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BIBLIOTECA DE DERECHO Y DE CIENCIAS SOCIALES
R. F a k k e n b e r g Prof. ord. de Filosofa en la Universidad de Erlangen.
La Filosofa alemana desde Kant
Breve resumen
t r a . d . - u . c i d . o y a d i c i o n a d o
por
F. Giner Prof. en la U n i v . de Madrid y en la Institucin libre de Enseanza.
M A D R I D
LIBRERA GENERAL DE YICTDRIANO SUREZ 4 8 , P r e o i a d o s , 4 8
I906
O B R A S D E F R A N C I S C O G I N E R D E L O S ROS de v e n t a ' e n la misma librera.
Estudios jurdicos y polticos.Madrid, 1879; un tomo en 8., 3 pesetas.
Estudios de Literatura y Arte.Segunda edicin.Ma-drid, 1889; un tomo en 8., 3 pesetas.
La persona social. Estudios y f r a g m e n t o s . L a perso-nal idad.Teora sobre la persona s o c i a l . E l Estado social.Individuo y E s t a d o . L a s teoras sociales de Schaeffle.Madrid, i8gg; un tomo en 4. 0, 5 pts.
Estudios filosficos y religiosos.Madrid, 1876; un tomo en 8.. 3 pesetas.
Campos escolares.Madrid, 1884; folleto, 0,50 peseta. Estudios sobre Educacin.Segunda edic in.Ma-
drid, s. ".; un tomo en 16., 0,75 peseta. Educacin y enseanza.Madrid, s. f.; un tomo en 8.,
'1,50 pesetas. Resumen de Filosofa del Derecho, en colaboracin con
A . Caldern.Madrid, 1898; tomo 1, en 4. 7,50 pts. Filosofa y Sociologa.-Barcelona, 1905; en 12. 0 , 0,75. Pedagoga Universitaria. Problemas y noticias.Barce-
lona, s. f. (1905); un tomo en 8., 2,50 pesetas.
T r a d u c c i o n e s .
R D E R . L a s doctrinas fundamentales reinantes so-bre el delito y la pena, en sus interiores contradiccio-nes.Tercera edic in.Madrid , 1876; un tomo en 8., 3 pesetas.
KRATJSE.Compendio de esttica. Traduccin del alemn, y anotado por Francisco Giner. Segunda edicin, aumentada con la teora de la msica, del mismo autor.Madrid, 18S3; un tomo en 8.. 3 pts.
AHREN3.Enciclopedia Jurdica, exposicin orgni-ca de la Ciencia del Derecho y del Estado. Versin di-recta del alemn, aumentada con notas crticas y un estudio sobre la vida y obras del autor, por F . G i -ner, G . de Azcrate y A . G. de L i n a r e s . M a d r i d , 1878-80; tres ionios en 4.. 18 pesetas.
Compendio de la Historia del Derecho Romano, tradu-cido directamente del alemn, con notas por los mis-mos; un tomo en 8., 2,50 pesetas.
BIBLIOTECA DE PERECEO Y DE CIENCIAS SOCIALES
R. F a l c k e n b e r g Prof. ord. de Filosofa en la Universidad de Erlangen.
La Filosofa alemana desde Kant
Breve resumen
tra .d.-ncid.o y a.d.icion.a.ca.0
por
F. Giner Prof. en la U n i v . de Madrid y en la Institucin libre de Enseanza.
M A D R I D
LIBRERA GENERAL DE Y1CT0RIAN0 SUREZ 48, P r e c i a d o s , AS
I M P . D E F O R T A N E T , L I B E R T A D , 29, M A D R I D
A la memoria
de
Rafael Torres Campos
E n mi c lase d e Filosofa del D e r e c h o , v e n g o
estudiando c o n mis a lumnos, d e s d e h a c e al-
gunos aos, el es tado actual d e esta c iencia ,
sus problemas principales, las caracter s t icas
d e sus corr ientes y d i r e c c i o n e s ms acentua-
d a s , m u y e s p e c i a l m e n t e en A l e m a n i a , q u e ,
durante los lt imos dos siglos, ha p r e p o n d e -
r a d o y p r e p o n d e r a hoy todav a en E u r o p a
dentro d e este orden d e estudios. P a r a d icho
fin, c o n v i e n e los alumnos tener i d e a del
movimiento de la Filosofa en aquel p u e b l o ,
partir d e Kant . L a falta d e p r e p a r a c i n g e n e -
ral c o n que sue len l legar al d o c t o r a d o e n D e -
r e c h o y no c i e r t a m e n t e p o r q u e sean b r e v e s
los estudios de la F a c u l t a d ! i m p i d e los que
V I I I
se interesan p o r la Filosofa jur dica penetrar
en ella c o n a lguna intensidad d e s d e l u e g o ; la
def iciencia que ms directamente se refiere
nuestro asunto se a d v i e r t e s o b r e todo en cul-
tura filosfica y en lenguas extranjeras . A h o r a
bien, los l ibros espaoles d e Historia de la F i l o -
sofa q u e p u e d e n proporc ionar a lguna or ien-
tac in en punto la m o d e r n a a lemana, as
c o m o los traducidos nuestro idioma, son
d e m a s i a d o extensos , superiores la c o m -
prensin del p r o m e d i o d e los alumnos, m u y
defic ientes, p o c o objet ivos y dignos d e fe.
E l b r e v e sumario d e F a l c k e n b e r g ( i ) quiz
podr- no estar l ibre por c o m p l e t o d e a lguna
de estas faltas; p e r o c r e o q u e serv ir p a r a
aquel fin. E n opinin de las personas c o m p e -
tentes , es uno d e los mejores . L o r e c o m i e n -
dan, ante t o d o , la c lar idad d e la e x p o s i c i n ,
la d iscreta se lecc in e n sus r e s m e n e s , el
ac ier to en las caracter s t icas y la reserva , m e -
sura y c i r c u n s p e c c i n en sus juic ios . E l sentido
comple jo del autor, bastante diverso c ierta-
(i) HilfsbiLch zur Geschichte der Philosophie seit Kant. Leipzig. Editor: Veit & Comp. 1899. 8. mayor, vm-68 pgs.
I X
mente del del traductor (qu importa! ) y q u e
t iende enlazar el idealismo d e F i c h t e y H e g e l
con el m t o d o exper imenta l y los r e s u l t a d o s
d e las c iencias part iculares ( i ) n u e v o t e s t i m o -
nio del movimiento actual , un tanto e c l c t i -
c o , y d e s d e luego n a d a inclinado las doctri-
nas simplicistas, m s m e n o s d o g m t i c a s , y
c o m o d e una p i e z a f a v o r e c e acaso la objet i-
v a ' e q u i d a d d e este l ibro, escrito con el slo fin
d e que los estudiantes p u e d a n reconstruir en
rpida o jeada los pensamientos capitales d e
c a d a sistema.
E l deseo de la b r e v e d a d h a h e c h o al autor ,
sin d u d a , sacrificar v e c e s la e x p o s i c i n d e
algunas doctr inas , y a suprimindolas por c o m -
pleto (la filosofa catl ica , el n e o k a n t i s m o ) ,
y a acortndolas d e m a s i a d o (Nietzsche), y aun
l imitndose u n a simple m e n c i n (Krause ,
(i) Falckenberg, Geschichte der 71 eiteren Philosophie von Nikolaus von Kues bis zur Gegenwart im Grundriss darge-stellt.5.a ed. Leipzig, 1905. Editor: Veit & Comp., 8. mayor, xn-609 pgs. Ojeada retrospectiva, pgs. 571-572.berweg-Heinze (parte iv, p. 285) lo coloca en el grupo de los filso-fos afines Lotze, cuyo sistema, el propio Falckenberg esti-ma como el ms importante de los posteriores Hegel.
X
W u n d t ) . D e estas lagunas, el t r a d u c t o r h a
supl ido aquel las q u e le han p a r e c i d o m s
importantes , teniendo e s p e c i a l m e n t e en c u e n -
t a las n e c e s i d a d e s d e nuestra cultura n a c i o -
nal. P a r a ello, ha a p e l a d o casi s iempre otro
l ibro del p r o p i o F a l c k e n b e r g , la Historia de la
filosofa moderna, desde Nicols de Cusa hasta
el presente: unas v e c e s , t r a d u c i e n d o la le tra
los pasajes correspondientes ; o t r a s , e x t r a c -
tndolos; en p o c a s ocasiones, le ha sido p r e -
ciso acudir , c o m o c o m p l e m e n t o , al Bosquejo
de la Historia de la Filosofa, d e U b e r w e g y
H e i n z e ( i ) , libro c lsico, a p r o v e c h a d o p o r to-
dos los q u e han v e n i d o d e s p u s , y q u e , por
sus proporc iones , h a p o d i d o c o n c e d e r m a y o r
a t e n c i n doctr inas que nuestro autor consi-
d e r a d e inters s e c u n d a r i o . S l o una v e z , para
la filosota catl ica , la que t a m p o c o Uber-
w e g d a la debida importancia , y m e n o s para
u n p u e b l o c o m o el n u e s t r o , d o n d e c o m p a r t e
c o n el m o v i m i e n t o krausista y el posit ivis-
(i) Grundriss der Geschichte der Philosophie (4 vols. 8. mayor), iv parte: El siglo XIX (vni-625 pgs.): 9. a ed., amplia-da por MaxHeinze.Berlin, 1902.Editor:E. S. Mittler Hijo.
X I
ta la d i recc in de I Q S espritus, ha ut i l izado
otras fuentes ( i ) .
E n a lgn lugar, el t raductor ha cre do d e -
b e r aadir un n o m b r e , u n a alusin u n a ac la-
rac in, m u y b r e v e , las pa labras del autor.
E n tal caso , la adic in se halla casi s i e m p r e
entre [ ] , fin d e q u e n o se h a g a ste r e s -
ponsable d e ella, ni d e los errores q u e p u e d a
quiz contener .
C o n esto, la e x t e n s i n del l ibro p r i m i t i v o
ha a u m e n t a d o , p r x i m a m e n t e , e n A u n
la desproporc in entre c iertas p a r t e s , q u e se
podr a o b s e r v a r e n el autor, lejos d e atenuar-
se, tal v e z h a y a a u m e n t a d o , p o r faltar al tra-
d u c t o r el n e c e s a r i o dominio del mater ia l p a r a
h a c e r la s e l e c c i n c o n v e n i e n t e .
A causa d e un defecto a n l o g o r e s p e c t o del
id ioma, su t r a d u c c i n dejar q u e desear (2).
(1) En los pasajes respectivos se hallan indicadas las fuentes y diversos procedimientos que el traductor ha re-currido.
(2) Por ejemplo, la palabra Hemmung (pgs. 116-117), < u e
los expositores franceses de Herbart suelen traducir arrt, empechemeni, interruption, etc., se debe en espaol decir in-hibicin, ms bien que repulsin, impedimento, antagonismo detencin. -
X I I
S l o r e s p o n d e d e h a b e r puesto en ella la m s
escrupulosa a t e n c i n , consul tando e n ocas io-
n e s con el autor mismo, d e c u y a b o n d a d d e b e
dar aqu a g r a d e c i d o tes t imonio .
A l l ibro v a unida u n a e x c e l e n t e Explicacin
d e los trminos filosficos h o y m s usuales,
c o l o c a d a por el autor en su y a m e n c i o n a d a
Historia de la Filosofa moderna, d e d o n d e , c o n
su p e r m i s o , ha sido t o m a d a . S i n duda, contri-
buir aumentar el inters d e la publ icacin;
el lector q u e e n c u e n t r e este a p n d i c e demasia-
do sumario , p o d r hallar su c o m p l e m e n t o e n
los Diccionarios an logos d e F r a n c k , Eisler,
K i r c h n e r y Michalis , B a l d w i n y otros.
H e aqu ahora algunas de las principales erratas,
c o r r e c c i o n e s y adiciones al texto , las m s de ellas
. indicadas p o r el autor.
P g . i . E n la bibliografa sobre K a n t , h a y que aadir: R. Richter , Sentencias de Kant, 1 9 0 1 . L a 4. a
edicin del Kant de Paulsen es de 1904.Simmel , Kant, 1904.
P g . 46, ln. ltima i n f e r i o r . D e b e aadirse, d e s -p u s de h o m b r e p e r f e c t o , el h o m b r e a c e p t o D i o s .
X I I I
P g . 85.-Al 79, que, c o m o all se indica, est ampl iado, h a y que aadir esta nota: A c e r c a d e G o e -the, v. el libro de S i e b e c k , que forma el v o l . x v de los Clsicos de la Filosofa-, publicados en Stut tgart por F r o m m a n n (hoy , por F a l c k e n b e r g ) . E s t a c o -lecc in d e monograf as sobre los principales filso-fos, c o m p r e n d e : Fechner (por Lasswitz) , Hobbes (por T n nies), Kierkegaard (por Hoff ding), Rousseau (id.), Spencer (por G a u p p ) , Nietzsche (por Riehl) , Kant (por Paulsen), Aristteles (por S i e b e c k ) , Piaton (por W i n d e l b a n d ) , Schopenhauer (por V o l k e l t ) , Carlyle (por Hensel) , Lotze (por F a l c k e n b e r g ) , Wundt (por K n i g ) , St. Mili (por Saenger) , Goethe.
Pg. 122, ln. 1 3 . D e s p u s de cogito ergo sum, adase: de D e s c a r t e s .
P g . 133, ln. 5 . A los l ibros c i tados de Strauss, adase: La antigua y la nueva fe, 1872.
P g . 162, ln. 1 9 . A a d i r , al Nietzsche d e Riehl , el de T e o b a l d o Z ieg ler , 1900.
F i n a l m e n t e , y aparte l igeras erratas, q u e c o r r e g -
r fci lmente el lector , los epgrafes de algunas d i v i -
siones del l ibro no c o r r e s p o n d e n e x a c t a m e n t e c o n
los del ndice, segn se advier te en su lugar.
La Filosofa alemana desde Kant
C A P T U L O I
I. (Manuel) Kant ( 1 7 2 4 - 1 8 0 4 ) .
(1755. Historia natural general y teora del cielo.)
1770. De mundi sensibilis atque intelligibilis for-ma et principiis (Disertacin).
* 1781. Crtica de la Razn pura ( 2 . a ed. 1787). 1783. Prolegmenos para toda Metafsica fu-
tura. 1785. Fundamentos de la Metafsica de las cos-
tumbres. (1786. Principios metafsicos de la Ciencia de la
Naturaleza.) * 1788. Crtica de la Razn prctica. * 1790. Crtica de la fuerza del juicio.
1793. La Religin dentro de los lmites de la mera Razn.
1797. Metafsica de las costumbres. 1798. La cuestin de las Facultades. 1798. Antropologa en el aspecto pragmtico. 1804. Sobre los progresos de la Metafsica desde
Leibniz y Wolff.
Bibliografa [alemana]: Paulsen, Kant. Stuttgart, 1898 (es el tomo vi de los Clsicos de la Filosofa, de From-mann).Kuno Fischer, Historia de la Filosofa moderna,
2 K A N T .
tomos ni y iv (2. a ed., v y v).Vaihinger: Comentario la Crtica de la Razn pura de Kant, tomoi . Stuttgart, 1881; tomo 11, 1892 (1).
I. Filosofa terica.
T-
Evolucin de Kant . C o m p . Paulsen, Ensayo de
una historia del desarrollo de la teora kantiana
del conocimiento. L e i p z i g , 1 8 7 5 ; E . Adickes ,
Fuerzas motoras de la evolucin filosfica de Kant
(en el vol . 1 de los Kanstudien de Vaihinger, n-
meros 1 y 2) , 1 8 9 6 . P a r t i d a r i o , al principio, de
la filosofa wolfiana, K a n t se acerca al empirismo,
desde 1760 y bajo el influjo de los pensadores
(1) De algunos libros de Kant, hay traducciones espa-olas (casi siempre hechas del francs): Critica de la Razn pura (del alemn, por Perojo publicado slo un tomo; Madrid, 1883); Metafsica ( l a s Leccionespor Ua; Madrid, 1 8 7 7 ) ; Lgica (por Garca Moreno y Ru-vira; Madrid, 1 8 7 5 ) ; Fundamentos de una Metafsica de las costumbres (por Zozaya; sin fecha); Crtica de la Razn prctica (Id. id.); la misma, precedida de los Fun-damentos de la Metafsica de las costumbres (por Gar-ca Moreno; Madrid, 1876); Crtica del juicio (por el mismo y Ruvira; Madrid, 1876, 2 vols.); Principios me-tafisicos del Derecho (por Lizarraga; Madrid, 1873) .T.
F I L O S O F A T E R I C A . 3
ingleses, y aun llega en 1766 al escepticismo (Sue-
os de un visionario);; pero vuelve en 1 7 7 0 al ra-
cionalismo, y alcanza en 1 7 8 1 , tras de nueva i n -
clinacin la izquierda, el punto de vista defini-
tivo del criticismo.
El dogmtico cree en la capacidad de la razn
humana para el conocimiento; el escptico duda
de ella. E l filsofo crtico indaga la posibilidad del
conocimiento, esto es, sus fuentes y lmites.
3-
E n tanto que los juicios empricos, sea sa-
cados de la experiencia, slo expresan hechos par-
ticulares, no necesidad, ni pueden nunca alcan-
zar ms que una generalidad aproximada, median-
te la reunin de muchos casos concordes (mientras
no se haya observado ninguna excepcin), los
juicios que nacen de la razn p u r a , apriorsti-
cos)), tienen un valor rigorosamente universal y
necesario.
D e los juicios analticos, cuyo predicado slo
afirma lo que ya est pensado en el sujeto (el cua-
drado tiene cuatro ngulos rectos), y que por tan-
to nicamente aclaran nuestro conocimiento, se
4 K A N T .
distinguen los sintticos-donde el predicado
aade al sujeto algo que no estaba antes conteni-
do en l e n que stos aumentan nuestro conoci-
miento (la nota de extensin est dada ya en el
concepto de cuerpo; la de gravedad, no) . A q u -
llos son juicios explicativos; stos, extensivos.
4 - '
C m o se relacionan entre s ambos pares de
oposiciones? El juicio emprico es siempre sintti-
co (la experiencia nos ensea constantemente cosas
nuevas); el analtico, siempre priori (para sacar
del concepto del sujeto una nota que ya est en l,
no hace falta ninguna experiencia). P o r esto, un
juicio no puede ser juntamente analtico y e m p -
rico. Pero queda una tercera posibilidad: hayjui-
cios apriorsticos que no se limiten aclarar nues-
tro conocimiento? Hay juicios sintticos que no
procedan de la experiencia? H u m e lo niega; K a n t
lo afirma. H u m e , con error, tena por meramente
analtico todo conocimiento sacado de la razn,
creyendo que la extensin del conocimiento no es
posible ms que por la experiencia. N o vio que
los juicios pueden ser priori y la v e z sin-
tticos; y que tienen en este caso singular valor,
porque son tan universales y necesarios como ex-
F I L O S O F A T E R I C A . S
tensivos. P o r esto, la cuestin capital de la crtica
de la razn es: cmo son posibles los juicios sin-
tticos priori?
emprico
aprioristico
sinttico
analtico
5-
Tres ciencias alegan la pretensin de contener
sntesis apriorsticas: la Matemtica ( e l todo
es mayor que la parte), la Ciencia pura de la N a -
turaleza (la ley de causalidad) y la Metaf s i -
ca (nuestra alma es inmortal , nuestra vo lun-
tad es l ibre). L a tercera se halla en una mala
situacin, por cuanto sus juicios no se gloran de
un asentimiento tan general como los de las otras
dos. E n la Metaf s ica , reina eterna disputa. L e
falta la conviccin irrefutable que caracteriza los
conocimientos matemticos y, como ciencia de lo
suprasensible, tiene que renunciar desde el princi-
pio aquella confirmacin emprica de sus propo-
siciones, que corresponde las de la Ciencia natu-
ral. D e aqu, la sospecha fundada de si los cono-
cimientos con queja Metafsica se enorgullece son
6 K A N T .
obtenidos de una manera slida, y no mera suti-
lezas. E n Matemticas y en Fs ica, preguntamos
cmo y por qu camino son en ellas posibles
juicios sintticos priori; en Metafs ica, si son
lcitos. 6-
Resultado previsto. L a posibilidad de juicios
apriorstico-sintticos descansa, en la Matemtica,
sobre las puras intuiciones de espacio (Geome-
tra) y tiempo (Ar i tmt ica) ; en la Fsica pura,
sobre los conceptos y principios del entendimiento
puro. P o r el contrario, en la Metafsica, son im-
posibles: pues ni las categoras, ni las ideas de la
razn, ofrecen medios suficientes para conocer lo
que no puede ser experimentado.
DIVISIN:
1. Esttica tras- Sensibilidad. Intuiciones
cendental.
2. A n a l t i c a id. Entendimiento. Conceptos.
3. Dialctica id. R a z n . Ideas.
7-
Kant quiere concertar los opuestos extremos
del racionalismo y el empirismo; para aqul, la ra-
zn es una facultad creadora; para ste, pasiva. l
. (Matemtica.)
(Ciencia pura de
la N a t u r a l e z a . )
(Metaf s ica.)
F I L O S O F A T E R I C A . 7
resuelve la discusin, distinguiendo dos factores en
el entendimiento: forma y materia. Llama forma
lo que el espritu aporta de sus propios medios
al conocimiento; materia, lo que l recibe pa-
sivamente.
L a s formas del conocimiento nacen de la pro-
pia accin del espritu; la materia (la variedad de
la sensacin) se origina en la afeccin de la facul-
tad de conocer, es recibida, ccdada.
Racional ismo: Empir i smo:
La razn es activa. La razn es pasiva.
Representaciones innatas. La percepcin, nica fuente.
K a n t :
2 factores del conocimiento.
F o r m a s : Materia:
Modos de comprender y Sensaciones nacidas de la
obrar la facultad de conocer afeccin
( priori). ( posteriori).
Slo ambas, juntas, dan el conocimiento.
E n el conocimiento entran dos cosas: un dato
de experiencia y funciones espirituales. E s una
formacin, sea, una ordenacin y combinacin,
elaboracin de una materia dada, mediante r e -
8 K A N T .
presentaciones apriorsticas.Kant piensa racional-
mente sobre la forma del conocimiento, y e m p -
ricamente sobre su materia.
8.
Las formas del conocimiento son, en parte in-
tuitivas, en parte conceptivas. Intuicin y concep-
to se distinguen, no (como Leibniz pensaba) en
grado, sino en gnero. L a intuicin es una repre-
sentacin individual, que se refiere inmediatamen-
te su objeto; el concepto, una representacin ge-
neral, que se refiere l mediatamente. Para lo-
grar un saber fructfero, tienen que. unirse ambos:
al conocimiento pertenece que se nos dan objetos
y que estos objetos son pensados. L a s intuiciones
sin conceptos son ciegas; los conceptos sin intui-
ciones, vacos.
1. Las formas de la intuicin: Espacio y tiempo.
9-
Espacio y tiempo son formas de nuestra recep-
tividad. Son: i ) no realidades, sino representa-
ciones; y i) representaciones, ni empricas, ni con-ceptos, sino intuiciones priori. L a prueba de la
primera tesis, K a n t la ha indicado slo. E l intento
F O R M A S D E L A I N T U I C I N . 9
de pensar espacio y tiempo como realidades es
irrealizable, pues son infinitos: y quin p u e d e
representarse una cosa ilimitada, el tiempo sin co-
mienzo ni fin, como una realidad? E l espacio es
la condicin de los objetos externos; si fuese una
cosa, esta cosa debiera, pues, preexistir las de-
ms, para que stas tuvieran en l sitio. Y una
realidad que precede las cosas reales para reci-
birlas en s, es un pensamiento imposible. T o d o
lo real pasa en el t iempo; y si ste fuese una cosa
real, 'dnde pasara? "En un segundo tiempo?
Espacio y tiempo, pensados como realidades exis-
tentes, no seran tales realidades, sino irrea-
lidades)) [Undinge]. Son, pues, subjetivos
ideales ( = representaciones).
10.
Pero no son representaciones arbitrarias, sino
necesarias, de valor universal, las cuales est
ligado todo espritu organizado como nosotros, y
que por esto se aplican los objetos que nos son
dados. A pesar de su idealidad trascendental))
(esto es, aunque, desde el punto de vista de la
doctrina del conocimiento, son meras representa-
ciones y, prescindiendo del sujeto de la intuicin,
no son nada), les pertenece realidad empr ica:
IO K A N T .
son tan reales, como todo lo que en ellos aparece:
tan reales como los cuerpos y como nuestros fe-
nmenos psquicos. Qu clase de representacio-
nes son, empricas apriorsticas, conceptos in-
tuiciones? i I r -
Son intuiciones apriorsticas. L a s cuatro prue-
bas que deben confirmar esta asercin estn orde-
nadas de modo que las dos primeras muestran
la aprioridad del espacio y el tiempo, y las otras
dos su intuitividad.
1) E l espacio no es un concepto emprico
(como el de planta piedra) formado por abstrac-
cin, quiz sacado de la percepcin de la coexis-
tencia y exterioridad recprocas de los cuerpos:
porque esta relacin de la coexistencia supone ya la
representacin del espacio. L a mutua exterioridad
no dice, en efecto, sino la situacin en distintos
puntos del espacio. Igualmente, la representacin
del tiempo es ms originaria que la de la sucesin.
2) L a representacin del espacio es una repre-
sentacin necesaria: podemos prescindir de todo
lo que est en el espacio, pero no del espacio mis-
mo. Igualmente imposible es representarse que
no hay t i e m p o . C o m o representaciones origina-
rias y necesarias, ambas son priori.
F O R M A S D E L A I N T U I C I N .
3) E l espacio no es una representacin gene-
ral, un concepto; sino individua!, una intuicin.
Pues no hay ms que un espacio nico, al cual
los distintos espacios se refieren slo como seccio-
nes limitaciones, no como ejemplares. Asimismo,
los tiempos suponen el tiempo uno.
4) E l espacio es infinito: contiene dentro de s
[in sich] una infinita multitud de representacio-
nes particulares (magnitudes de espacio), lo cual
nunca sucede con un concepto, que abraza sus
ejemplares ms bien bajo [unter] de s. E l rbol
est en los rboles, pero no el espacio en los espa-
cios, sino que stos se contienen en l. Igual-
mente, los tiempos no estn con el tiempo infinito
en la relacin lgica de la subordinacin de los
individuos al concepto de su especie, sino en la
relacin intuitiva de las partes al todo.
E n los Prolegmenos, se aade todava, como
quinta prueba, un pensamiento, empleado ya en
un escrito anterior la Crtica. A saber: hay en
el espacio y en el tiempo distintas direcciones (de-
recha izquierda, delante y detrs, arriba y aba-
j o , antes y despus), que no pueden ser compren-
didas lgica, sino intuitivamente. E l guante i z -
quierdo no sirve para la mano derecha.
12 K A N T .
8 I 2 -
Espacio y tiempo son formas puras de la sen-
sibilidad. Aqul es la forma del sentido exterior;
ste, la del sentido interno. K a n t distingue, con
L o c k e , la percepcin externa (de los cuerpos ex-
teriores nosotros) y la interna (de nuestros pro-
pios estados y actividades psquicas). Pero el tiem-
po y el espacio no se han dividido entre s el
mundo de tal suerte, que lo que uno pertenece
quede sustrado al otro; sino que el tiempo es el
trmino que desborda: lo que est en el espacio
est tambin en el tiempo (al modo como toda
ciudad bvara es tambin ciudad alemana); pero
no al contrario. C o m o los fenmenos externos son
representaciones nuestras, caen tambin bajo la
forma del tiempo. Este es la forma de intuicin
de todos los fenmenos; el espacio, slo la de los
exteriores.
i3-
Consecuencias. i ) Si suprimimos en el mun-
do el espritu, desaparecen con l espacio y tiem-
po. Slo para nosotros (no en s mismas) se dan
las cosas en el tiempo y en el espacio. L a s propie-
dades espacioso-temporales no pertenecen las
cosas mismas, sino slo nuestra concepcin de
F O R M A S D E L A I N T U I C I N .
ellas. A l aspecto de la cosa, abierto hacia nosotros
y accesible nuestra representacin, llamamos su
fenmeno [aparicin, manifestacin, Erscheinung];
al inaccesible para nosotros ( sea, la cosa tal como
ella puede ser, prescindiendo de nuestra manera
de verla), lo denominamos la cosa en s [das Ding
an sich],
2) E n todo conocimiento (adems del con-
cepto) hay siempre una intuicin. Nuestra intui-
cin est ligada al espacio y al tiempo. L a cosa,
tal cual se manifiesta en el espacio y el t iempo,
no es sino su fenmeno. P o r consiguiente, slo
conocemos las cosas como nos aparecen, no como
son en s. Nuestro conocimiento se limita los
fenmenos. Las cosas en s (los nomenos)
son incognoscibles.
N o , pues, las cosas en s, sino slo sus manifes-
Las cosas en s existen, verdad (si no existiesen,
no podran manifestarse), y podemos tambin
pensarlas; pero no intuirlas, verlas, ni por tanto
conocerlas. Pues conocer = ver -f- pensar.
3) A u n yo mismo, slo me conozco tal como
me aparezco (en el sentido nt imo), no como yo
soy verdaderamente. (Esto va dirigido contra la
taciones, son
14 K A N T .
preferencia que Descartes conceda la percep-
cin interna sobre la externa.)
4) E s imposible una ciencia de lo suprasen-
sible. K a n t rechaza el uso trascendente de la ra-
zn, declarando slo legtimo su uso trascenden-
tal. A q u l pretende (en vano) traspasar los l mi-
tes de la experiencia y conocer lo en-s, ms all
del fenmeno; el uso trascendental, por el contra-
r io , se queda al lado ac de dichos lmites y se
esfuerza (con xito) por investigar las condicio-
nes de la experiencia puestas en el sujeto, , en
otros trminos, lo priori. Proceda de un modo
trascendente, la antigua Metafsica, como supuesta
ciencia de lo inexperimentable; de un modo tras-
cendental, la Crtica de la razn, -teora del co-
nocimiento. L o experimentable, sea el mundo
fenomenal, que aparece en las formas apriorsticas
del conocimiento, es comparable un muro in-
accesible, que impide al sujeto cognoscente la vista
de lo en-s, que est detrs.
al lado all (detrs) Fenmeno. al lado ac (delante)
Cosa en s
falsa Metafsica
trascendente
M a t e r i a F o r m a
emprica priori
Fsica.
Facultad de conocer Q
* Sujeto
Crt ica trascendental
de la R a z n
Ciencia inmanente.
A N A L T I C A D E L O S C O N C E P T O S . 15
14.
Observacin crtica. K a n t no distingue con
bastante precisin entre la representacin de una
cosa, como proceso momentneo subjetivo en
nuestra alma, y la cosa representada. Aqul la es
el fenmeno subjetivo; sta, el objetivo. A l lti-
mo, sirve de fundamento una cosa en s descono-
cida. U n a torre parece de cerca ms grande
que de lejos; y es de alguna magnitud (fen-
meno objetivo, de valor universal). Pero las cosas
en s, que provocan en nosotros estos fenmenos,
no estn en el espacio ni en el t i e m p o . E l fen-
meno objetivo es el objeto; el subjetivo, un medio
de conocimiento.
j ; 2. Las categoras y los principios del entendimiento.
a) Analtica de los conceptos.
15-
E l entendimiento es la facultad de j u z g a r . P o r
esto, para descubrir los conceptos troncales del en-
tendimiento puro, nos valemos de la divisin de
las formas de los juicios: cada una de estas for-
mas corresponde una categora.
IO K A N T .
F O R M A S D E L O S JUICIOS
Cantidad.
Individual.
Particular.
General.
Cualidad.
Afirmativo.
Negativo.
Infinito.
Relacin.
Categrico.
Hipottico.
Disyuntivo.
Modalidad.
Problemtico
Asertrico.
Apodctico.
C A T E G O R A S
Cantidad. Cualidad. Relacin. Modalidad.
Unidad. Realidad. Sustancia y acci- Posibilidad-Imposibilidad
dente.
Pluralidad. Negacin. Causa y efecto. Existencia-Inexistencia.
Total idad. Limitacin. A c c i n recproca Necesidad-Casualidad,
(comunidad).
matemticas. dinmicas.
L a tercera categora en cada clase rene en s
las dos precedentes. (Esta discreta observacin de
Kant ha dado, el impulso las tradas de Fichte y
al mtodo dialctico de H e g e l ) .
16.
A la cuestin de cmo es que las categoras,
pesar de su origen subjetivo, tienen valor obje-
t i v o , responde la a deduccin trascendental de los
conceptos puros del entendimiento: que son obje-
tivamente vlidos, porque slo por ellos es posible
la .experiencia ( sea, en sentido estricto = un
A N A L T I C A D E L O S C O N C E P T O S . 17
conocimiento de valor universal sobre los objetos
de la percepcin). T o d a unidad, orden y regulari-
dad nacen de la actividad combinadora del en-
tendimiento.
De la mera percepcin, que slo muestra sucesin de
fenmenos, hacemos experiencia objetiva, aadiendo el
pensamiento de venir efectuado el segundo acontecimiento
mediante el primero: la categora de la causalidad es lo
que objetiva la percepcin en experiencia. Frecuentemen-
te, en la percepcin, el efecto precede la causa: notamos
antes el calor de la habitacin, y luego el de la estufa, que,
en la realidad, preceda aqul; primero, el cadver del
suicida, y despus la bala que ha producido su muerte. La
serie exacta de los fenmenos (la serie temporal objetiva),
la establecemos mediante la aplicacin del concepto de
causa.
17.
Otra dificultad ofrece esta cuestin: cmo son
aplicables las categoras objetos de experiencia?
Aqullas son conceptos apriorsticos; stos, intui-
ciones empricas: nada tienen, pues, de comn. E l
esquematismo de los conceptos puros del enten-
dimiento)) responde: esa aplicacin es posible, me-
diante los esquemas de la intuicin del tiempo, que
puede servir de intrprete, pues es priori, como
las categoras, intuitivo, como los objetos de la
percepcin. Los cuatro ttulos son: serie, conteni-
2
i 8 K A N T .
do, orden y suma (temporales) . Cada categora
tiene su propio esquema temporal, que, por decirlo
as, da la indicacin de aplicar en el caso dicha
determinada categora. A s , la persistencia en el
tiempo es el esquema del concepto de sustancia;
la sucesin regular, la seal para la aplicacin de la
causalidad; la existencia en todo tiempo, el signo
para la de la necesidad; la existencia en un tiempo
determinado, la indicacin para la de la efectivi-
dad [Wirklichkeit]; el tiempo pleno v a c o , el
esquema para la de la realidad, respectivamente,
de la negacin. 18.
Se entiende comunmente por subjetivo lo que
pertenece un sujeto particular determinado, .
distincin de otros sujetos, lo individual: una opi-
nin, un sentimiento. Pero K a n t llama tambin
as lo que conviene igualmente todos los sujetos,
lo general humano, lo que viene de la constitucin
del espritu (no de las cosas, de la experiencia), lo
priori. L a s intuiciones puras y las categoras son,
ciertamente, de origen subjetivo (universalmente
subjetivo); pero ( pesar de esto, , ms bien, pre-
cisamente por esto) tienen valor objetivo.
A N A L T I C A D E L O S C O N C E P T O S . 19
8 *9-
L a s representaciones apriorsticas se distinguen
de las llamadas ideas innatas en que no son con-
ceptos dispuestos, listos, preparados, sino actos del
entendimiento; esto es, sntesis, por las cuales es
introducida la unidad en la variedad dada. Cada
categora es un acto de abreviacin, de resumen,
y supone una unidad suprema, una sntesis pri-
mitiva [Ursynthesis]: la apercepcin trascendental,
la pura conciencia, el pensamiento Y o pienso,
que acompaa todas nuestras representaciones. E l
Y o puro se distingue del Y o emprico, objeto
mudable de la observacin propia, por tres notas:
es siempre slo sujeto percipiente, nunca objeto
percibido; es permanente; no es individual, sino
sobrepersonal, igual s mismo en todos los esp-
ritus. ( D e esta conciencia pura de s propio, el
punto ms alto que K a n t se eleva, crey Fichte
deber partir, como del hecho primitivo del esp-
ritu, y desenvolver desde l , sintticamente, el
sistema de los actos puros del entendimiento).
K A N T .
b) Analtica de los principios.
2.
L a s leyes particulares empricas de la Naturale-
za son tan slo determinaciones ulteriores de cier-
tas leyes naturales generalsimas, que K a n t llama
principios del entendimiento p u r o , porque el en-
tendimiento no las saca de la Naturaleza, sino que
las prescribe sta. E l entendimiento es el legisla-
dor de la Naturaleza, el fundador del orden natu-
ral universal, el que hace del mero mundo sensi-
ble, de lo dado, una Naturaleza, esto es, un todo
de fenmenos enlazados segn leyes.
K a n t compara (en el prlogo la segunda edi-
cin de la Crtica de la Razn fura) la revolu-
cin que en el modo de pensar espera realizar, con
la de Coprnico en su tiempo. Este hace que el
sol permanezca quieto y que la tierra gire. A l sis-
tema heliocntrico, corresponde el noocntrico, se-
g n el cual, el entendimiento no se rige por Jos
objetos, sino stos -por aqul. L a extraa teora de
que las cosas se guan por nuestras representacio-
nes, pierde su contrasentido, si se reflexiona que la
Naturaleza, la cual dicta sus leyes el entendi-
miento, significa la conexin de los fenmenos se-
gn ley (no de las cosas en s ! ) : ahora bien, stos
A N A L T I C A D E L O S P R I N C I P I O S . 21
son representaciones de la sensibilidad, y , como
tales, estn sometidos las leyes de nuestra f a -
cultad de representacin.
2 I -
Conforme las cuatro rbricas de la tabla de
las categoras (cantidad, cualidad, relacin, moda-
lidad), hay cuatro clases de principios:
1. Axiomas de la intuicin;
2. Anticipaciones de la percepcin;
3. Analogas de la experiencia;
4. Postulados del pensamiento emprico en
general.
1. E l principio de los axiomas de la intuicin
dice: todas las intuiciones son magnitudes extensas.
1. E l principio de las anticipaciones de la per-
cepcin es: la sensacin, y lo real que en el objeto
corresponde ella, tiene una magnitud intensiva,
sea, un grado.
3. Analogas de la experiencia (sobre ellas, v a -
se el libro de Laas con este mismo t tu lo , 1 8 7 6 ) :
a) E n todos los fenmenos hay algo perma-
nente; todo cambio de fenmenos es
slo una modificacin, no nacimiento
ni destruccin; la cantidad de sustan-
cia no sufre disminucin ni aumento.
22 K A N T .
b) T o d o acontecimiento supone a lgo, una
causa, la cual sigue, conforme cierta
regla (la ley de causalidad no toca
la existencia de las sustancias, sino slo
los cambios de estado de lo perma-
nente).
c) T o d a s las sustancias, en cuanto coexisten,
estn en constante accin y reaccin
entre s .
4 . L o s postulados contienen determinaciones
sobre la posibilidad, la efectividad y la necesidad.
Acentuamos el trmino intermedio, segn el cual,
la sensacin es el criterio de la efectividad.
2 2 .
E n las dos primeras partes de la Crtica de la
Razn, ha mostrado K a n t que, en la Matemtica y
en la Ciencia pura de la Naturaleza, son posibles y
legtimos juicios sintticos priori, y porqu lo son:
1. Siendo el espacio y el tiempo intuiciones
apriorsticas, nos hallamos en estado de alcanzar
conocimientos universales y necesarios sobre las
relaciones espaciosas y temporales (numricas),
sin auxilio de la experiencia: en Matemticas, p o -
demos construir, esto es, producir la intuicin co-
rrespondiente un concepto.
L A S I D E A S D E L A R A Z N . 23
1. Sobre el fundamento de las categoras, y
con auxilio de las intuiciones puras, cabe estable-
cer principios que valen para toda experiencia,
pero que no estn tomados de sta.
3. P o r el contrario, la Metafsica no promete
mucho. E n cuanto al legislador, el entendimiento
slo debe funcionar con respecto "los fenmenos;
ms all de este lmite, cesa su imperio: las cate-
goras no son aplicables sino objetos de la expe-
riencia. Pero quiz las ideas racionales nos permi-
tan traspasar los lmites de la experiencia. Sin
duda, existe una aspiracin alcanzar conocimien-
to trascendente y un estmulo tenerlo por ase-
quible: es posible la Metafsica?
3. Las ideas de la razn.
23-
Tambin en la razn, deriva K a n t la funcin
trascendental de la funcin lgica. E l entendi-
miento j u z g a ; la razn concluye. A q u l es la
fuente de las categoras; sta, la de las ideas. D e
las tres formas de conclusin (categrica, hipot-
tica, disyuntiva), resultan tres ideas capitales:
alma, Dios, mundo, cada una de las cuales expresa
un trmino absoluto. L a razn, que concluye, tie-
24 K A N T .
ne que considerar completa la serie ascendente de
las condiciones, como dadas en su totalidad (pues
la proposicin concluida es condicionada por ante-
riores proposiciones, que, su v e z , dependen de
premisas superiores, etc.; y la referencia, que esto
exige, razones cada v e z superiores, no puede,
sin embargo, llevarse, en realidad, hasta el fin;
mientras que, sin semejante conclusin, la cadena
de las pruebas flotara en el vac o) . Este pensa-
miento de una totalidad absoluta, de una infini-
tud completa, es la idea racional.
24.
L a s ideas racionales se distinguen de los c o n -
ceptos del entendimiento, categoras, en que
jams se les puede hallar un objeto en la intui-
cin. Son meros pensamientos aunque necesa-
r i o s saber: temas, mximas, que dan reglas
nuestro conocimiento y lo unifican: son .princi-
pios, no constitutivos, sino slo regulativos. A s ,
la idea del alma es el punto de unidad pensado
para ios fenmenos internos; la del universo,
para los externos; la de D i o s , para todas las co-
sas. Estas reglas de investigacin, no es lcito to-
marlas como objetos dados lo cual tiende
nuestra razn misteriosamenteni, en la exigen-
E L A L M A . 25
cia de organizar los fragmentos de nuestro saber
en un sistema del conocimiento, ver una afir-
macin dogmtica sobre lo real. L a s ideas tienen
un mero valor hodegtico: son nicamente indi-
caciones, que nos muestran cmo buscar los co-
nocimientos, y completarlos, una v e z hallados.
Desconociendo esta naturaleza puramente indica-
tiva de las ideas, haba credo W o l f f poder fundar
sobre ellas una ciencia racional del alma, de Dios
y del mundo. Despus de haber refutado K a n t ,
en la Analt ica, la primera parte de la M e t a f -
sica de Wolf f , la Ontologa , pasa', en la Dialc-
tica, la crtica de las otras tres partes, la Psico-
loga , la Cosmologa y la Teo log a especulativas.
25.
L a idea psicolgica arrastra paralogismos,
conclusiones falsas, en las cuales, el concepto del
alma, que slo tiene el sentido formal de un sujeto
lgico, y que jams puede ser un predicado, se
toma en el sentido metafsico de una sustancia
real, y se interpreta la unidad del Y o como sim-
plicidad de su naturaleza.
Kant distingue cuatro paralogismos: de sustancialidad,
simplicidad, personalidad idealidad: el alma es sustancia,
es simple, es una y es espiritual, inmaterial.
26 K A N T .
Slo por la observacin emprica, no por la es-
peculacin trascendente, podemos conocer la vida
del alma. L a inmaterialidad de sta, su inmortali-
dad, etc., no pueden, ni demostrarse, ni refutarse
(por lo cual, las afirmaciones del materialismo son
tan insostenibles como las del espiritualismo): son
cosa de fe. 26.
L a s ideas cosmolgicas presentan un ideal, al
cual se debe aspirar, pero que jams puede alcan-
zarse por completo. Si no se las toma como pro-
blemas (perfecciona incesantemente el conoci-
miento; busca sus ltimas partes, pero nunca creas
haberlas hallado), sino como afirmaciones teo-
remas, nos llevan antinomias, esto es, un con-
flicto entre dos proposiciones contradictorias, cada
una de las cuales puede ser demostrada de un
modo concluyente. Las tesis afirman y las anttesis
niegan las cuatro siguientes cuestiones:
1. Tiene el mundo lmites en el espacio y el
tiempo?
2. Consta lo compuesto de partes simples?
3. A d e m s de los acontecimientos por nece-
sidad natural, hay tambin actos libres?
4. Existe en el mundo, fuera de l, un ser
pura y simplemente necesario?
E L M U N D O . 27
De qu lado debe aqu ponerse la razn? E l
inters moral toma partido en pro de las tesis.
Pero un deseo no es una prueba.
K a n t resuelve las dificultades, por medio del
idealismo trascendental. Declara falsas ambas
proposiciones de las antinomias matemticas (1 y
2 ) , y verdaderas las de las dinmicas ( 3 y 4 ) , en
las cuales la tesis vale respecto de las cosas en s ;
y la anttesis, respecto de los fenmenos.
Antinomia 1 . "Ni se puede afirmar que el
mundo es l imitado, ni que es i l imitado; el
Universo no es un todo determinado, ni tiene
una magnitud concreta: existe slo en el impulso
sin fin de nuestra indagacin hacia fenmenos que
siempre retroceden. L a primera idea cosmolgica
nos da slo esta regla: no permanezcas en ningn
punto del tiempo ni del espacio como si fuese el
lt imo; ni tengas jams por acabado el regreso
en la serie de los fenmenos.
Antinomia a."La segunda idea cosmolgica es
tambin nicamente una expresin de lo inagota-
ble de la experiencia. N o debe entenderse como si
enseara que hay partes ltimas en la materia,
que no las hay; sino que encierra slo este pre-
cepto: no tomes como ltima ninguna parte que
llegues; sino sigue siempre investigando. L a e x i -
28 K A N T .
gencia de esta incesante investigacin da el verda-
dero sentido de las ideas cosmolgicas matemti-
cas. Dicha exigencia es doble: cree en un trmino
ltimo (pues debes buscarlo) y cree la vez en
la ulterior divisibilidad (jams descanses donde
llegues). L a idea, en el sentido de K a n t , es com-
parable una linterna, que lleva atada delante el
conocedor, con la indicacin de caminar hasta
donde su luz le alumbre. Conforme va alcan-
zando en su camino el punto que al principio le
pareca el ltimo, el crculo luminoso se va ade-
lantando tambin, y l tiene que seguir andando.
N o te pares jams en tu aspiracin al cono-
cimiento.
Antinomia 3 (y 4 ) . E n las antinomias di-
nmicas, no hay propiamente contradiccin,
porque los contrarios hablan de cosas distintas.
L o s actos del hombre, en cuanto fenmenos, son
necesarios y 'tienen que ser explicados segn
la ley de causalidad; no obstante lo cual, el h o m -
bre., como cosa en s (en su carcter inteligible),
es libre y sus acciones estn sujetas al juicio
moral. A s son compatibles la necesidad natural y
la libertad. Schelling y Schopenhauer se han asi-
milado este concepto de libertad inteligible. ( A c e r -
ca del sentido y solidez de la doctrina kantiana
D I O S . 2 9
de la libertad, comp. Falckenberg, Sobre el carc-
ter inteligible (en la Zeitsch. f. Philos, u. ph. Kri-
tik, vol. 7 5 , 1879) . 27.
L a idea teolgica, Ideal de la razn pura.
Crtica de las pruebas de la existencia de Dios.
1. L a prueba teleolgica (la ms eficaz para
el sentimiento, pero lgicamente la ms dbil),
tomada de la organizacin del mundo conforme
un fin, conduce, cuando m s , un sabio orde-
nador del Universo, pero no un creador omnis-
ciente de la materia.
1. L a prueba cosmolgica exige para lo acci-
dental una causa ; y (pues este regreso no puede
ser infinito), en ltima instancia, una causa no
accidental ya, que no dependa de otra alguna, por
tanto incausada; pero , en esto, excede ilegtima-
mente los lmites del fenmeno.
A m b a s pruebas suponen adems:
3. E l argumento ontolgico, el cual atribuye
la existencia la suma de todas las perfecciones,
porque, de otra suerte, le faltara esta perfeccin.
A q u se toma falsamente la existencia como un
predicado, cuya adicin aumenta la suma de no-
tas, el contenido del concepto; siendo as que ,
en realidad, solo expresa la posicin del concepto,
3 K A N T .
con todas sus notas; por consiguiente, una rela-
cin con nuestra facultad de conocer: el hecho de
darse el objeto. L a existencia no es una perfec-
cin, sino que indica slo esa posicin [Setzung]
de un contenido, que, en cuanto meramente posi-
ble (no puesto) , tiene las mismas notas predi-
cados que en cuanto real. (Cien monedas reales,
efectivas, no tienen ms que cien monedas posibles,
pensadas). Tambin Herbart ( i o a ) concibe la
existencia como posicin absoluta.
A esta crtica negativa, se aade, su v e z , un
complemento positivo. L a razn teortica no es
capaz de probar la existencia de la Divinidad; pero
tampoco puede contradecirla con fundamento:
si los ensayos de demostracin de los telogos no
nos convencen, tampoco tenemos que asustarnos
de los ateos. L a idea de Dios subsiste como prin-
cipio regulativo. N o sirve para conocer el ser de
D i o s , ni el mundo; pero s para el juicio de ste:
podemos y debemos considerarlo como si fuese obra
de una R a z n suprema.
2.8.
L a Metafsica es imposible. Esta verdad no es
de ningn modo peligrosa para la moral ni para la
religin. Pues si destruye la esperanza de poder
C O N C L U S I N . 31
demostrar la realidad de las ideas, quedamos por
lo mismo libres del temor de que se nos demuestre
lo contrario. Kant ha limitado el saber, para dejar
lugar la creencia. (Prlogo la 2. a edicin de la
Crtica de la Razn pura). N o es el entendimiento
terico, sino la razn prctica, quien puede sal-
var el dintel que separa el reino de lo suprasensi-
ble. E n la teora del conocimiento, la cosa en s
era solo un concepto negativo, de lmite; en la
moral, adquiere un contenido positivo.
T E O R A D E L C O N O C I M I E N T O
i . Positiva.
Experiencia.
Conocimiento
de los
fenmenos.
2. Negativa.
No hay
Metafsica.
La cosa en s,
incognoscible.
3. tica.
Postulados morales.
Realidad de lo
suprasensible.
Fe prctica.
K a n t ha mostrado:
1. Q u e hay representaciones apriorsticas (es-
pacio, t iempo, categoras), que hacen posible el
conocimiento matemtico y la experiencia (el c o -
nocimiento de los fenmenos), con valor general.
2. Q u e es cierto que, por medio de las ideas,
lo infinito es pensado, pero no conocido; de suerte
que sobre ellas no puede fundarse una Metafsica
de lo suprasensible.
32 K A N T .
3. Q u e , tericamente, slo cabe probar la po-
sibilidad de la inmortalidad del alma, de la v o -
luntad libre y de la Divinidad. Esta posibilidad se
eleva certidumbre para la fe racional prct ica v
II. Fi losofa prctica.
1. La ley moral.
2 9 -
Se llama voluntad, la facultad de producir obje-
tos conformes las representaciones, de deter-
minarse su produccin. L a s reglas que la volun-
tad se da s misma que le son dadas, son los
principios prcticos. Se dividen en mximas, de
valor subjetivo (me propongo, en tiempo nubla-
d o , no salir sin paraguas), imperativos de valor
universal (quien quiera ser maestro, ejerctese con
tiempo). D e estos imperativos, unos, los hipotti-
cos, valen solo bajo ciertos supuestos (si quieres
agradar los hombres, s corts y servicial); otros,
por el contrario, los categricos, bajo todas las con-
diciones, sea, en absoluto (no debes robar). E n el
primer grupo, entran las reglas de prudencia, que
nos recomiendan medios para fines dependientes
L A L E Y M O R A L . 33
de nuestro arbitrio; bajo la segunda, los deberes
morales. N o se puede pretender de todo hombre
que se proponga el fin de ser querido de la gente;
pero s que se abstenga de la injusticia. Si es un
ser racional, habla en l una v o z honrada, que
no puede reducir al silencio y le dice: debes
cumplir tu deber. 30.
K a n t comienza su obra tica, purificando el tem-
plo: todo lo que en la Moral haba arraigado de
impuro, la aspiracin al placer, el llamado inters
bien entendido, lo arroja del lugar sagrado. H a s -
ta entonces, los sistemas de moral, todos y cada
uno, rinden culto un eudemonismo, manifiesto
encubierto, grosero delicado. Eudemonista es
toda teora moral que dice que la virtud debe
ejercitarse por la felicidad que procura. Esta pre-
ocupacin debe arrancarse de r a z : la felicidad y
la virtud nada tienen de comn; el deber y la in-
clinacin se oponen entre s . Cumplir su deber
quiere decir: obedecer en absoluto al precepto de
la razn, sin consideracin al propio bien. L a
bondad moral consiste en aspirar, no la felici-
dad, sino ser digno de ella.
3
34 K A N T .
3 i -
Si ha de haber una ley moral igualmente obli-
gatoria para todas las personas y situaciones de la
vida, slo puede ser formal, es decir, prescribir un
modo de obrar, pero no ningn fin determinado,
ningn objeto apetecible la voluntad. P o r su
valor universal, el imperativo categrico es un ju i -
cio priori y nada emprico puede contener. Y si
prescindimos de todo contenido, slo nos queda
la forma de la ley universal. Conforme esto,
su frmula tiene que decir: obra segn una m -
xima de los fines, que pueda ser por cada cual
tenida como ley universal. E n esto poseemos un
criterio inequvoco para saber si un modo de obrar
es moral no: lo es, cuando su principio es capaz
de ser tomado como ley universal.
32.
Esa pura determinacin formal recibe ulterio-
res complementos por parte del contenido del
deber.
1. Se llama cosa todo aquello que tiene un valor
puramente relativo y exterior; los seres racionales,
personas, poseen un valor interno (insustituible):
son fines de s propios: para ellos no hay equiva-
P O S T U L A D O S D E L A R A Z N P R A C T I C A . 35
lente alguno. Las cosas tienen ((precio [Preis];
las personas, dignidad [TYrde], A s , servilismo
y corrupcin son las mayores bajezas. D e aqu
nace el precepto: no trates jams las personas
como cosas; respeta su naturaleza de propios
fines en ti y en los d e m s . 2 . Favorece con todos
tus medios tu propia perfeccin y la felicidad aje-
na. Pues estos son los nicos fines que, ante el cri-
terio de la universalidad absoluta, resisten la prue-
ba. L a felicidad propia no puede ser precepto, pues
sera una contradiccin querer obligar cualquie-
ra que haga lo que l inevitablemente ya hace de
suyo (y , en general, con exceso); el perfecciona-
miento ajeno, tampoco, por ser cosa de que slo
puede cuidar cada interesado. D e esta suerte re-
suelve K a n t la discusin entre la moral inglesa de
la felicidad y la alemana del perfeccionamiento.
2. Los tres postulados de la Kazn prctica.
33-
De dnde viene la ley moral, quin nos la da?
Kant rechaza las opiniones que consideran como
legislador la voluntad de D i o s , el sentido m o -
ral. Ambas hacen venir la ley desde fuera la
voluntad: ensean una heteronomia; cuando, p o r
K A N T .
el contrario, la razn se da s misma la ley:
es autnoma. L a ley moral es un hecho primario:
est en la naturaleza de nuestra razn obligarse
s propia. Si no podemos, pues, buscar los fun-
damentos de este hecho, imposible de deducir,
nada nos prohibe investigar las condiciones bajo
las cuales nicamente es inteligible. L a ley moral
carecera de sentido, si el hombre no poseyese
fuerza para obrar contra sus inclinaciones y ape-
titos: esto es, si no fusemos libres. D e la autono-
ma se s igue, pues, la libertad. Mandndonos la
ley determinarnos por pura r a z n , nos garantiza
que somos capaces de elio ( p u e d e s , pues que
debes). Este es el primero de los llamados pos-
tulados, sea, supuestos tericos, que estable-
cemos slo para la necesidad prctica: debemos
seguir la ley del deber; por tanto, tenemos que
creer en nuestra libertad.
K a n t concede la R a z n prctica la primaca
ante la terica y, con ella, el derecho de presen-
tar, como facultad superior, al entendimiento la
pretensin de hacer valer ciertas proposiciones
indisolublemente enlazadas, con lo que debe ser,
bajo la sola condicin de que no encierren contra-
diccin alguna. N o por esto crean los postulados
prcticos una extensin de nuestro conocimiento:
P O S T U L A D O S D E L A R A Z N P R A C T I C A . 37
pues nosotros slo podemos pensar los objetos
inteligibles ( c o m o la causalidad l ibre) , pero no
verlos intuitivamente.
34-
Para un ser meramente sensible, como el animal
y la planta, slo existen las leyes de la necesidad
natural. Para los puramente espirituales, el bien
no tiene la forma del deber, pues que falta en ellos
la posibilidad de la infraccin; y para la voluntad
santa de Dios , no hay obligacin alguna, sino v o -
luntad siempre del bien. E l imperativo slo con-
cierne seres que pertenecen ambos mundos:
al sensible y al racional. C o m o cosa en s, el h o m -
bre es legislador; como fenmeno, est sometido
la ley. E l elemento de disgusto, contenido en el
sentimiento del respeto, se explica porque la severa
majestad de la ley moral humilla la parte sensible
del hombre, al par que eleva su parte racional.
35-
Adems de la libertad, hay todava otras dos
ideas, las de Dios y la inmortalidad, cuya realidad
nos garantiza la R a z n prctica. Su posibilidad
de ser pensadas ha sido mostrada en la dialctica;
ahora se trata de la realidad de sus objetos. Para.
38 K A N T .
fundarla, se trae el concepto del Sumo Bien.
Forma un elemento de ste, el bien supremo,
la moralidad perfecta. Pero el bien completo ( i )
pide todava algo ms: la relacin proporcional
entre la virtud y la felicidad. Nuestra razn abri-
ga el deseo de que cada cual sea exactamente tan
feliz como su conducta moral lo merezca. Este
ideal no se realiza aqu abajo. P o r esto, postula-
mos un Ser omnipotente, omnisciente, universal-
mente justo y bondadoso, que, la v e z soberano
del mundo moral y creador de la Naturaleza, es-
tablezca en la otra vida ese equilibrio entre la feli-
cidad y la virtud, que falta en la tierra. Esta prue-
ba moral de la existencia de Dios es, segn
Kant , la nica que conduce su fin.
3 6 .
L a persistencia del alma necesita postularse, ade-
ms, por otra razn que por esta de la remune-
racin. Prcticamente, resulta probada por el pre-
cepto racional de la santidad. A causa de la sensi-
bilidad, que no nos es dado suprimir, la voluntad
humana no puede en la tierra satisfacer esa exi-
(1) Bien soberano, completo (consummatum, perfec-tissimumvolletidet).T.
E L M O T I V O M O R A L . 39
gencia de una absoluta perfeccin moral. T i e n e ,
pues, que haber otra vida, despus de la muerte,
para que se vaya aproximando dicho fin (jams
realizable por completo) en un progreso infinito.
37-
L a realidad de estas tres ideas slo puede ser
creda, no sabida. N a d a hay que modificar la
refutacin del conocimiento terico de Dios : la
T e o l o g a especulativa sigue siendo, ahora como an-
tes, imposible. L a sustituye la T e o l o g a moral, la
fundamentacin de la fe en Dios sobre las exi-
gencias de la R a z n prctica.
3. E l m o t i v o moral; deber inc l inac in .
3.
Segn Kant , slo pertenece verdadero valor
moral aquel acto, cuyo motivo es nicamente la
representacin de la ley moral y el respeto ella;
no una inclinacin cualquiera, abierta encubier-
ta. L a ms pequea mezcla de impulsos sensibles
egostas enturbia la pureza de la intencin. E l
nico motivo verdaderamente moral es la idea
del deber. U n a accin es meramente legal cuan-
do est conforme al deber, pero no se realiza por
4 X A N T .
el sentimiento de ste, sino por el placer el
provecho que promete, es decir, por egosmo.
Slo es moral, cuando, adems del acto externo,
conforma tambin con la ley la intencin, el im-
pulso: cuando la accin nace exclusivamente de
este pensamiento: debes.
39-
Observacin critica. E n la insistencia exclu-
sivista sobre la pureza del motivo, cae K a n t en
una falta, cometida ya por los estoicos: considerar
como verdadera moralidad solamente el grado su-
premo de ella (la conducta por principios), de-
jando de estimar los otros diversos grados en ella
posibles. Su etmetro no aprecia graduacin al-
guna entre el punto de ebullicin y el cero; ne-
gando que exista verdadera moralidad, ms que
all donde se la puede comprobar con seguridad
( saber: donde la accin se verifica contra toda
inclinacin). Olvida que el principio, en la lucha
entre las inclinaciones, puede favorecer la mejor,
aunque en s sea la ms dbil, y ayudarla ven-
cer; y que una accin, la cual nos impulsa una
de esas inclinaciones, puede igualmente realizarse
por principios. Se puede hacer una cosa con in-
clinacin, aunque no se ha.ga.por ella. Bajo el nom-
D E R E C H O Y E S T A D O . 41
bre de conducta meramente legal, comprende K a n t
diversos modos de obrar: reprobables, inocentes y
loables. Tenemos que distinguir cinco casos, all
donde l solo enumera tres. U n acto conforme al
deber puede:
1. Ejecutarse solo por principios.. = moralidad.
( contra ) ; inclinacin. ( sin )
2. Por principio y por inclinacin. = ms que
3. Slo por inclinacin (inocente:
v. g. compasin) = buena ^ legalidad.
4. Por motivos innobles (vanidad,
clculo) = mala
15. No ejecutarse = conducta contraria
al deber.
4. D e r e c h o , E s t a d o His tor ia .
40.
Mediante la ley jur dica , se limita la libertad
del individuo de modo que pueda coexistir con
ella la libertad de todos los dems. E l derecho
comprende la esfera de los actos coercibles; no lo
son las intenciones, y por esto la ley jurdica se re-
duce exigir la legalidad de la c o n d u c t a . L a ne-
cesidad de la pena descansa en el principio de la
retribucin; los puntos de vista de la correccin
42 K A N T .
y de la defensa no tienen ms que una importan-
cia secundaria.
E l Estado es puramente una institucin de de-
recho; su fin no es el bienestar ni la moralidad de
los ciudadanos, sino la proteccin de su libertad.
H u m e haba rechazado como anti-histrica la
opinin de H o b b e s (y de Rousseau) de que el
Estado ha nacido por contrato. K a n t concuerda
con l; pero defiende la idea de un contrato pri-
mitivo, como ficcin ideal, que no afirma un hecho
histrico, sino que da slo una regla para medir
el valor de las leyes: es justa aquella ley, que el
pueblo se habra podido dar s mismo.
E n poltica, se declara por el constitucionalismo.
Pide la libertad de escribir, como derecho in-
alienable del ciudadano, y la separacin de los tres
poderes, como condicin de la libertad civil. E l
poder legislativo corresponde la representacin
nacional;.el ejecutivo, al prncipe (que puede estar
formado por un ser de varias cabezas), y el j u d i -
cial debe conferirse cierto nmero de ciudadanos,
nombrados por eleccin. K a n t slo reconoce dos
constituciones: la justa, que llama republicana, en
la cual el ejecutivo est separado del legislativo, y
la injusta desptica, en que esto no sucede.
L A H I S T O R I A . 43
41-
E l fin de la historia universal es la fundacin
de la mejor constitucin poltica. U n estado g e -
neral de paz , que comprenda la Humanidad toda,
tal como la razn lo exige, slo se puede esperar
de una confederacin de los pueblos, que decida
por sentencia judicjal las discordias entre los E s -
tados particulares y haga de esta suerte intil la
guerra. N o se debe renunciar este ideal de una
paz perpetua, por ms que se pueda esperar poco
su prxima realizacin; es un principio regulativo,
un fin, hacia el cual hay que dirigir la evolucin,
sin que nos importe cunto tiempo haya de pasar
todava hasta que se efecte. Las perspectivas de
supresin de las guerras seran escasas, si slo nos
llevase ello el deber; por fortuna, el egosmo
del hombre obra en el mismo sentido. Pues si,
para la consideracin moral, la Naturaleza y la
libertad son opuestas, para la histrica, conver-
gen hacia un mismo punto. L a propia Naturaleza,
que, por medio de las religiones y las lenguas, ha
separado los pueblos, los rene de nuevo por
medio de su egosmo. Si la Moral no alcanza im-
pedir la guerra, el espritu mercantil acabar con
ella, como un obstculo al comercio.
44 K A N T .
Contra Mendelssohn, que slo reconoce mejo-
ramiento en el individuo, no en la H u m a n i d a d ,
K a n t representa la conviccin del progreso ince-
sante del gnero humano. E s un deber tomar
parte activa en la mejora de la H u m a n i d a d , y por
tanto una necesidad de la razn creer en su posi-
bilidad. N o faltan de ello confirmaciones histri-
cas: K a n t aduce el unnime y desinteresado en-
tusiasmo con que en todas partes eran acogidas las
ideas de libertad de la Revolucin francesa.
III. Filosofa de la Religin.
42.
T r e s grandes cuestiones hay, que conmueven el
corazn humano: qu puedo saber? qu debo
hacer? qu me es dado esperar? A las dos prime-
ras, han respondido la Teor a del conocimiento y
la M o r a l . L a tercera es el problema fundamental
de la T e o r a de la Religin. E s la v e z terico y
prctico: qu necesito creer, para animarme .
cumplir mis deberes morales? El ser y el deber
ser, la naturaleza y la libertad, penetran aqu una
en otra. L a creencia en Dios nace de la moralidad.
L a Moral es originaria independiente; la Reli-
F I L O S O F A D E L A R E L I G I O N . 45
gin viene despus, como un segundo trmino,
completarla: es el conocimiento de nuestros debe-
res como preceptos divinos. L a ley moral no nos
obliga porque Dios nos impone su obediencia;
sino que, por valer ellas de s u y o , debemos consi-
derarlas como mandatos divinos. Pues primero
es menester establecer el carcter moral racional
de un precepto, antes de atribuirle origen divi-
no. L a Religin no tiene otro sentido que el de
fortalecer el influjo de la ley moral, mediante la
idea de la majestad del Legislador divino. L a R e -
ligin racional, adems de la ley moral, no con-
tiene otra cosa que los postulados prcticos. Las
religiones histricas aaden sin embargo todava
una serie de proposiciones positivas, que tienen
por reveladas. E l racionalista deja un lado el
origen de los dogmas y se limita examinar su
contenido racional, saber: hasta qu punto esos
dogmas se hallan de acuerdo con la razn?
La Religin dentro de los limites de la mera
Razn ( 1 7 9 3 ) consta de cuatro partes, cada
una de las cuales se aade una observacin gene-
ral. Sealemos tres ideas fundamentales.
46 K A N T .
43-
i ) De la coexistencia del principio de la mal-
dad con el de la b o n d a d . L a maldad radical,
herencia del pecado, es la inclinacin del hombre,
innata, pero culpable (mediante un hecho del
orden inteligible^.el pecado original) , invertir
el orden moralmente obligatorio de las mximas:
esto es, poner la inclinacin sobre el deber. L a
moralizacin del hombre exige, pues, una comple-
ta reforma del carcter (renacimiento), que, en el
mundo temporal, slo cabe como un mejoramien-
to continuo. Debe consolarnos que Dios no mira
nuestra conducta, siempre imperfecta, sino la
seria voluntad del bien (justificacin por la fe) .
C o n respecto la eficacia de la gracia, no puede la
razn declarar, ni su imposibilidad ni su realidad,
H a z lo que te corresponda para enmendarte!
44-
2) De la lucha del principio del bien con el
del mal por dominar sobre el h o m b r e . E l Hijo
de Dios, mediante el cual, y, respectivamente,
por motivo del cual , ha sido creado el mundo,
debe entenderse que significa la idea del hombre
perfecto. Creer en E l , no quiere decir: estar se-
F I L O S O F A D E L A R E L I G I N . 47
guros de que Jess sea hijo de D i o s ; sino recibir
en nuestra voluntad ese ideal de perfeccin moral.
Este es el sentido filosfico de la idea del logosr
E l hombre renacido sufre los dolores que el anti-
guo A d n mereci (padecimiento por representa-
cin) .- L o s milagros son, tericamente, discuti-
bles; moralmente, indiferentes.
45-
3) La victoria del principio del bien sobre
el del m a l . L o s hombres, para que el bien lle-
gue imperar, necesitan reunirse en una Sociedad
de la virtud, Reino de Dios. L a forma de este
Estado moral es la Iglesia, es decir, la Iglesia una
invisible. L a diversidad de las religiones emp-
ricas nace del error (hoy, ya evitable) de q u e ,
adems de la conducta moral , se necesita todava
un culto especial divino, sea, llenar preceptos
reglamentarios. E l trmino de la evolucin reli-
giosa es la resolucin de la fe histrica en la p u -
ramente racional. L o s llamados misterios, no
son cosas ocultas, v. g., la Trinidad (la Santidad,
la Bondad y la Justicia de D i o s ) , , si lo son, no
tienen para la moral significacin alguna.
4 8 K A N T .
46.
4 ) El culto y el falso culto, bajo el imperio
del principio del bien: sea, Religin y c l e r o .
L a fe eclesistica debe irse haciendo superflua. L a
tenaz adhesin ella, sobreponindola la fe
moral, es falso culto; la virtud, el verdadero culto
d iv ino.Considerar los sacramentos como medios
de obtener la gracia, es una ilusin religiosa
fetichista. 47-
Observacin crtica.La distincin de un ele-
mento racional y otro positivo en la Religin era
una parte de la herencia del desmo. E l progreso
sobre ste consiste en-que K a n t j u z g a ms exac-
tamente el valor del elemento positivo. L o s deis-
tas vean en l pura irracionalidad, una cosa que
no deba existir; K a n t lo mismo que Lessing
CLa educacin del gnero humano, 1 7 8 0 ) s e
esfuerza por hallar un sentido filosfico en los
dogmas positivos, viendo en ellos una cosa que,
es cierto, poco poco hay que ir considerando
como indiferente y borrndola; pero que al prin-
cipio era necesaria. L a Religin puramente racio-
nal no se halla en el pasado, sino en el porvenir;
y slo puede desenvolverse desde las positivas,
C R T I C A D E L J U I C I O . 49
como su grado preparatorio indispensable. A s ,
la Filosofa kantiana de la Religin seala el
punto de transicin entre el racionalismo abstracto
de la poca ((de las luces ( i ) y el racionalismo
especulativo del siglo x i x ( H e g e l ) .
IV. Crtica del juicio.
48.
E n la escuela de Wolff , hall K a n t la distin-
cin entre facultad superior inferior de cono-
cer y de apetecer. l todava aadi, siguiendo
(Mendelssohn y ) Teteus, una facultad de sentir
(ya inferior, sensible, ya superior, espiritual), como
modo sustantivo de la actividad del alma, y res-
pecto de la cual suscita igualmente el problema
de la posibilidad de juicios sintticos priori. C o n -
serva, pues, seis facultades del alma:
(Conocer) (Sentir) (Querer)
(superior) Entendimiento Juicio R a z n prctica
(inferior) i n t u i c n sensible, Sentimiento sensible A p e t i t o sensible.
de placer y disgusto,
(1) La Aufklaming, la ilustracin (segunda mitad del siglo x v i i l ) , corresponde en Alemania" al sentido de los esprits fors, los despreocupados, los enciclopedistas, en Francia.T.
4
K A N T .
D e la fuerza determinante de ju ic io , entendi-
miento, que subsume lo particular en un trmino
general dado, se distingue la fuerza reflexiva del
juicio, sea, la facultad superior de sentir, en que
sta, para un particular dado, busca lo general.
Su funcin consiste, no en conocer determinar el
objeto, sino slo, como su nombre lo indica, en
reflexionar sobre l , juzgar la Naturaleza segn
leyes de libertad. E l principio para este juicio es el
concepto de fin.
Ahora bien, hay dos especies de finalidad: for-
mal subjetiva ( = belleza), y real objetiva
( = perfeccin). Aqul la existe, cuando la forma
del objeto armoniza con nuestra facultad de cono-
cer: esto es, pone en grato acuerdo la fantasa y
el entendimiento del contemplador; la segunda,
cuando concuerda con el ser propio del objeto,
sea, corresponde su destino.
1. Es t t i ca .
49-
L a definicin de lo bello presenta cuatro notas
que lo distinguen de otros conceptos de valores
afines. Del bien m o r a l , se distingue, porque (lo
mismo que lo agradable los sentidos) causa pa-
E S T T I C A .
cer, sin concepto; de lo agradable, porque (al igual
del bien moral) ese placer es universal y necesario;
de ambos y de lo til , porque est en la mera
representacin, sea, es un goce desinteresado;
por l t imo, de lo perfecto, por su conformidad
puramente subjetiva al fin: es decir, porque pone
en actividad armnica nuestra intuicin y pensa-
miento slo mediante la mera forma del objeto.
Agradable llama cualquiera lo que le gusta; bello,
lo que meramente le place; bueno, lo que es apreciado,
aprobado, esto es, aquello en que l pone un valor obje-
tivo. En el primer caso, el goce se refiere la inclina-
cin; en el segundo, la benevolencia; en el tercero, al
respeto. La benevolencia [Gunst] es el nico placer
libre... Todo inters supone una necesidad, la pro-
duce.
So-
A d e m a s de aquella belleza libre, que agrada
exclusivamente por su forma (arabescos, flores),
admite K a n t todava otra belleza dependiente,
en la cual, la forma no solo es armnica en s
misma, sino que, adems, armoniza tambin con
el concepto fin' del objet (un templo, un h o m -
bre). K a n t tiene aqu presente la belleza expre-
siva y caracterstica, que existe all donde la figura
exterior refleja fiel y completamente el ser interior
de la cosa.
52 K A N T .
S i -
El placer de lo sublime estriba en que somete la
imaginacin la razn. E l sublime matemtico
(el cielo estrellado, el mar) sobrepuja nuestra
fuerza de resistencia, por la ilimitada extensin de
nuestra intuicin sensible; el dinmico (un terre-
moto, una inundacin), por su poderosa energa.
E n ambos casos, nuestra sensibilidad queda humi-
llada, pues no llega al nivel d la impresin; pero,
al mismo tiempo, nuestra razn se eleva, por la
idea que despierta del infinito; claro es que lo
propiamente infinito no puede ser contemplado
en la intuicin, pero s pensado. L a elevacin en
la disposicin de nimo del sujeto contemplador
es entonces trasportada, por una inevitable subrep-
cin, al objeto cuya magnitud la produce.
52-
Genio es la disposicin natural para producir,
sin conciencia de las reglas, obras maestras, cuya
generacin es imposible aprender y que otros ta-
lentos sirven de modelos, para seguirlos, no para
imitarlos.
Frente al ((gusto, como facultad de expresar
bellamente una cosa (quiz odiosa en s misma),
T E L E O L O G A . 53
es el genio la facultad de expresar ideas est-
ticas, esto es, representaciones de la imaginacin
que trasportan con arrobamiento al nimo, y tales,
que nos hacen aadir con el pensamiento, un
concepto del entendimiento, muchas cosas inefa-
bles, sin que pueda haber concepto determinado
alguno que les sea por completo adecuado.
Solucin de la antinomia del gusto. El juicio
del gusto no se funda en un determinado con-
cepto del entendimiento, sino en un concepto in-
determinado de la imaginacin (idea esttica).
P o r esto ocurre que sobre la belleza se puede
disentir, pero no disputar.
2. Teleologa .
53-
L a oposicin entre esta proposicin: ((.todo en la
Naturaleza es menester explicarlo segn leyes me-
cnicas (pues slo una explicacin de esta clase es
conocimiento) y esta otra: (.algunos fenmenos
naturales no pueden ser explicados mecnicamen-
te, sino que exigen el auxilio de causas finales^, la
resuelve K a n t de un modo que ambas da la ra-
zn. Son compatibles, en cuanto se las considera
como reglas subjetivas de la investigacin; no
54 : C A N T .
corno principios constitutivos afirmaciones dog-
mticas. ^ 54- '
L a explicacin mecnica de los productos de la
Naturaleza halla sus lmites en los organismos, en
cuanto sus partes se generan mutuamente (con-
servacin, crecimiento, reproduccin), y en su
existencia y forma estn determinadas mediante el
todo. Si en la Naturaleza hay algo que nos haga
admitir, al lado de la causalidad mecnica, otra
an, la causa final, son los seres v ivos . Para com-
prender por completo su estructura y origen, ten-
dramos que partir desde el todo y derivar de
l la existencia y organizacin de las partes. N o lo
podemos lograr. E n la esfera inorgnica, estamos
acostumbrados ver nacer de las partes el todo; y
como esto no es aplicable los organismos, antes
bien se exige lo contrario, tienen stos cierto ca-
rcter misterioso para nosotros.
E n esta perplejidad, apelamos al concepto de
fin, habitual para nosotros, gracias la conducta
humana, y consideramos los organismos como si la
disposicin de sus partes conforme un fin fuese
obra de un propsito conscio: tenemos la im-
presin de como si, aqu, la combinacin de las
partes hubiese presidido la reflexin. Pero no p o -
T E L E O L O G A . 55
demos indicar qu sujeto haya abrigado y eje-
cutado este propsito. Se suele repetir que la
Naturaleza persigue y alcanza en la estructura
de los seres orgnicos ciertos designios; pero esta
es una mera frase, que de nada sirve para el co-
nocimiento. Y el concepto trascendente de la D i -
vinidad no es lcito aplicarlo dentro de la ciencia
natural, como principio de explicacin.
55-
L a concepcin teleolgica no es una expli-
cacin; pero s una mxima regulativa del juicio,
que niega slo la cognoscibilidad, no la posibili-
dad, de un origen mecnico de lo orgnico. Del
principio de investigacin que los procesos na-
turales tienen que ser explicados mecnicamente
hasta donde sea posible, no se sigue que todos
ellos sean mecnicamente explicables. Si por su
parte la idea testa y la hilozoista afirman que hay
finalidad en la Naturaleza, el filsofo criticista, por
su parte, no puede concederlo; sino nicamente que
nosotros, los hombres, en el examen de las plan-
tas y los animales, no podernos prescindir de la
idea de fin.
L a naturaleza discursiva de nuestro entendi-
miento (al cual tienen que serle dados en intui-
K A N T .
cin sensible los objetos de sus conceptos) es res-
ponsable de que no podamos pensar el todo mismo,
sino nicamente la representacin del todo, como
precediendo las partes. Para un entendimiento
intuitivo (divino), una intuicin intelectual,
donde todo pensamiento fuese juntamente, sin
ms, un dato intuido, no cabra oposicin entre la
posibilidad y la efectividad, ni entre el mecanismo
y la teleologa. (Este entendimiento intuitivo, que
K a n t niega al hombre, lo reclama Schelling como
rgano de la especulacin, para los filsofos.)
L a concepcin finalista, est tan lejos de ser ene-
miga irreconciliable de la explicacin mecnica,
cuanto que le presta los ms inapreciables servi-
cios, proponindole nuevos problemas (cul es el
fin del corazn, de los pulmones, del hgado?).
56.
A la opinin, tan extendida, de que el ltimo
fin de la Naturaleza es el hombre, se opone la
dificultad de que aqulla no se nos muestra ms
solcita para con l que para con las dems cria-
turas. E l fin ltimo de la creacin es el hombre,
pero como ser moral. Slo as no se puede ya seguir
preguntando para qu existimos: la buena inten-
cin es lo nico que tiene un valor absoluto.
D E K A N T F I C H T E . 57
57-
C o n Scrates, tiene de comn K a n t : i ) la
conversin de la ciencia del Universo ciencia
moral: del ser al deber ; 2) ambos construyen su
tica sobre una teora del conocimiento; 3 ) ambos
han completado positivamente, mediante una sis-
temtica creadora, lo que sus contemporneos
(escpticos eclcticos) haban preparado: son,
tanto compaeros, como vencedores de los sofis-
tas, respectivamente, y de los ilustrados.
D e Kant Fichte.
58.
L a transicin de la Crtica de la Razn, de
K a n t , la Doctrina de la Ciencia, de Fichte , la
forman cuatro pensadores, de los cuales, slo el
primero se atiene la cosa en s, que los otros
rechazan, con Jacobi , como un concepto contra-
d i c t o r i o . K . (Carlos) Len. Reinhold ( 1 7 8 9 )
echa de menos en K a n t un principio supremo, de
que se pueda deducir todo el contenido de la C r -
tica de la R a z n , y ofrece como tal su principio
d la c o n c i e n c i a . T a m b i n S. M a i m n ( 1 7 9 0 )
58 D E K A N T F I C H T E .
busca una raz comn del pensamiento y la intui-
cin y cree reconocerlo en la conciencia)).
G. ( A d e o d a t o ) E . Schulze (Enesidemo, 1792)
declara que K a n t no ha logrado su intento de
refutar H u m e y que, en consecuencia de la
marcha del pensamiento criticista, se llega nece-
sariamente al idealismo absoluto: la negacin de
un mundo de cosas fuera de nuestras representa-
c iones .S. Beck ( 1 7 9 6 ) , por ltimo, explica que
el idealismo es el nico punto de vista exacto
para entender la Crtica de la R a z n ; de las cosas
en s, afectadas, habla K a n t slo para acomo-
darse pedaggicamente al modo de pensar del
realismo ingenuo del lector (como se dice los
nios que la cigea los ha trado al m u n d o ) ; en
la deduccin de las categoras, descorre el velo
y ensea su verdadera faz. Segn Schulze, K a n t
habra debido ser idealista; segn Beck, lo ha sido;
y slo se ha valido, al principio, de una envol-
tura realista, para facilitar el acceso su sistema.
59-
Federico Schiller ( 1 7 5 9 - 1 8 0 5 ) se enlaza con
su teora esttica Kant . Mientras que en el ape-
tito y goce sensible, y aun en la voluntad moral,
slo se manifiesta la mitad del hombre , la belleza
D K A N T F I C H T E . 59
pone en armona los dos lados de nuestra natura-
leza: la sensibilidad y la razn. E n la tendencia
al juego (la ocupacin con lo" bello), se unen y
concilian la tendencia la materia y la tendencia
la forma, que en los dems rdenes trabajan,
separadas, mutuamente hostiles. Slo por medio
de la educacin esttica, es posible el desarrollo
omnilateral de un noble humanismo.
C A P T U L O II
I. G. (Juan Tefilo) Fichte ( 1 7 6 2 - 1 8 1 4 ) .
1792. Ensayo de una Crtica de toda revelacin. * 1794. Base de toda la Doctrina de la Ciencia.
1796. Base del Derecho natural. 1798. El sistema de Ja Moral.. 1800. El destino del h o m b r e . E l Estado mer-
cantil cerrado. 1806. Caracteres de la edad presente.Sobre la
naturaleza del sabio. Gua para la vida bienaventurada, tambin, Doc-trina de la Religin.
1808. Discursos la Nacin alemana. (1810.) Los hechos de la conciencia (publ. en 1817) . (1813.) Doctrina del Estado (publ. en 1820).
Bibliografa: j . H. Lwe, La Filosofa de Fichte, 1862. K. Fischer, tomo v (vi).
60.
Fichte completa el idealismo iniciado por Kant:
1 ) Abandonando la cosa en s : aun la sensacin es
producida desde lo interior, no recibida de fuera;
es el resultado de una propia limitacin del Y o .
F I C H T E . 6l
2) D a n d o la filosofa de K a n t la forma de un
sistema cerrado. L o s actos necesarios de la inteli-
genciaintuiciones puras y c o n c e p t o s l o s ha
mostrado K a n t slo como hechos; pero no dedu-
cido de un principio supremo. E l dualismo de
las actividades, recprocamente exclusivas, de la
intuicin y el pensar, as como el del conocer y el
querer, exige un punto de unidad, un hecho pri-
mitivo del Y o . C o m o principio de la Filosofa,
no podemos elegir, con el realismo (Espinosa),
el ser [el existir, das Sein], pues ningn puente
lleva desde ste al pensamiento; sino slo, idealis-
tamente, la conciencia, en cuanto sta, como ser
esciente, incluye en s la existencia. A d e m s , la
concepcin realista