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JEANE PEREIRA MARQUES DOS SANTOS

FACULDADE DE DIREITO DA UFBA – TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL I

RESENHA CRÍTICA

1. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

GOMES, Orlando. (2!". Raízes históricas e sociológicas do Código

Civil Brasileiro. S#o Pa$lo Mar%&n' Fon%'.

2 APRESENTAÇÃO DO/A AUTOR/A DA OBRA

A)r'n%a*' $+ a$%or alando do' )r&n-&)a&' a%o' rla-&onado'

'$a /&da0 lo-al o-a'&#o d na'-&+n%o, or+a1#o a-ad+&-a, )''oa'3$ 4r-ra+ &nl$n-&a %5r&-a 'o6r '$a o6ra, a%o' 3$ %r&a+

+ar-ado '$a /&da , -on'37n%+n%, '$a or+a d )n'ar.

3 PERSPECTIVA TEÓRICA DA OBRA

Toda o6ra '-r&%a )r%n- a $+a d%r+&nada )r')-%&/a %5r&-a8 9+$&%o &+)or%an% 'a6r a 3$ %rad&1#o:'-ola %5r&-a )r%n- o:a

a$%or:a da o6ra 3$ ' '%; anal&'ando, )o&' &''o )r+&% -o+)rndr a

or+a -o+o '%; or<an&=ada, 6+ -o+o a l5<&-a da ar<$+n%a1#o

$%&l&=ada8 3$ando ' r-on>- a )r')-%&/a %5r&-a do:a a$%or:a, 'a6*

' o 3$ ' )od ')rar da o6ra 3$ 'r; anal&'ada.

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BREVE SÍNTESE DA OBRA

An%' d -o+1ar a an;l&' d $+a o6ra, 9 +$&%o &+)or%an%

)ro-$rar %r $+a /&'#o )anor?+&-a d'%a8 &'%o )od a@$dar a /&'$al&=ar o

-o+1o, o +&o o &+ da o6ra, )r+&%&ndo 'a6r d ond )ar% )ara

aond /a& o: a$%or:a na '$a ar<$+n%a1#o8 '%a )ar% da r'n>a

('o+n% '%a" )od 'r &%a na or+a d $+ '3$+a.

! PRINCIPAIS TESES DESENVOLVIDAS NA OBRA

D)o&' d %$do )r)arado ' )od anal&'ar o -on%do da o6ra d

or+a )ro)r&a+n% d&%a8 o o6@%&/o 9 %ra1ar a' )r&n-&)a&' %'' do:a

a$%or:a n#o r'$+&r a '$a o6ra (r'n>a n#o 9 r'$+o"8 9 )r-&'o lr

-o+ +$&%a a%n1#o )ara ' a)rndr o 3$ 9 $nda+n%al no

)n'a+n%o do:a a$%or:a.

" R#$%#&'( )*+,-) (0*# (0* # -%-)4#

D)o&' d a)r'n%ar -o+)rndr o:a a$%or:a '$a o6ra, d/*

' %ra1ar al<$n' -o+n%;r&o' )''oa&' 'o6r o a''$n%o, an-orado' +

ar<$+n%o' $nda+n%ado' a-ad+&-a+n%.

5 E6E7PLO DE RESENHA CRÍTICA

Veja abaixo um exemplo completo de Resenha Crítica.

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RESENHA CRÍTICA

ALVES-MAZZOTTI, Alda J.; GEWANDSZNAJDER, Fernando. O método nas ciências

naturais e sociais: pe!"#a !"an$#$a$#%a e !"al#$a$#%a. &. ed. S'o (a"lo,

(#one#ra, )***. &+ p.

 

1 CREDENCIAIS DOS AUTORES

Alda Judith Alves Mazzotti bacharel licenciada em !eda"o"ia# bacharel em !sicolo"ia#

!sic$lo"a# mestre em %duca&'o# doutora em !sicolo"ia da %duca&'o# pro(essora titular de

!sicolo"ia da %duca&'o da )aculdade de %duca&'o da *niversidade )ederal do Rio de Janeiro e

leciona a disciplina de Metodolo"ia da !es+uisa em cursos de "radua&'o e p$s,"radua&'o desde

1-/. 0utras obras

  AV%3,MA440556# Alda J.# 71--89. :o trabalho ; rua uma an<lise das representa&=es

sociais produzidas por meninos trabalhadores e meninos de rua. 6n 5ecendo 3aberes. Rio de

Janeiro :iadorim,*)RJ > C)C?.

  @@@@@@@@@ . 71--9. 3ocial representations o( street children# resumo publicado nos Anaisda 5erceira Con(erBncia 6nternacional sobre Representa&=es 3ociais# realizada em Aix,em,

!rovence.

  )ernando eDandsznajder licenciado em Eiolo"ia# mestre em %duca&'o# mestre em

)iloso(ia e doutor em %duca&'o pela )aculdade de %duca&'o da *niversidade )ederal do Rio de

Janeiro. 0utras obras

  %FAG:34GAJ:%R# )ernando. 0 +ue o mtodo cientí(ico. 3'o !aulo !ioneira#1-H-.

  @@@@@@@@@. A aprendiza"em por mudan&a conceitual uma crítica ao modelo !3?.

:outoramento em %duca&'o. )aculdade de %duca&'o da *)RJ# 1--/.

2 RESUMO DA OBRA

0 livro constituído de duas partes# cada uma delas sob a responsabilidade de um autor#

I

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traduzindo sua experiBncia e (undamenta&'o sobre o mtodo cientí(ico# em aborda"ens +ue se

complementam.

 Ga primeira parte# %FAG:34GAJ:%R discute# em +uatro capítulos# o mtodo nas

ciBncias naturais# apresentando conceitos b<sicos como o da lei# teoria e teste controlado.

  No capitulo inicial h< uma vis'o "eral do mtodo nas ciBncias naturais e um alerta sobre a

n'o concordncia completa entre (il$so(os da ciBncia sobre as características do mtodo

cientí(ico. Muitos concordam +ue h< um mtodo para testar criticamente e selecionar as melhores

hip$teses e teorias. Geste sentido diz,se +ue h< um mtodo cienti(ico# em +ue a observa&'o# a

coleta dos dados e as experiBncias s'o (eitas con(orme interesses# expectativas ou idias

 preconcebidas# e n'o com neutralidade. 3'o (ormuladas teorias +ue devem ser encaradas comoexplica&=es parciais# hipotticas e provis$rias da realidade.

O segundo capítulo trata dos pressupostos (ilos$(icos do mtodo cientí(ico# destacando as

características do positivismo l$"ico# se"undo o +ual o conhecimento (actual ou empírico deve

ser obtido a partir da observa&'o# pelo mtodo indutivo# bem como as críticas aos positivistas#

cujo objetivo central era justi(icar ou le"itimar o conhecimento cientí(ico# estabelecendo seus

(undamentos l$"icos e empíricos.

  A partir das críticas ; indu&'o# o (il$so(o Karl !opper 71-L2, 1--89 construiu o

racionalismo crítico# sua vis'o do mtodo cienti(ico e do conhecimento em "eral# dizendo +ue

ambos pro"ridem atravs de conjecturas e re(uta&=es# sendo +ue a tentativa de re(uta&'o conta

com o apoio da l$"ica dedutiva# +ue passa a ser um instrumento de crítica.

  Apoiados em sua vis'o da hist$ria da ciBncia# 5homas Kuhn 7 1-22, 1--9 # aatos e

)eNerabend# entre outros# criticam tanto !opper +uanto os indutivistas# ale"ando +ue sempre

 possível (azer altera&=es nas hip$teses e teorias auxiliares +uando uma previs'o n'o se realiza.

Kuhn destaca o conceito de paradi"ma como uma espcie de Oteoria ampliadaP# (ormada por leis# conceitos modelos# analo"ias# valores# re"ras para a avalia&'o de teorias e (ormula&'o de

 problemas# princípios meta(ísicos e OexemplaresP. 5ais paradi"mas orientam a pes+uisa

cienti(icaQ sua (or&a seria tanta +ue determinaria at mesmo como um (enmeno percebido

 pelos cientistas# o +ue explica por +ue as revolu&=es cienti(icas s'o raras em vez de abandonar 

teorias re(utadas# os cientistas se ocupam com a pes+uisa cienti(ica orientada por um paradi"ma e

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 baseada em um consenso entre especialistas.

  Gos períodos chamados de ORevolu&=es Cienti(icasP# ocorre uma mudan&a de paradi"maQ

novos (enmenos s'o descobertos# conhecimentos anti"os s'o abandonados e h< uma mudan&aradical na pr<tica cienti(ica e na Ovis'o de mundoP do cientista.

A partir do (inal dos anos sessenta# a %scola de %dimbur"o# de(ende +ue a avalia&'o das

teorias cienti(icas e seu pr$prio conteSdo s'o determinados por (atores sociais. Assume as

 principais teses da nova )iloso(ia da CiBncia e conclui +ue o resultado da pes+uisa seria menos

uma descri&'o da natureza do +ue uma constru&'o social.

  O terceiro capítulo  busca estimular uma re(lex'o crítica sobre a natureza dos

 procedimentos utilizados na pes+uisa cienti(ica. :estaca +ue a percep&'o de um problema

de(la"ra o raciocínio e a pes+uisa# levando,nos a (ormular hip$teses e a realizar observa&=es.

  6mportantes descobertas n'o (oram totalmente casuais# nem os cientistas realizavam

observa&=es passivas# mas mobilizavam,se ; procura de al"o# criando hip$teses ousadas e

 pertinentes# o +ue aproxima a atividade cienti(ica de uma obra de arte.

Visando apreender o real# selecionamos aspectos da realidade e construímos um modelo do

objeto a ser estudado. Mas isto n'o basta h< +ue se enunciar leis +ue descrevam seu

comportamento. 0 conjunto (ormado pela reuni'o do modelo com as leis e as hip$teses constitui

a teoria cienti(ica.

A partir do modelo# +ue representa uma ima"em simpli(icada dos (atos# pode,se corri"ir 

uma lei# enunciando outra mais "eral# como ocorreu com avoisier# +ue estabeleceu os alicerces

da +uímica moderna.

No uarto capitulo# %FAG:34GAJ:%R conclui a primeira parte da obra#

comparando a ciBncia a outras (ormas de conhecimento# mostrando +ue tal distin&'o nem sempre

nítida e# +ue a+uilo +ue atualmente n'o pertence ; ciBncia# poder< pertencer no (uturo.  Apresenta críticas a <reas cujos conhecimentos n'o s'o aceitos por toda a comunidade

cienti(ica# como paranormalidade# u(olo"ia# criacionismo# homeopatia# astrolo"ia.

 Ga maioria das vezes# o senso comum# (ormado pelo conjunto de cren&as e opini=es#

limita,se a tentar resolver problemas de ordem pr<tica.

Assim# en+uanto determinado conhecimento (uncionar bem# dentro das (inalidades para

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as +uais (oi criado# continuar< sendo usado. J< o conhecimento cienti(ico procura

sistematicamente criticar uma hip$tese# mesmo +ue ela resolva satis(atoriamente os problemas

 para os +uais (oi concebida. %m ciBncia procura,se aplicar uma hip$tese para resolver novos problemas# ampliando seu campo de a&'o para alm dos limites de objetivos pr<ticos e problemas

cotidianos.

Na segunda parte do li!ro# Alves,Mazzotti discute a +uest'o do mtodo nas ciBncias

sociais# com Bn(ase nas metodolo"ias +ualitativas# analisando seus (undamentos. Coloca +ue n'o

h< um modelo Snico para se construir conhecimentos con(i<veis# e sim modelos ade+uados ou

inade+uados ao +ue se pretende investi"ar e +ue as ciBncias sociais vBm desenvolvendo modelos

 pr$prios de investi"a&'o# alm de propor critrios para orientar o desenvolvimento da pes+uisa#avaliar o ri"or dos procedimentos e a con(iabilidade das conclus=es +ue n'o prescindem de

evidBncias e ar"umenta&'o s$lida.

O capítulo cinco analisa as raízes da crise dos paradi"mas# situando historicamente a

discuss'o sobre a cienti(icidade das ciBncias sociais. %n(atiza (atos +ue contribuíram para

estremecer a cren&a na ciBncia# como os +uestionamentos de Kuhn# nos anos sessenta# sobre a

objetividade e a racionalidade da ciBncia e a retomada das críticas da %scola de )ran(urt#

re(erentes aos aspectos ideol$"icos da atitude cienti(ica dominante.

Mostra +ue os ar"umentos de Kuhn# relativos ; impossibilidade de avalia&'o objetiva de

teorias cienti(icas# provocaram rea&=es opostas# a saber tomados ;s ultimas conse+TBncias#

levaram ao relativismo# representado pelo Ovale tudoP de )eNerabend e pelo construtivismo social

da 3ociolo"ia do Conhecimento. :e outro lado# tais ar"umentos (oram criticados ; exaust'o#

visando indicar seus exa"eros e a(irmando a possibilidade de uma ciBncia +ue procure a

objetividade# sem con(undi,la com certeza.

 

% ainda# diversos cientistas sociais# mobilizados pelas críticas ; ciBncia tradicional (eitas

 pela %scola de )ran(urt# partindo de outra perspectiva# procuravam caminhos para a e(etiva&'o

de uma ciBncia mais compromissada com a trans(orma&'o social.

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%m tal contexto# ad+uirem desta+ue nas ciBncias sociais# os modelos alternativos ao

 positivismo# como a teoria crítica# expondo o con(lito entre o positivismo e a vis'o dialtica.

%s"otado o paradi"ma positivista# ad+uire desta+ue# na dcada de setenta# o paradi"ma+ualitativo# abrindo espa&o para a inven&'o e o estudo de problemas +ue n'o caberiam nos

rí"idos limites do paradi"ma anterior.

A discuss'o contempornea prop=e compromisso com princípios b<sicos do mtodo

cienti(ico# como clareza# consenso# lin"ua"em (ormalizada# capacidade de previs'o# conjunto de

conhecimentos +ue sirvam de "uia para a a&'o7modelos9.

A an<lise das posi&=es indica (lexibiliza&'o dos critrios de cienti(icidade# preocupa&'o

com clareza do discurso cienti(ico permitindo crítica (undamentada# explica&'o e n'o apenasdescri&'o dos (enmenos.

O capítulo seis apresenta aspectos relativos ao debate sobre o paradi"ma +ualitativo na

dcada de oitenta.

6nicialmente# caracteriza a aborda"em +ualitativa por oposi&'o ao positivismo# visto

muitas vezes de maneira in"Bnua.

Folcott denuncia a con(us'o na <rea# incoln e uba denominam o novo paradi"ma de

construtivista e !atton capta o +ue h< de mais "eral entre as modalidades incluídas nessa

aborda"em# indicando +ue se"uem a tradi&'o compreensiva ou interpretativa.

Na Con"er#ncia dos $aradig%as Alternati!os& e% 1'('# s'o apresentados como

sucessores do positivismo

← Construtivismo 3ocial# in(luenciado pelo relativismo e pela (enomenolo"ia#

en(atizando a intencionalidade dos atos humanos e privile"iando as percep&=es.

Considera +ue a ado&'o de teorias a priori na pes+uisa turva a vis'o do observado.

← !$s U positivismo , :e(ende a ado&'o do mtodo cientí(ico nas ciBncias sociais#

 pre(erindo modelos experimentais com teste de hip$teses# tendo como objetivo

Sltimo a (ormula&'o de teorias explicativas de rela&=es causais..

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← 5eoria Crítica# onde o termo assume# pelo menos# dois sentidos distintos 719An<lise

ri"orosa da ar"umenta&'o e do mtodoQ 729n(ase na an<lise das condi&=es de

re"ula&'o social# desi"ualdade e poder.

0s te$ricos U críticos en(atizam o papel da ciBncia na trans(orma&'o da sociedade# embora

a (orma de envolvimento do cientista nesse processo de trans(orma&'o seja objeto de debate. Ao

contr<rio dos construtivistas e dos p$s,positivistas# +uestionam a dicotomia objetivo>subjetivo#

implicando oposi&=es# declarando +ue esta uma simpli(ica&'o +ue# em vez de esclarecer 

con(unde. !ara eles subjetividade n'o al"o a ser expur"ado da pes+uisa# mas +ue precisa ser 

admitido e compreendido como parte da constru&'o dos si"ni(icados inerente ;s rela&=es sociais

+ue se estabelecem no campo pes+uisado. 5em +ue ser entendida como sendo determinada por 

mSltiplas rela&=es de poder e interesses de classe# ra&a "Bnero# idade e orienta&'o sexual.

Conceito +ue deve ser discutido em rela&'o ; consciBncia e ;s rela&=es de poder +ue envolvem

tanto o pes+uisador como os pes+uisados.

  Como or"anizador da citada con(erBncia# uba retratou as ambi"Tidades# con(us=es e

discordncias existentes# visando estimular a continua&'o das discuss=es. A di(eren&a entre as trBs

 posi&=es reside na Bn(ase atribuída e# especialmente# nas conse+TBncias derivadas dessas

+uest=eso papel da teoria# dos valores e a subdetermina&'o da teoria.

  Ga pr<tica# observa,se com (re+TBncia a coexistBncia de características atribuídas adi(erentes paradi"mas.

 Go capítulo sete estuda,se o planejamento de pes+uisas +ualitativas# discutem,se

alternativas e su"est=es# acompanhadas de exemplos +ue auxiliam o planejamento e

desenvolvimento de pes+uisas.

Ao contr<rio das +uantitativas# as investi"a&=es +ualitativas n'o admitem re"ras precisas#

aplic<veis a uma in(inidade de casos# por sua diversidade e (lexibilidade. :i(erem tambm +uanto

aos aspectos +ue podem ser de(inidos no projeto. %n+uanto os p$s,positivistas trabalham com

 projetos bem detalhados# os construtivistas sociais de(endem um mínimo de estrutura&'o prvia#

de(inindo os aspectos re(erentes ; pes+uisa# no decorrer do processo de investi"a&'o.

!ara a autora# um projeto de pes+uisa consiste basicamente em um plano para uma

investi"a&'o sistem<tica +ue busca uma compreens'o mais elaborada de determinado problema.

3eja +ual (or o paradi"ma em +ue est< operando# o projeto deve indicar o +ue se pretende

investi"arQ como se planejou conduzir a investi"a&'oQ por+ue o estudo relevante.

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  %ncerrando a obra# o capítulo oito trata da revis'o da biblio"ra(ia# destacando dois aspectos

 pertinentes ; pes+uisa 719 an<lise de pes+uisas anteriores sobre o mesmo tema e ou sobre temas

correlatosQ 729 discuss'o do re(erencial te$rico.

3endo a produ&'o do conhecimento uma constru&'o coletiva da comunidade cientí(ica# o pes+uisador (ormular< um problema# situando,se e analisando criticamente o estado atual do

conhecimento em sua <rea de interesse# comparando e criticando aborda"ens te$rico,

metodol$"icas e avaliando o peso e con(iabilidade de resultados de pes+uisas# identi(icando

 pontos de consensos# controvrsias# re"i=es de sombra e lacunas +ue merecem ser esclarecidas.

!osicionar,se,< +uanto ao re(erencial te$rico a ser utilizado e se"uir< o plano estabelecido.

) CONC*US+O DA RESEN,ISTA

  :e um modo "eral# os autores ap$iam,se em diversos estudiosos para emitir suas

conclus=es. Guma das poucas oportunidades em +ue declara suas pr$prias idias#

%FAG:34GAJ:%R nos lembra +ue a decis'o de adotar uma postura crítica# de procurar a

verdade e valorizar a objetividade uma decis'o livre. Alerta,nos +ue determinadas escolhas

"eram conse+TBncias +ue poder'o ser consideradas indesej<veis pelo sujeito ou pela

comunidade. 3upondo# num exemplo extremo# +ue se decida Oa(rouxarP os padr=es da crítica a

 ponto de abandonar o uso de ar"umentos e a possibilidade de corri"ir,se os pr$prios erros com

a experiBncia# n'o mais distin"uiríamos uma opini'o racional# conse+TBncia de pondera&=es#

críticas e discuss=es +ue consideram di(erentes posi&=es# de um simples preconceito# +ue se

utiliza de conceitos (alsos para jul"ar pessoas pelo "rupo a +ue pertencem# levando a

discrimina&=es.

  5ambm a+ui sua conclus'o ap$ia,se em um autor O)inalmente como diz !opper# se

admitimos n'o ser possível che"ar a um consenso atravs de ar"umentos# s$ resta o

convencimento pela autoridade. !ortanto# a (alta de discuss'o crítica seria substituída por 

decis=es autorit<rias# solu&=es arbitr<rias e do"m<ticas U e at violentas U para se decidir uma

disputaP 7p<" 89.

Com este discurso# incentiva,nos a rea"ir ; acomoda&'o e (alsa neutralidade#

mostrando nossa responsabilidade em tudo +ue (azemos e criamos# pois a decis'o (inal ser<

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sempre um ato de valor e pode ser esclarecida pelo pensamento# atravs da an<lise das

conse+TBncias posi&=es de determinada decis'o.

Respaldando# ainda# suas opini=es em autores de peso# destaca +ue a hist$ria da ciBncia

mostra +ue nas revolu&=es cientí(icas n'o h< mudan&as radicais no si"ni(icado de todos os

conceitos# sendo utilizada uma lin"ua"em capaz de ser compreendida por ambos os lados.

%n(atiza +ue a maioria dos problemas estudados pelos cientistas sur"e a partir de um

conjunto de teorias cientí(icas +ue (unciona como um conhecimento de base. % este

conhecimento de base +ue procura nos (ornecer# deixando claro +ue a (ormula&'o e resolu&'o

de problemas s$ podem ser (eitas por +uem tem um bom conhecimento das teorias cientí(icas

de sua <rea. Completa dizendo +ue um bom cientista n'o se limita a resolver problemas# mas

tambm (ormula +uest=es ori"inais e descobre problemas onde outros viam apenas (atos

 banais# pois Oos ventos s$ ajudam aos nave"adores +ue tBm um objetivo de(inidoP.7p<". 9.

Alves U Mazzotti# esclarece +ue os te$rico,críticos en(atizam o papel da ciBncia na

trans(orma&'o da sociedade# apesar da (orma de envolvimento do cientista nesse processo de

trans(orma&'o como objeto de debate. Complementa com a posi&'o de di(erentes autores

sobre cientistas sociais# parceiros na (orma&'o de a"endas sociais atravs de sua pr<tica

cientí(ica# sendo esse envolvimento e a militncia política +uest=es distintas. %n(atiza +ue a

di(eren&a b<sica entre a teoria crítica e as demais aborda"ens +ualitativas est< na motiva&'o

 política dos pes+uisadores e nas +uest=es sobre desi"ualdade e domina&'o +ue# em

conse+TBncia# permeiam seus trabalhos.

Coerente com essas preocupa&=es# a aborda"em crítica essencialmente relacional

 busca investi"ar o +ue ocorre nos "rupos e institui&=es relacionando as a&=es humanas com a

cultura e as estruturas sociais e políticas# procurando entender de +ue (orma as redes de poder 

s'o produzidas# mediadas e trans(ormadas. !arte do pressuposto de +ue nenhum processo

social pode ser compreendido de (orma isolada# como instncia neutra# acima dos con(litosideol$"icos da sociedade. Ao contr<rio# est'o sempre pro(undamente li"ados# vinculados# ;s

desi"ualdades culturais# econmicas e políticas +ue dominam nossa sociedade.

0s autores concluem +ue coexistem atualmente di(erentes linhas (ilos$(icas acerca da

natureza do mtodo cienti(ico# o +ue tambm v<lido em rela&'o aos critrios para avalia&'o

das teorias cienti(icas. Concordam# tambm# +ue a pes+uisa nas ciBncias sociais se caracteriza

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 por uma multiplicidade de aborda"ens# com pressupostos# metodolo"ias e estilos diversos.

)inalmente# deixam claro +ue o uso do mtodo cientí(ico n'o pode ser considerado de

maneira independente dos conceitos ou das bases te$ricas# implícita ou explicitamente#

envolvidos na pes+uisa.

- CR.TICA DA RESEN,ISTA

A obra (ornece subsídios ; nossa pes+uisa cientí(ica# ; medida +ue trata dos principais

autores>prota"onistas da discuss'o>constru&'o do mtodo cienti(ico na hist$ria mais recente#

reportando,se a esclarecimentos mais distantes sempre +ue necess<rio.  Com s$lidos conhecimentos acerca do desenrolar hist$rico# os autores empenham,se em

apresentar clara e detalhadamente as circunstncias e características da pes+uisa cienti(ica#

levando,nos a compreender as idias b<sicas das v<rias linhas (ilos$(icas contemporneas# bem

como a descobrir uma nova maneira de ver o +ue j< havia sido visto# estudado.

  W uma leitura +ue exi"e conhecimentos prvios para ser entendida# alm de diversas

releituras e pes+uisas +uanto a conceitos# autores e contextos apresentados# uma vez +ue as

conclus=es emer"em a partir de esclarecimentos e posi&=es de diversos estudiosos da ciBncia e

suas aplica&=es e posturas +uanto ao mtodo cientí(ico.

Com estilo claro o objetivo# os autores d'o esclarecimentos sobre o mtodo cienti(ico nas

ciBncias naturais e sociais# exempli(icando# impulsionando re(lex'o crítica e discuss'o te$rica

sobre (undamentos (ilos$(icos. Com isso auxiliam sobremaneira a elabora&'o do nosso plano de

 pes+uisa.

0s exemplos citados amplamente nos auxiliam na compreens'o da atividade cientí(ica e

nos possibilitam analisar e con(rontar v<rias posi&=es# a (im de che"armos ; nossa pr$pria

(undamenta&'o te$rica# decidindo,nos por uma linha de pes+uisa. Mostram,nos a imensa

 possibilidade de trabalhos +ue existe no campo da ciBncia# alm de nos encaminhar para

exposi&=es mais detalhadas a respeito de determinados t$picos abordados# relacionando autores e

 biblio"ra(ia especí(icas.

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)inalmente# com o estudo dessa obra# podemos amadurecer mais# inclusive para aceitar e

at solicitar crítica ri"orosa# +ue em muito pode enri+uecer nosso trabalho.

/ INDICA0OES DA RESEN,ISTA

A obra tem por objetivo discutir alternativas e o(erecer su"est=es para estudantes

universit<rios e pes+uisadores# a (im de +ue possam realizar# planejar e desenvolver as pr$prias

 pes+uisas# na "radua&'o e p$s,"radua&'o# utilizando,se do ri"or necess<rio ; produ&'o de

conhecimentos con(i<veis. W de "rande auxilio# principalmente# ;+ueles +ue desenvolvem

trabalhos acadBmicos no campo da ciBncia social.

 G'o se trata de um simples manual# com passos a serem se"uidos# mas um livro +ue

apresenta os (undamentos necess<rios ; compreens'o da natureza do mtodo cientí(ico# nas

ciBncias naturais e sociais# bem como diretrizes operacionais +ue contribuem para o

desenvolvimento da atitude crítica necess<ria ao pro"resso do conhecimento.

 Joana Maria Rodrigues Di Santo é Psicopedagoga experiente, com atuação significativa em

 Psicopedagogia Institucional, Coordenadora de nsino Médio e !undamental, Supervisora

aposentada do Munic"pio de São Paulo, Mestre em ducação, profere palestras e assessora

diversas escolas#

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