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LA TRAZABILIDADUNA HERRAMIENTA DE GESTIÓN PARA LAS EMPRESAS Y LOS GOBIERNOS
DOCUMENTO TÉCNICO
N°1
PROGRAMAFAO FLEGT
I S S N 2519 - 0156
I N S I D E F R O N T C O V E R ( W H I T E )
ORGANIZACIÓN DE LAS NACIONES UNIDAS PARA LA ALIMENTACIÓN Y LA AGRICULTURA – FAO
LA TRAZABILIDAD UNA HERRAMIENTA DE GESTIÓN PARA LAS EMPRESAS Y LOS GOBIERNOS
ROMA 2016
DOCUMENTO TÉCNICO
N°1
PROGRAMAFAO FLEGT
Las denominaciones empleadas en este producto informativo y la forma en que aparecen presentados los datos que
contiene no implican, por parte de la Organización de las Naciones Unidas para la Alimentación y la Agricultura
(FAO), juicio alguno sobre la condición jurídica o nivel de desarrollo de países, territorios, ciudades o zonas, o de
sus autoridades, ni respecto de la delimitación de sus fronteras o límites. La mención de empresas o productos de
fabricantes en particular, estén o no patentados, no implica que la FAO los apruebe o recomiende de preferencia a
otros de naturaleza similar que no se mencionan.
Las opiniones expresadas en este producto informativo son las de su(s) autor(es), y no reflejan necesariamente los
puntos de vista o políticas de la FAO.
ISBN 978-92-5-309423-3
© FAO, 2016
La FAO fomenta el uso, la reproducción y la difusión del material contenido en este producto informativo. Salvo que
se indique lo contrario, se podrá copiar, imprimir y descargar el material con fines de estudio privado, investigación
y docencia, o para su uso en productos o servicios no comerciales, siempre que se reconozca de forma adecuada a la
FAO como la fuente y titular de los derechos de autor y que ello no implique en modo alguno que la FAO aprueba los
puntos de vista, productos o servicios de los usuarios.
Todas las solicitudes relativas a la traducción y los derechos de adaptación así como a la reventa y otros derechos de
uso comercial deberán dirigirse a www.fao.org/contact-us/licence-request o a [email protected].
Los productos de información de la FAO están disponibles en el sitio web de la Organización (www.fao.org/publications)
y pueden adquirirse mediante solicitud por correo electrónico a [email protected].
Foto de cubierta: © Jérome Laporte
LA TRAZAB I L I DAD U NA H E R RAM I E NTA D E G EST IÓN PARA LAS E M PR ESAS Y LOS GOB I E R NOS iii
ÍNDICE
AGRADECIMIENTOS ..................................................................................................................... vi
SIGLAS ........................................................................................................................................... vii
ANTECEDENTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1 LA TRAZABILIDAD FORESTAL .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1 FUNCIONAMIENTO .............................................................................................................................................................51.1.1 Inventario del aprovechamiento .............................................................................................................................................................................. 51.1.2 Operaciones de aprovechamiento maderero ........................................................................................................................................................ 51.1.3 Operaciones de transformación .............................................................................................................................................................................. 61.1.4 Herramientas .............................................................................................................................................................................................................. 61.1.5 Seguimiento informático ........................................................................................................................................................................................... 9
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................................................................................91.2.1 Una herramienta para la gestión empresarial ...................................................................................................................................................... 91.2.2 Acceso a la certificación .......................................................................................................................................................................................... 91.2.3 Mejor seguimiento de las estadísticas nacionales ............................................................................................................................................ 101.2.4 Una respuesta a las exigencias de FLEGT .......................................................................................................................................................... 10
2 EXPERIENCIAS DE TRAZABILIDAD .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1 CASO DE UNA EMPRESA ESTATAL DE PLANTACIONES EN BENIN .................................................................................. 142.1.1 Antecedentes ........................................................................................................................................................................................................... 152.1.2 Requisitos legales .................................................................................................................................................................................................. 162.1.3 Desarrollo del sistema ............................................................................................................................................................................................ 162.1.4 Funcionamiento ........................................................................................................................................................................................................ 162.1.5 Perspectivas .............................................................................................................................................................................................................. 18
2.2 CASO DE UN SISTEMA NACIONAL DE TRAZABILIDADEN LIBERIA ..................................................................................202.2.1 Antecedentes ............................................................................................................................................................................................................202.2.2 Requisitos legales ....................................................................................................................................................................................................222.2.3 Funcionamiento ........................................................................................................................................................................................................222.2.4 Perspectivas ..............................................................................................................................................................................................................24
2.3 CASO DE UNA EMPRESA FORESTAL PRIVADA EN CAMERÚN .........................................................................................262.3.1 Antecedentes ............................................................................................................................................................................................................272.3.2 Requisitos legales ....................................................................................................................................................................................................282.3.3 Desarrollo del sistema ............................................................................................................................................................................................282.3.4 Funcionamiento ........................................................................................................................................................................................................302.3.5 Perspectivas ..............................................................................................................................................................................................................31
LA TRAZAB I L I DAD U NA H E R RAM I E NTA D E G EST IÓN PARA LAS E M PR ESAS Y LOS GOB I E R NOSiv
2.4 CASO DE UN SISTEMA DE VIGILANCIA EN LA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DEL CONGO ................................................322.4.1 Antecedentes ............................................................................................................................................................................................................332.4.2 Requisitos legales ....................................................................................................................................................................................................342.4.3 Desarrollo del sistema ...........................................................................................................................................................................................342.4.4 Funcionamiento ........................................................................................................................................................................................................352.4.5 Perspectivas ..............................................................................................................................................................................................................37
2.5 CASO DE UN SISTEMA DE TRAZABILIDAD ADAPTADO A UN CONTEXTO DE FORESTERÍA COMUNITARIA EN GABÓN ....382.5.1 Antecedentes ............................................................................................................................................................................................................392.5.2 Requisitos legales ....................................................................................................................................................................................................402.5.3 Desarrollo del sistema ...........................................................................................................................................................................................402.5.4 Funcionamiento ........................................................................................................................................................................................................402.5.5 Perspectivas ..............................................................................................................................................................................................................42
3 PRINCIPALES PARÁMETROS QUE SE DEBEN TOMAR EN CUENTA EN LA CONCEPCIÓN DE UN PROYECTO DE TRAZABILIDAD .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.1 ¿PARA CUÁL USO? ............................................................................................................................................................45
3.2 ¿EN CUÁL MARCO JURÍDICO? ..........................................................................................................................................46
3.3 ¿CUÁLES SON LAS COSTUMBRES DE TRABAJO? ............................................................................................................47
3.4 ¿CUÁL ES EL PERÍMETRO DE TRAZABILIDAD PREVISTO? ...............................................................................................47
3.5 ¿CUÁL TECNOLOGÍA UTILIZAR? ........................................................................................................................................47
3.6 ¿CUÁLES SON LOS MECANISMOS DE CONTROL? ...........................................................................................................49
4 CONCLUSIONES .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
LA TRAZAB I L I DAD U NA H E R RAM I E NTA D E G EST IÓN PARA LAS E M PR ESAS Y LOS GOB I E R NOS v
FIGURAS Y CUADROS
Figura 1 Croquis de un mapa de medición del terreno .............................................................................................................................................................. 7
Figura 2 Esquema de un sistema de garantía de la legalidad FLEGT ................................................................................................................................... 11
Figura 3 Esquema funcional del sistema de trazabilidad ONATRACK ................................................................................................................................... 17
Figura 4 Registro de campo realizado en el marco del sistema LiberFor .............................................................................................................................22
Figura 5 Formulario de inventario de aprovechamiento (Stock Survey Form) ......................................................................................................................23
Figura 6 Ficha de información de la troza ..................................................................................................................................................................................30
Figura 7 Interfaz de PALLITRACKS destinada al Jefe de la empresa ...................................................................................................................................31
Figura 8 Recorrido de diferentes maquinarias en el área de corta ........................................................................................................................................35
Figure 9 Recorrido de un remolque (anaranjado), una cargadora de trozas (amarillo) y un tractor (azul) ...................................................................36
Figura 10 Ficha propuesta para la trazabilidad de la madera procedente de bosques comunitarios (Gabón) ................................................................41
Figura 11 Principios de la trazabilidad de la madera procedente de los bosques comunitarios para las aplicaciones en teléfonos móviles (Gabón) ................................................................................................................................................42
Cuadro 1 Características de las diferentes experiencias de trazabilidad presentadas ........................................................................................................ 13
Cuadro 2 Comparación de los costos de inversión de los diferentes opción de trazabilidad .............................................................................................41
Cuadro 3 Contexto actual y consecuencias en términos de las soluciones a adoptar ........................................................................................................49
LA TRAZAB I L I DAD U NA H E R RAM I E NTA D E G EST IÓN PARA LAS E M PR ESAS Y LOS GOB I E R NOSvi
AGRADECIMIENTOS
La presente publicación fue realizada por el Programa FAO FLEGT. Fue redactada por Jérôme Laporte y Marc Vandenhaute con
la contribución de Stuart Wilson de Resource Extraction Monitoring (REM) y Quentin Meunier, de Nature+ y Jack Soh Ndeh
de Prosygma. La producción editorial estuvo a cargo de Anouchka Lazarev. El diseño del documento fue realizado por el Studio
Bartoleschi.
Un agradecimiento especial a las empresas Pallisco-CIFM, CFT y ONAB por sus aportaciones. De igual forma a Naila Yasmin,
por la elaboración de los mapas y Leslie Wearne e Victor Gonzàles por la traducción en Inglés y Español.
En fin, los autores desean extender su agradecimiento a las personas que revisaron este informe técnico y, en particular, a Sarah
Fumey, Daphne Hewitt, Nhaydu Bohorquez, Bruno Cammaert y Thomas de Francqueville.
LA TRAZAB I L I DAD U NA H E R RAM I E NTA D E G EST IÓN PARA LAS E M PR ESAS Y LOS GOB I E R NOS vii
SIGLAS
AAC Área anual de corta
AVA Acuerdo voluntario de asociación
BC Bosque comunitario
CFMA Acuerdo de gestión de los bosques comunitarios (Community Forest Management Agreement)
CFT Empresa forestal de transformación
CIFM Centro industrial y forestal de Mindourou
CITES Convención sobre el Comercio Internacional de Especies Amenazadas de Fauna y Flora Silvestres
DFID Departamento de Desarrollo Internacional del Gobierno del Reino Unido
FDA Dirección de desarrollo Forestal (Forestry Development Authority)
FED Fondo Europeo de Desarrollo
FIPCAM Fábrica camerunesa de suelos de madera
FLEGT Aplicación de leyes, gobernanza y comercio forestales
FSC Consejo de Administración Forestal (Forest Stewardship Council)
GPS Sistemas de posicionamiento global
GSM Sistema global de comunicaciones móviles
ISO Organización internacional de normalización
LDV Departamento de verificación de la legalidad (Legality Verification Department)
MECNT Ministerio de Medio Ambiente, Conservación de la Naturaleza y Turismo
OGF Observatorio de la gobernanza forestal
OLM Origen legal de la madera
ONAB Oficina Nacional de la Madera
ONG Organización no gubernamental
PEFC Programa de Reconocimiento de Sistemas de Certificación Forestal
REM Resource Extraction Monitoring
RFID Dispositivo de identificación por radiofrecuencias
RMUE Reglamento de la Madera de la Unión Europea (EU Timber Regulation)
SGL Sistema de garantía de la legalidad
SGS Sociedad General de Vigilancia (Société Générale de Surveillance)
SSD Sistema de seguimiento en directo
UE Unión Europea
USAID Agencia de los Estados Unidos para el Desarrollo Internacional
VLTM Verificación de la legalidad y trazabilidad de la madera
WWF Fondo Mundial para la Naturaleza
UGF Unidad de gestión forestal
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ANTECEDENTES
LA TRAZABILIDAD SE DEFINE COMO “LA CAPACIDAD PARA REUNIR EL TEJIDO HISTÓRICO, LA UTILIZACIÓN O
LOCALIZACIÓN DE UN ARTÍCULO O DE UNA ACTIVIDAD POR MEDIO DE UNA IDENTIFICACIÓN REGISTRADA” 1. ESTO
SE REFIERE A DOS ASPECTOS PRINCIPALES: POR UN LADO, LA IDENTIFICACIÓN DEL PRODUCTO MEDIANTE UN
PROCESO DE MARCACIÓN; Y POR EL OTRO, EL REGISTRO DE LOS DATOS RELACIONADOS CON ESE PRODUCTO A LO
LARGO DE LAS CADENAS DE PRODUCCIÓN, TRANSFORMACIÓN Y DISTRIBUCIÓN.
1 De conformidad con las normas ISO 8402.
l concepto de trazabilidad cobró importancia
en la gestión de los bosques tropicales a
principios de la década de 1980, con la sensibilización a
nivel mundial sobre las problemáticas relacionadas con el
medio ambiente. En ese entonces, los bosques tropicales
y su aprovechamiento estaban asociados de forma casi
sistemática a la deforestación (Amazonía), a la financiación
de conflictos armados (Liberia) o a la erradicación de
especies emblemáticas de animales (República Democrática
del Congo, Indonesia). Todas estas situaciones evocan la
visión de prácticas ilegales e insostenibles. Asimismo,
las pérdidas económicas para los estados productores se
consideran colosales. Esta imagen de un aprovechamiento
ilegal de los bosques tropicales exhortó gradualmente al
consumidor a tomar en cuenta el origen de los productos
madereros. De tal forma, en las décadas de 1990 y 2000,
la mayoría de los países de la Cuenca del Congo empezó
a formular amplias reformas de sus códigos forestales,
incorporando mecanismos relacionados con la gestión y
el respeto de las buenas prácticas de aprovechamiento de
sus bosques. En muchos casos, estas buenas prácticas ya
incluían medidas para dar seguimiento a los flujos de madera
desde el bosque hasta la unidad de transformación.
En este contexto –caracterizado por la desconfianza de los
consumidores del hemisferio norte y por la evolución de
los marcos reglamentarios de los países productores– la
certificación forestal se percibe como una primera solución
para asegurar la correcta aplicación de los requisitos
internacionales. En síntesis, la certificación forestal puede
describirse como un instrumento independiente que
garantiza la contribución de la silvicultura al desarrollo
sostenible. Concebida como alternativa constructiva a los
llamamientos a boicotear las maderas tropicales, que se
multiplicaban a finales de la década de 1980, la certificación
trataba de ofrecer un marco comercial incentivador para
“anclar” los productores a la gestión sostenible de las áreas forestales que manejan. Sobre la base de las evaluaciones
independientes que identifican métodos de “buena gestión forestal” –de conformidad con las normas reconocidas a
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nivel internacional– la certificación se convierte entonces en
un instrumento de mercado que tiene por objetivo promover
los productos forestales cuyo origen y método de producción
tienen garantías de sostenibilidad. Las empresas forestales
ven en la certificación una oportunidad de comunicación y
en ella encuentran la legitimidad para explotar los bosques
que les han sido asignados. Sensibles a los mensajes
transmitidos por las organizaciones no gubernamentales
(ONG) internacionales, los mercados de los países más
desarrollados buscan soluciones “responsables” de abastecimiento de madera. Estas soluciones conceden
prioridad a las certificaciones, siempre que se refieran a
la legalidad (OLM2, VLTM3, etc.) o a la gestión responsable
(FSC4, PEFC5). Cada una de ellas requiere sistemas de
trazabilidad fidedignos en toda la cadena de transformación,
verificados anualmente por los organismos de certificación.
A finales de la primera década de 2000, los países del
Norte del mundo introdujeron nuevas normas para limitar
las importaciones de madera ilegal en sus mercados. De
conformidad con la Ley Lacey6 de los Estados Unidos de
América y el Reglamento de la Madera de la Unión Europea
(RMUE7), hoy día los importadores madereros deben
establecer mecanismos que permitan verificar la legalidad
de sus abastecimientos o demostrar una “diligencia debida” que consiste en protegerse activamente contra el riesgo
de comercialización de madera ilegal . En la práctica,
los abastecimientos provenientes de exportadores cuya
trazabilidad de los productos madereros está certificada,
facilitan la aplicación de la diligencia debida. A la par de
estas medidas adoptadas por los países importadores
se están implementando gradualmente mecanismos
nacionales de trazabilidad en los diferentes países
2 OLM: Origen legal de la madera. Sistema desarrollado por Bureau Veritas.3 VLTM: Verificación de la legalidad y trazabilidad de la madera (Timber Legality and Traceability Verification). Sistema
desarrollado por la sociedad SGS.4 FSC: Consejo de Administración Forestal (Forest Stewardship Council).5 PEFC: Programa de reconocimiento de sistemas de certificación forestal (Programme for the Endorsement of Forest
Certification schemes).6 http://www.fws.gov/international/laws-treaties-agreements/us-conservation-laws/lacey-act.html7 http://www.legal-timber.info/en/flegt-eutr.html
exportadores de madera. Por lo general, estos mecanismos
se incorporan en los Sistemas de Garantía de la Legalidad
(SGL), concebidos como parte de los Acuerdos voluntarios
de asociación (AVA) del Plan de Acción sobre Aplicación de
las leyes, gobernanza y comercio forestales (Plan de acción
FLEGT) de la Unión Europea (UE). Además de responder
a los requisitos legales, algunos países (Liberia, Camerún,
Colombia, Brasil) ven una oportunidad de aumentar su
eficacia en términos de recaudación de ingresos tributarios
relacionados con la extracción y la transformación de
la madera. Además, a nivel de las empresas, si bien la
formulación de un sistema de trazabilidad se concibió
inicialmente como la respuesta forzada a una exigencia
reglamentaria, ésta se convirtió inmediatamente en un
activo importante en términos de gestión de las actividades
de aprovechamiento maderero, de los movimientos de las
reservas, de la logística y de la facturación.
Como parte de la implementación del Plan de Acción FLEGT,
la Organización de las Naciones Unidas para la Alimentación
y la Agricultura (FAO) ha apoyado el desarrollo de sistemas
de trazabilidad en varios países, a petición de diferentes
grupos de partes interesadas (organismos gubernamentales,
organizaciones del sector privado y de la sociedad civil). La
presente publicación se propone ofrecer una muestra de las
diferentes experiencias a fin de demostrar el valor de una
trazabilidad adecuada que tenga en cuenta el objetivo del
usuario y el entorno en el cual este sistema debe funcionar.
Este informe técnico se dirige, además, a los directores
de las grandes empresas, a los gestores de los bosques
comunitarios y a los funcionarios de las administraciones
forestales que están llamados a desarrollar un sistema de
trazabilidad adaptado a sus exigencias específicas.
A NTE C E D E NTE S
LA TRAZAB I L I DAD U NA H E R RAM I E NTA D E G EST IÓN PARA LAS E M PR ESAS Y LOS GOB I E R NOS 3
Después de explicar el funcionamiento general de la trazabilidad en relación con la certificación y el Plan de Acción FLEGT (Capítulo 1), esta publicación ilustra varios ejemplos de desarrollo de sistemas de trazabilidad en diferentes contextos (Capítulo 2), y a continuación formula recomendaciones que hay que tomar en cuenta al diseñar un sistema de este tipo (Capítulo 3).
La presente publicación es el primer número de una Colección de Informes Técnicos que tiene como objetivo destacar la experiencia del Programa FAO FLEGT durante la ejecución de proyectos en las diferentes regiones de intervención: África, Asia, América Central y del Sur. Esta primera edición se complementará con una publicación más general sobre “Las lecciones aprendidas en el desarrollo y ejecución de sistemas de trazabilidad, verificación y control de los productos madereros”.
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1LA TRAZABILIDAD FORESTAL
LOS SISTEMAS DE TRAZABILIDAD SE UTILIZAN PARA SUMINISTRAR INFORMACIÓN SOBRE EL RECORRIDO DE LA
MADERA DESDE EL BOSQUE HASTA LOS CONSUMIDORES FINALES, PASANDO A TRAVÉS DEL ALMACENAMIENTO
Y TRANSPORTE. ESTOS SISTEMAS SE UTILIZAN PARA VERIFICAR QUE LA MATERIA PRIMA DE LOS PRODUCTOS
MADEREROS PROVIENE DE FUENTES LEGALES, RESPONSABLES O, DE CUALQUIER OTRA FORMA, ACEPTABLES8.
8 Louppe, D. (documento colectivo coordinado por), Mille, G. et al. 2015. Mémento du forestier tropical. Quae-Cirad.
1.1 FUNCIONAMIENTO
En cada una de las etapas de las operaciones de extracción
y transformación de la madera se han concebido métodos
para garantizar la trazabilidad de los productos madereros.
En muchos países, estos métodos están estipulados en las
legislaciones nacionales.
1.1.1 Inventario del aprovechamiento
Este inventario se realiza antes de iniciar las actividades
de producción. Se trata, al menos, de elaborar un listado
de todos los árboles que se aprovecharán en un área
determinada. En la mayoría de los países, estas listas
indican el identificador único del árbol, su ubicación en
el área inventariada, diámetro y especie. En general ,
en los datos registrados se incluyen también mapas. El
inventario de aprovechamiento es el punto de partida de
la trazabilidad: por lo tanto, la clave para el éxito de la
trazabilidad de la madera es la localización de cada uno de
los árboles que se aprovecharán, asignando a cada uno de
ellos un identificador único.
1.1.2 Operaciones de aprovechamiento maderero
Se deben elaborar sistemas que garanticen la conexión
entre la troza que será talada (cortada, trasladada, cortada
nuevamente en trozas pequeñas y rodada/arrastrada) y el
identificador único del árbol inventariado. Por lo general,
cada paso de esta operación se debe registrar en un soporte
(papel, tableta, teléfono móvil u otros medios digitales) para
insertarlo después en una base de datos de la trazabilidad
general. Cada nuevo producto derivado del árbol talado se
debe distinguir con un identificador único que lo conecte al
producto anterior. De esta forma, el tronco talado tendrá una
conexión con el árbol en pie, las trozas con el tronco talado,
las trozas cortas con la troza producida por el tronzado del
tronco talado, etc.
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1.1.3 Operaciones de transformación
En general, durante la transformación de la madera no se
busca una trazabilidad perfecta que permita la trazabilidad
completa hasta el árbol original debido a la complejidad
de las cadenas operacionales. Entre las diferentes
opciones disponibles para los gestores de las unidades de
transformación, se podrían combinar las siguientes:
> Una trazabilidad “por cepa”, que consiste en establecer una relación explícita entre el árbol en el bosque y el producto
transformado. Este método permite asociar cantidades
específicas de productos a un número determinado de árboles
originales. Este tipo de trazabilidad selectiva es especialmente
relevante para las instalaciones de transformación primaria
con cadenas de producción relativamente sencillas. Existen
dos tipos principales de trazabilidad: 1) la trazabilidad
temporal, que permite unir cada lote producido durante
un período determinado a las trozas cortas que entran en
el aserradero en el mismo período; 2) la trazabilidad por
contrato, que consiste en asociar las trozas cortas recibidas
en los aserraderos a los productos madereros producidos en
función de un contrato específico.
> Una trazabilidad que consiste en garantizar que los
productos madereros que entran en la fábrica son de origen
aceptable, pero no se establece de manera sistemática la
conexión con el origen de cada uno de los árboles. Este
tipo de trazabilidad es especialmente adecuado para la
transformación secundaria o terciaria y en la fabricación
de pulpa de celulosa.
1.1.4 Herramientas
Se han elaborado diversas herramientas para garantizar
la trazabilidad sobre el terreno. Durante el inventario del
aprovechamiento se georreferencian los árboles, tanto
manualmente como utilizando sistemas de posicionamiento
global (GPS). El método manual, es el más común, consiste
en levantar un listado de los árboles en pie de forma “relativa”, indicando su posición en un mapa incluido en una parcela
cuyos contornos han sido identificados con precisión por medio
del GPS (Figura 1). El método por GPS, por su parte, consiste
simplemente en establecer las coordenadas de cada uno de los
árboles en pie identificados en la parcela inventariada.
La asignación de un identificador único a los árboles en
pie, troncos y trozas cortas se puede realizar de diferentes
formas. Algunos países requieren simplemente la marcación
de un número en pintura de acuerdo con una codificación
definida por la ley o establecida libremente por la empresa.
Algunas empresas certificadas van más allá y colocan
etiquetas identificativas de plástico sobre los árboles y las
trozas (Foto 1); estas etiquetas pueden estar divididas en
varias piezas que contienen cada una de ellas el número
del árbol (Foto 2). En este último caso, la primera pieza
de la etiqueta se deja en el árbol talado para garantizar
su trazabilidad; las otras partes son tomadas por el
extractor o por los operadores madereros sucesivos que
intervienen sobre la madera, a fin de dar seguimiento a
las actividades diarias de aprovechamiento. Otros países
imponen el uso de códigos de barras únicos proporcionados
por la Administración Forestal (Foto 3). Otros países (Brasil,
Países escandinavos) estudian la posibilidad de implementar
herramientas de trazabilidad con ayuda de dispositivos de
identificación por radiofrecuencias (RFID, por sus siglas
en inglés) para dar seguimiento a determinados productos
madereros en puntos de paso definidos (ciudades, puertos).
Por último, las nuevas tecnologías utilizan las propiedades
intrínsecas de la madera (marcadores de ADN e isótopos
estables) para determinar su origen geográfico y establecer
su trazabilidad. Se están estudiando las huellas genéticas de
varias especies, y sus muchas aplicaciones suscitan ya un
enorme interés en el marco del RMUE y de la Ley Lacey o de
la Convención sobre el Comercio Internacional de Especies
Amenazadas de Fauna y Flora Silvestres (CITES).
El tipo de soporte de seguimiento de la trazabilidad forestal
sigue quedando en general a discreción de la empresa
siempre que, por supuesto, cumpla con los requisitos
legales. En la mayoría de los países tropicales, estos
documentos siguen siendo de papel. Sin embargo, en
el contexto de la aplicación de los AVA y del RMUE,
están empezando a surgir diferentes proyectos nacionales
de trazabilidad que buscan la adopción –por parte de
las empresas o de las administraciones– de soportes
numéricos de tipo digital . Estos dispositivos deberían
facilitar y agilizar la entrada de datos y su respectivo envío
a la Administración Forestal.
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Figura 1 Croquis de un mapa de medición del terreno
Foto 1 Marcación con etiquetas (Benin)
Foto 2 Etiqueta de trazabilidad en varias secciones (Camerún)
Foto 3 Código de barras en un tocón (Liberia)
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1.1.5 Seguimiento informático
A fin de su utilización –desde un punto de vista económico
u organizacional o en interés de la armonización con
los datos nacionales de trazabilidad– la información se
registra casi sistemáticamente en una base de datos digital.
Mientras que muchas empresas siguen utilizando sistemas
informáticos sencillos (© MS Excel o © MS Access), se
están desarrollando otras herramientas más sofisticadas
para maximizar el valor de los datos relativos a la trazabilidad
(véanse los ejemplos en el Capítulo 2).
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Una herramienta para la gestión empresarial
Si bien la principal función de la trazabilidad forestal es
sobre todo identificar una troza entre el árbol de origen y
su lugar de transformación o de exportación, la trazabilidad
también facilita el seguimiento riguroso de las operaciones de
aprovechamiento forestal. Cuando la trazabilidad forestal está
adecuadamente valorada y bien integrada en las prácticas
de la empresa, permite efectivamente optimizar la gestión
de las prácticas de aprovechamiento maderero. Al consultar
la base de datos, los responsables de la empresa pueden
dar seguimiento a los productos a lo largo de la cadena de
transformación, con la posibilidad de extraer información en
cada una de las etapas clave: árbol en pie al momento del
inventario, tala, traslado, rodadura/arrastre, transformación,
secado, transporte, exportación, cambio de propietario,
segunda transformación y producto elaborado.
Este tipo de seguimiento brinda a la empresa la oportunidad
de mejorar la valorización de sus recursos mediante la
supervisión regular de los factores de conversión tales como
coeficientes de aprovechamiento maderero (relación entre
la cantidad de árboles extraídos y la cantidad de árboles
inventariados), coeficientes de comercialización (relación
entre el volumen comercial y el volumen extraído), o
coeficientes de transformación (relación entre el volumen
de entrada y el volumen de salida de la fábrica).
Algunas bases de datos más avanzadas permiten ajustar los
análisis, ofreciendo al gerente de la empresa información
sobre diferentes indicadores de rendimiento económico, en
los diferentes eslabones de la cadena de producción. En
este sentido, más allá de ser herramienta de control del flujo
de material, la trazabilidad se convierte en un instrumento
poderoso para la gestión empresarial.
1.2.2 Acceso a la certificación
Todas las empresas que comercializan productos madereros
certificados deben poseer una certificación de trazabilidad
para los siguientes intermediarios:
> empresa de aprovechamiento forestal;
> unidad de transformación;
> distribuidores de trozas o de productos certificados;
> distribuidor final.
Todas las empresas que componen las cadenas de
producción y de transformación deben estar certificadas
hasta la venta del producto elaborado al consumidor final.
En caso de abastecimiento mixto (productos certificados y no
certificados) la empresa cuenta con diversas soluciones para
garantizar la certificación de la trazabilidad de los productos
elaborados:
> El sistema de trazabilidad por “separación física” donde la empresa separa físicamente y de forma permanente los
productos certificados de los no certificados en todo el
proceso de transformación y/o de fabricación. Este sistema
se llama sistema de transferencia en el caso del Consejo
de Administración Forestal (FSC, por sus siglas en inglés).
> El sistema de trazabilidad por “porcentaje”, donde la empresa mezcla sus abastecimientos pero tiene que
garantizar a la salida un porcentaje mínimo de materias
primas certificadas (70 por ciento en el caso de FSC
y del Programa de Reconocimiento de Sistemas de
Certificación Forestal [PEFC]) en todos sus productos o en
un porcentaje mínimo de ellos (70 por ciento en el caso
de FSC y del PEFC) que contenga el cien por ciento de
material certificado.
LA TRAZAB I L I DAD U NA H E R RAM I E NTA D E G EST IÓN PARA LAS E M PR ESAS Y LOS GOB I E R NOS10
CA P Í TU LO 1 L A TR AZ A B I L I DA D FO R E STA L
> El sistema de trazabilidad por “crédito” de la certificación FSC, que propone que la proporción de productos que
“entran a la fábrica” y que llevan etiqueta sea idéntica a la proporción de productos que “salen de la fábrica” vendidos como productos certificados.
1.2.3 Mejor seguimiento de las estadísticas nacionales
Varios países productores se han embarcado en la creación
de un sistema de trazabilidad a escala nacional. Al principio,
se trataba únicamente de sistemas destinados al control de la
conformidad de las prácticas de los gestores forestales a las
normas en materia de trazabilidad estipuladas en la legislación
forestal en vigor. El objetivo era garantizar la coherencia en
las declaraciones de las empresas y facilitar de esta forma
el cálculo y seguimiento de la recaudación de impuestos
forestales y a la exportación. Posteriormente, los sistemas
de trazabilidad se hicieron cada vez más complejos y hoy
día muchos de ellos son herramientas que contribuyen a
producir estadísticas nacionales de producción, transformación
y exportación. Por medio de estas herramientas se puede
realizar previsiones a corto y largo plazo sobre la contribución
del sector forestal a la economía nacional.
1.2.4 Una respuesta a las exigencias de FLEGT
En mayo de 2003, la Comisión Europea lanzó el Plan de
acción FLEGT. Su objetivo es combatir el aprovechamiento
ilegal de los bosques y su comercio conexo. Este Plan de
acción se basa fundamentalmente en dos pilares:
> Un Acuerdo voluntario de asociación (AVA) estipulado entre la UE y cada país productor que así lo desee.
Redactado en concertación con todas las partes interesadas
en el sector forestal del país en cuestión, este acuerdo
garantiza que todos los productos madereros que son objeto
del Acuerdo cumplan con todas las disposiciones legales
y reglamentarias vigentes en el país productor. Se basa,
además, en un SGL, que incluye las autorizaciones a la
exportación verificadas en las fronteras de la UE (Figura 2).
> El Reglamento de la Madera de la Unión Europea (RMUE), en vigor desde el 3 de marzo de 2013, persigue
la completa eliminación de la madera ilegal en el mercado
europeo, dando la responsabilidad al sector privado
europeo. De tal forma, los operadores deben asegurarse
por sí mismos de la legalidad de la madera que importan.
Este requisito de garantía de la legalidad se conoce como
diligencia debida.
En el marco de la diligencia debida –que los importadores de
madera deben poner en práctica en el mercado europeo– se
prevén dos enfoques posibles. Si el país signatario del AVA
ha establecido un SGL y este sistema ha sido validado por
la UE, tiene facultad para emitir las “licencias FLEGT”. Estas autorizaciones se emiten para toda la madera cuya legalidad
haya sido comprobada para su exportación al mercado de la
UE. Si estos certificados son reconocidos por las autoridades
europeas, el importador no tiene que adoptar otras medidas
en materia de diligencia debida.
Por el contrario, si el país signatario aún no ha establecido
un SGL o si el país no ha firmado un AVA con la UE, el
importador europeo debe adoptar por su propia cuenta la
diligencia debida para la madera que compra.
Es en esta segunda situación que las certificaciones
de legalidad y de gestión responsable tienen un papel
importante en la implementación del RMUE. De hecho, la
mayoría de los acuerdos firmados estipulan que las empresas
que disponen de un certificado privado9 reconocido por el
gobierno del país productor se sometan a procedimientos de
control simplificados. Estos certificados facilitan, entonces,
el reconocimiento de la madera como procedente de
fuente legal. Si no existe un SGL reconocido por la UE, el
importador de madera puede certificar con mayor facilidad
el origen legal de la madera antes de su importación en el
territorio europeo.
En cualquier caso, tanto si el gestor forestal tiene como
objetivo introducir madera en el mercado europeo a través
de una licencia FLEGT o por medio de la diligencia debida
ejercida por el importador, debe implementar un sistema
sólido de trazabilidad que permita certificar el origen de la
madera destinada a la exportación.
9 FSC, PEFC, SmartWood-Verification of Legal Compliance (SW-VLC), OLB, TLTV, Legal Harvest Verification (LVH).
LA TRAZAB I L I DAD U NA H E R RAM I E NTA D E G EST IÓN PARA LAS E M PR ESAS Y LOS GOB I E R NOS 11
CA P Í TU LO 1 L A TR AZ A B I L I DA D FO R E STA L
Figura 2 Esquema de un sistema de garantía de la legalidad FLEGT
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TRAZAB I L I DAD VE R I F I CAC IÓN LEGALI DAD
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APROVECHAMIENTO
FÁBR ICA
INVENTAR IO
TRANSPORTE
EXPORTACIÓN
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EXPERIENCIAS DE TRAZABILIDAD
UNO DE LOS OBJETIVOS PRINCIPALES DEL PLAN DE ACCIÓN FLEGT ES IMPLEMENTAR UN SISTEMA DE
TRAZABILIDAD A NIVEL NACIONAL. EL PROGRAMA FAO FLEGT HA TRATADO DE APOYAR INICIATIVAS ESPECÍFICAS Y
VARIADAS EN ESTA ÁREA (VÉASE EL CUADRO 1). EN ESTE CAPÍTULO SE DESCRIBEN LOS PROGRESOS REALIZADOS
EN LOS DIFERENTES PROYECTOS.
Cuadro 1 CARACTERÍSTICAS DE LAS DIFERENTES EXPERIENCIAS DE TRAZABILIDAD PRESENTADAS
S E C C IÓN PAÍS SOCIO TIPO DE BOSQUE UBICACIÓN SUPERFICIE
2.1 BENIN ONAB – Empresa estatal PlantaciónZona de Bohicon (Departamento de Zou), sitios de Akpè, Koto y Massi
14 000 ha
2.2 LIBERIA FDA – AdministraciónBosque natural – Concesiones / Bosques comunitarios / Licencias para uso privado
Zona forestal de Liberia
2 300 000 ha
2.3 CAMERÚN Pallisco – Sociedad industrialBosque natural – Unidad de gestión forestal
Región oriental de Camerún
389 000 ha
2.4REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DEL CONGO
CFT –Sociedad industrial
Bosque natural – Concesiones
Provincia de Tshopo 699 300 ha
2.5 GABÓNBalem Izanza, Laboka y Nkang –Asociaciones locales
Bosque natural – Bosques comunitarios
Balem Izanza – Booué Laboka – Lalara Nkang – Oyem
19 000 ha
2
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CASO DE UNA EMPRESA ESTATAL DE PLANTACIONES EN BENIN
“Como parte de nuestro proceso de certificación, hemos optado por desarrollar el programa informático ONATRACK. Esta herramienta nos posiciona como líderes de la trazabilidad a nivel nacional, incluso en África occidental. Además de su función original para enmarcar la ‘trazabilidad pura’ de nuestros productos madereros, ONATRACK también tuvo un papel fundamental que nos permitió establecer y aplicar nuevos procedimientos de trabajo directamente relacionados con la valorización de nuestras plantaciones.”
Clément KouchadéDirector General de la ONAB
“Con este nuevo sistema, registro directamente en mi teléfono móvil los resalvos con etiquetas de códigos de barras. La sincronización de los datos registrados permite al equipo informático obtener la información el mismo día. Con el sistema anterior, me tocaba registrar toda la información en una ficha manual que después enviaba periódicamente al equipo informático para su inserción. El sistema anterior se tardaba mucho tiempo y retardaba el día de pago.”
Justin HounlomeOperador de resalveo de la ONAB
2.1
LEYE N DA
Ciudad
Ruta
Vía navegable
Sitio de estudio (plantación)
Bohicon
Allada
AGRIMEY
LAMA
TOFFODJIGBE
Zo
u
N IGER IA
Océano Atlántico
N IGER
BURK INA FASO
TOGO
GHANA
B E N I N
K I L Ó M E T R O S
0 153.75 7.5
N
LA TRAZAB I L I DAD U NA H E R RAM I E NTA D E G EST IÓN PARA LAS E M PR ESAS Y LOS GOB I E R NOS 15
CA P Í TU LO 2 EX P E R I E N C I A S D E TR AZ A B I L I DA D
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2.1.1 Antecedentes
10 66 000 m3 en 2014.11 Presupuesto total del proyecto: unos 125 000 EUR en 14 meses, asesoramiento técnico incluido.12 Informe de evaluación de las potencialidades de certificación de las plantaciones públicas manejadas por la Oficina Nacional
de la Madera (ONAB), 2013.
La Oficina Nacional de la Madera (ONAB, por sus siglas en francés) es una organización pública de Benin que tiene por objetivo la gestión sostenible y la comercialización de los recursos forestales públicos. En este marco, la ONAB maneja unas 14 000 ha de plantaciones en producción, es decir una superficie de aprovechamiento maderero anual en corta de 300 ha. A esto se agrega el desmonte de un área de aproximadamente 1 500 ha. El aprovechamiento de las plantaciones de la ONAB se enmarca en un plan de gestión implementado por cada uno de los sectores manejados por esa Oficina. En su conjunto, se trata de una producción promedio anual de unos de 50 000 m3 de trozas, casi exclusivamente de Tectona grandis (teca10). La madera de la ONAB se comercializa a nivel local, ya sea como madera en pie o talada y las empresas locales la compran a orillas de la carretera para luego transformarla en productos más o menos elaborados (desde la madera escuadrada hasta el mobiliario del hogar). Seguidamente, exportan casi la totalidad al mercado internacional.
Con apoyo del Programa FAO FLEGT11, la ONAB ha recibido
asesoramiento técnico para la evaluación y revisión de su sistema de trazabilidad de la madera. Esta actividad se dio como resultado de las recomendaciones de un estudio (2013) sobre las potencialidades de la certificación de las plantaciones públicas manejadas por la ONAB12, que reveló que el sistema de organización, registro y seguimiento de la información sobre la trazabilidad de la madera tenía escasa confiabilidad.
En este contexto, el objetivo principal de la ONAB era garantizar una primera etapa para la implementación de un programa de certificación privada de sus plantaciones. El tipo de certificación requerido todavía se tenía que definir (certificación de la legalidad o de la gestión forestal sostenible), con el objetivo de valorizar mejor la madera producida por la Oficina en el mercado europeo. Como consecuencia, esta opción estratégica tenía como implicación la certificación de todo el conjunto de la cadena de producción, incluyendo las empresas de las etapas posteriores de esta cadena, con el fin de mantener y valorizar el certificado de la ONAB. El segundo objetivo era racionalizar la información relacionada con el
seguimiento de las operaciones de aprovechamiento y comercialización y reducir el riesgo de tala ilegal. Técnicamente, la ONAB quería fortalecer su sistema de trazabilidad apoyándose en las “nuevas tecnologías”, principalmente para el registro de las operaciones de campo. Por último, la ONAB deseaba reducir los costos asociados con la trazabilidad, incluyendo el uso de etiquetas de códigos de barras impresas en la Oficina misma.
En términos de alcance, sólo la parte de la cadena de producción bajo responsabilidad directa de la ONAB fue objeto de esa experiencia. Por lo tanto, la trazabilidad implementada se limita a la relación entre las trozas comercializadas a orillas de las carreteras y las parcelas dentro de las áreas de plantación. Desde la perspectiva de la certificación de los productos elaborados, las empresas destinatarias del sector, es decir las empresas clientes de la ONAB, debían a su vez establecer un programa de certificación para su cadena de control.Este proyecto se implementó en la zona de Bohicon, en el Departamento de Zou, situado al sur de Benin, a un centenar de kilómetros de la costa.
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2.1.2 Requisitos legales
Prácticamente, no existe ninguna obligación específica relativa
a la trazabilidad de la madera en el marco legislativo de Benin.
Las normas sobre el aprovechamiento de las plantaciones de
la ONAB están estipuladas en un manual de procedimiento.
Las disposiciones sobre la trazabilidad de las trozas sobre el
terreno están a entera discreción de la Oficina. Es solamente
en el marco del apoyo proporcionado por la FAO que se
han elaborado procedimientos específicos de trazabilidad.
Hoy día, el mecanismo de autorización para la exportación
de productos madereros de ningún modo está vinculado a
cualquier tipo de certificación de la legalidad de origen.
2.1.3 Desarrollo del sistema
La primera fase consistió en la realización de un análisis del
sistema de trazabilidad existente. En base a este análisis,
y con el apoyo de una empresa especializada de Camerún,
la sociedad Prosygma13, la FAO apoyó la elaboración del
nuevo sistema de trazabilidad, conocido como ONATRACK
(Figura 3). Las necesidades específicas de la iniciativa tenían
que ver con la programación de un software (programa informático) para la generación de caracteres de código
de barras y el desarrollo de aplicaciones para Smartphone (teléfonos móviles) a fin de utilizarlas en los registros sobre
el terreno.
La apropiación del nuevo sistema por los operadores de
campo fue una de las principales preocupaciones durante
el desarrollo del programa. Para ello, se adoptó el siguiente
enfoque:
> Se designaron agentes de la ONAB para que fungieran
como “corresponsales de campo” y “enlaces informáticos” y se les dio seguimiento para que participaran en la toma de
decisiones sobre el tipo de sistema que se debía desarrollar;
después se desempeñarían como capacitadores para todo
el personal involucrado en la trazabilidad.
> Los procedimientos se probaron sistemáticamente sobre el
terreno y se validaron de manera participativa. En lugar de
desarrollarlos en un solo bloque, por lo general se limitaron
a formalizar y organizar el modo usual de funcionamiento
a fin de evitar la duplicación de esfuerzos observada en las
actividades de control y auditoría.
> El nuevo sistema se desarrolló en forma de módulos que se
entregaron etapa por etapa para evitar eventuales tensiones
relacionadas con un cambio demasiado brusco en las
costumbres. Cada módulo se probó sobre el terreno y fue
corregido o modificado en virtud del despliegue del sistema.
> Se prefirió realizar los registros de campo por medio de
teléfonos móviles estándar, debido a la facilidad de uso de
este tipo de dispositivos y su atractivo para los usuarios.
> Se priorizó el desarrollo de herramientas que permitieran
a los agentes de campo y a la Dirección la visualización
de los nuevos registros en sus teléfonos, tabletas o en
las pantallas de sus ordenadores. Siempre en miras a
acelerar la apropiación del sistema, se priorizó el desarrollo
de módulos destinados a la Dirección de la ONAB –para
controlar el seguimiento del aprovechamiento maderero–
antes del de los módulos de auditoría y control.
> En la fase de puesta en marcha, un experto en capacitación
colaboró durante un mes con los equipos de campo para
asegurar una ágil implementación del programa en base a
los nuevos procedimientos.
2.1.4 Funcionamiento
Los árboles se extraen como resultado de los desbroces o la
tala rasa. Antes del desbroce, un inventario ayuda a localizar
los árboles que serán talados y que han sido previamente
identificados (operación de resalveo). No existe un inventario
realizado antes de la tala rasa, ya que los árboles se
identifican individualmente en el sistema hasta el momento
del aprovechamiento maderero. Cada árbol inventariado
y/o talado se identifica en relación con la parcela en la
que se encuentra y, más concretamente, con la banda de
13 http://www.prosygma-cm.com
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Figura 3 Esquema funcional del sistema de trazabilidad ONATRACK
ENLACE DE TRAZABILIDAD
GENERACIÓN DE CÓDIGO DE BARRAS
PROGRAMA DT PROGRAMA DT
AFECTACIÓN SERIE CÓ-DIGOS DE BARRAS A LOS
SUBCONTRATISTAS
ESTADOS:SEGU IM IENTO DE LAS OPERACIONES(RESALVEO, TALA… DESEMBOSQUE)
SEGU IM IENTO DE EXISTENCIASSEGU IM IENTO DE LA TRAZAB I LIDAD
VALIDACIÓN LOTES DE VENTA
ESTADOS DE EXISTENCIASPRODUCTOS Y CÓD IGOS DE BARRASHERRAMIENTAS DE CALI F ICACIÓN
SEGU IM IENTO EXISTENCIAS DE PRODUCTOSSEGU IM IENTO DESEMBOSQUE Y FACTURACIÓN
SEGU IM IENTO CUENTA CLI ENTE
SEGU IM IENTO DESEMBOSQUE DESPUÉS DE VALIDACIÓN
SEGU IM IENTO EXISTENCIAS CÓD IGO DE BARRAS:
SEGUIMIENTO APROVECHAMIENTOSEGU IM IENTO EXISTENCIAS
DE PRODUCTOSSEGU IM IENTO VOLUMEN
DE NEGOCIOS
CODIFICACIÓN EN LÍNEA CUANDO HAY SEÑAL
INTERNET
SERVIDOR BOH ICON:8 GB RAMDOBLE NÚCLEOCONECTADO A INTERNET
SERVIDOR BOH ICON:16 GB RAM
TR IPLE NÚCLEOCONECTADO A INTERNET
CODIFICACIÓN EN LÍNEA CUANDO HAY SEÑAL
INTERNET
CODIFICACIÓN EN LÍNEA
N° PAR CE LA / BAN DA N° DEL LOTE Y RELACIÓN DE CONTEN IDO
N° DEL LOTEN° CÓDIGO DEL TRONCO
N° CÓDIGO DEL ÁRBOL
N° SERIE CÓDIGO DE
BARRAS
D I R ECC IÓN G E N E RAL
D I R ECC IÓN COM E R C IAL
D I R ECC IÓN TÉCN ICA
D I R ECC IÓN TÉCN ICA
INTR
OD
UC
CIÓ
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OS
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TOS
UTI
LIZ
AC
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DE
LO
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ATO
S
PR EPARACIÓN DEL APROVECHAMIENTO
1 2 3 4 5 6 7
PLAN I F ICACIÓN R ESALVEO
I M PORTAC IÓN I M PORTAC IÓN
TALA EXTRACCIÓN FACTURACIÓN DESEMBOSQUE
D I R ECC IÓN COM E R C IAL
AU D ITORÍA Y CONTR OL CLI E NTE D I R ECC IÓN
D I R ECC IÓN TÉCN ICA
VALI DAC IÓN Y SEG U I M I E NTO
APR OVECHAM I E NTO8 9 10 11 12
CONTR OLSEG U I M I E NTO DESE M BOSQU E
SEG U I M I E NTO COM PRAS
ESTADOS DE G EST IÓN
N U B E
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CA P Í TU LO 2 EX P E R I E N C I A S D E TR AZ A B I L I DA D
aprovechamiento de esa parcela. La identificación de los
árboles se basa en la marcación con etiquetas de códigos
de barra de los árboles extraídos, además de los tocones y
trozas resultantes de la tala y aserrado (Foto 4).
El sistema ONATRACK genera los números de los códigos
de barra y, además, imprime las etiquetas. En el marco del
proyecto, la ONAB adquirió una impresora de etiquetas
(Foto 5). Después de las pruebas de campo efectuadas con
diferentes materiales, las etiquetas en “robuskin” se revelaron las más eficientes en términos de relación calidad-precio
(Foto 6).
La principal originalidad de ONATRACK es que este sistema
se basa casi exclusivamente en aplicaciones para teléfonos
móviles. Todos los registros sobre el terreno se pueden
hacer directamente con estos dispositivos, simplemente
escaneando las etiquetas (Foto 7). Además, estos registros
se pueden realizar cuando los agentes están fuera de
cobertura GSM, los datos se actualizarán automáticamente
en la base de datos central una vez que los agentes
regresen bajo cobertura 2G, 3G o wifi. Este último punto
obviamente es importante, ya que permite introducir datos
incluso sin cobertura GSM, que es a menudo el caso en las
zonas forestales.
Cada operador dispone de su propio acceso al sistema, lo
que le permite llevar a cabo las tareas importantes de su
estricta responsabilidad.
Todos los datos relativos al seguimiento de la producción,
resalveo y venta se pueden consultar inmediatamente en los
ordenadores o teléfonos móviles. Se elaboró también una
interfaz específica para la Dirección General. Por su lado,
los clientes de la ONAB pueden seguir la evolución de la
producción en relación con los contratos concertados con
la Oficina, además del seguimiento de su propia producción.
El perímetro de trazabilidad de la ONAB se limita a la
producción. Las funcionalidades del sistema no integran las
actividades de transformación ni el seguimiento de los costes
de producción o de la rentabilidad.
2.1.5 Perspectivas
A finalización del proyecto, la ONATRACK se convirtió en
la herramienta de seguimiento de la aprovechamiento de
las plantaciones manejadas por la ONAB. El desarrollo e
implementación de este sistema han permitido la adopción
de un enfoque innovador y rico de enseñanzas. Éstas podrían
resultar útiles para el establecimiento de nuevos sistemas en
Foto 4 Etiqueta con código de barras sobre un tocón Foto 5 Impresora y enrolladora con etiquetas apenas impresas
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una escala más amplia que permitan en particular cubrir toda
la cadena de trazabilidad, desde el bosque hasta el punto de
exportación de los productos.
La primera enseñanza aprendida de esta experiencia es que
es fundamental desarrollar este tipo de proyectos desde
adentro, es decir empapándose de las realidades diarias
del usuario final. Este enfoque ha ayudado a comprender
mejor las expectativas, el funcionamiento y el ambiente de
trabajo de la ONAB. También ha brindado a los usuarios la
oportunidad de convertirse en una fuerza de propuesta y
en verdaderos actores del desarrollo del sistema que van a
utilizar posteriormente.
Esta experiencia también ha demostrado todo el interés de
adoptar un enfoque por fases. La aplicación fue entregada
en módulos individuales interconectados y directamente
probados sobre el terreno. Su desarrollo se dio de
manera progresiva, de tal forma que cada participante
se podía capacitar sobre el módulo que se le había
entregado. Después de la validación de cada módulo y
los procedimientos de campo, se propusieron medidas de
acompañamiento para que los equipos pudieran apropiarse
del sistema en las mejores condiciones.
La utilización de los teléfonos móviles para los registros de
campo contribuyó enormemente a facilitar la apropiación del
nuevo sistema. De hecho, estos dispositivos son mucho más
que meros instrumentos de trabajo y casi todo el personal
poseía uno incluso antes de la puesta en marcha del proyecto.
Los demás factores fundamentales que se pueden atribuir al
éxito de este proyecto son la fuerte voluntad de la Dirección
de la ONAB para completar esta experiencia, así como
las competencias de la asistencia calificada y específica
proporcionada por la FAO.
La principal dificultad consistía en la errónea percepción del
sistema por parte de algunos agentes, que percibían esta
nueva herramienta más bien como una manera de aumentar
el nivel de control y vigilancia del trabajo realizado por el
personal de campo. Esta percepción entre algunos se planteó
como un factor real de inercia y resistencia al cambio. El
equipo del proyecto tuvo entonces que realizar una importante
labor de comunicación sobre los beneficios que el sistema
podía aportar a los agentes en su trabajo diario.
Foto 6 Prueba de diferentes modelos de etiquetas Foto 7 Escaneo de etiquetas sobre el terreno por medio de la aplicación telefónica ONATRACK
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CASO DE UN SISTEMA NACIONAL DE TRAZABILIDAD EN LIBERIA
2.2
“El sistema nacional de trazabilidad en Liberia contribuye a mejorar la gestión de las operaciones forestales. Es una herramienta para las empresas, para que conozcan mejor sus existencias y planifiquen y manejen sus operaciones. También es una herramienta para el gobierno, para garantizar la recaudación de los ingresos del sector, anteriormente desviados para alimentar la guerra, a fin de seguir contribuyendo a la economía nacional.”
Thomas de FrancquevilleInstituto Forestal Europeo
2.2.1 Antecedentes
En 2003, tras la finalización de un conflicto armado que duró más de 10 años, el Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas impuso un embargo sobre las exportaciones de madera de Liberia. De hecho, la industria forestal, cuyas empresas
estaban relacionadas con el régimen de Charles Taylor, fue acusada de haber desempeñado un papel importante en la financiación tanto del conflicto como del tráfico de armas, y se comenzó a hablar de “madera ensangrentada”.
El primer presidente electo después de la guerra, Sra. Ellen Johnson Sirleaf, firmó tres años más tarde un decreto que declaraba anulados y sin valor todos los contratos de concesión forestal celebrados por el régimen anterior. Al mismo
LEYE N DA
Capital
Ruta
Vía navegable
Sitio de estudio(concesión forestal)
Monrovia
GrandGedeh
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Lofa
River GeeSinoe
SIERRA LEONA
COSTA DE MARFIL
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Océano Atlántico
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LA TRAZAB I L I DAD U NA H E R RAM I E NTA D E G EST IÓN PARA LAS E M PR ESAS Y LOS GOB I E R NOS 21
tiempo, promulgó un nuevo Código Forestal y las Naciones Unidas levantaron el embargo sobre la exportación de la madera.
Entre 2007 y 2008, se asignaron nuevas concesiones forestales. Esta madera se puede exportar siempre que se recauden los impuestos forestales y se certifique su origen. En este contexto, el Gobierno de Liberia comisionó a la Sociedad General de Vigilancia (SGS, por sus siglas en francés) la elaboración e implementación de un sistema nacional de trazabilidad (LiberFor) bajo la supervisión de la Dirección de Desarrollo Forestal de Liberia (FDA14) y con una financiación de 1,6 millones de USD de la Agencia de los Estados Unidos para el Desarrollo Internacional (USAID).
A partir de 2008, la SGS maneja el sistema de trazabilidad
forestal liberiano, asegurando la recaudación de impuestos relacionados con el sector y la formación del personal de la FDA en materia de trazabilidad. El objetivo final es asegurar que todos los productos madereros exportados por el país sean trazables desde el árbol inventariado y garantizar la adecuada recaudación de los impuestos sobre la extracción y la exportación. Este objetivo está en consonancia con los requisitos del AVA firmado con la UE15 y ratificado por Liberia a finales de 2013. Una vez que se controla el origen y que se pagan los impuestos, la SGS emite un certificado de exportación de la madera.
Con apoyo financiero adicional del Departamento de Desarrollo Internacional del Gobierno del Reino Unido (DFID) y de la UE, la SGS ha estado trabajando desde
2014 en la elaboración del SGL de Liberia (Proyecto LiberTrace16). La misión principal de este proyecto es volver plenamente operativo el Departamento de Verificación de Legalidad (LVD, por sus siglas en inglés) dentro de la Dirección. El funcionamiento del LVD se basa en parte en el sistema de trazabilidad desarrollado durante el proyecto LiberFor y, en parte en el mecanismo de control de la legalidad que se está desarrollando en este proyecto.
Una vez que el SGL se vuelva operativo, el LVD tendrá como objetivo expedir licencias FLEGT para cada lote de madera cuya legalidad y trazabilidad hayan sido certificadas por el sistema. Estas licencias FLEGT reemplazarán entonces los permisos de exportación generados actualmente por la SGS (Foto 8).
14 Dirección de Desarrollo Forestal (Forest Development Authority).15 Para ulterior información, sírvase consultar www.euflegt.efi.int/liberia16 El proyecto LiberTrace fue lanzado en 2014 con una duración prevista de cinco años y una suma total de unos 8 millones de
EUR, financiado por el DFID y la UE; véase ulteriores detalles en https://libertrace.sgs.com
Foto 8 Trozas listas para la exportación en Puerto de Buchanan (Liberia)
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2.2.2 Requisitos legales
Los requisitos legales para la trazabilidad de la madera que
están en vigor en Liberia se basan en los procedimientos
implementados en el proyecto LiberFor. El objetivo de estos
procedimientos es garantizar la trazabilidad desde el árbol
inventariado hasta todos los productos madereros exportados
desde Liberia, además de la correcta recaudación de los
impuestos por la extracción y la exportación. Entre 2008 y
2013, se implementaron 21 procedimientos de trazabilidad.
Una parte de estos procedimientos está destinada a los
gestores forestales. Esta parte abarca operaciones como el
aprovechamiento maderero, la presentación de informes y la
solicitud de autorización para la exportación. La otra parte –
destinada al personal del proyecto LiberFor y de la FDA– detalla
las modalidades de control sobre el terreno y las verificaciones
de la coherencia que se deben realizar en base a los datos.
En el marco del proyecto LiberTrace (2014–2019), se
han actualizado los procedimientos de trazabilidad para
adaptarlos al nuevo sistema de gestión de la base de datos.
Sin embargo, el funcionamiento sobre el terreno sigue siendo
similar al implementado en el proyecto LiberFor.
2.2.3 Funcionamiento
El sistema de trazabilidad LiberFor desarrollado por la SGS
funciona usando códigos de barras únicos, que se deben
colocar en el árbol y luego en cada troza aserrada de ese árbol
hasta la exportación o la transformación (Figura 4). Los registros
de campo se realizan utilizando los siguientes formularios:
> Formulario de inventario de aprovechamiento – (stock survey form – SSF): Este formulario contiene el conjunto de árboles enumerados en el inventario de
aprovechamiento, además de sus características (número
de código de barras, especie, diámetro, altura).
> Formulario del árbol (tree data form – TDF): Este formulario permite conectar el árbol talado al árbol
inventariado. En esta fase se retira el código de barras del
árbol inventariado y se pone un nuevo código de barras
sobre el árbol talado. En este nuevo código se registran
todas las características nuevas de la troza (código de
barras del árbol madre, código de barras del árbol talado,
especie, dimensiones) para la facturación de los impuestos
sobre la tala.
> Formulario de la troza – (log data form – LDF): Este formulario permite buscar la conexión entre las trozas
Figura 4 Registro de campo realizado en el marco del sistema LiberFor
DESPUÉS DE LA TALA, APLICACIÓN DE UNA ET IQUETA SOBRE EL TOCÓN Y SOBRE LA TROZA, REG ISTRO DE LAS REFERENCIAS DE LA ET IQUETA EN EL “TDF”.
ASERRADO DE LA TROZA OR IG INAL, APLICACIÓN DE UNA ET IQUETA SOBRE CADA TROZA CORTA. REG ISTRO DE LAS REFERENCIAS DE LAS ET IQUETAS EN EL “LDF”.
SE APLICA UNA NUEVA ET IQUETA DESPUÉS DE CADA CORTE, LOS DATOS SE REG ISTRAN EN UN NUEVO “LDF”.
NUEVO
0 0 1 1 2 2 3 3 4 4 5
0 0 1 1 2 2 3 3 4 4 5
0 0 1 1 2 2 3 3 4 4 5
0 0 1 1 2 2 3 3 4 4 6
0 0 1 1 2 2 3 3 4 4 7
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o recortes (trozas hijas) derivados del aserrado del árbol
talado o de las trozas (trozas madres). El código de barras
de las trozas madres se reemplaza entonces con un nuevo
código de barras para cada troza hija. Todas las nuevas
características de la troza hija se registran de nuevo (el
código de barras del árbol madre, código de barras del
tronco talado, especie, dimensión).
> Formulario de especificaciones – (specification form – SF): Este formulario permite establecer la lista de las trozas destinadas a la exportación y que han recibido
una autorización después de los controles automáticos
efectuados en la base de datos. Este formulario consiste
simplemente de un conjunto de códigos de barras y una
lista de características de la troza.
La empresa forestal debe enviar cada uno de estos
formularios al equipo del proyecto en formato electrónico
(Excel) y en papel (Figura 5). Los TDF se utilizan
directamente para la facturación de los impuestos de tala.
Los LDF se utilizan para la facturación de los impuestos a la
exportación siempre que se haya presentado y aceptado una
solicitud de exportación.
La SGS efectúa los siguientes controles en virtud de la
emisión de las licencias de exportación:
> De forma automática y sistemática, en la base de datos
se comprueban elementos como la sintaxis de los códigos
de barras, la asignación de estos (un operador no puede
declarar códigos de barras que no le han sido asignados) y
la coherencia de las dimensiones (la longitud de las trozas
hijas debe ser inferior a la longitud de la troza madre) y
las especies.
> Las trozas destinadas a la exportación se inspeccionan
sistemáticamente en el patio de acopio de la madera a fin de
certificar su correspondencia con la declaración del gestor.
Una vez que se ha emitido la licencia de exportación:
> Todas las trozas que figuran en el SF se inspeccionan
sistemáticamente antes de la expedición (Foto 9).
> Se realizan controles en un 5 por ciento de los árboles para
comprobar las declaraciones registradas en los inventarios
de aprovechamiento (SF).
> Se llevan a cabo inspecciones periódicas en los sitios
forestales para verificar las declaraciones (TDF, LDF) de
las empresas forestales.
Figura 5 Formulario de inventario de aprovechamiento (Stock Survey Form)
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2.2.4 Perspectivas
En un contexto de gobernanza forestal débil, LiberFor ha sido
uno de los elementos clave para la recuperación del sector,
mediante la aplicación de un primer marco reglamentario
basado en un sistema de trazabilidad. Sin embargo, varios
años después del lanzamiento de este proyecto (2008),
el sistema de trazabilidad todavía no está suficientemente
integrado en las prácticas.
Resulta evidente que su apropiación –no sólo por las
empresas sino también por la FDA– sigue siendo un
enorme reto. Es fundamental intensificar las acciones de
sensibilización y de capacitación en materia de trazabilidad.
Esta apropiación limitada se explica por la escasa capacidad
de la FDA y la falta de competencia de las empresas, pero
también, probablemente, por la falta de herramientas que
permitan a estas últimas la optimización de su gestión a
través del sistema de trazabilidad propuesto. Por ejemplo,
las empresas utilizan etiquetas de código de barras para
marcar los árboles, las trozas y los productos madereros,
pero no tienen herramientas para leerlos o para manejar
la trazabilidad de la producción. Por lo tanto, se plantea
la cuestión de la sostenibilidad de estos sistemas, que
requieren una financiación regular a mediano plazo.
Se espera que el proyecto LiberTrace, puesto en marcha
en 2014, aumente la apropiación del sistema, y que los
operadores no sólo puedan controlar la trazabilidad de su
madera, sino también su conformidad con la ley a través
de los datos transmitidos al LVD. De igual forma, en el
marco de este proyecto se deberán estudiar el desarrollo
de aplicaciones para la lectura de los códigos de barras
directamente sobre el terreno y el envío de la información
a una base de datos central. La ambición de LiberTrace es
la creación de un sistema de trazabilidad armonizado, que
pueda ser consultado por todos los operadores y que les
permita planificar sus operaciones y anticipar sus actividades
de exportación.
Foto 9 Control de la madera para la exportación realizado por la SGS
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“En mis funciones de Director, dispongo de una herramienta sencilla que me permite seguir en tiempo real lo que está sucediendo en nuestras sitios de operaciones a 500 km de distancia, y en todas las etapas del proceso: desde los inventarios hasta la comercialización de los productos elaborados. También es una herramienta de apoyo a la toma de decisiones: tengo una buena visibilidad sobre mis costos y mi rentabilidad; lo que me permite maximizar mi proceso de gestión.”
Loïc DouaudDirector de PALLISCO-CIFM
2.3 CASO DE UNA EMPRESA FORESTAL PRIVADA EN CAMERÚN
LEYE N DA
Ciudad
Ruta
Sitio de estudio(concesión forestal)
Mindourou
Lomié
Messok
UGF10030, 10031
UGF10041, 10042,
10044
UGF10039UGF
10047b
N IGER IACHAD
REP. CENTR .
CON
GO
CAM E RÚN
N
K I L Ó M E T R O S
0 5012.5 25
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2.3.1 Antecedentes
Las Empresas Pallisco-CIFM17 ubicadas en el este de Camerún son certificadas por el FSC desde 2008. Sus operaciones de gestión forestal se extienden a más de 388 949 ha de bosques naturales, con una producción promedio de 130 000 m3 por año, de los cuales alrededor del 80 por ciento son aserrados directamente en la empresa. Toda la producción se destina a la exportación,
principalmente al mercado de la UE (Foto 10).
En un contexto de ordenación de las concesiones y de preparación para la certificación del FSC, se implementó un primer sistema de trazabilidad en 2003. Desarrollado en Access para un solo ordenador, este sistema permite el seguimiento de los productos madereros y de la facturación.
En 2011, las empresas decidieron actualizar el sistema para convertirlo en un sistema de gestión forestal. De tal forma, desarrollaron un programa informático adaptado tanto a sus procedimientos y métodos de trabajo interno como a los requisitos nacionales de trazabilidad y a la tecnología disponible.
17 http://www.pallisco-cifm.com
Foto 10 Madera aserrada certificada por el FSC, lista para la exportación
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2.3.2 Requisitos legales
En Camerún, los requisitos legales en materia de trazabilidad
forestal se incluyen claramente en la matriz de legalidad
producida en el marco del AVA18. Se utilizan dos tipos de
documentos de seguridad: los cuadernos de operaciones
(DF10) que sirven para registrar la tala efectuada; y las
cartas de porte, para el transporte de las trozas y de los
productos elaborados. El sistema de numeración de los
árboles en el inventario de aprovechamiento se deja a
discreción de la empresa (Foto 11)
El código único del árbol talado (número DF10) se obtiene
mediante la compilación del número de la página en el
cuaderno de operaciones DF10 correspondiente y el número
de línea de la página en la cual se ha registrado el árbol.
El identificativo de las “trozas hijas” se obtiene mediante la adición de una letra al número DF10. Los números DF10 se
marcan con el martillo forestal en los tocones y se pintan
en las trozas hijas, antes de registrarlos en los cuadros de
seguimiento. Otras indicaciones se reportan igualmente sobre
las trozas, por ejemplo, la referencia a la Unidad de gestión
forestal (UGF), el número de matrícula del área anual de
corta (AAC), el adjudicatario de la UGF y la fecha de tala
(Foto 12).
Los DF10 y los demás datos sobre la producción se
comunican a la Administración Forestal, para que ésta realice
el seguimiento estadístico de la producción nacional y calcule
los ingresos fiscales para el sector forestal. Sin embargo,
aún no existe un sistema centralizado para realizar un
seguimiento individual de las trozas y de los demás productos
desde las zonas de producción hasta la exportación.
18 Véase la Tabla 1 (Convenio de Aprovechamiento): Indicador 2.4: La entidad maderera respeta las cantidades de madera asignadas con arreglo a las especificaciones del certificado/permiso anual; Indicadores 3.1 y 3.2: La entidad maderera se cerciora de que los troncos producidos/importados para ser transformados en sus instalaciones disponen de todos los documentos necesarios y marcas reglamentarias para certificar su origen legal. Disponible en: http://www.magrama.gob.es/es/desarrollo-rural/temas/politica-forestal/ava_camerun_tcm7-217951.pdf
2.3.3 Desarrollo del sistema
La sociedad camerunesa Prosygma –después de tres años
de trabajo de campo con la participación de la Dirección
General y de todo el personal relacionado con la gestión
forestal, la transformación y la facturación– desarrolló el
programa informático PALLITRACKS. El método utilizado se
concentró en una entrega gradual del software en módulos independientes e interrelacionados entre sí. Esto permitió que
el personal se familiarizara con cada módulo nuevo a la vez
que se estaban elaborando otros nuevos.
Foto 11 Consulta de un mapa en el inventario de aprovechamiento
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Los principales módulos de PALLITRACKS son:
> Inventario de aprovechamiento;
> Salida