14
NRFH, XXXIII NOTAS 491 problemas externos, a la Madre Juana le quedó la tarea de ocuparse por cuenta propia de la cuestión de la autoridad, y lo que hizo fue incorporarla al texto de sus sermones. Resulta entonces que la propia experiencia mística es lo que le confiere autoridad para predicar. Es Cristo quien ha querido hablar a tra- vés de ella para lograr la salvación de los hombres y para completar su revela- ción. Así, pues, la experiencia mística le permitió a la Madre Juana hacer a la vez el papel lícitamente femenino cié visionaria y el papel canónicamente masculino de predicador, de autor de sermones 22 . Pese a su falta de rango sacerdotal y de saber formal, pudo ejercer una función pastoral negada en prin- cipio a la mujer. RONALD E. SURTZ Princeton University, GILMAN SOBRE CALDOS UNA A P R O X I M A C I Ó N A S U LIBRO MÁS RECIENTE Con la publicación de Galdós and ihe art of the European novel: 1867-1887 1 , Stephen Gilman corona largos años de labor crítica en torno al novelista cana- rio . El libro —aportación seminal a los estudios galdosianos— recoge, consi- derablemente ampliados y ordenados de manera coherente para articular una hipótesis novedosa, trabajos publicados en Anales Galdosianos (1966, 1970, 1976, 1978), la Nueva Revista de Filología Hispánica (1949, 1961, 1975), la Revista His- pánica Moderna (1968), Estudios literarios de hispanistas norteamericanos dedicados a Helrnut Hatzfeld (1974) y Les cultures ibenques en devenir: Es sais publiés en hommage á la rnémoire de Mare el Bataillon (1979). Desde el momento en que Dorio de Gádex lo marcó con el epíteto de "don Benito el garbancero" en Luces de Bohemia, la suerte de Galdós ante la crítica ha sufrido altibajos singulares. Acusado de "vulgar" y de "carecer de estilo'' (como en su momento Dostoievski e incluso Joyce) por sus coetáneos Valle- Inclán y Unamuno —entre los generacionistas del 98 es excepción el fervor entusiasta de Azorín—, fue ignorado por la oficialidad literaria del régimen franquista, que no le perdonó ni su secular liberalismo ni las manifestaciones de adhesión socialista de los últimos años. A la crítica norteamericana —en la que Gilman ocupa el puesto más destacado— debemos la reivindicación 22 De hecho, aunque las revelaciones de la Madre Juana se presentan como "sermones", carecen totalmente de la estructura típica del sermón medieval, con su técnica homilética de divi- siones y subdivisiones. En los sermones de la Madre Juana no hay prácticamente nada de exégesis escrituraria; lo que hay en su lugar son alegorías triviales. Lo grueso de ellos consiste en una ampli- ficación novelada de los relatos evangélicos, seguida de la descripción (con glosas) de las fiestas alegóricas celebradas en el cielo. Aunque inspiradas en el relato evangélico, esas descripciones no pueden considerarse explicación del texto sagrado. 1 Princeton University Press, Princeton, 1981.

NRFH, XXXIII NOTAS 491aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/26491/1/33-002-1984-0491.pdf · cripción de los contextos (ideológico socia, y cultural)l l, a historia de formas

  • Upload
    others

  • View
    4

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: NRFH, XXXIII NOTAS 491aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/26491/1/33-002-1984-0491.pdf · cripción de los contextos (ideológico socia, y cultural)l l, a historia de formas

N R F H , X X X I I I NOTAS 491

p r o b l e m a s e x t e r n o s , a l a M a d r e J u a n a le q u e d ó l a t a r e a de ocuparse p o r c u e n t a p r o p i a de l a cuest ión de l a a u t o r i d a d , y l o q u e h i z o fue i n c o r p o r a r l a a l t e x t o de sus s e r m o n e s . R e s u l t a entonces q u e l a p r o p i a e x p e r i e n c i a míst i ca es l o q u e le c o n f i e r e a u t o r i d a d p a r a p r e d i c a r . Es C r i s t o q u i e n h a q u e r i d o h a b l a r a t r a ­vés de e l la p a r a l o g r a r l a sa lvac ión de los h o m b r e s y p a r a c o m p l e t a r su r e v e l a ­c i ó n . A s í , p u e s , l a e x p e r i e n c i a míst i ca le p e r m i t i ó a l a M a d r e J u a n a h a c e r a l a vez el p a p e l l í c i tamente f e m e n i n o cié v i s i o n a r i a y e l p a p e l c a n ó n i c a m e n t e m a s c u l i n o de p r e d i c a d o r , de a u t o r de s e r m o n e s 2 2 . Pese a su f a l t a de r a n g o sacerdota l y de saber f o r m a l , p u d o e jercer u n a func ión p a s t o r a l negada en p r i n ­c i p i o a l a m u j e r .

R O N A L D E . SURTZ

Princeton University,

G I L M A N S O B R E C A L D O S U N A A P R O X I M A C I Ó N A S U L I B R O M Á S R E C I E N T E

C o n l a publicación de Galdós and ihe art of the European novel: 1867-18871, S t e p h e n G i l m a n c o r o n a largos años de labor crítica en torno al novel ista c a n a ­rio . E l l ibro —aportación s e m i n a l a los estudios g a l d o s i a n o s — recoge, consi ­d e r a b l e m e n t e ampl iados y ordenados de m a n e r a coherente p a r a a r t i c u l a r u n a hipótesis novedosa , trabajos publicados en Anales Galdosianos (1966, 1970, 1976, 1978) , l a Nueva Revista de Filología Hispánica (1949, 1961, 1975), la Revista His­

pánica Moderna ( 1968) , Estudios literarios de hispanistas norteamericanos dedicados a Helrnut Hatzfeld (1974) y Les cultures i benques en devenir: Es sais publiés en hommage á la rnémoire de Mare el Bataillon (1979) .

Desde el m o m e n t o en que D o r i o de Gádex lo marcó con el epíteto de " d o n B e n i t o el g a r b a n c e r o " en Luces de Bohemia, l a suerte de Galdós ante l a crítica h a sufrido altibajos s ingulares . A c u s a d o de " v u l g a r " y de " c a r e c e r de est i lo ' ' ( c o m o en su m o m e n t o D o s t o i e v s k i e incluso J o y c e ) por sus coetáneos V a l l e -Inc lán y U n a m u n o — e n t r e los generacionistas del 98 es excepción el fervor entus iasta de A z o r í n — , fue ignorado por la of icial idad l i terar ia del régimen f r a n q u i s t a , que no le perdonó ni su secular l iberal i smo ni las manifestaciones de adhesión social ista de los últimos años. A l a crítica n o r t e a m e r i c a n a — e n l a que G i l m a n o c u p a el puesto más d e s t a c a d o — debemos l a reivindicación

22 De hecho, aunque las revelaciones de la Madre Juana se presentan como "sermones", carecen totalmente de la estructura típica del sermón medieval, con su técnica homilética de divi­siones y subdivisiones. En los sermones de la Madre Juana no hay prácticamente nada de exégesis escrituraria; lo que hay en su lugar son alegorías triviales. Lo grueso de ellos consiste en una ampli­ficación novelada de los relatos evangélicos, seguida de la descripción (con glosas) de las fiestas alegóricas celebradas en el cielo. Aunque inspiradas en el relato evangélico, esas descripciones no pueden considerarse explicación del texto sagrado.

1 Princeton University Press, Princeton, 1981.

Page 2: NRFH, XXXIII NOTAS 491aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/26491/1/33-002-1984-0491.pdf · cripción de los contextos (ideológico socia, y cultural)l l, a historia de formas

492 N O T A S N R F H , XXXÏII

espectacular del novel is ta , i n i c i a d a a p a r t i r de l a década del 4 0 , y que produce la rev is ta Anales Galdosianos de A u s t i n , T e x a s . C o n este precedente , a más del r e l a j a m i e n t o de l a c e n s u r a , l a explosión editorial y las adaptaciones c i n e m a t o ­gráficas de Buñuel, Galdós vuelve al favor de l a crítica de su país.

D e s c o n t a n d o los estudios de conjunto sobre su v i d a 2 y su o b r a 3 , l a bibl io­grafía crítica g a l d o s i a n a 4 h a tomado , como señala R o g e r L . U t t 5 , tres d i r e c ­ciones que aún persisten desde su auge i n i c i a l en l a década del 50: el estudio de los personajes (en especial F o r t u n a t a y M a x i ) , el análisis de l a e s t r u c t u r a genera l , y l a exposición del significado socio-político-filosóíico — y a u n psico­lógico— de las novelas . E n l a p r i m e r a dirección, y tomando como foco de estu­dio a Fortunata y Jacinta, l a o b r a m a g n a de Galdós — a l a que C u l m a n d e d i c a m a y o r m e n t e su l ibro y c u y o m a n u s c r i t o compró en M a d r i d a n o m b r e de H a r -^ a 1 d p a r a la H o u g h t o n L i b r a r y , donde aparece catalogado como M s . Spar j> • , de.oov ¿ c \d.h i uC/i leu io: tt cic, L / c c d o B r a u i y StXpm-i * *v úíííixíi v ícan C o i í H j v T J I ^ n a u v C e n ; ee A ^ O ' O P G . E O ! a «eetoida, .Ricardo Ga l l on , A¿>oc¿ Money Gallón y P h y l l i s Z a t i i n B u , m e / , y en la l e r c t i a , Callos Bid neo A g u i -n a g a , J u l i o Rodríguez Puértolas, J o s e p h S c h r a i b m a n / , de n u e v o , el citado trabajo de U l l m a n y A l l i s o n 8 . Sólo recientemente — y G i l m a n h a abierto b r e ­c h a en este s e n t i d o — 9 se e m p i e z a a a b o r d a r el e x a m e n de los componentes de l a n o v e l a , como los motivos simbólicos. E n esta línea se sitúan los ensayos y a m e n c i o n a d o s de R o g e r U t t y A g n e s M o n e y Gullón, ambos de 1974 y c l a r a ­mente influidos por el p r i m e r o .

U n m a n u a l r e c i e n t e 1 0 describe las corrientes actuales dentro de los estu -

2 C L E M E N T E C I M A R R A , Galdós, Nova, Buenos Aires, 1947 ; H . C . B E R K O W I T Z , Benito Pérez Galdós, Spanish liberal crusader, Madison, W l , 1948 ; M A R Í A Z A M B R A N O , La España de Galdós, Tau­rus, Madrid, 1960; S O L E D A D O R T E G A , Cartas a Galdós, Rev. de Occidente, Madrid, 1964; C A R M E N B R A V O V I L L A S A N T E , Galdós visto por sí mismo, Magisterio Español, Madrid. 1970 ; E M I L I A P A R D O B A Z Á N , Cartas a Benito Pérez Galdós (1889-1890), ed. C Bravo Villasante, Turner, Madrid, 1975 .

3 J O A Q U Í N C A S A L D U E R O , Vida y obra de Galdós, Credos, Madrid, 1 9 5 1 ; íns, 1952 , num. 8 2 ; A N G E L D E L R Í O , Estudios galdosianos, Zaragoza, 1953; F E D E R I C O C A R L O S S Á I N Z D E R O B L E S , " D o n Benito Pérez Galdós. Su vida. Su obra. Su época", introducción a las Obras completas, Aguilar, Madrid, 1958; R I C A R D O G U L L Ó N , Galdós, novelista moderno, Taurus, Madrid, 1960 .

4 Véase T H E O D O R E A . S A C K E T T , Pérez Galdós: An annotated bibliography, Univ. of New Mexico Press, Albuquerque, 1968 ; J . E. V A R E Y , "Galdós in the light of recent criticism", GS, 1-35; H E N S L E Y C. W O O D R R I D G E , Benito Pérez Galdós. A selective annotated bibliography, The Scarecrow Press, Metuchcn, N J , 1975.

5 R . L. U T T , " «El pájaro voló»: observaciones sobre un leitmotif en Fortunatay Jacinta'', AG, 9 ( 1 9 7 4 ) , 3 7 - 5 0 .

6 L . B R A U N , "Galdós' recreation of Ernestina Manuel de Villena as Guillermina Pacheco", HR, 38 (1970 ) , 32 -55 ; "The novelistic function of Mauricia La Dura in Galdós' Fortunatay Jacinta", Symposium, Winter 1977 , pp. 2 7 7 - 2 8 9 ; S. G I L M A N , "The consciousness of Fortunata", AG, 5 ( 1 9 7 0 ) , 5 5 - 6 6 ; y J . C. U L L M A N y G. A L L I S O N , "Galdós as psychiatrist in Fortunatay Jacinta', AG, 9 ( 1 9 7 4 ) , 7-36.'

7 R . G U L L Ó N , "Estructura y diseño en Fortunata y Jacinta", en Técnicas de Galdós, Taurus, Madrid , 1970 , pp. 135 -220 ; A . M . G U L L Ó N , "The bird motif and the introductory motif: Struc­ture in Fortunata y Jacinta", AG, 9 ( 1 9 7 4 ) , 5 1 - 7 5 ; y P . Z. B O R I N G , "The streets of Madrid as a structuring device in Fortunata y Jacinta", AG, 1 3 ( 1 9 7 8 ) , 13 -22 .

8 C. B L A N C O A G U I N A G A , " O n the birth of Fortunata", AG, 3 ( 1 9 6 8 ) , 13 -24 ; "Entrar por el aro: restauración del 'orden' y educación de Fortunata", en La historia y el texto literario: tres nove­las de Galdós, Nuestra Cultura, Madrid, Í 9 7 8 , pp. 4 9 - 9 4 ; J . R O D R Í G U E Z P U É R T O L A S , Galdós: bur­guesía y revolución, Turner. Madrid, 1975 ; J . S C H R A I B M A N , Dreams in the novels of Galdós, Hispanic Institute in the United States, New York, 1960 ; U L L M A N y A L L I S O N , art. cit., n. 6.

9 "The birth of Fortunata", AG, 1 ( 1 9 6 6 ) , 71 -83 . 10 Introduction to scolarship in modern languages and literatures, ed. Joseph Gibaldi, Modern Lan­

guage Association, New York, 1981.

Page 3: NRFH, XXXIII NOTAS 491aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/26491/1/33-002-1984-0491.pdf · cripción de los contextos (ideológico socia, y cultural)l l, a historia de formas

N R F H , X X X I I I N O T A S 493

d i o s l i t e r a r i o s , a s a b e r : e s t u d i o s l i n g ü í s t i c o s , e d i c i ó n d e t e x t o s , e s t u d i o s h i s t ó ­

r i c o s , crítica y teoría l i terar ias . D i c h o de o t r a m a n e r a , l a aproximación de la p a l a b r a , l a fijación del texto, l a reconstrucción del contexto y la interpretación de l a o b r a , e n su doble vertiente de teoría y p r a x i s . D e n t r o de aquélla, h a y c u a t r o enfoques posibles : el genético, que estudia l a creación e intención de l a o b r a , y pone el énfasis en el autor ; el pragmático, que estudia el impacto de l a o b r a y pone el énfasis en el lector; el semiótico, que estudia el lenguaje de l a o b r a e n sus dos ejes de p a r a d i g m a y s i n t a g m a y pone el énfasis en el texto m i s m o ; y el mitográfico, que estudia l a información que contiene éste, a tendiendo a la relación entre o b r a y m u n d o . C a b e p u n t u a l i z a r que existe un m o v i m i e n t o dialéctico entre estos esfuerzos y que a veces resulta difícil preci­sar fronteras entre u n o y otro D e s d e este e s q u e m a , podríamos decir que Gal-des cr/d :!>:' r l of the E copean ' „i »i o , m b b ^ o o s c *h:¿» es. ti < ' . i t e x o . ^ : ! d o : , eo c

i ' . ~ f "<':,'• <. / - t ' ' O r r " , - v - j - j f o - * Í r >í b ' r; E - < . o,y, r o v />f*i O • ( : -. o -i el m ; fr>" " ^ ; 0 , r , .y\< ~

i - te ' aiios>— Vicí lye i¿? c i o g ' a : a , i a oioqueaa ae i b e m e ; c in i iuencvís , i a dez cripción de los contextos (ideológico, social y c u l t u r a l ) , l a histor ia de formas y géneros y l a h i s t o r i a l i t e r a r i a como tal. E n el caso de G i i m a n , l a atención se c e n t r a , más que n a d a , en l a consideración d e l género novelístico en el d iec i ­n u e v e desde l a o b r a ga ldos iana en concreto . L o que a part ir de Bajtín l l a m a ­m o s la "poética histórica", que concibe el texto como lugar de encuentro entre dos c a m i n o s : l a escr i tura es l e c t u r a del corpus l iterario anterior ; el texto, absor­ción de y réplica a otros textos. Amplía las nociones de intertextualidad y díalogismo11 p a r a reconstruir

the experiential context of Fortunata, By this I mean, specifically, first, Caldos' earlier novels, w h i c h he expected his readers to have read ; second, novels by other nove­lists ( p r i m a r i l y Cervantes, Dickens, Balzac, Zola and Clarín), wh i ch Gaidós had read and whi ch he expected his best readers to have read; and t h i r d , other novels, which Gaidós either could not have read or had not read as far as we know (Ulysses, Huck Finn, La chartreuse de Parme, War and Peace, The Idiot), but which inevitably accompany us as read.

L a aproximación crítica a Fortunata y Jacinta se d a aquí desde u n a perspec­t i v a semiótica, y a que G i l m a n estudia el lenguaje de l a o b r a : cómo está m o n ­tado el texto p a r a formar u n a e s t r u c t u r a s ignif icativa u n i t a r i a , coherente . L a atención recae , no sobre el n i v e l del discurso, sino sobre el de l a historia11 : inte­r e s a n las asociaciones simbólicas de personajes (actantes) y sus acciones ( fun­ciones) . S i n embargo G i l m a n r e c h a z a la j e r g a estructuralista ( " I refuse on p r i n ­ciple to talk about n a r r e m e s " ) y el culto al texto todopoderoso, aislado de l a e x p e r i e n c i a h u m a n a . S a l u d a b l e m e n t e lejos de toda ortodoxia teórica, aprove ­c h a el legado de l a crítica novelística del siglo X X : G e o r g e s Lukács ( Teoría de la novela, 1920) , A l b e r t T h i b a u d e t (Réflexions sur le roman, 1921), P e r c y L u b b o c k (The craft offiction, 1926), Américo C a s t r o (introducción a la edición de P o r rúa del Quijote, 1960), y Northrop F rye (Myth and symbol, 1963). A u n q u e cabe admitir q u e e c h a m o s de menos referencias concretas a K r i s t e v a y Bajtín, cuyas ideas

1 1 J U L I A K R I S T E V A , Le texte du roman, Mouton, La Haye, 1970 ; y M I K H A Ï L B A K H T I N E , La poétique de Dostoïevski, Éds. du Seuil, 1970 ( I A ed. rusa, 1929) .

1 2 Empleamos los términos de T . T O D O R O V , "Las categorías del relato l iterario" , en Aná­lisis estructural del relato, Tiempo Contemporáneo, Buenos Aires, 1974 , pp. 155 -192 .

Page 4: NRFH, XXXIII NOTAS 491aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/26491/1/33-002-1984-0491.pdf · cripción de los contextos (ideológico socia, y cultural)l l, a historia de formas

494 NOTAS N R F H , X X X I I I

m a n e j a , así c o m o a! t e x t o de O r t e g a y G a s s e t q u e a n t i c i p a el m e o l l o de l a tesis lu kaes i a n a : Meditaciones del Quijote (1914) , con su continuación Ideas sobre la novela (1924-1925).

Gal dos and the art of the European novel: 1867-1887 se divide en tres partes : 1. The historical novelist (capítulo I , " G a l d ó s : ' L i f e a n d t imes ' " ; capítulo I I , ÍLLa Fontana de Oro" \ capítulo I I I , " F r o m Trafalgar to Doña Perfecta" \ capítulo I V , " L a d e s h e r e d a d a " ) . I I . Fortunata y Jacinta in prospect (capítulo V , " F r o m La desheredada to Lo prohibido" \ capítulo V I , " A c o l l o q u i u m of n o v e l i s t s " ; capí­tulo V I I , " T h e novelist as r e a d e r " ) . I I I . Fortunata y Jacinta (capítulo V I I I , " T h e chal lenge oí historical t i m e " ; capítulo I X , " T h e art of i i s t e n i n g " ; capítulo X , " T h e art of génesis '; capitulo X í , ' T h e art of consciousness '; capítulo X I I , " R e t r o s p e c t " ) y u n apéndice, " C l a s s i c a l references in Doña Perfecta". E l l ibro

c e r a , verdadero meollo de este trabajo , ía estudia c o m o c a l i d a d c u m p l i d a , i lu ­m i n a n d o l a r i q u e z a de u n a novela tan fecunda en posibil idades i n t e r p r e t a t i v a 5

D e s d e la Revolución F r a n c e s a , l a historicidad h a dominado el pensamiento europeo. E n 77z¿ historical novelist G i l m a n aborda el problema de la historia como punto de a r r a n q u e del nove lar galdosiano. Aquí l a in f luencia del k r a u s i s m o es notable : según éste, l a sociedad del siglo X I X estaba e n f e r m a y podía elegir c u r a r s e ; entonces l a l i t e r a t u r a se concibe c o m o medio de regeneración. L a p r i ­m e r a n o v e l a de Galdós — L a Fontana de Oro, 1 8 6 8 — contiene los balbuceos de su d o n profético: el fracaso del trienio l iberal de 1820-1823 se recrea p a r a a u g u ­r a r l a derrota de l a revolución l iberal del '68 , l a " G l o r i o s a " . D e igual m a n e r a , las c u a t r o series de Episodios nacionales ( la p r i m e r a c o m i e n z a en 1873 con Tra­falgar) a r t i c u l a n l a propuesta de u n a lección m o r a l p a r a España.

C o n l a aportación de l a historicidad (aprendida de B a l z a c , del que se " d e s a ­y u n ó " en 1867, según confiesa en sus Memorias), Galdós propone p a r a la novela española el antídoto a los cuadros de costumbres convertidos en m a t e r i a nove ­lesca por Fernán C a b a l l e r o en su best-seller de 1849, La gaviota. C o n t r a la a r c a -d i a t radic ional de u n a ruralía petri f icada en el t iempo, l a c o n c i e n c i a histórica e n u n m u n d o u r b a n o . L a s tres inf luencias que c o n v e r g e n en el p r i m e r e x p e r i ­m e n t o de Galdós — l a novela histórica, l a l i t e r a t u r a c o s t u m b r i s t a y el p e r i o d i s m o — e x p l i c a n e n c ier ta m e d i d a su fracaso p a r c i a l : énfasis en la p e r i ­p e c i a , simplificación c a r i c a t u r e s c a de los personajes y el p a t e r n a l i s m o de un n a r r a d o r " r e p o r t e r o " . L a respuesta i n i c i a l del autor al d i l e m a de atender a l a vez los niveles diacrónico y sincrónico del p r o b l e m a de España consistió en bi furcar su e m p r e s a n a r r a t i v a : por u n lado la historia pasada (los Episodios nacio­nales) , por el otro l a sociedad presente (las " n o v e l a s españolas contemporá­n e a s " , que c o m i e n z a n e n 1876 con Doña Perfecta).

G i l m a n insiste en que hay que ver a esta última desde l a perspect iva de Américo C a s t r o 1 3 : el conflicto aquí es social , entre los roles heredados y la h i s ­tor ia e n m a r c h a . Se trata de u n a transformación del p r o b l e m a intercast izo , e n l a que l iberales y afrancesados son los nuevos " c o n v e r s o s " perseguidos por l a of ic ial idad católica. Galdós percibió con lucidez que en España l a p u g n a entre lo antiguo y lo nuevo se h a planteado secularmente en términos religiosos.

1 3 A M É R I C O C A S T R O , De la edad conflictiva. El drama de la honra en España y en su literatura, Tau-rus, Madrid , 1961.

Page 5: NRFH, XXXIII NOTAS 491aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/26491/1/33-002-1984-0491.pdf · cripción de los contextos (ideológico socia, y cultural)l l, a historia de formas

N R F H , X X X I I I NOTAS 495

S i h i s t o r i a ( m o v i m i e n t o ) e i n d i v i d u o ( s e n t i d o ) se d e s l i n d a r o n e n los a l b o ­res de la o b r a ga ldos iana , con La desheredada (1881) tenemos su p r i m e r intento de f u n d i r h i s t o r i a y b iogra f ía . L a l e c c i ón de B a l z a c , a p l i c a r las técnicas de l a n o v e l a histór ica a l a soc iedad c o n t e m p o r á n e a , h a s ido p l e n a m e n t e a s u m i d a . E x p e r i m e n t o i n i c i a l con l a h e r e n c i a n a t u r a l i s t a de Z o l a , supone la creación de l a novela u r b a n a en términos españoles, d o c u m e n t a n d o el medio social de l a l e n g u a o r a l ; e x p l o r a l a c o n c i e n c i a e n su flujo t e m p o r a l a través del dialogue indirecte libre que F l a u b e r t prestigió; y e leva u n a v i d a clínicamente d o c u m e n ­t a d a a l a estatura del mito . D e l m i s m o m o d o en que E m m a B o v a r y y N a n a representan a F r a n c i a , l a I s i d o r a de La desheredada es la España corrupta y entre­g a d a A lu jo consumís ra de las vi^peías de l a P r i m e r a República. Paradójica­m e n t e , C e r v a n t e s aflora en este texto n a t u r a l i s t a , j u g a n d o irónicamente con las ^xpectao'v?^ de 1 ] e o o r deo ! e nn 'í*u!c q u e despista y nos m u e v e a identifi -

o.-o / rL c'">he' - "WÍ; . / J - < w e c ^ ,j r_ ¡alia sería: l a a u s e n c i a de l ibertad de l a p r o t a g o n i s t a p a r a rcao . ionar y crecer, N o será hasta F o r t u n a t a cuando encon­tremos el p i i i i i c r p^i son aje c c r v a n d n a r n e n t e autónomo de C a l d o s . E n E l amigo Manso (1582)« cuyo p r o t a g o n i s t a se nos presenta dic iendo " Y o no e x i s t o " , el autor c o m i e n z a a socavar las pretensiones documentales del natural ismo y reco­b r a el factor lúdico del n o v e l a r . L a autonomía de M á x i m o corta l a d e p e n d e n ­c i a del i n d i v i d u o de l a tiranía de h e r e n c i a y a m b i e n t e .

E n Fortunatay Jacinta in prospect, G i l m a n e x a m i n a l a novela galdosiana como género polifónico en el que el dialogismo a s u m e dos direcciones : l a de l a réplica a sus novelas anteriores , así como l a de la réplica a las obras de sus coetáneos del r e a l i s m o y el n a t u r a l i s m o decimonónicos —-Clarín, F l a u b e r t , B a l z a c y Z o l a — y en última i n s t a n c i a , al creador de l a n o v e l a m o d e r n a , C e r v a n t e s . E n l a consideración de este último punto h a y que advert ir que es u n a lástima que G i l m a n no c o m e n t a r a — s i q u i e r a b r e v e m e n t e — el diálogo novelístico ( p a r a ­lelo al epistolar , a m o r o s o ) entre l a P a r d o Bazán y d o n B e n i t o , reconocido por p r i m e r a vez por C a r m e n B r a v o V i l l a s a n t e en el caso de Memorias de un solterón (1891) y Tristona (1892) , y que hoy estudia F r a n c i s c a González A r i a s , discí-p u l a s u y a , p a r a su tesis doctoral en H a r v a r d .

A n t e s de e m p r e n d e r en Fortunatay Jacinta l a antítesis al n a t u r a l i s m o de La desheredada (el d i l e m a esencial propuesto por l a biografía de I s i d o r a es el de l a pos ib i l idad de l a l ibertad en u n siglo obsedido por l a h i s t o r i a ) , y después de u n tanteo irónico en El amigo Manso, Galdós agota sus posibi l idades en El doc­tor Centeno, Tormento, La de Bringas y Lo prohibido. L a dimensión mítica de estas novelas en que prol i feran las mentes enfermas hace e n c a r n a r l a corrupción del c u e r p o político español en m u j e r e s : I s i d o r a , la R e g e n t a , Rosalía; en el caso de esta última, su prostitución final señala a la del régimen de I s a b e l I I . E s refrescante entonces l a admisión de c u l p a del n a r r a d o r - p e r s o n a j e m a s c u l i n o al t e r m i n a r La de Bringas, que confiesa h a b e r sido su cliente. C o n ello el lector se c o n t a m i n a de l a c u l p a del desastre español. L a ampliación de esta confesión m a s c u l i n a se d a en Lo prohibido, n o v e l a poco l o g r a d a . G i l m a n o b s e r v a a t i n a d a ­mente que e n l a o b r a de Galdós los personajes m a s c u l i n o s sólo se representan a sí m i s m o s , m i e n t r a s que los femeninos —superiorísimos— t ienen d e n s i d a d simbólica. E n este l u g a r habría sido interesante u n a reflexión sobre l a dialéc­t ica de s e x i s m o / f e m i n i s m o en l a n a r r a t i v a ga ldos iana . P a r a c o m e n z a r , y es u n pecado c o m p a r t i d o por F l a u b e r t , Z o l a y Clarín, el hecho de u t i l i z a r a l a m u j e r p a r a s i m b o l i z a r el deterioro de sociedades regidas por h o m b r e s . P o r otro lado ,

Page 6: NRFH, XXXIII NOTAS 491aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/26491/1/33-002-1984-0491.pdf · cripción de los contextos (ideológico socia, y cultural)l l, a historia de formas

496 NOTAS N R F H , X X X I I I

Galdós, q u i e n c o m o es n o t o r i o , es u n novel is ta de g randes personajes f e m e n i ­n o s , a m e n u d o los t r a t a c o n c ierta ambigüedad paternal i s ta . E l caso es patente e n Tris tana, la novela que a r t i c u l a de m a n e r a m á s explícita el f eminismo del autor , y que paradójicamente — y p a r a d i s g u s t o de su co lega y compañera de a v e n t u r a s eróticas, doña E m i l i a P a r d o Bazán— se q u e d a trunco con l a m u t i ­lación física de l a protagonista : toda la n o v e l a está m o n t a d a ¿irónicamente? sobre el nefasto refrán hispánico " l a m u j e r c a s a d a / l a p i e r n a q u e b r a d a y en c a s a " . A u n la liberación de la m i s m a F o r t u n a t a , cuyo triunfo espiritual es i n n e ­gable, se d a en términos patéticos: sólo como m a d r e , el rol asignado desde s i e m ­pre por la sociedad p a t r i a r c a l a su sexo.

L a n o v e d a d de Fortunata y Jacinta n o se e x p l i c a sólo en términos de la i n s a ­tisfacción de O al dos con su trabajo anter ior ( F o r t u n a t a será la antítesis de I s i -O o f •> ^ 0¡ •d-?b'">r^c;'ÍD ;d ' ; m? de C s u i d a ar ; u ' d c c r ? o r a p m^ro** p<^r^ s a l u d a b l e

' : r ; ,o > r r " ° r ; - " o - d^ " > " r i?«*• ̂ c a ,ir°«i - de lar .--r* ^ d o ^ e c d r ; r o t o r :>oor** ld.s obras de Clarín, f l a a h e r t , B a l z a c y Z c l a Galdós c e lebró m o c h ° /,o Regeric, que apareció e n 1885. M a x i y A n a Ozores comparten — c o m o F m m a — la \nr\1r3 de la l e c t u r a . Modame Bovary es t o d a u n a lección de cómo e m p l e a r el modelo cervant ino en el d iec inueve , haciéndolo trascender l a m e r a sátira soc ial y política y l a elaboración del mito de l a d e c a d e n c i a española. E l meollo está en l a creación de caracteres " i n c i t a d o s " , " c a s o s máximos de v i d a " (los tér­m i n o s son de C a s t r o : " inci tación" = "incorporación consciente de l a exci ta ­ción o el e n t u s i a s m o " ) : A n a , M a x i , E m m a , F o r t u n a t a . N o se trata de c a r a c ­teres que sufran o v i v a n intensamente n a d a más, sino que a s u m a n has ta sus últimas consecuencias l a " l o c u r a h e r o i c a " ( cur iosamente en este punto G u ­iñan no a lude a l a noción l u k a c s i a n a de "héroe problemático" , i m p r e s c i n d i ­ble) . E l diálogo de los novelistas decimonónicos con C e r v a n t e s se d a , pues , e n este o r d e n : F l a u b e r t > Clarín > Galdós. E n Fortunata y Jacinta M a x i r e s u l ­tará u n a c a r i c a t u r a n a t u r a l i s t a del d o n Q u i j o t e derrotado y ridículo de l a p r i ­m e r a parte ; F o r t u n a t a , con su autonomía i n n a t a , se a c e r c a al d o n Qui jote de l a s e g u n d a : el que , ennoblecido , e m p r e n d e el regreso y m u e r e en su casa con d i g n i d a d .

E l d ialogismo intertextual que convierte a l a n o v e l a en género polifónico h a s ido , desde el Quijote, inherente a l a expresión más sofisticada de esta forma l i t e r a r i a : el novel ista nos e n t r e n a p a r a m i r a r l o mirarse t r a b a j a r . A h o r a b i e n , l a h e r e n c i a c e r v a n t i n a en Galdós produce resultados m u y distantes del j u e g o b o r g i a n o , más cercano al a jedrez l i terario que a l a creación de v idas h u m a n a s e n el t iempo . S i C e r v a n t e s establece l a ecuación entre lectura y conciencia ( lec­t u r a : las nuestras , las del personaje y las d e l autor , tácitamente presentes en n u e s t r a descodificación actual del texto), el propósito es sumergirnos en la expe­r i e n c i a del ente de ficción p a r a convert irnos — a l decir de P r o u s t — e n mejores lectores de nosotros m i s m o s .

H a s t a aquí G i l m a n h a considerado los factores de historia y l i teratura como contexto que posibi l i ta el m i l a g r o artístico de l a n o v e l a que d a título a la ter­c e r a parte de su l ibro : Fortunata y Jacinta. C o m o e n t r a m o s aquí al centro f u n ­d a m e n t a l del texto, a l a vez el más fecundo y polémico, vale l a p e n a e x a m i n a r c o n detenimiento —capítulo a capítulo—• l a propuesta de su autor .

" T h e challenge of histor ical t i m e " repone el t e m a que abrió el l ibro . L a crítica m a r x i s t a se h a ocupado por razones obvias del auge de l a novela en el d i e c i n u e v e , también manifestación del h is tor ic ismo del siglo. E l l o es posi -

Page 7: NRFH, XXXIII NOTAS 491aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/26491/1/33-002-1984-0491.pdf · cripción de los contextos (ideológico socia, y cultural)l l, a historia de formas

N R F H , X X X I I I N O T A S 497

tivo e n l a m e d i d a en que su enfoque plantea implícitamente u n p r o b l e m a esen­c i a l : ¿cómo l o g r a r o n estos novelistas t r a n s f o r m a r l a m a t e r i a p r i m a socio -his ­tórica en obras de arte d u r a d e r a s ? P e r o G i l r n a n entiende que esa crítica ofrece u n a interpretación e q u i v o c a d a de Fortunata y Jacinta: l a ve c o m o l a his tor ia de u n a víctima p r o l e t a r i a presa en el engranaje de u n a sociedad b u r g u e s a que pide a gritos l a revolución. L a nove la es válida artísticamente por ser " r e a ­l i s t a " en términos sociales . Q u e esto es incorrecto lo r e v e l a l a o b r a m i s m a , c o n su final c o n t r a r r e v o l u c i o n a r i o .

L a n o v e l a m o d e r n a nace con l a interrupción del episodio entre d o n Q u i ­jote y el vizcaíno e n el capítulo 8 del l ibro de C e r v a n t e s . L a narración se hace consciente de sí m i s m a a través de l a interrupción irónica ( forma efectiva de lo que hoy l l a m a m o s la autorreferencialidad): nos damos cuenta de que el tiempo de l a acción y el de la e s c r i t u r a n o c o i n c i d e n . L a estratagema del m a n u s c r i t o

o o o í f ío — i'f'j&j^x o o r r , T t . r . o 1 , ) '¿ ' v c o k j " de !s ñ c o ó n , ca i¿ .d r - q u e p e n i n te .3 1 0 o 3 r ra o o ^m^íoíi^ t o r n o p í d e m e ™ a o v i L v i t i t o y<xí íd^^u O Ü C y as i -Timos a i proceso tíe c reac i ón . E l l o g r o m á x i m o de la in terrupc ión ) 0

ilusión de l ibertad p a r a los personajes: l ibertad del dominio del creador, y l iber­tad del sometimiento forzoso a l a secuencia cronológica de los episodios. (Aquí cabría a p u n t a r , a u n q u e G i l m a n no lo c o n s i g n a , que José A n t o n i o M a r a v a l l e s t u d i a el recurso bajo el n o m b r e de " l a técnica de l a suspensión" 1 4 , propo­n i e n d o otra interpretación. Según ésta, l a suspensión —traslación a l a l i tera ­t u r a del arcana imperii de Tácito que se pone de m o d a c o m o estrategia de poder e n l a monarquía abso luta del X V I I — es u n a técnica p a r a m a n i p u l a r a los lec ­tores y glorif icar l a l ibertad absoluta del n a r r a d o r . ) P a r a A u g u s t o C e n t e n o , m a e s t r o de G i l m a n , lo que C e r v a n t e s consiguió con ello fue convert ir l a m a t e ­r i a de l a nove la de caballería ( la a v e n t u r a ) e n l a m a t e r i a de l a n o v e l a m o d e r n a ( la e x p e r i e n c i a ) , o d icho en palabras de C a s t r o : desde el Quijote l a nove la no n a r r a el acontecer , sino que presenta a los personajes s intiendo y v i v i e n d o ese acontecer . E l segundo logro de l a interrupción está e n e n t r e n a r al lector e n l a percepción de l a ficción. C o m o lectores del Quijote c o m p a r t i m o s con el pro ­tagonista el despertar a l a rea l idad a m e d i d a que a v a n z a la narración. N o s l i b e r a m o s c o n él de l a ficción. Y ello se hace extensivo — e s t a c o n c i e n c i a de l a ficcionalidad— a las ficciones que sociedad y c u l t u r a nos i m p o n e n . L a novela m o d e r n a nos a y u d a a d e s c u b r i r cómo l i b e r a r n o s . Fortunata y Jacinta r e c u p e r a esta lección c e r v a n t i n a . E n ella la estratagema documental de l a novela de c a b a ­llería (el m a n u s c r i t o encontrado) es sust i tuida por l a estratagema histórica: l a recreación deta l lada del m u n d o político, social y económico del M a d r i d de fin de siglo. D e esta n u e v a " f i c c i ó n " habrá de l ibrarse F o r t u n a t a .

Fortunata y Jacinta sigue el patrón típico de l a novela del d iec inueve : se abre c o n u n a l a r g a introducción que reconstruye el medio . M á s aún: l a excede; esta introducción s u p e r a en d e n s i d a d y extensión a l a de las novelas coetáneas, con l a excepción d e M o b y Dick y quizás Nostromo. C u r i o s a m e n t e , y a Z o l a había a b a n ­d o n a d o l a técnica, y Galdós también. S i n e m b a r g o Fortunata vuelve a r e i n c i d i r e n los p a n o r a m a s de las p r i m e r a s series de Episodios, a los que y a había r e n u n ­c iado el autor en su etapa n a t u r a l i s t a . M á s curioso todavía es el hecho de que m u c h o s de los detalles que d a en esta introducción son prescindibles p a r a el desarrollo de l a historia . ¿Por qué entonces el esfuerzo de reconstruir el M a d r i d decimonónico de los A r n a i z y los S a n t a C r u z ? L a frase i n i c i a l , " L a s noticias

J . A. M A R A V A L L , La cultura del barroco. Análisis de una estructura históñca, Ariel, Barcelona, 1975.

Page 8: NRFH, XXXIII NOTAS 491aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/26491/1/33-002-1984-0491.pdf · cripción de los contextos (ideológico socia, y cultural)l l, a historia de formas

498 NOTAS N R F H , X X X I I I

más remotas que tengo ele l a p e r s o n a que l leva este n o m b r e ¡Juanito S a n t a C r u z ] . . . " , propone l a clave irónica p a r a leer todo el p a n o r a m a histórico que sigue. C o n n o t a que el medio de d o n B a l d o m e r o y su c lan es y a intrínsecamente pasado : l a no i m p o r t a n c i a de tanta p o m p a hace que los eventos de l a f a m i l i a p a r e z c a n remotos . A l contar este M a d r i d , Galdós no está ce lebrando l a histo­r i a c o m o m o d o de expl icar l a v i d a novelísticamente, sino denigrándola c o m o responsable de l a desvalorización de tanta v i d a h u m a n a . S i Fortunata y Jacinta rebate las convenciones de l a n o v e l a n a t u r a l i s t a , también lo hace con las de la n o v e l a histórica, de l a cual procede aquélla. T o d o ello se reduce a algo esen­c i a l : según C e r v a n t e s subvirtió l a nove la de caballería de su época, Galdós sub­v i e r t e l a e s t r u c t u r a convencional de la novela de l siglo x í X .

C o m o protagonista, F o r t u n a t a es belleza física, pero sobre todo salud m e n ­

tal, autenticidad que i l u m i n a cuanto toca. E n el capítulo " L a s M i c a e l a s " gana­

cí náuírag".? — c- un > ce ur. <, u o v e esoc o au^iona» p a r a míen sil i car ta ex pe

robará el paisa je , el horizonte , sabemos que l a pared en ascenso s imbol iza l a pérdida de l a l ibertad: el dique artificial que contendrá ei íluir natura l del a l m a de F o r t u n a t a hasta que r o m p a en aquel " e s t a l l i d o de infinitas a n s i a s " con que rppTPsa a J u a n i t o al f inal de l a parte I I . L a trayector ia de F o r t u n a t a es aseen dente, y con ella Galdós pretende m o s t r a r que l a salvación aún es posible. L o que i m p o r t a es cómo el la se forja a sí m i s m a (como el d o n Q u i j o t e que dice " Y o sé quién soy, y sé que puedo ser no sólo los doce pares de F r a n c i a . . . " ) c u a n d o "concentrándose en u n a sola i d e a , se determinaba con desusado vigor y f o r t a l e z a " .

V o l v i e n d o al f inal de l a n o v e l a , a u n q u e el n a r r a d o r — a m i g o de los S a n t a C r u z , y por lo tanto, burgués— flirtea de vez en cuando con la idea de l a recon­ciliación de las clases sociales, el don del bebé de F o r t u n a t a no arreglará n a d a : lógicamente podemos i n t u i r que el niño no tendrá más remedio que conver ­tirse en otro señorito, y quizás peor que J u a n (en este caso tendrá tres m a d r e s — B a r b a r i t a , G u i l l e r m i n a y J a c i n t a — y un padre ausente) . M a r x y F r e u d nos obligan a otra lectura del final, no tan feliz. Blanco A g u i n a g a tiene razón cuando señala 3 5 que l a n o v e l a presenta l a "sumisión a b s o l u t a ' ' (pa labras de M a x i al final) de l a pequeña burguesía y el pueblo frente ai poder establecido: l a b u r ­guesía c o m e r c i a l y financiera. E l saldo son tres muertos ( M a u r i c i o , F o r t u n a t a y F e i j o o , el viejo l i b e r a l ) , u n pequeño burgués loco, u n a futura maestr i ta y u n modelo de pintores . T o d o ello es cierto en términos sociales. S i n e m b a r g o , y a n i v e l tanto h u m a n o c o m o novelesco , el regalo épico del niño — e l tan m e n ­tado " r a s g o " , don de v i d a no correspondido que s u b r a y a l a superioridad moral del d a d o r — constituye u n a vigorosa afirmación de h u m a n i d a d . Galdós no e x c u s a n i pretende c u r a r a l a sociedad enferma que presenta en su novela , sino exal tar u n ser que transitó su propio sendero , y al hacer lo r e i v i n d i c a l a condi ­ción h u m a n a . P o r eso incluso sentimos cariño y nostalgia por ese M a d r i d : l a o b r a no nos de ja l a a m a r g u r a que produce el medio de E m m a B o v a r y . C o m o en el Quijote, hemos asistido a l a salvación del espíritu en términos p u r a m e n t e h u m a n o s . F o r t u n a t a h a perdonado no sólo a J a c i n t a , sino a M a d r i d y a su his tor ia .

" T h e art of l i s t e n i n g " se inserta en l a corriente más n o v e d o s a de l a crítica

1 5 "Entrar por el aro. . . "

Page 9: NRFH, XXXIII NOTAS 491aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/26491/1/33-002-1984-0491.pdf · cripción de los contextos (ideológico socia, y cultural)l l, a historia de formas

N R F H , X X X I I I NOTAS 499

de Galdós, l a q u e atiende al n i v e l d e l d i scurso e n el relato; t r a d i c i o n a l m e n t e , c o m o h e m o s visto , los estudios galdosianos h a n e x a m i n a d o l a his tor ia (perso­n a j e s , e s t r u c t u r a y contenido ideológico). T r a s l a intuición lúcida de l a P a r d o Bazán e n u n ensayo de 1891, Joaquín G i m e n o fue el p r i m e r o en estudiar el " p r o b l e m a ' ' del discurso n a r r a t i v o de Galdós que volvió a b u e n a parte de la crítica e n c o n t r a s u y a : el empleo de los tópicos del i n t e r c a m b i o oral en lugar de l a creación de un estilo propio . A l c o m b i n a r retóricas de diversas fuentes — o r a t o r i a política, sermones religiosos, l a oficialidad burocrática, l a p r e n s a — Galdós reconstruye y exagera irónicamente (como sus ilustres antecesores: C e r ­v a n t e s , el autor del Lazarillo, R o j a s ; en c u a n t o a este último, G i l m a n h a t r a b a ­j a d o agudamente l a oral i d a d en La Celestina) u n estado sociolingüístico de dege­neración a l a r m a n t e .

E l U vnguT¡c- de los tópico-: funciona en For*onato y Jacinta de m a n e r a p a r e -

a F o i ! 0 : d * a es or ..úsame r:< c su esín<ozo enoio -e de crear O: a sí m i ; o . a con ios eleí 'cilios ( lengua, val o» *> j desgaseados que su sociedad, o presentada por j u 3 ni to , le ofrece P a r a F o r t u n a t a los va lores no son m e r a s p a l a b r a s , y el lenguaje es un i i i8uumeil ío para d c c L vcnJadca . A l pr inc ip io de l a o b r a casi no h a b l a , c o m o un a n i m a l i t o . P e r o en su d e s c u b r i m i e n t o de " l a idea b l a n c a ' 5 en L a s M i c a e l a s d e m u e s t r a u n discurso m e n t a l articuladísimo; más aún en el de " l a p i c a r a i d e a " y c u a n d o d e j a m u d a a G u i l l e r m i n a en el diálogo tenso que entreoye J a c i n t a . E l l o i m p l i c a que su anter ior i n c a p a c i d a d lingüística e r a tan sólo aparente , u n rechazo implícito de l a t r i v i a l i d a d de los tópicos de l a socie­d a d madrileña.

L a técnica n a t u r a l i s t a del diálogo indirecto cede ante el diálogo directo de tradición c e r v a n t i n a en esta nove la que se c e n t r a en torno al lenguaje hablado . P a r a l a caracterización interna , Galdós penetra la sensibil idad de F o r ­tunata , dotándola de palabras y conceptos: m a n e r a de acercamiento entre n a r r a ­d o r y personaje que contrasta con e l d i s tanciamiento irónico del diálogo i n d i ­recto l ibre .

G i l m a n no lo trata aquí, pero paralelo al dia logismo oral que a r t i c u l a el d i s c u r s o del n a r r a d o r en esta n o v e l a que carece de u n a p r e s e n c i a autor i al dec i ­s i v a , h a y otro l i terario que e s t r u c t u r a dialécticamente el h a b l a de los p e r s o n a ­j e s . E n esta línea se sitúan los trabajos que A l i c i a A n d r e u tiene en p r e p a r a ­ción: "Diálogo de voces en Fortunata y Jacinta" y " J u a n i t o S a n t a C r u z en diálogo c o n su propio m i t o " , que habrán de reunirse con otros en su próximo l ibro La estructura dialógica en la narrativa de Galdós. A n d r e u propone que Fortunata y Jacinta m u e s t r a u n a textura, multigenérica en que c o n v i v e n varios textos — c o s a q u e y a vio en relación con las novelas españolas de c o n s u m o en torno al a r q u e ­tipo de l a " M u j e r v i r t u o s a " e n Galdós y la literatura popular (1982) en el caso de La desheredada y Tormento— y que l a narración r o m p e con l a h a b i t u a l lógica unívoca del discurso real is ta . E n Fortunata c a d a personaje l leva a cuestas u n género l iterario con el c u a l se mant iene en constante estado de diálogo. J a c i n t a l l e v a sus novelas de folletín. F o r t u n a t a dialoga con u n texto romántico cuyos orígenes se podrían r e m o n t a r a novelas tales como Manon Lescaut y La dama de las camelias. J u a n i t o S a n t a C r u z l leva su D o n J u a n de T i r s o y de Z o r r i l l a . G u i l l e r m i n a P a c h e c o , l a " r a t a eclesiástica", dialoga con u n texto religioso seudo-burgués que se p r o p a g a en l a p r e n s a católica del diecinueve y en el que se le p r e d i c a al público femenino la neces idad de u n a act iv idad catequizante o r i e n t a d a a l a c a r i d a d y al consuelo de las clases m a r g i n a d a s . M a x i m i l i a n o

Page 10: NRFH, XXXIII NOTAS 491aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/26491/1/33-002-1984-0491.pdf · cripción de los contextos (ideológico socia, y cultural)l l, a historia de formas

500 NOTAS N R F H , X X X I I I

Rubín p i e r d e e l j u i c i o c o m o resultado de l a ávida l e c t u r a de l ibros de filosofía. Y ei texto del b u e n a z o de I d o del S a g r a r i o es u n a m e z c l a híbrida de l a o b r a de Calderón de la B a r c a y l a n o v e l a de folletín.

" T h e art o f génesis" es u n a re-elaboración del trabajo más polémico de G i l m a n sobre l a n o v e l a : " T h e b i r t h of F o r t u n a t a " , publ icado en el p r i m e r número de los Anales Galdosianos (1966) . E s ante todo u n a reflexión sobre el t e x t o a p a r t i r del estudio de su p r i m e r v o l u m e n . E l n a c i m i e n t o es el m o t i v o e s l r u c t u r a d o r de este " l i b r o de génesis" , según l a muerte es el t e m a recurrente del último. Galdós llega a construir todo un árbol genealógico p a r a b u e n a parte de l a c i u d a d como introducción a J u a n i t o . P e r o todo el p a n o r a m a de l a b u r ­guesía madrileña del p r i m e r v o l u m e n (el m e d i o social de J a c i n t a y de J u a n i t o ) resulta u n a introducción irónica p a r a F o r t u n a t a . L a protagonista sale de la nada y el ?73t, cerno CJ. n o r ^ c r e ]c i n d i c a , y d n e m b a r g o ce c o n s t r u y e a ::í

- i diiiííjMj'í i->o oo'~ el L ,ua, se !-° ' cnoc «- j J - J O Oj ̂ eofioi?- r e c e r o d e ^ d o " e l / a - r'o de l a v i d a ' y For túna la d i c i e n d o ' ' S e y ángel ' ' .

L a situación emblemática de l a n o v e l a ( c o m e e n el Quijote l a escena de los molinos de viento) es ei p r i m e r e n c u e n t r o entre F o i t u n a t a y J u a n i t o en i a C a v a , m i e n t r a s e l la come u n h u e v o c r u d o . Se establece aquí tanto el mito de F o r t u ­n a t a c o m o el s imbol ismo del ave que p e r m e a coherentemente la total idad del texto. V e a m o s los elementos que de este último propone el episodio: J u a n entra corno a n i m a l de p r e s a por l a t i e n d a de pollos de l a tía de l a protagonista , " p i s a n d o p l u m a s y aplastando c a s c a r o n e s " ; F o r t u n a t a — p r e s a en l a C a v a , que a s e m e j a " u n castillo o prisión del E s t a d o " , c u a l las gall inas en sus j a u l o n e s — se agasa ja c o m o t a l , esponjándose e n su mantón m i e n t r a s come u n h u e v o c r u d o . A l l l a m a d o de la tía desaparece r o d a n d o escaleras abajo c o m o si v o l a r a , y emite u n " y i á v o y " que resul ta " d i g n o canto de tal ave " . Galdós n o abandonará el s imbol ismo ornitológico —retórica n a t u r a l i s t a que e n t r o n c a con Z o l a y es c o m p a r t i d a por Clarín—• en el resto del l i b r o . E n l a l u n a de m i e l J a c i n t a y J u a n c o m e n pájaros fritos m i e n t r a s l a p r i m e r a se a p i a d a del bocado q u e tiene en l a m a n o dic iendo " P o b r e ángel" ; a F o r t u n a t a l a rehabi l i tan en l a sección de las filomenas ( = ruiseñores, eufemismo p a r a las ' 'pájaras m a l a s ' ' ) e n el convento de L a s M i c a e l a s ; doña Desdémona envía con M a x i a doña L u p e el m e n s a j e críptico de que " l a pájara m a l a sacó pollo esta m a ñ a n a " p a r a not i ­c i a r el n a c i m i e n t o del v e r d a d e r o P i t u s o ; F o r t u n a t a " e m p o l l a " h a s t a que sale " c o r n o pajarito del cascarón'' su " p i c a r a i d e a " ; d u e r m e a su hijito " r e z o n ­gando como l a pájara en el n i d o " ; J a c i n t a es l a dulce p a l o m a e n r a b i a d a que se enfrenta a F o r t u n a t a , l a m a l a pájara e n j a u l a d a . . . L a interpretación de G i l ­m a n h a tenido t r a s c e n d e n c i a crítica: l a s iguen , a m p l i a n d o el a r g u m e n t o con nuevos e jemplos , A g n e s M o n c y Gullón y R o g e r U t t , y l a niega C a r l o s B l a n c o A g u i n a g a 1 6 .

B l a n c o A g u i n a g a entiende que es completamente equivocado el enfoque simbólico de G i l m a n , que interpreta l a n o v e l a como el c a m i n a r de u n perso­naje en u n m a r c o sociohistórico m e r a m e n t e accesorio . Aquí los puntos de su argumento : 1) F o r t u n a t a sí tiene linaje o antecedentes: el C u a r t o E s t a d o , implí­cito en l a C a v a de S a n M i g u e l como su l u g a r de or igen . A u n q u e es huérfana — l a connotación es de or fandad s o c i a l — tiene parientes : S e g u n d a y José I z q u i e r d o . 2) L a alusión al esponjarse c o m o gal l ina en su mantón no se refiere

1 6 " O n the birth of Fortunata".

Page 11: NRFH, XXXIII NOTAS 491aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/26491/1/33-002-1984-0491.pdf · cripción de los contextos (ideológico socia, y cultural)l l, a historia de formas

N R F H , X X X I I I N O T A S 501

a Fortunata como indiv iduo sino como miembro de su clase, como madrileña del pueblo . 3 ) L a s referencias de G i l m a n a l lenguaje ornitológico son triviales : más que de motivos simbólicos se trata de tópicos lingüísticos del h a b l a fami ­l i a r . 4) E l ave es punto de analogía no sólo p a r a F o r t u n a t a , sino p a r a otros personajes como J a c i n t a , doña L u p e . . . 5) F o r t u n a t a tiene u n a dimensión más erótica que angélica y 6 ) no es " e s c u l t u r a de sí m i s m a " , sino u n personaje patético m a n i p u l a d o por los demás.

E l trabajo de B l a n c o A g u i n a g a — f i n o e inteligente por d e m á s — es i m p o r ­tante no en tanto que logra lo que se propone , rebat ir l a tesis de G i l m a n , sino en l a m e d i d a en que nos a n i m a a m a t i z a r l a . L a polémica replantea , a otro n i v e l , aquel la q u e se produce entre Arnénco C a s t r o (De la edad conflictiva) y José A n t o n i o M a r a v a l l (La cultura del barroco), y que nos obliga a d i s c e r n i r l a p r i o r i ­d a d e n t r e c u l t u r a y soc iedad . E n este caso, se t r a t a del c o n f l i c t o entre el sen-t v ' o Í 'C : O F n " r :3 ¡v.,rc."«a, f acto . c T < : T:' i e ° o u e '-•r• ?• v <0 "~t '*st' 5^ p o s t u r a s p u e d e n e x t r e m a r s e hasta hacerse i e d u c c i o m s t a s , p o r lo q u e es calu d a o i e l a c o n í i o o t a c i ó a m a t u a p a r a c o r r e g i r excesos. E s c i e r t o q u e a G i l m a n se le puede cr i t icar el d e s e s t i m a r el nivel d o c u m e n t a l del l ibro que tanto preo­c u p a a A g u i n a g a — p a r a éste l a h i s t o r i a no es e l contexto, sino que funda el texto, y l a relación entre los eventos políticos y l a ficción se explícita en los títulos de l a tercera parte : " L a Restauración, v e n c e d o r a " , " L a Revolución v e n c i d a " , " C u r s o de filosofía práctica" y " O t r a Restauración" — , pero de lo q u e no h a y d u d a es de que ha. entendido l a n o v e l a e n sus propios términos c o m o n a d i e .

R e t o m e m o s críticamente el a r g u m e n t o de B l a n c o A g u i n a g a . E n el p r i m e r p u n t o , h a y que reconocer que tiene razón: F o r t u n a t a sí tiene antecedentes que l a l i m i t a n y e x p l i c a n en b u e n a m e d i d a su situación desventajosa . P e r o a n i v e l e s t r u c t u r a l , estos datos se escamotean i n i c i a l m e n t e , creándose l a ilusión nove­l e s c a de que sale de l a n a d a . L a ironía que m a r c a el contraste entre anteceden­tes /resultado final de las v idas de F o r t u n a t a y de J u a n i t o no puede p a s a r desa ­p e r c i b i d a . E l punto 2 sería válido si a) se d i e r a seguimiento a l a asociación simbólica entre el ave y las m u j e r e s del pueblo , o b) no se le d i e r a con respecto a F o r t u n a t a . P e r o sabemos que sucede lo c o n t r a r i o . C i e r t o que a veces (punto 3) G i l m a n re fuerza su p lanteamiento con ejemplos que poco a p o r t a n , por t r a ­tarse de frases lex ica l izadas ( " e m p o l l a r " l a " p i c a r a i d e a " ) , lo que no q u i t a que exista u n a retórica ornitológica coherente en el texto (como señalamos, U t t y M o n c y Gullón h a n contribuido a prec isar la ) , cosa que sin querer sugiere el m i s m o A g u i n a g a en el punto 4 . E l punto 5 a lude a l a interpretación de G i l ­m a n sobre el mito de F o r t u n a t a . V o l v i e n d o a l a situación emblemática de l a n o v e l a , G i l m a n propone que el pasaje r e c u e r d a el n a c i m i e n t o de E r o s de u n h u e v o en el caos de l a noche , según el mito que refiere Aristófanes e n Los pája­ros. F o r t u n a t a no aparece p r e c e d i d a por su genealogía, sale del a z a r y de la o s c u r i d a d de l a C a v a y l a e n c o n t r a m o s comiendo u n h u e v o ; además, es h e r ­mosísima. I n t e r e s a n t e m e n t e , después de presentar esta posibi l idad interpreta ­t i v a t a n f e c u n d a , G i l m a n nos dice que e n rea l idad F o r t u n a t a no es E r o s : el mito de origen es e n el fondo u n mito de metamorfosis , en que l a P i t u s a se convertirá e n u n ser a lado . N a c i d a de u n h u e v o en el c a u t i v e r i o , al final volará al cielo después de decir " S o y ángel " . B l a n c o A g u i n a g a señala u n punto impor ­tante al s u b r a y a r el erotismo de la escena. C o m o todo gran personaje moderno , F o r t u n a t a es a m b i g u a : es E r o s (las connotaciones sexuales del acto de comer las babas del huevo c r u d o son clarísimas; por otra parte l a pasión erótica — o b -

Page 12: NRFH, XXXIII NOTAS 491aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/26491/1/33-002-1984-0491.pdf · cripción de los contextos (ideológico socia, y cultural)l l, a historia de formas

502 NOTAS N R F H , X X X I I I

sesiva, piénsese e n el s u e ñ o de los t u b o s — es su n o r t e e n l a v i d a ) , es m a d r e (el h u e v o también es s í m b o l o de f e c u n d i d a d , y e n e l la estará su v i c t o r i a final), y es ánge l : h o n r a d e z (el " r a s g o " d e l d o n d e l n i ñ o l a l i m p i a de c u l p a , i gua lán ­d o l a a J a c i n t a ) , l i b e r t a d y a f i rmac ión de h u m a n i d a d ( f i e l a sí m i s m a , r o m p e b a r r e r a s sociales p a r a c u m p l i r c o n su p r o p i a c o n c i e n c i a ) . E n c u a n t o a l p u n t o f i n a l (6), F o r t u n a t a es e s c u l t u r a de sí m i s m a t r a s h a b e r s ido m a n i p u l a d a p o r los d e m á s : n i l o u n o n i l o o t r o e n t é rminos a b s o l u t o s . E l final de l a n o v e l a es t a n a m b i g u o c o m o el p e r s o n a j e : l a v i c t o r i a de F o r t u n a t a sólo p u e d e darse desde su r o l de m a d r e , el ú n i c o q u e le reconoce su soc iedad y el ún i co q u e d i g n i f i c a a l a m a l a m u j e r e n l a t rad ic ión c r i s t i a n a o c c i d e n t a l desde E v a ( l a c a r e n c i a de J a c i n t a es p r e c i s a m e n t e la m í e o d i d a d j . U n a n i u j e i soi te r a , t i a b a ­j a d o r a y a u t o s u f i c i e n t e c o m o A u r o r a , s in h ' j os , q u e d a n e c e s a r i a m e n t e c o m o " l a m a l a " " l a otoa" Todo el lo nene obstes o nét i cos Pero al héroe p r o b h - -

,,uyc<s O. ' d o r a r l e o f : -cd de f o r IOOÍJ CI \ .crocccnr^ A , vj.ráo i ¡ d», d e rujo y la ahírnac ión " S o y ángel" le d a n p l e n a estatura h e r o i c a , c o m o lo e n t i e n ­de Bajt ín :

Ce ne sont pas [. . .] les traits de la réalité, celle du personnage lui-même et de son envirnrmerppru qunfidien qui servent d'éléments constitutifs pour l 'éla­borat ion de son por t ra i t , mais la signification de ces traits pour le héros lui-même, pour sa conscience de soi [. . . ] .

I l y a toujours dans l 'homme quelque chose que l u i seul peut découvrir à travers l 'acte l ibre d u mot et de la prise de conscience de soi, quelque chose qui n 'admet pas de définition extérieure " p a r c o n t u m a c e " 1 7 .

E n T h e a r t o f c o n s c i o u s n e s s " , y de n u e v o a p a r t i r de F o r t u n a t a , Cul m a n e x a m i n a c ó m o la n o v e l a absorbe l a h e r e n c i a c e r v a n t i n a . C o m o Z o l a , Calc ios p r e f i e r e p r e s e n t a r a d e s c r i b i r sus persona jes . P e r o en el caso de F o r t u n a t a e l l o se acentúa : casi n o l a v e m o s f í s i camente , desde l a l a cón i ca presentac ión de l n a r r a d o r : " J u a n i t o v i o a lgo q u e de p r o n t o le i m p r e s i o n ó : u n a m u j e r b o n i t a , j o v e n , a l t a . . . " L o q u e i m p o r t a es l a impres i ón q u e causa en los d e m á s . F o r ­t u n a t a , q u e casi n o aparece en el p r i m e r v o l u m e n , es su presenc ia c o n s t a n t e , y e l t e r n a obses ivo de l a l u n a de m i e l de J u a n i t o y J a c i n t a . S u ausenc ia física n o i m p i d e q u e se c o n s t i t u y a e n l a r e a l i d a d r e a l d e l p r i m e r t o m o . A q u í t e n e ­m o s l a o f e n s i v a g a l d o s i a n a — h o m e n a j e a C e r v a n t e s — c o n t r a Z o l a y e l n a t u ­r a l i s m o : el regreso a l a c e l ebrac i ón de l a c o n c i e n c i a . U n a figura de l a m e n t e i m p o r t a m á s q u e el M a d r i d m e r c a n t i l c u y a densa descr ipc i ón nos pesa a l i n i ­c io de l a n o v e l a , y su c o n c i e n c i a l ogrará e x o r c i z a r l o a l final. F o r t u n a t a es u n a h e r o í n a e n l u c h a c o n t r a l a soc i edad , y sus a r m a s son l a v e r d a d y l a e x p e r i e n ­c ia . A G a l d ó s n o le i n t e r e s a t a n t o su i d e a l u t ó p i c o de u n a soc iedad n a t u r a l r e g i d a p o r l a " p i c a r a i d e a " d o n d e el a m o r se j u s t i f i q u e a sí m i s m o ( " q u e r e r a q u i e n se q u i e r e n o p u e d e ser cosa m a l a " ) y e n q u e l a m a t e r n i d a d sea e l ú n i c o s a c r a m e n t o ( " e s p o s a q u e n o t i e n e h i j o s n o es t a l e s p o s a " ) , s ino el c o m p r o m i s o consc i ente q u e F o r t u n a t a a s u m e con respecto a l m i s m o .

E l t e m a de Fortunata y Jacinta es entonces el t e m a de t o d a g r a n n o v e l a desde e l Quijote: l a c reac i ón d e l s e n t i d o d e l s i n s e n t i d o , o c o m o L u k á c s nos h a ense­ñ a d o , u n a b ú s q u e d a de va lores q u e e n su a p a r e n t e fracaso l o g r a s i n e m b a r g o t r i u n f a r .

17 Op. cit., pp. 83 y 96.

Page 13: NRFH, XXXIII NOTAS 491aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/26491/1/33-002-1984-0491.pdf · cripción de los contextos (ideológico socia, y cultural)l l, a historia de formas

N R F H , X X X I I I NOTAS 503

L a e s t r u c t u r a de l a n o v e l a se h a d e s c r i t o de v a r i a s f o r m a s : c o m o tr iángu­los a m o r o s o s e n c a d e n a d o s o c o n f l i c t o de clases. T a m b i é n , a u n q u e G i l m a n n o l o m e n c i o n a , c o m o el m a p a de M a d r i d e n m o v i m i e n t o , o i n c l u s o — c o m o lo p e r c i b e L u c i l l e B r a u n — 1 8 e n términos p r o p p i a n o s o cuas i mí t i cos , s i n t e t i z a d a e n e l sueño de M a u r i c i a l a D u r a : u n a m u j e r de c o n d i c i ó n e l e v a d a ( l a V i r g e n , J a c i n t a ) sufre p o r l a p é r d i d a d e l h i j o ( en l a h o s t i a , p o r l a e s t e r i l i d a d ) . E n t o n c e s una . m u j e r h u m i l d e ( M a u r i c i a , F o r t u n a t a ) , p o r m e d i o s poco o r t o d o x o s ( r o b o sacr i l ego d e l s a g r a r i o , p a r t o y r e g a l o d e l n i ñ o i l eg í t imo ) , le d e v u e l v e e l h i j o a l a m a d r e . G i l m a n e n t i e n d e q u e es m á s p e r t i n e n t e v e r l a a l a m a n e r a c e r v a n ­t i n a , c o m o u n a c o n f r o n t a c i ó n e n t r e l o i n t e r n o y l o e x t e r n o , y a q u e l a p r e o c u ­p a c i ó n de G a l dos fue m o r a l : u n i n t e n t o de c a s t i g a r a l a España de l a R e s t a u ­rac ión c o n u n a l ecc ión e x i s t e n c i a l .

r a c i ó n de i a a m b i g ü e d a d sobre i a q u e se e r ige i a nove ía m o d e r n a . Desde ei Quijote este e l e m e n t o f u n d a l o q u e C a r l o s F u e n t e s l l a m a l a " é p i c a v a c i l a n t e " . L a crítica h a a c u ñ a d o d i s t i n t o s n o m b r e s p a r a a l u d i r a l m i s m o f e n ó m e n o : pers -p e c t i v i s m o , l i b e r t a d , e q u í v o c o , i n t e g r a l i s m o , r e a l i d a d o s c i l a n t e . . . T o d o e l lo d e p e n d e d e l f a m o s o h é r o e p r o b l e m á t i c o de L u k á c s . P a r a K r i s t e v a l a c o n d i ­c i ó n de m o d e r n i d a d de l a n o v e l a r a d i c a en e l h e c h o de q u e l a d i s y u n c i ó n e n t r e los opuestos se p r e s e n t a m á s c o m o u n d o b l e q u e c o m o dos i r r e d u c t i b l e s . E n l a p r i m e r a n o v e l a m o d e r n a el caso está p a t e n t e e n l a qu i j o t i zac i ón de S a n c h o y e n l a sanchi f i cac ión de d o n Qui jote . Y en Fortunata y Jacinta t e n e m o s -—como señala G i l m a n — el m i s m o proceso de osmosis q u e r e c o n c i l i a a las p r o t a g o n i s ­tas , c on u n eco c l a r o e n los persona jes de G u i l l e r m i n a Pacheco y M a u r i c i a l a D u r a , f u n d i d o s en l a c o n c i e n c i a de F o r t u n a t a 3 9 .

E l cap í tu lo , q u e a b o r d a la r e c u p e r a c i ó n de l a c o n c i e n c i a e n esta n o v e l a d e c i m o n ó n i c a , n o p o d í a pasar p o r a l t o el p r o b l e m a d e l subconsc i en te , y t e r ­m i n a c o n u n a rápida alusión a las i n t u i c i o n e s p r e f r e u d i a n a s de G a l d ó s — c i e r t a ­m e n t e insól itas, en especial e n l o q u e al s i m b o l i s m o on í r i c o se r e f i e r e — , y q u e h a n sido estudiadas p o r S c h r a i b m a n , U l l m a n y A l l i s o n , y r e c i en temente , B r a u n .

Y l l e g a m o s a l final. Pese a fa l las m e n o r e s — e n el m a n e j o de las c i tas de Fortunatay Jacinta n o se sigue c r i t e r i o fijo en c u a n t o a l i d i o m a : a u n q u e casi todas éstas se d a n en inglés , a l g u n a s se m a n t i e n e n en el o r i g i n a l ( l a c o n c e s i ó n n o se just i f i car ía en u n t e x t o d e s t i n a d o e x c l u s i v a m e n t e a u n p ú b l i c o h i s p a n i s t a , p e r o el e m p e ñ o de G i l m a n es d a r a c onocer a G a l d ó s a l l e c t o r a m e r i c a n o ) ; a d e m á s , las re f e renc ias a l a p r o c e d e n c i a de las c i tas son i n s u f i c i e n t e s (só lo se d a l a p á g i n a de las Obras completas de A g u i l a r , 1 9 5 0 - 1 9 5 1 , c u a n d o h a c e n f a l t a los datos de v o l u m e n y cap í tu l o ) ; o t r a s fal las son de carácter e s t r u c t u r a l : el l i b r o se res iente de r e p e t i c i o n e s y p o r m o m e n t o s r e s u l t a u n t a n t o d e s a r t i c u ­l a d o , a u n c u a n d o la tesis q u e p r o p o n e se f u n d a m e n t a de m a n e r a i m p e c a b l e — , v i s t o e n su c o n j u n t o Galdós and ihe art ofthe European novel: 1867-1887 c o n s t i t u y e e l p r i m e r paso i m p o r t a n t e e n u n a e m p r e s a u r g e n t e p a r a los es tud ios h ispáni ­cos: r escatar a G a l d ó s c o m o c lásico de l a g r a n n o v e l a o c c i d e n t a l . A p o r t a c i ó n

1 8 "The novelistic function of Mauricia la Dura. . . " 19 Ibid.

Page 14: NRFH, XXXIII NOTAS 491aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/26491/1/33-002-1984-0491.pdf · cripción de los contextos (ideológico socia, y cultural)l l, a historia de formas

504 NOTAS N R F H , X X X I I I

i m p r e s c i n d i b l e a la crítica g a l d o s i a n a , el l ibro i l u m i n a la obra del novelista c a n a r i o c o n s i d e r a d a in toto a p a r t i r d e l e x a m e n f e r v o r o s o de su n o v e l a m á x i m a , Fortunata y Jacinta. E n el último capítulo, "Retrospect " , G i l m a n nos da la clave que le permite hacer una lectura irónica de la novela (quizás su mayor acierto), y s u b v e r t i r a l d i os d e l d i e c i n u e v e , l a H i s t o r i a . Se t r a t a — c o n l a p r e s e n t a c i ó n d e l M a d r i d c o n t e m p o r á n e o , p r o s a i c o y f a m i l i a r a sus l e c t o r e s — de l a a u t o p r e -sentac ión de u n n a r r a d o r a b u r r i d o q u e se b u r l a de su p r o p i o r e l a t o ; o t r a v e z C e r v a n t e s .

MERCEDES LÓPEZ BARALT