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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Instituto de Hidráulica e Recursos Hídricos
CICLO DE CONFERÊNCIAS SOBRE O LITORAL PORTUGUÊS
SESSÃO 1 | PONTO DA SITUAÇÃO E EXPERIÊNCIA ACUMULADA NAS SOLUÇÕES DE DEFESA COSTEIRA 30 DE ABRIL DE 2014 AUDITÓRIO DA SEDE DA ORDEM DOS ENGENHEIROS | LISBOA
Alguns Aspetos Relacionados com as
Intervenções na proteção Costeira
Eng. Veloso Gomes, FEUP
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Zonas costeiras
A visão idílica……
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Zonas costeiras
A visão da catástrofe……
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Vulnerabilidade
(física) Grau estimado de dano ou de perda de um elemento ou sistema exposto a um perigo específico, após o impacto de uma determinada ação ou processo perigoso.
Escala de 0 (ausência de danos) a 1 (perda total do bem exposto).
Vulnerabilidade
(social) Deficiente capacidade social, económica ou ambiental, associada a uma comunidade, para antecipar, preparar defesas,
resistir e recuperar relativamente à ocorrência de um desastre.
Susceptibilidade Propensão ou grau de possibilidade para um determinado sistema ser atingido e afectado por um perigo identificado e caracterizado.
Severidade Capacidade de um processo ou ação perigosa para provocar danos num sistema receptor em função da respectiva magnitude, intensidade ou parâmetro (s) característico (s) equivalente (s).
Risco Conceito com diversas dimensões e definições. Na respectiva dimensão técnica e quantitativa, o risco pode ser definido como o valor expectável das consequências de um acontecimento ou processo (perigoso) possível mas com ocorrência incerta: Risco = Probabilidade do acontecimento × Consequências.
Perigo Processo ou ação susceptível de provocar danos ou perdas.
Perigosidade Probabilidade de ocorrência de um processo ou ação perigosa com uma determinada severidade, num determinado período de tempo e localização espacial.
Ameaça Evento adverso com capacidade para originar um acidente grave ou desastre.
“Mitigação da Vulnerabilidade Costeira” Plano Nacional da Água TE4:
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CONTRIBUTOS da Engenharia Investigação / projeto / monitorização / reabilitação / ordenamento e gestão de: •Sistemas costeiros
•Portos comerciais (quebramares, cais, equipamentos, vias de comunicação..)
•Canais de navegação
•Portos de recreio
•Marginais urbanas
•Praias e zonas balneares
•Estruturas e intervenções de defesa costeira
•Estações de tratamento e emissários submarinos
•…………………….
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Compreeder a
dinâmica costeira
Hidromorfologias e hidroformas costeiras (FEUP 2007)
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a) b) c) d)
Prever a dinâmica
costeira
Modelação a médio e longo
termo considerando cenários.
(FEUP / UA, 2005 …)
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Ensaios em laboratório (FEUP)
Prever o
comportamento
das intervenções
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APA, FEUP Veloso Gomes 2012
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APA, FEUP Veloso Gomes 2012
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“Os engenheiros são os principais responsáveis pela
artificialização do litoral e pelos fenómenos de erosão”
(“estruturas pesadas de engenharia”)
Campo de
esporões
sem os esporões da
Cova do Vapor….
Previsões ?
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O mar “avança”
e as construções
vão avançando
em direcção ao
mar.
Surgem as
estruturas
de defesa.....
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OCUPAÇÃO HUMANA
FRENTE EDIFICADA DA CIDADE DE ESPINHO:
E1 esporão Norte de Espinho (1918 / 1981/83; 350 m)
OA1 obra aderente de Espinho (400 m)
E2 esporão Sul de Espinho (1981/83; 400 m)
OA 3 obra aderente de Silvalde
FRENTE DE PARAMOS:
E3 esporão (1981/83; 300 m);
carreira de tiro desactivada
Aeródromo
E4 esporão (1981/83; 280 m);
aglomerado de Paramos
AO 2 obra aderente
ETAR intermunicipal
E5 esporão (1985; 280 m);
campo dunar
Espinho
Paramos
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.
Espinho: desde 1869 registos de
graves problemas de erosão,
galgamentos e destruição de
habitações e infra-estruturas.
1869 – 1874: populações recuam as construções 95 m
1889 e 1891: 20 construções destruídas
1896 : 40 construções destruídas
1905 : 70 famílias afectadas
1912: 200 edificações atingidas
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1909 construção de 354 m de “muralha”
1910 “muralha” parcialmente destruída
1911 “muralha” reconstruída e novamente destruída
1911 pela primeira vez foram construídos dois esporões, em madeira.
OCEANO
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Há menos sedimentos
a afluir às zonas
costeiras:
......porque
as albufeiras
fazem diminuir
a capacidade de
erosão e transporte
dos rios
......e porque se
extraem grandes
quantidades de
sedimentos dos
rios e estuários
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...e porque há canais de navegação
que funcionam como
sedimentadores
e que são dragados por
necessidades de
segurança e operacionalidade da
navegação marítima e fluvial
…e porque há quebramares s
portuários essenciai que
interrompem a deriva litoral
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Infraestruturas portuárias (FEUP 2012)
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Acumulações a barlamar.
Agravamento / antecipação de erosões a sotamar.
Gestão dos sedimentos dragados?
Alimentação artificial de praias?
Transposição artificial de barras?
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ESPORÕES em PORTUGAL
Região Norte (FEUP 2012)
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ESPORÕES em PORTUGAL
Região Centro (FEUP 2012)
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ESPORÕES em PORTUGAL
Região Lisboa e Vale do Tejo (FEUP 2012)
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ESPORÕES em PORTUGAL
Região do Algarve (FEUP 2012)
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As estruturas de defesa costeira são vitais para a
defesa dos aglomerados urbanos….
mas têm limitações funcionais e impactos negativos.
Necessitam de manutenção e requalificação…..
As opções a nível de ORDENAMENTO DO
TERRITÓRIO têm profundas implicações nas opções
de defesa costeira.
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(PROT CL. Veloso Gomes CCDR Centro
1992)
MODELOS
DE EXPANSÃO DE
FRENTES EDIFICADAS
(base de trabalho: Furadouro)
A construção de edificações
em zonas naturalmente
dinâmicas expõe essas
construções a níveis
elevados de risco, o que se
tenta mitigar com
intervenções de defesa
costeira.
Estas estruturas têm
Iimitações funcionais e
impactos negativos. Exigem
manutenção.
22 anos depois?
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Estrutura longitudinal destacada em Y
Estudo de soluções
a sotamar
de esporões (FEUP 2012)
Esporão curvilíneo
Esporão e estrutura
longitudinal aderente Estrutura
longitudinal
destacada
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Três Castelos
•Praia da Rocha (1970, 0.9 Mm3;
1983, 0.1 Mm3)
•Praia do Vau / Três Castelos (1983, 0.4
Mm3; 1996, 0.64 Mm3; 1998, 0.51 Mm3)
•Matosinhos (1993 / 99, 1.9 Mm3)
•Quarteira / Vale do Lobo / Vale do Garrão
(2010, 1.25 Mm3)
•Vilamoura, Albufeira (2011, 0.6 Mm3)
Costa da Caparica
(0.5 M m3 2007;
1M m3 2008;
1M m3 2009;
projeto não concluído)
)
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL
Vale do Lobo (1998, 0.7 Mm3;
2006, 0.28 Mm3)
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ALTERNATIVAS?
• geossintéticos em sacos, telas ou em tubos cilíndricos? • rebaixamento dos níveis freáticos por bombagem de águas subterrâneas nas praias? • estruturas com troncos de árvores cravados ou em madeira? • algas artificiais? • redes colonizadas com seres vivos com conchas… ?
Proteção / reabilitação dunar
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Até aos anos 80, a “proteção costeira” estava exclusivamente associada
à construção de esporões e estruturas aderentes (alimentações artificiais
em alguns casos), não havendo intervenção a nível de ordenamento
Em 1992 /93 a jurisdição das zonas costeiras passou da Direção Geral de Portos
para o Ministério do Ambiente.
As áreas portuárias foram incluídas nos POOC em 2012.
Os POOC em vigor não foram revistos e atualizados.
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Alterações climáticas?
Má decisão de ordenamento!
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REALIDADES
Existência de aglomerados edificados em zonas de risco
Elevada pressão social para construção em zonas de risco
Artificialização de paisagens naturais
Conflitos de usos e atividades
Percepção social de curto termo versus fenómenos naturais com escalas
de segundos a milhares de anos
(In)capacidade de previsão a médio e longo termo
Restrições financeiras. Intervenções de emergência.
Procedimentos jurídico-administrativos muito morosos.
Dificuldade / incapacidade de implementação de planos e soluções
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Percepção social de curto termo
Fenómenos naturais com escalas de segundos
a milhares de anos
Elevados níveis energéticos na costa Oeste portuguesa. Inverno 2013 / 14 com vários e persistentes temporais, agitação com períodos elevados,
sobrelevações meteorológicas acentuadas,…..
H (m)
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(alguns dos) MITOS
• É possível “resolver” “definitivamente” um “problema” ou os
“problemas” nas Zonas Costeiras
• Manuais / fórmulas / modelos permitem prever e projectar, com um
elevado grau de confiança, intervenções de defesa costeira
• As “soluções de engenharia pesada” são as principais responsáveis
pelos problemas de erosão
• As alterações climáticas são responsáveis
por muitos dos “problemas”
• A “retirada planeada” de aglomerados
urbanos em situação de risco é uma opção
que “deveria ser adotada de uma forma
generalizada poupando muito dinheiro
aos contribuintes”
............
Retirada Planeada
Estudos em curso
(FEUP)
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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Instituto de Hidráulica e Recursos Hídricos
(alguns dos) MITOS (muito difundidos no inverno 2013 / 14)
• É possível “evitar definitivamente” o galgamento de marginais urbanas.
• Depositar areias (incluindo as areias dragadas nos portos) nas praias “é deitar fora o dinheiro dos contribuintes”.
• “Soluções de defesa afastadas da costa, como se faz na Holanda
(?) e no sul de Inglaterra (?), é que devem ser adotadas”.
• “Quebramares destacados resolveriam os problemas”.
• “Deve-se deixar o mar avançar”.
• A “solução está na demolição de habitações”.
• As intervenções de manutenção e de requalificação das estruturas de defesa ……….
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Costa da Caparica
Portugal
Old sand
Spit
Strong urban
pressure
Urban area 1972
É possível “resolver” definitivamente um “problema” ou “os problemas”?
nas Zonas Costeiras ?
1937
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Manuais / fórmulas / modelos permitem prever e projetar
com um elevado grau de confiança ?
Intervenções na barra do Douro
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As “soluções de engenharia pesada” são as principais responsáveis
pelos problemas de erosão
Retirem-se os esporões e as estruturas aderentes.
Os “problemas” ficam resolvidos (?)
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Retirada
Planeada ?
As alterações climáticas são responsáveis
por muitos dos “problemas” ?
Períodos de retorno associáveis a fenómenos extremos?
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Lutar contra…
ou
Viver com…
Adaptar .…
Prevenir….
Mitigar…….
Ilha de Inhaca,
Moçambique
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DESAFIOS PARA A ENGENHARIA • Interação com outras áreas disciplinares
• Comunicação com grupos sociais em conflito de interesses
• Aperfeiçoamento das “ferramentas” de projeto / previsão
• Alterações climáticas / Variabilidade climática / Ações antropogénicas
• As Zonas Costeiras muito previsivelmente serão cada vez mais afetadas por fenómenos extremos • Ativa participação em Planeamento Estratégico e Planeamento Físico
• Trabalhar com base em “cenários” (físicos, extremos, socioeconómicos)
• Avaliações custo / benefício
• Aposta em medidas “preventivas”
• Otimização de soluções “curativas”
• Otimismo e perseverança
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Cantareira/Sobreiras
Embocadura do Rio Douro
Estrutura de defesa costeira /
Marginal urbana
Interação com outras áreas disciplinares
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90 years
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Aveiro
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>100 2 4 6 8
km
±Shoreline
initial
final
AveiroHarbour
CostaNova
Vagueira
Areão
Poço da Cruz
Praiade
Mira
Praiada
Tocha
Aveiro
0 years 0 years
Figueira Foz
Aperfeiçoamento
das “ferramentas”
de projeto e de
previsão
(FEUP / UA)
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Wave storm
Portuguese West Coast
Alterações Climáticas ? / Variabilidade Climática ?
CENÁRIOS:
Antropogénicos
Variabilidade Climática
Alterações climáticas
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l 2014
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As Zonas Costeiras muito previsivelmente serão
cada vez mais afectadas por fenómenos extremos
Aveiro Lagoon
Portugal
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Bases
Bases para a Estratégia de Gestão
Integrada da Zona Costeira Nacional
Projecto de Relatório do Grupo de Trabalho nomeado por Despacho nº4 / 2005 do Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional
9 de Janeiro de 2006
Ativa participação em Planeamento
Estratégico e em Planeamento Físico
A EGIZC
hibernou?
Estratégia Nacional para o MAR
2013 – 2020 Área Programática P4: Obras Marítimas
Eixo Ação 1 – Pesquisa
• Reforço da investigação em engenharia
costeira adaptada à realidade natural do litoral
nacional, desenvolvendo programas de
observação e avaliação e de criação ou
adaptação de soluções técnicas.
• Avaliação e atualização do Plano de Ação de
Valorização e Proteção do Litoral.
Eixo Ação 2 – Exploração
• Implementação do Plano de Ação de
Valorização e Proteção do Litoral.
Eixo Ação 3 - Preservação
Controlo de práticas associadas às obras
marítimas, assegurando a sustentabilidade
ambiental das ações, em particular no que se
refere aos efeitos e impactos que decorrem da
atividade antrópica, em linha com os
compromissos internacionais assumidos por
Portugal, designadamente no âmbito das
Diretivas Ambientais e
Quadro relevantes da EU, implicando a
implementação de procedimentos adequados
de avaliação de impacte
ambiental, e utilização, tanto quanto
possível, de soluções de engenharia
ambiental, optando pela prevenção
através da manutenção do bom estado
ambiental da linha costeira, ao invés da
remediação por engenharia pesada.
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Avaliações custo benefício?
Construção de um acesso a uma Fajã
Avaliação custo / benefício?
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Aposta em medidas preventivas
Perceção social do risco?
Quais as medidas preventivas?
Aceitação de novos ambientes costeiros?
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Otimização de soluções “curativas”
Reabilitação das estruturas de defesa
Alimentação artificial com areias
Ordenamento
Quando será reposicionada a
primeira linha de construções
do parque de campismo?
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(Uma visão idílica) Uma realidade com
Zonas costeiras que se pretendem requalificadas.
Diversos aglomerados em risco.
O que fazer?
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