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A INTERNET COMO PODEROSO INSTRUMENTO EDUCATIVO PARA
INSERÇÃO DO EDUCANDO NO MUNDO GLOBALIZADO: um estudo de caso
realizado com os alunos do 9º ano B, na Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa, da
cidade de Ribeirão do Pinhal, no Estado do Paraná
Autor: Sergio Benedito Rodolfo Vieira1
Orientador: Prof. Me. Rodrigo Modesto Nascimento2
Resumo
Este material didático pedagógico tem por objetivo propor uma forma de
reflexão sobre como avaliar o poder, os meios e os recursos que a Rede Mundial de
Computadores tem a oferecer, para educadores e educandos, no processo de
aprendizado, bem como levar aos alunos como utilizá-la, particularmente, nas aulas
de História. Pois, considerando que todas as escolas do Estado do Paraná foram
beneficiadas com recursos tecnológicos educacionais, descobriu-se a necessidade
de incluir a Internet, que tem atingido significativamente os ambientes escolares,
aos estudantes atuais, pois são adolescentes e jovens nativos da geração digital. A
metodologia utilizada inclui desde conteúdos teóricos até pesquisa de campo com
alguns alunos, com questionários e atividades práticas, para avaliar o conhecimento
de cada um referente ao próprio computador e à rede. E, finalmente, tem-se as
reflexões sobre o estudo realizado, que procurou-se demonstrar as nuances da
Internet, ora refletindo sobre sua questão existencial, ora analisando sua influência e
o impacto que pode causar no cotidiano societário, dando ênfase à questão
educacional, que tem papel fundamental e incontestável neste processo.
1 Professor de História e Filosofia da rede Pública de Ensino do Estado do Paraná, integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). E-mail: [email protected]
2 Professor Mestre do Colegiado de História do Departamento de História da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP).
Palavras-chave: Internet. Educação. História. Tecnologia.
Abstract
This pedagogical didactical content aims to propose a reflection way about
the power, the ways and the resources that World Wide Web has to offer to
educators and students in the learning process and present to students how to use it,
particularly in the History classes. Because considering that all of the schools of the
Paraná State were benefited with educational technological resources, it was
discovered the necessity to insert the Internet that has achieved significantly the
school environment, to the actual students because they are native teenagers and
young people of the digital generation. The used methodology includes from
theoretical contents to field research with some students, involving quizzes and
practical activities to test your knowledge about computer and network. Finally, there
are the reflections about the study, that aimed to show the sides of the Internet,
sometimes reflecting about its existential question, sometimes analyzing its influence
and impact that may result in the daily life of the society, with emphasis on the
education issue, which has undeniable and central role on this process.
Keywords: Internet. Education. History. Technology.
1 Introdução
Quando se fala em novas tecnologias, a Internet é assunto obrigatório.
Pesquisas apontam que o ensino através dela propicia ótimos índices de
aproveitamento. A informática, quando adotada nas escolas, deve integrar ao
ambiente e à realidade dos alunos, não só como ferramenta, mas como recurso
interdisciplinar, constituindo-se também num item a mais com o qual o professor
possa contar para bem realizar o seu trabalho, desenvolvendo com os alunos
atividades e questionamentos.
A problematização levantada veio, justamente, tentar responder a seguinte
questão: como auxiliar o aluno a utilizar a Internet como fonte de pesquisa para
melhorar seu conhecimento nas aulas de História?
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) podem colaborar,
enquanto meios, no processo de construção do conhecimento em sala de aula e,
desta forma, constatou-se a necessidade de abranger temas como: “A Internet como
ferramenta de aprendizado”, “A Internet como instrumento de revolução”, “Internet
Cultura”, “Linguagens, Códigos e suas Tecnologias”, “A rede mundial de
computadores na sala de aula”, entre outros. Tais temas estão intrinsecamente
ligados a esta nova geração de alunos, pois nem se quisessem, não poderiam viver
sem contato com as TIC que os circundam.
Com base nisso, essa Produção Didática Pedagógica tem por objetivo a
apresentação das práticas de utilização da Internet realizadas com os alunos das
aulas da disciplina de História. Um dos maiores intuitos foi levar ao conhecimento
dos alunos a importância de utilizar corretamente as tecnologias que podem estar a
serviço da educação, com ênfase na Internet.
As práticas realizadas ocorreram na Escola Estadual Ruth Matinez Corrêa -
Ensino Fundamental – da cidade de Ribeirão do Pinhal, do núcleo de Jacarezinho,
como parte integrante do desenvolvimento do projeto PDE 2012 da Secretaria de
Estado de Educação (SEED). As atividades deram-se com a utilização dos
computadores do laboratório de informática da mencionada escola, com os alunos
do 9º ano B, do período vespertino.
2 A história da Internet
Ao contrário do que muitos podem pensar, a Internet nasceu em plena
Guerra Fria, num momento de extrema tensão entre os Estados Unidos da América
(EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), atual Rússia, que
buscavam por novos métodos que pudessem aumentar ou melhorar seu poder
bélico. Foi neste turbilhão que surgiu a necessidade de encontrar uma forma de
interligar as bases militares estadunidenses, mesmo que o Pentágono fosse
atacado, pois toda a comunicação passava por ele e se fosse derrubado,
comprometeria todas as outras. Foi então que, ao final da década de 60, surgiu a
Advanced Research Projects Agency Network (ARPANET) que passou a interligar
as bases dos EUA de forma descentralizada, onde, se uma delas fosse atingida, a
comunicação entre as demais não deixaria de existir (Bogo, 2000).
Ainda segundo Bogo (2000), a partir dos anos 70, pesquisadores de
diversas universidades puderam integrar-se à ARPANET para trabalhar em projetos
que agregassem à Defesa norte-americana. Com a diminuição da periculosidade
iminente da Guerra Fria, mais e mais universidades foram-se juntando à rede que,
em pouco tempo, teve que ser repensada, pois o tráfego de pacotes (pequenas
partes em que são divididos os arquivos para serem transportados) aumentara
significativamente. Neste ínterim, desenvolveu-se um novo protocolo chamado
Transfer Control Protocol/Internet Protocol (TCP/IP), em substituição ao anterior
(Network Control Protocol – NCP), que permitiu a expansão ilimitada da rede (era o
que se pensava na época), que a esta altura já não se limitava somente ao território
dos EUA.
No Brasil, os primórdios da Internet (como passou a ser chamada a rede
ARPANET no mundo todo) aconteceram muito mais tardiamente, ao final da década
de 80, com a interligação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (FAPESP) e o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) a
algumas instituições nos Estados Unidos. Na década seguinte, houve a criação da
Rede Nacional de Pesquisa (RNP), que interligou várias unidades da federação e
propiciou espaço para que universidades e empresas privadas começassem a
utilizar a rede, para fins comerciais ou não.
Hoje a RNP ainda é a base para novos rumos que começam a ser escritos
pelo governo brasileiro, pois uma outra percepção da Internet está em discussão,
para que todos possam se adequar às recentes tecnologias, formas de
relacionamento e comunicação que ela propõe.
Quanto à questão da expansibilidade da rede, o que era considerado sem
limites, nos dias atuais já não mais comporta o grande volume em escala mundial, e
até mesmo o TCP/IP está sendo abandonado, pois os mais de quatro bilhões de
endereços disponíveis para computadores únicos terem acesso à Internet já estão
esgotados (TAGIAROLI, 2011). Isto prova que ela não para de crescer, que está
sempre englobando novas tecnologias e que cada vez mais faz parte do cotidiano
de todas as pessoas, de uma criança de poucos anos de idade, até um senhor com
mais de setenta anos.
Desde o boom dos anos 90, quando a Internet alcançou patamares
extraordinários, passando pelo início da primeira década deste novo milênio, onde
tanto software como hardware mais baratos e mais estáveis começaram a ser
desenvolvidos, até a febre das grandes redes sociais dos últimos cinco anos, é
prova mais do que suficiente de que esta rede que já é grandiosa só tende a
aumentar ainda mais. Até onde isto vai parar, ainda não se sabe, mas as
expectativas é que ela nunca pare de crescer, de inovar, de surpreender.
3 Fundamentação teórica
Os alunos apreciam a moderna tecnologia que nos circunda, mas não a
utilizam de forma satisfatória ao aprendizado escolar, seja pela falta de
conhecimento das ferramentas, ou até mesmo pelo seu uso irracional, tirando pouco
proveito de excelentes recursos que ela oferece. Os professores, por sua vez, não
estão muito distantes desta realidade, uma vez que a cada dia surgem inúmeras
novidades, tornando-se praticamente impossível sua absorção instantânea.
Contudo, os docentes precisam guiar os alunos e ensinar-lhes as informações
corretas, do melhor modo possível para a lucratividade de seus discentes.
3.1 Linguagens, códigos e suas tecnologias.
CD-ROM, Home-Page, Internet, Multimídia... Será que o aluno brasileiro
consegue entender tudo isso e integrar-se ao chamado mundo globalizado? Será
que consegue compreender e respeitar a diversidade cultural do país? Ou ainda,
observar que em alguns lugares do Brasil se usa a palavra “aipim” e em outros
“mandioca”, mas que as duas formas estão corretas?
A palavra linguagem está presente nos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs) já indicando a intenção de que o estudante compreenda não somente a
linguagem verbal, mas também a não-verbal, ou seja, o mundo da imagem, pois a
Internet proporciona isso no mundo atual.
Mais do que dominar a língua e a fala, o aluno deve estar preparado para
produzir textos, criar, ter uma boa visão sobre o papel do homem, inter-relacionando
os conhecimentos adquiridos em todas as disciplinas e não somente na área de
História.
Ao deparar-se com um mundo tão tecnológico, o professor deve mostrar ao
aluno de que forma essas mudanças interferem em sua vida, em seu modo de
pensar e agir.
Jonathan Sterne (1999) sustenta que, entre as missões que os chamados
estudos culturais estão recebendo agora, está a de relativizar a ascensão da
cibercultura e das novas tecnologias de comunicação, via o questionamento das
narrativas que lhes conferem universalidade, cunho revolucionário, alteridade radical
em relação ao cotidiano e espírito imperialista de fronteira.
Os culturalistas se recusam a ver na tecnologia uma espécie de coisa e, com
isso, a sensação confortável de que o objeto de estudo pode ser claramente
delimitado. Os teóricos da corrente resistem à idéia de estudar o computador como
se fosse um simples equipamento, os programas e as redes que os conectam entre
si e com outros meios de comunicação. Em resumo, procuram entender a tecnologia
como uma forma de vida, uma articulação, um aparato ou conjunto dentro do qual o
agente flutua (Slack & Wise, 2002, p.480).
Ainda para Sterne, o ponto de partida ou matriz para feitura dessa linha de
pesquisa seria o estudo Television: technology and social form (1974), de Raymond
Williams. Segundo esse autor dos estudos culturais, as tecnologias, em última
instância, sempre são produto de um sistema social e de um processo histórico,
“desenvolvendo-se como um processo de inovação autônoma apenas na medida em
que falhamos em identificar e questionar suas reais determinações” (WILLIAMS,
1974, p.135).
Em resumo, “a tecnologia moderna é a tecnociência moderna tornando-se
autônoma e instrumental, sendo, na maioria das vezes, associada a projetos
políticos tecnocráticos e, como tais, futuristas e totalitários” (LEMOS, 2002, p.39).
Para o autor, verifica-se nos tempos modernos que, como querem os pensadores
fáusticos, o homem é possuído pela técnica e se torna objeto da máquina.
Não adianta ficar sentado, vendo tudo passar diante dos olhos, e muito
menos sonhar com o que poderia ser se não houver condições para que tais sonhos
possam vir a se tornar realidade. O problema é que mesmo a rede tendo uma
conectividade muito grande em escala mundial, e no caso do Brasil, ter praticamente
dobrado em cinco anos, de 20 milhões de usuários em 2006 (CARVALHO, 2006, p.
152) para cerca de 40 milhões de acessos distintos nos dias atuais, segundo a
comScore (2011, apud UOL Tecnologia, 2011), a grande maioria da população nem
mesmo tem acesso a um computador. É como estar dentro de um carro com 700
cavalos de potência e ele não ter combustível. Ou seja, para que o mundo virtual
possa favorecer a sociedade, as comunidades em quaisquer lugares, é preciso ter
estrutura, preparação e oportunidade.
Líderes de países por todo o globo terrestre estão começando a se mobilizar
neste sentido. Iniciaram o levantamento de questões sobre o futuro da Internet,
como as pessoas conseguirão adequar-se a ela, e quais os benefícios reais que
pode proporcionar à raça humana.
É algo ainda muito novo, mas que mesmo assim já pode ter um excelente
ponto de partida, interligando sua capacidade e seus recursos com a educação em
qualquer nível, desde os primeiros anos de escola primária até um processo de livre-
docência.
É preciso dar atenção especial ao momento pelo qual a História está
passando. A humanidade ainda está configurada na transição entre dois séculos
totalmente distintos, sendo um deles com forte inclinação ao passado, com
pensamentos tão arraigados que qualquer inovação ou forma de vida que proponha
uma visão diferente são taxadas a ferro e fogo. Já o outro se projeta ao futuro,
dando resquícios de que o relacionamento entre os seres humanos será (e já está
sendo) alterado num patamar sem precedentes.
De um lado está o conservadorismo, a resistência, o romantismo. Do outro,
a inovação, a mudança, a aventura. Explorar o desconhecido não é tarefa das mais
simples, porém, consegui-lo não é impossível. O confronto entre professores e
alunos nas salas de aulas há muito deixou de ser um relacionamento única e
exclusivamente entre “mestre sabe tudo” e “pupilo aceita tudo”. E, para incendiar
este ambiente, a Internet chegou como a promessa de algo que jamais passou pela
cabeça dos grandes pensadores e entusiastas mais famosos, por ser um meio inter-
relacional praticamente instantâneo e pela forma como está implantada, construída
sobre uma “jurisdição” completamente diferente daquela que se encontra em redes
de televisão, jornais impressos, formas de telecomunicações distintas, como por
exempo, o telefone etc.
A Internet, sendo a maior rede mundial de comunicação da atualidade, vem
alterando a forma de relacionamento entre as pessoas em toda a esfera terrestre.
Uma das grandes contribuições para este acontecimento foi sua rápida aderência
nos mais variados segmentos, seja na educação, no ramo alimentício, na política, na
ciência, dentre inúmeros outros. E tal aderência só se concretizou em virtude da
celeridade com que a tecnologia vem evoluindo, proporcionando novas concepções
e ferramentas cada vez mais acessíveis à grande massa, trabalhando com o intuito
de convergir pensamentos e ideais comuns, que se tornam cada vez mais ousados
e atrativos.
Esta rede monstruosa encurta distâncias, aproxima grupos sociais que
tenham o mesmo interesse, permite acesso a informações em tempo real, de
qualquer lugar do planeta, e instiga para vertentes que inúmeras pessoas nem
sequer sonhariam há alguns anos.
É por esta versatilidade e praticidade que passar horas a fio, diariamente, na
frente de um microcomputador, por exemplo, tornou-se ofício e lazer ao mesmo
tempo. Para que ler um jornal impresso, se pode ser lido diretamente no monitor?
Para que guardar fotos num álbum físico, ou vídeos em dispositivos de
armazenamento propícios, se eles podem ser compartilhados e vistos diretamente
de um computador na rede? Para que conversar com um vizinho por cima do muro
se é mais cômodo teclar com ele por um software de mensagens instantâneas?
Será que ainda é necessário enviar cartas a um amigo ou parente se é possível falar
com ele através de uma videoconferência on-line? Para que ir às lojas ou ao
supermercado se é melhor, menos estressante e mais barato, comprar os produtos
em seus respectivos sites? Para que ir ao cinema se os filmes podem ser
comprados numa loja virtual de produtos digitais e assistidos no conforto da própria
casa?
Fazendo uma analogia deste novo estilo de vida com a virtualização
estudada a fundo por Pierry Lévy em sua obra O que é o virtual, pode-se dizer que
eles se complementam, não porque estamos vivendo a era do virtual, com o
computador, televisão, rádio etc., mas porque o simples gesto de comprar um
produto através da Internet acarreta na transferência do supermercado, por
exemplo, do espaço físico para o meio digital. É claro que em algum lugar da face da
Terra existirá o estoque físico dos produtos vistos no portal da loja, mas o ponto
chave é que se deixa de ir até a loja para trazê-la inteira para dentro de nossos
lares.
Com tudo isso a apenas um clique, não há como negar que o estilo de vida
das pessoas, seja na comunidade local, num estado, num país ou num continente,
está sendo alterado profundamente. Já não se vive mais sem as facilidades das
novas tecnologias. É preciso estar conectado a tudo e a todos. Quem não se
atualizar estará fadado ao esquecimento e passará a fazer parte da periferia do
século XXI.
3.2 A Internet como ferramenta de aprendizado
A partir do momento que uma maior quantidade de pessoas tem acesso aos
computadores e, mais especificamente, à Internet, é chegada a hora de aprender
com ela, tendo um grau de importância elevado o “saber como aprender”.
Aprendizado constante deveria sempre fazer parte da vida de todos,
principalmente de um professor e uma professora, independentemente de uma
necessidade iminente ou obrigatória. Entretanto, muitos deles pararam no tempo e
acham que tudo o que absorveram até a graduação já é suficiente para dar
prosseguimento à sua profissão. A Internet acabou por colocar o carro na frente dos
bois e vem mudando a relação professor-aluno, pois com a quantidade de
informação disponível, não raras vezes, os próprios alunos já possuem um
conhecimento mais detalhado de determinado assunto do que seu professor.
As redes de informação aparecem cada vez mais como importantes canais para acesso e distribuição de informações [...]. Ela oferece o acesso direto a centenas de catálogos de bibliotecas, com milhões de livros e artigos, revistas científicas eletrônicas, discussão de grupos a respeito de inúmeros temas [...], catálogos e coleções de arquivos de dados de pesquisas (CARDOSO e VAINFAS, 1997, p. 613).
Se não bastasse este conteúdo mais formal, também existem comunidades
e fóruns, que são espaços reservados para discussão de todo e qualquer assunto,
com as mesmas aspirações. E sempre há pessoas que realmente sabem e querem
compartilhar o conhecimento que têm. Ficou simples saber de algo. Existem
incontáveis páginas de web que falam dos mais diversos temas, e em todo lugar, em
qualquer que seja o idioma, quebrando os obstáculos das crenças, dos costumes e
da retenção do conhecimento. Para facilitar ainda mais a utilização da Internet,
foram desenvolvidos portais de pesquisa instantânea, que varrem toda e rede em
busca de páginas que tenham disponibilizado seu conteúdo, relacionado à questão
em pauta, para consulta.
Há de se ter muito cuidado, porém, com este fascinante meio de navegação
pelos lugares mais longínquos do nosso planeta. Nem tudo o que se vê é digno de
confiança, pois a Internet tornou-se terra de ninguém. Por um lado, é bom, claro,
pois não há tanta burocracia, obstáculos a serem contornados, dependência deste
ou daquele meio para se atingir um determinado fim. Por outro, no entanto, pode
haver invenções, mentiras, falsidade, manipulação etc., por parte do emissor de uma
informação ou através de uma simples mensagem sobre determinado ponto de
vista. Uma notícia aferida por um portal, por exemplo, pode ser tendenciosa, de
acordo com o tipo de negociação feita com quem quer que seja e dos seus objetivos
comuns. Para evitar este risco ou, pelo menos, minimizá-lo, é necessário a
orientação correta, por pessoas que já estejam preparadas e mergulhadas neste
aquário de águas ainda muito turvas.
Esta preparação pode vir por parte dos próprios professores, mas muitos
deles ainda não têm, sequer, um mínimo de conhecimento para si mesmos. Sendo
assim, é muito importante instigá-los, estimulando ao desenvolvimento de pesquisas
que precisam de ferramentas tecnológicas atuais para isso, principalmente a
Internet. Mesmo sendo um caminho com muitas pedras, por ser algo recente, é
necessário ter que percorrê-lo para que a qualidade do próprio professor não venha
a cair e a fazer parte da já mencionada periferia do século XXI.
Então esta tecnologia soma, porque ela se combina com as necessidades concretas de um profissional que precisa de formação e informação contínua para a vida, e que não tem as disponibilidades de tempo de uma criança ou de um jovem (SAVAZONI e COHN, 2009, p. 30).
De fato, os autores têm razão, visto que existem muitos fatores que
envolvem a rotina de um professor. Seja com a família, seja com preparações de
conteúdos, ou com atividades junto à comunidade, a quantidade de tempo
disponível diminui consideravelmente, e estes profissionais podem encontrar na
Internet uma excelente aliada tanto para benefício próprio como para a
disseminação de aprendizados e raciocínios que acarretam o bem mútuo.
Uma vez que já se tenha um mínimo de conhecimento sobre a Internet e
sobre outras novas tecnologias que a agregam, de forma a tornar a prática algo mais
prazeroso, e que incite maior atenção por parte dos receptores, é hora de começar a
trilhar este caminho, aderindo às inovações dentro de uma sala de aula.
Ter um livro impresso nas mãos, doravante poderá ser apenas uma segunda
opção. É mais interessante ter todos os livros nas mãos, e não apenas um. Assistir
um filme ou ver imagens diretamente do próprio site criado por uma grande
personalidade, para que todos possam acessar na hora em que quiser no decorrer
da aula, ao invés de falar sobre ela, ou ler algumas páginas num livro com sua
história é, no mínimo, mais interativo, tornando-se algo mais emocionante,
consciente ou inconscientemente. O intuito da Internet numa sala de aula é de
agregar ao conteúdo da aula e, ao mesmo tempo, de chamar os alunos para uma
conversa de igual pra igual.
Compartilhando o racioncício de Umberto Eco, em sua conferência From
Internet to Gutenberg (1996), do original em inglês, hoje a questão educacional deve
abranger cuidadosamente as mídias disponíveis. Pois mesmo com os recursos
visuais, textuais e interativos que a rede oferece, o papel do livro impresso neste
contexto dificilmente será subtituído ou extinguido na sua íntegra nas próximas
décadas (CHARTIER, 2002, p. 107). Apesar de serem correntes relativamente
distintas (dependendo do ângulo de visão), ao se trabalhar de forma a articular
ambos os recursos, seus usufruidores só tem a ganhar.
Todo o mundo continua evoluindo, e todos os seres humanos precisam
acompanhar esta evolução. É inegável que a tecnologia já faz parte da vida
cotidiana e assim o será a cada novo amanhecer. No que tange à Internet, sempre
haverá uma forma de despertar os alunos para que corram em busca do
pensamento, pois são sempre sedentos por conhecimento, e diante de tudo o que já
veem na rede, uma forma muito segura de fortalecer os laços entre eles e seus
docentes é justamente inflamar o pensar, questionar, argumentar sobre o porquê
disso ou daquilo. Já que, segundo Lévi-Strauss apud Savazoni e Cohn (2009), as
diferenças passaram a ser interiores, nada melhor do que estimular o pensamento,
intrigar o óbvio para que se possa buscar uma resposta, e a cada resposta sempre
haverá uma nova pergunta que a rede mundial de computadores estará pronta para
ajudar. Nem sempre se conseguirá respostas satisfatórias, e é aí que cabe o novo, o
inexplorado, esperando para ser desbravado e entrar para os anais da Internet.
O uso da Internet na sala de aula não é só uma questão de tecnologia, pois
envolve outros aspectos da vida escolar. A comunicação agrega todos eles. Os
processos de comunicação que temos o costume de utilizar é o chamado modelo
estrela, ou seja, aquele em que existe um emissor e vários receptores. Esse modelo
também é o que se encontra na escola e vem se repetindo ao longo dos anos:
disciplinas compartimentadas, campos delimitados, aprendizagem individual com
pouca ou nenhuma negociação de sentido, o professor como emissor da informação
e o aluno como receptor.
Segundo Michel Sèrres, filósofo francês, “as novas tecnologias não trazem
novos desafios para à educação”, isto porque o real desafio da educação é vencer o
modelo autoritário da prática pedagógica e modificar o tipo de comunicação: do
modelo estrela para o modelo em rede, aquele em que todos são emissores e
receptores de informação, porque neste tipo de comunicação existem vários pontos
de interligação.
4 Encaminhamento metodológico
Como auxiliar o aluno a utilizar a internet como fonte de pesquisa para
melhorar seu conhecimento nas aulas de História? Esta é a pergunta para a qual se
tentou encontrar uma resposta com métodos que ajudaram no desenvolvimento
durante o trabalho de implementação na escola.
A inserção de recursos multimídia na escola pública do Estado do Paraná
ainda é recente e muitos educadores não utilizam o computador para melhor ajudar
seu aluno devido à falta de tempo, ou seja, por não ter algum material pronto. Sendo
assim, elaborou-se alguns recursos para agilizar as aulas via Internet.
Primeiramente, por meio de uma coleta de dados através de um questionário
(ver Questionário 1, do Apêndice A), foi feito um levantamento da situação dos
computadores na escola. O passo seguinte da pesquisa foi o diagnóstico da
situação dos alunos (ver Questionário 2, do Apêndice A), referente ao uso do
computador, com o objetivo de verificar qual o grau de conhecimento em informática
de um modo geral, como por exemplo, o domínio de um editor de textos, o uso de
um programa de apresentação de slides e os recursos que um navegador web tem
para realização de pesquisas. Além disso, outros recursos foram utilizados, como
livros didáticos, textos específicos relacionados ao conteúdo de História,
computadores com programas de escritório e Internet para realização de pesquisas
on-line, televisão, pendrive, giz e lousa.
Posteriormente à coleta de todas as informações, sugeriu-se trabalhar com
algumas atividades (disponíveis no Apêndice B) que possibilitam o usufruto da rede
como ferramenta de trabalho. A finalidade de tais práticas concentra-se em buscar a
formação de uma consciência histórica, de maneira simples e atrativa com a
utilização da Internet nas aulas de História.
5 Análise dos resultados
Visando uma melhor aprendizagem, a seguinte questão foi proposta: “a
Internet como poderoso instrumento educativo para inserção do educando no mundo
globalizado” e obteve-se alguns resultados significativos. Partindo da análise de que
a escola está distante do século XXI, e tendo uma real preocupação com o tirocínio
tecnológico, é que se chegou à conclusão de que este assunto deveria ser
trabalhado.
Para Pedro Demo (2009, p. 109), o conceito do novo gera insegurança para
muitos profissionais da educação, pois uma boa parcela dos professores, habituados
ao velhos métodos aos seus domínios, sente-se insegura com a mudança, a ponto
de oferecer resistência. A dificuldade de lidar com as novas tecnologias e o
constrangimento diante da facilidade com que os jovens as dominam, podem
explicar essa realidade. Ele ainda cita o agravamento dessa resistência docente pelo
receio da desvalorização do profissional, mas nos lembra que “as novas tecnologias
não eliminam o professor, ao contrário, o valorizam extremamente, mas na função
de ‘coach’”. Um conceito inovador em que o ‘coach’ ajuda o seu colaborador a
aprender, a descobrir as áreas de maior potencial de desenvolvimento, a
desenvolver a sua inteligência emocional, a fazer opções, a definir os seus próprios
objetivos, a analisar os seus próprios erros, bem como as suas causas e as formas
de corrigi-los, faculta-lhe informações e pistas que lhe permitam tomar opções e
efetuar decisões.
Como aderir aos recursos tecnológicos da escola para trabalhar História, se
muitos alunos não tem acesso à Internet e, inclusive, alguns não conhecem o
computador? Foi essa a situação encontrada, através da qual desenvolveu-se um
trabalho de implementação cujas verificações são descritas adiante.
Primeiramente, para saber a situação do alunos supracitados, com as
perguntas elaboradas para todos os 30 participantes para avaliar o nível de
conhecimento referente ao uso do computador, os seguintes resultados foram
contabilizados: quando se perguntou se conheciam o computador e seus recursos
básicos, 26 respostas para “sim” e 4 para “não”; no questionamento sobre o local de
utilização do computador, 16 respostas para “Lan House”, 4 para “em casa”, 6 para
“na casa de amigos”, 0 para “na escola”, e 4 para “não usa em nenhum lugar”;
somente 15 sabiam utilizar pelo menos um editor de textos; quando indagados sobre
onde aprenderam a usar o computador, 12 respostas para “em cursos oferecidos
pela Escola Despertar APAE em parceria com a Escola de Implementação”, 10 para
“Lan House”, 4 para “sozinho em casa”, 0 para “no laboratório de informática da
escola”, e 4 para “não sei usar o computador”. Após a coleta destes dados, a
implementação foi iniciada.
No princípio havia muita apreensão porque alguns alunos não tinham
contato nenhum com o computador. Para solucionar este problema foi preparado um
passo a passo para o primeiro contato com a máquina, como por exemplo, o acesso
à rede da escola e também ao site do Dia a Dia Educação, descrevendo link por link,
até encontrar as imagens necessárias à realização do trabalho. Por meio deste
impacto inicial a implementação das atividades foi, derradeiramente, iniciada. Houve
a necessidade da realização em turnos alternados, sendo quinze alunos numa
semana e quinze na outra, já que somente cerca de metade de todos os vinte
computadores estava funcionando. Em média, a cada semana ficavam dois ou três
alunos juntos num mesmo computador. De qualquer forma, todos os alunos tinham
acesso ao laboratório de informática a cada quinze dias.
Uma das atividades com maior aproveitamento foi aquela relacionada à Era
Vargas (ver Atividade 3, do Apêndice B). Os alunos tinham que procurar uma
imagem no portal Dia a Dia Educação usando o passo a passo e responder algumas
questões. Eles gostaram muito e alguns chegaram a dizer: “Porque nós vamos tão
pouco ao laboratório, sendo que é tão gostoso ter aulas no computador quando o
professor está junto com a gente para atender? - As aulas ficam mais gostosas”.
Esta foi uma das várias atividades aplicadas. Porém, um dos maiores pontos
negativos foi quando não funcionava nenhum computador, por problemas técnicos
ou de falta de consertos, e a aula deveria ser no laboratório. Neste caso, a aula com
as máquinas ficava para outro dia. Por outro lado, um dos maiores pontos de
incentivo ficou por conta de o interesse dos alunos pelas aulas de História ter
aumentado. As imagens que viam no computador eram mais interessantes do que
nos livros, e a empolgação aumentava. Outro ponto positivo constatado foi que os
professores que não gostavam muito de levar os alunos ao laboratório começaram a
perceber que estes comentavam muito sobre as aulas de História com o computador
e isso causou certo alvoroço naqueles. Desta forma, a eficácia do projeto tornou-se
extremamente perceptível.
Como resultado dessa implementação pude constatar que, primeiramente,
causou mudanças em mim mesmo, pois aprendi a gostar de trabalhar mais com os
computadores envolvendo a Internet nas aulas de História. A outra certeza é de que
o público-alvo foi atingido satisfatoriamente, tendo em vista o entusiasmo e o
aprendizado de alunos que não sabiam nada sobre computador e nunca haviam
trabalhado com o mesmo.
Pode-se afirmar que a implementação do Projeto PDE despertou maior
interesse tanto de alunos como de professores para os recursos tecnológicos, bem
como iniciou uma mudança referente ao uso dos computadores disponibilizado pela
escola, especialmente quanto ao uso da Internet, e refletiu positivamente na prática
do professor e na qualidade do ensino, contribuindo para uma melhor dinâmica com
a disciplina de História. Acarretou também uma melhor compreensão dos dizeres do
professor José Manuel Moran, onde:
Ensinar na e com a internet atinge resultados significativos quando se está integrado em um contexto estrutural de mudança do processo de ensino aprendizagem, no qual professores e alunos vivenciam formas de comunicação abertas de participação interpessoal e grupal efetiva (MORAN, 1995, p. 24-25).
Portanto, sugere-se uma reflexão sobre o grande valor do uso da Internet
nas aulas, e seus inúmeros benefícios, a qual é apresentada como um dos
caminhos para a renovação, extremamente necessária no campo educacional.
6 Conclusão
A relevância deste artigo está em compreender a importância do uso da
Internet na disciplina de História, pois possibilita o desenvolvimento de uma prática
metodológica eficente, mostrando-se constituir um instrumento indispensável à
compreensão da História.
Com esse material didático, espera-se que alunos adquiram conhecimento
sobre o uso correto dos computadores no aprendizado em geral, mas de modo
particular na disciplina de História.
Quanto à informação feita pela Internet, que é a maioria das atividades
disponibilizadas, tomou-se todos os cuidados para que as fontes disponíveis não
façam apenas uma busca em só aprender a usá-la. A função mediadora do
professor é fundamental para a busca da leitura crítica do que se pesquisa usando
as diferentes fontes de informação disponíveis nos sites. O ponto chave gira em
torno da esperança de que os alunos percebam a importância da Internet como um
meio para a obtenção de um resultado, mediado pelo professor, numa relação mais
democrática de aprendizado. Cabe aos professores orientá-los para mudar a forma
de ensinar e aprender desfrutando do uso da Tecnologia da Informação (TI). O
intuito, portanto, é despertar o interesse dos alunos pela Internet de forma mais
satisfatória, para que possam realizar trabalhos úteis às suas vidas, e não,
basicamente, utilizá-la para redes de relacionamento, como por exemplo o site Orkut
ou Facebook, ou ainda Twitter, dentre tantos outros. A finalidade esperada é que
eles saiam do Ensino Fundamental e Médio sabendo trabalhar com os meios
tecnológicos que a escola os oferecem, despertando para habilidades e
competências necessárias ao cotidiano.
A expectativa de estar contribuindo para uma melhor educação dos nossos
alunos, usando um dos recursos tecnológicos mais expressivos e, sem dúvida, uma
ferramenta indispensável para a atualidade, é muito gratificante e, claro,
extremamente prazerosa.
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APÊNDICE A – Questionários para a pesquisa de campo
Questionário 1 - Diagnóstico da situação dos computadores na escola
Quantos computadores são?
Qual o Sistema Operacional que é utilizado na escola?
Quantos computadores estão em funcionamento?
Os alunos têm acesso aos computadores da escola?
Questionário 2 - Diagnóstico da situação dos alunos, referente ao uso do
computador
1. Você conhece o computador e seus recursos básicos? ( ) sim ( ) não
2. Onde você usa o computador?
a)( )Lan House b)( )em casa c)( )na escola d)( )em casa de amigos
3. Assinale nos parênteses os programas utilizados pelo computador que você sabe
usar.
a)( )Editor de texto b)( )Apresentação de slide c)( )Planilha eletrônica
d)( )Outro. Especificar__________________e)( )Não sei usar
4. Onde aprendeu utilizar o computador?
a)( ) Cursos oferecidos em escolas de informática
b)( ) No laboratório de informática da escola
c)( ) Sozinho em casa, interagindo com o computador
d)( ) Não aprendi usar o computador
5. Qual é a freqüência do uso do computador ligado à internet?
a)( ) Todo dia
b)( ) Uma vez por semana em casa
c)( ) Nos finais de semana em casa
d)( ) Usa pelo menos uma vez por semana na escola
e)( ) Mais de uma vez por semana na escola
f) ( ) Uso na Lan House
g)( ) Não uso a internet
6. Utiliza a internet como fonte de pesquisa em seus trabalhos escolares?
( ) sim ( ) não
7. Você utiliza MSN? ( ) sim ( ) não
8. Você utiliza e-mail? ( ) sim ( ) não
9. Você tem twitter? ( ) sim ( ) não
10. Você tem Orkut? ( ) sim ( ) não
11. Você participa do Facebook? ( ) sim ( ) não
APÊNDICE B – Atividades para a pesquisa de campo
Atividade 1 - Trabalhando com documento
A Revolução de 1930
A letra de uma moda de viola intitulada Tempo ruim, composta pela dupla
Mandi e Sorocabinha, nos oferece alguma pista sobre a posição social na época.
Que pistas são estas?
Transcreva um trecho da música e comente sobre a mudança de governo
que os autores não compreendem e que eles não acham certo.
Que aspectos da realidade nacional os autores da canção consideraram
para expor na letra dessa música?
Para os compositores, quando a situação do país começou a se complicar?
MÚSICA
“O nosso tempo ta ruim
Em tudo eu não acho jeito
Sempre mudar de governo,
Sempre mudar de prefeito
É coisa que eu não compreendo
E eu não posso achar direito, aaai
Foi depois da Monarquia
Que houve complicação
Agora com a República
Tudo vai por votação
E a gente que não vota
Diz que não é cidadão, aaai
Todas as coisas ficou caro
Bem depressa, num instante
Alembro e tenho sôdade
Daquele tempo distante
Eu tinha quatro vintém
Mas valia que nem diamente, aaai
Eu pegava em dez mil reis
E surtia a minha casa
Pagava tudo vendeiro
E nada eu atrasava
Quando era fim da semana
Mantimento sobejava, aaai
Hoje eu pego em vinte mil réis
Vou na vila, fico besta
Eu gasto tudo os meus vinte
A compra cabe na cesta
Não sobra nem dez tostão
Pra mim comprar uma chupeta, aaai
Pois olha minha mulher
Vim pensando pro caminho
Pra comprar a mamadeira
Não sobrou nem um pouquinho
Dê de mamar pro pequeno
Arade o nosso filhinho, aaai
Mulher passa a preguntar
Se eu ouvi falar da eleição
E eu passo a contar
Tá feia a situação
O Vargas disse que ganha
Eu não sei se ganha ou não, aaai
Pois olha minha mulher
Na vila a coisa ta feia
Se falar mal do governo
Põe a gente na cadeia
E depois da carceragem
Não se tem pataca e meia, aaai”
Disponível em: . Acesso em: 26 jun. 2011.
Atividade 2 - Fórum de reflexão
Local: Laboratório de Informática
Usando duas turmas de mesma série e de turnos diferentes, organize um
fórum de reflexão, pode ser num Blog ou Orkut sobre um conteúdo que está
estudando no momento em História e que o conteúdo seja de interesse comum às
turmas de maneira que se estabeleça um debate com reflexões e troca de idéias
sobre tema.
Atividade 3 – Trabalhando com imagens
Vamos trabalhar com algumas figuras sobre a Revolução de 1930.
Escolheremos uma figura que nos chamou mais atenção pela internet e faremos
uma análise no caderno para depois debatermos em sala de aula.
Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2011.
Faremos a seguinte análise da figura encontrada:
Possui título?
Existem pessoas retratadas?
Quem são?
Como se vestem?
Como se portam?
Percebe-se hierarquia na representação?
Que objetos são retratados?
Como aparecem?
Que tipo de paisagem aparece?
Qual é o tempo retratado?
Há indícios de tempo histórico na representação?
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