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ESDE - Programa Fundamental - Tomo I - Modulo I[1]

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Estudo Sistematizado da

rl

P rograma Fundamen ta l T orn o I

F ederacao E spirita B rasiL eira

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4

ISBN 978-85-7328-514-7

B.N. 406.491

2' edic;;ao - 3' Reirnpressao - Do 26" ao 35" milheiro

000.01-0; 12/2008

Responsavel pela orqanizacao: CEciLIA ROCHA

Capa e projeto grafico: FATIMAAGRA

Copyright 2007 by

FEOERA<;AO EspiRITA BRASILEIRA

(Casa-Mater do Espiritismo)Av. L-2 Norte - Q. 603 - Conjunto F (SGAN)

70830-030 - Brasilia (OF) ~ Brasil

Todos os direitos de reproduceo, copie; comuntceceo ao publico e explo-

rar;ao economice desta obra estao reservedos unice e exclusivamente

para a Federar;ao Espirita Brasileira (FEB). Proibida a reprodur;ao parcial

ou total da mesma, etreves de qualquer forma, meio ou processo otettt»

nico, digital, totocopi«, microfilme, Internet, CD-ROM, sem a previa e

expressa autorizar;ao da Editora, nos termos da lei 9.610/98 que regula-

menta os direitos de autor e conexos.

Composir;ao e editorar;ao:

Departamento Editorial e Grafico - Rua Sousa Valente, 17

20941-040 - Rio de Janeiro (RJ) - Brasil

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Pedidos de livros a FEB - Departamento Editorial

Tel. : (21) 2187-8282, FAX: (21)2187-8298.

CIP-BRASIL. CATALOGAGAO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LlVROS, RJ.

E85

2.ed.

v.1

Estudo sistematizado da doutrina esplrita: programa fundamental,

v. 1 I organizado pela Area de Estudo Doutrinario da Federacao Espi-

rita Brasileira, responsavel, Cecilia Rocha. - 2. ed. - 3' reimpressao

- Rio de Janeiro: Federacao Espir ita Brasi leira, 2008

336p.: 25cm

Inclui bibliografia

ISBN 978-85-7328-514-7

1. Espiritismo - Estudo e ensino. 2. Espiritas - Educayao.

Rocha, Cecilia, 1919-. II. Federacao Espirita Brasileira.

07-4635. COO 133.9

CDU 133.7

10.12.07 10.12.07 004617

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Apresentacao

A Campanha do Estudo Sistematizado da Doutrina Espirita -

ESDE foi lancada, em Brasilia-DF, na reuniao anual do Conselho

Federativo Nacional de novembro de 1983, em atendimento as ex-

pectativas do Movimento Espirita. Esta Campanha, efetivada na for-

ma de seis apostilas de estudo, representativas de niveis graduais e

sequenciais de aprendizado doutrinario, utilizou a tecnica do traba-

lho em grupo como diretriz pedagogica. A sisternatizacao do estudo

espirita buscou, por outro lado, apoio nas seguintes orientacoes de

Allan Kardec: "urn curso regular de Espiritismo seria professado com

o fim de desenvolver os principios da ciencia e difundir 0gosto pe-

los estudos serios [...]". (*)

Ao avaliar os resultados positivos apresentados pelo Estudo

Sistematizado da Doutrina Espirita, ao longo dos anos, sobretudoem relacao ao trabalho de unificacao do Movimento Espirita e a uniao

dos espiritas, percebemos que a aquisicao do conhecimento doutri-

nario deve seguir 0metodo indicado pelo proprio Codificador, con-

forme expressam estas suas palavras: "Acrescenternos que 0 estudo

de uma doutrina, qual a Doutrina Espirita, que nos lanca de subito

numa ordem de coisas tao nova quao grande, so pode ser feito com

utili dade por hom ens series, perseverantes, livres de prevencoes e

animados de firme e sincera vontade de chegar a urn resultado. Nao

sabemos como dar esses qualificativos aos que julgam a pr io r i, levia-

namente, sem tudo ter visto; que nao imp rim em a seus estudos a

continuidade, a regularidade e 0 recolhimento indispensaveis, [... J

o que caracteriza urn estudo serio e a continuidade que se the da.

(*) Obras P6stumas: Projeto 1868.5

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[ . . . J Quem deseje tornar-se versado numa ciencia tern que a estudar metodica-

mente, comecando pelo principio e acompanhando 0 encadeamento e 0 desen-

volvimento das ideias. (H)"

Mantendo-se fiel no prop6sito de difundir 0Espiritismo em todos os seus

aspectos, com base nas obras da Codificacao de Allan Kardec e no Evangelho de

Jesus Cristo, a Federacao Espirita Brasileira disponibiliza ao Movimento Espiri-

ta novo programa do Estudo Sistematizado da Doutrina Espirita. Trata-se de

urn programa mais compacto, adequado as exigencias da vida atual, cujosas-

suntos, distribuidos objetivamente em dois niveisde aprendizado - Programa

Fundamental e Programa Complementar -, contem 27 m6dulos de estudo.

Em face do exposto, contamos com uma boa receptividade dos interessa-

dos por este tipo de trabalho.

6(**) 0 L iv ro d os E sp irito s: Introducao, item 8,

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o novo curso do Estudo Sistematizado da Doutrina Espirita-

ESDE oferece uma visao panoramicae doutrinaria do Espiritismo,

fundamentada na ordem dos assuntos existentes em 0 Livro dos

Espiritos.

o objetivo fundamental deste Curso, como do anterior, e pro-

piciar condicoes para estudar 0Espiritismo de forma seria, regular econtinua, tendo como base as obras codificadas por Allan Kardec e

o Evangelho de Jesus, conforme os esclarecimentos prestados na apre-

sentacao.

o seu conteudo doutrinario esta distribuido em dois progra-

mas, assim especificado:

Programa Fundamental - subdividido em do is tomos, cada urn

contendo nove m6dulos de estudo.

Programa Complementar - constituido de urn unico torno, tambern

com nove m6dulos de estudo.

A formatacao pedagogica-doutrinaria utiliza, em ambos os pro-

gramas, 0 sistema de m6dulos para agrupar assuntos semelhantes,

os quais sao desenvolvidos em unidades basicas denominadas rotei-

ros de estudo.

A duracao minima prevista para a execucaodo Curso e de dois

anos letivos.

Cada roteiro de estudo deve, em principio, ser desenvolvido

numa reuniao semanal de 1 hora e 30 minutos.

Todos os roteiros contem: a) uma pagina de rosto, onde estao

definidos 0 numero e 0 nome do m6dulo, os objetivos especificos e

o conteudo basico, norteador do assunto a ser desenvolvido em cada

reuniao; b) urn forrnulario de sugestoes didaticas que indica como

aplicar e avaliar 0 assunto de forma dinamica e diversificada; c) for-

mularios de subsidies, existentes em numero variavel segundo a com-7

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plexidade do assunto, redigidos em linguagem didatica de acordo com os obje-

tivos especificos e 0 conteudo basico do roteiro; d) forrnulario de referencias

bibliograficas, Alguns roteiros contam tambem com anexos, glossaries ou notas

de rodape, bern como recomendacoes de atividades extraclasse.

Sugere-se que as reunioes semanais enfoquem, na medida do possivel, 0

trabalho em grupo, evitando a monotonia e 0 cansaco,

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Sumario

ModuLo I - Introducao ao E studo do E sp iritism o 11Rot. 1 - 0 contexto hist6rico do seculo XIX na Europa 12

Rot. 2 - Espiritismo ou Doutrina Espirita: conceito e objeto 24

Rot. 3 - Triplice aspecto da Doutrina Espirita 29

Rot. 4 - Pontos principais da Doutrina Espirita 36

ModuLo II - A Codifica~ao Espirita 41

Rot. 1- Fenomenos mediunicos que antecederam a Codificacao:

Hydesville e mesas girantes 42

Rot. 2 - Allan Kardec: 0 professor e 0 codificador 50

Rot. 3 - Metodologia e criterios utilizados naCodificacao

Espirita 67

Rot. 4 - Obras basicas 79

ModuLo III - Deus 95

Rot. 1 - Existencia de Deus 96

Rot. 2 - Provas da existencia de Deus 102

Rot. 3 - Atributos da divindade 108

Rot. 4 - A providencia divina 116

ModuLo IV - Exis t€mcia e Sobrevivencia do E sp irito 123

Rot. 1 - Perispfrito: conceito 124

Rot. 2 - Origem e natureza do Espirito 130

Rot. 3 - Provas da existencia e da sobrevivencia do Esplrito 145

Rot. 4 - Progressao dos Espiritos 154

M oduLo V - C om unicab iL idade dos Esp iritos 161

Rot. 1 - Influencia dos Espiritos em nossos pensamentos e atos,

enos acontecimentos da vida 162

Rot. 2 - Mediunidade e medium 168

Rot. 3 - Mediunidade com Jesus 173 9

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M o d u lo V I - Reencarnacao 179

Rot. 1- Fundamentos e finalidades da reencarnacao 180

Rot. 2 - Provas da reencarnacao 190

Rot. 3 - Retorno a vida corporal: oplanejamento reencarnat6rio 200

Rot. 4- Retorno a vida corporal: uniao da alma ao corpo 212

Rot. 5 - Retorno a vida corporal: a infancia 221

Rot. 6 - 0 esquecimento do passado: justificativas da sua necessidade 228

M o d u l o V II - P lu r a lid ad e d o s M un d o s H a b ita d o s 235

Rot. 1 - 0 fluido c6smico universal 236

Rot. 2 - Elementos gerais do universo: espirito e materia 245

Rot. 3 - Formacao dos mundos e dos seres vivos 256

Rot. 4 - Os reinos da natureza: mineral, vegetal, animal e hominal 264

Rot. 5 ~ Diferentes categorias de mundos habitados 274

Rot. 6 - Encarnacao nos diferentes mundos 281

Rot. 7 - A Terra: mundo de expiacao e provas 287

M o d u l o V III - L ei D iv in a o u N a tu r a l 293Rot. 1 - Lei natural: definicao e caracteres 294

Rot. 2 - 0 bern e 0mal 305

M o d u lo IX - L ei d e Adora~ao 313

Rot. 1 - Adoracao: significado e objetivo 314

Rot. 2 - A prece: importancia, eficacia e acao 320

Rot. 3 - Evangelho no lar 328

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P R O G R A M A F U N D A M E N T A L

M O D U L O I

Introducao ao Estudo do Espiritism o

OBJET IVO GERAL

P ro pic ia r co nh ec im en to s g era is so bre a

D ou trin a E s pfrita

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R O T E I R O 1o co n te xto h is t6r ico d o seculo X IX

n a E u r o p a-----__--------------------------

Obje t ivo Identificar 0 contexto historico do seculo XIX na Europa, por

especif ico ocasiao do surgimento da Doutrina Espirita,

Conteudo

basico• 0s ecu lo XIX desenro lava uma torrente de claridades na face do

m undo, encam inhando todos os p aises para reform as uteis e pre-

c io sa s [... J . Emmanuel: A cam inho da luz. Cap. 23.

• Esse secu lo , por dire ito , pode ser chamado 0 secu lo das revo lu-

roes, porque nenhum .; a te agora - fo i tao [ertil em levantes,

insurreicoes, guerras civis, ora vitorio sas, ora esm agada s. E ssas

revo lucoes tem como ponto comum 0 fa to de serem quase todas

dirigidas co ntra a ordem estabelecida [... ], qua se to das fe itas emfavor da liberd ade, da dem ocracia politica o u social, da indepen-

dencia o u u nidade nacio nais. Rene Remond: 0 seculo 19- In-

troducao.

• No seculo XIX as [... J liroes sagradas do Espiritismo iam ser

ouvidas pela H um anidade so fredora. Jesus, na sua m agnanim i-

dade, r epart ir ia 0 piio sagrado da esperanca e da crenra com to -

d os o s c or ac oe s. Emmanuel: A cam inho da luz. Cap. 23.

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P rograma Fundamental • M odulo I • R oteiro 1

Suqestoes Introducao

d id a t i ca s • Iniciar a reuniao fazendo uma apresentacao geral do tema,

por meio da tecnica expositiva, destacando as ideias

introdut6rias dos subsidios deste Roteiro. Utilizar projecoes

ou cartazes.

Desenvolvimento

• Pedir aos participantes que formem grupos para a realizacao

das seguintes atividades, tendo como base os subsidios:

Grupo 1 Leitura, comentarios e resumo escrito do item 1.1-

A Revolucao Francesa e as suas consequencias.Grupo 2 Leitura, cornentarios e resumo escrito do item 1.2 -

A Revolucao Industrial e as suas repercussoes.

Grupo 3 Leitura, comentarios e resumo escrito do item 1.3 -

Manifestacoes artisticas e culturais do seculo XIX.

• Solicitar aos relatores dos grupos que facam a leitura do resu-

mo, em plenaria.

• Destacar pontos fundamentais da apresentacao dos relatores,

esclarecendo possiveis duvidas.

Conclusao

• Fazer 0 fechamento do assunto, destacando os principais pon-

tos constantes do item 1.4 dos subsidios (rnanifestacoes filos6fi-

cas, politicas, religiosas, cientificas e sociais do seculo XIX), os

quais tiveram 0poder de influenciar as geracoes posteriores.

Avaliacao

o estudo sera considerado satisfat6rio se os participantes demons-trarem interesse e desenvolverem as tarefas com entusiasmo.

Tecnicats): Exposicao; trabalho em pequenos grupos.

Recurso(s): Cartazes ou transparencias; subsidios deste Rotei-

ro; lapis, papel.

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P rograma Fundamental • M odulo I • R oteiro 1

Subsidtos 0 seculo XIX representou uma dessas epocas em que fomos

especialmente abencoados pela bondade superior, a despeito de

todas as dificuldades assinaladas nesse periodo. Alem das enor-

mes contribuicoes culturais recebidas, fomos imensainente dis-tinguidos pelo advento do Espiritismo, materializado no mun-

do fisico pelo trabalho inestimavel do professor frances Hippolyte

Leon Denizard Rivail que, ao codificar a Doutrina Espirita, ado-

tou 0pseudonimo de Allan Kardec.

Entretanto, e 0seculo que da inicio aos gran des movimen-

tos revolucionarios europeus que derrubaram 0absolutismo,

implantaram a economia liberal e extinguiram 0 antigo sistema

colonial, movimentos esses apoiados nas ideias renovadoras daFilosofia e da Ciencia, divulgadas no seculo XVIII por Espiritos

reformadores, denominados iluministas e enciclopedistas. Tais

ideias, de acordo com 0Espirito Emmanuel, constituiram a base

para que fossem combatidos, no seculo XIX, os [...] erro s d a 50-

cted ad e e d a p olitica , fa zen do socobrar o s p rinc ip io s d o d ire ito d iv i-

no , em nome do qual se cometiam todas as barbaridades. Vamos

enco ntrar nessa pleiade de reformadores os vu lto s veneravets de

Voltaire [1694- 1778],Montesquieu [1689-1755], Rousseau [1712-

1778], D 'A lembe rt [1717-1783], Didero t [1713-1784]' Quesnay

[16 94 -17 74 ]. Su as liro es ge ne ro sa s rep erc ute m na Ame ric a d o N orte ,

como em todo 0m undo . E ntre cintilacoes do sentim entoe do genio ,

fo ram eles os instrumentos a tivo s do mundo espiritual, para rege-

n era ca o d as c ole tiv id ad es te rr es tre s 14. Enfatiza, ainda, Emmanuel

que [...] fo i dos sacrific io s desses coracoes generosos que se fez a

fagu lhadivina do pensamento e da liberdade , substantia d e tod as

as conquistas socia is de que se orgu lham os povos m odernos 14.

Os Estados Unidos foram a primeiranacao a absorver efe-

tivamente 0pensamento renovador dos iluministas. Assim e que,

ap6s alguns incidentes com a metr6pole - Cra-Bretanha -, os

americanos proclamam a sua independencia polttica, em 4 de ju-

lho de 1776, tendo sido organizada, posteriormente, a Consti tui-

c ao d e F ila d elfia , modelo dos c6digos democraticos do futuro 15.

A independencia americana repercutiu intensamente naFranca, acendendo 0 [.••] m ais v ivo entu siasm o no anim o dos f ran-

ceses, hum ilhados pelas m ais prem entes dificu ldades, depois do ex-

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P rograma Fundamental • M 6dulo I • R oteiro 1

travagante reinado de Lu is XV 16. Em consequencia, desencadeou-se urn pode-

roso movimento revolucionario em 1789 - a Revolucao Francesa -, considera-

da 0marco que separa a Idade Moderna da atual, a Conternporanea. Os suces-

sivos progressos culturais em todos os campos do saber humano, desencadeadospela Revolucao Francesa, foram tao marcantes que 0 seculo XIX entrou para a

hist6ria como sendo 0 Secu lo da R azao, assim como 0 seculo XVIII e denomi-

nado 0 Seculo d as L ute s.

No contexto da hist6ria da civilizacao ocidental europeia [..; J 0 seculo

X IX , tal co mo o s historiado res 0 delim itam , ou seja, 0 periodo com preendido entre

o jim das guerras napo leonicas e 0 inic io do primeiro conflito mundial [... ], e um

do s seculo s m ais com plexo s [... J 7, marcado por urn periodo de profundas trans-forrnacoes politico-socials e econornicas, as quais tiveram 0poder de influen-

ciar geracoes posteriores.

1. 0 co n tex to h is t6r ico e u r o pe u d o secuto X IX

1 .1 A R evolucao Francesae as suas consequencias

No apagar das luzes do seculo XVIII, a Franca, uma monarquia governa-

da por Luiz XVI, e ainda urn pais agrario, com industrializacao incipiente. Asociedade frances a esta constituida de tres grupos sociais basicos: 0 clero, a

nobreza e a burguesia. 0 clero, cognominado de P rim eiro E sta do , representava

2% da populacao total e era isento de impostos. Haviaum grande desnivel

entre 0 a lto c le ro , de origem nobre e possuidor de gran des rendimentos origi-

narios das rendas eclesiasticas, e 0 ba ixo c lero , de origem plebeia, reduzido a

pr6pria subsistencia. A nobreza, conhecida como Se gu ndo E sta do , fazia parte

dos 2,5% de uma populacao de 23 milhoes de habitantes. Nao pagavaimpostos

e tinha acesso aos cargos publicos. Subdividia-se em a lta n ob re za , cujos rendi-

mentos provinham dos tributos senhoriais, das pens6es reais e dos cargos na

corte; em n ob re za ru ra l, que possuia direitos de senhorio e de exploracao agri-

cola, e em nobr eza bu roc ra tic a , de origem burguesa, que ocupava os altos pos-

tos administrativos. Cerca de 95% da populacao - que incluia desde ricos co-

merciantes ate camponeses - formavamo T erc eiro E sta do , que englobava a

burguesia (fabricantes, banqueiros, comerciantes, advogados, medicos), os

artesaos, 0 proletariado industrial e os camponeses. Os burgueses tinham po-

der economico, devido, principalmente, as atividades industriais e financeiras.

No entanto, igualada ao povo, a burguesia nao tinha direito de participacao15

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Programa Fundamental • M odulo I • Roteiro 1

politica nem de ascensao social. Foi essa situacao que desencadeou uma serie de

conflitos, que culminaram com a Revolucao Francesa, de 14 de julho de 17893•

A despeito dos inegaveis beneficios sociais e politicos produzidos pela Revo-

lucao Francesa, entre eles a celebre Declaracao dos Dire ito s do Homem e do Cida-dao, seguiram-se anos de terror, que favoreceram 0golpe de estado executado por

Napoleao Bonaparte, no final do seculo XVIII. Os sublimes ideais da Revolucao

Francesa foram desvirtuados, em razao do abuso do poder exercido por aqueles

que assumiram 0governo do pais. Segundo Emmanuel, naqueles anos de terror, a

[ . • . J F ra nc a atraia p ara si as m ais d olo ro sa s p ro vac oe s c ole tiva s ne ssa to rrente d e d esa -

tin os. Com a injluencia inglesa, organiza-se a primeira coligacao europeia contra 0

no bre p ais [Franca J . [ . . . J Tarnbem no mundo espiritual reunem-se os genioe da

la tinidade, sob a benrao de Jesus, implorando a sua protecao e misericordia para a

grande nacao transviada. Aquela que fora a corajosa e singela filha de Domremy

[Joanna D'ArcJ volta ao ambiente da antiga patria; a frente de grandes exerc itos de

E sp irito s co nso lad ore s, c onfo rta nd o a s alm as a jlitas e ac lara nd o no va s caminho s. N u-

m ero sa s c ara va nas de seres jla ge lad os, fo ra d o c arc ere m aterial, sa o p or e la co ndu zid os

as plagas da Am erica , para as reencarnaco es regenerado ras, de paz e de liberdade 17.

Entre 0 final do seculo XVIII e 0 inicio do seculo XIX (1799 a 1815), a

politica europeia esta centrada na figura carismatica de Napoleao Bonaparte,

urn dos gran des chefes militares da Hist6ria, administrador talentoso, que, entre

outras reformas civis, promulga uma nova Constituicao: reestrutura 0 aparelho

burocratico: cria 0 ensino controlado pelo Estado (ensino publico); declara lei-

go 0Estado, separando-o, assim, da religiao: promulga oC6digo Napoleonico >

que garante a liberdade individual, a igualdade perante a lei, 0 dire ito a proprie-

dade privada, 0div6rcio - e adota 0 primeiro C6digo Comercial 3.

No que diz respeito as acoes deste imperador frances, lernbra-nos

Emmanuel que [...J as atividades de Napole iio pouco se aproximaram das ideias

generosas que haviam conduzido 0 povo frances a revo lucao . Sua historia esta

igualmente cheia de traces brilhantes e escuros, demonstrando que a sua personali-

dade de general manteve-se osc ilante entre as [orcas do mal e do bem. Com as suas

vito rias, garantia a integridade do so lo frances, mas espalhava a m iseria e a ruina no

seio de ou tros povos. No cumprimento da sua tarefa, organizava-se 0 Cod ig o C ivil,

estabelecendo as mais belas formulas do dire ito , mas d ifundiam-se a pilhagem e 0

insu lto a sagrada emancipacao de ou tros, com 0 movimento dos seus exercitos na

absorcao e anexacao de varies povos. Sua fronte de so ldado pode ficar laureada,

para 0 mundo, de trad icoes gloriosas, e verdade e que ele fo i um missionario do Alto ,

embora traido em suas proprias [ orc as [... J 18.

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1 .2 A R evolucao IndustriaL e as suas repercuss6es

Outra revolucao, iniciada na Inglaterra em meados do seculo XVIII, a Re-

volucao Industrial, acarretou profundas transforrnacoes na sociedade, modifi-

cando a feicao das relacoes humanas dentro e fora dos paises, Serviu de alavanca

para 0progresso tecnologico que presenciamos nos dias atuais, pela invencao de

maquinas e de equipamentos cada vez mais sofisticados. Propiciou 0 desenvol-

vimento das relacoes internacionais, em especial nas areas economicas, comer-

ciais e politicas, transformando 0mundo numa aldeia global. Conduziu a urba-

nizacao de ajuntamentos humanos e a construcaode modernos cercamentos

(propriedades rurais). Desenvolveu a rede de cornunicacoes de curta e de longa

distancia, principalmente pelo emprego inteligente da energia eletrica e da ele-

tronica, Ampliou os meios de transportes, em especial 0 maritimo e 0 aereo.

Favoreceu as pesquisas medico-sanitarias voltadas para 0 controle das doencas

epidemicas, resultando no aumento das faixas da sobrevida humana 4.

A Revolucao Industrial, no entanto, produziu igualmente varias distorcoes

e maleficios, de certa forma esperados, se se considerar0

relativo atraso moralda nossa Humanidade. Os principais desequilibrios produzidos pela Revolucao

Industrial sao, essencialmente, decorrentes das relacoes trabalhistas, infelizrriente 17

P rograma Fundam ental • M 6dulo I • R oteiro 1

Apos Napoleao, a Franca passa por urn novo periodo de transformacoes

historicas, uma vez que [... J v ario s p rincip io s lib era is d a R evo lu ca o fo ram a do ta do s,

tais com o a igualdade dos cidadaos perante a lei, a liberdade de cu ltos, estabelecen-

d o-se, a par de tod as as conquistas po litica s e soc iais, u m regim e d e respo nsabilida deindividual no mecanismo de todos os departamento s do E stado . A propria Igreja ,

habituada a todas as arbitrariedades na sua [e icao dogm atica , reconheceu a lim ita-

rao dos seus poderes junto das m assas, resignando-se com a nova situacao 19.

o movimento dernocratico na Franca mistura politica e literatura. Assim,

numerosos escritores se engajam na luta politica e social, atraves de suas obras e

acao. Desse modo, Lamartine e Victor Hugo sao eleitos deputados, tornando-se

o proprio Lamartine - que muito contribuiu para 0 advento da Republica -

chefe do governo provisorio. Muitos desses escritores, como Zola, militam nacausa republicana ou socialista 8.

Sob 0 regime da Restauracao, as questoes mais importantes sao as de or-

dem politica: 0 partido liberal exige a aplicacao da Carta (Constituicao) e urn

alargamento da liberdade que ela garante. Os liberais, como Stendhal e Paul-

Louis Courier, sao anticlericais. Chateaubriand torna-se liberal, e preve 0 ad-

vento da Democracia 9.

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Programa Fundamental • M odulo I • Roteiro 1

caracterizadas pela exploracao do trabalho e pelas deficientes condicoes de se-

guranc;:ae higiene laborais, ocorridas em gradacoes diversas 4.

E oportuno considerar que os ideais da Revolucao Francesa e os principios

da Revolucao Industrial se espalharam, como urn rastilho de p6lvora, por todo 0

continente europeu, estimulando revolucoes liberais, que incitavam a burguesia

e os trabalhadores a acoes contra 0 poder constituido, A Europa do seculo XIX

assemelha-se a urn caldeirao em constante ebulicao, afetando 0 cotidiano das

pessoas, em decorrencia das continuas mudancas no campo das ideias, na orga-

nizacao das instituicoes, na definicao das formas de governo, e em virtude dos

embates politico-sociais, das conquistas cientificas e tecnol6gicas, das planifica-

coes educativas, dos questionamentos religiosos e filos6ficos.

1 .3 M anifestacoes artisticas e cuLtu rais do secu lo X IX

As atividades artisticas e culturais do seculo XIX revelam uma preferencia

predominantemente romantica, 0 romantismo influencia as ideias politicas e

sociais abracadas pela burguesia revolucionaria da prime ira metade do seculo,

associando as manifestacoes romanticas aos ideais de liberdade, igualdade e

fraternidade. A inspiracao do artista rornantico era buscada junto das pessoas

simples, numa manifestacao antielitista e antiaristocratica, Pesquisava-se a cul-

tura popular e 0 folclore para a producao de pinturas, esculturas e pec;:asmusi-cais. As obras romanticas de carater epico destacam 0heroismo. 0 ideario artis-

tico estava diretamente relacionado a realidade das lutas politicas e sociais da

epoca: os sacrificios da populacao, 0 sangue derramado nas batalhas e ate as

dificuldades encontradas nas disputas amorosas 5.

No que diz respeito a producao literaria, sobressai, na Alemanha, 0 poeta

Goethe (1749-1832), que, em Fausto - uma de suas mais importantes obras-,

enaltece a liberdade individual, tema repetido em seus demais trabalhos 5.

Na Franca, destaca-se a figura de Victor Hugo, que ocupa Iugar excepcio-nal na hist6ria das letras francesas. Grande parte de sua obra e popular pelas

ideias sociais que difunde, e pelos sentimentos humanos, nobres e simples que

ela canta. No livro Napo le iio , a P equeno , Victor Hugo critica 0 governo de

Napoleao III. Em Os M is er av eis , denuncia, como ninguem ate entao fizera, 0

estado de penuria dos pobres 13.

Asartes plasticas, inspiradas no classicismo greco-romano, tern como exem-

plos mais importantes 0 Arco do Triunfo e as colunas existentes em Paris,

construidas por ordem deNapoleao Bonaparte. Jacques- Louis David (1746-1828)

legou a posteridade famoso quadro sobre 0 assassinato de Jean-Paul Marat, urn

18 dos lideres da Revolucao Francesa.

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P rogram a Fundamental • M odulo I • R oteiro 1

o pintor frances Eugene Delacroix (1798-1863) - lider do movimento

romantico na pintura francesa - retrata no quadro A Liberdade uma mulher

que, segurando a bandeira tricolor francesa, guia 0povo nas dramaticas jornadas

revolucionarias 5.

No campo das cornposicoes musicais ocorre uma reviravolta. 0virtuosismo

do seculo anterior e substituido por interpretacoes musicais de forte colorido emo-

cional. A musica para os romanticos nao era so uma obra de arte, mas urn meio de

comunicacao com 0estado de alma. Os grandes compositores romanticos captam

e executam pe<;:asmusicais que destacam 0momento politico. Urn dos composi-

tores que demonstra de forma notavel essa relacao e Richard Wagner (1813-1883).

A cornposicao musical Lohengrin revela a forte influencia dos socialistas utopicos e

dos revolucionarios da epoca. Beethoven (1770-1827) homenageia Napoleao

Bonaparte em sua Nona Sinfonia. A Rapsodia Hungara, de Liszt (1811-1886), e as

Polonaises, de Chopin (1810-1849), sao verdadeiros panfletos de manifestacoes

nacionalistas. 0nacionalismo, na producao das operas de Rossini (1792-1868),

Bellini (1801-1835) e Verdi (1813-1901), transmite urn apelo pungente a unifica-

<;:aoda Italia, 0 surgimento dessa forma de opera determina a passagem da musica

de camara para a musica dos grandes teatros, onde urn grande nurnero de pessoas

poderia ter acesso aos espetaculos artisticos 5.

Ao idealismo romantico contrapoe-se 0Realismo, que professa 0 respeito

pelos fatos materiais, e estuda 0homem segundo 0 seu comportamento e em seu

meio, a luz das teorias sociais ou fisiologicas. Escritores realist as como Stendhal,

Balzac, Flaubert, e naturalistas como Zola, escreveram romances com preten-

s6es cientificas, Zola imita 0metodo cientifico experimental do biologo Claude

Bernard 10, 12.

Na segunda metade do seculo XIX, a pintura europeia passa por uma ver-

dade ira transformacao, desencadeada pelo movimento chamado Impressionismo.

Os pinto res impressionistas procuram captar 0 cotidiano da vida urbana e do

campo, bus cando registrar nas telas as impressoes dos efeitos da luz sobre a cena

desejada. Os pintores mais importantes desse movimento foram Edouard Manet

(1832-1883), Claude Monet (1840-1926), Renoir (1841-1920), Cezanne (1839

1906) e Degas (1834-1917) 5.

~- ._ ,

1.4 Manifestacoes filosoficas. politicas, religiosas, sociais e cientificas

do seculo XIX

Para Emmanuel, 0 [...] campo da Filosofia nao escapou a essa torrente re-novadora. Aliando-se as ciencias [isicas, niio toleraram as ciencias da alma 0 ascen- 19

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dente dos dogmas absurdos da Igre ja. As confissoes crista s, a to rm enta da s e d ivid i-

das, viv iam nos seus temp los urn combate de m orte . Longe de exemplificarem aque-

la fraternidade do D ivino M estre , entregavam -se a todos os excess os do espirito de

seita . A Filoso fia reco lheu-se , en ta o, no seu negativism o transcendente , aplicando a ssuas manifestacoes os mesmos principios da ciencia ra cio na l e m ateria lis ta .

Schoupenhauer [1788-1860] e uma d emon stra ca o eloquente do seu pessim ismo e as

teo rias de Spencer [1820-1903] e de Comte [1798-1857] esclarecem as nossas

assertivas, nao obstante a sinceridade com que foram lancadas no vasto cam po das

ideias 21. De acordo com 0Positivismo de Auguste Comte, a humanidade ultra-

passou 0 estado teo16gico e 0 estado metafisico ao penetrar 0 e st ado po sit iv o ,

caracterizado pelo sucesso dos conhecimentos positivos, fundados numa certe-

za racional e cientifica. Tais ideias conduzem aos exageros do cientificismo, emque a fe na Ciencia se torna a verdadeira fe. Acredita-se que ela va resolver todos

os problemas, elucidar todos os misterios do mundo; tornar inuteis a religiao e a

metafisica. Este entusiasmo e revelado na conhecida obra literaria de Renan:

L 'Avenir de la Science (0 Futuro da Ciencia) 12.

Em relacao as ideias anarquistas e as ideologias socialistas da sociedade da

epoca, essas concepcoes ainda repercutem nos dias atuais. 0 Anarquismo, como

sabemos, representa urn conjunto de doutrinas que preconizam a organizacao

da sociedade sem nenhuma forma de autoridade imposta. Considera 0 Estado

uma forca coercitiva que impede os individuos de usufruir liberdade plena. A

concepcao moderna de anarquismo nasce com a Revolucao Industrial e com a

Revolucao Francesa. Em fins do seculo XVIII, William Godwin (1756-1836) de-

senvolve 0 pensamento anarquico, na obra E nq uiry C onc erning P olitica l Ju stice .

No seculo XIX surgem duas correntes principais do Anarquismo, de acao

marcante na mentalidade dos povos. A primeira encabecada pelo frances Pierre-

Joseph Proudhon (1809-1865), afirma que a sociedade deve estruturar sua pro-

ducao e seu consumo em pequenas associacoes baseadas no auxilio mutuo entre

as pessoas. Segundo essa teoria, as mudancas sociais sao feitas com base na

fraternidade e na cooperacao. 0 russo Mikhail Bakunin (1814-1876) e urn dos

principais pensadores da outra corrente, tambern chamada de Coletivismo. De-

fende a utilizacao de meios mais violentos nos processos de transformacao da

sociedade, e propoe a revolucao universal sustentada pelos camponeses

(campesinato). Afirma que as reformas s6 podem ocorrer depois que 0 sistema

social existente for destruido. Os trabalhadores espanh6is e italianos sao bastan-

te influenciados por Bakunin, mas 0movimento anarquista nesses paises e es-

20 magado pelo surgimento do Fascismo. 0 russo Peter Kropotkin (1842-1876) e

P rograma Fundamental • M odulo I • R oteiro 1

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Programa Fundamental • M odulo I • Roteiro 1

considerado 0 sucessor de Bakunin. Sua tese e conhecida como anarco-cornu-

nista e se fundament a na abolicao de todas as formas de governo, em favor de

uma sociedade comunista regulada pela cooperacao mutua dos individuos, em

vez da oriunda das instituicoes governamentais. Essas ideias resultaram no sur-

gimento do Marxismo, que, de socialismo cientifico, transforma-se em critico

do regime capitalista, tendo como base 0 materialismo hist6rico 8. Assim, em

1848,0 Manifesto do Partido Comunista, de auto ria dos alemaes Karl Marx (1818-

1883) e Friedrich Engels (1820-1895), afirma que 0 comunismo seria a etapa

final da organizacao politico-economica humana. A sociedade viveria em urn

coletivismo, sem divisao de classes e sem a presen<j:ade urn Estado coercitivo.

Para chegar ao Comunismo, no entanto, os marxistas preveem urn estagio inter-

mediario de organizacao, 0Socialismo, que instauraria uma ditadura do prole-

tariado para garantir a transicao.

Esses movimentos politicos tambem confrontam as praticas religiosas

conduzidas pela Igreja Cat6lica que, desviada dos principios morais do estabele-

cimento de urn imperio espiritual no coracao dos homens, aproxima-se em de-

masia das necessidades politic as da nobreza rein ante na Europa. Essa aproxima-

cao com 0 poder real trouxe consequencias desastrosas, abrindo espaco a

discussoes sobre 0papel desempenhado pela Igreja em particular, e pela religiao,

considerada como sinonimo de movimento religioso de igreja - cat6lica ou re-

formada -, equivoco que ainda norteia 0 pensamento religioso da maioria dos

europeus dos dias atuais. Nesse contexto, surge 0 Ca to lic ismo Soc ia l, movimento

criado por Lamennais, que bus cava urn ideal de caridade e de justica, conforme

os ensinos do Evangelho. Lamennais rompe com a Igreja e se torna abertamente

socialista. Lacordaire e Mont' Alembert se submetem sem abandonar a acao ge-

nerosa (caridade e justica) 11. A fragilidade demonstrada pela Igreja Cat6lica,

frente aos contumazes ataques que recebia, abriu espaco a expansao das doutri-nas divulgadas pelas igrejas reformadas. Na verdade, a propagacao do Protes-

tantismo na Europa e na America - da mesma forma que a multiplicidade de

interpretacoes doutrinarias surgidas ao longo de sua evolucao hist6rica -, estava

ocorrendo desde 0 seculo XVI. Os questionamentos levantados sobre 0papel da

religiao, num periodo em que a sociedade estava submetida a urn racionalismo

dominante, conduziram teologos e intelectuais protestantes do seculo XIX a urn

reexame dos textos biblicos, e ate a urn estudo critico da razao de ser do Cristia-

nismo. Nasciam, a partir daquele momenta hist6rico, as teorias sobre a salvacaopela fe, dogma considerado imprescindivel a experiencia religiosa de cada pes-

soa e a necessidade social que 0homem tern de crer em Deus e de senti-lo. 21

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Programa Fundamental • M odulo I • R oteiro 1

No campo da Ciencia, as mudancas foram significativas, fundamentais ao

progresso cientifico e tecnol6gico dos dias futuros: a descoberta do planeta

Netuno por Leverrier; os trabalhos de Louis Pasteur sobre microbiologia; os es-

tudos de Pierre e Marie Curie no campo das energias emitidas pelo radio, e a

teoria da origem e evolucao das especies, de Charles Darwin. 0 surgimento da

maquina a vapor revoluciona os meios de transportes. 0 desenvolvimento da

industria e sua concentracao progressiva levam a urn aumento consideravel do

proletariado urbano e da acuidade das questoes sociais. 0movimento industrial

necessita de operacoes bancarias e permite a edificacao de novas fortunas. A

burguesia rica acelera sua ascensao e torna-se a classe dominante, forca polttica

e sociaL 0 dinheiro e tema literario de primeiro plano, com cuja inspiracao os

auto res pintam a insolencia de seus privilegiados ou a miseria de suas vitimas 12.

Em [... J confro nto com todas as epocas precedentes , 0periodo que vai de 1830 a 1914

assinala 0 apogeu do progresso cien tifico . As conqu istas desse periodo nao 5 6 foram

mais num erosas mas tambem devassaram mais pro fundam ente os segredos das co i-

sas e reve laram a natureza do mundo e do homem , pro je tando sobre ela uma luz ate

entao insu spe itada [... J . 0fenom enal progresso cientifico dessa epoca resu ltou de

varios fa to res. Deveu-se , a te certo ponto , ao estimu lo da Revo lucao Industria l, i t

elevaaio do padriio de vida e ao desejo de conforto e prazer 6.

Todavia, e importante assinalar que uma revolucao diferente marcou, tam-

bern, esse periodo. Falamos da revolucao moral proposta pelo Espiritismo nas-

cente: 0 secu lo X IX desenro lava uma torrente de claridades na face do mundo ,

encam inhando todos os pa ises para as reformas u te is e preciosas. As licoes sagradas

do E spiritism o iam ser ouvidas pela H um anidade so fredora. Jesus, na sua m agnani-

m id a de , r ep ar tir ia 0 pao sagrado da esperanca e da crenra com todos os coracoes.

A llan K ardec , to davia , na su a m issao de esc larecim ento e co nso lacao , fazia-se aco m-

panhar de uma ple iade de companheiros e co laboradores, cu ja acao regeneradoranao se manifestaria tao-somente nos problemas de ordem dou trinaria , mas em to-

dos os departamentos da a tiv idade inte lec tual do secu lo X IX 20.

22

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P rograma Fundamental • M 6dulo I • R oteiro 1

Referenda 1. AMORIM, Deolindo. a esp iritismo e os problemas humanos.

BibliogJrafica1 Rio de Janeiro: Mundo Espirita, 1948. Cap. 34, p. 170.

2. . Transicao inevitavel. 0 esp iritismo e os problemas hu-

manos . Sao Paulo: USE, 1985, p. 23.

3. AMARAL, Jesus S. F. let al.]. E nc ic lo pe dia m ir ad or in te rn ac io -

nal. Sao Paulo: 1995. (Revolucao francesa), vol. 18. Item

III,p. 9852-9859.

4. . (Revolucao industrial), p. 9877-988l.

5. BURNS, Edward McNall. H ist6ria d a ctvilizacao ocidental. 3. ed.

Porto Alegre: Globo, 1975. Progresso intelectual e artistico

durante a epoca da democracia e do nacionalismo, p. 661.

6. . p. 792.

7. REMaND, Rene. 0 se cu lo X IX . Traducao de Frederico Pessoa

de Barros. 12. ed. Sao Paulo: Cultrix. as componentes su-

cessivos, p. 13.

8. LAGARDE, Andre et MICHARD, Laurent. XIXe Siede. Les grands

auteurs francais du programme. Paris: Bordas, 1964.

Introduction (Le mouvement dernocratique), vol. 5, p. 7-8.

9. . p.8.

10. . (Le realisme), p. 11.

11. . (Le socialisme), p. 8.

12. . (Le progres scientifique et industriel), p. 9.

13. . Victor Hugo, p. 153.

14. XAVIER, Francisco Candido. A caminho da luz. Pelo Espirito

Emmanuel. 33. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 21 (Epo-

ca de transicao), item: as enciclopedistas, p. 185.

15. . (A independencia americana), p. 186.16. . Cap. 22 (A revolucao francesa), p. 187.

17. . (Contra os excessos da revolucao), p. 189.

18. . (Napoleao Bonaparte), p. 192-193.

19. . Cap. 23 (Depois da revolucao), p. 196.

20: . (Allan Kardec e os seus colaboradores), p. 197.

21. . (As ciencias sociais), p. 198-199.

. : - , .

23

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~ ( Q ) u r E K ~ ( Q ) 2 E sp ir it ism o o u D o u tr in a E sp ir ita :

co n ce ito e o b je to

( Q ) lb j e i ti v t r » Conceituar Doutrina Espirita, destacando ° seu objeto.especifico

( o l l 1 l t e d i l d l t Q ) [J Diremos [...] que a Doutrina Espirita ou 0 Espiritismo tem por

l b a s ] c t r » principio as relacoes do mundo material com os Espiritos ou se-

res do mundo invisivel. Os adeptos do Espiritismo serao os espi-

rita s, o u, se qu iserem , o s esp iritista s. Allan Kardec. 0 livro d os

e sp ir ito s - Introducao, item 1.

[J 0Espirittsmo e uma ciencia que trata da natureza, origem e des-

tino dos Espiritos, bem como de suas relacoes com 0 mundo cor-

poral. Allan Kardec: 0 que e0 esp iritism o - Preambulo.

[J 0Espiritismo e, ao mesmo tempo, uma ciencia de observacao e

uma doutrina filoso fica. Como ciencia pratica ele consiste nas

relacoes que se estabelecem entre nos e os E spiritos; com o filoso-

fia , compreende todas as consequencias morais que dimanam

d essa s m esm as rela co es. Allan Kardec: 0 que e 0 esp iritism o -

Preambulo.

[J Assim como a Ciencia propriamente dita tem por objeto 0 estudo

d as leis d o p rincip io m ateria l, 0 o bje to e sp ec ia l d o E sp ir itismo e 0

conhecim ento das leis do principia espiritual. Allan Kardec: A

genese. Cap. 1, item 16.

24

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Program a Fundamental • M odulo I • R oteiro 2

51 l1 l~®~it@ ~§ In troducao

d 1 i d l s r \ t i c c a 1 § 0 Apresentar, no inicio da reuniao, os objetivos do tema, reali-

zando breves comentarios a respeito.

o Pedir aos participantes que, individual e silenciosamente, lei-am os subsidios deste Roteiro, assinalando com urn trace as

ideias que melhor correspondem ao conceito e objeto da Dou-

trina Espirita.

DesenvoLvimento

o Enquanto os participantes realizam a leitura recomendada, afi-

xar no mural da sala de aula dois cartazes intitulados, respec-

tivamente: a) Conc eito d e E sp ir itismo ; b) Ob je to d o E sp ir itismo .

G J Em seguida, entregar, aleatoriamente, a cada participante, uma

tira de cartolina contendo frases copiadas dos subsidios, refe-

rentes ao conceito e ao objeto do Espiritismo.

o Pedir a turma que, sem consulta ao texto lido, faca a monta-

gem do mesmo, colando cad a tira de cartolina em urn dos

cartazes afixados. Explicar tambem que essa montagem deve

ser auxiliada por urn colega, forman do, assim, duplas para a

troca de ideias e realizacao do trabalho.L 'J Verificar se a montagem do texto esta correta, solicitando as

duplas breves comentarios a respeito das frases que lhes cou-

beram.

Conclusao

l ! i i l Apos os cornentarios, fazer consideracoes sobre 0 trabalho

realizado, destacando pontos relevantes.

Avaliacao

o Estudo sera considerado satisfatorio se:

a) os participantes selecionarem, acertadamente, as frases das ti-

ras de cartolina que deverao ser coladas nos cartazes;

b) os cornentarios das duplas refletirem entendimento do assunto.

Tecnicats): leitura; montagem de texto.

Recurso ( 5 ) : subsidios deste Roteiro; cartazes, tiras de cartolinas

com frases copiadas dos subsidios; cola ou fita adesiva. 25

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Programa Fundamental • M odulo I • Roteiro 2

Subsidies 1. (o n ce ito d e E sp ir it ism o

o termo Espiri t ismo foi criado por Allan Kardec pelas razoes

que ele mesmo explica na Introducao de 0 L iv ro d o s E s pir ito s:

Para se designarem co isas novas sao precisos termos novos.

Assim 0 exige a clareza da linguagem , para evitar a confu sao ine-

rente a variedade de sentido s das mesm as palavras. Os vocabu los

espiritu al, esp iritu alista , espiritu alism o tem acepcao bem d efin ida .

D ar-lhe s o utra , p ara a plica -lo s a doutrina dos E spirito s, fo ra m ul-

tiplicar as causas ja numerosas de anfibo logia. Com efeito , 0

esp iritu alism o e 0 oposto do materia lism o. Quem quer que acred ite

haver em si algum a co isa m ais do que materia , e espiritua lista . Nao

se segue dai, porem , que cre ia na existencia dos Espirito s ou em

su as com unica iiies co m 0 mundo visive l. E m vez das palavras espi-

ritua l, espiritualism o, em pregam os, para ind icar a crenca a que vi-

m os de referir-nos, os term os espirita e esp iritism o, cu ja form a lem -

bra a origem e 0 sentido radical e que, por isso m esm o, apresentam

a vantagem de ser perfeitam ente inteligiveis , deixando ao vocabulo

espiritualismo a acepcao que Ihe e pr6pria . D iremos, po is, que a

doutrina espirita ou 0 E spiritism o tem por princ ipia as relacoes domundo materia l com os E spiritos ou seres do mundo invisivel. O s

adep tos do E sp iritismo seriio os espiritas, ou , se quiserem , os

espiritistas 4.

o Espiritismo e , ao mesmo tempo , uma ciencia de observa-

s:ao e um a dou trin filo s6fica. Com o ciencia pratica, ele c on siste na s

rela co es que se estabelecem entre n6s e o s E spiritos; co mo filoso fia ,

compreende todas as consequencias mora is que dimanam dessas

m esm as relacoes. P odem os de fini-lo assim : 0Espiritismo e uma

ciencia que tra ta da natu reza, origem e destino dos Esp irito s, bem

com o de suas relaaies com 0 mun do co rp ora ls.

Em 0 E va nge lho segu nd o 0 Espiri t ismo, assinala, ainda,

Kardec: 0 Espiritismo e a c iencia nova que vem revelar aos ho -

m ens, par m eio de provas irrecusaveis, a existencia e a natureza do

m undo esp iritua l e as suas relacoes com 0 mundo corp6reo . E le no -

lo m ostra, nao m ais com o coisa sobrenatu ra l, porem , ao contrario ,

com o um a das [orcas vivas e sem cessar atuantes da Natureza, com o

a fonte de uma imensidade de [enomenos ate hoje incompreendidos .

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Programa Fundamental • M odulo I • Roteiro 2

e , po r isso , re legados para 0 dom inio do [antastico e do maravilhoso . E a essas

relacoes que 0 Cristo alude em m uitas ctrcunstancias e dai vem que muito do que e le

d isse p erm ane ce u ininte ligive l o u fa lsame nte inte rp re ta do . 0Esp iritismo e a chave

com 0 auxilio da qual tudo se explica de modo [aal '.

2. O b je to d o E sp ir it ism o

Assim como a Ciencia propriamente d ita tem por obje to 0 estudo das le is do

p rin cip io m ate ria l, 0 obje to especia l do Espiritismo e 0 conhecim ento das le is do

princip ia espiritual. O ra, com o este u ltim o princip ia e um a das [orcas da Natureza ,

a re agir inc essa nte me nte so bre 0 princip ia m ateria l e rec ipro cam ente , segu e-se qu e 0

conhecimento de um nao pode estar comple to sem 0 co nhecim ento do o utro . 0Espi-

ritismo e a Ciencia se comple tam reciprocamente; a C iencia , sem 0 E sp iritism o, se

acha na impossibilidade de explicar certo s [enomenos so pelas le is da materia; ao

Espiritismo , sem a Ciencia , fa ltariam apo io e com provacao . 0 estudo das le is da

m ateria tinha qu e preceder 0 da espiritualidade , porque a materia e que primeiro

fere 0 se ntid os. Se 0 E spiritism o tivesse vindo antes das desco bertas c ientificas, teria

abortado , com tudo quanto surge antes do tempo",

Mais adiante, ainda nesta referencia (A ge ne se ), acrescenta Kardec:

A Ciencia moderna abandonou os quatro elementos prim itivos dos antigos e ,de o bservacao em observacao , chegou a concepcao de um so elemento gerador de

to das as transformacoes da materia; mas, a materia , po r si so , e inerte; carecendo de

vida , de pensamento , de sentimento , prec isa estar unida ao princip ia espiritual. 0

Espiritismo niio descobriu , nem inventou este princip ia; mas, fo i 0 primeiro a de-

m onstrar-lhe , po r pro vas inco ncu ssas, a existencia; estu do u-o , analiso u-o e to rno u-

lhe evidente a acao . Ao elemento materia l, juntou ele 0 e lem en to e sp iritu al. E leme n-

to materia l e e lemento espiritual, esses os do is princip ios, as duas [orcas vivas da

Natureza . Pela uniao ind isso luve l de les, fac ilmente se exp lica uma multidao de fa-to s a te e ntiio in ex plic av eis . 0E spiritism o, tend o po r o bje to 0 estudo de um dos ele-

m ento s constitu tivo s do U niverso , toea [o rcosam ente na m aior parte das ciencias; so

podia , portanto , vir depo is da elaboracao delas; nasceu pela [orca m esm a das co isas,

pe la impossibilidade de tudo se explicar com 0 auxilio apenas das le is da m ateria 3.

Em suma, os [... J fa tos ou [enom enos espiritas, isto e , produzidos por Espirt-

to s desencarnados, sao a substancta m esm a da C iencia E spirita , cu jo obje to eo estu -

do e conhecimento desses [enomenos, para fixacao das le is que o s regem [... J 6.

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Programa Fundamental • M odulo I • Roteiro 2

R ~ f e l r e R 1 l d a

lai I b U ( O J g } l r a i f i C a l

1. KARDEC, Allan. 0 Evange lho s egundo 0 espiritismo. Traducao

de Guillon Ribeiro. 124. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Cap.

1, item 5, p. 56-57.

2. . A g ene se . Traducao de Guillon Ribeiro. 48. ed. Rio de

Janeiro: FEB, 2005. Cap. I, item 16, p. 21.

3. . Item 18, p. 22.

4. . 0 l iv ro do s e sp ir it os . Traducao de Guillon Ribeiro. 86.

ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Introducao. Item I, p. 13.

5. . 0 que e 0 espiritismo. 53. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.

Preambulo, p. 50.

6. BARBOSA, Pedro Franco. Espiritismo basico. 5. ed. Rio de Janeiro:

FEB, 2002. (0 espiritismo cientffico), Segunda parte, p. 103.

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R O T E I R O 3

Dbjetivoesperificc

Ccntetido

basicc

T ripL ice A specto d a D ou tr in a E spir ita

Identificar os aspectos cientifico, filos6fico e religioso do Espiri-

tismo.

[f] 0Espiritismo Ii a ciencia nova que vem revelar aos homens, por

meio de provas irrecusaveis, a existencia e a natureza do mundo

e sp iritu al e a s su as relacoes com 0mundo co rp 6re o. Allan Kardec:

o e va ng elh o s eg un do 0 e sp iritism o - Cap. 1, item 5.

Ll 0Espiritismo Ii uma d ou trina e sse nc ia lm ente filo s6fic a, e mbo ra

se u s p rin cip io s s ejam comp ro va do s e xp er im enta lm ente , 0que lhe

confere tambem 0 c ard te r c ie ntific o. [... ] 0 c ara te r filo s6 fic o d o

Espiritismo esta , portanto , no estudo que faz do Homem , sobre-

tu do E sp irito , d e se us p ro blem as, d e su a o rigem, d e su a d estina ca o.

Pedro Franco Barbosa: E sp iritism o ba sic o - Segunda parte - 0

espiritismo filos6fico.

[f]0[...Espiritism o repousa sobre as bases fundamentais da re li-

giao e respeita todas as crencas; [... ] um de seus efe itos Ii incutir

sentimentos re ligiosos nos que os nao possuem , [orta lece-los nos

qu e o s tenham vacilantes. Allan Kardec: 0 livro dos mediuns -

Primeira parte. Cap. 3, item 24.

i ; t ! J 0Espiritismo Iiuma d ou trina filo s6fic a d e e feito s re ligio so s, como

qu alquer filo so fia espiritu alista , pe lo que [o rcosam ente vai ter as

bases fundamentais de todas as religioes: Deus, a alma e a vida

fu tura . Mas, nao Ii uma religiao constitu ida , visto que nao tem

cu lto , nem rito , nem templos e que, entre seus adeptos, nenhum

tomou, nem recebeu 0 titu lo de sacerdo te o u de su mo -sacerdo te .

Allan Kardec: O bras p6stum as - Ligeira resposta aos detratoresdo espiritismo.

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Programa Fundamental • M odulo I • Roteiro 3

[J No s en tid o filo so fic o, 0 Espir i t ismo Iiuma reiigiao, e nos nos van-

glo riam os p or isto , po rq ue Iia Doutrina que funda os vincu lo s da

fra ternidade e da comunhao de pensamento s, nao sobre uma sim -

p les convencao , mas sobre bases mais so lidas: as proprias leis danatureza. Allan Kardec: Rev is ta e sp ir ita . Dezembro de 1868 -

discurso de abertura pelo senhor Allan Kardec.

Suge§it5es Introducao:

d 1 id a t i cas [J Projetar, no inicio da reuniao, tres imagens (ou leones) que

caracterizem, respectivamente, a Ciencia, a Filosofia e a Reli-

giao, como incentivo iniciaL

[J Fazer correlacao entre essas imagens e 0significado do triplice

aspecto da Doutrina Espirita, tendo como base os subsidios do

Roteiro.

DesenvoLvimento:

[J Dividir a turma em tres grupos, orientando-os na realizacao

das seguintes atividades:

a) Grupo 1-leitura, troca de ideias, e resumo escrito do item

2 dos subsidios (0 aspecto cientifico):

b) Grupo 2 -leitura, troca de ideias, e resumo escrito do item

3dos subsidios (0 aspecto filosofico):

c) Grupo 3- leitura, troca de ideias, e resumo escrito do item

4 dos subsidios (0 aspecto religioso).

Observacao: Cada grupo deve indicar urn participante para resu-

mir as conclus6es e urn relator para apresenta-las

em plenario.

[J Ouvir os relatos dos grupos, destacando os pontos mais im-

portantes das conclus6es.

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Programa Fundamental • M 6dulo I • Roteiro 3

Conclusao:

o Conduir 0estudo apresentando, em transparencias de retro-

projetor, as caracteristicas do triplice aspecto da Doutrina

Espirita, segundo a orientacao kardequiana (veja referencias

bibliograficas 1 a 7).

Atividade extradasse para a pr6xim a reuniao de estudo

Solicitar aos participantes a leitura do item 6, da introducao de

o Livro dosE spirito s - que trata dos pontos principais da Dou-

trina Espirita -, e 0 resumo por escrito dos pontos assinalados

por Allan Kardec.

Avaliacao

o Estudo sera considerado satisfatorio se os relatos das con-

clusoes do trabalho em grupo indicarem que houve entendi-

mento do triplice aspecto do Espiritismo.

Tecnicats): exposicao; estudo em pequenos grupos.

Recurso(s): subsidios deste roteiro; transparencias; retropro-

jetor, lapis/ caneta; papel.

Subsidios 1. 0 tr ipL ice a spe cto d a D o u tr in a E sp ir ita

o triplice aspecto da Doutrina Espirita ressalta da propria

conceituacao que the da Alla~ Kardec, conforme citacao feita no

roteiro anterior, de numero 2: 0 E spiritism o e, ao m esm o tem po ,

um a ciencia de observacao e um a dou trina f i l o s o f i c a . C om o c ie nc ia

pratica, ele consiste nas relacoes que se estabelecem entre n6s e os

E spirito s; com o filo so fia , e le com preende todas as consequencias

morais que dimanam dessas mesmas re lacoes 6.

o E spiritism o se apresenta sob tres aspectos d iferentes: [e

ainda Kardec quem afirma 1 0 da s manife sta coes , 0 d os p rin ci-

p ios e da filo so fia que delas decorrem eo da aplicacao desses prin-

c ipios. Dai, tres c lasses, ou , antes, ttes graus de adeptos: 1°. Os 31

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Programa Fundamental • M odulo I • Roteiro 3

que creem nas manifestacoes e se lim itam a comptova-las; para esses, 0 Espiritis-

mo e uma ciencia experimenta l; 2°. as que the percebem as consequencias morais;

3°. as que praticam ou se esforcam por praticar essa moral. Qualquer que seja 0

ponto de vista , c ientifico ou moral, sob que considerem esses estranhos [enomenos,todos compreendem constitu irem eles uma ordem , inte iramente nova, de ideias

que surge e da qual nao pode deixar de resu ltar uma profunda modificarao no

estado da Humanidade e compreendem igualmente que essa modificacao niio pode

deixar de operar-se no sentido do bem 4.

Assim, consoante as palavras de Kardec, podemos identificar 0 triplice as-

pecto do Espiritismo:

a) c ie ntific o - concernente as rnanifestacoes dos Espiritos;

b) filo s6 fic o - respeitante aos principios, inclusive morais, em que se assen-ta a sua doutrina; c) re lig io so - relativo a aplicacao desses principios.

2. 0 aspecto cientifico

Nenhuma ciencia existe que haja saido prontinha do cerebra de um homem .

Todas, sem excecao de nenhuma, sao fruto de observacoes sucessivas, apoiadas em

observafoes precedentes, com o em um ponto conhecido , para chegar ao desconheci-

do . Fo i assim que os Espirito s procederam, com relacao ao Espiritismo. Dai 0 ser

gradativo 0 e nsin o q ue m in istram I.

Os fato s o u [e nomeno s e sp irita s, isto e , p ro d uz id os p or e sp ir ito s d es en ca rn ad os ,

sao a substancia mesma da Ciencia Espirita , cu jo obje to e 0 e stu do e c on he cim en to

desses [enomenos, para fixacao das le is que os regem. E les constituem 0 meio de

co mu nicacao entre 0 nosso mundo fisico e 0 mund o e sp iritu al, d e c ara cte ristic as

d iferentes, m as qu e niio im pedem 0 intercambio , que sempre houve , entre os vivos e

os mortos, segundo a term ino logia usual 9.

o carater cientifico deflui ainda das seguintes conclusoes de Allan Kardec:

a E sp iritism o, p ois, n ao e sta be le ce c om 0 p rin cip ia a bso lu to se na o 0 qu e se acha

e vide nte mente d em onstra do , o u 0 qu e re ssa lta lo gic am ente d a o bse rva dio . [... ] C am i-

nhando de par com 0 progresso, 0 E spiritism o jam ais sera u ltrapassado, po rque, se

novas descobertas the dem onstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele

se m odificaria nesse ponto . Se um a verdade nova se revelar, e le a aceitara 2.

Gabriel Delanne, em sua obra a Fenomeno E sp ir ita tambern salienta 0papel

cientifico do Espiritismo, quando diz:

a Espiritismo e u ma ciencia cu jo fim e a dem onstracao experim enta l da exis-

tencia da alm a e sua im orta lidade , por m eio de com unicacoes com aqueles aos quais

32 im propriam ente tem sido cham ados m ortos II.

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Proqrarna Fundamental • M odulo I • Roteiro 3

Sendo assim, a [... J Ciencia E sp irita se c la ssific a [... J entre as ciencias positi-

vas ou experimentais e se u tiliza do metoda analitico ou indu tivo , porque observa e

exam ina o s [ enomeno s mediunicos, [a z e xp erie nc ia s, c om pro va -o s 10.

3. 0 aspecto fiLos6fico

o aspecto filosofico do Espiritismo vern destacado na folha de rosto de 0

L iv ro d os E sp irito s, a primeira obra do Espiritismo, quando Allan Kardec classifi-

ca a nova doutrina de Fi losof ia Espiri tual is ta.

Na conclusao dessa mesma obra, Kardec enfatiza:

Falsissima ideia formaria do Espiritismo quem julgasse que a sua [orca lhe

vem da pratica das manifestacoes materiais e que , portanto , obstando-se a ta is ma-

nifestacoes, se the tera minado a base. Sua [orca esta na sua filo sofia , no apelo que

d irige a razao, ao bom senso [... J 3.

De fato, 0 [... Espiritismo e uma d ou trina essenc ia lm ente filosofica, embora

se us p rin cip io s se jam c ompro va do s e xp erim en ta lm ente , 0 qu e the confere tam bem 0

c ara te r c ie ntific o. Quando 0H om em pergunta, interro ga, co gita , quer saber 0«como»

e 0 «porque» das coisas, dos fa tos, dos acontec imentos, nasce a FILOSOFIA, que

mostra 0 que sao as coisas e porque sao as coisas 0 que sao .

Em verdade, 0Homem quer justificar-se a simesmo e ao mundo em que vive,

ao qual reage e do qual recebe continuos impactos, procura compreender como as

coisas e os fatos se ordenam, em suma, deseja conhecer sempre mais e mais.

o carater filos6fico do Espiritismo esta, portanto, no estudo que faz do

Homem, sobretudo Espirito, de seus problemas, de sua origem, de sua destinacao,

Esse estudo leva ao conhecimento do mecanismo das relacoes dos Homens que

vivem na Terra com aqueles que ja se despediram dela, temporariamente, pela

morte, estabelecendo as bases desse permanente relacionamento, e demonstra a

existencia, inquestionavel, de algo que tudo cria e tudo comanda, inteligente-mente - DEUS.

D efinindo as respo nsabilidades do E spirito - qu ando encarnado (alma) e ta m-

bern do d e senca rnado , 0 Espiritismo e Filoso fia, uma regra moral de vida e compor-

tamento para os seres da Criacao, dotados de sentimento , razao e consctencia 8.

4. 0 aspecto reLigioso

oEspiritismo [dizAllan Kardec J e uma d ou trina filo so fic a d e e fe ito s re ligio so s,

co mo qualqu er filo so fia espiritualista , pe lo qu e [orcosam ente vai ter as bases fu nda-

mentais de todas as religioes: Deus, a alma e a vida fu tura. Mas, niio e uma re ligiao33

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Programa Fundamental • M 6dulo I • Roteiro 3

constitu ida , vis to que nao tem cuI to , nem rito , nem templo s e que, en tre seus adeptos,

nenhum tomou , nem recebeu 0 titu lo de sacerdo te ou de sum o sacerdo te [... J 5.

No discurso de abertura da Sessao Anual Comemorativa dos Mortos, na

Sociedade de Paris, publicado na Revista Espirita de dezembro de 1968, AllanKardec, respondendo a pergunta 0 E spiritism o e u ma R eligiao i, afirma, a certa

altura:

o laco estabelec ido po r u ma religia o, se ja qu al fo r 0 seu obje tivo e [... J essen-

c ia lm ente m oral, qu e liga o s co raco es, qu e identifica o s p ensa mento s, as aspiraco es , e

ndo somente 0 fa to de comprom issos materia is, que se rompem a vontade , ou da

realizacao de formulas que fa lam mais aos o lhos do que ao espirito . 0e fe ito d ess e

laco moral e 0 de estabelecer entre o s que ele une , como consequencia d a c om unha o

de vistas e de sentimentos, a fra ternidade e a so lidariedade, a indu lgencia e a bene-

v ole nc ia mu tu a s. E nesse sentido que tambem se diz: a re ligiao da am izade, a re li-

g ia o d a fam ilia .

Se e assim , perguntarao , en tao 0 Espiritismo e uma religiao? Ora, sim , sem

d uvid a, se nho re s! N o se ntid o filo so fic o, 0 Espiritismo e uma religiao , e nos nos van-

gloriamos por is to , porque e a Dou trina que funda os vincu los da fra ternidade e da

comunhao de pensamentos, nao sobre uma simples convencao , mas sobre bases mais

so lid as: a s p ro pria s le isd a N atu re za .Por que, en tao , dec laram os que 0 E spiritism o nao e um a religuio? Em razao de

niio haver seniio uma palavra para exprim ir duas ideias d iferentes, e que , na opi-

niao geral, a palavra re ligiao e inseparavel da de cu lto ; porque desperta exclusiva-

mente uma ide ia de forma, que 0 Espiritismo nao tem . Se 0 E sp iritism o se d isse sse

um a re lig uio , 0 publico n~o veria ai ma is que uma nova edicao , uma variante , se se

qu iser, dos princip ios abso lu tos em materia de fe; uma casta sacerdo ta l com seu

corte jo de hierarqu ias, de cerim onias e de privilegios; nao 0 separaria das ideias de

m istic ismo e dos abusos contra os quais tantas vezes a opiniao se levantou .

Nao tendo 0 Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religiao , na acepcao

usual da palavra , niio podia nem dev ia enfe itar-se com um titu lo sobre cu jo valor

inevitave lm ente se teria equ ivocado . E is por que sim plesm ente se d iz: dou trina filo -

so fic a e m ora l?

Em suma, concluimos com Emmanuel:

P odem os to mar 0 E sp iritism o, sim bo liza do [... J como um t t iangulo d e [ or ca s

e sp iritu ais . A C ie nc ia e a F ilo so fia vinc ulam a Terra essa figura sim bo lica , porem , a

Religiao eo angu lo d ivino que a liga ao ceu . No seu aspecto cientifico e filo so fico , a

dou trina sera sem pre um cam po nobre de investigacoes hu manas, com o o utros m ovi-

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P rograma Fundamental • M 6dulo I • Roteiro 3

mentos coletivos, de natureza intelectual que visam ao aperfeicoamento da Huma-

nidade. No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina, por constituir

a restauracao do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovadio definitiva do

homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual ".

Referenda

Biblioqrafica

1. KARDEC, Allan. A genese. Traducao de Guillon Ribeiro. 48.

ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Cap. 1, item 54, p. 42.

2. . Item 55, p. 44.

3. . Conclusao 6, p. 484.4. . 0 liv ro d os e sp irito s. Traducao de Guillon Ribeiro. 86.

ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Conclusao -7, p. 486-487.

5. . Obras postumas. Traducao de Guillon Ribeiro. 38. ed.

Rio de Janeiro: FEB, 2005. (Ligeira resposta aos detratores

do espiritismo). Primeira parte, p. 260-261.

6. . 0 que e 0 espiritismo. 53. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.

Preambulo, p. 50.

7. . R evista esp irita. [o rnal de estu do s psico lo gico s. Ano 1868.

Traducao de Evandro Noleto Bezerra. Poesias traduzidas por

Inaldo Lacerda Lima. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Ano 11.

Dezembro de 1868. N° 12. Item: Discurso de abertura pelo

senhor Allan Kardec: 0 espiritismo e uma religiaoi, p. 490-

491.

8. BARBOSA, Pedro Franco. E sp iritism o ba sic o. 5. ed. Rio de Janei-

ro: FEB, 2002. (0 espiritismo filosofico). Segunda parte, p.

101.

9. . p. 103.

10. . p. 104.

11. DELANNE, Gabriel. 0 [enomeno esp irita. Traducao de Fran-

cisco Raymundo Ewerton Quadros. 8. ed. Rio de Janeiro:

FEB, 2005. Prefacio, p. 13.

12. XAVIER, Francisco Candido. 0 consolador. Pelo Espirito

Emmanuel. 26. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Definicao, p.

19-20.

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R O T E I R O 4 P on to s pr in cipa is d a D o u tr in a E sp ir ita

36

Objetivn E 1 . ! l Apresentar os pontos principais da Doutrina Espirita, de

especifico acordo com 0 resume existente na Introducao de 0 livro d os

espiritos.

Conteudlo

basico! l i l Os pontos principais da Doutrina Espirita sao: Deus, criador

do Universo; 0 mundo espirita, habitado pelos Espiritos

desencarnados; a encarnacao e reencamacao dos Espiritos na

Terra e em outros mundos; 0melhoramento progressivo dos

Espiritos, que passam pelos diversos graus da hierarquia espi-

rita ate atingirem a perfeicao moral; a relacao constante dos

Espiritos desencarnados com os homens (Espiritos encarna-

dos); a existencia do perispirito, como envolt6rio semimaterial

do Espirito, e os ensinos morais dos Espiritos Superiores, quepodem ser sintetizados, como os do Cristo, na maxima evange-

lica fazer ao s o utro s 0 qu e qu ereriam os qu e o s ou tro s no s Jizessem .

Allan Kardec: 0 liv ro d os e sp ir ito s. Introducao - item 6.

SuqestoesIntroducao

didaticasE K I Introduzir 0 tema, esclarecendo que uma doutrina (cientifi-

ca, filos6fica ou religiosa), para ser considerada como tal, deve

conter principios norteadores dos seus ensinamentos. Simi-

larmente, 0Espiritismo tambem os possui, identificados por

Allan Kardec como pontos principais da D outrina.

III Acrescentar que, tendo como base esses pontos principais,

Allan Kardec codificou a Doutrina transmitida pelos Espiri-

tos Superiores, no seculo XIX.

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P rogram a Fundamental • M 6dulo I • R oteiro 4

DesenvoLvimento

i \ l I i Em seguida, solicitar aos participantes que facam leitura

silenciosa dos pontos principais do Espiritismo, por eles resu-

midos na atividade extraclasse.III Aproveitar 0 periodo de tempo da leitura para afixar, no mu-

ral da sala de aula, tres folhas de papel pardo. A primeira des-

sas folhas deve conter 0 registro de alguns pontos principais

da Doutrina Espirita, identificados pelo Codificador do Espi-

ritismo e inseridos na introducao 6 de 0 L iv ro d os E sp irito s.

III Pedir a turma que, individualmente ou em grupo, escreva nas

folhas em branco os demais pontos principais da Doutrina

que estao faltando no cartaz parcial mente preenchido.

I I ! ! I Verificar, junto com os participantes, se todos os pontos assi-

nalados por Kardec estao registrados nos demais cartazes,

acrescentando os que faltam ou eliminando os repetidos.

Conclusao

IIFazer 0 fechamento da reuniao indicando, nos registros, os

pontos principais da Doutrina Espirita que estao mais relacio-

nados as nossas necessidades de aprendizado no plano fisico.

Avaliacao

o Estudo sera considerado satisfat6rio se: a) a maioria dos par-

ticipantes realizar atividade extraclasse; b) os registros nos car-

tazes indicarem que houve correto entendimento do assunto.

Tecnicats): exposicao; leitura.

Recurso(s): 0 L iv ro d os E sp irito s; cartazes; pnceis hidrograficos

de cores variadas; folhas de papel pardo; fita adesiva.

Subsidies Allan Kardec, na Introducao de 0 L ivro d os E spiritos, item 6,

trata dos pontos principais dos ensinos transmitidos pelos Espiri-tos Superiores. Ressalta, primeiramente, que [...] os proprios seres

que se comunicam se designam a si mesmos peIo nome de E spiritos 37

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Programa Fundamental • M odulo I • Roteiro 4

ou G enies, declarando , alguns, pelo m enos, terem pertenc ido a hom ens que viveram

na T erra . E les comp oem 0 mund o esp iritu al, co mo n os co nstitu im os 0 m undo corpo-

ra l durante a vida terrena' ,

Passa, em seguida, a resumir esses pontos principais:D eus e e terno , im uta vel, im aterial, unico, onipo tente , soberanam ente justo e

bo m. C riou 0 U niverso , que abrange todos os seres animados e inanim ados, m ate-

riais e im ateria is. O s seres m ateriais constituem 0 mundo visivel ou corporeo, e os

seres imateriais , 0 mundo invisivel ou espirita , isto e , dos E spiritos. 0mund o espiri-

ta e 0 m undo norm al, prim itivo , e terno , preexistente e sobrev ivente a tudo . 0mun-

do corporal e secundario; poderia deixar de existir, ou nao ter jamais existido , sem

que por isso se alterasse a essenc ia do m undo espirita .

O s E spiritos revestem tem porariam ente um invo lucra m ateria l pereeive1, cu jadestru icao pela m orte lhes restitu i a liberdade. E ntre as d iferentes especies de seres

corporeos, D eus esco lheu a especie hum ana para a encarnacao dos Esp irito s [... J 1.

A alm a e um Espirito encarnado , sendo 0 c or po ap enas 0 s eu envo lt or io . Ha no

ho mem tres co isas: 1°. 0 corpo ou ser material, ana logo aos animais e animado pelo

m esm o principio vita l; 2°. a alm a ou ser im aterial, E spirito encarnado no corpo ; 3°, 0

laco que prende a alm a ao corpo , princ ipia interm ediario entre a m ateria e 0 Espiri to .

[ . . . J 0laco ou perispirito , qu e prende ao corp o 0 E sp irito , e u ma e sp ec ie d e env olto rio

sem im ateria l. A m orte e ad es tru ic ao d o in vo lu cre ma is g ro sse iro . 0Esp ir it o c ons er vao segundo , que the constitu i um corpo e tereo , invisivel para nos no estado normal,

porem que pode tornar-se acidentalm ente visivel e mesmo tangivel, como sucede no

[e nomeno d as a pa rico es 2.

o E spirito nao e, po is, um ser abstrato , indefinido , so possivel de conceber-se

pe lo pensamen to . E um ser real, c ircu nscrito , que, em certos cas os, se to rna a prec ia-

ve l pe la vista , pelo ouvido e pelo tatoo

Os E spiritos pertencem a diferentes c lasses e niio sao iguais, nem em poder,

nem em inteligencia, nem em saber, nem em moralidade. O s da primeira ordem saoas E spiritos superiores, que se d istinguem dos outros pela sua perieu iu ), seus conhe-

cimentos, sua proxim idade de Deus, pe la pureza de seus sentimentos e por seu am or

do bem : sao os anjos ou puros Esp irito s. Os das outras classes se acham cada vez m ais

d ista ncia do s d essa p eife ir:a o, m ostra nd o-se o s d as ca teg oria s inferio res, na su a m aio -

ria , e iv ad os d as n os sa s p aixiie s: 0 o dio , a inv eja , 0 ciume, a orgulho , etc 3.

Os Espirito s nao ocupam perpetuamente a m esm a categoria. Todos se melho-

ram , passando pe los d iferentes graus de hierarquia espirita . E sta m elhora se efetua

por meio da encarnacao , que e imposta a uns como expiacao , a outros como missao .A vida material e uma prova que lhes cumpre so frer repetidamente , ate que hajam

a tingido a abso lu ta perfeica o m oral 3.

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P rograma Fundamental • M 6dulo I • R oteiro 4

Deixando 0 corpo, a alma vo lve ao mundo dos E spirito s, donde sa ira, para

passar por nova existencia materia l, apos um lapso de tempo mais ou menos longo,

durante 0 qual permanece em estado de Espirito errante 3.

Tendo 0 Espirito que passar por muitas encarnadies, segue-se que todos nostemos tido muitas existencias e que teremos ainda outras, mais ou menos aperfe ifo -

adas, quer na Terra, quer em ou tros mundos 4.

A encarnacao dos Espiritos se da sem pre na especie hu mana; seria erro acredi-

tar-se que a alma ou Espirito possa encarnar no corpo de um animal".

As diferentes existenctas co rporeas do E spirito sao sem pre pro gressivas e nu n-

ca regressivas; mas, a rapidez do seu progresso depende dos esforcos que [aca para

chegar a p erfe ic ao . [... J as E spirito s encarnados habitam os diferentes globos do

Universo . as niio encarnados ou errantes nao ocupam uma regiao determinada e

circunscrita; estiio po r toda parte no espaco e ao no sso lado , vendo -no s e aco tovelan-

do -no s d e c ontinu o. E toda uma popu lacao invisive l, a mover-se em torno de nos 4.

as E spirito s exercem incessante acao sobre 0 mundo moral e mesmo sobre 0

mundo fisico . A tuam sobre a materia e sobre 0 pensamento e constituem uma das

potencias da Natureza , causa efic iente de uma multidao de [enomenos ate entao

inexplicados ou mal explicados e que nao encontram explicaciio racional seniio no

Espiritismo 4.

As relacoes dos Espiritos com os homens sao constantes. as bons Espiritos nos

atraem para 0 bem , nos sustentam nas provas da vida enos ajudam a suporta-las

com coragem e resignacao . as maus nos impelem para 0 mal; e-lhes um gozo vet-nos

sucumbir e assemelhar-nos a eles 5.

As comunicacoes dos E spirito s com os homens sao ocu ltas ou ostensivas. As

ocu ltas se verificam pela infiuencia boa ou rna que exercem sobre nos, a n ossa re ve -

lia . Cabe ao nosso ju izo discernir as boas das mas inspiracoes. [... J as Espiritos se

manifestam espontaneam ente ou m ediante evocacao . [... J as E spiritos sao atraido s

na razao da simpatia que lhes inspire a natureza moral do meio que os evoca. Os

E sp irito s Su pe rio res se c om pra zem na s reu nio es se ria s, o nde p re dominam 0 amor do

bem e 0 desejo sincero , por parte dos que as compiiem , de se instru irem e melhora-

rem. A presenca deles afasta os E spirito s inferiores que , inversam ente, encontram

livre acesso e podem obrar com toda a liberdade entre pessoas frivo las ou impelidas

unicamente pela curiosidade e onde quer que existam maus instintos [... J 6.

D istingu ir os bo ns dos m au s E spiritos e extrem am ente [aci). as E sp irito s su pe -

rio res usam constantemente de linguagem digna, nobre, repassada da mais alta

m ora lid ade [... J . A do s E spirito s inferio res, ao co ntrario , e inconseqiiente , am iude,

trivia l e a te gro sse ira 6. 39

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Programa Fundamental • M odulo I • Roteiro 4

A moral dos Espiritos superiores se resume, como a do Cristo, nesta maxima

evangelica: Fazer aos outros a que quereriamos que as outros nos jizessem, isto e,

fazer a bem e nao a mal. Neste principia encontra a homem uma regra universal de

pro ceder, mesmo para as suas menores acoes. [... ] Ensinam, jinalmente que, nomundo dos Espiritos, nada podendo estar oculto, a hip6crita sera desmascarado e

patenteadas todas as suas torpezas; que a presenca inevitavel, e de todos as instantes,

daqueles para com quem houvermos procedido mal constitui um dos castigos que

nos estao reservados; que ao estado de inferioridade e superioridade dos Espiritos

correspondem penas e gozos desconhecidos na Terra. Mas, ensinam tambem niio

haver faltas irremissiveis, que a expiacao nao possa apagar. Meio de consegui-lo

encontra a homem nas diferentes existencias que the permitem avanrar,

conformemente aos seus desejos e esforcos, na senda do progresso, para a perfeicao,

que e a seu destino jinal ',

Eis, assim, os pontos principais da Doutrina Espirita, que serao desenvol-

vidos no transcorrer deste Curso.

R e f e r e n d a l.KARDEC, Allan. 0 livro dos espiritos. Traducao de Guillon

Bib l i ograf i ca Ribeiro. 86. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Introducao,

item 6, p. 23.

2. · p. 23-24.

3. · p. 24.

4. ·p . 25.

5. · p. 25-26.

6. · p. 26.

7. ·p. 27.