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    Esta traduo foi executada a partir de fontes de domnio pblico, e amparada pelo art. 14 da Lei 9.610/94,

    seu contedo sendo inteiramente extrado do site: http://www.sacred-texts.com/mas/md/index.htm.

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    Esta traduo foi executada a partir de fontes de domnio pblico, e amparada pelo art. 14 da Lei 9.610/94,

    seu contedo sendo inteiramente extrado do site: http://www.sacred-texts.com/mas/md/index.htm.

    ALBERT PIKE

    MORAL E DOGMA

    DO RITO ESCOCS ANTIGO E ACEITO

    TRADUO

    CELES JANURIO GARCIA JUNIORGLAUCO BONFIM RODRIGUES

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    Esta traduo foi executada a partir de fontes de domnio pblico, e amparada pelo art. 14 da Lei 9.610/94,

    seu contedo sendo inteiramente extrado do site: http://www.sacred-texts.com/mas/md/index.htm.

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    SUMRIO

    Biografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IXPrefcio do Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XI

    Captulo I Aprendiz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1Captulo II O Companheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29Captulo III O Mestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

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    BIOGRAFIA

    Albert Pike, nascido em 29 deDezembro de 1809, era o mais velho dosseis filhos de Benjamin e Sarah AndrewsPike. Pike foi educado em um lar cristoe frequentava uma igreja Episcopal. Pikepassou no exame vestibular em Harvard

    quando tinha 15 anos de idade, mas nopde prosseguir, porque no possuafundos suficientes. Aps viajar para ooeste, at Santa F, Pike situou-se no

    Arkansas, onde trabalhou como editor deum jornal antes de ser admitido no

    tribunal. No Arkansas, conheceu Mary Ann Hamilton, e casou-se comela em 18 de Novembro de 1834. Dessa unio nasceram 11 filhos. Elepossua 41 anos quando solicitou sua admisso na Western Star LodgeNo. 2 (Loja da Estrela do Oriente) em Little Rock, Arkansas, em 1850.Membro ativo na Grand Lodge of Arkansas, Pike assumiu os 10 Grausdo Rito de York entre 1850 e 1853. Recebeu os 29 graus do RitoEscocs em maro de 1853, de Albert Gallatin Mackey, em Charleston,S.C. O Rito Escocs foi introduzido nos Estados Unidos em 1783.Charleston foi o local do primeiro Supremo Conselho, que regeu o Rito

    Escocs nos Estados Unidos at o Supremo Conselho do Norte serestabelecido na cidade de Nova Iorque em 1813.

    A fronteira entre as Jurisdies do Norte e do Sul, ainda hojereconhecida, foi firmemente estabelecida em 1828. Mackey convidouPike a participar da Suprema Corte da Jurisdio do Sul em 1858, emCharleston, e nos anos seguintes, se tornou o Grande Comandante da

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    Suprema Corte. Pike manteve suas funes at sua morte, apoiando-seem vrias ocupaes, tais como editor do Memphis Daily Appeal, de

    fevereiro de 1867 a setembro de 1868, e sua prtica advocatcia. Maistarde, abriu um escritrio de advocacia em Washington, DC, e defendeuuma srie de processos perante o Supremo Tribunal dos EstadosUnidos. Pike empobreceu por conta da Guerra Civil, permanecendoassim por grande parte da vida, frequentemente contraindo emprstimospara despesas bsicas do Supremo Conselho, antes do conselho votar aseu favor , em 1879, uma anuidade de $1,200 por ano para o resto de

    sua vida. Albert Pike faleceu em 2 de abril de 1892, em Washington, DC.

    Percebendo que uma reviso do ritual era necessria para que oRito Escocs da Maonaria viesse a sobreviver, Mackey encorajou Pike arever o ritual, para assim produzir um ritual padro, para o uso de todosos estados da Jurisdio do Sul. A reviso teve incio em 1855 e apsalgumas alteraes, o Supremo Conselho aprovou a reviso de Pike, em1861. Mudanas menos significativas foram feitas em dois graus em1873, aps corporaes do Rito de York no Missouri contraporemobjees de que os graus 29 e 30 revelavam os segredos do Rito de

    York.

    Pike mais conhecido pela sua grande obra,Morals and Dogma ofthe Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry, publicado em 1871.Morals and Dogma no deve ser confundido com a reviso de Pike, do

    ritual do Rito Escocs. Estas so obras separadas. Walter Lee Brownescreveu que Pike destinou-o [Morals and Dogma] a ser um suplementopara aquele grande sistema interligado de instrues morais, religiosas efilosficas desenvolvido em sua reviso do ritual Escocs.

    Morals and Dogmaera tradicionalmente dado ao candidato aps asua recepo do 14 grau do Rito Escocs. Esta prtica foi interrompida

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    em 1974.Morals and Dogmano mais dado a candidatos desde 1974. ABridge to Light(Uma Ponte para a Luz), de Rex. R. Hutchens, concedido

    aos candidatos hoje. Hutchens lamenta que Morals and Dogma seja lidopor to poucos Maons.A Bridge to Light foi escrito para ser uma ponteentre as cerimnias dos graus e suas leituras deMorals and Dogma.

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    XII

    PREFCIO DO AUTOR.

    A obra seguinte foi preparada com a autorizao do SupremoConselho do Trigsimo Terceiro Grau, para a Jurisdio Sul dos EstadosUnidos, pelo Grande Comandante e agora publicada por sua direo.Contm os Ensinamentos do Rito Escocs Antigo e Aceito daquela

    Jurisdio, e especialmente destinado para leitura e estudo pelos Irmosdaquela Obedincia, em conexo com os Rituais dos Graus. Espera-se eexpecta-se que cada um se apresente com uma cpia, e se torne

    familiarizado com ela; por este propsito, como o custo da obra consisteinteiramente em sua impresso e encadernao, ela ser fornecida a umpreo moderado e considervel.

    Ser proporcionada aos Irmos do Rito Escocs nos EstadosUnidos e no Canad, a oportunidade de compr-la, mas no ser

    proibidaa outros Maons; porm no sero solicitados que comprem.

    Ao preparar esta obra, o Grande Comendador foi quase Autor eCompilador, igualmente; uma vez que extraiu uma metade inteira de seucontedo das obras dos melhores escritores e dos pensadores maisfilosficos ou eloquentes. Talvez tivesse sido melhor e mais aceitvel setivesse extrado mais e escrito menos. Ainda, talvez metade dele seja de siprprio; e, ao incorporar aqui os pensamentos e palavras de outros,modificou e adicionou continuamente linguagem, muitas vezes

    interligando, nas mesmas sentenas, suas prprias palavras s deles. Nose destinando ao mundo em geral, ele sentiu a liberdade de elaborar, apartir de todas as fontes acessveis, um Compndio de Moral e Dogmado Rito, para re-moldar sentenas, alterar e acrescentar palavras e frases,combin-las com suas prprias e us-las como se fossemsuas prprias,para serem tratadas ao seu prazer, e assim, teis para formar o conjuntomais valioso para os propsitos tencionados. Reclama para si, portanto,

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    pouco do mrito da autoria, e no se preocupou em distinguir o que seu prprio do que tomou de outras fontes, desejando, inteiramente, que

    cada poro do livro, por sua vez, seja vista como tendo sido tomadaemprestada de algum escritor mais antigo e melhor.

    Os ensinamentos destas Leituras no so sacramentais, namedida em vo alm do reino da Moralidade, para aqueles domnios doPensamento e da Verdade. O Rito Escocs Antigo e Aceito usa a palavraDogmaem seu sentido verdadeiro, de doutrinaou ensinamento; no

    dogmticono sentido odioso do termo. Todos esto completamentelivres para rejeitar e discordar de qualquer coisa aqui que possa lheparecer falsa ou insalubre. Apenas requerido que se pese o que ensinado e que se d uma audincia justa e um juzo despreconceituoso.Obviamente, as antigas especulaes teosficas e filosficas no soincorporadas como parte das doutrinas do Rito; mas porque deinteresse e proveito saber o que o Intelecto Antigo pensava sobre estesassuntos, e porque nada prova to conclusivamente a diferena radicalentre a nossa natureza humana e a animal, quanto a capacidade da mentehumana de entreter tais especulaes sobre si mesmo e a Divindade.Mas, quanto a essas mesmas opinies, podemos dizer, nas palavras dodouto canonista Ludovico Gmez: Opiniones secundum varietatemtemporum senescant et intermoriantur, aliaeque diversae vel

    prioribus contrariae reniscantur et deinde pubescant.

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    Os ttulos dos Graus mostrados aqui mudaram em algumasinstncias. Os ttulos corretos so os seguintes:

    1 Aprendiz2 Companheiro3 Mestre4 Mestre Secreto5 Mestre Perfeito6 Secretrio ntimo7 Preboste e Juiz8 Intendente dos Edifcios9 Eleito dos Nove10 Eleito dos Quinze11 Eleito dos Doze

    12 Mestre Arquiteto13 Real Arco de Salomo14 Eleito Perfeito15 Cavaleiro do Oriente16 Prncipe de Jerusalm17 Cavaleiro do Oriente e do Ocidente18 Cavaleiro Rosa-Cruz

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    19 Pontfice20 Mestre da Loja Simblica

    21 Noaquita ou Cavaleiro Prussiano22 Cavaleiro do Real Machado ou Prncipe do Lbano23 Chefe do Tabernculo24 Prncipe do Tabernculo25 Cavaleiro da Serpente de Bronze26 Prncipe de Misericrdia27 Cavaleiro Comandante do Templo

    28 Cavaleiro do Sol ou Prncipe Adepto29 Cavaleiro Escocs de Santo Andr30 Cavaleiro Kadosh31 Inspetor Inquisidor32 Mestre do Real Segredo

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    MORAL E DOGMA

    CAPTULO I.

    APRENDIZ

    A RGUA-DE-DOZE-POLEGADAS E O MAO

    Fora, desregulada ou mal regulada, no apenas

    desperdiada no vazio, como a plvora queimada acu aberto, e o vapor no confinado pela cincia; mas, golpeandono escuro, seus golpes encontrando apenas o ar, recuam e secontundem. destruio e runa. o vulco, o terremoto, ociclone; no crescimento ou progresso. Polifemo cego,golpeando a esmo, precipitando-se entre as afiadas rochas pelompeto de seus prprios golpes.

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    A Fora cega do povo uma Fora que deve ser

    economizada e tambm gerenciada, assim como a Fora cega dovapor, que levanta os pesados braos de ferro e gira as grandesrodas, feita para furar e tornear o canho e tecer o mais delicadolao. A fora cega do povo precisa ser regulada pelo Intelecto e ointelecto para as pessoas, e para a Fora das pessoas, o que a finaagulha da bssola para o navio sua alma, sempre aconselhandoa enorme massa de madeira e ferro, e sempre apontando para onorte. Para atacar as cidadelas construdas por todos os ladoscontra a raa humana por supersties, despotismos, epreconceitos, a Fora deve ter um crebro e uma lei. Por isso, suasfaanhas conquistam resultados permanentes, e a h progressoreal. Ento ocorrem conquistas sublimes. O Pensamento umafora, e a filosofia deve ser uma energia, encontrando seu alvo e

    seus efeitos no aprimoramento da humanidade. Os dois grandesmotores so a Verdade e o Amor. Quando todas estas Foras socombinadas, guiadas pelo Intelecto, reguladas pela RGUA doDireito, e da Justia, e com movimento e esforo combinados esistemticos, a grande revoluo preparada pelas eras comear amarchar. O PODER da Prpria Divindade est em equilbrio comSua SABEDORIA. Em consequncia, o nico resultado a

    HARMONIA.

    Como a Fora mal regulada, as revolues se provamfalhas. Por isso que, to frequentemente, insurreies vindasdaquelas altas montanhas que tiranizam o horizonte moral, aJustia, a Sabedoria, a Razo e o Direito, construdas da mais puraneve do ideal, aps uma longa queda de rocha a rocha, depois de

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    terem refletido o cu em sua transparncia e terem sido enchidaspor cem afluentes, no caminho majestoso do triunfo,

    repentinamente se perdem em charcos, como um rio da Califrnianas areias.

    A marcha da raa humana adiante requer que as alturas aoseu redor fulgurem com nobres e duradouras lies de coragem.Feitos de ousadia deslumbram a histria, e formam uma classe dasluzes que orientam o homem. So as estrelas e os coriscos dogrande mar de eletricidade, a Fora inerente nas pessoas. Esforar-se, enfrentar todos os riscos, perecer, perseverar, ser verdadeiropara si mesmo, lutar corpo-a-corpo com o destino, surpreender aderrota pelo pequeno terror que inspira, ora enfrentar poderesinjustos, ora desafiar o triunfo intoxicado estes so os exemplosque as naes precisam e a luz que as eletriza.

    Existem Foras imensas nas grandes cavernas do mal sob asociedade; na horrvel degradao, sordidez, desgraa e penria,vcios e crimes que fedem e lentamente fervem na escurido nessapopulaa inferior ao povo, das grandes cidades. A o desinteressedesaparece, cada um uiva, procura, tateia e se ri por si mesmo.Ideias so ignoradas, e no h pensamento de progresso. Essa

    populaa tem duas mes, ambas madrastas a Ignorncia e aMisria. O querer seu nico guia somente para o apetitedesejam satisfao. Todavia, at estes podem ser utilizadas. Ahumilde areia na qual pisamos, lanada na fornalha, derretida,purificada pelo fogo, pode se tornar um cristal resplandecente.Eles tm a fora bruta do MALHO, mas seus golpes servem

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    grande causa, quando desferidos dentro das linhas traadas pelaRGUA controlada pela sabedoria e discrio.

    Todavia, esta mesma Fora das pessoas, este poderTitnico dos gigantes, que constri as fortificaes de tiranos e incorporada em seus exrcitos. Da ento a possibilidade de taistiranias, como as sobre as quais se tem dito que Roma cheira piorsob Vitlio do que sob Sula. Sob Cludio e sob Domiciano h umadeformidade de baixeza correspondente feiura da tirania. A sujeira dosescravos um resultado direto da baixeza atroz do dspota. Dessasconscincias contradas exalado um miasma que reflete seus mestres; asautoridades pblicas so impuras, coraes so colapsados, conscinciasencolhidas, almas debilitadas. assim sob Caracala, assim sob Cmodo, assim sob Heliogbalo, enquanto do senado Romano, sob Csar, emanaapenas o odor espesso peculiar ao ninho da guia.

    a fora das pessoas que sustenta todos estesdespotismos, o mais baixo e tambm o melhor. Essa fora ageatravs dos exrcitos; e estes mais comumente escravizam do quelibertam. O despotismo, a, aplica a RGUA. A Fora o MAOde ao no arco da sela do cavaleiro ou do bispo em armadura. Pelafora, a obedincia passiva sustenta tronos e oligarquias, reis

    Espanhis e senados Venezianos. O Poder, em um exrcitomanejado pela tirania, a enorme soma total da fraqueza absoluta;e assim, a Humanidade trava guerra contra a Humanidade, adespeito da Humanidade. Assim um povo se submete de bomgrado ao despotismo, seus trabalhadores se submetem a seremdesprezados, e seus soldados a serem chicoteados; por isso quebatalhas perdidas por uma nao so, frequentemente, progresso

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    alcanado. Menos glria mais liberdade. Quando o tamborsilencia, a razo s vezes fala.

    Tiranos usam a fora do povo para acorrentar e subjugar isto , subjugam o povo. Ento, o fazem de arado, como oshomens fazem com bois jungidos canga. Assim, o esprito deliberdade e inovao reduzido por baionetas, e princpios soassolados por tiros de canho; enquanto os monges se misturamcom os soldados, e a Igreja militante e jubilosa, Catlica ouPuritana, canta Te Deums pelas vitrias sobre a rebelio.

    O poder militar, no subordinado ao poder civil,novamente o MALHO ou MAO da FORA, independente daRGUA, uma tirania armada, nascida adulta, como Ateneiabrotada do crebro de Zeus. Ele desova uma dinastia, e comea

    com Csar para apodrecer em Vitlio e Cmodo. Atualmente,tende a comearonde, antigamente, as dinastias terminavam.

    O povo constantemente oferece imensa resistncia, apenaspara terminar em imensa fraqueza. A fora do povo exaurida noprolongamento indefinido de coisas desde h muito tempo mortas;ao governar a humanidade pelo embalsamento de velhas e mortas

    tiranias de F; restaurando dogmas dilapidados; redourandosanturios desbotados e carcomidos; caiando e maquiandosupersties antigas e estreis; salvando a sociedade pelamultiplicao de parasitas; perpetuando instituies aposentadas;reforando a adorao de smbolos como os meios reais desalvao; e atando o cadver do Passado boca a boca ao vivoPresente. Por isso que uma das fatalidades da Humanidade ser

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    condenada a eternas lutas com fantasmas, com supersties,fanatismos, hipocrisias, preconceitos, as frmulas do erro e os

    argumentos da tirania. Despotismos, vistos no passado, tornam-serespeitveis, como a montanha eriada de rochas vulcnicas, sperae horrenda, parece ser, atravs da neblina da distncia, azul, maciae bela. A viso de uma nica masmorra da tirania vale mais, paradissipar iluses e criar um dio sagrado ao despotismo, edirecionar a FORA corretamente, do que os tomos maiseloquentes. Os Franceses deveriam ter preservado a Bastilha comouma lio perptua; a Itlia no deve destruir as masmorras daInquisio. A Fora do povo manteve o Poder que construiu suascelas obscuras e colocou os vivos em seus sepulcros de granito.

    A FORA do povo no pode, por sua ao irrefrevel eespasmdica, manter, e continuar em ao e existncia, um

    Governo livre, uma vez criado. Tal Fora deve ser limitada,refreada, conduzida pela distribuio em canais diferentes e porcursos indiretos, para escapes, de onde se questionaria quanto lei,ao e deciso do Estado; assim como os antigos sbios reisEgpcios conduziram a canais diferentes, por subdiviso, as guasabundantes do Nilo, e as compeliram a fertilizar e no devastar aterra. Deve haver o jus et norma, a lei e Rgua, ou Escala, da

    constituio e da lei, dentro da qual a fora pblica deve agir. Faa-se uma brecha em qualquer uma delas e o grande martelo a vapor,com seus golpes velozes e pesados, reduz todo o mecanismo atomos e, por fim, desconjuntando-se violentamente, repousainerte e morto em meio runa que forjou.

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    A FORA das pessoas, ou a vontade popular, exercida eem ao, simbolizada pelo MALHETE, regulada, guiada por, e

    agindo dentro dos limites da LEI e da ORDEM, simbolizada pelaRGUA DE VINTE E QUATRO POLEGADAS, tem comoseu fruto: LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE liberdade regulada pela lei; igualdade de direitos aos olhos da lei;irmandade com seus deveres e obrigaes, bem como com seusbenefcios.

    Voc ouvir falar em pouco tempo da PEDRA BRUTA eda PEDRA PERFEITA, como parte das joias da Loja. A PedraBruta dita como uma pedra, como retirada da pedreira, em seu estadorude e natural. A Pedra Perfeita dita como uma pedra preparadapelas mos dos trabalhadores, para ser ajustada pelas ferramentas de trabalhodos Companheiros. No devemos repetir as explicaes destes

    smbolos dadas pelo Rito de York. Voc poder l-las em seusmanuais impressos. So declaradas para aludirem aoautoaperfeioamento do trabalhador individual, umacontinuao da mesma interpretao superficial.

    A Pedra Bruta o POVO, como uma massa, rude edesorganizado. A Pedra Perfeita, ou Pedra Cbica, smbolo da

    perfeio, o ESTADO, os regentes derivando seus poderes doconsentimento dos governados; a constituio e as leis dizendo avontade do povo; o governo harmonioso, simtrico, eficiente, seus poderes propriamente distribudos e devidamente ajustadosem equilbrio.

    Se delinearmos um cubo sobre uma superfcie plana, assim:

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    Teremos visveis trs faces e nove linhas externas,desenhadas entre setepontos. O cubo completo tem trsfaces amais, formando seis; trs linhas a mais, formando doze; e umponto a mais, formando oito. Como o nmero 12 inclui osnmeros sagrados 3, 5, 7, e 3 vezes 3, ou 9, e produzido pela

    soma dos nmeros sagrados 3 e 9; enquanto seus prprios doisdgitos 1, 2, a unidade ou mnada, e dada, somadas juntas, geramo mesmo nmero sagrado 3; ele foi chamado de nmero perfeito e o cubo se tornou o smbolo da perfeio.

    Produzido pela FORA, agindo pela RGUA; marteladode acordo com as linhas mensuradas pela Escala, a partir da Pedra

    Bruta, um smbolo apropriado da Fora do povo, expressa comoa constituio e lei do Estado; e as trs faces visveis representamos trs departamentos do prprio Estado, o Executivo, queexecuta as leis; o Legislativo, que faz as leis; o Judicirio, queinterpreta as leis, as aplica e as refora, entre pessoa e pessoa, entreo Estado e os cidados. As trs faces invisveis so a Liberdade, a

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    Igualdade e a Fraternidade, a alma trplice do Estado, suavitalidade, esprito e intelecto.

    * * * * * *

    Apesar da Maonaria no usurpar o lugar nem imitar areligio, a orao parte essencial de nossas cerimnias. aaspirao da alma em direo Inteligncia Absoluta e Infinita,que a Suprema Divindade nica, mais delicada edesentendidamente caracterizada como um ARQUITETO.Certas faculdades do homem so dirigidas para o Desconhecido o pensamento, a meditao, a orao. O desconhecido umoceano, do qual a conscincia a bssola. Pensamento, meditao,orao, so os grandes misteriosos pontos apontados pela agulha. um magnetismo espiritual que assim conecta a alma humana

    com a Divindade. Estas irradiaes majestosas da alma penetram asombra em direo luz.

    um escrnio superficial dizer que a orao absurdaporque no nos seria possvel, por meio dela, persuadir Deus amudar Seus planos. Ele produz efeitos pr-conhecidos e pr-planejados, atravs da instrumentalidade das foras da natureza,

    todas elas Suas foras. Nossa prpria parte destas. Nossa livreagncia e nossa vontade so foras. No deixamos absurdamentede fazer esforospara alcanar riqueza ou felicidade, prolongar avida, e manter a sade, s porque no podemos, por qualqueresforo, mudar o que est predestinado. Se o esforo tambm predestinado, no menos ser o nosso esforo, criado de nossalivrevontade. Portanto, do mesmo modo, oramos. A Vontade

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    uma fora. O Pensamento uma fora. A Orao uma fora. Porque no seria da lei de Deus que a orao, tal como a F e o Amor,

    tivesse seus efeitos? O homem no deve ser compreendido comoum ponto de partida, nem o progresso como um objetivo, semessas duas grandes foras, a F e o Amor. A orao sublime.Preces que pedem e clamam so dignas de pena. Negar a eficciada orao negar a da F, do Amor e do Esforo. Apesar disso, osefeitos produzidos, quando nossa mo, movida por nossa vontade,lana um seixo no oceano, nunca cessam; e toda palavrapronunciada registrada no ar invisvel para toda a eternidade.

    Toda Loja um Templo, e no todo e em seus detalhes,simblica. O prprio Universo forneceu ao homem o modelo dosprimeiros templos edificados Divindade. O arranjo do Templode Salomo, os ornamentos simblicos que formavam suas

    decoraes principais, e o vesturio do Sumo Sacerdote, tudo faziareferncia ordem do Universo, como ento entendido. OTemplo continha muitos emblemas das estaes o sol, a lua, osplanetas, as constelaes da Ursa Maior e da Ursa Menor, ozodaco, os elementos, e outras partes do mundo. O Mestre dessaLoja, a do Universo, Hermes, de quem Khrm orepresentante, que uma das luzes da Loja.

    Para instruo adicional quanto ao simbolismo dos corposcelestiais, dos nmeros sagrados e do templo e seus detalhes, vocdeve aguardar pacientemente at seu avano na Maonaria, nestemeio tempo exercitando seu intelecto estudando-os por si s.Estudar e procurar interpretar corretamente os smbolos do

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    Universo o trabalho do sbio e do filsofo. decifrar a escritade Deus, e penetrar em Seus pensamentos.

    Isto o que perguntado e respondido em nossocatecismo, no que diz respeito Loja.

    * * * * * *

    Uma Loja definida como uma reunio de Maons,pontualmente congregados, tendo a escritura sagrada, o esquadro e o compasso,e um alvar, ou certificado de constituio, autorizando-os a trabalhar. Asala ou lugar no qual se renem, representando uma parte doTemplo do Rei Salomo, tambm chamada de Loja; e isto oque ns agora estamos considerando.

    Diz-se que suportada por trs grandes colunas,SABEDORIA, FORA e BELEZA, representadas pelo Mestre,o Primeiro Vigilante e o Segundo Vigilante; e estas so as colunasque sustentam a Loja, porque Sabedoria, Fora e Beleza so a perfeiode tudo, e nada pode perdurar sem elas. Porque,diz o Rito de York, necessrio que haja Sabedoria para conceber, Fora para sustentar e Belezapara adornar todos os empreendimentos grandes e importantes. No sabeis,

    diz o Apstolo Paulo, que sois o templo de Deus, e que o Esprito deDeus habita em vs? Se algum homem profanar o templo de Deus, Deus odestruir, pois o templo de Deus sagrado, e o templo sois vs.

    A Sabedoria e o Poder da Divindade esto em equilbrio.As leis da natureza e as leis morais no so meros mandatosdespticos de Sua vontade Onipotente; pois ento poderiam ser

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    mudadas por Ele, e a ordem se tornar desordem, e o bom e ocerto se tornarem mau e errado; honestidade e lealdade, vcios; e

    fraude, ingratido e vcio, virtudes. O poder Onipotente, infinito,existindo s, necessariamente no seria forado consistncia.Seus decretos e leis poderiam no ser imutveis. As leis de Deusno so obrigatrias para ns porque so decretos de SeuPODER, ou expresso de Sua VONTADE; mas porqueexpressam sua infinita SABEDORIA. No so certas porque soSuas leis, mas so Suas leis porque so certas. Do equilbrio entre asabedoria infinita e a fora infinita resulta a harmonia perfeita, nafsica e no universo moral. Sabedoria, Poder e Harmoniaconstituem uma trade Manica. Eles tm outros e maisprofundos significados, que podem em algum tempo lhe serdesvelados.

    Quanto a uma explicao mais normal e ordinria, pode-seacrescentar que a sabedoria do Arquiteto apresentada emcombinao, como apenas um Arquiteto hbil pode fazer, e comoDeus tem feito em todo lugar, por exemplo, na rvore, naestrutura humana, no ovo, nas clulas do favo de mel fora, comgraa, beleza, simetria, proporo, leveza e ornamentao. Essa ,tambm, a perfeio do orador e do poeta combinar fora,

    resistncia, energia, com a graa de estilo, as cadncias musicais, abeleza das figuras, o jogo e irradiao de imaginao e fantasia; eassim, em um Estado, a fora guerreira e industrial do povo, e suafora Titnica, devem ser combinadas com a beleza das artes, comas cincias e com o intelecto, se o Estado quiser escalar as alturasda excelncia e o povo ser realmente livre. Harmonia nisto, comoem todo o Divino, material, e humano, o resultado do equilbrio,

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    da simpatia e ao oposta dos contrrios; uma nica Sabedoriasobre eles mantendo o travesso da balana. Reconciliar a lei

    moral, responsabilidade humana, livre arbtrio, com o poderabsoluto de Deus; e a existncia do mal com Sua absolutasabedoria e bondade e misericrdia, estes so os grandes enigmasda Esfinge.

    Voc ingressou na Loja entre duas colunas. Elasrepresentam as duas que estavam no prtico do Templo, em cadalado da grande entrada oriental. Esses pilares, de bronze, de quatrodedos de espessura, tinham, de acordo com as descries maisautnticas estas no Primeiro e no Segundo Livro dos Reis, econfirmadas em Jeremias dezoito cbitos de altura, com umcapitel de cinco cbitos de altura. O eixo de cada uma delas era dequatro cbitos de dimetro. Um cbito tem 30 1/2 cm. Isto , o

    eixo de cada coluna tinha pouco mais de trinta ps e oitopolegadas de altura, cada capitel pouco mais de oito ps e seispolegadas de altura, e o dimetro do eixo seis ps e dez polegadas.Os capitis estavam enriquecidos com roms de bronze, cobertascom redes de bronze, e ornamentados com grinaldas de bronze; eparecem ter imitado a forma dos pericarpos do ltus ou lrioEgpcio, um smbolo sagrado para os Hindus e Egpcios. O pilar

    ou coluna da direita, ou do sul, era chamado, como a palavraHebraica reproduzida em nossa traduo da Bblia, JACHIN; eo da esquerda, BOAZ. Nossos tradutores dizem que a primeirapalavra significa Ele estabelecer, e a segunda nele est afora.

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    Essas colunas eram imitaes, feitas por Khrm, o artistaTrio, das grandes colunas consagradas aos Ventos e ao Fogo, na

    entrada do famoso Templo de Malkarth, na cidade de Tiro. costumeiro, em Lojas do Rito de York, ver-se um globo celestialem uma e um globo terrestre na outra; mas estes no sojustificados, se o objetivo for imitar as duas colunas originais doTemplo. O significado simblico dessas colunas deixaremos poragora inexplicado, acrescentando apenas que os AprendizesIniciados guardam suas ferramentas de trabalho na colunaJACHIN; e lhe dando a etimologia e significado literal dos doisnomes.

    A palavra Jachin, em hebraico, . Era provavelmentepronunciada Ya-kayan, e significava, como um substantivo,Aquele que fortalece; e por isso, firme, estvel, ereto.

    A palavra Boaz ., Baaz significa Forte, Fora,Poder, Refgio, Fonte de Fora, um Forte. O prefixadosignifica com ou em, e d palavra a fora do gerndioLatino roborando Fortalecendo.

    A palavra anterior tambm significa ele estabelecer, ouplantar numa posio ereta, do verbo , Kn,permaneceuereto. Provavelmente significava Ativo e Energia Vivificante eFora; e Boaz, Estabilidade, Permanncia, no sentidopassivo.

    Das Dimenses da Loja, nossos Irmos do Rito de Yorkdizem, ilimitadas e cobrem no menos do que a abbada Celeste. A esse

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    objeto,dizem eles,a mente do Maom continuamente dirigida e para aliele espera enfim chegar pela a ajuda da escada teolgica que Jac, em sua viso,

    viu ascendendo da terra para o Cu; as trs voltas principais eramdenominadas F, Esperana e Caridade; e que nos admoesta a ter F emDeus, Esperana na Imortalidade e Caridade para com toda aHumanidade. Da mesma forma, uma escada, algumas vezes comnove voltas, vista no painel, repousando na base da terra, e seutopo nas nuvens, com estrelas brilhando sobre ela; consideradoque isto representa aquela escada mstica que Jac viu em seusonho, apoiada na terra, e seu topo alcanando o Cu, com osanjos de Deus subindo e descendo por ela. O acrscimo das trsprimeiras voltas ao simbolismo totalmente moderno e imprprio.

    Os antigos contavam sete planetas, assim arranjados: a Lua,Mercrio, Vnus, o Sol, Marte, Jpiter e Saturno. Havia sete cus e

    sete esferas desses planetas; sobre todos os monumentos a Mitraexistem sete altares ou piras, consagrados aos sete planetas, assimcomo as sete lmpadas do castial dourado do Templo. Que estesrepresentavam os planetas, nos assegura tanto Clemente deAlexandria, em seu Stromata, quanto Flon, o Judeu.

    Para retornar sua fonte no Infinito, a alma humana,

    afirmavam os antigos, tinha que ascender tal como havia descido,atravs das sete esferas. A Escada pela qual reascende tem, deacordo com Marslio Ficino, em seus Comentrios sobre as Enadas dePlotino,sete degraus ou passos; e nos Mistrios de Mitra, levados aRoma sob os Imperadores, a escada, com suas sete voltas, era umsmbolo referente a esta ascenso atravs das esferas dos seteplanetas. Jac viu os Espritos de Deus subindo e descendo por

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    ela; e acima dela a Prpria Divindade. Os Mistrios Mitracos eramcelebrados em cavernas, onde portais eram marcados nos quatro

    pontos equinociais e solsticiais do zodaco; e as sete esferasplanetrias estavam representadas, as quais as almas necessitavamatravessar na descida do cu das estrelas fixas para os elementosque envolvem a terra; e sete portais eram marcados, um para cadaplaneta, atravs dos quais elas passavam, descendo ou voltando.

    Aprendemos isto de Celso, em Origem, que diz que aimagem simblica desta passagem entre as estrelas, usadas nosMistrios Mitracos, era uma escada se estendendo da terra para oCu, dividida em sete degraus ou estgios, para cada um dos quaishavia um portal, e na cpula um oitavo, o das estrelas fixas. Osmbolo era o mesmo que o dos sete estgios de Borsippa, aPirmide de tijolos vitrificados, perto da Babilnia, construda em

    sete estgios, cada um de cor diferente. Nas cerimnias Mitracas ocandidato atravessava os sete estgios da iniciao, passando pordiversos processos temveis e destes a escada alta com sete voltasou degraus era o smbolo.

    Voc v a Loja, seus detalhes e ornamentos, por suasLuzes. Voc j ouviu o que se diz serem estas Luzes, das maiores

    s menores, e como elas so faladas por nossos Irmos do Rito deYork.

    A Bblia Sagrada, o Esquadro e o Compasso no sosomente estilizados como Grandes Luzes na Maonaria, mastambm so tecnicamente chamados de Mobliada Loja; e, comovoc viu, se assegura que no existe Loja sem eles. Isto, algumas

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    vezes, tem sido um pretexto para excluir Judeus de nossas Lojas,porque eles no podem estimar o Novo Testamento como um

    livro sagrado. A Bblia parte indispensvel da moblia de umaLoja Crist, apenas porque o livro sagrado da religio Crist. OPentateuco Hebraico numa Loja Hebraica, e o Alcoro numaMuulmana, pertencem ao Altar; e algum destes, mais o Esquadroe o Compasso, propriamente entendidos, so as Grandes Luzespelas quais um Maom deve andar e trabalhar.

    A obrigao do candidato deve sempre ser tomada sobre olivro ou livros sagrados de sua religio, qual seja que ele consideremais solene e obrigatrio; e por isso lhe perguntaram qual era a suareligio. No temos nenhuma outra preocupao quanto a seucredo religioso.

    O Esquadro um ngulo reto, formado por duas linhasretas. adaptado somente a uma superfcie plana e pertenceunicamente geometria, medio da terra, trigonometria quelida apenas com planos, e com a Terra, que os antigos supunhamser plana. O Compasso descreve crculos, e lida com atrigonometria esfrica, a cincia das esferas e cus. O primeiro,portanto, um emblema do que concerne terra e ao corpo; o

    ultimo, do que concerne aos cus e alma. Ainda assim, oCompasso tambm usado na trigonometria plana, para se erigirperpendiculares; por isso, voc lembrado de que, apesar de nesteGrau ambas as pontas do Compasso estarem sob o Esquadro,voc est agora lidando apenas com os significados morais epolticos dos smbolos, e no com suas significaes filosficas eespirituais, ainda assim o divino sempre se mistura com o humano;

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    o espiritual se mescla com o terreno; e existe algo espiritual nosdeveres mais comuns da vida. As naes no so apenas corpos

    polticos, mas tambm espritos polticos; e ai dos povos que,buscando apenas o material, se esquecem de que possuem umaalma. Neste caso temos uma raa petrificada em dogma, quepressupe a ausncia de uma alma e a presena somente damemria e do instinto, ou desmoralizada pelo lucro. Tal naturezanunca pode liderar a civilizao. A genuflexo perante o dolo ouperante o dinheiro atrofia o msculo que caminha e a vontade quese move. A absoro hiertica ou mercantil diminui o brilho de umpovo, abaixa seu horizonte ao abaixar seu nvel, e o priva doentendimento do objetivo universal, ao mesmo tempo humano edivino, que forma as naes missionrias. Um povo livre, seesquecendo de que tem uma alma a cuidar, devota todas as suasenergias ao avano material. Se faz guerra, esta subserviente aos

    seus interesses comerciais. Os cidados copiam o Estado, eestimam a riqueza, a pompa e luxo como os grandes bens da vida.Tal nao cria fortuna rapidamente e a distribui muito mal. Da osdois extremos, de monstruosa opulncia e monstruosa misria;todos os prazeres para alguns, todas as privaes para o resto, querdizer, para o povo; Privilgio, Exceo, Monoplio e Feudalismoemergem do prprio Trabalho: uma situao falsa e perigosa, que,

    fazendo do Trabalho um Ciclope cego e acorrentado, na mina, naforja, na oficina, no tear, no campo, entre gases venenosos, emcelas miasmticas, em fbricas sem ventilao, alicera seu poderpblico sobre a misria privada, e planta a grandeza do Estado nosofrimento do indivduo. uma grandeza mal constituda, na qualtodos os elementos materiais esto combinados, e na qual noentra nenhum elemento moral. Embora um povo, qual uma

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    estrela, tenha o direito de eclipsar, a luz deve retornar. O eclipseno deve degenerar em noite.

    As trs menores, ou as Luzes Sublimes, voc ouviu que soo Sol, a Lua e o Mestre da Loja; tambm ouviu o que nossosIrmos do Rito de York dizem a respeito delas, e porque acreditamque so as Luzes da Loja. Mas o Sol e a Lua em nenhum sentidoiluminam a Loja, seno simbolicamente, e portanto no so eles asluzes, mas sim as coisas das quais so smbolos. O Maom do Ritode York no diz do qu so smbolos. Nem a Lua, em qualquersentido, governa a noite com regularidade.

    O Sol o smbolo antigo do poder vivificante e generativoda Divindade. Para os antigos, a luz era a causa da vida; e Deus eraa fonte da qual toda a luz flua; a essncia da Luz, o Fogo

    Invisvel, desenvolvido como chama manifesta como luz eesplendor. O Sol era a Sua manifestao e imagem visvel; e osSabeus, adorando o Deus-Luz, pareciam adorar o Sol, no qualviam a manifestao da Divindade.

    A Lua era o smbolo da capacidade passiva da natureza deprocriar, a fmea, da qual o poder e energia fecundante era o

    macho. Era o smbolo de sis, Astarte, e rtemis, ou Diana. OMestre daVidaera a Divindade Suprema, acima de ambos, emanifesto atravs de ambos; Zeus, o Filho de Saturno, se torna Reidos Deuses; Hrus, filho de Osris e sis, se torna o Mestre daVida; Dionsio ou Baco, tal como Mitra, se torna o autor da Luz,da Vida e da Verdade.

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    Os Mestres da Luz e da Vida, o Sol e a Lua, sosimbolizados em todas as Lojas pelo Mestre e pelos Vigilantes: eisto torna dever do Mestre dispensar luz aos Irmos, por siprprio, e atravs dos Vigilantes, que so seus ministros.

    Nunca mais se por o teu sol, diz ISAAS a Jerusalm, nem atua lua minguar, porque o Senhor ser a tua luz perptua, e os dias do teuluto findaro. E todos os do teu povo sero justos, para sempre herdaro aterra..Tal um modelo de povo livre.

    Nossos ancestrais nrdicos adoravam uma Divindade tri-una; ODIN, o PAITodo-Poderoso; FREA, sua esposa, emblemada matria universal; e THOR, seu filho, o mediador. Mas acima

    de todos estava o Deus Supremo, o autor de tudo o que existe, oEterno, o Antigo, o Ser Vivo e Terrvel, o Buscador de coisas ocultas, o Serque nunca muda. No Templo de Elusis (um santurio iluminadoapenas por uma janela no teto, representando o Universo),estavam representadas as imagens do Sol, da Lua e de Mercrio.

    O Sol e a Lua, diz o erudito Ir.. DELAUNAY,

    representam os dois grandes princpios de todas as geraes, o ativo e opassivo, o macho e a fmea. O Sol representa a verdadeira luz. Ele derramaseus raios fecundos sobre a Lua; ambos projetam suas luzes sobre suadescendncia, a Estrela Flamejante, ou HRUS, e os trs formam o grandeTringulo Equiltero, no centro do qual est a letra omnfica da Cabala, pelaqual se diz que a criao foi realizada..

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    Os ORNAMENTOS de uma Loja so o PavimentoMosaico, a Orla Dentada e a Estrela Flamejante. O Pavimento

    Mosaico, axadrezado com quadrados ou losangos, representa oandar trreo do Templo do Rei Salomo; e a Orla Dentada, aquelalinda orla que o envolvia.Diz-se que a Estrela Flamejante no centro um emblema da Divina Providncia, e comemorativa da estrela que surgiupara guiar os homens sbios desde o Oriente at o local de nascimento de nossoSalvador. Mas no se via pedras no Templo. As paredes eramcobertas com pranchas de cedro e o piso com pranchas de abetos.No existe evidncia de que tivesse existido tal pavimento ou pisono Templo, nem tal madeiramento; na Inglaterra, antigamente, aTbua de Traar era envolta por uma orla dentada; e somente naAmrica tal orla colocada em volta do pavimento Mosaico. Astsseras, na verdade, so os quadrados ou losangos do pavimento.Na Inglaterra, tambm, a borda dentada ou denticulada chamada

    de tesselado porque tem quatro franjas (em ingls, tassels), querepresentam Temperana, Fora, Prudncia e Justia. Foi chamadade Orla Dentada, mas trata-se de um uso imprprio das palavras. um pavimento tesselado com uma borda dentada oenvolvendo.

    O pavimento, alternadamente preto e branco, simboliza,

    intencionalmente ou no, os Princpios do Bem e do Mal do credoEgpcio e Persa. o combate entre Miguel e Sat, entre os Deusese os Tits, entre Balder e Lki; entre a luz e a sombra, que aescurido; Dia e Noite; Liberdade e Despotismo; LiberdadeReligiosa e Dogmas Arbitrrios de uma Igreja que pensa por seusdevotos, da qual o Pontfice se declara infalvel, e da qual osdecretos de seus Conselhos se constituem um evangelho.

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    As faces desse pavimento, se losangulares, sero

    necessariamente dentadas ou denticuladas, como um serrote; epara complet-lo e finaliz-lo uma bordadura necessria. complementado por tesselas como ornamentos aos cantos. Seestes e a bordadura tm algum significado, ele fantasioso earbitrrio.

    Encontrar na ESTRELA FLAMEJANTE de cincopontas uma aluso Divina Providncia igualmente fantasioso; efaz-la um comemorativo da Estrela que guiou os Magos, dar-lheum significado comparativamente moderno. Originalmente,representava SRIUS, ou a estrela-Co, o precursor da inundaono Nilo; o deusANBIS, companheiro de sisem sua busca pelocorpo de OSRIS, seu irmo e marido. Ento, se tornou a imagem

    de HRUS, o filho de OSRIS, ele mesmo tambm simbolizadopelo Sol, o autor das Estaes do Ano, e o deus do Tempo; Filhode sis, que era a natureza universal, ele prprio a matriaprimitiva, fonte inexaurvel de Vida, centelha de fogo incriado,semente universal de todos os seres. Era HERMES, tambm, oMestre do Conhecimento, cujo nome em grego o do DeusMercrio. Tornou-se o carter ou sinal sagrado e poderoso dos

    Magos, o PENTALFA, e o emblema significativo da Liberdade,flamejando com uma radiao constante em meio a elementostumultuosos de bem e de mal das Revolues, e de cuspromissoramente serenos e estaes frteis para as naes, aps astormentas de mudanas e tumultos.

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    No Oriente da Loja, sobre o Mestre, includa em umtringulo, est a letra hebraicaYOD [ ou ]. Nas Lojas Inglesas eAmericanas, a Letra G.. a substituiu como a inicial da palavraGOD, com to pouca razo quanto seria se, ao invs da letraprpria, fosse usada a inicial D de DIEU em Lojas Francesas. OYOD , na Cabala, o smbolo da Unidade, da Deidade Suprema, aprimeira letra do Nome Sagrado; , tambm, um smbolo dasGrandes Trades Cabalsticas. Para compreender seus significados

    msticos, voc deve abrir as pginas do Zohar e do SiphraDtzenioutha, e outros livros cabalsticos, e ponderarprofundamente sobre seu significado. suficiente dizer que ela aEnergia Criativa da Divindade, e que representada como umponto, esse ponto no centro do Crculoda imensido. para ns,neste Grau, o smbolo da Divindade no manifestada, doAbsoluto, que no possui nome.

    Nossos Irmos franceses colocam esta letra, YOD, nocentro da Estrela Flamejante. E, em velhos ensinamentos, nossosantigos Irmos Ingleses disseram a Estrela Flamejante ou Glria, nocentro, nos remete ao grande luminar, o Sol, que ilumina a terra, e por suainfluncia genial dispensa bnos humanidade.Tambm nos mesmosensinamentos, o chamavam de emblema da PRUDNCIA. A

    palavra Prudentia significa, em seu sentido original e completo,Previso; e, adequadamente, a Estrela Flamejante tem sidoconsiderada como emblema da Oniscincia, ou o Olho que TudoV, que, para os Iniciados Egpcios, era o emblema de Osris, oCriador. Com o YOD no centro, tem o significado cabalstico daEnergia Divina, manifestada como Luz, criando o Universo.

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    As Joias da Loja so em nmero de seis. Trs sochamadas Mveis, e trs Imveis. O ESQUADRO, o

    NVEL e o PRUMO eram, antiga e propriamente, chamados deJoias Mveis, porque passam de um Irmo para o outro. umainovao moderna cham-las de imveis, s porque elas devemsempre estar presentes na Loja. As joias imveis so a PEDRABRUTA, a PEDRA PERFEITA ou PEDRA CBICA, ou, emalguns Rituais, o CUBO DUPLO,e a TBUA DE TRAAR.

    Sobre estas joias nossos Irmos do Rito de York dizem: OEsquadroinculca Moralidade; o Nvel, Igualdade; e o Prumo, Retidode Conduta.Suas explicaes das Joias imveis podem ser lidas emseus manuais.

    * * * * * *

    Nossos Irmos do Rito de York dizem que em toda Lojabem dirigida existe um certo ponto representado, dentro de um crculo; o pontorepresentando um Irmo, individualmente; o Crculo, a linha delimitadora desua conduta, alm da qual ele nunca sofrer danos ou paixes que o traiam.

    Isto no interpretaros smbolos da Maonaria. Alguns dizem

    que, com uma abordagem mais prxima a fim de interpretao, oponto dentro do crculo representa Deus no centro do Universo. um sinal Egpcio comum para o Sol e Osris, e ainda usadocomo sinal astronmico do grande luminar. Na Cabala, o ponto YD, a Energia Criativa de Deus, irradiando com luz o espaocircular que Deus, a Luz universal,