Pa No de Negocios

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  • 5/21/2018 Pa No de Negocios

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

    ESCOLA DE ADMINISTRAO

    Rodrigo Weber Fighera

    PLANO DE NEGCIOS PARA ABERTURA DE UMA CAFETERIA

    Porto Alegre

    2011

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    Rodrigo Weber Fighera

    PLANO DE NEGCIOS PARA ABERTURA DE UMA CAFETERIA

    Trabalho de concluso de curso de graduao

    apresentado ao Departamento de Cincias

    Administrativas da Universidade Federal do Rio

    Grande do Sul, como requisito parcial para

    obteno do grau de Bacharel em

    Administrao.

    Orientador: Prof. Hugo Fridolino Mller Neto

    PORTO ALEGRE

    2011

    Rodrigo Weber Fighera

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    PLANO DE NEGCIOS PARA ABERTURA DE UMA CAFETERIA

    Conceito Final :..............

    Aprovado em ................. de dezembro de 2011

    BANCA EXAMINADORA

    Prof..................................................................... - Escola de Administrao

    Prof..................................................................... - Escola de Administrao

    Prof..................................................................... - Escola de Administrao

    Orientador: Prof. Hugo Fridolino Mller Neto Escola de Administrao

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    RESUMO

    Este trabalho apresenta a elaborao de um Plano de Negcios para

    uma cafeteria em Porto Alegre com caf de alta qualidade e ambiente

    agradvel. Na primeira etapa so revisados conceitos relativos ao

    empreendedorismo, planejamento empresarial, estrutura do plano de negcios,

    planejamento de marketing, planejamento de recursos humanos e

    planejamento financeiro, que serviro de suporte para o desenvolvimento do

    plano. Na segunda etapa, os conceitos e a estrutura revisados so aplicados

    ao empreendimento acima descrito, definindo o negcio e elaborando planos

    de marketing, recursos humanos, operacional e financeiro. Ao final conclui-se

    que sob as condies de custo e demanda estimadas no plano, o negcio

    vivel e que atende s necessidades do mercado.

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Evoluo do Consumo Interno de Caf no Brasil....................................... 9Figura 2 - Esquema para Elaborao de um Plano de Marketing............................. 12

    Figura 3 - Anlise SWOT..................................................................................................... 17

    Figura 4 - Balano Patrimonial............................................................................................ 23Figura 5 - Questionrio: Pergunta 1................................................................................... 36Figura 6 - Questionrio: Pergunta 2................................................................................... 37

    Figura 7 - Questionrio: Pergunta 3................................................................................... 37Figura 8 - Questionrio: Pergunta 5................................................................................... 38Figura 9 - Questionrio: Pergunta 6................................................................................... 39

    Figura 10 - Questionrio: Pergunta 7................................................................................. 40

    Figura 11 - Mapa Concorrentes.......................................................................................... 45

    Figura 12 - Latte Art............................................................................................................. 46

    Figura 13 - Foto Caf Friori................................................................................................. 47Figura 14 - Foto Caf Div.................................................................................................. 48Figura 15 - Foto Caf Buenos Aires................................................................................... 49

    Figura 16 - Foto Caf Correto............................................................................................. 50Figura 17 - Consumo Caf.................................................................................................. 56

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Demonstrativo de Resultados do Exerccio..................................................... 24Tabela 2 - Exemplo Fluxo de Caixa................................................................................... 25

    Tabela 3 - Entrevista com Concorrentes 1........................................................................ 30Tabela 4 - Entrevista com Concorrentes 2........................................................................ 32Tabela 5 - Cliente Oculto..................................................................................................... 33

    Tabela 6 - Nomes Fornecedores........................................................................................ 43

    Tabela 7 - Custo Fornecedores.......................................................................................... 43Tabela 8 - Alquota INSS..................................................................................................... 60

    Tabela 9 - Alquota Imposto de Renda............................................................................... 61Tabela 10 - Alquota SIMPLES........................................................................................... 64Tabela 11 - Anlise SWOT.................................................................................................. 65

    Tabela 12 - Objetivo 1......................................................................................................... 68Tabela 13 - Objetivo 2......................................................................................................... 69

    Tabela 14 - Objetivo 3......................................................................................................... 69

    Tabela 15 - Objetivo 4........................................................................................................ 69Tabela 16 - Objetivo 5........................................................................................................ 71Tabela 17 - Preos Concorrentes.. ..................................................................................... 74

    Tabela 18 - Preos Fighera Caf........................................................................................ 76Tabela 19 - Objetivo 6......................................................................................................... 77Tabela 20 - Salrio 1............................................................................................................ 80

    Tabela 21 - Salrio 2............................................................................................................ 81Tabela 22 - Salrio 3............................................................................................................ 81Tabela 23 - Investimento Inicial.......................................................................................... 83

    Tabela 24 - Custo Mobilirio............................................................................................... 83Tabela 25 - Custo Utenslios Cozinha................................................................................ 84Tabela 26 - Custo Eletro Eletrnico.................................................................................... 85

    Tabela 28 - Custo Higiene e Limpeza................................................................................ 86

    Tabela 29 - Custo Uniformes.............................................................................................. 86Tabela 30 - Custo Comunicao Visual............................................................................. 86

    Tabela 31 - Custo Reforma/Decorao............................................................................. 87Tabela 32 - Custo Despesas Adicionais............................................................................ 87Tabela 33 - Custo Capital de Giro...................................................................................... 87

    Tabela 34 - Custo Fixo Mensal........................................................................................... 88Tabela 35 - CMV.................................................................................................................. 88

    Tabela 36 - Demanda Pessimista....................................................................................... 89

    Tabela 37 - Demanda Provvel.......................................................................................... 89Tabela 38 - Demanda Otimista........................................................................................... 89Tabela 39 - Depreciao..................................................................................................... 90

    Tabela 40 - DRE Pessimista............................................................................................... 90Tabela 41 - DRE Provvel................................................................................................... 91Tabela 42 - DRE Otimista.................................................................................................... 91

    Tabela 43 - Fluxo de Caixa Pessimista.............................................................................. 92

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    Tabela 44 - Fluxo de Caixa Provvel................................................................................. 92

    Tabela 45 - Fluxo de Caixa Otimista.................................................................................. 93Tabela 46 - Ponto de Equilbrio.......................................................................................... 93Tabela 47 - Payback Provvel............................................................................................ 94

    Tabela 48 - Payback Otimista............................................................................................. 94Tabela 49 - VPL Provvel.................................................................................................... 95

    Tabela 50 - VPL Otimista.................................................................................................... 95

    Tabela 51 - TIR..................................................................................................................... 95

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    SUMRIO

    1 INTRODUO ................................................................................................. 6

    2 PROBLEMA .................................................................................................... 6

    3 OBJETIVOS .................................................................................................... 8

    4 CAFETERIAS NO BRASIL ............................................................................. 8

    5 PLANO DE NEGCIOS ................................................................................ 11

    5.1 PLANO DE MARKETING....................................................................... 11

    5.1.1 MISSO E VISO ............................................................................ 13

    5.1.2 ANLISE DO AMBIENTE DE MARKETING ........... ..................... ........ 14

    5.1.3 OBJETIVOS E METAS ...................................................................... 17

    5.1.4 ESTRATGIA DE MARKETING ......................................................... 18

    5.2 PLANO OPERACIONAL ........................................................................ 21

    5.3 PLANO DE RECURSOS HUMANOS ....................................................... 21

    5.4 PLANO FINANCEIRO ........................................................................... 22

    6 METODOLOGIA ............................................................................................ 26

    7 RESULTADOS .............................................................................................. 28

    7.1 DADOS PRIMRIOS............................................................................. 29

    7.1.1 ENTREVISTAS COM CONCORRENTES ............................................. 29

    7.1.2 CLIENTE OCULTO ........................................................................... 32

    7.2 PLANO DE MARKETING....................................................................... 41

    7.2.1 MISSO E VISO ............................................................................ 41

    7.2.2 ANLISE DO AMBIENTE DE MARKETING ........... ..................... ........ 42

    7.2.3 ESTRATGIA DE MARKETING ......................................................... 68

    7.3 PLANO OPERACIONAL ........................................................................ 77

    7.4 PLANO DE RECURSOS HUMANOS ....................................................... 79

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    7.5 PLANO FINANCEIRO ........................................................................... 82

    7.5.1 INVESTIMENTO INICIAL ................................................................. 82

    7.5.2 CUSTO FIXO MENSAL ..................................................................... 87

    7.5.3 CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA CMV .................................... 88

    7.5.4 PREVISO DE DEMANDA ............................................................... 89

    7.5.5 DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS ............................................... 90

    7.5.6 DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA ............. ............................. 92

    7.5.7 PONTO DE EQUILBRIO .................................................................. 93

    7.5.8 PAYBACK....................................................................................... 94

    7.5.9 VPL (VALOR PRESENTE LQUIDO) ................................................... 94

    7.5.10 TIR (TAXA INTERNA DE RETORNO) ............................................... 95

    8 CONCLUSO ................................................................................................ 96

    9 REFERNCIAS ........................................................................................... 100

    10ANEXOS ...................................................................................................... 101

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    1 INTRODUO

    O trabalho em questo visa elaborao de um plano de negcios para

    a criao de uma cafeteria em Porto Alegre.Para tanto, foi feita uma anlise domercado brasileiro as suas tendncias bem como a anlise de dados

    especficos da economia de Porto Alegre. Nessa parte foram estudados ndices

    de crescimento com foco na regio sul do pas, dados demogrficos como

    aumento da renda per capita, alm da expanso do negcio de cafeterias no

    pas. Em detalhe, sero estudados as tendncias de crescimentos desse tipo

    de negcio como um todo, preo e qualidade dos servios ofertados com o

    intuito com contextualizar a empresa em seu ambiente de atuao.

    Alm disso, houve um extenso trabalho de coleta de dados primrioscom o intuito de enriquecer o plano de negcios com dados de campo. Nessa

    parte sero analisados aspectos como custo dos fornecedores, aluguis,

    pesquisa de salrios e mo de obra necessria para o trabalho. Tambm outro

    aspecto importante de qualquer negcio so os concorrentes sobre os quais

    foram coletadas informaes relevantes que podem ter impacto na cafeteria do

    trabalho em questo e identificar pontos fortes e fracos. Alm disso, foi

    aplicado um questionrio nos potenciais clientes da cafeteria no o intuito de

    entender sua opinio sobre o consumo em cafeterias em Porto Alegre.

    Os mtodos empregados no presente trabalho foram a coleta e anlise

    de dados secundrios, a coleta de dados primrios atravs de entrevistas semi-

    estruturadas com os proprietrios de cafeterias, aplicao de questionrios

    junto aos potenciais clientes e tcnicas de cliente oculto nos concorrentes.

    No final da pesquisa, concluiu-se sobre a viabilidade do negcio seus

    riscos e oportunidades que podem ser aproveitados dado que as condies de

    custo e demanda do cenrio provvel para o negcio se realize.

    2 PROBLEMA

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    O problema abordado nesse trabalho est relacionado elaborao de

    um plano de negcios para uma cafeteria em Porto Alegre.

    As tendncias indicam que o consumo de caf vem aumentando a um

    ritmo rpido nos ltimos anos e as pessoas esto cada vez mais dispostas afazer pelo menos alguma refeio ao longo do dia fora de casa. De acordo com

    a ABIC (Associao Brasileira da Indstria de Caf), o consumo interno

    brasileiro de caf continua crescendo. No perodo compreendido entre

    Novembro/2009 e Outubro/2010 a ABIC registrou o consumo de 19,13 milhes

    de sacas, isto representando um acrscimo de 4,03% em relao ao perodo

    anterior correspondente (Nov/08 a Out/09), que havia sido de 18,39 milhes de

    sacas. Alm disso, o consumo domstico, o consumo fora do lar, onde

    predominam os cafs Superiores e Gourmet, apresentaram taxas decrescimento positivas. Maiores investimentos em produtos e no marketing

    interno do caf impulsionaram as vendas das marcas mais conhecidas.

    Mensalmente, novas marcas de cafs especiais so lanadas, fazendo com

    que o mercado apresente uma oferta muito significativa de produtos de alta

    qualidade para os consumidores brasileiros. A ABIC estima que este segmento

    de cafs diferenciados, embora represente a menor parte do consumo,

    continue apresentando taxas de crescimento de 15% a 20% ao ano o que

    forma um ambiente muito atrativo para a abertura de uma cafeteria. (ABIC.

    Tendncias de Consumo de Caf. 2010.

    . Acesso em: 16 de agosto, 2011)

    No entanto, tal empreendimento representa um risco altssimo,

    principalmente se houver a necessidade de alavancagem financeira, o que

    torna o negcio ainda mais crtico. Logo, com esse trabalho pretende-se criar

    um plano de negcios para se analisar a viabilidade de criao de tal cafeteria

    que pretende oferecer produtos de qualidade e que tambm atenda a grupos

    de empresas com servios especficos de caf da manh.

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    3 OBJETIVOS

    O objetivo geral : construir um plano de negcios para uma cafeteria

    em Porto Alegre.Os Objetivos especficos so:

    1) Fazer um plano de marketing, onde ser analisado o mercado

    onde a empresa ir atuar, a definio dos seus produtos, anlise SWOT;

    2) Construir um plano financeiro que ir abordar todo o investimento

    necessrio para o empreendimento, formas de financiamento, projeo

    de fluxo de caixa para os primeiros dois anos, taxa interna de retorno

    e Payback;

    3) Elaborar um plano de recursos humanos, onde ser feito umestudo de quanto e quais profissionais sero necessrios alm de uma

    pesquisa de salrios praticados atualmente no mercado;

    4) Fazer um plano operacional, onde sero abordados os processos

    que a empresa ter.

    4 CAFETERIAS NO BRASIL

    Os Cafs, como os conhecemos hoje, tm sua origem nas cidades

    europias, e foram trazidas para o Brasil pelos estudantes de

    universidades do Velho Mundo. Com o tempo, seguindo a mesma

    tendncia europia, no Brasil, os Cafs viraram o ponto de encontro

    preferido dos universitrios para discutir assuntos de ordem poltica ou

    literria. Talvez uma das mais tradicionais ainda daquela poca e que est

    em funcionamento at hoje a Confeitaria Colombo que foi fundada em

    1894, na rua Gonalves Dias, no corao do Rio de Janeiro. A cafeteria

    chega a ser patrimnio cultural e artstico do Rio onde muitos artistas,

    polticos e intelectuais se encontram. A partir do incio da dcada de 1990,

    os Estados Unidos comearam a produo em grande escala de mquinas

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    de caf expresso o que abriu espao para o desenvolvimento de redes

    modernas por todo o mundo.

    Atualmente, principalmente devido ascenso social de boa parte da

    populao brasileira, o consumo de caf vem aumentando rapidamente.

    Figura 1 - Evoluo do Consumo Interno de Caf no Brasil

    Fonte: (ABIC. Tendncias de Consumo de Caf. 2010.

    . Acesso em: 16 de agosto, 2011)

    Como se pode ver no grfico, o consumo da bebida aumentou de 15,5

    milhes de sacas em 2005 para 19,1 milhes para 2010. Alm disso, para

    2011 a ABIC (Associao Brasileira da Indstria do Caf), projeta um

    crescimento de 5% no volume chegando a 20,7 milhes de sacas. Outra

    tendncia o aumento expressivo das grandes redes de cafeterias no

    Brasil como a Frans Caf, Caf do Ponto e at Starbucks todas comprevises abertura de novas unidades no pas.

    No entanto, segundo a ABIC, as cafeterias representam uma pequena

    parcela desse vasto mercado, com apenas 4%, ou 800 mil sacas, com uma

    participao entre 6% a 7% na receita, o que significa um volume de R$

    380 milhes. Ademais, encontrar profissionais especializados em caf, os

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    baristas, algo extremamente desafiador no Brasil, pelo fato de a profisso

    no ser muito popular ainda, o que pode dificultar a abertura de qualquer

    cafeteria.

    Sendo assim, a cafeteria abordada no trabalho pretende oferecer

    produtos de qualidade sua clientela em Porto Alegre localizada em umlugar onde haja intenso fluxo de pessoas, principalmente de profissionais

    liberais e de escritrios, e ter como diferencial a ofertas de servios de

    caf da manh entre outros a empresas.

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    5 PLANO DE NEGCIOS

    Atravs da reviso da bibliografia pretende-se identificar os conceitos e

    tcnicas que sero aplicados na abordagem do trabalho com o objetivo de

    torn-lo mais embasado e estruturado do ponto de vista acadmico.De acordo com DORNELAS (2001), o plano de negcio (...) um

    documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negcio

    que sustentem a empresa. Sua elaborao envolve um processo de

    aprendizagem e autoconhecimento, e, ainda, permite ao empreendedor situar-

    se no seu ambiente de negcios. O plano de negcios no algo rgido e

    como cada negcio possui suas peculiaridades, ele deve ser consistente com a

    realidade do mercado e contexto que a empresa se encontra. Logo, ele deve

    atender a uma estrutura lgica mnima que, no caso desse trabalho segue amesma proposta que DORNELAS (2001), mas com algumas adaptaes.

    Ainda, de acordo com HISRICH (2009) o plano de negcios (...) um

    documento preparado pelo empreendedor em que so escritos todos os

    elementos externos e internos relevantes para o incio de um novo

    desenvolvimento. com freqncia uma integrao de planos, como os de

    marketing, de finanas, de produo e recursos humanos. (...) tambm aborda

    as tomadas de deciso de curto e longo prazo para os trs primeiros anos de

    funcionamento do empreendimento. Desse modo, o plano de negcio ou,

    como s vezes chamado, o plano de jogo ou mapa da estrada responde

    s questes: onde estou agora? Para onde estou indo? Como chegarei l? A

    abordagem de HISRICH (2009)do mapa da estrada faz o empreendedor ter

    em mente que qualquer deciso tomada dentro da empresa deve estar

    baseada no plano, como se a firma estivesse tentando chegar em algum ponto

    e a cada parte do caminho o mapa deve ser consultado para atingi-lo.

    5.1 PLANO DE MARKETING

    O plano de marketing uma das partes mais importantes e serve de

    base principal para o mapa do jogo que ser construdo com os outros planos

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    uma vez que descreve como os produtos ou servios sero distribudos,

    cotados, e promovidos. Ademais, de acordo com HISRICH (2009) nessa parte

    devem ser descritas evidncias da pesquisa de marketing, para respaldar as

    decises estratgicas crticas de marketing e para prever as vendas. Ainda de

    acordo com o mesmo autor, o plano de marketing deve ser uma exignciaanual, mas monitorado semanal ou mensalmente, e deve ser visto como um

    roteiro para a tomada de decises.

    O fluxograma abaixo foi elaborado com o intuito de guiar o plano de

    marketing em linhas gerais:

    Figura 2 - Esquema para Elaborao de um Plano de Marketing

    Fonte: adaptado de Kotler (1998)

    Declarao de

    viso, misso e

    valores do negcio.

    Anlise do ambiente

    externo (oportunidade e

    amea as

    Anlise do ambiente interno

    (foras e fraquezas)

    Anlise SWOT

    Formulao de objetivos e

    metas

    Definio dos 4 P`s e da

    estratgia da empresa.

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    Como se pode ver na figura acima, o plano de marketing comea com o

    enunciado da misso e viso o que servir de base para o resto do plano e

    deve guiar toda a tomada de deciso dentro da empresa. Posteriormente,

    feito uma anlise do ambiente interno e externo da empresa onde so

    levantados dos os fatores que pode, em algum grau, impactar na atividade donegcio. Ento, ambas as anlises so consolidadas na anlise SWOT

    (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats), onde so levantados todas

    as foras, fraquezas, oportunidades, e ameaas da empresa alm de como

    tirar proveito delas e evitar as ameaas .Logo, baseado na misso e viso da

    empresa e considerando os pontos levantados na anlise SWOT, ocorre a

    formulao dos objetivos e metas de marketing que, em um segundo momento,

    ir desencadear a definio dos 4 P`s de marketing (Preo, Produto, Praa,

    Promoo) e da estratgia da empresa.

    5.1.1 MISSO E VISO

    A declarao da viso e da misso da empresa a parte mais fundamental

    para posteriormente se construir uma estratgia slida. Qualquer

    empreendedor deve t-la em mente na tomada de suas decises.

    De acordo com Dorneles (2001) a declarao de viso de uma organizao

    define aonde ela quer chegar, a direo que pretende seguir, e o que ela quer

    ser. J a declarao de misso deve refletir a razo de ser da empresa, o que

    ela e o que ela faz. Segundo Ferrel (2005), uma misso procura responder

    pergunta Em que negcio estamos?. uma declarao clara e concisa (um

    pargrafo ou dois no mximo) que explica a razo de existir da organizao.

    J a viso procura responder pergunta O que queremos nos tornar?. A

    viso de uma organizao tende a estar orientada para o futuro j que

    representa aonde ela quer chegar.

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    5.1.2 ANLISE DO AMBIENTE DE MARKETING

    Qualquer empreendedor deve ter conhecimento claro do ambiente de

    marketing onde sua empresa ir atuar. Isso permitir a elaborao da anlise

    SWOT o que ser parte fundamental da construo do mapa do negcio.

    De acordo com Kotler e Armstrong (2008), o ambiente de marketing

    formado pelo microambiente e o macroambiente. O microambiente formado

    pelos agentes prximos empresa que afetam sua capacidade de atender os

    clientes em prpria empresa, os fornecedores, intermedirios de marketing,

    mercado de clientes, concorrentes e pblicos. J o macroambiente

    constitudo pelas foras societais mais amplas que afetam o microambiente

    foras demogrficas, econmicas, naturais, tecnolgicas, polticas e culturais.

    Tal conhecimento ajuda nas tomadas de decises no sentido de tirar

    vantagem das foras e oportunidade que a empresa possui e achar caminhos

    alternativos s suas fraquezas e ameaas externas.

    5.1.2.1 O MICROAMBIENTE DA EMPRESA

    Segundo Kotler e Armstrong (2008), o sucesso do marketing requer aconstruo de relacionamentos da empresa, fornecedores, intermedirios de

    marketing, clientes, concorrentes e vrios pblicos, que se combinam para

    construir a rede de entrega de valor da empresa. Com essa sitao pode-se

    notar a correlao entre os agentes do ambiente interno e a necessidade de

    conhec-los detalhadamente. Os principais agentes do microambiente so:

    a) Empresa: quando se elabora um plano de marketing a administrao

    de marketing deve levar em considerao outros grupos da empresa

    como a alta administrao e os departamentos financeiro, de

    pesquisa e desenvolvimento (P&D), de compras, de produo e de

    contabilidade.

    b) Fornecedores : so pea essencial na cadeia de criao e entrega

    de valor. Segundo Kotler e Armstrong (2008), os gerentes de

    marketing devem observar a disponibilidade de suprimentos, pois

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    escassez, atrasos na entrega, greves e outros eventos podem

    prejudicar as vendas no curto prazo e a satisfao do cliente no

    longo prazo.

    c) Intermedirios do Marketing: entre eles esto os revendedores,

    empresas de distribuio fsica, agncias de servios de marketing eintermedirios financeiros.

    d) Clientes: a empresa deve entender os cinco tipos de mercados de

    clientes de acordo com Kotler e Armstrong (2008): mercados

    consumidores (indivduos e famlias), mercados organizacionais,

    mercado de revendedores, mercados governamentais e por fim,

    mercados internacionais.

    e) Concorrentes: o empreendedor deve acompanhar de perto seus

    concorrentes com o intuito de oferecer mais valor e satisfao paraos seus clientes do que seus concorrentes, segundo Kotler e

    Armstrong (2008). No h estratgia competitiva ideal que se aplique

    a todas as empresas, mas deve-se levar em conta seu tamanho e

    representatividade no mercado alm de outros fatores para se

    posicionar ante a concorrncia.

    f) Pblicos: segundo Kotler e Armstrong (2008), um pblico consiste

    em qualquer grupo que tenha interesse real ou potencial na

    organizao ou que possa causar impacto em sua capacidade de

    atingit seus objetivos. Entre eles esto: pblicos financeiros,

    governamentais, ligados mdia, de interesse, locais, geral, internos.

    5.1.2.2 O MACRO AMBIENTE DA EMPRESA

    Toda organizao opera em um ambiente mais abrangente que oferece

    ameaas e oportunidades que devem ser consideradas pelos tomadores de

    decises dentro da empresa. Segundo Kotler e Armstrong (2008) dividem o

    macroambiente em seis principais ambientes:

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    Ambiente Demogrfico: o estudo da populao humana em termos de

    densidade, localizao, idade, sexo, raa, ocupao e outros dados

    estatsticos.

    Ambiente Econmico : consiste em fatores que afetam o poder de compra

    e padro de gastos das pessoas.Ambiente Natural: envolve os recursos que so utilizados como insumos

    pelos profissionais de marketing ou que so afetados pelas atividades de

    marketing.

    Ambiente Tecnolgico: talvez a fora mais drstica que molda o destino

    das empresas. Da mesma forma que ela cria enormes oportunidades de

    negcios como a internet, por exemplo, ela tambm pode dizimar toda uma

    indstria, como a de disco de vinil quando os CDs foram lanados.

    Ambiente Poltico : consiste em leis, rgos governamentais e grupos queinfluenciam ou limitam vrias organizaes e indivduos de determinada

    sociedade.

    Ambiente Cul tural : composto de instituies e outras foras que afetas

    os valores, as percepes, as preferncias e os comportamentos bsicos da

    sociedade. As pessoas crescem em determinada sociedade, que molda suas

    crenas e seus valores bsicos.

    ANLISE SWOT

    A anlise SWOT (do ingls Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats)

    possui o intuito de trabalhar os dados coletados na etapa de anlise do

    ambiente e identificar foras, fraquezas, oportunidades e ameaas que a

    empresa possui. De acordo com FERREL (2005) A anlise SWOT abrange

    tanto o ambiente interno quanto o externo da empresa. Internamente, o modelo

    refere-se s foras e fraquezas da empresa e, dimenses fundamentais, tais

    como desempenho e recursos financeiros, recursos humanos, instalaes e

    capacidade de produo, participao no mercado, percepes do consumidor,

    qualidade do produto, disponibilidade do produto, e comunicao

    organizacional. A avaliao do ambiente externo organiza as informaes

    sobre o mercado (consumidores e concorrncia), condies econmicas,

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    tendncias sociais, tecnologia e regulamentos governamentais. Ainda pelos

    mesmos autores Quando corretamente efetuada, a anlise SWOT no s

    organiza dados e informaes, mas tambm pode ser especialmente til para

    descobrir vantagens estratgicas que podem ser alavancadas na estratgia de

    marketing da empresa.Segue abaixo um esboo de matriz SWOT.

    Foras Oportinidades

    Fraquezas Ameaas

    Figura 3 - Anlise SWOT

    Fonte: adaptado de Nigel Piercy, Market Led Strategic Change

    (Orford, UK: Butterworth-Heineman, Ltd, 1992), 260.

    Como se pode ver no esquema acima, o empreendedor deve combinar

    suas foras e oportunidades para se diferenciar no mercado e converter as

    fraquezas em foras e ameaas em oportunidades para tirar proveito da

    situao.

    De acordo com WESTWOOD (1996), As potencialidades e fragilidades

    referem-se companhia e aos seus produtos, ao passo que as oportunidades

    e ameaas comumente so tomadas como fatores externos sobre os quais a

    companhia no exerce controle.

    5.1.3 OBJETIVOS E METAS

    Aps analisar os ambientes interno e externo, o empreendedor pode

    agora elaborar seus objetivos de marketing e as metas para o seu plano

    .Segundo WESTWOOD (1996), os objetivos de marketing devem vir da

    estratgia corporativa que por sua vez vm dos objetivos corporativos. Alm

    disso, o mesmo autor chama ateno para a elaborao dos objetivos para que

    Combinar

    Converter Converter

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    sejam mensurveis: Os objetivos de marketing devem ser definveis e

    quantificveis de forma que haja um alvo atingvel para o qual se possa mirar.

    Eles devem ser definidos de tal forma que, quando o plano de marketing foi

    implementado, o desempenho de fato possa ser comparado com o objetivo.

    Eles devem ser expressos em termos de valores ou participaes de mercado,e termos vagos como aumentar, melhorar, ou maximizar no devem ser

    usados.

    WESTWOOD (1996) recomenda que todos os planos de marketing

    devem possuir objetivos para os seguintes aspectos:

    O crescimento das vendas para o perodo do plano em relao ao

    produto e ao segmento de mercado

    A participao de mercado para o perodo do plano em relao ao

    produto e segmento de mercado

    O lucro bruto sobre as vendas

    5.1.4 ESTRATGIA DE MARKETING

    Aps elaborar os objetivos de marketing, deve-se pensar em como eles

    sero atingidos. A maneira como sero alcanado tais objetivos denominadaestratgia de marketing.

    De acordo com WESTWOOD (1996), As estratgias so os mtodos

    escolhidos para se atingir os objetivos especficos. Elas descrevem os meios

    para se atingir os objetivos no prazo de tempo exigidos. Elas no incluem

    detalhes dos cursos de ao individuais que sero seguidos em base diria ou

    mensal, estes sero tticas. Estratgia a definio ampla de como o objetivo

    deve ser atingido, os passos da ao so as tticas, e os planos de ao

    contm detalhes individuais, o momento de ocorrncia dos mesmos e quem osexecutar.. Aqui j podemos ter uma noo clara da distino entre estratgia,

    ttica, e planos de ao o que de suma importncia para um empreendedor.

    Segundo Ferrel (2005): A estratgia de marketing de uma organizao

    descreve como a empresa ir satisfazer as necessidades e desejos de seus

    clientes.

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    Um bom exemplo para a diferenciao de estratgia e ttica a citao

    de WESTWOOD (1996): A deciso quanto ao menor preo, portanto, uma

    estratgia, mas as decises de diminuir os preos em certa porcentagem em

    um mercado e aumentar um em certo limite em outro so tticas.

    Alm disso, se deve entender as vrias partes da estratgia para sepoder formul-la. De acordo com Ferrel (2005): Uma estratgia de marketing

    pode ser composta por um ou mais programas de marketing. Cada programa

    consiste em dois elementos: pelo menos um mercado-alvo e um composto de

    mercado (s vezes conhecido como os quatro Ps de produto, preo, praa, e

    promoo)., logo uma estratgia deve possuir o mercado-alvo e os compostos

    de marketing com o intuito de se criar uma vantagem competitiva sobre seus

    rivais. De acordo com o mesmo autor, vantagem competitiva (...) algo que

    a organizao faz melhor do que seus concorrentes e que lhe d certaprioridade para atender s necessidades dos consumidores e/ou manter

    relacionamentos mutuamente satisfatrios com stakeholders importantes.

    Tambm WESTWOOD (1996) cita que as estratgias gerais de marketing

    relacionam-se s polticas gerais que so: produto, preo, propaganda

    (comunicao) e distribuio.

    Produto: as decises sobre o produto esto entre as mais importantes

    do marketing dentro de uma organizao e envolvem vrios aspectos.

    Conforme Ferrel (2005):Decises de produto incluem muito mais do que

    questes relativas ao projeto, estilo ou caractersticas. Eles tambm

    devem tomar decises de projeto da embalagem, gerenciamento da

    marca, registro de marcas, garantias, novo desenvolvimento e

    posicionamento do produto.Especificamente sobre posicionamento do

    produto o autor complementa O posicionamento do produto envolve o

    estabelecimento de uma imagem mental, ou posio, da oferta do

    produto com relao s ofertas concorrentes nas mentes dos

    compradores-alvo.

    Preo: o elemento do composto de marketing de resulta em receita e

    lucro. Todos os outros elementos representam despesas. Preo tambm

    a varivel que mais influencia na demanda no curto prazo e o mais

    fcil de ser mudado. De acordo com Ferrel (2005), Uma das razes por

    que a precificao to interessante que o preo representa um ponto

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    importante nas estratgias de marketing nas quais as motivaes do

    comprador e do vendedor entram em conflito. Embora outros elementos

    do composto de marketing sejam relativamente fixos ou estveis, o

    preo pode ser negociado.

    Praa: talvez o componente menos associado s decises demarketing. No entanto, pode representar uma tima oportunidade para a

    empresa conseguir um diferencial competitivo em relao aos seus

    concorrentes.Conforme Ferrel (2005): A meta da gesto de distribuio

    e cadeia de suprimentos essencialmente levar o produto para o lugar

    certo, na hora certa, nas quantidades certas, ao menor custo possvel.

    A distribuio um aspecto crtico no negcio por duas razes:

    disponibilidade e custo. Disponibilidade, pois o produto s pode ser

    comprado e consumido caso esteja disponvel na hora certa, no lugarcerto e na quantia certa. E custo, pois est amarrada com margem de

    lucro da empresa. As empresas que conseguem criar sistemas de

    distribuio eficientes podem baixar seus custos operacionais e obter

    uma vantagem competitiva em relao aos seus concorrentes, Ferrel

    (2005).

    Promoo: segundo Ferrel (2005) O marketing moderno substitui o

    termo promoo pela idia de comunicao integrada de marketing

    (CIM), ou a coordenao de todas as atividades promocionais

    (propaganda em mdia, mala direta, venda pessoal, promoo de

    vendas, relaes pblicas, embalagem, exposio nas lojas, Web

    design, recursos humanos), para produzir uma mensagem unificada e

    focada no consumidor. Lembrando que o termo consumidor no possui

    somente o sentido tradicional, mas tambm inclui funcionrios,

    parceiros-empresariais, acionistas, o governo, a mdia e a sociedade em

    geral. Ainda pelo mesmo autor as metas em CIM so as mesmas da

    promoo tradicional, ou seja, informar, persuadir, e lembrar os

    consumidores (todos os stakeholders) da organizao e de suas ofertas

    de produtos, de modo a influenciar-lhes o comportamento.

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    5.2 PLANO OPERACIONAL

    De acordo com HISRICH (2009), o plano operacional vai alm do

    processo de produo (quando o novo empreendimento abrange a produo) e

    descreve o fluxo de produtos e servios da produo para o cliente. Ainda deacordo com o autor, o plano deve abordar o inventrio ou estoque de produtos

    manufaturados, procedimentos de remessa e de controle de inventrio, e

    servios de atendimento ao cliente. Alm disso, toda a parte de layout e

    equipamentos necessrios para a prestao de servios juntamente com seus

    custos devem ser analisados nessa parte do plano. Ademais, principalmente

    para empresas de prestao de servios, a localizao um ponto crtico do

    negcio, pois o estabelecimento tem de estar em um lugar conveniente e de

    fcil acesso clientela, logo deve ser feito um trabalho extenso sobre oassunto, juntamente a especialistas e corretores de imveis que so os

    profissionais mais recomendados para esse tipo de consultoria. Tambm, o

    local deve estar alinhado fortemente com o pblico alvo do estabelecimento e o

    tipo de servio ou produto ofertado.

    5.3 PLANO DE RECURSOS HUMANOS

    De acordo com DORNELAS (2001), no plano de recursos humanos,

    deve haver os planos de desenvolvimento e treinamento de pessoal da

    empresa. Ademais, devem ser apresentados aqui o nvel educacional e a

    experincia dos executivos, gerentes, e funcionrios operacionais, indicando-se

    os esforos da empresa na formao de seu pessoal. Tambm, deve-se traar

    quais sero as tticas para o recrutamento do quadro de funcionrios. Por fim,

    o plano de recursos humanos tem de abranger a parte de cargos e salrios no

    estabelecimento, juntamente com os aspectos legais da contratao e

    pagamento de tributos e benefcios dos funcionrios.

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    5.4 PLANO FINANCEIRO

    Para DORNELAS (2001) muitos empreendedores consideram o plano

    financeiro a parte mais difcil do plano de negcios. Essa parte do plano deverefletir o que foi escrito e decidido nas outras partes do plano de negcios,

    como, por exemplo: gastos com marketing, despesas com vendas, gastos com

    pessoal, custos fixos e variveis, projeo de vendas, anlises de rentabilidade

    do negcio etc. Ademais, o autor aponta para que se tome cuidado em no

    adequar o resto do plano aos dados contidos no plano financeiro, pois o

    segundo deve ser conseqncia do primeiro e deve refletir as metas,

    estratgias e objetivos do negcio, alm de sua projeo de vendas.

    Segundo DORNELAS (2001) os principais demonstrativos a seremapresentados em um plano de negcios so: Balano Patrimonial,

    Demonstrativo de Resultados e Demonstrativos de Fluxo de Caixa, todos

    projetados com um horizonte de, no mnimo, trs anos. Alm disso, essencial

    realizar uma anlise de viabilidade do negcio e o retorno financeiro

    proporcionado. Para tanto se usam os mtodos de prazo de payback, TIR

    (Taxa Interna de Retorno) e VPL (Valor Presente Lquido).

    Balano Patrimonial: segundo DORNELAS (2001), o balano

    patrimonial reflete a posio financeira em um determinado momento daempresa. O balano constitudo por duas colunas, a do ativo e a do

    passivo e patrimnio lquido. O ativo corresponde a todos os bens e

    direitos de uma empresa. O passivo uma obrigao, ou a parcela de

    financiamento obtida de terceiros. O patrimnio lquido corresponde aos

    recursos dos proprietrios aplicados na empresa. O equilbrio entre

    origens (passivos) e aplicaes, representado pelas seguintes

    equaes:

    ATIVO = PASSIVO + PATRIMNIO LQUIDO

    OU

    ATIVO PASSIVO = PATRIMMIO LQUIDO

    A organizao das contas do ativo segue os critrios de liquidez, onde

    as contas so classificadas segundo o grau de liquidez que possuem e

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    de prazo. Em contabilidade, curto prazo significa o perodo de at um

    ano.

    A estrutura do balano seria como:

    Ativo Circulante: so contas que

    esto constantemente em giro.

    Realizvel no longo prazo: bens

    e direitos que se transformaro

    em dinheiro no prximo

    exerccio.

    Permanente: so bens e

    direitos que no se destinam

    venda e tm vida til; no caso

    dos bens, vida longa.

    Passivo Circulante: so obrigaes

    exigveis que sero liquidadas

    no prprio exerccio social.

    Exigvel no longo prazo:

    obrigaes liquidadas com

    prazo superior a um ano.

    Patrimnio Lquido

    So os recursos dos

    proprietrios aplicados na

    empresa.

    Figura 4 - Balano Patrimonial

    Fonte: DORNELAS (2001)

    Demonstrativo dos Resultados: segundo DORNELAS (2001) Ademonstrao de resultados uma classificao ordenada e resumida das

    receitas e das despesas da empresa em determinado perodo. Da receita

    total obtida devem ser deduzidos os impostos, abatimentos e devolues

    concedidos, resultado na receita lquida. Desta receita lquida, deduzem-se

    os custos dos produtos vendidos (comrcio), dos produtos fabricados

    (indstria), ou dos servios prestados (servios), para se chegar ao lucro

    bruto. Em seguida, subtraem-se do lucro bruto as despesas operacionais.

    Essa denominao de despesas operacionais se d pelo fato derepresentarem os gastos necessrios para que as receitas sejam

    alcanadas. Finalmente calculado o valor do imposto de renda,

    contabilizando-se no final a soma de lucros ou prejuzos que, se no forem

    distribudos aos scios, sero incorporados ao patrimnio lquido, alterado

    por conseqncia o prprio balano.

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    Exemplo:

    Receita Bruta(-) dedues= Receita lquida(-) Custo do Perodo= Lucro Bruto(-) Despesas= Lucro Operacional(+/-) Receita/Despesa no operacional= Lucro antes do Imposto de Renda(-) Imposto de Renda

    = Lucro Lquido

    Tabela 1 - Demonstrativo de Resultados do Exerccio.

    Fonte: adaptado de DORNELAS (2001)

    Demonstrativo do Fluxo de Caixa: segundo DORNELAS (2001) , o

    fluxo de caixa a principal ferramenta de planejamento financeiro do

    empreendedor. Administrar o fluxo de caixa de uma empresa compilar os

    dados de entrada e sada e de sada de caixa (depsitos e retiradas, no

    caso da conta corrente), projetados no tempo. Conforme ZDANOWICZ,

    2002, Fluxo de caixa o instrumento que relaciona o futuro conjunto de

    ingressos e de desembolsos de recursos financeiros pela empresa em

    determinado perodo (...) O fluxo de caixa pode ser conceituado como o

    instrumento utilizado pelo administrador financeiro com o objetivo de apurar

    os somatrios de ingressos e desembolso financeiros da empresa, em

    determinado momento, prognosticando assim se haver excedentes ou

    escassez de caixa, em funo do nvel desejado pela empresa. O horizonte

    do fluxo de caixa tambm um aspecto importante e ele deve ser

    estabelecido em funo das metas e objetivos definidos pela administrao.

    Alguns itens a serem considerados no fluxo de caixa, de acordo com

    DORNELAS (2001) so:

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    Receitas: valor das vendas recebidas;

    Vendas: volume monetrio do faturamento;

    Custos e despesas variveis: custos que variam na mesma

    proporo das variaes ocorridas no volume de produo ou em outra

    medida de atividade; Custo e despesas fixos: valores que se mantm inalterados

    independentemente das variaes da atividade ou das vendas.

    Exemplo:

    Tabela 2 - Exemplo Fluxo de Caixa

    Fonte: (EFETIVIDADE.NET. Fluxo de Caixa: instrumento essencial paraprofissionais independentes.

    2008.. Acesso em: 16 agosto 2011)

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    Payback:segundo DORNELAS (2001) A tcnica de payback

    mede o tempo necessrio para a recuperao do capital inicialmente

    investido. Um projeto de investimento mais atraente quanto menor for o

    tempo para recuperar o investimento inicial.

    VPL (Valor Presente Lquido): DORNELAS (2001) Para medir o

    VPL de um projeto, faz-se uma estimativa do valor atual para os futuros

    fluxos de reais que estaro sendo gerados pelo projeto, e deduz-se o

    investimento feito inicialmente. Para isso, descontam-se os futuros fluxos de

    caixa aps impostos para o seu valor presente e depois se subtrai o

    investimento inicial. Se o VPL for positivo, o projeto vivel, pois o valor

    presente dos futuros fluxos de caixa maior que o investimento inicial.

    TIR (Taxa Interna de Retorno):DORNELAS (2001) Para o

    clculo da TIR deve-se descobrir a taxa de desconto (K) que fornece um

    valor presente lquido igual a zero. Quando isso ocorre, o valor presente dos

    futuros fluxos de caixa exatamente igual ao investimento efetuado. Assim,

    a TIR obtida da frmula do VPL igualando-se essa a zero e procurando-se

    o valor para K, que nesse caso ser a TIR do projeto.

    Ainda o autor complementa citando que importante que tanto o

    Valor Presente Lquido do projeto quanto a TIR e o prazo de payback

    sejam mostrados, pois sero os primeiros ndices que os investidores

    observam.

    6 METODOLOGIA

    Primeiramente foi feita a anlise de dados secundrios que o resultado

    de outras pesquisas e que so abertas ao pblico, e que podem ser

    encontradas nas bibliotecas, artigos acadmicos, livros, revistas, rgos de

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    pesquisa como IBGE, alm de planos de negcios de casos semelhantes, para

    se ter uma viso clara de como o trabalho pode ser estruturado e direcionar as

    outras estapas da coleta e anlise de dados.

    Em um segundo momento, tendo feito a anlise dos dados secundrios,

    foi feita uma reviso bibliogrfica onde buscou-se os termos, conceitos edefinies que cercam esse tipo de problema alm das ferramentas tericas

    necessrias para a sua abordagem. Nessa parte, dividiu-se o assunto nos

    objetivos que o trabalho possui como, no caso:

    O prprio plano: como deve ser estruturado, suas linhas gerais e todos

    os pontos que devem ser abordados;

    Marketing: plano de marketing, posicionamento de mercado, anlise de

    mercado, anlise interna da organizao, anlise SWOT, etc...

    Financeiro: formas de financiamento, projeo de fluxo de caixa, taxa

    interna de retorno e Payback;

    Recursos Humanos: estudo de quanto e quais profissionais sero

    necessrios alm de uma pesquisa de salrios praticados atualmente

    no mercado;

    Operacional: processos e layout.

    A partir de ento, comeou-se a coleta de dados primrios que em

    seguida serviu de base para a elaborao do plano de negcios. Para a anlise

    da concorrncia, primeiramente buscou-se, anlise de dados secundrios,

    identificar quais eram os principais pontos de relevncia em uma cafeteria,

    como a qualidade do caf, o ponto, o atendimento, a decorao, etc. Ento,

    decidiu-se realizar a anlise em duas partes: uma entrevista semi-estruturada

    para ser aplicada junto aos proprietrios e gerentes dos estabelecimentos e um

    roteiro de coleta de dados in loco que foi executada atravs da tcnica de

    cliente oculto nos concorrentes. As perguntas e os aspectos que foram

    analisados nas cafeterias foram baseados nas quatro reas da administrao:

    finanas, marketing, operacional e recursos humanos, com o objetivo de

    identificar pontos fortes e fracos nos concorrentes, alm de servir de

    benchmarking para a cafeteria neste plano de negcios. Como critrio usado

    para definir quem eram os concorrentes da cafeteria usou-se o permetro do

    bairro Moinhos de Ventos, no entanto, algumas outras cafeterias de outros

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    bairros foram analisadas para fins de benchmarking, mas todas localizadas em

    em Porto Alegre.

    Ademais, decidiu-se tambm ouvir a opinio dos cliente sobre seus

    hbitos de consumo em cafeterias atravs da aplicao de um questionrio.

    Para tanto, levantou-se alguns pontos relevantes na pesquisa de dadossecundrios sobre o consumo de tais clientes, onde posteriormente foram

    elaboradas perguntas com o intuito de testar algumas hipteses que

    posteriormente seriam usadas nas tomadas de deciso do plano de negcios.

    Os pontos avaliados foram o valor que o cliente v em Latte Art, o tipo de

    ambiente que o cliente se sente mais agradvel, o quanto ele est disposto a

    se locomover para ir uma cafeteria e tentar atribuir uma ordem de importncia

    para esses elementos de uma cafeteria alm de outros como atendimento e

    variedade do cardpio. O critrio usado para escolha dos respondentes foi porconvenincia em 5 cafeterias em Porto Alegre sendo 4 no bairro Moinhos de

    Vento alm do uso da internet via SurveyMonkey.

    Alm disso, foi feito um extenso levantamento de custos como insumos,

    maquinrio, moblia, aluguel, salrio, utenslios e etc que foram, em um

    segundo momento, usados no plano financeiro da empresa.

    Aps toda a coleta e anlise de dados, partiu-se para a elaborao do

    plano de negcios propriamente dito. Nessa parte da pesquisa, os conceitos

    vistos na reviso bibliogrficas foram trabalhados atravs das informaes

    coletadas com o intuito de cumprir com os objetivos estabelecidos no incio do

    trabalho que a elaborao dos planos de marketing, finanas, recursos

    humanos e operacional. Finalmente, foi feita uma anlise do plano de negcios

    como um todo na concluso do trabalho.

    7 RESULTADOS

    Nessa seo do trabalho, so mostrados os resultados da coleta de

    dados de campo. Tal coleta foi estruturada em trs partes: entrevista com

    proprietrios e gerentes de cafeterias concorrentes, tcnica de cliente oculto, e

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    aplicao de questionrio via Survey Monkey. O objetivo da coleta foi

    enriquecer o trabalho com o intuito de aproxim-lo mais da realidade de Porto

    Alegre, especificamente em relao ao bairro Moinhos de Vento. Com tal

    coleta, o autor pde se valer de dados mais precisos para a elaborao do

    plano de negcios.

    7.1 DADOS PRIMRIOS

    7.1.1 ENTREVISTAS COM CONCORRENTES

    Abaixo segue os resultados das entrevistas com os proprietrios egerentes das cafeterias concorrentes:

    Pergunta/cafeteria Croassonho Caf Caf FrioriPessoas por dia Inverno - 100Pessoas por dia Vero - -Pessoas por dia Meia estao 90Nmero de empregados 15 2

    Produto que possui mais sadadepois do caf Croissant AlmooTicket Mdio - 8

    Promoo cafeteria

    Zero Hora/ Panfletagem/ Convenioscom

    clubes/escolas/lojas/Radio/Outdoor

    Site/Facebook/Haga/Panfleto/Mailing/Placas

    de esquinaQualidade do atendimento 4 5Qualidade do caf 5 3Variedade do Cardpio 5 3Ambiente agradvel 5 4

    Decorao sofisticada 3 2Estar localizada perto de ondeestou. 4 5

    Alm dos itens acima, o que vocclassificaria como essencial umacafeteria ter

    Qualidade do barista. Treinamentoconstante. Inovao. -

    O publico aprecia latte art?Sim. No fazem questo, mas achamum agrado. Sim, no faz questo mas aprecia.

    Seus baristas sabem fazer? Sim. 1 s. No

    Existe algum treinamento com osbaristas? Sul caf faz o curso.

    Treinamento com o Dono e com ofornecedor de caf.

    O que a cafeteria faz quando cai omovimento no vero? Remodela o cardpio. Caf gelado.

    Muda o cardpio. Sorvete, suco natural,cefs gelados, Salada para refeio. Fecharmais tarde/ d frias coletivas

    O que voc considera o d iferencialda cafeteria? O produto, o croisant. Atendimento.

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    Qual o pblico que frequenta asua cafeteria?

    Classe A e B. De todas as faixaetrias.

    De 25 a 60 anos. Profissionais liberais ouempresrios, gerentes, mdico, dentistanutricionista. Classe social B.

    Existe algum convnio comempresas ou escritrios (caf damanh, reunio de negcios)? No

    Tem com algumas empresas ao redor.Fidelizao de 10% no almoo. Tem cartode fidelizao.

    Sabe qual o salrio mdio de umbarista? No Sabe

    De R$600 e R$1000 dependendo daexperincia

    Sabe qual o salrio mdio de umgarom? No Sabe R$600 a R$800

    usado alguma agncia para acontratao de barista? Vai comear a usar essa semana. Contatos. Indicao.

    Qual o caf possui mais sada(expresso ou com leite?)

    Expresso tem mais sada, mas nomuito mais. 71% expresso e 29% com leite.

    Algum decorador foi contratadopara fazer a decorao? O arquiteto da franquia. No. Foram os proprietrios.

    17) Voc considera o caf comoitem essencial para na receita daempresa ou somente algo para

    atrair os clientes? s para atrair. 20% da receitra somente. O resto almoo.Dos produtos vendidos, quais soproduzidos e quais so compradosprontos?

    Croinsant recebe congelado dafranquia, mas os recheios so feitosaqui.

    Pao de queijo, tiramissu, musses, brownie,brigadeiros, cheese cake produz aqui.Salgados compra fora.

    Fornecedor de Mquina de Caf Astoria Idea CafFornecedor de Moblia - -Salgados - MedialunasDoces - CookeryBebidas - Bebidas Basso

    Tabela 3 - Entrevista com Concorrentes 1

    Fonte: Autor

    Pergunta/cafeteria Caf Correto Caf da Oca Press CafPessoas por dia Inverno 180 200 733Pessoas por dia Vero 80 180 550

    Pessoas por dia Meiaestao 180 200 650Nmero de empregados 2 13 20

    Produto que possui maissada depois do caf

    Po dequeijo/Croissant/Pastelde Forno Quiche e Empada Baguete com salada

    Ticket Mdio 13 11 12,5

    Promoo cafeteriaPublicidade na ZeroHora/ Orelho

    Radio/Agencia/Vejinha/Facebook/Twitter/Haga/Publicidade na Zero hora Blog/Jornais/Revistas

    Qualidade do atendimento 5 5 5Qualidade do caf 5 5 5

    Variedade do Cardpio 4 5 4Ambiente agradvel 4 5 4Decorao sofisticada 4 2 2

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    31

    Estar localizada perto deonde estou. 5 4 2

    Alm dos itens acima, o quevoc classificaria comoessencial uma cafeteria ter Higiene

    Qualidade do barista.Treinamento constante.Inovao. -

    O publico aprecia latte art?Somente conhecedoresde caf.

    Acha bonito, mas no essencial. O que importa a qualidade do cafe. Muito

    Seus baristas sabem fazer? Sim. No Sim

    Existe algum treinamentocom os baristas?

    feito pelo fornecedorede mquina e caf.

    feito pelo fornecedore dogro de caf.

    Treina os baristas, com a parteterica. Usa tcnica a nivelmundial.

    O que a cafeteria fazquando cai o movimento novero?

    Remodela-se ocardpio.

    Frias coletivas de 15 diasem janeiro. Reformula-se ocardpio.

    Frias ocorrem em janeiro. Cria-se novos combos. O cafgelado aumenta muito a venda.

    O que voc considera odiferencial da cafeteria?

    o primeiro caf dePorto Alegre. um

    misto de pub e cafeteria.A qualidade do caf O ambiente faz o cliente sesentir em casa. Marca Press caf.

    Qual o pblico quefrequenta a sua cafeteria?

    Profissionais liberais.Funcionarios bemremunerados. Classe Be A.

    Famlias, msicos, artistas,escritores, cineasta,escritrios, bancrios.Classe C/B

    Classe A e B. Vai muito pessoaldo tribunal.

    Existe algum convnio comempresas ou escritrios(caf da manh, reunio denegcios)? No

    Visitaram alguns bancos efazer tele-entrega dealmoo. No

    Sabe qual o salrio mdiode um barista? 610 De R$1000 a R$2100 R$900 a R$1400

    Sabe qual o salrio mdiode um garom? 610 R$600 a R$700 R$600 a R$800

    usado alguma agnciapara a contratao debarista? Sim

    Agncias de hotelaria.Senac. Faculdades degastronomia. No, somente anncio de jornal.

    Qual o caf possui maissada (expresso ou comleite?)

    70% expresso e 30%com leite.

    70% expresso e 30% comleite. 55% expresso e 45% com leite.

    Algum decorador foicontratado para fazer adecorao? Um arquiteto. A proprietria fez. Foi contratado um arquiteto.

    17) Voc considera o cafcomo item essencial parana receita da empresa ou somente algo para atrair osclientes?

    O caf o item quemais representa nareceita e margem devidoao seu baixo custo.

    Atrai, mas no torepresentativo.

    Representa parte significativa nareceita.

    Dos produtos vendidos,quais so produzidos equais so compradosprontos?

    Tudo compradopronto.

    Produz a maioria. Scompra os doces.

    Compram os pes e produzem oresto.

    Fornecedor de Mquina deCaf Idea Caf Idea Caf Astoria

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    Fornecedor de Moblia ThonartMveis Castori e AntigoArmazm. -

    SalgadosBeck Beck. ConfeitariaBuenos Aires. - -

    Doces Autonomos - -Bebidas - - -

    Tabela 4 - Entrevista com Concorrentes 2

    Fonte: Autor

    7.1.2 CLIENTE OCULTO

    A tcnica de cliente oculto foi aplicada nos concorrentes do Fighera Caf

    com o intuito de coletar informaes relevantes para a parte operacional da

    cafeteria e tambm com o objetivo de identificar potenciais ameaas e

    oportunidades que eventualmente as outras cafeterias poderiam oferecer.

    Os dados foram tabulados conforme abaixo:

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    Tabela 5 - Cliente Oculto

    Fonte: Autor

    Loja

    CafBuenosAires

    CafdoPorto

    CafGioann

    i

    CroassonhoCaf

    CafFriori

    CafCorreto

    CafDiv

    Cafda

    Oca

    Tamanho

    36lugares

    60lugares

    24lugares

    52lugares

    16lugares

    68lugares

    36lugares

    80luga

    res

    Wi-Fi?

    Sim

    Sim

    Sim

    Sim

    Sim

    Sim

    Sim

    Sim

    MarcaCaf

    CafdoMercado

    CafdoPorto

    AstroCaf

    SulCaf

    CafIdea

    CafIdea

    SulCaf

    CafdoMercado

    Horriodiadesemana

    10--22

    8--00

    08:30--21:00

    9--22

    8--18

    08:30--19:30

    08:30--19:30

    11--23:00

    HorrioSb

    10--22

    10--00

    08:30--21:00

    9--22

    8--18

    10--18

    -

    11--23:00

    HorrioDog

    11--21

    10--00

    13:30--21:00

    4--10

    -

    -

    -

    -

    CafExpresso

    Bom

    Ruim

    Bom

    Horrvel

    Ruim

    Bom

    Bom

    Bom

    CafLeite

    Ruim

    Razovel

    Ruim

    Ruim

    Ruim

    Bom

    Ruim

    Ruim

    LatteArt?

    No

    No

    No

    No

    No

    Sim

    No

    Ruim

    Atendimento

    Adequado

    Adequado

    Adequado

    Adequado

    Adequado

    Adequado

    Adequado

    Adequ

    ado

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    Tamanho: para este trabalho, a medida usada para mensurar o tamanho

    de uma cafeteria foi o nmero de cadeiras. Na coleta constatou-se que esse

    nmero varia muito variando desde pequenas cafeterias com 16 lugares como

    o caso do Caf Friori indo at 80 lugares como no caf da Oca, mas que

    tambm serve happy hoursdepois de um certo horrio.

    Wi-Fi: todos os cafs oferecem internet sem fio aos seus clientes.

    Marca do Gro de Caf: com exceo do Caf do Porto, 3 principais

    marcas foram encontradas, o Sul Caf, Idea Caf e Caf do mercado.

    Horrio em dia de semana: o horrio de abertura das cafeterias entre

    8:00 e 9:00 da manh, no entanto o de fechamento varia muito. Entre os queno servem happy hourvaria entre 18:00 e 22:00 e os que servem happy hour

    entre 22:00 e meia noite.

    Horrio no sbado: com exceo do Caf Div, todos os cafs abrem no

    sbado. No entanto o horrio de abertura um pouco mais tarde, entre 8:00 e

    11:00 e o horrio de fechamento das 18:00 a 00:00.

    Horrio no domingo: somente Caf Buenos Aires, Caf do Porto, Caf

    Gioanni e Croassonho Caf abrem no domingo com o horrio de abertura entre

    10:00 e 16:00 e fechamento entre 21:00 a meia noite.

    Qualidade Caf Expresso: a qualidade do caf expresso foi considerada

    relativamente boa no geral, provavelmente pelo fato de no exigir muita tcnica

    do barista para a extrao do caf, no entanto, Caf do Porto, Caf Friori e

    Croassonho Caf apresentaram um sabor muito mais amargo e de queimado

    algumas vezes. Em entrevista com o proprietrio do Caf Friori, ele inclusive

    reclamou da mquina que estava com problema e no estava conseguindo o

    devido suporte do seu fornecedor.

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    Qualidade Caf com Leite: durante a visita aos estabelecimentos o

    cliente oculto pediu um Caf Latte, que composto por uma dose de caf e

    preenchido com leite vaporizado. Esse caf, apesar de ser aparentemente

    simples, ideal para se medir a tcnica do barista, onde analisado a

    quantidade de bolhas no caf (quanto menos, melhor), a temperatura, acremosidade e se h ou no Latte Art, que a arte de fazer desenhos no caf

    com o prprio leite ou normalmente com chocolate lquido. Os outros cafs se

    mostraram muito parecidos, com um caf com o leite vaporizado de maneira

    incorreta e notadamente feito por no-baristas.

    Latte Art: De todos, somente o tradicional Caf Correto mostrou um caf

    de qualidade, e com Latte Art.

    Atendimento: em todas as cafeterias, o atendimento se mostrou muito

    eficiente, fazendo o atendimento em menos de 1 minuto e de uma maneira

    cordial na viso do cliente oculto.

    QUESTIONRIOS

    Na pesquisa realizada junto aos potenciais clientes, usou-se um

    questionrio com 8 perguntas para a coleta dos dados. O objetivo geral foi ter

    um melhor entendimento dos hbitos de consumo dos clientes em cafeteria. Os

    resultados foram tabulados e analisados conforme abaixo. Cada item analisado

    representa uma pergunta no questionrio.

    1) Quanto voc acha que o preo de cada caf abaixo?

    ValuesSem Latte Art R$ 2,93

    Com Latte Art R$ 4,49

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    Figura 5 - Questionrio: Pergunta 1

    Fonte: Autor

    Atravs das respostas, nota-se que os clientes atribuem 53,34% mais

    valor ao caf com Latte Art. Essa informao de extrema importncia para o

    Fighera Caf j que tal informao ter reflexos no treinamento dos baristas e

    na qualidade do produto oferecido.

    2) Qual dos dois lugares abaixo voc acha mais agradvel?

    Row Labels Lugar mais agradvela) 89%b) 11%

    Grand Total 100%

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    Figura 6 - Questionrio: Pergunta 2

    Fonte: Autor

    Nota-se que a grande maioria das pessoas entrevistadas optarampelo primeiro ambiente que possui os seguintes itens abaixo:

    3) Sobre a foto a, avalie a influncia dos itens abaixo que tornam o

    lugar mais agradvel, sendo 1 Nenhuma Influncia e 5 Muito

    Influncia.

    Itens NotaIluminao mais sbria 3,93Quadros 3,38Poltronas 4,56Mesas 3,52Teto de madeira 3,48Paredes com cores mais sbrias 3,73

    Figura 7 - Questionrio: Pergunta 3

    2,00

    2,50

    3,00

    3,50

    4,00

    4,50

    5,00

    Iluminao

    mais

    sbria

    Quadros Poltronas Mesas Teto de

    madeira

    Paredes

    com cores

    mais

    sbrias

    Total 3,93 3,38 4,56 3,52 3,48 3,73

    Iluminao mais sbriaQuadrosPoltronasMesasTeto de madeiraParedes com cores mais sbrias

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    Fonte: Autor

    Pode-se ver que todos os itens receberam uma nota consideravelmente

    alta, no entanto os itens Poltrona, Iluminao mais sbria e Paredes com cores

    mais sbrias foram as com maior nota.

    4) No analisada.

    5) Quantas quadras voc normalmente est disposto a percorrer para ir

    a uma cafeteria? (independentemente de ir a p, carro ou qualquer

    outro meio de transporte).

    Resposta Quadras disposto a percorrer1 ou 2 31%3 a 5 37%6 a 7 7%

    Mais que 7 24%Nenhuma das Anteriores 1%

    Figura 8 - Questionrio: Pergunta 5

    Fonte: Autor

    Nessa pergunta, pode-se ver que as pessoas normalmente esto dispostas

    a andar de 1 a 5 quadras para ir a uma cafeteria. Alm disso, houve um

    nmero significativo de respostas concentradas em Mais que 7. Uma hiptese

    para isso so as pessoas que esto dispostas a ir de carro a uma cafeteria ou

    ento normalmente no final de semana, que de acordo com os proprietrios

    0%

    5%

    10%

    15%

    20%

    25%

    30%

    35%

    40%

    1 ou 2 3 a 5 6 a 7 Mais que 7 Nenhuma

    das

    Anteriores

    Total 31% 37% 7% 24% 1%

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    entrevistados so de fato um pblico diferenciado do da semana, que no

    esto a trabalho e possuem mais tempo disponvel.

    6) Quais os motivos abaixo leva voc a ir a uma cafeteria? (mais de

    uma opo podem ser selecionadas).Resposta %Fazer um lanche rpido 32%Tomar um caf de melhor qualidade 76%Encontrar algum para ter uma conversa informal 63%Encontrar algum para tratar de negcios 23%Pausa do trabalho 36% um lugar agradvel de ir quando no estoutrabalhando

    49%

    Figura 9 - Questionrio: Pergunta 6

    Fonte: Autor

    Nessa pergunta, possvel identificar que o item que mais faz as pessoas

    irem a uma cafeteria Tomar um caf de melhor qualidade. Da mesma forma

    que a questo 1 sobre o Latte Art, essa pergunta comprova o valor que o

    cliente v no caf de qualidade. Logo em seguida, o segundo mais escolhido

    com Encontrar algum para tratar uma conversa informal o que mostra a

    importncia de o estabelecimento ser um ambiente agradvel onde a pessoa,

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    no somente beber um caf, mas tambm ter toda uma experincia com a

    bebida. E em terceiro lugar, o mais escolhido foi um lugar agradvel de ir

    quando no estou trabalhando o que mostra que o ambiente deve ser mais

    descontrado o deve fazer o cliente se sentir confortvel e relaxado.

    7) D uma nota para a importncia de cada item abaixo em uma

    cafeteria sendo 1 (No Importa) a 5 (Essencial).

    RespostaQualidade do caf 4,64Variedade do Cardpio 3,71Ambiente agradvel 4,38Decorao sofisticada 3,08Estar localizada perto de onde

    estou. 3,83

    Figura 10 - Questionr io: Pergunta 7

    Fonte: Autor

    Pode-se inferir dessa pergunta que, novamente a qualidade do caf

    possui grande peso no valor percebido do cliente quanto ao seu consumo em

    cafeterias, como tambm j foi mostrado nas questes anteriores. Ademais, o

    ambiente recebeu a segunda maior nota, e deve merecer uma ateno

    especial no decorrer do trabalho. Tambm o ponto onde a cafeteria se localiza

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    de extrema importncia, como expresso pela resposta Estar localizado perto

    de onde estou que obteve a terceira maior nota.

    7.2 PLANO DE MARKETING

    7.2.1 MISSO E VISO

    Misso

    Tornar o caf uma experincia nica atravs da constante busca pela

    xcara perfeita e de um ambiente agradvel e tranqilo.

    Segundo Ferrel (2005), a misso uma declarao clara e concisa

    (um pargrafo ou dois no mximo) que explica a razo de existir da

    organizao. Portanto, usou-se a expresso experincia para descrever tal

    misso, afinal, o Fighera Caf no quer que os clientes simplesmente entrem

    no estabelecimento para tomar um caf, mas que entrem na cafeteria para ter

    uma verdadeira experincia que pode ser caracterizada como nica que vai

    desde o atendimento dos garons e baristas passando pelo ambiente

    agradvel e finalmente chegando ao caf que deve possuir aroma, textura e

    sabor incomparveis. O termo xcara perfeita vem do conceito coloquial de

    Barista, que o profissional que prepara bebidas feitas de caf e que est em

    constante busca da xcara perfeita que, por sua vez, significa um caf feito

    com gros de qualidade, torrado, modo e extrado da maneira correta,

    temperatura correta. No entanto, vale apontar aqui que tal termo no s se

    refere ao caf nesse contexto, mas sim representa a paixo pela qualidade que

    deve se estender a todos os produtos oferecidos na cafeteria e ao atendimento

    por parte dos colaboradores. Por final, o ambiente agradvel e tranqilo

    significa o sentimento que se quer passar ao cliente quando ele est presente

    no Fighera Caf, onde ele deve se sentir to bem como se estivesse em casa.

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    Viso

    Tornar-se a maior rede de cafeterias do Brazil.

    De acordo com Dorneles (2001) a declarao de viso de uma

    organizao define aonde ela quer chegar, a direo que pretende seguir, e oque ela quer ser. Ento, no caso do Fighera Caf, se estabeleceu uma viso

    bastante ambiciosa para que perdure durante anos e guie as aes da

    empresa sempre com o intuito grandioso de ser a maior rede do Brasil.

    7.2.2 ANLISE DO AMBIENTE DE MARKETING

    7.2.2.1 ANLISE DO MICROAMBIENTE

    O microambiente consiste em foras prximas empresa que afetam sua

    capacidade de servir seus clientes a prpria empresa, os fornecedores, as

    empresas do canal de marketing, os clientes, os concorrentes e os pblicos.

    Disponvel em:

    . Acesso em: 16 de agosto, 2011

    7.2.2.1.1 FORNECEDORES

    Os fornecedores so pea essencial na cadeia de criao e entrega de

    valor, segundo Kotler e Armstrong (2008). Especialmente no caso de uma

    cafeteria, eles so cruciais, pois muitas vezes a cafeteria no dispe de umacozinha e nem de um cozinheiro para o preparo dos salgados e doces

    vendidos. No caso do Fighera Caf, os fornecedores foram decididos com base

    em entrevista com cafeterias j estabelecidas no bairro Moinhos de Vento em

    Porto Alegre, o que um forte sinal de qualidade afinal esto localizadas em

    um dos bairros com a mais alta renda per capita da cidade (mdia de 30

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    salrios mnimos de acordo com Wikipedia) e tambm o critrio de custo foi

    utilizado para se estimar a margem. So eles:

    Item FornecedorMquina de Caf AstoriaGro de caf Sul Caf

    Doces By AureaSalgados Beck BeckCroinsant MedialunasTortas Torta de SorveteXaropes/Frozens Sul CafBebidas Bebidas Basso

    Tabela 6 - Nomes Fornecedores

    Fonte: Autor

    Abaixo so alguns custos levantados que sero posteriormente usados

    para a definio de preos e projeo de fluxo de caixa:Item Qtd. Custo total Rendimento Custo UnitrioMquina decaf 1 (aluguel) R$ 550,00 1 R$ 550,00Gro de Caf 1 kilo R$ 40,00 100 R$ 0,40Brownie 1 unid. R$ 3,00 1 R$ 3,00Torta deSorvete 1 fatia R$ 3,30 1 R$ 3,30Salada deFruta 1 unid. R$ 1,70 1 R$ 1,70Sorvete 2 Litro R$ 19,00 20 R$ 1,90

    Croissant 1 unid. R$ 1,60 1 R$ 1,60Po de queijos 1 unid. R$ 1,50 1 R$ 1,50Empada 1 unid. R$ 2,50 1 R$ 2,50Quiches 1 unid. R$ 5,00 1 R$ 5,00Pastel deforno 1 unid. R$ 3,50 1 R$ 3,50Agua mineral 9 unid. R$ 16,50 12 R$ 0,73H2OH 12 unid. R$ 16,50 12 R$ 0,73Refrigerantes 12 unid. R$ 16,50 12 R$ 0,73Suco DellValle 12 unid. R$ 23,00 12 R$ 0,52Bohemia 24 unid. R$ 42,00 24 R$ 0,57Xarope 750ml R$ 35,00 70 R$ 0,50Chocolate 200g R$ 10,50 11 R$ 0,95Chai 250g R$ 13,50 9 R$ 1,50

    Tabela 7 - Custo Fornecedores

    Fonte: Autor

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    7.2.2.1.2 CLIENTES

    A empresa deve entender os cinco tipos de mercados de clientes de

    acordo com Kotler e Armstrong (2008): mercados consumidores (indivduos e

    famlias), mercados organizacionais, mercado de revendedores, mercados

    governamentais e por fim, mercados internacionais. No caso do Fighera Caf o

    mercado de consumidores o principal pela devido prpria natureza do

    negcio. De acordo com dados do Bssula SEBRAE, o bairro Moinhos de

    Ventos e seus entornos so basicamente formados pelas classes sociais A

    (21,42%) e B (54,07%). Isso tem como reflexo a renda familiar que , em

    mdia, R$ 6773,59, ou seja, consideravelmente alta.

    No entanto, no se pode descartar a idia de atrair o mercado

    organizacional para o estabelecimento, uma vez que na regio onde o caf se

    situa existe um grande nmero de escritrios e muitos profissionais liberais de

    acordo com as entrevistas com os proprietrios e gerentes dos cafs j

    presentes na regio. Isso representa uma grande oportunidade para acordo de

    convnios com tais empresas para eventos, reunies ou simplesmente para

    algum profissional que queira trazer algum cliente para um conversa sobre

    negcios.

    7.2.2.1.3 CONCORRENTES

    O empreendedor deve acompanhar de perto seus concorrentes com o

    intuito de oferecer mais valor e satisfao para os seus clientes do que seus

    concorrentes, segundo Kotler e Armstrong (2008). Para o trabalho em questo

    usou-se os mtodos de cliente oculto e entrevista semi-estruturada junto aos

    proprietrios e gerentes dos estabelecimentos com o intuito de coletar

    informaes relevantes.

    Os cafs analisados se encontram no bairro Moinhos de Vento exceto o

    Caf da Oca que se localiza no bairro Bomfim e o Press Caf do Shopping

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    Praia de belas que foram analisados para fins de benchmarking. Os principais

    concorrente so: Caf Buenos Aires, Caf Gioanni, Caf Friori, Caf do Porto,

    Croassonho Caf, Caf Div e Caf Correto.

    Figura 11 - Mapa Concorrentes

    Fonte: Google Maps

    Os principais pontos analisados foram a qualidade do caf, atendimento,

    decorao e cardpio. Para todos esses elementos muito difcil atribuir uma

    viso perfeitamente acadmica que pudesse mensur-los ou coloc-los em

    qualquer escala, logo tal anlise ficou a cargo do responsvel pelo trabalho em

    questo que, atravs de tcnicas de cliente oculto e entrevistas com os

    proprietrios e gerentes teceu seus comentrios que posteriormente foram

    usados para a tomada de deciso sobre os mais diversos aspectos do Fighera

    Caf.

    Sob a perspectiva do caf servido quando da visita s cafeterias,

    primeiramente analisou-se o Expresso que composto de uma dose de caf

    simplesmente. Pode-se dizer que h muita pouca diferenciao entre as

    cafeterias devido pouca tcnica empregada pelo barista no preparo da bebida

    e pelo fato de haver um concentrao de marcas de caf na cidade que

    basicamente composta pelo Caf do Mercado, Idea Caf e Sul Caf. Em um

    segundo momento, pediu-se um Caf Latte, que composto por uma dose de

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    caf e preenchido com leite vaporizado. Esse caf, apesar de ser

    aparentemente mais simples, ideal para se medir a tcnica do barista, onde

    analisado a quantidade de bolhas no caf (quanto menos, melhor), a

    temperatura, a cremosidade e se h ou no Latte Art, que a arte de fazer

    desenhos no caf com o prprio leite ou normalmente com chocolate lquido.De todos, somente o tradicional Caf Correto mostrou um caf de qualidade, e

    com Latte Art. Os outros cafs se mostraram muito parecidos, com um caf

    com o leite vaporizado de maneira incorreta e notadamente feito por no-

    baristas. Aqui, pode-se ver uma grande oportunidade de o Fighera Caf se

    posicionar como uma marca com a qualidade de caf superior no qual o cliente

    realmente v valor, afinal, de acordo com a pesquisa feita especificamente para

    esse trabalho, os potenciais clientes vem, em mdia, 53,24% mais valor em

    um caf com Latte Art como na foto abaixo que foi usado na pesquisa:

    Figura 12 - Latte Art

    Fonte: Google Images

    Em relao ao atendimento, basicamente dois aspectos foram

    analisados, a cordialidade e o tempo para ser atendido. Nos dois quesitos, as

    cafeterias se mostraram muito competentes, sendo, na viso do responsvel

    pela pesquisa, cordiais e com o tempo de atendimento em menos de 1 minuto.

    Quanto decorao, em pesquisa realizada para o trabalho em questo,

    procurou-se identificar alguns itens que os potenciais clientes acreditavam que

    faria o ambiente mais agradvel. Tais itens, de acordo com a pesquisa eram: a

    iluminao sbria, quadros, poltronas, mesas, detalhes em madeira, paredes

    com cores mais sbrias. Do resultado, concluiu-se que 89,2%dos potenciais

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    clientes preferem o ambiente com esses itens, sendo a iluminao, as cores

    das paredes e as poltronas as mais importantes. Dos concorrentes, o Caf

    Friori, Caf Div e Caf Buenos Aires apresentaram somente 1 ou nenhum dos

    itens citados anteriormente.

    No caso do Caf Friori, apresenta quadros:

    Figura 13 - Foto Caf Friori

    Fonte: Autor

    No Caf Div nenhum dos itens:

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    Figura 14 - Foto Caf Div

    Fonte: Autor

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    E no Caf Buenos Aires, o estabelecimento segue a decorao do

    Shopping Moinhos, logo tambm no apresentando nenhum item que os

    potenciais clientes consideram que o tornaria agradvel.

    Figura 15 - Foto Caf Buenos Aires

    Fonte: Autor

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    Entretanto, dos cafs que mais possui os itens que tornam o ambiente

    agradvel, est o Caf Correto:

    Figura 16 - Foto Caf Correto

    Fonte: Autor

    O estabelecimento possui paredes com cores mais escuras (vermelho e

    marrom) que as outras cafeterias, iluminao mais sbria, detalhes em

    madeira, como a janela e o teto e quadros.

    Os Cafs Croassonho, do Porto e Gioanni tambm apresentam alguns

    dos itens citados principalmente a iluminao, paredes mais escuras e detalhes

    em madeira.

    Alm disso, um ponto muito importante o fato de que todos os cafs

    possuem acesso a internet sem fio para os seus clientes.

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    Em se tratando de cardpio, pode-se se dizer que possuem uma alta

    variedade, pois todas as cafeterias servem desde um simples expresso at

    almoo. Basicamente os cardpios esto estruturados da seguinte maneira:

    Cafs/Chs

    Cafs tradicionais como, expresso, carioca, cappuccino e chs, alm decafs especiais com xaropes, chantilly ou licor.

    Cafs Gelados

    Cafs principalmente servidos no vero base de sorvete, como oAffogato.

    Doces/SorvetesTortas convencionais, tortas de sorvete, tiramisu, musses, petit gateau,

    brownie sorvetes artesanais.

    Salgados/ Quiches

    Empadas, pastis de forno, croinsant, quiches, po de queijo... Salgados

    fritos no so muito comuns, pois os cafs no possuem fritadeira ou

    fogo.

    Sandwiches

    Sandwiches muitas vezes em po de baguete que servem como

    refeies. Tambm boa parte no possui ingredientes de origem animal

    como o presunto ou peito de frango e que so muito apreciados pelos

    clientes vegetarianos de acordo com as entrevistas com os proprietrios

    e gerentes.

    Refeies

    Como a maioria das cafeterias no possui cozinha e nem chef as

    refeies so simples como saladas, comidas de preparo rpido ou

    tambm conhecidos como comidas de boteco como a Tboa de Frios,

    alm de comidas congeladas e esquentadas na hora do pedido como

    sopas, massas, strogonoff etc...

    Bebidas No alcolicas. Sucos Naturais

    Bebidas alcolicas.

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    Como visto, apesar de serem cafeterias, ainda assim dedicam-se a servir

    almoo o que representa uma boa parte da receita de acordo com os

    proprietrios e gerente. Tal ponto de extrema importncia, e foi considerado

    no momento da elaborao do cardpio do Fighera Caf.

    Ademais, outro ponto essencial, que todos os competidores funcionam

    de segunda a sbado, com exceo do Caf Div, mas somente metade (Caf

    Buenos Aires, Caf do Porto, Caf Gioanni, Croassonho Caf) abre no

    domingo ainda que com o horrio reduzido.

    7.2.2.2 ANLISE DO MACROEMBIENTE

    Toda organizao opera em um ambiente mais abrangente que oferece

    ameaas e oportunidades que devem ser consideradas pelos tomadores de

    decises dentro da empresa. Segundo Kotler e Armstrong (2008) dividem o

    macroambiente em seis principais ambientes:Ambiente Demogrfico, Ambiente

    Econmico, Ambiente Natural, Ambiente Tecnolgico, Ambiente Poltico,

    Ambiente Cultural.

    7.2.2.2.1 AMBIENTE ECONMICO

    As perspectivas de crescimento econmico para o Brasil apresentam

    boas projees pelo menos at 2015 com um crescimento de 6,2% ao ano em

    mdia como aponta o relatrio do Fundo Monetrio Internacional (FMI).

    Disponvel em: . Acesso em: 7 de outubro 2011. Isso

    ter impacto direto na renda per capita do brasileiro que vem aumentando nos

    ltimos anos e poder chegar a at R$ 19.706 em 2011 segundo o IBGE.

    Disponvel em:

    . Acesso em: 7 de outubro, 2011. No

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    mbito estadual, os boas projees se repetem em se tratando de crescimento

    econmico onde a economia rio grandense fechou o ano de 2010 com

    crescimento de 7,8% e de acordo com a FEE a projeo tambm de

    crescimento para 2011 ainda que menor. Quanto ao municpio de Porto Alegre,

    ele se caracteriza por possuir um PIB per capita maior do que a mdianacional. Em 2008 esse indicador estava em R$ 25.713 de acordo com a FEE,

    o que mostra um maior poder de compra da populao no geral. Disponvel

    em: . Acesso

    em: 7 de outubro, 2011.

    7.2.2.2.2 AMBIENTE TECNOLGICO

    Apesar de ser caracterizado pela tradio, as cafeterias hoje em dia

    devem ficar atentas s inovaes tecnolgicas especialmente em relao ao

    preparo do caf. Nos ltimos anos viu-se uma expanso muito significativa das

    mquinas estilo Nespresso onde usurios domsticos podem preparar e

    consumir caf de alta qualidade. Disponvel em:

    .

    Acesso em 04 de outubro, 2011. Para muitos isso pode apresentar uma

    ameaa para a demanda em cafeterias, afinal clientes poderiam saborear um

    caf premium em casa ou no trabalho.

    Alm disso, em se tratando de inovaes tecnolgicas, a maior empresa

    de cafeterias do mundo, Starbucks, adquiriu a Coffee Equipment Company no

    incio de 2008 e lanou o Clover system que se trata de uma mquina de caf

    que usa um sistema a vcuo a preparao do caf. De acordo com a empresa,

    esse sistema consegue fazer uma extrao muito superior do gro do caf se

    comparado com a mquina de caf expresso comum. Disponvel em:

    . Acesso em 04 de outubro, 2011.

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    7.2.2.2.3 AMBIENTE POLTICO

    O ambiente poltico vem oferecendo muitos benefcios aos micro e

    pequenos empresrios, o que representa grandes oportunidades para o

    Fighera Caf. Comeando pelo SUPERSIMPLES que entra em vigor em 1 de

    janeiro de 2012. Com o ajuste de 50% nas tabelas de tributao, a receita

    bruta anual mxima para que as microempresas possam optar pelo

    Supersimples passa de R$ 240 mil para R$ 360 mil por ano. Para a pequena

    empresa, a nova faixa ir de R$ 360 mil at o teto de R$ 3,6 milhes. O projeto

    tambm amplia o limite para o Empreendedor Indiv