Uc Basico l4 Fundamentos Parte 1 Baixa (2)

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  • 8/17/2019 Uc Basico l4 Fundamentos Parte 1 Baixa (2)

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    SÉRIE LOGÍSTICA

    FUNDAMENTOSDOS PROCESSOS

    LOGÍSTICOSVOLUME 1

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    SÉRIE LOGÍSTICA

    FUNDAMENTOSDOS PROCESSOS

     LOGÍSTICOSVOLUME 1

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    CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA CNIRobson Braga de Andrade 

    Presidente

    DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA DIRETRafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti 

    Diretor de Educação e Tecnologia

    SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAIConselho NacionalRobson Braga de Andrade 

    Presidente

    SENAI – Departamento NacionalRafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti 

    Diretor Geral

    Gustavo Leal Sales Filho 

    Diretor de Operações

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    SÉRIE LOGÍSTICA

    FUNDAMENTOS

    DOS PROCESSOS

    LOGÍSTICOSVOLUME 1

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    SENAI

    Serviço Nacional de

    Aprendizagem Industrial

    Departamento Nacional

    Sede

    Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto

    Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (61) 3317-9001

    Fax: (61) 3317-9190 • http://www.senai.br

    © 2012. SENAI – Departamento Nacional

    © 2012. SENAI – Departamento Regional da Bahia

    A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me-cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,por escrito, do SENAI.

    Esta publicação foi elaborada pela equipe da Área de Meio Ambiente em parceria com oNúcleo de Educação à Distância do SENAI Bahia, com a coordenação do SENAI Departa-mento Nacional, para ser utilizada por todos os Departamentos Regionais do SENAI noscursos presenciais e a distância.

    SENAI Departamento NacionalUnidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

    SENAI Departamento Regional da Bahia Núcleo de Educação à Distância - NEAD

    FICHA CATALOGRÁFICA 

    S491f 

    Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.

    Fundamentos dos processos logísticos / Serviço Nacional de

     Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de

     Aprendizagem Industrial. Departamento Regional da Bahia. -- Brasília :

    SENAI/DN, 2012.

     138 p. : il. 2v. (Série Logística, v. 1)

    ISBN 978-85-7519-493-5

     1. Processos Logísticos - Fundamentos 2. Logística I. Serviço Nacional

    de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional da Bahia II. Título

    III. Série

    CDU: 658.8

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    Lista de ilustraçõesFigura 1 - Estrada romana na cidade de Éfeso. ...................... ........................ ........................ ........................ ........19

    Figura 2 - Caravelas como estas resultaram da expansão marítima no século XVI. ..................... ............20Figura 3 - Soldados alemães durante a operação Barbarossa no outono de 1945. ..................... ............21

    Figura 4 - Linha do Tempo ........................ ........................ ........................ ........................ ......................... ...................22

    Figura 5 - Fluxos da logística. ....................... ........................ ........................ ........................ ........................ ................24

    Figura 6 - Objetivos da logística ..................... ........................ ........................ ........................ ........................ ............26

    Figura 7 - Cadeia de Suprimentos ...................... ........................ ........................ ........................ ........................ ........28

    Figura 8 - Etapas do controle das operações logísticas......................................................................................30

    Figura 9 - A logística integrada ....................... ........................ ........................ ........................ ........................ ............31

    Figura 10 - Técnicas de movimentação de materiais ...................... ........................ ........................ ....................36

    Figura 11 - O descarregamento do veículo ocorre na etapa do recebimento. ...................... ....................37Figura 12 - Fluxograma do roteiro em um fábrica ....................... ........................ ........................ ........................39

    Figura 13 - Fluxograma do roteiro em um armazém ...................... ........................ ........................ ....................40

    Figura 14 - Carga geral e carga granel. ..................... ........................ ........................ ........................ ........................41

    Figura 15 - Forno industrial contínuo e construção de um navio ...................... ........................ ....................43

    Figura 16 - Fluxo do processo produtivo de vergalhões de ferro ....................... ........................ ....................43

    Figura 17 - Fluxo do processo produtivo de envasamento de água ..................... ........................ ................43

    Figura 18 - Fluxo do processo produtivo de fabricação de açúcar e álcool ........................ ........................44

    Figura 19 - A movimentação manual exige embalagens leves e bem sinalizadas ..................................45

    Figura 20 - Movimentação Manual vs. Mecânica ..................... ........................ ........................ ........................ ....46

    Figura 21 - Empilhadeira ....................... ........................ ........................ ........................ ......................... .......................46

    Figura 22 - Guindaste.......................................... ........................ ........................ ........................ ........................ ............47

    Figura 23 - Esteira transportadora industrial ...................... ....................... ........................ ........................ ............47

    Figura 24 - Caixa palete. ...................... ........................ ....................... ........................ ......................... ........................ ...48

    Figura 25 - Expedição auxiliada por equipamentos de movimentação ....................... ....................... ........49

    Figura 26 - A manutenção preventiva procura as falhas antes que elas ocorram .................... ................51

    Figura 27 - A manutenção corretiva ocorre após falhas inesperadas ........................ ....................... ............52

    Figura 28 - Fluxo de recebimento do almoxarifado .................... ........................ ........................ ........................59

    Figura 29 - Fluxo de recebimento do almoxarifado .................... ........................ ........................ ........................59

    Figura 30 - Armazéns ....................... ........................ ....................... ........................ ......................... ........................ .......61Figura 31 - Pátio ..................... ........................ ........................ ....................... ......................... ........................ ...................62

    Figura 32 - Galpão ..................... ........................ ........................ ....................... ......................... ........................ ...............62

    Figura 33 - Central de Distribuição ..................... ........................ ........................ ........................ ........................ .......63

    Figura 34 - Almoxarifado de material administrativo ...................... ........................ ........................ ...................64

    Figura 35 - Operação de cross docking ..................... ........................ ........................ ........................ .......................74

    Figura 36 - Técnica Milk Run ...................... ........................ ........................ ........................ ........................ ...................76

    Figura 37 - Transporte rodoviário de carga.............................. ........................ ........................ ....................... ........81

    Figura 38 - Modal aquaviário ........................ ........................ ........................ ........................ ........................ ...............82

    Figura 39 - Modal aquaviário – fluvial................................ ........................ ........................ ....................... ................83

    Figura 40 - Modal ferroviário........................................................................................................................................84

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    Figura 41 - Modal aéreo ...................... ........................ ........................ ........................ ......................... ....................... ...85

    Figura 42 - Modal dutoviário..................................... ........................ ........................ ........................ ........................ ...86

    Figura 43 - Pallet de madeira ........................ ........................ ........................ ........................ ........................ ...............88

    Figura 44 - Pallet de Polietileno ....................... ........................ ........................ ........................ ........................ ...........88

    Figura 45 - Pallet de alumínio ....................... ........................ ........................ ........................ ........................ ...............88Figura 46 - Tela de um aparelho de GPS ....................... ........................ ........................ ........................ ...................92

    Figura 47 - Escolta física ...................... ........................ ........................ ........................ ......................... ....................... ...93

    Figura 48 - Navio full-contêner ........................ ........................ ........................ ........................ ........................ ...........99

    Figura 49 - Embalagen primária ...................... ........................ ........................ ........................ ........................ ........ 101

    Figura 50 - Embalagens secundária ....................... ........................ ........................ ........................ ........................ 101

    Figura 51 - Embalagen terciária ....................... ........................ ........................ ........................ ........................ ........ 102

    Figura 52 - Embalagens de quarto nível ....................... ........................ ........................ ........................ ................ 102

    Figura 53 - Embalagens de quinto nível ....................... ........................ ........................ ........................ ................ 103

    Figura 54 - Embalagens de consumo ........................ ........................ ........................ ........................ .................... 103Figura 55 - Embalagens ...................... ........................ ........................ ........................ ......................... ....................... 104

    Figura 56 - Embalagens para distribuição de gás ..................... ........................ ........................ ........................ 105

    Figura 57 - Embalagens para exportação - caixa de madeira ....................... ........................ ........................ 105

    Figura 58 - Embalagens tipo Big bag para carga a granel ...................... ........................ ........................ ........ 106

    Figura 59 - Embalagens barris de carvalho.............................. ........................ ........................ ........................ .... 107

    Figura 60 - Rack metálico desmontável ........................ ........................ ........................ ........................ ................ 109

    Figura 61 - Aspectos em que os processos produtivos diferem ...................... ........................ .................... 115

    Figura 62 - Custo total de produção................................... ........................ ........................ ........................ ............ 122

    Quadro 1 - Matriz curricular ...........................................................................................................................................13

    Quadro 2 - Comparação entre carga geral e carga a granel ....................... ........................ ........................ .......42

    Quadro 3 - Níveis diferentes de decisões sobre capacidade produtiva .....................................................123

    Quadro 4 - Planejamento Industrial com base financeira ...............................................................................125

    Quadro 5 - Controle do orçamento baseado no planejamento industrial ........................ ........................ 126

    Quadro 6 - Esquema para consolidação de benchmarking interno ........................ ........................ ............ 127

    Tabela 1 - Tabela comparativa de vantagens / desvantagens entre os modais ............. ........................ ...87

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    Sumário

    1 Introdução ........................................................................................................................................................................13

    2 Fundamentos da Logística .........................................................................................................................................17

    2.1 Histórico ..........................................................................................................................................................18

    2.2 Definição de Logística ...............................................................................................................................22

    2.2.1 De onde veio a expressão “Logística”? .................................. ........................ ....................25

    2.2.2 Qual o objetivo da Logistica?................................................................................................25

    2.2.3 Atividades que estão envolvidas na Logística ........................ ........................ ................26

    2.3 Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos ....................... ........................ ........................ ................28

    2.4 Controle do Processo Logístico ..............................................................................................................29

    2.4.1 Definição de metas e padrões de desempenho ........................ ....................... .............29

    2.4.2 Medida do Desempenho .......................................................................................................292.4.3 Tomadas de Ações Corretivas ....................... ........................ ........................ ....................... .30

    2.5 Tendências .....................................................................................................................................................30

    3 Técnicas de movimentação de materiais ..............................................................................................................35

    3.1 Definição ........................................................................................................................................................36

    3.2 Recebimento .................................................................................................................................................37

    3.3 Manuseio Interno ou Movimentação ....................... ........................ ........................ ....................... .....38

    3.3.1 Tipos de roteiros .......................................................................................................................38

    3.3.2 Tipos de produtos .....................................................................................................................41

    3.3.3 Tipos de embalagens ..............................................................................................................443.3.4 Tipos de equipamentos .........................................................................................................46

    3.4 Expedição .......................................................................................................................................................48

    3.5 O layout do armazém e a movimentação de materiais ..................... ........................ ....................49

    3.6 Instruções operacionais ............................................................................................................................50

    3.6.1 Manutenção dos equipamentos ........................................................................................51

    3.6.2 Segurança na movimentação de materiais ..................... ........................ ....................... .52

    3.7 Tratamento de não-conformidades ...................... ........................ ........................ ....................... .........53

    3.8 Legislação ......................................................................................................................................................54

    4 Técnicas de armazenagem .........................................................................................................................................574.1 Armazenagem ..............................................................................................................................................58

    4.1.1 Recebimento .............................................................................................................................59

    4.1.2 Fluxo de recebimento de materiais ........................ ........................ ....................... .............59

    4.1.3 Expedição ....................................................................................................................................60

    4.2 Espaços Destinados a Armazenagem ..................................................................................................60

    4.2.1 Armazém ......................................................................................................................................60

    4.2.2 Pátio ...............................................................................................................................................61

    4.2.3 Galpão ...........................................................................................................................................62

    4.2.4. Centro de Distribuição ..........................................................................................................634.2.5 Almoxarifado ..............................................................................................................................63

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    4.3 Sistemas de Controle de Estoque ..........................................................................................................65

    4.4 Métodos de Armazenagem .....................................................................................................................68

    4.4.1 Primeiro que Entra, Primeiro que Sai – (PEPS) ..................... ........................ ...................68

    4.4.2 Ultimo a Entrar Primeiro a Sair (UEPS) ...............................................................................69

    4.4.3 Primeiro que Vence é o Primeiro que Sai ..................... ........................ ........................ ...694.5 Codificação de Materiais ...........................................................................................................................69

    4.6 Inventário .......................................................................................................................................................71

    4.6.1 Inventário físico .........................................................................................................................71

    4.6.2 Inventário cíclico .......................................................................................................................71

    4.6.3 Inventário patrimonial ............................................................................................................72

    4.7 Serviços Logísticos .....................................................................................................................................72

    4.7.1 Cross - Docking ..........................................................................................................................72

    4.7.2. Milk Run  .......................................................................................................................................74

    5 Técnicas de transporte de cargas .............................................................................................................................795.1 Modal Rodoviário ........................................................................................................................................80

    5.2 Modal Aquaviário ........................................................................................................................................81

    5.2.1 Marítimo .......................................................................................................................................81

    5.2.2 Fluvial ............................................................................................................................................82

    5.2.3 Lacustre ........................................................................................................................................83

    5.3 Modal Ferroviário ........................................................................................................................................84

    5.4 Modal Aeroviário .........................................................................................................................................84

    5.5 Modal Dutoviário .........................................................................................................................................85

    5.6 Unitização das Cargas ................................................................................................................................88

    5.6.1 Formas de Unitização ..............................................................................................................88

    5.7 Prestador de Serviços Logísticos ....................... ........................ ....................... ........................ ............89

    5.7.1 Monomodal ou unimodal ......................................................................................................90

    5.7.2 Multimodal ..................................................................................................................................90

    5.7.3 Intermodal ...................................................................................................................................90

    5.8 Rastreamento de Cargas ...........................................................................................................................91

    5.8.1 GPS .................................................................................................................................................91

    5.8.2 Escolta física ................................................................................................................................92

    5.9 Logística Inbound  e Logística Outbound .............................................................................................93

    5.10 Sistemas de Picking  ..................................................................................................................................945.1 Frete .................................................................................................................................................................94

    5.12 Incoterms  ......................................................................................................................................................95

    6 Embalagens .....................................................................................................................................................................99

    6.1 Definição de Embalagem ......................................................................................................................100

    6.2 Níveis de utilização ..................................................................................................................................101

    6.3 Finalidade das embalagens .................................................................................................................103

    6.4 Utilidade das embalagens.....................................................................................................................108

    6.5 Controle do Estoque de Embalagens ...............................................................................................109

    6.6 Embalagens nas áreas de segregação .............................................................................................110

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    7 Planejamento Industrial ...........................................................................................................................................113

    7.1 Definição .....................................................................................................................................................114

    7.2 Tipos de processos ...................................................................................................................................114

    7.2.1Tipos de operações fabris ....................................................................................................116

    7.2.2 Tipos de operações de serviços ........................................................................................1167.3 Estratégias da Produção.........................................................................................................................117

    7.3.1 Custos .........................................................................................................................................118

    7.3.2 Qualidade .................................................................................................................................118

    7.3.3 Entrega .......................................................................................................................................119

    7.3.4 Flexibilidade .............................................................................................................................119

    7.4 Planejamento Estratégico da Produção ...........................................................................................119

    7.5 Custo Total de Produção ........................................................................................................................120

    7.6 Capacidade Produtiva.............................................................................................................................122

    7.7 Planejamento industrial com base financeira. ...................... ........................ ........................ ......... 124

    7.8 Benchmarking   e mercado ....................................................................................................................126

    Referências

    Minicurrículo dos autores

    Índice

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    Introdução

    1

    Prezado aluno,

    Este é seu contato inicial com a logística dentro deste curso, e o primeiro de muitos outros

    que serão apresentados. A partir de agora, continuaremos na animada caminhada que já se

    iniciou com as disciplinas anteriores deste módulo básico.

    O objetivo deste livro é:

    Introduzir a terminologia da área, tendo em vista as três principais vertentes da logística:

    suprimentos, produção e distribuição. Por meio de exemplos e atividades práticas, a operação

    dos processos logísticos é estudada em conjunto com os sistemas de qualidade, segurança,

    meio ambiente e saúde do trabalho, seguros e manutenção.

    Segue abaixo o roteiro do seu curso. Em destaque, a unidade curricular (ou livro) em que

    você está.

    Curso Técnico em Logística

    MÓDULOS DENOMINAÇÃO UNIDADES CURRICULARESCARGAHORÁRIA

    CARGAHORÁRIA DO

    MÓDULO

    Básico Básico

    • Comunicação Oral e Escrita• Matemática Aplicada• Tecnologia da Informação e

    Comunicação• Fundamentos dos Processos

    Logísticos

    75h

    75h

    45h105h

    300h

    Específico IPlanejamento dosProcessos Logísticos

    • Planejamento dos ProcessosLogísticos

    • Controle dos Processos Logísticos

    200h

    100h300h

    Específico IILogística deSuprimentos

    • Programação de Suprimentos• Controle de Suprimentos

    90h60h

    150h

    Específico III Logística de Produção  • Programação de Produção

    • Controle de Produção90h60h

    150h

    Específico IV Logística deDistribuição

    • Programação de Distribuição• Controle de Distribuição

    90h60h

    150h

    Quadro 1 - Matriz curricularFonte: SENAI DN, 2012.

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    FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS14

    Durante o estudo deste livro, você desenvolverá as seguintes capacidades:

    CAPACIDADES TÉCNICAS:

    a) Planejar as operações dos processos logísticos, atendendo a suprimentos,

    produção e distribuição de bens e serviços.

    b) Executar as operações dos processos logísticos, atendendo a suprimentos

    de bens e serviços.

    c) Executar as operações dos processos logísticos, atendendo à produção de

    bens e serviços.

    d) Executar as operações dos processos logísticos, atendendo à distribuição de

    bens e serviços.

    e) Controlar as operações dos processos logísticos

    CAPACIDADES SOCIAIS, ORGANIZATIVAS E METODOLÓGICAS

    a) Ter comprometimento

    b) Ter visão sistêmica

    c) Ter proatividade

    d) Ter disciplinae) Ter organização

    f) Ter atenção

    g) Ter raciocínio lógico

    h) Tomar decisões

    i) Trabalhar em equipe

     j) Manter relacionamento interpessoal

    k) Ter capacidade de negociação

    l) Ter dinamismo

    m) Ter iniciativa

    n) Ter empatia

    Este livro (livro 1 – Fundamentos dos Processos Logísticos) está dividido em

    sete capítulos. O capítulo 1 apresenta o objetivo e as capacidades propostas

    por esta unidade curricular. A partir do capítulo 2, aprenderemos a diferenciar

    conceitos básicos da logística e a identificar o fluxo produtivo direto e o reverso.

    Nos três capítulos seguintes, veremos técnicas utilizadas na movimentação,armazenagem e transporte de materiais. Assim, você será capaz de identificar

    equipamentos, processos e documentos; interpretar procedimentos e desenhos

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    17/142

     1 INTRODUÇÃO 15

    técnicos dentre outras capacidades. Por fim, nos dois últimos capítulos, iniciare-

    mos nosso processo de aprendizagem no que se refere à relação existente entre

    o processo logístico e o sistema produtivo das empresas.

    No livro seguinte (livro 2 – Fundamentos de Logística), continuaremos nossa

    viajem por esta relação como também apresentaremos a relação presente entre a

    logística e as funções da qualidade, seguros, segurança e meio ambiente.

    Construiremos um conhecimento que o habilitará a desenvolver-se tanto

    como pessoa, mas, sobretudo, como profissional especializado em logística, obje-

    tivo principal deste e de todos os outros materiais que você verá ao longo do

    curso. Esperamos que consiga atingir este objetivo ao passo que se empenhe em

    dar o seu melhor.

    Não esqueça que você é o principal responsável por:

    a) Sua formação.

    b) Estabelecer e cumprir um cronograma de estudo realista.

    c) Separar um tempo para descansar.

    d) Não deixar as dúvidas para depois.

    e) Consultar seu professor/tutor sempre que tiver dúvida.

    Sucesso e bons estudos!

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    Fundamentos da Logística

    2

    Antes de mergulhar mais fundo no universo da logística1 aplicada no nosso século, vale

    a pena voltar um pouco para uma história primitiva. Você irá se surpreender ao saber que a

    logística é uma das atividades mais antigas da história da humanidade.

    É verdade que muita gente não sabe exatamente o significado do termo. Mas durante o

    breve histórico que segue, verá que, avanços tecnológicos, aliados à busca crescente por redu-

    ção de tempo e recursos investidos nas operações, mudaram o cenário das empresas. Este

    avanço fez atividades comuns transformarem-se numa fonte de agilidade e economia que

    favorecem as organizações pertencentes a um ambiente cada vez mais competitivo.

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    FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS18

    2.1 HISTÓRICO

    Por volta de 4.000 a.C. os sumérios desenvolveram as primeiras atividadeslogisticas. Era um complexo sistema de armazenamento e controle da água dos

    rios através de barragens, diques e canais de irrigação. As suas famosas constru-

    ções em forma escalonada, os zigurates, além de servirem como templo religioso,

    eram tembém utilizados para armazenagem de produtos agrícolas (DONATO,

    2010).

    Mais tarde, cerca de 3.000 a.C., os egípcios construiram depósitos individua-

    lizados para armazenar papiros, trigo, cevada, instrumentos de cobre, gesso,

    carvão, madeira de construção, tecidos, dentre outros. Cabia aos escribas (fun-

    cionários reais) a manutenção do registro de todo material armazenado. Ohistoriador grego Heródoto menciona que para a construção das pirâmides como

    a de Quéops, foram construídas estradas e sistemas de produção de alimentos

    e materiais. Papiros datados de aproximadamente 1850 a.C. continham proble-

    mas de assuntos práticos, como a distribuição de pão e cerveja, o balanceamento

    de rações para o gado e aves domésticas e sobre o armazenamento de grãos.  

    (DONATO, 2010)

    Assim como os egípcios, os fenícios também estabeleceram inúmeros arma-

    zéns e postos de comércio ao longo das suas rotas marítimas comerciais no

    Mediterrâneo. Linhas regulares de navegação permitiam o fluxo de materiais des-ses notáveis comerciantes.

    Posteriormente, cerca de 544-496 a.C, o general chinês Sun Tsu vivenciou

    estratégias militares onde a logística era peça chave nas suas vitórias. As suas

    lições foram registradas no livro A Arte da Guerra, reescrito por diversos autores

    ao longo dos anos.

    No ano 336 a.C, um jovem tornou-se perito na arte militar e inspirou muitos

    líderes séculos à frente. Alexandre, da Macedônia, assumiu o trono aos 20 anos

    de idade. Por meio de planejamento e estratégias logísticas, expandiu o reinado

    até a Índia e a África. Algumas ações inovadoras dele foram: terceirizar 2 o trans-

    porte com os fenícios; criação de armazéns localizados em pontos estratégicos

    para o abastecimento das tropas, formação de alianças estratégicas, criação de

    um ponto central de controle para gerenciamento do sistema logístico de apoio.

    Os romanos também deram sua contribuição. Foram responsáveis pelo desen-

    volvimento de um sistema viário composto por extensas estradas pavimentadas,

    túneis e pontes, algumas utilizadas até hoje, vide figura 1. Esse sistema dava

    agilidade ao exército, que conseguia deslocar-se cerca de 30km por dia, diferen-

    temente dos 17km diários se andassem por trilhas.

    TERCEIRIZAÇÃO:

    Processo de transferênciade atividades da própriaorganização para outra

    que seja especializada naexecução da atividade quefoi designada..

    LOGÍSTICA:

    É a área da gestãoresponsável por proverrecursos, equipamentose informações para aexecução de todas asatividades de uma empresa

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     2 FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA 19

    Figura 1 - Estrada romana na cidade de Éfeso.Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2012.

    Já no século XI, a igreja começa a patrocinar cruzadas, ou expedições de cris-

    tãos europeus, para a Ásia e a Palestina. Estas organizações, tinham motivações

    não só religiosas, mas também comerciais, como a abertura de rotas terrestres

    e conquistas de novos territórios (DUARTE, 1999). A partir daí, e nos séculos à

    frente, as relações econômicas ganham forma de economia monetária, onde as

    mercadoria eram trocadas por dinheiro. A produção deixa de ser de subsistênciae passa a atender aos mercados das cidades. Esta mudança ajudou na formação

    de um cenário econômico favorável para a consolidação de atividades logísticas

    para fins comerciais.

    A partir do século XV, a navegação em alto mar ganha impulso para atingir

    novos mercados, como a África e as Índias. Começa a expansão comercial marí-

    tima e a descoberta de novos territórios, dando início à política de colonização.

    A expansão do comércio que agora cobre grandes distâncias, a especialização

    da produção e o surgimento de novos mercados marcam uma nova era também

    para o desenvolvimento do transporte marítmo intercontinental, conforme ilus-tração na Figura 2.

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    FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS20

    Figura 2 - Caravelas como estas resultaram da expansão marítima no século XVI.Fonte: SENAI, 2012.

    Por volta de 1670, um conselheiro do rei Luis XIV, da França, sugeriu a criação

    de uma nova estrutura para solucionar problemas administrativos no exército

    francês. A nova função foi denominada “Marechal General de Lógis”, segundo

    alguns autores o termo lógis é originado do verbo francês loger ou alojar.

    No Brasil, na década de 1890, Antônio Vicente Mendes Maciel, conhecido como

    Antônio Conselheiro, surpreendeu ao utilizar táticas de guerrilha como: camufla-

    gem; infiltração nas tropas inimigas para sabotagem; ataques aos comboios de

    suprimentos dos invasores; atiradores de elite e uso de túneis (DONATO, 2010, p.).

    CASOS E RELATOS

    O Fracasso da Logística

    A operação Barbarossa ficou famosa depois da derrota alemã diante do

    exército russo. O plano alemão era invadir a Rússia durante a primavera,

    quando o solo estava suficientemente seco para que os tanques de guerra

    se locomovessem sem muitas dificuldades. Atrasos no início da operação

    comprometeram de maneira trágica os resultados desejados. Como se

    sabe, a Alemanha perdeu a guerra não somente pela falta de experiência e

    modernização da tropa, mas sobretudo em função de questões logísticas:• Transporte: as linhas férreas russas tinham bitolas diferentes do modelo

    ocidental, logo surgiu o impasse para o suprimento da tropa.

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     2 FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA 21

    • Suprimento: outono chuvoso e inverno rigoroso (-25ºC a -30°C) impedi-

    ram a chegada de suprimentos adequados para se aquecerem, vide figura

    2.3. Sem suprimentos de munição, roupas e alimentos, muitos soldadosmorreram de frio, desnutrição e desgaste físico.

    • Falta de padronização: a alta diversidade dos tipos de equipamentos

    mecânicos resultou na dificuldade de atendimento á manutenção e na

    inutilização de muitos equipamentos de guerra.

    Fonte: militaryhistoryonline.com

    Figura 3 - Soldados alemães durante a operação Barbarossa no outono de 1945.Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2012.

    Esse breve histórico mostra como a logística está relacionada às atividades de

    cadastro, aquisição de materiais, Transporte, armazenagem, distribuição e con-

    trole destas funções. Tais atividades podem ser realizadas tanto a nível individualcomo também coletiva, como em um exército, uma empresa, um governo e até

    mesmo na família.

    A partir da década de 1960, os princípios logísticos aprendidos no cotidiano e

    nas guerras migraram para o ambiente empresarial. Dessa forma, a disputa pela

    conquista de territórios transforma-se então na busca por novos mercados con-

    sumidores. Esses princípios logísticos formam a base para o serviço de qualidade

    prestado ao cliente, que passa a ser o objetivo das empresas.

    Com o tempo, atividades como aquisição, armazenagem, distribuição e

    transporte passaram a fazer parte de uma área denominada “Administração deMateriais”. Mas nessa época, estas atividades ainda eram vistas de forma indepen-

    dente. Este ponto de vista, entretanto, sofreu algumas mudanças.

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    FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS22

    Na mesma década de 1960, os japoneses inovam com a criação de métodos

    eficientes de redução dos estoques e consequentemente redução de custos. Sur-

    gem a filsofia  Just in time3 e ferramentas como o Kanban4, Kaizen5 e Poka Yoke6,que serão abordados no capítulo Filosofia  Just in Time. Também neste período

    é criada a primeira organização composta por profisssionais de logística, o CLM

    (Council of Logistics Management )7, visando educação e treinamento dos profis-

    sionais da área.

    Na década de 1970, amplia-se, nos países desenvolvidos, o conceito de logís-

    tica integrada. É criada a primeira empresa de entregas expressas8, a FedEx. A

    década de 1980 consolida a integração dos departamentos da empresa com o

    surgimento do sistema integrado de planejamento dos recursos empresariais

    (ERP-Enterprise Resources Planning), tema que será abordado no capítulo Produ-ção deste livro.

    As décadas de 1990 e 2000, são marcadas pelo surgimento de novas tecnolo-

    gias de controle logístico como o uso de etiquetas inteligentes, rastreadores de

    cargas e sistemas computacionais mais acessiveis. O desenvolvimento da capa-

    citação profissional e o surgimento de inúmeras empresas especializadas em

    logística (PSL - Prestadores de Serviços Logísticos) também marcam essas déca-

    das. Confira na Figura 4 o resumo destes eventos marcantes na logística em uma

    linha do tempo.

    Figura 4 - Linha do Tempo.Fonte: SENAI, 2012

    2.2 DEFINIÇÃO DE LOGÍSTICA

    Depois dessa breve visita ao passado podemos tirar conclusões valiosas. A

    logística proporciona o posicionamento adequado dos recursos no tempo exato.Além disso, é responsável por obter e transportar materiais, pessoas e equipa-

    mentos conforme a necessidade. Para isso, é preciso planejamento e controle.

    JUST IN TIME:

    É um sistema deadministração da produçãoque determina que nadadeve ser produzido,transportado ou compradoantes da hora exata.

    KANBAN:

    Sistema desenvolvidoa partir da aplicação dagestão visual no controle deprodução e estoques.

    KAIZEN:

    Significa melhoria contínua,gradual, na vida em geral(pessoal, familiar, social e notrabalho).

    POKA YOKE:

    Significa dispositivo a provade erros destinado a evitara ocorrência de defeitosem processos de fabricaçãoe/ou na utilização deprodutos.

    CLM:

    Conselho deGerenciamento emLogística.

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     2 FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA 23

     VOCÊ

    SABIA?

    O planejamento é uma forma de direcionar as ativida-des e deve acontecer antes da execução das atividade, já o controle, acontece após a execução como forma demedir o desempenho.

    Em 1991, o Council of Logistics Management (CLM), definiu logística como

    “o processo de planejamento, implementação e controle eficiente e economica-

    mente eficaz do fluxo e armazenagem de mercadorias, serviços e informações

    relacionadas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo

    de atender aos requisitos dos clientes.” (o grifo é nosso)

    O professor de Marketing e Sistemas Logísticos da Cranfield School of Mana-

    gement, Martin Christopher, conceituou logística como “o processo de gerenciar

    estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças

    e produtos acabados (e o fluxo de informações correlatas) através da organização

    e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades pre-

    sente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo.”

    No passado, quando se falava de logística no âmbito empresarial, muitos espe-

    cialistas abordavam que ela abrangia três momentos denominados de: Gestão

    do Suprimentos, Apoio a Produção e Distribuição. Suprimentos referia-se a todasas atividades responsáveis por cadastro, aquisição e armazenamento de recur-

    sos que viabilizavam a produção. Estes recursos poderiam ser matérias-primas

    adquiridas de fontes primárias, produtos acabados, peças, equipamentos, mão-

    -de-obra, serviço e até mesmo informações. Aprenderemos a nova abordagem

    sobre Suprimentos nos Módulos específicos deste curso.

    No contexto empresarial, Produção, em geral, refere-se a toda atividade trans-

    formadora, onde após um tempo e tratamento específicos, é possível gerar um

    novo produto. Veremos mais detalhadamente esta atividade no capítulo Produ-

    ção deste mesmo livro, e nos Módulos específicos deste curso.Após a etapa produtiva, surge a etapa que talvez seja a mais perceptível ao

    consumidor final, que é a Distribuição. Esta diz respeito ao conjunto de operações

    associadas ao deslocamento físico de materiais desde o local de sua produção até

    o local de consumo/utilização final. Muitas vezes, onde termina o processo de Dis-

    tribuição de uma empresa, começa o de Suprimentos da organização seguinte.

    Logo, o produto acabado de uma empresa pode ser suprimento em outro pro-

    cesso.

    Entre as etapas de Suprimentos, Produção e Distribuição, encontram-se três

    fluxos: material; financeiro e de informação. Podemos visualizar isso no esquemaque segue na figura 5:

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    FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS24

    Fornecedor Cliente Final

    Fluxo de materiais

    Fluxo de informações

    Fluxo de financeiro

    Suprimentos Produção Distribuição

    Figura 5 - Fluxos da logística.Fonte: SENAI, 2012

    Segundo Donato 2012, p.75, em uma cadeia de suprimentos linear, o fluxo

    natural dos materiais é direcionado aos consumidores. É de se esperar que o fluxo

    financeiro percorra do consumidor para o fornecedor. Entendemos que as infor-

    mações precisam ser fornecidas pelas duas extremidades da cadeia. Porém, com

    algumas mudanças no cenário mercadológico modificaram esta realidade.

    Conforme observado na Figura 2.5, os fluxos de material e de informação

    podem se dirigir tanto em direção ao consumidor quanto ao fornecedor. Os mate-

    riais ou produtos que se destinam ao consumo seguem em direção ao cliente

    final. Em alguns casos, porém, este fluxo pode seguir a direção oposta.

    O fIuxo reverso ocorre devido ao re-uso de embalagens (embalagens retorná-

    veis), a devolução do produto pelo cliente ou quando o produto precisa ter um

    descarte especial (materiais radioativos). A possibilidade de retorno do produto

    para sua origem causa o consequente retorno do dinheiro à sua origem, o cliente.

    Por isso tais fluxos podem seguir as duas direções, assim como naturalmente

    acontece com o fluxo de informações.

    O fluxo de informações ocorre nos dois sentidos mesmo que não haja um fluxo

    reverso de mercadorias. Por um lado, o cliente em geral busca obter informaçõessobre o produto que está adquirindo. Do outro lado, o fornecedor, necessita saber

    quais os reais desejos de seus clientes, para atendê-los de maneira satisfatória ou

    até mesmo surpreendente.

    Segundo Donato 2010, p. 140. além destas definições, a logística possui aplica-

    ções específicas, de acordo com a área de conhecimento. Por exemplo: Logística

    Militar, Logística de eventos, Logística do Agronegócio, Logística Hospitalar,

    Logística da Manutenção, Logística Empresarial e a Logística Industrial. Neste

    curso, o enfoque será dado à Logística Industrial.

    NÍVEL DE SERVIÇO:

    Artifício para medir odesempenho especificadopela administração.

    SERVIÇO PÓSVENDA

    Conjunto de serviços evantagens para o clientemesmo após a compra.

    ENTREGAS EXPRESSAS:

    Situação em que amercadoria é despachadaimediata e diretamenteda estação de correiosde recebimento para odestinatário, em vez de seraguardar a distribuição pelarota normal.

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     2 FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA 25

    2.2.1 DE ONDE VEIO A EXPRESSÃO “LOGÍSTICA”?

    Alguns autores defendem que o termo “logística” vem de uma palavra gregalogistiki que significa contabilidade e organização financeira. Acredita-se que a

    expressão, com o sentido atual derive do verbo francês loger, que significa alo-

     jar ou acolher. A princípio, foi usada para descrever movimentação, suprimento

    e manutenção de exércitos em ação. Mais tarde, usado para descrever a admi-

    nistração do fluxo de materiais numa organização, desde o fornecedor até o

    consumidor final.

    2.2.2 QUAL O OBJETIVO DA LOGÍSTICAPara entendermos o objetivo da logística, precisamos entender o contexto em

    que ela está inserida atualmente. Após a Revolução Industrial, um número cres-

    cente de empresas passaram a atender mercados consumidores que até então

    eram carentes de produtos de consumo, especialmente nos períodos pós-guerra.

    Com a globalização e o avanço tecnológico, assim como o aumento do con-

    sumo em geral, as empresas logo atingiram níveis de qualidade do produto

    satisfatórios e bastante similares. Então, como garantir que o produto seja

    adquirido pelos clientes, diante de tamanha concorrência? A partir deste ques-

    tionamento, o diferencial tem sido o nível de serviço9 prestado pelas empresas.

    Dentre as diversas características destes serviços, podemos destacar:

    a) A velocidade que o produto chega às mãos do cliente. Isso pode significar

    menor tempo de entrega em relação aos concorrentes.

    b) A customização oferecida para o cliente. Adaptar o produto às necessida-

    des e desejos específicos do cliente ou grupo de clientes.

    c) O serviço pós-venda10, com o objetivo de verificar o nível de satisfação do

    cliente, recebendo críticas, sujestões e solicitações.

    Assim, o objetivo da logística é providenciar a entrada, a armazenagem e a

    saída dos materiais, na hora e na quantidade acordadas, em condições adequadas,

    levando as empresas e organizações ao aumento de produtividade, ampliação do

    nível de satisfação dos clientes e a redução de custos.

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    FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS26

    QUEM?

    COMO?

    QUANDO?

    QUANDO?

    O QUE?

    ONDE?

    Figura 6 - Objetivos da logística.Fonte: SENAI, 2012

    Ao entregar o produto certo, no momento e quantidade certos, no local com-

    binado, utilizando meios adequados e ao cliente certo, a logística aumenta a

    eficiência e a eficácia da empresa ao ganhar agilidade e reduzir os custos totais.

    FIQUEALERTA

    Satisfazer as necessidades do cliente tais como o tipo, aquantidade ou o prazo, não significa desconsiderar nor-mas e legislação vigentes na região. Por exemplo, emalguns locais é proibido descarregar um veículo em deter-minados horários.

    2.2.3 ATIVIDADES QUE ESTÃO ENVOLVIDAS NA LOGÍSTICA

    Segundo Bowersox e Closs, 2004 p. 44, as atividades logísticas estão agrupa-

    das em três vertentes. São o Suprimento, Produção e Distribuição. Dentro de cada

    uma dessas vertentes, ocorrem as atividades correlacionadas:

    • Suprimentos: Atividades relacionadas com o cadastro e a aquisição de pro-

    dutos de fornecedores externos. O principal objetivo é dar apoio à produção

    ou à revenda, proporcionando a aquisição em tempo hábil, ao menor custo

    total. As atividades envolvidas são:

    • Planejamento dos recursos

    MARKETING:

    É um processo social e

    gerencial pelo qual indivíduose grupos obtêm o quenecessitam e desejam atravésda criação, oferta e troca deprodutos de valor com outros.

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     2 FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA 27

    • Localização de fontes de suprimento

    • Negociação

    • Colocação de pedidos• Recebimento e inspeção

    • Armazenagem

    • Preservação dos materiais

    • Manuseio

    • Garantia de qualidade

    • Produção: Atividades relacionadas ao planejamento, programação e oper-

    ações de produção. Incluem:

    • Planejamento do plano mestre de produção

    • Armazenagem do produto em processo

    • Manuseio

    • Transporte interno

    • Sequenciamento de componentes

    • Distribuição: Atividades relacionadas com o fornecimento de serviço ao cli-

    ente final. O objetivo principal é ajudar na geração de lucro, atingindo os

    níveis de serviço desejáveis com o menor custo total. As atividades que se

    aplicam são:

    • Recebimento e processamento de pedidos• Posicionamento de estoques

    • Armazenagem de produto acabado

    • Manuseio

    • Transporte

    Além dessas três principais vertentes, a logística também atua em apoio ao

    marketing11 em:

    a) Formação de preços

    b) Apoio promocional

    c) Padronização de entrega

    d) Manuseio de mercadoria devolvida

    e) Análise do ciclo de vida dos produtos.

    Durante o curso, você aprenderá em detalhes por que são necessárias e os

    principais procedimentos técnicos dentro de cada atividade.

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    FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS28

    2.3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

    Uma cadeia ou sistema é um conjunto de atividades correlacionadas, ou inter-

    ligadas. Pode-se dizer que a logística, definitivamente, caracteriza-se por um

    sistema interligado de atividades correlacionadas. Suas atividades não podem ser

    vistas de maneira isolada, pois são dependentes uma da outra. A integração dasatividades logísticas é também chamada de cadeia logística ou rede de supri-

    mentos. Em geral, alguns autores também a chamam de cadeia produtiva, cadeia

    de valor ou cadeia de demanda.

    O gerenciamento da cadeia de suprimentos, ou SCM (Supply Chain Manage-

    ment ) se refere às empresas que colaboram entre si para elevar posicionamento

    estratégico e para melhorar a eficiência das operações. Obviamente, o geren-

    ciamento da cadeia de suprimentos não é realizado por uma única empresa. As

    operações na cadeia de suprimentos exigem processos gerenciais que extrapo-

    lam as áreas da empresa e contam com a cooperação de parceiros comerciais eclientes. Podemos demonstrar esta cadeia da seguinte forma:

    Figura 7 - Cadeia de Suprimentos.Fonte: SENAI, 2012

     VOCÊSABIA?

    Que existe uma pequena diferença entre armazenageme estocagem? Armazenagem está relacioada ao acondi-

    cionamento físico de produtos, ou a maneira como sãoacomodados. Estocagem é o ponto de vista contábile financeiro da mesma atividade, no qual realiza-se ocontrole dos estoques, por exemplo, um inventário.

    CICLO DE PEDIDOS:

    É o processamento de várias

    ações que correspondem asatividades de: preparação,transmissão, recebimentoe expedição e emissão derelatório da situação do pedido. 

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     2 FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA 29

    O fluxo inverso demonstrado na ilustração se refere à logística reversa. A logís-

    tica reversa tem uma função fundamental ao providenciar a movimentação de

    resíduos do pós-consumo e do pós-venda no sentido contrário ao do consumo.Em seções posteriores veremos com mais detalhes os procedimentos técnicos

    aplicáveis à logística reversa.

    2.4 CONTROLE DO PROCESSO LOGÍSTICO

    Conforme já mencionado, o controle no processo logístico é de grande

    importância para o bom desempenho do sistema logístico. Segundo Ballou

    (1993) trata-se do momento de comparação entre o planejado e o executado, noatendimento de forma satisfatória as necessidade dos clientes. A estratégia para

    o controle das operações logísticas, envolve a execução das etapas de definição

    das metas e padrões de desempenho, da obtenção das medidas de desempenho

    e da tomada de decisões corretivas, que veremos a seguir:

    2.4.1 DEFINIÇÃO DE METAS E PADRÕES DE DESEMPENHO

    Definir as metas e padrões de desempenho envolve definir em que nível de

    desempenho a empresa deseja chegar. Caso a empresa deseje ser líder em algum

    quesito, deve obter um nível de desempenho superior aos de seus concorren-

    tes. Portanto, deve-se levar em consideração se os custos exigidos para esta meta

    compensa os resultados e é compatível com a estratégia da empresa.

    2.4.2 MEDIDA DO DESEMPENHO

    O objetivo desta etapa é obter informações sobre o desempenho das ati-

    vidades logísticas. Este trabalho é realizado através de medições relativas aofuncionamento de sistema, identificando pontos falhos e gerando dados para

    conhecer melhor a estrutura do processo. A avaliação das atividades logísticas

    pode ser feita por meio de determinadas medidas de desempenho e/ou por com-

    parar o resultados com os indicadores das empresas que possuem a excelência

    neste item. Ambas as situações serão vistas em capítulos posteriores. Dentre os

    diversos indicadores de desempenho, podemos mencionar: prazo para entrega,

    custo de aquisição, percentual de produtos defeituosos, tempo de processa-

    mento, tempo de movimentação, tempo de entrega, tempo do ciclo do pedido12,

    custo de estoque.

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    FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS30

    2.4.3 TOMADAS DE AÇÕES CORRETIVAS

    Após a obtenção dos resultados gerados através da medição do desempenhodas atividades, parte-se então para o processo comparativo entre estes resulta-

    dos e os padrões de desempenho pré-definidos. De posse destes resultados, e se

    for necessário, executa-se uma ação corretiva.

    A aplicação do modelo para o controle logístico possibilita o constante

    acompanhamento das atividades logísticas. Isto fornece aos administradores da

    organização uma transparência de todo o processo produtivo. Visualize o fun-

    cionamento da estratégia de controle dos processos logísticos na ilustração da

    figura 8 que segue.

    Definição de Metas ePadrões de Desempenho

    Medida doDesempenho

    Tomadas deAções Corretivas

    Figura 8 - Etapas do controle das operações logísticas.Fonte: SENAI, 2012

    2.5 TENDÊNCIAS

    Ao conhecer a história da logística, é provável que tenha percebido como ela

    integrou diversos processos que já vinham sendo realizados, até então de formaisolada e independente. Especialmente no ambiente empresarial, eram ativida-

    des departamentalizadas, ou seja, cada departamento da empresa cuidava de

    determinadas atividades logísticas.

    Com o aumento da competitividade de mercado, surgiu a necessidade da

    integração dos componentes da cadeia, originando assim o conceito de Logís-

    tica Integrada, conforme observado na figura 9. Independente se as atividades

    logísticas estão sendo realizadas entre empresas (logística externa) ou dentro da

    própria empresa (logística interna), todos dependem da sincronia das atividades

    do sistema logístico.

    LOGÍSTICA VERDE:

    A logística verde é a parteda logística que analisaos aspectos e impactosambientais da atividadelogística (DONATO, 2008).

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     2 FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA 31

    MATERIAIS

    CONSUMIDORES

    FINAIS

    Fluxos de informações, produto, serviço, finanças e conhecimento

    Gestão de relacionamento

    Rede de fornecedores

    Empresa Integrada

    Rede de distribuição

    Restrições de capacidade, informação, competências essenciais e recursos humanos

    Compras

    Produção

    Distribuiçãoao mercado

    Figura 9 - A logística integrada.Fonte: (BOWERSOX; COOPER; CLOSS, 2006, p. 23.)

    Observa-se então a tendência para uma competição não mais generalista

    entre empresas, mas entre cadeias logísticas ou cadeias de abastecimento. A van-

    tagem competitiva sustentável tende a se basear em custo e serviço, enquanto a

    qualidade continuará sendo pré-requisito. Além desses fatores já mencionados,

    podemos relacionar cinco grandes tendências na logística:

    1. De ordem estrutural, a primeira tendência das empresas em transferirsuas funções logísticas para empresas terceirizadas. Relata-se que 80%

    das empresas não mais realizam o transporte de seus produtos e 40% ter-

    ceirizam ou pretendem fazer isso com a atividade de armazenagem. Até

    mesmo atividades de gestão de estoques e projetos estão seguindo o

    mesmo caminho.

    2. Uso cada vez maior da tecnologia da informação  tanto para a gestão

    como para as atividades operacionais. Em algumas empresas já é possí-

    vel decidir automaticamente sobre uma situação operacional existente

    baseando-se nos possíveis cenários para as próximas horas de operação.3. Existe uma fonte tendência para operações colaborativas e integra-

    das visando ganhos para todas as partes. O sucesso do negócio de hoje,

    depende não mais das atuações individuais, mas sim da competitividade

    da cadeia logística. A tendência, portanto, é o crescimento de parcerias

    estratégicas que são motivadas pela facilidade de planejamento, melhor

    serviço ao cliente e redução ou compartilhamento de custos.

    4. Tornar as atividades logísticas sustentáveis através da Logística Verde13.

    A tendência está em deixar de olhar a logística como uma atividade que

    não gera impacto ambiental, para olhá-la sob a ótica dos aspectos e impac-

    tos ambientais e de inclusão social DONATO, 2008). Assim, a logística verde

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    FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS32

    norteará a cadeia produtiva minimizando os impactos ambientais, promo-

    vendo melhorias sociais e garantindo rentabilidade econômica.

    5. Por fim, outra grande tendência e oportunidade da logística brasileira

    são as pessoas. Cada vez mais espera-se conhecimento tecnológico por

    parte dos profissionais da logística seja um fator diferencial nas opera-

    ções logísticas. Enquanto antes acreditava-se que com o investimento do

    lucro, a empresa cresceria, agora vê-se que o domínio do conhecimento e

    a troca de experiências tornam as pessoas, e logo, as empresas, mais com-

    petitivas.

    Este grau de conhecimento requer requalificação e atualização permanente

    dos profissionais nas suas respectivas áreas de atuação. Isto ocorre através da pes-

    quisa e do ensino e com o próprio desenvolvimento das ferramentas tecnológicas.

    Algumas destas ferramentas são utilizadas para a movimentação de materiais. E

    é isso que aprenderemos no Capítulo 3: Técnicas de movimentação de materiais.

     SAIBAMAIS

    Para o seu aprimoramento conheça um pouco as origens dalogística no livro SUN-TZU; CLAVELL, James. A arte da guerra.14. ed. Rio de Janeiro, RJ: Record, 1993.

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     2 FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA 33

     RECAPITULANDO

    Neste capítulo você aprendeu os conceitos básicos de logística, fundamen-

    tais para o seu desenvolvimento técnico em logística. O breve histórico nos fez

    entender como as atividades envolvidas no processo logístico há muitos anos

    fazem parte da rotina humana e atualmente são tão significativas para o sucesso

    das empresas. Consideramos também que o objetivo da logística empresarial é

    atender o cliente com o produto ou serviço certo, no tempo certo, na quantidade

    certa e com um preço justo.

    Foi possível compreender como funciona a cadeia logística ou de suprimen-

    tos, que inicia com o fornecedor, passa para a etapa de produção e distribuição

    para chegar no cliente final. Lembre-se que dentro destes processos estão envol-

    vidas atividades essenciais e interligadas como a armazenagem, a movimentação

    de materiais, embalagem e transportes.

    No tópico Controles, percebemos a importância de determinar padrões de

    desempenho, mensurá-los e tomar ações corretivas quando necessário. Ainda

    vimos cinco tendências para o processo logístico nos próximos anos, dentre os

    quais destacam-se a visão cada vez mais integrada das atividades logísticas, maiorutilização de tecnologias, o foco em uma logística sustentável e profissionais qua-

    lificados e atualizados com o progresso das ferramentas tecnológicas.

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    Técnicas de movimentaçãode materiais

    3

    Agora que você conheceu os conceitos básicos da logística, confira mais informações sobre

    uma importante atividade da logística, a Movimentação de Materiais. Ao final deste capítulo,

    você será capaz de identificar o processo de movimentação, os fluxos e os equipamentos utili-

    zados. Também identificará os procedimentos de manuseio de materiais.

    Este capítulo está dividido em oito tópicos. Após a conceituação de movimentação de mate-

    riais no primeiro tópico, serão abordados os procedimentos das três etapas da movimentação

    de materiais: o recebimento, o manuseio interno e a expedição. Em seguida, quatro tópicos

    abordarão, respectivamente, sobre o layout para movimentação, instruções operacionais,

    tratamento de não conformidades e legislação. Para começar, veremos o conceito de movi-

    mentação de materiais.

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    FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS36

    3.1 DEFINIÇÃO

    A movimentação de materiais se refere a todo movimento realizado, com oobjetivo de facilitar o fluxo de mercadorias, de maneira ordenada e eficiente,

    desde o fabricante até o ponto de venda  (BOWERSOX, 2002, p. 356). Uma movi-

    mentação rápida e eficiente de grandes quantidades de matérias-primas, peças

    sobressalentes e produtos acabados através de um armazém, faz parte da meta

    de todo sistema logístico.

    Alguns autores também identificam esta atividade como manuseio de mate-

    riais. Convencionou-se que toda movimentação entre o fornecedor primário e a

    fábrica e entre a fábrica e o cliente final, normalmente entre grandes distâncias,

    caracteriza-se por transporte de cargas. Assim, a movimentação de materiaiscorresponde a movimentos curtos ou de média distância. Para entender este con-

    ceito, veja o quadro a seguir e a Figura 10.

    TRANSPORTEDE CARGAS

    RECEBIM

    ENTO

    EXPEDI

    ÇÃO

    TRANSPORTEDE CARGAS

    UT 1 UT 2 UT 3

    UT 4 UT 6UT 5

    Figura 10 - Técnicas de movimentação de materiaisFonte: SENAI, 2012

    • Movimentação: Ocorre no arranjo físico, isto é, da fábrica ou armazém onde

    se localiza fisicamente equipamentos, materiais, operários e instalações. Este

    conceito é utilizado quando se deseja vencer distâncias em metros (m).

    • Transporte: Ocorre no deslocamento entre fornecedores, fábricas e

    armazéns. Utiliza-se este conceito quando se deseja vencer distâncias em

    quilômetros (Km).

    CONHECIMENTO DETRANSPORTE:

    Conhecimento detransporte: Documentofiscal que acompanhaa carga transportada.Contém informações comoo remetente, destinatário,consignatário (terceiroautorizado para receber acarga), e composição dovalor do frete.

    UNITIZAÇÃO:

    Agrupamento de caixas ouembalagens numa cargaúnica, formando um sóvolume, para manuseio outransporte.

    AVARIAS:

    Na movimentação demateriais pode sercausada pelo transporteinadequado, queda, ousobrecarga de peso namercadoria.

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     3 TÉCNICAS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS 37

    A função movimentação de materiais pode ser dividida em três etapas prin-

    cipais: o recebimento, o manuseio interno, e  a expedição, que ocorre nesta

    seqüência. Vejamos a seguir o que está envolvido em cada uma destas etapas.

    3.2 RECEBIMENTO

    Esta etapa inclui o desembarque físico de materiais, a atualização dos níveis

    de estoque, a inspeção de avarias e conferência dos pedidos. O início da etapa do

    recebimento é marcado pela conferência da documentação. A documentação

    fiscal consiste basicamente da nota fiscal e do conhecimento de transporte1. Em

    capítulos posteriores veremos mais informações sobre estes documentos.O próximo procedimento é o desembarque físico dos materiais. Esta ati-

    vidade normalmente é realizada com o auxilio de equipamentos, conforme

    observado na Figura 11 Em geral, o descarregamento de veículos é uma atividade

    que demanda tempo. Portanto, quando as cargas estão unitizadas2, o descarrega-

    mento torna-se mais ágil.

    Figura 11 - O descarregamento do veículo ocorre na etapa do recebimento.Fonte: SENAI, 2012.

    Após a conferência da documentação (e muitas vezes durante o descarrega-

    mento), o funcionário que assume o recebimento deve realizar a inspeção da

    carga. Nesta inspeção, também é verificado se os produtos não sofreram avarias3.

    Se for necessário passar por outra inspeção, as mercadorias são enviadas para a

    área competente.

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    FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS38

    Em algumas empresas, é a área de Controle de Qualidade que verifica as

    especificações do produto. Se as mercadorias estiverem danificadas, devem ficar

    retidas para providências futuras. Se, por fim, estiverem em conformidade tantoem quantidade como em integridade (sem avarias), os níveis de estoque são atu-

    alizados e os produtos seguirão para as próximas etapas.

    Os materiais recebidos podem ser matérias-primas, insumos, embalagens e

    produtos semi-acabados e produtos acabados no caso de um armazém de distri-

    buição, onde ocorre apenas a reorganização das cargas de acordo com o pedido

    do cliente. Nas duas situações, a empresa também poderá receber peças, equipa-

    mentos ou materiais de consumo4.

    3.3 MANUSEIO INTERNO OU MOVIMENTAÇÃO

    O manuseio de materiais se refere a toda e qualquer movimentação reali-

    zada dentro de um armazém ou fábrica. As funções principais do manuseio são a

    transferência de materiais e a seleção de pedidos. A transferência de materiais 

    envolve o movimento físico de produtos para a armazenagem, consolidação5 

    e embarque. Já a seleção de pedidos envolve movimentos como o reagrupa-

    mento de produtos dentro da combinação desejada pelo cliente. .

    A escolha de um sistema de manuseio de materiais é uma das primeiras con-

    siderações no processo de planejamento de armazéns e centros de distribuição

    (CD). Podemos classificar as técnicas de manuseio de acordo com os tipos de:roteiro, produtos, embalagens e equipamentos. E é sobre cada uma dessas classi-

    ficações que analisaremos a seguir:

    3.3.1 TIPOS DE ROTEIROS

    A depender do destino final, a mercadoria pode seguir diferentes roteiros ou

    sequências operacionais. A padronização dos movimentos reduz consideravel-

    mente o tempo gasto nas atividades, o que impacta diretamente no custo da

    mão-de-obra. Uma economia de segundos, multiplicada por milhares de repe-

    tições, pode significar não precisar contratar mão-de-obra extra em períodos de

    VOCÊSABIA?

    Que por razões práticas, utiliza-se o termo Manuseiode Materiais unicamente para os processos por via seca(terrestre)? As tecnologias para os processos de movi-mentação por vias aquáticas são denominadas Manu-seio de Polpa..

    MATERIAIS DE CONSUMO:

    Materiais de consumo: Todomaterial que não faz partedo negócio da empresa,não será comercializadomas é utilizado por ela.Ex: material de escritório,limpeza, manutenção, etc.

    CONSOLIDAÇÃO:

    Combinação de materiaisde diferentes fontes em umgrande carregamento paraum destino específico e/oupara determinado cliente.

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     3 TÉCNICAS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS 39

    maior demanda. Assim, veremos a seguir os roteiros padrões utilizados numa uni-

    dade fabril e num armazém.

    • Roteiro em uma unidade fabril

    Dentro de uma fábrica, podem existir diferentes roteiros de acordo com o pro-

    cesso produtivo e seu respectivo arranjo físico (layout). Mas em geral, podemos

    estabelecer que, a maioria dos roteiros contempla as seguintes etapas:

    a) Movimentação de matéria-prima e outros suprimentos da área de rece-

    bimento à área de produção. A área de produção pode ser uma linha de

    montagem, um ambiente composto por diferentes unidades de trabalho ou

    um local fixo onde todos os recursos (materiais, máquinas e homens) con-

    vergem na mesma direção.b) Ao longo das etapas produtivas. Um produto processado dentro de uma

    fábrica, em geral, movimenta-se entre as etapas do sistema produtivo. Essa

    movimentação pode ser feita por meio de equipamentos de movimenta-

    ção ou pela própria unidade de trabalho, que pode deslocar o produto ao

    mesmo tempo em que o processa. Quando existe estoque em processo, há

    também a movimentação dos produtos em processo entre as unidades de

    trabalho e os estoques.

    c) Da produção para a expedição. Quando o produto já está pronto, ocorre a

    movimentação para a área de expedição. Em muitos casos, antes de embar-carem, os produtos são deslocados para a área de embalagem e daí para a

    área de expedição.

    Entre o recebimento e o embarque dos produtos, tanto os insumos quanto os

    produtos acabados estão sujeitos a serem estocados para equilibrar a produção

    com a demanda. Assim, podem-se incluir no roteiro de movimentação em uma

    unidade fabril os movimentos de entrada e saída nestes depósitos internos, con-

    forme esquematizado na Figura 12.

    Figura 12 - Fluxograma do roteiro em um fábrica.Fonte: SENAI, 2012.

    • Roteiro em um armazém

    Dentro de um armazém, podem ocorrer até três movimentos que caminham

    em direção à saída do produto. Estes movimentos são:

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    FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS40

    a) Da área de recebimento para dentro do armazém  em local pre-

    viamente estabelecido. Em geral, são deslocamentos realizados por

    empilhadeiras, quando as cargas estão unitizadas, ou por outros meiosde tração mecânica para cargas maiores. Em alguns casos, este desloca-

    mento pode ser manual.

    b) Do armazém para a área de separação à medida que são processados

    os pedidos. É na área de separação que se realiza a composição da carga

    de acordo com os pedidos de cada cliente, utilizando o mix (variedade)

    de produtos disponíveis no depósito. Esta etapa poder ser suprimida no

    caso de mercadorias de peso elevado ou quando a empresa trabalha

    apenas com um tipo de produto.

    c) Da área de separação para a plataforma de carga, após realização

    da composição da carga de acordo com o pedido do cliente. É na pla-

    taforma de carga que termina o processo de movimentação interna. Os

    caminhões são então carregados de acordo com o seu roteiro. (Figura

    13)

    Recebimento Unitização Dep ósito   Composiçãode carga   Embal agem Expedição

    Figura 13 - Fluxograma do roteiro em um armazém.Fonte: SENAI, 2012.

    CASOS E RELATOS

    Mudança no fluxo produtivo provoca redução de custos.

    Uma empresa brasileira fabrica peças de carro para exportação. No caso de

    uma dessas peças, cada ciclo (recebimento-expedição) custava R$46,36. Se

    em um dia, uma média de 31 peças eram despachadas, o gasto diário com

    esta movimentação era então de R$1437,16.

    Ao ser analisado o fluxo dessa peça, desde o processo de fabricação até a

    expedição, foi verificado que a peça percorria 1.800m, sendo 1,100m ape-

    nas entre o departamento de produção e o departamento de embalagem.

    Notou-se que a distância total poderia ser reduzida para apenas 700m se a

    EMBALAGEMSECUNDÁRIA:

    Contentores usadospara agrupar produtosespecíficos já embaladosindividualmente.

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     3 TÉCNICAS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS 41

    atividade de embalagem fosse transferida para o próprio departamento de

    produção. Com isso, foram registrados os seguintes resultados positivos:

    a) Eliminação do desperdício de movimentação de materiais e de pessoas;

    b) Menor tempo de resposta ao mercado externo;

    c) Qualidade do produto (redução de danos por manuseio);

    d) Eliminação da área de armazenamento temporário no departamento deembalagem;

    e) Redução de gastos com combustível e de manutenções com as empilha-deiras.

    Este relato nos mostra como a melhoria no fluxo logístico pode ser feita atra-

    vés de ajustes dentro da própria empresa, como por exemplo, no roteiro damovimentação de materiais. No caso desta empresa, a melhoria resultou

    numa redução de custo mensal de R$ 37.998,62 e anual de R$ 455.983,44.

    Adaptado de artigo da revista INGEPRO (2009).

    3.3.2 TIPOS DE PRODUTOSA movimentação de materiais toma formas diferentes quando se trata de

    carga geral (solta ou unitizada) e carga granel. Isso porque a carga granel, dife-

    rentemente da carga geral, não utiliza embalagens secundárias6. Assim, sejam

    os granéis sólidos, líquidos, em pellets ou gasosos, a estrutura de movimenta-

    ção exige equipamentos e materiais auxiliares específicos, como dutos e esteiras.

    (Veja a Figura 14)

        K   t   r    1    0    1

        /    B   r    i   a   n     F

       o   r    b   e   s

    Figura 14 - Carga geral e carga granel.

    Fonte: WIKIMEDIA, 2012.

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    FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS42

    Para a carga solta, especialmente se estiver unitizada, o manuseio é facilitado

    por inúmeros equipamentos manuais e automatizados disponíveis no mercado.

    Esses equipamentos serão estudados no tópico tipos de equipamentos e emlivros posteriores deste curso. Verifique abaixo o quadro comparativo entre carga

    solta e carga granel.

    HEADER GERAL GRANEL

    Características

    Recebe embalagem secundária;

    Pode ser Unitizada;

    Pode ser contada.

    Pode ser medida, porém não é conta-

    da individualmente;

    Pode ser condicionada, mas não em

    embalagens secundárias*

    ;Não possui marca de identificação.

    Tipos

    Solta: embrulhos, fardos, pacotes,

    sacas, caixas, tambores.

    Unitizadas: em paletes ou contei-

    neres

    Líquida: gasolina;

    Sólida: minério de ferro, grãos;

    Gasosa: liquefeito de petróleo (GLP);

    Em pellets: ração animal.

    Manuseio

    Equipamentos manuais automati-

    zados;

    Em geral, com a participação huma-na.

    Equipamentos e materiais auxiliares

    específicos: dutos, esteiras, silos,

    bigbags;Pouca participação humana.

    *A menos que a carga seja fracionada.

    Quadro 2 - Comparação entre carga geral e carga a granelFonte: SENAI , 2012.

    No caso do manuseio em um sistema produtivo, é válido ressaltar que pelo

    menos um dos três elementos básicos de produção, homem, máquina e material,

    irão movimentar-se para caracterizar um processo produtivo (DIAS, 2006, p.214).

    Na maioria dos casos, o material é que se movimenta. Em casos especiais, onde háum produto único e de grande porte, como a construção de um edifício, homem

    e máquina é que se movimentam em torno do material (edifício), como pode ser

    visualizado na Figura 15.

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     3 TÉCNICAS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS 43

     

        A   n    d   r    i   t   z    M   a   e   r   z    G   m    b    H    /    B   y    U .    S .    N   a   v   y   p    h   o   t   o    b   y    S   p    i    k   e    T    h    i    b   o    d   e   a   u   x

    Figura 15 - Forno industrial contínuo e construção de um navio.Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2012.

    O fluxo de movimentação de materiais em um processo produtivo varia de

    acordo com o tipo de processo. Sendo assim, a movimentação dos produtos

    (matérias-primas e produtos semi-acabados) em uma indústria pode ser linear,

    convergente ou divergente. Na prática, a empresa pode utilizar uma combinação

    dessas alternativas. Vejamos estes conceitos a seguir:

    a) Lineares: Quando todos os produtos se movimentam entre todas as

    etapas produtivas de forma linear. Ex: produção de vergalhões de ferro

    (indústria siderúrgica).

     

    Figura 16 - Fluxo do processo produtivo de vergalhões de ferro.Fonte: Adaptado de MOURA, 2005, v. 1, p. 111.

    b) Convergentes: Quando diversas matérias-primas e produtos semi-aca-

    bados movimentam-se em convergência para a linha de produção ou

    montagem. Ex: envasamento de água (indústria de água mineral)

    Figura 17 - Fluxo do processo produtivo de envasamento de água.Fonte: Adaptado de MOURA, 2005, v. 1, p. 112.

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    FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS44

    c) Divergentes: Quando parte de uma matéria-prima movimenta-se em

    direção a linhas de fabricação específicas, formando diversos produtos.Ex: fabricação de açúcar e álcool (indústria sucroalcooleira)

    Figura 18 - Fluxo do processo produtivo de fabricação de açúcar e álcool.Fonte: Adaptado de MOURA, 2005, v. 1, p. 112.

    3.3.3 TIPOS DE EMBALAGENS

    Já vimos no capítulo anterior, que a atividade de embalagem faz parte do sis-

    tema logístico e tem como objetivo oferecer proteção, utilidade e comunicar oproduto. Entretanto, a embalagem em si, enquanto objeto, possui diferentes fun-

    ções de acordo com sua aplicação. Baseado nisso, como é possível classificar os

    tipos de embalagens utilizadas especificamente na movimentação de materiais?

    Para o deslocamento de materiais, em pequenas distâncias, dentro de arma-

    zéns ou fábricas, normalmente são utilizadas embalagens de movimentação

    conhecidas como contentores ou contenedores. Este tipo de embalagem é ade-

    quado à movimentação mecânica sejam os equipamentos automatizados ou

    não. Os contentores são frequentemente equipados com divisores e camadas

    que facilitam a movimentação e também a inspeção, por manterem as peças emuma determinada posição.

    A versatilidade dos contentores se refere, usualmente, às suas vantagens

    durante o processamento interno dos materiais. O produto pode ser retirado do

    depósito ou área de armazenagem, pode ser deslocado entre as unidades de tra-

    balho (máquinas), e pod