BOLETIM DA INDÚSTRIA PARAENSE
JAN-JUN 2015
Fundação Amazônia de Amparoa Estudos e Pesquisas do Pará
FapespaSEDEMESecretaria de Estado de
Indústria,Comércio e Mineração
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
Simão Robison Oliveira JateneGovernador do Estado do Pará
José da Cruz Marinho Vice-Governador do Estado do Pará
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, EDUCAÇÃO TÉCNICA E TECNOLÓGICA - SECTEC
Alex Fiúza de MeloSecretário de Estado de Ciência, Educação Técnica e Tecnológica
Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará - Fapespa
Eduardo José Monteiro da CostaDiretor-Presidente
Alberto Cardoso ArrudaDiretor Científi co
Geovana Raiol PiresDiretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural
Maria Glaucia MoreiraDiretora de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação
Andrea dos Santos CoelhoDiretora de Pesquisas e Estudos Ambientais
Marco Antônio Barbosa da CostaDiretor Administrativo
Eduardo Alberto da Silva LimaDiretor de Planejamento, Orçamento e Finanças
Natália do Socorro Santos RaiolDiretora Interina de Operações Técnicas
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARÁ
PresidenteJosé Conrado Azevedo Santos
Vice-PresidentesSidney Jorge Rosa • 1º Vice-Presidente
Gualter Parente Leitão • 2º Vice-PresidenteManoel Pereira dos Santos
Júnior Nilson Monteiro de AzevedoRoberto Kataoka Oyama
Hélio de Moura Melo FilhoJosé Maria da Costa Mendonça
Luiz Otávio Rei Monteiro Juarez de Paula Simões
Marcos Marcelino de Oliveira Carlos Jorge da Silva Lima
SecretáriosElias Gomes Pedrosa Neto • 1º Secretário
Antônio Djalma Souza Vasconcelos • 2º Secretário
TesoureirosIvanildo Pereira de Pontes • 1º TesoureiroRoberto Rodrigues Lima • 2º Tesoureiro
Diretoria da Federação das Indústrias do Pará - sistema FIEPA quadriênio 2014/2018
Antônio Pereira da SilvaPedro Flávio Costa Azevedo
Rita de Cássia Arêas dos SantosCezar Paulo Remor
Antônio Emil dos Santos L. C. MacedoSolange Maria Alves Mota Santos
André Luiz Ferreira FontesRaimundo Gonçalves Barbosa
Frederico Vendramini Nunes OliveiraDarci Dalberto Uliana
Fernando Bruno BarbosaNeudo Tavares
Armando José Romanguera BurlePaulo Afonso Costa
Nelson Kataoka
Conselho Fiscal - EfetivosFernando de Souza Flexa RibeiroLuizinho Bartolomeu de Macedo
Lísio dos Santos Capela
SuplentesJosé Duarte de Almeida Santos
João Batista Correa FilhoMário César Lombardi
Delegados Efetivos junto à CNIJosé Conrado Azevedo Santos
Sydnei Jorge Rosa
Suplentes junto à CNIGualter Parente Leitão
Manoel Pereira dos Santos Júnior
Superintendente Regional do SESIJosé Olímpio Bastos
Diretor Regional do SENAIGerson dos Santos Peres
Diretor Regional do IELGualter Parente Leitão
Chefe De Gabinete da FIEPAFabio Contente Biolcati Rodrigues
EXPEDIENTE
Publicação Oficial:© 2015 Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – FapespaTodos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.
1ª edição - 2015Elaboração, edição e distribuiçãoFundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – Fapespa
Endereço: Tv. Nove de Janeiro, 1686, entre Av. Gentil Bittencourt e Av. Conselheiro Furtado.Bairro: São Braz – Belém – PA, CEP: 66.060-575Fone: (91) 3323 2550Disponível em: www.fapespa.pa.gov.br
Presidente da FIEPAJosé Conrado Azevedo Santos
Presidente da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – FAPESPAEduardo José Monteiro da Costa
Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural - FapespaGeovana Raiol Pires
Coordenadoria de Núcleo de Estudos Econômicos - FapespaEdson da Silva e Silva
Equipe Técnica - FapespaDavid Costa Correia SilvaEdson da Silva e Silva
Produção Editorial:Frederico MendonçaHelen da Silva BarataJuliana SaldanhaWagner Santos
Revisão:Wagner Santos
Normalização:Anderson Alberto Saldanha TavaresÂngela Cristina Nascimento SilvaJacqueline Queiroz Carneiro
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação
F981b Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (FAPESPA) Boletim da Indústria Paraense 1º Semestre 2015 / Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural. – Belém, n. 2, 2015. 18 f.: il. 1. Indústria - Pará. 2. Indústria Extrativa. 3. Indústria de Transformação. 4. Indústria - ICMS. I. FAPESPA. II. Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômi-cas e Análise Conjuntural. III. Título.
CDD: 23 ed. 338
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BOLETIM DA INDÚSTRIA PARAENSE JAN-JUN 2015
APRESENTAÇÃO FAPESPA
A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (FAPESPA), em coope-ração técnica com a Federação da Indústria do Estado do Pará (FIEPA), disponibiliza o Boletim da Indústria Paraense do primeiro semestre de 2015, sistematizando os principais dados do setor. Este Boletim, previsto para ser lançado semestralmente, foi elaborado com base nos re-sultados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), observando o comportamento produtivo dos subsetores Extrativo Mineral e Indústria de Transformação, através do Índice da Produção Física Industrial. Com o objetivo de enriquecer o documento e complementar a análise, propositalmente é incorporada uma análise do desempe-nho do emprego formal e da arrecadação de ICMS do setor industrial paraense. Destaca-se que a principal diretriz norteadora deste esforço institucional conjunto foi a de gerar complementação criando sinergias para instrumentalizar o debate, seja no processo de formulação, monitoramento e avaliação de políticas públicas, seja na defi nição das estratégias empresariais, voltadas ao desenvolvimento do setor industrial do estado. É de bom alvitre lembrar que o adensamento industrial consolida-se como estratégia ba-silar para qualquer sociedade que pretende superar a sua condição de subdesenvolvimento e periferia, principalmente por agregar valor à produção, gerar empregos mais qualifi cados, além de contribuir para a internalização da riqueza e da renda gerada. Diante disso, ressalta-se o afinco que o Governo Estadual vem fazendo, para alicer-çar cotidianamente parcerias com o setor produtivo – como o recente exemplo do Pacto pela Produção e Emprego, consubstanciado num conjunto de medidas que transcendem o setor industrial e que visam o estimulo a produção, o aumento da competitividade do setor produtivo estadual e a geração de empregos – a fim de estabelecer um elo estruturado para o desenvolvimento econômico do estado. No Pará o setor industrial gera cerca de 40% do PIB estadual, participação que revela seu dimensionamento com efeitos nos demais setores, na criação de empregos, na melhoria da renda e na perspectiva de aumento da arrecadação. Com base nisso, é louvável a soma dos esforços ins-titucionais entre o Governo do Estado, por meio da FAPESPA com apoio da SEDEME, e da FIEPA, que resultam num documento que objetiva em primeira instância municiar os agentes da sociedade de informação e conhecimento, passo basilar para a busca de um Pará competitivo e forte.
Eduardo José Monteiro da CostaPresidente da FAPESPA
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BOLETIM DA INDÚSTRIA PARAENSE JAN-JUN 2015
APRESENTAÇÃO FIEPA – PARCERIA PELO DESENVOLVIMENTO ESTRUTURADO DO PARÁ
Promover em parceria iniciativas complementares a favor do desenvolvimento e aperfeiço-amento de atividades e de profi ssionais que atuam na área de ciência e tecnologia é o objetivo do convênio de Cooperação Técnico-Científi ca entre o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (Sistema FIEPA) e a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (FA-PESPA), formalizado em maio deste ano durante a XII Feira da Indústria, no Hangar. Unir as expertises nas áreas de consultoria empresarial, internacionalização de empresas, realização de pesquisas, de iniciativas inovadoras e de atração de investimentos entre estas reno-madas instituições vai somar para fortalecer o setor industrial, que demanda ações neste caminho, que contribuam para garantir maior competitividade em mercados locais, nacionais e globais. O Boletim da Indústria Paraense (janeiro a junho/2015) é o primeiro de uma série de publicações que serão produzidas conjuntamente a partir do conhecimento gerado pelo Sistema FIEPA e FAPESPA. Ativo fundamental para subsidiar o desenvolvimento das indústrias e empresas, o conhe-cimento sistematizado construído nestas publicações também se confi gura como um termômetro para os gestores públicos e privados analisarem políticas públicas que podem contribuir para forta-lecer o setor. Trabalhar pela consolidação da indústria paraense é o papel do Sistema FIEPA. Acre-ditamos sempre que parcerias como a da FAPESPA são fundamentais para garantir êxito nesta missão porque o estado do Pará, apesar da instável conjuntura econômica, apresenta participação expressiva no comércio e tem projeções de investimento na ordem de R$ 180 bilhões nos próximos 5 anos. Esta parceria contribuirá para o estabelecimento de uma rede de inovação mais am-pla, que atenderá as demandas do setor industrial, e para o estabelecimento de um modelo de desenvolvimento econômico mais diversifi cado e estruturado. O importante é trabalhar de maneira complementar para efetivamente construir uma agenda que apoie iniciativas de com-petitividade para a indústria e incentive a atração de mais empreendimentos e investimentos para desenvolver o estado.
José Conrado Azevedo SantosPresidente da FIEPA
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BOLETIM DA INDÚSTRIA PARAENSE JAN-JUN 2015
1 PRODUÇÃO FÍSICA INDUSTRIAL
A produção física industrial do Pará no 1º semestre de 2015, sem ajuste sazonal, cresceu 6,8% em relação ao mesmo período de 2014, desempenho adverso ao resultado da Indústria nacional, que encerrou os seis primeiros meses do ano com retração de 6,3% (Gráfi co 1). O resultado da indústria paraense representa a segunda alta subsequente para o 1º semestre, uma vez que, nos seis primeiros meses de 2012 e 2013, verifi cou-se variações negativas de 1,6% e 9,4%, nessa ordem.
O crescimento da Indústria Geral do Pará foi o segundo maior entre os 14 estados pesquisados, sendo superando apenas pelo o Espírito Santo, que registrou variação positiva de 17,2%, destacando-se na produção de minérios de ferro pelotizados/sintetizados. O Mato Grosso não registrou variação no período, enquanto as demais unidades da federação apresentaram desempenhos negativos, com destaque para a acentuada retração de 14,8% ocorrida na indústria amazonense, puxada pela baixa na produção de equipamentos de informática e produtos eletrônicos e ópticos.
Gráfi co 1 – Variação (%) da produção física da Indústria Geral por Unidades de Federação – janeiro--junho/2015
Fonte: IBGE/PIM, 2015. / Elaboração: FAPESPA/FIEPA, 2015.
O desempenho positivo da Indústria Geral (6,8%) foi impulsionado pela Indústria Extrativa, que elevou a produção em 8,9% (Gráfi co 2), infl uenciada, principalmente, pela extração de minérios de ferro e cobre, que no 1º semestre de 2015, além do aumento na produção, apresentaram altas de 9,8% e 53,63% em suas respectivas quantidades exportadas, na comparação com o mesmo período de 2014. Em que pese a baixa na demanda de commodity pelo mercado chinês, principal país de destino das exportações de minérios paraenses, principalmente em função das medidas adotadas pelo Banco Central chinês para limitar seu mercado acionário, a Indústria Extrativa mineral aumentou a produção em virtude da demanda de países como Malásia e Japão, que passaram a comprar mais minério de ferro, tendo como elemento indutor a baixa cotação desse mineral. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia e Mineração do Pará (SEDEME), a indústria extrativa deve manter a produção em alta, mesmo com a redução das taxas de crescimento do mercado chinês, seu principal cliente. As razões para isso são a necessidade de aumentar o volume de vendas para compensar a redução dos preços e manter as receitas, e o
BOLETIM DA INDÚSTRIA
PARAENSE JAN – JUN/2015
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1 PRODUÇÃO FÍSICA INDUSTRIAL
A produção física industrial do Pará no 1º semestre de 2015, sem ajuste sazonal,
cresceu 6,8% em relação ao mesmo período de 2014, desempenho adverso ao resultado da
Indústria nacional, que encerrou os seis primeiros meses do ano com retração de 6,3%
(Gráfico 1). O resultado da indústria paraense representa a segunda alta subsequente para o 1º
semestre, uma vez que, nos seis primeiros meses de 2012 e 2013, verificou-se variações
negativas de 1,6% e 9,4%, nessa ordem.
O crescimento da Indústria Geral do Pará foi o segundo maior entre os 14 estados
pesquisados, sendo superando apenas pelo o Espírito Santo, que registrou variação positiva de
17,2%, destacando-se na produção de minérios de ferro pelotizados/sintetizados. O Mato
Grosso não registrou variação no período, enquanto as demais unidades da federação
apresentaram desempenhos negativos, com destaque para a acentuada retração de 14,8%
ocorrida na indústria amazonense, puxada pela baixa na produção de equipamentos de
informática e produtos eletrônicos e ópticos.
Gráfico 1 – Variação (%) da produção física da Indústria Geral por Unidades de Federação – janeiro-junho/2015
Fonte: IBGE/PIM, 2015. Elaboração: FAPESPA/FIEPA, 2015.
O desempenho positivo da Indústria Geral (6,8%) foi impulsionado pela Indústria
Extrativa, que elevou a produção em 8,9% (Gráfico 2), influenciada, principalmente, pela
extração de minérios de ferro e cobre, que no 1º semestre de 2015, além do aumento na
-14,8 -10,9
-8,7 -8,6
-8 -6,9 -6,5 -6,2
-4,8 -2,1 -2,1
0 6,8
17,2
-20 -10 0 10 20
AmazonasRio Grande do Sul
São PauloBahiaCeará
Minas GeraisParaná
Santa CatarinaRio de Janeiro
PernambucoGoiás
Mato GrossoPará
Espírito Santo
(%)
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BOLETIM DA INDÚSTRIA PARAENSE JAN-JUN 2015
esforço das quatro maiores empresas fornecedoras do mundo de minério de ferro – Rio Tinto, BHP, a brasileira Vale e a australiana Fortescue Metals Group – para ampliar o seu domínio do mercado. Segundo dados do Citigroup, estas empresas passaram a representar 71% de todos os embarques de minério de ferro em 2014, taxa que correspondia a 65% entre 2009 e 2013. O banco avalia que a fatia de mercado dessas empresas pode subir para 80% até 2018. Quanto à Indústria de Transformação, que havia apresentado alta de 0,4% nos seis primeiros meses de 2014, a variação foi negativa em 0,5% para 1º semestre de 2015 (Gráfico 2). Por ser uma atividade mais sensível ao cenário econômico nacional, este setor absorveu os efeitos ocorridos na redução do consumo das famílias, provocados, principalmente, pelo crescimento da inflação e elevação de impostos.
Gráfi co 2 – Variação (%) da Indústria Geral, Extrativa e de Transformação no Pará – janeiro-ju-nho/2010-2015
Fonte: IBGE/PIM, 2015. / Elaboração: FAPESPA/FIEPA, 2015.
BOLETIM DA INDÚSTRIA
PARAENSE JAN – JUN/2015
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Gráfico 2 – Variação (%) da Indústria Geral, Extrativa e de Transformação no Pará – janeiro-junho/2010-2015
Fonte: IBGE/PIM, 2015. Elaboração: FAPESPA/FIEPA, 2015.
Apesar de a Indústria de Transformação ter encerrado o período com retração da
atividade produtiva, alguns segmentos dessa atividade obtiveram desempenho favorável,
como a fabricação de produtos alimentícios e fabricação de celulose, papel e produtos de
papel.
O comportamento da Indústria Geral nos primeiros meses de 2015 pode ser verificado
no Gráfico 3, o qual traça um paralelo com o resultado apresentado de janeiro a junho de 2014
numa série mensal. Os meses de janeiro e fevereiro deste ano foram os únicos a apresentar
desempenho da produção física industrial acima do registrado nos mesmos meses do ano
anterior. A trajetória descrita pelo índice de produção física, em 2015, aponta recuperação no
mês de junho após declínio em abril e maio.
7,7
0,8
-1,6
-9,4
13,5
6,8
15
5,8
-1,2
-10,4
18
8,9
2,7
-3
2,9
-6,4
0,4
-0,5
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
1º Sem/10 1º Sem/11 1º Sem/12 1º Sem/13 1º Sem/14 1º Sem/15
(%)
1 Indústria geral 2 Indústrias extrativas 3 Indústrias de transformação
Foto Indústria de Celulose
Apesar de a Indústria de Transformação ter encerrado o período com retração da atividade produtiva, alguns segmentos dessa atividade obtiveram desempenho favorável, como a fabricação de produtos alimentícios e fabricação de celulose, papel e produtos de papel. O comportamento da Indústria Geral nos primeiros meses de 2015 pode ser verificado no Gráfico 3, o qual traça um paralelo com o resultado apresentado de janeiro a junho de 2014 numa série mensal. Os meses de janeiro e fevereiro deste ano foram os únicos a apresentar desempenho da produção física industrial acima do registrado nos mesmos meses do ano anterior. A trajetória descrita pelo índice de produção física, em 2015, aponta recuperação no mês de junho após declínio em abril e maio.
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BOLETIM DA INDÚSTRIA PARAENSE JAN-JUN 2015
Gráfi co 3 – Variação (%) mensal (sem ajuste sazonal) da Indústria Geral no Pará – janeiro-junho/2014-2015
Fonte: IBGE/PIM, 2015. / Elaboração: FAPESPA/FIEPA, 2015.
BOLETIM DA INDÚSTRIA
PARAENSE JAN – JUN/2015
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Gráfico 3 – Variação (%) mensal (sem ajuste sazonal) da Indústria Geral no Pará – janeiro-junho/2014-2015
Fonte: PIM/IBGE, 2015. Elaboração: FAPESPA/FIEPA, 2015.
Nos Gráficos 4 e 5, o desempenho da atividade industrial paraense pode ser observado
através da série descrita pelos índices da Indústria Geral, Extrativa e de Transformação,
respectivamente, nos anos de 2014 e 2015.
Gráfico 4 – Variação (%) mensal da Indústria Geral, Extrativa e de Transformação
no Pará – janeiro-junho/2014
Fonte: IBGE/PIM, 2015. Elaboração: FAPESPA/FIEPA, 2015.
Jan Fev Mar Abr Mai Jun2014 -0,7 4 12,7 37 27,3 6,32015 6 8,5 11,9 5,8 2,6 6,7
-10
0
10
20
30
40
(%)
Jan Fev Mar Abr Mai JunIndústria geral -0,7 4 12,7 37 27,3 6,3Indústrias extrativas -2 6,9 18,3 52 35,3 8,3Indústrias de transformação 3,5 -3,9 -2,2 1,1 4,2 -0,9
-100
102030405060
Nos Gráficos 4 e 5, o desempenho da atividade industrial paraense pode ser observado através da série descrita pelos índices da Indústria Geral, Extrativa e de Transformação, respectivamente, nos anos de 2014 e 2015.
Gráfi co 4 – Variação (%) mensal da Indústria Geral, Extrativa e de Transformação no Pará – janeiro--junho/2014
Fonte: IBGE/PIM, 2015. / Elaboração: FAPESPA/FIEPA, 2015.
BOLETIM DA INDÚSTRIA
PARAENSE JAN – JUN/2015
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Gráfico 3 – Variação (%) mensal (sem ajuste sazonal) da Indústria Geral no Pará – janeiro-junho/2014-2015
Fonte: PIM/IBGE, 2015. Elaboração: FAPESPA/FIEPA, 2015.
Nos Gráficos 4 e 5, o desempenho da atividade industrial paraense pode ser observado
através da série descrita pelos índices da Indústria Geral, Extrativa e de Transformação,
respectivamente, nos anos de 2014 e 2015.
Gráfico 4 – Variação (%) mensal da Indústria Geral, Extrativa e de Transformação
no Pará – janeiro-junho/2014
Fonte: IBGE/PIM, 2015. Elaboração: FAPESPA/FIEPA, 2015.
Jan Fev Mar Abr Mai Jun2014 -0,7 4 12,7 37 27,3 6,32015 6 8,5 11,9 5,8 2,6 6,7
-10
0
10
20
30
40
(%)
Jan Fev Mar Abr Mai JunIndústria geral -0,7 4 12,7 37 27,3 6,3Indústrias extrativas -2 6,9 18,3 52 35,3 8,3Indústrias de transformação 3,5 -3,9 -2,2 1,1 4,2 -0,9
-100
102030405060
Gráfi co 5 – Variação (%) mensal da Indústria Geral, Extrativa e de Transformação no Pará – janeiro--junho/2015
Fonte: IBGE/PIM, 2015. / Elaboração: FAPESPA/FIEPA, 2015.
BOLETIM DA INDÚSTRIA
PARAENSE JAN – JUN/2015
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Gráfico 5 – Variação (%) mensal da Indústria Geral, Extrativa e de Transformação
no Pará – janeiro-junho/2015
Fonte: IBGE/PIM, 2015. Elaboração: FAPESPA/FIEPA, 2015.
A Indústria de Transformação, apesar de não apresentar variação positiva no 1º
semestre de 2015, teve nos segmentos alimentos e celulose/papel altas de 3,2% e 97%, na
devida ordem (Tabela 1), explicadas, em grande medida, pela expansão na produção de carnes
de bovinos frescas, refrigeradas e congeladas e de pastas químicas de madeira (celulose),
respectivamente.
Com desempenho negativo no âmbito da Indústria de Transformação, cabe destacar a
fabricação de produtos de madeira, que decresceu 6,6%, a produção de minerais não
metálicos e a metalurgia, com -5,1% e -3,5%, sequencialmente, pressionados, em grande
parte, pela baixa na produção de madeira serrada, aplainada ou polida; pela retração na
fabricação de cimentos “Portland” e massa de concreto preparada para construção; e pela
redução na produção de óxido de alumínio e alumínio não ligado em formas brutas, nesta
ordem. Cabe destacar também que a baixa na fabricação de bebidas foi fortemente vinculada a
uma elevação nos custos de produção deste seguimento, por conta de uma alta tributária de
15% de IPI e 10% PIS/Cofins verificada a partir do mês de abril de 2015.
Jan Fev Mar Abr Mai JunIndústria geral 6 8,5 11,9 5,8 2,6 6,7Indústrias extrativas 9,6 11,4 14,4 6,6 4,5 8,4Indústrias de transformação -4,8 -0,1 3,9 3 -4,2 0
-10-505
101520
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BOLETIM DA INDÚSTRIA PARAENSE JAN-JUN 2015
A Indústria de Transformação, apesar de não apresentar variação positiva no 1º semestre de 2015, teve nos segmentos alimentos e celulose/papel altas de 3,2% e 97%, na devida ordem (Tabela 1), explicadas, em grande medida, pela expansão na produção de carnes de bovinos frescas, refrigeradas e congeladas e de pastas químicas de madeira (celulose), respectivamente. Com desempenho negativo no âmbito da Indústria de Transformação, cabe destacar a fabricação de produtos de madeira, que decresceu 6,6%, a produção de minerais não metálicos e a metalurgia, com -5,1% e -3,5%, sequencialmente, pressionados, em grande parte, pela baixa na produção de madeira serrada, aplainada ou polida; pela retração na fabricação de cimentos “Portland” e massa de concreto preparada para construção; e pela redução na produção de óxido de alumínio e alumínio não ligado em formas brutas, nesta ordem. Cabe destacar também que a baixa na fabricação de bebidas foi fortemente vinculada a uma elevação nos custos de produção deste seguimento, por conta de uma alta tributária de 15% de IPI e 10% PIS/Cofi ns verifi cada a partir do mês de abril de 2015.
Tabela 1 – Variação (%) da produção física da Indústria do Pará – janeiro-junho/2014-2015
Fonte: IBGE/PIM, 2015. / Elaboração: FAPESPA/FIEPA, 2015.
BOLETIM DA INDÚSTRIA
PARAENSE JAN – JUN/2015
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Tabela 1 – Variação (%) da produção física da Indústria do Pará – janeiro-
junho/2014-2015
Indústria 1º Sem/2014 1º Sem/2015
Indústria geral 13,5 6,8 Indústrias extrativas 18 8,9 Indústrias de transformação 0,4 -0,5 Fabricação de produtos alimentícios 3,8 3,2 Fabricação de bebidas 11,8 -0,9 Fabricação de produtos de madeira 0,8 -6,6 Fabricação de celulose, papel e produtos de papel -11,9 97 Fabricação de produtos de minerais não metálicos -8,7 -5,1 Metalurgia -0,2 -3,5
Fonte: IBGE/PIM, 2015. Elaboração: FAPESPA, 2015.
2 EMPREGO DO SETOR INDUSTRIAL
A dinâmica do setor industrial paraense pode ser analisada, também, através da
geração de postos de trabalho formais. Nesse sentido, tanto a indústria Extrativa Mineral
quanto a de Transformação registraram, nos seis primeiros meses de 2015, saldo negativo de
emprego com carteira assinada, totalizando déficit de 1.822 vínculos empregatícios, segundo
dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério de
Trabalho e Emprego (MTE).
A Indústria Extrativa Mineral, para o mesmo período de 2014, havia registrado saldo
positivo de 41 vínculos. Entretanto, no 1º semestre de 2015, perdeu 26 empregos formais, em
que pese esse segmento industrial ter apresentado crescimento semestral de sua produção
física da ordem de 8,9%.
Quanto à Indústria de Transformação, por ter apresentado declínio (-0,5%) na
produção física no período em análise, registrou uma perda maior, de 1.796 novos empregos.
Isso se deve a alguns segmentos desse setor, que apresentaram perdas no âmbito produtivo,
como foi o caso da fabricação de produtos de madeira (-6,6%), a produção de minerais não
metálicos (-5,1%) e a metalurgia (-3,5%), que responderam pela perda de 2.191 vínculos
trabalhistas no período analisado (Tabela 2).
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BOLETIM DA INDÚSTRIA PARAENSE JAN-JUN 2015
2 EMPREGO DO SETOR INDUSTRIAL
A dinâmica do setor industrial paraense pode ser analisada, também, através da geração de postos de trabalho formais. Nesse sentido, tanto a indústria Extrativa Mineral quanto a de Transformação registraram, nos seis primeiros meses de 2015, saldo negativo de emprego com carteira assinada, totalizando déficit de 1.822 vínculos empregatícios, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério de Trabalho e Emprego (MTE).
A Indústria Extrativa Mineral, para o mesmo período de 2014, havia registrado saldo positivo de 41 vínculos. Entretanto, no 1º semestre de 2015, perdeu 26 empregos formais, em que pese esse segmento industrial ter apresentado crescimento semestral de sua produção física da ordem de 8,9%.
Quanto à Indústria de Transformação, por ter apresentado declínio (-0,5%) na produção física no período em análise, registrou uma perda maior, de 1.796 novos empregos. Isso se deve a alguns segmentos desse setor, que apresentaram perdas no âmbito produtivo, como foi o caso da fabricação de produtos de madeira (-6,6%), a produção de minerais não metálicos (-5,1%) e a metalurgia (-3,5%), que responderam pela perda de 2.191 vínculos trabalhistas no período analisado (Tabela 2).
Tabela 2 – Movimentação no Mercado de trabalho celetista no Pará – janeiro-junho/2014-2015
Fonte: MTE/CAGED, 2015. / Elaboração: FAPESPA/FIEPA, 2015.
BOLETIM DA INDÚSTRIA
PARAENSE JAN – JUN/2015
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Tabela 2 – Movimentação no Mercado de trabalho celetista no Pará – janeiro-junho/2014-2015
Setores
janeiro-junho/2014 janeiro-junho/2015 Total de
admissões Total de
desligamentos Saldo Total de admissões
Total de desligamentos Saldo
Total Geral da Indústria 107.611 96.331 11.280 84.863 95.233 -10.550 Extrativa Mineral 1.568 1.527 41 1.546 1.572 -26 Indústria de Transformação 21.628 21.657 -29 20.399 22.195 -1.796
Indústria de produtos minerais não metálicos 3.066 2.876 190 1.939 2.772 -833
Indústria metalúrgica 1.410 1.312 98 1.464 2.192 -728 Indústria mecânica 733 896 -163 1.436 1.140 296 Indústria do material elétrico e de comunicações 192 142 50 123 93 30
Indústria do material de transporte 302 232 70 216 244 -28
Indústria da madeira e do mobiliário 5.386 6.224 -838 4.812 5.442 -630
Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 499 465 34 369 557 -188
Indústria da borracha, fumo, couros, peles, similares, indústrias diversas
577 591 -14 520 657 -137
Indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria
1.138 1.185 -47 1.287 549 738
Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos 800 580 220 430 749 -319
Indústria de calçados 25 11 14 1 25 -24 Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico
7.500 7.143 357 7.802 7.775 27
Serviço Industrial de Utilidade Pública 1.532 1.303 229 879 966 -87
Construção Civil 61.255 50.187 11.068 41.460 48.305 -6.845 Fonte: MTE/CAGED, 2015. Elaboração: FAPESPA, 2015.
Ainda de acordo com o CAGED, entre os segmentos que geraram saldos positivos, a
indústria química e a de alimentos/bebidas contribuíram para o incremento no estoque de
empregos do estado com a criação de novos vínculos trabalhistas. Vale ressaltar o
comportamento do segmento químico, que se destacou no semestre sendo o único da Indústria
de Transformação a apresentar mensalmente saldos positivos de novos vínculos de trabalho,
performance essa que se consolidou com a geração de 738 novos contratos formais no
acumulado de 2015. Outro ponto a se destacar é que, apesar de ter apresentado uma retração
em sua atividade produtiva da ordem de 0,9% no semestre em estudo, o setor de
alimentos/bebidas agregou 27 novos empregos com carteira assinada.
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BOLETIM DA INDÚSTRIA PARAENSE JAN-JUN 2015
Ainda de acordo com o CAGED, entre os segmentos que geraram saldos positivos, a indústria química e a de alimentos/bebidas contribuíram para o incremento no estoque de empregos do estado com a criação de novos vínculos trabalhistas. Vale ressaltar o comportamento do segmento químico, que se destacou no semestre sendo o único da Indústria de Transformação a apresentar mensalmente saldos positivos de novos vínculos de trabalho, performance essa que se consolidou com a geração de 738 novos contratos formais no acumulado de 2015. Outro ponto a se destacar é que, apesar de ter apresentado uma retração em sua atividade produtiva da ordem de 0,9% no semestre em estudo, o setor de alimentos/bebidas agregou 27 novos empregos com carteira assinada.
Além dessas informações, o CAGED também divulga resultados de outros segmentos da Indústria de Transformação que não são desagregados pela PIM/IBGE, mas que se revelam importantes na dinâmica produtiva e na geração de emprego no estado, como a Indústria Mecânica, que contabilizou saldo positivo de 296 novos postos de trabalho, e a Indústria de Materiais Elétricos, com criação de 30 novos empregos no acumulado de janeiro a junho de 2015 (Tabela 2).
Os segmentos industriais da Construção Civil e dos Serviços Industriais de Utilidades Públicas (SIUP), que não são abrangidos pela PIM/IBGE, também compõem o setor industrial e obtiveram saldos negativos no 1º semestre de 2015, cenário inverso ao observado no mesmo período de 2014 (Tabela 2).
De acordo com o Estudo Técnico – Edição nº 24 de 02/2015 da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário (CONTRICOM), a desaceleração no ramo da Construção Civil justifica-se pela redução no volume de edificações imobiliárias; no setor de infraestrutura, pela diminuição do ritmo de obras por conta de fatores como interrupções de obras e demissões, em função de atrasos de repasses do poder publico; pelo adiamento de ordens de serviços para início da execução de obras; e até pelo cancelamento de contratos, dada a atual conjuntura econômica do país.
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BOLETIM DA INDÚSTRIA PARAENSE JAN-JUN 2015
Governo do Pará anuncia Pacto pela Produção e Emprego para enfrentar crise econômica nacional
O Governo do Pará anunciou um conjunto de medidas para estimular a produção, melhorar a
competitividade e gerar empregos. A resposta do Estado à crise garantirá ações na indústria, comércio,
agricultura, pesca, pecuária e mineração, entre outros setores que também podem abrir novos postos de
trabalho.
A economia em crise eliminou 157,9 mil postos de trabalho no Brasil e, nos primeiros sete meses do
ano, já são 494,3 mil postos de trabalho a menos no País. o Pará foi um dos três Estados brasileiros com
saldo positivo na geração de emprego no mês de julho, com 2,6 mil novos postos de trabalho. No
acumulado do ano, entre janeiro e julho de 2015, o saldo é negativo, pela perda de 7,4 mil vagas. Desde
2010 o resultado havia sido positivo, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
As projeções não são positivas. Há expectativa de redução do Produto Interno Bruto (PIB, soma
dos bens e riquezas produzidos no país) de 1,49% e aumento da inflação, acima de 8%. A produção física
industrial também desabou na média nacional para os seis primeiros meses do ano (-6,3%). No Pará, esse
índice é positivo (6,8%), mas em nível menor que o observado em 2014, quando chegou a 13,5%. São
cada vez menores a arrecadação própria e as transferências de recursos federais, como o Fundo de
Participação dos Estados (FPE), entre outras receitas transferidas.
Diante deste cenário desfavorável, o Governo do Pará vai estimular a produção, a geração de
renda e a manutenção do emprego, além de criar novas oportunidades de trabalho. São mais de 30
medidas para estimular o setor produtivo, desonerar atividades econômicas, simplificar licenciamentos,
qualificar profissionais, estimular o turismo, entre outras ações. Para racionalizar os gastos públicos,
decreto criará o Sistema Integrado de Governança do Estado do Pará, que prevê medidas administrativas
para reduzir despesas e maximizar recursos.
Destacam-se as principais ações:
• Desonerações - Isenção do ICMS no frete pelas
hidrovias do Capim-Guamá e Tocantins, que escoa
parte da produção agrícola do sul e sudeste do Pará,
até o Porto de Vila do Conde, em Barcarena, para
exportação.
• Será regulamentado o diferimento do ICMS do açaí
e cupuaçu; isenção de tributos para os insumos para
a avicultura e isenção do diferencial de alíquota de
ICMS para máquinas e implementos agrícolas que
compõem o ativo imobilizado - máquinas utilizadas
na produção.
• Parcelamento de dívida – Empresariado poderá
parcelar os débitos com o Fisco Estadual em até 30
vezes, através do Prorefis. O Convênio Confaz,
91/2015, foi publicado no dia 18 de agosto no Diário
Oficial da União, autorizando o Pará a aplicar o
P rog rama. O Es tado va i ed i ta r dec re to
regulamentando o Refis, para que empresas
inadimplentes se regularizem e voltem a ter acesso
a financiamento bancário e a licitações públicas,
para dinamizar a economia e gerar emprego.
• Simplificação de Licenciamento - Para reduzir
custos, acelerar os processos e intensificar o
trabalho de fiscalização e monitoramento das
atividades e empreendimentos ambientais, a
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
S u s t e n t a b i l i d a d e ( S e m a s ) i n v e s t i u n a
descentralização administrativa, que prevê que os
municípios passem a gerenciar os processos de
licenciamento de empreendimentos considerados
de impacto local. A criação das Unidades Regionais
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BOLETIM DA INDÚSTRIA PARAENSE JAN-JUN 2015
nos municípios do Estado para atender demandas
até então encaminhadas a capital para fins de
licenciamento ambiental é outra medida de
descentralização. Ainda como medida para agilizar e
reduzir o custo do processo administrativo junto à
Semas, a instituição efetivou o processo eletrônico,
buscando otimizar os trabalhos desenvolvidos nas
dependências do Órgão, assim como trazer
comodidade ao Administrado que não terá
necessidade de deslocamento até a sede da
SEMAS para fins de protocolo documental ou
processual.
• Regularização - O Programa de Regularização
Ambiental do Estado (PRA) foi criado para
regularizar imóveis rurais com desmatamento ilegal
até 22 de Julho de 2008. Multas administrativas e
processos criminais poderão ser suspensos e
extintos se o produtor aderir e cumprir os
compromissos previstos no PRA. O Pará é o primeiro
estado da Amazônia a editar essa medida, tão
aguardada pelos produtores rurais. O PRA passou
por um amplo processo de consulta pública,
recebendo contribuições de entidades de classe,
produtores rurais, ONGs e juristas.
• Qualificação Profissional – Pela Secretaria de
Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda
(Seaster), será consolidado o Programa de
qualificação técnica nas localidades mais afetadas
com demissões. Serão reativados ou fortalecidos os
Conselhos Municipais de Empregos; será feita a
Reestruturação do SINEs no Estado e a criação do
Fundo Estadual para qualificação e educação
profissional.
• Incentivo para a indústria – Também serão
publicados os decretos regulamentando os
incentivos fiscais, conforme projeto de lei aprovado
na Assembleia Legislativa. As novas Leis de
Incentivo não prorrogam automaticamente
incentivos de nenhuma empresa. Elas permitem a
prorrogação, mas mediante , com alguns parâmetros
definindo o grau do incentivo, a exemplo de
sustentabil idade, inovação, localização do
empreendimento, compras locais e o mais
importante, o grau de verticalização da produção . A
Comissão de Incentivos Fiscais é composta por
representantes da SEDEME, SEFA, Procuradoria
Geral do Estado, Secretaria de Meio Ambiente,
BANPARÁ e CODEC.
• Alguns números demonstram a importância da
medida para a geração de empregos. De 2011 a
2014, o número de empregos nas indústrias que
possuem incentivos do Estado saltou de 26.968
para 35.679 empregos, um crescimento de cerca de
10% ao ano. No mesmo período, a massa salarial
saltou de R$ 320 milhões para R$ 841 milhões de
reais, ou seja, mais recursos injetados na economia
paraense. As empresas incentivadas também
devem fazer compras de fornecedores no próprio
Estado. O valor anual dessas compras saltou de R$
1.398 milhões em 2011 para R$ 2. 242 milhões em
2014, crescimento de 7% ao ano. A Comissão de
Incentivos Fiscais do Estado também define que a
isenção nunca será de 100%. Portanto, há
recolhimento parcial de ICMS. Neste sentido, o
ICMS recolhido das empresas incentivadas saltou
de R$ 256 milhões em 2011 para R$ 520 milhões em
2014, aumento de 27% ao ano.
• Turismo - Como parte do Pacto pela Produção e
Emprego do Governo do Estado, será lançado, o
programa Passaporte Pará, uma parceria da
Secretaria de Estado de Turismo (SETUR) com o
banco, Associação Brasileira das Agentes de
Viagem (ABAV-PA) e a operadora turística RDC
Férias. O programa busca contribuir para o
desenvolvimento do turismo interno do Estado do
Pará, contemplando, também, a valorização do
servidor público e alavancando a economia interna.
O site de vendas online do Passaporte Pará já está
no ar ( A primeira www.passaportepara.com.br).
etapa do programa deve contemplar inicialmente
roteiros que já são ofertados em sete municípios
eleitos como prioritários: Belém (com foco no distrito
de Mosqueiro), Soure, Salvaterra, Salinópolis,
Bragança, Tracuateua e Marapanim. Os outros
municípios serão incluídos ao longo da execução do
programa.
• Sisgov – anuncio de um decreto que prevê
medidas de controle e racionalização dos gastos
públicos, através da criação do Sistema Integrado
de Governança do Estado do Pará (Sisgov). Entre
as providências, está a revisão de contratos
temporários, controle na concessão de gratificações
e a suspensão, por 180 dias, de novas contratações
de temporários e da criação de cargos, empregos ou
funções. O Sisgov será administrado por Comitê
Gestor específico, composto pelos titulares das
secretarias da Fazenda, de Planejamento, de
Administração e da Casa Civil, além dos chefes da
Auditoria Geral do Estado, Prodepa e Igeprev..
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BOLETIM DA INDÚSTRIA PARAENSE JAN-JUN 2015
3 ARRECADAÇÃO DE ICMS
Diante do bom desempenho da Indústria Geral do estado, mesmo ante a conjuntura mundial e nacional, o Pará apresentou um incremento de R$ 189,532 milhões na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do setor industrial no 1º semestre de 2015 em comparação com o mesmo período de 2014, tendo apresentado evolução em todos os meses de janeiro a junho de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior (Gráfico 6). O crescimento acumulado no semestre corresponde a uma variação positiva de 20,02% no acumulado do ano, totalizando montante arrecadado de R$ 1,136 bilhão, segundo dados provisórios do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ).
Gráfi co 6 – Arrecadação (R$ Mil) mensal de ICMS no setor Industrial no Pará – janeiro-junho/2014-2015
Fonte: CONFAZ, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.Nota: valores a preços de junho de 2015, corrigidos pelo IPCA.
BOLETIM DA INDÚSTRIA
PARAENSE JAN – JUN/2015
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3 ARRECADAÇÃO DE ICMS
Diante do bom desempenho da Indústria Geral do estado, mesmo ante a conjuntura
mundial e nacional, o Pará apresentou um incremento de R$ 189,532 milhões na arrecadação
do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do setor industrial no 1º
semestre de 2015 em comparação com o mesmo período de 2014, tendo apresentado evolução
em todos os meses de janeiro a junho de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior
(Gráfico 6). O crescimento acumulado no semestre corresponde a uma variação positiva de
20,02% no acumulado do ano, totalizando montante arrecadado de R$ 1,136 bilhão, segundo
dados provisórios do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ).
Gráfico 6 – Arrecadação (R$ Mil) mensal de ICMS no setor Industrial no Pará – janeiro-junho/2014-2015
Fonte: CONFAZ, 2015. Elaboração: FAPESPA, 2015. Nota: valores a preços de junho de 2015, corrigidos pelo IPCA.
Por outro lado, a arrecadação de ICMS de energia elétrica do setor industrial do Pará,
no acumulado do 1º semestre do ano corrente, decresceu 42,09% em relação aos seis
primeiros meses de 2014, o que representa uma perda de R$ 18,065 milhões no quadro de
ativos do estado. Todos os meses de janeiro a junho de 2015 apresentaram retração na
arrecadação do ICMS de energia no setor industrial em relação ao mesmo período de 2014,
jan fev mar abr mai jun2014 173.978 157.066 154.109 154.388 153.345 153.6902015 208.250 182.679 192.605 184.131 180.391 188.051
-
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
Mil (R$)
Por outro lado, a arrecadação de ICMS de energia elétrica do setor industrial do Pará, no acumulado do 1º semestre do ano corrente, decresceu 42,09% em relação aos seis primeiros meses de 2014, o que representa uma perda de R$ 18,065 milhões no quadro de ativos do estado. Todos os meses de janeiro a junho de 2015 apresentaram retração na arrecadação do ICMS de energia no setor industrial em relação ao mesmo período de 2014, quase sempre como consequência do desaquecimento da indústria de transformação no período.
Gráfi co 6 – Arrecadação (R$ Mil) mensal de ICMS no setor Industrial no Pará – janeiro-junho/2014-2015
Fonte: CONFAZ, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.Nota: valores a preços de junho de 2015, corrigidos pelo IPCA.
BOLETIM DA INDÚSTRIA
PARAENSE JAN – JUN/2015
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quase sempre como consequência do desaquecimento da indústria de transformação no
período.
Gráfico 7 – Arrecadação (R$ Mil) mensal de ICMS de energia no setor Industrial no Pará – janeiro-junho/2014-2015
Fonte: CONFAZ, 2015. Elaboração: FAPESPA, 2015. Nota: valores a preços de junho de 2015, corrigidos pelo IPCA.
4 ASPECTOS METODOLÓGICOS
A análise da indústria paraense toma como referência os índices regionais da produção
física industrial do estado, divulgados na Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-
PF) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com base nessa pesquisa e
outros indicadores para o setor, a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do
Pará (FAPESPA) realiza semestralmente o Boletim da Indústria Paraense, levando em
consideração os dados de quatro variáveis: o índice da produção física industrial, as
exportações, a geração de emprego e a arrecadação do ICMS no setor industrial. Esses dados
são sintetizados a partir de tabelas e gráficos, consolidados através do software Microsoft
Excel.
Para a construção do Boletim, o resultado da PIM-PF, demonstrado através do Índice
de Produção Física, é analisado levando-se em consideração: índice mês/mês (t-1); produção
do mês atual em relação ao mês anterior; produção do mês atual em relação ao mesmo mês do
jan fev mar abr mai jun2014 10.280 5.342 5.464 5.584 5.272 6.3682015 4.939 3.983 2.816 3.148 4.055 3.041
-
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
Mil (R$)
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BOLETIM DA INDÚSTRIA PARAENSE JAN-JUN 2015
4 ASPECTOS METODOLÓGICOS
A análise da indústria paraense toma como referência os índices regionais da produção física industrial do estado, divulgados na Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com base nessa pesquisa e outros indicadores para o setor, a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (FAPESPA) realiza semestralmente o Boletim da Indústria Paraense, levando em consideração os dados de quatro variáveis: o índice da produção física industrial, as exportações, a geração de emprego e a arrecadação do ICMS no setor industrial. Esses dados são sintetizados a partir de tabelas e gráficos, consolidados através do software Microsoft Excel.
Para a construção do Boletim, o resultado da PIM-PF, demonstrado através do Índice de Produção Física, é analisado levando-se em consideração: índice mês/mês (t-1); produção do mês atual em relação ao mês anterior; produção do mês atual em relação ao mesmo mês do ano anterior; índice acumulado no ano; e produção do acumulado do ano em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os dados de exportação são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), sendo utilizadas somente as exportações provenientes do setor industrial, no período que trata o Boletim. O emprego, por sua vez, tem no Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED) a fonte das informações e segue o mesmo critério de utilização das exportações. Da mesma forma, faz-se uso também dos dados de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cuja fonte é o Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ). O cruzamento dessas variáveis, juntamente com os dados da PIM, permite uma relativa leitura do setor industrial paraense.
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BOLETIM DA INDÚSTRIA PARAENSE JAN-JUN 2015
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior – MDIC. Balança Comercial. Disponível em: <http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna>. Acesso em: jul. 2015.
______. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de disseminação de Estatística do trabalho. 2014. Disponí¬vel em: <http://www.mte.gov.br/pdet> Acesso em: ago. 2015.
CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA FAZENDÁRIA. Comissão Técnica Permanente do ICMS. Boletins do ICMS e demais impostos estaduais. Disponível em: <http://www1.fazenda.gov.br/confaz/boletim/>. Acesso em: ago. 2015.
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO. Estudo Técnico, 24 ed.. Fev. 2015. Disponível em: <http://contricom.org.br/novoportal/images/arquivospdf/Estudo_tecnico_n_24_CONTRICOM.pdf>. Acesso em julho de 2015.
INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTATÍSTICA E GEOGRAFIA. Indicadores IBGE, dez. 2014. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpf /regional/pim-pf-regional_201506comentarios.pdf>. Acesso em: ago. 2015.
____. Sistema IBGE de Recuperação Automática SIDRA, 2013. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/ bda/>. Acesso em: ago. 2015.