5
Descobrir Portugal… no Mundo que Queremos! 2013 Isabel Silva Descobrir Portugal… no Mundo que Queremos!

Descobrir Portugal...no Mundo que Queremos!

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Portugal no Mundo

Citation preview

Descobrir Portugal… no Mundo que Queremos! 2013

Isabel Silva

Descobrir Portugal… no Mundo que Queremos!

Descobrir Portugal… no Mundo que Queremos! 2013

Isabel Silva

Não nos perguntem como…?! Mariana e Afonso da Sala de Estudo tomaram uma decisão: entraram no

livro “ Os Marinheiros do Espaço” e assumiram que tinham uma missão:

Descobrir Portugal… no Mundo que Queremos! E foi assim que tudo começou…

- Pedro, Tecas! A Mariana e o Afonso da Sala de Estudo querem navegar connosco! Mas não percebo bem o que nos querem dizer…?! – gritou Henrique sobressaltado.

- Calma, mano! Eles que entrem na nossa nave!

- Bem vindos! – cumprimentou Pedro.

– Olá! – responderam Mariana e Afonso, ainda um pouco admirados por

terem conseguido entrar naquela nave de tempo tão esquisita…

- Sabes, mano, – Pedro começou a explicar - Portugal está a viver um

período menos interessante da sua História. As pessoas vivem com

dificuldades e sentem-se tristes. Muitas nem trabalho têm.

- É inexplicável! Seria tão bom que conseguíssemos encontrar e produzir

riqueza, tornando-nos cada vez mais ricos! – Teresa era uma sonhadora.

- Como é que isso é possível? – perguntou Afonso.

- Tudo é possível! Tu e a Mariana não estão aqui, Afonso?! – observou

Pedro.

- Estou… Estamos…

- Então, aí tens a prova. Tudo é possível!

Descobrir Portugal… no Mundo que Queremos! 2013

Isabel Silva

- Está bem. E o que sugeres, Pedro? Decidimos assumir a missão de

que iriamos Descobrir Portugal… no Mundo que Queremos! Só que ainda não

sabemos como…

- Sossega! Vamos ler com cuidado a Webgrafia disponível na vossa

Biblioteca Virtual. Pode ser que de lá surjam algumas ideias…?! Hum?

- Oh, mano, mas nós estamos no espaço e temos que manter a nossa

nave em ação… - Henrique estava preocupado.

- Ok! – anuiu Pedro - Mas, para além de observarmos os continentes e

os oceanos, também podemos ler, ou não?

- É difícil! – observou Henrique.

- Está bem. Nós lemos alto e tu observas, mas observas com atenção.

Os mares estão a espreitar-te!

- Fixe!

- Ora vamos lá ver… - prosseguiu Pedro - diz aqui que, de facto, o mar é

um potencial à nossa espera! “É um potencial à espera de nossa valorização.”

- Como assim?- perguntou Teresa.

- Espera… Vamos ler isto – acrescentou Mariana da Sala de Estudo.

“A atual Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Portugal, faixa marítima com 200

milhas de largura, tem uma área de 1 850 000 km2, o equivalente a quase 20

vezes o território "terrestre".

O projeto de alargamento da plataforma continental apresentado na ONU, e

que deverá ser apreciado lá para 2015-2016, poderá vir a estender a soberania

de Portugal sobre o fundo do mar até 350 milhas, ou seja, mais 2 150 000 km2,

o que totalizará 4 000 000 km2. Trata-se de um território marítimo equivalente à

dimensão da Índia, 40 vezes superior à nossa área terrestre, com todas as

riquezas que aí poderão existir, como minérios, algas, estranhas formas de

vida e dezenas de outras.”

- Fantástico! – Teresa estava surpreendida.

- Sim, mas há mais! – continuou Pedro.

“Ao mar, Portugal junta o potencial de uma posição geoestratégica excelente,

mas, por enquanto, muito mal aproveitada.

Descobrir Portugal… no Mundo que Queremos! 2013

Isabel Silva

Com um território assente no triple vértice - Continente e arquipélagos dos

Açores e da Madeira -, Portugal está localizado numa das áreas de maior

confluência de tráfego marítimo do mundo, que lhe permite controlar as rotas

marítimas que ligam o Norte da Europa e o Mediterrâneo com a África e o

Médio Oriente.”

- Impressionante, eu até estou a ver África… - Henrique não se conteve.

- Então, observas ou não observas o planeta lá em baixo? – indagou

Pedro.

- Sim, claro! Mas, afinal, também consigo ouvir o que vocês estão a

dizer!

- Ok – concordou Teresa - , damos-te um voto de confiança! Olha que

passas a ser o capitão da nossa nave!

- Não te desiludirei, Teresinha!

- Vá, vamos continuar – pediu Mariana. Vou ler…

- Muito bem! Começa. – pediu Pedro.

"Há que tomar em linha de conta a privilegiada posição geoestratégica de

Portugal, que terá de ser mais bem aproveitada "rasgando" as nossas

fronteiras marítimas, à semelhança do que aconteceu com a fronteira terrestre",

salientou ao OJE Fernando Ribeiro e Castro, secretário-geral do Fórum

Empresarial da Economia do Mar, associação empresarial nascida em

fevereiro de 2010, a fim de pôr em prática o previsto no estudo do

"Hypercluster da Economia do Mar".

- Estou perplexa! – Teresa não queria acreditar.

- Pois, mas aguarda apenas um pouco mais. Vamos ler o outro

documento.

- Sim, Pedrão! – brincou Teresa, com ar sorridente.

- Não gozes, deixa ler o documento…

- O quê? – questionou Afonso - “Do fundo do mar são extraídos

minerais, como o magnésio que é utilizado em ligas metálicas, especialmente

com o alumínio. O bromo é utilizado na indústria alimentar, farmacêutica e

fotográfica.

O sal de cozinha (cloreto de sódio) é o mineral mais importante obtido

directamente a partir da água do mar.” – Não posso acreditar!

Descobrir Portugal… no Mundo que Queremos! 2013

Isabel Silva

- Mas há mais! – alertou Teresa. – Ouve!

“A energia da água do mar é aproveitada de diversos modos. Em alguns locais,

a força das marés é convertida em energia eléctrica.

Noutros, a água fria é utilizada para arrefecer as turbinas de centrais térmicas:

- No túnel que atravessa o Canal da Mancha a temperatura dos carris tende a

aumentar, devido ao atrito provocado pela passagem do comboio. A fim de

evitar possíveis incêndios, um complexo sistema de arrefecimento com água

do mar mantém a temperatura dentro dos níveis de segurança”.

- E além disso – Mariana continuava a leitura – “Anualmente, cerca de

100 milhões de toneladas de pescado, são a principal fonte de proteína para

2.000 milhões de pessoas.

Muitas algas e animais marinhos são utilizados para os mais variados fins. As

algas são utilizadas na indústria do papel, fotográfica, alimentar, farmacêutica e

vinícola. Da carapaça dos crustáceos retira-se quitina, que é utilizada no

tratamento de queimaduras e reconstrução de vasos sanguíneos.

Do peixe retiram-se diversos compostos, com múltiplas aplicações desde a

pintura, lubrificantes e indústria da borracha.

Das esponjas retiram-se substâncias que são empregues no fabrico de

fármacos para combater doenças, como o cancro e a SIDA.”

- Fabuloso! É este o Mundo que queremos na Redescoberta de

Portugal! – concluiu Pedro com entusiasmo.

- Mariana, - disse Afonso – temos que falar com os nossos pais. Eles

têm que participar no Encontro “Venha Partilhar Connosco a Portugalidade do

Mundo e do Futuro”.

- Tens toda a razão, Afonso, vamos a isso!!!