e significado económico e social das instabilidades de vertente têm assumido um papel cada vez mais importante, em relação directa com a expansão da construção e das obras de engenharia, frequentemente para áreas menos favoráveis em termos do relevo e das características de resistência dos terrenos.

É ainda de notar que, no quadro dos desastres naturais, o impacto das instabilidades de vertente tende a ser subavaliado, por os seus efeitos serem genericamente atribuídos aos eventos extremos que os desencadeiam (chuvas excepcionais, inundações e sismos). Os seus efeitos são geralmente distribuídos por regiões mais ou menos vastas, com carácter disperso, tornando particularmente difícil o inventário rigoroso de perdas.

Neste contexto, não surpreende a inclusão desta problemática em figuras do quadro legal para o ordenamento do território, como a REN, que reforça a necessidade de prosseguir os esforços de investigação, centrados na determinação da perigosidade associada à ocorrência de instabilidades de vertente, incluindo a caracterização de processos e mecanismos de instabilização principais, de forma a estabelecer medidas de prevenção, tratamento e mitigação tendentes à redução dos efeitos deste importante perigo natural.

* e-mail: [email protected] ; página web: http://geologia.fc.ul.pt/artigo.php?id_artigo=65

Geologia na FCUL: Síntese informativa

Na FCUL, as actividades de investigação, formação (graduada e pós-graduada) e de prestação de serviços na Área Científica de Geologia têm longa tradição, sendo há muito reconhecidas a nível nacional e internacional. O percurso empreendido desde a fundação da FCUL permitiu, não só firmar e desenvolver competências em diferentes áreas do Saber, como ainda conquistar espaços próprios de mercado que possibilitam níveis relativamente elevados de recrutamento e de colocação dos seus graduados.

Como resultado deste percurso, a experiência acumulada e transmitida, bem como o espólio documental e instrumental obtido é digno de apreço. São, pois, muito numerosos os exemplos de projectos de investigação financiados a nível nacional e internacional em diferentes áreas do conhecimento, bem como as prestações de serviço a um largo espectro de empresas (públicas e privadas) trabalhando em diversos sectores da actividade económica.

São também dignas de menção as diversas cooperações nacionais e internacionais estabelecidas com instituições académicas e de investigação que se reflectem fundamentalmente em propostas comuns de projectos de investigação, mas que se pretende que venham a assumir no futuro próximo papel dinamizador de processos de mobilidade educativa. São, igualmente, longas as listas de publicações e de outras contribuições para o avanço do conhecimento científico e tecnológico, contando com a participação de diversas gerações de docentes / investigadores.

Destacam-se ainda as largas dezenas de teses de mestrado e doutoramento na Área Científica de Geologia, para além de muitas centenas de relatórios de estágio.

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Formação

Graduada (1º Ciclo)

A Licenciatura em Geologia (Ramos Geologia e Recursos Minerais e Geologia Aplicada e do Ambiente) em vigor estrutura-se em quatro anos (240 créditos) e tem como objectivo primordial o desenvolvimento das competências necessárias ao desempenho qualificado e versátil da profissão de geólogo em diferentes domínios de actividade. Inscreve-se, por isso, nas formações de Ensino Superior de nível 5 (ISCED), habilitando ao exercício da profissão de geólogo.

No que diz respeito às questões relacionadas com “Desastres Naturais”, a Licenciatura em Geologia integra uma unidade curricular específica (Riscos Geológicos) com um total de seis créditos, sem prejuízo de assuntos directamente relacionados com o tema serem abordados em outras disciplinas (e.g. Processos e Gestão do Litoral e Oceano, Ambientes Sedimentares, Sistemas Terrestres e Desenvolvimento Sustentável). 

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Formação

Pós-Graduada

Curso Pós-Graduado de Especialização em Geologia Aplicada

Criado em 2005, este curso tem duração de 1 ano (60 créditos) e visa o desenvolvimento de competências, métodos e técnicas específicas em áreas concretas de aplicação do conhecimento geológico e em contexto real de trabalho. Procura, igualmente, reforçar e exercitar a capacidade de aprendizagem autónoma, possibilitando também a integração em equipas multidisciplinares que perseguem objectivos comuns.

A estrutura curricular afecta ao Curso representa uma oportunidade de treino e de inserção em contextos reais de trabalho, fortalecendo a interacção entre as actividades de ensino e de investigação universitárias e o tecido institucional científico-tecnológico, industrial e empresarial do País.

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Formação

Pós-Graduada

Programa de Mestrado em Geologia do Ambiente, Riscos Geológicos e Ordenamento do Território (2º ciclo)

Este Programa representa a evolução lógica da especialidade em Ambiente, Riscos Naturais e

Ordenamento do Território afecta ao Programa de Mestrado em Geologia que, por sua vez, expandiu parte

da formação oferecida no extinto Mestrado em Geologia Económica e Aplicada. Incorpora ainda a

iniciativa concretizada em 2005/06 e 2006/07 através da oferta do Curso Pós-Graduado de Actualização

em Sistemas de Informação Geográfica Aplicados às Ciências da Terra.

O Programa de Mestrado em Geologia do Ambiente, Riscos Geológicos e Ordenamento do

Território desenvolve-se ao longo de um ano e meio (90 créditos) e tem por objectivos específicos a

consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos teóricos e práticos (incluindo trabalho de campo):

necessários à análise multi-escala e integrada dos processos, produtos e sistemas geológicos e

geomorfológicos, em particular os que se afiguram pertinentes a estudos de impacte ambiental;

indispensáveis à caracterização, monitorização e avaliação da perigosidade e risco geológico nas suas

diversas expressões; fundamentais ao reconhecimento das diversas implicações e aplicações do

conhecimento geológico no contexto das Mudanças Globais; requeridos pela procura de soluções

inovadoras ou de maior eficiência para problemas correntes ou a identificar em diversos contextos

geológicos; e imprescindíveis ao desenvolvimento de competências para a prática autónoma de

investigação.

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Formação

Pós-Graduada

Programa de Doutoramento (3º ciclo)

Este Programa de três anos tem como propósito fundamental consolidar e aprofundar níveis de competência para investigação autónoma em diferentes áreas do conhecimento geológico e/ou domínios de interface com outras áreas do Saber.

Como áreas de especialidade relacionadas com o tema “Desastres naturais: minimizar o risco, maximizar a consciencialização” destacam-se a Geologia Económica e do Ambiente, Geodinâmica Externa, Sedimentologia e Geodinâmica Interna.

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Produção científica / Relatórios de Estágio

(Últimos 10 anos)

Horta, Ana Isabel Alves (2002). Estabilização de arribas litorais. Relatório de Estágio Profissionalizante da Licenciatura em Geologia Aplicada e do Ambiente, GeoFCUL - LNEC.

Peixoto, Ana Margarida Marques (2002). Acompanhamento de uma obra de contenção tipo Munique. Relatório de Estágio Profissionalizante da Licenciatura em Geologia Aplicada e do Ambiente, GeoFCUL - TECNASOL, FGE.

Roxo, Sónia (2004). Estudo da estabilidade da arriba Azenhas do Mar - Praia Grande. Relatório de Estágio Profissionalizante da Licenciatura em Geologia Aplicada e do Ambiente, GeoFCUL - C.M. Sintra.

Rodrigues, Valter (2004). Levantamento de zonas de potencial instabilidade geotécnica em áreas urbanas consolidadas ou de expansão. Relatório de Estágio Profissionalizante da Licenciatura em Geologia Aplicada e do Ambiente, GeoFCUL - C.M. Lisboa.

Matildes, Rita Martins Henriques (2005). Estabilidade de vertentes no concelho de Lisboa. Relatório de Estágio Profissionalizante da Licenciatura em Geologia Aplicada e do Ambiente, GeoFCUL - C.M. Lisboa.

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Produção científica / Teses de Mestrado

(Últimos 10 anos)

Ribeiro F.M. (1998). Estudo de Deformações Tectónicas Plio-Quaternárias no Bordo Meridional da Estrutura Diapírica de S. Pedro de Muel (Vale de Paredes - Marinha Grande). Mestrado em Geologia Dinâmica (Geodinâmica Interna), FCUL.

Paulino, J. (1998). Sedimentologia, litoestratigrafia e geoquímica do depósito sedimentar associado ao tsunami do 1º de Novembro de 1755 da Boca do Rio, Algarve. Dissertação de Mestrado em Geologia Económica e Aplicada, FCUL.

Figueiredo, P. (2005). Abordagem Multidisciplinar ao Estudo da Sismotectónica na região do Vale Inferior do Tejo. Mestrado em Geologia Dinâmica, FCUL.

Patrício, V. C. (2006). Controlo geodinâmico do Vale Inferior do Tejo. Mestrado em Ciências e Engenharia da Terra, FCUL.

Afonso, A. G. (2007). Implementação de uma rede de estações de referência GPS para posicionamento em tempo real. Mestrado em Engenharia Geográfica e Geoinformática. FCUL.

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(continua)

E W

Falha da Vilariça, contacto granito (W) - terraço fluvial do rio Douro (E), Qta do

Vale Meão, Pocinho

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Produção científica / Dissertações de doutoramento

(Últimos 10 anos)

Madeira, J. (1998). Estudos de neotectónica nas ilhas do Faial, Pico e S. Jorge: uma contribuição para o conhecimento geodinâmico da junção tripla dos Açores. Universidade de Lisboa.

Baptista J.C. (1999). Estudo Neotectónico da Zona de Falha Penacova-Régua-Verin. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Dias, R.P. (2001). Neotectónica da Região do Algarve. Universidade de Lisboa.

Brum da Silveira, A., (2002). Neotectónica e Sismotectónica de um Sector do Alentejo Oriental. Universidade de Lisboa.

Antunes, C. (2004). Geoid determination by Gravity Space Approach. Graz University of Technology, Graz, Austria.

Roque, A.C. (2006). Estrutura e evolução tectónica das Margens Sul e Sudoeste Portuguesas. Universidade de Lisboa.

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Produção científica / Prestações de serviços

(Últimos 10 anos)

Marques, F.M.S.F., Andrade, C., Freitas, C. (1998). Estudo Geológico para o Plano de Ordenamento da Orla Costeira Alcobaça-Mafra. Centro de Geologia da Universidade de Lisboa (GeGUL).

Marques, F.M.S.F. (1998). Estudo Geológico para o projecto de consolidação das arribas entre as praias do Tamariz e da Azarujinha, na Costa do Estoril. Centro de Geologia da Universidade de Lisboa (CeGUL).

Cabral, J., Terrinha, P. (1999). Potenciais Localizações do Novo Aeroporto de Lisboa, Estudo Preliminar de Impacte Ambiental (EPIA), Ota e Rio Frio, Casualidade Sísmica, Neotectónica da Região do Vale do Tejo, NAER, Lisboa.

Marques, F.M.S.F. (2001). Estudo do Risco Sísmico da Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes 2(25 concelhos, 4881 km ): Mapa de Instabilidade de Vertentes. Serviço Nacional de Protecção

Civil (SNPC) Instituto de Ciências da Terra e do Espaço (ICTE).

Madeira, J., Cabral, J., Carmo, R., Hipólito, A. R., Queiroz, G. (2006). Estudo dos Perigos Geológicos Existentes na Área de Implantação do Novo Hospital de Angra do Heroísmo (Ilha Terceira, Açores). Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos, Universidade dos Açores, Departamento de Geociências, Ponta Delgada. 45 pp. (Relatório Inédito).

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Produção científica / Publicações relevantes

(Últimos 10 anos)

Hindson, R.; Andrade, C. (1999). Sedimentation and hydrodynamic processes associated with the tsunami generated by the 1755 Lisbon earthquake. Quaternary International, 56: 27-38.

Terrinha, P.; Dias, R. P.; Ribeiro, A.; Cabral, J. (1999). The Portimão fault, Algarve basin, South Portugal. Com. Instituto Geológico e Mineiro, 86: 103-116.

Cabral, J.; Marques, F.M.S.F. (2001). Paleoseismological studies in Portugal: Holocene thrusting or landslide activity? EOS, Transactions, AGU, 82 (32): 351-352.

Marques, F.M.S.F. (2001) The deep seated landslide of Praia do Telheiro (SW coast of Algarve, Portugal). , 88: 185-201.

Dias, R. P.; Cabral, J. (2002). Interpretation of recent structures in an area of cryptokarst evolution - neotectonic versus subsidence genesis. Geodinamica Acta, 15( 4): 233-248.

Dias, R. P.; Cabral, J. (2002). Actividade neotectónica na região do Algarve (S de Portugal). Comun. Inst. Geol. e Mineiro, 89: 193-208.

Andrade, C.; Freitas, M.C.; Miranda, J.M.; Baptista, M.A.; Cachão, M.; Silva, P.; Munhá, J. (2003). Recognizing possible tsunami sediments in the ultradissipative environment of the Tagus estuary (Portugal). Coastal Sediments'03, The fifth International Symposium on Coastal Engineering and Science of Coastal Sediment Processes, 18 - 23 May, Clearwater Beach, Fl., ed. CD-ROM, 14 pp.

Cabral, J. (2003). A Geologia na avaliação da perigosidade sísmica. Geonovas (APG), 17: 21-26.

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Comun. Inst. Geol. e Mineiro

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Produção científica / Publicações relevantes

(Últimos 10 anos)

Lopo de Mendonça, J.; Cabral, J. (2003). Identificação de falhas na Bacia Cenozóica do Tejo através de técnicas de investigação hidrogeológica. Comun. Inst. Geol. e Mineiro, 90: 91-102.

Cabral, J.; Moniz, C.; Ribeiro, P.; Terrinha, P.; Matias, L. (2003). Analysis of seismic reflection data as a tool for the seismotectonic assessment of a low activity intraplate basin - the Lower Tagus Valley (Portugal). Journal of Seismology, 7: 431-447.

Marques, F.M.S.F. (2003) Landslide activity in Upper Paleozoic shale sea cliffs: a case study along the western coast of the Algarve (Portugal). Bulletin of Engineering Geology and the Environment, 62 (4): 299-313.

Terrinha, P.; Pinheiro, L.M.; Henriet, J.P.; Matias, L.; Ivanov, M. K.; Monteiro, J. H.; Akhmetzhanov, A., Volkonskaya, A.; Cunha, T.; Shaskin, P.; Rovere, M. (2003). Tsunamigenic-seismogenic structures, neotectonics, sedimentary processes and slope instability on the southwest Portuguese Margin. Marine Geology, 195 (1-4): 55-73.

Madeira, J.; Brum da Silveira, A. (2003). Active tectonics and first paleoseismological results in Faial, Pico and S. Jorge islands (Azores, Portugal). In “Ten Years of Paleoseismology in the ILP: Progress and prospects”, Daniela Pantosti, Kevin Berryman, Robert S. Yeats & Yoshihiro Kinugasa (Eds), Annals of Geophysics, 46 (5): 733-761.

Gràcia, E.; Dañobeitia, J.; Vergés, J. and the PARSIFAL Team (N. Zitellini, M. Rovere, D. Accetella, A. Ribeiro, J. Cabral, L. Matias, R. Bartolomé, M. Farrán, D. Casas, A. Maldonado, A. Pazos, D. Córdoba, and X. Roset) (2003). Mapping active faults offshore Portugal (36ºN-38ºN): Implications for seismic hazard assessment along the southwest Iberian margin, Geology, 31(1): 83-86.

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(continuação)

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Produção científica / Publicações relevantes

(Últimos 10 anos)

Andrade, C.; Freitas, M.C.; Moreno, J.; Craveiro, S.C. (2004). Stratigraphical evidence of Late Holocene barrier breaching and extreme storms in lagoonal sediments of Ria Formosa, Algarve, Portugal. Marine Geology, 210: 339-362.

Azevêdo, T.M.; Nunes, E. & Ramos, C. (2004) - Some morphological aspects and hydrological characterization of the Tagus floods in the Santarém region, Portugal. Natural Hazards, 31 (3), Kluwer Academic Publishers, Netherlands, 587-601.

Cabral, J.; Ribeiro P.; Figueiredo, P.; Pimentel, N.; Martins, A. (2004). The Azambuja fault: An active structure located in an intraplate basin with significant seismicity (Lower Tagus Valley, Portugal). Journal of Seismology, 8: 347-362.

Carrilho, F; Teves-Costa, P; Morais, I; Pagarete, J; Dias, R. (2004). GEOALGAR project: First results on seismicity and fault-plane solutions. Pure and Applied Geophysics, 161 (3): 589-606.

Andrade, C. (2005). O registo geológico do tsunami no Algarve. In: Centro de Ciência Viva do Algarve (Ed.) -1755 Terramoto no Algarve, pp. 188-206.

Marques, F.M.S.F. (2005). The “Praia do Telheiro” landslide: a 1755 Lisbon earthquake triggered slope instability? Int. Conf. "250 th Anniversary of the 1755 Lisbon Earthquake", 1-4 Nov. 2005, Lisbon. Proc., pp. 399-403.

Terrinha, P.; Cabral, J.; Matias, L. (2005). A tectónica recente e a fonte do grande sismo de Lisboa de 1 de Novembro de 1755. In Terramotos e Tsunamis, P. Teves Costa (Coord.), Livro Aberto, Lisboa, pp.7-26.

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Produção científica / Publicações relevantes

(Últimos 10 anos)

Matias, L.; Ribeiro, A.; Baptista, M.A.; Zitellini, N.; Cabral, J.; Terrinha, P.; Teves-Costa, P. & Miranda, J.M. (2005). Comment on Lisbon 1755: A Case of Triggered Onshore Rupture? by Susana P. Vilanova, Catarina F. Nunes, and Joao F.B.D.Fonseca. Bulletin of the Seismological Society of America, 95 (6): 2534-2538.

Mendes-Victor, l.; Ribeiro A.; Matias, L.; Ana Baptista, M.; Miguel Miranda, J.; Miranda, P.; Zitellini, N.; Garcia, E.; Corela, C.; Terrinha, P.; Rovere, M. &Teixeira, F. (2005). Progresses in the assessment of tsunami genesis and impacts around the portuguese coasts. K. Satake (ed.), Tsunamis: Case Studies and Recent Developments, pp. 217-230.

Catita,C.; Feigl, K. L.; Catalão, J.; Miranda, J. M. & Victor, L. M. (2005). InSAR time series analysis of the 9th July 1998 Azores earthquake. International Journal of Remote Sensing, 26(13): 2715-2729.

Madeira, J. (2005). The volcanoes of Azores Islands: a world-class heritage examples from Terceira, Pico, and Faial Islands. Field Trip Guide Book, p.104.

Ribeiro, A. (2005). O Sismo de 1/11/1755: Significado Geodinâmico. In, O grande Terramoto de Lisboa: Ficar Diferente. Coord. Helena Buescu e Gonçalo Cordeiro, Lisboa, Editorial Gradiva. pp.77-87.

Ribeiro, A.; Mendes Victor, L.; Matias, L.; Terrinha, P. (2005). O Sismo de 1755 e a Geodinâmica da Ibéria e Atlântico. 1755: O Grande Terramoto de Lisboa. Vol. 1, Descrições, FLAD e Público, Lisboa, pp. 219-236.

Andrade, C.; Borges, P.; Freitas, M. C. (2006). Historical Tsunami in the Azores archipelago. Journal of Volcanology and Geothermal Research, 156: 172-185.

Marques, F.M.S.F. (2006) A simple method for the measurement of cliff retreat from aerial photographs. Zeitschrift für Geomorphologie - Supplementbände, 144: 39-59.

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Produção científica / Publicações relevantes

(Últimos 10 anos)

Marques, F.M.S.F. (2006). Rates, patterns, timing and magnitude-frequency of cliff retreat phenomena. A case study on the west coast of Portugal. Zeitschrift für Geomorphologie - Supplementbände, 144: 231-257.

Ribeiro, A.; Mendes-Victor, L.; Cabral, J.; Matias, L.; Terrinha, P. (2006). The 1755 Lisbon earthquake and the beginning of closure of the Atlantic. European Review, 14(2): 193-205.

Catalão, J.; Miranda, J. M.; Lourenço, N. (2006). Deformation associated with the Faial (Capelinhos) 1957-1958 eruption: Inferences from 1937-1997 geodetic measurements. Journal of Volcanology and Geothermal Research 155. pp. 151-163. Carvalho J.; Cabral J.; Gonçalves R.; Torres L.; Mendes-Victor, L. (2006). Geophysical Methods Applied to Fault Characterization and Earthquake Potential Assessment in the Lower Tagus Valley, Portugal. Tectonophysics, 418: 277-297.

Ribeiro, A. (2006). Da indecibilidade no falhamento e perigosidade sísmicas à incerteza social e percepção do risco. Com a colaboração de Carmen Diego Gonçalves. In, Encontro de Saberes, três gerações de Bolseiros da Gulbenkian. Ana Tostões, E.R. de Arantes e Oliveira, J.M. Pinto Paixão, Pedro Magalhães (eds.). Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. pp. 441-453.

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Azevêdo, T.M.; Ramos Pereira, A.; Ramos, C.; Nunes, E.; Freitas, M.C.; Andrade, C.; Pereira, D. I. (2007). Floodplain sediments of the tagus river, Portugal: avulsions and channel shifting assessement and human impact over time. In, Nichols, G.J., Williams, E.A. and Paola, C. (eds) Sedimentary processes, environments and basins - a tribute to Peter Friend. International Association of Sedimentologists, Special Publication 38, Blackwell Publishing, pp. 533-552.

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Produção científica / Publicações relevantes

(Últimos 10 anos)

Matias, L.; Dias, N. A.; Morais, I.; Vales, D.; Carrilho, F.; Madeira, J.; Gaspar, J. L.; Senos, l.; Brum da Silveira, A. (2007). The 9th of July 1998 Faial Island (Azores, North Atlantic) seismic sequence. Journal of Seismology, 11: 275-298.

Dias, N.A.; Matias, L.; Lourenço, N.; Madeira, J.; Carrilho, F.; Gaspar, J.L. (2007). Crustal Seismic Velocity Structure Near Faial And Pico Islands (Azores), From Local Earthquake Tomography, Tectonophysics 455(3-4): 301-317. (doi: 10.1016/j.tecto.2007.09.001).

Azevêdo, T.M.; Ramos Pereira, A.; Ramos, C.; Nunes, E. Freitas, M.C.; Andrade, C. & Pereira, D. (2008) Floodplain sediments of the Tagus River, Portugal: avulsions and channel shifting assessment and human impact over time. In: Nichols, G.J., Williams, E.A. and Paola, C. (eds) Sedimentary processes, environments and basins - a tribute to Peter Friend. International Association of Sedimentologists Special Publication, Blackwell Publishing.

Martins, L.T.; Madeira, J.; Youbi, N.; Mata, J.; Munhá, J.M.; Kerrich, R. (in press). Rift-related CAMP magmatism in Algarve (South Portugal). Lithos, special issue on Rift-related magmatism, J. Dostal (Ed.). (doi: 10.1016/j.lithos.2007.07.010).

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Produção científica / Prestações de serviços

(Últimos 10 anos)

Prestações de serviços

Brum da Silveira, A., Cabral, J., Araújo A., Espinha Marques, J. (1997). Estudo Neotectónico e Sismotectónico da Falha de Alqueva. ICAT, FCUL, Relatório elaborado para a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva - EDIA, S. A., 119 pp., 4 Anexos.

Marques, F.M.S.F., Andrade, C., Freitas, C. (1998). Estudo Geológico para o Plano de Ordenamento da Orla Costeira Alcobaça-Mafra. Centro de Geologia da Universidade de Lisboa (GeGUL).

Marques, F.M.S.F. (1998) - Estudo Geológico para o projecto de consolidação das arribas entre as praias do Tamariz e da Azarujinha, na Costa do Estoril. Centro de Geologia da Universidade de Lisboa (CeGUL).

Cabral, J., Terrinha, P. (1999). Potenciais Localizações do Novo Aeroporto de Lisboa, Estudo Preliminar de Impacte Ambiental (EPIA), Ota e Rio Frio, Casualidade Sísmica, Neotectónica da Região do Vale do Tejo, NAER, Lisboa.

Marques, F.M.S.F. (2001). Estudo do Risco Sísmico da Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes (25 concelhos, 4881 km2): Mapa de Instabilidade de Vertentes. Serviço Nacional de Protecção Civil (SNPC) Instituto de Ciências da Terra e do Espaço (ICTE).

Marques, F.M.S.F. (2001). Estudo Geológico para o Plano de Ordenamento da Orla Costeira Sintra-Sado. Centro de Geologia da Universidade de Lisboa (CeGUL).

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Produção científica / Prestações de serviços

(Últimos 10 anos)

Prestações de serviços

Marques, F.M.S.F. (2002). Estudo geológico-geotécnico da arriba do Forte do Belixe e Capela de Santa Catarina. ICAT.

Colaboração com o Serviço Municipal de Protecção Civil da Câmara Municipal de Lisboa, para a elaboração do Plano de Emergência para o Risco Sísmico (2002).

Madeira, J., Cabral, J., Carmo, R., Hipólito, A. R., Queiroz, G. (2006) - Estudo dos Perigos Geológicos Existentes na Área de Implantação do Novo Hospital de Angra do Heroísmo (Ilha Terceira, Açores). Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos, Universidade dos Açores, Departamento de Geociências, Ponta Delgada. 45 pp. (Relatório Inédito).

Colaboração com a CCDR-LVT e a Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades para a Revisão do Regime Jurídico da REN (2007-2008).

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Comemorações do AIPT 2008 no GeoFCUL

Desastres naturais: Minimizar os riscos, maximizar a consciencialização.

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Ficha técnica:

Como citar este documento:

Coordenação

Design gráfico e execução

Imagens

António Mateus.

Carlos Marques da Silva.

Carlos Marques da Silva, José Madeira, Conceição Freitas, Teresa Azevedo, César Andrade, Nuno Pimentel, Catarina Silva, João Cabral.

Mateus, A. (Coord.) (2008) Desastres Naturais: Minimizar os riscos, maximizar a consciencialização. GeoFCUL. Acessível em http://geologia.fc.ul.pt/documents/85.pdf, consultado em [data].

Março de 2008 Mais informações em: http://geologia.fc.ul.pt/index.php