A Mesopotamia e Seus Povos

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  • 8/2/2019 A Mesopotamia e Seus Povos

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    MUSEU DE TOPOGRAFIA PROF. LAUREANO IBRAHIM CHAFFEDEPARTAMENTO DE GEODSIA UFRGS*A MESOPOTMIA E SEUS POVOS*

    Ja n ei r o / 2 0 0 9Tex t o o r ig ina l de :Joo Louren o da Si lva Net toAdvogado Historiador Escritor - Juiz de Fora-MG

    Am pl iao e i lus t rao de au t o r ia de;I ran Car los Sta l l i v ie re Cor r a Museu de Topografia Prof. Laureano Ibrahim Chaffe Porto Alegre-RS

    *Um zigurate da cidade de UR, cuja base mede 1.800 m2*

    No mesmo milnio em que se formava a civilizao egpcia,desenvolvimento semelhante se verificava ao longo das margens dos riosTI GRE E EUFRATES, apenas a poucas centenas de quilmetros de distncia.

    Ali como no Egito, o progresso tcnico ocorria muito mais rapidamente do quena Europa. Antes que todos os povos europeus houvessem adotado o uso dometal, haviam os povos orientais passado pela ERA DO COBRE E DOBRONZE e ingressado na I DAD E DO FERRO.

    De seus primitivos centros no Egito e na terra entre os rios TIGRE EEUFRATES, a civilizao logo se espalhou por todo o FERTI L CRESCENTE, area de terras produtivas em forma de ferradura que se estende no rumonorte da BABILNIA, em direo ao planalto do EUFRATES, e depois se curva

    no rumo sul, outra vez, passando pela SRIA e pela PALESTINA.

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    Gradualmente, a civilizao ainda mais se difundiu: na direo leste paraa terra dos Medos e dos Persas; na do oeste pela sia Menor, at as ilhas epennsula da Grcia e da Itlia, at as costas distantes do MEDI TERRN EO.

    Por convenincia, os historiadores se referem a essa civilizao como"MESOPOTMI CA", embora seja s vezes o termo MESOPOTMIA restringido parte norte da terra que fica entre os dois rios.

    A civilizao mesopotmica era completamente diferente da egpcia. Suahistria poltica, assinalada por interrupes bruscas; sua composio racialera menos homognea e sua estrutura social e econmica oferecia campomais longo iniciativa individual.

    A cultura egpcia era predominantemente tica; a mesopotmica jurdica.O desprezo dos egpcios pela vida, excetuando-se o perodo do Mdio Imprio,era geralmente uma atitude de alegre resignao relativamente liberta de

    supersties grosseiras. A atitude mesopotmica, ao contrrio, eramelanclica, pessimista e inquietada por terrores mrbidos. Enquanto o nativodo Egito acreditava na imortalidade da alma e dedicava grande parte de seusesforos a preparao da vida futura, seu contemporneo mesopotmico viviano presente, olhava com indiferena seu destino aps a morte. Finalmente acivilizao do Vale do Nilo compreendia conceitos de monotesmo, uma religiode amor e igualdade social, a do Tigre - Eufrates era egosta.

    *Sua religio raramente ultrapassava o estgio de um politesmo primitivo

    e seus ideais de justia se limitavam em grande parte observncia literal dostermos de um contrato.*

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    Hoje em dia no se considera a Mesopotmia uma regio muito especial ano ser pelo petrleo que possui. Na antiguidade era um lugar privilegiadopara a sociedade humana. Na poca das cheias os rios Tigre e Eufrates,transbordavam e provocavam enchentes em sua plancie. Quando as guasretornavam ao leito normal, uma rica camada de " h m u s (matria orgnicaque se origina da decomposio de restos de animais e vegetais), ficavadepositada sobre a terra tornando-a frtil e prpria para o cultivo. Irrigado e

    fertilizado pelas enchentes, o solo mesopotmico possibilitava a produo degrande parte dos legumes e gros. Alm disso, os rios cheios de cardumesfavoreciam a pesca. Havia ainda a caa abundante nas margens dos rios econdies para a criao de animais.

    O bom aproveitamento dessas vantagens naturais dependia, entretantodo trabalho e do planejamento dos homens, com o esforo coletivo dosmembros da comunidade.

    O trabalho do controle das cheias do T ig re e Euf ra tes e de construode sistemas de irrigao era fundamental para a sobrevivncia das populaesda regio e gerando essa necessidade de uma organizao coletiva.

    Essas atividades eram exercidas por homens livres e por escravos quetinham alguns direitos definidos em leis.

    Todo este esforo coletivo para o abastecimento de gua visava aodesenvolvimento da ag r i cu l t u ra (cevada, trigo, legumes, rvores frutferas),

    principal atividade econmica da regio.

    .*Agricultores mesopotmicos medindo um campo agrcola.*

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    Para o desenvolvimento da agricultura e das cidades, foi necessria a

    construo de diques (construo slida utilizada para represar guascorrentes), para conter as violentas enchentes, alm de canais de irrigaopara levar a gua dos rios s terras distantes.

    At o sculo VI a.C., no havia moeda cunhada na economi a

    Mesopotmica. A cevada e metais como a prata e o cobre eram muitoutilizados como padro de valor nas trocas comerciais. Na importao demercadorias, o pagamento podia ser efetuado com lingotes de metal.

    A explorao da terra na Mesopotmia baseava-se em um complexosistema de propriedade, segundo a qual a posse privada ainda no eraexercida na plenitude. De modo geral a propriedade da maioria das terras erados templos e do Estado que as distriburam para rendeiros, colonos efuncionrios pblicos. Para realizar todas as tarefas, exigiu esforos de todos e

    com o tempo sentiu-se a necessidade de um poder centralizado que dirigisseessa sociedade. Desse processo surgiu o ESTADO. O poder do Estado justificava-se inicialmente porque um governo centralizado poderia coordenarmelhor o trabalho da populao na construo de grandes obras de interessescomum.

    Houve, no entanto, um desvio de funes que se esperava do Estado. Opequeno grupo de pessoas que controlavam o governo passou a usar o poderque detinham para explorar o restante da sociedade. Os governantes

    aumentavam suas riquezas e privilgios. A maioria do povo era vtima dapobreza e da explorao, desta forma acentuam-se a distncia entregovernantes e governados.

    Assim o nascimento da civilizao na MESOPOTMI A foi marcada, nos pela formao do Estado , mas tambm pelo incio da desigualdade e daexplorao social entre homens, que passaram de uma sociedade comunitriapara uma sociedade dividida em classes.

    O controle poltico era exercido por uma elite que obrigatoriamentetambm era o che fe r e l i g ioso (patesi) e responsvel pelo templo (zigurate).

    Diferente do Egito, onde o chefe do Estado era visto como um deus, naMESOPOTMI A ele era apenas um dos representantes dos deuses na Terra.Ele mantinha um grupo de sacerdotes para ajud-lo a administrar as cidades.

    Estabeleceu assim uma ntima relao, muito presente e forte nesseperodo da histria entre o poder poltico e o religioso; um no existia sem o

    outro.

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    Pode-se perceber que a organizao da sociedade mesopotmica dividida

    de forma geral entre os chefes religiosos e sacerdotes (no comando), os ricoscomerciantes e proprietrios, a populao livre e os escravos.

    *Os mesopotmicos destacaram-se nas construes de templos e

    palcios. Entre seus marcosfiguram os z i gu ra tes (foto) queeram construes formadas por

    diversos andares, cada um menorque o anterior.*

    As atividades administrativas das cidades (arrecadao de impostos e

    obras pblicas), o trabalho coletivo e o intenso comrcio foram importantespara o gradativo desenvolvimento da escrita, da matemtica, do calendrio,das leis, dos padres monetrios de pesos e medidas.

    Toda essas normas eram registradas por meio de escrita cuneiforme, ossmbolos eram registrados em pedaos de barro mido e mole, que depoissecavam e endureciam ao sol. Esse processo de registro alterou radicalmenteas formas de transio de conhecimento, causando uma verdadeira" r e v o lu o cu l t u r a l " .

    Era muito instvel o quadro poltico na MESOPOTMI A, em razo dosconfrontos, disputas entre os povos e as cidades da regio.

    Por ser rea muito frtil no meio de um deserto, atraia invasoresnmades regio. Com o passar dos tempos, alguns povos e cidadesdestacaram-se, assumiram um relativo poder durante um determinadoperodo.

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    *A VIDA DOS MESOPOTMICOS*Escravos e homens de condies humildes levavam o mesmo tipo de vida.

    A alimentao era muito simples: po de cevada, um punhado de tmara eum pouco de cerveja leve. Isso era essencial no cardpio dirio. s vezescomiam legumes, lentilhas, feijo, pepinos ou ainda algum peixe pescado nos

    rios ou nos canais; a carne era um alimento muito raro.

    Na habitao era a mesma simplicidade. s vezes a casa era um simplescubo de tijolos crus revestidos de barro. O telhado era plano e feito comtroncos de palmeiras e argila comprimida. Esse tipo de telhado tinha adesvantagem de deixar passar a gua nas chuvas mais torrenciais, mas emtempos secos eram usados como terraos.

    *Os mesopotmicos acabaram por desenvolver um complexo sistemahidrulico, para dessecar os pntanos e armazenar gua para o perodo dassecas. Com essas medidas e a construo de diques e canais de irrigao,tornou-se possvel o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio.*

    As casas no tinham janelas e noite eram iluminadas por lampies deleo de gergelim. Os insetos eram abundantes nessas moradias.

    Embora os ricos se alimentassem melhor, e morassem em casas maisconfortveis que os pobres, suas condies de higiene no eram maisadequadas. Quando as epidemias se abatiam sobre as cidades a mortalidadeera a mesma em todos as classes.

    O Iraque, pas que ocupa a maior parte do territrio da antigaMesopotmia, dispe de uma das maiores jazidas de petrleo do mundo e temna extrao desse produto sua principal fonte de riqueza. A religio muitoimportante para a populao iraquiana, que professa, na sua quase totalidade

    (95%) o islamismo, religio criada na Arbia no sculo VII pelo profetaMaom. A f islmica, que prega a submisso a Al, o nico deus, rene 20%da populao mundial.

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    *OS POVOS DA MESOPOTMIA*A histria da mesopotmia marcada por uma sucesso de guerras e

    conquistas de um povo sobre o outro. Povos que de modo geral disputavam asmelhores terras junto rica plancie dos riosTI GREeEUFRATES, alm disso,seus exrcitos realizaram expedies de roubo fazendo guerras para

    conquistar as riquezas dos adversrios e submet-los escravido.Entre os principais povos que se estabeleceram na MESOPOTMI Adestacam-se: os sumerianos, os acdios, os amoritas, (antigos babilnios), osassrios, os caldeus(novos babilnios), os hebreus, os hititas, os fenciose osarameus, dentre outros.

    Devemos aos mesopotmicos vrios elementos de nossa prpriacivilizao:

    - ano de 12 meses e a semana de 7 dias.- diviso do dia em 24 horas.- crena nos horscopos e os doze signos do zodaco.- hbito de fazer o plantio de acordo com as fases da Lua.- crculo de 360 graus.- processo aritmtico da multiplicao.

    *OS SUMRIOS*

    *Estandarte sumrio representando os grupos sociais. Na parte superior, o reie sua corte. Nas duas partes inferiores pescadores, agricultores e o povo em

    geral.*

    Entre os montes ZAGROS e o DESERTO DA ARBI A , correm dois rioscaudalosos que desembocam no Golfo Prsico: o Euf ra tes e o T ig re.

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    O vale que eles fertilizam conhecido como MESOPOTMI A ,

    designando-se Assr ia a sua parte norte e Caldeia a sua parte sul. Na zonamais meridional da MESOPOTMI A onde antes desembocavam separados osdois rios foi que os sumrios se estabeleceram no quarto milnio antes deCristo. Sua origem desconhecida, mas parece que vieram do planalto dasia Central. Fundaram cidades como UR, NIPPUR, LAGASH, cada uma

    constituindo um pequeno estado, regido por um chefe religioso e civilchamado de patesi.

    * Ur * *Nippur*

    *Lagash*

    Os sumrios tinham rebanhos bovinos, ovinos e praticavam agriculturapara a qual haviam ideado um arado e uma semeadora puxados por bois. Emseu novo lar apreenderam como aumentar a produtividade natural do valefluvial construindo canais de irrigao.

    Aprenderam a construir suas aldeias em outeiros naturais ou artificiais, demodo a ficarem a salvo das guas de enchentes e terem maior seguranacontra ataques. Por volta de 3.500 a.C., como sabemos por escavaes feitasem UR, os sumerianos haviam atingido uma brilhante civilizao.Provavelmente sua cultura continuou a dominar a BAI XA MESOPOTMI A por mais de 1500 anos enquanto na BABILNIA reinava a dinastia deHAMURABI .

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    *A influncia da arquitetura sumeriana pode ser vistaatualmente no minarete (torre da Mesquita da

    Samarra no finado Iraque). Construdo em 848, o

    minarete tem uma rampa exterior em forma decaracol que termina num pequeno templo.*

    Uma acentuada evoluo tcnica chegou a caracterizar a vida das cidadessumerianas. Para edificar suas moradias tiveram que recorrer ao tijolo,material cujas possibilidades souberam aproveitar ao mximo e que deu uma

    fisionomia singular arquitetura mesopotmica; a pedra, porm costumavama utiliz-la para esculpir esttuas de deuses e de reis, dos quais algumas eramde notvel expresso.

    Os sumrios desenvolveram um sistema de escrita que inicialmente sedestinava ao registro da contabilidade dos templos. Os registros escritos eramnecessrios para a administrao do rico patrimnio acumulado pelos templosatravs de oferendas religiosas, como escravos, rebanhos, terras. Os antigosagricultores sumrios enfrentaram muitas dificuldades. A principal delas era a

    escassez de chuvas. Para obter gua, abriram canais de irrigao.

    *Estatueta sumria do templo de TellAsmar, mostrando um rei em

    orao.*

    * Pr o v r b i o Su m r io *

    "O pobre est melhor m orto do que vivo.

    Se tem po, no tem sal,

    Se tem sal, no tem po,Se tem carne, no tem cordeiro,

    Se tem cordeiro, no tem carne."

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    A administrao desses bens exigia que os sacerdotes mantivessem umcontrole preciso de operaes como emprstimos de animais ou sementes,pagamentos aos construtores de barcos ou a comerciantes estrangeiros,relao de mercadorias vendidas, emprestadas e estocadas. Para manter essecontrole a soluo foi registrar por escrito as operaes realizadas.

    A esc r i t a sumer i ana foi desenvolvendo com o tempo e, por volta de

    3000 a.C., passou a ser utilizada tambm no registro de textos religiosos,literrios e de algumas normas jurdicas.

    Originalmente, essa escrita feita na argila mole, com um estilete em"forma de cunha", o que determinou o formato dos sinais. Por isso a escritasumeriana ficou conhecida como "c u n e i f o r m e"(em forma de cunha).

    *SISTEMA POLTICO*Atravs da maior parte de sua histria os sumerianos viveram numa

    frouxa confederao de cidades-estados, unidas unicamente para finsmilitares. frente de cada uma estava um patesi, que acumulava as funesde primeiro sacerdote, comandante do exrcito e superintendente do sistemade irrigao. Ocasionalmente um desses governadores mais ambiciosos teriaestendido seu poder sobre certo nmero de cidades a assumindo o ttulo derei. No entanto foi s na poca de DUNGI , mais ou menos 2300 a.C., que

    todos os sumerianos se uniram sob a autoridade nica de um chefe de suanacionalidade. Dungi que, em longo reinado de cinqenta e oito anossabiamente dirigiu o trabalho de restabelecer a vida civilizada na Sumria e naAcdia. Infelizmente, porm, viu-se ele envolvido em guerras estrangeiras emque desgastaram as foras do imprio. Este por fim foi destroado pelosamoritas do norte e os elamitas do leste e a capital Ur, sofreu total destruio.O enfraquecimento poltico dos sumerianos, decorrentes da desunio, permitiuque povos semitas vindos do norte da cidade de ACAD, invadissem a regio.

    *Esta foto nos mostra um bloco deargila com exerccios de

    matemtica, 1.700 a.C. Exerccioscomo esse eram ensinados nas

    escolas sumerianas preparando osjovens escribas que futuramenteiriam redigir contratos e calcular a

    produo agrcola.*

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    *ECONOMIA*Os sumerianos possuam um sistema econmico muito simples, e dava

    importncia aos empreendimentos individuais do que geralmente seconcebiam no Egito.

    A terra no era propriedade cimente do rei, nem a atividade comercial,nem industrial era monoplio governamental. As massas populares notinham quase nenhum patrimnio como tambm propriedades.

    A escravido no era uma instituio importante, muitos dos que eramconsiderados escravos no passavam na realidade de servos que haviamhipotecado sua pessoa por dvida.

    A agricultura era o principal interesse econmico da maior parte dapopulao, sendo os sumerianos excelentes lavradores. Devido ao seuconhecimento de irrigao, conseguiram farta colheita de flutues e tambm decereais. Sendo a terra divididas em grandes latifndios que achavam nasmos dois governadores, dos padres e dos oficiais do exrcito, o cidadomdio ou era rendeiro ou um servo. No comrcio estava a segunda parte dariqueza sumeriana. Em todas as transaes comerciais maiores, serviam comodinheiro, barras ou lingote de ouro e de prata, sendo a unidade-padro detrocas um crculo de prata de valor de aproximadamente dois dlares ao

    cmbio moderno.

    Os sumerianos eram muito religiosos consideravam o culto a seus deusesa principal funo a desempenhar na vida. Quando interrompiam as oraes,deixavam estatuetas de pedras que os representavam diante dos altares pararezarem em seu nome.

    *Pedao de argila sumeriana com registro das raes dirias em pictogramas*

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    Dentro dos templos havia oficinas para artesos, cujos produtos

    contriburam para a prosperidade da SUMRI A . Os sumerianos acreditavamnum dado nmero de deuses, tendo cada um deles uma personalidade distintacom atributos humanos. Podemos citar alguns deuses: I STAR, a deusa doprincpio feminino da natureza, SHAMASH , era o deus do sol, dava o calor,luz em beneficio do homem, mas tambm podia mandar seus raios

    abrasadores para secar o solo e as plantas. O dualismo religiosos, envolvendoa crena em divindades inteiramente separadas do bem e do mal, s aparecena civilizao muito depois.

    *Os sumrios utilizavam sua escritacuneiforme para identificar suasesttuas e seus significados. Esta

    esttua, segundo a escrita, representaGudea, rei da cidade de Lagash, por

    volta de 2150 a.C.*

    Os sumer i anos destinavam sua religio exclusivamente a este mundo eno ofereciam qualquer esperana outra vida, no partejavam amumificao e nem construram tmulos complicados. Os mortos eramenterrados sob o piso da casa sem caixo.

    Os sumer i anos no realizavam grades coisas nas atividades intelectuais.Sua grande realizao, no entanto, foi a escrita que esta destinada a ser

    usada durante milhares de anos depois do desaparecimento de nao. Namatemtica, descobriram o processo de multiplicao e diviso a at a raizquadrada e cbica. Seu sistema de numerao, pesos e medidas, eraduodecimal, com o nmero sessenta como unidade mais comum. Aastronomia era pouco mais que astrologia e a medicina, um curioso misto deervaria e magia. O receiturio dos mdicos consistia principalmente emfeitios para exorcizar os eptetos maus e acreditavam serem causas dasdoenas.

    Toda a histria dos sumerianos foi coalhada de invases, guerras ecriao de imprios. Uma razo dessas guerras - por paradoxal que possaparecer - era a de que o pas reclamava paz, porque as riquezas do deltadependiam da cooperao no trabalho de irrigao e a guerra interrompia essa

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    cooperao. Eis por que os governantes de pequenos reinos procuravamaumentar seus domnios a fim de torn-los mais seguros; para faz-lo, porm,parece que achavam que deviam levar a guerra aos reinos vizinhos.

    Como artistas os sumerianos, destacaram-se nos trabalhos com metal, nalapidao de pedras preciosas e esculturas. Os edifcios caractersticos daarquitetura sumeriana o ZI GURATE, depois de muito copiado pelos povos

    que se sucederam na regio, era uma construo em forma de torre compostapor sucessivos terraos e encimada por pequeno templo.

    A educao estava nas mos dos sacerdotes e assim sua influncia eraculminante sobre e a vida intelectual total da nao. Nas escolas dos templos,ensinavam aos estudantes o complicado sistema de escrita. Tambm seensinava a matemtica e ainda a lngua sumeriana e semtica.

    *Nabus, deus dos escribas e da agricultura mesopotmica.*

    Os estudantes que desejassem podiam continuar em estudos maisespecializados, visando a profisso como medicina, o sacerdcio e aarquitetura. Na literatura, constituda principalmente pelos poemas enarrativas picas, destacam-se duas obras sumerianas: a Epop ia deGi lgams a mais antiga narrativa sobre o dilvio e o Mito da Criao.

    Na primeira, Gilgams apresentado como rei de Uruk que busca aimortalidade, acompanhado em suas aventuras por Enkidu . Em uma de suapassagens, o poema assemelha-se intensamente a posterior descrio dodilvio no Antigo Testamento, no deixando dvida alguma de que autores doGnesis ali se inspiraram. No poema sumrio, o heri Utanap i sh t i m ,enquanto no Gnesis No.

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    *Um exemplo de beleza da artemesopotmica*

    A antiga Mesopo tm i a sempre foi alvo da disputa entre povos que sesucederam no controle da regio, e o principal motivo da luta era a importanteriqueza para aqueles que descobriram a agricultura: a gua dos rios T ig re eEuf ra tes. Passados mais de 5 mil anos, a regio continua sendo palco deguerras; na atualidade a invaso do Iraque e o foco do conflito sem dvida outra riqueza natural: o petrleo, to valioso para as sociedadesindustrializadas quanto a gua para as teocracias de regadio.

    Desde o incio da dcada de 1990 o Iraque pas que ocupa a regio

    situada entre os rios Tigre e Eufrates envolveu-se em conflitos com pasesvizinhos como o Kuwait e outras naes especialmente os Estados Unidos.Alm das trgicas perda humanas, essas guerras e essa invaso do Iraquearbitrria acarretam outros prejuzos tambm irreparveis: a destruio destios arqueolgicos e vestgios dos antigos povos da Mesopotmia, importantematerial de estudo que nos auxilia a compreender o modo de vida daantigidade. lamentvel ainda, perceber que, em pleno sculo XXI,interesses econmicos, mentiras da "inteligncia" e demonstraes de "foras"de alguns pases que querem ser os donos da verdade e a polcia do mundo,

    ainda sobrepem vida e histria.

    *OS CASSITAS*Os Cassi tas eram, segundo parece, de raa indo-europia, embora seja

    possvel que, como os hicsos, constitussem um conglomerado heterogneo

    em que os indo-europeus seriam apenas os donos da situao. Os Cassi tas eram brbaros e no demonstraram nenhum interesse pelas realizaesculturais de seus predecessores. A sua nica contribuio foi a introduo docavalo no Vale do T ig re e do Euf ra tes.

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    O certo que, pouco depois do reinado de HAMURABI , os cass i tas -

    unidos talvez aos hititas - apareceram na Mesopotmia e a percorreram emrpidas conquistas. Muitos deles permaneceram ali, tais como soldadosmercenrios; mas por volta de 1769 a.C., um grupo de cass i tas se apoderoudo poder e fundou uma dinastia que se radicou na Babilnia e dominou aregio durante quase dois sculos. Os cass i tas quando viam algo que

    desejavam no hesitavam em lutar por isso. Assim esses viris montanhesestornaram-se os novos senhores da Babilnia. A histria desse perodo poucosignificativa e no se conhece muito bem. Os cass i tas assimilaramprontamente a civilizao babilnica e no introduziram nela alteraesimportantes, motivos por que o aspecto do pas pouco mudou durante otempo de sua dominao. No foi uma brilhante era, mas o comrciocontinuou a ter importncia e so conhecidos as relaes que a Babilnia tevenaquela altura com todos os estados da poca. Finalmente, ante a violncia daagresso dos assrios, a Mesopo tmia Mer id iona l caiu em poder deste povo

    que estava destinado a impor sua hegemonia sobre uma vasta extenso doMundo Antigo. Governaram a Bab i l n ia por quase seis sculos, mas nuncaseu domnio foi to grande como os anteriores de Sargo e H a m u r a b i .

    *A famosa cidade de Uruk um testemunho da melhor arquitetura do quartomilnio a.C. e sua descoberta tem revelado objetos de arte de valor

    incalculvel.*

    *AMORRITAS OU BABILNICOS*Vindo do deserto Arbico por volta de 2000 a.C., o povo a m o r i t a,

    tambm conhecido como babilnico, chegou a Mesopotmia e estabeleceram-se na Babilnia. Por isso os A m o r i t a s ficaram conhecidos como babilnicos.

    Dali governaram um vasto imprio que ultrapassou os limites do que tinhamlogrado formar Sargo e Naran-s in : organizaram com prudncia e firmeza.

    As caractersticas mais importante dos dominadores da Babilnia

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    consistiu em saberem assimilar prontamente a civilizao cujas bases tinhamsido lanadas pelos sumrios. Sua tcnica arquitetnica, suas invenes parao controle das inundaes, sua escrita, suas indstrias, tudo foi aproveitadopelos babilnios e desenvolvidos at em grau notvel de progresso.

    A cidade cuja, divindade protetora chamava-se MARDUC, e possuanotveis templos, cobriu-se de construes belssimas e se tornou centro

    importante de atividades de toda a sorte. Ali reinou entre 2133 a 2081 a.C.,um rei chamado HAMURABI que passou a histria como um dos grandescodificadores da Antiguidade.

    H a m u r a b i decidiu ampliar seus poderes polticos e econmicos na regio

    e chefiando os amoritas, venceu os povos vizinhos e expandiu os domniosbabilnicos por toda a Mesopotmia, desde o Golfo Prsico at o norte daAssria. Com efeito, Hamurabi mandou recopilar os diversos dispositivos queregiam a vida civil e ordenou que fossem gravados em pedra para que todosos povos submetidos a sua autoridade os conhecessem. Esses dispositivosforam, na realidade, os primeiros cdigos jurdicos, com leis escritas que seconhece: O CDI GO DE HAM URABI . Esse Cdigo, que continha 282 artigose 3600 linhas de texto, legislava sobre questes penais e dividia a sociedadeem trs classes: homens livres, subalternos e escravos. O Cdigo de

    H a m u r a b i foi encontrado por arquelogos em 1901, na cidade de Susa eacha-se atualmente no Museu do Louvre em Paris.

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    H a m u r a b i exorta o juiz a ser imparcial. O falso testemunho era

    severamente castigado. Quando se acusava algum de homicdio ou de magia,o acusado deveria dar provas de sua inocncia submentendo-se a experinciada gua (nesta prova o ru era atirado ao rio) e, se no sobrevivesse, estariacumprida a sentena.

    Segundo as l e i s de Hamurab i , "os ladres e seus colaboradorespagariam seus feitos com a vida na maior parte dos casos, s vezes eram

    cortadas as mos e em outras era exigida uma indenizao que no excederia

    30 vezes o valor dos bens roubados". "Aquele que acusava falsament e algumde haver participado em um roubo devia ser entregue morte". Era

    enterrado no lugar da violncia."

    "Se algum penetra com violncia em uma casa, deve morrer. "Sealgum coloca fogo em uma casa e um dos que ajudaram a apagar o incndio

    olha com cobia o que possui o proprietrio da casa e toma alguma coisa,deve ser jogado ao fogo".

    "Um soldado que no cumpre seu dever e retrocede diante do inimigodevia ser condenado morte, e aquele que o denuncia podia apropriar-se da

    casa do covarde".

    "A esposa que odeia seu marido e diz: tu no s meu marido, deve serlanada ao rio com ps e mos amarrados, ou ser jogadas do alto da torre do

    recinto".

    Um exemplo de expanso e unificao poltica da Mesopotmia ocorreupor volta de 1763 a.C., sob o governo de H a m u r a b i , rei babilnico queconsolidou seu poder tomando medidas marcantes em diferentes aspectossociais. Imps o deus babilnio Marduk aos povos vencidos e repartiu apropriedade da terra entre o Estado, templos e os particulares. Consagrou adiviso da sociedade em trs grandes categorias:

    - os a w i l u m , homens livres de elevada posio (sacerdotes, grandesproprietrios, ricos comerciantes) a quem as normas jurdicas conferiamtratamento privilegiado.

    - os m u s h k e n u m , homens livres de mdia posio que trabalhavam comoservidores dos palcios, artesos ou pequenos comerciantes.

    - os escravos , prisioneiros de guerra ou homens livres que no conseguiampagar suas dividas e se tornavam propriedade do credor. Normalmente, a

    escravido por dvida durava certo perodo, estipulado pelo juiz da questo.

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    *O mercado nupcial babilnico, quadro do sculo XIX de Edwin Long, cuja

    decorao foi baseada nos relatos de Herdoto.*

    Na Bab i l n ia existia um exercito regular cujos guerreiros recebiam comopagamento pequenos lotes de terras. Nas pocas das guerras os camponeseseram obrigados a prestar o servio militar, o que os afastava da produo dealimentos. Essa circunstncia acabava por arruin-los, levando-os muitasvezes, a contrair emprstimos, que no podiam pagar, tornando-se entomuitas famlias devedores escravizados, cujo nmero aumentava sempre.

    Os sucessores de H a m u r b i lutaram contra vrios povos asiticos(cass i tas e hu r r i tas ). Em 1513 a.C., a Babilnia foi tomada pelos h i t i t a s,terminando assim o 1 Imprio Babilnico. At 1137 a.C a Babilnia foidominada por vrios povos, mas conseguiu sua independncia sob a lideranade Nabucodonosor. Aps sua morte a Babilnia caiu sob o domnio dosAssr io .

    *O PODER DOS CUS NA TERRA*Para que o forte no oprima o fraco, para dar direitos aos rfos e

    viva, na Babilnia, cidade, da qual ANU e ENLI (BEL) ergueram a cabea, naESAGI L, casa cujas fundaes so to firmes como as do cu e da Terra,minhas preciosas palavra eu as escrevi sobre minha estela e fixei-as frente minha imagem de rei do direito, para julgar as (causas de) julgamento dopas, para decidir as decises do pas, para fazer justia aos oprimido. Eu souo rei que transcende entre os reis, minhas palavras so escolhidas, minhainteligncia no tem rival. Por ordem de SHAMASH , o grande juiz dos cus eda terra, que meu direito resplandea pelos pas, pela palavra da MARDUKmeu senhor, que ningum se apague meu brilho na ESAGI L que amo, quemeu nome seja sempre celebrado com benevolncia e com bnos.(Autopanegrico de Hamurbi, 59-93 ).

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    *CDIGO DE HAMURABIO PRIMEIRO CDIGO JURDICO*Vejamos algumas normas que mostram o rigor das punies:

    * Se um filho bater com as mos em seu pai, t er suas mos cortadas.

    * Se um homem furar o olho de um homem livre ter o seu olho

    tambm furado.

    * Se furar o olho de um escravo pagar m etade do seu valor.

    * Se um m dico tratou a ferida grave de um homem com faca de bronze e

    ele morrer, o mdico ter suas mos cortadas.

    * Se um hom em arrancar os dentes de outr o homem

    livre, seus prprios dentes sero tambm arrancados.* Se um arquiteto construir um a casa e ela cair mat ando o dono, o

    arquiteto poder ser morto.

    * Se o filho do dono da casa mor rer, o filho do arquiteto tambm ser

    morto.

    * Se um homem roubar um a casa, ser m orto no local onde praticou o

    roubo.

    Ali podemos estudar qual era a organizao da famlia, a variada

    condio dos indivduos, o regime da propriedade, o sistema penal. Para aspunies, esse cdigo adotava a " l e i de ta l io " , que determinava que a penaaplicada ao criminoso fosse igual ao crime por ele cometido, ou seja, "olho porolho, dente por dente".

    Ficamos sabendo ao estudar essas leis, que as leis que regiam o ImprioBabilnico eram muito semelhante s que Moiss outorgou ao hebreu.

    Hamurabi tambm empreendeu uma ampla reforma religiosa,

    transformando o deus MARDUC da Babilnia no principal deus daMesopotmia, mesmo mantendo as antigas divindades. A Marduc foilevantando um templo, junto ao qual foi erguido o zigurate da BABEL, citadopelo LI VRO GNESI S (Bblia) como uma torre para se chegar aos cus.

    A noo de Direito aqui utilizada refere-se ao conjunto de regras obrigatrias

    que disciplinam A VIDA EM SOCIEDADE. Nesse sentido amplo nenhuma

    sociedade funcionaria sem a adoo de um mnim o de regras de Direito. Por

    isso os antigos romanos afirmavam: onde houver sociedade, ai estar o direito

    - "Ubi societas, ibi j us"

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    *OS HITITAS*Os h i t i t a s eram de origem indo-europia e haviam chegado sia

    Ocidental no princpio do segundo milnio. Percorreram durante algum tempoextensas regies, estabelecendo transitoriamente na Mesopotmia; masacabaram preferindo radicar-se no centro da meseta da Anatlia, no pas que

    depois chamou Capadcia. Ali fundaram sua capital HATI , onde comearam ase estender em diversos sentidos; no tardou que se chocassem com osegpcios, iniciando-se uma srie de lutas em que estes ltimos levaram amelhor, devido a sua aliana com os mitanianos, os assrios, e os babilnicos.Contudo no sculo XIV os h i t i t a s conseguiram algumas vantagens por causada crise interna que debilitou o poderio egpcio; de modo que as foraschegaram a contrabalanar-se. Em tais circunstncia eis que irrompeu umnovo povo que lhes invadiu os territrios, ameaando a ambos que, entoresolveram se unir. Ao que parece os hititas alcanaram grande poderio militar

    j nos princpios do segundo milnio a.C.. J haviam feito conquistas no norteda Sria antes de destrurem Babilnia por volta de 1600 a.C., e deixaram osdestroos aos cassitas porque lhes era impossvel manter o domnio a tolonga distncia. S porm depois do sculo XV Hati tornou-se uma grandenao imperial. Como seus predecessores, os hititas davam muita importncia religio. Seu governantes era um rei-sacerdote e o clero tinha grandeinfluncia. O deus principal era TESHUB o deus da tempestade, s vezesmontado num touro. Outra divindade principal era a deusa-me a que seassociava um jovem deus masculino. Seu emblema era o leo sobre o qual

    divindades representando regies favorecidas e foras da natureza, e uma daspoucas conhecidas da literatura hitita so as ORAES NO TEMPLO DAPESTE, dirigida por MURSI LI S I I ao deus-tempo.

    O domnio h i t i t a trouxe consigo duas invenes de importnciafundamental para o progresso da humanidade: a utilizao do ferro e o uso docavalo. Esse animal era muito gil para o transporte veloz de carros deguerra, construdos no mais com rodas cheias j conhecidas pelos sumrios,mas rodas com raios mais leves e de fcil manejo. Por diversos meios os

    h i t i t a s deixaram sua marca imprensa nos registros da histria: pelostrabalhos pioneiros no uso do ferro; por seu grande imprio, que tofortemente influenciou o curso da histria no segundo milnio a.C., por suaadaptao e transmisso das realizaes de outros povos asiticos e pororiginais contribuies nas artes.

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    *Demnios daMitologia Hitita.A histria dos

    hititas eradesconhecida at

    alguns anos.Hoje apareceramsuas cidades e

    foramexploradas assuas runas.*

    O r e i h i t i t a era chefe do exrcito, juiz supremo e sacerdote. As rainhasdispunham de certo poder. Apesar da decadncia, o I m p r i o Hi t i t a durou emtorno de 1200 a.C., certos elementos do mundo hitita sobreviveram trssculos nos pequenos reinos situados no sudeste da Ana t l i a e no norte daSria.

    A importncia desta civilizao reside no fato de ter sido ela que noslegou os mais antigos documentos escritos numa lngua indo-europia (lnguaque deu origem a maior parte das lnguas faladas na Europa) at hoje

    descobertos. A maior parte dos textos que tratavam de histria, de poltica, delegislao, de literatura e de religio, eram gravados em cuneiforme sobretabelinhas de argila.

    *OS FENCIOS*Os fen c ios tambm eram de origem semita e estavam estabelecidos na

    costa do Mediterrneo desde pocas remotas. Ficaram submetidos a

    diferentes senhores que dominaram aquelas regies, mas sem prejuzos disso,realizaram intensa atividade comercial em suas cidades entre as quais foramde maior importncia naquela poca SIDON e BIBLOS.

    Bib los foi a primeira cidade fencia que alcanou certo esplendor. Esteveem estreita relao comercial com o Egito e caiu sob sua dependnciaaumentando-lhe ento as possibilidades mercantis, porque muitos produtosegpcio se vendiam quase que exclusivamente por seu intermdio. Bib los, nopode manter sua hegemonia na fencia; outra cidade Sidon principiou a

    desenvolver-se e obscureceu a sua rival.

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    *A principal contribuio dos fencios para as sociedades atuais foi o

    desenvolvimento do alfabeto. Por necessidade prtica, eles criaram sinais pararepresentar os sons das palavras. Esses sinais acabaram adotados por

    arameus e hebreus; completado as vogais, tornaram-se o alfabeto grego.Acima podemos observar a reproduo dos sinais do alfabeto fencio.*

    Sidon foi uma das principais posies egpcia na poca das guerras daSria, porm o seu verdadeiro esplendor foi atingido quando comeou aexplorar o comrcio martimo, que antes era realizado pelos cretenses. Comefeito, aps 1400 quando Creta caiu ante os ataques dos aqueus, os fencios

    de Sidon aproveitaram as circunstncias favorveis para dominar as regiesdo cobre e para aambarcar o intercmbio comercial das ilhas do Mar Egeu eessencialmente a de Creta e das cidades das costas da Sria e da frica.

    Os fen c ios eram antigos colonos de parte Ocidental do Frtil Crescente.Fazendo parte embora dos povos semticos, eram de ancestrais mesclados,assim como os canaanitas. E, do mesmo modo que os hebreus e filisteus, osfencios nunca se organizaram fortemente como nao. As cidades quefundaram compartilhavam de uma cultura comum mas no tinham elos

    polticos mtuos,nem se agrupavam na aventuras mercantis. Foram capazesde manter sua independncia enquanto nenhum grande imprio as ameaou.Mas,no sculo IX a.C., os assrios os subjugaram.

    No perodo de sua independncia, os fencios desenvolveram extenso elucrativo comrcio, especialmente por mar, atravs do Mediterrneo, levandomercadorias e idias das terras civilizadas do Oriente, para os povos atrasadosda Europa e do Ocidente. Entre as suas mais velhas estaes comerciais ecoloniais havia GADES (CADIS) na costa atlntica da Espanha, TI CA no

    litoral mediterrneo da frica e prxima de Car tago , que se tornou sua maiorcolnia.

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    A religio dos fencios estava longe de ser admirvel. Abrangia

    supersties cruis, ritos licenciosos em honra da deusa ASTARTE e osacrifcio de crianas, que eram queimadas vivas. Alguns desses costumeschegaram at aos judeus de Israel. Por exemplo, AHAB construiu um temploao BAAL de T I RO para JEZEBEL, uma de suas esposas que era fencia.

    Felizmente, os fencios tinham algo melhor do que sua religio paraoferecer civilizao. Sua maior realizao foi o alfabeto, que comearam ausar por volta de 1500 a .C., provavelmente como um aprimoramento dossmbolos egpcios. Entre os povos a que os fencios ensinaram seu alfabetoestavam os gregos do Egeu, que o aperfeioaram acrescentando-lhe vogais -os prprios fencios s usavam consoante.

    *Embarcaocom a qual os

    fencioscruzavam o

    Mediterrneopara transportarmercadorias. Elesdominavam todoo comrcio na

    regio.*

    Juntamente com a nova escrita veio o uso do papiro e da tinta que lheshaviam ensinado os egpcios e que se mostrou um sistema muito menosincmodo do que a escrita em pedras ou tabuinha de barro.

    Os fen c ios eram hbeis na navegao, tinham adquiridosconhecimentos astronmicos dos babilnicos e usavam as estrelas,especialmente a est r e la POLAR, para a orientao nas viagens a noite.

    Riquezas e glrias foram conseguidas pelos fencios atravs do comrcioe pelos comrcio a Fencia aumentou o seu poder. Aos poucos o comrciomartimo foi-se transformando na principal atividade econmica dos fencios.

    A escr i ta fen c ia teve como base social os comerciantes. Os fenciosnegociavam com artigos baratos. Este comrcio requeria uma srie depequenas transaes que deviam ser registradas. Assim o alfabeto fencio foiinventado principalmente para facilitar o comrcio.

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    *Os Fencios fizeram do oceano sua estrada, reduzindo sistematicamente osazares do comrcio martimo ao mesmo tempo em que aumentavam suas

    riquezas. Na foto um afresco representando um navio mercante fencio, queso considerados os melhores navegadores da Antiguidade Oriental.*

    Ficaram muito conhecidos na engenharia e na produo de jias. Entre as

    obras de engenharia, destacam-se a famosa canalizao de gua paraabastecer a populao das cidades como, por exemplo, TIROe a construodo templo de JERUSALM , na poca deSALOMO; alm disso, muitos dosprincipais artfices e tcnicos especializados eram fencios. Os produtoscomercializados pelos fencios iam desde os navios, tecidos, madeiras, azeite,jias, vidro (transparente ou colorido), at os mais diversos artigos queconseguiam com outros povos como escravos. Ficaram famosos os tecidostingidos na Fencia com um molusco o mrice de cor viva, conhecido como"prpura de T IRO", usado especialmente pelas altas camadas sociais dos

    grandes imprios da Antiguidade. O prprio nome fencio, da palavra gregaphoinix, significa prpura.

    *OS ARAMEUS*Os a ram eus sem t i cos, valeram-se da queda dos antigos imprios a fim

    de mudar-se do deserto para o norte da Sria. Embora facilmente dominassemou expulsassem os nativos dos locais em que se estabeleceram, tiveram

    depois dificuldades com os hebreus, que eram vizinhos. Conquistados eincorporados ao Imprio Hebreu pelo rei Davi , mais tarde recuperaram aindependncia. No sculo VIII a.C., foram conquistados pelos assrios e dapor diante no recobraram a liberdade. A civilizao aramaica contudo, nodesapareceu, mas continuou sob dominao alheia.

    A carreira cultural dos arameus nos sculos aps a sua derrota foiparecida dos fencios, com exceo de que, em vez de se voltarem no rumodo oeste, pelo mar, desenvolveram um comrcio terrestre para o Oriente.

    Adotaram o alfabeto fencio e transmitiram aos povos orientais: assrios,persas e indianos, assim como os vizinhos hebreus. Sua escrita simplificada eseu amplo e valiosos comrcio tornaram-nos e a sua lngua, conhecidos emtoda a parte do Oriente Prximo.

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    *OS ASSRIOS*Assr ia uma palavra derivada de assur, que significa lugar de

    passagem. A criao do Imprio assrio no sculo IX a.C., aps termo erados pequenos Estados da Sr ia e Palest ina . Dali por diante os assrios

    ocuparam o centro do malco da sia Ocidental, at a sua queda no fim dosculo VII a.C.

    A assria ficava na Alta mesopotmia na regio leste. A parte ocidental doaps era altiplano ondulado, ao passo que a rea a leste do rio Tigre,estendendo-se at as montanhas do Zagros era terra de colinas, matos egrandes rios. Ali haviam estabelecidos os semticos assrios antes do meado doterceiro milnio a .C, e haviam avanado ainda mais longe, enquanto seudomnio se ia estendendo de lan at as fronteiras do Egito.

    O Imprio Assrio chegou ao pice sob SARGO I I (722-705 a.C.).Derrotou-o os israelitas e todos os outros inimigos, incluindo os egpcios, masquando revoltas irromperam em EL e BABI LNI A os egpcios se valeramda oportunidade para recobrar sua independncia.

    *Um carro de combate usadopelos Assrios.*

    A Assr ia estava localizada em um lugar de fcil acesso e possua muitosatrativos, por isso sofreu ataques de muitos invasores. Foi talvez o perigoconstante de invases que despertou no povo assrio um feroz esprito deguerra.

    Os assrios organizaram um dos primeiros exrcitos permanentes domundo. Comandados por reis como Sargo I I , Senequer ib e Assurban ipa l ,os assrios fizeram grandes conquistas militares e construram um dos maiores

    imprios da antiguidade.

    Do sculo VIII ao sculo VI a.C. dominaram uma extensa regio queinclua toda a Mesopotmia, o Egito e a Sria.

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    As conquistas sem precedentes dos assrios foram devidas ao seu

    exrcito que foi o mais altamente organizado da histria do Oriente Antigo.Nos primeiros tempos, o exrcito baseava-se no recrutamento doscamponeses porm mais tarde tornou-se uma fora permanente constitudade soldados que se engajavam por longo tempo. Posteriormente estrangeirostiveram que ser alistados, assim como os assrios.

    O exrcito compreendia vrios ramos: engenheiros, cujos servios eramusados em operaes de sitio como nas marchas, cavalaria, corpo de carretas,infantaria em que se incluam ladeiros e arqueiros. Os soldados eram providosde malhas protetoras, escudos de metal ou vime. Utilizavam muitos espies ea topografia da regio a ser invadida era cuidadosamente estudada antes deser iniciada uma campanha.

    *Cidade assria de Madaktu; altorelevo do sculo VII a.C.*

    Em suas campanhas, os assrios deliberadamente recorriam a uma

    poltica de aterrorizao. No s matavam ou escravizavam seus inimigos edevastavam-lhes as terras, como se vangloriavam com o maior sangue-frio desuas atrocidades. Cidades eram arrasadas ou destrudas por meio do fogo einundaes. As cabeas dos cadveres eram cortadas e amontoadas empirmide, ou fincadas em seteiros. Vtimas eram esfoladas vivas, cegadas,empaladas ou sepultadas vivas. Outras eram mutiladas e deixadas ao sol paramorrer lentamente. Faziam-se holocausto de jovens virgens e para culminar,os reis registravam seu prazer em face do sofrimento e do temor quecausavam, cortavam orelhas, rgos genitais e narizes daqueles que

    ousassem ameaar seu domnio, buscando a total intimidao dosconquistados.

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    Foram os ASSRIOS, um dos povos mesopotmicos, os responsveispela criao de um dos primeiros exrcitos permanentes do mundo. Tratava-se de um exercito poderoso e bem equipado: a infantaria utilizava lanas,escudos e espadas de ferro; a cavalaria tinha carros de combate com rodasreforadas, um aperfeioamento da inveno dos sumrios. At por volta doano 3000 a. C. os veculos utilizados pelos sumrios eram os trens puxadospor bois ou outros animais. A necessidade de transportes mais eficientes

    levou-os a utilizar a roda nos veculos. O usa da roda representou umarevoluo na locomoo terrestre e contribuiu para acelerar as comunicaes.

    *AGRICULTURA*Era o elemento mais importante da vida econmica dos Assrios.

    Muita terra era de propriedade do rei, dos nobres e sacerdotes, mas algumasestavam nas mos de indivduos livre de posio inferior. Contudo, a maioria

    dos camponeses eram de servos. Produziam tmaras, uvas, legumes etemperos; o carneiro e a cabra eram criados pelos donos dos grandesterrenos.

    Os assr ios herdaram a cultura dos povos da Baixa Mesopotmia, ossumrios e os acdios. Quanto as artes, a Assr ia parece muito inspirada nasdos babilnios, e em escultura predominou a preferncia pelo relevo.

    *COMRCIO E INDSTRIA*Nunca foram to importantes para a economia assria. Essas fontes de

    riqueza eram deixadas a escravos e estrangeiros, como os arameus, queobtinham muitos lucros comerciando. A minerao porm, era fonte deriqueza que interessava aos reis do mesmo modo que a guerra, que tambmna Assria era quase negcio.

    *SOCIEDADE*O grupo mais privilegiado da sociedade assria compreendia a famlia

    real, os nobres e os sacerdotes. A seguir vinham os ricos mercadores, osproprietrios de terra e os artesos, em baixo ficavam os servos, os escravoscuja sorte era dura.

    A integridade da famlia era muito respeitada pelos assrios. Por essarazo, os escravos raramente eram separados de seus parentes prximos. As

    mulheres todavia, ficavam sob absoluto controle de seus maridos,considerados proprietrios legais das esposas.

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    O mundo dos assrios, como o de outros povos antigos era um mundo

    masculino.

    *RELIGIO*A religio assria era uma crena sombria, baseada na ignorncia e no

    medo das foras de natureza, entretecida de magia e adivinhaes e quasenada oferecendo no sentido de inspirao tnica e de esperana para o futuro.O deus principal era ASUR, originalmente o deus solar, que fora proclamado orei dos deuses e o senhor de toda a criao. Em certa poca foi exaltado a toelevada posio que a religio assria esteve a beira do monotesmo, masnunca chegou inteiramente a isso.

    Os Assrios adotaram os deuses sumrios, mas praticavam sacrifcios

    humanos, principalmente de crianas, pois acreditavam que o mundo erahabitado por demnios e, com essa prtica, podiam acalm-los.

    ISTAR, tambm era adorada, tanto como uma deusa-me da fertilidadequanto como uma severa senhora da caa. Outras divindades eram MARDUK,NABU, de origem babilnica e SHAMASH que se tornou deus-sol quandoASURsubiu a uma categoria superior como rei dos deuses.

    A vida futura era concebida como tediosa como tambm era por outros

    semitas. Grande grupo de sacerdotes existia para a realizao dos ritos deadorao nos templos. Outros sacerdotes serviam como interpretes davontade divina, orculos do futuro e senhores de encantamento mgico queafastariam as foras malficas.

    No ano de 722 a.C, um chefe militar de gnio poderoso apoderou-se do tronoassrio e adotou o nome de Sargo em memria do famoso patesi de Agad.Na foto observamos o Pa lcio de Sarg o I I sobre as bases das runas que sedescobriram perto da antiga Nnive, os arquelogos reconstituram o grande

    palcio. Chegava-se a ele por rampas e estava rodeado por uma muralhafortificada dentro da qual havia diversos recintos; ao fundo se v o templo desete andares - o z i gu ra te babilnico - dedicado aos deuses e onde seobservava os astros.

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    *REIS ASSSRIOS*Tiglath- Pileser I ..... ..... ..... aprox 1115- 1102 a .C.

    Asurnasirpal I I I ................... aprox 884- 860 a . C

    Salmaneser II I ..... ..... ..... .. m orto em 825 a . C

    Tiglath- Pilese I I I ... ... ... .745-728 a . C

    Salmaneser I V ....................728-722. a . C

    Sargo II ............................. .722-705 a . C

    Senaqueribe.........................705-687 a . CEsar-Haddon........................681-668 a . C

    Assurbanipal........................aprox. 669-626 a .C

    *ARTES*A arquitetura era imponente e ornamentada. Vastos palcios foram

    construdos de tijolos e madeira sobre alicerce de pedra e decorados com

    relevos, esttuas de metal, pintura nas paredes e trabalhos coloridos deesmalte. Intrincados arranjos de ptios, salas, escadarias, corredores ejardins, davam-lhes grandes qualidades de grandeza. As abobadas e portasarqueadas aparecem assim como colunas.

    *CINCIAS*Os assrios praticamente nada acrescentaram de prprio, foram celebres

    em adotar dos babilnios a medicina, a astronomia e a matemtica erealizaram esplndidos trabalhos em esclarecer detalhes, neste fundo deconhecimento. A vasta biblioteca da Assurban ipa l em Nnive uma indicaodessa capacidade dos assrios. Nela os eruditas da corte reuniram tudo quanto

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    puderam encontrar da herana cultural babilnica, muita da qual de outraforma j teria desaparecido.

    *No reinado de Assurbanipal foi construda a Biblioteca de Nnive, com maisde 22 mil tabletes de argila contendo grande parte da literatura

    mesopotmica, e outros conhecimentos cientficos. Nesta foto o Rei AssrioAssurbanipal - 668-62 a.C.- lutando contra um leo.*

    Por volta de 612 a.C., os caldeus aliaram-se aos medos e conseguiramdestruir as principais cidades assrias entre elas ASSUR, JARRAN e a capitalN N I V E. O fim do Imprio assrio foi comemorado com entusiasmo pelos

    povos que sofreram as brutalidades de sua dominao.

    "Contra seus 20.000 guerreiros e 5 reis eu batalhei, e os venci. Fiz que o

    sangue deles se derramasse nos vales e nas plancies. Cortei-lhes as cabeas

    e empilhei-as como montes de trigo diante das suas cidades. E as suas

    cidades eu as incendiei, as demoli, as arrasei. (Inscrio narrando s vitrias

    de Teglatefalasar III rei cujos exrcitos conquistaram a Babilnia e a Sria).

    Esse expansionismo assrio comeou no sculo VIII a.C.

    *A VIOLNCIA ASSRIA CONTRA OS POVOSVENCIDOS*Numa inscrio de 884 a.C., o rei assrio ASSURBANI PAL, relatou o

    modo cruel com que trata os vencidos sempre demonstrando suasuperioridade.

    "Eu sou Assurban ipa l , o Grande Rei, o Poderoso Rei, Rei do Universo,Rei da Assria, Rei das Quatros Regies do Mundo, Rei dos Reis, Prncipe

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    inigualado, que ao comando de Assur, exerce o governo do mar superior e

    inferior, e ps submisso a seus ps todos os prncipes".

    Ao fazer esse relato, seu objetivo era provocar medo nos povos vizinhos.

    "A cidade de TLA era protegida por trs fortalezas. Seu povo confiavanessas fortes muralhas e nas suas tropas. Por isso no se atirou aos meus

    ps, em splica. Por meio de violentas batalhas, conquistei a cidade de TLA .Matei trs mil guerreiros, lancei muitos outros ao fogo, fiz grande nmero de

    prisioneiros vivos. De uns cortei as mos e os dedos; de outros, cortei o nariz

    as orelhas ou furei os olhos, seus filhos e filhas, afoguei nas guas."

    *A Cidade Real de Nimrud 880 a.C. (localizada ao norte do Iraque).Por voltado ano de 880 a.C. a capital Assria foi transferida da sua sede original emAssur para a cidade de Nimrud, e depois para Khorsabad. Esta uma vistaarea da cidade de Nimrud que foi capital do Imprio Assrio entre 880-707

    a.C.*

    *CALDEUS OU NEOBABILNICOS*Com o fim do Imprio Assrio, a cidade da Babilnia ficou independente,

    logo depois foi novamente dominada, agora pelos caldeus.

    Com a morte de Assurbanipal, Nabopo lossar , governante da Babilnia,estabeleceu a independncia babilnica e aliando-se a medos e persas, ajudoua levar a cabo a tomada de Nnive e a queda dos assrios. Embora a poderosafora da Babilnia durasse menos de cem anos, sua influncia foiimediatamente sentida e o Imprio que Nabopo lossar criou conhecidotanto como Imprio Caldeu quanto Imprio Neobabilnico.

    Dominando seguramente a rea do Frtil Crescente, Nabopo lassar empenhou-se em reprimir os intentos egpcios de restabelecer seu imprio no

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    Oriente Prximo e aps uma srie de lutas, seu filho, Nabucodonosor , derrotou totalmente os egpcios na Batalha de Carchemish em 605 a.C. Dapor diante, a Sria passou para o domnio caldeu e, quando o Reino de Jud serebelou em 597 a.C., Nabucodonosor tomou Jerusalm. Onze anos depoisverificada nova rebelio, ele saqueou Jerusalm e deixou-a em runas,aprisionando na Babilnia o rei e muitos nobres; este foi o chamado"ca t i ve i ro da Bab i l n ia " dos judeus.

    *Esta foto nos mostraas runas do Palcio de

    Nabucodonosor e

    provvel parte dosJardins Suspensos daBabilnia.*

    Sob Nabucodonosor , o Imprio Caldeu chegou ao auge e a babilnia

    tornou-se a cidade que o historiador grego Herdoto descreveu. As grandesmuralhas foram reconstrudas, erigiram-se templos e imensos palcios; e osfamosos jardins em terraos, Jard ins Suspensos, que eram uma das SeteMaravilhas do Mundo Antigo - foram restaurados.

    *AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO ANTIGO SO*Pirmides do Egito

    Jardins Suspensos da BabilniaEsttua de Jpiter Olmpico

    Colosso de Rodes

    Templo de Diana

    Tmulo do Rei Mausolo

    Farol da Alexandria

    O nmero 7, tem tido grande influncia na vida da humanidade: 7 soaos dias da semana; 7 so as notas musicais; 7 so as cores do arco-ris; 7

    foram as maravilhas do mundo; 7 foram os sbios da Grcia; 7 so ossacramentos; 7 so os pecados mortais; 7 so os eclipses; 7 conta dementiroso.

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    Se os ca ldeus, cujo nome s aparece na histria pouco antes da ascensodo Imprio, eram exilados de retorno a babilnia ou um povo semticoaparentando, coisa sem importncia. Seus governantes, de qualquer modoeram antigrios por excelncia e cuidaram de restaurar muitos aspectos daantiga civilizao de Hamurabi no governo, nas leis, na literatura e naindstria.

    Quando verificaram ter pobre sucesso e tentativa de reviver a velhareligio babilnica, os caldeus removeram dos deuses todas as qualidadeshumanas e identificara-se com os planetas. Mais tarde essa religio "celeste"deveria influenciar os romanos e, sob eles MARDUK tornou-se JUPI TER;NABU, Mercr io e I s t a r . Elevados os deuses a tais altitudes, os caldeus, afim de aprenderem o futuro que as divindades lhes preparavam, comearam aestudar intensamente as estrelas, numa mistura de astronomia e astrologia.

    *REIS CALDEUS*Nabopolassar... ..... ....aprox . 625- 695 a . C

    Nabucodonosor.... ..... aprox. 605- 562 a . C

    Nabonid.....................morto em 538 a . C.

    *Estes fragmentos de

    ladrilhos cosidos,cobertos comcaracteres

    cuneiformes, fazemparte de um calendrioque indicava as fasesda Lua. - "Calendrio

    Caldico"*

    bastante curioso no ter ao que parece o pessimismo dos caldeusafetado gravemente sua moral. Tanto quanto se sabe, eles no seabandonaram aos rigores do ascetismo. No modificaram a carne, nemmesmo praticavam o abandono de si mesmo. Aparentemente tinham comocerto que o homem no podia evitar o pecado, por mais que tentasse.Mostram-se to presos aos interesses materiais da vida e busca de prazeresdos sentidos quanto os povos que precederam. Parece mesmo que foram

    ainda mais cobiosos e sensuais. Referncias ocasionais a reverncias, benevolncia e pureza do corao como virtudes, opresso, a calunia e aira como vcios aparecem em seus hinos e preces, mas de mistura comconcepes ritualista de limpeza ou falta de limpeza e com expresses do

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    desejo de satisfao fsica. Quando os caldeus oravam, nem sempre era porpoderes aos deuses torn-los bons, mas com maior freqncia porque eleslhes poderiam conceder longos anos, descendncia numerosa e uma vida deprazeres.

    Ao lado da religio, a cultura caldaica diferia da dos sumerianos, babilnioe assrios principalmente no que diz respeito s realizaes cientficas. Os

    caldeus foram, sem dvida os mais capazes cientistas de toda histriamesopotmica, apesar de limitarem suas conquistas principalmente astronomia. Criaram o mais perfeito sistema de registro cronolgico at entoimaginado, inventando a semana de sete dias e a diviso do dia em dozehoras duplas de 120 minutos cada uma. Guardaram assentamento minuciososde suas observaes dos eclipses e de outros fenmenos celeste durante maisde 350 anos, at muito depois da queda do imprio.

    *Um Zigurate e areconstruo da sua

    escadaria*

    Duas de suas notveis realizaes foram efetuadas por astrnomos cujosnomes chegaram at ns. No sculo VI a.C., NABU-RIMANNU calculou adurao do ano com uma aproximao de vinte seis minutos e mais ou menosuma centena de anos depoisK I D I N N U descobriu e provou a variao anualda inclinao do eixo da Terra.

    A fora investigadora da astronomia caldaica era a religio. O principalobjetivo dos mapas celestes e da coleo de dados astronmicos era descobriro futuro que os deuses tinham preparado a raa humana, sendo os prpriosplanetas deuses, podia-se melhor adivinhar o futuro pelo movimento doscorpos celestes.

    Os Caldeus acreditavam que a vida das pessoas eram influenciada pelos

    astros. Por isso, os sacerdotes estudavam Astrologia e elaboravamhorscopos. Foram sem dvida, os mais capazes cientistas de toda a histria

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    mesopotmica, tendo deixado importantes contribuies no campo deastronomia.

    Por esta razo a a s t r o n o m i a era principalmente astrologia, outrascincias que no a astrologia, continuavam em situaes inferiores por no serelacionarem intimamente com a religio. Em particular a medicina mostroupequeno adiantamento, alm do alcanado pelos assrios. A mesma coisa

    quanto aos restantes aspectos da cu l tu ra ca lda i ca . A arte distingue-seapenas por sua maior magnificncia. A literatura dominada pelo gosto dasantiguidades, revelava uma montona falta de originalidade. Os escritos dosantigos babilnios foram extensamente copiados, mas ganharam pouca coisade novo.

    At muito depois da queda do Imprio, permaneceram os caldeus comoos cientistas mais capazes do Antigo Oriente Mdio. Foram eles que fizerammapas de todo o cu e durante sculos observaram e registraram todos os

    acontecimentos do firmamento.

    Mas a construo de templos, a religio e a cincia no bastaram.NABONID, o ltimo rei - na Bblia, o ltimo rei chamado deBELCHAZAR-estava em tais disputas com os sacerdotes e era to detestado pelo povo, quea Babilnia facilmente caiu nas mos de CIRO em 538 a .C., passando atornar-se parte insignificante do Imprio Persa.

    *CIVILIZAO HEBRAICA*Os hebreus, povo de pastores nmades, viviam na cidade de UR no sul

    da Mesopotmia. Partiram de UR, subindo o rio Eufrates, e fixaram emHARAN , ao norte de Assria. Posteriormente, chefiados por ABRAO.Segundo a Bblia, Abrao foi escolhido por deus para ser o pai de um povobastante numeroso; ele deveria fixar-se no lugar que um dia seria de seusfilhos e netos, a TERRA PROMETI DA onde se estabeleceram por volta do anode 2000 a.C.

    A Palestina uma estreita faixa de terra que se estende pelo Vale do rioJordo, naquela poca tinham limites, ao norte a FEN CI A (regio onde sedesenvolveu uma civilizao martima mercantil), ao sul o deserto do SINA ,a leste o deserto da S R I A e a oeste o Mar Med i te r rneo .

    A histria poltica dos heb reus (tambm chamados israelitasou j udeus)pode ser dividida em trs perodos caracterizados pelo governo dos patriarcas,dos juzes e dos reis.

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    *Leo alado,escultura em

    marfim deaproximadamente1000 a.C. perododo rei Salomo.*

    Nenhum dos povos do Antigo oriente, com exceo, talvez dos egpcios,teve maior importncia para o mundo moderno do que os hebreus. Forameles, j se sabe, que nos deram grande parte do substrato da religio crist,como os mandamentos, as histrias da criao e do dilvio, o conceito deDeus como legislador e juiz, e ainda mais dois teros da Bblia. As concepeshebraicas da moral e da teoria poltica influenciaram profundamente as naesmodernas, em especial aquelas em que a f calvinista foi particularmentevigorosa. Os hebreus foram um dos povos que mais influncia tiveram sobregrande parte da civilizao atual. O Ocidente por exemplo dominado pelareligio crist que derivou do judasmo, religio dos hebreus, o mundomuulmano professa o islamismo, que sofreu diretamente influencia dojudasmo.

    Enfim, o povo heb reu teve um papel importante no legado religioso que,de certa forma, norteou a civilizao moderna e acabou influenciando os maisvariados campos da cultura.

    Por outro lado necessrio lembrar que os prprios hebreus nodesenvolveram sua cultura no vcuo. No foram capazes, como qualqueroutro povo, de fugir influncia das naes circunvizinhas. A religio hebraica,em conseqncia disso, continha numerosos elementos cuja origem egpcia oumesopotmica evidente. A despeito de todos os esforos de profetas paraexpurgar a f hebraica de corrupes estrangeiras, muitas permaneceram eoutras foram adicionadas depois.

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    *O povo hebreu vivia na Palestina, regio que atualmente corresponde ao

    Estado de Israel. Localizava-se junto ao Mar Mediterrneo, numa zona

    montanhosa e de clima rido.*

    Com um breve descobrimento, a lei hebraica baseou-se largamente emfontes de antigas culturas babilnias, ainda que certamente com modificaes.A filosofia hebraica era parte egpcia e em parte grega; muito antes mesmo deser escrito o LI VRO DE J, existia j um antigo drama babilnio de cartersemelhante. Ningum pode negar por certo que os hebreus fossem capazes derealizaes originais; mais ainda assim no podemos passar por alto o fato deterem sido eles grandemente influenciados pelas civilizaes mais antigas que

    os rodeavam.

    A origem do povo hebreu constitui um problema ainda confuso. Certamenteno constituram uma raa parte, nem possuam qualquer carter fsicocapaz de diferenci-los nitidamente dos povos vizinhos. A origem de seu nome derivada, segundo alguns, de KLABIRU ou HABIRU, apelativo dado pelosseus inimigos e significando "estrangeiros ou nmades". De acordo com outrasautoridades se relacionam com a palavra EVER, ou EBER a qual designava osque procediam do outro lado do EUFRATES. Seja qual for sua origem o nome

    parece ter sido aplicado originalmente a vrios povos imigrantes restringindo-se mais tarde os israelitas.

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    *Bracelete em ouro quepertenceu ao filho do rei

    Salomo*

    *Reproduo em bronze de um seloda poca do rei Salomo. O original,

    desaparecido em Istambul, eraesculpido em jaspe.*

    A maioria dos historiadores admitem que o bero primitivo dos hebreusfosse o DESERTO DA ARBI A . A primeira vez que os fundadores da nao

    de Israel apareceram na histria, contudo no noroeste da MESOPOTMI A.J em l800 a.C., segundo todas as possibilidades, um grupo de hebreus, sob achefia de ABRAO, se estabeleceram ali. Mais tarde o neto de ABRAO, JACconduziu uma emigrao para o poente e iniciou a ocupao da PALESTINA.

    Foi com JAC, subseqentemente chamado I SRAEL, que os israelitasderivaram seu nome. Em poca incerta, mas posteriormente a 1700 a . C.,algumas tribos israelitas em companhia de outros hebreus desceram ao Egitopara escapar s conseqncias da fome. Segundo parece, instalaram-se nas

    vizinhanas do Delta e foram escravizados pelo governo do fara. Por volta de1300-1250 a.C., os seus descendentes encontraram um novo lder noindmito MOI SS, que os libertou da escravido, conduzindo-os PENNSULADO SINA e os converteu ao culto de IAV. At ento I A V tinha sido adivindade dos povos pastores hebreus que habitavam o SINA. Utilizandocomo ncleo, o culto iavista, MOI SSuniu as vrias tribos de seus seguidoresnuma confederao por vezes chamada Anfictionia de Iav. Foi essaconfederao que desempenhou o papel dominante na conquista daPALESTI NA ouTERRA DE CANA .

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    *Antigo manuscrito hebreu encontrado em 1948 por pastores de ovelhasnuma gruta s margens do Mar Morto. O conjunto de manuscritos encontradosnaquele local recebeu o nome de Manuscrito do Mar Morto.*

    Em seus dias primitivos as tribos de Israel eram um povo pastoril ealgumas sempre permaneceram assim, especialmente as que viviam no sul.Aps a conquista da Cana, porm tambm se dedicaram agricultora e sprofisses simples, que aprenderam dos cananeus, mais adiantados. Notempo de SALOMO, haviam tambm organizado extenso comrcio, cujos

    lucros ajudaram a sustentar o dispendioso esplender da corte salomnica, comseu grande templo e palcio.

    Especialmente no norte da regio de Israel, floresce a vida citadina, oque significava que o comrcio e a indstria estavam em exploso.

    Enquanto os demais povos ganharam destaque por conquistas militaresou por realizaes no campo da arte e das cincias, o povo hebreu destacou-se por ter sido o primeiro a afirmar sua f num nico deus. Os hebreus

    acreditavam na vinda de um Salvador, o Messias. Os israelitas, porm nuncareconheceram Jesus como o salvador esperado por eles. O deus nico dojudasmo, na religio dos hebreus, Jeov . A imagem do Deus judaico nopodia ser reproduzida em pintura ou esttua.

    Os heb reus deixaram um documento muito importante para a compreensode sua histria: a Bbl ia (da palavra grega biblion, que significa conjunto delivros). Este livro sagrado dividido em duas partes: o An t i go T es tamen to (que conta a histria do povo hebreu) e o Novo Testam en to (que foi escrito

    por seguidores da doutrina de Jesus).

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    *A Bblia uma pequena biblioteca. Denomina-se de Bblia o conjunto de

    livros sagrados de cristos e judeus. Ao todo a Bblia possui 66 livros,divididos entre Antigo e Novo Testamento. No entanto conforme a religio ouverso, pode atingir at 72 livros. Estima-se que atualmente mais de 23

    milhes de exemplares do Antigo e Novo Testamento so impressos no mundoem vrias lnguas; no entanto afirma-se tambm que, de todos os best-

    sellers, a Bblia o menos lido.*

    No tempo de MOI SES - 1200 a.C., - a organizao social dos hebreusera de um simples povo de pastores. Com o comeo da vida em cidades

    entretanto e mais tarde com a criao do Reino de Dav i , mudaram ascondies. Os ancios das tribos que outrora haviam exercido a autoridade,foram substitudos por uma nova aristocracia que compreendia os parentes eos servidores do rei. Outro elemento novo foi classe mdia, composta dosricos mercadores das cidades, cuja posio social ficava entre os nobres e ados criadores de gado, mais pobres. Como nas antigas sociedade, os escravosformavam a classe mais baixa.

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    *Foto atual de cidade de Jerusalm*

    As leis dos hebreus revelam considervel preocupao pela justia e umasria tentativa de manter alto padro de moralidade. As mulheres, emborano igualadas aos homens na sociedade judia, gozavam de uma posio derespeito. Contudo os judeus do tempo de DAVI eram quase to cruis esanguinrios como seus vizinhos, embora suas leis fossem superiores s doCDI GO DE HAM URABI , que data de talvez mil anos antes. A sociedadehebraica era patriarcal, formada por famlia numerosas, que seguiam comdevoo a mensagem de Deus: "Crescei e multiplicai-vos". Muitas vezes

    avaliava-se o valor das mulheres pelos nmero de filhos que ele conseguiagerar. O Dcimo Mandamento de Deus comprova a condio da mulher entreos hebreus nivelando-a com as demais coisas: "No cobiars a casa do teuprximo. No cobiaras a mulher do teu prximo, nem o seu servo, sua serva,seu boi ou seu jumento, nada do que pertena a teu prximo. (xodo ,20 ,17 .B b l i a : t raduo ecumn ica ) .

    *Cdigo de Hamurabi*

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    No se distinguiram os judeus nem nas cincias, nem nas artes embora

    aprendessem a executar simples beldade e indstrias, eram to fracos napercia que SALOMO teve que importar artesos fencios para planejar edecorar seu grande palcio em JERUSALM.

    Com a literatura foi diferente. Neste setor, os antigos hebreus sabiam

    como expressar-se de modo admirvel. Em suas lendas, tradies histricas epoesia, tinham como registradas no Velho Testamento, criaram um dosmaiores monumentos literrios de todos os tempos. A histria de suasperegrinaes, de suas guerras, seus crimes, suas tragdias e seus sucessosfoi inspirada e embelezada pelo motivo magnfico, que percorre toda a sualiteratura, do desenvolvimento de sua poderosa religio, a qual foi realmente,a sua mais significativa contribuio civilizao. na literatura religiosa queencontramos uma dos grandes brilhos da cultura hebraica. O melhor exemploso os livros bblicos do Antigo testamento, dentre os quais se destacam os

    SALMOS, CN TI CO DOS CN TI COS, LI VRO DE J e PROVRBI OS

    O estilo vibrante dessa literatura e suas belas e vigorosas imagenspoticas inspiraram grande parte da produo artstica o Ocidente cristo.Politicamente os hebreus conheceram trs tipos de governo: o patriarcado, ojuizado e a monarquia.

    *O PATRIARCADO*Os patriarcas eram ao mesmo tempo, sacerdotes, juzes e chefes militares.

    O primeiro patriarca, ABRAO, foi substitudo pelo seu filho ISAAC, e estepor JAC, que teve seu nome mudado para ISRAEL que significava "forte com

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    A interpretao que Jos deu foi a que haveria no Egito sete anos de

    fartura seguidos por sete anos de misria e fome.

    Ento, sugeriu ao fara que armazenassem os alimentos produzidos nosanos de fartura, para suprir as necessidades do povo nos sete anos de

    misria. Satisfeito, o fara escolheu JOS para administra o palcio.

    *Templo de Jerusalm.Foi possvel reconstruireste templo, levantadopor Salomo, graas descrio do profeta

    Ezequiel*

    Durante longo tempo, os hebreus gozavam de liberdade no Egito. Viviamunidos, preservando seus costumes e tradies. Contudo essa situao mudouaps a expulso dos hicsos. Os hebreus passaram a ser perseguidos,perderam seus bens e foram escravizados.

    Por volta de 1250 a.C., sob o comando de MOI SS, conseguiram sair dopas, acontecimento conhecido comoXODO.

    Ainda segundo a bblia, aps a sada do Egito, MOI SS, recebeu de Deus,no alto do MONTE SI NA , as Tbuas da Lei. Eram os mandamentos quedeveriam nortear o comportamento do povo em relao a DEUS e comunidade. Os hebreus vagaram quarenta anos pelo deserto.Moiss morreu antes de chegar PALESTI NA e foi substitudo por JOSU.

    A Bblia nos informa que um Fara teve medo de que o povo de Israeltornasse numeroso e dominasse o Egito. Por isso ordenou que todos osrecm-nascidos judeus do sexo masculino fossem mortos. Para salvar seu

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    filho, uma judia colocou-o num cesto e lanou-o no rio Nilo. O menino foiencontrado e criado por uma filha do fara, foi chamado de Moiss quesignifica "salvo das guas".

    Durante a juventude Moiss viveu na corte do fara. Descobrindo suaorigem, revoltou-se contra a opresso ao seu povo e o conduziu de volta aCana.

    *O JUIZADO*Josu liderou a luta de seu povo pela reconquista da Palestina que estava

    ocupada por vrios povos. Essa luta levou o fortalecimento dos chefesmilitares, que assumiram o comando poltico e religiosos e so conhecidoscomo juzes. Dentre eles destacaram-se: GEDEO, SANSO, SAMUEL,OTONI EL e DBORA. Esses juzes, alm de combaterem os filisteus, tiveram

    que lutar contra os amonitas, povos que se estabeleceram na Transjordnia.Embora os juzes comandassem de forma enrgica quanto ao cumprimentodos costumes religiosos, no contavam com uma estrutura administrativaregular.

    "Ento disse Samuel a todo o povo: "Vedes a quem o Senhor escolheu

    pois em todo o povo no h nenhum semelhante a ele. Ento todo o povo

    rompeu em gritos exclamando: Viva o rei !" ( I Samuel, 10,24.).

    Aps a reconquista da Palestina, o territrio foi dividido entre doze tribosde Israel. Com o objetivo de manter a unidade do povo e garantir a defesa doterritrio, Samue l , o ltimo juiz por volta de ano 1000 a.C., instituiu amonarquia.

    *O gigante Golias derrotado por Davi.*

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    *A MONARQUIA*A monarquia durou um sculo. O rei centralizava todo o poder, sendo ao

    mesmo tempo chefe religioso, poltico e militar. O primeiro rei foi SAUL. Emseu governo, os filisteus atacaram e derrotaram os hebreus. Para no cair emmos inimigas, o rei suicidou. Seu sucessor foiDAVI , que unificou as tribos e

    se estabeleceu em Jerusalm. Fez inmeras campanhas expandindo oterritrio da Palestina. Os SALMOS, poemas contidos na BBLIA so atribudosa DAVI . Na tradio judaica, Davi era um jovem soldado que, inspirado porDeus, derrotou o gigante Golias o feroz guerreiro dos filisteus.

    Em 966 a.C., foi sucedido por seu filho SALOMO, que herdou umamonarquia consolidada. Em seu governo houve grande desenvolvimento docomrcio, do artesanato e das construes pblicas. O governo de Salomo,filho de Davi, marcou o apogeu da monarquia. Salomo fortaleceu o poder,

    criou uma administrao organizada e eficiente, promoveu a expanso docomrcio com outros povos do Oriente e construiu palcios e templos.

    Nessa poca foi construdo o TEMPLO DE JERUSALM , um santurioonde deveria ficar a ARCA DA ALI ANA, uma urna com as TBUAS DA LEI .Para cobrir os gatos com a realizao dessa obra, houve significativo aumentodos impostos, o que descontentou o povo, alm disso, os camponeses eramrecrutados fora para trabalhar nas obras pblicas. Tais medidas geraramdescontentamento e acarretaram revoltas sociais. Com a morte de Salomo

    em 935 a.C. instalou-se uma crise politica-sucessria que levou divisoentre as tribos. Assim formaram-se dois estados: o REI NO DE I SRAEL,cons t i tu do pe las t r i bos do no r te l i de radas por JEROBO, com cap i ta lem SAMARI A; e o REI NO DE JUD gover nad o por ROBOO f i lho d eSa lomo. Esse episdio ficou conhecido como o Cisma , os habitantes doReino do Norte (Israel) passaram a ser chamados de israelitas, e os do Reinodo Sul (Jud) tornaram-se conhecidos como judeus.

    Foram institudas vrias festas religiosas como:

    SABBAT: comemorao do stimo dia da criaoPSCOA: comemorao do xodo

    PENTECOSTE: comemorao do recebimento das Tbuas da LeiTABERNCULOS: comemorao da permanncia no deserto

    A separao enfraqueceu o povo hebreu, que acabou sendo dominado

    pelos povos conquistadores do oriente Prximo. Em 722 a.C., o Reino deIsrael, foi dominado pelos assrios, chefiados por SARGO I I , em 586 a.C., oReino de Jud caiu nas mos dos caldeus comandados por

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    *IMPRIO PERSA*Durante sculos antes da criao do vasto Imprio Persa do sculo VI a.C.,

    uma srie de povos, do MAR CSPI O, movimentaram-se no rumo doOCI DENTE. Alguns passaram pela Europa sul-oriental, enquanto outros seespalharam pela sia menor, destruindo o IMPRIO H IT IT A , assolando aS R I A e a PALESTI NA e mesmo atacando o Egito, os mais poderosos dessesinvasores foram os ltimos a aparecer os MEDOS, do Ir noroeste de nossodias, que varreram a Assria e se mudaram para a sia Menor.

    O Ir corresponde geograficamente a um imenso planalto situado a leste daMesopotmia, a maior parte das terras so constitudas por desertos, cercados

    de montanhas e com poucos vales frteis. Ao norte, limita-se com asmontanhas do Cucaso e o Mar Cspio; a leste com os Montes Sulim; a oestecom os Montes Zagros; e ao sul com o Golfo Prsico.

    Mas os medos no deveriam ser conquistadores de todas as antigascivilizaes, pois em 550 a.C., seu rei foi derrubado por CI RO, o governantedos persas que eram estreitamente aparentados com os medos. Esses

    herdeiros dos sculos, que iriam edificar o ltimo e macero dos imprios doAntigo oriente Mdio, haviam vivido por desconhecido espao de tempo naparte mais meridional do que atualmente o Ir. Alm de dar incio a suas

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    mais amplas conquistas, seu grande Rei Ciro , derrotou o rei dos medos ecomeou a movimentar-se para oeste. Em pouco tempo Ciro conquistou oreino L DI O de CRESO na sia menor e as cidades gregas da costa. A seguiraniquilou o I MPRI O CALDEU. Por volta de 538 a.C. quando caiuBABILNIA , o domnio persa chegava as fronteiras do Egito, incluindo todasas outras terras.

    Assim em onze anos Ciro bem merecera ser chamado de CI RO OGRANDE, pois transformara num dos grandes e principais lideres militares dahistria. Infelizmente pouco se conhece a respeito alm da simples meno desuas vitrias. Merece nota especial, entretanto, a libertao dos judeusconcedida por Ciro . Embora permanea vago como personalidade, Ciro ogrande famoso como fundador de um Imprio que durou mais de doissculos - at que outro gnio Alexandre Magno lhe ps fim.

    CAM BI SSES, o cruel filho de Ciro, arredondou as vitrias de seu pai com a

    tomada do Egito em 525 a.C. s trs anos depois o rei, que sofria de epilepsia,perdeu a cabea e suicidou. J irrompera uma revoluo no Imprio, mas logodominada pelos nobres que em 521 a.C., elevaram Dar io ao trono.

    O Imprio Persa foi o mais extenso dos Imprios Orientais. Dos povosconquistados exigiam pesados impostos, mas respeitavam a sua cultura. Eragovernado por uma monarquia absoluta teocrtica e possua quatro capitais:Susa, Perspo l i s , Bab i ln ia e Ecbtana . O comrcio foi a atividade maisimportante do Imprio. Por ele passavam rotas de caravanas comerciais,

    ligando a ndia e a China ao Mar Mediterrneo. O comrcio impulsionou aindstria de tecidos de luxo, mosaicos e tapetes de rara beleza.

    *Os primeiros habitantes desse planalto dedicaram-se ao pastoreio e, nosvales frteis, desenvolveram o cultivo de cereais, frutas e hortalias. A regio

    era rica em recursos minerais encontrados nas montanhas vizinhas como oferro, cobre, prata, dentre outros.*

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    Dar io I o grande, como chamado, dominou a Imprio de 521 a 486a.C. Ocupou os primeiros anos de seu reinado em reprimir revoltas de povossubmetidos em reforar a organizao administrativa do estado. Em ambas astarefas conseguiu xito considerado, mas suas ambies de poder o levamlonge demais. A pretexto de reprimir as incurses dos citas, atravessou oHelesponto, conquistou uma grande parte da costa da Trcia e dessa formaprovocou a hostilidade dos atenienses. Alm disso, aumentou a opresso

    sobre as cidades jnicas da costa da sia Menor, que tinham cado sob odomnio persa com a conquista da Ldia. Interferiu em seu comrcio, imps-lhes tributos mais pesados e forou os seus cidados a servir nos exrcitosimperiais. O resultado imediato foi a revolta das cidades jnicas com o apoiode Atenas. Quando Dario tentou punir os atenienses pela participao narebelio,encontrou-se envolvido numa guerra com quase todos os estados daGrcia.

    *REIS PERSAS*Ciro, o Grande .... 550-529 a .C.

    Cambisses.... 529- 521 a . C

    Dario I .... 521-485 a . C

    Xerxes I ... 485-465 a . C.

    Artaxerxes.. 465-425 a . C

    Xerxes II .. 424 a . C.

    Dario II ... 423-404 a . C

    Artaxerxes I I .. 404-358 a . CArtaxerxes I I I .. 358- 338 a . C

    Dario II I .. 336- 330 a .C.

    Em teoria o rei persa era um monarca que governava pela graa do Deusda luz. Nenhuma constituio ou princpio da justia limitava a sua autoridadesoberana. Na tica porm, devia deferncia aos principais nobres do reino, edispersar alguma considerao aos costumes antigos e as leis tradicionais dosmedos e depois persas.

    Para efeito da administrao local o imprio era dividido em vinte e umastrapa ou governador civil. Apesar de absoluto em todos os assuntos dejurisdio civil, o strapa no tinha autoridade militar. As foras militares eramconfiadas ao comandante das guarnies em toda a provncia, como umasalvaguarda adicional, designava-se um secretrio para cada provncia a fimde examinar a correspondncia do strapa e denunciar quaisquer provas dedeslealdade. E finalmente para maior segurana, o rei enviava inspetoresespeciais uma vez por ano, com uma poderosa guarda, a fim de visitar cada

    provncia e investigar a conduta do governo.

    Esses funcionrios eram conhecidos como "o l hos e ouv i dos do re i "

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    eram geralmente membros da famlia real ou outras pessoas em que omonarca poderia depositar toda a sua confiana.

    *RELACIONAMENTO DOS PERSAS COM OS POVOSVENCIDOS*Ao contrrio do modo extremamente cruel dos Assrios, os persas

    tratavam os povos submetidos de maneira mais tolerante, respeitando suareligio e seus costumes, desde que no se revoltassem.

    O rei persa, porm, no deixava de ser tirano com os povosconquistados, impondo-lhes elevados tributos e obrigando-lhes ao serviomilitar sob o comando de oficiais persas. Aqueles que desobedecessem sordens do governo persa podiam ser esfolados vivos, ter seus corpos

    mutilados ou mesmo sofrer decapitao.

    Apesar de trabalhoso e caro o sistema funcionou to eficientemente queas revoltas dos Strapas figuraram entre as causas principais da queda daPrsia.

    Quase todas as atividades do governo imperial visavam a fins de eficinciamilitar e segurana poltica. Dar io I principalmente enviou esforos paraadestrar os jovens de nacionalidade persas em hbitos que os tornassem

    aptos a vida militar. Procurou incutir nas classes superiores as virtudes deausteridade, de lealdade e da honra e impedir que sucumbissem ao luxo e aovcio. Todos os seus esforos foram afinal em vo, pois os persas nocolocaram remitncia mais do que os assrios, as tentaes de um poder e deuma riqueza inesperada. Outro trabalho importante do governo foi aconstruo de uma esplndida rede de estradas, a melhor que se conheceu dapoca dos romanos. A mais famosa era a ESTRADA REALde cerca de 2.500km de extenso que l igav a SUSA a SARDI S.

    *Runas da cidade de Perspolis, construda por Dario I. *

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    To bem conservada era esta estrada real que os mensageiros do rei,

    viajando noite e dia, podiam cobrir sua extenso total em menos de umasemana. Quase todas as provncias eram ligadas a uma ou outra das quatrocapitais persas: SUSA, PRSEPOLI S, BABI LNI A, CBATONA

    Ainda que contribuindo naturalmente para o desenvolvimento do

    comrcio, essas estradas foram construdas com o objetivo principal defacilitar o controle sobre as partes remotas do Imprio.

    A boa condio das estradas possibilitou o desenvolvimento de umeficiente servio de correios, com diversos postos espalhados pelo caminho. Aadoo da lngua aramaica em todos os documentos oficiais foi mais uma dasmedidas adotadas que visava unidade do Imprio.

    A economia persa era baseada na agricultura (centeio, trigo, cevada ) e

    na criao do gado. Com a expanso do Imprio, cada regio ainda exerciasuas atividades costumeiras. Entretanto, a unidade poltica imposta e aconstruo de estradas que facilitou a comunicao entre as satrapias,incentivaram o crescimento das atividades artesanais e do comrcio.

    Para facilitar as trocas mercantis, Dar io mandou cunhar moedas de ouro -daricos - (importantes sociedades do mundo antigo, egpcios, babilnios,desenvolveram-se sem a utilizao da moeda dinheiro). As transaescomerciais faziam-se pela troca direta de um produto por outro. Mais tarde em

    algumas regies, estabeleceu-se o uso da certos objetos como unidades devalor para facilitar as trocas. Exemplos: anzis, bois, alimentos. Segundo ohistoriador JEAN PI ERRE VERMAN T, a moeda no sentido atual (cunhada) egarantida pelo Estado uma inveno grega do sculo VI a.C., mas aquantidade foi insuficiente. Posteriormente, permitiu-se a cunhagem demoedas de prata cuja quantidade ainda no atendia s necessidades docomrcio.

    *Do grande Palcio de Perspolis,uma das principais residncias dos reisaquemnidas, pode-se observar uma grande plancie frtil na terra natal persaao sudoeste do Ir.*

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    A reforma religiosa que Zoroastro inspirou estabeleceu a adorao de um

    deus AHURA-MAZDA ouORMUZD . Era um deus de retido e verdade querevezava seus preceitos e a seu profeta Zoroastro. A ele impunha um mauesprito, ANGRA-MAI NYU ouA R I M , que representava a mentira, isto anegao da verdade. O mundo do homem era concebido como um gigantecampo de batalha, em que lutavam as foras do bem e do mal. Cada homem

    devia escolher o lado de um ou de outro desses deuses em guerra a quemserviria. Podia servir a Arim e naturalmente esse deus do mal o tentaria faz-lo. Mas se em vez disso, preferisse servir o deus da bondade, devia tomarpapel ativo como soldado da causa do bem, sem mostrar complacncia oupiedade com o outro lado.

    *Os princpios pregados por Zoroastro esto contidos no Zend Avesta livrosagrado dos antigos persas. Nos dias atuais os Ritos do Zoroastrismo renemfieis em vrias partes do mundo. Na foto os adeptos do zoroastrismo em um

    culto.*

    O prprio Zoroastro pretendia que a sua religio fosse monotesta.Considerava Ahura -Mazda um poder supremo que permitia aos homensescolhessem entre o bem e o mal, mas punia os que fizessem esta ltimaescolha. Alguns de seus discpulos, porm modificaram esse monotesmo aoensinarem que o mal era obra de um segundo deus, Arim. Posteriormente,ainda outras divindades, foram reconhecidas. Assim, MITRA , um dos antigosdeuses persas, reapareceu como ajudante de Orm uzd e Anah i ta , uma deusasemtica da fertilidade foi adotada. Mais tarde, os antigos sacerdotes, os

    Magos, recuperaram o poder e mais uma vez o ritualismo se