3
J\ ...... r- r-, T" ll 1. l --1, t_.. ,_./ :- . .: - J-1 CJ L ., i t ""1 00 0 It: l_.\JGO I DO DO_ A,O F (---) r .) C' /\ f' '- .... / 1---\ ' 1--\ LJ Excelent:! e,sir.1o Se:r:u"lor 0 DO CONSELHO DE MllTISTROS F:x:e;elenc: La : Os nossos nnis respeitosos cunprincntoso I ""' OS FACTOS ---;.. ------·-·- Desde o 17 de Abril que a Universidaae de Coinbra nas cl:ur.1 nodo refle:;;:o a pr6prio. Nagao, depara con a agu.disagao progressiva dumi situac;;ao que pela gravidacle de q1.l.e se re-·.res-te e pela nat·ureza dos el'ei tos que ai'ecta violentD.Dente a vida cla U:niversidade e, consequcn·lienente, o funciono.;:1ento plena da E8vola lra.cional o 0 oonb.Gcinen to clc t a.is f8.ctos t0n s:.i.clo ao Pais atro.vos do.s tas Oficiosa.s do Mj. nistcrio do. EducagO.o Nacionnl e, subsid.Lariaucnte 'J atra. vos do U..11s ta22 tos conv..;.1:Lcac1os cla Polj:cia Juc1J.ciaria(l A crisc do. r..ao reGebE:m 7 of'i- ciainentc, do. parte dv.s autoriclades govemauentais : 1 quaisquer m.1tras referencias especi- ais 7 se o celebre disuurso do .lftinistro da Euucat;;O:o R'ac ion al c1e 30 de Abr-il Ul tino a que a Na<):lo 1 o.tX'aves da onda de indignagffo que nanl:f.estou, spube dar o jttl:gon0 -!! to adeq1.tado. Dada a grc:vidade que a crise rC.pidat:lente a.ssuuiu 9 dada a inporta'1cia de que os problems e:u jogo se r oveste:o. no panoraua do J?nsj;ao en a todo o w. cono e ra legit:·_ no '2 espe!'ar •• que o Gove:rno a que V o E:;::: ,c ia pre- side e!'...:f:::-entasse decididm:.1ente a. ona1j_se da si tua.gao NO:o fo1 isso que o discurso do sidente do de proferido no dia 19/6/1959 perante as cauaras da RTP, represen·liou 6 Co:::.1o as estudantes j a pv. blicanen te ti verru:1 ocasiO:o de lru:1en tar 1 a palavro. do Che:fe c1o Goven-10 den·tro dos hre ves n:L'1utos de atengao que :Lhe nereceu o probleua da Educagao en Portugal, lin:itou-se a tecer alguns vagos conentfirios sabre as crises 2 dei.<>::awlo S1J.:cpreendentenente de lado nffo so a resolugao de UD proble- na de p:ceuencia ab solu:ta, co::1o iludi:nc1o . as leg£t:inas expectativab da Nac;;no, que aconpa- rL."lanc1o entre apreensiye. e confio.nte os acontecinen·cos d.e esperava · receber c1a r:wnsagen de V o Ex"cie. alga nais que a breve exposigao c:.pontada. Mesno a.ssin 7 pudenos conp:r.eende:c' que o Go J"G:::-:'r).o da Nagi?.o? pelo. voz do seu rJcis alto representa.nte 9 :fll. z:La saber que nao COllSiderava l1C1J. uttl llOJJ. vantajObO 0 llend•.Irec:ine:nto de posig(iest!e que; nais do que is so 1 D. plata.:forr.1a do dililogo apared.o. cor.1o a rl.11i.ca via c1e soluguo vislunbrE:, do. pa:r-a a crise do En.s:ino o Assir.1 j1.1lgarruJ. sn ·0ender os estud8.n·lies g:u.e a pos.igi?.o claro.aente assunl da pelo Ghe:fc do Gover.!lo corres pondia 1 nesse ponto 1 aquilo por que eles. senpJ;'e a$piranm - ao dj , alogp participan-ce 1 c1espido do tradj_cional paternalj.sno 'op:ressivo con d"LD':''£1..::2 te dezenas e dezenas de vinha.n sendo tratadQs as Associagoes de Estudantes? seus orguos :r:ep:r·esen-tativos.o Assin ju:lgat.;atl os es-Luda..'1.tes entender quando a. Assonbleia Nngna da A- cadenia de Coinb:!:'a delibe:r.cu n::mCJ.n·l ;a:!:' 2. Dj rJa Asso c·.:.i. a,;ao Aced4'Di.ca de Co-i n- b::'::'e. pa:!':'a - correspondendo aGsin a u:r.1 desejo p{1.bJicaoe...'1.·te expresso , e que se prestmiu aero = le7a:;t.' ate V '=' Exocio. os non. tos de v--ista estudnn f.ia sobx-e a :":'esoluc;:O:o c1a cr:Lse da Ur..iversj.dade e sabre a neces sa;ia paoi.fica9ao c1 a sua vida 0 Atraves dl -'Tl offci.o c1o Iirinis- terio da Educagao lifacio:r..al fic c:\bos a saber q-:;.e on·brev-iste. rcqv.Gric1a a V o Bx:ccia ser-ia entra'. o-ada na.queJ.a in st&.nc:i.a po:c nO.:o ser poss:fvel 9 nson gra:-re quob:ra do respeito que se deve a.o Chefe do sol::\. ci 8.udir;lncia para ·:x:1e, conissno de estuda..11tes que nno se e..11.contro. ha.bil:i:to.cla a un . !'linpl es p edido nas siiJ. a di tar as co;ndig<5es expres.soncn"'.:io H -31A. nn.."l:'ia.to, 1 ' (in o:fioio do M.h1istro dn Eduoagoo I'Jaoional? d9 30/6/1969)o

~PI até... · 2012. 10. 19. · 1 ~ Seopre os estu.dantes reivindicaraD o dialogo en qucstoes e : ... Nbs e forgoso reconhecer que ~ c ta.nb.J'n OODparando COil qua.lquer pais -

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ~PI até... · 2012. 10. 19. · 1 ~ Seopre os estu.dantes reivindicaraD o dialogo en qucstoes e : ... Nbs e forgoso reconhecer que ~ c ta.nb.J'n OODparando COil qua.lquer pais -

J\ ...... r- r-, T" ll1. .j~, l--1, t_ .. ,_./ :-. .: -J-1 CJ L ., i t ""1 00

0 It: l_.\JGO ~1\ll-l 1-~ROf\~PI I

DO DO_ A,O 1v·

7

101\~0LOGC)

F (---) r .) C' /\ f' o· '-..../ 1---\ ' 1--\ LJ Excelent:! e,sir.1o Se:r:u"lor 0

PBESID~~J\TTD DO CONSELHO DE MllTISTROS

F:x:e;elenc: La :

Os nossos nnis respeitosos cunprincntoso

I ""' OS FACTOS ---;..------·-·-Desde o d~a 17 de Abril que a Universidaae de Coinbra particularmen·~e,

nas cl:ur.1 nodo refle:;;:o a pr6prio. Nagao, depara con a agu.disagao progressiva dumi situac;;ao que pela gravidacle de q1.l.e se re-·.res-te e pela nat·ureza dos el'ei tos que p~:-opicio. 9 ai'ecta violentD.Dente a vida cla U:niversidade e, consequcn·lienente, o funciono.;:1ento plena da E8vola lra.cional o

0 oonb.Gcinento clc t a.is f8.ctos t0n s:.i.clo 1'~vaclo ao Pais atro.vos do.s lif:)~ tas Oficiosa.s do Mj.nistcrio do. EducagO.o Nacionnl e, subsid.Lariaucnte 'J atra.vos do U..11s ta22 tos conv..;.1:Lcac1os cla Polj:cia Juc1J.ciaria(l A crisc do. Un~.versic1ade r..ao reGebE:m 7 assin~ of'i­ciainentc, do. parte dv.s autoriclades govemauentais :1 quaisquer m.1tras referencias especi­ais 7 se exceptua.;·:n~s o celebre disuurso do .lftinistro da Euucat;;O:o R'acional c1e 30 de Abr-il Ul tino a que a Na<):lo 1 o.tX'aves da onda de indignagffo que nanl:f.estou, spube dar o jttl:gon0-!! to adeq1.tado.

Dada a grc:vidade que a crise rC.pidat:lente a.ssuuiu 9 dada a inporta'1cia de que os problems e:u jogo se r oveste:o. no panoraua do J?nsj;ao en Portugal~ agu.ardo.ya."~se a todo o noner;::~o w. cono era legit:·_no su:po~e '2 espe!'ar •• que o Gove:rno a que V o E:;::: ,cia pre­side e!'...:f:::-entasse decididm:.1ente a. ona1j_se da si tua.gao ~ NO:o fo1 isso que o discurso do Pr~ sidente do Co~seJLho de Nfrnistros ~ proferido no dia 19/6/1959 perante as cauaras da RTP, represen·liou cla~a::.K.mte 6 Co:::.1o as estudantes j a pv.blicanen te ti verru:1 ocasiO:o de lru:1en tar 1 a palavro. do Che:fe c1o Goven-10 ~ den·tro dos hreves n:L'1utos de atengao que :Lhe nereceu o probleua da Educagao en Portugal, lin:itou-se a tecer alguns vagos conentfirios sabre as crises est~_:Ctac'1t1:o; 2 dei.<>::awlo S1J.:cpreendentenente de lado nffo so a resolugao de UD proble­na de p:ceuencia absolu:ta, co::1o iludi:nc1o . as leg£t:inas expectativab da Nac;;no, que aconpa­rL."lanc1o entre apreensiye. e confio.nte os acontecinen·cos d.e Coli.1bra~ justar~nte esperava · receber c1a r:wnsagen de V o Ex"cie. alga nais que a breve exposigao c:.pontada. Mesno a.ssin7 pudenos conp:r.eende:c' que o Go J"G:::-:'r).o da Nagi?.o? pelo. voz do seu rJcis alto representa.nte 9 :fll.

z:La saber que nao COllSiderava l1C1J. uttl llOJJ. vantajObO 0 llend•.Irec:ine:nto de posig(iest!e que; nais do que i s so 1 D. plata.:forr.1a do dililogo apared.o. cor.1o a rl.11i.ca via c1e soluguo vislunbrE:, do. pa:r-a a crise do En.s:ino o

Assir.1 j1.1lgarruJ. sn·0ender os estud8.n·lies g:u.e a pos.igi?.o claro.aente assunl da pelo Ghe:fc do Gover.!lo correspondia 1 nesse ponto 1 aquilo por que eles. senpJ;'e a$piranm - ao dj,alogp participan-ce 1 c1espido do tradj_cional paternalj.sno 'op:ressivo con que~ d"LD':''£1..::2 te dezenas e dezenas de anos~ vinha.n sendo tratadQs as Associagoes de Estudantes? o~ seus orguos :r:ep:r·esen-tativos.o

Assin ju:lgat.;atl os es-Luda..'1.tes entender quando a. Assonbleia Nngna da A­cadenia de Coinb:!:'a delibe:r.cu n::mCJ.n·l;a:!:' 2. Dj recd1o~Gere::. rJa Asso c·.:.i.a,;ao Aced4'Di.ca de Co-i n­b::'::'e. pa:!':'a - correspondendo aGsin a u:r.1 desejo p{1.bJicaoe...'1.·te expresso , e que se prestmiu s~g_ aero = le7a:;t.' ate V '=' Exo cio. os non.tos de v--ista estudnn f.ia sobx-e a :":'esoluc;:O:o c1a cr:Lse da Ur..iversj.dade e sabre a necessa;ia paoi.fica9ao c1a sua vida 0 Atraves dl-'Tl offci.o c1o Iirinis­terio da Educagao lifacio:r..al fic c:\bos a saber q-:;.e a · on·brev-iste. rcqv.Gric1a a V o Bx:ccia ser-ia entra'.o-ada na.queJ.a i n st&.nc:i.a po:c nO.:o ser poss:fvel 9 ns on gra:-re quob:ra do respeito que se deve a.o Chefe do Go-v-erna~ sol::\.ci ta~?-.,J.he 8.udir;lncia para ·:x:1e, conissno de estuda..11tes que nno se e..11.contro. ha.bil:i:to.cla a dirigi~---lh8 un . !'linpl es pedido ;~ nas siiJ. a di tar as co;ndig<5es expres.soncn"'.:io cons-t.c"1r~·t.'}s ._s8 H -31A. nn.."l:'ia.to, 1' (in o:fioio do M.h1istro dn Eduoagoo I'Jaoional? d9 30/6/1969)o

Page 2: ~PI até... · 2012. 10. 19. · 1 ~ Seopre os estu.dantes reivindicaraD o dialogo en qucstoes e : ... Nbs e forgoso reconhecer que ~ c ta.nb.J'n OODparando COil qua.lquer pais -

Porque nao pede haver uDn opinino do Pafs pl.f>..nnlli'..n-'te JJ.vre e conscj~n:_ Jueuente forr..1ada sen "~'ill'l. anp1n .info:rr.mgao de todos os fo.ctos ~

po:r:-que a s:Ltr.ac;O:o presPnte bpede decis:Lvn..'J.ente w1e a Nagao Portu.gu.e·= sa (que tJD.ida:1ente conega agora a ov:vir os poderes publicos falar de diUlogo) possa. real. nente conhecer quen sao os ou~lpa:ioz de tal d:Lalogo nao existir;

elYiienden os estuclantes de Co:inbra ser seu de~rer (;hega.r ate V,., Ex.,cia por es-Ge neio -ja q·ue outro li1e nao .facul tan ·-· no sentido de prec:l.sar os segu:lntes pontes:

1 ~ Seopre os estu.dantes reivindicaraD o dialogo en qucstoes e :iJ1stBnc:Las cnde jvJ.garan ser jTl.sto e 1cgLtino fazer ou.Vi:r:' a sua vo:o:;o Senp:re tanben as autoridades re::;ponde:r·Dn con a recusa sisten8\ica a este direi to j.nquestionavel dos est'Uda.n·(;es.

2 ·~ A crise e:."J que 9 desde 17 de Abrilq a nosso. Universidade se d<:lba"te~ so foi possiYel po:.:·que aos estudantes nao :foi reconllGcido ainda o estatuto ni..YJ.ino da ·res­ponsa.bilidade que J.hes p-:;rr.li"ta partictpa:r:' mm d:l.alogo :insto.urado e:o su.a propria casa, sen lhes ser possivel sequer :i.nterronper o non6logo i'o:.t:>gado a que trO.gicanente os v(b. habi tu·· ando~

3 ···· Ined:i.ataoente a segcd.r aos acontec:1ne:nJ;;os de 22 de Abril 9 apos in~ si.ste:ncias da m.re0~8:0...G·e:c-J.l cla. AAO pa::-:a se avistar con o M'l.11:i.stro da Ftducagao Nacion::lJ. 7 este recusa q'J.alquer ti.po de entrevistac.

4 - N-u.r1Ll. o t.~:::, stO:o q1.1.e direotancmte visavc.. n.eusar a rlE~flifesta inconpeten~ oia e o conpo:rtor.wnto discrieionU:r<J.o das au·~6:r·idades universi tarias ~ foi por estas inis= cuiclo o none do Senhor :Presic1ente da Republicno Estudantes e Professores procuraran entao avis'Ga:r-so con o Chefe do Ef3tado po.ra~ .~::~.trG:y§~~..sl2....S~1 esdm·ecer o significado real dos aconteciLlentos, 0 M:i.nJ.stro da Ec1ucagao Nacional..- pouco interessado en que a questao fosse de:fjntti:vanente esc1a.recic1a 1 ent:i:avou esta diligcnciae

5 ~·· En 25 de .T'Jnho de 1959, a Direcgtfo...Ge:ral da AAC solj.ci ta UD.O.. en·t;:::e­yj.sta con o Professor MARCELLO CA.D'.J:.ANOo 0 Mi...11ist:ro cla Bducagao Naciona1. entrava nais UDa

vez o deourso no~~al do peclido~ alegando as razoes jo atras expostas e transcrito.sG

E poss.:fvel que V o E:xocia tenha razao 'J qt:t.e o lV".dnisterio da Educagao nno consti~~ua lugar inYejavel pa~ca ui.nguen en quoJ.q·e1..er po.:Ls., Nbs e forgoso reconhecer que ~ c ta.nb.J'n OODparando COil qua.lquer pais - e bastante r_lCYlOS inyeja-rel D. si tuagffo do estuda!'lte portuguese Para na::!.s oon :respons<Srei8 pelo &1..sjno do jae:ci cles'C r:? IE:h:Lst:r:o a qncn o Gove:.:!.J ·J Portug;u0s entr~gou o problena da Eclucagao Nacionalo

II ·~· po D.:I:ll:LOGO IN'1'"§.~92'lPipO AQ M~_Q"LOQ~ J!'03~J:1Q 11En vez clc f'acili tar o dial.ogo en terr1os co:r.·rectos :- a contestagao vio­

lento. dificul ta···O ~ cndu.recenclo posigoes "" Wrof ,, Mfi.RC~~LLO CAETANO)

Quo.lquer que seja ci. concep9ao ·de c1ia1ogo ~ e:ta tera senpre que, necess&­riru::lCntc, nssentar no. livre pen:lUta de opinioes 9 na trona rec:Lproca c~as respectivo.s posi­goes dns pe..rtes en jogo o Pnra ser fei ta en temos corrod;os 9 ela pressupoe clar-anente o respei 'to n t1t;u.o dos inter1ocu:bores, a con.fia.'1ga rec:lproca. nas rectas intengoes de anbas as partes, tendo en vis to. a solugno de deterninado pro bJ.ene . ., Foi ass in que os estucla."ltes en­tenderar.l a sua vontade de dialogo quando en ternos cor:'..'ectos se c.1irigirao ao Senhor Prest dente da Republica~ quando nais tarde se procuraro.n avis·tar1 pri.neiro con o Senhor Minis­t::co da Educagno ~ depois, jim-b.:1.nente con os j?rofossores da Uni.vereida.de, noY' .:1ente co:o. o Sen.."lor Presidente da Republic£' e quando fino.Jne:t!_te procura:can dirigir .... se a V. ·Ex .. cia>3

:Pela. con·testngao violenta clas aspiragoes estudantic prineiro? depois pe 1a contesta.gao nO:o nenos violenta das fornas possiveis do d:Le:logoJ veio efectiv.ancnte o Goyer:no a endurecer as posic;;oes o 0 desejo de d:i.alogo fi.cou. entao pnirando e.pena.s nns pal.fl:_ vras calculistas c longfnq~ns dos governnntes, que a rcalidade crua acerbaoente se encnr­regou de desnen-tira Do c1ia1ogo interronpido se pasSO"t:;, c15.spl:i.center:.:cnte ao nonologo fO:.t¥8.­doo Foi a hora da Unj:rersidade sanguina ria espreitar a hora trai9oeira para estender as gnrro.s a.dunoas da repressao. Quarenta. processes disciplfnnres cairac1 sobre os nossos cole gaso Acusa9oes grotescas 1e7antadas na poeirn do inpossiYel e do. vingcnga, frutos decesP,~ rados de ca~:sas ha nUi to perdi.clas 7 fa.zen d:cauatic;ru::J.ente :r:'evive:(',1 neste ·te:::roo dolo::--oso de 1969? o es:pm1.talho das ~ogue:i_ras i..11.quisi toriais so bre a Uni vers:ldnde :Po:rtu~J.esa.o 0 Gove::-­no .aco.bo. c1e:fini:..'1do ass:i.n7 p<::.sso a passo 1 a s1;.a concepg ~(o de dialogo.,

IIL-p..J:$1.2~ . £! )?AR'r~c:r::::AQ.;{V~

l\J.:ag "J8X8. 0 a~-~- "' ~:r, te"'' -L,·:a"-1'' en ' "0""d-ic0\P-:< "'"' r-·f.:.ci·l'.,,.a .,., ... l.,.t·:dade S0"'4 a'J .e ' J;, .l.~···,:-t. .-... , .J.. ... '"'-oc..., . ~ .... . J.J. --'- ... ._. _.,... '-""- v .. \:::; ~ J • v u . tJ __ -1. .......~- • · • .

de be1:1:2ffcio nacionaJ. e l:;r-gente "\;£e. m:rt:ro g_1;.o.J.:l..dacle i.i.as ps.:r'ties en jog::> c~ o. CAPACl.DALE~ Pa-ca isso~to:r::.'la~c.-,.se ..... i.a L';J')3::-ioso Oi.l.G o:nbas as TlXc'G8S - 0 Go-:r•.=.n:"J.o e OS e::rt-u.dan·:-;es ,_-.,a,·t;:r&=

~ d . <::', ," .... ..... •• •

""res a poeJ .. 9c:to qc~e ~:espeot:iv-auente .t:fm:;pa>:f c12l,; 'ct:-o do ::10'J.:fJ.ito e:x::I.s·~ente, se dei'i.nisseu como arrt;os e interessacioz em. •Jorrespo:ndox·" . .rtO '-veronc1o:tro. :interesse na::::i.Gnalo

Page 3: ~PI até... · 2012. 10. 19. · 1 ~ Seopre os estu.dantes reivindicaraD o dialogo en qucstoes e : ... Nbs e forgoso reconhecer que ~ c ta.nb.J'n OODparando COil qua.lquer pais -

..

0 Gov·8:cno n que V, E:x:cin preside - tBIJ.-Se _ po:r yfu.ias-- ·v·ezes i..'1ti tu.1a.c1o de Gove:rno do. No.qno o Se UD Gover.o.o pre·bGnd.e 88I' o g'JYern.o de una I:-TagO:o ;· e se a Un:ive:csidade coapete iiilli:'~ n.i.s-cao- -de-- ·v·nngu.ax·da no desr::nv-olvilJ.ento fisico~ no:cal e L11to1ectua.l de UJJ. Povo, razao sobejo. scria essa para que tal governo dej_xasse livrenente desenvolver as potencia­l.idad 'ds c;.~:iado :r.as no nelho.r :::; L:'ntic~o en que nc::,s -b ~.!..·es e t'J.:c.rnos 9 atraves do. colo.borag5:o pro:f.'i, cua ~ pudessen encaui:nhar o progresso do. •Nagao Port-t.lguesa" I0 por isso que nas questoes tmJ. vers:i.tarias ~ o Gove:r-:;.'lo deve:r.ia ter una inpor·(;[:incia decisivo. no. au.scu.J.tagao aberta de tudo aquilo que docen·tes e discentes entendessen dever ser a pa ut a do rendinento 6ptino 9 quer do ponto de vista do desenvo1v-.inento t ecnj.co---profissi.ona1 9 quer da perspectiva do desenvo).:. vinen to cultural e hu:o.anis tao

E os es-b,J.dantes? Des de logo avul ta o far:;to de eles seren :qu.o so o. razao de ser da proprio.

Univers ido.de 9 couo para alen disso, viren a. constituir a. parte integrante naioritario. c1a Esco18. No.cional:; Par tal JJ.oiiivo 9 nj_.ngueL"1 hoje ov.s a :reC1Jsc.:r-·lhe o relevo.nte papel e a nis·­silo t ral'lsfornadora que Jl1es co.beu na eonstrugao do EnsLl'lO en Portugalo V o Ex, cia assin jt\ o rec0nl1eceu 1 quru1do escreve; · . ·

ilD~ .. sse ja q,J_e o ensino, en geral 9 deye ne1ho:ro.r t2..rr£io, de ana para ano~ en clareza e interesse, q:J.a.."lto o professor souber e puder faze-lo o Os. __ g_Eo.ndes_£gla b,Q_!'<J.C}.9...:: --re :.:.: 'Y'>rJ~SP. j-' r'Qr"J"'' ''~C~ '1 0 cfir:. ~<· _·:· ,...t···~ ( .~ c.:~: · c:• ... ·'-·-= d I:":.\ !""! •

.:.;..,,::._~~~;:- ~~~Q_p,..:::,~=:,::.i!.b.; -.::,C2,_;.-::~2!.:'....£.s...;.- !:.:...:,~~;;~ (J Jf=9~~~ranqQ. ___ Q:,?,_E:'ll3.S __ gj.:f:'{c·~;;ih,~~-de~_§ 8X_Q.J.:lj ,!:-,O.hdo 8.!3 SUD.S duvido.r:: ~ e O.Oo-

}J:8r-:do as s1~~§_- ~B.0.5l.:po~§. __ g;~-~-!';12--1?.9.S1.£,_Q1?5.~·t:.~:£Q.£!::_9..~2:t?-~?E£ no sentido de o toJ;llo.r--rmjJ3aces siv-el e sillpu·C;icooll ,l'rof~ IY.!ARCELLO CAETANO, in R~5nas l~OJ2.0:r-trmas, p, 331, con sublinb.a·-dos no~mos) ~ --- -------

Cono r espondeu o Governo de V ,1 Exc cia. as duvidas e as S"J.gestoes c1os es-· tudantes sabre a Hefor.tJ.a da Universida.de e do Ensino eu Port-uga.J.?

Os factos falf:u_-.l por si ~ sao ja sobGjanonte conhecidos ~ o que nos dispe_g sa de procec1er aqui a sua inuneragoo exaustivao En toc~o o caso 9 gosto.r:Lru:J.os de dcixo.r o. paizar u.r..m pergunta. para. quo as auto:!:'ido.des gover-no.Dento.is 9 den·f;re os inuneros afazeres eo que porventura se sinton ocupado.s, lhe dedico.ssew, t:n Dinuto de reflexao:

S ~ d ., • J '1 t , . ,_, era. con a r ecusa a po..~..av:ra. ccos esuuc.a.n es 9 sera. con as prJ.soes e os espo.ncar.1entos da Policia de -Choque , con o. nili tc.rizo.g5:o f orgada do. Uni versidade Portt~[rJe·~ sa~ con a recusa do diruogo, sera con o encerrar.1ento c1a Escola l'Jaciono.ly coa a G"NoR., ~con a P,IoDoEc, con o. a.ctivido.de cr:i1:J.inoso. do. ?<Jlicia J·:;dic:i r~::r.io. 9 con a P, S. P., ~ sera con ·t;,;;_

do isto b. nistura e "o uais que se nao diz por ser v-erdo.de" que os proble1:ns 'do Bnsino ei:i J?ortugo.l ~· que V, Ex.,c:La luc:i.danentie reconhece existiren ... encontrarao soJ.ug0:0?

S e O.ssill e; tere!lOS infelizuen te quo chegar a doloroso. e dr31:18~tica COll"'"

clusi:b ·- po.ro. n os estudantes, nas nao uenos para. V., Exocio. - que as pagino.s que o :Profes­sor :'[[illCELLO Ci'..ETAN'O publicou h it a."los, chanadas de inoportunas par certo.s razoes 1 se tor­no.ran entuo agora1 par razoes de alcance diverso1 verdo.deirnnente inoportunas~

En face do e:x:posto, que julganos indispe.nsavel trazer ao conhecinento de Vo Ex~cia? os estudantes de Coinbra ousan perguntar, entre a duvido. eo. estupefacgao 1 que especie de dialogo pretende o GoveTno da No.gaoo ·

Conheceuos a ati tude clara que V, Ex ,, cj_a tonou, en 1962, en defesa da 1->.J.tono;::lia Universi tario.o

Mo.s nO:o podenos desco:nhecer, e e iss o que profcmc.1o.nente nos c.16is o Dodo bxutal coao o Govemo n qu.e V ., Ex ~ci.a prcs ic.l.e, ·cnlca.nc1o o g:c-ito J.e una juventude inteira, inpos a violo.gO:o fro21tal e i&,nolJ.iosa dGsea nesna Autonor:d.c. Univers i tnrio.o

Inter:roga..11do-:1o8 sob:re quen --~ estudru1tes ou o Governo - se ten efecti.va­nente nostro.c1o disposto no donfnio dos factos o.o nefasto onc1urecinento de posJ.goes ~ ac:::-e­di truJ.os ainda, poxou, no co.:rinho que o problena da :B~d.uc.;o.gao pare0eu vir a nerecer ao Go·­ven~o de Vo Ex coiao

Po:r: is so 7 confiantes 9 assir.1 ouso.nos Yir roubar-lhe o. atengao po.ro. esto nonentoso proble:oa de :L."'lteresse nacional ,

· Fundanentac1as deste nodo 1 e nestc. co.rta aberta 9 o.s ro.21oes do. n.ossa pre-te!lsO:o ~ solici to.nos resJ:>ei tosor.1ente a V o E:x:ocic. so digne con~edei--nos m:d.i &'>ncia que por esta f orr..k"l. requerenoa ,

Coo o.s nosso.s nais cordiais

SAUDAQGES ACAD~MIC~~