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PROJETO:
“APOIO À MELHORIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS E DE MATEMÁTICA PROJETO ARQUIMEDES-MANAUS”
Convênio nº. 3621/06
Série Química
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS:
QUÍMICA
Ana Telma Monteiro
Augusto Fachín Terán (Coordenador)
2
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
ESCOLA NORMAL SUPERIOR
Programa de Pós-Graduação em Educação e Ensino de
Ciências na Amazônia
PROJETO:
“APOIO À MELHORIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS E DE
MATEMÁTICA PROJETO ARQUIMEDES-MANAUS” Convênio nº. 3621/06
Dr. Augusto Fachín Terán (Coordenador Geral do Projeto Arquimedes)
Prof. Edson Santos Melo (Coordenador da SEDUC)
Série Química
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS:
QUÍMICA
Ana Telma Monteiro
Augusto Fachín Terán (Coordenador)
3
Foto da capa: Augusto Fachín Terán
Produção e Editoração BK Editora
Ficha catalográfica no livro impresso
Monteiro, Ana Telma; Fachín-Terán, Augusto
2009
Segurança no Laboratório de Ciências: Química / Monteiro, Ana Telma; Fachín-Terán, Augusto (Coord.) – Manaus: UEA edições/BK Editora,
2009.
35 p. 19,5 cm
ISBN: 978-85-61912-18-5
1. Segurança. 2. Laboratório de Química. I. Título
CDD 378.0
CDU 378
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
ESCOLA NORMAL SUPERIOR
Programa de Pós-Graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia
PROJETO:
“APOIO À MELHORIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS E DE
MATEMÁTICA PROJETO ARQUIMEDES-MANAUS” Convênio nº. 3621/06
Série Química
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS:
QUÍMICA
Financiadora Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP
Conveniente
Fundação de Apoio Institucional MURAKI
Executor: Universidade do Estado do Amazonas-UEA
Interveniente (s)
Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino-SEDUC
5
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
Reitora MARILENE CORRÊA DA SILVA
Vice-Reitor
CARLOS EDUARDO DE SOUZA GONÇALVES
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa – PROPESP JOSÉ LUIZ DE SOUZA PIO
ESCOLA NORMAL SUPERIOR
Direção MARIA AMÉLIA ALCÂNTARA FREIRE
Coordenador Geral do Projeto ARQUIMEDES-UEA
AUGUSTO FACHÍN TERÁN
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E QUALIDADE DE ENSINO – SEDUC
Secretario de Estado GEDEÃO TIMÓTEO AMORIM
Coordenador SEDUC
EDSON SANTOS MELO
FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS – FINEP
FUNDAÇÃO DE APOIO INSTITUCIONAL MURAKI Presidente
PAULO ADROALDO RAMOS ALCÂNTARA
6
APRESENTAÇÃO
O Projeto Arquimedes é uma proposta educacional de motivar o gosto pela ciência para os
alunos da escola pública. Foi iniciada em Manaus, em agosto de 2006, através de um trabalho
interinstitucional com a participação da Universidade do Estado do Amazonas, Secretaria de
Estado de Educação e Qualidade de Ensino, e Secretaria de Ciência e Tecnologia; com articulação
do Programa de Pós-Graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia da Escola Normal
Superior da UEA; começando sua implementação em 2007. Neste Projeto a tarefa fundamental dos
professores universitários é a elaboração de materiais didáticos, com uma redação clara e uma
linguagem adequada para os alunos e professores do Ensino Médio.
Como coordenador geral do projeto Arquimedes, apresento este livro Poucket
“ORIENTAÇÕES BÁSICAS NO LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS: QUÍMICA”, que
pretende treinar estudantes sobre este importante tema na Área da Química.
Para concluir esta apresentação, é importante lembrar que a edição deste livro foi possível
com o suporte financeiro da FINEP e SEDUC.
Dr. Augusto Fachín Terán
Coordenador Geral do Projeto Arquimedes
7
CONTEÚDO
p.
INTRODUÇÃO............................................................................................................................ 8
PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO NO LABORATÓRIO.............................................. 9
CUIDADOS BÁSICOS............................................................................................................... 10
ACESSÓRIOS DE SEGURANÇA............................................................................................. 11
PROCEDIMENTOS SEGUROS............................................................................................... 12
FINALIZANDO A ATIVIDADE NO LABORATÓRIO........................................................ 13
MATERIAS DE LABORATÓRIOS......................................................................................... 14
Vidrarias........................................................................................................................... 14
Materiais de Porcelana...................................................................................................... 18
Materiais Metálicos........................................................................................................... 19
Outros Materiais............................................................................................................... 20
REFERÊNCIAS........................................................................................................................... 21
8
INTRODUÇÃO
Apesar do grande desenvolvimento teórico da Química, ela continua a ser
uma ciência eminentemente experimental; daí a importância das aulas práticas de
Química. A experiência treina o aluno no uso de métodos, técnicas e instrumentos
de laboratório e permite a aplicação dos conceitos teóricos aprendidos.
O laboratório químico é o lugar privilegiado para a realização de
experimentos, possuindo instalações de água, luz e gás de fácil acesso em todas
as bancadas. Possui ainda local especial próprio de exaustão de gases. O
laboratório é um local onde há um grande número de substâncias que possuem
os mais variados níveis de toxicidade e periculosidade. Este é um local bastante
vulnerável a acidentes, desde que não se trabalhe com as devidas precauções.
Alguns pensamentos básicos resumem a necessidade de
atitudes adequadas dentro de um laboratório. São eles:
− O primeiro acidente de uma pessoa pode ser o último.
− Os acidentes não acontecem por acaso, são provocados. E, mais importante
que isso, os acidentes podem ser prevenidos.
− Na dúvida, consulte o roteiro de práticas e/ou professor.
− Siga as normas de segurança estabelecidas.
ATENÇÃO Laboratório não é lugar de brincadeiras!
Concentre-se no que estiver fazendo.
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PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO NO LABORATÓRIO
• Em um laboratório as realizações de práticas requerem alguns cuidados a
serem observados para um trabalho seguro para todos os alunos, de modo a
minimizar os riscos de acidente.
• Não se entra num laboratório sem um objetivo específico, portanto é
necessária uma preparação prévia ao laboratório: O que vou fazer? Com que
objetivo? Quais os princípios químicos envolvidos nesta atividade?
• Nunca realiza experimentos não autorizados e nem trabalhe sozinho no
laboratório.
• Estude os conceitos teóricos envolvidos, leia com atenção o roteiro da prática
e tire todas as dúvidas.
• Obtenha as propriedades químicas, físicas e toxicológicas dos reagentes a
serem utilizados. Essas instruções são encontradas nos rótulos dos reagentes
e em referências recomendadas.
• É exigido o uso de avental, de preferência longo e de mangas compridas, de
algodão, para a proteção de pernas e braços.
• Não use saias, bermudas ou calçados abertos. São aconselháveis para uso
em laboratórios calçados fechados, pois vidros quebrados e produtos químicos
tais como ácidos concentrados, podem cair ou formar uma poça no chão.
• Dentro do laboratório, cabelos longos devem ser mantidos presos.
• A utilização de óculos de proteção é recomendada durante todo o tempo. Não
usar lentes de contato durante o trabalho no laboratório, mesmo com a
proteção de óculos de segurança.
• Cuidado com os ferimentos expostos ao contato com reagentes químicos. O
ferimento pode irritar, bem como servir de entrada na corrente sanguínea.
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CUIDADOS BÁSICOS
No texto abaixo, estão relacionados itens elementares para sua segurança no
laboratório. Incorpore-os ao seu dia-a-dia de trabalho.
Siga rigorosamente as instruções recebidas do(a) professor(a).
Ao caminhar pelo laboratório, olhar para frente.
Não fume, coma ou beba nos laboratórios. Lave as mãos ao deixar o recinto.
O seu local de trabalho deve estar limpo e sem obstáculos.
È fundamental conhecer a localização dos acessórios de segurança.
Não usar nenhum equipamento sem antes ter sido treinado e autorizado a
utilizar.
Antes de usar reagentes, consultar as referências adequadas e informar-se
sobre como manuseá-los, como descartá-los e os perigos de sua
manipulação, inalação ou ingestão.
Não retorne reagentes aos frascos originais, mesmo que não tenham sido
usados. Evite circular com eles no laboratório.
Certifique-se da tensão de trabalho da aparelhagem antes de conectá-la a
rede elétrica. Quando não estiverem em uso, os aparelhos devem
permanecer desconectados.
Use sempre luvas de isolamento térmico ao manipular material quente.
11
ACESSÓRIOS DE SEGURANÇA
Quando estiver trabalhando em um laboratório, você deve:
1. Localizar os extintores de incêndio e verificar a que tipo pertence e que tipos
de fogo podem apagar.
2. Localizar saídas de emergências.
3. Localizar a caixa de primeiros socorros e verificar os tipos de medicamentos
existentes e sua utilização.
4. Localizar a caixa de máscaras contra gases. Se precisar usá-las, lembre-se
de verificar a existência e qualidade dos filtros adequados à sua utilização.
5. Localizar a chave geral de eletricidade do laboratório e aprender a desligá-la.
6. Localizar cobertor anti-fogo.
7. Localizar a caixa de areia.
8. Localizar o lava-olhos mais próximo e verificar se está funcionando
adequadamente.
9. Localizar o chuveiro e verificar se este está funcionando adequadamente.
10. Informar-se quanto aos telefones a serem utilizados em caso de emergência
(hospitais, ambulâncias, bombeiros, etc.)
IMPORTANTE: Além de localizar estes equipamentos, você deve saber usá-los
adequadamente. Assim, consulte a pessoa responsável pela segurança no
laboratório ou os manuais especializados no assunto.
ATENÇÃO A calma e o bom senso são as melhores
proteções contra acidentes no Laboratório.
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PROCEDIMENTOS SEGUROS
Ao realizar uma prática experimental você deve seguir algumas regras gerais que
evitarão alguns acidentes.
Nunca adicione água sobre ácidos e sim ácidos sobre a água.
Nunca pipete líquidos com a boca. Neste caso, use bulbos de borracha
(pera).
Lembre-se de que o vidro quente tem a mesma aparência que o vidro frio.
Não usar qualquer material de vidro trincado; descartá-lo em recipiente
apropriado.
Antes de iniciar um experimento, verificar se todas as conexões e ligações
estão seguras.
Ao testar o odor de produtos químicos, nunca colocar o produto ou o frasco
diretamente no nariz. Os vapores de um grande número de soluções são
muito tóxicos e isto pode causar irritação e prejudicar a mucosa nasal e a
garganta.
Ao manipular frascos, nunca dirigir a sua abertura na própria direção ou na
direção de outras pessoas. Reações que produzem gases venenosos devem
ser realizadas na capela com boa exaustão.
Evitar ingerir reagentes químicos.
Em várias práticas é necessário aquecer soluções em tubos de ensaio.
Nunca aplicar calor no fundo dos tubos; sempre aplicar na região
correspondente ao nível superior da solução.
Ao se ausentar da bancada ou deixar alguma reação em andamento à noite
ou durante o fim de semana, preencha a ficha de identificação adequada.
Caso esta não esteja disponível, improvise uma e coloque-a em local visível
e próximo ao experimento. Nela devem constar informações sobre a reação
em andamento, nome do responsável, além de informações como proceder
em caso de acidente ou de falta de água e/ou eletricidade.
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FINALIZANDO A ATIVIDADE NO LABORATÓRIO
Ao terminar a sua atividade no laboratório você deve seguir as orientações
indicadas:
• Lave todo o material logo após o término da experiência, pois conhecendo a
natureza do resíduo pode-se usar o processo adequado de limpeza.
• Guarde todo o equipamento e vidraria.
• Guarde todos os frascos de reagentes, não os deixe nas bancadas ou
capelas.
• Desligue todos os aparelhos e lâmpadas e feche as torneiras de gás.
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MATERIAIS DE LABORATÓRIO
VIDRARIAS
Balão volumétrico: possui colo
longo, com um traço de aferição
situado no gargalo. È usado no
preparo de soluções. Apresenta
volumes, em geral, de 50 mL a
2.000 mL.
Balão de fundo chato: empregado
no aquecimento de líquidos puros
ou de soluções. Pode ser usado
também para efetuar reações que
desprendem produtos gasosos.
Balão de destilação: utilizado para
efetuar destilações simples. O braço
lateral é usado para fazer a ligação
ao condensador.
Funil de separação ou decantação: equipamento usado
para separar líquidos imiscíveis.
15
Condensador: utilizado nos
processos de destilação. Sua
finalidade é resfriar os vapores do
liquido a ser destilado, provocando
sua condensação.
Bureta: empregada nos processos
chamados titulações. É um tubo
cilíndrico graduado, geralmente em
cm3, com uma torneira que controla
a saída do líquido.
Proveta: empregada nas medições
aproximadas de volumes de
líquidos. Comumente, as provetas
têm volume entre 5 mL e 2.000 mL.
Pipeta Volumétrica: equipamento
calibrado para medidas precisas de
volumes fixos de líquidos.
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Pipeta Graduada ou cilíndrica: equipamento calibrado para
medidas precisas de volumes
variáveis de líquidos.
Erlenmeyer: aplicado na dissolução
de substancias, nas reações
químicas, no aquecimento de
líquidos e nas titulações.
Béquer: usado em reações,
dissolução de substâncias,
aquecimento de líquidos etc.
Tubo de ensaio: usado para
efetuar reações com pequenas
quantidades de reagentes. Suporta
ser aquecido diretamente numa
chama.
Dessecador: usado para guardar
substâncias em seu ambiente
interno com baixa umidade.
Também pode ser usado para
manter as substâncias sob pressão
reduzida, se for ligado pelo tubo
externo a uma bomba de vácuo.
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Kitassato: Parte do conjunto usado
para filtração a vácuo.
Funil: usado para transferências de
líquidos e para filtrações.
Vidro de relógio: usado para cobrir
béqueres em evaporações,
pesagens e diversos fins.
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MATERIAIS DE PORCELANA
Cápsula de porcelana: empregada
na evaporação de líquidos em
soluções.
Almofariz e pistilo: utilizados para
triturar e pulverizar sólidos.
Geralmente são de porcelana ou de
vidro. (O almofariz é um recipiente e
o pistilo é um tipo de “pilãozinho”).
Cadinho: usado em calcinações de
substâncias.
Funil de Buchner: usado em
conjunto com um Kitassato para
filtração a vácuo.
Triângulo de porcelana: usado
para sustentar cadinhos de
porcelana em aquecimento
diretamente no bico de Bunsen.
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MATERIAIS METÁLICOS
Bico de Bunsen: funciona a gás e
serve para o aquecimento de
materiais não inflamáveis.
Tripé: usado para sustentar a tela
de amianto e de triângulos em
processos de aquecimento com bico
de Bunsen.
Pinça Metálica: usada para segurar
objetos aquecidos.
Espátula: usada para coletar
reagentes, tem limitações quanto ao
ataque por substâncias corrosivas.
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Suporte Universal, mufa e garra: usados na sustentação de peças
para as mais diferentes finalidades.
OUTROS MATERIAIS
Pisseta: usada para lavagem de
frascos e remoções de precipitados.
Estante para tubos de ensaio:
utilizada como suporte para tubos
de ensaio.
Pinça de madeira: usada para
segurar tubos de ensaio durante o
aquecimento direto no bico de
Bunsen.
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Pipetador ou pera: usada acoplada
em pipetas auxiliando na técnica de
pipetar.
Tela de amianto: usada para distribuir
uniformemente o calor proveniente das
chamas do bico de Bunsen.
REFERÊNCIAS
FELTRE, Ricardo. Química geral. 6. ed. São Paulo: Moderna, Vol. 1, 2004.
JUCÁ, Zuanny Silva. Química Orgânica Experimental G: Caderno de práticas.
Universidade Federal do Amazonas. Manaus, 2005.
PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leite do. Química na abordagem do cotidiano. 3. ed. São Paulo: Moderna, Vol. 1. 2003.
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