Parametros de Lingua Portuguesa

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  • PARMETROS DE LNGUA PORTUGUESAO QUE ENSINAR Lngua Portuguesa na escola bsica?Vista a linguagem como meio de ao e interao, seu ensino deve estar voltado para o desenvolvimento das capacidades de ler, ouvir, falar e escrever. A escola deve, portanto, comprometer-se com prticas que garantam o domnio da lngua, em situaes diversas de comunicao, como condio para uma atuao autnoma e cidad no mundo.

  • ONDE FICA A GRAMTICA NO ENSINO DE LINGUAGEM? O aprendizado da lngua ultrapassa o ensino de estruturas gramaticais. Neste documento, contedos de gramtica, que eram objeto central das prticas tradicionais, ganham nova abordagem e novo espao: a reflexo metalingustica e o domnio de normas que regulam o uso da lngua em situaes formais de comunicao compem um EIXO VERTICAL.

  • Como se organizam os Parmetros de Lngua Portuguesa?

  • Categorias organizadoras: tipologias e gneros textuaisConsiderando: que a lngua uma atividade interativa, social e mental que seu uso se d em eventos discursivos situados sociocognitivamente (Marcuschi, 2008:65)as categorias GNERO e TIPOLOGIA TEXTUAL possibilitam a construo de prticas mais produtivas, voltadas para o uso da lngua em situaes diversas de comunicao.

  • Eixo 1: Apropriao do sistema alfabticoRene expectativas de aprendizagem relativas ao domnio das regras que organizam o SISTEMA DE ESCRITA em Lngua Portuguesa.Concebe a Alfabetizao e o Letramento como processos distintos do ponto de vista conceitual, mas indissociveis do ponto de vista das prticas de ensino.Alfabetizao- apropriao da leitura e da escrita.Letramento- usos sociais da leitura e da escrita.

  • Eixo 1: Apropriao do sistema alfabticoO EIXO 1 organiza-se a partir dos seguintes tpicos:Propriedades e convenes do sistema alfabtico EA relativas ao reconhecimento da escrita como sistema de representao regido por convenes de organizao do texto na pgina e de utilizao das letras do alfabeto.Leitura EA das relaes entre os sons da fala e os sinais grficos que a representam + valorizao de objetos e situaes que envolvem a cultura escrita.Escrita- EA relativas apropriao do sistema alfabtico na perspectiva do escritor.

  • Eixo 2: Anlise LingusticaPor que situar a Anlise Lingustica em um EIXO VERTICAL?

    A reflexo sobre a lngua faz sentido apenas quando orientada para seu uso competente em situaes de comunicao oral, de leitura ou de escrita. O ensino METALINGUSTICO normativo e classificatrio d lugar ao ensino EPILINGUSTICO funcional e discursivo.

  • Eixo 2: Anlise LingusticaEnvolve tambm o domnio da NORMA CULTA, considerada em sua relao com as demais variedades., numa perspectiva que vise superao de preconceitos e simplificaes e que vise adequao da linguagem a situaes distintas de comunicao.Superando a abordagem normativa, a prtica de anlise lingustica alia leitura, escrita e unidades lingusticas.

  • A anlise lingustica no Ensino MdioNO ENSINO MDIO, a prtica de anlise lingustica amplia-se.

    Ela deve possibilitar o aprofundamento e a sistematizao de conhecimentos sobre o funcionamento da lngua, sua morfologia e sintaxe, (Quadro da p. 44) bem como sobre os recursos lingusticos responsveis pela construo da coeso/ coerncia textual. (Quadro p. 43)

  • Eixo 3: OralidadeO que/como ensinar a oralidade na escola?Propor situaes sistemticas e organizadas, de modo que o estudante possa exercitar gneros textuais orais diversos debates, seminrios, palestras etc , aprendendo a organizar a prpria fala, a partir da considerao das especificidades do contexto interativo. Ensinar a oralidade ocupar-se dos processos de construo de sentidos, em atividades de escuta e produo da fala.

  • Eixo 3: OralidadeConversar, desenvolver trabalhos em grupo, resolver exerccios oralmente no so atividades suficientes para desenvolver habilidades orais.

    As prticas de oralidade devem propor a PRODUO, a ESCUTA e a ANLISE LINGUSTICA de diversos gneros do oral, bem como a RETEXTUALIZAO do oral para o escrito e do escrito para o oral.

  • Eixo 4: Leitura

    Definir a leitura como eixo central destes Parmetros Curriculares de Lngua Portuguesa implica assumir a relevncia e a prioridade da tarefa de formao de leitores.

    O Eixo 4 diz respeito ao ENSINO DA LEITURA.

  • O que ler?Premissas fundamentais deste documento:A leitura construo subjetiva de leitores que atuam sobre o texto a partir de um conjunto vasto de conhecimentos acumulados e estruturados pela vivncia em determinada cultura.O significado no est pronto no texto. O texto oferece um conjunto de pistas que guiam a construo de sentidos.A leitura atividade scio-cognitiva e interacional que implica dilogo mediado pelo texto.

  • O que ensinar a leitura?

    A tarefa de ensinar a ler no seria incoerente com a natureza subjetiva da leitura, se o ensino da leitura for entendido como o ensino de ESTRATGIAS de leitura, por uma parte, e como o desenvolvimento das HABILIDADES lingusticas, por outra.(KLEIMAN 1993, p. 49)

  • Como ensinar a ler?O ensino da leitura deve envolver o exerccio sistemtico daquilo que faz um leitor proficiente quando l:Localizar informaes.Levantar hipteses e confirm-las.Inferir e relacionar informaes.Selecionar e refletir sobre recursos lingusticos mobilizados por determinados gneros.Construir hipteses sobre os objetivo dos textos.Comparar textos...

  • Eixo 4 leitura: tpicos estruturantesGneros textuais e suas funes comunicativas- Expectativas de Aprendizagem relativas competncia do leitor em avaliar elementos da agenda comunicativa do texto para produzir sentido. Procedimentos de leitura em diferentes discursos- Expectativas de Aprendizagem relativas a procedimentos gerais de leitura mobilizados pelos leitores.Organizao temtica- Expectativas de Aprendizagem relativas ao reconhecimentos das relaes entre as partes de um texto.Tipologias- Expectativas de Aprendizagem relativas ao reconhecimento da organizao estrutural dos gneros/tipos textuais e dos recursos lingusticos implicados em sua construo.

  • Como pensar a formao do leitor de literatura?A leitura literria tem lugar de destaque na formao de um leitor proficiente. Letramento literrio- prticas que possibilitem aos estudantes apropriarem-se da literatura pela vivncia de experincias estticas que lhes revelem o valor da arte. O trabalho com o texto literrio, portanto, exige um tratamento metodolgico diferenciado. Para alm das expectativas de aprendizagem de leitura envolvidas na apropriao do texto literrio, letrar literariamente implica a descoberta da fruio que caracteriza o contato com a literatura.

  • Eixo 5: EscritaAs prticas de escrita devem ser pensadas na perspectiva dos gneros textuais. Os estudantes devem:Vivenciar situaes comunicativas mediadas pelo texto escrito.Reconhecer as especificidades dos contextos comunicativos e a forma como estas determinam escolhas sintticas e lexicais. Apropriar-se, como leitor e como escritor, de um repertrio de gneros, reconhecendo sequncias tipolgicas, elementos estruturais e recursos coesivos prprios de determinados gneros.

  • Eixo 5: EscritaAbordar a escrita na perspectiva dos gneros textuais requer a criao, no espao da sala de aula, de situaes reais de comunicao, nas quais a linguagem escrita se constitua uma forma de interao entre os sujeitos.

    Nos anos iniciais do Ensino Fundamental a produo escrita deve estar vinculada a situaes ligadas s esferas da vida social mais prximas criana, nas quais o grau de formalidade pequeno. Progressivamente, esse repertrio amplia-se, abrangendo esferas distantes do cotidiano e que exigem maior grau de formalidade.

  • Eixo 6: Estticas Literrias e seus contextos scio-histricosO Eixo 6 deve ser pensado dentro de um projeto de formao do leitor de literatura. Conforme sinalizam os PCNs para o Ensino Mdio: Para cumprir com esses objetivos (da literatura no E.M.), entretanto, no se deve sobrecarregar o aluno com informaes sobre pocas, estilos, caractersticas de escolas literrias, etc., como at hoje tem ocorrido, apesar de os PCN, principalmente o PCN+, alertarem para o carter secundrio de tais contedos: Para alm da memorizao mecnica de regras gramaticais ou das caractersticas de determinado movimento literrio, o aluno deve ter meios para ampliar e articular conhecimentos e competncias [...] (PCN+, 2002, p. 55). Trata-se, prioritariamente, de formar o leitor literrio, melhor ainda, de letrar literariamente o aluno, fazendo-o apropriar-se daquilo a que tem direito. (BRASIL/MEC, 2006, p.54)

  • Sistematizao e progressoPara demarcar as sries escolares nas quais cada uma das expectativas de aprendizagem descritas deva ser objeto de ensino sistemtico pelos professores, foram utilizadas trs cores: a cor azul clara indica o(s) ano(s) n0(s) qual(is) uma expectativa de aprendizagem comea a ser abordada pelas prticas de ensino, ainda que de forma no sistemtica; a cor azul celeste indica o(s) ano(s) durante o(s) qual(is) uma expectativa de aprendizagem necessita ser objeto de sistematizao pelas prticas de ensino; a cor azul escura indica o(s) anos(s) no(s) qual(is) se espera que uma expectativa de aprendizagem seja efetivada, com condies para o prosseguimento, com sucesso, em etapas posteriores de escolarizao.