FEUDALISMO
Rafael Ascari
Feudalismo se forma a partir da queda do Império Romano do Ocidente a qual foi motivada por uma série de fatores, dentre eles:
Anarquia militarFim do expansionismoFragmentação do exércitoFragmentações das fronteirasCrise do escravismoInflaçãoFinalmente invasões Bárbaros
Império Ocidental395 Império Oriental
476 cai o império Ocidental
As invasões Bárbaras fragmentam o Império Romano do Ocidente e assim surge o FEUDALISMO.
Os reinos Bárbaros em sua maioria não foram muito fortes, caíram rapidamente;
SaxõesOstrogodosVisigodosAlamanosAnglos
Apenas um reino se manteve com estrutura firme, os FRANCOS 479 – 843.
FEUDALISMO – Mistura, síntese entre elementos do extinto Império Romano do Ocidente com povos Bárbaros invasores.
Conceito: Sistema econômico, político, social e cultural que se fundamenta sobre a propriedade da terra, cedida pelo senhor feudal(suserano) ao vassalo em troca de serviços mútuos e que caracteriza a sociedade feudal.
Francos 479 – 843479 – Meroveu derrotou os unos na“Batalha dos Campos Catalúnicos”conquista a Gália
496 – Conversão dos Francos ao catolicismo por Clovis I, aliança com a Igreja Católica Apostólica Romana
Culto Mariano
Objetivo de Clóvis: Expandir seu domínio sobre os Católicos da Gália com apoio da igreja (legitimidade)
Objetivo da Igreja: Apoio político, militar e econômico dos Francos. O que era fundamental para a sobrevivência da Igreja após a queda do Império Romano do Ocidente.
Assim de um lado Igreja Romana, de outro poder bárbaro, uma junção.
1ª Dinastia do Feudalismo – Dinastia Merovíngia – 497 – 751 (254 anos)
Fragmentação política: Causada pela relação de suserania e vassalagem.Exército: controlado pela nobreza.(generais)Rei: não controla o exército(não possui força militar) – Reis indolentesSurgem os mordomos: Exerciam o poder no palácio real
ECONOMIA NA DINASTIA MEROVÍNGIA
Agricultura da subsistência Declínio do comércio
Século VII – 679 – Pepino de Heristal (mordomo)Mordomo – Cargo vitalício e hereditário
732 – Carlos Martel (mordomo) Séc. VIIIImpede a invasão muçulmana na BATALHA DE POITIERS
751 – Pepino “O Breve” (mordomo)Depõe o último rei Merovíngio - ChildericoAssume o poder como rei da primeira dinastia CAROLÍNGIA
DINASTIA CAROLÍNGIA – 751 – 841(90 anos)
Pepino “O Breve” – 751 – 768. (16 anos)Expansão territorialExpulsão dos Bárbaros Ostrogodos da Península Itálica756 doa as terras que se tornarão as Terras de São Pedro à IgrejaTerras desocupadas pela igreja são distribuídas a nobreza, assim
agrada os nobres que tem onde trabalhar e a igreja que receberá um imposto pelo uso de tais terras. (Dízimo)
Carlos Magno – 768 – 814Divisão administrativa do reino: CONDADOS(leis capitulares), MARCAS(defendiam as fronteiras), Missi Dominici fiscais, DUCADOS(terras aos que se destacavam nas guerras)Manutenção da Suserania e VassalagemExpansão territorial
800 Carlos Magno, em 25 de dezembro foi coroado pelo papa Leão III como Imperador do Novo Império Romano do Ocidente
Em uma cerimônia conhecida como investidura a qual demonstra a influência e poder da igreja.
Renascimento Carolíngio – Carlos Magno governa por 46 anos deposita na Igreja a responsabilidade pelo conhecimento e pela cultura da Idade Media. Assim o latim é adotado como língua oficial para o conhecimento e a Igreja se torna a maior produtora do saber.
814 – 841 – Luís “O Piedoso”Submisso ao poder papalSofre invasões de Bárbaros Vikens, Magiares e Sarrasenos
841 – 843 – Com a morte de Luís “O Piedoso”, ocorre uma disputa pelo trono por parte de seus 3 filhos. Lotário, Carlos “O Calvo” e Luís “O Germânico”
Fragmentação políticaAumentos das invasões
Solução – TRATADO DE VERDUN 843 - Século IXProposto pela IgrejaDividiu o Império em 3 reinosNão dividiu as terras da Igreja França Ocidental – Carlos “O Calvo
Lotaringia – Lotário
França Oriental – Luís, “O Germânico”
Consequências:
Fim do Novo Império Romano do OcidenteConsolidação do poder da Igreja Católica no feudalismo
PERÍODOS QUE CARACTERIZAM O FEUDALISMO
Alta Idade Média – Século V ao X
Baixa Idade Média – Século XI ao XV
Características da Alta Idade MédiaFragmentação política: Relação de suserania e vassalagem Hierarquia militar Hierarquia social Rei não exerce monopólio sobre o uso da força Rei não controla o exército Fragmentação do exército
“O VASSALO DE MEU VASSALO NÃO É MEU VASSALO”!
Economia feudal: Agricultura de subsistência Feudo: Unidade de produção auto suficiente Burgos: cidades/artesãos/feiras feudais Redução das trocas comerciais Uso restrito da moeda(economia amonetária)
Sociedade feudal: Estamentada, sem mobilidade social, critério de divisão nascimento
PAI Clero: orante - função intelectual FILHO Nobres: belatores – função militar ESP. SANTO Plebeus/servos – laboratores - função produtiva
RELAÇÃO DE SERVIDÃO
Obrigações dos servos:
Corveia:* trabalho compulsório nas terras do senhor (manso senhorial) em alguns dias da semana;
Talha:* parte da produção do servo deveria ser entregue ao suserano, geralmente um terço da produção;
Banalidade:* tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do feudo, como o moinho, o forno, o celeiro, as pontes;
Capitação:* imposto pago por cada membro da família (por cabeça);
Tostão de Pedro ou dízimo:* 10% da produção do servo era pago à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local;
Censo:* tributo que os vilões (pessoas livres, vila) deviam pagar, em dinheiro, para a nobreza;
Taxa de Justiça:* os servos e os vilões deviam pagar para serem julgados no tribunal do nobre;
Formariage:* quando o nobre resolvia se casar, todo servo era obrigado a pagar uma taxa para ajudar no casamento, regra também válida para quando um parente do nobre iria casar. Todo casamento que ocorresse entre servos deveria ser aceito pelo suserano. No sul da França, especificamente, o Senhor poderia ou não determinar que a noite de núpcias de uma serva seria para o usufruto dele próprio e não do marido oficial. Tal fato era incomum no restante da Europa, pois a igreja o combatia com veemência;
Mão Morta:* era o pagamento de uma taxa para permanecer no feudo da família servil, em caso do falecimento do pai ou da família;
Albergagem:* obrigação do servo em hospedar o senhor feudal caso fosse necessário.
Religião – Igreja Católica Apostólica Romana
Principal instituição feudalMaior proprietária de terrasHegemonia cultural, teocentrismo/dogmatismo/féVisão estática de mundo (geocentrismo)
Divisão do clero: Regular – Isolado produtor de intelectualidade, poder atemporalSecular – Lida com o povo, mundo externo, poder temporal
Baixo clero – abades/padre – filhos de servos
Alto clero – bispos/papa - filho de nobres
IMPÉRIO BIZANTINO
395 Teudózio divide império romano em duas partes:
A parte Ocidental com capital em Roma entregue a Onório filho de Teudósio, o qual cai em 476 com as invasões Bárbaras
Outra parte Oriental com capital em Constantinopla colônia de romana conquistada em 315, hoje Istambul, também governada por seu filho Arcádio o qual durou até 1453 quando foi invadido pelos Turcos Otomanos.
OBS: Bizâncio é denominada Constantinopla em 330 em homenagem ao rei ConstantinoO Império Bizantino vai manter durante toda a idade média a:
Atividade comercial, marítima típica de RomaEsplendor cultural típico de Roma E mantem a centralização administrativa, típica de Roma
Enquanto na Europa a idade média é marcada pela ruralização, fragmentação política e agrarismo
Inicialmente a cultura Bizantina era similar a cultura romana ocidental;
Porém com o tempo tal cultura tomou características Heleniscas;O império Bizantino atinge seu esplendor máximo no século VI com a
administração de Flávio Pedro Sabácio Justiniano 527 a 565;Seu governo é marcado por grandes feitos:
Acaba com as invasões Bárbaras – reagindo com violência e dureza as tentativas de invasão
Justiniano para isso, reorganiza suas tropas, arma com maior eficiência seus soldados e inicia uma tentativa de reconquista do velho império ocidental, tomando o Norte da África, Itália e Sul da Espanha
Para reorganizar as tropas Justiniano teve que aumentar os impostos, o que gera fome, pobreza, rebelião e insatisfação popular
Em 532 acontece um episódio muito marcante na história Bizantina a Revolta de Nika
Para melhor estudarmos o IMPÉRIO BIZANTINO vamos dividi-lo em 3 partes estruturais:
1º Política/economia
2º Questão das leis – burocracia
3º Religião
POLÍTICA
Cesaropapismo = Poder político + poder religiosoControle da política e da religiãoDespotismo e autocracia Conflitos com a igreja católica apostólica romana
ECONOMIA:
Comércio marítimo porto – Porto de Constantinopla – Ligação entre Oriente e OcidenteAgricultura – grandes fazendas estatais e algumas poucas propriedades privadasMão de obra – majoritariamente servidão alguns camponeses livres pouca escravidão
BUROCRACIA E LEGISLAÇÃO
Expansão do ImpérioBurocracia – administração do ImpérioCompilação do direito romano (Lei das 12 Tábuas)Formação do código jurídico civil(código de Justiniano)
Conjunto de leis divididos em 4 partes:
Codex: O conjunto de leisDigesto: Leis comentadasInstitutas: princípios das leisNovelas: Novas leis
Principal herança do Império Bizantino até os dias atuais
RELIGIÃO:
Conflitos entre o Imperador Bizantino e o Papa Romano
Heresias bizantinas:Monofisismo – Cristo tem uma única essência, a divina, nega a sua materialidade. Ex: ArianismoInconoclatia – Culto a ImagensInfluência do cristianismo primitivoDivergências em detrimento ao catolicismo romano
1054 cisma do oriente = divisão do catolicismoFormação da Igreja Católica Ortodoxa Grega(ou do Oriente)Orto=Certo Doxa=opinião
Cultura e arte bizantina:
Influencia da estética oriental e da iconosclastiaUso intenso de cor douradaVitrais/mosaicos e pinturasAusência de estátuasFiguras representadas de forma frontalConstrução de grandes Abôbadas = monumentos
Fim!
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