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CHICO XAVIER ESPIRÍTA APOSTÓLICO ROMANO
“É contra esses impostores que devemos estar em guarda correndo a todo homem honesto o dever de os desmascarar.”
(Allan Kardec, em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, cap. XXI, nº 9)
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Devoção à Maria• “O rapaz, (Chico Xavier) era esquisito
mesmo. Comungava, confessava, ia à missa, acompanhava procissões (...) Em 7
de maio de 1927 (ao iniciar seu mediunato com 17 anos), voltou à igreja
para se despedir do padre Scarzello, ajoelhou-se, beijou-lhe a mão, pediu-lhe
a bênção e saiu, seguido pelo olhar do sacerdote, seu confessor, que pedia para
ele a bênção da Mãe Santíssima, (a Virgem Maria)”. (“As Vidas de Chico
Xavier”, págs. 30 e 3l).• “Em julho, eles, Chico e dona
Carmem, rezavam, quando apareceu Emmanuel, amigo espiritual de Chico,
com ar imponente, vestes sacerdotais e aura brilhante”.
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Uma vez Católico...• “Nunca atacaria o
Catolicismo (...) Pelo contrário. Faria questão
de defender a Igreja Católica como
fundamental ao país. Por mais de quatrocentos
anos, nós fomos e somos tutelados por ela, na formação do nosso
caráter cristão.( op.cit)
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E Roustaingsta• “Chico confidenciaria a um amigo
qual era sua estratégia: - A Igreja Católica precisa sobreviver...” (op.cit pág. 112) (Grifos nossos) E, por certo, sobreviverá, como afirmou Roustaing, pois “debaixo da influência e da direção do Regenerador, caminhará seu chefe, fazendo com que ela se torne católica na legítima acepção deste termo, tornando-se universal, como sendo a Igreja do Cristo.” (Roustaing, op. cit. vol. 3, pág. 66 da 5a. Edição – FEB – 1971)
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Explicação
• Em que pese a admiração que muitos nutrem por Chico Xavier, meu trabalho enquanto estudioso e propagador
da Doutrina Espírita, não me permite calar frente à idolatria que presencio ao médium mineiro.
• Sua obra se comparada a Codificação “não para em pé”.• Se comparada a história antiga, não se sustenta;• Se comparada a história do Brasil, se dilui.• É inacreditável que, supostamente ditada por
ESPIRÍTOS EVOLUÍDOS, contenha tantos erros.• Como pode?
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• Nessa HOMENAGEM, analisaremos dois livros: o de estreia, Parnaso de Além Túmulo, uma coletânea de poesias e Brasil Coração do
Mundo Pátria do Evangelho, atribuído ao espírito Humberto de Campos que depois de
um processo teve o nome mudado para Irmão X, numa clara alusão ao pseudônimo utilizado pelo próprio Humberto enquanto
encarnado, Conselheiro XX.
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• Durante o Estudo sempre que me referir ao autor da obra usarei o nome Humberto de Campos, saliento porém que NÃO ACREDITO que seja o Espírito do jornalista maranhense quem
tenha ditado tal livro. • Mantenho a atribuição tão somente por conta de ter sido dele
que Chico recebeu as psicografias.• Reitero que Humberto de Campos, enquanto encarnado,
sempre foi cioso de sua pena e jamais cometeria leviandades que as teria cometido depois de morto.
• Por isso não CREDITO a ele tal obra e essa é a única opinião pessoal minha neste estudo. Todo o resto são informações do
próprio livro ou informações históricas.
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PARNASOEssa antologia de diversos
poetas psicografada por Chico Xavier, observa-se uma série
de controvérsias, muitas delas bem graves, que eliminam de vez a hipótese de considerar o
livro tanto como uma confiável publicação de
mensagens benfeitoras como um documento mediúnico das obras espirituais de diversos
escritores.
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Alterações• A começar pelas diversas
alterações editoriais que chamam muito a atenção no livro (que se pretendia) obra sublime das poesias
espirituais. Foi reparado e emendado e, não
bastando isso, por mais de 20 anos e ainda por cima
diante de situações bastante problemáticas.
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• Isso pode ser comprovado na correspondência
trocada entre Chico e seu mentor na FEB, Antônio Wantuil de
Freitas datada de 03/05/1947 acerca de uma nova edição do
livro em questão.
• “Grato pelos teus apontamentos alusivos ao “Parnaso” para a próxima edição.
Faltam-me competência e possibilidade para cooperar numa revisão meticulosa, motivo pelo qual o teu propósito de fazer
esse trabalho com a colaboração do nosso estimado Dr. Porto Carreiro é uma
iniciativa feliz. Na ocasião em que o serviço estiver pronto, se puderes me
proporcionar a “vista ligeira” de um volume corrigido, ficarei muito
contente, pois isso dará oportunidade de ouvir os
Amigos Espirituais, em algum ponto de maior ou menor dúvida. Há uma
poesia, sobre a qual sempre pedi socorro, mas continua imperfeita desde a primeira edição. É aquela “Aves e Anjos” (...). Ela
termina assim: “Sorrindo... Cantando...” e não “Sorrindo... Sorrindo...”, como vem
sendo impresso.”
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Brasil coração do mundo pátria do evangelho
Nota-se aqui sua narrativa risível. Parecendo um conto de fadas, o livro mostra um Jesus infantilizado e meio
pateta, que, orientado pelo "anjo" Helil - tido como
"superior" a Jesus - a conhecer o Brasil, suposta
pátria matriz de uma "nova civilização".
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Berço do Evangelho• O livro Brasil, Coração do Mundo,
Pátria do Evangelho teria sido, na verdade, uma reformulação de um
texto originalmente escrito pelo palestrante Leopoldo Machado,
intitulado Brasil, Berço da Humanidade, Pátria dos
Evangelhos, para uma conferência da FEB registrada na revista
Reformador, periódico oficial da FEB, edições de 03.10.1934, página
519 e 01.11.1934, página 575.• Veja integra:
http://obraspsicografadas.org/2012/brasil-corao-do-mundo-de-chico-xavier-1938-e-a-conferncia-de-leopoldo-machado-1934/
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Análise: Introdução
• Jesus transplantou da Palestina para a região do Cruzeiro a árvore magnânima do seu Evangelho, a fim de que os seus rebentos delicados florescessem de novo, frutificando em obras de amor para todas as criaturas.
• Estudos relatam que haviam entre 30 e 80
milhões de nativos nas Américas quando de seu
descobrimento pelos Europeus, 300 anos depois o quadro era outro: nativos perto de 5 milhões, milhões
de escravos trazidos da africa.
Obras de amor para todas as criaturas? Onde?
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Página 47• “D. João III teve a infelicidade de introduzir em Portugal o
organismo sinistro da Inquisição. Com o tribunal da penitência, vieram os Jesuítas. Não constitui objeto do nosso
trabalho o exame dos erros profundos da condenável instituição, que fez da Igreja, por muitos séculos, um centro
de perversidade e de sombras compactas, em todas as nações europeias, que a abrigaram à sombra da máquina do
Estado. O que nos importa é a exaltação daqueles missionários de Deus, que afrontavam a noite das selvas
para aclarar as consciências com a lição suave do Mártir do Calvário. Esses homens abnegados eram, de fato, ‘o sal da
terra’.”
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• Neste trecho, são citados os jesuítas e an passant a Inquisição, isso porque Emmanuel (e o próprio Chico) teriam sido jesuítas e para não desagradar a Igreja Católica, sempre uma constante preocupação na obra de Chico . Em seguida, ratificando esta afirmação, há a exaltação dos “missionários de Deus”, posto aqui, como heróis, que tinham o objetivo de aclarar as consciências, isto é, levar aos indígenas o cristianismo. Clara demonstração de preconceito e menosprezo pela cultura “do outro”.
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Página 50/51• [Ismael, um dos mensageiros e trabalhadores de Jesus, diz a ele:] “A
civilização, que ali se inicia sob os imperativos da vossa vontade compassiva e misericordiosa, acaba de ser contaminada por lamentáveis
acontecimentos. Os donatários dos imensos latifúndios de Santa Cruz fizeram-se à vela, escravizando os negros indefesos da Luanda, da Guiné
e de Angola. Infelizmente, os pobres cativos, miseráveis e desditosos, chegam à pátria do vosso Evangelho como se fossem animais bravios e selvagens, sem coração e sem consciência.” [Então, Jesus lhe responde:]
– Ismael, asserena teu mundo íntimo no cumprimento dos sagrados deveres que te foram confiados. Bem sabes que os homens têm a sua responsabilidade pessoal nos feitos que realizam em suas existências isoladas e coletivas. Mas, se não podemos tolher-lhes aí a liberdade,
também não podemos esquecer que existe o instituto imortal da justiça divina, onde cada qual receberá de conformidade com os seus atos.”
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• Infelizmente os negros que foram arrancados de suas casas, escravizados, separados de suas famílias, chegavam como animais bravios,
selvagens, sem coração e sem consciência à Pátria do Evangelho!
• Isso é realmente um absurdo!• E a resposta de Jesus, dizendo que essa revolta,
essa não aceitação (dos negros) pela nova condição será submetida ao Instituto Imortal da Justiça Divina, onde cada um receberá segundo
seus atos seria para rir não fosse o tema tão sério .• Seria Jesus capaz de dizer tamanha estultice?
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Página 75• “Os portugueses prosseguiram, incessantemente, na faina ingrata de
‘descer os índios’. Regressando ao Além, os primeiros missionários da caravana luminosa de Ismael pedem a sua colaboração
misericordiosa, para que semelhante situação se modifique. Mas, o grande apóstolo de Jesus explica: – Irmãos, não podemos tolher a
liberdade dos nossos semelhantes. Não sou indiferente a esses movimentos hediondos, nos quais os índios, simples e bons, são capturados para os duros trabalhos do cativeiro. Esperemos no
Senhor, cujo coração misericordioso e augusto agasalhará todos aqueles que se encontram famintos de justiça. Contudo, poderemos, com os nossos esforços, auxiliar os encarnados na compreensão das leis fraternas, avisando-lhes o coração de modo indireto, quanto aos
seus divinos deveres. Infelizmente, não encontramos, na atualidade do planeta, outro povo que substitua os portugueses na grande obra de
edificação da Pátria do Evangelho.”
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• Esse ponto do livro poderia ter sido ditado por Maquiavel, que com sua máxima “ os fins
justificam os meios” viria bem a calhar. Pátria do Evangelho”? Então para atingir esse objetivo, Jesus não tem misericórdia de
milhões de vidas humanas (os indígenas que aqui habitavam) e no bem semelhante ao Deus do Antigo Testamento, não exita em dizimar os
inimigos para atingir seus propósitos.
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Página 90• O mensageiro divino as reuniu em grandes círculos, de onde lhe
ouviam a palavra amiga e esclarecedora. – Meus irmãos – disse ele – regressareis dentro de breves dias aos núcleos de trabalho
estabelecidos no planalto piratiningano. Prosseguireis atuando no mesmo campo de labor e liberdade com que caracterizastes as
primeiras iniciativas aí desenvolvidas. Agora, levareis mais longe a vossa coragem e o vosso heroísmo. Penetrareis o coração da terra do Cruzeiro, rasgando as sombras de suas florestas imensuráveis.
Com a vossa dedicação, novas atividades serão descobertas e novas possibilidades hão de felicitar a existência dos colonizadores do país, onde nos desvelaremos pela conservação da bandeira de
Jesus, desfraldada lá sobre todas as frontes e sobre todos os corações.”
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• Em que pese a importância do trabalho executado pelos bandeirantes na ampliação do território
brasileiro para além do “tratado de Tordesilhas” esse trabalho não foi dos mais dignos em termos de postura cristã. Homens brutos, frutos do meio em que viviam, não exitavam em castigar ou eliminar seus oponentes.
Milhares de indigenas pereceram ao cruzarem os caminhos das Bandeiras e não se submeterem a elas.
• Difícil crer que essa postura tenha sido patrocinada por Jesus e conduzida por Espíritos da mais alta hierarquia.
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Páginas 121/122
• O mártir da inconfidência, depois de haver apreciado, angustiadamente, a defecção dos
companheiros, reveste-se de supremo heroísmo. Seu coração sente uma alegria sincera pela
expiação cruel que somente a ele fora reservada, já que seus irmãos de ideal continuariam na posse do sagrado tesouro da vida. As falanges de Ismael
lhe cercam a alma leal e forte, inundando-a de santas consolações. Tiradentes entrega o espírito
a Deus, (…)
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• A informação do heroísmo de Tiradentes e, novamente, uma justificativa para que ele fosse o único dos conjurados condenado à morte (expiação pelos erros do passado), estudiosos afirmam que Tiradentes foi à forca
extremamente contrariado, aos gritos, o que é algo absolutamente normal, convenhamos! Mas aí, não há nada de semelhante à narração do livro, que faz de Tiradentes um “herói” até na hora de sua morte. Terceiro, Tiradentes praticamente ficou esquecido na História do Brasil, por longas décadas. Com a Proclamação da República, um golpe civil-militar, em 15
de novembro de 1889, os republicanos, resgataram forçosamente a história de Tiradentes, porque eles queriam criar um herói nacional. A
República precisava de um mártir. Inclusive, há diversas imagens de Tiradentes, quadros em que ele está com a corda no pescoço, na forca, em
que ele aparece cabeludo e barbudo. Esta imagem é forjada, no sentido de lembrar Jesus Cristo. Os estudiosos afirmam que, normalmente, as
pessoas que eram enforcadas pelas autoridades portuguesas, tinham a cabeça raspada e a barba feita
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Página 158• O nosso irmão, martirizado há alguns anos pela grande
causa, acompanhará D. Pedro em seu regresso ao Rio e, ainda na terra generosa de São Paulo, auxiliará o seu coração no grito supremo da liberdade. (…) Tiradentes
acompanhou o príncipe nos seus dias faustosos, de volta ao Rio de Janeiro. Um correio providencial leva ao conhecimento de D. Pedro as novas imposições das
Cortes de Lisboa e ali mesmo, nas margens do Ipiranga, quando ninguém contava com essa última
declaração sua, ele deixa escapar o grito de ‘Independência ou Morte!’.”
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• As informações mostram um Tiradentes “fazendo turismo” no além, mas aí, ele é convocado a auxiliar D. Pedro na declaração de Independência do Brasil. • Erros históricos graves para um livro que se
pretende da mais ampla verdade, vamos ser sincero! A independência do Brasil fez parte de um
processo, envolvendo interesses e conchavos, terminando, inclusive, com o Brasil pagando uma
indenização a Portugal – praticamente, compramos nossa emancipação política.
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• I – Novas evidências históricas consideram que o “grito às margens do Ipiranga”, nunca ocorreu. Trata-se de um mito histórico. Existe uma versão,
inclusive, de que D. Pedro declarou a independência, não às margens, mas no alto de uma colina do Ipiranga, onde estava se livrando de uma diarréia. Esta história, ainda que cômica, parece se aproximar muito mais da verdade, do que a que foi exaustivamente contada nos livros
didáticos.
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• II – “Independência ou Morte”, é outro mito. Não há qualquer evidência de que D. Pedro tenha
soltado este “grito”, no dia 7 de setembro. Alguns estudiosos apontam que foi a partir de uma carta escrita por D. Pedro, no dia 8 de setembro, onde
ele afirma: “Prezados paulistas, independência ou morte é o nosso lema, mas estamos longe de
conquistá-lo. Espero vosso apoio e vossa lealdade”, que surgiu esta história do “Grito do
Ipiranga”.
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Pedro Américo
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• III – O quadro de Pedro Américo, “símbolo” da Proclamação da Independência brasileira, apresenta uma série de equívocos. O terreno
acidentado do território não permitiria viagens em cavalos “puro sangue”, as mulas
eram as montarias utilizadas naquelas longas viagens. Ou seja, muito do que se escreveu e
se escreve sobre este acontecimento histórico, é pura fantasia.
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• Um livro ditado com a visão dos Espíritos deveria corrigir esses erros e não reforçá-
los.• Alguns companheiros poderão argumentar
que os Espíritos (e o médium) não são infalíveis, portanto, estão sujeitos a erros e
uma vez oriundos desse meio, reproduziram os erros que aprenderam quando
encarnados. Concordo. Humberto de Campos não era um Espírito superior logo
poderia cometer tais equívocos. Porém aqui entra a maior falha de todo o processo mediunico de Chico Xavier: a falta do
C.U.E.E. o Controle Universal dos Ensinos dos Espíritos.
• Esse método criado por Kardec e longamente explicado em O Evangelho
Segundo o Espiritismo, mostra como um médium deve se portar diante as
comunicações que recebe. Se Chico tivesse seguido as orientações de kardec isso teria
sido evitado.
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Páginas 175/177• “O século XIX, que surgira com as últimas agitações provocadas no
mundo pela Revolução Francesa, estava destinado a presenciar extraordinários acontecimentos. (…) Foi assim que Allan Kardec, a 3 de
outubro de 1804, via a luz da atmosfera terrestre, na cidade de Lião. Segundo os planos de trabalho do mundo invisível, o grande
missionário, no seu maravilhoso esforço de síntese, contaria com a cooperação de uma plêiade de auxiliares da sua obra, designados particularmente para coadjuvá-lo, nas individualidades de João-
Batista Roustaing, que organizaria o trabalho da fé; de Léon Denis, que efetuaria o desdobramento filosófico; de Gabriel Delanne, que
apresentaria a estrada científica e de Camille Flammarion, que abriria a cortina dos mundos, cooperando assim na codificação kardeciana no
Velho Mundo e dilatando-a com os necessários complementos.”
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• Esta passagem do livro, mostra que Chico foi responsável direto por divulgar João-Batista Roustaing no Brasil, corroborando a tese da
FEB (da qual Wantuil era entusiasta). • Se o livro fosse ditado por ALTAS ESFERAS DA
ESPIRITUALIDADE isso jamais seria publicado, pois, sabidamente é a teoria do advogado francês foi combatida por Kardec ainda em
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• O caráter católico de Chico no entanto abraçou a tese de Roustaing por fazer jus a virgindade de Maria que lhe era
tão cara (não só a ele, a Bezerra e outros também, façamos justiça) e irresponsavelmente o médium serviu de instrumento para propagar tais ideias no ainda incipiente
movimento espirita brasileiro.• Sem submeter seus escritos ao C.U.E.E. Chico cria uma
série de teorias que contradizem a Codificação (em várias obras) buscando a absolvição atrás de uma imagem de
humildade construída com assistencialismo.
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Página 199
• “A realidade, entretanto, é que o Brasil retirou desse patrimônio de experiências os
mais altos benefícios para a sua política externa e para a sua vida organizada, sem
exigir um vintém dos proventos de suas vitórias.”
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• O texto se refere a Guerra do Paraguai. Brasil, Argentina e Uruguai se uniram contra o Paraguai. Estudiosos ainda não
chegaram a uma conclusão sobre a causa do Brasil ter entrado no conflito. Fato é que a guerra foi extremamente cara ao
Império Brasileiro que teve de tomar empréstimos vultuosos para custeá-la junto à Inglaterra. Contradizendo o texto, a
história mostra que economicamente a guerra foi um desastre para a nação, além é claro do número de mortes. Estima-se que
mais da metade da população masculina paraguaia tenha morrido no conflito e milhares de brasileiros também pereceram. O livro também traz uma visão ufanista e
etnocêntrica onde o Brasil é o mocinho e o Paraguai o bandido.
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• A narrativa também mostra um D. Pedro II como herói dos combatentes o que não corresponde a
verdade. O conflito serviu para diminuir sua popularidade junto a opinião pública, sua força política e junto aos militares que no pós guerra
passaram a fazer reivindicações que o imperador não teve habilidade para conduzir, acelerando
assim a motivação para sua deposição menos de 20 anos depois.
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Páginas 202/203 e 206 “D. Pedro [II] se reconfortava com essas doutrinações das massas, no seu
liberalismo e na sua bondade de filósofo. Desejaria antecipar-se ao movimento ideológico, decretando a liberdade plena de todos os escravos; mas, os terríveis
exemplos da guerra civil que ensangüentara os Estados Unidos da América do Norte durante longos anos, na campanha abolicionista, faziam-no recear a luta das
multidões apaixonadas e delinqüentes. Foi, pois, com especial agrado, que acompanhou a deliberação de sua filha, de sancionar, a 28 de setembro de 1871, a Lei do Ventre Livre que garantia no Brasil a extinção gradual do cativeiro, mediante
processos pacíficos. (…) Os abolicionistas compreendem que lhes chegara a possibilidade maravilhosa e a 13 de maio de 1888 é apresentada à regente a
proposta de lei para imediata extinção do cativeiro, lei que D. Isabel, cercada de entidades angélicas e misericordiosas, sanciona sem hesitar, com a nobre
serenidade do seu coração de mulher. (…) Os negros e os mestiços do Brasil sentiram no coração o prodigioso potencial de energias da sub-raça, com que realizariam
gloriosos feitos de trabalho e de heroísmo, na formação de todos os patrimônios da Pátria do Evangelho, olhando o caminho infinito do futuro.”
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• O medo de poderia ocorrer no Brasil o que ocorrera nos EUA (Guerra da SECESSÃO 1861/65) não se justifica. Humberto de Campos jamais escreveria tal baboseira. Primeiro há que se
considerar as diferenças entre os dois estados: formas de colonização e desenvolvimento econômico naquele momento. O
contexto brasileiro era outro. Nos Estados Unidos, havia uma grande diferença entre os Estados do Norte e os do Sul, no que se
refere ao desenvolvimento industrial e à estrutura socioeconômica. Isto ocorreu, porque os Estados do Norte, de
clima mais frio, foram colonizados no “estilo” colônias de povoamento; enquanto que os Estados do Sul, foram colonizados no “estilo” colônias de exploração, como ocorreu com as colônias
espanholas e o próprio Brasil.
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• O Brasil não apresentava diferenças tão significativas em termos regionais, além
disso, na época do movimento abolicionista, o Sudeste já havia se transformado na região mais próspera, em razão, primeiramente, da economia mineradora, seguida, então, pela economia cafeeira. Muitos cafeicultores já
haviam percebido que a mão-de-obra escrava rendia pouco.
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• Outro ponto importante é sobre a questão das leis citadas: Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários (Lei Saraiva-Cotejipe de 1885), foram duas leis que
não resolviam o problema da escravidão e davam tempo para os escravocratas se adaptarem aos novos tempos. Ao libertarem os escravos com mais de 65 anos (raros por sinal) os proprietários se livravam dos custos de ter de alimentar alguém que já não produzia e quanto às crianças que nasceriam
livres essas só começavam a trabalhar efetivamente com 9 ou 10 anos, ou seja, até essa idade eram também um “custo” para o Senhor. Libertando-os o
dono ficou com a mão de obra producente e se livrou do ônus.• Também estava começando o ciclo da cultura cafeeira e os fazendeiros
perceberam que ficava mais barato contratar os imigrantes que estavam chegando (ainda não haviam direitos trabalhistas no Brasil) que manter
escravos.• A heroína Princesa Isabel só existe no livro de Chico/ Humberto.
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• Há que se dizer ainda que a bondosa Princesa Isabel e o Magnânimo D. Pedro II do livro,
libertaram os escravos de seus feitores por força de lei e que esses simplesmente lançaram as
ruas os ex-cativos.• Corações excelsos, pai e filha não criaram uma
política de assistência a esses recém libertos e o reflexo disso, vemos ainda hoje na desigualdade social imensa da Patria do Evangelho chiquista.
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• Talvez isso se explique porque Humberto de Campos se refere aos negros e mestiços
como SUB-RAÇA, algo lamentável, claramente se referindo aos negros e
mestiços como seres inferiores. • Pensamento claramente preconceituoso e
racista.
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