NOVARO - Historia de la Argentina. Capítulo La conquista de la democracia y el agravamiento de la crisis

8/22/2019 NOVARO - Historia de la Argentina. Capítulo La conquista de la democracia y el agravamiento de la crisis

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M a r c o s Nov a r o

H i s t o r i a de

l a A r g e n t i n a1955-2010

v v v i s i g l o veintiuno

. AXXI editores

; = F U ND A C IÓ N



8. La c o n q u i s t a d e la d e m o c r a c i ay el agravam iento de la c r i s i s

Alfonsín fue el protagonista de una transición que la ciudadanía

vio como la solución de los males acumula dos durante décadas

de inestabilidad institucional y violencia. E n este marco, el líder

radical lograría derrotar al peronismo, al tie mpo que contribuiría

a cargar a la joven democracia con expectativas muy difíciles de

satisfacer. Una de las prioridades del nu evo gobierno fue juzgar

a los principales responsables del terrorismo de estado. La crea-

ción de la Conadep y el juicio a líos ex comandantes fueron con-

tundentes logros de esta política. Pero no impidieron que Alfon-

sín quedara pronto atrapado entre las presiones del movimiento

de derechos humanos por ampliar los juic ios y las de los militares

por detenerlos. En los demás terrenos, dificultades de este tipo

tardarían aún menos en aparecer. En el pla no sindical, la Ley de

Reforma impulsada por el Ejecuttivo fue rechazada en el Senado.

Y en el económico, aunque Alfomsín buscó conciliar el control de

la inflación con el aumento del eimpleo y los salarios, para probar

la comunión entre democracia :y justicia social, más allá de un

breve período del Plan Austral líos resultados fueron decepcio-

nantes. El peronismo, mientras tianto, atravesó un proceso de re-

novación que lo relegitimaría antte la soc iedad. Pero en el contex-

to de una intensa competencia electoral, la cooperación entre los

partidos resultó impracticable, jy esto, sumado a sublevaciones

militares, protestas gremiales y wn desfavorable contexto interna-cional, conduciría a la hiperinflacción y a la entrega anticipada del

poder a quien fue electo presidente en 1989.

L a p r ima ve r a a l f o n s i n i s ta

E l 30 d e oc t ubr e d e 1983 Raiúl A l fon s ín l ogr ó t r i unfar allí

d ond e t ant os habían fracasado en l as (d éc ad as ant er ior es : d er r o t ó a l

p e r o n i s m o e n elecciones l imp ia s , s i n i r e s t r i c c i o n e s , r e u n i e n d o n a d a



19 6 I i s o n a i I;i A r u o n i n n , H !. !>

menos que el 52% de los votos contra el 40% de ítalo L u d c r . L o lii/.o

convo cand o expectat ivas muy diversas bajo el abarcador manto de la

promesa de reparar los daños causados p o r e l Proceso, y en un sent id o

m ás a m p l i o , los ac umulad os en d éc ad as d e in es t ab i l id ad , v io lenc ia y

at r opel los a la Cons t i t uc ión. Pr esent ó a la U CR c omo e l "p a r t ido de la

d emoc r ac i a " y logr ó a t r aer a un e lec t or ad o q ue ex c ed ía c on creces al

suyo t ra d ic iona l , a derecha e izq uier d a d e l espectro, i n c o r p o r a n d o i n

cluso votantes populares hasta entonces f ieles al peronismo. Su campa

ñ a tuvo tres pilares fundamentales: invest igar y juzgar los c r ímenes d e l

t e r r o r i s m o de estado, d emoc r at izar las ins t i t uc iones y en par t ic ular loss ind ic a t os , y r eac tiv ar r ápid ament e la ec onom ía par a r ec uper ar los n i

veles d e empleo y sa lar io . E l c omún d eno mi nad o r fue la sobr est imac ión

de las posib il idad es de camb io, mo tivad a no sólo por las necesidades

pol í t ic as d e l nuev o gobi er no s ino p or e l opt im ism o gener a l izad o d e la

soc ied ad , q ue q uer ía creer que por f in era posible dejar atrás los males

q ue v enía pad ec iend o .

El t e r r e n o d o n d e m á s v e l o z m e n t e p u d o avanzar Alfonsín fue el de

los ju ic ios , aunq ue t am bién a l lí e l excesivo o p t i m i s m o p r o n t o pr ov o

c ó pr oblemas , q ue se sumar on a los pr opios d e un asunt o par t ic ular

m e n t e c o n f l i c t i v o y c omple jo . Las ev id enc ias sobre los c r ímenes , q ue

h a b í a n i d o a c u m u l á n d o se desde el final d e la guer r a d e M alv inas c on

el d esc u br im ien t o d e c ient os d e fosas c omunes , las confesiones de

a l g u n o s represores ar r epent i d os y la d i fus ión d e los t es t imon ios d e los

famil iar es gene r ar on un eno r me apoyo a los rec lamos d e " v er d ad y

j u s t i c i a " . E l entonces c and id at o r ad ic a l , a d i fer enc ia d e su par per onis

ta, no ac ept ó la aut oamnis t ía q ue la Junta dictó en su p r o p i o b e n e f i c i o

p o c o antes d e los c omic ios . Y se esme r ó en d e l ine ar lo q ue ser ían sus

in ic ia t iva s al respecto: p r o m o v e r e l j u i c i o a los pr inc ipa les responsa-

bles d e la r epr es ión i lega l c omo as imismo a las c úpulas guer r i l ler as ,

par a eq u i l i br ar las cosas entre " los dos responsables d e la v io lenc ia

pol í t ic a " , y a un núme r o ac ot ad o d e represores par ad igmát ic os q ue

h u b i e r a n c o m e t i d o actos abier t ament e i lega les (aunq ue no estaba

c lar o a q uiénes se inc lu ir ía en esta c at egor ía , d ad o q ue t od o e l pl anr epr es iv o t enía ese c ar ác t e r ) , d isc ulpan d o a aq uel los q ue só lo habían

" obed ec id o ó r d enes " . A l fons ín apo s t ó así a un a vía med ia : a t end er la

d ema nd a d e jus t ic i a d e los famil i ar es d e las v íc timas y la ex pec t a t iv a

más difusa de la sociedad al respecto, y logr ar la subor d inac ión d e los

of ic ia les en a ct iv ida d , q ue en su mayor ía ser ían d isc ulpad os aunq ue

h u b i e r a n t enid o a lguna par t ic ipac ión en la r epr es ión. Con este á n i m o

d ic t ó , a l asumir , un d ec r et o en e l q ue or d enab a e l juzg ami ent o , por

a ; o u

, . . ,

las propias fuerzas armadas, de los miembros de las tres pr imera» j u n -

tas del Proceso y de otros altos of ic iales .

L a f i es t a de l a dem oc r a c i a

La transición fue una fiesta de la democracia. La sociedad acompañó con

gran entusiasmo el proceso electoral. Centenares de miles de personas

asistieron a los actos de campaña, las marchas por los derechos huma-

nos, las protestas sindicales y vecinales, y millones participaron de las

campañas de afiliación y las internas de los partidos. El alborozo alcanzó

su punto culminante con la asunción de Alfonsín, el 10 de diciembre de

1983, cuando la sociedad en pleno se volcó a las calles. En su discurso

de ese día, el presidente identificó el fin de la dictadura "con la linea divi-

soria que separa una etapa de decadencia y disgregación de un porvenir

de progreso y bienestar".

Raúl Alfonsín habla a la multitud desde el Cabildo, 10 de diciembre de

1983. EFE. M

El menc ionad o d ec r et o se c omplet ó c on e l env ío d e un pr oyec t o d e

ley par a r e for mar e l Cód igo d e Justicia Mi l i t a r , q ue r ec onoc ía e l fuer o

especial d e q ue d is f r ut aban hasta entonces los unifo r mad o s per o habi

l i ta b a una instancia de revis ión a cargo de las cámaras federales , que

sería decis iva en caso d e q ue e l " aut o juzga mien t o" no d ier a r esul t ad o .

Suc ed ió , s in embar go , q ue d ur ant e e l t r a t amient o d e este pr oyec t o en



198 I listona do la Argon tina , !!)!)!> ' A )W

e l Senado, e l p a r t i d o de l os Sapag (e l M o v i m i e n t o P o p u l a r N c u q i i i n oq u e , c o m o e n l o s a ñ o s sesenta, g o b e r n a b a e n N e u q u é n ) hiz o pesar susd o s bancas, d a d a l a r e n u e n c i a a c o l a b o r a r d e l a p r i m e r a m i n o r í a e nm a n o s d e l p e r o n i s m o ( q u e r e u n í a a ll í 2 1 bancas, c o n t r a 1 8 d e l a U C R ) ,p a r a e x c l u i r d e l a d i s c u l p a p o r o b e d i e n c i a d e b i d a t o d o s l o s actos " a t n >-e es y a b e rr a n t e s " . E l l o p e r m i t í a a u m e n t a r n o t a b l e m e n t e l a c a n t i d a d d ep o t e n c i a l e s acusados y, l o q ue era a ún m á s p rob l em á t ico , vol v ía m uyd i f í c i l d e t e r m i n a r s u n ú m e r o . C u a n d o A l f o n s í n s e n e g ó a o r d e n a r as us l eg is l a dores , q ue era n m a yoría en l a Cá m a ra Baja, q ue v o lv ie ran a

v o t a r e l p r o y e c t o o r i g i n a l , o a ve t a r é l e l ca m bio i n t r o d u c i d o , p us o eneviden c ia s u inc l ina c ió n a a m p l ia r l as metas in ic ia l es , y a con f ia r en q ueel p r o b l e m a se r e s o l v e r ía c o n e l paso d e l t i e m p o .

E n esa v o l u n t a d d e a m p l i a c i ó n i n f l u y e r o n do s hechos: q u e , p o r e lm o m e n t o , p a r e c í a q u e l o s m i l i t a r e s n o t e n í a n f o r m a d e f r e n a r l a y q u e ,deb ido a l os pasos da dos p or e l gob ierno, l a s exp ec t a t iva s de l a o p i

n i ó n p ú b l i c a respecto d e l o s j u i c i o s h a b í a n a u m e n t a d o . Y t a m b i é n l o sp r o b l e m a s q u e p r o g r e s i v a m e n t e s e l e p r e se n t a b a n a l g o b i e r n o p a r a im -

p l em ent a r sus in ic ia t iva s en l os dem á s t e rren os . La v i c t o r i a m o r a l de lad e m o c r a c i a sobre e l a u t o r i t a r i s m o q u e e m a n a r í a d e l o s j u i c i o s e r a t a nnecesaria p a r a c o n s o l i d a r e l r é g i m e n c o m o p a r a m a n t e n e r l a v e n t a j ad e l o f i c i a l i s m o f r e n t e a l a o p o s i c i ó n , q u e l o c r i t i c ó desde u n c o m i e n z op o r l os dé f ic i t s econó m icos y sociales.

L a CONADEP

Formada también por decreto presidencial e integrada por intelectua

les, artistas y activistas de derechos humanos (la presidía Ernesto Sa-

bato y la integraban, entre otros, la periodista Magdalena Ruiz Guiñazúy la dirigente de la APDH Graciela Fernández Meijide), trabajó hastaseptiembre de 1984 recolectando testimonios detallados de los fami

liares de desaparecidos y los sobrevivientes de la represión. Redactó elNunca Más, un informe mucho más exhaustivo y desgarrador que el dela CIDH sobre el terrorismo de estado, que constituiría una invalorablefuente de pruebas para los juicios. El informe de la CONADEP también

le trajo problemas inesperados a la política oficial, pues una "verdadilimitada" no era fácil de compatibilizar con una justicia en cierta medidaacotada: lo que se había considerado difícil de juzgar y castigar hasta

ese momento se volvió, una vez conocido el informe, imposible deperdonar u olvidar.

I a oon<|iil.'ila do la i loa n «:i.'acla y i i l agia vani i onlo do la cr is in 199

In forme <ic iaC O MI S I O NN A C I O N A LSOBRE LADESAPARICIO]DE PERSONAS

Primera edición del informe Nunca Más, Í3uenos Aires, E udeba, 1985.

E l proceso c o n t r a l as Juntas s e in ic ió en e l Consejo S u p r e m o d e l a sFuerzas A r m a d a s . Pero a l a v e z m u c h o s j u z g a d o s o r d i n a r i o s i n i c i a r o nl os s uyos con t ra esos y o t r o s acusados, c . e bi d o a c i e n t o s d e d e m a n d a sd e l o s f a m i l i a r e s . E n s e p t i e m b r e d e 1 Í I 8 4 , l a C á m a r a F e d e r a l d e l ac i u d a d d e Buenos A ire s , e n c u y a c o m p o s i c i ó n e l g o b i e r n o s e h a b í aesmerado t a n t o c o m o e n l a d e l a C o r t e S u p r e m a , l e q u i t ó a l Consejo

la causa c o n t r a l o s e x c o m a n d a n t e s , p r e s t o q u e y a e r a e v i d e n t e q u ea l l í n o a v a n z a r í a . Pero o t r a s C á m a r a s d = l p a í s , i n t e g r a d a s e n m u c h o scasos p o r jueces d e l Proceso, n o a c e l e i a r o n n i u n i f i c a r o n las causas

q u e l e s c o r r e s p o n d í a n . M i e n t r a s t a n t o , se m u l t i p l i c a r o n l o s p l a n t e o sde of ic ia l es en a c t i v i d a d o r e t i r a d o s , sacerdotes y p o l í t i c o s c o n s e r v a

d o r e s , e i n c l u s o s i n d i c al i s ta s y p e r o n i s t a d e d e r e c h a , q u e a f i r m a b a nq u e l o s j u i c i o s e r a n " l a v i c t o r i a d e l a s u b v e r s i ó n p o r o t r o s m e d i o s " .C o n t r a l a p r e v i s i ó n o f i c i a l d e q u e l o s j v i c i o s acotados p e r m i t i r í a n s e p a r a r a l o s m á s i n v o l u c r a d o s e n l a r e p - e s i ó n d e l r e s to d e l a o f i c i a l i

d a d , las Fuerzas A r m a d a s e n p l e n o r e v i n d i c a b a n " l o a c t u a d o " . E ses e g u í a s i e n d o e l ú n i c o t e r r e n o e n e l q i e " h a b í a n t r i u n f a d o " y u n v a l ios o f a c t o r d e c o h e s i ó n i n t e r n a . A d e r r á s , A l f o n s í n n o p a r e c í a capaz

d e ofrecerles n u e v o s r o l e s i n s t i t u c i o n a l e s .



20 0 His tor ia de l a Argent ina, 1955- 2010

Los miembros de las J untas escuchan la lectura del fallo que las condena,

leído por el presidente de la Cámara Federal, León Arslanián, 9 de diciem

bre de 1985. Noticias Argentinas. Pool.

Las "hipótesis de con fli cto " tradiciona les que daro n invalidadas al avanzarse en la integración e con óm ica con Brasil y la solución p acífica de

los conflicto s limítrofes con Ch ile. En nov iem bre de 1984, Alfonsín con

v oc ó a un plebisc i t o par a aceptar o rechazar e l laud o ar bi t r a l d e l Vat i

cano por e l Canal d e Beagle, q ue m ayor men t e fav or ecía a l pa ís v ec ino :

aunq ue e l " S í " logr ó más d e l 60% d e r espald o , e l per onismo legis la t iv o

votó casi en bloque en contra e intentó agitar el avispero m i l i tar co n

la id ea d e q ue e l gobier no estaba r es ignand o sober anía . Por o t r o lad o ,

aunq ue la ad minis tr ac ión r ad ic a l se negó a firmar la paz con Gran Bre

taña e insist ió con operaciones en t orn o a Malvinas para elevar los cos-

tos de defensa de los britán icos, los nacionalistas c iviles y de u n i f o r m e lo

ac usar on d e c ont in uar la " v ergonzant e d esmalv inizac ión" empr end id a

p o r B i g n o n e . A l g u n o s f u e r o n inc luso más a l lá y d enunc iar on q ue e l

pl an era "destru ir a las Fuerzas A r mad as" . L a d r ás t ic a r ed uc c ión d el

pr esupues t o m i l i tar parecía darles la razón.

Por otro lado, los percances en la ec onomía y e l mund o d el t r aba jo

e stu vie ron a la or d en d el d ía desde los pr imer os meses de 1984. En am

bos t er r enos q ued ó d e man if ies t o q ue e l ant iguo " or d e n c or por at iv o"

-q ue A lfons ín c r e ía t ener e l mand at o d e s u p r i m i r - estaba m ás vivo de

lo q u e s u c o n t u n d e n t e vic tor ia electoral le había hecho pensar, y q ue

los desequilibr ios que le habían sido propio s, en particular la crónica y

La conq uista de la democra cia y el agrav amien to de la cr is is 201

m uy alta inflación, no sólo seguían presentes sino que se habían agra

va do. En suma, salvo en lo que respecta al actor m i l i tar , e l " v ie jo or d en "

t ar d aba en desaparecer y n o estaba para nada claro cómo podría ins

taurarse uno nuevo.

Esta c i r c uns t anc ia pr o nt o se h izo ev id ent e en e l c ampo s ind ic a l . Y en

ello se reveló también lo prob lemá tico de la posición g enera l que el al-

fons inismo asumía f r ent e a l per onismo. Recordemos q ue e l pr es id ent e

y su sector eran herederos directos de la tradición intransigente, la que

tanto en t iempos de F r o n d i z i c omo d e I l l ia había int ent ad o ar r ebat ar

de manos de Perón las banderas de la revolución nacional. Alfonsín

creyó que la prome sa de "democracia c on just ic ia social" con que había

logra do d er r ot ar a L ud er lo habi l i t aba par a recoger tanto el legado de

sus predecesores en la int r ans igenc ia , c omo e l d e l jefe ausente de los

derrotados, para "sintet izar lo mejor de las tradiciones polít icas p o p u

lares de la A r g e n t i n a " . Y e l lo par ec ía ser f ina lment e fac t ib le , ad emás ,

por q ue ahor a se d aban c ond ic iones q ue antes habían fa l t ad o : había

consenso d emoc r át ic o , no había v et o mili tar , y e l per onismo ya no po

d ía inv oc ar una l eg i t i m i d ad r ev oluc ionar ia ni e lec t or a l inapelable . Ha

bía l legad o e l momen t o , por t ant o , d e c onc r et ar los c ambios q ue una y

o t r a v ez se habían f r us t r ad o . E nt r e e l los , uno fu nd am ent a l : la r e for mad el " m o d e l o s indica l " por la q ue habían t r aba jad o d u r ant e la ges t ión d e

I l l ia v ar ios d e los más impor t ant es func ion ar ios d e l nuev o gobier no , en

tr e e l los B er nar d o G r i n s p u n , min istro d e E c onomía , y A n t o n i o Mu cci ,

t i tular de la cartera de Trabajo.

Gracias a Vi o l a , L i e n d o y Massera, e l Proceso había preservado lo más

i m p o r t a n t e de ese modelo. Pero, en opinión d el a l fons inismo, había

ayudado a volverlo u n a cascara v ac ía . L a " bur oc r ac ia s ind ic a l " , ad emás ,

había sido deslegit imada por la derrota electoral y por el "pacto m il i

tar-sindical" q ue A lfons ín ha bía d enun c iad o en la c ampaña y d e l q ue

d aba pr ueba la acelerada nor mal izac ión d e los gr emios , q ue e l nuev o

gobier no int er r umpió . Se t r a t aba entonces de darle el golpe de gracia,de separarla del todo de las bases, y tambié n de alejar la de los polít icos

per onis tas , q uienes pod r ían seguir ac t uand o c om o un a fuer za populis

ta conservadora, capaz de ganar elecciones en prov incias perifér icas de

trás de f iguras tradicionales. A l g o q u e esos l íd er es pr ov inc ia les habían

buscado c on ans ia , c omo v imos , en la époc a d e l neope r onism o.

De los once d is t r it os d ond e había t r i u n f a d o e l per onismo ( la U CR lo

había hecho sólo en siete) , la mayoría eran, en efecto, subdesarrollados

y perifér icos. Esa base " neoper onis t a" le había o t or gad o a l PJ la p r i m e

ra minoría en el Senado. Pero suc ed ió q ue esos senadores y gober na-



202 l listorla de la Argentina, 1 9 5 5 - 2 0 1 0

dores no co mpa rtían la idea de Alfonsín. Y sacaron a los gremialistas,

q ue ant año habían c ombat id o , d e un br et e q ue pod ía c ond uc ir los a

su extinción. En su decisión pesaron los fracasos ac umulad os desde la

mue r t e d e Per ón, y más q ue nad a , su muer t e misma: c on e l f u t u r o de l

p e r o n i s m o e n p e l igro , c ualq uier nuev a amenaza par ec ía m o r t a l y fo

ment aba e l sent id o d e c uer po . Pero también pesó la confianza que les

br ind ó e l t r i u n f o en tantas elecciones locales. Además, ident if ica r a A l -

fonsín y su proyecto con los intentos de desperonizar a los gremios que

se r emont ab an a la L iber t ad or a les per mit ía poner en t r e par ént es is su

" l egi t i m i d ad for m al " , e n n o m b r e d e u n a " l egi t i m i d ad real" que todavíaenc ar nar ían e l PJ y e l " pueblo per onis t a " . Y , por sobre t o d o , pesó un

m al c á lc ulo oficia l respecto de la vi l ip e ndia da bur oc r ac ia s ind ic a l : en

r igor de ve rda d, er a bastante más representat iva de las bases que los

gr upos gr emia les q ue apoyar on la r e for ma, aunq ue és t os fuer an más

democráticos en sus p rinc ip ios y plant eos .

E n concreto, la Ley de Reforma Sindical pretendía asegurar el pl ur a

l i smo en la elección de autorid ades y la tom a de decisiones, oto rgan do

representación a las minorías, mayor autonomía a las seccionales y los

d elegad os p or empr esa, e imp oni end o l ímites a la r ee lec c ión d e los

d ir igent es y un mayor c o n t r o l sobre el manejo de recursos. Fue apro

bad a en Dip ut ad os , per o c uan d o l legó a l Senado, en marzo de 1984,la opos ic ión en b loq ue d el per onismo, a la q ue se sumar on los Sapag,

determinó su rechazo. Fue un baldazo de agua helada para la estra

t egia gener a l c on q ue e l gobier no buscaba consolidarse en el poder .

M u c c i fue desplazado y su reemplazante debió ceder a casi todas las

pretensiones de los sindicalistas peronistas para regular la renovación

de autoridade s en los grem ios. De esa situación resu ltaron , ademá s de

u n b u e n n ú m e r o d e reelecciones, algunas condu cciones renova doras

que se alinearon con Los 25 o con U b a l d i n i , mient r as q ue la izq uier d a

y los radicales, que habían apoyado la iniciativa r e f o r m i st a , p e r d i e r o n

peso o a duras penas logr a r on c onser var e l q ue t enían.

E l fracaso de M u c c i pr obó q ue e l per onismo seguía e j er c iend o un

pod er suf ic ient e par a b loq uear aq uel los c ambios q ue p u die ra n p e r j u

dica r lo , y q ue no se d esmembr ar ía . E l in t ent o d e r e for m a inc luso lo

había u ni f i ca do, sobre todo en el ámbito sin dical: la CGT-Brasil , q ue

reun ía a Las 62 y Los 25, y la CGT-Azo pardo , hered era de la CNT de

T r iac a , habían conf lu ido par a enfr ent ar lo en una CGT únic a c on una

c ond uc c ió n c o legiad a . T r iac a , o t r or a par ad igma d el par t ic ipac ionismo,

consciente de la necesidad de frenar la inflación, había sido también el

más dispuesto a acordar polít icas económicas con Alfonsín. Pero, dada

I a coi K | i l is ia du la di inmo lad a y ol a(| iavamionl<> do la on.sir, 203

la pr i or i d ad q ue és t e d io a la " luc ha c ont r a la bur oc r ac ia " , " A zopar -

d o " decidió reincorporarse a Las 62, olvida ndo su desconfianza hacia

el mét od o d e " go lpear y negoc iar " . Com o consecuencia, a p rinc ip ios de

sept iembr e , mient r as e l gobier no int ent aba sentar a los gr emios en u na

mesa d e c onc er t ac ión c on e l empr esar iad o par a ac or d ar pr ec ios y sala-

rios y evitar la hiperinflación (en la segunda m i t a d de 1984 se llegaría

a u n r i t m o d el 1000% anu al ) , la CGT uni f ic ad a r ea l izó su p r i m e r par o

gener a l par a ex igir la inmed ia t a aper t ur a d e las par i t ar ias, cerradas des-

de 1975. Su siguiente paso fue la for mac ión d el " gr u po d e los 11" c on

las entidades empresariales y la redacción con jun ta de una lista de reclamos (los "20 pun tos" , que luego serían 26), que inclu ía el aum ento

de l gasto público, de los salar ios y de los subsidios a la producción, la

reducc ión de los impuestos y las tasas de interés , y la react ivación de la

obr a públ ic a . E l c ont r ad ic t or io li s t ad o se pr esent aba c omo la v oz d e l

"país real" , frente al "país legal" que encarnaba A lfons ín.

Alfonsín se había estado esmer and o por c u m p l i r otra promesa de cam

paña : " c ombat i r la inf lac ión y a l mismo t iempo hacer crecer el salario

real , y a l mismo t iemp o hacer crecer la ec onomía" . De hec ho , en la pri

mer a m i tad de 1984 pareció encaminado a logra r lo : los índices de pre

cios bajaron a alrededor del 12% mensu al y los salar ios se recupera ron

hasta representar el 40% del PBI. Pero, contra lo que el p r o p i o Alfonsíny la opinión pública en general creían, los salar ios de f ines de 1983 se

asemejaban más a los de f ines del gobie rno p eronista que a los de 198 1, y

eran completamente insostenibles en medio de la cr isis económica y fis

cal. Ello se comprobó desde mediado s de 1984, cuan do el alza de precios

les ganó la carrera p or varios cuerpos y p e r d i e r o n e l t er r eno r ec uper ad o

desde la guerra de Malvinas. Grinspun fu e entonces obl igad o a firmar u n

acuerdo con el F M I , que oto rgó créditos para pagar los intereses atrasados

de la d euda y reforzar las reservas a c ambio d e un pl an a nt i in f la c iona r io ,

consistente en retrasar los aum entos d e tarifas y salarios. Sin em bar go, la

inflación no se detuvo. Objeta do ahora tan to por quienes creían qu e no

se esforzaba en hacer el ajuste, como por quienes lo acusaban de haberse

re ndido a sus exigencias, en febrero de 1985 dejó su cargo.

U b a ld i n i : " v o c e r o " d e l o s r e c l a m o s s oc i a l es

Saúl Ubaldini cobró vuelo propio desde el conflicto por la ley Mucci: dejó

de ser un simple vocero de Lorenzo Miguel para convertirse en el más

destacado dirigente de la CGT. P ronto sería confirmado como su único



204 I l istar ía de la Argen tina, 1955 -20 10

secretario general, desplazando a Triaca y a los demás integrantes de

la dirección colegiada. Su pertenencia a un sindicato pequeño fue una

ventaja y no un obstáculo para transformarse en el portavoz de reclamos

sociales más amplios que los sindicales, los de los sectores populares

informalizados y empobrecidos, y en el rostro de una estrategia de opo

sición inclemente que recuperaba la tradición de la Resistencia. Ubaldini

tomó por costumbre afirmar que "la verdadera democracia era el pueblo

feliz", a lo que el presidente retrucó identificándolo como el máximo expo

nente de una "oposición irresponsable".

Saúl Ubaldini, líder de la Comisión de Los 25. Revista 7 Días, año XV,

núm. 798, septiembre de 1982.

Su caída puso f in a la apuesta que ha bía hecho Alfonsín para, con simples medidas react ivadoras , levantar las persianas de las fábricas cerra

das y recuperar el empleo y los niveles de i g u al dad social previos ald e r r u m b e . N i n g u n o de los problemas estructurales que lo habían pr o

vo ca do ha bía des a pa recido y alguno s inclus o seguía n em peo ra n do . Le va nt a r esas persianas no era fácil , ante t o d o , po rque no s ó lo o cul t a ba nu n a ca ída c i rcuns t a ncia l de la dem a nda . La s empresas carecían de cap i t a l , ha bía n p e r d i d o sus proveedores y sus clientes . En consecuencia,

los est ímulos de G r i n s p u n - pro t ecc io nes co m ercia les , crédi t o s baratos

y a um en t o s s a la r iales - ha cía n sobre t o do s ubir lo s precio s y co nven cía n

L a conquista de la democraola y el agravamiento de la cr is is 205

a los eventuales inversores de que el dólar seguiría también subiendo,po r lo que les co nvenía co nt inu a r f uga ndo ca pit a les ( e l to ta l de f o ndo sa rgent ino s en e l ext er io r l l ega ba ya a uno s 4 3 0 0 0 m i l lo nes de dó la res ,s u m a casi equiva lent e a l to ta l de la deuda ext erna ) .

La s tasas de int erés in t erna cio na les t a m bién s eguía n po r la s nubes .Méx ico ha bía de j a do de pa ga r s u deuda en 1 9 8 2 , y s u i n c u m p l i m i e n t oendureció e l t ra t o que lo s bancos y go bierno s centrales o f rec ía n a lres t o de lo s deudo res . El pedido de Al f o ns ín de renego cia r lo s pa s i vo s de l pa í s en co ndic io nes que le p e r m i t i e r a n crecer y a s egura ra n

la es t a b i l ida d de s u na cient e dem o cra cia no tuv o , p o r e l l o , u n g r a ne c o . L l a m a t i v a m e n t e , r e c i b i ó u n a respuesta m á s i n d i f e r e n t e d e E u r o p a - i n c l u i d o s lo s go bierno s s o cia ldem ó cra t a s de Es pa ña y Fra ncia ,co n lo s que t enía m a yo r a f i n i d a d - que de l pres ident e es t a do unidens eR o n a l d Reagan. És t e bus có a l menos restablecer lo s lazos rotos a raízde la guerra y pre t endió usar e l e j e m p l o a r g e n t i n o p a r a a p u n t a l a rel na cient e proceso de dem o cra t iz a ció n en e l Co no S ur : A r g e n t i n adebía mostrar a sus vecinos las ventajas de una vía a l t e rna t iva ent rela s dict a dura s y la revo lució n ( e l auge de la g u e rr i l l a chi lena en es em o m e n t o p r e o c u p a b a especialmente a W a s hingt o n) . De a l l í que e lgo bierno de lo s Estados Unido s s e t ra ns f o rm a ra en e l m á s a ct ivo p r o

m o t o r d e sucesivas dis culpa s po r lo s retrasos en e l pa go de int ere ses y por el i n c u m p l i m i e n t o de las condiciones con que se aceptaban

lo s cada vez más abultado s créd itos de los organ ismo s f inancieros (elF M I , el Banco M u n d i a l y e l BI D ) . As í , s iguió increm ent á n do s e e l m o n t o a d e u d a d o ( e n pocos a ño s s upera r ía lo s 6 0 00 0 m i l lo nes de dó la res )pero se ganaba t i e m p o p a r a buscar otra solución: que bajaran las tasas

o b ien que la eco no m í a a rge nt ina repunt a ra . Al f o ns ín , po r s u pa rt e ,ha b ía l l ega d o a la co nclus ió n de que i r a b iert a m ent e a l default s u p o n í au n r ies go excesivo pa ra la es t a b i l ida d po l ít i ca , po r e l a gra va m ient o dela cr i si s y e l a i s la m ien t o int ern a cio na l que pro vo ca r ía en lo i n m e d i a t o .T a m b i é n tuvo q u e descartar la que f uera su pro pu es t a de ca m p a ña eneste t e r r e n o : di s t i n g u i r la "deuda leg í t im a de la i l eg í t im a " y re t ro t ra er

las cosas a l m o m e n t o p re vi o a la estat ización de los pasivos empresar ia les . De i n t e n t a r l o , se enemistaría con los capitalis tas , cuyas i n ve rs i o ne s estaba t ra t a ndo de ca pt a r , y co rrer ía e. r ies go de que le cediera nsus empresas q u e b r ad a s y l a e c o n o m í a t e r m i n a r a d e d e r r u m b a r s e . D em o d o que a cep t ó e l ca m ino que s e le o f rec ía . Y en e l ín t er in s e ded icóa explo ra r o t ra p osi b i l i dad : una nego cia ció n co n j un t a co n Bra s i l yMéx ico , p o r la que ba t a l la r ía en lo s a ño s siguient es , co n t ra la s i s tem á t ica resistencia de los bancos acreedores.

206 I l istona (lo la Aluon l ina, !!)!>!> 201 0



E l p r i m e r p l a n ec o n ó mi c o d e A l f o n s ín n o s o l o ha bía i gn o r a d o l a

c o m p l e j i d a d de esta si tuación externa s ino las nuevas relaciones de po

d er en l a ec o n o mía . L a c o n c en t r a c i ó n d e r ec ur s o s en pocos gr a n d es

g r u p o s , la centra l ida d de la acum ulación f inanciera en éstos y la rapidez,

c o n q ue p o d ía n b l o q uea r c ua l q ui er in ic ia t iva que los afectara f u e r o n

u n a s o r p r es a , n o s ó l o p a r a A l f o n s ín s i n o p a r a buen a p a r t e d e l a d i r i

gen c i a civi l , q ue ha bía estado a l e j a d a d e l a f un c i ó n p úbl i c a e i n c l us o

de l c o n t a c t o c o n l o s actores e c o n ó m i c o s d u r a n t e d e m a s i a d o t i e m p o .

L o q ue es a d i r i ge n c i a sa bía d e a q ue l l o s c a mbi o s l a ha bía c o n v e n c i d o

de buscar un a d em o c r a c i a q ue " r ee q ui l i br a r a l as cosas" y restablecierael " emp a t e" en t r e e l t r a ba j o y e l c a p i t a l . Y l a r e l a t i v a ausencia de los

gr a n d es emp r es a r i o s d u r a n t e l a t r a n s i c ió n , consecuencia d e su m o m e n

t á n ea f a l t a d e p r o yec t o p o l í t i c o , ha bía d es p er t a d o c i e r t o o p t i m i s mo a l

r e s p ec to . O p t i m i s m o q u e esos intereses c o n c e n tr a d o s d e s m i n t i e r o n e n

c u a n t o l a e c o n o m í a q u e d ó d e n u e v o , i g u a l que en 1975, a l bor de de la

hi p er i n f l a c i ó n , y l a c a r r er a d et r á s d e l d ó l a r p us o en e v i d en c i a s u p o d er

de veto contra las pol ít icas que no los sat isf ic ieran.

L a c r i s i s , q ue s e p r o l o n ga ba ya muc ho má s d e l o q ue ha bía s i d o ha

bi t ua l en las fases recesivas d el p a s a d o , p r o v o c ó a ún o t r o s efectos. E n

p r i m e r l uga r , vo l vi ó a a l i men t a r l o s r ec l a mo s c o n t r a l a i n f l a c i ó n q ue

h a b í a n a c o m p a ñ a d o e l i n i c i o d e l Proceso. Para q ui en es a s umía n es e

r ec l a mo , e l p r o bl ema n o r a d i c a ba en l o q ue M a r t ín ez d e H o z ha bía

hecho s i n o en l o q ue n o ha bía l o gr a d o hacer, c o n l o q ue s e d i o n uev o

i m p u l s o a los planteos ant iestat istas : era necesario m o d e r n i z a r l os ser-

vicios públ icos y la act iv idad produ ct iva en gen er a l ( es d ec i r , a umen t a r

la i n v er s i ó n ) p a r a crecer y gen er a r em p l eo ge n ui n o , y es o s ó l o p o d r ía

l o gr a r s e r ed uc i en d o e l "gasto p úbl i c o i m p r o d u c t i v o " . Este r u b r o p o d í a

i n c l u i r , s egún e l gr a d o d e r a d i c a l i d a d c o n q ue s e a br a z a ra esta perspec-

tiva, desde e l s o br eemp l eo en empresas p úbl i c a s y en l a a d m i n i s t r a c ió n

públ ica , pasando por los subsidios a todo t i p o de actores e c o n ó m i c o s ,

hasta e l c o n j u n t o d e l gasto en e d uc a c i ó n y s a l ud . L o c i e r t o es q ue n o

f a l t a ba n d a to s q ue a bo n a r a n esta tesi tura : entre 1980 y 1987, la p l a n t i l l a

c r ec er ía e l 1 5 % en e l estado n a c i o n a l y n a d a men o s q u e e l 2 8 % e n l o sprovinc ia le s , mi en t r a s q ue en 1 9 8 5 l a i n v er s i ó n ha bía c a íd o a l 1 0 % d e l

PBI , men o s d e l a m i t a d que en 1980. Con t o d o , l a o p i n i ó n q ue a l e r t a ba

sobre estos p r o bl ema s s egui r ía s i en d o m i n o r i t a r i a en e l e l ec t o r a d o y

en l o s gr up o s d e i n t er és , e i n c l us o en t r e l o s emp r es a r i o s, q ue p r e f er ía n

q ue e l estado s e en d eud a r a p a r a sostener los subsidios, el consumo y

el em p l eo . Y s i b i en f ue ga n a n d o a d ep t o s en e l p a r t i d o o f i c i a l , l o hi z o

l en t a y p a r c i a l men t e .

I a oí )in|i lisia (lo la i lomi« : I ; H :ia y ol ai |rava mlon lo i lo la crisis 207

Un breve verano

M i e n t r a s tanto, lo que sí había ganado adeptos en las f i las del radica

l i sm o er a l a c o n v i c c i ó n d e q ue c o n t r o l a r l a i n f l a c i ó n er a l a p r i o r i d a d .

C on esa idea asumió el cargo el nuevo m i n i s t r o d e E c o n o m í a , Juan

S o u r r o u i l l e , q u i e n p o n d r í a e n m a r c h a e n j u n i o d e 19 8 5 un p r o gr a m a

a r t i c u l a d o , basado en e l c o n ge l a mi en t o s i mul t á n eo d e t o d o s l o s p r e

cios d e l a ec o n o mía , l a i n s t a ur a c i ó n d e un a n uev a mo n ed a n a c i o n a l

- e l A u s t r a l - y la d es i n d ex a c i ó n d e t o d o s l os c o n t r a t o s p a r a d et en er l a

i n er c i a i n f l a c i o n a r i a q ue , c o m o v i mo s , r ep r o d uc ía ha c i a e l f u t u r o lai n f l a c i ó n p a s a d a. E l p r o gr a m a o bt uv o e l r es p a l d o d e W a s h i n gt o n , q ue

o bl i gó a l FM I a a p o ya r l o c o n n uev o s c r éd i t o s ( p o r un o s 4000 m i l l o n e s

d e d ó l a r es ) y p er d o n a r e l i n c u m p l i m i e n t o de los anteriores. Eso, más

la i n s t r umen t a c i ó n p o r s or p r es a d e l p r o gr a ma , l e p er mi t i ó a So ur r o ui

ll e d i s m i n u i r d r á s t i c a men t e l o s ín d i c es d e p r ec i o s : d e l 3 0,5 % en j u n i o

c a yer o n a cerca d el 2 % en t r e o c t ubr e d e ese a ño y f ebr er o d e 1 9 8 6, l o s

m ás bajos en un a d éc a d a . Se l o gr ó a d emá s ev i t a r l a c a íd a en e l n i v e l

de act iv idad q u e suele a c o m p a ñ a r a l os ajustes, e i n c l us o p r o d u c i r u n a

mo d er a d a r ea c t i v a c i ó n .

Esa react ivación se hizo sent ir especia lmente en la i n d us t r i a , que se

guía s i en d o priv i le g iada p o r e l go bi e r n o : mi en t r a s se m a n t u v i er o n l asreten ciones a las expor tacione s agropecua rias , las indus tr ia les recibie

r o n n uev o s s ubs id i o s . E l l o s up us o un a c er c a m i en t o n o s ó l o a l a U I A

sino a los "capitanes de la i n d u s t r i a " , y a q u e e l g o b i e r n o apostaba a

qu e esos gr up o s ec o n ó mi c o s r ep a t r i a r a n c a p i t a l es p a r a inve rt i r los en l a

p r o d uc c i ó n d e bienes ex p o r t a bl es . A s u en t en d er , eso p er m i t i r ía v o l v er

a crecer y a l mi s mo t i e m p o p a ga r l o s s er vi ci os d e l a d eu d a ex t er n a . S i n

emba r go , es e s a l t o ex p o r t a d o r t a r d a r ía en p r o d uc i r s e y , mi en t r a s t a n t o ,

el go bi er n o s e en emi s t ó c o n l a s en t i d a d es d e l c a mp o , q ue i n i c i a r o n

u n a serie de protestas contra las retenciones. Para c o l m o , estos t r ib u tos

p r o n t o se v o l v i er o n i n s o s ten i b l es d ebi d o a gr av es i n un d a c i o n es y a l a

caída de los precios inte rna ciona les de los a l im ento s (entre 1980 y 1986

r e t r o c e d i e r o n alre ded or del 30%) . Ese sería , f inalmente, e l ta lón de

A q u i le s d e l p l a n .

E l Aus t r a l t a mbi én me r ec i ó l a d es a p r o ba c ió n d e l p er o n i s m o : sus l e

g i s la d o r es q ui s i e r o n d ec l a r a r l o i n c o n s t i t uc i o n a l p o r ha ber s i d o de c id i

d o p o r d ec r e t o . Y a d emá s se o p u s i er o n i l a d es r egul a c i ó n d e l sector

p e t r o l e r o , objeto de una ya histórica discusión y recurso a l que el go

b i e r n o apostaba p a r a a t r a er i n v er s i o n es « t er n a s . L a C GT , p o r s u p a r t e ,

convocó a dos nuevos paros generales c o n t r a e l a c uer d o c o n e l FM I y e l

20 8 Historia de la Argentina, 1955- 2010 | ,., con, | , „ . ; | ; l , |,. 1.1 (li •un K I . I I 1 1 v "I í i i | invaini( inl i i i ln I; ¡r . 20!)



c ongelamient o d e los salarios (pese a q ue d ur ant e I986 éstos rondarían

el 4 4 % d e l P B I ) .

E l hecho d e q ue , mient r as oc ur r ía t od o esto, la Cámara Federal

avanzara en el j u i c i o a los ex c omand ant es fue muy impor t an t e para r l

gobier no . Sus sesiones públ ic as , q ue m ost r aban a q uienes poc o t i em

p o atrás habían ejercido un poder sin límite sentados en e l banq ui l lo

mientras en el estrado desfilaban las pruebas de sus cr ímenes, c onl i i

mar ón la eficacia de las inst ituciones de la Constitución. Para a lgunos

procesistas fue la gota que rebasó el vaso: hubo atentados contra locales

radicales y de organismos de derechos humanos e inc luso conatos deatentados contra la vida de Alfonsín. Pero esos ataques n o l o g r a r o n

convencer a la opinión p úbl ic a d e q ue e l gobier n o estaba y e n d o dema-

siado lejos c on los ju ic ios , s ino más b ie n d e lo c on t r ar io : d e q ue e l los

eran necesarios par a c or t ar le de f in i t iva me nte las alas a la viole nc ia . Fu e

así que el consenso hacia las polít icas ofic iales aum entó. Y de paso se

preservó la escena mo ntad a en 1983 y que m ás les conven ía a Alfonsín y

la U CR: un a d ond e la d emoc r ac ia , q ue e l los enc ar naban, enfr ent aba a

lo s remanentes aut or i t ar ios , q ue no só lo abarcaban a los militares pro

cesistas s ino t ambién a buena par t e d e l per onism o, ya fuer a por " ir r es

p o n s a b i l i d a d " o po r nos t a lgia d e l pod er p e rdido.

Esto, sumad o a l éx i t o i n i c i a l d e l pl an Austr a l , bastó para que en laselecciones de renovación parcial de la Cáma ra de Diputa dos, en no

viem bre de 1985, el ofic ialism o retuviera la mayor parte de sus votos de

1983 (sumó el 43,2% en to do el país y tr iunfó en la mayor parte de las

p rovinc ia s peronistas) . Sin embargo, los resultados i n d i c a r o n también

q ue per d ía t er r eno , sobre todo a man os de fuerzas provin ciales y de

c ent r od er ec ha y en los sectores popular es , d ond e ni la r ec uper ac ión

p a rc ia l de los salar ios ni otras medidas com o el Plan A l i m e n t a r i o Na

c iona l ( P A N ) , que distr ibuía comida entre las familias indigentes, el

Plan de Alfabetización o el subsidio por desempleo bastaron para des-

m e n t i r la cr ít ica que le hacían los peronistas: que su gobierno no tenía

v ol untad , c apac id ad o ninguna d e las d os cosas par a t er minar c on la

ex c lus ión. Para esos sectores desprotegidos no era tan evidente que el

p e r o n i s m o f u e r a u n "resabio d e l pasado viole nto y a u tor i ta r io" ; en cam

b io apar ec ía , más gener a lment e , c omo e l r ec uer d o d e una époc a en la

q ue habían vivido mu c ho m ejor , y c omo e l c am ino par a v o lv er a e l la .

La vic tor ia r ad ic a l fue pr od uc t o , más q ue d e un avance p r o p i o , de

la división de los peronistas en distintas listas. Esta división, a su vez,

también dificultó que los radicales p u die ra n hacer pie más firmemente

en los sectores bajos de la población. Yes que, entretanto, en el PJ se

habían agudizado los conIIic ios entre los "ortodoxos" , alineados detrás

d e L or enzo M i g u e l y d e l c a u d i l l o c a l a m a r q u e ñ o V i c e n t e Saadi (un ex

neopei onis t a c ine r eemplazó a l je t é d e la U O M en la c ond uc c ión d el

p a r t i d o ) , y los " r enov ad or es " c omo A n t o n i o C a ñ e r o , C a r l o s M e n e m ,

gober nad or d e L a Rio ja , y e l por t e ño Car los Grosso, q ue r ec lamaban

d emoc r ac ia in t er na . L os r enov ad or es pr esent a r on l is tas pr opias en v a

rios distritos, entre ellos la p r o v i n c i a de Buenos Aires, donde los cafie-

i istas casi t r i p l i c ar on los votos del PJ de H e r m i n i o Iglesias. Los esfuerzos

de Alfonsín para regenerar a los actores no habían t enid o ec o en los

u ni f orma dos, t ampoc o en los gr emia l is t as ni en e l empr esar iad o . L oenc ont r ar on pr ec isament e a l l í d ond e no lo hab ían busc ad o : en e l a la

pol í t i c a d e l per onismo, gracias a los renovadores. Y, a raíz de ello, el

gobier no t end r ía q ue l idiar c on una c ompet enc ia e lec t or a l cada vez

m ás d ur a .

E l freno a la inflación, la v i c t o r i a parcial en las parlamentarias y la

c onc lus ión d el j u i c i o a los ex c oman d ant e s , q ue f u e ron c ond enad os

en d ic iembr e (Vid ela , Massera y A g o s t i a r ec lus ión per pet ua ; los d emás

a ent r e 6 y 20 años d e pr is ión) , ina ug ur a r on la époc a d e glor ia de A l -

fons ín. E l pr es id ent e c r eyó entonces q ue " lo peor hab ía pasad o" y q ue

había l legad o e l mom ent o d e c on c r et a r sus pr oyec t os más ambic iosos .

A s í lo anunc iar ía en un extenso d i s c u r s o p r o n u n c i a d o ante la c onv en

c ión d e la U CR, en e l q ue r e sum ió sus planes par a e l pa ís : mod er niza

ción económica, ét ica de la s o l i d a r i d a d y d emoc r ac ia participativa, u n a

versión socialdemócrata de los lemas just ic ialistas (soberanía polít ica,

i n d e p e n d e n c i a e c o n ó m i c a y j u s t i c i a social) en la q ue c onf luían ciertas

ideas d e izq uier d a , e l l iber a l i smo pol í t i c o y la t r ad ic ión " nac ion al y po

p u la r" d e l y r ig o y e n i sm o y e l p e r o n i s m o .

" U n a dem oc r a c ia c a r ga da de v a lo r es "

Los intelectuales alfonsinistas que redactaron el "discurso de P arque

Norte" para la convención radical, entre los que se destacaban lossociólogos E milio de ípola y J ua n C arlos P ortantiero (cabales representan-

tes de una izquierda que, de vuelta en el país tras el exilio, revalorizó la

"democracia formal"), dieron letra e impulso a Alfonsín para que afiliara la

UCR a la InternacionalSocialista y concibiera su futuro asociado a la

realización de una "democracia cargada de valores". E ntre estos valores

sobresalía, claro, la justicia social. Los renovadores les contestarían al

poco tiempo con un planteo bastante similar, aunque se ocuparon de

210 I l is lor ia <(¡ la Anj onl in a, l í )!>!> 20 I0I . n i .i ii |i lisia i ln la iln ai la y ni ai |iavi unii n li> i In la ( ir , i : , 211



descalificar el discurso oficial por "procedimentalista" y "posibilista". Como

señala el sociólogo J uan C arlos Torre, otro importante asesor presidencial

de ese entonces, el diálogo entre ambos sectores resultaba cada vez más

difícil a medida que coincidían en sus definiciones y promesas, y se

disputaban la posibilidad de ser la opción adecuada para realizarlas.

Estos planes refundacionales incluían el traslado de la capital a la ciu

da d de V i e d m a , la r e for ma d e la Cons t i t uc ión, la aper t ur a a l c omer c io

y las inversiones extranjeras, la mo derniz ación d el estado (se contem

plaba la racionalización de personal y la privatización de algunas desús empresas), de las relaciones fami l iar es (leyes de d i v or c i o , p a tr ia po

testad c o m p a r t i d a , etc .) y laborales. En este últ imo terreno se tratar ía

ahora de descentralizar el poder s indica l y foment ar la c ooper ac ión

entre éste y el empresa riado, cam bian do el eje en la batalla contra el

" m o d e l o " her ed ad o : d ad o q ue c ambiar la dir ige ncia había s id o i m p o

sible, se pretendía i nd uc i r l a a abandonar las práct icas coyunturalistas

q ue r epr od uc ían una puja distr ibutiva in f la c iona r ia y cada vez más es

tér il . Esta pos ic ión enc ont r ó ec o en e l sector or ient ad o por T r iac a , q ue

ahor a se d enominaba L os 15 ( r eunía ese númer o d e gr and es gr emios

de la indu str ia y los servicios) . También inc l ina do a la búsqueda de

nuevas for mas d e ac c ión y c ooper ac ión, T r iac a había vuelto a t omar

distancia de M i g u e l desde el in i c io d el pl an Austr a l . Dur an t e 1986 L os

15 part ic iparían de la concertación de precios que el gobierno aplicó

en la i nd ust r i a . Y ese vínculo se coro nó, a comienz os de 1987, con la

designación de uno de sus integrantes, Carlos A l d e r e t e , en la cartera

d e T r aba jo . Este proceso sería i n t e r p r e t a d o por el vért ice oficial , en

p a rt i cu la r por los colaboradores de Alfonsín que insist ían en una polí

t i c a agr esiv a hac ia e l per onism o, c omo un paso decisivo para romper la

u n i d a d de esta fuerza y c o n s t r u i r lo q ue l lamaban e l Tercer M o v i m i e n t o

His t ór ic o -o la Conv er genc ia Democ r át ic a , en v er s iones más mod er a

d as (no muc ho más mod er ad as , en ve rda d, por q ue seguían c o loc and o

a la oposición en el incómodo papel de ser representante del "atraso y

e l a u t o r i t a r i s m o " ) - .

Las reformas anunciadas en Parque N o r t e , s in embar go , no die ron

los resultados esperados. Salvo las referidas a las relaciones fami l iar es ,

las demás se f ru stra ron en e l Par lament o o antes de llegar a él . Y es

q ue la c onso l id ac ión d el gobier no y d e l régimen d emoc r át ic o logr ad a a

fines de 1985 apenas alcanzó para darles un re sp i ro . Las mayores ame

nazas q ue enfr ent aban desde u n p r i n c i p i o , la m i l i tar y la in f la c iona r ia ,

aguar d aban a l acecho par a t omar r ev anc ha .

L o s p lanes de mo dern iza r el s i s t e m a e d u c a t i v o

La educación pública experimentó tendencias contradictorias durante la

primavera democrática. En las universidades se restableció el cogobierno

y se repuso en sus cargos a muchos profesores perseguidos. También

se recuperó la práctica de los concursos, en reemplazo de las designa-

ciones discrecionales. Pero, con el paso del tiempo, hubo problemas

para compatibilizar la masificación de las casas de altos estudios con la

mejora de la calidad educativa. Y en ocasiones la autonomía se volvióuna barrera defensiva de los claustros contra reformas necesarias.

En cuanto al Congreso P edagógico, convocado para debatir entre

docentes, padres y autoridades la modernización de la enseñanza

primaria y secundaria, tuvo resultados bastante pobres: los docentes,

urgidos por problemas salariales, tendieron a actuar cada vez más como

el resto de los gremios estatales, y su identidad como profesionales de

la educación se diluyó poco a poco; y en cuanto a los padres, sólo se

movilizaron los de escuelas católicas privadas, alentados por la jerarquía

eclesiástica (ya enfrentada al gobierno por sus políticas para la familia y

los juicios a los militares), para reclamarle al gobierno más subsidios y

menos intervención. E sto revelaba algo más que fervor religioso: el

deseo de sectores cada vez más amplios de que alguien proveyera los

servicios que el estado era cada vez más Incapaz de brindar.

Que se f ru stra ra la mod er nizac ión ec onómic a obed ec ió t ant o a la ines

tab i l i d ad i n t e r n a y las altas tasas d e int er és int er nac ionales c omo a los

precios excesivamente bajos d e ex por t ac ión d e los a l iment os (q ue en

1986 l l e ga ron a estar u n 4 0 % p o r debajo de los de 1980). Pero t ambién

i nf l uyer on los er r or es d e la gest ión y e l b loq ueo im pues t o por un a coa-

l ic ión de intereses q ue pr efer ía mant ener las cosas c o m o estaban, antes

q ue em pr end er c ambios q ue , a sus ojos, pod ían c onl lev ar males todavía

mayor es . E n un per íod o d e doce meses la CGT realizó otros cuatro pa

ro s generales. Lo s sectores d el agro c onc r et ar o n d os extensas protestas.Y los gobernadore s de todos los p a rt idos r ec lamar on ins is t ent ement e

m ás recursos y s igu ie ron a u m e n t a n d o s u pl ant i l l a d e emplead os y distr i

b u y e n d o créditos subsidiados a las empresas. El FM I volvió a m ostrarse

c ompr ens iv o c on los i n c u m p l i m i e n t o s d el gobier no nac ional y o t or gó

perdones por el desborde del défic it en tres ocasiones d ur ant e 1986 .

Ad v i r t i end o esa situación, en abr i l el Ejecutivo decidió t e r m i n a r e l c on

ge lamient o y pasó a a dministra r un "d es l izam ient o" d e pr ec ios , tar i fas ,

21 2 I l istoria de la Arge ntina, 195 5-2 010 La conquisto do la <iomoc.ur. la y ol auravamlonto do la crisis 21 3



salarios y t i p o de cambio con la intención de "patear para adelante" los

pr oblem as y c obr ar a cada una de las partes su correspondiente cuola

de l imp ues t o inf lac ionar i o . E s t imó q u e , s i esa es t r at egia había f u ncio

nado durante años en el pasado, volvería a hacerlo ahora que se había

evitado la "híp er" y se volvía a tener un a " inflación ace ptable" . Pero los

mecanismos i nde xator ios estaban demasiado aceitados. Y, p a r a peor,

aband onar la pr omesa d e un c o n t r o l es t r ic t o d e los pr ec ios r ed und o

en una pér d id a i r r epar able d e cre dib i l ida d frente a la sociedad. Desde

entonces e l gobier no se v io somet id o a una puja aún más po t ent e por

ex t r aer le concesiones, q ue en p oc o t ie mp o d aría por t ier r a c on su id ead e ad m inis t r ar e l d eseq ui l ib r io .

En lo at inen te a la relación con las provincias, en marzo se había lle

gado a u n acuerdo p ara que las transferencias de las recaudaciones de

la nac ión fu er an aut omát ic as . Se esperaba q u e esta m e d i d a d i e r a paso a

un a nueva ley de copart ic ipación que reflejara el hecho de que los dis

t r i tos , desde 1976, adm inist raba n bue na p arte de sus servicios de salud,

educ ación , infraest ruct ura, etc . Pero, a raíz del descongelam iento, los

mont os ac or d ad os f u e r o n quedando desactualizados por la inflación.

Las provincias v ol v i er on a ponerse en p ie de guerra, y la nación a asig

nar part idas de ayuda discrecionales. En cuanto al s istema previsional,

la situación era todavía más compleja. Hacía ya muchos años que las

leyes de re t i ro er an in c ump l id as por la nac ión y las p r ov inc ias ; y las j u

bilaciones se actualizaban co n retraso y en form a despareja. Los juicios

previsionales se m u l t i p l i c a r o n y la Corte Sup rema e xigió al estado qu e

at end ier a las d emand as . Per o e l gobier n o s iguió ganand o t iem po: d ic t ó

un a " emer genc ia p re vis iona l " y empezó a ac umular una d eud a q ue na

die supo d ec ir c uánd o t er minar ía d e crecer.

Mie ntra s la inf lac ión r e t om aba i m p u l s o y superaba el 100% anu al, A l

fons ín hizo un nuev o int ent o por r enegoc iar la d eud a ex t er na en for m a

conju nta con B rasil y Mé xico. Pero au nqu e avanzaron las tratat ivas para

crear un Mercado Común del Sur con las nuevas autoridades democrá

t icas brasileñas, los acreedores consiguieron desbaratar una vez más el

"c lu b de deudore s" . Ar gen tin a sólo logró, desde fines de 1986, qu e losbancos y e l F M I volvieran a hacerse los distraídos ante su retraso en el

pago de los intereses.

De nuev o , mient r as la ec onom ía se c ompl ic aba , A l fons ín enfa t izó la

i m p o r t a n c i a d e c ont inua r los ju ic ios c o nt r a los repr esor es. L a C ámar a

Federal de la c iud ad de Buenos A ires se abocó a las "megacausas" de la

E SM A y e l Pr imer Cuer po d e E jér c i t o . Ot r os juzgad os d e l pa ís la im i

t a r o n , per o la mayor ía s iguió d emor and o sus causas o esper and o q ue

el Consejo Supremo las resolviera. Desde el Minis te r io de Defensa, y

en ac uer d o c on e l jefe d el E jér c i t o -e l gener a l Héc t or Ríos E r eñú, un

lanuss is t a q ue p r e t end ía r e f lo t ar e l " pr ofes ional ismo pr esc ind e nt e" - , se

impu lsó la idea de volver al pl an or i g i na l , esto es, aplicar el p r i n c i p i o de

" obed ienc ia d e bid a" par a d isc ulpar a tod os o b ien a la enor me mayor ía

de los ofic iales en actividad. A l p r i n c i p i o A lfonsín los avaló. Y de ello

re su l ta ron las Instrucciones a los Fiscales, q ue ac o t ar on la d ef inic ión

de los "cr ímenes atroces y aberran tes" ( l imitándolos a los secuestros

de bebés, robos y "excesos", lo que seguía sin quedar m uy claro qu é

abarcaba) y o r d e n a r o n encausar sólo a quienes no p u d i e r a n alegar obediencia. Pero, en cuanto se tuvo notic ia de ello, la Cámara Federal de la

Ca p i ta l en p leno amenazó c on r enun c iar y las pr o t es tas d e nt r o d e l ofi

cialismo se ex t e nd ier o n. E so bas t ó p ar a q ue A l fons ín anular a la m e d i

da, inc luso antes de que los organismos de derechos humanos llegaran

a mov i l izarse en su c ont r a . E n c onsec uen: ia , los ju ic ios c o nt in uar o n en

f o r m a tan despareja com o hasta entonces.

La i n q u i e t u d en los cuarteles aumentó. Cabía sospechar que el go

bie rno daba largas al asunto, pa ra llegar en me jores co ndicio nes a las

elecciones de gobernado res y legisladores de sept iemb re de 1987. D e

ser así , y si lograba imponerse en esos comicios, nada le impedir ía se

gui r adelante. Por lo tanto, en las f i las creció la desconfianza hacia la

pr opues t a d e esperar una so luc ión, q ue hac ía Ríos E r eñú y r espa ld aba

el t i tu l ar de Defensa, H o r a c i o Jaunarena. Y a m b o s p e r d i e r o n a u tor ida d

a medi da que más ofic iales se negaban a acatar las c itaciones judiciales

recibidas. En diciem bre, f inalmente, los func ionar ios radicales llega ron

a una fór mula sa lomónic a : la L ey d e Puat o Fina l , q ue puso una fec ha

límite al in i c io de los procesos para obligar a los jueces a encausar a los

involu cra dos si había p ruebas y responsabilidades, o bie n a descartar

las acusaciones y cerrar los casos. De esa man era se acelerarían y ho-

mogeneizar ían los procesos y se disculparía al grueso de los oficiales

en actividad, quitándoles motivos para solidarizarse con los que inevi

t ablement e ser ían acusados. E l Par lament o apr obó e l pr oyec t o . Y los

miemb r os d e la Cámar a d e la Capi t a l Feder a l y la Cor t e Supr ema engener a l lo ac ept ar on. Per o ent r e ener o yfe br er o d e 1987 los t r ibunales ,

incluso los hasta entonces más renuentes a avanzar , tal vez po r temo r a

ser señalados como responsables de la i m p u n i d a d , se lanzaron a e m i t i r

citaciones y autos de proce samie nto que en pocas semanas involucra

ro n a más de 300 ofic iales, entre act ivos y ret irad os. El gob iern o, qu e

había est imado que hasta un centenar ser ía " tolerable" en los cuarteles,

no supo q ué hacer. A lfons ín a nunc ió q ue habr ía o t r a ley c orr ec t iv a , q ue

214 I listona <k! la Au jon lina , l'J M, :'(>!(} I a ooni p iisla (lo la i luí nocí acia y ol nijra vam ion lo <l<¡ la crisis 2 15



resolvería d e f i n i t i v a m e n t e la c ues t ió n d e la o bed i en c i a d ebi d a . Pero n o

se apuró en presentarla ni hi z o ex pl íc i to s u c o n ten i d o : er a d e sospechar

q ue pr e ten d ía s egui r gan an d o t i e m p o .

ASESINOS

C O N C E N T R A C I O N

MM « MMOUS <H<*M0 M WHt

"No al Punto Final." Afiche de convocatoria a una manifestación contra

esa ley en la ciudad de Rosario.

L o s o r gan i s m o s d e derechos h um an o s s e m o v i l i z a r o n c o n t r a e l P u n -

t o F i na l , p e r o n o p u d i e r o n hacer m u c h o . Estaban en g ra n m e d i d a

a m er c ed d e lo q ue d ec i d i er a e l p a r t i d o o f ic ia l , pues los peronistas

s eguían d iv id id o s en tr e la d en un c i a d e un a " am n i s t ía en c u bi er ta " y

lo s r ec lam o s po r un a am n i s t ía abi er ta y gen er a l i zad a q ue ben ef i c i ar a

tan to a lo s mi l i t a re s c o m o a lo s jefes m o n to n er o s (q ui en es en e l ín te -

r i n h abían s i d o d eten i d o s y en j ui c i ad o s ) . P o r o t r o l a d o , las tensiones

en e l E j ér c i to c r ec ían , per o las o tr as d o s f uer zas s e m an ten ían ajenas

al pr o blem a: lo s aer o n áut i c o s , gracias a l d es ar r o l lo d e l m i s i l C ó n d o r ;

lo s m ar i n o s , d ebi d o a lo s p lan es par a c o m p r ar naves y reeq ui par las . L a

i n f lac i ó n , en tr e t a n t o , volvió a descontrolarse y S o u r r o u i l l e se vio o b l i -

gad o a un s egun d o c o n gelam i en to gen er a l d e pr ec i o s , q ue s er ía m uy

d i f íc i l i m p l e m e n t a r . E l g o b i e r n o empezaba un año e lec to r a l d ec i s i v o

apenas con medios para estirar las cosas y esperar que no se salieran

t o t a l m e n t e d e cauce.

L a t eo r í a d e l o s d o s d e m o n i o s

Durante 1986 el gobierno insistió con su "teoría de los dos demonios",

según la cual la guerrilla era tan responsable como los militares por la

violencia política. Esa actitud le mereció muchas críticas: no sólo por el

número de víctimas y la crueldad de los crímenes cometidos por los

militares, sino por la diferencia que suponía el uso del estado para violar

los derechos de las personas. Los errores que se achacaban ahora a

Alfonsín reflejaban los dilemas que había enfrentado desde el comienzode su gobierno: ¿había consumido inútilmente su tiempo en un "autojuz-

gamiento" infructuoso?, ¿había centralizado demasiado el proceso

judicial o no había puesto suficiente esmero en hacerlo?, ¿había

concedido demasiado a la división de poderes , a una noción "liberal-

republicana" de los derechos en cuestión y a la prioridad de la justicia

sobre el resto de los valores e intereses colectivos, o no había sido

consecuente con ella? JW

E l o c a s o : r e b e l i o n e s m i l i t a r e s e h i p e r i n f l a c i ó n

L a rebelión estalló el 14 de abr i l , en la Semana Santa d e 1987 . C o m o

s uc ed ía c o n f r ec uen c i a , un of i c i a l d el E j ér c i to h abía desobedecido

la c i tac i ó n d e un j uez . Pero esta vez las cosas n o q ued ar o n a l l í : v ar i as

un i d ad es s e a m o t i n a r o n y los rebeldes se f o r t i f i c a r o n e n u n sector

d e C am po d e M a y o . E l hecho n o t o m ó t o t a l m e n t e d e s p r e v e n i d o a l

g o b i e r n o : e n u n p r i m e r m o m e n t o i n c l u s o l o c o n s i d e r ó c o n v e n i e n -

te par a d em o s tr ar q ue er a necesario po n er a lgún f r e n o a lo s j u i c i o s .

Pero p r o n t o c o m pr o bó q ue la c r i s i s i ba d em as i ad o lejos y d e b i l i t a b a

s er i am en te s y a u t o r i d a d : n o s ó lo po r e l n úm er o d e am o t i n ad o s s i n o

p o r la negativa de los demás of ic iales a r e p r i m i r l o s , y la ad v er ten c i a

d e a lgun o s d e q ue n o per m i t i r ían q ue n ad i e lo h i c i er a . Y aún m ás ,

c o n e l m o t ín c o br ó f o r m a u n m o v i m i e n t o m u y a m p l i o , hasta entonces

la ten te , y un l i de ra z g o, e l d e l c o r o n e l A l d o Ri c o , q ue s e i n s pi r aba en

la "gesta de Ma l vi na s" .

El motín no podía avanzar sobre e l po d er civi l , per o le bastaba q u e

no fuera posible desbaratarlo por las armas. Eso le dejaba a l go bi er n o

dos salidas: r e c u r r i r a la movilización p o p u l a r par a someter a los rebel-

des o llegar a un acuerdo con ellos. Intentó hacer las dos cosas a la vez:

movilizó a la c iudadanía, que i n d i g n a d a colmó día tras día las plazas de



21 6 Histor ia de la Argentina, 195 5-2 010

todo el país , para acorralar a Rico y sus hombres , mientras ablandaba alos militares con la promesa de una la ley de obediencia debida ya deci-d i d a . Pero éstos no se dejaron impresionar: sabiéndose ais lados, exigie-r o n e l com pro m is o y e l recono cim i ento pers ona l d e l presid ente pa raaceptar rend irse. Si Alfonsín con ced ió f inalmente estas cond ic iones , yse apersonó en Campo de M a y o , f ue en pa rte por e l r ie s go d e que undesborde en la manifestación que ya s it iaba el lugar provocara muertes ,hecho que ha bría rea b ier to e l escenario d e po la r iz a ció n que pre ten-

d ía cerra r . Lo h i zo ta m bién porque s ubes t im ó e l precio que lo ob l iga -ban a pagar, creyendo que, s i lograba ofrecer una salida pacif icadoraa camb io de una ley que en últim a instanc ia se correspo ndía co n susmetas orig ina les , pres erva r ía s u r o l m o d era d or y e l consenso necesario

para sostenerlo. Como fuera, Alfonsín acudió a entrevistarse con Rico,q u i e n , luego de repetirle sus exigencias, s e r ind ió y qued ó d e tenid o

j u n t o con sus seguidores . De regreso en la Casa Rosada, e l pres id enteha bló ante una p la z a co lm a d a y conf i rm ó e l á nim o pa ci f i ca d or d e s usolución: reivindicó a los "héroes de M al vi n as" que nutrían las filas delos rebeldes , recalcó que no había sangre en las calles, y cerró con una nuncio que ha bría que conf i rm a r : " la casa está en o r d e n " .

El coronel Aldo R ico en la Escuela de Infantería de C ampo de Mayo, al

frente de los carapintadas. Archivo Clarín.

Este esfuerzo de Alfonsín por presentar las cosas como u n t r i u n f o n os ó lo s uyo s ino d e la d em ocra cia f ue torped ea d o s in pérd id a d e t iem po

p o r e l p r o p i o R ico . A u n q u e d e t e n i d o , d i o u n a c o n f er e n c i a d e prensa

La conqu ista de la demo crac ia y ?l agra vamie nto de la cr is is 217

en la que se presentó como el vencedor de la jornada: se arrogó ser lacabeza "d e l verd a d ero e j é rc i to " y q u i e n reconciliaría "a las fuerzas delo r d e n con e l pue blo" , y se em bols ó la obed iencia d ebid a y e l d es p la z a-m iento d e R íos Ereñú (pasado a re t i ro ante la evid ente ext inció n d esu a u t o r i d a d ) . La cons o l id a ció n d e l "mo vi mi e n t o ca ra pinta d a " f ue porta nto inocul ta b le . Para c o l m o , a l p o c o t i e m p o D a n t e Car i d i , sucesor deR íos Ereñú, rec la m a ría no s ó lo a m nis t ía s ino un reconocim iento a la sFuerzas A r m a d a s p o r "haber d erro ta d o a la s ubversió n y haber hecho

pos ib le la d em ocra cia " . As í , e l barco de Alfonsín hacía agua por losdos f lancos: su "solu ción" no era tal para quienes quer ían más juic iosa u n q u e estaban dispuestos a resignarlos a cambio de o r d e n , n i t a m p o c opa ra quienes deseaban o r d e n ante t o d o y achacaban su falta a los juiciosya realizados o todavía en curso. Tanto s i "había pacto" y se revelabacontra prod ucente , com o s i "no ha bía pa cto" d eb id o a que Al f ons ín yano era con f ia b le pa ra los mi l i t are s , e l gobiern o pa recía s er a hora la ver-d a d era causa d e los problem a s .

El s egund o con ge la m ient o , o "a us t ra l i to " , ta m bién na uf ra gó . Fue s e-g u i do , en m a rz o , por e l ingres o d e Ald ere te a l ; i ca rte ra d e Tra ba j o , queno sólo supuso el abandono de las reformas laborales s ino su reemplazo

p o r leyes d e pa ri ta r ia s , asociaciones prof es iona les y obras sociales qu ef orta lec ía n e l v ie j o m od e lo s i n di cal . Tales concesiones, pa ra peor , nore f rena ron la s presiones salariales : a poco d e aisumir, en f lagrante c on-t ra d icc ió n d e l conge la m iento , Ald ere te red a nd o a um entos . N o qued a -r o n d ud a s d e que s er ía un hom bre d e los grertfiios e n e l g o b i e r n o y n o ,c o m o esperaba e l pres id ente , un a cuña út i l pa ira div id ir a aquéllos .

E n agosto S our roui l le logró f ina lm ente ur i a cuerd o c on la banca

acreedora, a bla nd a d a por e l defaultque entre ta m to ha b ía d is puesto Bra -sil: ha bría siete años deggracia y dinero del FÍV1I para c u m p l i r con losv e n c i m i e n t o s atrasados, pero no red ucció n d e la s tasas d e in terés n i d e lcap i t a l . Dado el acotado superávit comercial , e^ra un arreglo i n su f i c i e n -te . La opció n d e i mi t ar a Bra s i l , o m e j or a ún a Perú , cuyo pres id ente

Al an G a rcía no s ó lo ha bía repud ia d o la d eud a ( externa s ino na ciona l iz a -d o el sistema f inanciero, ganó apoyo.

E n este clima de opinión, con la inflación de? nuevo en alza y la apro-ba ció n d e la Ley d e O bed ien cia Debid a , e l porc enta j e que la UC R o b t u -vo en las elecciones de septiembre de 1987 po>dría estimarse satisfacto-ri o (sumó el 37% de los votos , con tra el 41 % d<el PJ). Pero e l ca m bio enla d is t r ibució n d e pod er i n s t i t u c i o n al res ul tó a brum a d or : perd ió tod a slas goberna ciones , s alvo la s d e R ío N e gro y Có r d o ba , m ientra s que e l PJsumó diecis iete .

21 8 M i s i o n a do la Amotina, 1 9 5 5 - 2 0 1 0 I a oí ini |iilnla iln la i In ini »:ia i :la v 1 i l nqi ava mloi i l i i i ln ln c i lnir . 21 9



Es e ca m bio dio luga r , en p r i n c i p i o , a u n hecho esperan/ador y u n í

co en e l per ío do : un int ent o de lo s do s gra ndes pa rt ido s po r a co rda ire f o rm a s en e l Pa r la m ent o y evi t a r que la co m p et encia ent re e l lo s , q u e

se intensif icaría al aproximarse las elecciones presidenciales de 19HÍ),a l im ent a ra la i n e s tab i l i dad . Pero e l in t en t o f raca s ó a ra íz de la in t ernade l PJ. A n t o n i o Ca í ie ro , que ha bía o bt enido la go berna ció n bo na ercnse y, acto s eguido , la j e f a t ur a de l PJ l eg i t im a do po r t o das la s facciones

in t erna s , cre ía t ener a s egura do e l ca m ino a la pres idencia . De m o doque no s e des ve ló po r e l des a f ío que le p la nt eó Menem , antes reno va d o r y a ho ra a s p i ra nt e a la pr im era m a gis t ra t ura co m o def ens o r de lam á s o rt o do xa t ra dic ió n pero nis t a . S upo nía que la s in t erna s co nt ra e lm a nd a t a r io r io j a no s er ía n u n m ero t rá m it e . Y se dedicó a a vent a r e l t a ntasma de los setenta de las mentes de los empresarios , las clases mediasy los observadores externos, que aún desconfiaban de que el peronismop u d i e r a go berna r en un co nt ext o de penuria s fiscales como el que sevivía. Para co nvencer lo s y evi t a r que es e co nt ext o em peo ra ra , Ca ñeroco la bo ró co n e l go bier no ha ciend o a pro ba r una ley de de f ens a , o t ra deco pa rt i c ipa ció n ( en la que , pa ra peo r , Buenos Aires res ignó pa rt e de l< |q u e hasta entonces l e co rres po nd ía de lo s im pues t o s na cio na les ) , y la l i -

m it a ció n de la pro m o ció n i nd us t r i a l en p ro vincia s per i f é r ica s . Ta m biéna co rdó las pa ut a s de una re f o r m a co ns t i t ucio n a l . A s u vez, de j ó en c la ro

que ale jaría a los s indicalis tas de la toma de decis iones: redujo su peso

en la co nduc ció n de l PJ y recha z ó la pro pu es t a de Las 6 2 de c o m p a r l i ila f ó rm ula co n un ca ndida t o que les f uera a f ín .

La suma de todos estos f a ct o res co nf iguró una o p o r t u n i d a d que Men e m s upo a pro vecha r , ha cien do p recis a m ent e lo co n t ra r io que e l b< >naerense: denun ció s u m im et iz a ció n co n e l a l f o ns in is m o y s u t raic ióna lo s po s t u la do s de l pe ro nis m o , res pa ldó la nueva o la de hue lga s gene

rales (hubo cinco entre f ines de 1987 y 1988), y dio cobijo a los s indical is ta s - en pa r t i cu la r a Lo s 1 5 , ya f uera de l ga b ine t e - . Co nt ó a dem á s co nciert a a yuda de l go bierno , en cuyo seno a lguno s j uz g a ro n m á s co nvenient e co m pet i r co nt ra un ca ndida t o " im pres ent a b le " y no co nt ra uno

que se les parecía cada vez más. Sin embargo, lo decis ivo fue el cansinade l ree lect o go berna do r r io j a no , que le perm it ió des co nt a r la vent a j aque Cafiero le l levaba en términos organizat ivos e inst itucionales . Fuea s í que , en la pr im era e lecc ió n di rect a de ca ndida t o s en la h is t o r ia de lpero nis m o , e l 8 de j u l i o de 1988, contra todos los pronóst icos , CarlosM e n e m t r iu n f ó a m p l i a m e n t e .

A raíz de esto, e l go bierno quedó expues t o a pres io nes de t o do t i po ,

sobre t o d o e n e l f r e n t e e c o n ó m i c o . A f i n e s d e 1 9 87 , E c o n o m í a h a b í a

dis pues t o un t e rcer co nge la m ient o , m a s e f ím ero a ún que e l s egundo .I,.i inversió n y la reca uda ció n se de rrum ba b a n. Y e l de t er io ro de lo ssalarios públicos minaba la ya escasa ca pa cida d de ges t ió n de l a pa ra t oes t at a l . E l lo im p a ct ó en do cent es , t écnico s , ba nca r io s y f e rro v ia r io s :un a masa de em plea do s que pa s ó a pro t a go niz a r lo s m á s duro s rec la mos s indicales . Se asumían como víct imas de una cris is t e r m i n a l d e lestado, cris is de la que cada vez más usuarios , en cambio, los consid e r a b a n to ta l o p o r l o m e n o s p a r c i a l m e n t e responsables. L a o p i n i ó nantiestat is ta se masif icó. Sobre t o do en la s clases medias y altas , quese resent ían con los servicios vetustos de transporte, teléfonos, e du ca ció n y s a lud, o b ien pa ga ba n po r o t ro s pr iva do s en s u reem pla z o ycre ía n in j us t o que e l estado l e s co bra ra im pues t o s po r s ervic io s queno usaban. De all í el éxito que tuvo la ca ndida t ura a la pres idencia deEdua rdo Ange lo z , go be rna d o r de Có rdo ba y re f eren t e de las o p i n i o nes pro em pres a r ia les en e l ra dica l i s m o . Y de a l l í ta m bién que la U CRa c o m p a ñ a r a este g i ro s in pro t es t a r : pa recía lo m á s a decua do pa rac o m p e t i r c o n t r a u n p o p u l i s t a casi gro t es co .

D e este g i ro res ul t a r ía e l ú l t im o es f uerz o a nt i in f la c io n a rio de l go b i e r n o rad i cal : e l P la n Pr im a vera . A nun cia d o e l 2 de agosto de 1988, sum a yo r inno va ció n f ue o t o rga r , po r pr im era vez desde la t ra ns ic ió n , u nro l pre po n dera n t e a lo s em pres a r io s ^ en pa rt i cu la r a los "ca p i t a nes de

la i n du str i a" , en e l dis eño y el s o s t enim ient o de la po l í t i ca eco nó m ic a .El go bierno ya no co nt a ba co n m ucho a po yo ext erno debido a que enabr i l ha bía de j a do de pa ga r , y ya no vo lver ía a ha cer lo , inc um pl ien dotodos los acuerdos con los acreedores y e l F M I (Reagan lo gró que e lBanco M u n d i a l o t o rga ra nuevo s crédi t o s , pero e l Fo ndo s ó lo a cept óenviar lo s recurs o s previa m en t e pro m et ido s ) . La co la bo ra ció n de lo sgrupo s locales se volvió i m p r e s c i n d i b l e , y a dem á s res ul t a ba a co rde c o nla co a l i c ió n que buscaba co ns t ru ir e l ca ndida t o ra d ica l , y co n e l nuevoe n f o q u e of i c i a l sobre los cambios necesarios: ha bía que m a rcha r ha ciau n a e c o n o m í a d e mercado-Jo antes po s ib le po rque e l estado ya nop o d í a fijar cre íb lem ent e n ingún precio . La dem o cra cia renuncia ba a s í

a su prome sa de ree qu ilib rar las tensiones en tre traba jo y cap ital , y asum ía que s ó lo po dría recup era r p o der reg ula t o r i o t ra s ha ber es t ab i l iz a do la eco no m ía en a l ia nz a co n lo s actores sectoriales p r e d o m i n a n t e s .Po r lo t a nt o , e l pro gra m a incluyó una a m pl ia a pert ura co m ercia l , l aliberación de las tasas de int erés y la pro m es a de hacer lo m is m o co n e lt i po de ca m bio en abr i l de 1 9 8 9 . Mient ra s t a nt o , e l m erca d o ca m bia r ios e m a nt enía des do bla do pa ra que e l Tesoro pu diera a dueña rs e de la sdivisas resignadas p or haber eli mi na do las retenc iones a las exp orta-

22 0 I lisloria ció la Argon tina, l<)!>!> 2011) I a <: o < s a o a u « a : a v"I

a q n va m o n o o a c r s s221



ciones ( lo que n o evitó que , en su últ ima visita a la exposició n an ual

d e la Socied ad R ur a l , A l fons ín fuer a abuc he ad o) . Yad em ás , se lanzó la

privatización parcial o to ta l de varias empresas públicas (que el per< >•

nismo v olv ería a b loq u ear en e l Senad o) .

E l aspecto más débil del programa era el f iscal: se renunciaba a recui

sos seguros por retenciones, con la esperanza de que los emp resarios

l i q ui d ar an los dólares de sus exportaciones y el estado pu die ra adquirir

los a bajo pre cio. Pero los expor tadores, pr evien do que el t i po de cam

b io sé liberaría a un ni v e l mucho más alto que el que ahora se les ofre

c ía, demoraron sus operaciones o dejaron sus dólares en el exter ior .

En el ínter in , en vista de los anun cios de Me ne m sobre una "generosa

m o r a t o r i a " y d e la pérd id a d e a ut or id a d d el gobier no nac ional , se pr o

pagó un a fen om ena l rebelión fiscal. Con tra los esfuerzos de Ange lo/,

muc hos empr esar ios se r es ignar on a la v uel ta d e l per onismo a l pod er y

buscaron protegerse o sacar ventaja antic ipada de ello.

U n a ser ie d e ac ont ec imient os po l í t i c os t er minó d e c ompl ic ar las

cosas. Se sucedieron varios estallidos sociales en capitales de prov incia

p o r demo ras en el pago de salar ios y su retraso respecto de la infla

c ión, q ue aument ar on la t ens ión ent r e los gober nad or es per onis t as y

el Ejec ut iv o nac io nal . U na fer oz seq uía a fec t ó las ex por t ac iones y la

provisión elé ctr ica a las c iudades: los cortes de sumin istro se hic ier on

ru t ina r ios y el ingreso de divisas cayó aún más. El frente m i l i tar volvióa c ompl ic ar se . C a r i d i había log r ad o r es t ablec er c ier t a d isc ipl ina en

los c uart e les , a t a l pu nt o q ue , c uan d o el j u i c i o contra Rico avanzó y el

c or o nel r ebe ld e v o lvió a amot inar se en ener o d e 1988, en M o nt e Case-

r os , su ac t i t ud no o bt uv o mayor ec o y d ebió r end ir se ant e la amenaza

cierta de que fuerzas leales lo r epr i mi er an . Desd e ent onc es , ya fuer a

d el Ejér c i t o , se d ed ic ar ía a pr om ov er e l M o v im ien t o por la D i g n i d a d

y l a I n d e p e n d e n c i a ( M o d i n ) . Per o los c ar apint ad as ha l lar o n pr o nt o

u n nuev o l íd er , e l c or on el M oh am ed A l í Se ine ld ín , y ocasiones m ás

fav or ables par a ac t uar . Se ine ld ín r ec ib ió d e M en em u n c ier t o ava l a

sus pr opues t as par a r ec uper a r e l "E j ér c i t o nac io nal " . Y ent end ió q u e

había q ue c r ear las c ond ic iones par a q ue e l r io jano c u mp l ier a lo q uep r o m e t í a . L a o p o r t u n i d a d se pr esent ó c uand o a l c or onel le fue nega

d o su ascenso a gen eral, a f ines de 1988.

E l l 2 d e d ic iembr e es t a l ló un mot ín q ue pocas horas después se

foc a l izó en Vi l l a Mar te l l i , c uar t e l l in d er o c on la Capi t a l Fed er a l . L os

r ebeld es d isp ar ar on c ont r a los manifes t ant es q ue los r epud iaban y

p r o d u j e r o n v ar ias muer t es . A l fons ín t ampoc o había pod id o c u m p l i r

su promesa de que no habría sangre en las calles . Esta v ez no fuer on

las fuerzas leales las q ue f r enar on la r ebe l ión s ino e l p r o p i o Seinel

d ín, q ue c a lc uló q ue la d emo st r ac ión d e fuer za bas t ar ía par a d ét e - ;

ner a l "gener a la t o l i b e r a l " y hacer q u e M e n e m c u m p l i e r a su p a l a b r a .

L a c ompet enc ia inc lement e ent r e los par t id os estaba a l i m e n t a n d o

la i n e s t a b i l i d a d y p e r m i t i e n d o q u e g r u p o s facciosos sacaran ventaja,

aunque, a la vez, la p osib i l ida d d e una pr ont a a l t er nanc ia en e l pod er

aseguraba que esas presiones no se desbord aran y que el grueso de

los actores, incluso los menos afectos a la democracia, apostaran a las

elecciones para log rar sus f ines.

Rebelión militar en Villa Martelli, diciembre de 1988.

Archivo La Nación.

De t od os mod os , e l gobier no ya no enc ont r ar ía for ma d e c ont r o lar la

s i t uación, por q ue las malas not ic ias c ont i nu ar on , c omo as imismo sus

er r or es . E l 23 d e ener o un gr up o r emanen t e d e l ERP, q ue ac t uaba ba jo

la c ober t ur a d e una or ganizac ión j u v e n i l y univ er s i t ar ia c on estrechos

lazos c on or ganismos d e d er ec hos humanos , d enominad a M o v i m i e n t o

T od os por la Pat r ia (M T P) , asa l t ó e l r egimient o d e t anq ues d e L a T a

blad a . L a po l ic ía pr et end ió int er v e nir par a d et ener a l gr upo a t acant e ,

per o gr upos c omand o d el E j ér c i t o se lo i m p i d i e r o n y lanzar on una fe

ro z opera ción. H ub o 39 muert os, al meno s tres desaparecidos y varias

decenas d e her id os .

22 2 I l is lor ia do la Aa ionl in a, I0!>!> 201 0



Ataque a La Tab lada

Mientras algunos atacaban La Tablada, otros miembros del MTP distri

buían volantes en las barriadas populares y llamaban a movilizarse para

detener un golpe de estado supuestamente en marcha, ocupar los

cuarteles del Ejército y encolumnarse hacia Plaza de Mayo con el objetivo

de obligar a Alfonsín a hacer la revolución que "no se había animado a

hacer" en Semana Santa. La autoridad del presidente quedó por comple

to dañada: debió ceder ante la presión militar y conformar un Consejo

' Nacional de Seguridad que permitía la intervención castrense en la

seguridad Interna. El daño fue aún mayor para el movimiento de derechos

humanos, no sólo porque entre los guerrilleros figuraban varios activistas

de esos organismos sino porque la versión procesista de que la conviven

cia pacífica con los revolucionarios era imposible, de que ellos eran

"Irrecuperables", ganó crédito en la sociedad.

Días antes el Banco M u n d i a l había an un c iado q ue suspendía e l env ío de-

part idas de los c rédi tos c ompro met id os . L a admin is trac ión de Reagan

conclu ía y el enfoqu e de los organism os f inancieros sobre e l problema

de la deuda de A méric a L at ina estaba c ambiando drás t i c amente . L a c a -

r re ra po r las reservas se aceleró y el 6 de febrero el Banco Centra l de jó de

v ender d iv isas. L a co t ización de l dó lar c omerc ia l fue c orregida , pero no

lo suf ic iente para convencer a los ex portadores . E l gobiern o , para c o lmo,

perdió la poca c ohes ión q ue le q uedaba : A ngeloz logró q ue Sourroui l l c

renu nc iara y q ue se c onc edieran aumentos d e sa lar ios de emergenc ia ,

q ue a l im entar on aún más la c o r r i d a c ambiar ía ; a mediad os de abr i l logra-

r ía también q ue se c u mpl ier a la promesa de l iberar e l t i po de c ambio . L a

inflación, que se había acelerado, a u n q u e bastante menos que el dólar,

se d isparó inc on teni b le : en los s igu ientes meses alcanzó el 104,5%, 132%

y 209%. Los ingresos públicos se evaporaro n. La hiperin flación , a du ras

penas e l u d i d a en 1976 y de nuevo en 1985, f inalmente había estallado.

La s elecciones del 14 de mayo arro jar on un 47% de las p referenc iasp o r M e n e m y u n 3 7 % p o r A n g e l o z . A l fo n s í n i n t e n t ó u n a c u e r d o d e

trans ic ión para detener la escalada de prec ios . Y o f rec ió , en caso c o n -

t r ar i o , e l a d e l a n t a m i e n t o c o n c e r t a d o d e l a e n t r e g a d e l p o d e r . Pero n o

h u b o consenso p a r a u n a cosa n i otra . A f in de mayo y durante j u n i o

h u b o p o r tercera vez sangre en las calles: en la p e r i f e r i a de las grandes

ciudades se desataron saqueos de c omerc ios y se regis tr aron 14 mu er-

tes, f r u t o de la repres ión pol i c i a l o la reac c ión de los prop ie tar io s .

Saqueos en S an Miguel, 1989. Archivo Crónica.

En este c ontex t o , A l fons ín y su v ic e presentaron sus renun c ias a l Con-

greso. E l 8jde j u l i o se c onc re tó e l traspaso del mando a l peronis ta Car-

los M ene m, A s í se c umpl ió e l sueño de q ue un pres iden te d emoc rát ic o

le entregara e l poder a o t r o m a n d a t a r i o electo, a lgo q ue en l íneas ge-

nerales no suc edía desde 1928, y entre d is t in tos p a r t idos , desde 1916.

Pero e l lo se lograba en c on dic ion es po l í t i c as , ec onómic as y sociales qu eestaban m u y lejos de ser las más deseables.

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NOVARO - Historia de la Argentina. Capítulo La conquista de la democracia y el agravamiento de la crisis