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Quimioterapia

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Quimioterapia

O que é quimioterapia? É o método que utiliza compostos

químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento do câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica.

Os agentes atineoplásicos são utilizados na tentativa de destruir as neoplasias malignas por interferir com as funções celulares e a reprodução.

O primeiro quimioterápico antineoplásico foi desenvolvido a partir do gás mostarda, usado nas duas Guerras Mundiais como arma química. Após a exposição de soldados a este agente, observou-se que eles desenvolveram hipoplasia medular e linfóide, o que levou ao seu uso no tratamento dos linfomas malignos. A partir da publicação, em 1946, dos estudos clínicos feitos com o gás mostarda e das observações sobre os efeitos do ácido fólico em crianças com leucemias, verificou-se avanço crescente da quimioterapia antineoplásica. Atualmente, quimioterápicos mais ativos e menos tóxicos encontram-se disponíveis para uso na prática clínica. Os avanços verificados nas últimas décadas, na área da quimioterapia antineoplásica, têm facilitado consideravelmente a aplicação de outros tipos de tratamento de câncer e permitido maior número de curas.

Quando utilizar a quimioterapia? Pode ser usada para tratar a doença

sistêmica, em vez de lesões que sejam localizadas e passíveis de cirurgia ou radiação.

Pode ser combinada à cirurgia e/ou á radioterapia para diminuir o tamanho do tumor no pré-operatório, destruir quaisquer células tumorais remanescentes no período pós-operatório ou tratar algumas formas de leucemia.

Como utilizar a quimioterapia? Cada vez que o tumor é exposto a um agente

quimioterápico, um percentual das células tumorais (20 a 99%, dependendo da dosagem) é destruído.

As doses repetidas de quimioterapia são necessárias durante um período prolongado para conseguir a regressão do tumor. A erradicação de 100% do tumor é quase impossível, mas a meta é erradicar uma quantidade suficiente do tumor, de modo que as células tumorais restantes possam ser destruídas pelo sistema imunológico do corpo.

Quimioterapia X ciclo celular As células em proliferação ativa dentro de um

tumor são as mais sensíveis aos agentes quimioterápicos.

As células em não-divisão, capazes de futura proliferação, são as menos sensíveis aos medicamentos aintineoplásicos e, por conseguinte, potencialmente perigosas.

Os ciclos repetidos da quimioterapia são usados para matar mais células tumorais por destruir essas células em não divisão, à medida que elas entram em divisão celular ativa.

Demonstra uma inibição da replicação do DNA. Quando combinado com a quimioterapia (as esferas verdes)

Classificação dos agentes quimioterápicos A maioria das drogas utilizadas na quimioterapia

antineoplásica interfere no ciclo celular, e a melhor compreensão do ciclo celular normal levou à definição clara dos mecanismos de ação da maioria das drogas, com isto classificaram os quimioterápicos conforme a sua atuação sobre o ciclo celular em:

Ciclo-inespecíficos - Atuam nas células que estão ou não no ciclo proliferativo, possuem um efeito prolongado sobre as células.

Ciclo-específicos - Os quimioterápicos que atuam somente nas células que se encontram em proliferação.

Fase-específicos - Aqueles que atuam em determinadas fases do ciclo celular.

Muitos planos de tratamento combinam substâncias ciclo-específicas e ciclo-inespecíficas para aumentar o número de células tumorais vulneráveis mortas durante um período de tratamento.

Os agentes quimioterápicos de cada categoria podem ser utilizados para estimular a morte celular tumoral, durante a terapia, por criarem múltiplas lesões celulares.

Usar a terapia de combinação de substâncias também evita o desenvolvimento de mecanismos de resistência à substâncias.

Administração de agentes quimioterápicos Os agentes quimioterápicos podem ser

administrados no ambiente: Hospitalar; Ambulatorial; Domiciliar.

Vias de administração dos agentes quimioterápicos:

Oral; Intravenosa; Intramuscular; Subcutânea; Arterial; Intracavitária.

Em geral, a via de administração depende do tipo de agente, da dose necessária e do tipo , localização e extensão do tumor a ser tratado.

A dosagem dos agentes antineoplásicos baseia-se principalmente na área total de superfície corporal do paciente, na resposta prévia à quimioterapia ou radioterapia, nas funções dos principais órgãos e nas condições físicas.

Toxicidade dos agentes quimioterápicos Os efeitos terapêuticos e tóxicos dos

quimioterápicos dependem do tempo de exposição e da concentração plasmática da droga. A toxicidade é variável para os diversos tecidos e depende da droga utilizada. Nem todos os quimioterápicos ocasionam efeitos indesejáveis tais como alopecia e alterações gastrintestinais (náuseas, vômitos e diarréia).

As doses para pessoas idosas e debilitadas devem ser menores, inicialmente, até que se determine o grau de toxicidade e de reversibilidade dos sintomas indesejáveis.

Precoces(de 0 a 3 dias)

Imediatos(de 7 a 21 dias)

Tardios(meses)

Ultra-Tardios(meses ou anos)

• Náuseas• Vômitos• Mal estar• Artralgias• Agitação• Exantemas• Flebites

• Plaquetopenia anemia• Mucosites• Cistite hemorrágica •Imunossupressão• Potencialização dos efeitos das radiações

Mielossupressão

• Miocardiopatia • Hiperpigmentação e esclerodermia • Alopecia• Pneumonite •Imunossupressão• Neurotoxidade • Nefrotoxidade

• Infertilidade• Carcinogênese• Mutagênese• Distúrbio do crescimento em crianças• Seqüelas no sistema nervoso central• Fibrose/cirrose hepática

Requisitos para a aplicação da quimioterapia

Condições gerais do paciente: menos de 10% de perda do peso corporal desde o início da

doença; ausência de contra-indicações clínicas para as drogas

selecionadas; ausência de infecção ou infecção presente, mas sob controle; capacidade funcional correspondente aos três primeiros

níveis, segundo os índices propostos por Zubrod e Karnofsky. Contagem das células do sangue e dosagem de hemoglobina. (Os

valores exigidos para aplicação da quimioterapia em crianças são menores.):  

Leucócitos > 4.000/mm³ Neutrófilos > 2.000/mm³ Plaquetas > 150.000/mm³ Hemoglobina > 10 g/dl

Dosagens séricas: Uréia < 50 mg/dl Creatinina < 1,5 mg/dl Bilirrubina total < 3,0 mg/dl Ácido Úrico < 5,0 mg/dl Transferasses (transaminases) < 50 Ul/ml