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ReumatismosReumatismos de Partes Moles de Partes Moles ( extraarticular ) ( extraarticular )
Prof Dr João Francisco Marques NetoFCM – UNICAMP
EDUCOST
REUMATISMO DE PARTES MOLES
Estado doloroso agudo, subagudo ou crônico, das estruturas periarticulares: musculos,
ligamentos, bursas, fáscias, aponeuroses e tendões.
Denominador comum: dor e rigidez músculo-esquelética.
Dor localizada, regional ou até difusa aguda. Dor localizada, regional ou até difusa aguda. subaguda ou crônica, causando limitação subaguda ou crônica, causando limitação
funcional transitória funcional transitória
Causas: traumáticas, overuseCausas: traumáticas, overuse inflamatórias, infecciosas, metabólicas, inflamatórias, infecciosas, metabólicas,
neoplásicas, funcionais neoplásicas, funcionais
Cervicobraquialgia
Diagnóstico diferencial da ostoartrite cervical
Reumatismo de Partes Moles Reumatismo de Partes Moles RegionaisRegionais
• Sd. tensional do pescoçoSd. tensional do pescoçoSd. cervical :posição inadequada da cabeça e Sd. cervical :posição inadequada da cabeça e
membro superiormembro superiorClínica: dor cervical e ombro, cefaléia Clínica: dor cervical e ombro, cefaléia
occipitoparietal com duração prolongada, occipitoparietal com duração prolongada, parestesias e tonturasparestesias e tonturas
Exame: hipersensibilidade muscular, aumento do Exame: hipersensibilidade muscular, aumento do tônus, retificação da lordose cervical, queda e tônus, retificação da lordose cervical, queda e anteriorização dos ombrosanteriorização dos ombros
Reumatismo de Partes Moles RegionaisReumatismo de Partes Moles Regionais• Neuropatias por compressãoNeuropatias por compressão
– Sindrome do desfiladeiro torácicoSindrome do desfiladeiro torácico Costela cervical ou hipertrofia de C7Costela cervical ou hipertrofia de C7 Sd. escaleno anteriorSd. escaleno anterior Sd. da hiperabduçãoSd. da hiperabdução– Sd. do túnel do carpoSd. do túnel do carpo– Sd. do canal de GuyonSd. do canal de Guyon– Espasmos de feixes muscularesEspasmos de feixes musculares– Estenose do canal medularEstenose do canal medular– Sd. do piriformeSd. do piriforme- Sd. tunel do tarso- Sd. tunel do tarso
Síndrome do Desfiladeiro Torácico
A Síndrome do Desfiladeiro Torácico é a compressão do plexo braquial e da artéria
subclávia, na altura do pescoço ou do ombro
São 3 pontos de compressão:- entre os músculos escalenos- entre a clavícula e a primeira costela- o tendão do músculo peitoral menor-1º Desfiladeiro: Músculos Escalenos2º Desfiladeiro: Clavícula e Primeira Costela3º Desfiladeiro: Tendão do Músculo Peitoral Menor
Alguns pacientes apresentam dores semelhantes a angina e embolia no membro superior acometido.
O diagnóstico é essencialmente clinico
Sindromes por compressão do plexo vascular cervicotorácico ( síndromes do desfiladeiro)
Costela Cervical
Escaleno Anterior Costoclavicular Hiperabdução do braço
Sindrome da costela cervical extranumerária
Tratamento conservadorCirurgia ( considerar resultados agravantes )
Compressão do plexo braquiale artéria subclávia na saída do tóraxpor costela extranumerária\
CervicobraquialgiaParesia ou paralisiaParestesiasAlterações sensoriais
Síndrome do escaleno anterior
Manobras de Adson Allen Halstead
Reumatismo de Partes Reumatismo de Partes Moles LocalizadoMoles Localizado
• BursitesBursitesFunções das bursasFunções das bursas: proteção tecidos moles : proteção tecidos moles
das proeminências ósseas + lubrificação.das proeminências ósseas + lubrificação.
CausasCausas: microtraumas de repetição, doenças : microtraumas de repetição, doenças metabólicas (gota), DDTC (AR), infecção metabólicas (gota), DDTC (AR), infecção localizada (bursas mais superficiais: pré-localizada (bursas mais superficiais: pré-patelar e olecraniana)patelar e olecraniana)
Bursite sub-acromialBursite sub-acromial
Reumatismo Partes Moles Reumatismo Partes Moles LocalizadoLocalizado
• Tendinites e TenossinovitesTendinites e Tenossinovites Inflamação dos tendões e bainhas = tenossinovitesInflamação dos tendões e bainhas = tenossinovites
CausasCausas: microtraumas (repetição ) por movimentos: microtraumas (repetição ) por movimentos
em posição inadeqüada ou com mais força.em posição inadeqüada ou com mais força.
Exame ClínicoExame Clínico: edema, calor local, crepitação, : edema, calor local, crepitação,
espessamento sinovialespessamento sinovial
limitação funcionallimitação funcional
Tendinite Tendinite bicipitalbicipital
Tendinite do Tendinite do supra supra
espinhosoespinhoso
Ombro doloroso: Síndrome do impacto• A síndrome do impacto é uma das causas mais comuns de
dor no ombro em adultos.
• Resulta de uma pressão na musculatura do ombro (manguito rotador) exercida por parte da escápula quando o braço é elevado.
• O manguito rotador é formado por quatro músculos – o supraespinhoso, o infraespinhoso, o subescapular e o redondo menor. Estes músculos cobrem a cabeça do úmero, trabalhando em conjunto para elevar e girar o braço.
• O acrômio é a borda frontal da escápula, posicionado acima e na frente da cabeça do úmero. Quando o braço é elevado, ocorre um impacto entre o acrômio e os tendões do manguito rotador. Isto pode causar dor e limitação de movimentos.
• A dor pode ser por uma inflamação da bursa (bursite) que cobre o manguito rotador ou uma tendinite do próprio manguito. Algumas vezes, uma ruptura parcial do manguito pode ser a causa da dor.
Síndrome do impacto
Lesão do manguito rotator
Epicondilite lateralEpicondilite lateral
Epicondilite Epicondilite medialmedial
Bursite olecraneanaBursite olecraneana
Tenossinovite De QuervainTenossinovite De Quervain
• Tenossinovite estenosante do abdutor Tenossinovite estenosante do abdutor longo e extensor curto do polegarlongo e extensor curto do polegar
( manobra de Finkelstein )( manobra de Finkelstein )
Tenossinovite-Dedo em Tenossinovite-Dedo em gatilho ( trigger-finger )gatilho ( trigger-finger )
• Tenossinovite dos Tenossinovite dos flexores dos dedos das flexores dos dedos das mãosmãos
Síndrome do túnel do carpo
Manobras de Phalen
Sinal de Tinel
(Compressão ou neurite no território de(Compressão ou neurite no território deInervação do nervo mediano)Inervação do nervo mediano)
Contratura de Dupuytren
Contratura fixa da mão em flexão pelo espessamento da fascia palmar.
História familiar positiva em 25% dos casos.
Populações de risco: trabalhadores manuais, sedentários, alcoólatras, diabéticos e
epiléticos.
Reumatismos de Partes Moles RegionaisReumatismos de Partes Moles Regionais- coluna vertebral-- coluna vertebral-
Síndrome tensional cervicalSíndrome miofascial lombarFibromialgia
DOR LOMBAR MIOFASCIAL
Dor miofascial: contratura muscular, aguda ou crônica, com nódulos musculares - pontos
gatilhos para a dor.
Imobilização, uso exagerado ou inadequado desses músculos causam dor e trava da
coluna.
A instabilidade lombar é causa de dor lombar. Discopatias, sobrecarga e compressão de
raízes nervosas diminuem a estabilidade da coluna.
( BISSCHOP, 2003).
DOR LOMBAR MIOFASCIAL- mm. estabilizadores da coluna -
Músculos eretores da coluna: Eretor da espinha ( íleocostal, longuíssimo dorsal,
e espinhal ), quadrado lombar e multifidos
A ação bilateral dos três ramos, extende a coluna lombar, torácica e cervical. A ação unilateral promove flexão lateral
e rotação combinada para o mesmo lado,e lordose secundária quando sentado ou de pé
(PALATANGA et al, 2000).
Músculos intermediários e profundos:mm. eretores da coluna
DOR LOMBAR MIOFASCIAL
Síndrome do quadrado lombar
Quadrado lombar: gradrilátero achatado da parede abdominal posterior; corre entre
a pelve, ligamento iliolombar a crista ilíaca, e a décima segunda costela.
DOR LOMBAR MIOFASCIAL
Síndrome do ileopsoas / ileolombar
Músculos multifídos
Multífidos: Multifidos lombares responsáveis por dois terços da rigidez segmentar, diminuindo
todos os movimentos, exceto de rotação e translação posterior.
Na dor lombar aguda e crônica ocorre uma falha na ativação dos
multifidos, e instabilidade segmentar vertebral
A reabilitação dos mm.multifidos se dá através de exercícios específicos
( técnica de Estabilização Segmentar Vertebral ).
DOR LOMBAR MIOFASCIAL SÍNDROME DO PIRIFORME
Compressão do ciático entre os músculos
piriforme e gêmeo superior
Diagnóstico: palpação profunda do músculo piriforme e
manobras de Pace: (dor ciática abdução e rotação externas),
Freiberg (dor à rotação interna, com o membro inferior
estendido), Beatty (apoio sobre lado afetado leva a hiper-
abdução do membro apoiado, contraindo o piriforme = dor ).
Não há dor lombar - apenas dor no glúteo e na região posterior da coxa,
Bursite Bursite trocanterianatrocanteriana
Neurite herpética
Artroosteite pustulosa adquirida(sindrome SAPHO, acquired hyperostosis syndrome )
• sinovite, acne pustulosa, hiperostose e osteíte
Síndrome da banda ileotibial
A banda íleotibial é uma extensão tendinosa da fáscia que desce
lateralmente na coxa a partir do músculo tensor da fáscia lata, na
parte superior no quadril.
Desce, até o tubérculo de Gerdy na parte proximal (superior) da tíbia,
passando pelo côndilo femoral lateral.
O glúteo máximo, o tensor da fáscia lata e o tracto íleo tibial formam o
deltóide da coxa, grupo muscular que realiza abdução do quadril.
Meralgia parestésica de Roth
Neurite ou compressão do nervo femorocutâneo lateral
Causas- Locais
- Neuropatia L2L3- Sistêmicas: gravidez, obesidade, ascite, sarcoidose
Bursite pré-patelarBursite pré-patelar(nun’s knee)(nun’s knee)
Tendinite patelarTendinite patelar
Partes moles: joelhosCondromalácia patellae
Sd.do compartimento anteriorSd. Da dor patelo-femoral( dor à flexão dos joelhos com ou sem efusão articular )
“Joelho do corredor”
GRAUS E CARACTERÍSTICASI - amolecimento da cartilagem +edema
II - fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro < 1,3cm diâmetro
III - fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm IV - erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso subcondral
Partes moles: joelhos
Diagnóstico diferencial com a osteoartrite
Acometimento dos ligamentos colaterais e
internos
Tendinite anserianaTendinite anseriana
PARTES MOLES: TORNOZELO E PÉ
Tendinite aquileanaBursite retrocalcâneaEntesite ( espondiloartrites )Síndrome do túnel do tarso
Sinalde Tinel:positivo para sd. do tunel do tarso
PÉ DOLOROSO: ENTORSE
Entorse do tornozelo (inversão) (esq.) com lesão dos ligamentos do
complexo lateral — calcaneofibular e talo-fibular anterior (dir.)
PÉ DOLOROSO: NEUROMA DE MORTON
Reumatismo de Partes Reumatismo de Partes Moles RegionaisMoles Regionais
• Quadros miofasciaisQuadros miofasciais
– Sd. do ângulo da escápulaSd. do ângulo da escápula
– Fasciíte pré-sacralFasciíte pré-sacral
– Fasciíte glúteaFasciíte glútea
– Fasciíte do tensor da fáscia lataFasciíte do tensor da fáscia lata
Reumatismo de Partes Moles Reumatismo de Partes Moles RegionaisRegionais
• Síndrome do túnel do carpo (n.mediano)Síndrome do túnel do carpo (n.mediano)– Quadro Clínico: Parestesia no trajeto do Quadro Clínico: Parestesia no trajeto do
medianomediano– Parestesias noturnasParestesias noturnas– Extensão dolorosaExtensão dolorosa– Tinel positivoTinel positivo
– Phalen positivoPhalen positivo
SÍNDROME DA DOR COMPLEXA: DIAGNÓSTICO
Clínico Radiológico Termográfico Eletroneuromiografia Cintilografia óssea
Clínico: Tipo I = dor em queimação, localizada, espasmo
muscular, rigidez articular, rubor e aumento da temperatura cutânea.
Tipe II = dor intensa, edema difuso, alterações de pilificação e unhas, osteoporose,espessamento sinovial e atrofiamuscular.
Tipo III = dor corrida pelos membros, atrofia muscular marcante com contratura incapacitante e rigidez articular,
fibrose palmar.
SÍNDROME DA DOR COMPLEXA: FISIOPATOLOGIA
Pouco esclarecidaPredisposição genéticaSensibilização do SNCEstímulo de receptores para N-metil-D-aspartato em nervos periféricos
Citocinas pós traumáticas levam à excitação neurogênicaVias aferentes aferentesAtrivação de cels gliaisOxidação por radicais livresReorganização cortical
SÍNDROME DA DOR COMPLEXA:alterações radiológicas e cintilográficas
-osteoporose “marchetada” (reabsorção óssea neurovascular)
SÍNDROME DA DOR COMPLEXA REGIONAL
Fase aguda: inflamatóriaFase crônica: fibrosante
SÍNDROME DA DOR COMPLEXA REGIONAL
FIBROMIALGIA :
DOR CRÔNICA FUNCIONAL QUE MAIS
FREQUENTEMENTE COMPROMETEA QUALIDADE DE VIDA DA
MULHER.
Dor muscular difusa, inicio
insidioso, fraca e média intensidade,contínua, persistente, refratária
a analgésicos, miorrelaxantes
e antiinflamatórios
FIBROMIALGIA : EPIDEMIOLOGIA
Primeiros sintomas : 30 – 50 anos Sexo : feminino 9 / masculino 1
Doença urbana
Isolada ou associada a outras enfermidades, geralmente
incapacitantes ou estigmatizantes
Não é doença profissional,
mas pode superpor-se
ou confundir-se com as
LER / DORT
FIBROMIALGIA
Etiopatogenia ainda por ser definida. Ligada à redução de neurotransmissores
(serotonina e outras aminas biogênicas ) no parênquima cerebral.
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO : - distúrbios do sono
- estados de humor depressivo - perda de autoestima - conflitos familiares - história de perdas
- inadequação profissional - exclusão social
- condições limitantes da qualidade de vida
Estímulos cerebrais serotoninérgicos em receptores 5HT1, 5HT2 e 5HT2B nos núcleos da rafe e estruturas
mesolímbicas modulam : - informações afetivas e cognitivas
- impulsos aferentes periféricos
História pessoal, cultura, personalidade, estadosde humor podem modificar a percepção da dor.
Redução na concentração cerebral de neurotransmissores
( serotonina e outras aminas biogênicas)moduladores do estado de sono profundo.
DISTÚRBIOS DO SONO
INDUTORESDE
FIBROMIALGIA
Apnéia noturna
Sono interrompido
InsôniaSonambulism
o
FIBROMIALGIA
DIAGNÓSTICOESSENCIALMENTE CLÍNICO
Dolorimento ou dor generalizada à
palpação muscular, associada à rigidez articular, sensação de inchaço muscular localizado,
fadiga crônica, adinamia, membros pesados e parestesias.
Prevalente no sexo feminino Talia, Aglaia e Eufrosine
FIBROMIALGIA : DIAGNÓSTICO
ESSENCIALMENTE CLÍNICO E FUNDAMENTADO NO RECONHECIMENTO E QUANTIFICAÇÃO DOS FATORES
DE RISCO.
Avaliação subsidiária ( radiológica, imagens, laboratorial e
eletroneuromiográfica )não define a FIBROMIALGIA.
Apenas identifica as associações
Identificação de tender points ( 11 de 18 pontos especificados ).
FIBROMIALGIA : DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL
DOR CRÔNICA FUNCIONAL : Fibromialgia
Síndrome miofascial Síndrome da Fadiga Crônica Síndrome do Colo Irritável
Migrânia
Síndrome paraneoplásica Hipotireoidismo
Diabetes Climatério não assistido
Hipocalcemias Miopatias
FIBROMIALGIA : TRATAMENTO
Modificação do estilo de vidaAtividades físicas aeróbicas diariamente
Correção dos distúrbios do sonoAtenuação das condições de conflito
Melhora da autoestima
Vigilância clínica para diagnóstico e tratamento de doenças associadas
ANALGÉSICOS E ANTI-INFLAMATÓRIOS
ANTIDEPRESSIVOS - tricíclicos ( clorimipramina, amitriptilina )
- inibidores seletivos de recaptação da serotonina - ( fluoxetina, sertralina, citalopram )
PARTES MOLES: TRATAMENTO
• Diagnóstico de lesão localizada• Analgésicos• Antiinflamatórios
• Fisioterapia• Infiltrações locais• Acupuntura• Correção cirúrgica
DOR PELO ENVELHECIMENTO
Dor pelas perdas físicas,estruturais,
sociais,afetivas,
psíquicas
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