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ISSN 1807-1783 atualizado em 06 de julho de 2007
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História Intelectual: Uma nova perspectiva (Parte 2)
por Fábio André Hahn
Continuação da primeira parte
1.4 Operativos sociológicos: as contribuições de Elias e Bourdieu
Uma vez que se tenha compreendido a necessidade de, em uma pesquisa
histórica, considerar com a devida atenção todos os sujeitos envolvidos no
complexo campo de interpretação, pode-se, agora, passar à questão particular dos
operativos sociológicos de Pierre Bourdieu e Norbert Elias, levando-se em conta que
as fontes da história intelectual podem ser de natureza diversa, como textos
literários, incluindo-se as cartas, textos políticos e históricos.
No caso de Norbert Elias, passa a ser essencial assimilar conceitos como
habitus social, configuração, processo e evolução, os quais estão interligados. Estes
parecem ser conceitos que podem ser bem empregados no âmbito maior de umapesquisa.
A influência das idéias de Norbert Elias passaram a causar um impacto
mais forte nas pesquisas dos historiadores brasileiros somente a partir da década
de 1990. Ao que parece, elas estão em franca expansão, influenciando em maior
medida a pesquisa historiográfica no Brasil, aproximando-se de um dos autores de
maior referência: E. P. Thompson.[i] As obras de Elias destacam claramente uma
relação entre os laços sociais e uma consciência de si. Como alerta Helenice
Rodrigues da Silva, “os indivíduos se relacionam entre si em razão dos laços dedependência recíproca constituídos pela própria sociedade. É, pois, sob o efeito
dessa imbricação que os comportamentos sociais se modificaram ao longo dos
séculos”.[ii]
A obra principal de Elias, O processo civilizador , destaca toda uma
psicogênese do comportamento e uma sociogênese do Estado. Ela possibilito, dessa
forma, entender as questões que envolvem as relações de poder e, em
conseqüência, as mudanças no comportamento e conduta na estrutura da
personalidade. Assim, Elias demonstra, em O processo civilizador, que o Estado,
acreditando que, ao reprimir com violência os indivíduos estaria uniformizando-os,
paradoxalmente possibilitou toda uma liberação das potencialidades individuais
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destes.
Essas questões também aparecem nas obras A sociedade dos indivíduos,
A sociedade de corte e Sobre o tempo. Cada uma apresenta especificidades desse
processo civilizador. Em A sociedade dos indivíduos, o autor mostra que o indivíduo
e a sociedade não estão em oposição, pelo contrário, eles têm uma experiência
comum. Esta, por muito tempo, parecia bastante distinta. Elias destaca como tal
relação surge na concepção de um processo civilizador. Já, em A sociedade de
corte, o autor procura, também, estabelecer as mudanças nessa relação entre o
indivíduo e a sociedade, especificando essa relação com o caso da corte de Luís
XIV, por esta apresentar, mais claramente, as mudanças das regras de
comportamento entre o rei e os cortesãos. Já, na obra Sobre o tempo, Elias
desvincula a idéia de evolução da de progresso, própria do Iluminismo, além de
explanar melhor sua concepção de habitus social. Para o autor, a herança social,
base do habitus, “constituída, antes de mais nada, de símbolos sociais, verbais ou
de outra ordem, imprime na pessoa individual uma marca única, conferindo-lheuma individualidade mais ou menos diferente da de todos os outros membros da
mesma sociedade”.[iii] Assim, fica claro que o conhecimento é inseparável da
linguagem, podendo ser transmitido de geração em geração, o que explicaria uma
evolução social do mesmo.
O conceito de habitus social, formulado por Norbert Elias, permite
compreender melhor a relação do indivíduo com a sociedade por estar próximo da
idéia de estrutura social da personalidade, a qual foge da necessidade de opção
entre indivíduo e sociedade. Para o autor, cada homem singular apresenta um
caráter específico que partilha com os outros membros da sociedade. Esse caráter
seria o hábito social do indivíduo, o qual lhe daria a identidade que o distingue dos
demais membros da coletividade. No entanto,
esse conceito demanda outros da arquitetura teórica de Elias, pois só se
pode pensar o habitus a partir de indivíduos interligados e interagentes,
compondo configurações cada vez mais complexas e interligadas quanto
mais diferenciadas forem as funções no interior de uma sociedade.
Portanto, quanto mais complexa a sociedade, mais diferenciado se torna
o habitus, de acordo com o número de níveis de integração do indivíduo
com seu(s) grupo(s).[iv]
Assim, percebe-se que o conceito de habitus não é um conceito totalmente
definido, mas se constrói a partir de sua teoria do processo civilizador. Nesse
processo se dão as relações entre grupos sociais, as chamadas “relações de força”,
que tanto ligam, quanto opõem, colocando os indivíduos em estruturas de campos
de força, equilíbrio e competição.
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A idéia de processo parte de modelos que evoluem em conjunto,
substituindo a noção de causalidade como, por exemplo, nas relações de poder.
Isso permite perceber mais claramente a relação existente entre o indivíduo e a
sociedade. Portanto, como explana Helenice Rodrigues da Silva, “o pensamento de
Norbert Elias, sem dúvida, rompe com a falsa dicotomia entre perspectivas
deterministas, que negam toda possibilidade de invenção ou de criação por parte
dos agentes, e com o postulado idealista de uma criação fundada numa invenção
livre do sujeito, que afirma a independência total do sujeito em relação às
estruturas sociais”.[v] Pensando dessa forma, é preciso entender o conceito de
configuração, a idéia de que possa existir duas imagens, a do indivíduo e a da
sociedade que é rompida. Para Elias, o poder é tecido por relações dentro do
mundo social, similar a um jogo, como o futebol, no qual existe a relação entre “eu
e ele” ou “nós e eles”. A idéia é de que existe uma interação em conjunto com
instabilidades e, sempre, em movimento. Dessa forma, “o conceito de mudança
social é assim substituído pelo conceito de configuração”.[vi]
Ao se vincular os indivíduos em cadeias de interdependências, inserindo-
os em configurações sociais diversas, possibilita-se entender que os homens, como
resultado de um processo, sofreram fortes mudanças em sua personalidade, o que
permitiu, de certa forma, um processo de evolução funcional. Portanto, como expõe
Jurandir Malerba, a noção de configuração “traduzida ainda como figuração ou
formação social, estreitamente vinculada à de habitus ou ‘hábito social’ é central na
arquitetura conceitual de Elias, no sentido de evitar qualquer desentendimento na
noção de evolução, como um movimento linear e mecânico”.[vii] Desse modo,
pode-se compreender mais claramente que cada indivíduo, como singularidadedentro de um grupo, possui uma personalidade que interage com os demais, mas
seu habitus social é construído em meio à sua relação com os meios culturais. Esse
habitus pode ser considerado, tanto uma identificação pessoal, como pode servir de
marca que distingue o indivíduo dos demais: o equilíbrio entre o “eu” e o “nós”. O
habitus, em geral, é multifacetado por apresentar, simultaneamente, um
entrelaçamento variado em diversas configurações, o que permite entendê-las
como um sistema. Isso, para Elias, comprova a premissa de que não se pode
pensar as idéias desvinculadas da história da sociedade. Para o referido autor, a
evolução da racionalização precisa, necessariamente, andar de mãos dadas com as
mudanças do fenômeno social para uma teoria do processo civilizador. As idéias são
apenas um aspecto.
Em síntese, a obra de Elias permite assimilar, por meio de seus
instrumentos conceituais, muitas facetas do pensamento político, com seu modelo
interpretativo dinâmico, que se constitui na percepção das configurações sociais
complexas a que se chama de sociedades e as personalidades dos indivíduos, que
permite entender a idéia de evolução e desenvolvimento social. Dessa forma,
objetiva-se “sublinhar a originalidade de uma teoria que começa a ser introduzidana pauta de preocupações dos cientistas sociais brasileiros”.[viii]
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Entretanto, para não se ater apenas ao peso da contribuição do operativo
sociológico de Elias – habitus, precisa-se passar para a contribuição dos conceitos
categóricos desenvolvidos por Pierre Bourdieu, que, em muitos momentos, se
aproximam de Elias e, em outros, complementam as questões que o texto de Elias
não chegou a preencher completamente nesse caso.
A partir do momento que se tenha compreendido claramente toda aparticipação dos indivíduos/sujeitos nas fontes que, por sinal, podem ser de
natureza bastante diversa, precisa-se encontrar uma abordagem[ix] que permita
preencher essa natureza variante, mas que, ao mesmo tempo, possa explicar as
questões em diversos momentos. Nesse sentido, Bourdieu possibilita compreender
perspectivas novas por meio de sua teoria, não se incluindo apenas aquela
atribuída ao campo literário. Bourdieu entende os textos, como resultantes de um
processo de práticas, que têm no contexto social o elemento imprescindível para a
sua existência, indissoluvelmente ligado à sua inserção histórica. Portanto, o sujeito
está presente na produção do texto. Isso permite pensar a relação direta doconteúdo do texto com o pano de fundo no momento em que o sujeito está
escrevendo. Para isso, Roger Chartier (1988) permite refletir a questão de atribuir
um significado e uma posição ao texto produzido, além de compreender as relações
existentes entre as obras que, por vezes, são de natureza e formas diferentes.
Pierre Bourdieu desenvolve toda uma discussão em torno do que chamou
de “campo literário”. Na relação com o social, esse campo parece apresentar-se de
forma autônoma, levando em conta o período e o espaço analisado, inseridos,
dessa forma, em uma prática própria, na qual os valores são apresentados deforma clara. Bourdieu procura mostrar as disputas de poder e apresenta a
perspectiva de que se possa acreditar em um campo de fronteira, onde a disputa
visando o poder destaca as estratégias dos produtores.[x] Ora, ao se entender o
campo de produção dos textos, ou seja, seus autores, integrados ao meio social,
necessita-se, também, entender as relações entre a comunidade que habita
determinado espaço para, assim, descobrir os códigos e costumes que determinam
a vida em comunidade, que pode ser marcada por conflitos, às vezes não
aparentes.
É sempre complicado definir o gênero em que uma obra é inclusa. Ao se
trabalhar com textos clássicos, parece pertinente a idéia de que todos estes, de
uma forma geral, estão próximos do campo literário, salvo os que apresentam suas
próprias regras metodológicas. Dessa forma, Bourdieu, ao desenvolver a sua teoria
do campo literário, parece mostrar que o indivíduo, ao propor uma obra, se
enquadra em um novo estilo de valores, devido à intencionalidade da produção de
seu texto. O que varia é o sentido, quando o texto é um ataque moral, por
exemplo, ou quando o texto visa agradar pela intencionalidade política, entre
outros aspectos. O que fica claro na obra de Bourdieu é a busca do status pelosindivíduos ou grupos dentro do campo literário, considerando-se a analogia
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propos a pe o au or com re aç o econom a cap a s a, o que our eu c ama e
“capital simbólico” que, em outras palavras significa o reconhecimento pela
produção, ou seja, uma autoridade no campo em que figura. Aí volta-se ao que se
pode chamar de “intelectual” na relação que a produção estabelece com a
sociedade, na qual fica explícita a sua autoridade de contestação, quando da
necessidade.[xi]
Entretanto, é necessário tomar cuidado, pois a origem social não pode ser
vista como elemento de contestação. Dentro do campo literário existem regras. Em
geral, quando se pensa em um texto considerado clássico percebe-se uma noção
totalmente elitista. Ao adotar a arte literária, o autor entra em um complexo campo
no qual ele precisa seguir uma determinada conduta e cultivar certos valores, a fim
de que possam lhe garantir superioridade frente à disputa frenética pelos espaços
do poder literário. Na Itália, um exemplo pode ser o conhecido “Orti Oriccelari” e,
na França do século XVIII, eles foram representados pela “República das Letras”.
Assim, o autor busca o status e, conseqüentemente, a acumulação do capital
simbólico – reconhecimento artístico – frente aos outros escritores e à sociedade,
possibilitado pelo direito de contestar, o que fica mais evidente quando se confronta
o autor do texto ao seu contexto de produção, no qual é possível perceber a
autonomia que ele desfruta. Esta é essencial para se fugir das necessidades de
respostas ao mundo externo, produção direta aos consumidores da arte:
encomendas. A produção da possibilidade de fuga de sua subordinação à sociedade,
quando a independência dos autores é evidente em relação à demanda comercial
do produto.
Pierre Bourdieu possibilita pensar que o habitus não é apenas a estrutura,mas é o organismo de um princípio lógico da divisão em classes que organizam a
percepção do mundo social. O conceito de habitus de Bourdieu apresenta a idéia de
que existem as coerções sociais preestabelecidas, as diferentes configurações.
Como esclarece Alleta Biersack, “tendo por base o habitus, a ação é um contexto
para a invenção, forçada e baseada em princípios, que é permitido pela ‘liberdade
condicionada e condicional’ do habitus – em relação, portanto, entre convenção e
inovação.[xii]
Dessa forma, Bourdieu e Elias se aproximam em muito na definição dautilização do habitus, mesmo que Elias o tenha pensado antes, o habitus foi
popularizado primeiramente por Bourdieu. Os dois autores fogem da dicotomia
marxista da infra-estrutura versus superestrutura, desenvolvida por Lucien
Goldmann e na qual o papel da produção cultural é muito frágil em relação à vida
material do autor. Tanto Elias quanto Bourdieu comungam a idéia de que os
sujeitos históricos estão articulados em diferentes grupos que mantêm relações
complexas entre si, o que constitui os vários campos, como o literário, filosófico,
entre outros, porque cada campo produz suas determinações estruturais, as quais
podem mudar internamente pela ação dos sujeitos.
Resta, portanto, dizer que vários são os conceitos que formam a base
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estrutural da história intelectual. Neste caso, conceitos de uma perspectiva
lingüística, mas contextualista da história, que não estão em oposição a conceitos
formulados por Norbert Elias e Pierre Bourdieu.
Voltar para a primeira parte
1.5 Bibliografia Consultada
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M. A. Grandes nomes da História Intelectual . São Paulo: Contexto, 2003, p. 528.
[ii] H. RODRIGUES DA SILVA. Op.cit ., p. 122.
[iii] ELIAS, N. Sobre o tempo. Editado por Michael Schröter. Tradução de Vera
Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998, p. 114.
[iv] MALERBA, J. “Para uma teoria simbólica: Conexões entre Elias e Bourdieu”. In:
Cardoso, C. F. & Malerba, J. (orgs.). Representações: contribuição a um debate
transdisciplinar. Campinas: Papirus, 2000, p. 214.
[v] H. RODRIGUES DA SILVA. Op.cit ., p. 125.
[vi] Idem. p. 124.
[vii] MALERBA, J. “Sobre Norbert Elias”. In: Malerba, J. (org.). A velha história:
Teoria, método e historiografia, Campinas: Papirus, 1996, p. 79.
[viii] Idem. p. 88.
[ix] Lucien Goldmann, em A Sociologia do Romance, procura mostrar que o
princípio da análise reside no social e não no indivíduo em si. Para ele, apenas as
obras de maior destaque seriam portadoras das consciências sociais em seu grau
máximo de coerência. Entretanto, tem mérito aproximar o texto literário de seu
substrato social. Já, Darnton, critica essa idéia das grandes obras (1998). Como
mostrou em seu Boemia Literária e Revolução, o submundo literário produziu uma
mudança cultural que bombardeou o mundo burguês com suas idéias e ideologias.
Como Darnton mostrou no final de seu primeiro capítulo, para entender a
importância da conexão da Revolução com o Iluminismo é preciso descer das
altitudes metafísicas e ingressar nos cafés apinhados de subliteratos que eram
vorazes panfletistas.
[x] BOURDIEU, P. Razões Práticas: sobre a teoria da acção. Oeiras: Celta, 1997, p.
42.
[xi] BOURDIEU, P. As regras da arte. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p.250.
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[xii] BIERSACK, A. “Saber local, história local: Geertz e além”. In: HUNT, L. (org.) A
nova história cultural . São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 121.
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