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A vida Por detrás dos conflitos Pela busca da Felicidade Marcelo Sant’ Índice Cap. 1. Uma certa Cloe 3 Cap. 2. Uma tal excursão 11 Cap. 3. O estranho Sony Davis 18

Vida por detrás dos conflitos

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Page 1: Vida por detrás dos conflitos

A vidaPor detrás dos conflitos

Pela busca da Felicidade

Marcelo Sant’

Índice

Cap. 1. Uma certa Cloe

3 Cap. 2. Uma tal excursão

11 Cap. 3. O estranho Sony Davis

18Cap. 4. O garoto que vendia flores

36Cap. 5. Laranjas Douradas

46Cap. 6. O cantar de Ane Moore

Page 2: Vida por detrás dos conflitos

64Cap. 7. Fuga do abismo

73Cap. 8. Pensamento do Autor

88

Page 3: Vida por detrás dos conflitos

Capitulo 1

Uma Certa Cloe

O pedido de mamãe foi: Cloe por favor me der um pouco de sossego. Eu

nem queria ficar na mesma casa que ela, contudo um vazio ainda se

apoderava de mim. Certa vez ela me disse: seria muito bom se você

conseguisse um emprego e fosse viver sua própria vida. Minha mãe é tipo

moderna demais para seu tempo. Eu não a odeio simplesmente sei que

poderia me amar mais. Depois do aperreio que passei com o W o mínimo que

poderia receber era a compreensão dos meus velhos, meu pai resmungava de

um lado e minha mãe quase me mandava embora por que terminei de vez com

aquele doido do W. também quem manda beijar minha prima, aquela víbora

ladra de namorados. Eu ainda teria de planejar minha vingança mortal contra

eles. Como se não bastasse a pressão no colégio de ter que ver as duas pebas

juntos se beijando no gramado na hora do intervalo ainda teria que suportar as

reclamações de mamãe em minha própria casa. Como pode alguém que passa

longos e eternos três anos próximo de você comendo da sua comida, e

dormindo ao seu lado e roncando, me fazendo perder longas horas durante a

noite de sono, te esquecer assim, de repente? Juro que não compreendia, eu

nunca fui boa em saber as respostas para causas inexplicáveis nem ao menos

procurava se é o que querem saber, eu via tudo acontecendo com as outras

pessoas desta vez as coisas estavam acontecendo comigo, sabe aqueles

momentos que pessoas próximas de você passa e você senta para consolar, e

diz palavras bonitas, a gente pensa realmente que nunca irá acontecer algum

dia conosco, e quando você menos espera: Pah! Taí o estrago na vida

amorosa. As vezes pela manhã quando acordo, sempre tenho o habito de olhar

pela janela pequena que papai mandou fazer para ter corrente de ar puro no

meu quarto, certa vez vi o maldito W. fazendo caminhadas em frente minha

casa, não vou negar que ainda balanço quando vejo aquele cara de B. com sua

camiseta mostrando aqueles braços fortes e com o corpo todo suado, ai meu

Deus se pudesse roubar de supetão este cafajeste que amo eu o faria e

desejaria ter o poder de me transformar em mosquinha para ver a cara da

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racha como ficaria. Caio na gargalhada quando ilusiono ver como ficaria aquela

retardada se alguém assim como ela fez comigo roubasse o seu namorado,

mais ainda tenho fé que algum dia isso acontecerá. Sei que ele ainda não

esqueceu de nossas noites de amor, sei que ele ainda passa em frente minha

casa por que a doida varrida ladra de namorados não sabe agradar sobre a

cama, eu sim, sei de tudo até mesmo por que ele me ensinou algumas das

coisas, outras aprendi vendo vídeos proibidos na net que minha mãe mandou

bloquear na nossa tv a cabo. Ainda bem, por que nem tudo que aprendi fiz com

ele, ainda espero fazer com outros caras, queira eu que seja melhor que ele.

Na segunda-feira, no ambiente melado da cantina, considero aquele lugar o

pior para colocar ideias em práticas. O melhor lugar do mundo para pensar em

uma vingança do mal é no seu quarto ou na biblioteca. Nosso intervalo dura em

média uma hora, daria tempo de sobra para ir até lá e maquinar o mal. Toda

hora que passo em frente a pracinha que existe lá no pátio eu fico enojada,

vejo o cafajeste do W. com a piranha de minha prima, ai que noooojo suporto

nem ver. Se bem que quando estamos fazendo não queremos saber se é

nojento ou não, aquele era nosso lugar de namoro, e foi lá que demos o

primeiro beijo, ainda lembro do doce sabor de sua língua enroscada na minha.

Parei bem distante o suficiente para poder me preparar para passar por

perto deles, levantei meu decote, empinei minha bunda, ainda deu tempo de

abri minha caixinha de maquiagem e retoca-la, fui firme e avante para aquela

que seria minha maior prova de coragem: passar perto do lixo e não sentir o

mal cheiro. Faço é rir, da doida da Jessica nunca vai compreender por que eu

não sou sofro as vistas claras, embora eu seja uma garota de dezoito anos eu

não sou daquelas que chora no quarto ouvindo a sofrência nem daquelas que

fica morrendo por dentro e chora nos ombros das amigas por que o namorado

lhe tacou chifres, coitada eu não sou assim, eu sou daquelas que não dou o

braço a torcer eu sou daquelas que sofre sem ninguém saber.

Quando cheguei na biblioteca procurei uma cadeira bem isolada do resto

da turma que estava lá, eu já vivia isolada e agora viveria mais, não seria

surpresa nenhuma para ninguém. Depois de um longo período ali sentada e

bem alimentada nas loucuras de minha vingança observo nada mais nada

menos que a desgraça entrando, ele vira eu vir para a biblioteca, talvez bem

dera um olé da vagaba...e veio até mim para me deixar deprê, só que seu

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joguinho não irá funcionar. Ele foi até ao balcão pediu um livro, pela capa devia

ser do Sidney Sheldon, bom escritor, e tem um péssimo leitor “ Dar e receber

amor é bonito demais para ser um pecado” frase do mesmo autor, quem dera o

W. soubesse disso. Pena que ele não sabe. Quando o vi, parecia que meu

carro iria descer em uma ladeira íngreme, mas me controlei ao ponto de só lhe

observar com uma pontinha de meu olho direito.

Observei que ele sentou numa posição bem estratégica, há alguns

metros de distância de mim, na cadeira lateral que dava para me observar

todinha de pernas cruzadas. Suei, quase que me derreto, de vez, quando

parava de maquinar e rabiscar no papel que fingi está escrevendo para poder

dar-lhes uma olhadinha de vez em quando, era logico que nada poderia me

fazer olhar diretamente para ele por duas razões: a primeira seria: ele não era

meu. E a segunda: ele era um cafajeste, se fez uma vez poderia fazer de novo.

Nem liguei fiz de conta que não estava nem aí para ele.

Bater o carro e saber sair dele é um coisa e outra totalmente diferente é

bater o carro e ainda ficar lá dentro esperando a morte chegar.

Eu posso até ser a Cloe chata e cheia de mimos se bem que minha mãe

não me mima já faz um bom tempo, trouxe de lá da infância ainda meu jeito

todo ameninada de ser e é a coisa que não quero perder jamais, por que acho

que no dia que perder, minha vida se tornará ainda mais chata do que já é.

Rabisquei o pequeno papel, como quem risca uma faca no chão, uma mistura

de raiva e dissabores invadem o ambiente me deixando ainda com uma

sensação de falta de ar, tipo: o ar está rarefeito demais para duas pessoinhas

que estão no ambiente, o sínico ainda olha para mim com uma cara de pau dos

infernos e dar aqueles sorrisinhos que toda mulher exceto eu, cairia. Eu não

caio em ciladas de homens, o W. foi o único que conseguiu alguma coisa

comigo, outros já tentaram e foi em vão.

Quanto mais olhava o incréu, ali eu odiava sua presença e mais sede

ainda de pôr em prática minha vingança vinha à tona. Ainda bem que o carro

do sorvete passou em frente ao colégio tocando sua sineta avisando que

estava na hora de sair dali, e não observar mais suas pernas ligeiramente

abertas propositalmente na minha direção. Queria ter saco para ler um

romance só que meu saco está furado e cai toda minha paciência, no momento

estou com sede de vingança e de vingança ainda continuarei até que seja

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saciada. O W nem imagina quão bandida uma moça traída pode ser, seria tão

injusto deixar passar este acontecido sem relembrar, se bem que ele nunca me

deixa esquecer, quase toda hora os vejo se beijando pelos quatros cantos da

maldita escola que agora servia de palco para o fajuto conto de Romeu e

Julieta, parecem que nasceram só para isso, eu detesto o jeito que ele faz isso,

eu odeio o jeito que ele a toca, nunca me tocou assim, a vaca da minha prima

nem era virgem já deve ter saído com no mínimo meia dúzia dos garotos do

time de futebol, eu sim, novinha, lacrada e cheia de coisas para aprender, ele

não me ensinara, tenho um dúvida: será que ele gosta mesmo é das

escancaradas?

Não era possível, eu amava demais me entreguei e ele nem fez caso

disso. O pior de tudo como já falei antes era minha mãe que amava o

desgraçado e nem apoio me dava, o título da minha vida deveria ser: Cloe a

retardada. Bem que mereço o título de mais retardada do mundo ou melhor do

planeta inteirinho.

Eu tinha para mim que jamais me recomporia daquela baixa vontade de

esganar alguém. Podia ser qualquer um, meu gato, minha mãe, minha prima

ou quem sabe o idiota do W.

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