Manual ESA 1

Embed Size (px)

Citation preview

INTRODUCCINO mdulo que presentamos intenta axudarche a comprender o Mundo no que vivimos. Os contidos, que se desenvolven en catro unidades, tratan de proporcionar os coecementos, as tcnicas e a formacin necesaria para que con liberdade e esprito crtico sexamos mis solidarios e mis respectuosos co medio ambiente. En definitiva, que nos unamos nunha tarefa comn: conservar o Planeta. O fio conductor deste mdulo a xeografa que, como ciencia, comprende e organiza o espacio, estudia o aproveitamento dos recursos, a organizacin dos transportes e o artellamento social e econmico dos pobos. O desenvolvemento deste mdulo pretende ser un instrumento de traballo que, coa ta participacin activa, axudarache a que paso a paso constras novos coecementos e afiances os que xa tes formados. As unidades conteen informacins e textos explicativos relativos a conceptos flindamentais; as mesmo, desenvolven tcnicas relacionadas cos contidos principais e actividades que complementan e afianzan os coecementos. Tamn forman parte deste libro ilustracins, comentarios de textos e exercicios que che sern de moita utilidade para comprender mellor a realidade. Os apartados Sabas Que aparecen nas marxes do libro e intentan ampliar coecementos, espertando a curiosidade sobre a realidade prxima e a de mis lonxe. As actividades propostas teen como finalidade o reforzo da aprendizaxe. Unhas estn orientadas comprensin dos temas tratados, outras desenvolvemento de tcnicas e outras van dirixidas a comprobar se os contidos foron asimilados. As actividades de cada unidade seguen unha numeracin correlativa e, final do libro, aparece a resolucin das mesmas. A consulta do solucionario debes facela despois de estudiar e traballar cada unidade e de esforzarte na realizacin de cada actividade, de modo que poidas comprobar o teu rendemento e o avance da ta aprendizaxe. Observars que s veces as respostas poden ser diversas, dicir, de resposta libre; noutras ocasins, a solucin dse a ttulo orientativo; na maioria das actividades a resposta nica e a solucin que se proporciona srveche para comprobar se a ta resposta era a correcta. O libro tamn leva un anexo cos principais mapas que debes utilizar e que che servirn de gua e orientacin. Sen embargo, conveniente que sempre teas un Atlas man para completar as consultas. Se non comprendes algo, non dubides en consultar co titor ou titora. O equipo de autores desexamos que este libro sexa unha ferramenta til de traballo e cumpra co obxectivo ltimo da educacin: formar persoas.

3

Equipo de autores de mbito de Sociedade: Roberto Calleja Rodrguez M ngeles Garca lvarez Antonio Len Molina Toms Sanjurjo Fernndez Autores do Mdulo 1: A poboacin e os recursos Roberto Calleja Rodrguez Francisco Ferreira Parga Coordinacin e supervisin: Jos Alfonso Soto Rey Edita: Xunta de Galicia. Consellera de Educacin e Ordenacin Universitaria. Educacin Secundaria a Distancia para Persoas Adultas. Depsito legal: C.2029/99 ISBN:84-453-2581-7 ISBN:84-453-2616-3

NDICEPxina UNIDADE DIDCTICA 1 ...................................................................................................10

1. A TERRA, UN PLANETA SINGULAR ........................................................................13 - A terra no espacio ....................................................................................................13 - Un planeta en movemento ....................................................................................13 - A formacin e composicin da terra ..................................................................16 - O planeta azul: representacin ............................................................................17

2. A DIVERSIDADE BIOCLIMTICA ..............................................................................20 - Bioclimas clidos.......................................................................................................21 - Bioclimas temperados .............................................................................................22 - Bioclimas fros............................................................................................................22 - Bioclima de Galicia ...................................................................................................24

3. A SUPERFICIE DO NOSO PLANETA .......................................................................25 - Os ocanos e mares ..............................................................................................25 - As augas continentais .............................................................................................28 - O relevo: vivimos nun medio desigual ................................................................30 - Galicia: augas e relevo ............................................................................................32

4. POBOAMOS A TERRA ..................................................................................................38 - As fontes para o estudio demogrfico ................................................................38 - Movementos naturais e migratorios ....................................................................39 - A estructura da poboacin .....................................................................................46 - A distribucin da poboacin ..................................................................................47

5

Pxina

UNIDADE DIDCTICA 2 ..................................................................................................52

1. O MEDIO AMBIENTE .....................................................................................................55 - Tipos de medio ambiente .......................................................................................55 - Os intercambios no medio: os ciclos .................................................................55

2. OS RECURSOS MEDIOAMBIENTAIS ......................................................................56 - Os recursos atmosfricos.......................................................................................57 - A contaminacin atmosfrica ................................................................................58 - O aproveitamento dos recursos da atmosfera .................................................61

3. OS RECURSOS HIDRULICOS ................................................................................64 - A calidade da auga .................................................................................................65 - Os ocanos: fonte de recursos .............................................................................66 - A contaminacin dos mares ..................................................................................68 - O aproveitamento dos recursos hidrulicos .....................................................71

4. OS RECURSOS TERRESTRES .................................................................................73 - Os recursos minerais ...............................................................................................74 - Os recursos vexetais................................................................................................76 - Os recursos animais ................................................................................................81 - A degradacin ambiental terrestre ......................................................................86 - A xestin dos recursos terrestres ........................................................................89

6

Pxina

UNIDADE DIDCTICA 3 ..................................................................................................92

1.A AGRICULTURA..............................................................................................................95 - A paisaxe agraria ......................................................................................................95 A agricultura intensiva e extensiva .............................................................98 - Os sistemas agrarios.............................................................................................100 A agricultura do mundo subdesenvolvido ..............................................100 A agricultura dos pases desenvolvidos .................................................103 Problemas orixinados pola produccin agraria ....................................106

2. A GANDERA ..................................................................................................................111 - A gandera espaola e galega ...........................................................................113

3. A ACTIVIDADE PESQUEIRA ....................................................................................114 - A pesca en Espaa ..............................................................................................115 - A pesca en Galicia .................................................................................................116

4. INDUSTRIA E INDUSTRIALIZACIN .....................................................................118 - Tipos de industria ...................................................................................................119 Elementos da industria ................................................................................121 - As empresas e o proceso productivo ...............................................................121 Os sectores de produccin .........................................................................123 - A concentracin industrial ....................................................................................124 Factores da localizacin industrial ...........................................................126 Distribucin xeogrfica da industria .........................................................128 - A industria en Espaa ...........................................................................................132 A industria galega ..........................................................................................134

7

Pxina

UNIDADE DIDCTICA 4 ................................................................................................138

1. O MUNDO DOS SERVICIOS ....................................................................................141 O comercio........................................................................................................141 O comercio interior ........................................................................................143 O comercio exterior .......................................................................................144 - Os grandes desequilibrios comerciais .............................................................146 - As organizacins comerciais internacionais ..................................................147

2. TRANSPORTES E COMUNICACINS ..................................................................150 - A organizacin dos transportes .........................................................................151 - Os transportes terrestres .....................................................................................152 O autombil .....................................................................................................154 - Transporte martimo e fluvial ...............................................................................156 - Transporte areo .....................................................................................................158 - Outros tipos de transporte ...................................................................................159

3. O TURISMO ....................................................................................................................160

4. A CIDADE ........................................................................................................................165 - A orixe e evolucin do fenmeno urbano........................................................165 - A morfoloxa urbana: A diversidade de planos ..............................................166 - A cidade contempornea .....................................................................................171 As funcins urbanas .....................................................................................174 - A estructura urbana ...............................................................................................176 - As cidades nos pases desenvolvidos e nos subdesenvolvidos ..............177 - As novas formas urbanas ....................................................................................180 - Os problemas da cidade ......................................................................................181

8

9

UNIDADE DIDCTICA 1

A

TERRA, O PLANETA

NO QUE VIVIMOS

10

NDICE DE CONTIDOSPxina

1. A TERRA, UN PLANETA SINGULAR ........................................................................13 - A terra no espacio ....................................................................................................13 - Un planeta en movemento ....................................................................................13 - A formacin e composicin da terra ..................................................................16 - O planeta azul: representacin ............................................................................17

2. A DIVERSIDADE BIOCLIMTICA ..............................................................................20 - Bioclimas clidos.......................................................................................................21 - Bioclimas temperados .............................................................................................22 - Bioclimas fros............................................................................................................22 - Bioclima de Galicia ...................................................................................................24

3. A SUPERFICIE DO NOSO PLANETA .......................................................................25 - Os ocanos e mares ..............................................................................................25 - As augas continentais .............................................................................................28 - O relevo: vivimos nun medio desigual ................................................................30 - Galicia: augas e relevo ............................................................................................32

4. POBOAMOS A TERRA ..................................................................................................38 - As fontes para o estudio demogrfico ................................................................38 - Movementos naturais e migratorios ....................................................................39 - A estructura da poboacin .....................................................................................46 - A distribucin da poboacin ..................................................................................47

11

A POBOACIN E OS RECURSOS

a Terra o nico planeta con vida no Universo? a vida igual en tdolos lugares da Terra? Estas son as preguntas que trataremos de contestar nesta unidade. Aprenderemos como o noso planeta e cal a sa situacin no conxunto do Universo. Anda que longo da historia da humanidade nunca se deixou de investigar e buscar solucins que explicaran como xurdiu o Universo, gracias s exploracins espaciais desta segunda metade do sculo XX cando o coecemento do Universo e da Terra est avanzando a pasos axigantados. Ademais desto, como a Terra o planeta que ten vida, preocpanos saber cmo , cntas persoas a poboamos e cmo ocupamos o territorio. Tamn importante analizar por qu a poboacin se move dun lugar a outro.

Estacin Espacial Internacional (ISS)

12

UNIDADE 1

1. A Terra, un planeta singularA Terra no espacioO Universo est formado por conxuntos de estrelas chamados galaxias. Tdalas estrelas que podemos ver desde a Terra pertencen mesma galaxia, a Va Lctea. Nela atpase o Sol, un astro de enormes dimensins, en torno que xiran nove planetas cos seus correspondentes satlites. Entre estes planetas est a Terra. O Sol, cos seus planetas e satlites forman o Sistema Solar. A Terra ocupa o quinto lugar en canto a tamao e o terceiro en canto distancia Sol. Os datos que se coecen na actualidade indcannos que a aparicin do Universo tivo lugar hai mis de 15.000 millns de anos e que o proceso de formacin da Terra comezou hai uns 5.000 millns. Anda que se est investigando se hai vida noutras galaxias, ata o momento a Terra o nico planeta coecido que contn elementos imprescindibles para a existencia de vida, como o osxeno e a auga.

O Sistema Solar

Un planeta en movementoA simple vista pode parecer que o Sol o que se move, pero en realidade a Terra quen xira, redor do Sol e redor de si mesma. O movemento redor do Sol cocese como movemento de traslacin e o que realiza sobre si mesma recibe o nome de movemento de rotacin. Os das e as noites A Terra rota en torno a un eixe imaxinario inclinado que vai dun polo outro, e que d lugar secuencia dos das e das noites. Esta tamn a causa de que non haxa o mesmo horario en tdolos lugares da Terra. Para determinar os horarios dos distintos pases do mundo adoptouse unha divisin da Terra en 24 zonas, chamadas fusos horarios. Tmase como referencia a cidade inglesa de Greenwich, punto por onde pasa oO Sojouner toca o chan do planeta Marte

13

A POBOACIN E OS RECURSOS

meridiano cero. Cando al o medioda, mrcanse as 12 no reloxo. Cada fuso indica 1 hora de diferencia, e as distintas zonas terrestres teen os horarios que se representan no seguinte grfico.

Fusos horarios

1. Explica o motivo polo que amaece antes en Tokio que en Madrid. 2. Samos s 12 do da desde A Corua para Nova York. Chegamos cabo de 8 horas. Que hora debemos poer no reloxo cando cheguemos al? 3. Por que dicimos que en Canarias unha hora menos?

14

UNIDADE 1

As estacins A Terra mvese redor do Sol co eixe de rotacin inclinado, describindo unha rbita elptica. O tempo que tarda en dar unha volta completa un ano, exactamente 365 das 6 horas e 9 minutos. Segundo a posicin da Terra respecto do Sol, longo do ano sucdense catro perodos diferenciados chamados estacins: a primavera, o vern, o outono e o inverno. O da 22 de xuo cando o hemisferio Norte est mis inclinado cara Sol e comeza para ns o vern. Os das son mis longos e vai mis calor porque os os raios do Sol chegan mis perpendiculares. No hemisferio Sur sucede o contrario. O da 22 de decembro, o hemisferio Norte atpase mis lonxe do Sol e d comezo o inverno, con das mis curtos e temperaturas mis baixas. O contrario sucede no hemisferio Sur. Os das que marcan o comezo do vern e do inverno son o da mis longo do ano e o mis curto, respectivamente, e reciben o nome de solsticios. Cando os raios do Sol inciden perpendicularmente no Ecuador, cousa que sucede das veces no ano, os das e as noites teen a mesma duracin nos dous hemisferios. Esto ocorre o da 21 de marzo, que marca o comezo da primavera no hemisferio Norte e o do outono no Sur, e o 23 de setembro, que sucede o fenmeno contrario. Os das que marcan o comezo da primavera e do outono chmanse equinoccios.

O movemento de traslacin

15

A POBOACIN E OS RECURSOS

4. Por que vai mis calor no vern? 5. Cando na Pennsula Ibrica vern, tamn vern en Chile? Razoa a resposta. 6. Canto dura a noite no polo Norte? Nos Polos, tanto o da como a noite teen unha duracin de seis meses. No Polo Norte, o da comeza o da 21 de xuo e dura ata o 22 de decembro, data na que comeza o perodo nocturno. Cando no Polo Norte da, o Polo Sur non est exposto Sol e de noite.

A formacin da TerraA teora mis aceptada sobre a formacin da Terra explcanos que hai aproximadamente 5000 millns de anos, unha nube de gas e po csmico contraeuse e formou o Sol. Partes desta nube convertronse en xeo e rocha que se uniron dando lugar s planetas. En canto Terra, principio, o ferro e o nquel contido nas rochas que a formaban derreteuse e afundiuse cara centro dela, constitundo o ncleo. Mis tarde comezouse a formar a codia solidificarse a rocha fundida na superficie. Pouco a pouco foise configurando a atmosfera e apareceron os mares. Este proceso de transformacin da Terra anda non rematou e contina hoxe en da, anda que ns non poidamos percibilo. Polo que acabamos de ver, a Terra est composta de distintas capas. Aditanse distinguir catro: a atmosfera, a codia, o manto e o ncleo externo e interno.

Corte transversal da Terra

16

UNIDADE 1

A atmosfera unha capa gasosa relativamente delgada que envolve a Terra e consta, a sa vez, de catro partes diferenciadas. Estas son, de mis preto a mis lonxe, a troposfera, a estratosfera, a mesosfera e a ionosfera. A atmosfera est constituda principalmente por nitrxeno (78%) e osxeno (21%).

O planeta azul. RepresentacinHoxe o planeta Terra represntase cunha fermosa cor azul. Percibir esta cor, indita ata hai poucos anos, soamente foi posible gracias s exploracins espaciais que a puideron fotografar. Pero xa desde moi antigo se intentou representar a Terra. Os primeiros debuxos que coecemos respondan idea de que a Terra era plana. Houbo que esperar ata a poca do descubrimento de Amrica para que navegantes, cientficos e exploradores demostraran que a Terra redonda. A partir de aqu comeza a representarse xa de forma esfrica, pero esto tia enormes inconvenientes e houbo que buscar outra maneira mis fcil, que se conseguu mediante os mapas e os planos. Os mapas Os mapas consisten nunha representacin reducida e aproximada da superficie terrestre en proxeccin sobre o plano. Por medio dos mapas podemos orientarnos e localizar calquera punto da superficie terrestre. Para esto debe trazarse unha rede de lias de referencia que constitan as coordenadas xeogrficas. Son os meridianos e os paralelos. Os meridianos son semicrculos mximos que teen s polos por extremos. O nmero de meridianos que se poden trazar infinito. Teen unha direccin norte-sur, por eso se chaman tamn lias de lonxitude. Cada meridiano representa un arco de 180o, que se contan a partir do meridiano de Greenwich, tanto cara Leste como cara Oeste. Os paralelos, tamn chamados lias de latitude, son crculos menores obtidos pola interseccin da esferaO planeta azul

17

A POBOACIN E OS RECURSOS

terrestre con planos perpendiculares seu eixe. Tmase como referente dos paralelos o Ecuador que o nico crculo mximo, e que divide a Terra en das partes iguais chamadas hemisferios, o hemisferio Norte e o hemisferio Sur. Os paralelos numranse desde 0o no Ecuador ata 90o nos polos. Latitude e lonxitude A latitude o arco de meridiano ou distancia que hai desde un punto ata o Ecuador. Pode ser Norte ou Sur.Lias imaxinarias: meridianos e paralelos

A lonxitude o arco de paralelo ou distancia que vai desde un punto ata o meridiano de Greenwich. Pode ser Leste ou Oeste.

7. Localiza tres pases con latitude Norte e lonxitude Leste. 8. Usando o atlas, debes localizar das cidades situadas no Ecuador. 9. Determina a lonxitude e a latitude da capital de Exipto. 10. Que distancia existe entre dous puntos que teen a mesma latitude e que estn situados, un a 180o lonxitude Leste e o outro a 180o lonxitude Oeste? A escala A escala a relacin numrica entre distancia na realidade e a distancia representada no plano ou mapa. As das formas mis usuais de representar a escala son a escala numrica e a escala grfica. A escala numrica exprsase mediante unha fraccin na que a unidade de medida sobre mapa o numerador e a medida real sobre o terreo o denominador. Exemplo, 1: 50.000. Esto quere dicir que 1 cm. medido sobre o mapa equivale a 50.000 cm na realidade. A escala grfica consiste nunha unha lia recta graduada que indica as distancias, expresadas en Km. Segundo a escala, os mapas clasifcanse en mapas de gran escala, ata 1:100.000; e de pequena escala, os restantes.

18

UNIDADE 1

11. Calcula a distancia en km, entre A Mezquita e A Merca, usando o mapa da pxina 18. 12. Calcula a escala dun mapa no que a distancia entre dous puntos de 50 cm, e a distancia real son 5 km. 13. Comproba se estas afirmacins son verdadeiras ou falsas: a. A latitude mdese Leste e Oeste. b. Tdolos paralelos son crculos mximos. c. Os meridianos son semicrculos trazados de polo a polo. d. Cada fuso horario ten 15o. Tipos de mapas Os mapas poden ser de dous tipos: temticos e topogrficos. Os temticos representan distintas caractersticas da actividade humana, usando smbolos propios. Un exemplo de mapa temtico son os mapas fsicos, que utilizan distinta coloracin para representar o relevo. As cores brancas, marrns, amarelas e verdes indcan a altura do terreo seguindo unha gradacin tonal decrecente. Os tons azuis son para representar as augas: a maior ou menor intensidade da cor azul indica unha maior ou menor profundidade. As cores negras e vermellas indican cidades, vas e estradas. Os mapas topogrficos detallan con precisin e minuciosidade a altura, a vexetacin, os ncleos de poboacin, as vas de comunicacin, etc., dunha zona determinada. A escala do mapa topogrfico espaol 1:50.000. LEMBRA As partes que forman a Terra son a litosfera, a hidrosfera e a atmosfera. A litosfera a codia terrestre que conforma o relevo. A hidrosfera a parte lquida da Terra, constituida polas augas dos ocanos, ros e lagos. A atmosfera a envoltura gaseosa que forma o aire. Para localizar un punto na Terra utilzanse as coordenadas xeogrficas, conxunto de meridianos e paralelos. Un punto queda determinado pola lonxitude e a latitude. Os movementos da Terra son a rotacin e a traslacin. A consecuencia da rotacin a sucesin do da e da noite e o horario. A consecuencia da traslacin son as estacins. APLICACIN PRCTICAComo calcular a distancia real entre dous puntos nun mapa que ten de escala 1:100.000? En primeiro lugar hai que medir a distancia en cm entre os dous puntos. Supoamos que hai 8 cm. A continuacin, debemos realizar unha sinxela regra de tres: Se 1 cm no mapa equivale a 100.000 cm na realidade, 8 cm no mapa sern 800.000 cm na realidade. O resultado final debemos expresalo en km, polo tanto son 8 km.

19

A POBOACIN E OS RECURSOS

A fotografa area na actualidade fundamental para a confeccin de mapas, xa que nos proporcionan visins moi exactas. As isotermas son as lias que se trazan nun mapa para unir puntos que teen a mesma temperatura. As precipitacins son os distintos estados da auga que, procedente das nubes, se deposita sobre a superficie terrestre. As chuvias de relevo teen lugar cando o aire se eleva para salvar un obstculo montaoso. enfriarse, o vapor de auga condnsase e forma nubes que orixinan chuvias. As chuvias de conveccin son moi frecuentes na zona clida, onde as masas de aire que estn na superficie quntanse e ascenden. ascender, arrefranse e chove. As chuvias de fronte frmanse chocar das masas de aire, unha clida e outra fra, procedente dos polos. A quente ascende, arrefrase e chove.

Mapa topogrfico 1:50.000

2. A diversidade bioclimticaOs climas non s condicionan a fauna e a flora dun lugar, senn tamn o modo de vida da xente que o habita. Non convn confundir clima con tempo. Chamamos tempo estado da atmosfera nun momento do da e nun lugar concreto. Para determinar un tipo de clima, sen embargo, preciso o seguimento do tempo durante un perodo longo, aproximadamente de vinte anos. Os elementos que o determinan son as precipitacins, a temperatura, o vento e a presin atmosfrica.

20

UNIDADE 1

No clima tamn inflen outros factores, como a latitude, a proximidade mar, o relevo e as correntes marias. A Terra divdese en cinco grandes zonas bioclimticas: unha clida, con temperaturas de mis de 20o; das temperadas, con temperaturas entre 3o e 20o e das fras, con temperaturas por debaixo de 0o.

Os bioclimas clidosOs bioclimas ecuatorial, tropical e desrtico son climas clidos e localzanse na zona comprendida entre os trpicos de Cancro e de Capricornio. O bioclima ecuatorial dse nunha estreita banda a ambos lados do Ecuador. As temperaturas son altas, redor de 25o, e a amplitude trmica moi pequena. As chuvias son abondosas, mis de 2.000 mm ano. Como consecuencia, o ambiente moi humido e a transpiracin difcil, dando lugar a un medio desfavorable para a vida humana. o clima da selva virxe e dos ros mis caudalosos do planeta. O bioclima tropical atpase a ambos lados da zona ecuatorial. Ten temperaturas altas, de mis de 20o. As chuvias son abundantes, diminundo a medida que nos afastamos do Ecuador. Caracterzase pola existencia dunha estacin hmida e outra seca. A vexetacin predominante a sabana.

21

A POBOACIN E OS RECURSOS

Bosque ocenico

O bioclima desrtico localzase en zonas tropicais e en rexins temperadas. A escasez de chuvias o mis caracterstico, non superando os 250 mm anuais. As temperaturas nos desertos das zonas tropicais son moi altas durante o da, mis de 40o, e descenden moito pola noite, incluso s veces por debaixo de 0o. Predomina unha paisaxe areosa con pouca vexetacin. As plantas son resistentes sequidade e reciben o nome de xerfilas.

Os bioclimas temperadosOs bioclimas temperados estndense entre os trpicos e as zonas polares. Existe unha gran variedade de climas temperados. Os mis significativos son: o mediterrneo, o ocenico e o continental. O bioclima mediterrneo caracterzase por ter temperaturas suaves pero mis altas no vern que no inverno. As precipitacins danse no outono e no inverno, sendo seco o vern. As chuvias frecuentemente son de tipo torrencial provocando grandes riadas. O bosque de pieiros, acieiras e sobreiras o mis comn.Paisaxe mediterrnea

APLICACIN PRCTICAUn climograma un grfico que representa a evolucin das precipitacins e das temperaturas medias mensuais do ano. Cada clima ten a sa grfica. As precipitacins represntanse en barras verticais e as temperaturas mediante unha lia. Observando unha grfica podemos saber cal o mes mis fro ou mis clido do ano, cal o mes mis chuvioso ou o mes mis seco e, por suposto, determinar que tipo de clima .

O bioclima ocenico sitase nas zonas occidentais dos continentes. Os verns son frescos e os invernos suaves sendo abondosas as precipitacins durante todo o ano, principalmente en inverno e outono. A vexetacin predominante consiste en rbores de folla caduca, castieiros carballos, faias e arbustos como queirugas, toxos e fentos. O bioclima continental o clima propio do interior dos continentes. Trtase dun clima con grandes contrastes con temperaturas clidas no vern pero con invernos fros e longos. Os meses mis chuviosos son os de vern, anda que tamn as precipitacins caen en forma de neve durante o inverno. A vexetacin tpica a taiga.

Os bioclimas frosOs bioclimas fros localzanse nas zonas polares e nas montaas altas. O clima polar ten uns invernos moi longos e moi fros, con temperaturas sempre por baixo de 0o. Pola contra, os verns son moi curtos e con temperaturas

22

UNIDADE 1

Ciclogramas

menos fras. As precipitacins son escasas e en forma de neve. A vexetacin destas zonas a tundra, con abundancia de liques e carriza. No clima de alta montaa a temperatura descende a medida que aumenta a altura, aproximadamente un grao cada 100 m. Son frecuentes as chuvias de relevo, que nos cumes son en forma de neve.

14. Compara un climograma mediterrneo cun ocenico. 15. Sobre un mapamundi colorea os dominios climticos temperados. 16. Busca no diccionario as seguintes palabras: pluvimetro, termmetro, anemmetro. 17. Razoa por qu os ros mis caudalosos se atopan nas zonas ecuatoriais.

23

A POBOACIN E OS RECURSOS

O bioclima en GaliciaGalicia est situada na zona temperada do hemisferio Norte e baada polo ocano Atlntico. As temperaturas son suaves durante todo o ano pola influencia do mar, pero mis quentes no vern e mis fras no inverno. As precipitacins son abondosas, sobre todo no outono a na primavera, chegando a rexistrarse nalgn lugar mis de 1.500 mm anuais. Pdense distinguir variedades climticas debidas relevo, proximidade mar e latitude. As, distinguimos catro variedades: Ocenico hmido, que se estende pola costa atlntica. A temperatura media anual de 14o e as precipitacin medias redor de 1.500 mm anuais. Ocenico-continental, vinculado interior de Galicia. unha variedade menos chuviosa, con temperaturas fras no inverno e calorosas no vern. O clima mediterrneo atpase tamn noutras partes do mundo: California, Sudfrica, Chile e Australia. O lugar ms rido do planeta o deserto de Atacama, en Chile, cunha media de chuvias ano de 0,50 mm. O sitio mis fro da Terra sitase na Antrtida, con temperaturas de -57o. O lugar mis soleado o deserto do Sahara. O lugar mis chuvioso est en Kauai no Hawai.

Ocenico-mediterrneo, o clima dos vales dos ros Mio e Sil e da zona sur e sueste de Galicia. As sas caractersticas son os invernos suaves e os vern secos. As chuvias son menos abundantes que no ocenico hmido, en torno s 800 litros ano. Ocenico de montaa, propio das serras orientais e sudorientais. Os verns son frescos e os invernos fros. A variedade climtica galega orixina unha vexetacin moi rica, principalmente constituda por rbores caducifolios, como carballos, faias e castieiros. Sen embargo, a vexetacin autctona vaise reducindo pola introduccin de rbores forneas de rpido crecemento e polo tanto mis rendibles, como pinos e eucaliptos. A vexetacin arbrea desaparece nas zonas mis altas e fras, onde abundan os toxos, carqueixas e xestas.

LEMBRA O clima o estado medio da atmosfera durante un perodo longo, en torno s 20 anos. Existen cinco grandes dominios bioclimticos, un clido, dous temperados e dous fros. O clima de Galicia de tipo ocenico, con temperaturas suaves durante todo o ano, mis fras no inverno e mis quentes no vern. As precipitacins son abundantes durante todo o ano.

24

UNIDADE 1

3. A superficie do noso planetaOs ocanos e os maresA superficie do noso planeta reprtese entre augas e terras firmes. A parte ocupada polos ocanos dun 71%, moito maior c que cobren as terras, que constiten s o 29%. Do total das augas, o 97% son augas marias, que conteen por trmino medio 36 gramos de sal por litro. Dos sales disoltos na auga do mar, o mis abondoso o cloruro sdico ou sal comn. A salinidade vara duns mares a outros. Esta aumenta nas zonas de clima clido porque a evaporacin favorece a concentracin de sal. Pola contra, nas zonas chuviosas a chuvia e as augas dos ros fan que dimina. En canto temperatura das augas, esta depende da intensidade das radiacins solares que requentan a capa superficial dos ocanos e mailos mares. As temperaturas mis altas danse nas rexins tropicais e van baixando a medida que nos achegamos s rexins polares, que onde que se rexistran as temperaturas mis baixas. Aqu, as augas conxlanse cando a temperatura descende por debaixo de -2o, formando unha extensa superficie de placas de xeo denominada banquisa. O mar non ten un momento de acougo As augas do mar estn axitadas constantemente por tres clases de movementos: ondas, mareas e correntes. As ondas son movementos ondulatorios e superficiais da auga do mar producidos polo vento. As augas parece que avanzan pero en realidade non se trasladan de lugar en sentido horizontal. Nos das de gran temporal as ondas poden acadar alturas de 15 ou mis metros. As mareas son movementos de ascenso e descenso do nivel das augas do mar, producidos pola atraccin da La e, en menor medida, do Sol. Nas costas atlnticas de Europa Occidental, o nivel das augas marias ascende e descende das veces cada 24 horas e 50 minutos. O nivel

Ondas

25

A POBOACIN E OS RECURSOS

mximo que acadan as mareas chmase preamar e o nivel mnimo baixamar. A preamar atrasa cada da 50 minutos repecto do da anterior.

As correntes marias son desprazamentos de grandes masas de auga, a modo de grandes ros, dentro dos ocanos. Son producidas sobre todo polo vento e pola rotacin terrestre. Unhas son clidas e outras fras e teen unha grande influencia no clima dos territorios que baan. Augas clidas procedentes da Gulf Stream ou corrente do Golfo, mesturadas con outras augas atlnticas, flen cara a Europa e axudan a facer mis benigno o clima da Europa atlntica, dende o golfo de Biscaia ata as costas de Islandia. As correntes, que forman crculos cerrados, xiran no sentido das agullas do reloxo no hemisferio Norte, e no sentido contrario no hemisferio Sur.

26

UNIDADE 1

Os mares como fonte de riqueza Os mares proporcinannos numerosos recursos. No subsolo hai grandes reservas de minerais, petrleo e gas. En Europa extrese petrleo e gas no mar do Norte. Os mares tamn son unha fonte de enerxa renovable, coecida como enerxa maremotriz. Dende tempos moi antigos a humanidade obtn do mar o sal comn, de vital importancia para a alimentacin humana. A pesca ten unha grande importancia na economa dos pases costeiros, as como os cultivos marios. Sen embargo, os recursos pesqueiros estn ameazados na actualidade debido sobreexplotacin. Ademais, o mar unha va de comunicacin utilizada sobre todo para o transporte de mercadoras pesadas e voluminosas entre os continentes. As terras prximas s costas atraen poboacin, sendo, en xeral, os lugares mis densamente poboados. Na actualidade, a maiora dos veraneantes elixen a praia como lugar onde pasar as vacacins, dando lugar a unha actividade econmica, o turismo, moi desenvolvida nalgns pases como Espaa. Sen embargo, esta fabulosa despensa da humanidade est en perigo pola contaminacin que se produce debido falta de depuracin das augas residuais, s vertidos de petrleo e substancias qumicas, e depsito nos fondos marios de residuos radioactivos. 18. Cos datos do cadro sobre a extensin dos ocanos realiza un diagrama sectorial ou ciclograma. 19. Compara o ocano Pacfico cos demais. 20. Compara o continente europeo con cada un dos ocanos, tendo en conta que Europa ten unha extensin aproximada de 10 millns de km2. 21. Comenta os perigos que afectan medio mario e indica as medidas que se deberan tomar para remedialos.

Descarga de peixe

27

A POBOACIN E OS RECURSOS

As augas continentaisAs augas que se atopan sobre a superficie dos continentes e das illas proceden das precipitacins. Estas, a sa vez, proceden da evaporacin da auga dos mares e ocanos, ros, terras hmidas, etc., favorecida polas temperaturas altas e o vento. A auga evaporada forma as nubes, de onde regresar de novo terra en forma de precipitacins. Da auga que cae sobre a superficie terrestre, unha parte evaprase, regresando atmosfera. Da restante, unha fltrase cando o solo permeable dando lugar s augas subterrneas. Cando o solo impermeable frmanse ros e lagos. Os lagos Os lagos frmanse por estancamento de auga nas concavidades da superficie terrestre. Soen estar alimentados por un ou varios ros e mesmo por glaciares, que son ros de xeo. Tamn pode haber entradas e sadas de auga a travs de conductos subterrneos. A superficie e a profundidade varan moito duns a outros. O nivel das augas tamn cambia, aumentando na estacin chuviosa e diminundo na seca. Os lagos do medio desrtico e os de alta montaa son os que experimentan as maiores variacins. A auga dos lagos xeralmente doce, pero nalgns casos salgada, como ocorre no mar de Aral.

28

UNIDADE 1

Os lagos teen un gran valor desde os puntos de vista climatolxico, ecolxico e econmico. Son reguladores trmicos, dicir, suavizan as temperaturas. Constiten o hbitat de numerosas especies animais e moitos deles son ricos en pesca. As mesmo, son lugares de lecer e facilitan as comunicacins. Os ros Os ros son correntes continuas de auga que nacen nunha montaa, fonte ou lago. No curso alto, dicir, no tramo prximo seu nacemento, o ro rpido, salva grandes desniveis e ten gran poder de erosin. No curso medio, a pendente menor, o ro baixa mis tranquilo e o caudal maior. No curso baixo apacible e caudaloso. A medida que van perdendo forza as augas do ro, dimine a erosin e vai aumentando a sedimentacin ou acumulacin de aluvins, que son os materiais que arrastra o ro. No tramo final depostanse as partculas mis finas. Nalgns ros estes materiais dan lugar formacin dun delta na desembocadura. A importancia dun ro depende do seu caudal e do seu rxime. O caudal a cantidade de metros cbicos de auga que por segundo leva un ro nun lugar determinado. O caudal vara moito, aumentando nas pocas chuviosas e de fusin das neves, provocando, s veces, desbordamentos e inundacins. Pola contra, nas pocas secas os ros sofren unha estiaxe ou diminucin do seu caudal. O rxime dun ro o conxunto de variacins que experimenta o seu caudal longo dun ano. Cando os cambios son pequenos dise que o rxime regular e se son grandes considrase irregular. As augas dos ros utilzanse para o consumo humano nas cidades, para a rega e para a produccin de enerxa hidroelctrica. Cando os ros son caudalosos e regulares, e discorren por terreos planos, son navigables, contribundo desenvolvemento econmico das terras que atravesan. 22. Localiza nun atlas tres ros e tres lagos en cada continente. 23. Busca o significado de: lagoa, afluente, curso, meandro e delta. 24. Expn razoadamente a utilidade das augas continentais e os problemas que as afectan. Xustifica a necesidade de manter a calidade das mesmas.

29

A POBOACIN E OS RECURSOS

LEMBRA As augas ocupan o 71% da superficie do noso planeta e as terras emerxidas o 29%. As augas do mar estn axitadas por tres clases de movementos: ondas, mareas e correntes marias. As augas dos continentes e illas proceden das precipitacins. Unha parte evaprase e da restante, unha fltrase dando lugar as augas subterrneas e outra forma ros e lagos.

O relevo: vivimos nun medio desigualNs vivimos na parte da superficie terrestre ocupada polas terras emerxidas. Esta superficie non lisa senn que presenta elevacins, depresins e chairas, que xuntas constiten o relevo. O relevo cambia pola accin de forzas internas que provocan rupturas e pregamentos da superficie terrestre, e de forzas externas que orixinan fenmenos de erosin e sedimentacin. O relevo presenta unha gran variedade de formas, que favorecen ou dificultan a vida humana. As formas fundamentais do relevo terrestre son as montaas, os vales, as mesetas e as depresins. As montaas As montaas son elevacins do terreo. Constiten as partes mis elevadas e santes do relevo. A sa idade, os materiais que as forman a erosin soportada condicionan o seu aspecto e a sa altura. Nunha montaa distnguense tres partes: a cima ou cume, que a parte mis elevada; as faldras ou ladeiras, que son as partes laterais mis ou menos inclinadas; o p ou base, que a parte sobre a que descansa a montaa. As montaas deben a sa orixe principalmente a tres causas. Por unha banda, estn os grandes plegamentos de capas da codia terrestre. Por outra, as dislocacins que afundiron unha parte do solo, convertndose en montaa o lado de descenso cara parte afundida. Finalmente, hai montaas que deben a sa orixe accin de erupcins volcnicas.

Alta montaa

30

UNIDADE 1

Segundo a sa idade podemos clasificar as montaas en xoves e vellas. As montaas xoves, formadas en poca recente, na Era Terciaria, presentan formas agudas. A accin da erosin escasa. As montaas vellas son baixas e de formas redondeadas pola accin de axentes erosivos, como a auga, o xeo, o vento, etc. Son exemplos de montaas vellas o Macizo Galaico en Espaa e o Macizo Central francs. As montaas atopmolas s veces illadas, pero xeralmente atpanse formando aliacins, ou sucesins de montaas, chamadas cadeas, cordilleiras ou serras. Os vales Os vales son depresins entre das montaas e polo seu fondo adoita discorrer un curso de auga. Nos pases montaosos facilitan a construccin de vas de transporte. Os vales poden deberse erosin dun ro, son os vales fluviais, ou accin dun glaciar, denominndose vales glaciares. Os primeiros teen forma de V e os segundos forma de U. As chairas As chairas son superficies planas ou suavemente onduladas, situadas xeralmente a menos de 200 m sobre o nivel do mar. Nelas os vales son moi abertos con pendentes suaves. As chairas ocupan mis da metade das terras emerxidas (60%). Acostuman a ser de solo rico e frtil, e de clima favorable para o asentamento humano. As mesetas As mesetas son semellantes s chairas pero diferncianse delas pola maior altura que teen sobre o nivel do mar. Dbense accin dos axentes erosivos que desgastaron as montaas, como sucede coa Meseta Central espaola. Ocupan superficies moi extensas e algunhas son moi elevadas, como a do Tibet que est a 4.000 m de altitude. As depresins As depresins son zonas afundidas, moi baixas. O Mar Morto est na depresin mis profunda, a de Ghor. O nivel das augas do Mar Morto estn 400 m por debaixo das do Mediterrneo. Outras depresins son as extensas terras en torno s mares Aral e Caspio, e a dos Pases Baixos.

Cordilleira Cantbrica

Campo de Criptana

31

A POBOACIN E OS RECURSOS

Galicia. Augas e relevoAs augas da nosa comunidade Os ros En Galicia hai abundancia de cursos de auga, por esto coecida como o pas dos mil ros. A abundancia de chuvias, repartidas longo do ano, e a presencia de neve nas montaas durante o inverno, sobre todo nas do Leste e Sur, permite a formacin de numerosos cursos de auga de tamaos moi diferentes. Na Galicia litoral, debido existencia de serras prximas costa e gran fragmentacin do terreo, os ros son curtos e numerosos. S os ros Tambre e Ulla superan os 110 km de lonxitude. Os ros que corren cara Norte desaugan no mar Cantbrico e os que se dirixen cara Oeste fano no ocano Atlntico. Tanto os que nacen nas serras setentrionais como os que nacen nas serras centrais reciben abundantes precipitacins, fundamentalmente en forma de chuvia. A poca de maior caudal corresponde s meses mis chuviosos, no outono e no inverno, sendo o vern a estacin de menor caudal. Na Galicia interior hai menos ros que no litoral pero estes son mis longos e as augas aparecen mis concentradas. A maiora dos ros do interior son afluentes do Mio, a gran excepcin o ro Limia que desemboca directamente no ocano Atlntico despois de cruzar territorio portugus. O Mio recibe augas a travs de diferentes ros procedentes das serras setentrionais e centrais onde predominan as chuvias. Pero tamn se alimenta de augas procedentes da fusin da neve, abundante en inverno especialmente nas serras orientais. Nos ros do interior o caudal rexistra dous momentos de mximas augas: un no outono e inverno, que corresponde poca das chuvias, e outro na primavera, que cando se produce o dexelo das neves acumuladas no cume das montaas durante o inverno. Na vertente cantbrica os ros mis importantes son o Eo, o Masma, o Landrove e o Mera. Na vertente atlntica destacan o Tambre, o Ulla e o Mio.

Ro

32

UNIDADE 1

O pai Mio O ro Mio nace nas estribacins da serra de Meira na provincia de Lugo. Antes de chegar mar percorre 350 km, que o converten no ro mis longo de Galicia. Hai que ter en conta que mis da terceira parte das terras galegas corresponden conca do Mio-Sil. Desde o seu nacemento ata a confluencia co Sil, o ro Mio recibe numerosos afluentes procedentes das serras occidentais, setentrionais e orientais, entre os que destacan o Ladra, o Parga e o Neira. Na ponte vella da cidade de Lugo comeza o tramo medio. Antes de recibir Sil, hai dous grandes encoros, Belesar e os Peares.

O ro Mio seu paso por Ourense

Curso do ro Sil

O Sil o afluente mis importante do Mio. Nace nos montes de Len e o segundo ro galego pola sa lonxitude e polo seu caudal. longo do seu percorrido tamn existen varios encoros adicados produccin de electricidade. Antes de unirse Mio nos Peares, encixase formando un precioso cann. O Mio pasa pola cidade de Ourense, por debaixo dunha fermosa ponte de orixe romana. A partir do Ribeiro, o Mio comeza o seu tramo baixo ata a fronteira portuguesa. Desemboca no Atlntico, pola Guarda. Forma fronteira natural entre Galicia e Portugal.

33

A POBOACIN E OS RECURSOS

No tramo da desembocadura navegable ata Tui. Dende aqu discorre lentamente cara ocano, dando lugar sedimentacin de aluvins e formacin de illas areosas. As lagoas En Galicia non hai lagos, s existen pequenas lagoas e algunhas delas foron desecadas. Este o caso da maior lagoa galega, a de Antela en Ourense, que reciba augas de varios regatos e constitua o nacemento do ro Limia. Tamn no interior, en Cospeito (Lugo) contamos con outra lagoa que, tras un intento de desecacin, hoxe est en proceso de recuperacin. Na Galicia litoral hai tamn pequenas lagoas costeiras. Todas elas teen un gran valor desde o punto da flora, como productoras de biomasa, e da fauna, xa que son lugares de invernada de moitas aves acuticas. Os encoros Os encoros na nosa comunidade son moi numerosos pero a maiora son pequenos e, polo tanto, de escasa capacidade. Destacan os encoros de Belesar e os Peares sobre o Mio; os de Montefurado, San Estevo e San Martn no Sil; o de Portodemouros no Ulla; e o de Barri da Maza no Tambre. Os encoros utilzanse para o abastecemento de auga, a produccin de enerxa hidroelctrica, o regadio e para actividades deportivas. Un percorrido pola costa galega Galicia ten unha costa moi extensa e variada. longo dos 1.195 km do litoral galego, dende Ribadeo ata A Guarda, hai unha gran variedade de formas: ras, acantilados, grandes areais e zonas lacustres. Destacan os acantilados da Capelada e da Costa da Morte, os areais de Corrubedo e Baldaio, con formacins dunaicas, as como as lagoas litorais da Frouxeira e Donios.

Encoro, central hidroelctrica

34

UNIDADE 1

As ras As ras son o trazo mis peculiar da costa galega. A sa orixe diversa. Unhas seran o resultado do asulagamento dun val fluvial (Ribadeo, Ferrol...), outras deberanse a accins tectnicas (Pontevedra, Vigo...), e outro grupo seran antigas cubetas e depresins inundadas polo mar (A Corua, Arousa). Os ros das vertentes cantbrica e atlntica ata Fisterra forman as ras Altas e os ros Tambre, Ulla, Lrez e Oitabn forman respectivamente as ras de Muros e Noia, Arousa, Pontevedra e Vigo, denominadas ras Baixas. As illas mis importantes son as Ces, Ons, Sisargas, Slvora, Arousa e A Toxa.

Ras Baixas

Mapa fsico de Galicia

Fervenza do ro Toxa

35

A POBOACIN E OS RECURSOS

25. Sinala as diferencias entre os ros da costa e os do interior. 26. Nun mapa de Galicia localiza tres ros e tres ras de cada vertente. O relevo da nosa comunidade O relevo galego caracterzase pola sa variedade. Est formado por unha sucesin de serras, chairas, depresins e vales fluviais. A altitude media das terras galegas bastante elevada e vai medrando dende a costa cara Leste. Psase dunha altitude prxima nivel do mar na zona litoral a altitudes superiores a 1.500 m nas Serras Sudorientais. Como consecuencia da sa inclinacin cara Oeste, a maiora dos ros desembocan no ocano Atlntico. O granito domina na maior parte do territorio galego, ags na parte oriental, onde predominan as pizarras.

A salinidade a cantidade de sales contida nun litro de auga. A vertente conxunto de terras que verten as sas augas a un mesmo mar ou ocano. Ra. Penetracin das augas do mar seguindo o curso dun ro. A auga doce da terra s representa o 3%. Atopmola nos ros (0,01%), xeos polares, correntes subterrneas, lagos, etc. A auga doce conxlase temperatura de 0o centgrados. Na pennsula escandinava existen uns brazos de mar a modo de golfos longos e estreitos parecidos s nosas ras. Son os fiordos, debidos erosin dos glaciares. Son moi frecuentes en Galicia as cascadas ou fervenzas (ros Xallas e Toxa).

Penichaira

Distinguimos catro unidades topogrficas: serras, depresins, chairas e vales. As principais serras son: as serras setentrionais, destacando as de Faladoira e Xistral; as serras centrooccidentais coas serras de Loba, Cova da Serpe, Faro e Testeiro; as serras orientais cos Ancares e o Courel; e as serras do sur, con Manzaneda, Queixa e Pena Trevinca que, con 2.095 m, a mxima elevacin de Galicia.

36

UNIDADE 1

As montaas galegas en xeral son baixas e redondeadas por efecto da erosin debida sa gran antigidade. O Pico de Mulhacn, en Serra Nevada, Granada, a maior elevacin da Pennsula Ibrica, con 3.478 m. O Pico Teide, en Tenerife, con 3.710 m, a maior altura de Espaa. O Everest, nos montes do Himalaia, con 8.882 m, a elevacin mis grande do mundo. En Mondoedo (Lugo) est a cova do Rei Cintolo.

Cabeza de Manzaneda

As depresins mis importantes son a Depresin Meridiana de Carballo, a de Tui e a de Monforte de Lemos. As chairas que destacan son a Terra Ch e Sarria. En canto s vales, Galicia un pas rico en cursos de agua e, polo tanto, rico en vales. O trazado dos vales galegos est condicionado por un sistema de fracturas do terreo. Son moi encaixados e presentan numerosos cambios de direccin. Destacan os do Mio e os do Sil.

Desde 1993 vnse observando un aumento da actividade ssmica nos lmites entre Asturias e Galicia. O tringulo formado por Sarria, Triacastela e Becerre, en Lugo, rexistrou o 21 de maio de 1997 o terremoto mis importante do Noroeste na historia da medicin ssmica, chegando s 5.1 graos na escala de Richter.

27. Nun mapa de Galicia localiza as seguintes unidades de relevo: Pena Trevinca, Xistral, O Courel, Terra Ch, a Meridiana Carballo-Tui. LEMBRA Na Galicia litoral os ros son curtos e numerosos e no interior mis longos e as augas aparecen mis concentradas. Destaca a arteria Mio-Sil. Galicia ten unha costa moi recortada e unha gran variedade de formas: ras, acantilados grandes areais e zonas lacustres. Os ros das vertentes cantbrica e atlntica ata Fisterra forman as Ras Altas e os ros da vertente atlntica desde Fisterra ata a desembocadura do Mio forman as Ras Baixas. O relevo galego caracterzase pola sa variedade. Distinguimos catro unidades topogrficas: as serras: setentrionais, centro-occidentais e sudorientais; as depresins (a Meridiana de Carballo a Tui); as chairas (Terra Ch e os vales fluviais: os do Mio e o Sil).

37

A POBOACIN E OS RECURSOS

4. Poboamos a TerraComo un xogo de cifras e de nmeros que se duplica, e que pronto se triplica, simulamos o estudio da poboacin. Se temos en conta que dous mil anos antes de Cristo poboaban a Terra a penas 80 millns de habitantes, e que cara 2025 a poboacin crecer ata 7.000 millns de persoas, parcenos algo mxico.

Crowd 2, acuarela da artista americana Diana Ong

A ciencia que se encarga de estudiar a poboacin, o seu crecemento, a sa estructura e os movementos migratorios, chmase demografa.

As fontes para o estudio demogrficoPara coecer a poboacin do pasado e a actual, a demografa utiliza os distintos documentos que longo do tempo se utilizaron para rexistro da poboacin, e que se consideran fontes demogrficas. Desde as primeiras civilizacins urbanas os gobernantes tiveron a preocupacin por saber canta xente viva nos seus territorios. Facan estes recontos da poboacin co fin de cobrar os impostos e para realizar levas ou reclutamentos para os exrcitos. Na Idade Media en Europa os reis e os seores feudais realizaron diversos

38

UNIDADE 1

recontos cos mesmos fins. O mtodo utilizado era contar o nmero de casas, de a que estes recontos recibiran o nome de fogares. A igrexa tamn se interesaba por coecer os fregueses de cada parroquia e para esto utilizaba os libros de rexistro parroquial, onde aparecan asentamentos dos nacementos, matrimonios e defuncins. Estes libros foron obrigatorios en tdalas parroquias a partir do Concilio de Trento, no sculo XVI. Os rexistros parroquiais e os fogares son agora considerados fontes antigas. Os censos Os censos e os padrns son mtodos estatsticos modernos que se utilizan para saber o nmero de persoas que viven nun concello, nunha provincia, ou nun pas. Un censo un cuestionario impreso con preguntas relativas non s nmero de persoas que forman a familia, senn tamn grao de cultura que posen, traballo que realizan, etc. Aplcase cada cinco anos a tdolos habitantes dun pas. Un censo debe cumprir os requisitos seguintes: ser universal (para toda a poboacin), simultneo ( mesmo tempo para todos), continuo e individual. Os datos contidos no censo son secretos. O padrn o reconto dos habitantes dun trmino municipal ou concello. Nel recllense informacins relativas idade, nacemento, sexo, estado civil, profesin e grao de instruccin. Os datos do padrn son pblicos e deben actualizarse constantemente. Adoitan levarse a cabo cada cinco anos, xeralmente nos anos acabados en cero e en cinco. Movementos naturais e migratorios Os movementos naturais Os movementos naturais da poboacin son os nacementos e as defuncins que se anotan nos libros de rexistro civil do xulgado de cada concello. Partindo do estudio estatstico anual destes rexistros coecemos cal a poboacin.

Censo de Floridablanca

39

A POBOACIN E OS RECURSOS

O crecemento natural ou vexetativo a diferencia entre a taxa de natalidade e a de mortalidade. O crecemento pode ser: positivo, cando a taxa de natalidade superior de mortalidade; negativo, cando a taxa de mortalidade superior de natalidade; cando son iguais as das taxas chmase crecemento cero. A natalidade o conxunto de nacementos por ano nun lugar. Para o estudio da natalidade, utilzase a taxa de natalidade, que se calcula mediante a seguinte frmula:A natalidadeN de nacementos por ano TN = x 1.000 N total de habitantes

Mis orientativa c taxa de natalidade resulta a taxa de fecundidade. Calclase da seguinte maneira:N de nacementos por ano TF = x 1.000 N total de mulleres entre 15 e 49 anos

Taxa de natalidade mundial

40

UNIDADE 1

A mortalidade o nmero de defuncins habidas nun lugar longo dun ano. A taxa de mortalidade calclase de forma similar taxa de natalidade.N de defuncins por ano TM = x 1.000 Poboacin total

A taxa de mortalidade infantil refrese s falecementos de bebs de menos dun ano. Esta taxa a que mellor indica o grao de desenvolvemento dun pas. A frmula a seguinte:N de defuncins menores dun ano TMI = x 1.000 Poboacin total

Taxa de natalidade mundial

A superpoboacin un concepto que usamos cando o nmero de persoas supera os recursos alimenticios e, polo tanto, pasan fame. Cando as taxas de natalidade son altas e as de mortalidade son baixas medra moito a poboacin e esto constite un problema se o pas non pose recursos suficientes para alimentar esa poboacin. Para evitar a superpoboacin moitos pases intentan controlar a natalidade mediante programas de planificacin familiar, recomendando o uso de mtodos anticonceptivos que,

41

A POBOACIN E OS RECURSOS

nalgns casos, chocan coas crenzas relixiosas, os costumes e as tradicins, dificultando a consecucin dos fins previstos.

Movementos migratorios

A anlise comparativa das taxas de natalidade, das taxas de mortalidade e do crecemento natural permiten saber se un pas desenvolvido ou subdesenvolvido.

Cando se rexistra un crecemento natural prximo a cero, adptanse polticas pro-natalistas como o caso de Espaa e de Francia. A esperanza de vida a media de anos de vida que se espera que poidan acadar os habitantes dun pas nacer. A esperanza de vida est en funcin do grao de desenvolvemento, xa que garda relacin coa alimentacin, co nivel sanitario, coa educacin e, en definitiva, co benestar. Por eso, a un maior desenvolvemento correspndelle unha maior esperanza de vida. 28. Pescuda o crecemento natural de Galicia do ano 1996, no que houbo 18.723 nacementos e 28.318 defuncins.

42

UNIDADE 1

As desigualdades nacer. As migracins Non tdolos nenos e nenas que nacen teen as mesmas oportunidades de chegar a ser maiores. A sa esperanza de vida est moi condicionada polo lugar de nacemento. As, por exemplo, en Espaa nacer a esperanza de vida de 77 anos, mentres que en Serra Leona a penas superan os 40 anos. Estas desigualdades veen marcadas polas dificultades para conseguir as caloras necesarias para vivir, polas enfermidades e as circunstancias que afectan de diferente forma sade de homes e mulleres, polas condicins hixinico-sanitarias de cada pas, etc.

Desigualdades no mundo

43

A POBOACIN E OS RECURSOS

Para escapar das miserias, represins, persecucins, etc, moitas persoas longo da historia movronse e sguense a mover, cruzando fronteiras cara a pases nos que esperan mellorar o seu nivel de vida. Estes desprazamentos da poboacin reciben o nome de migracins e as sas causas poden ser econmicas, polticas, sociais, relixiosas, tursticas, etc. En todo movemento migratorio diferenciamos emigracin e inmigracin. Recibe o nome de emigracin o conxunto de persoas que abandonan o seu lugar de nacemento para establecerse noutro pas. Chamamos inmigracin chegada de poboacin a un pas de destino. Unha persoa emigrante en relacin seu pas de nacemento e inmigrante no pas de recepcin.xodo rural (Foto: Correo da Unesco)

Atendendo duracin, as migracins poden ser permanentes, temporais ou estacionais. As migracins poden ser interiores e exteriores. As migracins interiores son movementos de poboacin que permanecen dentro dun mismo pas. As mis frecuentes son o xodo rural cara s cidades e os desprazamentos desde o interior costa. As migracins exteriores son os movementos de poboacin que abandonan o seu pas, cruzando as fronteiras cara exterior. Europa e Amrica do Norte, polo seu nivel de vida, teen hoxe un grande atractivo para os inmigrantes. longo do sculo XIX, os europeos, principalmente italianos, irlandeses, portugueses e espaois emigraron en grandes masas cara a Amrica do Norte e do Sur. A partir da segunda metade do sculo XX, os pases mediterrneos desprazronse cara Europa occidental e central, en pleno desenvolvemento industrial, onde proporcionaron man de obra abundante e barata. Actualmente, as xentes do Terceiro Mundo tentan establecerse en pases da Unin Europea e da Amrica anglosaxona, na maiora das veces arriscando a vida para cruzar as fronteiras de forma ilegal en busca de traballo.

44

UNIDADE 1

No hemisferio norte vive o 90% da poboacin mundial. Hai moita desigualdade entre os continentes. Asia est mis poboado, xa que onde vive a metade da poboacin mundial. Sguenlle Amrica, Europa, frica e Oceana.

Marroqus nunha pateira

As 3/4 partes da poboacin mundial viven no Terceiro Mundo. As zonas costeiras estn mis poboadas que o interior. Son baleiros demogrficos as zonas polares, os desertos, e as zonas clidas do Ecuador. Na Antrtida, con 14 millns de km2, non hai ningn poboamento permanente.

Ademais dos movementos de persoas que buscan traballo, hai que considerar os refuxiados que se desprazan por causa dos conflictos blicos. Estas persoas son acollidas por outros pases en campamentos especficos para refuxiados. A distribucin espacial da poboacin A poboacin est distribuda irregularmente polo planeta. Hai zonas moi densamente poboadas fronte a valdeiros demogrficos. Para determinar esta distribucin emprgase o concepto de densidade de poboacin. A densidade indica o nmero de habitantes que viven nun km2. Para calculala utilizamos a seguinte frmula:N de habitantes dun territorio Densidade = N de km2

29. Utilizando os datos do seguinte cadro, averigua a densidade de poboacin das catro provincias galegas. 30. Realiza un diagrama de barras seguindo a orde de maior a menor densidade de poboacin.

45

A POBOACIN E OS RECURSOS

A estructura da poboacin: as pirmides de poboacin O estudios que se realizan sobre a poboacin teen en conta fundamentalmente factores como o sexo, a idade e a ocupacin. O sexo e a idade constiten os elementos bsicos para construr pirmides de poboacin. As pirmides son grficos que nos dan unha visin xeral de como a poboacin dun pas e proporcinalles s responsables do goberno informacin para planificar a sanidade, a educacin, a economa, etc. Segundo a forma da pirmide, un pas pode ser xove, vello ou de transicin. A pirmide xove, chamada tamn expansiva, adquire unha forma triangular caracterzase por acumular mis do 40% da sa poboacin total en idades comprendidas entre 0 e 15 anos. Esta pirmide propia dun pas subdesenvolvido. A pirmide vella ou regresiva toma unha forma de camp. Predomina a xente vella, superando os 65 anos mis do 12% da poboacin total. Esta pirmide corresponde a pases desenvolvidos. A pirmide de transicin ou estacionaria ten un perfil semellante a un rectngulo. Representa unha situacin intermedia entre as das anteriores.

Tipos de pirmide

A sex-ratio a relacin mulleres/homes. No mundo nacen mis homes que mulleres, uns 105 varns por cada 100 mulleres, pero longo dos anos a proporcin invrtese, dado que as mulleres teen unha esperanza de vida maior cs homes.

46

UNIDADE 1

A distribucin da poboacin segundo a actividade econmica A poboacin clasifcase, en funcin do traballo, en poboacin activa e inactiva. A poboacin activa frmana as persoas que teen traballo remunerado e as que buscan emprego. A poboacin inactiva intgrana as persoas maiores de 65 anos e menores de 16 anos. Neste apartado inclense os estudiantes, a xente enferma, os traballadores do fogar, etc, dicir, tdolos que non teen un traballo remunerado. En funcin da actividade productiva, a poboacin distribese en tres sectores, chamados primario, secundario e terciario. O sector primario comprende as persoas relacionadas co traballo agrcola, gandeiro e forestal. O sector secundario comprende as persoas relacionadas co traballo industrial, mineiro e a construccin. O sector terciario comprende as persoas relacionadas cos servicios, transporte, ensino, administracin, comercio, turismo, etc. Os pases subdesenvolvidos teen unha alta porcentaxe de ocupacin no sector primario. Os pases desenvolvidos teen unha maior ocupacin no sector terciario ou de servicios. En Europa e EE.UU. o sector terciario superior 60%. A DISTRIBUCIN DA POBOACIN. O CRECEMENTO DA POBOACIN MUNDIAL A evolucin demogrfica do mundo pasou por diferentes fases longo da historia. Houbo perodos de crecemento e outros de retroceso. A grandes trazos podemos afirmar que ata o sculo XVIII o crecemento da poboacin foi baixo e lento, xa que a altas taxas de natalidade correspondanlle altas taxas de mortalidade. A partir do sculo XVIII comeza a revolucin demogrfica e a poboacin creceu de forma considerable, principalmente en Europa.

47

A POBOACIN E OS RECURSOS

No Sculo XX, despois da II Guerra Mundial, o mundo tivo un boom demogrfico, a chamada explosin demogrfica. En menos de corenta anos a poboacin duplicouse, pasando de 2.000 millns de persoas en 1930 a 4.000 millns en 1975. Na actualidade superronse xa os 6.000 millns de habitantes. A poboacin segue crecendo pero a un ritmo mis lento, xa que o crecemento vexetativo tende a manterse por debaixo do 2%.

O crecemento urbano no mundo Mis da metade da poboacin mundial vive en cidades e a maiora reside en grandes urbes que superan o milln de habitantes. As previsins futuras indican que a poboacin urbana seguir crecendo a costa da rural. A poboacin urbana do Terceiro Mundo, ou mundo subdesenvolvido, maior c poboacin urbana dos pases desenvolvidos. Os 2/3 desta poboacin vive en suburbios miserables carn das grandes cidades.

48

UNIDADE 1

A poboacin espaola A poboacin espaola actual supera os 39 millns de habitantes. Espaa nas ltimas dcadas do sculo XX reduciu a sa taxa de natalidade 9,3 (1998). Esto dbese a diversos motivos, entre eles, a incorporacin da muller traballo, o uso de mtodos anticonceptivos, a planificacin familiar, a mellor calidade de vida, etc. Este feito sitanos entre os pases cunha taxa de natalidade das mis baixas do mundo. Unha reduccin similar levouse a cabo na taxa de mortalidade, achegndose ata niveis que a sitan case nun 8. Espaa atpase entre os pases desenvolvidos cun alto grao de benestar. Este comportamento non foi sempre igual longo da historia. Ata o sculo XIX, a poboacin espaola creceu a un ritmo moi lento, a penas alcanzou os 11 millns de habitantes. Mantia unhas altas taxas de natalidade pero tamn unhas grandes taxas de mortalidade, especialmente mortalidade infantil. a partir do sculo XIX cando o crecemento da poboacin espaola se fai notar, xa que chegara fin de sculo con vinte millns de habitantes. Pero a partir da 2 metade do sculo XX, a poboacin espaola ten o boom do seu crecemento ata situarse nos 39 millns de habitantes. Hoxe, sen embargo, a poboacin espaola ten un crecemento vexetativo moi baixo, 0.4% anual. O nmero medio de fillos por muller de 1,21, o que non garante o recambio xeneracional que de 2,1 fillos por muller. Espaa foi tradicionalmente un pas de emigracin. O predominio do sector primario e a debilidade industrial obrigou a un gran nmero de espaois a emigrar. Actualmente as tendencias migratorias cambiaron e Espaa pasou de ser un pas de emigrantes a un pas de inmigrantes. Galicia: un cambio de tendencia En Galicia, durante a segunda metade do sculo XIX e gran parte do sculo XX, asstese a unha emigracin masiva cara a Hispanoamrica. O nivel de vida era moi baixo debido existencia de minifundios, rxime de foros, escasa industrializacin e illamento. O drama humano

49

A POBOACIN E OS RECURSOS

da emigracin quedou reflectido nos debuxos de Castelao, na obra de Rosala, de Curros, de Celso Emilio e outros. A partir da dcada do 1960 os galegos emigraron cara Europa Central e os seus cartos investronse en mellorar a vida dos galegos pero contriburon pouco modernizacin de Galicia. O nmero medio de fillos por muller de 0,99 e na actualidade o nmero de inmigrantes supera de emigrantes. En 1995 o saldo migratorio foi positivo: 3.556 persoas. O movemento natural da poboacin galega nese mesmo ano foi de -3,52, taxa de natalidade: 6,86 e taxa de mortalidade: 10,38. O nmero de nacementos foi de 18.723 e o de defuncins de 28.318.Pra A HabanaEste vaise e aquel vaise, E todos, todos se van, Galicia, sen homes quedas Que te poidan traballar. Ts, en cambio, orfos e orfas

Emigrantes galegos

E campos de Soledad, E nais que non teen fillos E fillos que non teen pais. E ts corazns que sufren Longas ausencias morts, Viudas de vivos e mortos Que ningun consolar.Rosala de Castro, Follas Novas.

LEMBRA Os movementos naturais da poboacin son os nacementos e as defuncins. As taxas de natalidade e da mortalidade permtenos saber a evolucin da poboacin. A diferencia entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade indcanos o crecemento natural ou vexetativo. A poboacin espaola e galega reduciron nos ltimos anos as taxas de natalidade e mortalidade. Actualmente atpanse entre os pases con menor natalidade e mortalidade, situndose en torno crecemento cero.

50

UNIDADE 1

O PLANETA EVITOU A AMEAZA DA SUPERPOBOACIN, SEGUNDO A ONU. Aprazouse o nacemento do neno 6.000 millns ata outubro.

En 1990, a axencia da ONU para Poboacin e Desenrolo (PNUD), fixo unha dramtica chamada para frear o crecemento demogrfico. Nove anos mis tarde, a mesma axencia cre que a ameaza desapareceu, anque non hai que baixar a garda. As sas prediccins fixaron para 1998 a data na que o planeta tera 6.000 millns de habitantes, o que quedou posposto para xuo deste ano e agora, revisar as proxeccins, para outubro. A extensin dos medios anticonceptivos a nivel mundial, o maior acceso da muller educacin e planificacin familiar sinlanse como principais factores que estn facendo posible o enlentecemento do crecemento da poboacin mundial. Segundo a Fundacin Rockefeller, hai 30 anos s o 10% das parellas dos pases en desenvolvemento tian acceso planificacin familiar. Agora esa porcentaxe do 50%. Pero tamn hai datos menos positivos que quizais estn influndo nas estatsticas: a pandemia da sida, que s o ano pasado cobrouse 2,5 millns de vidas, maioritariamente xoves. Do enlentecemento d conta tamn outra estimacin: en 1990, a poboacin mundial medraba a un ritmo de 100 millns de persoas ano. Agora faino a un ritmo de 78 millns.Unha das principais razns que baralla a ONU para recomendar que non se baixe a garda, ademais de que a poboacin mundial se duplicase en menos de 40 anos, o feito sen precedentes de que unha sexta parte da poboacin -1.000 millns de habitantes- est en plena idade reproductiva (de 15 a 24 anos), o que supn a maior xeracin de xoves da historia. o resultado do baby boom e a consecuencia ser un gran crecemento da poboacin mundial para o ano 2050. A ONU advirte da escasa uniformidade dos datos planetarios; das inxustas desigualdades que rexistra a sociedade. E, as, pon de relevo que, se ben descendeu a taxa de fecundidade en tdalas rexins do globo, mentres na maior parte dos pases industrializados as taxas nin sequera acadan a de reposicin xeracional (dous fillos por muller), nos pases pobres as mulleres seguen parindo entre catro e sete fillos longo da sa vida.Espaa ten unha das mis baixas taxas de fecundidade do mundo (1,15 fillos por muller). O acceso practicamente universal planificacin familiar e a elevada taxa de educacin feminina, por encima da masculina, fai innecesaria unha campaa neste terreo. De a que a ONG Federacin de Planificacin Familiar de Espaa vaia centrar a sa campaa na muller no Terceiro Mundo, pero, a nivel interno, nos embarazos adolescentes. EL PAS, luns 1 de febreiro de 199930. A que se atribe o descenso do ritmo de crecemento da poboacin mundial? 31. Por que di a ONU que non se debe baixar a garda? 32. Cal o comportamento da taxa de fecundidade? 33. En xeral, tdolos pases teen problemas demogrficos, son os mesmos nos pases desenvolvidos que nos subdesenvolvidos?

51

UNIDADE DIDCTICA 2

O

MEDIO

AMBIENTE

COMO RECURSO

52

NDICE DE CONTIDOSPxina

1. O MEDIO AMBIENTE .....................................................................................................55 - Tipos de medio ambiente .......................................................................................55 - Os intercambios no medio: os ciclos .................................................................55

2. OS RECURSOS MEDIOAMBIENTAIS ......................................................................56 - Os recursos atmosfricos.......................................................................................57 - A contaminacin atmosfrica ................................................................................58 - O aproveitamento dos recursos da atmosfera .................................................61

3. OS RECURSOS HIDRULICOS ................................................................................64 - A calidade da auga .................................................................................................65 - Os ocanos: fonte de recursos .............................................................................66 - A contaminacin dos mares ..................................................................................68 - O aproveitamento dos recursos hidrulicos .....................................................71

4. OS RECURSOS TERRESTRES .................................................................................73 - Os recursos minerais ...............................................................................................74 - Os recursos vexetais................................................................................................76 - Os recursos animais ................................................................................................81 - A degradacin ambiental terrestre ......................................................................86 - A xestin dos recursos terrestres ........................................................................89

53

A POBOACIN E OS RECURSOS

Paisaxe natural

O planeta Terra almacena unha fonte incalculable de recursos para sustentar a humanidade. Estes recursos estn distribudos non s pola superficie terrestre senn tamn pola atmosfera e a hidrosfera e non aparecen illados senn que forman parte de ecosistemas. Un ecosistema est constitudo polos seres vivos, animais e vexetais interrelacionados co seu hbitat, co seu medio. O espacio no que se desenvolve a vida animal e vexetal forma un gran ecosistema que recibe o nome de biosfera. Dentro dela debemos destacar os ocanos, que albergan unha grande riqueza de recursos moi tiles para a supervivencia e o desenvolvemento humano. A explotacin inadecuada dos recursos pode degradar un ecosistema ata chegar a destrulo. A humanidade, a travs da sa historia, explotou e segue a explotar materias e enerxas procedente dos recursos da Terra pero, mesmo tempo, tamn introduciu modificacins que alteraron a vida do Planeta. Nestes ltimos sculos foi cando mis danos se produciron, debido principalmente constante aumento da poboacin e s efectos nocivos da industrializacin e dos transportes. cada vez mis necesario orientar a intervencin humana na xestin das fontes e recursos da Terra, tendo en conta que a conservacin e o desenvolvemento son das premisas inseparables. Xa hai anos que moitos pases estn levando a cabo polticas tendentes proteccin do contorno con iniciativas como repoboacins forestais, declaracins de espacios naturais e especies protexidas, declaracin de cidades patrimonio da humanidade, etc. Tamn se deron pasos importantes para crear unha lexislacin comn que tdolos estados respecten.

54

UNIDADE 2

1. O medio ambienteO medio ambiente o contorno no que se integran os seres vivos. O clima, as rochas, o solo, a atmosfera, as augas, a flora, a fauna e as persoas son os elementos que o conforman. Todos eles se inflen mutuamente, pero son as persoas as que teen maior capacidade para modificar o medio que as rodea, transformndoo ou incluso destrundoo. deber de todos abordar a sa proteccin, utilizando tecnoloxas e xestins econmicas que estean en harmona co Planeta.

Tipos de medio ambienteDistinguimos dous tipos de medio ambiente, natural e socio-cultural. O medio ambiente natural est conformado por factores fsicos e biolxicos. Entre os factores fsicos mis importantes estn os climticos e os relativos solo. Os factores biolxicos estn constitudos polas plantas e os animais, inclundo as persoas. O medio ambiente socio-cultural comprende todo o que foi desenvolvido pola especie humana, tanto por medio de ferramentas como pola sa capacidade intelectual. Como exemplos de elementos deste medio podemos citar as casas, as terras de cultivo, a relixin, etc. 1. En que tipo de medio incluiras a agricultura?

Parque Nacional Garajonay (La Gomera, Canarias)

2. Investiga a fonte natural destes elementos: calor, osxeno e rochas.

Os intercambios no medio: os ciclosOs elementos que son necesarios para a vida das plantas e dos animais son obtidos do medio ambiente fsico e, unha vez utilizados, regresan de novo mundo inerte formando ciclos. Os ciclos mis importantes son o do carbono, o do osxeno, o do nitrxeno e o da auga.

55

A POBOACIN E OS RECURSOS

O ciclo do carbono O carbono o elemento mis importante de tdolos compostos orgnicos. Existen tres grandes fontes de carbono: o dixido de carbono do aire e da auga, os carbonatos das rochas e da codia terrestre, e os combustibles fsiles. O ciclo do osxeno. O osxeno un elemento esencial para o proceso de respiracin dos seres vivos, tanto animais como vexetais. Tmase directamente do aire da atmosfera e da auga, e retorna a eles de novo en forma de dixido de carbono. O ciclo do nitrxeno O nitrxeno un elemento gasoso que forma a maior parte do aire. Tdolos seres vivos o necesitan, pero a maiora non o poden utilizar directamente da atmosfera. Observa os distintos ciclos do nitrxeno nos esquemas. O ciclo da auga Este ciclo o mis coecido e comeza coa evaporacin na atmosfera da auga procedente dos ocanos, mares, ros, etc. Este vapor de auga, ascender, arrefrase e condnsase formando nubes e auga que descende terra de novo en forma de chuvia.

O ciclo do carbono

O ciclo do osxeno

2. Os recursos medio ambientaisChamamos recursos medioambientais s materias e fontes de enerxa que a humanidade precisa para a sa supervivencia e prosperidade. Os principais recursos son a enerxa, o aire, a auga, a terra e os minerais.

O ciclo do nitrxeno

56

UNIDADE 2

Os recursos naturais non teen a mesma dispoibilidade nin igual distribucin por todo o mundo. Por este motivo preciso distinguir entre recursos renovables e non renovables. Os recursos renovables son os que se repoen de forma cclica, como sucede coas plantas e animais, a terra e o solo, e a auga obtida do seu ciclo normal. Os non renovables son aqueles que poden ser esgotados pola sa utilizacin, como pasa cos combustibles fsiles.

Os recursos atmosfricosO aire a materia gasosa transparente que nos rodea por todas partes. Ocupa espacio e ten masa, pero non o podemos ver nin sentir. A capa de aire que envolve o planeta Terra ten un espesor de mis de 1.000 km e cumpre diversas funcins. Por un lado, acta como un filtro das radiacins solares danias e por outro, mantn a temperatura adecuada para a vida, proporcionando mesmo tempo os gases necesarios para a respiracin. A superficie da Terra quentarse emite radiacins infravermellas que aumentan a temperatura do aire. O dixido de carbono e o vapor de auga acumulado na troposfera son os encargados de regulala, mantendo unha temperatura media de 150. Segundo a altura, na atmosfera distnguense varias capas. A que est mis preto de ns a troposfera e contn a meirande parte do aire. O seguinte nivel a estratosfera, que contn menos aire e que ten unha temperatura constante. Entre os 30 e 50 Km est situada a capa de ozono. O ozono un gas que se forma pola accin da radiacin ultravioleta, procedente do Sol, sobre o osxeno. A sa misin a de protexer a Terra dos efectos danios destas radiacins. A ltima capa a ionosfera, situada entre os 50 e os 300 km, e nela tamn se absorben parte dos raios solares. Nesta capa onde se producen as estrelas fugaces, anacos de meteoritos que arden entrar en contacto co aire. Ademais, aqu onde se sitan os satlites que fan posibles as comunicacins a gran distancia.

57

A POBOACIN E OS RECURSOS

A composicin do aire uniforme nas primeiras capas da atmosfera e heteroxnea nas ltimas. Nas primeiras capas o aire est formado por un 78% de nitrxeno, un 21% de osxeno e un 1% doutros compoentes como o argn, nen, helio, dixido de carbono. A masa de aire atmosfrico resulta atrada pola forza da gravidade da Terra, producndose un peso ou presin. Chamamos presin atmosfrica peso do aire por unidade de superficie. Equivale peso dunha columna de mercurio de 76 cm de altura sobre un cm2, situada nivel do mar.

A contaminacin atmosfricaContaminacin atmosfrica

A contaminacin a degradacin ou o deterioro causados pola actividade humana e que afectan pureza de calquera elemento do medio. En relacin coa atmosfera, calquera substancia que altere as propiedades fsicas ou qumicas do aire puro un contaminante. Os contaminantes poden ser gases ou partculas slidas. A orixe dos contaminantes atmosfricos diversa. Uns dbense s accins mecnicas naturais, por exemplo furacns e tormentas, e outros a accins artificiais, como son as causadas por combustins qumicas e por gases volatilizados sen combustin. Hoxe en da, a maior preocupacin est centrada na contaminacin das grandes reas urbanas e industriais, producida polo aumento dos hidrocarburos procedentes das emisins de gases de calefaccin, dos autombiles e dos residuos industriais. O dixido de carbono O dixido de carbono que liberado atmosfera procedente da respiracin e da putrefaccin dos organismos equilbrase de forma natural a travs da fotosntese das plantas. Sen embargo, o dixido de carbono liberado atmosfera pola queima de combustibles procedentes da industria, dos autombiles, dos fogares, etc, non absorbido nin equilibrado pola accin das plantas. incrementarse a sa concentracin na atmosfera fai aumentar a temperatura do Planeta.

58

UNIDADE 2

O aumento de temperatura provoca desequilibrios climticos, dando lugar unhas veces a secas permanentes e outras a chuvias torrenciais. Outro efecto o aumento do nivel das augas debido desconxelacin dos casquetes polares. A chuvia cida

A formacin da chuvia cida

Outro problema relacionado coa contaminacin a chuvia cida. As fbricas, as centrais trmicas, as calefaccins e os autombiles emiten cidos, como xidos de xofre e nitrxeno. Estas substancias, unha vez na atmosfera, sofren unha transformacin polo efecto da luz solar e da auga, precipitndose terra mesturadas coa chuvia. Os cidos contidos nas gotas de auga causan dano s plantas, pureza das augas, s edificios e s animais. A reduccin da capa de ozono A capa de ozono protexe a superficie da Terra actuando como un filtro que impide que chegue a radiacin ultravioleta do Sol. Pero esta estase facendo mis delgada como consecuencia da destruccin das sas molculas, por efecto da acumulacin excesiva de gases como o cloro e o xido ntrico. Esto ten graves consecuencias para a sade, xa que a radiacin ultravioleta debilita as defensas do organismo e contribe aumento do cancro de pel.

A capa de ozono

59

A POBOACIN E OS RECURSOS

Biodegradables son aquelas sustancias que son reabsorbidas por un ecosistema. Biodiversidade a variedade de especies que habitan un territorio. Ecoloxa a ciencia que estudia as relacins entre os seres vivos e o medio ambiente.

Entre os compostos de cloro lanzados atmosfera estn os gases utilizados como impulsores dos sprays en perfumera, nos insecticidas e nos frigorficos. Son os chamados CFCs, clorofluorocarbonos, prohibidos xa en moitos pases, que os substituron por outros propelentes non danios. O efecto invernadoiro A atmosfera acta como un invernadoiro, permitindo que os raios solares cheguen Terra e impedindo que se escape a calor. Os gases procedentes das industrias e dos autombiles, sumados s gases naturais, aumentan o efecto invernadoiro, elevando a temperatura da Terra, fenmeno que provoca graves alteracins no clima. O rudo. O rudo un contaminante atmosfrico que non altera a sa pureza pero que produce un deterioro da calidade medio ambiental con consecuencias graves para a sade. As sociedades modernas e industrializadas estn xerando continuamente rudos debidos na sa maior parte circulacin dos medios de transporte, industria e msica estridente.

LEMBRA Os ciclos do carbono, osxeno, nitrxeno e da auga son fundamentais para a vida. Chamamos recursos medioambientais s materias e fontes de enerxa que a humanidade precisa para a sa supervivencia e prosperidade. A contaminacin a degradacin ou o deterioro causado pola actividade humana que afecta pureza de calquera elemento do medio. 3. Enumera os compoentes do aire con concentracin fixa. Enumera os compoentes do aire con concentracin variable. 4. Relaciona: a. Subministra gases necesarios para a vida b. O seu consumo pode ser variable c. Ten recursos para a alimentacin 1. Terra 2. Aire 3. Auga

5. Destaca tres formas de contaminacin atmosfrica.

60

UNIDADE 2

O aumento do nivel de rudos unha das causas principais da perda de audicin das persoas. Co fin de amortecer os seus efectos negativos, instlanse silenciadores nos autombiles e lvanse a cabo medidas encamiadas a rebaixar o nivel de decibelios nos locais pblicos.

Aproveitamento dos recursos atmosfricosA enerxa elica O Sol non quenta o aire de maneira uniforme polo que se orixinan masas de aire con diferentes temperaturas e distintas presins, provocando un desprazamento do aire desde as zonas de alta presin cara s de baixa presin orixinando o vento. Aproveitando a forza do vento obtense a enerxa elica, que constite unha fonte de enerxa renovable, inesgotable, limpa e de enorme potencial. O primeiro aproveitamento desta enerxa foi a navegacin a vela. Na Idade Media foi empregada nos muos de vento para moer cereais e para conducir a auga a lugares elevados. O modelo de muo de vento multipala que se utilizou no sculo XIX para bombear a auga foi o predecesor dos actuais xeradores elicos. Na dcada dos setenta, motivada pola crise do petrleo, emprndese unha nova etapa de aproveitamento desta enerxa co fin de obter enerxa elctrica. O pas pioneiro foi Dinamarca, que actualmente obtn o 2% da sa enerxa elctrica por este medio. Os cientficos calculan que no sculo XXI podera obterse o 10% da enerxa elctrica mundial a partir da forza do vento. As mquinas elicas, chamadas muos ou xeradores de turbina elica, constan principalmente de tres partes: un rotor, que ten como misin captar o aire e convertelo en

Aeroxerador para a obtencin de enerxa elctrica

Mapa elico de Galicia

61

A POBOACIN E OS RECURSOS

enerxa mecnica, un sistema de orientacin do vento e un xerador que transforma a enerxa mecnica en elctrica. A enerxa elica en Galicia O comezo da utilizacin da enerxa elica en Galicia coincide tamn coa crise do petrleo. Instalronse parques elicos aproveitando as condicins favorables dalgunhas zonas da costa gal