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entre MARGENS BIMENSÁRIO | 01 DEZEMBRO 2016 | N.º 572 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO Orçamento da Câmara Municipal cresce 28% em relação a 2016 A proposta apresentada pelo executivo em conferência de im- prensa revela ainda o aumento do investimento em 210%, a dimi- Santo Tirso reforça Gabinete de Apoio ao Emigrante nuição da despesa corrente em 3,2% e a contínua aposta na coe- são social e dinamização da eco- nomia local. PÁGINA 09 PÁGINA 10 Desportivo das Aves ‘abate’ o líder Ao vencer em casa o Portimo- nense, líder do campeonato, o Desportivo das Aves consolidou o segundo lugar e apresenta-se como sério candidato à subida à 1ª Liga. PÁGINA 16 SUPLEMENTO DE NATAL COM ESTA EDIÇÃO A caminhada imbatível do voleibol do Aves PÁGINAS 4, 5 E 17

imbatível do voleibol do Aves PÁGINAS 4, 5 E 17 entre · 2015, dedicando-se desde então à composição de música conceptual. O primeiro trabalho, de nome “Never-land”, narra

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Page 1: imbatível do voleibol do Aves PÁGINAS 4, 5 E 17 entre · 2015, dedicando-se desde então à composição de música conceptual. O primeiro trabalho, de nome “Never-land”, narra

entreMARGENSBIMENSÁRIO | 01 DEZEMBRO 2016 | N.º 572 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

Orçamento daCâmara Municipalcresce 28% emrelação a 2016A proposta apresentada peloexecutivo em conferência de im-prensa revela ainda o aumento doinvestimento em 210%, a dimi-

Santo Tirso reforça Gabinetede Apoio ao Emigrante

nuição da despesa corrente em3,2% e a contínua aposta na coe-são social e dinamização da eco-nomia local. PÁGINA 09

PÁGINA 10

Desportivo das Aves‘abate’ o líderAo vencer em casa o Portimo-nense, líder do campeonato, oDesportivo das Aves consolidou

o segundo lugar e apresenta-secomo sério candidato à subida à1ª Liga. PÁGINA 16

SUPLEMENTO DE NATAL COM ESTA EDIÇÃO

A caminhadaimbatível dovoleibol do AvesPÁGINAS 4, 5 E 17

Page 2: imbatível do voleibol do Aves PÁGINAS 4, 5 E 17 entre · 2015, dedicando-se desde então à composição de música conceptual. O primeiro trabalho, de nome “Never-land”, narra

||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Estes Clap Your Hands Say Yeah sãoum bom exemplo da força que podeter a música independente. Conse-guiram chegar à notoriedade atravésda internet sem terem qualquer liga-ção a uma editora. Após os rasgadoselogios da critica especializada, a famasaiu de Brooklyn (Nova Iorque) e Fila-délfia (Pensilvânia) para o mundo.

O disco de estreia, de 2005, exi-be um indie rock muito melódico ecom uma voz à qual não se consegueficar indiferente. Há quem ache queestraga (!) as competentes canções.Alec Ounsworth lembra-nos JeffMangum dos Neutral Milk Hotel.

A partir da segunda audição avan-çamos a abertura. Nem sempre ape-tece ouvir o que nos parece ser umanúncio circense. Ficamos logo sur-preendidos com o que se segue. Obaixo de Tyler Sargent começa portransmitir confiança em “Let the CoolGoddess Rust Away”. Conduz-nospara as guitarras exuberantes e irre-

verentes. “Over and Over Again (Lostand Found)”, “The Skin of My YellowCountry Teeth” e “Is This Love?” re-partem várias características com“Heavy Metal”, “In This Home on Ice”e “Upon This Tidal Wave of YoungBlood”. Sim, sei que meti seis faixasno mesmo saco, mas foi um ato cons-ciente. Todas elas nos baralham nasnossas preferências, inviabilizandoqualquer coerência para uma esco-lha acertada. Tanto gostamos de serconfundidos com relíquias dos anos80, como aceitamos as letras estra-nhas e enigmáticas. São várias as com-parações quando se fala de CYHSY.Aparecem nomes como TalkingHeads, The Cure ou Violent Femmes.Quem olhar para eles e conseguirver a identidade própria, irá valorizá-los a roçar o limite máximo, tal comoassim entendeu uma prestigiada pu-blicação online americana. A opiniãoda Pitchfork (9/10) serviu de tram-polim para que o público visse o po-tencial deste notável disco.

Na página oficial do grupo vemos apresente realidade dos espetáculosao vivo: o vocalista atua a solo em espa-ços privados, sem palco nem sistemade som e com um número limitado debilhetes (obviamente esgotados). |||||

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 01 DEZEMBRO 2016

Uma vozque nãoestraga nada

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens.

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE a feliz contemplada nestaprimeira saída de dezembro foi o nossa estimada assinante

Genoveva Decorações com sede na Urbanização das Fontainhas, em Vila das Aves.

FAMALICÃO | MÚSICA

Ana Moura naCasa das ArtesDepois de “Desfado” se ter tor-nado no álbum mais vendidode um artista português nos úl-timos dez anos, Ana Moura re-gressa com “Moura”, disco quedá continuidade à sua parceriacom o reputado produtor norte-americano Larry Klein, cujo cur-rículo inclui gravações com JoniMitchell, Herbie Hancock, Ma-deleine Peyroux ou MelodyGardot.

Com este disco, que é apre-sentado esta sexta e sábado,na Casa das Artes de Famali-cão, às 21h30, Ana Moura vol-ta a juntar a sua voz a algunsdos mais notáveis nomes deuma nova geração de compo-sitores nacionais, casos de Pe-dro da Silva Martins e Luís JoséMartins (Deolinda), MiguelAraújo (Os Azeitonas), Már-cia, Samuel Úria e Jorge Cruz(Diabo na Cruz), entre outros.

No concerto desta sexta esábado, acompanham a fadis-ta, os músicos Ângelo Freire(guitarra portuguesa), Pedro So-ares (viola de fado), AndréMoreira (baixo), João Gomes(teclado), Mário Costa (bateriae percussão). Os bilhetes paraos concertos de Ana Mouracustam 16 euros (50% descon-to com cartão quadrilátero). |||||

GUIMARÃES | MÚSICADentro de portas - “Clap YourHands Say Yeah”

O disco de estreia dosClap Your Hands SayYeah, de 2005, exibeum indie rock muitomelódico e com umavoz à qual não seconsegue ficar indife-rente. Há quem acheque estraga (!) ascompetentes canções.

Natalie Mering, que artisticamente seapresenta como Weyes Blood, estáeste sábado em Guimarães para umconcerto de apresentação do seumais recente álbum “Front Row Seatto Earth”, um disco que “transporta atradição da folk britânica e norte-ame-ricana das décadas de 60 e 70, con-seguindo abranger a melhor escoladestes dois polos, seja por via do psi-cadelismo deixado pela geração in-glesa ou, já com outro pé no ladooposto do Atlântico, pela flora deVashti Bunyan, Joni Mitchell ou ain-da contemporâneas como JosephineFoster e Angel Olsen”.

A artista acrescenta, contudo, umapuro nas orquestrações e na imen-sidão melódica recorrendo para issoa alguma toada ambiental onde opiano e a guitarra ficam momentane-amente de fora. Soa complexo, sem o

procurar ser e sem nunca pecar porisso. Cânticos sagrados, por vezes pró-ximos dos madrigais, atmosferas dealvorada e histórias que nunca acon-teceram a não ser na cabeça de quemescuta estes ensaios, aglutinam-se nocontexto de canção. Foi assim que“The Innocents” (o primeiro disco dacantora) galgou preferências, valen-do-se do que de mais simples e ge-nuíno pode oferecer.

O tom coral da sua voz revela umainfância desde cedo ligada ao estu-do musical, primeiramente académicoe depois então moldado pela convi-vência com algumas das mais impor-tantes constelações do experimenta-lismo norte-americano como Jackie-o-Motherfucker (onde foi baixista),Axolotl e Nautical Almanac (parti-lhando estúdios e palcos) ou comAriel Pink. ||||| www.ccvf.pt

A TRADIÇÃO FOLK BRITÂNICA E NORTE-AMERICANA NAMÚSICA DE NATALIE MERING QUE SE APRESENTA ESTESÁBADO, EM GUIMARÃES, COM O SEU PROJETOWEYES BLOOD. CONCERTO NO VILA FLOR, ÀS 22 HORAS.

A música etéreade Weyes Blood

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SEXTA, DIA 02 SÁBADO, DIA 03Céu pouco nublado. Vento fraco.Max. 18º / min. 09º

Céu muito nublado. Vento fraco.Máx. 16º / min. 09º

Aguaceiros. Vento fraco.Máx. 18º / min. 12º

DOMINGO, DIA 04

ENTRE MARGENS | 01 DEZEMBRO 2016 | 03

SANTO TIRSO | AUDIOLIVRO

A epopeia de Camões ditapor António Fonsecaé agora um audiolivro

O ator António Fonseca disse (e apalavra é mesmo esta), pela primeiravez, os dez cantos de “Os Lusíadas”em 2012, no âmbito de GuimarãesCapital Europeia da Cultura, mas otrabalho de apropriação do texto deCamões para a oralidade começouem 2008. Tem sido um trabalho deesforço físico e mental que AntónioFonseca descreve quase como uma

CASA DE CHÁ DE SANTO TIRSO ACOLHE, ESTE SÁBADO, A APRESENTAÇÃODO AUDIOLIVRO “OS LUSÍADAS COMO NUNCA OS OUVIU” OUA EPOPEIA DELUÍS VAZ DE CAMÕES TRANSPOSTA PARA A ORALIDADE

obsessão diária. Esse trabalho é ago-ra finalmente ‘recompensado’ com aedição de um audiolivro que o ator,natural de Santo Tirso, apresenta naCasa de Chá, este sábado, às 17h00.

O audiolivro “Os Lusíadas comonunca os ouviu” inclui o texto de Ca-mões e sete CD que registam a inter-pretação vocal da obra, dita, no esse-ncial, por António Fonseca, mas tam-

bém com a participação, no últimocanto, de cerca de 40 pessoas decomunidades lusófonas e portugue-sas espalhadas pelo mundo. A gra-vação inclui ainda uma introduçãopara cada canto da obra de Camões.

“Os Lusíadas”, como António JoséSaraiva afirma, “é um livro para serentoado por recitadores, e não ana-lisado por gramáticos. Por vezes inte-ressa pouco o que ele diz, e vale sóa língua sonora que percorre os vá-rios graus da escala, uma palavra queesplende, um som rouco de queixaou um gesto teatral que se entrevê.Por vezes, também, é um brinco meioirónico com palavras que se repetemou opõem, como os poetas sempregostaram de fazer diante dos seusauditores, que só são perfeitos e ca-bais quando se embebem como cri-anças no fluir das palavras e nos seusinesperados efeitos”.

ANTÓNIO FONSECANatural de Burgães, Santo Tirso, An-tónio Fonseca estudou Filosofia eTeatro e é ator desde 1977. Entre osseus trabalhos mais recentes em tea-tro destacam-se “Frei Luís de Sousa”de Almeida Garrett, com encenaçãode Rogério Carvalho; “O Contrabaixo”de Patrick Suskind, encenado porAntónio Mercado; “Ricardo III”, deWilliam Shakespeare, com encenaçãode Tónan Quito (Globo de Ouro deMelhor Espetáculo 2016) e “Verme-lho” de John Logan, encenado porJoão Lourenço (nomeado para osprémios Globos de Ouro e PrémiosSPA-melhor ator).

Trabalha regularmente em televi-são, tendo participado recentementeem “Os Boys”, “Rainha das Flores”,“Mar Salgado”, “Cidade Despida”, “De-pois do Adeus” e “Odisseia”. No cine-ma, foi nomeado para os prémios So-phia, na categoria melhor ator secun-dário, por “Florbela” de Vicente Alvesdo Ó. Possui o título de especialistade interpretação e é professor no cur-so de Teatro e Educação da ESEC. |||||

O Centro Cultural Municipal de San-to Tirso volta a ser um palco preve-ligiado para as bandas do concelho,apostando na realização de concer-tos com os valores musicais “da casa”.Esta sexta-feira, dia 2 de dezembro, éa vez dos “Evergrace”.

Constituídos por Miguel Balbeirae Raquel Couto na voz, Carlos Reisno baixo, Henrique Gonçalves na ba-teria, Simão Guimarães na guitarra eteclado, David Ribeiro na guitarra eVânia Guimarães no violino e tecla-do, os “Evergrace” são um grupo derock progressivo, que iniciou o seutrabalho artístico em setembro de2015, dedicando-se desde então àcomposição de música conceptual. Oprimeiro trabalho, de nome “Never-land”, narra uma história de fantasia,onde os sentidos e o ser humanosão retratados: Tommy, um rapaz co-mum com uma vida normal, enfrentaum período adverso com a morte dasua mãe. Sonhos, memórias, incerte-zas, invadem o seu mundo numa vi-agem agitada e misteriosa, momentoem que tudo se torna real.

O concerto dos “Evergrace” estáagendado para as 21h30 e a entra-da é livre. |||||

O rockprogressivodos Evergrace

VILA DAS AVES | MÚSICA

ESTA SEXTA-FEIRA, ÀS21H30,NO CENTRO CULTURAL

O ATOR ANTÓNIO FONSECA (NAIMAGEM) ESTÁ ESTE SÁBADOEM SANTO TIRSO, A PARTIRDAS 17H00. ENCONTRO COMO ATOR A PARTIR DAS 17H00

Em dezembro descansamas não durmas

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04 | ENTRE MARGENS | 01 DEZEMBRO 2016

DESTAQUE

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

FOTOS: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

A tarde daquele domingo era a defi-nição do adjetivo outonal - céu cin-zento a ameaçar chuviscar a qualquermomento, vento rodopiante e tem-peratura que convidava ao uso deum agasalho extra. Estávamos a trintaminutos do começo do encontro en-tre o Desportivo das Aves e o ADESP,equipa de Penafiel. A conta-gotas iamchegando as atletas das duas equi-pas à entrada do pavilhão da equipaavense. Ao longe ouviam-se algunsfragmentos de conversas, despedidasao pai ou à mãe, desejos de boa sortepara o jogo; a certa altura um elemen-to da equipa adversária comentava,“é o que dá jogar numa equipa gran-de”, antes de entrar para os balneári-os, sem qualquer contexto discernível.

“Queremostornar o Avesnuma referênciado Voleibol”AS VITÓRIAS, A REVITALIZAÇÃO DE UMA MODALIDADE COMHISTÓRIA NO CLUBE DESPORTIVO DAS AVES (CDA) E FAZERDELA O PORTA-ESTANDARTE DO DESPORTO FEMININO NO CLUBE

DESPORTO FEMININO

Na bancada o rebuliço já se faziasentir. A Força Avense colava as fai-xas de apoio e uns ainda esporádi-cos “Sempre, Aves!” marcavam o tompara o que seria rotineiro durante apartida. Até que, num ápice, os luga-res ficaram praticamente cheios, umavisão para um desporto que não tema popularidade de outros, mesmo noque diz respeito às modalidades depavilhão. Um cenário caloroso paraum frio domingo à tarde.

Quando se fala da secção de volei-bol do CDA hoje, há um nome queé incontornável: Manuel Barbosa.Currículo invejável, múltiplo campeãonacional; por onde passou deixouuma marca indelével é agora o trei-nador das equipas de seniores e ju-niores e coordenador das camadasjovens do voleibol do Aves. Todavia,acima de tudo, o professor é ambici-oso. “Queremos tornar o Aves numareferência do voleibol”.

A revitalização do departamentoem 2016 está intimamente ligada aopassado do desporto no clube. A ideiasurgiu, primeiramente, por um grupode antigos atletas do clube que deci-diram formar uma equipa de vetera-nos, no ano passado, com jogado-res das últimas formações do volei-bol avense há mais de trinta anos. Acriação dessa equipa e o entusiasmoque se levantou em seu torno, mos-traram que o voleibol no Aves tinhapúblico e interesse.

Como conta Manuel Barbosa, “euvim ver um jogo de veteranos, aqui,contra o Ginásio de Santo Tirso e fuiabordado por responsáveis do Avescom a ideia de reativar o voleibol noclube, para ver se havia hipótese, se esta-va disponível para um novo desafio.”

Por acaso, ou não, esse mesmo dia

tinha sido o seu último no Ginásio,clube pelo qual tinha sido responsá-vel nos últimos anos. Divergências como diretor técnico da secção que seforam agudizando ao longo do anolevaram à rotura em abril deste ano.

“Percebi que era um projeto alici-ante, que havia empenho e resolviaceitar. Se não aceitasse a propostado Aves, dificilmente estaria a treinarvoleibol. Ia deixar de treinar voleibol.”

O longo processo logístico e bu-rocrático de reativação da secção foimoroso, como seria de esperar. JoséLuís Nogueira, diretor delegado do de-partamento de voleibol, veio tambémdo Ginásio, já com o processo em an-damento e diz-nos que quando che-gou ao clube em junho “existiam doispostes, uma rede e duas bolas oficiais”.“As infraestruturas eram e são ótimas,o pavilhão, os espaços para treinar, mastudo o resto tivemos que começar pra-ticamente do zero. Material, as inscri-ções, toda a orgânica. Em junho fize-mos o inventário e o departamento co-meçou oficialmente em setembro.”

“O que mais me atraiuno projeto do Aves foia presença do profes-sor Manuel Barbosa”VERA ASSUNÇÃO

“Quero colocar o clubena 1ª divisão, torná-lorelevante. E todas asatletas que vêm paracá sabem da nossaexigência. Ninguém éprofissional, mastemos que trabalharcomo os melhores.”MANUEL BARBOSA

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ENTRE MARGENS | 01 DEZEMBRO 2016 | 05

O processo complicou-se com o re-crutamento e transferência de joga-doras. “A partir do momento em queo projeto ficou assente, comecei afalar com atletas que conhecia do Gi-násio de Santo Tirso. Apesar de acha-rem que houve má intenção da mi-nha parte, não houve. Acho que to-dos os treinadores têm o direito atentar as atletas que conhecem; asatletas que considerem melhores pa-ra o projeto”, esclareceu o treinador.O problema deteve-se com os diretosde formação das jogadoras que per-tenciam ao Ginásio.

“Fizemos uma aproximação ao Gi-násio e eles disseram-nos claramen-te que não abdicavam desses direi-tos”, um imbróglio legal que, segundoJosé Luís Nogueira, o Aves ganhariafacilmente em tribunal devido a irre-gularidades da lei da Federação Por-tuguesa de Voleibol, mas que seriauma “vitória de pirro”, já que enquantoo processo decorresse em tribunal asequipas não poderiam competir.

“Nós informamos os pais das mi-údas a situação, transmitimos-lhesqual o valor a pagar, porque o Avesa começar, sem dinheiro, não podiacomportar esses custos de transferên-cias.” A solução foi simples, ou ospais arranjavam patrocínios que co-brissem esse valor ou pagavam dopróprio bolso. “Tivemos de tudo umpouco”, disse.

“O processo de recrutamento emsi acabou por ser muito fácil e rápi-do”, depois de ultrapassadas as com-plicações legais e burocráticas. Hoje,três meses depois do início oficial dasecção, “temos em juniores e seniores

22 atletas, 65 miúdas a praticar vo-leibol em todos os escalões de for-mação”, confessou orgulhoso Manu-el Barbosa.

“O que temos aqui hoje é um gru-po que inclui campeãs nacionais, atle-tas de seleção nacional e jogadorasde 1ª divisão. Para jogadoras destecalibre virem para uma 3ª divisão, paraum clube que não tinha nada de vo-leibol, é um sinal”, concluiu José LuísNogueira, e isso deve-se ao professor.“Não há pessoa em Portugal, no ativo,com mais títulos da primeira da 1ªdivisão do que o Manuel Barbosa.”

Vera Assunção e Bárbara Costa sãorespetivamente capitãs das equipassénior e júnior. Têm percursos simila-res. Ambas começaram a jogar volei-bol aos 12 anos no Ginásio de SantoTirso. Ambas conciliam cursos univer-sitários com a paixão pelo desporto.“Para nós, depois de tantos anos é umdado adquirido, começamos muitonovas, toda a nossa adolescência foipassada entre estudos, voleibol e vidasocial”, reconhecia a estudante do quin-to ano de Arquitetura na Universi-dade do Minho. “É preciso ser-semuito organizado. É preciso gostar-

se muito disto e definir prioridades”.Para Bárbara Costa, ainda júnior e

no primeiro ano de faculdade, a ges-tão de tempo ainda é mais melindro-sa porque para além do ensino su-perior ser um desafio novo e dife-rente, tem que dividir-se entre os en-contros da equipa sénior e júnior.

Nas palavras do treinador, “paracolocar o Aves como referência dovoleibol nacional, para lutar com osmelhores, tem que haver trabalho. Eo esforço é todo delas. Algumas vêmde trabalhar o dia todo e treinam às20h. Todas estão de forma gratuita,não há ajuda de transportes, nada. Evem gente de Braga, vem gente doPorto. Estão aqui pelo grupo, pelo tra-balho, por acharem que é um projetoválido.” “A maioria das jogadoras éde fora de Vila das Aves e até doconcelho de Santo Tirso”, realçouBárbara Costa.

Contudo, o mais relevante paraas atletas tem sido o apoio incansá-vel que têm tido. “Todos os envolvi-dos neste projeto têm sido muitoparticipativos, há uma ligação familiarentre todos nós. Desde o primeiromomento mostraram-nos o que é oAves, o apreço que as pessoas têmpor todas as modalidades em que oclube está envolvido”, relata a capitãsénior, que mesmo estando de fora porlesão não perde um encontro dascompanheiras. “Todos os jogos opavilhão está cheio. Isto, com o volei-bol que não é o desporto mais mediá-tico. Mas no Aves é assim. Vínhamosde um clube onde jogávamos prati-camente para os nossos pais, paraoutro onde todos os fins de semana

as bancadas estão repletas de gente.”“Ainda na sexta-feira à noite, na

partida das juniores, pensei que nãoíamos ter tanta plateia, por ser umdia da semana, depois do trabalho,mas o pavilhão estava repleto”, con-fessou Bárbara Costa.

“É muita gente. Este nível de assis-tência não existe muito na 1ª divi-são. Só em finais. Aqui é para seniorese juniores. Tem havido um apoioespetacular das pessoas das Aves. Adireção, o José Luís Nogueira tem sidoincansável em termos de visibilidade.E os resultados ajudam. Temos tudoo que uma equipa de 1ª divisão tem”,afirmou perentoriamente Manuel Bar-bosa. “É um caso de estudo no vo-leibol. É a primeira vez que vejo umaclaque organizada no voleibol.”

José Luís Nogueira adora andarpela bancada e ver “pessoas que nun-ca gostaram ou sequer viram volei-bol na vida a tentarem entender asregras do jogo”, mas no essencial, oque o Aves tem e os outros não têmé a massa crítica. O voleibol pode serum desporto pequenino ainda, maso Aves é um clube muito grande.”

Segundo as capitãs, “o facto determos a Força Avense atrás de nós,para todo o lado, até já está a causarincómodo em algumas adversárias”.“É muito gratificante para nós que aspessoas se interessem, até porqueneste caso, sermos a única secçãofeminina do clube.”

“A ideia sempre foi criar uma equi-pa feminina. O vólei masculino estáa passar uma fase complicada, o Avestem muito oferta para rapazes e o fe-minino é muito mais aliciante”. Ma-

nuel Barbosa está no setor femininodesde 1999 e nunca pensou em criaroutra coisa que não fosse o voleibolfeminino no CDA. “À falta de outraoferta, o vólei pode alicerçar-se noclube e na região e cumprir aqui umafunção social importante”, admite JoséLuís Nogueira.

Segundo o diretor delegado, “acoisa que mais gosto de ver é quan-do nos últimos 15/20 minutos de trei-nos conjuntos, as pequenas do mini-vólei escolhem uma júnior ou séniorpara jogar. É delicioso. É esta dispo-nibilidade que diferencia o Aves dasoutras equipas. Temos atletas que fa-zem este trabalho com prazer”. A ideiadiz-nos, é ter as equipas competitivascomo modelos para as mais peque-nas, de modo a que se crie uma sim-biose entre todas elas, para que nofuturo a qualidade esteja garantida.

Os objetivos são simples. Ofere-cer as condições a Manuel Barbosapara fazer aquilo que ele faz melhor.Construir uma potência do voleibol.Ter todos os escalões a funcionar, comvárias equipas em cada. E hoje, JoséLuís Nogueira afirma que há o clubetem todas as condições para tal.

Para Manuel Barbosa e as suasjogadoras o objetivo é único, ganhar.“As minhas expectativas são rapida-mente estar na 1ª divisão. Porquedepois de subirmos vai ser muito di-fícil alguém nos parar.”

Naquele frio domingo à tarde, asseniores venceram e convenceram.Mais uma vez. Tal como as junioresdois dias antes. Continuam invictaspara o campeonato, com todas asambições intactas.

No final cumpriu-se a tradição. Fes-tejo juntos dos adeptos, pose para afotografia de mão aberta com os cin-cos dedos bem esticados a indicarcinco vitórias consecutivas. Com asexta já este fim de semana. E assimconsecutivamente. No final do cam-peonato, a fotografia mais desejadaé com dez dedos bem no ar e umasubida de divisão na bagagem. |||||

“Temos o mais impor-tante: uma atitudebairrista, pessoas quevestem a camisola. OAves é uma instituiçãomuito grande”JOSÉ LUÍS NOGUEIRA

José Luís Nogueira adora andar pela bancada e ver “pessoasque nunca gostaram ou sequer viram voleibol na vida atentarem entender as regras do jogo”, mas no essencial, o queo Aves tem e os outros não têm é a massa crítica.

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A duração normal de uma gravidez éde 37 a 42 semanas. Quando osbebés nascem antes das 37 sema-nas de idade gestacional, estamosperante um bebé prematuro ou pré-termo.

Dizem as estatísticas que aproxi-madamente 1 em cada 10 bebésnascem prematuros.

A minha filha, nascida às 25 se-manas e 5 dias de gestação, faz par-te destes 10%. Na verdade, faz partedos menos de 1% que nascem abai-xo das 28 semanas, consideradosprematuros extremos.

Celebrou-se no passado dia 17de novembro o Dia Mundial da Pre-maturidade. Este dia, também conhe-cido como Dia Internacional da Sen-sibilização para a Prematuridade, foicomemorado pela primeira vez em2009, e é promovido pela EFCNI –European Foundation for the Careof Newborn, uma plataforma criadaem abril de 2008, a nível europeu,e constituída por pais e profissio-nais de saúde, com o propósito dedar voz aos recém-nascidos prema-turos, bem como às suas famílias.

Nunca me tinha apercebido destedia até ao nascimento da minha fi-lha. Percebo, pois, que passe ao ladoda maioria das pessoas, ainda quequase todas conheçam alguém quenasceu ou que teve um bebé nasci-

Nos idos de 2008, o mundo assistiuassarapantado ao desmoronamentodos bancos e do reino da alta finança,que não tardou a soterrar o cresci-mento económico e a sepultar a tãoproclamada solidariedade europeia.E como se não bastasse, o olimpo dosexcelsos e mui reverenciados gurusda economia e das finanças, pejadodas famosas agências de rating, dospresidentes e respetivos séquitos dosdiversos bancos nacionais, dos maisvariados catedráticos, dos gestoresbancários e políticos mais ou menosespecialistas, não conseguiu preve-nir o mundo, nem sequer, com umsimples “água vai”. Volvida quase umadécada, é certo que o mundo regre-diu mais de duas, e grande parte doscidadãos do dito mundo desenvol-vido deixou de aspirar a mais qualida-de de vida e passou a lutar tão só pe-la pura e dura sobrevivência. Apesardisso, a verdade é que as regras deregulação, vigilância e fiscalização domundo financeiro e dos bancos ficouigual, tendo-se mudado qualquer coi-sita para tudo ficar na mesma. Os taisgurus, os que não conseguiram pre-ver, nem com cinco minutos de ante-cedência, a maior hecatombe finan-ceira de que há memória, continuamimpávidos, serenos e intocados a fa-zer exactamente o que sempre fize-ram, a mandar no mundo e, como não

Adélio Castro

06 | ENTRE MARGENS | 01 DEZEMBRO 2016

OPINIAOAs pulgasficaram surdas

podia deixar de ser, a ganhar amazo-nas de dinheiro. Mas, assarapantodos assarapantos, são estes deusesloucos e arrogantes que entroniza-dos pela tacanhez dos actuais políti-cos, ditam de novo o infalível cami-nho da salvação da economia e domundo. E lá decretam por milhentasrazões e mais uma que isto só lá vaicom mais austeridade e com uma dívi-da que não pode ultrapassar uma certae precisa percentagem, e outros quenão senhor, que há mais vida alémda dívida e que o que é preciso é dargaz ao consumo e ao investimento.

Este filme fez-me lembrar a velhae conhecida história de um concei-tuado cientista que tentava provar queera possível ensinar as pulgas a obe-decer a vozes de comando. E vai daí,colocou uma quantidade das ditasdentro de uma caixa de vidro gritan-do-lhes “saltem, saltem” e o facto éque estas realmente saltaram. Paracomprovar definitivamente a sua tese,o dito centista arrancou as pernas àspulgas e quando de novo lhes gri-tou para saltarem verificou, estupe-facto, que estas já não saltavam. Facea tão inusitado desfecho, o veneran-do cientista concluiu que, quando searranca as pernas às pulgas, estas fi-cam surdas.

Que Deus nos livre do velho ci-entista e dos gurus das finanças eda economia! |||||

Dia Mundial daPrematuridade

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO. VOGAIS: JOAQUIM FANZERES E JOSÉ MACHADO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES (TE - 1172). CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO,

LUÍS ANTÓNIO MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, PAULO R. SILVA, LUDOVINA SILVA,

ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES,

PEDRO FONSECA, NUNO MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ADÉLIO CASTRO, CATARINA

GONÇALVES, FELISBELA FREITAS E FELISBELA LUÍS FREITAS.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: LINO ALVES

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 572 - 01 DEZEMBRO 2016

do antes do tempo.A verdade é que a prematuri-

dade (como tantas outras coisas, háque admiti-lo) só afeta verdadeira-mente quem a vive.

Mesmo quem tenha tido famili-ares, amigos, colegas, conhecidosque passaram por isso, não tem areal noção do que é ter um filhoprematuro.

Falo por experiência própria. Te-nho dois sobrinhos prematuros: umnascido às 35 semanas e outro às26. Ambos mais velhos que a mi-nha filha.

Tive, pois, possibilidade de sabero que era isso de ter um filho antesdo tempo, demasiado pequeno paraestar já cá fora. Mas só o soube asério quando a minha pequeninanasceu. Até ali, achava o que a mai-oria acha: que é uma questão depaciência e esperar que eles cresçam.

Mas não é. É muito, muito maisque isso.

É sofrer por sairmos do hospitalsem eles, é não saber, a cada dia,que novidade (boa ou má) vai apa-recer, é temer pela sua vida, é o de-sespero de não poder fazer nadadiretamente para os ajudar...

Acompanhar o desenvolvimentode um prematuro obriga a saber li-dar com um bebé rodeado de fios,tubos e máquinas, a confiar nos pro-fissionais de saúde, a aprender ter-mos como incubadora, CPAP, níveisde oxigénio, cateteres e ventiladores,a conseguir tolerar os alarmes sono-ros das máquinas que o monitorizam.

Como pais, temos de conseguirnão desanimar a cada retrocesso, acada infeção, a cada cateter que temde ser reposto, a cada transfusão de

sangue, a cada cirurgia.Mas a batalha maior é mesmo

dos pequeninos seres que deviamestar protegidos dentro das barri-gas das suas mães.

No dia 17 de novembro, cele-bra-se o Dia Mundial da Prematuri-dade. Celebram-se os pequenos guer-reiros que venceram a batalha eaqueles que, infelizmente, foram le-vados cedo demais. Celebram-se ospais, que lutam muito junto dos seuspequeninos. Celebram-se os profis-sionais de saúde absolutamenteextraordinários.

Celebra-se a vida, na sua pleni-tude, pelo exemplo destes superpequeninos, destes heróis! ||||||

Felisbela Freitas

Grande parte dos cida-dãos passou a lutartão só pela pura edura sobrevivência.”

“Acompanhar o desen-volvimento de umprematuro obriga asaber lidar com umbebé rodeado de fios,tubos e máquinas, aconfiar nos profissio-nais de saúde.”

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CARTOON // VAMOS A VER...

ENTRE MARGENS | 01 DEZEMBRO 2016 | 07

Se a raça humana possui algo de su-perior aos outros seres conhecidosna Terra, é a capacidade de reconhe-cer os erros que comete. Essa capaci-dade pode permitir-lhe emendá-lose seguir outros caminhos. Quandoisso acontece, o ser humano torna-se um ser superior. Fora disso, é umser como outro qualquer, cego peloinstinto e frequentemente bem maisnocivo que qualquer outro.

Infelizmente, a evolução pouco ounada nos tem trazido neste campofulcral para o bem-estar da Humani-dade. O erro continua a não ser devi-damente reconhecido e corrigido. Ape-nas a catástrofe continua a conduzirà reflexão e ao arrepio, tal como acon-tecia na Idade da Pedra Lascada…

Fecham-se os olhos ao erro, des-valorizam-se as suas consequências,perdoa-se aos seus autores… insta-la-se a falta de vergonha!

Pois é!Tenho para mim que a tr@mpa-

lhada a que temos assistido nestasúltimas décadas e que tem produzi-do os resultados catastróficos a nívelmundial que vivemos, é o fruto daperda desse sentido de vergonha. Semele, lá se foi o reconhecimento doerro e a necessidade de correção ereparação dos seus efeitos. Inventa-se sempre uma razão que justifiquee desvalorize o erro e ilibe quem erra.

Não nos admiremos, pois, com oque assistimos…

Quem se admira, ou anda com-pletamente a dormir, ou é hipócrita,na minha opinião.

Em termos simples e práticos acoisa passa-se assim:

O povo (nós) perdemos a noçãode vergonha. Aceitamos perfeitamen-te o “gajo que rouba mas faz”, ouporque faz qualquer coisa ou porque

José Machado

Tramp@lhadaou faltade Vergonha?

é nosso amigo ou do mesmo partido.Os que elegemos (nossos iguais)

sentem-se legitimados para usareme abusarem dessa ausência de ver-gonha pois lhes outorgámos o po-der democrático, indiscutível!

O povo (nós) só dá conta da “tram-pa” que provocou quando está nelaenterrada até ao pescoço!

Aí chegado, o povo (nós) “enve-nenados pelo mau cheiro” da “tram-pa” que provocámos, cegos pelo dese-spero, atiramo-nos ao primeiro char-co que encontrarmos ainda que con-tenha ácido, na esperança tola de queele nos alivie de tão mau cheiro…

Regra geral, realmente alivia a vidasobretudo dos mais desprotegidos,eliminando-os pura e simplesmente,através de uma guerrinha mais oumenos catastrófica mais ou menosglobal.

Onde é que eu já vi isto?Pois… já nem me lembrava!... Ain-

da não era nascido quando isso acon-teceu por aqui, no início dos anosquarenta do século passado!

Se eu não me lembrava, quem selembra? Nem os americanos!... |||||

1 É urgente equacionar o grave pro-blema que é o regresso do ParqueUrbano da Rabada à Estrada Naci-onal 105. Uma rotunda, um semá-foro, um acesso novo ao Parque?

O que me levou a escrever estetexto foi a dificuldade com o regres-so do Parque. Eu explico: preocupa-me, e muito, o regresso à EstradaNacional 105 de quem vai de auto-móvel ao Parque Municipal. Estouseguro de que não sou o único,porque já o ouvi comentar muitasvezes, muito especialmente peloscondutores que pretendem meter-se à estrada na direção de Guima-rães. Não é nada fácil por causa doprédio existente na esquina que re-tira toda a visibilidade e torna aentrada na Estrada Nacional numaaventura com riscos elevados. Olocal é ponto negro no que respei-ta a acidentes e, por segurança,muitos preferem sair em direção aSanto Tirso e dar a volta à cidade…

Duas sugestões para oúltimo ano de mandato

Há registos de ter havido inten-ção de construir uma variante à Es-trada Nacional 105 que passariajunto da ETAR e atravessaria o rioAve perto do Parque Municipal. Setivesse sido concretizada ou se semantivesse a intenção de a construir,essa variante poderia criar a opor-tunidade para uma ligação nova ebem dimensionada ao Parque e doParque ao sistema viário, com a van-tagem do descongestionamento daestrada atualmente existente conti-nuar a permitir o uso desta. Infeliz-mente, essa variante deixou de estarnas intenções das Estradas de Por-tugal e a rua urbana que liga SantoTirso a Guimarães, que é usada co-mo estrada nacional, terá de conti-nuar a servir como eixo viário fun-damental por longos anos.

Parece que fora dessa hipóteseespeculativa de ligação, não terá sidoplaneada outra qualquer interven-ção. E assim sendo, torna-se urgen-te equacionar o grave problema atrásreferido que é o regresso do ParqueUrbano da Rabada, aliás Parque Mu-nicipal Sara Moreira, à Estrada Naci-onal 105. Uma rotunda, um semá-foro, um acesso novo ao Parque? Nomínimo, precisa-se com urgência deum alargamento ou um arranjo quepermitam ganhar melhoria de visibi-

lidade quer a quem quer entrar naestrada quer a quem circula nesta. Osmunícipes agradecem a diligência.

2 A urgência de resolver o problemado entroncamento do Barreiro (S. To-mé de Negrelos) torna mais urgentea requalificação da Ponte do Rio Vizela.

Fazer obras na EN 105 para resol-ver o problema do entroncamentodo Barreiro será intervenção a pedirpaciência, muita paciência, enquan-to durarem. Disso ninguém duvida-rá. Por isso, quaisquer hipóteses dediversificação dos trajetos para evi-tar as obras devem ser estudadas epreparadas. Está à vista que uma daspossibilidades de evitar o local dasobras é a travessia do Rio Vizela pelaponte velha e pela baixa da Vila dasAves. Mas, nas condições atuais, decirculação praticamente limitada auma faixa, será passar de um estran-gulamento para outro. Soube-se, hápouco tempo, pela voz de ElisabeteRoque Faria, em entrevista ao EntreMargens, que a Câmara pretendeavançar com a obra ainda duranteeste mandato. Esperemos que sim eacima de tudo esperemos que nãose dê o absurdo de começar a obraao mesmo tempo que a do entron-camento do Barreiro. Nesse caso, apaciência passaria dos limites. |||||

Américo Luís Fernandes

“Fecham-se os olhos aoerro, desvalorizam-seas suas consequências,perdoa-se aos seusautores… instala-se afalta de vergonha!”

Uma rotunda, um semáforo, um acesso novo aoParque? No mínimo, precisa-se com urgência deum alargamento ou um arranjo que permitamganhar melhoria de visibilidade”.

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08 | ENTRE MARGENS | 01 DEZEMBRO 2016

ATUALIDADE

Santo Tirso tem a águamais cara do paíspara famílias numerosas

A Ordem dos Contabilistas Certifi-cados publicou recentemente um es-tudo das contas dos municípios por-tugueses relativo a 2015, designadocomo “Anuário Financeiro dos Mu-nicípios Portugueses”.

Neste documento encontram-sevárias referências ao município deSanto Tirso entre as quais um meri-tório 20º lugar num ranking dos mu-nicípios com menor peso dos paga-mentos da despesa com pessoal nasdespesas totais. Em contrapartida, omunicípio encontra-se no 30º lugarna lista dos que apresentam maiorvolume de despesa assumida emaquisição de bens e serviços corren-tes, aliás relevada por um crescimen-to de 51,8% desta rubrica, entre 2014e 2015, quando 123 municípiosapresentam diminuição deste tipo deencargos. A posição 30 é também ado município no que respeita aomaior volume de investimentos as-sumidos (aquisição de bens de capi-tal) mas neste caso com decréscimode 22% em relação ao ano anterior.

No quadro dos municípios queapresentam maior diferença entre ograu de execução das receitas liqui-dadas e o grau de execução de des-pesas comprometidas, o municípioaparece colocado no 10º lugar e estána 35ª posição na lista dos municí-pios com “menor equilíbrio orçamen-tal” e em 11º lugar entre os municí-pios com maior volume de dívidas areceber (12,8 milhões). |||||

O MUNICÍPIO DE SANTOTIRSO NO ANUÁRIOFINANCEIRO DOS MUNICÍ-PIOS PORTUGUESES (2015)

As contas domunicípio

SANTO TIRSO

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

O relatório da APFN indica que nodistrito do Porto, além dos preços al-tos, a maioria dos municípios tem umtarifário discriminatório para as famí-lias com mais filhos. Entre os pioresexemplos do ‘ranking’ nacional estãoTrofa e Santo Tirso, sendo que nesteúltimo, para um agregado familiar dedez pessoas o custo anual é de

UM ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FAMÍLIAS NUMEROSAS (APFN)DIVULGOU AS DIFERENÇAS NAS TAXAS DE CONSUMOS DE ÁGUA NOSMUNICÍPIOS PORTUGUESES. DE ACORDO COM A INVESTIGAÇÃO, PARTE DASAUTARQUIAS PENALIZAM AS FAMÍLIAS MAIS ALARGADAS E NÃO TÊM EM CONTA ADIMENSÃO DO AGREGADO FAMILIAR.

SANTO TIRSO

nal, provando ser inexistente qual-quer política de apoio às famílias porparte da Câmara Municipal de SantoTirso”, sublinhando ainda que esterelatório vem “desmascarar” a propa-ganda do executivo de que o preçoda água não é aumentado há trêsanos, já que isso só acontece porqueo valor já é o mais elevado a nívelnacional. Andreia Neto refere aindaque “assumirá como seu o combatea esta situação para que as famíliasdo concelho não continuem a serpenalizadas de forma inaceitável”.

Joaquim Couto, presidente da câ-mara Municipal de Santo Tirso, rea-giu num artigo de opinião publicadono jornal de notícias intitulado “Aágua e os soundbites” onde desmon-ta o estudo enquanto relatório técni-co e independente. “O foco destesestudos é exclusivamente a tarifa emvigor, levando-se ao absurdo exem-plos de uma família média compostapor 10 pessoas.” Para o autarca, asassimetrias ao nível da rede de água“vêm dos anos 90 e da construçãoda rede pública de água domiciliária”nos municípios, em especial da “im-possibilidade de alguns em se candi-datarem a fundos comunitários”. Comesta impossibilidade a “opção foiconcessionar a privados” esse inves-timento, naquilo a que se chamou o“princípio do utilizador-pagador”. Jo-aquim Couto, recorda ainda que “osmunicípios portugueses, não todos,têm uma dívida de 650 milhões deeuros à Águas de Portugal”, cobran-do tarifas mais baixas porque “nãopagam ao fornecedor”.

Contudo, para o autarca de SantoTirso, o mais relevante são os apoiosdados às famílias. “Que tipo de apoi-os recebe uma família que vive emBragança e outra em Santo Tirso”, lis-tando todos os programas de açãosocial praticados pela sua gestão mu-nicipal, concluindo que “uma famíliaque vive num concelho com água maisbarata poderá, muito provavelmente,viver melhor em Santo Tirso.” |||||

1.258 euros, enquanto em Lisboa éde 283 euros. Mais, uma família de3 elementos em Amarante paga anu-almente 91 euros e a mesma famíliaem Santo Tirso ou na Trofa (que co-bram o mesmo tarifário) pagam porano 263 euros de água.

Em comunicado, a concelhia doPSD de Santo Tirso, reagiu afirmandoque “o valor cobrado em Santo Tirsonão tem paralelo no território nacio-

JOAQUIM COUTO DIS QUEHÁ MUNICÍPIOS QUECOBRAM TARIFAS MAISBAIXAS PORQUE “NÃOPAGAM AO FORNECEDOR”

www.ortoneves.pt

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||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Joaquim Couto refere-se à propostade orçamento como um exercício“equilibrado e justo, que privilegia aspreocupações com a coesão social eo alívio da carga fiscal sobre as famí-lias e empresas”. “Mantivemos as li-nhas traçadas desde o final de 2013,nomeadamente nas prioridades queassumimos com as pessoas”, refere oautarca tirsense, enaltecendo que75% do valor do orçamento é refe-rente a funções sociais.

Na sua totalidade o orçamento ca-marário cresce para os 47,7 milhõesde euros, um aumento de 28% emrelação a 2016, sendo que a despe-sa corrente irá diminuir em 3,2%, cri-ando uma poupança corrente que sefixa nos 5 milhões de euros que se-rão canalizados para investimento,que nesta proposta terá um aumentomuito significativo de 210%, devido,em parte, ao desbloqueamento defundos comunitários.

Relativamente ao campo da des-pesa, a redução deve-se em especialà diminuição de 6% na área da aqui-sição de bens e serviços, mesmo ten-do em conta a reposição salarial dosfuncionários prevista no Orçamentode Estado para 2017. De acordo coma Câmara Municipal, o facto comprovaa eficiência dos recursos humanosdo aparelho autárquico, já que San-to Tirso possui um rácio de trabalha-dores por habitante “três vezes maisbaixo” da média nacional.

Outra medida da qual o presiden-te se congratula é o encurtamentodos prazos de pagamento aos forne-

Orçamento daCâmara Municipalcresce 28% emrelação a 2016A PROPOSTA APRESENTADA EM CONFERÊNCIA DE IMPRENSAREVELA AINDA O AUMENTO DO INVESTIMENTO EM 210%, ADIMINUIÇÃO DA DESPESA CORRENTE EM 3,2% E A CONTÍNUAAPOSTA NA COESÃO SOCIAL E DINAMIZAÇÃO DA ECONOMIA LOCAL.

cedores que, em 2012 se encontra-va nos 143 dias e, espera-se, em 2017se encontre abaixo dos 30 dias.

SAÚDE FINANCEIRA“As nossas contas estão excelentes”,proclamou Joaquim Couto. “Não sótemos vindo a reduzir a dívida, comotambém não esgotamos a nossa ca-pacidade de endividamento. Isto sóé possível pelo facto de as nossas con-tas estarem equilibradas, uma vez quea câmara gasta menos em despesacorrente do que recebe em receitaspara a suportar.”

Ora, a dívida da autarquia passoude 38 milhões de euros em 2013para os 28 milhões, uma queda naordem dos 25% e que não deverásofrer alterações neste próximo ano.A poupança corrente que surgir, arondar os 5 milhões de euros, serácanalizada para investimento.

Joaquim Couto insiste ainda queuma das suas prioridades enquantopresidente da Câmara Municipal é aaproximação das juntas de freguesiado poder autárquico central, não sóem termos de diálogo institucional,mas também em termos financeiros.“O objetivo é reforçar a autonomia dasfreguesias”, aumentando a distribuiçãode fundos pelas freguesias em 5%.

MAIORIA APROVA DOCUMENTOCom os votos favoráveis dos verea-dores do PS e a abstenção dos vere-adores do PSD, foi, na reunião doexecutivo municipal de 17 de novem-bro último, aprovado o documentoestratégico da Câmara Municipal deSanto Tirso para 2017. “As Grandes

Opções do Plano e Orçamento parao próximo ano são fiéis aos princípi-os que nortearam a ação política doexecutivo municipal de maioria PSdesde outubro de 2013”, referiu o pre-sidente da autarquia, Joaquim Couto.

Na sua declaração política, o au-tarca sublinhou o facto deste orça-mento municipal, “elaborado com ba-se no diálogo e contributo de todosos agentes que intervêm na vida dacomunidade”, representar “um com-promisso de rigor e de responsabili-dade e, ao mesmo tempo, de ambi-ção em relação ao futuro do conce-lho de Santo Tirso”.

No documento para o ano quecoincide com o fim do ciclo autárqui-co, “impera o equilíbrio orçamental ea consolidação das contas munici-pais, sem recurso a operações de cos-mética ou engenharias para acomo-dar artificialmente despesa, sem, con-tudo, ser prejudicado o investimento,um dos eixos prioritários definidosno início do mandato”, acrescentouo presidente da Câmara. |||||

O executivo aprovou o pedido dereconhecimento de interesse pú-blico municipal por parte do Clu-be Desportivo das Aves relativoàs obras de edificação da acade-mia do clube. Este requerimentofoi feito com vista à isenção da taxade licenciamento e redução de IMI.

O município vai celebrar umprotocolo de colaboração com aLiga Portuguesa Contra o Cancro,concretamente com Núcleo Regio-nal do Norte para que o concelhopasse a oferecer consultas de acon-selhamento psico-oncológicas deforma gratuita. As consultas vão fun-cionar no edifício do Ambiente.

A reunião do executivo apro-vou a aquisição pela via do direi-to privado de uma parcela de ter-reno, vital para que o projeto dereformulação do entroncamentodo Barreiro avance. O projeto es-tá a ser ultimado e entrará emdiscussão pública brevemente.

A União Desportiva e Social deRoriz viu aceitada a celebraçãode contrato-programa de desen-volvimento desportivo, em espe-cial para a realização de obraspara drenagem de águas no valorde 14 mil euros.

Vilarinho vai passar a ter o di-reito de utilização da antiga esco-la básica de Paradela, com o pro-tocolo que agora será firmadoentre o município e a junta local,nos mesmos moldes de outrascedências deste tipo que foramformalizadas ao longo dos anos.

Também por unanimidade fo-ram aprovadas as propostas desubsídios ao Rancho de SantoAndré do Sobrado, Casa do Povodo Rio Vizela e Paróquia de San-ta Maria da Reguenga para a rea-lização da Festa de Nossa Senho-ra das Dores. ||||||

REUNIÃO DO EXECUTIVO CAMARÁRIO

VALOR TOTALRECEITA CORRENTE

DESPESA CORRENTE

DÍVIDA

47.74 MILHÕES EUROS32.02 MILHÕES EUROS

36.82 MILHÕES EUROS

28 MILHÕES EUROS

+28%

-3,2%

= A 2016

DELIBERAÇÕESCAMARÁRIAS

“As nossas contas estão excelentes.Não só temos vindo a reduzir adívida, como também não esgotamos anossa capacidade de endividamento”.JOAQUIM COUTO, CMST

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10 | ENTRE MARGENS | 01 DEZEMBRO 2016

ATUALIDADESANTO TIRSO | PROTOCOLO

Dra. Lídia LeitePediatriaDra. Ana LanzinhaGinecologiae Obstetrícia

Contactos: 252 874 508 /932 056 797Edifício Torre 2º F -Fontainhas - Vila das Aves

Santo Tirso vêGabinete de Apoio aoEmigrante reforçado

||||| TEXTO E FOTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

A segunda geração do gabinete am-plia a sua área de ação e interven-ção, não só em termos burocráticos,mas a partir de agora também comum espaço dedicado ao investimen-to de toda a comunidade portugue-

PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL E A DIREÇÃOGERAL DE ASSUNTOS CONSULARES FOI FIRMADO NAPRESENÇA DO SECRETÁRIO DE ESTADO DASCOMUNIDADES PORTUGUESAS, JOSÉ LUÍS CARNEIRO

À semelhança de anos anteriores, a As-sociação Comercial e Industrial de SantoTirso (ACIST) encontra-se a promover emparceria com a Cooperativa de Apoio àIntegração do Deficiente (CAID), cursosde formação profissional para pessoascom deficiência e incapacidade.

Assente na lógica da inclusão socio-profissional de minorias, o objetivo destasações específicas é dotar as pessoas comdeficiência e incapacidade dos conhe-ci-mentos e competências necessárias à ob-tenção de uma qualificação que lhes per-mita exercer uma atividade no mercadode trabalho, manter o emprego e progre-dir profissionalmente de forma sustentada.

Encontram-se a decorrer atualmentetrês cursos, nomeadamente de cozinha,jardinagem e artesanato, dirigido a pes-soas com deficiência e incapacidade quepretendam ingressar ou reingressar nomercado de trabalho, desde que cum-pram determinados requisitos.

Existem ainda vários apoios previstospara os formandos e que são cumulati-vos, tais como bolsas de formação, sub-sídio de transporte e subsídio de alimen-tação, uma vez que se trata de um pro-jecto financiado pelo POISE - ProgramaOperacional Inclusão Social e Emprego,no âmbito do Portugal 2020.

Todos os interessados poderão ins-crever-se através da ACIST ou nas insta-lações da CAID (Zona Industrial de Fon-tiscos, lote 29 4780-583 Santo Tirso),através de marcação prévia de entrevista.Para mais informação contactar: 252 850230 ou 252 808 280. |||||

ACIST promovecursos parapessoas comdeficiênciae incapacidade

FORMAÇÃO

sa espalhada pelo mundo. Este re-forço dos serviços prestados deve-se à inversão das políticas governa-mentais no que diz respeito às comu-nidades portuguesas em relação aoque foi norma do anterior governo.

Segundo José Luís Carneiro ogabinete tem como objetivos centrais

“criar uma porta de entrada na redeconsular para qualquer tirsense, den-tro ou fora do país, em qualquer partedo mundo, se queira informar eobter ajuda de qualquer tipo; e ain-da criar o apoio ao investidor desti-nado a identificar e apoiar portugue-ses das mais diversas áreas geográ-ficas que queiram investir nas suasterras de origem.”

Para Joaquim Couto, a câmara mu-nicipal está a trabalhar duplamentepara o reforço de competências desteserviço, citando, para além desteacordo agora firmado, “a descentrali-zação dos serviços nas freguesias”como fator fundamental para que ogabinete ganhe visibilidade.

Na visão do autarca, com a cria-ção desta “nova vertente de apoioao investimento dos emigrantes, queregressam ou querem investir fora,cria-se uma nova dinâmica.

Maria José Miranda foi emigran-te na Alemanha e foi devido ao tra-balho deste gabinete, que até à altu-ra desconhecia, que conseguiu re-ceber a reforma do seu trabalho.

“As autarquias são um parceiroindispensável”, realça o Secretário deEstado das Comunidades, já que se-gundo a estatística, cerca de “90%dos portugueses que regressam aonosso país, fazem-no através dasautarquias e/ou juntas de freguesiados locais.

Quanto aos dados da emigração,José Luís Carneiro revela que “os da-dos mais recentes mostram uma li-geira inversão da tendência”, poiscomeçam a regressar mais pessoasdo que aqueles que saem, sendoeste facto prova de que o objetivodo governo em “pacificar a socieda-de, dar condições de estabilidadesocial e política e um ambiente deconfiança no futuro” está a dar re-sultado.

O Gabinete de Apoio ao Emi-grante está a funcionar no edifíciodo Ambiente e nos serviços descen-tralizados na freguesias. ||||

O GABINETE DE APOIO AOEMIGRANTE ESTÁ AFUNCIONAR NO EDIFÍCIODO AMBIENTE E NOSSERVIÇOS DESCENTRA-LIZADOS NAS FREGUESIAS.

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ENTRE MARGENS | 01 DEZEMBRO 2016 | 11

Saíram destas jornadas excelentes ideiasde todos os autarcas, passíveis deentrar no nosso programa eleitoral”.

RECEBA EM QUALQUER PARTE DO MUNDO AMULETOS DE PROTE-ÇÃO CONTRA A INVEJA, MAU OLHADO E ENERGIAS NEGATIVAS.

MACHADO & LOBÃO, LDA.

Telefone: 252 872 305 | Fax: 252 941 681 | Rua António Abreu Machado -4795-034 Vila das Aves | [email protected]

TECTOS FALSOS | DIVISÓRIAS |APLICAÇÕES EM GESSO |

DECORAÇÕES

VI Jornadas Eurico de Melotrazem autarcas sociais-democratas a Santo Tirso

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Para a líder da concelhia e deputadasocial-democrata, Andreia Neto, o ba-lanço das jornadas é “muito positivo,porque é o tipo de evento que procu-ro sempre incentivar”, para que mais

A INICIATIVA DA JSD LOCAL JUNTOU UMA CENTENA DE JOVENS DURANTE TODO ODIA DE SÁBADO PARA DISCUTIR POLÍTICA LOCAL E AUTÁRQUICA

jovens entrem em contacto com a po-lítica. “Passaram por aqui mais de umacentena de jovens durante todo o dia,o que significa que a adesão foi forte.”

Já o líder da JSD local, responsá-vel da iniciativa, Diogo Oliveira, numaaltura em que “há um grande afasta-

mento dos jovens da política e dapolítica dos jovens” e que em SantoTirso, especialmente, existe “um gran-de de participação da juventude noprocesso político”, estas jornadasmostram que há dinamismo.

O objetivo foi trazer autarcas quedemonstrem o contraste com o mu-nicípio de Santo Tirso. Para tal passa-ram pelo auditório da ACIST (Asso-ciação Comercial e Industrial de SantoTirso) os presidentes das câmaras deFamalicão, Paulo Cunha; da Trofa,Sérgio Humberto; Aires Pereira, daPóvoa de Varzim e António BragançaFernandes da Maia. Municípios con-siderados modelo pelo Partido Soci-al Democrata.

Segundo Andreia Neto, destas jor-nadas “saíram excelentes ideias detodos os autarcas que são passíveisde entrar no nosso programa eleito-ral depois de avaliadas”. Mas sobre-tudo, é um contributo para os jovens

“terem contacto com aquilo que é agestão de uma autarquia”.

“Formação é fundamental para osjovens que agora se iniciam na polí-tica”, na perspetiva de Diogo Oliveirater oportunidade de ouvir uma “re-ferência a nível autárquico” comoBragança Fernandes é um privilégio,porque é alguém que “traz o know-how exterior à política, sabe estar noterreno, sabe o que é trabalhar”. Comoexemplo da sua gestão autárquicaestão números como a “dívida a lon-go prazo de 30 milhões de eurosnum orçamento de 140 milhões eprazos de pagamentos de quatro dias.Uma realidade bem diferente da nos-sa” concluiu o líder da “jota” social-democrata de Santo Tirso.

A última intervenção das Jorna-das pertenceu ao histórico do PSDde Santo Tirso, Gonçalves Afonso,apelidado de “professor” pelos jovenspresentes. A partir do seu estatutode senador dentro do seu partido desempre, mas também no concelho, oadvogado e fundador da concelhia,deixou um forte apelo à “paixão pelapolítica”. Na sua ótica, hoje a “políti-ca está desacreditada e faz falta”. Nasua intervenção, por entre históriasdos tempos do pós 25 de abril, lem-brou que naquela época se “comiapolítica” e que tal atitude perante mun-do, falta na geração de hoje, algo queno seu entender é preciso mudar.

Andreia Neto enaltece ainda queeste tipo de iniciativas são apenas umdos contributos que o PSD local estáa usar na preparação do programaeleitoral para 2017, realçando aindaa plataforma “Ouvir para decidir”onde os tirsenses podem, via internetou sede do partido, deixar os contri-butos que considerem importantespara o futuro do concelho.

A mensagem final é de DiogoOliveira. “Para 2017 julgo queestamos bem posicionados. Estamosnuma tendência de ascensão e issoé um sinal de esperança para a bata-lha política que se avizinha.” |||||

POLÍTICA

ANDREIA NETO, PRESIDENTE DO PSD SANTO TIRSO

PAULO CUNHA (FAMALICÃO), SÉRGIOHUMBERTO (TROFA), AIRES PEREIRA(PÓVOA DE VARZIM) E ANTÓNIOBRAGANÇA FERNANDES (MAIA)FORAM OS AUTARCAS PRESENTES

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ATUALIDADE12 | ENTRE MARGENS | 01 DEZEMBRO 2016

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VILA DAS AVES (EM FRENTE AO MERCADO)

A apresentação decorreu peranteuma plateia de representantes da mai-oria dos membros da União Europeiae teve como objetivo a apresentaçãodo projeto educativo da Escola daPonte, em especial no modo como“as questões da cidadania, dos valo-res e competências sociais e trans-versais resultam” da organização pe-dagógica.

Segundo Eugénia Tavares, profes-sora, este grupo de trabalho “procu-ra encontrar valores comuns de li-berdade e tolerância para serem de-senvolvidos através da educação”. AEscola da Ponte foi convidada “nosentido de expor e partilhar a nossaexperiência” com estas temáticas.

Ana Moreira, docente que fez a

A CONVITE DA COMISSÃO EUROPEIA A DELEGAÇÃO DAESCOLA FEZ UMA APRESENTAÇÃO A UM GRUPO DETRABALHO DEDICADO ÀS COMPETÊNCIAS SOCIAIS E CÍVICASNA EDUCAÇÃO.

Escola da Ponteapresenta projetoeducativo em Bruxelas

TransporteEscolar gratuitopara alunos doensino articulado

A partir de janeiro de 2017, a Câmarade Santo Tirso passa a garantir transpor-te escolar gratuito aos alunos inscritosno ensino articulado que frequentam oCentro de Cultura Musical, com instala-ções no Colégio das Caldinhas, em Arei-as. A medida, de natureza social, visa ali-viar os orçamentos familiares no que tocaa despesas com educação, abrangendo110 famílias do concelho.

“É mais uma das inúmeras políticasque temos implementado no apoio a alu-nos que frequentam as escolas do muni-cípio, e que se junta, por exemplo, aoalargamento a mais alunos e famílias dos

apoios para aquisição de livros ou ma-nuais escolares. Apostamos em criar-lhesas melhores condições de acesso a umaeducação de qualidade no concelho”,explicou o presidente da Câmara de SantoTirso, Joaquim Couto, no final da reu-nião do executivo municipal, na passadaquinta-feira, onde a proposta foi aprova-da por unanimidade.

A par de um “pacote” de medidaslançadas para apoiar os alunos e as fa-mílias, nomeadamente a criação do pro-grama MIMAR, destinado a ocupar osalunos do 1º ciclo durante as interrup-ções letivas, e a atribuição de passes es-colares gratuitos até ao 12º ano de es-colaridade, abrangendo mais de 2500alunos, a câmara tem também investidono melhoramento do parque escolar doconcelho, refere a autarquia em comuni-cado de imprensa.

A mesma fonte diz ainda que em trêsanos, 1,6 milhões de euros foram inves-tidos em obras de beneficiação de esco-las, bem como já foram aplicados 400mil euros na remoção de amianto de to-dos os estabelecimentos de ensino daresponsabilidade da autarquia.

Joaquim Couto garante mais investi-mentos nesta área, a breve prazo. “Temosprevista uma infraestruturação do parqueescolar do concelho, na ordem dos 2,8milhões de euros, no âmbito de candi-daturas apresentadas pela autarquia afundos comunitários. Este valor destina-se a beneficiar a EB1 de Bom Nome, naVila das Aves, a EB1 Conde S. Bento, aEB S. Martinho e ainda a EB S. Rosendo,em Santo Tirso, e EB Vila das Aves, estasduas últimas da responsabilidade do Mi-nistério da Educação”, conclui. ||||||

MEDIDA ABRANGE MAIS 110 FAMÍLIAS DOCONCELHO E TEM UM CARÁTER SOCIAL

MOBILIDADE

É mais uma das inúmeras políticasque temos implementado no apoio aalunos que frequentam as escolas domunicípio, e que se junta, por exem-plo, ao alargamento a mais alunos e

famílias dos apoios para aquisição delivros ou manuais escolares.”

JOAQUIM COUTO, CMST

apresentação em Bruxelas, destacaque a apresentação “foi muito bemrecebida pelos presentes e suscitouimensas questões sobre o funciona-mento da escola e o seu programaeducativo”, especificamente a ques-tão da Assembleia de Escola. Esta foiuma oportunidade de “mostrar de queforma, na Escola da Ponte, estas com-petências se enquadram não emmomentos específicos, mas na totali-dade do seu programa educativo”,continuou.

O convite da Comissão Europeiasurgiu por indicação da Direção Geralde Educação. No seguimento desteencontro a escola foi convidada aescrever um artigo para a revista “Inter-cultural Education”. ||||| PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

EDUCAÇÃO

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ENTRE MARGENS | 01 DEZEMBRO 2016 | 13

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Av. Comendador Silva Araújo, nº 3594795-003 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

ASSOCIAÇÃO AVENSE ELEGE DIREÇÃOA Associação Avense (aa78) reune no próximo dia 10 de dezembro em AssembleiaGeral Extraordinária para a eleição dos corpos gerentes para o biénio2017/2018. A assembleia terá lugar na sede da Junta Freguesia, às 16 horas.

ALBERTO S. SANTOS, EX-PRESIDENTE DA CÂMARA DEPENAFIEL, É O AUTOR DOS SUCESSOS EDITORIAIS“O SEGREDO DE COMPOSTELA”, “A PROFE-CIA DE ISTAMBUL” E “A ESCRAVA DE CÓRDOVA”

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Decorreu no passado dia 19, no salãonobre da Junta de Vila das Aves a anun-ciada apresentação do romance “Para láde Bagdad”, de Alberto S. Santos. A ses-são iniciou-se com um momento musicalcom Inês Fernandes na flauta transversale José Francisco Dias, no violoncelo, queexecutaram algumas peças sugestivas parao ambiente descrito no livro em apresen-

‘Para lá de Bagdad’,de Alberto S.Santos, apresentadoem Vila das Aves

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

“O Triunfo dos Acéfalos”, projeto asolo de Luís Ramos, apresentou-sede forma intimista no palco, de cha-péu branco e camisa de flanela, ati-tude deliberadamente envergonhada,poucas palavras, mas desafiantes ex-pressões corporais. Os ritmos robus-tos foram a constante na roda vida deinstrumentos que lhe iam passandopelas mãos, da percussão, ao baixo,passando pela guitarra, em faixas quesão fragmentos, mais ou menos ex-perimentais, de um todo em tom deensaio sobre o universo alternativo.

Agora para algo completamentediferente, os “In Vein” trouxeram ometal para elevar os decibéis doCCVA, numa noite de completos con-trastes. O que era íntimo passou aser expansivo, o que era isolado tor-nou-se numa experiência de grupo,o que era subversivo veio à flor da

O EVENTO DE DOIS DIAS MOSTROU O MELHOR DOSPROJETOS MUSICAIS DO CONCELHO NO PALCO DO CCVA.

VILA DAS AVES | MÚSICA

tação. A presidente da Junta de Vila dasAves, Elisabete Roque Faria fez a apresen-tação do autor que foi presidente daCâmara Municipal de Penafiel entre 2001e 2013 e continua, de várias maneirasligado à política autárquica. Luís AméricoFernandes fez a apresentação do novoromance, que é já o quarto que o autorpublica, numa sequência em que é carac-terístico o enquadramento numa épocahistórica distante, com personagens verí-dicas à volta das quais é desenvolvidoum enredo. Ressaltou desta apresentação,nas palavras de Luís Américo Fernandes,“a ideia de que o autor é um homem queestá com muita convicção na política e nacidadania e que, não obstante, ainda temdisponibilidade bastante para se “aden-trar” na descoberta de “universos ficcio-nais” em que o progresso moral do ho-mem e da humanidade, correndo riscos,encontra energias e protagonistas capa-zes de transportar para o futuro a chamada liberdade, da tolerância e do amor.Tivemos entre nós um autor e criadorliterário que não se encerra na torre demarfim dos seus próprios sucessos e cri-ações e nisso procura alento para conti-nuar a escrever e a criar”.

Parabéns Alberto Santos e ficamos asaber que há um fio de narrativa que jápromete novo “rio” que vai avançandoserenamente para a foz de nova edição. |||||

LIVROS

NA IMAGEM, ALBERTOS. SANTOS LADEADOPOR ELISABETEROQUE FARIA E LUÍSAMÉRICO FERNANDES

pele. Os “In Vein” mostraram que játêm concertos nas pernas, a químicaentre os elementos é notória, a atitu-de, o lado de showmanship sobretu-do de Paulo Monteiro na guitarra eAntónio Rocha na voz. Os riffs deguitarra são poderosos e têm varian-tes rítmicas suficientes para os tornardistintos. É metal. Puro. Duro. Sujo.Como deve ser.

No sábado, o palco pertenceu aosWetsocks, trio de rock psicadélico cominfluências punk composto por G-abriel Coelho na guitarra e baixo, Dio-go Faria na bateria e Gonçalo Rebe-lo na voz, guitarra e sintetizadores.

A fechar, os Pipes Bazar, power triode rock alternativo formado por An-dré Faria na voz e guitarra, ÁlvaroGranja no baixo e Tiago Fonteboa nabateria. O coletivo que surgiu em 2014somam atuações no Armazém doChã e Hard Club e preparam-se paraseguir para estúdio brevemente. |||||

‘Novos Talentos’vieram desconcertaro Centro Cultural

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14 | ENTRE MARGENS | 01 DEZEMBRO 2016

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Biblioteca Municipalacolhe ‘Bailedos Pirilampos’

No âmbito do Ciclo de Teatro paraa Infância, a Biblioteca Municipalde Santo Tirso acolhe no dia 10de dezembro “O Baile dos Pirilam-pos”; um espectáculo da encenadoraVera Alvelos e da atriz e bailarinaLucília Raimundo.

De cariz intimista, este espetáculode teatro físico explora os sons danoite e a sua relação com os ani-mais e as várias luzes que brilhamna escuridão, motivando a curiosida-de e o medo e a poética visual desteuniverso. As crianças terão a sen-sação da noite ao relento, sendo gui-ados por uma menina que habitauma árvore e que experiencia a noi-te em primeira mão, sugestionadapelos sons que surgem de perto oude longe, até finalmente adormecer.

PEÇA DESTINADA AOS MAIS NOVOS CONTARÁ AINDA COMUM MINI-ATELIÊ DE CONSTRUÇÃO DE PIRILAMPOS

Chegaram de 18 nacionalidades di-ferentes, seis meses após a aberturada sede do Museu Internacional deEscultura Contemporânea (MIEC), osaldo é claramente positivo. France-ses e espanhóis são os que mais vi-sitam o novo museu da cidade

Para Joaquim Couto, o MIEC “temajudado a promover Santo Tirso emtodo o mundo”, chegando visitantesde todo o mundo, “temos registosde visitantes oriundos da Coreia doSul, dos Estados Unidos, da Finlân-dia, do Japão, da Noruega, da Rússia.”Ora, Álvaro Moreira, diretor do mu-seu, esclarece que este número atépode pecar por escasso, uma vez que

Oito mil já passaram peloMuseu Internacional deEscultura Contemporânea

“visitar o espólio do museu, ao arlivre, não implica registo”.

A contribuir para estes númerosestão as várias instituições internaci-onais que organizam visitas à sededo MIEC, projetada por EduardoSouto Moura e Álvaro Siza Vieira, tãodistintas como a Universidade de Ar-quitetura de Nova Iorque, a Univer-sidade de Arquitetura da Norman-dia ou a École d’Architecture de Cler-mont-Ferrand.

A sede do MIEC funciona comocentro de exposições de arte contem-porânea. Até 15 de janeiro, tem pa-tente a obra do espanhol Miquel Na-varro, conhecido escultor, com obras

espalhadas em alguns dos mais repu-tados museus do mundo, desde oMuseu Guggenheim, em Bilbao eNova Iorque, ao Museu Nacional Cen-tro de Arte Rainha Sofia, em Madrid,ou no George Pompidou, em Paris.

Contudo, o grande acervo doMIEC, 54 peças de escultura, estádistribuído pelos espaços públicos dacidade de Santo Tirso, que dispõe deum centro interpretativo dotado debibliografia e recursos tecnológicos,permitindo que o visitante possa irjunto de uma escultura da cidadecom auriculares, para fruir a peça eao mesmo tempo ouvir uma explica-ção sobre a obra. |||||

MIEC TEM AJUDADO A PROMOVER SANTO TIRSO, ACREDITA JOAQUIM COUTO

MUSEUS

Na floresta há uma velha árvo-re oca que serve de casa a estamenina. Durante a noite, ela é visi-tada pela escuridão, por sons mis-teriosos e por luzes que dançam.Serão pirilampos num baile? Virá oraio e o trovão? Enquanto o sonovem e não vem, entre um bocejo eum esfregar de olhos, a noite ga-nha vida e os animais vêm visitar.

A apresentação da peça “O Bai-le dos Pirilampos” será acompanha-da por um mini-ateliê de constru-ção de pirilampos e de uma dançade despedida.

Destinado a crianças maiores de3 anos, o espetáculo tem entradalivre mas inscrição obrigatória atra-vés do telefone 252 833 428 oudo e-mail [email protected]. |||||

TEATRO

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ENTRE MARGENS | 01 DEZEMBRO 2016 | 15

É uma das figuras mais populares dopresépio tradicional do Minho, mol-dado pelas mãos dos mais brilhan-tes artesãos do barro. Difícil foi esco-lher o instrumentista, porque nos pre-sépios aparece habitualmente a ban-da e não um músico isolado. Calhoueste, como podia ter calhado qualqueroutro mas a vantagem óbvia desta fi-gura é ter na mão algo com que ba-ter. Porque batidas é o que é preciso.

De que sente a falta no concelho deSanto Tirso?Sinto a falta de uma banda de músi-ca à séria. A banda do Conde foi-sehá muito, a da Rio Vizela dissolveu-se no tempo, não ficou nada paraanimar o pessoal.

Que gostava de ver no Centro Cultu-ral de Vila das Aves?Hom’essa… Bandas de música, poisclaro. Viva a cultura popular.

Qual das prometidas obras camará-rias sente mais falta?O cineteatro, sem dúvida. Dava umbom palco para a atuação de bandasde música.

Qual o seu palpite para o início dasobras do cineteatro de Santo Tirso?Palpites, só depois do jogo, não é oque dizia o outro?

Eu gostava de ser presidente da Câ-mara por um dia para…Por um dia? Tirava folga e não dizia aninguém quem era, não fosse acre-ditarem que um simples músico po-dia ser maestro de uma banda tãodesafinada.

A Casa De Chá, no Parque Dª. MariaII dá-lhe vontade de tomar um Xanax

INQUÉRITO AO MÚSICO DO PRESÉPIO, O MÚSICOTRADICIONAL DOS CERAMISTAS DE BARCELOS.

Eu pagava para……assistir à demolição do prédio davergonha no centro da cidade, combanda de música e zés-pereiras…

Em que década vai o PSD conquis-tar a Câmara Municipal de SantoTirso?Uma destas que aí veem, se os de-ploráveis votantes assim o decidirem…

Com quem nunca iria à bola?Com o dono da bola.

Com quem gostava de se coligar?Com uma banda de bons executan-tes.

Sabe nome da diretora do CentroCultural de Vila das Aves?Não tem diretora, pois não?

Quantas vezes já esteve em Rabada?Em Rabada? Tem lá coreto? E presé-pio? Não, nunca estive.

Depois do Parque da Rabada, do Ri-beiro do Matadouro e do AmieiroGalego, que outro nome lhe ocorrepara outro parque no concelho?Parque do Couto, já agora. S. Miguelou Santa Cristina, tanto faz.

Gostava que o Couto fosse interrom-pido?Essa agora…

A quem dava com um pau de selfie?A quem uma selfie sem pau não fos-se bastante.

Santo Tirso tem pedalada para tan-ta festa?É absolutamente necessário dar decomer aos músicos… e os músicoscomem da festa.

A quem oferecia uma medalha demérito?A quem teve a ideia de meter a ban-da de música no presépio… ||||| AAAAA

REDÇÃREDÇÃREDÇÃREDÇÃREDÇÃOOOOO (TEXTO FICCIONAL)

‘Presidente da Câmarapor um dia?Tirava folga e nãodizia a ninguém’

ou um Dom Pérignon?Um copo de tinto, se faz favor…

Complete a frase: Eu ainda sou dotempo...…em que se ia ao monte ao musgo,para fazer o presépio e se punhampinhas mansas no forno para tirar ospinhões para jogar ao rapa, tira, dei-xa… põe…

Eu faria um abaixo-assinado para……para fazer valer os abaixo-assina-dos.

Onde se comem os melhores jesuí-tas?Eu é mais limonetes…

“Sinto a falta de uma ban-da de música à séria. Abanda do Conde foi-se hámuito, a da Rio Vizeladissolveu-se no tempo,não ficou nada para ani-mar o pessoal”.

INQUERITO´́́́́

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16 | ENTRE MARGENS | 01 DEZEMBRO 2016

DESPORTO

2ª LIGA DE FUTEBOL - CDAVES, FUTEBOL SAD

17 - VARZIM 18

18 - GUIMARÃES B 18

19 - AC VISEU 15

20 - LEIXÕES 13

21 - FREAMUNDE 11

22 - OLHANENSE 09

FUTEBOL // DISTRITAIS

09 - VIZELA 21

10 - GIL VICENTE 20

11 - FAMALICÃO 20

12 - PORTO B 20

13 - UNIÃO DA MADEIRA 19

15 - BRAGA B 18

14 - FAFE 18

1816 - SPORTING COVILHÃ

FUTEBOL // DISTRITAIS

CLASSIFICAÇÃO II LIGA P01 - PORTIMONENSE 39

02 - CD AVES 35

03 - PENAFIEL 28

04 - SANTA CLARA 28

05 - COVA DA PIEDADE 28

07 - ACADÉMICA 24

06 - BENFICA B 26

2408 - SPORTING B

Desportivo das Aves‘abate’ o líder

||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

Depois da paragem do campeonato,para jogos da seleção e da taça, oclube de Vila das Aves deslocou-seà Covilhã e venceu os locais por 2-0. No jogo na Covilhã, a formaçãode Ivo Vieira não teve uma exibiçãoao nível dos seus melhores jogos,mas foi suficientemente bem organi-zado para vencer os serranos. Foramos da casa que criaram as melhoresoportunidades mas foram os homensdo Aves a marcar primeiro e de gran-de penalidade, através de João Pedro(72 min). Mais tarde, os avenses vêema vantagem ampliar para 2-0 atravésdo auto golo de Mike ao minuto 80.

AO VENCER EM CASA O PORTIMONENSE, LÍDER DO CAMPEONATO, O AVES CONSOLIDOU OSEGUNDO LUGAR E APRESENTAM-SE COMO SÉRIOS CANDIDATOS À SUBIDA À 1ª LIGA

todas as expetativas. Um jogo combons momentos futebolísticos e situ-ações de golo claras. A formaçãoavense teve grande mérito durantegrande parte da partida, nomeada-mente no que toca a segundas-bolasno meio campo adversário, o queacabou por matar os possíveis lancesde perigo do Portimonense. Aindaantes do intervalo, o Portimonensedispôs de uma situação clara de golo,onde valeu a intervenção segura doguardião avense Quim.

Com o início da segunda partecontinuou-se a assistir a um verda-deiro espetáculo de futebol. Aos53min o CD Aves beneficiou de umcanto e com o falhanço na interceçãode bola, Ivo permitiu a Hackman fa-zer um remate “do outro mundo” queresultou no golo da vitória avense.

Com esta vitória, o CD Aves afir-mou-se como sério candidato à subi-da de divisão, assumindo o 2º lugarcom 35 pontos e diminuindo em trêspontos a desvantagem que tinha re-lativamente ao líder Portimonense. |||||

FUTEBOL | CAMPEONA-TO DE PORTUGAL -PRIO SÉRIE B

Disputaram-se mais duas jornadasdos distritais e o Tirsense, depoisde vitória folgada frente ao Gon-domar B, foi empatar a Lordelo,com o Aliados, a uma bola. ODesportivo das Aves B venceu fol-gadamente os dois jogos realiza-dos, aproximando-se do líderTirsense. O Vilarinho pontuouapenas no jogo com o Barrosas,que venceu por 3-0 e encontra-se na penúltima posição. No quetoca a classificações, Tirsense man-tém o 1º lugar com 32 pontos,seguido do Aves B com 30. OVilarinho ocupa 13º posto comapenas 10 pontos. |||||

Tirsense naliderança, AvesB em segundo,a dois pontos

FUTEBOL - DIVISÃO DEELITE PRO NACIONAL

Na jornada 11 do campeonato dePortugal, o S. Martinho defrontouo Marítimo B, 2º classificado dasérie B. O jogo não correu bem àequipa de Vila Nova do Campoque acabou por perder 1-0 com aequipa oriunda da Madeira. Estasérie é liderada pelo Felgueiras1932, com 25 pontos seguido deMarítimo B, Amarante e Trofense,ocupando o S. Martinho o quintolugar com 14 pontos. |||||| TEXTO:CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

S. Martinhoperdeufora de casa

Depois deste auto golo e mesmo como Covilhã a ser superior na partida,o CD Aves adoptou estratégias efica-zes para o controle do resultado naparte final da partida.

No passado domingo, o Aves re-cebeu o líder do campeonato – o Por-timonense, que até aí não tinha ain-da perdido qualquer jogo. Frente afrente, primeiro e segundo classifica-dos do campeonato, neste “duelo detitãs”, quem saiu vencedor foi o clubeavense que se impôs desde muito cedoe de uma maneira categórica, provo-cando a primeira derrota dos algarvios.

Assistiu-se, na Vila das Aves, a umjogo digno de transmissão televisivae que correspondeu perfeitamente a

IMAGEM DO JOGO DODESPORTIVO DAS AVES COM OLÍDER DO CAMPEONATO, OPORTIMONENSE, DISPUTADONO ÚLTIMO DOMINGO.FOTO: VASCO OLIVEIRA

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ENTRE MARGENS | 01 DEZEMBRO 2016 | 17

MANHAS DESPORTIVASAs “Manhãs Desportivas” estão de volta ao Complexo Desportivo Municipal. Entre 19 e30 de dezembro, os jovens residentes no concelho com idades compreendidas entre os10 e os 16 anos, podem participar num conjunto de diferentes atividades com vista àocupação dos seus tempos livres durante as Férias de Natal. A inscrição é gratuita masobrigatória, através do site www.manhas.santotirso.pt

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A equipa avense mostrou toda a sua su-perioridade em relação às adversárias nosdois encontros realizados no pavilhãodo desportivo das Aves, contra o ADESPe o AAS Mamede “B”, respetivamente.

Frente à formação de Penafiel, o re-sultado é bem lisonjeiro para as adver-sárias que apertaram o marcador no 2ºset (25-19) e venceram o 3º (29-31),depois de o 1º set (25-13) parecer indi-car um passeio da equipa da casa, tal eraa diferença de qualidade técnica e capaci-dade física entre as duas equipas. Contu-

A JORNADA DUPLA EM CASA QUE COINCIDIU COM A DOBRAGEM DOCALENDÁRIO PARA A 2ª VOLTA TROUXE MAIS DUAS VITÓRIASCONVINCENTES. SÉRIE VITORIOSA ENCONTRA-SE NA SEXTA CONSECUTIVA,PARA SENIORES E JUNIORES.

do, com a partida em jogo o coletivoavense apareceu determinado para o 4ºset e com uma sequência fulminante depontos a abrir, não deixaram quaisquerdúvidas quanto ao vencedor, fechando oencontro com uns esclarecedores 25-11.

O encontro com o AAS Mamede “B”,até pode dar a ideia que foi uma viagemsem atribulações, mas a equipa visitantecriou problemas à formação da casa. No1º set a equipa aos comandos de Ma-nuel Barbosa, despachou as adversáriascom um 25-9. Porém o segundo set trou-xe problemas, sendo que as visitantes secolocaram na frente do marcador desde

cedo e dominaram grande parte do se-gundo set. O Aves reagiu de modo de-terminado e acabou por dar a volta aomarcador, fechando o 2º set com 25-17. A terceira partida decorreu de modosemelhante à anterior, se bem que commenos erros técnicos e mais mérito dasadversárias que novamente se adianta-ram cedo no marcador. Todavia, após umatroca constante de lideranças as jogado-ras avenses dispararam no marcador enunca mais olharam para trás, concluin-do o encontro em 25-16.

Quanto à formação de juniores, aturma de Vila das Aves passeou facilmentea sua classe perante as opositoras vencen-do os dois encontros por números ex-pressivos. Frente ao Boavista, em três setscom os parciais de 25-13; 25-11; 25-14. Já perante o FC Infesta, os númerosdo resultado final são ainda mais des-nivelados, terminando em três sets comos parciais de 25-6; 25-1; 25-12

Com estes resultados, as duas equi-pas continuam confortavelmente na li-derança das suas séries e à porta doapuramento para a fase final. Na próxi-ma jornada as seniores defrontam forao CCD Matosinhos enquanto as junioresse deslocam a Paços de Ferreira para seencontrarem com a Juventude Pacense. |||||

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KARATÉ

Shotokan Vila das Avescom mais trêsmedalhas na Liga Olímpica

Lea Barrosconquistao 3º lugar naCopa de França

O Mestre do Karaté Shotokan deVila das Aves foi mais uma vez sele-cionado para arbitrar numa gran-de competição internacional, destavez no Campeonato da Europa quedecorreu na cidade grega de Chal-

Joaquim Fernandes apitano Campeonato de Europa

A atleta do Shotokan de Vila dasAves amealhou mais uma meda-lha para o seu currículo e para oclube avense terminando a com-petição no terceiro lugar do pódiona categoria de kumites juvenismenos 50kg, numa competiçãoque decorreu no passado dia 20de novembro em Paris.

Um resultado muito relevantedado o nível elevadíssimo dokaraté gaulês. |||||

O clube de Vila das Aves saiu maisuma vez medalhado de mais umajornada da Liga Olímpica.

Na prova realizada em Albufeira,Tânia Barros foi a grande vencedorana categoria kumite cadetes (menosde 53kg). Embora ligeiramente lesio-

nada numa perna, a atleta acaboupor vencer todas adversárias por lar-ga margem. Nos seniores, ManuelRibeiro ficou em 2º lugar kumite(menos de 80kg) e o Iuri Silva ficouem 3º lugar katas. O cadete Júlio Sil-va não subiu ao pódio. ||||||

kida nos passados dias 25, 26 e27 de novembro. A competição or-ganizada pela European Karate Sho-tokan Association não contou coma presença de qualquer atleta deVila das Aves. |||||

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A FECHARPróxima edição

do Entre Margensnas bancas a

15 de dezembro

Vencedor da Palma deOuro em Canneschega aos cinemas

Nuno Prata no CaféConcerto do Vila FlorDepois de integrar os Ornatos Vio-leta, Nuno Prata tem vindo a trilharo seu próprio caminho que se fazde músicas que revelam um talentoque existe para lá das cordas dobaixo. O músico apresenta-se noencerramento da programação de2016 do Café Concerto.

No seguimento do sucesso nabanda de Manuel Cruz, em 2006lança-se a solo com o primeiro dis-co de originais e dá a conhecer asua vertente de cantautor. O segun-do disco foi lançado em 2012, edi-tando um novo trabalho de origi-nais em novembro de 2014.

Nuno Prata é um artista discretomas que merece toda a atenção, epercebe-se, depois de ouvi-lo, quesomente o papel de baixista era pou-co para dar corpo à sua criatividade

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

“I, Daniel Blake”, filme protesto dooctogenário realizador britânico KenLoach, chega aos cinemas comerciaishoje, 1 de dezembro.

É uma obra sobre os dias que cor-rem, sobre empatia, consciência soci-al, sobre o papel do Estado na vidados cidadãos, tornado ainda maisrelevante pelas circunstâncias políti-cas que se alteraram drasticamentenos últimos meses. Em maio, quandoo júri de Cannes lhe atribuiu a alme-jada Palma de Ouro, o seu visiona-mento era relevante. Hoje, é verda-deiramente fundamental.

A trama segue Daniel Blake, um

viúvo de 59 anos, diagnosticado comum grave problema de coração, quetem indicação médica para deixar detrabalhar. Mas quando tenta receberos benefícios do Estado que lhe con-cedam uma forma de subsistência, vê-se enredado numa burocracia injus-ta e constrangedora. Apesar do es-

forço em encontrar um modo de pro-var a sua incapacidade, parece queninguém está interessado em admiti-la. Durante uma espera numa repar-tição da Segurança Social conheceKatie, uma mãe solteira de duas crian-ças a precisar de ajuda urgente. Daniele Katie, dois estranhos cujas voltasda vida os deixaram sem forma desustento, vêem-se assim obrigados aaceitar ajuda do banco alimentar. Éno meio do desespero que se tor-nam a única esperança um do outro.

Na era pós-Brexit, pós-Trump e pós-verdade, “I, Daniel Blake” é um retra-to voraz de realismo, como só KenLoach parece conseguir criar nos tem-pos que correm. |||||

musical. É um intérprete, um cantau-tor por vocação, que acumula à ex-periência de trabalho numa grandebanda o ímpeto natural de escrevere compor. Nascem assim músicasmaravilhosas, despojadas de qual-quer artifício e que não deixam nin-guém indiferente.

Concerto decorre no Café Con-certo do Centro Cultural Vila Flor,em Guimarães, dia 9 de dezembropelas 24 horas. |||||