Da Antigüidade ao século XIX
Breve histórico dos estudos lingüísticos
Problema essencial:a língua é natural ou
convencional?
Da Antigüidade ao século XIX:breve histórico dos estudos lingüísticos
Corrente NaturalistaTodas as palavras são apropriadas por
natureza às coisas que significam;Mesmo que isso não pudesse ser
evidenciado, cabia aos filósofos demonstrar essa relação;
Prática da etimologia: ao se estabelecer a origem de uma palavra, chegar-se-ia ao seu “verdadeiro” significado, como forma de revelação de uma das verdades da “natureza”.
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Corrente ConvencionalistaA língua é o resultado do costume e
da tradição (contrato social entre os membros da comunidade).
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Tanto o naturalismo quanto o convencionalismo contribuíram para a formação da gramática,
porém os fundamentos da gramática tradicional devem-se aos
estudos etimológicos dos naturalistas.
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LingüísticaComo uma ciência é recente (séc. XX), mas os estudos sobre a linguagem humana
são antigos.
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Idade MédiaManutenção geral e inovações pontuais
RenascençaDo erro do Hebreu como língua primeira à Gramática Geral e Racional de Port-Royal
ModernidadeMétodo lingüísitico diacrônico e a árvore genealógica de línguas
AntigüidadeIniciativas lingüísticas e Gramática Tradicional
HindusEstudaram o sânscrito por motivos religiosos (hinos védicos – livro Veda)
Gramática de Panini (SÉC. IV a.C): 4000 regras!
GregosEstudaram a própria língua por motivos estéticos, filosóficos e literários;
- “bárbaro”: piar dos pássaros;
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ANTIGÜIDADE 1/5
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
Origem da Gramática Tradicional:
Dionísio da Trácia (séc. II a.C): 1a gramática grega;Dupla finalidade: (i) estabelecer e explicar a língua dos autores clássicos e (ii) preservar a língua grega da “corrupção” por parte dos “ignorantes e iletrados”.
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A Arte de Escrever
ANTIGÜIDADE 2/5
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
Erro clássico: não distinguir língua escrita de língua falada;
A língua falada era considerada derivante e dependente da língua escrita;
A língua dos escritores do séc. V a.C. era considerada mais “correta” do que a fala coloquial;
Dois princípios que reinavam nesta época perduram por mais de 2 mil anos: pureza e correção = preconceito.
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ANTIGÜIDADE 3/5
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
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RomanosHerdaram a tradição grega e não se interessaram, como os gregos, por estudar a língua do povo ou dos seus vizinhos.
VarrãoSéc. I a.C.: 1a gramática latina (diferenciou flexão de derivação).
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ANTIGÜIDADE 4/5
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
Gramática Latina PadrãoComposta de 3 partes:1ª – definição de gramática como a arte de
falar corretamente e de compreender os poetas. Tratava também das letras e das sílabas;
2ª – tratava das “partes do discurso” e suas variações segundo, tempo, gênero, número, caso;
3ª – discussão sobre o bom e o mau estilo, advertências contra erros e barbarismos.
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ANTIGÜIDADE 5/5
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
Tradução da bíblia em gótico (séc. IV), em armênio (séc. V) e em eslavo (séc. IX), embora isso não tenha gerado reflexões sérias a respeito das semelhanças e diferenças entre as línguas
SIL (Summer Institute of Linguistics séc. XX-XXI)
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IDADE MÉDIA 1/2
Dante (De vulgari eloquentia, 1301): distinguiu 14 formas de dialetos italianos
Surgimento das línguas nacionais (vernáculos)
Manutenção das concepçõesda Antigüidade
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
LatimLíngua dominante, presente na liturgia, nas Escrituras, língua
universal da diplomacia e da erudição.
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IDADE MÉDIA 2/2
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
O estudo lingüístico levado a sério
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RENASCENÇA - FINAL DO SÉC. XVIII 1/4
Grego: divulga-se pela Itália graças à expulsão dos bizantinos de Constantinopla
Controvérsias teológicas: tradução dos livros sagrados em várias línguas
Literaturas nacionais
Expansão marítimo-comercial
Desenvolvimento dos tipos de impressão
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
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Classificação das línguas: critério geográfico aplicado em dicionários multilíngües e coleções de textos (Pater Noster) traduzidos em diversas línguas.
Séc. XVIFamílias lingüísticas: método de classificação de línguas segundo uma origem comum
Erros: > não usar documentos> considerar o hebraico (Velho
Testamento) como língua primeira
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
RENASCENÇA - FINAL DO SÉC. XVIII 2/4
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José-Justo Escalígero: línguas-troncoBoge, Godt, Deus e Téos
(eslavas, germânicas, românicas e grego)
Séc. XVIIILeibniz nega a hipótese do hebraico e propõe o estudo de documentos antigos, comparando-os com as línguas modernas
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
RENASCENÇA - FINAL DO SÉC. XVIII 3/4
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Grammaire Génerale et Raisonné de Port-Royal (1660)Conteúdo prático e formato cômodoConcepção cartesiana
A linguagem é imagem do pensamento
Raciocíno lingüístico perigosamente abstrato
“que confia de modo irrestrito e exclusivo na capacidade cognitiva da razão, mas limitando-se às explicações mecânicas, simplificadoras, que são inadequadas à compreensão da realidade” Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
RENASCENÇA - FINAL DO SÉC. XVIII 4/4
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A formação do Método Lingüísitco
MODERNIDADE - SÉC XIX 1/8
Com a descoberta do SÂNSCRITO (língua sagrada na Índia) e de sua descrição em fins do séc. XVIII, os estudos comparatistas passaram a ter o objetivo de identificar as famílias de línguas e nos mostraram ser a mudança lingüística um processo regular, universal e constante
A semelhança entre o SÂNSCRITO e as línguas européias: indo-europeu
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
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Semelhança entre o sânscrto e as línguas européias
com o ITALIANO
sas/seisapta/setteastau/ottonava/novadeva/diosarpa/serpe
com o LATIM
dana/donumvidhava/vidua
com o GREGO
asmi/eimiIdade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
MODERNIDADE - SÉC XIX 2/8
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Método Comparativo
“Sobre a língua e a sabedoria dos hindus” - trata do parentesco entre o sânscrito, o latim, o grego, o germânico e o persa.
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
MODERNIDADE - SÉC XIX 3/8
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FRANZ BOPP (1816)Fundou a gramática comparada das línguas indo-européias (sânscrito, persa, grego, latim, lituano, gótico e alemão) em
RASMUS RASK (1814-1818)Línguas germânicas, grego, latim, báltico e eslavo - estudo sistemático, mas não levou em conta o sânscritos
JACOB GRIMMLei de Grimm - é o primeiro modelo das leis fonéticas, traduzindo a regularidade das transformações sonoras da linguagem ao longo da história
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
MODERNIDADE - SÉC XIX 4/8
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Gramática ou Lingüísitica Histórico-Comparativa
Distanciamento da Filologia Clássica (“boa linguagem e boa literatura”), por esta menosprezar formas de modernas e línguas orientais.Shleicher: botânico e lingüista - alíngua é um organismo vivo, que independente da vontade humana, nasce, cresce e morre (mito da independência)
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
MODERNIDADE - SÉC XIX 5/8
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Gramática ou Lingüísitica Histórico-Comparativa
Método de Reconstrução Comparada: protolíngua (língua-mãe)
Método rigoroso de análise
Árvore genealógica
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
MODERNIDADE - SÉC XIX 6/8
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Método Histórico-ComparativoEstudo dos cognatos: protolíngua (língua-mãe)
LATIM FRANCÊS ITALIANO ESPANHOL PORTUGÊS
caballus cheval cavallo caballo cavalo
oto huit otto ocho oito
causa chose cosa cosa coisa
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
MODERNIDADE - SÉC XIX 7/8
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Teoria da Árvore Genealógica(ir ao próximo slide)
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade
MODERNIDADE - SÉC XIX 8/8
INDO-EUROPEU
germânico balto-eslavo ário-greco-ítalo-céltico
ariano greco-ítalo-céltico
grego Ítalo-célticoiraniano hindu
Idade Média
Renascença
Modernidade
Antigüidade