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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO CARLOS
CENTRO DE CINCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM CONSTRUO CIVIL
ANLISE CRTICA DA NBR ISO 9001:2000 X NBR 6118:2003 PARAAPROVAO DE EXECUO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO
ARMADO
HARLEN NUNES
So Carlos2011
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO CARLOS
CENTRO DE CINCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM CONSTRUO CIVIL
ANLISE CRTICA DA NBR ISO 9001:2000 X NBR 6118:2003 PARAAPROVAO DE EXECUO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO
ARMADO
HARLEN NUNES
Dissertao apresentada ao Programa de
Ps-Graduao em Construo Civil da
Universidade Federal de So Carlos,
como parte dos requisitos para a
obteno do ttulo de Mestre em
Construo Civil.
rea de Concentrao: SistemasConstrutivos de Edificaes
Orientador: Prof. Dr. Roberto ChustCarvalho
So Carlos2011
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Ficha catalogrfica elaborada pelo DePT daBibl ioteca Comuni tria da UFSCar
N972acNunes, Harlen.
Anlise crtica da NBR ISO 9001:2000 x NBR 6118:2003para aprovao de execuo de estruturas de concretoarmado / Harlen Nunes. -- So Carlos : UFSCar, 2011.
149 f.
Dissertao (Mestrado) -- Universidade Federal de So
Carlos, 2011.
1. Concreto armado. 2. ISO 9001. 3. I. Ttulo.
CDD: 624.18341 (20a)
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Agradecimentos
- Primeiramente a Deus, pela possibilidade de concretizar a realizao deste sonho;
- A minha esposa Andrea, pelo incentivo e compreenso em todo o tempo deste estudo.
- Ao meu querido filho Lucas, mesmo que muito novo, compreendeu a importncia das horas
dedicadas a este sonho.
- Ao Prof. Dr. Roberto Chust de Carvalho, pela orientao paciente, segura e, sobretudo, pelo
entusiasmo transmitido durante a elaborao deste trabalho;
- Aos demais professores do Departamento de Engenharia Civil, pela dedicao nos
ensinamentos das disciplinas deste programa;
- Aos amigos integrantes desta turma de Mestrado;- A todos os funcionrios do Departamento de Engenharia Civil, pela eficincia e simpatia e
cordialidade no atendimento;
- A todos aqueles que direta ou indiretamente sonharam e concretizaram a criao deste curso
e, principalmente, pelo ambiente cordial, descontrado e de amizade formado nesta
comunidade acadmica;
- Ao amigo Eng. Prof. Msc. Francisco Mrcio de Carvalho, pelo auxlio na elaborao deste
trabalho, e pelas incontveis horas de lazer que foram disponibilizadas para finalizao destetrabalho;
- Ao Eng Msc. Carlos Francisco Minari Junior, pelas interminveis dvidas esclarecidas e
pelo apoio e incentivo constantes neste perodo de pesquisa;
- Aos meus pais, Sr Geraldo e Dona Maria Jos, pela constante presena em minhas decises;
- Aos meus sogros, Sr. Ivan e Dona Iracema, pelo incentivo incessante e pelas oraes
dedicadas a mim.
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A Deus, por tornar este sonhopossvel.A minha esposa Andrea, peloincentivo e compreenso.Ao meu filho Lucas, mesmo que muito
jovem, compreendeu a importnciadas horas dedicadas a este sonho.
Aos meus pais, meus sogros e meusirmos pelo constante incentivo eapoio.
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Sumrio
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. ivLISTA DE TABELAS ............................................................................................................. viLISTA DE SIGLAS E SMBOLOS ........................................................................................ vii
RESUMO ................................................................................................................................. xiABSTRACT ............................................................................................................................ xii
1. INTRODUO .................................................................................................................. 171.1. Generalidades .................................................................................................................... 17
1.2. Objetivos ............................................................................................................................ 171.3. Justificativas ...................................................................................................................... 181.4. Metodologia ....................................................................................................................... 191.5. Apresentao do trabalho .................................................................................................. 20
2. A ISO 9001 APLICADA AO CONCRETO ARAMADO.............................................. 222.1. Breve histrico do concreto armado .................................................................................. 222.2. Breve histrico das normas ISO ........................................................................................ 242.3. Conceitos bsicos do concreto armado .............................................................................. 272.3.1. Resistncia do concreto endurecido ............................................................................... 302.3.1.1. Resistncia compresso ............................................................................................ 31
2.3.1.2. Resistncia trao ..................................................................................................... 322.3.2. Aderncia entre ao e concreto ....................................................................................... 332.4. Conceitos bsicos da NBRNBR ISO 9001:2000 ............................................................... 352.4.1. Objetivo .......................................................................................................................... 352.4.1.1. Generalidades .............................................................................................................. 352.4.2. Aplicao ........................................................................................................................ 362.4.2.1. Requisitos de documentao ....................................................................................... 362.5. Sistema de gesto da qualidade ......................................................................................... 362.5.1. Requisitos gerais ............................................................................................................. 362.5.2. Requisitos de documentao .......................................................................................... 372.5.2.1. Generalidades .............................................................................................................. 37
2.5.3. Manual da qualidade ....................................................................................................... 382.5.4. Controle de documentos ................................................................................................. 382.5.4.1. Controle de registros da qualidade .............................................................................. 392.5.5. Responsabilidade da administrao ................................................................................ 392.5.5.1. Comprometimento da administrao ........................................................................... 392.5.5.2. Foco no cliente ............................................................................................................ 402.5.5.3. Poltica da qualidade .................................................................................................... 402.5.6. Produo e fornecimento de servio ............................................................................... 412.5.6.1. Controle de produo e fornecimento de servio ........................................................ 412.5.6.2. Controle de dispositivos de medio e monitoramento ............................................... 41
3. ESTRUTURAS DE FUNDAO..................................................................................... 443.1. Fundao ............................................................................................................................ 443.2. Conceitos bsicos de tubulo ............................................................................................. 45
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ii
Sumrio_______________________________________________________________________
3.3. Dimensionamento do tubulo ............................................................................................ 473.3.1. Dimensionamento do fuste ............................................................................................. 473.3.2. Dimensionamento da base .............................................................................................. 483.3.2.1. Capacidade de carga .................................................................................................... 513.3.2.2. Mtodo emprico de Terzaghi para estimativa da tenso de ruptura ........................... 513.3.2.3. Correlao entre spt e tenso admissvel no solo ....................................................... 533.4. Verificao de projeto ....................................................................................................... 543.5. Exemplo numrico ............................................................................................................. 553.6. Verificaes durante a execuo ....................................................................................... 573.7. Consideraes sobre locao ............................................................................................. 57
4. PILARES ............................................................................................................................. 624.1. Introduo .......................................................................................................................... 624.2. Discusso das verificaes para aceitamento dos pilares .................................................. 624.3. Locao dos pilares ........................................................................................................... 634.4. Montagem das frmas ....................................................................................................... 674.5. Dimenses mnimas dos pilares segundo a NBR 6118:2003 ............................................ 724.6. Detalhamento de armadura ................................................................................................ 724.6.1. Conceitos bsicos para detalhamento da armadura longitudinal de pilares ................... 744.6.2. Dimetro mnimo e mximo da armadura longitudinal ................................................. 754.6.3. Armaduras mnimas e mximas em pilares .................................................................... 764.6.3.1. Valores mnimos .......................................................................................................... 764.6.3.2. Valores mximos ......................................................................................................... 774.6.4. Distribuio transversal e distncias mximas e mnimas entre as barras longitudinais 784.6.5. Emendas por transpasse de barras comprimidas ............................................................ 794.6.6. Armadura transversal (estribos) ..................................................................................... 814.6.7. Dimetro mnimo dos estribos ........................................................................................ 814.6.8. Espaamentos entre estribos ........................................................................................... 824.6.9. Proteo das barras longitudinais contra a flambagem .................................................. 824.6.10. Arranjos dos estribos .................................................................................................... 844.7. Toerncias prescritas pela NBR: 14931:2003 ................................................................... 854.8. Procedimentos de verificao de aceitao de execuo de pilares com rebatimento
tcnico ....................................................................................................................................... 874.8.1. Procedimento de verificao sumria de detalhamento de pilares..................................884.8.2. Registro de inspeo de servios para pilares ................................................................ 884.8.3. Sugesto para registro de inspeo de servio para pilares ............................................ 91
5. VIGAS ................................................................................................................................. 935.1. Introduo .......................................................................................................................... 935.2. Algumas consideraes sobre projeto e xecuo de vigas ................................................ 93
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iii
Sumrio
_______________________________________________________________________
5.3. Critrios para escolha da altura de vigas de um pavimento ......................................... .... 935.4. Introduo cargas atuantes................................................................................................. 955.4.1. Execuo de formas ........................................................................................................ 975.4.2. Armao ......................................................................................................................... 995.4.3. Armadura longitudinal na seo transversal ................................................................... 995.4.4. Armadura longitudinal ao longo da vida ...................................................................... 1055.4.5. Clculo de armadura transversal................................................................................... 1075.4.5.1. Prescries para o detalhamento da armadura transversal ........................................ 1105.4.6. Quantidade mnima de estribos .................................................................................... 1105.4.7. Espaamento mnimo entre estribos ............................................................................. 112
5.4.8. Detalhes tpicos de estribos retangulares ...................................................................... 1135.5. Tolerncias prescritas pela NBR; 14931: 2003 ............................................................... 1155.6. Procedimentos de verificao de aceitao de execuo de vigas com rebatimento tcnico................................................................................................................................................ 1175.6.1. Procedimento de verificao sumria de detalhamento de vigas ................................. 1175.6.2. Registro de inspeo de servio para vigas .................................................................. 1185.6.3. Sugesto para registro de inspeo de servio para vigas ............................................ 121
6. LAJES ................................................................................................................................ 1236.1. Introduo ........................................................................................................................ 1236.2. Algumas consideraes sobre projeto e xecuo de lajes macias ................................. 124
6.3. Execuo de formas ......................................................................................................... 1256.4. Formas ............................................................................................................................. 1266.5. Valores limites mnimos de espessura ............................................................................. 1276.6. Detalhamento de armadura .............................................................................................. 1306.6.1. Espaamento entre barras ............................................................................................. 1306.6.2. Armaduras longitudinais mximas e mnimas.............................................................. 1316.6.3. Armadura de distribuio e secundria de flexo ......................................................... 1326.6.4. Espaamento e dimetro mximo ................................................................................. 1326.6.5. Quantidade e comprimentos mnimos de armaduras em bordas livres e aberturas ...... 1336.6.6. Armadura de trao sobre os apoios ............................................................................. 1346.6.7. Armadura nos cantos de lajes retangulares................................................................... 135
6.6.8. Apresentao da armadura positiva e negativa............................................................. 1356.7. Procedimentos de verificao de aceitao de execuo de lajes com rebatimento ....... 1376.7.1. Procedimento de verificao sumria de detalhamento de lajes .................................. 1376.7.2. Registro de inspeo de servio para lajes ................................................................... 1386.7.3. Sugesto para registro de inspeo de servio para lajes ............................................. 141
7. CONSIDERAES FINAIS ........................................................................................... 1437.1. Consideraes finais ........................................................................................................ 1437.2. Sugestes ......................................................................................................................... 145
8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA................................................................................. 147
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Lista de Figuras
Figura 1Preenchimento de uma frma metlica com concreto aderente armadura ........... 28
Figura 2Fissuras de Armadura Trao.................................................................................. 29Figura 3Modos de ensaios de resistncia do concreto trao... ......................................... 32Figura 4Esquema de reaes na aderncia por adeso... ...................................................... 34Figura 5Esquema de reaes na aderncia por atrito... ........................................................ 34Figura 6Esquema de reaes na aderncia por engrenamento (mecnica) ......................... 35Figura 7Perspectiva e corte longitudinal de um tubulo com base alargada ........................ 45Figura 8Base de tubulo em planta, com base circular e falsa elipse... ................................ 46Figura 9Detalhes de base circular e falsa elipse em planta... ............................................... 49Figura 10Detalhes em corte transversal de um tubulo ........................................................ 50Figura 11Profundidade do Bulbo de presso com a sondagem tipo SPT............................. 54Figura 12Detalhe pilar em L... .............................................................................................. 55
Figura 13Detalhamento de base, altura e fuste de um tubulo... .......................................... 56Figura 14RIS de Locao de Obra... .................................................................................... 58Figura 15RIS de Tubulo Cu Aberto. .............................................................................. 59Figura 16 - Eixos de vigas e pilares ......................................................................................... 69Figura 17Locao dos gastalhos a partir dos eixos principais.............................................. 67Figura 18Gastalho de pilar de borda fixado laje recm concretada .................................. 67Figura 19Montagem de frma de pilar com conferncia de prumo ..................................... 68Figura 20Armaduras posicionadas ....................................................................................... 68Figura 21Esquema de uma forma de pilar ............................................................................ 69Figura 22Pilares executados a esquerda com prumadas coincidentes (mesmo eixo vertical)e a direita com desvio de e no eixo vertical .............................................................................. 70Figura 23Imperfeies geomtricas locais em pilares .......................................................... 71Figura 24Desenho esquemtico de armadura de um pilar .................................................... 73Figura 25 Sees transversais tpicas de pilares em concreto armado de edificaes demltiplos andares com arranjos de armaduras e estribos ......................................................... 74Figura 26Luvas para emendas de ao ................................................................................... 75Figura 27Emendas de barras na transio de pavimentos .................................................... 80Figura 28Estribos adicionais: garantem as barras longitudinais contra a flambagem .......... 83Figura 29Proteo contra flambagem das barras .................................................................. 83Figura 30Arranjos de estribos para pilares retangulares ...................................................... 84Figura 31Arranjos de estribos para pilares quadrados.......................................................... 84
Figura 32Seo de um pilar destacando a armadura transversal .......................................... 85Figura 33Esquema geral de estrutura de um edifcio, com vigas de borda .......................... 98Figura 34Esquema geral de frmas em edificaes ............................................................. 99Figura 35Detalhamento das sees transversais de uma viga ............................................ 100Figura 36Esquema geral de estrutura de um edifcio, com vigas ....................................... 100Figura 37Esquema geral de estrutura de um edifcio, com vigas ....................................... 101Figura 38Espaamentos entre barras, valores mnimos...................................................... 101Figura 39Distribuio da armadura de pele ........................................................................ 104Figura 40Forma do pavimento, esquema estrutural da viga 101 ........................................ 106Figura 41Geometria dos ganchos de barras tracionadas, em ngulo reto .......................... 106Figura 42Principais tipos de estribos .................................................................................. 113
Figura 43Detalhamento dos estribos da viga V101 ............................................................ 114
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v
L ista de F igur as_______________________________________________________________________
Figura 44Representao de uma laje .................................................................................. 123Figura 45Comportamento das placas ................................................................................. 124Figura 46a) Laje nivelada b) Laje com contra-flecha f ...................................................... 126Figura 47Esquema geral de estrutura de um edifcio ......................................................... 127Figura 48Altura total e altura til da laje ............................................................................ 128Figura 49Armaduras em bordas livres e aberturas ............................................................ 133Figura 50Dimenses limites para aberturas de lajes ......................................................... 134Figura 51Exemplo de armadura positiva em uma laje ....................................................... 136Figura 52Exemplo de armadura negativa em uma laje ...................................................... 136Figura 53Esquema geral de estrutura de um a residncia .................................................. 137
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Lista de Tabelas
Tabela 1Fatores de Carga - Terzaghi .................................................................................... 52
Tabela 2Fatores de Forma - Terzaghi ................................................................................... 52Tabela 3Variao da excentricidade de segunda ordem com o aumento do comprimento deflambagem do pilar ................................................................................................................... 66Tabela 4Dados do pilar ......................................................................................................... 71Tabela 5Coeficiente adicional (tabela 17, NBR 6118:2003) ................................................ 72Tabela 6Relao e comprimento das barras das armaduras do pilar P1 ............................... 74Tabela 7Taxas mnimas de armadura de pilares ................................................................... 77Tabela 8Tolerncias dimensionais para sees transversais de elementos estruturais linearese para espessura de elementos estruturais de superfcie ........................................................... 85Tabela 9Tolerncias dimensionais para o comprimento de elementos estruturais lineares . 86Tabela 10 Tolerncias dimensionais para o posicionamento da armadura na seo
transversal ................................................................................................................................. 86Tabela 11Verificao sumria de detalhamento de pilares .................................................. 88Tabela 12Formulrio de RIS tpico de uma construtora Brasileira para aceitao de pilar . 90Tabela 13Proposta de RIS adequada a NBR 6118:2003 e a NBR 14931:2003 ................... 92Tabela 14Valores de 2 ........................................................................................................ 94Tabela 15Valores de 3 ........................................................................................................ 94Tabela 16Taxas mnimas de armadura de flexo para viga................................................ 103Tabela 17Dimetro dos pinos de dobramento (D) dos ganchos (valores de i) ................. 107Tabela 18 Tolerncias dimensionais para sees transversais de elementos estruturaislineares e para espessura de elementos estruturais de superfcie............................................ 115
Tabela 19Tolerncias dimensionais para o comprimento de elementos estruturais ........... 115Tabela 20 Tolerncias dimensionais para o posicionamento da armadura na seotransversal ............................................................................................................................... 116Tabela 21Verificao sumria de detalhamento de vigas .................................................. 118Tabela 22Formulrio de RIS tpico de uma construtora Brasileira para aceitao de viga 120Tabela 23Proposta de RIS adequada a NBR 6118:2003 e a NBR 14931:2003 ................. 122Tabela 24Valores de 2 utilizados no pr-dimensionamento da altura das lajes ............... 129Tabela 25Valores de 3 utilizados no pr-dimensionamento da altura das lajes .............. 129Tabela 26Taxas mnimas de armadura de flexo para viga................................................ 131Tabela 27Verificao sumria de detalhamento de lajes.................................................... 138Tabela 28Formulrio de RIS tpico de uma construtora Brasileira para aceitao de laje . 140
Tabela 29Proposta de RIS adequada a NBR 6118:2003 e a NBR 14931:2003 ................. 142
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Lista de Abreviaturas, siglas e smbolos.
ABNTAssociao Brasileira de Normas Tcnicas
AQAPAllied Quality Assurance Publication
BS 5750British Standard
CEBComit Europeu de Concreto
DEF.STANDefense Standards
FIPFederao Internacional da Protenso
ISOInternational Standardization Organization
ITInstruo de Trabalho
OTANOrganizao do Tratado do Atlntico Norte
PBQP-hPrograma Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat
RISRegistro de Inspeo de Servio
a/bRelao a e b
ahEspaamento livre entre faces da barra horizontalmente
avEspaamento livre entre faces da barra verticalmente
AsminArmadura mnima
Area bruta de seoA nec.fusterea necessria do Fuste
As.mx.totArmadura mxima total
AsArmadura de trao
AArmadura de compresso
Acrea de concreto
As peleArmadura de pele
Ac almarea de concreto da alma da viga
Aswrea da seo transversal dos estribos
bwLargura mdia da alma
CGCentro de Gravidade
CCoeso do solo
d Dimetro ao quadrado
DDimetro
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viii
L ista de Abreviatu ras, siglas e smbolos_______________________________________________________________________
AmxDimetro mximo
dmx.agrDimetro mximo do agregado
EsMdulo de elasticidade do ao
EcMdulo de elasticidade do concreto
ELUEstado Limite ltimo
e2Excentricidade de segunda ordem
EspessEspessura
FcjResistncia compresso do corpo de prova de concreto em (j) dias.
Fct.spResistncia trao indireta
Fct.fResistncia trao na flexo
FctResistncia trao direta
FctmResistncia trao mdia
Fctk.inf Resistncia trao inferior
Fctk.supResistncia trao superior
FckResistncia caracterstica do concreto
FcdResistncia compresso de clculo do concreto
FywdTenso na armadura transversal passiva
FContra flecha
fywkValor caracterstico da resistncia ao escoamento do ao da armadura transversal
HtotAltura total
hAltura
lbnecessComprimento b necessrio
lVo
loComprimento inicial
leComprimento equivalente de flambagem
MPaMegapascal
MdmnMomento fletor mnimo
NEsforo de compresso
Ndao normal de clculo
N1Coeficiente de coformao superficial de armadura passivaPCarga
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ix
L ista de Abreviatu ras, siglas e smbolos_______________________________________________________________________
P1APilar 1 A
P1BPilar 1 B
PdP direiro
PPPeso prprio
PTPeso total
PCarga concentrada atuante sobre a viga (Kg).
PVCarga concentrada de outra viga (Kg).
QPCarga de parede
QTCarga total
QiCarga distribuda inicial atuante sobre a viga.
QLCarga proveniente de laje(s) (Kg/m).
QPCarga de parede apoiada sobre a viga (Kg/m).
qPresso especfica
RNReferncia de Nvel
sEspaamento entre os estribos, medido segundo o eixo longitudinal da pea
SPTStandard Penetration Test
TtotTolerncia cumulativa da edificao ou tolerncia total
VFora normal
VswFora cortante do ao
Vrd3Fora cortante resistente de clculo
VsdFora cortante solicitante de clculo
VcFora cortante do concreto
VRI -Fora cortante resistida correspondente taxa de armadura transversal mnima,
VRd2Fora cortante resistente de clculo
XAlongamento da base
ngulo de inclinao da armadura transversal
cTenso do concreto
YcCoeficiente de majorao do concreto
sTenso admissvel
Dimetro
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Resumo
Nunes. Harlen. Anlise Crtica da ISO 9000 x NBR 6118:2003, para aprovao deexecuo de Estruturas de Concreto Armado. 2010. 149 fl. Dissertao (Mestrado emConstruo Civil). Universidade Federal de So Carlos, So Carlos, 2011.
Este trabalho mostra a metodologia de padronizao dos programas de qualidade dotipo NBR ISO 9001:2000 empregada em construes de estrutura de concreto armado paraedifcio de mltiplos pavimentos, bem como relao desta norma com a NBR 6118:2003 e a
NRB 14931, que regem as prescries e metodologia para projeto e execuo das estruturasem concreto armado. Procurou-se, portanto, apresentar as principais recomendaes da NBR6118:2003 e da NBR14931 com interface norma NBR ISO 9001:2000 para procedimentode recebimento de aprovao de estruturas de concreto armado. Este trabalho foi concebido
atravs de uma metodologia de apresentao das diretrizes dos programas de qualidade e dasnormas pertinentes ao concreto armado, tentar compatibilizar as tabelas e orientaes usadas
para as verificaes de servios preconizadas pelos programas de qualidade, com as tcnicasnormativas definidas em normas. E, finalizando, prope um novo tipo de concepo paraestas verificaes e padronizaes propostas pelos programas de qualidade, j de formacompatibilizada com as prescries das normas que definem e orientam os projetos, aexecuo e o recebimento de estruturas em concreto armado. Este novo tipo de concepo sefaz por meio de uma simples verificao com auxlio de tabelas que garantem que as normassejam atendidas nvel de projeto, execuo e aspecto visual desta estrutura.
Palavra-Chave:Estruturas de Concreto, NBR ISO 9000, NBR 6118:2003
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Abstract
Nunes, Harlen. Critical Analysis of NBR NBR ISO 9001:2000 X NBR 6118:2003, forApproval of Implementation of Concrete Structures. 2010. 149 pages. Dissertation(Masters degree in Civil Construction). Universidade Federal de So Carlos, So Carlos,2010.
This work shows the methodology for standardization of quality programs like NBR ISO9001:2000 employed in construction of reinforced concrete structure for multi floor building,and relationship of this standard to the NBR 6118:2003 and 14931 NRB, governing therequirements and methodology for design and execution of concrete structures. It was,therefore, present the main recommendations of ISO 6118:2003 and NBR14931 interface
with the NBR ISO 9001:2000 standard procedure for receiving approval of reinforcedconcrete structures. This work was conceived through a methodology of presenting guidelineof quality programs and standards pertaining to the concrete, trying to match the tables andguidelines used for verification of services advocated by quality programs, with the technicalregulations defined by the rules. And finally, proposes a new type of design for these checksand standards proposed by quality programs so now rendered compatible with therequirements of the standards that define and guide the design, implementation and receipt ofreinforced concrete structures. This new design is done through a simple check with the helpof tables which ensure that standards are met will the project level, performance and visualappearance of this structure.
Keywords: Concrete structure, NBR ISO 9001:2000, NBR 6118:2003.
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INTRODUO
11.1 Generalidades
Este trabalho uma anlise sobre os documentos usados em obras que seguem
o padro da NBR ISO 9001:2000. Para a execuo de estruturas de concreto armado procura-
se criar uma metodologia, com o objetivo de orientar os profissionais da obra e manter um
padro uniforme no produto final, confeccionar instrues gerais de trabalho e especificaes
de medies para recebimento (ou no) de servios executados.
Este trabalho procura fazer uma anlise crtica de uma documentao tpica
para este fim. Tenta explicar os porqus das exigncias e ao mesmo tempo apontar as
possveis falhas ou ausncias de consideraes que proporcionariam uma economia de tempo,
material e mo de obra, ou simplesmente prescries que assegurariam a qualidade final.A maneira de fazer esta anlise ser a de usar os conhecimentos tericos
acumulados sobre os materiais e comportamento estrutural referindo-se sempre que possvel
s Normas Brasileiras respectivas. Assim, se espera por meio de um texto didtico auxiliar os
engenheiros a compreender as prescries e a concluir quais efeitos sero obtidos a partir de
uma tomada de deciso.
1.2
Objetivos
O principal objetivo deste trabalho fazer uma anlise crtica das instrues de
trabalho incentivando assim os engenheiros a usarem os conhecimentos tcnicos e cientficos
adquiridos no estudo terico de estruturas de concreto para o seu trabalho na construo
fazendo uma anlise tcnica cientfica no mbito de execuo de obras.
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Captulo 1- I ntroduo_______________________________________________________________________
Definir critrios ou valores a serem usados em documentos de aceitao de
estruturas de concreto armado no padro NBR ISO 9001:20001e que reflitam as premissas da
NBR 6118:2003.
1.3 Justificativas
A crescente concorrncia no mercado da construo civil tem levado tanto os
projetistas de estruturas de concreto armado quanto as construtoras, uma constante busca
por solues que, alm de simples e eficazes, tragam diminuio de custos (material e/ou
mo-de-obra), rapidez, versatilidade nas aplicaes ou que ainda proporcionem um aumento
na relao custo-benefcio.
Deve-se ressaltar que nessa busca, ao contrrio do que ocorreu em tempos
passados, a preocupao com a qualidade e durabilidade das construes tem sido maior,
porm, ainda no h preocupao das empresas construtoras em orientar os engenheiros de
como deve ser feito uma anlise crtica, cientfica e normativa na forma de executar as
estruturas, exigindo muito mais de um engenheiro uma administrao bem feita do que
aplicao de conceitos tcnicos na execuo de estrutura.
A importncia deste estudo, portanto, que contempla a forma da qual as
empresas devem analisar e receber servios de clientes internos e externos com base na NBR
ISO 9001:2000, mas primordialmente no que estabelece a NBR 6118:2003, alm de
contemplar a rentabilidade econmica e qualidade, procura-se tambm manter a segurana
estrutural.
Concomitantemente e no menos importante, ao orientar os engenheiros
executores de obras de como importante entender de que forma as estruturas funcionam e
como devem atender as prescries das respectivas normas, esta ento a importncia
fundamental deste estudo.
A importncia faz mais sentir, levando em conta a NBR ISO 9001:2000, por
ser uma norma genrica, no estabelece critrios e valores de execuo de estruturas de
concreto.
1Neste trabalho a verso da ISO usada de 2000, por ser esta verso a que a maioria das construtoras se certificou, e seusdocumentos inerentes ao programa de qualidade esto baseados.
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Captulo 1- I ntroduo_______________________________________________________________________
Assim cabe as empresas construtoras determinarem o formato e os valores a
serem considerados em relatrios de inspeo de servios.
Desta forma verifica-se a necessidade do uso da metodologia da NBR ISO
9001:2000 que estabelece que seja efetuada uma padronizao e verificao de servios com
as indicaes de projeto da NRB 6118:2003.
Neste caso devem ser definidos:
O que verificar;
Como medir e a preciso desta medida.
Qual o critrio ou valor para aceitar um elemento (tolerncia).
1.4
Metodologia
O mtodo para se alcanar o objetivo ser o de se fazer inicialmente ampla
reviso sobre o assunto especialmente o uso da NBR ISO 9001:2000, ou seja, a norma quetrata do Sistema para Gesto e Garantia da Qualidade nas empresas no caso em questo para a
construo civil.
Sero levantadas as prescries normativas sobre o assunto nas Normas
Brasileiras e quando for o caso em normas estrangeiras. Procurar-se a fazer um levantamento
dos principais processos ou mecanismos fundamentais do concreto armado que esto ligados
as aes preconizadas pelos documentos de base NBR ISO 9001:2000.
Compem-se um texto bsico com o material terico fundamental, procurando-
se fazer exemplos de aplicao dando preferncia a um exemplo de documentao.
Por fim cada etapa de servio especificado (fundao, pilares, vigas e lajes)
procura-se manter um documento do tipo RIS (relatrio de Inspeo de Servios), que
definir o aceite ou no do servio e ser usado para medir a qualidade.
Assim de uma maneira geral o trabalho ser desenvolvido em etapas distintas,
de modo a organizar as atividades e proporcionar um encadeamento lgico.
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Captulo 1- I ntroduo_______________________________________________________________________
Constar, em princpio, das seguintes fases:
Introduo, histrico NBR ISO 9001:2000, fundao, pilares, vigas, lajes,
concluso e bibliografia, que sero analisadas da seguinte forma:
Estudo bibliogrfico dos fundamentos bsicos das normas e documentos
necessrios.
Estudo bibliogrfico dos procedimentos fundamentais do funcionamento do
concreto armado.
Estudo das recomendaes da NBR 6118: 2003 e outras especficas.
Estudo de uma documentao (estudo de caso) com exemplos discutidos.
Rebatimentos para casos prticos e deficincias encontradas na documentao.
Anlise dos resultados e concluses.
Com as concluses, esperam-se auxiliar projetistas, calculistas e,
principalmente construtores no processo de qualidade das estruturas.
1.5 Apresentao do trabalho
No captulo 2 feito um breve histrico das estruturas de concreto armado bem
como o das normas ISO, seu surgimento e difuso, para que o leitor tenha uma viso bsica
dos itens a serem estudados.
No captulo 3 so mostradas a definio de fundaes com o uso de tubulo a
cu aberto, seus conceitos, verificaes de clculo e algumas consideraes sobre locao de
obra.
No captulo 4 estudam-se os pilares, alguns conceitos bsicos, classificaes
dos mesmos, conceito das excentricidades e consideraes de tolerncias quanto aos
prescritos pela NBR 6118:2003 e as tolerncias padronizadas pela NBR ISO 9001:2000. E
algumas sugestes de planilhas de conferncia para aplicao.
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Captulo 1- I ntroduo_______________________________________________________________________
No captulo 5 estudaremos vigas, seus conceitos bsicos, modelo de clculo,
suas classificaes e consideraes de tolerncias quanto aos prescritos pela NBR 6118:2003
e as tolerncias padronizadas pela NBR ISO 9001:2000, e no final do mesmo apresenta-se
modelo de relatrios para verificao de estruturas levando sempre em conta as premissas das
normas citadas.
No captulo 6 estudaremos lajes, seus conceitos bsicos, modelo de clculo,
suas classificaes e consideraes de tolerncias quanto aos prescritos pela NBR 6118:2003
e as tolerncias padronizadas pela NBR ISO 9001:2000.
No captulo 7 ser abordado as consideraes finais, as concluses do trabalho
e as sugestes de um mtodo de anlise de projetos de estruturas. No captulo 8 por fim a
bibliografia utilizada para a elaborao da dissertao.
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A ISO 9001 APLICADA AO CONCRETO ARMADO
2Neste item apenas para entendimento do leitor, so colocados de maneira
resumida os aspectos histricos do concreto armado e as principais normas brasileiras
respectivas e a criao da norma ISO.
Em seguida de forma tambm resumida so colocados alguns conceitos bsicosdo material concreto armado que sero empregados neste trabalho.
2.1
Breve histrico do concreto armado
O processo construtivo mais utilizado para execuo de edifcios de mltiplos
pavimentos no Brasil a do Concreto Armado. Com o passar do tempo o mercado
consumidor vem mostrando cada vez mais uma necessidade de melhoria da qualidade no
processo e execuo.
No que tange o problema da durabilidade, isto culminou na grande implantao
de sistemas de qualidade na indstria da construo civil, sendo este o caso da NBR ISO
9001:2000, bem como reformulaes e atualizaes de normas pertinentes, como a NBR
6118:2003.
Na histria da humanidade a pedra e o tijolo foram os materiais mais
importantes para as construes humanas, sendo que a arquitetura grega foi consequncia doemprego de vigas e placas de pedra. A baixa resistncia trao da pedra obrigou utilizao
de pequenos vos, da decorrendo as colunatas tpicas dessa arquitetura.
A civilizao romana desenvolveu o tijolo cermico e com isso escapou das
formas retas, podendo desta forma criarem os arcos em alvenaria. Porm, a construo
romana de obras porturias exigiu uma soluo diferente. E tal soluo foi encontrada da
fabricao de um verdadeiro concreto, cujo cimento era constitudo de pozolanas naturais ou
obtido pela moagem de tijolos calcinados. A cal com adio de pozolana chamada de calhidrulica, por sofrer endurecimento por reao qumica com a gua.
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Captulo 2 A I SO9001 apli cada ao concreto armado_______________________________________________________________________
Com o enfraquecimento e a subsequente queda do imprio romano, o mundo
ocidental voltou a ser uma civilizao rural. As cidades renasceram somente em fins da Idade
Mdia.
Com a Revoluo Industrial, que trouxe luz o cimento Portland e o ao
laminado, surge o concreto armado em meados do sculo XIX.
Considera-se como a primeira pea de concreto armado o barco construdo por
Lambot, na Frana, no ano de 1849. Essa data hoje admitida internacionalmente como a
data do nascimento do concreto armado.
A inveno do concreto armado no pode ser atribuda somente a uma pessoa,
muitos foram seus pioneiros, dente os quais, alm de Lambot, se tm Monier e Coignet,
franceses, e Hyatt, norte-americano. Deles, apenas Coignet era engenheiro; Monier era
encarregado dos jardins de Versailles e Hyatt, advogado.
Em 1902, Mrsch publica a primeira edio de sua monumental obra sobre a
Teoria e Prtica do Concreto Armado, que em muitos aspectos ainda vlida.
Em 1940 nasce a ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas, como
conseqncia da elaborao da prpria NB-1(1) Norma para o projeto e execuo de
estruturas de concreto armado.
Aps a 2a Guerra Mundial, se inicia o desenvolvimento dos estudos de H.
Rusch e F. Leonhardt na Alemanha e os de Freyssinet na Frana. Surge o concreto
Protendido, que permitiu o emprego de aos estruturais da maior resistncia. Na dcada de
cinquenta cria-se o CEBComit Europeu do Concreto, do qual o Brasil passa a fazer parte.
Surge concomitantemente a FIPFederao Internacional da Protenso.
Em trabalho conjunto coordenado pelo CEB, abordando os mais variados
temas tcnicos e cientficos ligados estrutura de concreto, foi realizada a reviso total de
todas as idias referentes ao concreto estrutural.
Nesse sentido, cabe lembrar que as cincias bsicas tm por finalidade oentendimento da natureza, formulando teorias baseadas em princpios admitidoscomo vlidos at prova em contrrio. As cincias profissionais tm por finalidade oentendimento dos comportamentos dos sistemas materiais de interesse vidahumana, sendo baseadas nas cincias bsicas, com a adoo de hiptesessimplificadoras para a formulao de suas prprias teorias. As tcnicas tm porfinalidade encontrar solues prticas para as necessidades da vida, ou seja, elas
procuram estabelecer os procedimentos de elaborao correta das coisas. (FUSCO,2008, p.11)
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A primeira sntese dos resultados obtidos pelo trabalho coordenado pelo CEB
foi realizada em 1970, com a publicao das Recomendaes Internacionais CEB-FIP/1970.
Em 1973 realizado, em Lisboa, o Curso Internacional CEB-FIP para a
divulgao sistemtica dos novos conhecimentos, ministrado para 50 pessoas do mundo, que
pudessem retransmiti-los aos seus respectivos pases, sendo desta forma agentes
multiplicadores destes conhecimentos.
Em 1978 surge a segunda sistematizao de conhecimentos, com a publicao
do Cdigo Modelo CEB-FIB para estruturas de concreto armado. Neste mesmo ano, j sob
forte influncia dessas idias, finalizada a reviso NB-1/78, que exerceu influncia sobre a
engenharia nacional de estruturas.
No ano de 1990 d-se a divulgao de uma nova sistematizao, consolidada
pela publicao do Cdigo Modelo CEB-FIP/90.
Em 1998, juntaram-se as duas associaes, CEB e FIP, formando a FIB,
Fdration Internationale du Bton, que permanece at hoje liderando o desenvolvimento das
estruturas do concreto.
Finalmente em 2003 a NBR 6118:1978 (NB-1) reformulada a aplicada os
novos conceitos e anlises trazendo uma nova abordagem esta norma, surgindo ento a NBR
6118-2003.
2.2Breve histrico das normas ISO
Conforme citado em Paula (2004), Com o objetivo de entender o que a srie
de normas intituladas ISO 9000, sua importncia para as empresas e o motivo de sua
existncia, de suma importncia, num primeiro momento, investigarmos sua histria.
Andrade e Xavier (1996) colocam que nos anos ps Segunda Guerra Mundial,
a situao da indstria blica na Europa e nos Estados Unidos da Amrica era precria, isto
porque a prioridade de produo visando quantidade deteriorou profundamente a qualidade
dos armamentos e servios, comprometendo a segurana e integridade do seu prprio pessoal,
tendo em vista falta de confiabilidade dos fornecedores.
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No final da dcada de quarenta, o Departamento de Defesa dos Estados Unidosreconheceram os benefcios de um Sistema de Gesto que transformou a indstria japonesa. O
sistema de padronizao desenvolvido pelo Departamento de Defesa foi chamado de Quality
Assurance segundo o qual as organizaes envolvidas estabeleciam procedimentos para
gerenciar todas as funes que afetavam a qualidade dos produtos manufaturados.
Seguindo a busca pelo desenvolvimento de padres da qualidade foi criado as
Normas Allied Quality Assurance Publication (AQAP) em 1970, as quais foram utilizadas
pela Organizao do Tratado do Atlntico Norte (OTAN). Com base nos benefcios obtidoscom as Normas da AQAP, o Ministrio da Defesa da Inglaterra e seus fornecedores
observaram que a necessidade da aplicao de padres para Sistema da Qualidade no se
restringia apenas a armamentos e demais materiais blicos. Era necessrio abranger as demais
indstrias fabricantes de bens de consumo e bens de capital.
No Reino Unido surgiram as Defense Standards (DEF.STAN.) normas das
Foras Armadas sobre Sistemas da Qualidade, que deram toda a base para a BS 5750 (British
Standard) publicada em 1979.
Ainda neste ano, nasce o grupo ISO TC 176 (Technical Committee da ISO para
a qualidade), para elaborar Normas sobre Qualidade que procura uniformizar conceitos,
padronizar modelos para garantia da qualidade e fornecer diretrizes para implantao da
gesto da qualidade nas organizaes. Em 1987 as normas so aprovadas constituindo a srie
9000. Esta foi baseada na ltima verso da norma BS 5750 (1987) e aceita rapidamente como
um padro mundial para Sistemas da Qualidade.
Souza (1997) ainda coloca que tais normas eram utilizadas por grandes clientes
compradores para qualificao de empresas fornecedoras. Entretanto, com o decorrer do
tempo, a proliferao de normas dessa natureza e a crescente importncia dada pelos clientes
questo da qualidade comearam a provocar srios distrbios nas trocas comerciais, uma
vez que empresas fornecedoras se viram obrigadas a atender requisitos de sistemas da
qualidade diferentes, conforme a norma utilizada para cada cliente. De acordo com Souza
(1997), os sistemas da qualidade foram utilizados inicialmente somente em situaes
contratuais, seguindo diversas normas que estabeleciam requisitos para os sistemas,
adequados para pases e setores industriais especficos.
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Desta forma surgiram, em diversos pases, normas de sistemas da qualidade
para o setor nuclear, aeronutico, petrolfero e outros.
No final da dcada de oitenta, as normas da srie ISO 9000 entraram no
primeiro processo de reviso.
Com a inteno de melhorias decorrentes a erros observados com a respectiva
utilizao. Resultou desse trabalho a srie de normas ISO 9000, lanada em 1987 que teve
uma pequena reviso em 1994 e em 2000 passou por uma reestruturao bem mais complexa.
Para manter a eficcia da srie ISO 9000, as normas so periodicamente
revisadas buscando a evoluo gradual no campo do gerenciamento da qualidade. O ISO/TC
176 monitora os usurios das normas para determinar como elas podem ser aprimoradas,
conhecendo as necessidades e expectativas destes usurios, visando prxima reviso das
normas, que se d aproximadamente a cada cinco anos. (ISO, 2010).
A exemplo do que aconteceu com outros aspectos do universo empresarial, a
dcada de 90 representou um grande avano para a qualidade no Brasil. Essa dcada iniciou-
se no Brasil com a traduo em 1990 pela ABNT das normas ISO 9000, as quais haviam sidolanadas internacionalmente em 1987. Neste primeiro momento, houve por parte das
empresas (inclusive das grandes multinacionais) muito interesse e curiosidade, porm poucos
possuam informaes confiveis sobre estas normas.
Porm, rapidamente, as normas ISO 9000 alcanaram um destaque muito
grande, merc da feliz confluncia de alguns fatores. Um deles foi o Programa Brasileiro da
Qualidade e Produtividade PBQP, o qual tambm nascia na dcada de 1990. De forma
inteligente, o PBQP articulava as diversas empresas estatais e governamentais Petrobrs,empresas dos sistemas Eletrobrs e Telebrs, entre outras, utilizando seu poder de compra
para alavancar o desempenho dos fornecedores, via exigncia de sistemas de garantia da
qualidade conforme as normas ISO 9000. Para mostrar a importncia dessa articulao, o
governo brasileiro era, na poca, o maior comprador em todos os segmentos industriais.
A NBR ISO 9001:2000 especifica requisitos do Sistema da Qualidade e,
segundo Souza (1997), utilizada quando um contrato entre duas partes exige a demonstrao
da capacidade do fornecedor para projetar e fornecer produtos. Os requisitos especificados
nesta norma destinam-se, primordialmente, preveno de no conformidades em todos os
estgios, desde o projeto at a assistncia tcnica.
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De acordo com Reis (1998), esta Norma a mais abrangente de todas e
destina-se a contratos cujo interesse proporcionar proteo e garantia da Qualidade em todas
as fases das atividades tcnicas da empresa, desde o projeto at a assistncia tcnica.
Andrade e Xavier (1996) apontam ainda que esta norma o padro para os
sistemas da qualidade relativos a projeto, desenvolvimento, produo, inspeo e ensaios,
instalao e servios associados. Em outras palavras, esta norma adequada para
organizaes que fornecem produtos com base em projeto prprio; que produzem e entregam
seus produtos aos clientes. Se a organizao tambm agrega s suas atividades a instalao e
os servios associados, estes tambm so cobertos pela norma.
2.3Conceitos bsicos do concreto armado
De acordo com Bastos (2006) o concreto um material que apresenta alta
resistncia s tenses de compresso, no entanto, apresenta baixa resistncia trao (cerca de
10 % da resistncia compresso). Sendo assim, imperiosa a necessidade de juntar ao
concreto um material com alta resistncia trao, com objetivo deste material, disposto
convenientemente, resistir s tenses de trao atuantes. Com esse material composto
(concreto e armadura barras de ao), surge ento o chamado concreto armado, onde as
barras da armadura absorvem as tenses de trao e o concreto absorve as tenses de
compresso, no que pode ser auxiliado tambm por barras de ao.
Afirma Bastos (2006), que o conceito de concreto armado envolve ainda o
fenmeno da aderncia, que essencial e necessrio e deve obrigatoriamente existir entre o
concreto e a armadura, pois no basta juntar os dois materiais para se ter o concreto armado.
Para a existncia do concreto armado imprescindvel que haja solidariedade entre o concreto
e o ao, e que o trabalho seja realizado de forma conjunta.
Resumindo, podemos definir o concreto armado como a unio do concreto
simples e de um material resistente trao (envolvido pelo concreto) de tal modo que ambos
resistam solidariamente aos esforos solicitantes.
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De forma esquemtica pode-se indicar que concreto armado :
Concreto armado = concreto simples + armadura
convenientemente posicionada onde seja necessria + aderncia.
(2.0)
De acordo com Bastos (2006), com a aderncia, a deformao Es (2.0) numponto da barra de ao e a deformao (2.0) no concreto que a circunda, deve ser iguais,isto : . A Figura 1 mostra uma pea de concreto com o concreto sendo lanado e adensado,
devendo envolver e aderir armadura nela existente.
Figura 1Preenchimento de uma frma metlica comconcreto aderente armadura.
(BASTOS, 2006).
Elementos de concreto armado: aqueles cujo comportamento estrutural
depende da aderncia entre concreto e armadura e nos quais no se aplicam alongamentos
iniciais das armaduras antes da materializao dessa aderncia.
Armadura passiva: Qualquer armadura que no seja usada para produzir foras
de protenso, isto , que no seja previamente alongada. NBR 6118:2003 (item 3.1.3).
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A armadura do concreto armado chamada de armadura passiva, significando
que as tenses e deformaes nela aplicadas devem-se exclusivamente aos carregamentos
aplicados nas peas onde est inserida.
Como armadura tem-se que ter um material com altas resistncias mecnicas,
principalmente resistncia trao. A armadura no tem que ser necessariamente de ao,
podendo ser constituda de outra tipologia de material, como fibra de carbono, bambu, basta
ter aderncia.
O trabalho conjunto entre o concreto e a armadura fica bem caracterizado na
anlise de uma viga de concreto simples (sem armadura), que rompe bruscamente logo surge
a primeira fissura, aps a tenso de trao atuante alcanar e superar a resistncia do concreto
trao (Figura 2a).
Entretanto, colocando-se uma armadura convenientemente posicionada na
regio das tenses de trao, eleva-se significativamente a capacidade resistente da viga
(Figura2b).
Figura 2 - Viga de concreto simples (a) e armado (b)(PFEIL, 1989).
O trabalho conjunto do concreto e do ao possvel porque os coeficientes de
dilatao trmica dos dois materiais so virtualmente iguais.
Outro aspecto positivo que o concreto protege o ao da oxidao (corroso),
o que garante a durabilidade do conjunto.
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No entanto, a proteo da armadura contra a corroso s garantida com a
existncia de uma espessura de concreto entre a barra de ao e a superfcie externa da pea
(cobrimento), entre outros fatores tambm importantes relativos durabilidade, como a
qualidade do concreto, por exemplo.
Para que se possa iniciar o comparativo entre o prescrito pela norma NBR
6118:2003 e a NBR ISO 9001:2000, teremos que definir os procedimentos gerais de projeto.
Para este trabalho utilizaremos os elementos estruturais utilizados em uma
tipologia de edifcios de mltiplos pavimentos com as seguintes caractersticas: edifcio
plurifamiliar, sendo composto por um subsolo, dezesseis pavimentos tipo, sendo quatro
apartamentos por andar, caixa d gua e tico, sendo utilizados os seguintes processos:
Locao com gabarito de madeira, fundao do tipo tubulo a cu aberto, pilares, vigas e lajes
de concreto armado; fechamento em alvenaria de blocos cermicos. Para tanto importante
que se entenda cada um desses processos.
2.3.1 Resistncia do concreto endurecido
No concreto endurecido conforme descreve Carvalho e Figueiredo (2005), as
principais caractersticas de interesse so as mecnicas, destacando-se a resistncia
compresso e trao. No possvel estabelecer uma lei nica para determinar todas as
resistncias dos materiais para as diversas solicitaes possveis, porm no estgio atual de
desenvolvimento do concreto armado, considera-se uma aproximao razovel que a
resistncia do concreto para diversos tipos de solicitaes ocorra em funo de sua
compresso. A NBR 6118:2003, no item 8.2, a qual trata das propriedades do concreto,
apresenta uma srie de expresses a partir das quais se obtm, em funo da resistncia
compresso, as resistncias do concreto para diversos tipos de solicitaes. De forma geral
estas expresses so empricas.
De acordo com descrito por Carvalho e Figueiredo (2005) a resistncia do
concreto tambm funo do tempo de durao da solicitao; os ensaios em geral so
realizados rapidamente, ao passo que, em construes, o concreto submetido a aes, em
sua maioria, permanentes, reduzindo sua resistncia ao longo do tempo.
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Alm disso, a resistncia medida influenciada pela forma do corpo de prova e
pelas prprias caractersticas dos ensaios.
2.3.1.1 Resistncia compresso
A principal caracterstica do concreto sua resistncia compresso, a qual
determinada pelo ensaio de corpos de prova submetidos compresso centrada; esse ensaio
tambm permite a obteno de outras caractersticas, como o mdulo de deformao
longitudinal (na NBR 6118:2003 passa a ser novamente chamado de mdulo de elasticidade).
Vrios fatores influenciam a resistncia do concreto endurecido, os principais
sendo a relao entre as quantidades de cimento, agregados e gua (chamada de trao), e a
idade do concreto.
A resistncia compresso, obtida por ensaio de curta durao do corpo de
prova (aplicao de carga de maneira rpida), dada pela expresso 2.1.
(2.1)
Sendo:
Resistncia compresso(c) do corpo de prova de concreto na idade de (j) dias;- carga de ruptura do corpo de prova;Area da seo transversal do corpo de prova.
No Brasil conforme descrito por Carvalho e Figueiredo (2005), so utilizados
corpos de prova cilndricos, com dimetro de base de 15 cm e altura de 30 cm. A resistncia
compresso do concreto deve ser relacionada idade de 28 dias (NBR 6118:2003, item 8.2.4)
e ser estimada a partir do ensaio de uma determinada quantidade de corpos de prova. A
moldagem dos cilindros especificada pela NBR 5738:1994, e o ensaio deve ser feito de
acordo com a NBR 5739:1994.
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2.3.1.2 Resistncia trao
Carvalho e Figueiredo (2005) enfatizam de que o concreto se trata de um
material que resiste mal compresso, geralmente no se conta com a ajuda dessa resistncia.
Entretanto, a resistncia trao pode estar relacionada com a capacidade resistente da pea,
como aquelas sujeitas a esforo cortante, e, diretamente, com a fissurao, por isso
necessrio conhec-la.
Existem trs tipos de ensaios para obter a resistncia trao: por flexo-trao,
compresso diametral e trao direta (fig. 3).
a) Flexo-trao b) Compresso diametral c) Trao pura
Figura 3Modos de ensaios de resistncia do concreto trao (MONTOYA, 1991).
A resistncia trao pura aproximadamente, 85% da resistncia trao por
compresso diametral e 60% da resistncia obtida pelo ensaio de flexo-trao.
Esse ltimo mtodo no prtico, dada dificuldade do ensaio. O ensaio de
compresso diametral conhecido como Ensaio Brasileiro de Resistncia Trao, tendo sido
sistematizado elo engenheiro L.F. Lobo Carneiro.
Segundo a NBR 6118:2003, item 8.2.5, a resistncia trao indireta e aresistncia trao na flexo devem ser obtidas em ensaios realizados segundo a NBR7222:1994 e a NBR 12142:1991, respectivamente. Ainda de acordo com o item 8.2.5, a
resistncia trao direta
pode ser considerada igual a 0,9.
ou 0,7.
ou, na falta de
ensaios para obteno de e , pode ser avaliado o seu valor mdio ou caractersticopor meio das expresses 2.2, 2.3 e 2.4 :
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(2.2)
(2.3)
(2.4)
Com e expressos em MPa. Sendo, 7 MPa, essas expresses
tambm podem ser usadas para idades diferentes de 28 dias. A escolha do uso dos valores dee determinada pela norma particular de cada situao particular.
2.3.2 Aderncia entre ao e concreto
Conforme descrito por Carvalho e Figueiredo (2005), a aderncia o fenmeno
que permite o funcionamento do concreto armado como material estrutural. Sem aderncia as
barras da armadura no seriam submetidas aos esforos de trao, pois deslizariam dentro da
massa de concreto e a estrutura se comportaria como sendo apenas de concreto simples. A
aderncia faz com que os dois materiais, de resistncias diferentes, tenham a mesma
deformao e trabalhem juntos, de modo que os esforos resistidos por uma barra de ao
sejam transmitidos para o concreto e vice-versa. Segundo Leonhardt (1977), a aderncia
composta de trs parcelas:
Adeso:de natureza fsico-qumica, com foras capilares na interface entre os
dois materiais; o feito de uma colagem provocada pela nata de cimento na
superfcie no ao; (fig. 4);
Atrito: a fora que ocorre na superfcie de contato entre os dois materiais, e se
manifesta quando h tendncia ao deslocamento relativo entre a barra de ao e o
concreto, impedindo-o; varivel com o tipo de superfcie das barras e devido
penetrao da pasta de cimento nas irregularidades das mesmas; tanto maior
quanto maior a presso exercida pelo concreto sobre a barra (por isso, o atrito
maior nos apoios e nas partes curvas das barras e tambm favorecido pela
retrao); (fig. 5);
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Engrenamento: resistncia mecnica ao arrancamento devida conformao
superficial as barras, e que as mossas e as salincias funcionam como peas de
apoio, aplicando formas de compresso no concreto, o que aumenta
significativamente a aderncia; (fig. 6).
Embora, esses trs efeitos, na prtica, no possam ser avaliados separadamente,
analiticamente ou por meio experimental, o estudo da aderncia fundamental para
quantific-la.
Figura 4Esquema de reaes na aderncia por adeso(FUSCO, 1994)
Figura 5Esquema de reaes na aderncia por atrito(FUSCO, 1994)
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Figura 6Esquema de reaes na aderncia por engrenamento (mecnica)(FUSCO, 1994)
2.4Conceitos bsicos da NBR ISO 9001:2000
Aqui so descritos alguns conceitos bsicos da NBR ISO 9001:2000.
2.4.1 Objetivo
Demonstrar as generalidades da NBR ISO 9001:2000.
2.4.1.1 Generalidades
Esta Norma tem como objetivo especificar requisitos para um sistema de
gesto da qualidade quando uma organizao:
a) Necessita demonstrar sua capacidade para fornecer de forma consistente
produtos que atendam aos requisitos do cliente e requisitos regulamentares
aplicveis, eb) Pretende aumentar a satisfao do cliente por meio da efetiva aplicao do
sistema, incluindo processos para melhoria contnua do sistema e a garantia da
conformidade com requisitos do cliente e requisitos regulamentares aplicveis.
Desta forma a organizao utiliza-se desta norma quando possuem uma
necessidade de melhorar seu processo executivo e consequentemente atestar aos seus clientes
uma determinada qualidade agregada em seus produtos, que atravs de uma certificao esta
qualidade pode ser garantida e formalizada junto rgos especficos.
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2.4.2 Aplicao
Todos os requisitos desta norma so genricos e se pretende que seja aplicvel
para todas as organizaes, sem levar em considerao o tipo, tamanho e produto fornecido.
Quando algum requisito(s) desta norma no puder ser aplicado devido
natureza de uma organizao e seus produtos, isso pode ser considerado para excluso.
Quando so efetuadas excluses, reivindicao de conformidade com a norma
NBR ISO 9001:2000 no so aceitveis a no ser que as excluses fiquem limitadas aos
requisitos contidos na seo 7 desta norma, e que tais excluses no afetem a capacidade ou
responsabilidade da organizao para fornecer produtos que atendam aos requisitos dos
clientes e requisitos regulamentares aplicveis.
Fica claro que esta norma pode ser aplicvel qualquer atividade produtiva,
sendo ela industrializada ou no, de grande ou pequeno porte, podendo assim ser aplicada
construo civil em todos seus diversos ramos, o que demonstra que deve haver adequaes
para cada atividade.
2.4.2.1 Requisitos de documentao
Para que uma organizao possa ser certificada pela NBR ISO 9001:2000, ela
necessita obrigatoriamente para implantao desta norma, implementar o que estabelece no
item 4 da mesma, como demonstrado ao longo deste trabalho.
2.5
Sistema de gesto da qualidade
2.5.1 Requisitos gerais
A organizao deve instituir, documentar, implementar, manter e melhorar
continuamente a eficcia de um sistema de gesto da qualidade de acordo com os requisitos
desta Norma. A organizao deve:
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a) Identificar os processos necessrios para o sistema de gesto da qualidade e sua
aplicao por toda a organizao;
b) Determinar a sequncia e interao desses processos;
c) Determinar critrios e mtodos necessrios para assegurar que a operao e o
controle desses processos sejam eficazes;
d) Assegurar a disponibilidade de recursos e informaes necessrias para apoiar a
operao e o monitoramento desses processos;
e) Monitorar, medir e analisar esses processos, e
f) Implementar aes necessrias para atingir os resultados planejados e a melhoria
contnua desses processos.
Esses processos devem ser geridos pela organizao de acordo com os
requisitos desta Norma.2
Quando uma organizao optar por adquirir externamente algum processo que
afete a conformidade do produto em relao aos requisitos, a organizao deve assegurar o
controle desse processo. O controle de tais processos deve ser identificado no sistema de
gesto da qualidade.
2.5.2 Requisitos de documentao
Definem quais so as documentaes necessrias para a manuteno e
certificao da NBR ISO 9001:2000.
2.5.2.1 Generalidades
A documentao do sistema de gesto da qualidade deve incluir:
a) Declaraes documentadas da poltica da qualidade e dos objetivos da qualidade;
b) Manual da qualidade;
c) Procedimentos documentados3requeridos por esta Norma;
2Convm que os processos necessrios para o sistema de gesto da qualidade acima referenciados incluam processos paraatividades de gesto, proviso de recursos, realizao do produto e medio.
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d) Documentos necessrios organizao para assegurar o planejamento, a
operao e o controle eficazes de seus processos, e
e) Registros da qualidade requeridos por esta Norma.
A abrangncia da documentao do sistema de gesto da qualidade de uma
organizao pode diferir da outra, devido aos seguintes itens:
a) Tamanho da organizao e ao tipo de atividades;
b) complexidade dos processos e suas interaes, e
c) competncia do pessoal.
A documentao pode estar em qualquer forma ou tipo de mdia.
2.5.3 Manual da qualidade
A organizao deve instituir e manter um manual da qualidade que inclua o
seguinte:
a) O escopo do sistema de gesto da qualidade, incluindo detalhes e justificativas
para qualquer excluso;
b) Os procedimentos documentados institudos para o sistema de gesto da
qualidade, ou referncia a eles, e
c)
A descrio da interao entre os processos do sistema de gesto da qualidade.
2.5.4 Controle de documentos
Os documentos requeridos pelo sistema de gesto da qualidade devem ser
controlados. Registro da qualidade um tipo especial de documento e devem ser controlados
de acordo com os requisitos apresentados na NBR ISO 9001:2000.
3Onde o termo procedimento documentado aparecer nesta Norma, significa que o procedimento institudo, documentado,implementado e mantido.
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Um procedimento documentado deve ser institudo para definir os controles
necessrios para:
a) Aprovar documentos quanto a sua adequao, antes da sua emisso;
b) Analisar criticamente e atualizar quando necessrio, e reaprovar documentos;
c) Assegurar que alteraes e a situao da reviso atual dos documentos sejam
identificadas;
d) Assegurar que as verses pertinentes de documentos aplicveis estejam
disponveis nos locais de uso;
e) Assegurar que os documentos permaneam legveis e prontamente identificveis;
f) Assegurar que documentos de origem externa sejam identificados e que sua
distribuio seja controlada, e;
g) Prevenir o uso no intencional de documentos obsoletos, e aplicar identificao
adequada nos caso em que forem retidos por qualquer propsito.
2.5.4.1 Controle de registros da qualidade
Registros da qualidade devem ser institudos e mantidos para prover evidncias
da conformidade com requisitos e da operao eficaz do sistema de gesto da qualidade.
Registros da qualidade devem ser mantidos legveis, prontamente identificveis
e recuperveis. Um procedimento documentado deve ser institudo para definir os controles
necessrios para identificao, legibilidade, armazenamento, proteo, recuperao, tempo de
reteno e descarte dos registros da qualidade.
2.5.5 Responsabilidade da administrao
2.5.5.1 Comprometimento da administrao
A alta administrao deve fornecer evidncia do seu comprometimento com o
desenvolvimento e com a implementao do sistema de gesto da qualidade e com a melhoria
contnua de sua eficcia mediante:
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a) A comunicao organizao da importncia em atender aos requisitos dos
clientes como tambm aos requisitos regulamentares e estatutrios;
b) A instituio da poltica da qualidade;
c) A garantia de que os objetivos da qualidade so institudos;
d) A conduo de anlises crticas pela administrao, e;
e) A garantia da disponibilidade de recursos.
2.5.5.2 Foco no cliente
A alta administrao deve assegurar que os requisitos do cliente so
determinados e atendidos com o propsito de aumentar a satisfao do cliente.
2.5.5.3 Poltica da qualidade
A alta administrao deve assegurar que a poltica da qualidade:
a) apropriada ao propsito da organizao;
b) Inclui um comprometimento com o atendimento aos requisitos e com a melhoria
contnua da eficcia do sistema de gesto da qualidade;
c) Proporcione uma estrutura para instituio e anlise critica dos objetivos da
qualidade:
d) comunicada e entendida por toda a organizao, e;
e)
analisada criticamente para manuteno de sua adequao.
Fica claro que conforme anteriormente descrito, apesar do sistema de qualidade
ser uma ferramenta importante para a padronizao e melhoria da qualidade de uma
organizao, e mencionar que a alta administrao faa parte integrante de todo o processo,
no fica evidenciado nenhum aspecto tcnico do produto em questo, no mencionado de
que forma tal produto deva ser verificado e que padres e quais normas tcnicas deva seguir.
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Pode-se citar, por exemplo, que em uma auditoria de certificao na norma
NBR ISO 9001:2000, o respectivo auditor jamais verifica, no caso da construo civil, um
pilar fora do prumo, e sim apenas um registro no qual se pode ou no fazer esta verificao,
porm se realmente este problema verificado foi realmente resolvido ser uma incgnita.
Estes problemas acontecem porque o programa de qualidade na verdade foi
desenvolvido como um padro para qualquer tipo de organizao, desta forma se no h
preocupao com uma orientao normativa de execuo de projetos e produtos, este
programa de qualidade fica sem funo tcnica. Outro problema verificado que a NBR ISO
9001:2000 preconiza o uso de equipamentos adequados e aferidos para fazer as conferncias
em obra, desta forma as empresas deveriam dar tais condies para estas verificaes.
2.5.6 Produo e fornecimento de servio
2.5.6.1 Controle de produo e fornecimento de servio
A organizao deve planejar e realizar a produo e o fornecimento de servio
sob condies controladas. Condies controladas devem incluir, como aplicvel:
a) A disponibilidade de informaes que descrevam as caractersticas do produto;
b) A disponibilidade de instrues de trabalho;
c) O uso de equipamento adequado;
d) A disponibilidade e uso de dispositivos para monitoramento e medio;
e)
A implementao de monitoramento e medio, e;f) A implementao da liberao, entrega e atividades ps-entrega.
2.5.6.2 Controle de dispositivos de medio e monitoramento
A organizao deve determinar as medies e monitoramentos a serem
realizados e os dispositivos de monitoramento e medio necessrios para evidenciar a
conformidade do produto com os requisitos determinados.
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A organizao deve instituir processos para assegurar que medio emonitoramento podem ser realizados e so executados de uma maneira consistente com os
requisitos de medio e monitoramento.
Quando for necessrio assegurar resultados vlidos, o dispositivo de medio
deve ser:
a) Calibrado ou verificado a intervalos especificados, ou antes, do uso, contra
padres de medio rastreveis a padres de medio internacionais ounacionais; quando esse padro no existir, a base usada para calibrao ou
verificao deve ser registrada;
b) Ajustado ou reajustado, como necessrio;
c) Identificado para possibilitar que a situao da calibrao seja determinada;
d) Protegido contra ajustes que invalidariam o resultado da medio;
e) Protegido de dano e deteriorao durante o manuseio, manuteno e
armazenamento.
Adicionalmente a organizao deve avaliar e registrar a validade dos resultados
de medies anteriores quando constatar que o dispositivo no est conforme com os
requisitos. A organizao deve tomar ao apropriada no dispositivo e em qualquer produto
afetado. Registros dos resultados de calibrao e verificao devem ser mantidos.
Quando usado na medio e monitoramento de requisitos especificados, deve
ser confirmada a capacidade do software de computador para satisfazer a aplicao
pretendida. Isso deve ser feito antes do uso inicial e reconfirmado se necessrio.
Fica claro mais uma vez que os documentos da NBR ISO 9001:2000,
preconiza o uso de equipamentos adequados para a execuo de servios e medies, bem
como calibrao dos equipamentos de verificao, porm no especifica para cada tipo de
organizao os equipamentos que devam ser utilizados, pois esta norma genrica, deste
modo deve haver um corpo tcnico que designe a auditoria.
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Desta forma o modo em que as organizaes definem seus padres de aferio
nem sempre refletem a real necessidade de verificaes dos seus produtos, tendo em vista que
as empresas construtoras no possuem uma poltica de fornecerem equipamentos adequados
para a verificao das diversas etapas pertinentes execuo dos seus servios, mas sim em
formalizar equipamentos para uma certificao.
No h preocupao tambm em desenvolver tecnologias para procurar
minimizar problemas quanto s discrepncias de projetos e real executado, e isto ser
melhorado quando seus clientes comearem a exigir uma execuo criteriosa e com
qualidade, a qual reflita de forma realista o que lhe so propostos em projeto e seguindo as
especificaes do memorial executivo que lhes so apresentados.
Desta forma a tcnica da engenharia ser mantida e melhorada continuamente
com rege o programa de qualidade.
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ESTRUTURAS DE FUNDAO
3Neste captulo procura-se inicialmente conceituar o que vem a ser fundao.
Em seguida colocam-se os conceitos de tubulo a cu aberto, para mostrar
depois as verificaes geomtricas da fundao e caractersticas do solo. Neste trabalho
apenas este tipo de fundao ser abordado.
Finalmente mostra-se a ttulo de exemplo o clculo do fuste e verificao da
base de um tubulo em um exemplo numrico.
3.1 Fundao
Consideram-se fundao os elementos da estrutura que transmitem as aes da
edificao para o solo. Normalmente as fundaes podem ser classificadas como superficiais
e profundas. A primeira usada quando o solo superficial tem resistncia adequada, caso
contrrio opta-se por uma fundao profunda. Neste trabalho enfocado apenas um tipo de
fundao: a profunda.
Segundo a NBR 6122:1996, (item 3.8 Fundao profunda). Fundao profunda Elemento de fundao que transmite a carga ao terreno pela base (resistncia de
ponta), por sua superfcie lateral (resistncia de fuste) ou por uma combinao das
duas, e que est assente em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensoem planta, e no mnimo 3m, salvo justificativa. Neste tipo de fundao incluem-se asestacas, os tubules e os caixes.
Para se entender a metodologia de recebimentos de servios em obras entende-
se que preciso saber a prescrio tcnica e compar-las com as especificaes da NBR ISO
9001:2000. Neste trabalho estudam-se as fundaes do tipo tubulo a cu aberto que
bastante comum nas edificaes de mltiplos andares da regio de Ribeiro Preto.
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Captu lo 3 - Estrutu ras de Fundao_______________________________________________________________________
3.2 Conceitos bsicos de tubulo
De acordo com a definio de Alonso (1983). Tubules a cu aberto so
elementos estruturais de fundao constitudos de um fuste e de uma base alargada.
executado atravs da abertura de um poo no terreno, a execuo do alargamento da base e
efetuando-se a concretagem do mesmo. (figura 7)
Figura 7Perspectiva e corte longitudinal de um tubulocom base alargada. (ALONSO, 1983).
Conforme afirma Alonso (1983), este tipo de tubulo geralmente executado
acima do nvel da gua natural ou rebaixado, ou, em casos especiais, em terrenos saturados
onde seja possvel bombear a gua sem risco de desmoronamentos. Se esta estrutura
apresentar apenas carga na direo vertical, este tipo de tubulo no precisa ser armado,colocando-se apenas uma ferragem de topo para ligao com o bloco de coroamento ou de
capeamento, conforme figura 8. Fusco (1995) afirma que mesmo em estaca (tubulo
tambm), cuja ao predominante vertical, no h necessidade de se prover armadura no seu
corpo (excetuando-se na sua parte inicial - topo). Acrescenta ainda que a base de um tubulo
est submetida a um campo de tenses tais que no h necessidade de colocao de armadura.
Frisa ainda que estes casos (fuste e base sem armadura) so duas das poucas excees de
elementos de concreto que no necessitam armadura.
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Captu lo 3 - Estrutu ras de Fundao_______________________________________________________________________
De acordo Alonso (1983), o fuste, normalmente, de seo circular, adotando-
se como dimetro mnimo de 60 cm (para entrada e sada de operrios), porm a projeo da
base poder ser circular ou em forma de falsa elipse conforme mostrado na figura 8. Neste
caso, a relao a/b dever ser menor ou igual a 2,5.
Figura 8Base de tubulo em planta, com base circular e falsa elipse. (ALONSO, 1983).
De acordo com Joppert Junior (2007), tecnicamente a adoo de tubules para
a fundao uma excelente opo de fundao, pois ela possibilita a verificao in loco do
solo de apoio e das dimenses finais da escavao do fuste e da base. Deve-se levar em
considerao a viabilidade para executar este tipo de fundao j que problemas relacionados
a desbarrancamentos, excesso de gua, gases e mataces de grande porte podem inviabilizar a
sua execuo. Aconselha ainda que se realize sempre a abertura de poo de prova para que
seja verificada a estabilidade das futuras es
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