14
O libro dos xoguetes tradicionais da nosa cultura ENCICLOPEDIA DE BRINQUEDOS TRADICIONAIS E USO LÚDICO DA NATUREZA CAMPAÑA DE PREPUBLICACIÓN VÁLIDA ATA O 15 DE ABRIL 2013 48,00 € PREZO PREPUBLICACIÓN: PVP: 80,00 €

EnciclopEdia dE brinquEdos tradicionais E uso lúdico da ...culturagalega.gal/imaxes/docs/mostra_tastarabas.pdf · Máis de 2.500 fotografías acompañan os arredor de 1.000 brinquedos,

  • Upload
    dodan

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

O libro dos xoguetes tradicionais da nosa culturaEnciclopEdia dE brinquEdos tradicionais E uso lúdico da naturEza

campaña de prepublicación

válida ata o 15 de abril 201348,00 €prezo prepublicación:pvp: 80,00 €

campaña de prepublicación

válida ata o 15 de abril 201348,00 €prezo prepublicación:

pvp: 80,00 €

Froito de dez anos de traballo, velaquí temos Tasta-rabás. Enciclopedia de brinquedos tradicionais e uso lúdico da natureza. Nesta obra, o autor, ao longo de máis de mil páxinas, ofrece un extenso catálogo dos brinquedos e enredos diversos que forman parte da nosa tradicional cultura lúdica.

Máis de 2.500 fotografías acompañan os arredor de 1.000 brinquedos, enredos e mesmo brincadeiras efémeras que compoñen o volume, todos eles des-critos de forma pormenorizada e completados con informacións sobre o seu uso, a dificultade de cons-trución, as súas variantes, os lugares de recolla das informacións, anécdotas dos informantes relativas aos xoguetes descritos e tamén textos literarios ou doutra índole, nos cales un gran número de autores se refiren a eles.

Velaquí un libro de divulgación que recompila nun só volume a meirande parte dos xoguetes tradicio-nais que formaron e forman parte da nosa cultura, clasificados en brinquedos do mundo animal, vexe-tal e inanimado, brinquedos de enxeño e habilidade, bonecas, brinquedos de desprazamento e transporte, arsenal infantil, brinquedos sonoros e xoguetes ou elementos para xogos regrados, entre outros.

EnciclopEdia dE brinquEdos tradicionais E uso lúdico da naturEza

Ficha técnica:

Formato: 20,5 x 27Número de páxinas: 1.080Encadernación en cartonéImpreso a toda corISBN: 978-84-9914-486-3PVP: 80,00 €

Brincar non é só gastar o tempo devagar. Brincar non é sequera gastar diñeiro en brinquedos que apenas usaremos, nin en brinquedos que nos usen eles a nós. Brincar é gozar dun tempo preciso e precioso para introducírmonos na cerna da cultura, para desenvol-vermos as capacidades das que, como seres humanos, dispomos: intelixencia, creatividade, inventiva, liber-dade, orde, empatía, amizade, respecto, coidado da natureza, coñecemento do mundo, uso da lingua de forma precisa e harmónica…

Antón Cortizas é mestre de profesión e autor de varios dos máis importantes títulos da literatura infantil e xuvenil galega. Recibiu varios premios como o de tea-tro infantil Xeración Nós e o Merlín no ano 2001, en-tre outros. Con Tastarabás. Enciclopedia de brinquedos tradicionais e uso lúdico da natureza continúa o labor de investigación que xa comezara hai doce anos con Chirlosmirlos. Enciclopedia dos xogos populares.

Prólogos ................................................................................................................................................................................ 6

o Tastarabás de Brinquedia ....................................................................................................................................... 7

o Tastarabás de guy Jaouen ...................................................................................................................................10

o Tastarabás de Pere lavega ...................................................................................................................................14

o Tastarabás de Paco Veiga .....................................................................................................................................16

Tastarabás, algunhas explicacións necesarias .........................................................................................................19

Agradecementos ..................................................................................................................................................................32

01. BrincAr no mundo AnimAl ..............................................................................................................................35

02. BrincAr no mundo VexetAl ...........................................................................................................................123

03. BrincAdeirAs co mundo inAnimAdo .......................................................................................................225

04. Brinquedos de enxeño e hABilidAde .......................................................................................................265

05. BonecAs e rePresentAcións de AnimAis ............................................................................................... 321

06. construcións .........................................................................................................................................................379

07. BArcos, cArros, coches, AVións ................................................................................................................ 391

08. Brinquedos de desPrAzAmento e trAnsPorte .................................................................................437

09. Brinquedos con moVemento .......................................................................................................................497

10. reProducións de oBxectos ...........................................................................................................................593

11. ArsenAl infAntil ................................................................................................................................................... 661

12. Brinquedos sonoros de BAter e riscAr ................................................................................................711

13. Brinquedos sonoros de soPro ..................................................................................................................767

14. Brinquedos sonoros de cordA .................................................................................................................849

15. Brinquedos e elementos PArA xogos ....................................................................................................859

16. VArios ..........................................................................................................................................................................989

17. mundo fAntástico .............................................................................................................................................1035

BiBliogrAfíA ...................................................................................................................................................................1051

contrasinais das referencias bibliográficas citadas ..................................................................................1053

Bibliografía das referencias textuais ...............................................................................................................1061

outras referencias bibliográficas galegas sobre o xogo e o xoguete tradicionais.........................................................................................................1067

Achegas para unha bibliografía cronolóxica sobre o xogo e do brinquedo tradicionais .................................................................................................1070

xeralíndiceenciclopedia de brinquedos tradicionaistastarabás

TASTARABÁS | Brinquedos sonoros de bater e riscar

das 10 primeiras páxinas do capítulo 12

mostraenciclopedia de brinquedos tradicionais

tastarabás

Este capítulo comprende aqueles xoguetes que pro-ducen algún tipo de son, mediante a percusión ou a vibración de láminas e membranas de calquera tipo. Algúns destes brinquedos gozan tamén coa particu-laridade de teren movemento. Outros son usados con finalidade próxima á de instrumentos musicais, mais nestes casos a súa construción require maior preci-sión e coidado.

01 Paus ........................................................................................................ 71302 estraloque de millo ........................................................................... 71303 castañeta ............................................................................................. 71404 canivela ................................................................................................. 71405 tarrañolas ............................................................................................. 716 tarrañolas de pau .............................................................................. 716 tarrañolas de cana ............................................................................ 716 tarrañolas de lousa .......................................................................... 716 tarrañolas de óso .............................................................................. 716 tarrañolas de abelá .......................................................................... 716 tarrañolas de chapas ....................................................................... 716 tarrañolas dobres .............................................................................. 71606 tarrañolas de noz .............................................................................. 71807 lapeta .................................................................................................... 71908 martabela ............................................................................................. 71909 tarambelo .............................................................................................72010 castañola de nabo ............................................................................72011 triscos, pitos e castañolas ............................................................. 72112 castañetas de mango ......................................................................72213 carachas ...............................................................................................72414 estalo ......................................................................................................72415 látego ....................................................................................................72516 sopramocos .........................................................................................72617 tarabela sonora ..................................................................................72818 tastarabás ............................................................................................72919 carraca de cana ................................................................................. 73120 tastarabás de lata .............................................................................73221 triquetraque ........................................................................................73322 trécolas de asas .................................................................................73523 trécolas .................................................................................................73624 tarecos ...................................................................................................73725 estraloque de cardo .........................................................................73826 carraca de bicicleta ..........................................................................73927 galla .......................................................................................................73928 ferreñas .................................................................................................740

29 ferreñas de lata ................................................................................. 74130 maracas .................................................................................................74231 cabazas .................................................................................................742 Axóuxere de cana ..............................................................................742 Pau de choiva .....................................................................................74232 cunchas ................................................................................................74333 conchos de noces .............................................................................744 cuncas de culleres ............................................................................74434 reque-reque .......................................................................................74535 Botella de anís ....................................................................................74536 libetófono ............................................................................................74637 copas sonoras ....................................................................................74638 Pinaretas ...............................................................................................74739 culleres ..................................................................................................74740 Albuche .................................................................................................74841 tambor de lata ...................................................................................74842 Pratos e latas ......................................................................................75043 carrizo ................................................................................................... 75144 chiribicocó ...........................................................................................75245 carrizo de chapas ..............................................................................75346 carrizo de canas e moedas ...........................................................75347 chamariz do tordo ............................................................................75448 A ra ..........................................................................................................75449 regra ......................................................................................................75550 ruxe-ruxe .............................................................................................75651 xilófono e metalófono ....................................................................75752 Birimbau ...............................................................................................75753 marimba de boca ..............................................................................75954 Pandeireta de lata .............................................................................75955 Abesouro ............................................................................................... 76156 Pita choca .............................................................................................76257 zambomba ...........................................................................................76358 A legoña ................................................................................................765

7

TASTARABÁS · Brinquedos sonoros de bater e riscar · Paus | Estraloque de millo

Lugares de recolla: Ferrol, VilagarcíaInformante: PropiaReferencias bibliográficas: XB, OMPG, PC, PCA

01 PAuSPalitroques

DESCRICIóN

Córtanse dous paus dunha cuarta de lonxitude, de calquera vara ben redonda que teña un mínimo de 2 cm de grosor. Son apropiados os paus de madeira das vasoiras, ben que a poder ser, é preferíbel unha madeira máis dura, para que soe máis forte e mellor.

De facérmolos dunha vara, o traballo de preparación consis-tirá en pelalos e lixalos, con lixa, navalla ou cristal.

No caso dos paus empregados nos Maios, como indica a cita textual, adórnase o seu extremo con fitas de cores.

OuTRAS INFORMACIóNS E ANECDOTARIO

Os paus son un sinxelo brinquedo-instrumento, empregado para os acompañamentos rítmicos nas panxoliñas, nos agui-naldos e nos Maios. Agárrase un dos paus, de tal xeito que a cunca da man faga de caixa de resonancia. Coa outra man cóllese o segundo pau e con el bátese no anterior ao ritmo dunha canción.

Os paus son en si un instrumento musical de percusión, construído de forma rápida e esporádica pola rapazada como obxecto de brincadeira. Ás veces nin sequera era construído: abondaba con atopar dous paus para poñerse a brincar con eles batendo un contra outro. Así, cando un rapaz atopaba dous cadolos tirados en calquera parte, collíaos e batía con eles, en-

toando ou non calquera canción que lle viñese ao maxín neses medios. Era unha brincadeira efémera non preparada, resultado da casualidade; e sendo así tamén pouco importaban as medi-das dos cadolos. Normalmente eran utilizados para as impro-visadas orquestras de maracas (latas con pedriñas) e tambores (latas e baquetas).

Ai, que se era lindo escoitar o bater dos paus! e, por proximi-dade, o das espadas de madeira das que o gustoso era sentilas bater unha contra outra, máis ca ningunha outra pretensión ou simulación guerreira.

TEXTOS

este noso maioé moi cantareiro,con cunchas e pausgánache o diñeiro. (Rei Cebral, C., Obra inédita)

esta copla recolleuna carlos rei cebral en Vilagarcía e inclúea na súa obra os instrumentos musicais na lírica tradicional ga-lega observando que: «nesta vila as cantigas dos maios poden acompañarse con cunchas (as menos das veces) ou cun par de paus, que levan cada un dos cantores. estes paus ou palitroques soen gardarse dun ano para outro, pois ao ir secando a madeira aumenta a sonoridade. na parte inferior van adornados con fitas de moitas cores.»(PC)

Lugar de recolla: FerrolInformante: Xaime López PicalloReferencias bibliográficas: CBF, ES, PCA, RAR, XB, XE1, XSN

02 ESTRALOQuE DE MILLOEstalo | estaloque | estalote

DESCRICIóN

Precísase un anaco de cana de millo, en verde, que teña tres nós.

Fánselle dúas fendas lonxitudinais, dividindo a cana en tres partes, dende un extremo até chegar ao nó do medio sen o cortar.

unha variante deste enredo realízase collendo tamén unha canela de millo de tres nós. A partir do nó central ábrense dúas

8

TASTARABÁS · Brinquedos sonoros de bater e riscar · Estraloque de millo | Castañeta | Canivela

lascas cara enriba, sen as desprender da cana. Agarrando esta pola parte inferior, bátese ritmicamente sacudíndoa arriba e abaixo.

OuTRAS INFORMACIóNS E ANECDOTARIO

Agarrando a cana pola parte non cortada, movemos ritmica-mente a man, como se estivésemos a tocar unha maraca, e as partes cortadas baterán entre si facendo un son propio de acompañamentos musicais de percusión.

O estraloque faise con canas verdes, pois do contrario non soan ben. É un instrumento efémero, xa que ao secar perde a súa musicalidade.

Informante: Antón CastroReferencias bibliográficas: SPC

03 CASTAÑETACaniña

Castañeta ou caniña

DESCRICIóN

un cachiño de cana seca de seis centímetros de lonxitude cór-tase lonxitudinalmente pola metade, dividíndoo así en dúas partes iguais. A continuación estas dúas partes vólvense unir unha contra outra, só por un lado, cunha trela de esparadrapo ou fita adhesiva, e xa temos o instrumento feito.

OuTRAS INFORMACIóNS E ANECDOTARIO

Para tocar a castañeta, agárrase esta por unha das súas par-tes, con dous dedos dunha man, mantendo a outra metade na

parte inferior, para que se abra polo seu propio peso. Contra esta parte tecléase cos dedos da outra man producindo, moi sonoros, os máis variados ritmos. Dá moito xeito repenicar coa castañeta.

Lugar de recolla: ValdoviñoInformante: Evaristo de CorralReferencias bibliográficas: CPMD, ERG, OMC, XB, XE1, XLC, XSN

04 CANIVELACanaveira | catraca | tarabela

9

TASTARABÁS · Brinquedos sonoros de bater e riscar · Canivela

1 e 2. Distintos tipos de canivelas | 3. Canivela (pormenor)4. Outro tipo de canivela

DESCRICIóN

Precísase unha cana de vasoira de dúas cuartas de lonxitude mínima, que teña tres nós. Féndese pola metade, lonxitudinal-mente, agás os dez ou doce últimos centímetros, que deben quedar sen rachar.

A cana queda entón dividida en dúas partes. Nunha destas metades, máis ou menos polo medio da parte fendida, ábreselle unha xanela, sacándolle unha lasca de cana de seis centímetros por dous. Podémoslle abrir tamén a xanela na outra metade, pero non é imprescindíbel.

En vez de facer as xanelas pódenselle sacar unhas lascas lonxitudinais pola parte interior da fendedura, ao longo do cor-te, para que as dúas metades queden estremadas, agás na zona superior que é onde baten.

Tamén se fai a tarabela simplemente fendendo a cana, sen máis, aínda que neste caso a súa sonoridade é menor.

Doada de facer tamén é a canivela que se obtén realizando un furado cunha broca de 1 cm ou algo maior, a un terzo do cabo inferior da cana, fendéndoa logo dende o cabo superior até o furado.

OuTRAS INFORMACIóNS E ANECDOTARIO

Agárrase a cana pola parte enteira, o mango, e bátese ritmi-camente contra a palma da outra man. Outro xeito de a tocar é escorréndoa contra os dedos da man contraria, producíndose unha vibración coma a da pandeireta.

É un instrumento de ritmos. Para que non fenda toda a cana, pódese amarrar cun cordel na parte final do mango, onde co-meza a fenda.

As tarabelas úsanse para o acompañamento de regueifas.

10

TASTARABÁS · Brinquedos sonoros de bater e riscar · Tarrañolas

Lugares de recolla: Cedeira, Ferrol, MoañaInformantes: Xaime López Picallo, Xavier Blanco, Xurxo Leira Lugrís, propiaReferencias bibliográficas: ERG, JCL1, JF, OMPG, RAR, XB, XE2, XSN, www.agaitadofol.com

05 TARRAÑOLASCastañolas | castañetas tellas | trécolas

DESCRICIóN

Procuramos dúas pezas de madeira de entre 15 e 20 cm de lonxi- tude, por 3 ou 3,5 cm de largura e algo menos de 1 cm de gro-sor. Procúrase unha madeira dura e que soe ben ao batela, mais non a tendo úsase o piñeiro. Mátaselles o canto e arredóndan-se polos extremos. Nun dos extremos, a uns 2 cm do bordo, fáiselle a cada peza un rebaixe en forma semellante a unha media lúa, aproximadamente dun máximo de 1 cm de fondo, por 3 cm de lonxitude. Por estes rebaixes ou orellas, aséntanse as tarrañolas contra o pelello de entre os dedos. A forma das orellas é variábel.

Constrúense tarrañolas de cana, usando unha cana, quer de vasoira (Arundo donax) ou aínda mellor de bambú (Bambusa vulgaris), por ser máis grosa e dura, precisándose de 3 cm. de diámetro, e dunha lonxitude similar á das anteriores. Féndense pola metade, ráscanselles os bordos para que non corten e fán-selles da mesma forma o rebaixe curvo, para a soster nos dedos.

Outra feitura son as castañolas de lousa, e tamén se fabri-can a partir de dous anacos de tella. En ambos os casos coas mesmas medidas e feitura ca as de madeira.

Tamén se fan tarrañolas de óso usando dúas costelas de porco ou de xato.

Temos, por outro lado, outra forma peculiar deste brinquedo musical: son as tarrañolas dobres. Úsanse dous anacos de ma-deira dura, de dimensións semellantes ás tarrañolas comúns. Sen máis manipulación xa temos as tarrañolas dobres, que se apoian polo seu centro entre dous dedos, e tamén do mesmo xeito, unha delas fica fixa, mentres a segunda é móbil. De así o querer, aínda se lle pode dar algunha forma, como a de dúas pas simétricas, redondas ou ovaladas.

OuTRAS INFORMACIóNS E ANECDOTARIO

Cómpre ter habilidade para tocar as tarrañolas. Colócase unha delas entre os dedos indicador e medio, e aguántase firmemente apertándoa co dedo indicador contra a palma da man. A segunda colócase entre o dedo medio e anular, asegurándose para que non caia, mais permitíndolle que abale co movemento da man.

Imprimíndolle os movementos oportunos á man, ao pulso e mais ao brazo, cousa que require bastante práctica, faise bater a segunda tarrañola contra a primeira (a que está firme) produ-cíndose un téquele-téquele rítmico e compasado que permite o acompañamento musical das cancións. É por iso que son varios os grupos musicais da actualidade que utilizan as tarrañolas como instrumento de percusión.

Na década dos sesenta e anteriores, as tarrañolas eran ha-bituais entre a rapazada. Eran sobre todo os máis maiores quen as construían e tocaban, algúns con verdadeira mestría. Cando as tarrañolas eran de madeira de piñeiro, que era o máis co-mún, enqueirábanselles as puntas para que soasen mellor.

A construción de tarrañolas préstase á experimentación. Pó-deselles engadir unha abelá ou unha noz, para faceren de caixa de resonancia.

Tamén se constrúen tarrañolas unidas a un mango, como explicamos no seu lugar. Neste caso non é necesario facerlles a rebaixa semilunar para o agarre, e son moito máis doadas de tocar.

Non deberiamos esquecer que as primeiras tarrañolas son as palmas da man, batidas unha contra outra, como ben apreciou Sarmiento, as dúas aplanadas ou formando cavidade.

E tamén triscar os dedos é unha sorte de tarrañola que se executa apertando o dedo medio co polgar e, soltándoo de vez, batelo contra o anular que, xunto co maimiño, forma unha sor-te de recámara coa palma da man.

TEXTOS

entra, meigo, non atruxes,garda, xan, as castañetas,e cóntame onde hoxe fuches.(Iglesia, A. de la, 1977, [1886]: Vol. III, 142)

teño unhas castañetiñasfeitas de pau de nogal;o presebe do meu burroé de teu curmán carnal.(Pérez Ballesteros, J., 1979, [1886]: Vol. III, 52)

teño polainas de buxo,tarrañolas de burel,para darlle a meu compadreporque zurrou á muller.(Casal e Lois, X., 2001: 180)

toca, miña tregoleta,feita de pau de bidueiro,que hoxe hai festa no romaio,non ha de faltar gaiteiro

Ves bailando, ves tocandocomo quen non quere a cousa;ves bailando, ves tocandonas castañolas de lousa.(Rei Cebral, C., Obra inédita)

11

TASTARABÁS · Brinquedos sonoros de bater e riscar · Tarrañolas

1 a 5. Diferentes tipos de tarrañolas de madeira (Construción 2 a 5: descoñecida)

6. Tarrañolas enqueiradas (Construción: Jorge Leira)7. Tarrañolas de cana8. Tarrañolas de óso9. Tarrañolas de lousa10. Tarrañolas de abelá (Construción: Xaime L. Picallo)11. Tarrañolas con chapas (Construción: Gonzalo Garrote) (OCAD)12. Tarrañolas dobres13. Agarre das tarrañolas14. Agarre das tarrañolas dobres

12

TASTARABÁS · Brinquedos sonoros de bater e riscar · Tarrañolas | Tarrañolas de noz

todas saíron a recibilo coloreando–dengues de grana, ourelados de terciopelo–coas castañolas de sangubiño das foleadase as mantelas de pano labrado con acibeches.(Iglesia Alvariño, A., 1961: 32)

o sistro non ten nome galego nin castelán, as sonajas cháman-se en galego ferreñas, o triángulo chámase vinco, a campanilla campaíña; o cencerro choca e chocallo, e o cascabel alxóuxere ou axóuxere en galego. todos estes instrumentos son crústicos [de bater]. Pero o primitivo , máis natural e máis sinxelo, é o que chaman tarreñas e tarrañuelas, e en galego castañetas.os nenos naturalmente inventaron o facer un ruído sonoro ba-tendo unha man contra outra, ou de plano, ou facendo oco con ambas as dúas. Pasaron a facer semellante ruído batendo un coio contra outro, ou un pau contra outro pau. Para facer o ruído máis oco formaron dous hemisferios de madeira forte e, batén-doos boca con boca, así formaban o seu compás. este instrumen-to pono calmet pintado. e porque non sempre había a man dous hemisferios iguais, que cadrasen un co outro, contentáronse os nenos cun só, no cal batían cun pau para que soase segundo esta ou a outra combinación. este instrumento é o que en madrid chaman morteruelo e ten o seu uso pola feira de setembro.Pasou adiante a invención dos rapaces. Pensaron meter entre os dedos uns tixolos ou cascotes de pratos de talavera, e axitándoos lograron ter outro novo instrumento músico crústico, e aludindo a terráceo ou terreo, déuselle o nome de terreñolas ou tarraño-las. sendo eu moi cativo vin que outro rapaz inglés, que vivía en Pontevedra, facía o mesmo con dúas costelas de carneiro ou de vaca metidas entre os dedos, ao punto imiteino, e polo gozo que tiven do novo instrumento, non esquecín nunca este pueril fenómeno.finalmente a todo sucederon as tarreñuelas de madeira, que os galegos chaman castañetas, aludindo á súa figura. castañeta en singular é o ruído que resulta de comprimir o dedo do medio co polgar. Crotalum e crepitaculum son dúas voces puras latinas que significan ruído e que se poderán aplicar a calquera dos ins-trumentos devanditos; e tamén se aplica ao noso vinco do cego o latín crotalum.(FMS7: 428-429)

Lugar de recolla: FerrolInformante: Xaime López PicalloReferencias bibliográficas: XSN

06 TARRAÑOLAS DE NOZ

DESCRICIóN

Constrúense unhas tarrañolas da forma tradicional. Na súa parte máis larga ábrense senllos furados, do tamaño da noz que se vai utilizar, que posteriormente se cegan pegándolle ca-dansúa casca de noz.

A unha das tarrañolas chántaselle un mango, unha ripa de madeira; chántaselle tamén, ao pé do mango, un tareco de tra-vés no que se practican dous orificios, que tamén se fan na segunda tarrañola coincidentes con aqueles. Por estes furados únense as dúas pezas mediante un cordel, de modo que a se-gunda tarrañola quede algo frouxa.

OuTRAS INFORMACIóNS E ANECDOTARIO

Estas tarrañolas, sendo un xoguete de innovación, ten toda a feitura das castañolas de mango, que é o que son: dúas casta-ñolas xunguidas a un mango. Úsanse agarrando o instrumen-to polo mango e sacudíndoo, facendo que as tarrañolas batan unha contra outra. As noces fan o efecto de pequenas caixas de resonancia.

Querendo utilizar apenas materiais naturais, o atado pódese facer con xabanal.

TEXTOS

—ti que llas deches,fervellasverzas,vólvelle as noces,torna de trascoas castañolaspro home das moscasque lle rebuldannos tras currás.(Iglesia, A. de la, 1977 [1886]: T. III, 120)

Tarrañolas de noz (Construción: Xaime L. Picallo)

13

TASTARABÁS · Brinquedos sonoros de bater e riscar · Lapeta | Martabela

Lugar de recolla: TouroReferencias bibliográficas: PV-TB, PC

07 LAPETACastañola de cortizaestraloque

DESCRICIóN

Cóllese un anaco de cortiza de castiñeiro ou eucalipto, duns 30 x 8 cm e 5 ou 6 mm de grosor, e coa navalla dáselle a forma dunha pa.

Pola parte larga, a contraria ao mango, córtase a cortiza separándoa en dúas láminas, unha delas grosas, para que man-teña firmeza e consistencia; e a outra fina para que abale ao axitala, batendo contra a anterior.

OuTRAS INFORMACIóNS E ANECDOTARIO

Agarrándoa polo mango axítase no ar batendo as láminas da cortiza que producirán un estalo, ou ben bátese contra man.

Para non estragarmos o souto, cómpre facermos este brin-quedo a partir de cortiza de árbores ou pólas xa abatidas para o seu normal aproveitamento. No noso caso fixemos a castañola a partir da codia fresca de eucalipto, que hai máis do que un quixese.

TEXTOS

Lapeta, estraLoque. trátase dun aparello cunha ou dúas láminas móbiles que ao ser axitado no aire, collido por un mango, fai percutir estas láminas contra outra que leva xunguido o mango. en touro comentáronnos que os nenos as fabricaban de codia de eucalipto, denominándoas lapetas.(Carpintero, P., 2009:101)

Lugar de recolla: MañónInformantes: José Basanta Penabad, Rosana RodilesReferencias bibliográficas: OMB

08 MARTABELATarambelo | taboletasSemana Santa

1. Martabela | 2. Guitarra (Pormenor do atado)

DESCRICIóN

unha martabela é unha sorte de castañola de mango.Precisamos unha táboa de 30 x 10 x 2 cm. Nela recortamos

a parte necesaria para deixarmos un mango de 2 cm de groso por 15 de longo. Matamos as arestas de toda a peza.

Por outra parte, preparamos dúas taboíñas de 15 x 10 x 1 cm, que van ser as castañolas que baterán contra a peza cen-tral. Postas unha a cada lado desta, facemos dous furados de 8 mm de diámetro, afastados 5 cm un do outro, atravesando as tres pezas.

14

TASTARABÁS · Brinquedos sonoros de bater e riscar · Martabela | Tarambelo | Castañolas de nabo

Así colocadas, unimos as tres pezas mediante unha trela de coiro á que lle praticamos un ollal, para facermos o atado que vemos no detalle da fotografía, pasando o extremo do coiro polo ollal e facendo un lazo.

OuTRAS INFORMACIóNS E ANECDOTARIO

Tanto a martabela coma o tastarabás eran empregados na noi-te de Xoves Santo para armar moito barullo dentro da igrexa. Cando se lían os Oficios íanse apagando as candeas aos poucos. En canto estaban todas apagadas e a escureza era absoluta, todo o mundo comezaba a bater cos tastarabás, coas martabe-las ou co bastón que levaban na man.

Outro uso da martabela foi o de servir de instrumento de alerta ou aviso da presenza dos leprosos, coñecéndose, daque-la, como taboletas de san Lázaro. Os doentes tiñan a obriga de bateren a martabela para avisaren da súa presenza, cando aqueles doentes eran tan discriminados.

As martabelas fanse de moi diferentes formas e tamaños.

TEXTOS

un instrumento moi semellante, denominado castanholas e fa-bricado de madeira aparece referido por ernesto Veiga de oli-veira, empregado polos rapaces para escorrentar os paxaros das leiras sementadas. durante a idade media os leprosos avisaban da súa presenza cun instrumento construído con tres taboíñas de madeira xunguidas cuns cordeis, tendo a do medio un mango por onde se agarraba e axitaba. ramón Andrés denomina a este instrumento «tablilla de san lázaro» e o Diccionario de Autorida-des abunda nesta descrición apuntando que se empregaban para pedir esmola para os hospitais de san lázaro.(Carpintero, P., 2009: 101)

Informante: Descoñecido

09 TARAMBELOCastañetas | castañolas martabela

Tarambelos de bambú e de madeira

DESCRICIóN

unha variante da martabela anterior é este tarambelo ou mar-tabela de varias placas, realizadas de cana, cortiza ou madeira.

usamos tres pezas de madeira de 20 cm de lonxitude por 4 cm de largo. Nin que dicir ten que estas dimensións poden ser moito maiores. unha das pezas destinámola ao mango. Dámos-lle a forma axeitada para que dea bon agarrar. As outras dúas pezas fendémolas ao medio –de través– e con elas facemos as

taboletas. No exemplo que presentamos, usamos apenas tres das catro taboíñas obtidas. Na cabeza de cada unha destas facemos tres furados afastados 3 cm. Pásase unha corda polos furados da primeira taboleta e faise un nó en cada cabo da corda, despois de pasala. Pásase a segunda, e novamente se anoa a corda; así até acabar pasando a corda polos furados do mango, que estarán feitos á altura dos das taboíñas. Como remate anóanse os dous cabos da corda.

O outro modelo que presentamos está construído con ana-cos de cana de bambú. O mango dun furco de lonxitude por 3 cm de largo, e os catro anacos móbiles da mesma largura pero a metade de longos.

O nome de tarambelo, polo que tamén é coñecida a marta-bela, dámosllo apenas por diferenciármolo dela.

Lugar de recolla: Provincia de LugoInformante: Colectivo EstiñoReferencias bibliográficas: CEM

10 CASTAÑOLAS DE NABO

Pedidos a

Comercial Grupo AnayaPolígono Pocomaco

Avenida 3 Edificio DianaNave 4 Baixo • 15190 A Coruña

Tel.: 981 171 641 / Fax: 981 171 647

XERAIS

Doutor Marañón, 12 • 36211 VigoTels.: 986 214 888 / 986 214 880

Fax: 986 201 [email protected]

http://xerais.es

O libro dos xoguetes tradicionais da nosa culturaEnciclopEdia dE brinquEdos tradicionais E uso lúdico da naturEza

ISB

N9

78

-84

-99

14

-48

6-3

97

88

49

91

44

86

3

1334036

Á venda en libraríasa partir do 15 de abril