Pita Camargo: esculturas no fundo do mar do Estado de Santa Catarina
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Pita Camargo e suas esculturas expostas até no fundo do mar do
Estado de Santa CatarinaCriação, pesquisa, redação, edição e editoração de João Zuccaratto
Jornalista especializado em turismo, baseado na cidade de Vitória, capital do Estado do Espírito Santo
O artista com um dos seus trabalhos, obras sempre de grande expressividade, resultado de eterna reflexão sobre o tempo, constante trans-
formada em pura arte
Turismoria: João Zuccaratto
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Uma exposição de obras de Pita Camargo, artista com grande produção, com murais, monumentos e painéis,
em sua maioria expostos em espaços públicos
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O processo criativo começa com traços sobre o bloco de granito ou mármore, para ir definindo as partes que serão desbastadas e aquelas a permanecer
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Peças de mármore compradas no Município capixaba de Cachoeiro do Itapemirim
Participar de eventos profissionais de turismo é uma oportunidade para se conhecer novos produtos e serviços inéditos, todos oferecidos por companhias aéreas, destinos, operadoras do setor etc. Mas sempre reserva surpresas agradáveis, como as de encontrar pessoas especiais. A edição 2015 da BNT Mersosul, realizada no final do mês de maio no Município de Itajaí, costa Nordeste do Estado de Santa Catarina, não fugiu à regra.
Tive o prazer de conhecer dois profissionais de destaque em suas atividades, diferentes uma da outra. O Paulo Class Nascimento, e seu receptivo diferenciado, já abordado em trabalho semelhante. E Pita Camargo, escultor respeitado em todo o País, que mantém laços com o Estado do Espírito Santo. O mármore utilizado em seus trabalhos provém do Município de Cachoeiro do Itapemirim, localizado ao Sul das terras capixabas.
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As ferramentas usadas na escultura atual vão muito além do que simples talhadeiras, cinzéis, marretas e martelos, como ocorria até pouco tempo atrás
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Murais, monumentos e painéis, expostos em espaços públicos de
diversas cidade do País
Entusiasmado com seu trabalho, Pita Camargo revela que nasceu em abril de 1966, sendo oriundo do Município de Blumenau, região bastante conhecida Brasil afora e até no exterior pela sua Oktoberfest. Atualmente, vive no Município vizinho de Gaspar, onde mantém completo ateliê. A carreira de desenhista, gravador e escultor começou em 1982. De lá para cá, acumula participações em mostras de arte, inclusive internacionais.
Dedicado, mantém a busca por aprimoramento, sempre fazendo cursos de escultura, forma e modelagem. Sua produção é constante, com murais, monumentos e painéis, em sua maioria expostos em espaços públicos. Há trabalhos em Blumenau e em diversas cidades vizinhas — Balneário Camboriú, Brusque, Florianópolis, Itajaí, Joinville, Pomerode, Porto Belo —, como também de outros Estados, como Curitiba e São Paulo.
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O ateliê instalado na cidade de Gaspar é envolto de muita natu-
reza, criando o ambiente propício ao desenvolvimento de todo o
processo criativo do artista
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Variando entre o abstrato e o figurativo, as peças de Pita Camargo exibem uma enorme riqueza de expressões, possibilitando emocionar os admiradores sob aspectos diversos. Entre o início e o final do pesado processo de lapidação do material bruto, busca deixar à luz todas as potencialidades oferecidas tanto pelos granitos quanto pelos mármores. O resultado é a eterna reflexão sobre o tempo, uma constante transformada em pura arte.
Com mais de três décadas nesta trajetória, inova, inclusive, na forma de exibir criações. Há mais de 20 anos, colocou a escultura Bio Vida no fundo do mar, próximo à Ilha de Galé, dentro da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, no Município catarinense de Bombinhas. Como, desde 1993, o acesso de pessoas àqueles locais não é permitido, fica-se sem saber como a natureza vem complementando o trabalho iniciado por ele.
Natureza marinha vem complementando obra imersa
há mais de 20 anos
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O trabalho é árduo e, sem os cuidados necessários, prejudicial ao ser humano, devido aos resíduos lançados ao ar durante o desbaste do granito ou do mármore
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— Ela já perdeu seu valor como arte. Hoje, integra a vida marinha — diz Pita Camargo, um dos percussores da submersão de arte no Brasil. O que voltou a repetir, ano passado. No dia 6 de dezembro, submergiu outra peça de mármore, a Bio Vida II, com mais de 120 quilos. Desta vez, no Saco do Capim, fora da área protegida. Agora, mergulhadores poderão interagir com a escultura, acompanhando sua evolução no ambiente marinho.
Depois destas duas experiências, Pita Camargo quer ir mais além. Ele pretende levar mais peças para lá, criando o embrião de uma galeria submersa no local. Só precisa de autorização da Marinha do Brasil para acelerar seus planos. Se tudo correr bem, breve teremos ali mais um ponto de turismo ecológico, turismo de aventura, turismo cultural, com atratividade suficiente para os praticantes de passeios submarinos do mundo todo.
Com autorização da Marinha, artista deu início à formação de
uma galeria debaixo d’água
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O preso das peças exige que o transporte seja feito com
equipamentos especiais, veículos pesados e guindastes
de grande capacidade para içamento
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As obras de Pita Camargo podem ser apreciadas de diversas maneiras, e a melhor delas está
integração com os espectadores, como fazem
estas crianças
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Submersa há mais de 20 anos, em reserva marinha com acesso proibido, a Bio Vida I está sendo complementada pela ação da natureza ao seu redor
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Bio Vida II e Bio Vida III, peças que deram início a uma galeria submarina no Saco do Capim, no litoral do
Município catarinense de Bombinhas
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O artista tem trabalhos em espaços públicos de diversas cidades do todo o Brasil, como este, no Molhe da Barra Sul de Balneário Camboriú
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