Vicío e Pecado Na Ética de Abelardo

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/19/2019 Vicío e Pecado Na Ética de Abelardo

    1/12

    s/lç ão ulo2 8596 9 89

    FIAT VOLUNTAS TUA! VíCIO E PECADO NA ÉTICA DEABELARDO·

    Joé Caro ESTEVÃO··

    REMO: belardo, n sua éa, desqualca a oção de "vo em avor da ção de"pecado . Esa passag não é esu ressoo do aor decorre Tcessarameneano de sa posção enquano lógco qao sua críca dos lósoos esócos qe pôdeconhecer

    NERMO: belardo éca víco, pecado; ndvído nversal; nenção; esocs.

    Ao ncar a Ethic Aardo esaece como no de parda o come"(mores condo r vÍos e vrde do ep (nimus) qe incinam a vonade àá e à a açõ Esá fora do âbito da éca do aquilo que iguene repartido

    ene n e au não a a vida huana dig de louvor ou cenua Sej vício evrtde do corpo coo er cego o er forte; eja do espírito - e nee co oexepo é apamene signcatvo coo o epio obuo o a rapdez dangência tr o não a eóra ignorânci ou ciência" (Cf 3 p 2, grifo me)

    Indca de fora m dupo afaen. Toa dncia da não de víco coohábio" preferindo enndê-o coo disição nara" e exc da aprecaço éca aignornti veZ scienci, mrcndo a biide de oição ao eico

    • Este tigo é um vesão modiicd pelo auto de m psgem cptl IV d

    dssetção de mes O Indvon Éca de bear São P, 1989.•• Deptento de Fosoi - Fcudde e Filosofi Ciêncis UESP - 1 750 Ma SP.

  • 8/19/2019 Vicío e Pecado Na Ética de Abelardo

    2/12

    víc t c fnç, n noi d text, distinil d c.O íc é icln d vnde. Encon alm (ani) e, qud xs, esr rs es q se nifes co Alé dss ft d víci

    r s, r nrz cliç crr", qe s t inclinds, x à úri à ir. O j o víci e n r dquiri. E, diz Al, á c rr sts lxios o cndo l fto mesmo de re com (Cf 3 p. , r izer, sri ssível encn hmens c ren" s c ene os s. Cm diferenç de qe o prieirs rss víc s n

    víc, ss c vit, cp s lis étic, já n ide fa virt n r, lbr Dl n mdi e qe víci nici f éc ", r slr lr nt d

    vcrs (Cf. 10 p 6-7) O h cnte S é r q for e q di r esírité t c" (Cf. 3, p. 4 C s, rt f, íc , eqat ss sr t d ds aneriae, c lrd(Not , s . Est só sr ábit, ist é, iri: caae f r xl, n ri r c de virt (Cf. 2,

    i t ic n rz" rs ns br b ssi c s prciss dstiçõs ntr vn",

    " t" q pssm eslis n sqüênc , é ssível s il é c ns e us e à ri étc e víci c nclç vn é ntrl", n vlnri, naea áb", en siç vitd/vício j n é sfcint pr esl rl. Alr r p o ini .

    O ví é, tnt, io lo q mo cndo , st é, mos ci csntir e cois ilíci, ç u iso. r es cnntiens rrinte c, is é, cup l qu es mrce dnço s ré Ds. O q é es conetimen n despezo e Ds ( Decontemptus) fns el? ( . . . . No do é dsprezo do Cidr, e p érr Cr, s é fzrsp ele uilo qe crs qe dves fer, ou s fzr qilo q creos q o devem f (Cf. 3, p. 46.

    O é víci: r é con o m E ml é des s.

    nt, a, Arlrdonreca ch c. Btri tm stnt vício como fedo à vid hmna o qe dign de louvo cnsr". O j, i mndo col csmo, como o nheu.Pr n fz?

    Trs ns de um ari-ri, coo e mgin qe deveímo es de um

    tr vl? Nes co, ucie o ndclo A Eca de Ad é nr telgi bre sc mri eligiã cs" (Cf. 2 p. XXXI

    smçã So Pauo, 12 : 8596 9 89 .

  • 8/19/2019 Vicío e Pecado Na Ética de Abelardo

    3/12

    87

    Dal P entene que queso é mais complex. Que Alardo seja ligao nceão religio' morl rsul do fato que o problem o pecado su imncia de n f mol. qut do n d vis o sujei

    ompor essencialmen o cne do n e vis objeivo configu- cooen a us' o despzo de '. t con o caá lgi' d inmo alr q em reivdo o a ii e civ sueito, não pe prescin e us como supremo legisldo mor" (Cf n. 1) Co, m úia ma quais p o fato" de e Alo a ser o nto fal a mora" e não s ssíe prescin de Dus como suplegilaor moral? e-me qe emos esclarecer o pblem considedo lus a s" e Ar com us mess esicos.

    l na ero e Sêna e os m em al con: Ce é oar lóso lan f. 5, p. 108 e Sên o maio defen bre e dontnênia, o srmo ar moral ene os lófos" (Cf. p. 277). Além do quos autor e guro atentiie a corresência ene S ulo e o lfroman, o que a este u os pagãos" mais próimos da Fé Caólica (f 7. 129; 1, p. 42-3)

    Na Ehica, ontuo, Ce s é cido nominalent uma nic vez (Cf. 3 , p. 72Sênea, nenhuma. O qe não ime que estejam presentes como ine/ocurrlega e eial, Cero.

    las gens tto lo o de r inequivmen esio com

    o elogio a lre e eíro o e rina o captulo 11" Se os homens omim o or, o e rne lire, a nos de lrdade n conenhum ri, no inrro e nnha humilhan (obcenae serio" (Cf. 3p. 4)

    É em Cíceo que Alao aene, r exemplo dstinção ent lei natur" e sv" (No B) elevane em paricu o ia/ou u ncon o inençã cagori si sre qual fun su éic. enerient, e diz qauilo que lo ende r ta" é a !co.

    Ai assim, o esoiismo, enano inrlutor é soretuo a douna que deve

    ulasa. Como nmos acima, nelir a irncia ml a ignorânci iênia" tm endereço c É conhecio o ineltalimo da éia estóia. Como Vlke aos olhos n o m não é distin o eraeiro: à qesão O q é Om?' , cega mesmo ser ciência' (E 3 6 ( . . . ). Segno a eição mténica a E 95 (578) v que pside a ação re deria ela prória de disposição lm s ssio é um habiu dráe funddo sob onheimento o verdeo. conhecimen lio os prncpios funamenis losoa (decrea é isve s v dispõ lm a esenol vone rea, coniç ss d (Cf 27 p. 74-5) O, este exemsobre Sêa é pticulrme isivo qu Alo conheceu e ciu as Cara Lucíio ( 4, p. 77) muto m ão enconmos em su ob qualuer rferc

    . Tas/li, S ão Pauo 12 : 856 8

  • 8/19/2019 Vicío e Pecado Na Ética de Abelardo

    4/12

    88

    mais explíi a es divegncia com o sios enquanto outs no ennto soamen temad m esia pa a s ue s upa é nesio oao Dao ner Phosoph J t hr.

    O Fiósofo" do Dag m o d Isma (Cf 2 p 68) sem ou ei que azo a ei nau (Cf 2 p 4 pme coo esico mas esiamenteo diso de Cí (No C

    D acod co o m do Fófo" e o Ci" ndem a concodamais do ue em ge espeaíamos O Fiósofo" demona um exaodinrioonimen fons ciss inlsive eitu (o pópo Ciso" o aitevejo u no é tu ignncia de nos fé q condena ts a obstin da inrulidade" (Cf 2 p 8» e onede de m gado que a Lx is sendo maisrnt ssivelmen seria m as ional" Cf 2, p 5). O Cis" do u

    lado onorda om a ida rta do Flósoo ao esito go las autoids"Cf 2, p 7) (No D).A s do Fiófo é de qm ba a vee A do Cis" que j a m é

    ombate Cf 2, p 4 e 86) Mestr o ou melho o Criso" uma vez queAbeldo eseva paa si enquto rsonag o papel de bio eusa muitoesialmen a- ópria do Dao o onordismo" postolo Filófo" pa piu es feliidade (eao) pre vos Crs a hamade reino dos us Que ipom os noes se as o s mesas? ra damesma aitu e os lófo que vivem jente o o dfeentes dos sãos la

    intenção que os guia ós e nós nos disos a vive aqui de uma foa justa pos gloriados no alm obatem aqui os víios a rer no os ritde nos vides q é o po des m suemo

    Cristão ao onio que eu ennda nossas intençs drm aqi tto qtonoss mritos e quanto ao que ja o sumo m nos dissen não eno" Cf 2,p 1)

    A ao umna em us limits e é nuien pa da ona do Sumo Bem doqual s se e dar raiones honesas dstns raiones necessariae do dialtiosendo aessíel anas la Reelação Mas a Revelçã não priiio risão Os

    filósofos pagãos absoluen não eso exuídos dea Muito pelo ontrrio paaAldo fem mesmo pa da eonomia vaç e o anal da elação divinapratiante a mso ttulo que os ofes Is (Cf 7, p 130) N E

    Como lebra Gandlla a justiaç lo sangue de Cris' é enos via uicomo di paga ou oo sario expiatório do que omo palaa' e exemplo'vindos de uma natureza uana divinament assumida" (Cf p 6) mavildo l o ê rs p exlui do Reino s Céus seus lósofos mesoque ele o rê não h oo ófo m leva uma vi vio ain que jadfíi rve nla e s mess da ve o o l g de D (o

    Assim dionia qu à nature do Sumo Bem en Ao e digmosCíce e Sna isto se deve mais a ênias e6rcas da pae do auoe ciados

    Tran/Form/Açã, S ão Paulo 2 8596 9 89

  • 8/19/2019 Vicío e Pecado Na Ética de Abelardo

    5/12

    89

    nes queso particul o que qualque mbl tog. No vem o cem num momen cn " T como mp o jou Aulo conimen tigos no n u ç q p ee em

    rf" (No G),ne e conu. Fisofo" ns na o sumo bem os omns" o mo em (em

    absouto): "Non hoc loco absolut suu nu s suu ns unintenus" (Cf. 2 p. 1). Mesmo epos e mco s t cen ivergncia é o Filfo" que contnu com pv exno t à sv dmora estic a is vrtues Vtues qe Abeo coe e one Tntoqut o Filfo" ei como o q im e o qu cm tos os s fos"ue o umo Bem é us. Mas ndo então eo stinguir es sumo m absou"do sumo m ds homens" ue constituiria no rpou na vd futura d mesma

    fa o umo m do homens" ria o cgo eto (Cf. 2 p. 127-).Mas pa ldo, não bas los lado ado eja rque o sumo m oshomens", a ena l cmo a dene o lófo" ind que não ja um m é , isé ju (Cf. . -9) . Seja rue a cua enquan causa p, é um ma modo u es (Cf. 2 p. 1 3). O sumo m" e o sumo ma" os omens não enc ulimi sem a fernci Sumo Bem. que o Filfo" eone é o io e o mode u" (Cf. 2 p. 1 32-3) .

    No enn, se o Criso" não es melhor auinhoo esito do umo Bem ruma reelação esl" conceito ue Alo ignora Cf. 12 p. 19) e onde vem

    es meno do ósoo" viiimum oisma ue tla a neincia de aus de iude ou ício e que

    induziu o lóso Ccer, nomen) ao oo qu aa qu ves e vcoso iguis em tos os ns e s os maus" (Cf. 2 p. 1 10). rase de um eo" quelardo não gostaria de aibuir a Cícero mas cujo fundamento est costumo enco nas utorides". Dize que ninguém é exemlo melo o que mhomem m" sto é mel do que e r um omem m" enquanto , mem que é homem (assim como Deus est cm a bonae ssíve os omensjusente rue não é homem) é cnfund homem m em gal" com l homem

    m" (Cf. p. 1 10- 1) . u eja, confundir o unie e o particular.No seu abalhos de lgica ldo j deou com o mesmo ma nmeseze. lgun diz a Loica Inredienibus tomam a coisa unierl da seguintmaneira: col uma substância encimente a mea em coisas que diferem umsd ou l foas: essa é a essência material cis singules s uais exise é umas em si mesma nd dierente as la fas dos us inferiores" (Cf. 6,. 0). Mas imlica neg a çã dos con se auilo e é a mesmaencia, emra ocuada por dieras foas subsite simulneamene em cossindiiduis, é nessrio que coisa afea r ess foas ja upad ous

    fo" (f 6, . ) . Ou ja o gnero ria afeo nto la form rcionaieu la a iionalide. Ess conios verm subsisti nele mesmo m.

    slçã ão aulo, 8596, 989

  • 8/19/2019 Vicío e Pecado Na Ética de Abelardo

    6/12

    eríamos anas dez esscias de as coisas os gneros supremos distinssomente peas foas os iferiores ist é escies dos indivíduos conseguinte assim como subscias ablument mesma subsci

    assim as qualidades s mesma qualide e s quaniades são mesqude et". Como res e Pla des mo o o iferes cda na qlis o q cau da ne da subsc é uma cé iglmet a quaies" (C 6 p. 1).

    o rfu m siçõs l" p uos designao ul qadmim nas existci e idivíduos d ma fo u ou rese assibilida de subsistcia do universal: a douina" collct e a covt acordo com a primeir a coisa univerl consis nas numa coleç de várs":tos os homens tmados ao mso tpo seriam a ese hom" tos os

    animais o gên anal" etc ne a seguna dnma ese não anasos homens reunos mas mm cada um dles eq o hns" n mda em qcada indiuo combina (conveni) com outros na humanidade. ssm tods oshomens consrados em si mesmo são muis r força da derença ssoal e um scoi deido à menç a humie" (C 6 p. 14).

    O gmen lardo é pri não confundir a relaç que há entre a pte e oto e a q há ene o univerl e o singular. O univrl é amao de ca indvíduo que é predáel; o msmo não e r to da colção que não e r predaa decada um dos indduos q a comm (Cf 6 14) .

    Já a te da convenienia in e oa frma d onfsã ag ene o ueale o singuar is como distguis nto hem" cona om mutos quantoSrates tamm? lém dis donsidra a unia iníuo uma vez que nãoharia derença ene o uniersal que está no indiíuo e o própro indíduo e oenn nnhuma coi é diver si própria o meso " (f. 6 p 15). E imm tratase do co capl do realismo" iniabii a disnção entre osvduos de fat se rats combia com Plao na coisa que é homem mseum co mem não r o prpro ou um ouo ecessáro que eecombine com Platão ou em si msmo ou em ouo. m si msmo rém ele é tes

    difern dele; quanto a um ouo é mm coisa asse is ele mm não é umouo" (Cf 6 p. 16).Em sma a rtia de ldo s rliss" gundo a s de os A

    Naimen é que negam a osção s conrios a ders dos s a multiplicidade s is deonhecem a diç uniersal e o com com o singulesquend n a dfença al en os inos n a un de ada em (Cf. 25 p. 40 1) . O que im é ua consante na o de o é dtermir aslõs ntre o mesmo e o der" nd em vis a ness de r mpre aisnç imlid n individidd e en da como m rsss

    ma coi universal n e eistir eno eistem individuas.

    a/lã S ão Pulo 2 8596 989 .

  • 8/19/2019 Vicío e Pecado Na Ética de Abelardo

    7/12

    Alaro iu longen o unierl, m não lhe pare necesrio along a ição e iniíuo: iniíuo é o q preca e um e "conte men ção (dicreti) sal" (Cf. 6 p. 6). Ser ino" é r pa". Ao meso

    tem, es par é cctrísti exscia o o que é, é um" (Cf. 6 p. 2)., muit ao conrio e uma hii partic" no Um" mos o men mnumerl: "e i naralmen um" (Cf. 6 p. ). No- ain que is ses ele aibuas aos auores" (Cf. 6 p. ) muto embora estes estejam longe eabsolutiz-las como ele o faz no âmbi e sua críica aos reals". a Alocomo z Joliet, exiscia, bsolumen ru aos trmos genéricos rebre o iniiual" (Cf. 2 p. 03).

    O aur o Dio entene que, para Cceo, a irtue, enquanto qualiae éhssaa nua Vue unerl na qual participariam caa um os inuos, rsso a e or-lhe a ne derença ene os inuos" (C 2, p . 0).

    e- ana acreen que a irue coo al, assm coo a raconale" relo, u qqer as fas intns qe não cheg as ntos", engn s nã" (Cf. 6, p. 23), sto é, o conhiento confso que priona o unierl,to a asação ilaa, nua e pra" (C 6, p. 2) Gêneros e esces d nante e Deus e não são acesses aos homens senão confusaente, pos essonheem nas atraés nçõs, não ele a uma inligência simples": octer nsíel exteror s acidentes ime-os e conc puramen as natrez s" (C. 6, p. 23). Des foa, não h lgar pa um aber que puesse ofereroo funaento ético.

    a o esicismo, do seu la, a une irtude encona- exaen on en- a ssiblae a açã mol, rea, e a sueração é-nõs" (nscomn ou narai) qurias os os homens, ios ou não, ais como a iéa e ou a eistênca s euses, qe coen Goldschmt contm j e si o conjunto a moral e a fsa. O io su- a nso comum la anáie e oranizaçãoess nõs naturas", ou, mas priente, alsa, organino-as em sistema"onção a alclas. Ora, es momento a enição ao sistema, eis àaçã, la is e to e e aiç". a Vere que manifesase, na rosiç aei pcu assi como é ot a vire que esresente no eer rfeto' '', como tncia em ao e to o ato v. netsntd que ana gno Golhdt não e to o estoicsmo como nns, ua ez que a irte l", s coo o sisma' os iniuos" a sr ners concr" (C. 1 , p. 1 596) Da entene que é na irqe se rncn os os, ssolno jusen s inidua subjev oonsentn ao Dstno não oa co qe a unã consciente e olunia almndil o to" (C. 2, . 105) ( H

    aa Alo, ao no, aquele e se l à o�sercia a lei natul", ainqe entnd, como rtene o Flóso", coo cri (Cf. 2, p. 0), rn o

    as al gra e genrale, as à qal não se e air um retenio esu

    aslã, São Pauo 2 85-96 989

  • 8/19/2019 Vicío e Pecado Na Ética de Abelardo

    8/12

    2

    uniersal ane Gandilac bre o plo de um c que dferen doasntien esico com sempre us. é considera o limi surior e(como que o crso e den u esfço a um Ilo deonhecido los

    pags" (Cf. 1 3 , p. 6) (No I)T é sim que segundo Ado os aures atgos ão puderm nr o que

    s a coiss b, as más e as inderents lmndo-se a exemplcá-las ou eno areferi-las à utilide (Cf. 2, p. 15)

    O do n is morl é ou má a nnç A mm eaa que seeao príci par faz jusça re à iolcia do no (Cf. 2, p. 163) o limião h qalquer difença en a mesma de udas e de us ams en oCristo à morte emr com intençõs oss (Cf. 2, p. 1) (No J Mas na mediaem que lardo eia a intenção como eixo cenal da a e cu como râmeo osumo o homens" j não h oo dsgur o e e r o m (em abluto)as aõs humas auilo que rc que crê m e reel-se mal e ie-er.Da ide e nascer o co oo o orglho em dos louores rebidos la saçõs ou ao contrro dos muitos cados naer o endmento (Cf. 2, p. 162)

    É priso distinguir enre fer o m" (m fcr) e fazer m" ( cr)sto é no segudo caso fazer com a intenção. ese mesmo padoxalmeedejar com intenção que ouo faça o mal. D mesmo mo djando o malp bonmfcr (como Jdas ao trar ou o Dia ao ten ó). Bons e maus os oshomens diz ldo caum ois ou más e em r insumentos do m

    ou do mal (Cf. 2, p. 163)Só stulando uma certa dgmos astúia" dna la qual mesmo o ô

    nio inniondo fazer mal faz o m é ssel encon alguma inligibiliemol. Tudo o que us faz é racional; udo o que rmit m um prsito rional q es ciole esteja além imen humo. Daí quan osda consideração do que é uma co a aos eenos objes de prosiç a se deAbelardo é udo remeter às exelentes dsposiçõs dina e considerá- comones ainda que ais dissçõs s am nmen. Mesmo quen fro m f m for conariada qualuer ordenação na is é imssíel

    que uma deção diina não nha uma cau ional" (Cf. 2, p. 7)O mm o estocismo se ceg à irde lo sseme à vode

    diin ara Sneca a lirde é oder a us" (Do rr lbr t) (C. 26,p. 73) Mas é m verde que o m Júptr ão deu de el s lei e mui menos de ec f qu a inalda eolha re r e obio pa o qual a eolha diz Vlke alida as condçõs de sua prpria alide"(Cf. 27, p. 8 1) se o exemo iteleculismo des moral e s mitigado lanão de uma moral média" (Cf. 1, p. 139) (proisória" r sim dir) acessíelao bo on mantém- a rlade" bio é rque h além de as

    dfenças ndiiduais uma natureza humana comum a tos e que duz- nteglmente lo nimen de nos dignidade de mem e r nos ç de r ial A

    Tras/rmçã, So Puo 12 856 8

  • 8/19/2019 Vicío e Pecado Na Ética de Abelardo

    9/12

    9

    exigência moral inuz-, is, lo ur à iia d comunidadi lítca(Cf. 19, p. 43). Possibilidades veadas a Aldo, is amam uma "ciênci d i qu ele repua imssívl e, em amos s casos, negam ou limim a "difrnça

    en os indivíduos (Noa K.Vê-s que, se a moral de Alad é igiosa, não o é r princípi, mas rqu a

    pa cinalide d sua étca xge u diga: F von !

    As coneqüências desa pagem d qus do vício pa a do cado são as maispeda. A vonde de Deu é a intância ncia e exa que rmite unda objetividade moral; ou lado, rnt la já nã há não indivídus; stã idsos los que, tavez desde mpre, ligavam os homens ao gênero: "não há cad senãoa a consciência (C. 3, p. 54).

    NOTAS

    A Seund Jlivet (Cf. 22 p . 25 Abed usa term maneria - uma invaãvcur ds 16ics d scu - em várias aceões: m sinônim de êner eescie, de cateria e, esicamente, quand se trata de disutir a qualidade", padistinui tis", mds" de espies" (uma vez que nã se de, a rir, faar emespcie de escie"). ustente rqe mri é mens pis, v a s preferíve emcerts situões, adquirind um cáter de ecnicidade: "Cum autem Aristoteles h locspecim vel genus minat, nil aliu isi ri intelligit (Cf. 6, p. 226

    B Ard est le premer tologen du X - sicle qui ait ploit Cirn (. . . rquant ladtton entre justce turelle et juste postve (Cf. 23 p. 284).

    C "La rale du Phlosope est stoiciee; on long discours sur les vertus coiet ausieaucoup de traits de cette octri, qu'on pouvait onnaitre au tes dAbélar par lalecture de Cicéron et e Séque (Cf 2, p. É difíci peis as fntes de Amesm qd ee as nmeia eessen Cc Cf p. n entend se tem subestimad a inuência de Cíce sbe Abed e que dvesas passae dEthica e d Dialgus "sono tolte ettente da De nventin i Cicer ( Oif é meu) Mas basta e De veio pa eric que ettemente" é, mens, exaed Gdi, r seu ad, vezes referindse à mesma passae queCcc, dá c fntes Apuei e Mcr6bi (Cf. 5 p. 4 Da ra ita Astinh e Jerônim (Cf. 2 p . 5 Sem fal na netraã disa das idias est6i na radiãptístic (Cf., a espeit, ) . N entt, a questã nã se e aqui, uma vez quedems ns ater apenas a Cícer id" r Abelard, ta cm rspece em suasbs. r iss tambm nã vem a cas temtiz a subsunã d ecetism" ciceninum cet esticism". Se a ua d Fil6sf", Cf. 22; sbre a d udeu", Cf. 2

    D HSOHUS ( . . ). Sed prout quique propria ratione deliberat, iguli, quas ectaurautoritate, eligunt. Alioquin inierenter omnium scrpturarum sententie esetsuscipiene, nisi ratio, que nte i et e ipsis priu aberet iudicare . . )Que in omni philosopica disputaio ita nviimun au null btinr ceeturloum, ut ea, que a rei iuii, i et ab auctritate, ucuur eta, mniinducere pudeat, qui de ropri virib cone ie refugi ei Ue

    ras/Form/Ação, S ão Pa l o , 12 : - 9 , 9 9

  • 8/19/2019 Vicío e Pecado Na Ética de Abelardo

    10/12

    94

    e philosophi tali gor los, c eos orator gis q pilosocougere cogitur, ( (Cf. 2, p. 9, ro meu). "CH1ANUS: ( ). Neq eni

    em true refert, quid sit in rei veraJe, sed qi in opin possit venire, et ipsius auoritaJis veris pereque qstios ergunt, ut ipsis pri qu per ipsaiudicau sit Post raiom vero reit etiam, si rio non sit, sed videur, nu/aquestio ret, quia lla duitatio superest (Cf. 2, p 97 Ta passaem prcclecr btte m o lcc o ntido do pretndido aionsmo" do autor do Sicet Non

    E. Aldo ata muitíssim vez ste conjunto de queses (to o Livro " da heologiaristia, r xmpo, é dico a discut a utilização do ttmho" dos lofos)e não deos, ui, detalhá-lo iito-ns a aoh, em linh erais, as leide Joiet Cf 2, 18520 e de Gdi . 3 p 585-610 as, entto,ai deix e at u ast úer de ntegções. Pr ee, euntGailac pua distiguir rio e ii inspiratio, ado que tote sgsseJree i nq diion qi épse a p hate ie qu'un sie phiosophese puiss faire d bien srê, t p eore les ye 'y acér ( 3 p 605);pa Jiet "i sebe p toteois que ctte revélaJion coiste en ieiondii spéiae i 'git sipen du don a raison (Cf. 22, p 190 Cttauxdeole a quesão ao prio Abeldo: "cette connaissane (dos miséios da fé)s'piqtele r o par e fa d'e rélJion? Aéld sait prere unparti . 8. p 8 1 .

    F 19 1 s s Sureeeete, o eeo de óso decaío", que oseguereisi ao i é Sã Na Teoi Chi deede a ssiiiade de

    salaçã s óss pags tuss 7 p 11) Na Ehia, rua desa psiçãoC 3 6).

    G Se e e si e , o isiiso "reori (si is Jra , Cf. 3 p. 6 s.

    H C. 27, 105 Nte-se ue Voeke insiste justene sore o "principe d'iividuaJiono estiiso, gs a qu a indiidulide rece "un cartre posit et pe-être u dignité oologique pus haute q dans l'aritotéisme (Cf. 27, p. 3); noetant, reaa o tea a da ontade do sábio com o Desto, cona a leira dGilles Deleuze f I p. 15 ss) que, emra aceitdo que o sábio esic "patica davisão diia (C I p 1 6) e se idea à queausa" do ateeo icoral

    (Cf. I p 149) eere aida eteder que tl sái a "dobra , "pia acausaliade fsi

    I Cf. 3 p. 606. É nteresse ach ucessi aproxmações de Gdi destapassage do Diaogs. auzi-, e 1945 Gi ta que a retação da inãdo Fiósfo" e é is igsa i "on porrit être tenédvaage de la déir de sa éorie de a sse tie" (Cf. 1, p 276 n 1 ) Nauicação areseta Cóui de Cy, e 1972, este oen do teto aduitoda sua iortância " tohos ici l' des points ou, agré le prit del'iteti, l'éiqe d'Abéard s'oppose celle s stoiie (Cf. 3 p. 599) M é s a inteeço de Jiet sore a nessidade s de le nta a gica e lo

    na leitura de suas obras de étia f 3 p. 609-10) que Gandia, no Colóquio deeuchâte, em 1979, aceita, não se relut, qe o ue est e ogo é, coo diz ele, u

    slçã ão Puo 1 2 5 9 6 9 9

  • 8/19/2019 Vicío e Pecado Na Ética de Abelardo

    11/12

    95

    rro lógicogratical": "Au lieu de répondre en précisan qu e la caritas, autre nm de lagrâce, s'identie laisénte à une vertu acquise par l'exercice turel du voulouir, lecétien insite der ecef sur la variété - qualitative te quanitative - des vocations et desites, dénonçant (avec une sévérité inattendue) la ilissimm sophisma qui repose,enetil, su une erreur logicograticale du fait - iontetable - que tou huin estgleent ho, on ne peut correctn conclre que tout ho serait, au mê degéain (f 12 p 14) Gandillac não scond s dsagrado co o caminho tomado porldo, tto q o págrafo sgint inicias com ma dsqalificação rtórica: "ece ages scolaies, souvant oiseuse, retenn et . . No ntnto, é d fato o q stá mjogo no ialogu, como iz lapidnt R Thomas: "ie Quaetio de ilous ist dasum homini bonum (f 2 p 13) .

    J ldo rpt st mplo otrs s, como por mplo na Ethica (f 3 , p 28)ocas, aqi, ma das qstõs ais spinosas d a ética da tnção, spcialnt

    a ators cristãos É possíl, como o faz Nils Rnbrg, na sgnda d sas trêsvrsõs d Jdas", admitir a boa intnção dsta traição Ablardo não o a, mas, paragrd scândalo dos contmporânos, disct s comtram pcado os homns qiicara o risto (f 3 , p 62).

    K Nots q msmo o rcso idia da comnidad social polítia" não sria impossívla Ablado, ao mnos toricamnt, r qalqr sposta iniabilidad histórica": astalmrar o sforço d Arnaldo d Bréscia (m ontmporâo mit próximo, s ãoisrmos admitir· nnhma otra r ação ntr s) m progar as antigas irtdscíicas romas m sa lta cona os drs da hirarqia católica

    SEVÃO, J - Fiat Voluntas Tua! ic Et éché ans lÉtiq élardTs/Fm/Aç São alo, 896, 989

    RÉSUMÉ Abélard, à son éthique, préfre, à l noto de "vice , cele de "pécé . Ceoveent n'et pas um présupoé de l'auteur, is se it, néceiremen, à sa oition delogcien et, aui bien, à a critiqe a iloophe toicien qu'il a u connítre

    UNITERMES Abélard; étique; vice; péché; inividu; nivesel; intenion; stoici

    REFERÊNCIA BIBLIGRÁFICA

    BELARO, - Ablard's rl or rligios womn Ed b Trnc MLaglinMediaeval Studie, Toronto, 24192, 196

    2 . BELARO, - ialogus inter Philosophum, Judaeum et Christinm.tkristisch Edition on Rdolf Thomas Stttgart, Fridrich Fromm, 190.

    3 ELARO, - Ethics n dition wth itrodction, English translation and nots

    E Lscomb Oxford, larndon rss, 1 9 1 .

    rr S ã o Pa ul o : 8 -9 9 8 9 .

  • 8/19/2019 Vicío e Pecado Na Ética de Abelardo

    12/12

    6

    4 . ABELARD, P . - Historia Calaitatu. exe criiqe avec e irodcio pbi par Monrin. Paris, rin, 1978.

    5 . ABELARD, P . - nrdcio d heologia. In MIGNE, P Patroloia Cursusltus erie ina Pis, Gier, 1879. CLXXI, cc. 979-1114B.

    . ABELRD, P . - Die Logic ngredienibus In: Philosophsche chrien, zumersen M ale herausgeeben on Dr Berd Geyer. Bitr zur Gschicht drhiloshie des itlelalters Münser i. W 12 1 ), 19 19 .

    7 . ABARD, P - Theologia Chrisian. In: Ora oloica. Corps Chrisianorm.Tli, Brepols, 199. p. 9-372. . 12 . 1 .

    8 CTTAX, J . - L oncepion de l hologie chez Ablard Revu dhistorecclésiastiqu uain, 28: 24795 53151 788-828 1932.

    9 . CRC, A. - belardo; lAltro Vrsant d diovo. Napoli , Livori, 19791 . DAL PRA, M ouzioni e noe In: PIER, Abelardo. Conosit stsso o Etica.

    Trauzione di Mario al Pra oa edizioe ineramee rielaboraa). irezi, Lau li, 197. p L

    1 1 DELZE, G. - Lóica do sntido. rd. LR. Fores ão Palo, PerspecivDUSP,1 9 7 4 .1 2 . GADLAC, M. de - L Dialgue Abld. Cahirs d la Rvu d Théoloi t

    hilosoh Neuchâ, 32 1981 .1 3 . GANDLLAC, M e - nenon e loi ns lique d'Al In LIE, J t alii

    ed. - Pirre Abéld Pirre l Vénérabe. Paris, CNRS, 1975 p. 5851 1 4 . GANDLLAC, M . de. - nrodcion Ouvres choisis dAbélard. exes prses e

    truis par M de Gadillac Pis, Aubier, 1945. p. 573.1 5 . GADLLAC, M . e. - Noes prpaoires un dba sr le Dialos. In: OMAS,

    R. t alii ed - Ptrus Ablardus (10791142). Prson Wrk un Wirkun. rier,Pulins, 198. p 2436

    1 . GERMAIN G - pictt t la spiriualé stinn. ais Seil, 1961 7 . GLN, - Hélo t Abélard. aris, J Vr, 1981 . GLDCMID, . - Le syst stoin ldé d ts. Paris J ri, 19531 9 . GLDCHMID, - Noice e noes. In SCUUL M, ed. - Ls socins. C

    CERN rai es deoirs ad . Golschmid Paris, Gallimd, 1962. p 4934 .

    2 . GRABI, A . - n hpire e olrnce inelecelle das l a soci occidenale au

    e sile e Diaous e Pierre Abl e le Kuzari dYehdah alei In:JLET, . et aii es - Pirr Abélard Pirr l Vérab. Paris, CNR, 1975.p. 41-54.

    2 1 . JLET, . - Arts du lana et théoloi chz Ab6ard. Pis . rin, 19822 2 . JET J - Aspcts d la eé édéval: Abélard. octrins du ana. Pari,

    J. ri, 19 87 .

    2 3 . LN, - Pcholi et oral au X t sicls. Lovai, Dclo, 194819. T. IB.

    2 4 . CMBE, D. . - Peer belard d he elCentry Ehics In: Peer Abelard'sthics. xor, Claredon Press, 19 71 p XIILXI

    2 5 . ACMENT, C A . R . - A querela dos iversais reisiada. Cadrnos PUC ãoPu, 3 37-73 s/

    2 . ÊCA - De ie hereuse. In: CHL, P . M. , e - s stoins. rad. E

    Brher Pis, Gllimr,192.

    p.721-52.

    2 7 . E A. . - idée de vlonté da le stois. Pis, PF 1973.

    Trans/FormlAço S ã o P au lo : 5 9 6 9 9