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Penas e Gozos Futuros 1

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PENAS E GOZOS FUTUROS

CAPÍTULO IILIVRO IV

Paulo Vera Maristela

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O NADA E A VIDA FUTURA

“O nada não existe ”• O sentimento da vida futura, nasce da vaga

lembrança do que sabemos e vimos no estado espiritual.

• Vida Futura implica na conservação de nossa individualidade após a morte.

• Suas consequências são responsabilidade de nossos atos durante a encarnação.

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INTUIÇÃO DAS PENAS E GOZOS FUTUROS

• O Espírito traz, ao encarnar, pressentimentos sobre penas e recompensas futuras.

• No momento da morte cada um traz consigo sentimentos diferentes:

Os céticos – dúvidasOs culpados – temorOs homens de bem- esperança

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INTERVENÇÃO DE DEUS NAS PENAS E RECOMPENSAS

• Deus se ocupa de todos os seres, nada é pequeno para sua bondade.

• Nossas ações estão submetidas às Leis de Deus. Assim sendo, felicidade ou infelicidade futura são de nossa responsabilidade.

• Deus nos dá, a cada encarnação, recursos para reparar nossos erros. Cabe a nós empregar nosso tempo nessa realização.

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NATUREZA DAS PENAS E GOZOS FUTUROS

• O homem tem noção grosseira da Vida Futura, penas e gozos da alma, depois da morte nada tem de carnal.

• Satisfação, causada pela necessidade material é gozo animal que o homem passa nos estágios mais grosseiros de sua evolução.

• Espíritos Puros conhecem e sabem todas as coisas e aproveitam isso para ajudar o progresso de outros Espíritos. Sua ocupação é um prazer!

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• Espíritos Inferiores exercem influências perversas, fazendo com que outros Espíritos se desviem do Bem e do Arrependimento.

• A morte não nos livra das tentações, porém a ação de maus Espíritos é menor que sobre os homens, porque eles não têm por auxiliares paixões materiais.

• Os maiores sofrimentos dos maus Espíritos são as torturas morais, mas a mais horrível é o pensamento de serem condenados para sempre a infelicidade, ficando longe da felicidade dos justos.

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• Os Espíritos não escondem seus pensamentos. O reconhecimento de nossos atos serão conhecidos

com a presença daqueles que foram nossas vítimas. • Espíritos onde há recíproca simpatia para o bem

encontram na sua união motivo de gozo, formando famílias, constituindo felicidade espiritual.

• Os sentimentos diante da morte, influenciam o estado de espírito.

• A crença no Espiritismo apressa o adiantamento, porque permite conhecer o que seremos um dia. Ele desvia atos que retardam a felicidade futura e nos ensina a suportar as provas com resignação.

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PENAS TEMPORAIS• Após a morte não há dores físicas, porém há dores

morais pungentes e numa nova existência, a infelicidade.

• A cada encarnação trazemos provas, impostas por Deus e escolhidas por nós para expiação.

• A medida que há depuração de nossas faltas encarnamos em mundos cada vez mais perfeitos, ou acabamos de cumprir nossa missão no mesmo mundo não sendo mais para o espírito uma expiação.

• A Felicidade Futura é causada pela soma do bem que se faz e a infelicidade na razão do mal e dos infelizes que se tenham feito.

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ARREPENDIMENTO E EXPIAÇÃO

• Arrependimento ocorre na Estado Espiritual, podendo ter lugar no Estado corporal, quando sabemos a diferença do Bem e do Mal.

• No Estado Espiritual, desencadeia o desejo de uma nova encarnação para expiação das faltas.

• No Estado Corporal, há desejo de avançar na vida presente com tempo de reparar as faltas.

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• A expiação no Estado Corporal se dá pelas provas às quais o Espírito está submetido.

• Estado Espiritual, a expiação se dá pelos sofrimentos morais ligado ao estado de inferioridade do Espírito.

• O resgate de nossas faltas será feito pelo Bem e a reparação não tem mérito, se não atinge o homem no seu orgulho ou nos seus interesses materiais.

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Duração de Penas Futuras• O estado de sofrimento e felicidade é proporcional ao

grau de depuração do Espírito, a duração e a natureza de seus sofrimentos depende do tempo que ele se emprega para se melhorar e aperfeiçoar.

• Duração das penas segundo: • Santo Agostinho: “A cada um segundo suas obras”. Deus

coloca o amor, a caridade, a misericórdia, o esquecimento das ofensas no lugar das primeiras virtudes.

• Platão: Eternidade dos castigos corresponde a eternidade do mal. Eternidade das penas é relativa não absoluta. Só Deus é eterno e não poderia criar mal eterno.

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• Paulo Apóstolo: Para alcançar seu destino a humanidade necessita de três características; justiça, amor e ciência. E três antagônicas; injustiça, ódio e ignorância.

• Culpado - aquele que se desvia ou se distancia do objetivo da criação.

• Castigo – Consequência natural, soma de dores necessárias com objetivo a reabilitação, a libertação. “Querer que o castigo seja eterno por uma

falta que não é eterna é negar-lhe toda razão de ser”.

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Paraíso, Inferno e Purgatório• Não há lugar fechado para os Espíritos serem felizes ou

infelizes.• Quanto aos Espíritos encarnados são mais ou menos

felizes de acordo com o mundo que vivem.• Purgatório – Consiste nas provas da vida corporal com

consciência de futuro melhor. É o estado de Espíritos Imperfeitos que estão em expiação até sua purificação completa.

• Inferno – Vida de prova, penosa com incerteza de melhora.

• Céu – Espaço Universal, planetas, estrelas, mundos superiores, sem angustias inerentes a inferioridade.

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CONCLUSÃO• I – Quem não conhece o Espiritismo, saiba que das mesas

giratórias obtivemos uma ciência, bem como uma solução para problemas que nenhuma filosofia havia resolvido. Criticar o que não se conhece é fazer prova de imprudência.

• II – Espiritismo X Materialismo: Toda religião baseia-se no MARAVILHOSO e no SOBRENATURAL. Os fenômenos sobrenaturais que hoje são fundamentados pela ciência pareceram maravilhosos em outra época. “ Se vossa ciência não vos ensinou que o domínio da natureza é infinito, não sois sábio senão pela metade.

• III – Incredulidade causa relaxamento dos laços de família e a maioria das desordens que minam a sociedade. O Espiritismo estimula a fé no futuro e a responsabilidade dos atos.

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• IV – Lei de justiça, de amor e caridade gera progresso para humanidade.

• V – “ Não vos inquieteis com a oposição, tudo que se fizer contra vós tornará para vós, e vossos maiores adversários servirão a vossa causa, sem o querer. Contra a vontade de Deus a má vontade dos homens não prevalecerá”.

• VI – O Espiritismo tem sua força na filosofia, no apelo que faz a razão e ao bom senso. Sua influência torna os homens melhores, menos ávidos de interesses materiais e mais resignados aos ditames da Providência, garantia de ordem e tranquilidade.

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VII - Aspectos do Espiritismo

Graus de Adeptos do Espiritismo

Adversários do Espiritismo

1 – Manifestações (curiosidade)

1- Limitam-se em constatar as manifestações é para eles ciência experimental

1- Negam sistematicamente tudo que é novo, não admitem nada fora do testemunho dos sentidos. (orgulho e presunção)

2 - Princípios de filosofia e de moral

2 – Compreendem as consequências morais

2 – Para eles o espiritismo existe, mas têm medo de suas consequências e o atacam como inimigo, por interesses pessoais. (ambição)

3 – Aplicação dos princípios

3 – Praticam ou se esforçam na prática dessa moral

3 – Encontram na moral espírita uma censura severa de atos e tendências. (egoísmo)

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• VIII – O espiritismo segrega o materialismo pelos fatos, mostrando os efeitos do mal e a necessidade do bem.

• IX – “ Por muito tempo, os homens têm se dilacerado mutuamente e amaldiçoado em nome de um Deus de paz e de misericórdia, ofendendo-o com tal sacrilégio”. O Espiritismo é o laço que mostrará onde está a verdade e o erro.

Santo Agostinho

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Se a virtude pode ser ensinada, como creio, é mais pelo exemplo do que pelos livros. Então, para que um tratado das virtudes? Para isso,

talvez... Tentar compreender o que deveríamos fazer, ou ser, ou viver, e medir com isso, pelo menos intelectualidade, o caminho que daí nos separa. Tarefa modesta, tarefa insuficiente, mas necessária.

Os filósofos são alunos ( só os sábios são mestres), e alunos precisam de livros é por isso que eles as vezes escrevem livros,

quando os que tem à mão não os satisfazem ou sufocam. Ora, que livro é mais urgente, para cada um de nós, do que um tratado de

moral? E o que é mais digno de interesse, na moral do que as virtudes? Assim

como Spinoza, não creio haver utilidade em denunciar os vícios, o mal, o pecado. Para que sempre acusar, sempre denunciar? É a

moral dos tristes, é uma triste moral. Quanto ao Bem, ele só existe na pluralidade irredutível das boas ações, que excedem todos os

livros, e das boas disposições, também elas plurais, mas sem dúvidas menos numerosas, que a tradição designa pelo nome de virtudes,

isso é ( sentido grego da palavra arete, virtus) de excelência. (André Comte Sponville)