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AULA 0 LEONARDO INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÕES RURAL

INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÕES RURAL · 2020. 8. 25. · aula 0 – introduÇÃo a construÇÃo rural aula 1 - materiais de construÇÕes aula 2 - estruturas de sustentaÇÃo aula 3

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AULA 0

LEONARDO

INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÕES RURAL

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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

Olá, meus amigos e amigas!

Vamos iniciar mais um curso isolado – CONSTRUÇÃO RURAL. Essa

é uma aula demonstrativa com intuito de conhecer nosso material.

VAMOS PARA UMA BREVE APRESENTAÇÃO

Meu nome é Leonardo, sou Engenheiro Agrônomo formado na

Universidade Federal de Lavras. Trabalho há 14 anos na Emater-MG

(Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas

Gerais). Tenho pós-graduação Lato Sensu em Extensão Ambiental para o

Desenvolvimento Sustentável e em Gestão de Agronegócio. Iniciei o

mestrado em Agricultura Tropical, na área de conservação de solos. Fui

professor do curso técnico agrícola Pronatec, ministrei aulas de nutrição e

forragicultura, fertilidade do solo e culturas anuais e olericultura. Sou

professor de matemática e física do ensino médio. Ministro vários cursos

para agricultura familiar, entre eles fertilidade do solo, culturas anuais,

olericultura, mecanização agrícola, cafeicultura e manejo da bovinocultura

de leite. Trabalho com crédito rural (custeio e investimento), elaborando

projeto e prestando orientação aos agricultores há 10 anos. Sou

responsável pela elaboração da Declaração de Aptidão ao Programa

Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) e correspondente

bancário pelo sistema COPAN.

Pessoal nosso cronograma será

AULA 0 – INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

AULA 1 - MATERIAIS DE CONSTRUÇÕES

AULA 2 - ESTRUTURAS DE SUSTENTAÇÃO

AULA 3 – TELHADO

AULA 4 – ORÇAMENTO

AULA 5 - TOPOGRAFIA E ALTIMETRIA

AULA 6 - ARMAZENAGEM E PROCESSAMENTO DE SEMENTES E

GRÃOS

AULA 7 - PLANEJAMENTO DE INSTALAÇÕES RURAIS

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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

AULA 8 - PLANEJAMENTO DE INSTALAÇÕES RURAIS -

SUINOCULTURA

AULA 9 - PLANEJAMENTO DE INSTALAÇÕES RURAIS – AVICULTURA

AULA 10 – SANEAMENTO RURAL

AULA 11 – PROJETOS AGROINDUSTRIAIS

VAMOS INICIAR! RUMO A APROVAÇÃO.

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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

O setor agropecuário brasileiro tem se desenvolvido muito, nas

últimas décadas, com as culturas e criações alcançando índices de

produtividade bastante promissores. No entanto, a oscilação de preço tem

sido uma constante no dia a dia do produtor rural, dado a instabilidade da

economia, bem como o processo de competitividade instalado entre os

nossos produtos e os do mercado de países de primeiro mundo, decorrente

da globalização.

Conforme, SILVA & NÃÃS (1998) enfatizam que tem acelerado o

ritmo de utilização de tecnologia, primeiramente atingindo o setor industrial

urbano e agora o setor industrial agrícola. O manejo da informação está se

tornando cada vez mais fácil, face aos avanços tecnológicos. O baixo custo

dos computadores e a proliferação de softwares podem, contudo, levar a

soluções questionáveis se estas ferramentas forem usadas sem critério e

sem contar com os conhecimentos técnicos de um profissional da área.

A agricultura brasileira precisa estar sincronizada com esse cenário,

para ter garantia de competitividade de modo a ocupar espaços no

mercado agrícola mundial. Na formulação dos custos de produção, as

instalações modernas, principalmente as destinadas à exploração

tecnificada de rebanhos, apresentam custos de implantação que na maioria

das vezes inviabilizam o acesso do pequeno e do médio produtor aos

sistemas de criação mais produtivos, em que são associados aspectos

fisiológicos, de conforto térmico, e de produtividade com os custos do

produto final.

Neste contexto, os custos de produção assumem papel fundamental

no setor agrícola, exigindo do meio técnico científico soluções a curto,

médio e longo prazo, que propiciem o maior rendimento com o menor

custo. No que diz respeito aos projetos de edificações destinadas à zona

rural, observa-se que estes apresentam em geral especificidades que

merecem tratamentos diferenciados tendo em vista suas finalidades de

uso.

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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

Assim, podemos definir Construção rural como sendo uma parte da

Agronomia de grande importância em qualquer tipo de planejamento para

fomento de atividades agropecuárias, na criação de animais ou na

agricultura em geral, e o seu campo de atuação bastante amplo, buscando

técnicas construtivas visando aumento da produtividade e o conforto

animal com instalações adequadas para cada espécie, e para

armazenamento de grãos na pós colheita com infra-estruturas capazes de

guardá-las adequadamente até a sua utilização.

Pelas suas características próprias, requer conhecimentos

intimamente relacionados com a área agronômica e veterinária, os quais,

aliados à simplicidade e a economia de execução, irão proporcionar,

conforto nas instalações dos animais, e o correto dimensionamento das

instalações dentro da propriedade.

Desta forma, as instalações são consideradas como um ponto

fundamental dentro da exploração devendo ser amplas, arejadas, de fácil

higienização e voltadas ao maior conforto possível para que o animal não

sofra os rigores das chuvas, dos ventos e das temperaturas extremas.

Deverão, ainda, atender às legislações federal, estadual e municipal

relativas ao meio ambiente, controle sanitário e segurança. É desejável que

o sistema seja eficiente na movimentação, alimentação e manejo dos

dejetos, devendo prover um ambiente que, ao mesmo tempo, seja

saudável para os animais e que promova condições de trabalho favorável e

confortável para os funcionários e que seja, por fim, mas não menos

importante, economicamente viável. (CAMPOS et al, 2005).

A grande maioria das edificações para bovinos leiteiros se mantém

dentro de padrões de instalações abertas, com ventilação natural,

associada ou não com ventilação artificial complementando uma maior

movimentação de ar, de maneira a terem-se melhores condições de

conforto térmico. (CAMPOS et al., 2005).

É imprescindível, no planejamento das instalações, que se tenha:

espaço adequado; área de descanso seca e ventilada; sombra; espaço de

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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

cocho apropriado para alimento (e para reduzir competição); grupos

homogêneos e ambiente saudável. (CAMPOS et al, 2005). Projetar

instalações para animais não significa, apenas, dimensionar estruturas e

definir espaços, mas dimensioná-las em função das necessidades próprias

do animal e de sua interação com o meio ambiente e o homem.

Assim, os fatores econômicos e técnicos, bem como a preferência por

um determinado sistema, irão influenciar o produtor na escolha do tipo de

instalação de acordo com o seu sistema de produção. As construções

compreendem o conjunto de prédios que o produtor deve possuir para

racionalizar sua produção e sua criação. Em geral, devem obedecer às

seguintes condições básicas:

serem higiênicas: terem água disponível e destino adequado dos

resíduos;

serem bem orientadas no terreno;

serem simples e funcionais;

serem duráveis e seguras: utilização de materiais e técnicas

construtivas adequadas;

serem racionais: rapidez e eficiência no uso de materiais e mão-de-

obra;

permitirem controle das variáveis climáticas;

permitirem a expansão; e

serem de baixo custo.

VAMOS EXERCITAR!

1 - Engenharia Civil - IF/PA - 2015

As construções compreendem o conjunto de prédios que o criador deve

possuir para racionalizar sua criação. Devem atender a determinadas

condições básicas. No sentido de aumentar a eficiência dos sistemas de

criação de animais e prevenir ou controlar doenças, a tendência atual é de

se adotar o confinamento total, o que tem determinado uma modificação

dos prédios a dos equipamentos, especialmente nas grandes empresas. As

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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

construções NÃO deverão obedecer a seguinte condição básica:

A) ter água disponível e destino adequado dos resíduos.

B) ser bem orientadas no terreno.

C) ser extensa e automatizada.

D) ser duráveis e seguras.

E) permitir controle das variáveis climáticas

SOL

Como víamos acima, as construções devem obedecer às seguintes

condições básicas:

serem higiênicas: terem água disponível e destino adequado dos

resíduos;

serem bem orientadas no terreno;

serem simples e funcionais;

serem duráveis e seguras: utilização de materiais e técnicas

construtivas adequadas;

serem racionais: rapidez e eficiência no uso de materiais e mão-de-

obra;

permitirem controle das variáveis climáticas;

permitirem expansão; e - serem de baixo custo.

RESPOSTA C

DESENHO ARQUITETÔNICO

O desenho arquitetônico é uma especialização dentro do desenho

técnico voltada para a execução e representação de projetos de

arquitetura. Esses registros são feitos por arquitetos ou projetistas e têm

como objetivo padronizar e orientar a execução de projetos. Assim, o

desenho arquitetônico é uma especialização dentro do desenho técnico

voltada para a execução e representação de projetos de arquitetura. Esses

registros são feitos por arquitetos ou projetistas e têm como objetivo

padronizar e orientar a execução de projetos.

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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

Desta forma, podemos conceituar o Desenho arquitetônico como

sendo uma especialização dentro do desenho técnico voltada para a

execução e representação de projetos de arquitetura. Esses registros são

feitos por arquitetos ou projetistas e têm como objetivo padronizar e

orientar a execução de projetos.

NORMALIZAÇÃO DO DESENHO ARQUITETÔNICO

A representação gráfica do desenho arquitetônico segue um conjunto

de normas internacionais sob a supervisão da ISO (International

Organization for Standardization, em português, Organização Internacional

de Normalização). No Brasil, as normas são editadas pela ABNT

(Associação Brasileira de Normas Técnicas). As principais são:

o NBR-6492 – Representação de projetos de arquitetura

o NBR-10067 – Princípios gerais de representação em desenho

técnico

A NBR 6492, de 1994, que fornece todos os parâmetros necessários

não só ao desenho mas a correta compreensão dos elementos presentes

em uma planta de Arquitetura. É uma norma que se aplica tanto ao

desenho a mão quanto ao desenho a instrumentos – lembrando que na

época de sua elaboração os desenhos em software CAD não era ainda

amplamente adotado pelos escritórios e profissionais. É importante

entender, por exemplo, que os símbolos gráficos presentes em um

projeto não mudam de tamanho a medida que a escala do desenho é

alterada. Por exemplo, o símbolo de corte aparece com o mesmo tamanho,

seja o desenho na escala 1:50 ou na escala 1:125. A seguir, mostramos

os principais itens presentes no Anexo da norma, que contemplam as

simbologias de representação gráfica. Para um completo entendimento – e

dimensões a serem adotadas para cada uma das simbologias – consultar

a íntegra da norma.

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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

A1 – Linhas de Representação

As linhas são os principais elementos gráficos de um desenho

arquitetônico. São elas que definem o formato, dimensão e posicionamento

das paredes, portas, janelas, pilares, vigas, entre outros elementos. Por

esse motivo, as linhas precisam ser representadas de forma legível e com a

espessura adequada de acordo com o objetivo da representação. Veja o

que representa cada tipo de traço do desenho arquitetônico:

TRAÇO FORTE: paredes e elementos estruturais (pilares, vigas, lajes)

visíveis no corte de arquitetura

TRAÇO MÉDIO: elementos em vista, ou seja, tudo que esteja abaixo

(planta baixa) ou além (cortes) do plano de corte, como peitoris, soleiras,

mobiliário, ressaltos no piso, vãos de aberturas, paredes em vista, etc. O

traço médio também é usado para representar elementos cortados

pequenos, como marcos e janelas.

TRAÇO FINO: hachuras e texturas que representam elementos de

concreto e madeiras. Também é usados para representar os revestimentos

de pisos e paredes como pedras e cerâmicas, além de linhas de cotas e

chamadas.

1. Linhas de Contorno – contínuas A espessura varia com a escala e a

natureza do desenho, exemplo:

2. Linhas Internas – Contínuas Firmes, porém de menor valor que as

linhas de contorno, exemplo:

3. Linhas situadas além do plano do desenho – Tracejadas. Mesmo valor

que as linhas de eixo.

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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

4. Linhas de projeção – traço e dois pontos Quando se tratar de projeções

importantes, devem ter o mesmo valor que as linhas de contorno. São

indicadas para representar projeções de pavimentos superiores, marquises,

balanços, etc.

5. Linhas de eixo ou coordenadas – traço e ponto Firmes, definidas, com

espessura inferior às linhas internas e com traços longos.

6. Linhas de cotas – contínuas Firmes, definidas, com espessura igual ou

inferior à linha de eixo ou coordenadas

7. Linhas auxiliares – contínuas Para construção de desenho, guia de letras

e números, com traço; o mais leve possível.

8. Linhas de indicação e chamadas – contínuas. Mesmo valor que as linhas

de eixo.

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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

Figura 1.35: Espessuras das linhas Fonte: CTISM, adaptado do autor

VAMOS EXERCITAR!

1 - Assistente Legislativo - Técnico em Desenho - FGV

A figura apresenta a parte da planta baixa de uma edificação residencial

com um pavimento.

A espessura de linha que deve ser utilizada na representação das paredes

que dividem os cômodos no desenho apresentado é de

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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

(A) 0,2 mm.

(B) 0,4 mm.

(C) 0,6 mm.

(D) 0,8 mm.

(E) 1,0 mm.

SOL

Conforme vistos acima - Linhas de Contorno – contínuos A espessura

varia com a escala e a natureza do desenho

RESPOSTA C

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DAS CONSTRUÇÕES

O princípio que deve nortear qualquer construção, não importando

seu tamanho, ela deve ser perfeita, no menor tempo possível, com

menor custo, assim, aproveitando o máximo rendimento das ferramentas

e da mão-de-obra. O princípio perfeição é muito difícil de ser conseguido,

mais mesmo assim, deve-se procurar alcançá-lo.

Assim, a fase de construção, execução ou produção, que se segue

logo que se tem o desenvolvimento do projeto executivo é a da construção,

cuja atividade principal é a de tornar concretos os planos pré-estabelecidos

constantes dos desenhos e plantas, obedecendo-se as especificações,

detalhes, memoriais, cronogramas, previsões de prazos e de custos e

buscando-se um bom padrão de qualidade nos resultados finais do produto.

A esta atividade chama-se comumente obra.

Desta forma, a obra é, portanto, o conjunto de atividades de

construção, com emprego de materiais, mão-de-obra especializada,

ferramentas e equipamentos específicos, desenvolvido no espaço físico

denominado canteiro de obras, planejado racionalmente para possibilitar a

materialização daquele projeto específico, conforme os parâmetros

estabelecidos.

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13

INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

A construção ou obra também passa por duas etapas: o

planejamento da construção e a construção propriamente dita. A obra é

então uma das fases do Projeto. Desta forma devemos dar atenção em

todas as fases da obra, sendo essas:

TRABALHOS PRELIMINARES;

TRABALHOS DE EXECUÇÃO;

TRABALHOS DE ACABAMENTO.

É indispensável um conhecimento consistente das etapas construtivas

de uma obra e de seus serviços componentes para o bom desenvolvimento

da programação e do controle das obras, pois ele permite ao engenheiro

trabalhar com mais fluência e segurança as atividades de orçamentação,

elaboração de cronograma físico, de compras e de desembolso e no

acompanhamento de obras, tão importante para o controle dos resultados

desejados.

TRABALHOS PRELIMINARES

São caracterizados como serviços preliminares, a preparação para o

inicio da obra, incluindo a limpeza do terreno, terraplanagem e/ou corte

do terreno e compactação do solo. Temos também nessa etapa a

montagem do canteiro e barracão de obras (local de armazenamento de

materiais e ferramentas).

TRABALHOS DE EXECUÇÃO

É a etapa posterior que consiste no conjunto dos elementos

necessários e suficientes para a execução completa da obra ou do serviço,

de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Os

componentes da obra, como materiais descritivos, cálculos estruturais,

desenhos, especificações técnicas e executivas, cronograma e planilhas de

orçamento, são reunidos no projeto executivo. Destaque ainda para os

equipamentos necessários para a construção, que devem ser mencionados

obrigatoriamente. Os trabalhos de execução da construção propriamente

dita, são:

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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

abertura das valas de fundação;

consolidação do terreno, alicerces, baldrames;

obras em concreto;

aterros e apiloamento;

paredes e divisórias;

revestimentos das paredes;

armação de andaimes;

engradamento e cobertura do telhado;

pisos, forros, esquadrias;

assentamento das tubulações de água;

esgotos e eletricidade;

TRABALHOS DE ACABAMENTOS

Constitui a parte final da obra, entre eles:

assentamento de ferragem nas esquadrias;

rodapés;

aparelhos elétricos;

aparelhos sanitários;

equipamentos;

vidros;

pintura;

limpeza geral etc,

Vamos exercitar!

1 - Pref. Agricolândia/PI - Engenheiro Civil - CRESCER 2018

Assinale a alternativa abaixo que caracteriza um projeto executivo:

A) É aquele que detalha a construção a ser edificada do ponto de vista

legal, explicando a conformidade com os indicadores urbanísticos

estabelecidos pela legislação municipal, estadual e federal (como taxa de

ocupação, área construída, coeficiente de aproveitamento, recuos, índices

de iluminação e ventilação, áreas mínimas, permeabilidade, entre outros).

B) É elaborado por um engenheiro geotécnico que avalia as cargas que a

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15

INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

futura construção irá exercer sobre o solo. As propriedades do solo como

resistência e composição são extraídas a partir de ensaios (exemplo: a

sondagem) e assim permitem a escolha do tipo de fundação.

C) É composto por um conjunto de desenhos técnicos que descrevem como

será a edificação. Detalha todos os materiais e cores como especificações

de tintas, pedras, marcas de peças cerâmicas, forros, esquadrias, rodapés,

beirais, pontos de iluminação, tamanhos, distâncias, áreas, sugestão de

posição dos móveis.

D) Detalha como deve ser executada a estrutura do edifício que é o

sistema que suporta as cargas de utilização e as transferem para as

fundações. Ele depende do método construtivo, ou seja, dos materiais e

técnicas de execução que influenciam este projeto.

SOLUÇÃO

De acordo com o Manual de Obras Públicas, o projeto executivo é ―o

conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para a

realização do empreendimento, contendo de forma clara, precisa e

completa todas as indicações e detalhes construtivos para a perfeita

instalação, montagem e execução dos serviços e obras objeto do contrato.

CONSTRUÇÕES RURAIS E AMBIÊNCIA

Conforme o Dicionário Aurélio animais monogástricos são animais que

apresentam um estômago simples, com uma capacidade de

armazenamento pequena. São exemplo de monogástricos porcos, cães,

gatos, coelhos, lebres, cavalos, galinhas, patos, peixes. Os animais

ruminantes são aqueles que realizam a digestão em duas fases. Na

primeira fase mastigam e engolem o alimento e na segunda etapa eles

regurgitam o bolo alimentar para fazer a mastigação e voltar a engolir,

RESPOSTA C

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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

retirando o máximo possível de nutrientes do alimento. Temos como

exemplo os cervos, búfalos, vacas, girafas, alces, cabras, bois, camelos,

lhamas, novilhas.

Os principais produtores de carne, leite, ovos, lã e pele são os

animais homeotérmicos, ou seja, aqueles, cuja temperatura corporal é

conservada dentro de limites considerados relativamente estreitos, mesmo

que a temperatura ambiente varie e que haja uma grande variação de suas

atividades. O conforto térmico ou área de termoneutralidade é a zona de

temperatura na qual o animal não precisa perder, nem produzir calor para

manter sua temperatura corpórea ideal.

É limitada pela temperatura crítica inferior (TCI) e temperatura crítica

superior (TCS), onde o metabolismo animal é mínimo e o desempenho

otimizado, atingindo desta forma, o máximo potencial produtivo e

reprodutivo. Entretanto, abaixo da temperatura mínima o animal ativa seus

mecanismos termorregulatórios para aumentar a produtividade e retenção

de calor do corpo, compensando então, a perda de calor para o ambiente e

acima da temperatura máxima, o animal ativa seus mecanismos

termorregulatórios para ajudarem na dissipação do calor para o ambiente.

Em outras palavras, abaixo da temperatura inferior (TI) o animal não

consegue energia térmica necessária para compensar as perdas e entra em

estado de hipotermia e acima da temperatura superior (TS) o organismo

não é capaz de controlar a elevação de sua temperatura interna, ocorrendo

a hipertermia. Em ambos os casos os animais apresentam redução da

produtividade de leite, ovos e carne, alta incidência de doenças e alta

mortalidade (Figura 1).

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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

Figura 1:Variações da temperatura corporal de um animal homeotérmico em

função da temperatura ambiente (TI – Temperatura Inferior; TCIn – Temperatura

Crítica Inferior; TCS- Temperatura Crítica Superior e TS- Temperatura Superior).

Fonte: BRIDI (10).

VAMOS EXERCITAR!

1 - BRDE - Analista de Projetos-Agronomia - FUNDATEC - 2015

Dentre as questões mais importantes para o investimento na produção

animal, estão os problemas ligados às adequadas condições das

construções rurais. Tais construções representam uma parcela significativa

do investimento produtivo e, quando não são adequadamente planejadas,

podem causar sérios prejuízos ao sistema de produção. Em alguns casos,

esse item pode ser responsável pela redução na eficiência produtiva e pelo

insucesso do empreendimento. Considerando tais definições, a necessidade

de haverem condições relacionadas à zona de conforto térmico para a

criação, bem como condições de ventilação e confinamento, analise as

assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas, em relação

às condições de maximização de conforto térmico dos animais.

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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

( ) A hipotermia em bovinos, caprinos e suínos adultos está na faixa de

temperatura ambiente entre 2 e 5ºC, em que os animais perdem calor para

o ambiente e são levados à morte.

( ) Para que o desempenho de um animal atinja seu nível ótimo, é

necessário respeitar a zona de conforto térmico, a qual corresponde à faixa

de temperatura efetiva ambiental em que o animal mantém constante sua

temperatura corporal, não havendo sensação de frio ou de calor.

( ) A zona de conforto térmico é a mesma para todos os mamíferos.

( ) Na zona de conforto térmico, os animais não trocam calor com o

ambiente.

( ) Na adequação de construções rurais para um maior conforto térmico, a

abertura de respiros, lanternins e claraboias, bem como o uso de quebra-

ventos e vegetação nos entornos, auxiliam no conforto térmico da

construção.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

A) F – V – F – F – V.

B) V – F – F – V – V.

C) F – V – V – F – F.

D) V – F – F – V – F.

E) F – V – V – V – V.

SOLUÇÃO

Pessoal excelente questão vem mostrar que devemos nos aprofundar nas

questões construtivas e conforto animal.

(F) A hipotermia em bovinos (RUMINANTE), caprinos (RUMINANTE) e

suínos (MONOGÁSTRICO) adultos está na faixa de temperatura ambiente

entre 2 e 5ºC, em que os animais perdem calor para o ambiente e são

levados à morte. ERRADA

A zona de conforto térmico para os bovinos, além da umidade relativa do ar e da

radiação solar, depende da espécie (Bos taurus ou Bos indicus), da adaptação da

raça, potencial produtivo, estágio de lactação etc. Em média, a zona de conforto

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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL

CURSO ISOLADO

situa-se entre 4 a 21°C. Nessa faixa de temperatura apresentada nessa questão

não vai influir no animal a ponto de morte.

A zona de conforto térmico estabelecida pela literatura para suínos varia de

acordo com a idade e com o estado fisiológico dos animais. Por exemplo, para

leitões recém-nascidos ela se encontra entre 30 e 32°C, sendo a temperatura

crítica acima de 35°C. Para porcas e suínos na fase de terminação, a zona de

conforto cai para 12 a 18°C, sendo a zona crítica situada acima de 27°C. Para

ambos, a umidade relativa do ar ideal deve se encontrar entre 40 a 70%.

Com relação aos caprinos temos o seguinte quadro, que resume todos os

outros animais acima.

Tabela 1: Valores de temperatura crítica inferior (TCI), conforto térmico (TC) e

temperatura crítica superior (TCS) para espécies de animais apresentada na questão.

(V) Para que o desempenho de um animal atinja seu nível ótimo, é

necessário respeitar a zona de conforto térmico, a qual corresponde à faixa

de temperatura efetiva ambiental em que o animal mantém constante sua

temperatura corporal, não havendo sensação de frio ou de calor.

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De acordo com o gráfico, os animais homeotérmicos possuem uma zona de

termoneutralidade, ou seja, uma faixa de temperatura ambiente em que o animal

não precisa produzir ou perder temperatura corporal e seu metabolismo é mínimo.

Essa zona de temperatura é onde os animais estão em conforto térmico (entre

temperatura mínima e temperatura máxima) e podem expressar seu máximo

potencial genético. A zona de termoneutralidade é limitada em ambos os extremos

pela Temperatura Crítica Inferior (TCI) e Temperatura Crítica Superior (TCS)

(F) A zona de conforto térmico é a mesma para todos os mamíferos.

ERRADA

Conforme o gráfico acima, matamos essa duas questões, sendo que a zona

de conforto térmico e diferente entre os mamíferos.

(F) Na zona de conforto térmico, os animais não trocam calor com o

ambiente.

Troca calor com ambiente porque a temperatura não e estável, ou seja, a

ela varia com decorrer do dia.

(V) Na adequação de construções rurais para um maior conforto térmico, a

abertura de respiros, lanternins e claraboias, bem como o uso de quebra-

ventos e vegetação nos entornos, auxiliam no conforto térmico da

construção. CORRETA

Assim, nossa resposta e a letra A

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Vamos dar uma pausa, na próxima aula vamos analisar os materiais

utilizados na construção civil. Até a próxima aula!

RESPOSTA CERTO

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REFERENCIA

NBR 15575-5:2013 – Edificações habitacionais — Desempenho – Requisitos para

os sistemas de coberturas

NBR 15310:2009 Componentes cerâmicos – Telhas – Terminologia, requisitos e

métodos de ensaio

BAUER, L.A.F. Materiais de construção. 4. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e

Científicos Editora, 1992. 892p.

BUENO, C.F.H. Construções rurais. Lavras: Coopesal-ESAL. 1980. 209p.

(Apostila).

CARNEIRO, O. Construções rurais. 12. ed. - São Paulo: Nobel. 1985. 718p.

CETOP - Centro de Ensino Técnico e Profissional à Distância, Ltda. Iniciação ao

cálculo de resistências. São Paulo: Gráfica Europam,. 1984. 227 p.

(Departamento Técnico do CEAC)

PETRUCCI, E.G.R. Concreto de cimento portland. 4. ed. - Porto Alegre: Globo.

1980.305p.

PETRUCCI, E.G.R. Materiais de construção. 3. ed.- Porto Alegre: Globo. 1978.

435 p.

PFEIL, W. Estrutura de madeira. 5. ed. - Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e

Científicos Ed., 1989. 295 p. Tabelas de Composição de Preços para Orçamento

(TCPO8). 8. ed. - São Paulo: Pini, 1986.

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