F ig . 1 . JUAN LEÓN PALL IERE , I d i l i o c r i o l l o , c. 1861

Óleo sobre tela, 100 x 140 cm. Colección Museo Nacional de Bellas Artes, Buenos Aires

El Criollismo en el sistema de

imágenes de las artes visuales

latinoamericanas

Isabel Huizi Castillo

Caracas, agosto 2008

2

C o n t e n i d o s

INTRODUCCIÓN

PARTE PRIMERA

LO IMPLÍCITO EN LA NOCIÓN DE CRIOLLISMO

1. Algunos antecedentes y usos del término criol lo

2. Centros, peri ferias y fronteras

3. Dialéct ica de lo part icular y lo universal

PARTE SEGUNDA

EL CRIOLLISMO EN LOS SISTEMAS DE IMÁGENES DE LAS ARTES

LATINOAMERICANAS

1. Tipos, t ipos ideales, estereot ipos y arquetipos: lo t ípico y lo cr iol lo

2. Diversidad y homogenización

3. Hibridación y modernización

4. Identidad y mestizaje

PARA DEJAR ABIERTO EL TEMA

3

Del mar los v i eron l l egar

mis hermanos emp lumados , eran los hombres barbados

de la profec ía esperada

Gabino Palomares . Corr ido de La mald ic ión de la Ma l i nche.1975.

A representa t ion can a lways be cons idered as a s ys tem, i . e . an organ ized, goa l-d irec ted who le of in t erre la ted e lements . The goa l o r funct ion of a representat ion i s to s t ruc ture t he f ie ld of

exper i ence o f the in t e l l igent agent us i ng the representa t ion, in such a way tha t t he agent can search eff i c ient ly for so lut ions when confronted wit h a prob lemat ic s i t ua t ion, wh ich is to be

changed . The second ques t ion to be asked then is : what are i t s e lements? The el ement s we are looki ng fo r are pr imit ive s t ruc turat ions of the problem env i ronment as exper ienced by the agent . 1

Francis Heyl ighen. Formulat i ng the prob lem of prob lem-fo rmu la t ion, 1988.

La modern i t é ins cr i t l ' idée même de des t ruct ion au cœur de la redéf i ni t ion de l 'a r t . Cet t e vo lonté de fa ire tab le rase s 'exerce à chacun des n iveaux de l 'ac te créateur : des t i t u t ion des su j et s t radi t ionne ls de l 'a r t , d is locat ion de la f igure, éc la tement et brou i l lage du p lan et de la

perspect ive . . . Le s ta tut de l 'ob jet ar t i s t ique (cohérence, l im it es , ver t ica l i té…) es t mi s à ma l tandi s que s 'af f irme à t ravers l 'a r t une ambit ion réforma tr i ce, anthropo log ique et soc ia le . 2

Catherine Grenier . Le B ig Bang moderne - Des t ruct ion et créat ion dans l 'a r t du 20 e s i èc l e.

Centro Pompidou, 2005-2006.

Escr ibe ensayís t icamente qui en compone exper imen tando, qui en hace rodar su t ema de un lado a ot ro, qu ien repregunta , palpa, prueba, qu ien at raviesa un objeto con su ref lex ión, quien

vuelve y revuelve, qu ien par te hac ia é l desde d iversos lugares y en su a t i sbo in te lec tua l reúne lo que ve y prefabr ica lo que e l t ema ba jo la escr i tura deja ver cuando se logran c ier tas

cond ic iones .

BENSE, MAX. “Uben den Essay und Se ine Prosa“, (1947) 3

1 Una r epr e s en ta c ión puede s i emp re s e r con s id e r ada como un s i s t ema , por e j emp lo , como u n todo in t e r r e la c io nado de e lemen to s o r i e n tado s ha c ia u n ob je t i vo . E l ob j e t i vo o l a f unc ión de u na r ep r e s en ta c ió n e s e s t r uc tu ra r e l campo de exper ie nc ia s d e u n agen t e in t e l ig en te q ue u t i l i za la r ep r e s en ta c ió n , d e maner a que e l agen t e p ueda bus ca r e f i c i e n t emen t e s o l uc io n e s c uando s e en f r en t a a una s i t ua c ió n p r ob l emá t ica que debe camb ia r s e . La s egunda p r egun ta a ha ce r s e en to nce s e s : ¿Cuá l e s s o n s u s e l emen to s ? Lo s e l emen tos q ue bus camo s s o n l a s e s t r uc t u ra c iones p r im i t iva s d e l en to r no de l p rob lema , t a l como é s t e f u e exper imen tado po r e l agen t e . T raducc ió n de l a u to r . Hey l ig hen F . , 1988 : “ Fo rmu la t ing t he P rob lem o f P rob lem-Fo rmu la t io n” , e n : Cyber n e t i c s a nd Sys tems , T rappl R . (ed . ) , K l uwe r Academ ic P ub l i s he r s , Do rd re ch t , p . 949-957 . La mode r n idad in s c r ib e l a id ea m isma de des t r uc c ió n que e s t á e n e l c e n t r o de la r ed ef i n i c i ó n d e l a r te . E s a vo l un tad de ha ce r tab la r a sa s e e j e r c e e n cada uno d e l o s n iv e l e s d e l a c to c r eado r : d e s t i t u c ió n de lo s t emas t r ad ic io na le s d e l a r t e , d i s lo ca c ió n de la f igu ra , e s t a l l i do y r emoc ió n de l p la no y la pe r spec t iva…E l e s ta t u to de l ob je to a r t í s t i co ( coh er enc ia , l ím i t e s , ve r t i ca l idad…) e s d i s l oc ado m ie n t r a s q ue a t r a vés d e l a r t e s e a f i rma una amb i c ió n r e f o rmado ra , an t r opo lóg ica y s o c ia l . T raducc ión de l a u to r . Cathe r ine Gren ie r B IG BANG . Des t r uc t i on e t c r éa t io n dans l ’a r t d u 20e s i è c le . Éd i t i o n s Cen t re Pomp idou , Pa r i s , 2005 . 3 BENSE , MAX . “Uben den E s s ay und Se i ne Prosa“ , Merku r 3 (1947 ) p . 418 . T raducc ió n a l e s paño l de Mar ta P iña , Sob re e l en sayo y s u p ro sa , Méx ico , CC y DEL UNAM, 2004 , pp . 24-25 . E l pá r r af o c omp le to e s como s igue : " En sayo " q u i e r e d ec i r en a l emán i n t e n to . Nos p r egun tamo s en t onc e s , s i a l toma r l a expr e s ió n i n t en to en s u s ign i f i cado ¿no s r e f e r imos a que una per s ona i n t enc iona damen t e l i t e r a r ia i n te n t e e s c r ib i r s obr e a lgo , o s i la e s c r i t u r a e s s ob r e un a s un to de t e rm inado o inde te r m inado en e l ca rá c t e r d e l i n t e n to , d e l exper imen to t emá t ico? E s tamo s s o rpr end ido s d e q ue la exp r e s ió n en sayo s ea un mé todo exper imen ta l ; s e t r a ta de e s c r i b i r exper imen ta lmen te en é l , y d ebemos hab la r en t o nc e s en e l m i smo s en t ido que c uando hab lamos de la f í s i ca , la c ua l co l i nda c on pu l c r i t u d s im i la r con la f í s i ca t eó r i ca . En la f í s i ca exper imen ta l , pa ra s egu i r co n nue s t r o e j emp lo , po s t u lamos una p r eg un ta r e spec t o a la na t u r a l e za , e speramo s una r e spues ta , p robamos y f a l l amo s : la f í s i ca t eó r ica des c r i b e la na t u ra le za , donde la s l ey e s de s u s med ida s d emues t r a n r e s u l t ado s en f o rma ana l í t i ca , ax iomát ica y d educ t i va ba sado s en n ece s idades mat emá t ica s . As í s e d i f e r e nc ia u n en sayo de u n t r a tado . E s c r ib e en say í s t i camen t e q u ie n compone exper imen tando , q u i e n r ueda s u t ema de un l ado pa ra o t r o , q u ie n r ep r egun ta ,

4

INTRODUCCIÓN

Para la semiót ica de la cultura la conciencia l i teraria e ideológica, la visión

del mundo y la estética de las tendencias y las corrientes de una época,

poseen una cual idad sistémica. Estas categorías no son un conglomerado suel to

de varias convicciones sobre el mundo y la l i teratura, sino un grupo jerárquico

de valores cognitivos, ét icos y estéticos. El análisis del texto artí st ico4

relaciona tanto el texto como el autor con la esfera públ ica supraindividual de

una época dada. La hipótesis de esta investigación es que la conciencia

artís t ica e ideológica, la visión del mundo y la estét ica del criol l i smo así como

las diversas corrientes del mismo, poseen una cual idad sistémica. Postulamos

pa lpa , p r ueba , q u i e n a t r a v i e s a s u ob je to con r e f lex ió n , qu i e n v ue l ve y r evu e lv e , q u i en d esde d ive r so s luga r e s pa r te ha c ia é l y e n s u a t i s bo in te l e c t ua l r eú ne lo q ue v e y p r e fabr ica l o q ue e l t ema ba j o la e s c r i t u r a de ja ve r en c ie r t a s cond i c io n e s l og rada s . Qu ien i n te n ta a lgo e n t o nce s en e l en sayo , no e s d e l todo la s ub j e t iv idad e s c r i t u r a l , no , e l l a p rovo ca cond ic io ne s ba jo la s c ua l e s un t ema e n s u t o ta l i dad r e spa lda una con f ig ura c ió n l i t e r a r ia . No s e i n t en ta e s c r ib i r , no s e i n te n ta conoc er , s e i n te n t a v e r cómo s e compor ta un t ema l i t e r a r iamen t e , s e e s t ab l ec e en to nce s una p r egun ta , s i s e exper imen ta con un t ema . Vemos a l r e spec t o que l o en say í s t i co no r e s ide s ó lo en la f o rma l i t e r a r ia , en l a c ua l e s tá i n t eg rada e l co n t en ido , e l a s un to , e l mane jo pa r ece en say í s t i c o p ues apar ece ba jo c ie r t a s cond ic io ne s . En e s t e s en t ido hab i t a en cada en sayo una f ue r za o poder d e per spec t iva en e l s en t i do de L e ib n iz , D i l t he y , N ie tz s c h e y Or tega y Ga s s e t . R e f l e ja n u n per spec t i v i smo f i lo só f i co en e l s en t i do que en s u s obs e r va c io nes e j e r c i ta n un p un to de v i s ta cono c ido en s u p en sami e n to y s u cono c im ien t o . Qu i en l ey e ra ta n s o lo una r educ ida pa r te d e l o s e s c r i to s de e s to s homb res , no nega rá e l domin io d e l a v e ra c idad en say í s t i ca . S e log ra con L e ib n i z o cu l t o ba jo la c or r e spondenc ia , con D i l t he y a t r a vés de s u aper tu ra , s e log ra con N ie t z s c he en l a capac idad a fo r í s t i c a r e v e s t i da , con Or t ega y Ga s s e t en l a f o rma p royec tada .

4 E l g r upo de e s t ud io s de sem ió t i c a de la c u l t u ra de l a Un ive r s idad de Mos c ú - Tar tu ( E s t on ia ) def i ne la r e l ig ió n , e l ar te y o t r o s dom in io s de la c u l t u ra como “ s i s temas mode l i za n te s s e cundar io s ” , en e l s e n t ido de que e s tán tan to s ob repue s to s a la l e ngua na t u ra l como mode lado s s ob re e l l a . Re s um iendo , todo s e so s domin io s s o n “ como le nguas ” como d i ce Yur i Lo tman m i smo : “Aque l lo s s i s t ema s ba sados en l a lengua na t u r a l q ue adqu i e r e n s uper e s t r uc t u ra s ad ic io na l e s en f o rma de l eng ua s s ecunda r ia s p ued en l l ama r s e p r ác t i camen te s i s t ema s mode l izan te s s ec unda r io s . ” Como c ons e cuen c ia de e s ta de f i n i c i ó n , las le ng uas se cundar ia s s o n s imu l tá neamen te tan to s i s temas de comun i cac ió n que s i r ven para comun i ca r a lg una i n fo rmac ió n de t erminada q ue t amb ié n operan como s i s t emas mode l izan te s que pr opo r c io nan mú l t ip le s r ep resen tac io ne s de l mundo . Po r l o tan t o , cada s i s tema mode l i zan te t i e ne un s i s t ema de repr e sen tac io ne s de l mundo como pun to ne ce s ar io de re fe renc ia . En s u d i s c u s ió n s ob re lo s p roduc to s de la c u l t u ra , Lo tman u t i l i zaba f re cuen teme n te t r e s té rm inos : mode lo , e s t r uc t u ra , s igno . Con temp laba va r io s a spec to s de l m ismo fenómeno , po r e jemplo , e l tex to a r t í s t i co , po r med io de es to s t r e s concep to s . La s c ue s t i o nes de i n t e r re lac ió n en t r e e s t o s té rm ino s y s u s e sca la s de s ign i f i cado s causaban cons ide rable conf u s ión en l o s deba te s s obre la s p ropue s ta s de Lo tman . qu ie n que r ía dec i r que una obra l i te ra r i a s e co r re lac io na con la r ea l idad más a l lá de e l la y que la ob ra ( l i te ra r ia o a r t í s t i ca ) “ r e cons t r uye ” e l mundo ex te r io r de mane ra e spec í f i ca en r e la c ió n cons igo m is ma . E l tex to e s un mode lo i nu s ua l , d i f e ren te en muc hos a spec to s de o t ro s t ipo s de mode lo s , como lo s c ie n t í f i co s . E l tex to a r t í s t i co s e r epr es en ta como re la t i vo a la r ea l idad (de jamos , po r aho ra , l a r ea l idad s in de f in i r ) ; co n t ie ne cono c im ien to de l mundo , a l que man i f ie s ta po r medio de una le ng ua de represen tac ió n a la e spera de de f in i c ió n o mode l i zac ió n . S igu ie ndo e l h i l o de pensam ien to de Char le s Mo r r i s , de s de l o s p r ime ro s d ías de la s em ió t i c a como campo c ie n t í f i co , e s t e a spec to de l tex to a r t í s t i c o puede l lamar se s emán t i co . La c reac ió n a r t í s t i ca es e n tonce s una e s t r uc tu ra de te rm inada . E s tá he c ha de a lgo ma te r ia l (e n e l c as o de la l i te ra tu ra , la le ng ua ) y e s tá i n te r namen te o rgan i zada . No ex i s te po r s u c uen ta en e l mundo , s ino pare ce ser uno de lo s i s l o te s de un vas to a r ch ip ié lago . As í , e n l o que podemos l l amar s u a spec to s i n tá c t i co , e l tex to l i te ra r io e s una maraña comp le ja de re lac io ne s i n te r na s y ex te r na s . La c reac ió n a r t í s t i c a e s e n s í m i sma tamb ién u n s igno . Pa r t i c ipa en la comun icac ió n en t r e s u au to r y e l le c t o r y e n t ra en r e la c ió n con e l mundo de l l e c to r y e l s i s tema é t i co y de r epresen tac io ne s de l l ec to r . E s ta d imens ió n de l tex to puede l lamar se s u a spec to p ragmá t i co . Ve r : LOTMAN , Yur i , Es t r uc t u ra de l t ex t o ar t í s t i co , Madr id : I s tmo , 1978 , E s té t i ca y s em ió t i ca de l c in e , Ba r ce lo na : Gus tavo G i l i , 1979; Sem ió t i ca de la c u l t u r a , Madr id : Cá tedra ,1979 ; La s em ió s f e ra , Madr i d : Cátedra , 1996 ; Acer ca de la s em ió s f e ra , Ep i s teme , 1996; Es t r uc tu ra de l t ex to a r t í s t i co , I s t mo , 1988 ; Cu l t u ra y exp lo s ió n : l o p r ev i s i b l e y l o imp r ev i s i b l e en l o s p ro ce sos d e c amb io s o c ia l , Ba r ce lo na : Ged i sa , 1999 ; La s em ió s f e ra I I I , s em ió t i ca de l a s a r te s y la c u l t u r a , Madr id : Cá tedra , 2000 y tamb ién BAJT ÍN , M . M . Es té t i ca de la c r ea c ió n ve rba l . S ig lo XX I Ed i t o re s , Méx ico , 2005 y MORR IS , Char le s . (1939 ) : “Ae s the t i c s and t he T heo ry of S igns ” , e n Wr i t i ng s on t he Genera l T heo r y o f S ig n s , Mou to n , T he Hague (1971 ) , pp . 415-433 .

5

que estas categorías no son un conglomerado suelto de visiones sobre el mundo

americano s ino un grupo jerárquico de valores cognit ivos, éti cos y estét icos. El

anál is is de la obra de arte se relaciona tanto no sólo con la obra misma sino

con su autor, con el mundo del autor y con el de los receptores de la obra,

pertenece al ámbito de lo públ ico y es supraindividual. Este enfoque es el que

apl icamos al anál isis de la corr iente artíst ica que conocemos como crioll ismo,

de importancia porque está asociada al vasto conjunto de fenómenos que

incluimos dentro del evasivo y complejo concepto de “identidad cul tural

latinoamericana”.

Revisar las artes del movimiento conocido en la histor ia cultural y de las artes

vi suales latinoamericanas como crio l l i smo obliga al examen de un conjunto de

controvers iales conceptos asociados al mismo, con frecuencia de manera

impl íci ta. Revelarlos, precisarlos y comprenderlos es tarea obligada a fin de

acercar al lector a una distancia necesaria y suficiente de ese algo elusivo y

de imprecisos contornos que los lat inoamericanos hemos l lamado lo criol lo. El

objetivo del presente trabajo es permitir le al lector una observación más

transparente del fenómeno, tanto desde la historia de la cul tura y las ideas

como de algunos enfoques de importancia propuestos desde algunas

discipl inas de las ciencias sociales del presente.

Entrar al terri tor io conceptual asociado al criol l i smo5 es adentrarse en un

campo minado de indefiniciones, contradicciones, paradojas y solapamientos.

Muchas veces la búsqueda de una noción precisa del criol l ismo es ocasión de

encuentros con el s insent ido , la ficción y la metafísica, pero también es

posibil idad certera del hal lazgo de espacios y tiempos en los que la

imaginación y sus discursos l legan a sorprender. El interés que guía esta

indagación se centra en proveer al lector de información sobre un conjunto de

5 E l a n t r opó logo e spaño l An t on io Pé rez s e r e f ie re a l c r io l l i smo c omo u n “mov im ien to mú l t ip le a favo r de la p romoc ió n po l í t i ca y s o c ia l de lo s c r io l l o s , s u rg ido en l a Amér ica h i s pana a p r i n c ip io s de l s ig lo XV I I , que a lca nzó s u máx ima expre s ió n duran te la s egunda m i tad de e se s ig lo y todo e l s ig lo XV I I I ” . E l au to r t amb ién s eña la que e l c r io l l i smo s e habr ía ag lu t i nado a l r ededo r de la idea de una pa t r ia amer i cana , s ob re t odo de una pa t r ia lo ca l , lo que habr ía s u s c i tado una amb iva l enc ia de l as emoc io ne s o r ig i nadas po r e s ta idea , man i f e s tadas tan to en la h i pe r va lo rac ió n de lo lo ca l ame r ica no como en e l r e sen t im ien t o hac ia lo e spaño l pe ro tamb ién hac ia la p rop ia t i e r ra , a l o que se s umaba e l de seo europeo de con t r ibu i r a cons t r u i r t rad ic io ne s p rop iamen te ame r ic anas . Pa ra e s te au to r , exponen te s de l c r i o l l i smo po l í t i co y e s té t i co s e r ían lo s mex i canos Car lo s S igüenza y Sor J uana I né s de la Cruz , e l venezo lano F ra nc i s co de Mi randa y e l c h i le no Manue l Sa la s . Ve r : P ÉREZ ANTON IO , Cr io l l i smo , Pape l de t raba jo no pub l i cado , p . 1 , Caracas , ab r i l , 2006 .

6

conceptos asociados al fenómeno y permitirle una lectura contemporánea y

contextualizada de una noción compleja como la del criol l i smo. La idea es

ofrecerle un pequeño aparato instrumental út i l para la decodif icación y

comprensión de imágenes y esti los propuestos en las artes visuales del

criol l ismo plástico lat inoamericano.

Si bien es cierto que el criol l i smo fue en sus inicios un movimiento f i losófico y

polí t ico, ya para fines del s iglo XVI I se ha convertido en un movimiento

predominantemente l i terario y es necesario notar que las artes visuales que se

han agrupado bajo esta categoría cont ienen un fuerte componente l i terario ,

incluso pueden considerarse casi como narraciones visuales . Se trata entonces,

en su gran mayoría, de propuestas icnográficas y esti l ís t i cas que pueden

adscribirse en muchos casos a un reali smo fuertemente cr ít i co lo que no impide

que esas manifestaciones se encuentren l lenas también de una gran riqueza de

representaciones, pues la imaginería del criol l i smo revela una interesante

diversidad de ópticas y enfoques que privi legian el dato visual rara vez visto ,

representado o registrado en las narraciones de la l i teratura. Es ,

fundamentalmente, en las artes visuales6 del cr iol l ismo de los sig los XVII , XVI I I

y XIX, donde encontramos gran cantidad de imágenes que remiten a muchas de

las formas de la intimidad y vida cot idiana de los latinoamericanos,

experimentadas vitalmente tanto en narraciones visuales altamente personales

como en epopeyas independentistas y de construcción de lo nacional . La

dimensión épica o heroica, caracterís t i ca de las artes visuales del siglo XIX

latinoamericano presente en la plástica destinada a los espacios públ icos de

muchas ciudades de América Latina, incorpora usualmente variados elementos

procedentes de la iconografía de un cr io l l ismo primitivo poco estudiado desde

las artes y muchos menos adecuadamente valorado. A nuestro entender, es en

los diversos períodos de las artes visuales del cr iol l ismo latinoamericano donde

reposan y conservan imágenes y contenidos que pueden remitirnos a una

hi stor ia iconográfica poco investigada de las representaciones visuales, tanto

6 E s conven ie n te i nd i ca r que muc ho s de lo s a r t i s ta s que rea l i zan obra s que pueden i n c l u i r s e en la ca tego r ía no s on ne ce sa r iame n te a r t i s ta s c r io l l o s , e s de c i r nac ido s e n s ue lo amer ica no , o h i jo s de padre s e spaño le s o p r ime ra gene rac ió n de c r i o l l o s , s in o q ue en la m isma e n t ran mucho s a r t i s t a s ex t r a n j e ro s como tamb ién lo s denom inado s a r t i s ta s v ia j e ro s que con t r ibuye ron , o c r eyeron con t r ib u i r , co n s u ob ra a l idea l de l i l um in i s mo europeo de ed i f i ca r u na cu l t u ra a r t í s t i ca amer icana p rop ia .

7

de las epopeyas locales como de una desconocida intimidad latinoamericana,

urbana y rural. En las artes visuales de lo que pudiéramos l lamar un criol l i smo

intimista pueden observarse elementos y textos culturales consti tut ivos de las

identidades latinoamericanas que conviven junto a los panteones heroicos.

Esas representaciones de la intimidad de la casa, el patio, la calle, el

mercado, el barrio, la hacienda, los oficios y costumbres, la comida y el traje ,

que hemos despachado de manera peyorativa como costumbrismo, constituyen

entonces un rico acervo de datos vi suales de enorme interés para el estudio de

la historia y la cr í t ica de las artes latinoamericanas. Las imágenes del

criol l ismo son las de aquel los mundos, plurales y diversos, donde convivían

hasta hace muy poco hombres, mujeres y niños en procesos de intensa

hibridación cul tural . Esos habi tantes, junto a las formas muchas veces

fantást icas de lo animal y lo vegetal , eran los protagonistas de la vida

famil iar y comunitaria de los latinoamericanos de los días fundacionales, a

veces idí l ica y otras infernal, pero siempre plena de una febri l actividad de la

imaginación. El cr iol l i smo const ituye entonces el acervo de las representaciones

del trabajo y el ocio, el goce y el castigo, como también de los imaginarios

diversos de los pueblos de los primeros t iempos de los choques e hibridaciones

de cul turas, en suma, artes que nos revelan la aventura humana de pueblos que

configuraban y siguen configurando de manera muchas veces trágica y cruel

pero, sin duda, también heroica e infat igable, los signos de esos imaginarios

colect ivos que dan sus ident idades part iculares, locales y nacionales a esa

diversidad inagotable que l lamamos América Lat ina.

Si bien es c ierto que todo nacionalismo puede alimentar proyectos

sociopol ít icos excluyentes al est imular sentimientos ident i tarios que suelen

asociarse a situaciones de peligro ante la posibi l idad de pérdida de rasgos

cul turales, rel igiosos, his tóricos o polí t icos, también lo es que esa matriz

profunda de sentimientos t iene bases psicohistóricas muy reales y recientes en

el caso de América Latina, donde los mitos de las ident idades nacionales han

sido y cont inúan s iendo al imentados por un miedo ancestral que anima y pone

sobre alerta a casi todas la sociedades latinoamericanas cuando escuchan

hablar de globalización, como también a quienes hacen propuestas del t ipo

“América para los americanos”, y su versión local “Venezuela para los

8

venezolanos” etc. Los mitos perversos de la exclusividad identi taria, ya sea

esta nacional o regional , a estas alturas de la historia humana cuando la

plural idad de identidades es un hecho y su evolución una ley natural, t ienen

su paroxismo en los discursos de las razas que se pretenden biológicamente

superiores, teorías que condujeron a tragedias descomunales en la historia

humana reciente pero que también han operado como un freno para quienes

entienden los nacional ismos como nacionalismos genéticos o étnicos .

Resulta difíci l comprender que aun hoy en día y vistos los resul tados trágicos

de los nacional ismos europeos del siglo veinte, las pervers iones polí t icas no se

alejen de caminos hace tiempo superados7. El neorracismo actual se presenta

muchas veces como defensor del derecho de los pueblos a mantener sus

"identidades cul turales" y en nombre de ellas propugna el aislamiento de

otros grupos étnicos y cul turalmente diversos, con el objeto de evitar una

supuesta contaminación de la autenticidad y pureza de la cu ltura de origen

del grupo. Esto termina convirt iéndose en una de las formas ― suti les o

abiertas ― de justif icación de muchas polít icas de exclusión y es un vector

común y transversal a todos los nacionalismos, no solo en América Latina sino

en países más desarrollados, por lo que sería necesario reconocer en los dis-

cursos de afirmación identitaria y diferenciali sta posic iones y sent imientos

calcados de vis iones excluyentes del mundo. Desde los nacional ismos más

radicales hasta los moderados, todos coinciden en anteponer la identidad

diferencial o la construcción nacional a los valores universali stas inherentes al

humanismo incluyente que da su sent ido pleno a una cultura de la inclus ión y

tolerancia mutua.

En cuanto a las manifestaciones artíst icas como componentes esenciales y

const itut ivos de la cultura de los pueblos, habría que señalar como absurda la

pretensión de intentar agrupar bajo una imposible noción de arte

lat inoamericano expresiones tan dis ímiles como las que se dan en los diversos

7 T ra s comprobar l o s r e s u l t ado s de l mapa de l genoma humano que reve lan la in s ig n i f i canc ia de la s d i f e renc ias b io lóg icas e n t r e g r upo s humano s , pe r s i s te n la s d i f e renc ia s c u l t u ra le s y é tn ica s que s i r ven de base a un nuevo t ipo de r ac i smo que de spr ec ia a lo s o t r os a t r ibuyendo ra sgo s negat ivo s a la s ide n t idade s c u l t u ra le s o é tn i ca s y que se basa en la apo log ía de lo s ra sgos é tn ic o s y c u l t u ra r le s de un g r upo e spec í f i co s ob re o t r o s .

9

países y regiones del subcontinente, aunque sí puedan, sin duda, establecerse

ciertos parámetros comparativos para el estudio de algunas de las tendencias

artís t icas que hacen aparición en algunos de los periodos de la hi storia cultural

y art ís t ica de América Latina. Obviamente, resul taría muy forzado colocar

bajo una misma categoría artes tan diversas como las de México y Colombia, o

de Perú y Argentina pero, sin embargo, en las primeras décadas del s iglo

veinte ─ uno de los períodos estudiado con mayor rigor por la hi storia del arte

y la cr ít ica latinoamericana ─ se ofrece a la invest igación la posibi l idad de

percibir con una mayor nit idez, s i no coincidencias s í divers idades y

especificidades artíst icas significativas en Latinoamérica. Sin duda un

fenómeno como el de los nacionali smos fi losóficos, polí t icos, culturales y

estéticos asume en América Latina muy distintas formas en diversos países y

regiones, lo que va a determinar diferentes t ipos de relaciones entre las artes

de esos períodos con las fuentes cul turales autóctonas, en consecuencia la

diversidad de manifestaciones estéticas que resul ta hace que las expresiones y

producciones art íst icas varíen notablemente de un país a otro. Pero no cabe

duda que es posible ─ y lo han hecho ya estudiosos notables8 ─ establecer

parámetros que permiten real izar algunas interesantes comparaciones entre

ciertos fenómenos artíst i cos latinoamericanos, como es el caso precisamente de

los nacionali smos art íst icos así como el de los indigenismos estéticos que, en

retrospectiva y a distancia parecen consti tui r algunos de los ejes de mayor

interés crí t ico en contraposición al de las supuestas semejanzas artíst icas. Pero

es, curiosamente, un fenómeno como el de la l lamada abstracción

lat inoamericana uno de los que al hacer su aparic ión, a comienzos del siglo

veinte, resul ta de mayor interés para los estudios e indagaciones sobre el

8 Ve r l o s e s tud io s e in ve s t iga c io ne s de Juan Acha y Mar ta T raba , e n t r e o t r o s . Mar ta T raba y Juan Ac ha , s o n do s au to re s c r uc ia le s de la c r í t i ca de la h i s to r ia de l a r te e n La t inoamér ica , e n d i f e r en te s épocas y con po s tu ra s d i ve r sa s , ambo s s o n impo r tan tes para cono ce r e l de sa r r o l lo a r t í s t i co de l s ig lo ve i n te e n r e lac ió n con la s co r r ie n t e s no r t eamer ica nas y europeas domina n te s . En pr ime r l ugar , e s tá e l tex to “Do s dé cadas vu l ne rab le s de la s a r te s p lá s t i ca s la t i noamer ica nas ” de Mar ta T raba , e s pec í f i c amen te e l cap í t u lo de la década de la e n t r ega y l u ego , e n e l l ibr o La s c u l t u r a s e s té t i ca s d e Amér ica La t i na de Jua n Acha , s e r e comienda ver e l cap í t u lo V ace r ca de la i nvas ió n te cno l óg i ca 1950-1970 . Según T raba , Venezue la deb ido a s u auge e conóm ico de lo s año s 60-70 , com ienza a “ c omprar c u l t u ra” como n i ng ún o t r o paí s , de ah í q ue muc hos g r upos e conómi co s pode r oso s e s t imu lar on la p roducc ió n y e l co ns umo de l a r t e en la s c i udade s . Po r un lado , s e man i f e s ta rá una pas ió n po r e l c in e t i smo de o r igen par i s i no y , por o t r o , un “gu s to ” po r e l min ima l a r t pro ceden te de EEUU para l l e gar a c onc ep tos s in con ten ido . De e s ta f o rma , co n tex tua l i za T raba e l f e nómeno de l c i n e t i smo e n Venezue la , po r e jemp lo , e n e l q ue según la a u to r a i n te r v ie nen fac to re s que nada t ie ne que ve r con la c u l t u ra venezo lana , t a le s como la geome t r ía , la té cn i c a , la te c no log ía y l o rac io na l , s upue s tamen te an tagón i co s co n una idea e s te reo t ipada de l t r óp ico , la c u l t u ra , la t r ad i c ió n y la id io s i n c ra s ia de l pa ís .

10

criol l ismo , pues este puede ser visto también como un intento de

homogeneización art íst ica que puede l legar a confundir y hacer pensar ─

superficialmente, sin duda ─ que todas las manifestaciones art ís t icas

latinoamericanas t ienen una supuesta semejanza y que se orientan por patrones

comunes .

Es necesario ver que fenómenos como los de la abstracción y el criol l i smo

pueden desdibujar regiones, geografías y nacionalidades, aunque ello no

signif ique que todo se torne homogéneo en las artes latinoamericanas.

Justamente, la abstracción surge en un período cuando las di ferencias en las

tendencias y real idades sociopolít icas en los diversos países latinoamericanos

conforman muy diversos contextos para las diferentes retóricas visuales que

perfi lan netamente los artistas del siglo veinte latinoamericano. Estas

diferencias permiten dist inguir con ni t idez lo especifi co y singular en las

propuestas de cada uno, dentro del vasto universo de esas artes l lamadas de

la abstracción latinoamericana . Y pareciera suceder algo semejante con el

criol l ismo, pues sus manifestaciones artís t icas dan a veces la impresión de que

todo fuese simi l i tud en las artes criol l i stas de los países lat inoamericanos. Pero

esto es una mera i lus ión: la real idad es que en cada formación sociohistórica y

cul tural operan tensiones muy diversas en dist intos momentos, que diferencian

netamente a los artistas y sus manifestaciones y determinan la diversidad y

riqueza de las artes criol las en los diversos países y regiones de América

Latina.

No obstante, lo que s í pareciera haber sido un elemento indudablemente común

en el contexto de las dist intas realidades cul turales latinoamericanas desde

fines del siglo XVII I y comienzos del XIX hasta los inicios del sig lo XX, sería la

presencia de una voluntad conciente y decidida de operar rupturas expl íc itas

con fuentes y dotaciones artíst icas europeas cosmopoli tas. El lo l legaría a

expresarse art ís t icamente con gran plenitud y vi talidad pero será a parti r de

hi tos como el in ic io de los procesos de independencia y el comienzo de los

procesos l lamados de modernización en América Latina cuando comenzarán a

perfi larse con una mayor precis ión y autonomía estética las artes visuales de

cada formación sociohistórica lat inoamericana, hasta l legar a afi rmarse

11

est i l í st icamente y a individualizarse cada una con sus propias característ icas,

en ese complejo ámbito de tensiones y fuerzas estét icas en confl icto que

l lamamos arte universal .

Es justamente en esa confusa categoría art íst ica denominada cr iol l ismo donde

nos detendremos ahora para examinar algunas de sus raíces y antecedentes

conceptuales, sus ramif icaciones, derivaciones y los caminos que puedan

acercarnos o alejarnos de lo que pueda considerarse como lo cr iol lo en el arte .

Una aparente homogeneidad es casi siempre la engañosa trampa que el ojo le

t iende a la conciencia y por el lo a las visiones de la historia y la crít ica y es

este el principal obstáculo que enfrentamos al acercarnos al criol l i smo art ís t i co.

Por úl t imo, y antes de entrar en el entorno de nuestro intento de configuración

del tema del cr iol l ismo, advertiremos al lector –siguiendo a Max Bense – que

este intento o ensayo no parte de una necesidad deduct iva s ino experimental .

Recordemos también que, para Bense, el ensayo es un tipo de monólogo

reflexivo y, por lo tanto, una forma dramática.9

9 E l i n t e l e c t ua l , q ue e n un s e n t i do ha t en ido la t endenc ia y no la c r ea c ió n , q u ie r e g en era r lo ex i s t enc ia l . T i en e un des eo conc r e t o . Dec imo s : a l f i na l t oda t endenc ia s e ha d i r ig ido ex i s t enc ia lmen t e . Po r ta n t o l e p la ce a la t end enc ia gene ra r lo ex i s t e nc i a l . T ie ne p r opó s i to s s oc rá t i co s . Y m ie n t r a s Só c ra te s en e l d i s c u r so , en l a pa rábo la ( s egundo d i s c u r so ) , c r ea e so que q u ie r e d ec i r , o s ea lo d ic e exper imen ta lmen t e , a s í como en una fo rma p r im i t i va de lo s a c to s d ramá t i co s , f a vo r ec e una in t e l ig enc ia q ue hoy r eemp laza e l e n sayo , por que l a ex t r a ída labo r de lo ex i s t enc ia l e s e l p rop io ca rá c t e r d e l expe r imen to . E l en sayo p la n t ea a s im i smo e l s egundo d i s c u r so d ramá t ic o . E l en sayo e s u n t i po de monó logo r e f lex i vo y po r l o ta n to una fo rma dr amá t i ca . La d ia l é c t i c a e s t á p r e s en te en lo exper imen ta l . La e s en c ia f o rma l e in t e r na de l en sayo no con s t i t uy e má s q ue u na in te nc ió n s o c rá t i ca , e s d ec i r po s tu la r exper imen ta lmen t e o p roduc i r (genera r ) un t ema exper imen ta l . Lo q ue t i en e q ue s e r d ic ho , no s e rá la ú l t ima pa lab ra o u na r eg la ; s e r á p la n teado muc ho má s desde e l o jo i n te l ig en te d e l le c t o r en u na e s pec i e d e va r ia c ió n in ca n sab l e d e l p r oduc t o t e rm inado ; y s e rá d e ta l modo , q u e po r u n lado r e sponda a la d emo s t r a c ió n exper imen ta l d e un e f ec t o na t u ra l y po r e l o t r o a la p roduc c ió n ( f ab r i ca c ió n ) d e una b i en d e t e rm i nada con f igura c ió n en e l ca l i dos cop io . BENSE , MAX . Op . C i t . pp . 24-27

12

PARTE PRIMERA LO IMPLÍCITO EN LA NOCIÓN DE CRIOLLISMO

13

1. Algunos antecedentes y usos del término criol lo

F i g . 2 . Anón imo mex icano , De e spaño l y neg ra . Mu la to , s . XV I I , Co le c c ió n Mus eo de Amér ica , Madr id .

F ig . 3 . Anón imo mex i cano . De mes t i zo e i nd ia : s a l e co io t e . s . XV I I , Co le c c ió n Museo de Amér ic a , Madr id .

14

En sus in ic ios, el término nombraba a los españoles criol los10, habitantes de las

provincias americanas y luego pasó a designar a quienes gobernaban por su

propia cuenta las repúblicas recientemente independizadas de las potencias

imperiales europeas, en las sociedades acriol ladas de América. Esos cr iol los11

implantaron gobiernos en los que la part icipación de los mest izos y

aborígenes, cuando se permitía, era muy escasa pues los gobiernos

republ icanos de la América postprovincial estaban constitu idos, casi

exclusivamente, por blancos cr iol los . E l término pasa luego también a nombrar

a los hi jos de esclavos negros nacidos en América ─ especialmente en Cuba ─

para extenderse más tarde y referi rse a todos los descendientes de españoles

nacidos en el continente americano. Lo criol lo pasará entonces a representar lo

mestizo con exclusión de lo indio ─ como en los países del Cono Sur ─ y, ya en

el siglo XX, habrá quienes designen como cr iol la toda producción americana

por oposic ión a la extranjera .

10 Una e t imo log ía s ug ie re que c r io l l o de r i va r ía de c r ío que e s como lo s e spaño le s s e r e fe r ían a s u s h i j o s . Ot ra s f uen te s lo hacen de r iva r de l po r tug ué s c r io u lo u sado para d i s t i ngu i r a lo s e s c l avos nac ido s e n Amér ica de lo s nac ido s e n Áf r i ca . La mayor ía de lo s f i ló logo s co i nc iden en q ue e s una der ivac ió n de l ve rbo c r ia r y que t ie ne la m isma ra íz q ue la pa labra c r iado u sada para refe r i r s e a lo s s i r v ie n te s y e s c lavo s . Cr ia r , de l la t í n c r ea r e o engend ra r , t i e ne la m i sma ra í z q ue c r ea r . Para Jo sé Lezama L ima , la voz v ie ne de l po r t ug ués , de “e l que e s c r iado en cas a” o c r iadouro . Según la i nve s t igado ra y e s t ud io sa de L ezama , I r lemar Ch iamp i , Le zama emp lea e l vo cab lo para re fer i r s e a la f o rmac ió n de lo s l e ngua jes nac io na le s e n e l s ig lo X IX y l uego expande s u s ign i f i c ado a lo “amer ica no ” pos tu la ndo la un idad de la Amér ic a h i span i zada y a e fe c to s de s ub rayar s u s d i f e renc ia s con e l mundo pen in s u lar . Ve r : L EZAMA L IMA, JOSE . La exp r e s ió n amer i cana . FCE , Méx ic o 1993 , pp . 133-155 .

11 Una l e ngua c r i o l la , t amb ién l lamada c r eo le o pa to i s , e s una le ngua nac ida hab i tua lme n te en una comun idad de gen te s c on o r ígenes d i ve r sos que no compar te n p rev iamen te n i nguna le ngua , que t i e nen neces idad de comun i ca r se y s e ven f o r zado s a va le r se de un id ioma q ue no e s e l de n i ng uno de e l lo s . E l r e s u l tado e s u na le ng ua que toma e l léx i co ( c a s i s iempre muy de fo rmado) de la l engua impues t a y que s in embargo t ie ne u na s in t ax i s que se pare ce más a la de o t ra s l e nguas au tó c to nas que a la de la le ngua "madr e " . E l e jemp lo t íp ico e s e l de lo s e s c lavo s l le vado s a la s p la n tac io ne s de l Car i be desde d i f e ren te s par t e s de l mundo , q ue se v ie ron ob l igado s a u t i l i za r la le ng ua de la po tenc ia co lo n ia l , ya f ue ra e l i ng lé s o e l c as te l l ano , para comun icar se . E s ta comun icac ió n pr ogr es ivamen te toma la f o rma de un p idg in pa ra l uego t rans f ormase en la le ngua na t iva y , a l cabo de var ia s generac io ne s , s e hab la u na l eng ua c r i o l la . E l p idg in no e s hab i t ua lmen te e l d ia le c to ma ter no de n ing ún g r upo é tn ic o o s o c ia l ; s ue le s e r e l que emp lea u n i nm igran te de pr imera gene rac ió n en s u nuevo lugar de re s idenc ia , o una l i ngua f r a nca empleada en una zo na de con tac t o in te n so de poblac io ne s l i ngü í s t i camen te d i f e renc iadas , como un puer to muy ac t i vo ; l o s p idg in s f ue ron f r ecuen tes t amb ién en la s co lo n ias , mezc la ndo e lemen to s de la le ng ua de la nac ió n dom ina n te con l o s de lo s na t i vo s y l o s e s c lavo s in t r oduc ido s e n e l la . E l p idg i n más an t iguo de l que se t i e ne no t i c ia e s la l i ngua f r a n ca o s ab i r , u n d i a le c to emp leado po r lo s mar i no s y me r cade re s de l Med i te r r áneo de sde an te s de l s ig lo X IV , que con t in uó en u so ha s ta f i na le s de l s ig lo X IX .

15

F i g . 4 . Anón imo mex icano , De e spaño l y mes t i za . Ca s t i za , ca . s . XV I I . Museo de Amér ica , Madr id .

En las repúblicas americanas hispanohablantes12 el término subrayaba también

lo local, referido tanto a la fi l iación biológica de un individuo como a su

posición socio-pol ít ica, ubicándolo con respecto a su l inaje y su pertenencia a

una clase social y una nación, lo que ya anunciaba un vínculo entre crio l l i smo y

nacional ismo13. No es casual que el criol l i smo como categoría socioestética

12 Sobre la ne ce s idad de co lo ca r a l B ra s i l j un to a lo s demás pa ís e s de Hi spanoamér ica : D ice Jo rge S chwar tz e n “Vanguard ia y co smopo l i t i smo en la dé cada de l Ve i n te ” , pub l i cada en ca s te l lano en 1993 por Bea t r i z V i te rbo (Ro sa r io ) : Per o m i gr an s a t i s f a c c ió n f ue haber pues to a B ras i l lado a l ado con H i s panoamér ic a , ha ce r una e spec i e d e puen te . Ya lo hab ía hecho en ' Vangua rd ia y co smopo l i t i smo en la d écada de l Ve in te ' , (1 ) qu e f ue m i t e s i s d e do c t o rado , a ce r cando a l a genera c ió n ma r t i n f ie r r i s ta a r gen t ina con l a gen t e d e l a s emana de l 22 en San Pab lo . E n aque l momen to , mucha de la do cumen ta c ió n que r eu n í q uedó a f ue ra , y s en t í q ue r ea lmen te f a l taba un pano rama con t in en t a l . S e hab la ta n to de Amér ica la t i na per o B ra s i l q ueda ex c l u ido de l o s pano ramas la t i noamer i ca no s . Yo c r eo que hoy e s tamo s má s c e r ca que an te s , po r l o meno s en e l Me r co s u r . S in d uda ha y u n boom de l ca s te l la no e n e l B ra s i l , y v eo aqu í u n i n t e r é s po r e l po r tug ués .

13 E l na c io na l i smo e s u na doc t r ina o f i lo so f ía po l í t i ca q ue p ropugna c omo va lo re s f undamenta le s e l b ie ne s tar , la p re se r vac ión de lo s ra sgo s iden t i ta r io s , la i ndependen c ia en todo s l o s ó rdene s y la g lo r ia , de la p rop ia nac ió n . E l na c io na l i smo es un concep to de iden t idad exper imen tado co l ec t i vamen t e por m iembro s de un gobie r no , nac ió n , s o c iedad o te r r i to r io par t i c u lar . Lo s na c io na l i s t a s s e e s f ue r zan en c rear o s u s te n ta r una nac ió n basado s en va r i as no c io ne s de leg i t imac ió n po l í t i c a . Muc has id eo log ía s na c io na l i s ta s de r iva n de la teo r ía r ománt i ca de la id en t idad cu l t u r a l , m ie n t ra s que o t r o s s e basan en e l a rgumen to l ib e ra l de que la leg i t im idad po l í t i ca de r i va de l consenso de la pob lac ió n de una reg ión . E l nac io na l i smo como ideo log ía e s po r tador de una in t en s a ca rga de una f a l s a conc ienc ia , a t ravés de la c ua l , a l p re tende r t ras cende r la s i t uac ió n r ea l de dominado o de dominan te , s e pr e tende la r ea l i zac ió n de un idea l i l u s o r io como puede ser l ibe ra r s e o domina r aún má s . La p le na independenc ia de la s nac io ne s e s hoy en d ía a lgo imag ina r io y u tóp ico pue s l o s pa í s e s f unc i o nan den t r o de un s i s t ema mund ia l d e in t e rdependenc ia . L o s per f i le s u tóp i co s o ideo lóg ico s de lo s na c io na l i smos d e r e s i s t enc ia o d e dom ina c ió n t ie nen cada vez más ca rac te r es anac r ón i co s de sde una pe r spec t i va u n i ve r s a l i s t a y de i n te r conex ión g loba l . Tamb ié n s in duda es c ie r to que ta l pe r spec t iva , como rea l idad h i s tó r i c a , aún debe rá s u f r i r muc ho s a j u s te s para a f i rmar se s i n c r ea r p rof undo s de sequ i l ibr io s . Se cae r ía en expres ió n de fa l sa conc ie nc ia , s i s e a f i rma que e l pr es en te e s ya una rad ia n te

16

sur ja después de que se haya comprobado la inoperancia de los modelos

decimonónicos posi t iv istas que intentaban expl icar los fenómenos de la cultura,

con base en conceptos tales como raza y posteriormente el de etnia. Al surgir

la noción de mestizaje14, tenida a lo largo del siglo XIX como causa de

degeneración de la sociedad, culpable de que surgieran grupos de razas

inferiores de población, e l concepto es elevado a la categoría de mito15 para

pe r spec t iva de u n ive r s a l r e conc i l ia c ión en t r e g r upo s humano s p ro f undamente d i v id ido s po r causa s h i s tó r i ca s pue s s ucede más b ie n todo lo con t ra r io , ya q ue ex i s te u na po tenc ia l guer ra c i v i l mund ia l e n la expre s ió n de Hans Magnu s En zensberge r . Pe ro cuando se i n te n ta convence r a gr upo s o i nd i v id uo s de que e l ce n t r o de l d rama có sm ico u n ive r s a l e s e l grupo é tn ico - na c io na l , o é tn i co - r e l ig io so , o é tn i co - cu l t u ra l , o c ua lqu ie r o t ra id e n t i dad co l ec t i va e n l u cha po r r e cupera r , de sa r ro l la r o inven ta r s u p rop ia iden t idad, pe rd ida , ha l lada , mu t i lada o ex t r av iada , e s conven ie n t e tomar d i s t anc ia y de s conf ia r y r e cordar cómo en la s c r i s i s e u r opeas de lo s año s 20-30 de l s igo XX , lo s fa s c i smo s y l o s t o ta l i t ar i smo s i n cu lca ron u na e spe luz nan te do s i s de na c io na l i smo a la human idad .

14 L a no c ió n de mes t i za j e de s cans a sobre la acep tac ió n de l concep to de r aza ya hoy de s car tado po r la b io log ía y la gené t i ca . De r i va de mes t i zo (de l la t ín vu lgar mix t i c i u s , de l la t í n mix t u s , pa r t i c ip io de mis ce r e , «mezc la r» ) e ra e l té rm ino u t i l i zado po r lo s c i e n t í f i co s po s i t iv i s ta s para de s ignar a i nd i v id uo s c uyo o r igen e s tuv ie s e compue s to de do s r a zas d i s t i n ta s . E l t é rm ino f ue emp leado para re fe r i r se a l mes t iza je de la s r a za s e u ropeas y amer i nd ia s que pob laban e l c on t inen te amer i cano de sde e l no r te á r t i co ha s ta la Pa tagon ia a rgen t i na y c h i le na en e l s u r . En o t ra s r eg ione s y pa í s e s pr ev iamen te ba jo dom in io co lon ia l e spaño l , po r tugué s o f r ancé s , va r ian t es de l té rm ino tamb ién s e empe la ron para de s ig nar a pe r sonas de o t r as mezc la s r a c ia l e s e n la s c ua le s uno e ra de r a za i nd íge na y o t r o de una r a za co lon ia l e u ropea. En la s F i l ip ina s , e l té rm ino mes t i s o , o mi s t i s o , e s una re fe renc ia gené r ic a que de s igna a todo ind i v iduo de as cendenc ia m ix ta , de r a za i nd ígena f i l ip i na y c ua lqu ie r o t ra r a za ex t ran je ra t a le s como la c h i na , e spaño la o japone sa , e t c .

1 0 La l i t e ra tu ra sob re Amér ic a como m i to y u top ía e s abundan te . E s de in te r és r e v i s ar t r e s gr upo s de t raba jo s que cuen ta n con no to r ia s o lvenc ia h i s t ó r i c a : La te t r a log ía de l e s c r i to r e h i s to r iador madr i le ño C IRO BAYO: La Co lomb iada , Lo s Ma rañones , Lo s Césa r e s d e la Pa tagon ia , y Los Caba l l e r o s d e E l Do rado . E n un e nfoque de r igo r do cumen ta l , la t r i log ía de l h i s t o r iador e spaño l JUAN G IL , pub l i cada con e l nombr e gene ra l de Mi to s y u top ía s d e l Des cub r im ie n to ( 1989 ) . Pa ra un enf oque amer ican i s ta , s e re comienda la t r i l og ía de l u r uguayo FERNANDO A ÍNSA : Lo s B u s cado r e s d e la u t op ía (1977) , Nece s idad de l a u top ía (1990 ) , y De la Edad de Oro a E l Do rado ( 1992 ) . 15 C f . JOSÉ VASCONCELOS (1882-1959 ) e s c r ib ió La raza có sm ica , en Obra s Comp le ta s , t . I I , Méx i co : L ib re ros Mex icano s , 1958 , p . 903-942 . Vas conce lo s , e n la te s i s ce n t ra l de s u c i tado l ibr o , po s tu la que las d i s t i n ta s razas de l mundo t ie nde n a mezc la r s e cada vez más , ha s ta f o rmar un n uevo t ipo h umano , compue s to con la s e le c c ió n de cada uno de lo s pueb lo s ex i s te n te s . . . E l a u to r no p re c i s ó s i la mezc la , i l im i tada e inev i tab le , e ra un he c ho ven ta jo s o para la c u l t u ra o s i , a l c on t ra r io , hab ía de pr oduc i r de cadenc ia s c u l t u ra le s que aho ra ya no só lo s e r ían nac iona le s , s in o mund ia le s . P rob lema q ue r ev i ve la p regun ta de l me s t i z o : « ¿Puede comparar se m i apo r tac ió n a la c u l t u ra c on l a ob ra de la s razas r e l a t i vamen te pura s que han he cho la h i s t o r ia ha s ta nue s t r o s d ías , lo s g r iego s , l o s r omano s , l o s e u ropeo s ?» . Y den t r o de cada p ueb lo , ¿ cómo s e c omparan lo s pe r íodo s de mes t iza je con lo s pe r íodo s de «homogene idad r ac ia l c r eado ra»? De sde lo s p r ime ro s t iempo s de l de s cub r im ien to y la conqu i s t a , f ue ron ca s t e l lano s y b r i tá n ico s , o l a t ino s y s a jo nes , pa ra i n c l u i r po r una par te a lo s po r tugue se s y po r o t ra a l ho landé s , lo s que cons umar on la ta rea de i n i c iar un n uevo pe r íodo de la H i s to r ia conqu i s tando y pob lando e l hemi s f e r io r e c ie n temen te “de s cub ie r t o ” . Aunque e l l o s s o lamen te s e hayan sen t ido co lo n izado re s y t ra sp la n tado re s de s u c u l t u r a , lo s l lamados la t i no s , que se pe r c ib ía n a s í m i smo s como po seedo res de gen io y de a r r o jo , s e apode ra ron de la s me jo re s r eg iones , las que c reyeron más r i ca s , y lo s ing le se s t uv ie ron que c onf ormar se c on lo q ue le s de jaban gen te s más ap ta s q ue e l l o s . N i E s paña n i Po r tuga l pe rmi t ían que a s u s domi n io s s e ace r cas e e l sa jón n i s iq u ie ra para tomar par te en e l c ome r c io . E l p redomi n io la t i no f ue ind i s c u t ib le e n lo s com ienzo s y po co s so specharon , e n lo s t iempo s de l laudo papa l que d i v id ió e l Nue vo Mundo en t r e Po r tuga l y E spaña , q ue uno s s ig lo s más ta rde ya no se r ía e l Nue vo Mundo po r t ugué s n i e spaño l , s i no más b ie n i ng lé s e l domi na n te . La pugna en t r e la t i n idad co n t ra s a jon i smo s igue s ie ndo en la ac tua l idad pugna de i n s t i t u c io ne s , p ropó s i to s e idea le s c a rac te r i zada po r la s s e cue la s de la lu c ha s e cu la r e n t r e s a jone s y l a t ino s . En s u e n sayo sobr e e l poe ta c ubano Jo sé de l Casa l , Jo rge B r io s o es cr ibe : C in t io V i t i e r , en s u l ib ro Lo c ubano en la poes ía , l e da u n c ar ác te r p rogramá t ico a lo q ue s e r ía e l p royec to de todo un g r upo genera c io na l ( la gener a c ió n de “Or ígenes ” ) q ue s e concen t r ó a l r ededo r d e la r ev i s ta homón ima y de la f igu ra de Jo s é L ezama L ima : la b ú squeda de un s e n t i do pa r a lo c ubano . E s t a bú s queda s e e j e cu tó a t r a vés d e una t r an s fo rmac ió n y un des p l a zamie n to : d e l s i n s en t ido y e l cao s de la r ea l idad po l í t i ca r epub l i ca na a l en igma y e l s e c r e to de una na c ión que s e r ev e laba en s u s poe ta s . L a poes ía no s ó lo i nv en ta la na c ió n ( la h i s to r ia d e la poes ía c ubana de L e zama L ima emp ie za con e l D ia r io d e Co lón ) , s i no que s e con s t i t u ye en una fo rma de a c ce so y en t r ada (as i lo ) a lo na c iona l pa ra uno s c i udadano s s in r epúb l i ca . C i tamos e s te impo r tan te t ex to pue s ayuda a la comprens ió n de l p royec to de do tar de s en t ido a lo amer i ca no , emprend ido s po r uno s “ amer ic ano s s in Amér i ca” , e n l o que co ns t i t uy ó como pr oyec to de moder n id ad amer i cana e n q ue se i n s c r ibe e l c r io l l i smo e n s u s comie nzo s a r t í s t i co s y l i te r a r io s . Se po s tu la en t once s que tan to lo na c io na l c omo lo amer icano co n s t i t u i r ía n h i s t o r ia s s ec r e ta s que só lo l as a r te s y la poe s ía s e r ían capace s de reve la r .

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luego verlo surgir con notoriedad dentro de la mitología republicana

neomundista como americanidad16, noción que se añade a la ya para entonces

16 D E HUMBOLDT , AL EJANDRO . En sayo Po l í t i co s ob r e l a Nueva E spaña . T r aduc ido a l ca s te l la no po r Don V icen te Gonzá lez Ar nao . Te r ce ra ed i c ió n co r reg ida , aumen tada y ador nada con mapas . Pa r í s : L ib re r ía de Lec o i n te , 1836 , 5 vo l s . 16 C f . VASCONCELOS , ob .c i t . 16 La no c ió n de oc c id en t e s e f unda en do s h i to s h i s tó r i co s : la c r i s t i an i zac ió n de E u ropa i n i c iada po r e l empe rado r Cons tan t i no en e l año 313 AD con e l Ed ic to de M i lán y en la l imp i eza de s a ngr e que ex c lu ía de lo s e spac io s de l occ id en te c r i s t i a no a mu s u lmane s y jud ío s . La r e la c ió n de Amér ic a La t i na con e l occ id e n t e c r i s t ia no f ue p rob lemát ica desde lo s t iempos de la co nqu i s ta y a lguno s h i s to r iado re s cons ide ran que la s in f l uenc ia s de lo s pueb lo s i n d ígena s co nve r t i r ía n a La t inoamér ica en o t r o t ipo de mundo , e n camb io , o t r o s p roponen que la i n f l uenc ia de lo s pa í s e s co lo n i zador es pe rmi t i r ía in c l u i r a l Nuevo Mundo como una par te de l mundo oc c id en ta l . E l m i smo p r oblema s ucede c on Eu ropa Or ie n ta l y Rus ia .

16 I nd io s e ran lo s hab i tan te s de La s I nd ia s , te r r i to r io conf u nd ido po r la s expedi c io ne s de Co lón c on la s I nd ia s Or i en ta l e s . Amé r i ca no s e re cono c ió como ta l e n un p r ime r momen to s i no año s más ta rde cuando Amér ico Vespuc io “de s cub r i r ía ” e l e r ro r . A lo s na t i vos de la s t ie r ra s e ncon t radas po r Co lón s e le s l lamó , e n v i r t ud de la co nf u s ió n , i nd io s . A par t i r de la s exped ic io ne s de Ve spuc io s e co r reg ir ían tan to la ca r tog ra f ía como e l u so l i ngü í s t i co per o la conf u s ió n s e pe rpet ua r ía en e l nombre dado a lo s na t i vo s de Amér ica . E n la mayo r ía de la s le ng uas europeas , la pa labra i nd io e s la m i sma para lo s na t i vo s de la I nd ia y para lo s pueb lo s ame r i ca nos .

16 En gene ra l la conqu i s ta e s paño la f ue r ea l izada po r la i n i c i a t iva p r i vada , e s de c i r , med ian te un con t r a to o cap i t u la c ió n e s tab le c ida en t r e e l r ey -o s u r ep resen tan te - y u n par t i c u lar , po r e l c ua l s e au to r izaba a é s te a conqu i s tar un te r r i to r io de te rm inado en un p lazo de t i empo e spec i f i cado . Pa ra e l l o s e o rgan izaba u na hues t e , a l f r e n te de la c ua l s e s i t uaba un je f e , qu ie n r e c ib ía de l r ey d ive r so s t í t u l o s po s ib le s e n f unc ió n de la d imens ió n de la empre sa (gober nado r , ade lan t ado o cap i t án ) . A camb io , e l j e fe exped ic io na r io s e comprome t ía a co r re r con lo s gas to s de la empre sa y a rea l i za r la en e l t iempo f i jado . La cap i t u la c ió n de te rmi naba c la ramen te que lo s te r r i to r io s conqu i s tado s pe r t ene ce rán a la Co r ona y no a l par t i c u la r y por o t r o lado , la s conce s ione s , s iempr e f l ex ib le s , pe rm i t ían a la Co rona o r ie n ta r y d i r ig i r las ac c io ne s de conqu i s ta hac ia de te rm inados t e r r i t o r io s , e n f u nc ió n de s u s in t e re ses . Además , e l j e fe de la exped i c ió n r e c ib ía i n s t r uc c io ne s c la ra s ace r ca de s u s f unc io ne s para con la h ue s te , la pob lac ió n na t i va , la ac c ión m i l i ta r y la em i s ió n de i n fo rme s s obr e de res u l tado s . Po s te r io rmen te s e in co rpo ra r ía un f unc io na r io r ea l o veedor , que ve la r ía po r e l c ump l im ien t o de la s con s ig nas y la a s ignac ió n a l r ey de s u par t e de l bo t í n . 16 Ver Nota N° 1 . 16 A lg uno s au to re s a rgumen ta n que la moder n idad oc c id en t a l s e r ía un concep to omn iaba r can t e y o r ig i na l , que se habr ía i n te n tado r ep l i ca r a lo l a rgo de l mundo co lon i zado po r la s po tenc ia s e u r opeas y que lo s p ro ce so s de moder n i za c ió n de f ine s de l s ig lo X IX y pr imera m i tad de l XX en Amér ica La t i na deb ían s e r cons ide rado s como una fa se de po s co lo n i zac ió n c u l t u ra l y de expans ió n de l s i s t ema cap i ta l i s t a . Hay au to re s que proponen e l co ncep to de moder n idades mú l t i p l e s y cons ide ran que en ta le s p ro ce sos s e habr ían de sar ro l lado d i ve r so s p rogramas e conómico s , c u l t u ra le s y po l í t i co s de moder n i za c ió n s egún d i ve r sos mode lo s , e n d i f e ren tes pa í s e s ame r i ca nos . E s conven ie n te r e v i sar tan to e l o r igen de la no c ión de moder n idad o c c id en ta l e n Eu ropa como e l ex cepc io na l i s mo de la moder n idad amer icana a s í como o t r o s p ro ce so s de t r ans formac i ó n y o c c iden ta l i zac ió n como e l ca so de Japón que , ju n to a la no c ió n co n tempo ránea de an t imoder n idad pr esen te en u na concepc ió n negat iva de l a mode r n idad , c uyos po r tado re s s e r ían l o s mov im ien to s po l í t i co s rad i ca le s de la izqu ie rda la t i noamer ic ana . Se cons ide ra en la s c ie nc ia s s o c ia le s y económ ica s que la R evo l uc ió n I ndus t r i a l s e r ía e l pa so evo lu t i vo que conduc i r ía a u na so c iedad de sde u na e conomía agr í co la t rad ic io na l ha s ta una ca rac te r i zada po r p ro ce sos mecan i zado s de p roducc ió n para f abr i ca r y vende r b ie nes a g ran es ca la . L a Revo l uc ió n ind us t r ia l en t o nce s , e n ta n t o i n i c i o de avance s y de sa r ro l l o s e n la s c i e nc ia s ap l i cadas s e r ía e l p r ime r paso hac ia la moder n idad . E l de sa r ro l l o de nuevas te cno log ía s , c omo c ie nc ias ap l i cadas , e n u n c l ima so c ia l y c u l t u ra l r e cep t i vo , s e r ían la s cond ic io ne s para que tuv ie ra l ugar una r evo l uc ió n i n dus t r ia l q ue re s u l t a de in novac io ne s y tamb ién la s p roduce , e n una d inámi ca de po s i t i ve f eed -ba ck , como una cadena e n u n p ro ce so acumu la t i vo de t ecno log ía , q ue c rea , d i s t r ib uye y vende b ie ne s y s e r v ic io s , s upue s tamen te me jo rando e l n i ve l y la ca l idad de v i da de una so c iedad . Se r ían e s ta s la s cond ic ione s bás i ca s de la moder n i za c ión un con tex to de cap i ta l i smo in c ip i en t e , má s un s i s tema educa t i vo y c u l t u r a l favo rable a la i nnovac ió n t e cno lóg ica y a la moder n idad como cu l t u ra j un t o a l l lamado es p í r i t u empr endedo r . La no adecuac ió n o fa l ta de co r re spondenc ia en t r e uno s y o t r o s fac t o r es y cond ic io nes c r ea r ía de sequ i l ib r io s e in j u s t i c i a s p ro f undas . E s op in ió n de mucho s e conomi s ta s y s o c ió logo s que ta le s de sequ i l ib r io s e n lo s pr o cesos de ind us t r ia l i zac ió n y mode rn i zac ió n e s ta r ían s iempre acompañado s de una muy g rande ine s tab i l idad so c ia l , co n s ide rada por lo s t eó r i co s de la mode rn i zac ió n como h i s tó r i camen t e in ev i tab le . E l t r aba jo de Car lo s Marx en E l Cap i t a l (1867 ) , ya anunc iado en e l Man if i e s to Comun i s ta (1848 ) , t ra ta ju s tamen te de la s lu c ha s s o c ia le s que se gene ran de lo s p ro ce so s de indus t r ia l i zac ió n y mode r n iza c ió n en e l cap i ta l i smo . E s a par t i r de e se aná l i s i s que Marx desa r ro l la s u teo r ía de la l u c ha d e c la s e s que con s i s te e n la l u c ha ec onóm ica ca rac te r izada po r la r e s i s t e nc ia de l a c la se obre ra a

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s e r exp lo tada , r e s i s t e nc ia que se man i f i e s ta en la de fensa de lo s in te re s es inmed ia to s de lo s t r aba jado re s s in poner e n c ue s t i ó n l a na t u r a le za de l s i s tema . La l u c ha id eo lóg i ca q ue s upone l a opo s ic i ó n de d i s t i n ta s concepc io ne s de la s o c iedad y la l u c ha po l í t i ca que se man i f i e s ta en e l e n f ren tamien to de la s c la se s s o c ia le s po r la apropiac ió n de l poder de l E s tado . La l u c ha de c la s e s e s qu izá e l con cep to más s ign i f i c a t i vo de la s c ie nc ia s s o c ia le s de l s ig lo X I X y s u pe r t ine nc ia h i s tó r i ca pudo cons ta ta r se en e l c r e c im ien to de l mo v im ie n to ob re ro o rgan i zado en e l mundo . É s te c r e c im ien t o s upuso la toma de c onc ie nc ia de lo s t rabajado re s de que pe r te ne cen a u na c las e s o c ia l d i s t i n ta a la de s u s pa t rono s y que para me jo ra r s u s i t uac ió n la ún ica v ía e s la de la l u cha . La hue lga ha s id o la pr in c ipa l arma en la lu c ha obre ra en e l co n tex to de la l u cha de c la se s y ha s ido con e s ta a rma que lo s t raba jado re s han negoc iado con lo s pat rono s s u s ex igen c ia s y r e i v i nd icac io nes , med ian te una demos t rac ió n de f ue r za a l para l i za r la p roducc ió n de l a s ind us t r ia s . Ve r : B ER IA IN , JOSEXTO . Modern idades mú l t ip l e s y en c uen t r o s d e c iv i l i z ac io n e s en Rev i s ta Mad . No .6 . Mayo 2002 . Depar tamen to de An t ropo log ía . Un ive r s idad de Ch i le y tamb ién S . N . E IS ENS TADT : “Mu l t ip le mode rn i t ie s ” en Daeda lu s , Vo l . 129 , n . 1 , 2000 , 1- 31 , tamb ién D ie V ie l f a l t de r Moder ne , Gö t t i ngen , 2000 ; a s í c omo lo s t raba jos de CH . TAYLOR y B . L E E : Mu l t ip le Moder n i t i e s : Moder n i t y a nd D i f f e r ence , Ch i cago , Ce n te r f o r T rans cu l t u ra l S t ud ie s , 1998 , 10 . 16 Tran s cu l t u ra c ió n e s e l co ncep to que an te cede en an t r opo log ía a l de acu l t u ra c ió n y se r e f ie re a l “ c on j u n to de con tac to s e in te rac c io ne s r e c ípr ocas e n t r e la s cu l t u ra s ” . F ue f o rmu lado a f i na le s de l s ig lo X IX po r d i ve r so s an t r opó logo s no r teamer ica no s , s ob re todo por e l e tnó logo J .W . Powe l l s ( 1880 ) , pa ra ca rac te r i za r lo e n s u I n t e r p r e ta c ió n de l a s c iv i l i za c ion e s . Según Powe l l , e l f e nómeno acon te cer ía en va r ia s s e cuenc ias . E n p r ime r lugar , la c u l t u r a au tó c t o na s e opondr ía a la conqu is tado ra , despué s , co n la p ro lo ngac ió n de l con tac t o , s e empezar ían a acep ta r a lg uno s e lemen to s y s e r e chazar ían o t r o s , pe ro habr ía quedado sembrado e l ge rmen de una c u l t u ra s i n c r é t i ca . E s e n l a t e r ce ra fa se , e s c uando se hab la de he t e ro cu l t u ra , co ncep to que puede apl i ca r se c uando e l e t no t ipo o men ta l idad co lec t iva q ue cons t i t uye con la l e ng ua uno de lo s s u s t ra to s de la c u l t u ra , e s afe c tado def i n i t i vamen te po r in te r venc io ne s ex te r io r es . E s e n tonce s c uando lo s ind i v iduo s , co r tada la memor ia y con s u s i s tema so c ia l t rans fo rmado , s e c onve r t i r ían en agen te s ope rac io na le s de l e t noc id io (au toe t noc id io ) . Se p rodu c i r í a l uego la a s im i la c ió n comp l e ta y de sapar i c ió n de f i n i t i va de la cu l t u ra o r ig ina l , a l a cep ta r l o s va lo re s de l o t ro . Lo s cana le s f undamenta le s de e s t e p ro ce so s e r ían t r e s : la r e l ig ión , la e s c u e la y la emp res a . Cons umada l a acu l t u ra c ión e i n s ta lada l a he t e ro cu l t u ra , podr ía , s egún Powe l l hab la r s e de e tno c id io po r a s im i l ac ió n . E l f e nómeno de la acu l t u ra c ió n , de l i ng lé s ac cu l t u ra t io n , s e r e f ie re a l p ro ce so de adap tac ió n a ot ra c u l t u ra , o a la r e cepc ió n de e l la , por par t e de un pueb lo a t ra vé s de l con tac t o con o t ra c iv i l i z ac ió n s upue s tamen te más de sa r ro l lada . F r en t e a l vo cab lo acu l t u ra c ió n , e l c ubano Fe r nando Or t i z p ropu so e l u s o de l té rm ino t r a n s cu l t u ra c ió n y lo pre s en ta de la s igu ie n te mane ra : (…) en t end emos que e l vo cab l o t rans cu l t u rac ión expr e sa me jo r l a s d i f e r e n te s f a s e s d e l p ro ce so t r an s i t i vo de u na cu l t u ra a o t r a , por que é s te no con s i s t e s o lamen t e e n adqu i r i r una cu l t u ra , q ue e s lo q ue en r igo r i nd i ca la voz ang lo -amer icana acu l t u rac ió n , s ino que e l p ro ce s o imp l i ca t amb ién n ece sa r iamen te l a pé r d ida o desar ra igo de una cu l t u ra p r eceden te , lo q ue pud i e ra dec i r s e una pa r c ia l de s cu l t u rac ión , y , además , s ign i f i c a la con s igu i en te c r ea c ión de nu evo s f enómeno s c u l t u ra l e s q ue pud i e ran denom ina r s e neocu l t u rac ió n . D ic ho concep to de la s in f l u enc ia s y la s t r a n s formac io nes c u l t u r a l e s no s p e rm i te v e r e l p un t o de v i s t a la t i noamer i cano de l f enómeno , y r eve la u na r e s i s t e nc ia a con s id e ra r l a c u l t u r a p rop ia y t r ad i c io na l , q ue r ec ib e e l impac t o ex t e r no que hab rá de mod i f i ca r la , como u na en t idad so lamen t e pa s iva o i n c lu so i n f e r io r , d e s t inada a l a s mayo r e s p é rd ida s , s i n n i nguna c la s e de r e spues ta c r eado ra . En e l p ro ce so de t rans cu l t u rac ió n pod r ía n id en t i f i ca r s e t r e s e t apa s : - a ) una pa r c ia l p é rd ida de la c u l t u r a que puede a l canza r d iv e r so s g rado s y a f ec ta r va r iada s zona s t r a yendo con s igo s i emp re l a p é rd ida de componen t e s con s id e rado s como ob s o l e to s ; b ) l a i n co rpo ra c ió n de la c u l t u r a ex te r na ; c ) e l e s f ue r zo de r ecompo s ic i ó n med ian te e l ma ne jo de l o s e lemen to s q u e s ob r ev iv en de la c u l t u r a o r ig i nar ia y l o s q ue v i ene n de f ue r a . E n to nc e s , s e pu ede dec i r que ha y pérd ida s , s e l e c c io n e s , r edes cub r im ien t o s e in co rpo ra c io nes , y que e s t a s opera c io nes s e r e s ue l v en d en t r o de una r e e s t r uc tu r ac ió n gener a l de l s i s t ema cu l t u ra l , q ue e s l a f u nc ión c r eado ra má s a l t a q ue puede c ump l i r s e e n un p r oc e so i n t e r c u l t u ra l . (…) . Ver ORT IZ , F ERNANDO, Con t rapun teo cubano de l a z úca r y e l taba co . Ed i to r ia l Ayac ucho . Caracas , 1997 . 16 Uno de lo s pr in c ipa le s ideó logo s de es ta no c ió n f ue e l mex ica no Jo sé Vas conce lo s c uya t e s i s ce n t ra l e ra que la s d i s t i n ta s razas de l mundo t ie nden a mezc la r se cada vez más , ha s ta f o rmar un n uevo t ipo humano , compue s t o con la s e le c c ió n de cada uno de lo s pueb lo s ex i s te n te s . Su l ib ro La r a za có sm i ca s e pub l i có po r p r ime ra vez ta l p re sag io en la época en que p reva le c ía en e l mundo c ie n t í f i co la doc t r ina da rw in i s ta de la s e le c c ió n na tu ra l q ue sa l va a lo s ap to s , co ndena a lo s déb i le s que , l le vada a l te r r eno so c ia l po r Gob ineau , d io o r igen a la t eo r ía de l a r i o puro , de fend ida po r l o s i ng le se s , l le vada a impo s ic i ó n po r e l naz i smo . 16 Ver Nota N° : 12 . 16 Ve r : JOSÉ VASCONCELOS , P EDRO HENR ÍQUEZ UREÑA y ARTURO USLAR P I E TR I , a s í como ALEJANDRO DE HUMBOLDT , e n t r e o t r o s .

16 INDIGEN ISMO e s e l co n j un to de ideas y ac t iv idade s conc r e ta s que rea l i zan lo s i n ves t igado re s y e s t ud io sos e n lo s e s tado s la t i noamer ica no s e n r e la c ió n con la s pob lac io ne s ind ígenas . E s ta s i n i c ia t i va s de la s c ie nc ia s s o c ia le s l le va n e l nombre gené r i co de i nd igen i smo s egún l a de f i n i c ió n de l s o c ió logo mex i cano Rodo lf o S tavenhagen . E l s u je to s ine qua non de l i nd ig en i smo e s e l i nd io , té rm i no que nace de la equ i vo cac ió n geográ f i ca de Cr i s tóba l Co lón , c uando a la v i s t a de lo s p r ime ro s hab i ta n te s que en con t r ó en Guana han í lo s l lamó i nd io s p le namen te convenc ido de q ue hab ía l legado a l a a n te s a la de las s o ñadas I nd ia s Or i en ta l e s , co nv ic c ió n que po r lo meno s expl i ca ta l denom inac ión para t odo s lo s na tu r a le s d e Amér ica y que , como se l lo imbo r rable , pe r s i s t ió para s u s de s cend ien t e s . E s t e e r ro r f ue e l p r i n c ip io de muc ho s o t r o s que en de f in i t iva mar caron has ta n ue s t r o s d ías e l d i f í c i l camino de lo s na t u ra le s ame r i cano s . E l i nd io f ue p re sen tado a l r e s to de l mundo a t ravé s de un concep to léx ico gené r ico y como ca tego r ía s o c ia l e n c ond i c io ne s de f in ida s y conc re ta s p rede te rm inadas po r lo s e u ropeo s . D i ce Bon f i l Ba ta l la q ue e l nombr e enma s ca ró s u e spec i f i c i dad h i s t ó r i ca y l o conv i r t ió den t r o de l n ue vo or den co lo n ia l en un s e r p l u r a l y un i f o rme . I nexac t i t ud que obs tacu l i zó

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po r t r e s s ig lo s y más , e l de senvo l v im ien to de lo s hombre s au tó c t ono s de Amér ic a , ya q ue a l e ng lobar lo s e n u n té rm ino ún i co quedaron o cu l t as d i f e renc ia s e senc ia le s , t a le s como : n i ve le s de desar ro l lo c u l t u ra l , le ng uas , v i s i o ne s de l mundo , r e l ig io s idad, m i to s , h i s to r ia y todo lo que c ons t i t u ía la manera de s e r d i f e renc iada y ún ica , p rop ia de cada u no de lo s g r upo s p reh i spán ico s . L a palabra i nd io no exp l i caba a l a n t iguo y , lu ego de la conqu i s ta l u s oh i spana , a l dominado hab i ta n te de Amér ic a , s ó lo lo nombraba a par t i r de la u n i f i cada impe r ia l idad h i s pana como catego r ía s o c ia l s ome t ida . Cf . : S TAVENHAGEN , RODOL FO. Derecho s i nd ígena s y Der ec ho s humano s en Amé r ica La t ina , Co leg io de Méx ico , Méx ico , 1988 . V I L LORO , LU IS . Lo s grandes momen to s d e l i nd igen i smo en Méx i co , Coleg io de Méx ico/FCE , Méx i co , 1996 . ALC IDES RE ISSNER , RAÚL . E l i nd io e n lo s d ic c io nar io s , exéges i s l éx ica de un e s te r eo t ipo , I n s t i t u to Nac io na l I nd igen i s ta , co l . IN I , núm . 67 , Méx i co , 1983 . BAL LESTEROS GA IBRO IS , MANUEL y JUL IA ULLOA SUÁREZ . I nd igen i smo amer i cano , Cu l t u r a H i spán i ca , Madr id , 1961 . BROWN, L ESTER R . S t a t e o f t he Wor ld 1993 , Organ izac ió n de la s Nac io ne s Un idas , W.W. No r ton a nd Company , New Yo rk , 1993 . CASO, AL FONSO. I nd igen i smo , Ed i to r ia l Cu l t u ra , Méx ico , 1958 . CASO, AL FONSO y FAVRE , HENR I . L ’ I nd ig én i sme , P re s se s Un ive r s i ta i r e s de F rance , Pa s , 1996 . L EWIS , OSCAR y ERNEST E . MOES . “Base s para una nueva de f i n i c i ó n p rác t i ca de l ind io ” , e n Amér ica I nd ígena , vo l . 5 , Méx ico , 1943 .

16 Den t r o de e s t o s f e nómeno s gene ra le s de t rans cu l t u ra c ió n habrá ma t i ce s impo r tan te s s egún s ean la s ca rac te r í s t i c as de lo s pa ideuma s o v i s io n e s d e l mundo , pa r t i c ipa n te s e n cada re lac ió n en par t i c u la r . Puede o cu r r i r que do s t ipos de men t a l idades , pue s ta s e n con tac t o , te ngan ra sgo s d i s t i n t i vo s y ún ico s c ada una pe ro que , e n s u n i ve l gene ra l de evo luc ió n y de sar ro l lo in s t i t u c io na l , s ean equ iparab le s aunque se las cons ide re “muy d i f e ren tes ” . En e se ca so , lo s i n te r camb io s p ueden e fe c tua r se i n t e r pa r e s , lo q ue lo s hace más aceptable s . E n la v i s ió n o c c i den ta l de l mundo , l o s s i s temas i n te r no s de domi nac ió n ca rac te r í s t i co s de toda so c iedad o rgan i zada , s e e s tab le cen a l r ededor de no rmas rac iona les , que ev i tan l o s abuso s de l pode r po r par te de a lg uno de lo s g r upo s y a s í pe rm i te n la p rogre s iva p reponde ranc ia de la razón c ie n t í f i ca y te cno lóg ica , e n a rmo n ía con e l pens am ien to emoc io na l , y e s as í como se l ogra e l eq u i l ib r io que carac t e r iza a la s comun idade s t e c no t r óp i ca s , p rogre s i s t a s de Oc c iden te . La v i s i ó n o c c iden ta l de l mundo s upone q ue ambos g r upo s e n con tac to , aunque d i f e ren te s , puede n l l egar a s ub l imar s u s o t r edade s conf l i c t i va s ( co s t umbre s , le ng ua je , r e l ig ió n , e t c . ) y que en e se p ro ce so s e enr ique cen . Ve r : HUNT INGTON, op . c i t . 16 Ve r : E L IADES , M IRCEA . E l m i to d e l e te r no r e to r no ; a rque t i po s y r epe t i c ió n , Ba r ce lo na , P lane ta -Ago s t i n i , 1984 . 16 Pa ra José Lezama L ima : (…) E sa g ran t r ad ic ió n r omán t i ca , l a d e l ca labozo , la a u s enc ia , la imagen y la muer te , l ogr a c r ea r e l hecho amer i cano , c uyo des t i no e s t á más hecho de aus enc ia s po s ib l e s q ue de p r e s enc ia s impo s ib l e s . La t r ad ic ión de la s a u s enc ia s po s ib le s ha s ido la gran t r ad ic ió n amer i cana y donde s e s i t úa e l h echo h i s t ó r i co que s e ha log rado . (…)En : L EZAMA L IMA, JOSE . La exp r e s ió n amer icana . FCE , 1993, Méx i co , pp . 107-132 . 16 Jo sé Tomás Boves cons ide raba que se r b lanc o e ra un de l i to . Se cuen ta que co lgó de una ce iba a uno s t r e i n ta de s u s a l iado s r ea l i s ta s s ó lo po r e s ta causa . Cf . : HERRERA LUQUE , FRANC ISCO. Boves : E l u r oga l l o , Ba r ce lo na-Caracas -Bueno s A i r e s , Ed i to r ia l Poma i re , 12a . ed i c ió n , 1980 .

16 Godo s , ga chup i ne s , c hape ton es , ma tu r rango s , s o n a lg uno s de lo s t é rmino s con lo s que se de s ignaban a lo s e u ropeos y e spaño les e n la e s t r a t i f i cac ió n de la s ca s tas de la s s o c iedade s co lo n ia le s ame r i canas . E s bue no re cordar que , e n muc has pa r t e s de l mundo , l o s ape l l ido s empezar on en t r e la s e l i te s y s ó lo s ig lo s de spué s f ue ron ba jando en la e s ca la s o c ia l ha s ta que la gen te ord i na r ia p udo te ne r lo s . E n I ng la te r ra , la gen te c omún só lo empezó a te ne r ape l l ido s de spué s de la Edad Med ia y en Japón só lo f ue a f ine s de l s ig lo X IX c uando se au to r i zó a la gen te o rd i na r ia t ene r ape l l ido . La gen te c omún en I rán v i no a te ne r ape l l ido s - s e le s o rdenó que lo s t uv ie ran - e n e l s ig lo XX . L os dueño s de es c lavo s e n e l S u r de E s tados Un idos an te s de la gue r r a c iv i l e s taban par t i c u la rme n te opue s t o s a que lo s e s c lavo s t uv ie ran ape l l ido s po rque s ub rayaban lo s v ín c u lo s fami l iar es y e l ún ico v í n cu lo l ega lmen te r ec ono c ido que pod ía te ne r un e s c lavo e ra con s u dueño , q u ie n pod ía vender lo muy le jo s de s u fami l ia . Lo s e s c lavo s mi smo s , s i n embargo , u saban ape l l ido s para crear un s e n t ido de fami l ia , a unque te n ía n c u i dado de no u s ar lo s e n p re senc i a de lo s b lanco s . Aun de spué s de lo s p ro ceso s de independenc ia , lo s negro s que hab ían s i do c r iado s en la e s c lav i t ud f r e cuen temen te vac i laban c uando a lg ún b la nco le s p regun taba s u ape l l ido . Lo s l lamado s nombr es d e e s c la vo s que tan to s negro s de s cend ien te s de e s c lavo s empezaron a repud ia r e n l o s año s 60 en E s tado s Un ido s , n i le s f ue ron dado s por lo s dueño s de e s c lavo s n i e r an u s ua lmen te l o s ape l l ido s de lo s dueño s de e s c lavos . E ran nombre s e s cog ido s pe se a la s p roh ib ic i o ne s , pa ra s imbo l i zar lo s lazo s fami l ia re s que f r e cuen temen te e ran más f uer te s que lo s que hay en lo s gue tos negr o s de hoy en d ía e n E s tado s Un ido s . Pa ra lo s nombre s de lo s a f rodes cend ien te s e n e l Car ibe , ve r : ASCENC IO MICHELL E , Lo s nombr es d e lo s e s c la vo s , y t amb ién CABRERA , L YD IA , E l Mon t e , Oc ta va reed ic ió n . Ed ic io nes Un ive r sa l . M iami , F lo r ida . 2000 .

16 Ver : P ÉREZ ANTON IO, op . c i t . P . 1 . E l con t i nen te amer ica no c ono c ió un v igo r os o c re c im ien t o duran te e l S ig lo XV I I I . La pob lac ió n de la Amér ica e spaño la c re c ió e n uno s 16 mi l lo ne s de hab i t an te s y s e ca lc u l a a f i n de s ig lo hab ía en Amér ic a u no s 8 m i l lo ne s de i nd io s , 4 m i l lo ne s de me s t i zo s , 3 m i l lo ne s de b la nco s c r io l l o s y un m i l l ón de e s c lavo s negro s . E l c r e c im ien to de l a pob lac ió n f ue impo r tan te en c i udade s como LA Habana y Bueno s Ai r e s . En e l campo p redominaban lo s g rande s la t i f und io s y c re c ió no tab lemen te e l t rá f i co me r can t i l co n e l v ie jo mundo de l q ue se bene f i c iaba la burg ue s ía c ome r c ian te e spaño la y c r i o l la de Amér ica . A camb io de a r t í c u lo s i nd us t r ia le s , Amér ica pr opo r c io naba a Eu r opa p roduc to s como tabaco , cacao y azúca r pe ro duran te e l pe r iodo r e t r o ced ie ron la s expo r tac io ne s de o ro y p la ta de l Nuevo Mundo . Pa ra f ac i l i t a r e l come r c io co lo n ia l , s e c r eó en 1728 la Compañ ía de Come r c io Gu ipuzcoana de Caraca s , f u s i o nada más ta rde po r la de F i l ip i na s . Se c rearon en Amér i ca n uevas un i ve r s idade s , s e rea l i za ron impo r tan te s v ia je s c i e n t í f i co s y tamb ién pr ogre s ar on c ons ide rablemen te la Impren ta y la P rensa . Se conso l idó en tonce s una é l i te c u l t u ra l

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que p romov ió e l r e f ormi smo amer i cano . Pe rd idas a comie nzo s de l s ig lo XV I I I s u s po ses io ne s e n Eu ropa , E s paña cen t r ó s u s e s f ue r zo s e n Amér i ca , in t e n ta ndo lograr una mayo r in teg rac ión e conóm ica y admin i s t r a t i va y la po l í t i ca de Madr id co i nc id ió con un no tab le c re c im ien to de la pob lac ió n c r io l la . Lo s b lanco s amer icano s o c r io l lo s cada vez meno s neces i taban de la adm in i s t ra c i ó n cen t ra l para de fender s u s p rop iedades f re n te a lo s i nd io s . Se ca l c u la que en 1797 pob laban la Amér i ca es paño la uno s 15 m i l lo ne s de hab . de lo s que una qu in ta par te e ran b la nco s nac ido s a l l í y s e hab ían f o rmado en u n ive r s idade s de l con t i nen te . Lo s l íde re s c r i o l lo s s e mo s traban reac io s a co labo ra r con la hac ie nda rea l y c r i t i caban f uer temen te e l monopo l io de Sev i l la -Cád iz . Apar ecen en to nce s me r cados y mer cade re s e n e l Car ibe y Sudamér ica c on me jo re s pr e c io s que lo s de la met rópo l i , lo que h i zo a lo s c r io l lo s tomar c onc ie nc ia de lo i n j u s to de l monopo l io , La l i b e r tad comer c ia l no s o lo no apac ig uó lo s án imo s c r i o l lo s s ino que lo s s o l i v ian tó aún más , a excepc ió n de Cuba , ya que la ape r tu ra bene f i c iaba a lo s come r c ian tes pen in s u l ar es e n s u s ope rac io nes con la s co lo n ia s más no a lo s ame r i ca nos . Una ava la ncha de mer canc ía s , tex t i l e s y aguard ien te s cata lane s i nu ndó lo s me r cado s amer i canos , e n de t r imen to de lo s p roduc t o s ind íge nas . E s paña pen in s u l ar hu nd ía e n e l s ubde sa r ro l l o a a lg unas r eg io ne s amer i ca nas c omo la mex i cana , pe r uana y ar gen t i na , lo que s i r v ió para , av i var aún más e l r e s en t im i en to c r i o l lo co n t ra l a co r t e de Madr i d . La s c ue s t i one s e conómica s , de í ndo le s oc ia l y po l í t i ca te rm ina r ía n po r ind i s pone r a la pob lac ió n más i n f l uyen te cons t i t u ida po r l as é l i t e s c r i o l la s a l s u rg i r pr oyec tos como e l de l a abo l i c i ón de la s e ncom iendas lo q ue de sagradaba p ro f undamen te a lo s t e r ra ten ie n t e s mex i cano s y pe r uanos . E l s upue s to p ropós i to de la adm in i s t ra c ió n borbón i ca de la i l u s t r ac ió n e spaño la e ra m i t iga r la s d i s c r im i nac io ne s rac ia le s , e l im ina ndo f r on te ra s en t r e b lanco s y me s t i zo s , co s a que tamb ién d i s gus taba muc ho a lo s c r i o l lo s . La po l í t i ca r e f ormi s ta de Car lo s I I I hab ía imp l i cado r edob la r e l c on t r o l s ob re e l gob ie r no co lo n ia l a co s ta de re co r ta r lo s pode re s de lo s c r io l l o s . Tampoco la Ig le s ia pe rmanec ía i nd i f e ren te an te lo s camb ios i n t r oduc idos por e l r e fo rm ismo bo rbón ico en e l co n t inen te amer icano p ue s l e af ec taba la ac t uac ió n de un e s tado que l u chaba po r l im i tar s u s p r i v i leg io s y su s i ng re s os . Comp lac ie n te co n la co r te madr i le ña , a qu ie n deb ía s u p romoc ió n , la j e ra rqu ía e c le s i ás t i c a no pare c ía dar se c uen ta de que e l ba jo c le ro tamb ié n empezaba a d i s tanc ia r se de la monarqu ía .

16 E l Congre so de Va lenc ia s e r e un ió e n e sa c i udad de l 6 de mayo a l 14 de o c t ubr e de 1830 , consagr ó la s eparac ió n de Vene zue la de la Gran Co lombia y aprobó una Cons t i t u c ió n que e s t uvo en v igenc ia d uran te 27 año s . F ue convocado po r de c re to de l gene ra l José An ton io Páez , en s u ca rác te r de je fe c i v i l y m i l i ta r de Venezue la , con f ec ha 13 de ene ro de 1830 . 16 La nove la pó s tuma de Jo sé Mar ía Arguedas , E l zo r ro de ar r iba y e l zo r ro de aba jo , e s un b uen e jemp lo de e s te t ipo de man i f e s tac io ne s . Ve r : ARGUEDAS , JOSÉ MAR ÍA . E l zo r r o de a r r iba y e l zo r ro de aba jo . Ed i to r ia l Lo sada, B ue no s A i r e s , 1971 .

16 E s de u so común en la l i te ra tu ra h i s t ó r i ca y e n c ie nc ia s po l í t i ca s hab lar de Ol igar qu ía -de l g r iego o l igo s (po co s ) + a rqu ía (pode r ) - para refe r i r s e a una fo rma de gob ie r no donde s on pocos qu ie ne s e je r cen e l pode r po l í t i co . E l té rm ino s e ha u t i l i zado para de s c r ib i r la compo s ic i ó n de lo s gobie r no s ex c lu s i vo s de la s é l i te s dominan te s que ha n e je r c ido e l pode r en d i ver sa s s o c iedade s y pe r íodo s h i s t ó r i co s . Lo s pe r t ene c ie n te s a ta le s é l i te s s o n l lamado s Ol iga r ca s . Ol iga rqu ía , e n c ie nc ia po l í t i ca , e s e l té rm ino que se u sa para refer i r s e a una fo rma de gob ie r no en que e l pode r s up remo e s tá en mano s de unas pocas per s onas . Lo s e s c r i to res po l í t i co s de la a n t ig ua Grec ia emp lea ron e l té rm ino para de s ignar la f o rma degenerada de a r i s t o c ra c ia .

16 GAL EANO, EDUARDO. La s vena s ab i e r ta s d e Amér ica La t i na , B ue no s A i r e s , 1984 y para la t eo r ía d e la d ependenc ia , ve r André Gunde r F rank , economis t a , s o c ió logo , a n t r opó logo , c ie n t í f i co s o c ia l , nac ido en A leman ia , t raba jó en E s tado s Un ido s , Canadá , Amér ica La t i na , Áf r i ca y Eu ropa . En señó en B ras i l , y de spué s e n Méx ic o y l legó a Ch i le e n 1968 donde v i v ió ha s ta 1973, hac ie ndo c la se s en la s e s cue las de e conomía y s o c io log ía de la Un i ve r s idad de Ch i l e . En t r e s u s ob ra s más cono c idas f igu ran : Cap i ta l i smo y s ubdesa r ro l lo e n Amér i ca La t ina ( 1967 ) ; Acumu la c ió n mund ia l 1492-1789 , Cr i s i s en l a economía mund ia l (1980 ) y E l s i s t ema mund ia l : ¿Qu in ie n to s o c i n co m i l año s ? Duran te lar go t iempo s u t r aba jo teó r ico s e concen t r ó en la teo r ía de la dependenc ia y e l examen de la s r e la c io ne s c en t r o -pe r i f e r ia , c ue s t io nando e l pape l de la l lamada burg ue s ía nac io na l , s ubord i nada a l cap i ta l ex t ran je ro . 16 Ve r la comp le ta b ib l iog ra f ía s um i n i s t rada en e l web s i t e cons t r u ido po r NORBERTO RAS : Cr io l l i smo y Moder n idad .Un aná l i s i s f o rma l d e l a id io s i n c ra s ia c r io l la . 16 Po r e jemp lo , para e l a n t r opó logo f rancé s Jacque s L i zo t , q u ien ha e s t ud iado dur an te muc ho t i empo la c u l t u ra de lo s i nd ígenas yanomam i , qu ie ne s hab i ta n en la Amazon ía venezo lana , la c u l t u ra yanomami s e r ía una cu l t u r a des t r u ida . Ve r : HU IZ I , ISAB EL . D ib u jo Yanomami , Ca tá logo , Museo de Be l la s Ar te s de Caracas , 2005 . 16 Car lo s Marx e s c r ib ió : La s i d ea s d e l a c la s e dom ina n te s o n la s i d ea s dominan t e s e n c ada época ; o , d i c ho en o t r o s t é rm ino s , l a c la s e q ue e je r c e e l poder “ma te r ia l ” dom inan te en l a s o c iedad e s , a l m i smo t iempo , s u poder “ e sp i r i t ua l ” dominan t e . La c la s e q ue t i en e a s u d i s po s ic ió n l o s med io s pa ra la p r oduc c ió n mat e r ia l d i s pone con e l l o , a l m i smo t i empo , d e l o s med io s pa ra la p roduc c ió n e s p i r i t ua l , l o q ue ha ce q ue s e le s ome tan , a l p rop io t i empo , po r t é rm ino med io , la s id ea s d e qu i en e s c a r ecen de l o s med io s nec e sa r io s pa ra p roduc i r e sp i r i t ua lmen te . La s id ea s dominan te s no s o n o t r a co sa que l a exp r e s ió n id ea l [ e n i deas ] de la s r e lac io n e s ma t e r ia l e s domina n te s , la s m i smas r e la c io n e s ma te r i a l e s dominan t e s conceb ida s como id ea s ; por ta n t o , l a s r e la c io ne s q u e ha cen de u na de te rm inada c la s e , l a c la s e dom inan t e , o s ea , la s id ea s d e s u domina c ió n . C . MARX y F . ENGELS Ob ra s E s cog ida s , T . 1 . Ed i to r ia l P rogre so , Mo s cú , 1973 , pp . 11-44 .

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16 Cf . Car ta de Bo l í var a F ranc i s co de Pau la San tande r : Somos e l v i l r e to ño de l e spaño l p r edado r , q ue v ino a Amér i ca pa ra s a ngra r la has ta t r o na r la b la nca y pa ra r ep roduc i r s e con s u s v í c t ima s . Má s t a rde , la de s cend enc ia i l eg í t ima de e s ta s un io nes s e j un tó con lo s d e s cend i en te s de lo s e s c la vo s t r a ído s d e Áf r i ca . Con s eme jan t e mezc la r a c ia l y ta l e s a n tec eden t e s mor a le s , ¿podemos a ca so perm i t i r no s poner a la s le ye s po r enc ima de lo s l íd e r e s y a lo s p r i n c ip io s por enc ima de l o s homb r es ? Tamb ién ve r l as r e f lex io ne s de Oc tav io Paz y Ezequ ie l Mar t íne z E s t r ada , en t r e o t r o s . 16 Mar ta T raba y Juan Ac ha , s o n do s au to re s c r uc ia le s e n la c r í t i c a y la h i s to r ia de l a r t e e n La t inoamér ica . Con d i f e ren te s pos tu ra s y en d i f e ren te s épocas , ambo s s o n impo r tan te s para cono ce r e l de sa r ro l lo a r t í s t i co la t i noamer ic ano f r e n te a la s co r r i e n te s no r t eamer ica nas y europeas dominan te s . Ve r e l tex to “Do s dé cadas vu l ne rab le s de la s a r t e s p lá s t i ca s la t i noamer i c anas ” de Mar ta T raba , e spec í f i c amen te e l cap í t u lo de la década de la en t r ega y l uego , e n e l l ib ro “ Las c u l t u ra s e s té t i c a s de Amér ica La t i na” de Jua n Acha , conf ron ta r lo que e s t e au to r t i e ne q ue dec i r ace r ca de la i n vas ió n te cno lóg i ca e n t r e 1950-1970 y la abs t rac c ió n . 16 Uno de lo s m i to s más d i f und ido s de la c u l t u ra in s t i t u c io na l la t i noamer i cana e s e l de la f o r ta le za de in s t i t u c io ne s como , po r e jemp lo , lo s museo s de a r te , c uya s co le c c io ne s y de sa r ro l l o ha obedec ido a c r i te r io s e u ro cén t r i co s y c uya mode r n izac ió n s e ha v i s t o r ezagada dada la poca fo rmac ió n de c uadro s t éc n ico s y ge renc ia le s capace s de emprende r camb io s s u s ta n t i vo s en la s m ismas . 16 E l e s tud io de la i co nogra f ía en la emb lemát i ca de lo s l lamado s par t ido s democ rá t i co s de Amér ic a Lat i na , e n la s p r ime ra s dé cadas de l s ig lo ve i n t e e s ta rea pend ie n te de la h i s to r ia de la s a r te s v i s ua le s de La t i noamér ica .

16 Ac c ió n Democ rá t i ca en Venezue la y e l APRA en e l Pe r ú s u r g ie ron en la p r ime ra m i tad de l s ig lo XX c omo s upue s ta s i n te rp re tac io nes au tén t i ca s , i ndepend ien te s e inéd i ta s de una rea l i dad i ndoamer i ca na . Se cons ide raban a s í m i smo s con i n s t r umen to s para l le va r a cabo e s t ra teg ia s de l u c ha an t i impe r ia l i s ta s y p rogramas de l u c ha i ndoamer icana . A lguno s par t ido s la t i noamer icano s basar on s u i dear io , o rgan i zac ió n y f o rmas de l u c ha en p l an teamien to s s im i la re s a lo s de l APRA y Acc ió n Democ rá t i c a . A f ina le s de l s ig lo XX , an te la s nue vas f o rmas de expans ió n de l impe r ia l i smo y la comp le j idad de lo s camb io s s oc iopo l í t i co s e n Amér i ca Lat i na , e ra ev iden te que ta le s concepc io ne s no daban la s r e spue s tas que se ne ce s i t aban y e so s par t ido s s u f r ie ron s e r ia s d i v i s i o ne s r equ i r i e ndo n uevas in t e r pr e tac io ne s de la r ea l idad y r eacomodo s po l í t i co s que re s u l t ar on i ne f i c ace s an t e lo s de sa f ío s de la segunda m i tad de l s ig lo XX la t i noamer ica no . Lo s ob so le to s e n foques de l APRA, s u indoamer i ca n i smo y s u s upue s ta l u cha a n t i imper ia l i s ta , as í como s u e squema de f r en te ún ico de c la se s , s u mé todo de aná l i s i s y e l de s af ío de conf ron tac ió n con e l n uevo mar co e s t ra tég ico de l pode r de lo s E s tado s Un ido s e n e l co n t i nen te han man ten ido tan to a l APRA en e l Pe r ú como Ac c ió n Democ rá t i ca en Vene zue la , p rác t i camen te f ue ra de l j uego po l í t i co de sde hace ca s i una década .

16 Cf . I n f o rme sobre De sa r ro l l o Humano , UNDP , 2000 . Lo s IDH re s u l tan de un cá l c u lo i n t egrado de ta sa s de lo ngev idad , ma t r i c u la c ió n en in s t i t u c io nes ed ucat i va s y n i ve l de v ida .

16 La s rad ionove la s y te le nove la s mex icanas basadas en las h i s t o r ia s de Car idad B ravo Adams , mex ica na que re s id ió y labo ró en Cuba d u ran te décadas , t uv ie ron u n e spac io p r i v i leg iado en La nove la de l a i r e , a t ravé s de la s em iso ra s habane ra s RHC Cadena Azu l y CMQ Rad io a lo l ar go de 17 año s . L a t rad ic ió n mex icana en e s te campo es no tab le y la s p roducc io ne s de e s te pa ís i n undaron de la l lamada f o t o nove la a l o s demás paí s e s la t i noamer i cano s de hab la h i spana . Una de la s f uen te s impo r ta n te s de la s te lenove las mex ica nas f ue ron las h i s to r ie ta s o com i c s , e n e spec ia l aque l lo s a rgumen to s l le vado s a l pape l po r Yo landa Vargas Du lc he de sde la década de l 40 , c ua ndo s e e s t re na en la te le v i s i ó n mex i ca na . De sde 1968 , pasa ron a la te le nove la p ro ceden te s de la h i s to r ie ta p roducc io ne s como E l r ub í , co n 160 cap í tu lo s t ransm i t ido s y que s upe ró la aud ienc ia de muc ho s p rogramas e s t e la re s y o t ra s como Lad ronzue la , que ya hab ía t rans i t ado po r e l c ine en 1949 y que en 1966 f ue l l e vada a la te le nove la . Ve r : BORRAT , HÉCTOR . Des ar ro l l o y t endenc ia s d e l a s ind us t r ia s c u l t u r a le s en Amér ica La t i na y E u r opa Ib é r i ca : E spa c io s p úb l i co s , e s ta ta l e s y p r i vado s . Cu l t u ra y comun i cac ió n s o c ia l : Amé r i c a La t i na y E u ropa Ibé r ica . I I I E ncuen t r o Ibe roamer i ca no de In ve s t igado re s de Comun icac ió n . Cen t r o de I n ve s t igac iones de la Comun i cac ió n . Ba r ce lo na , Un i ve r s idad Au tónoma , 1994 ; GET INO , OCTAV IO . La s i ndus t r i a s c u l t u r a l e s y e l Mer co s u r . Rev i s t a Of i c io s Te r r es t re s , Año 1 , Número 2 . ( s . l . ) . La P la ta . Fac u l tad de Pe r iod i smo y Comun i cac ió n So c ia l . Un i ve r s idad Nac io na l , 1996 . (pp .12 a 17 ) ; COSTA , CR IST IANE . Eu comp ro e s s a mu j e r . Romance e con s umo na s Te l eno ve la s b r as i le i r a s e mex i cana s . R io Ja ne i r o , Jo rge Zahe r Ed i t o r L tda . , 2000 .

4 2 La er a moder na nace con la no c ió n de s ub je t i v idad c omo pr in c ip io c ons t r uc t i vo de la to ta l idad . No obs tan te , la s ub je t i v idad e s un e f ec to de lo s d i s c u r s o s o t ex to s e n lo s que e s tamo s s i t uado s . A l hace r se ca rgo de lo an te r io r , s e puede en tende r po r qué e l mundo pos tmoder no s e ca rac te r i za po r una mu l t ip l i c idad de j u ego s d e l e ngua j e que comp i t e n en t r e s í , pe ro de lo s que n i nguno puede re c lamar la l eg i t im idad de f i n i t i va de s u f o rma de mo s t ra r e l mundo . Con la de s leg i t imac ió n de la rac io na l idad t o ta l i zado ra p ro cede lo que ha ven ido en l lamar se e l f in d e la h i s to r ia . La po s tmoder n idad r e ve la que la r a zón ha s ido só lo una nar rat iva más en t r e o t ra s en la h i s to r ia ; u na g ran nar ra t i va , s i n duda , pe ro una de tan tas . E s tamo s en p re s enc ia de la mue r te de lo s me ta r r e la t o s , en lo s que la razón y s u s u je t o –c omo de ten tado r de la un idad y la t o t a l idad–

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e s ta l lan . S i s e mi ra con más de ten im ien to , s e t r a ta de un mov im ien t o de decons t r uc c ión de l cog i to c ar te s iano y de la s u t op ías de un idad . Aqu í debe s ubrayar se e l i r r educ ib le ca rác te r lo ca l de t odo d i s c u r so , lo que no s in s t a la a l margen de l d i s c u r so de la t rad ic ió n ar t í s t i ca y e s té t i ca o c c ide n ta l . Ta l ve z de ah í provenga la v i t a l idad de lo s e ngendro s de lo s d i s c u r so s ar t í s t i co s pe r i f é r i c o s . S ub s i s t ie ron , no obs tan te en La t inoamér i ca , e nc la ve s de cu l t u ra co smopo l i ta e n todo e l co n t i nen te , que ba jo e l r opa je de l a s vanguard ia s a s um ió paradó j i camen te , la conse r vac ió n de lo s l ide razgo s ar t í s t i co s y c u l t u ra le s o c c iden ta le s t r ad i c io na le s . E s ta s po lém i ca s , d i s c u s io ne s y d ia t r iba s l le na ron toda la p r ime ra m i tad la h i s to r ia i n te le c t ua l y c u l t u ra l de l s ig lo XX la t inoamer ica no y aún con t i n úan , po r lo que e s bueno re cordar que : En una cu l t u r a en un momen to dado , nunca hay má s de una s o la épi s témè , q u e def i n e la s cond ic io ne s d e po s ib i l idad de todo saber . Sea e l q ue s e man i f i e s t a en una teo r ía o aque l q ue e s tá s i le n c io s amen t e env ue l to en una p rá c t i ca . Ve r : FOUCAULT , M ICHEL , La s pa lab ras y la s co sa s , Ga l l imard , Par í s , 1966 , p . 179 .

4 3 I n c l u so la l lamada “Doc t r i na Monroe” con t ie ne e leme n to s de e s t e s e n t im ien t o a n t iex t r an je ro . Fo rmu lada po r James Monroe , p re s iden te de lo s E s tado s Un ido s duran te do s per íodo s conse cu t i vo s (1817-1820-1821-1824 ) , e n s u d i s c u r so de i naugurac i ó n de la s s e s io ne s de l Co ngre so de 1823 , expus o la te s i s de lo que s e conoce r ía como “Doc t r i na Monr oe” , en r e lac ió n a la no - co lo n i zac ió n . E sa doc t r i na expre saba que lo s con t i nen te s ame r i ca nos e n lo s uce s i vo no deb ía n s e r c ons ide rados como s u je to s de n inguna c o lo n izac ió n f u tu r a po r n i ng una po tenc ia e uropea . L a c ons e cuen c ia más impor ta n te de d ic ha doc t r i na f ue la c reac ió n de la t eor ía d e la s do s e s f e ras y de a l l í q ue se hable de la doc t r ina Monroe como de la doc t r i na de “Amér ica para lo s ame r i ca nos ” que imp l i ca la noc ió n de “Amér i ca para lo s no r tame r ica no s ” que e s como se au todenominan lo s e s tadoun idense s .

4 4 La s t eor izac io ne s s obr e la s r e la c io ne s cen t r o -pe r i f e r ia s e r emon tan po r l o meno s a Werne r Sombar t (Der moder ne Kap i t a l i smus , 1902 ) , s i no es a Marx ( la s r e la c io ne s c i udad/campo ) y f ue u t i l i zada tamb ié n po r l o s t eór ico s de l impe r ia l i smo ( Ro s a Luxemburgo , Boukhar i ne ) , a s í como tamb ién po r lo s e conomi s ta s de la s de s igua ldade s de de sa r ro l lo , q ue f ue ron qu ie ne s l e d ie ron s u f o rma con tempo ránea (Sami r Ami n , L e d éve loppemen t i n éga l , 1973 ) . A l a in Re ynaud de sa r ro l l ó l a no c ió n en geograf ía (Soc ié t é , e spa ce e t j u s t i c e , 1981 ) .

4 5 E l panamer ican i smo de f i e nde la po s tu r a “panamer ica na” de sde lo que Jo sé En r iq ue Rodó l lamó "no rdoman ía” . E l panamer ica n i s mo c uen ta con u na dec la r ac ió n púb l i ca , o f i c ia l y s o lemne e n la do c t r i na de Monroe . Lo s e n foque s de l panamer ican i smo pa r te n de do s p r i n c ip io s que cons ide ra in con t r o ver t ib le s : a ) que la concepc ió n ca tó l i c a e h i spán ica e s u na c onc epc ió n med ieva l f raca sada y s uperada en la h i s t o r ia y b ) que la concepc ió n sa jo na y p ro te s tan te c ons t i t uye e l ne r v io de l por ven i r ame r icano . Po r e l lo , e l panamer ican i smo p re tende la ag lu t i nac ió n de Amér i ca y s u u n i f i cac ió n po l í t i ca y c u l t u ra l con a r reg lo a la s no rmas e in s t i t u c io ne s de l p ueb lo no r t eamer icano y con d i c ho f i n , l o s gob ie r no s de lo s E s tado s Un ido s han segu ido la s po l í t i ca s l lamadas de l " b ig s t i k " ( Teodo ro Roo s ve l t ) y la s de la “ay uda” e conóm ica y té cn i ca ( “A l ianza para e l P rogre so ” e “ I n i c ia t iva para la s Amér i cas ” ) a s í c omo e l apoyo a la c reac ió n y per fe c c io nam ie n to de la Organ i zac ió n de lo s E s tado s Amer i cano s (OEA) . I n c lu so e l l lamado “P lan Co lomb ia” puede i n c l u i r s e den t ro de la s i n i c ia t i va s que res u l ta n de es te enfoque . Ve r : ATK INS G. POPE , ed . Th e Un i t ed S t a te s a nd La t i n Amer i ca : R edef in i ng U .S . p u rpo s e s in t h e Po s t - Co ld War E ra , 1992 . Un i ve r s i t y o f Texas P re s s , Au s t i n . p .1 .

4 6 La f r o n t er a es p ro c lamada , tamb ié n , como garan t ía de l de re cho de p rop iedad -«e s to e s m ío , e s to e s t uyo» - de re cho que se mar ca en f o rma de pue r ta s , bar r er as , ce r radura s y ca r te le s o rdenando «P roh ib ido pasar » . La f ro n t e ra f i ja lo s l ím i te s de ha s ta dónde se puede l l egar , lo « to le rado» y «admi t ido» , lo s n i ve le s e s tamen ta r io s de la d i f e renc ia en q ue se f unda toda dom inac ió n y dependenc ia , po r donde pasan tamb ié n la s de s igua ldade s que f undan l as d i f e renc ia s y la s i n j u s t i c ia s de la s c ua le s Amér i ca La t i na o f re ce tan to s e jemp lo s . F r on t e ra s e conómi cas y de s ubde sa r ro l lo , f r o n t e ra s s o c ia le s y ps ico lóg i cas , l i ng ü í s t i ca s , é t n ica s y c u l t u ra le s , en t r e mayo r ías domina n te s y m inor ía s s i n po s ib i l idad de expre sa r se , p ro l i f e ran en un con t i nen te mar cado po r s u d i ve r s idad y po r la s des igua ldade s que l as agud izan ha s ta e l l ím i te de lo i n s opo r tab le . Ver: MAÑACH , JORGE , Teo r ía d e l a f r on t e ra , Ed i to r ia l Un i ve r s i t a r ia de Pue r t o R ico , San J ua n , 1970 , p . 55 . 47 Ver : ARCAYA , P EDRO MANUEL . E s t ud io s de so c io log ía venezo la na . Caracas : Ed i to r i a l Cec i l i o Aco s ta , 1941 ; CARRERA DAMAS , GERMÁN . La c r i s i s de la s o c ie dad co lo n ia l venezo lana . Ca racas : Gobe rnac ió n de l D i s t r i to Fede ra l , 1976 ; IRAZÁBAL , CARLOS . Venezue la , e s c lava y f euda l . Caracas : A teneo de Caracas , 1980 ; PARDO, ISAAC J . E s ta t i e r ra de gr ac ia . 5 ª ed . Caracas : Mon te Áv i la , 1986 ; S ISO , CARLOS . La fo rmac ió n de l pueblo vene zo la no : e s tud io s s o c io lóg i co s . 6 ª ed . Madr id : P ub l i cado po r e l E s c r i t o r io S i s o , 1982 ; VALL EN IL LA LANZ , LAUREANO. Ce sa r i smo democ rá t i co . 5 ª ed . Caracas : Un i ve r s idad San ta Mar ía , 1984 , BR ITO F IGUEROA , FEDER ICO. « La e s t r uc tu ra soc ia l y demográf i ca de Venezue la co lo n ia l» . EN : Rev i s ta de H is to r ia . Caracas , núm . 7 -8 , abr i l -ago s to , 1961 ; L EAL , I LDEFONSO. « La ar i s t o c r ac ia c r io l la y e l cód igo negre ro de 1789» . EN : Rev i s ta de H is to r ia . Caracas , n úm . 6 , e ne ro , 1961 ; MAZA ZABALA , DOMINGO FEL IP E . «Mes t i za je y e s t ra t i f i c ac ió n de c la se s e n Venezue la (1780-1830 ) . EN : Rev i s ta Un ive r s i ta r ia de H is to r ia . Caracas , núm . 6 , s ep t iembre -d ic iembre , 1983 . 4 8 RODÓ, JOSÉ ENR IQUE . Ar i e l . En Ob ra s comp le t a s . Ed i to r ia l Agu i la r , 1957 .

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vasta serie de utopías y mitos americanos. Leamos a Alejandro de Humboldt17

en un revelador texto de 1822 sobre el particular:

Entre los habitantes de raza pura ocuparían el segundo lugar los

blancos, si no se hubiese de atender sino al número de el los. Divídense

en blancos nacidos en Europa y en descendientes de europeos nacidos en

las colonias españolas de la América o en las is las as iát icas. A los

primeros se les da el nombre de chapetones o de gachupines, a los

segundos, el de criol los . Los naturales de las is las Canarias, a quienes

se designa generalmente con la denominación de is leños y que son los

capataces de las haciendas, se consideran como europeos. Las leyes

españolas conceden unos mismos derechos a todos los blancos; pero los

encargados de la ejecución de las leyes buscan todos los medios de

destruir una igualdad que ofende el orgul lo europeo. El gobierno,

desconfiado de los criol los, da los empleos importantes exclusivamente

a naturales de la España ant igua, y aun, de algunos años a esta parte,

se d isponía en Madrid de los empleos más pequeños en la administración

de aduanas o del tabaco. En una época en que todo concurr ía a aflojar

los resortes del estado, hizo la venal idad espantosos progresos: las más

de las veces no era una pol í t ica suspicaz y desconfiada, sino el mero

interés pecuniario el que distribuía todos los empleos entre los europeos.

De aquí han resultado mi l motivos de celos y de odio perpetuo entre los

chapetones y los cr io l los . El más miserable europeo, sin educación y sin

cul t ivo de su entendimiento, se cree superior a los blancos nacidos en el

Nuevo Continente; y sabe que con la protección de sus compatriotas, y

en una de tantas casualidades como ocurren en parajes donde se

adquiere la fortuna tan rápidamente como se destruye, puede algún día

l legar a puestos cuyo acceso está casi cerrado a los nacidos en el país,

por más que éstos se dist ingan en saber y en calidades morales . Los

17 D E HUMBOLDT , AL EJANDRO . En sayo Po l í t i co s ob r e l a Nueva E spaña . T r aduc ido a l ca s te l la no po r Don V icen te Gonzá lez Ar nao . Te r ce ra ed i c ió n co r reg ida , aumen tada y ador nada con mapas . Pa r í s : L ib re r ía de Lec o i n te , 1836 , 5 vo l s .

24

criol los prefieren que se les l lame americanos ; y desde la paz de

Versail les y, especialmente, después de 1789 se les oye decir muchas

veces con orgullo: '`Yo no soy español, soy americano'; palabras que

descubren los síntomas de un antiguo resentimiento. Delante de la ley

todo cr iol lo blanco es español; pero el abuso de las leyes, la falsa

dirección del gobierno provincial , el ejemplo de los estados

confederados de la América Septentrional y el influjo de las opiniones

del s iglo, han aflojado los vínculos que en otro tiempo unían más

íntimamente a los españoles criol los con los españoles europeos [. . . ] .

Sabemos que en casi todas las regiones de América adjetivadas con el término

lat ina18 se desarrol laron durante varios siglos procesos violentos de destrucción

cul tural, mestizaje forzado e hibridación de culturas y que estos procesos

afectaron en mayor o menor grado prácticamente a todas las comunidades

aborígenes del cont inente. Se consolidaría así la hegemonía de las eli tes

blancas , ubicadas ya para el periodo que siguió a las guerras de conquista en

la cúspide de pirámides demográficas netamente estrati ficadas. Fueron esas

éli tes las que impusieron sus propias cu lturas concebidas como una y única

Cultura occidental19 importada, europea y cosmopolita. La cultura blanca

dominante fue entonces impuesta, casi siempre de forma violenta, a los estratos

más bajos de la población nativa conformada por una base de ind ios20 que

integraban las poblaciones autóctonas a las que se añadirían a partir de fines

del siglo XVI I , los esclavos negros importados de África. Eran estas las clases

que constitu ían la base de la pirámide social americana, mantenidas en

18 C f . VASCONCELOS , ob .c i t . 19 La no c ió n de oc c id en t e s e f unda en do s h i to s h i s tó r i co s : la c r i s t ian i zac ió n de E u ropa i n i c iada po r e l empe rado r Cons tan t i no en e l año 313 AD con e l Ed ic to de M i lán y en la l imp i eza de s a ngr e que ex c lu ía de lo s e spac io s de l occ id en te c r i s t i a no a mu s u lmanes y j ud ío s . La r e la c ió n de Amér i ca La t i na c on e l occ id e n t e c r i s t ia no f ue p rob lemát ica desde lo s t iempos de la co nqu i s ta y a lguno s h i s to r iado re s cons ide ran que la s in f l uenc ia s de lo s pueb lo s i n d ígena s co nve r t i r ía n a La t inoamér ica en o t r o t ipo de mundo , e n camb io , o t r o s p roponen que la i n f l uenc ia de lo s pa í s e s co lo n i zador es pe rmi t i r ía in c l u i r a l Nuevo Mundo como una par te de l mundo oc c id en ta l . E l m i smo p r oblema s ucede c on Eu ropa Or ie n ta l y Rus ia .

20 I nd io s e ran lo s hab i tan te s de La s I nd ia s , te r r i to r io conf u nd ido po r la s expedi c io ne s de Co lón con la s I nd ia s Or i en ta l e s . Amé r i ca no s e re cono c ió como ta l e n un p r ime r momen to s i no año s más ta rde cuando Amér ico Vespuc io “de s cub r i r ía ” e l e r ro r . A lo s na t i vos de la s t ie r ra s e ncon t radas po r Co lón s e le s l lamó , e n v i r t ud de la co nf u s ió n , i nd io s . A par t i r de la s exped ic io ne s de Ve spuc io s e co r reg ir ían tan to la ca r tog ra f ía como e l u so l i ngü í s t i co per o la conf u s ió n s e pe rpe t uar ía en e l nombre dado a lo s nat i vo s de Amér ica . E n la mayo r ía de la s le ng uas europeas , la pa labra i nd io e s la m i sma para lo s na t i vo s de la I nd ia y para lo s pueb lo s ame r i ca nos .

25

situación de servidumbre y cuyas culturas eran diversas pues sus

configuraciones variaban tanto según la presencia, cantidad y fortaleza de los

vestigios de las cul turas de origen de cada grupo sometido por los

conquistadores21 como por la influencia de la cultura del grupo conquistador

dominante, lo que resul taba en hibridaciones y mezclas únicas con gran

diversidad de tradiciones, mitos , ri tos, creencias y prácticas socioculturales. En

cada uno de estos grupos humanos se generaban procesos colectivos de

identificación con la propia cul tura de origen, lo que resultaba en la

configuración de identidades culturales colectivas22 que const ituían focos de

res is tencia cul tural en diversas regiones de la América hispanizada.

F i g . 5 . D iego Muñoz de Camargo . L i e n zo de T lax ca la . L a no che t r i s t e , ca . 1585 . Cop ia de la Benson La t i n

Amer i can Co l le c t io n , Un i ver s idad de Texas , Aus t in

Ya entrado el s ig lo XIX, uno de los mitos introducidos por el pensamiento

posi t iv is ta con mayor arraigo en las vis iones del mundo de las él ites cr iol las del

21 En gene ra l la conqu i s ta e s paño la f ue r ea l izada po r la i n i c i a t iva p r i vada , e s de c i r , med ian te un con t r a to o cap i t u la c ió n e s tab le c ida en t r e e l r ey -o s u r ep resen tan te - y u n par t i c u lar , po r e l c ua l s e au to r izaba a é s te a conqu i s tar un te r r i to r io de te rm inado en un p lazo de t i empo e spec i f i cado . Pa ra e l lo s e o rgan izaba u na hues t e , a l f r e n te de la c ua l s e s i t uaba un je f e , qu ie n r e c ib ía de l r ey d ive r so s t í t u l o s po s ib le s e n f unc ió n de la d imens ió n de la empre sa (gober nado r , ade lan t ado o cap i t án ) . A camb io , e l j e fe exped ic io na r io s e comprome t ía a co r re r con lo s gas to s de la empre sa y a rea l i za r la en e l t iempo f i jado . La cap i t u la c ió n de te rmi naba c la ramen te que lo s te r r i to r io s conqu i s tado s pe r t ene ce rán a la Co r ona y no a l par t i c u la r y por o t r o lado , la s conce s ione s , s iempr e f l ex ib le s , pe rm i t ían a la Co rona o r ie n ta r y d i r ig i r las ac c io ne s de conqu i s ta hac ia de te rm inados t e r r i t o r io s , e n f u nc ió n de s u s in t e re ses . Además , e l j e fe de la exped i c ió n r e c ib ía i n s t r uc c io ne s c la ra s ace r ca de s u s f unc io ne s para con la h ue s te , la pob lac ió n na t i va , la ac c ión m i l i ta r y la em i s ió n de i n fo rme s s obr e de res u l tado s . Po s te r io rmen te s e in co rpo ra r ía u n f unc io na r io r ea l o veedor , que ve la r ía po r e l c ump l im ien t o de la s con s ig nas y la a s ignac ió n a l r ey de s u par t e de l bo t í n . 22 Ver Nota N° 1 .

26

Nuevo Mundo, fue el de la modernidad americana23. Como aspiración utópica

de progreso en la América lusohispana, la modernización se caracterizó, entre

otras cosas, por una producción de discursos cul turales y artís t icos destinados a

dis imular procesos decididamente violentos de explotación y aculturación24 al

23 A lg uno s au to re s a rgumen ta n que la moder n idad oc c id en t a l s e r ía un concep to omn iaba r can t e y o r ig i na l , que se habr ía i n te n tado r ep l i ca r a lo l a rgo de l mundo co lon i zado po r la s po tenc ia s e u r opeas y que lo s p ro ce so s de moder n i za c ió n de f ine s de l s ig lo X IX y pr imera m i tad de l XX en Amér ica La t i na deb ían s e r cons ide rado s como una fa se de po s co lo n i zac ió n c u l t u ra l y de expans ió n de l s i s t ema cap i ta l i s t a . Hay au to re s que proponen e l co ncep to de moder n idades mú l t i p l e s y cons ide r an que en ta le s p ro ce sos s e habr ían de sar ro l lado d i ve r so s p rogramas e conómico s , c u l t u ra le s y po l í t i co s de moder n i za c ió n s egún d i ve r sos mode lo s , e n d i f e ren tes pa í s e s ame r i ca nos . E s conven ie n te r e v i sar tan to e l o r igen de la no c ión de moder n idad o c c id en ta l e n Eu ropa como e l ex cepc io na l i s mo de la moder n idad amer icana a s í como o t r o s p ro ce so s de t r ans formac i ó n y o c c iden ta l i zac ió n como e l ca so de Japón que , ju n to a la no c ió n co n tempo ránea de an t imoder n idad pr esen te en u na concepc ió n negat iva de l a mode r n idad , c uyos po r tado re s s e r ían l o s mov im ien to s po l í t i co s rad i ca le s de la izqu ie rda la t i noamer ic ana . Se cons ide ra en la s c ie nc ia s s o c ia le s y económ ica s que la R evo l uc ió n I ndus t r i a l s e r ía e l pa so evo lu t i vo que conduc i r ía a u na so c iedad de sde u na e conomía agr í co la t rad ic io na l ha s ta una ca rac te r i zada po r p ro ce sos mecan i zado s de p roducc ió n para fabr i ca r y vender b ie nes a g ran es ca la . L a Revo l uc ió n ind us t r ia l en t o nce s , e n ta n t o i n i c i o de avance s y de sa r ro l lo s e n la s c ie nc ia s ap l i cadas s e r ía e l p r ime r paso hac ia la moder n idad . E l de sa r ro l l o de nuevas te cno log ía s , c omo c ie nc ias ap l i cadas , e n u n c l ima s o c ia l y c u l t u ra l r e cep t i vo , s e r ían la s cond ic io ne s para que tuv ie ra l ugar una r evo l uc ió n i n dus t r ia l q ue re s u l t a de in novac io ne s y tamb ién la s p roduce , e n una d inámi ca de po s i t i ve f eed -ba ck , como una cadena e n u n p ro ce so acumu la t i vo de t ecno log ía , q ue c rea , d i s t r ib uye y vende b ie ne s y s e r v ic io s , s upue s tamen te me jo rando e l n i ve l y la ca l idad de v i da de una so c iedad . Se r ían e s ta s la s cond ic ione s bás i ca s de la moder n i za c ión un con tex to de cap i ta l i smo in c ip i en t e , má s un s i s tema educa t i vo y c u l t u r a l favo rable a la i nnovac ió n t e cno lóg ica y a la moder n idad como cu l t u ra j un t o a l l lamado es p í r i t u emp rendedo r . La no adecuac ió n o fa l ta de co r re spondenc ia en t r e uno s y o t r o s fac t o r es y cond ic io nes c r ea r ía de sequ i l ib r io s e in j u s t i c i a s p ro f undas . E s op in ió n de mucho s e conomi s ta s y s o c ió logo s que ta le s de sequ i l ib r io s e n lo s pr o cesos de ind us t r ia l i zac ió n y mode rn i zac ió n e s ta r ían s iempre acompañado s de una muy g rande ine s tab i l idad so c ia l , co n s ide rada por lo s t eó r i co s de la mode rn i zac ió n como h i s tó r i camen t e in ev i tab le . E l t r aba jo de Car lo s Marx en E l Cap i t a l (1867 ) , ya anunc iado en e l Man if i e s to Comun i s ta (1848 ) , t ra ta ju s tamen te de la s lu c ha s s o c ia le s que se gene ran de lo s p ro ce so s de indus t r ia l i zac ió n y mode r n iza c ió n en e l cap i ta l i smo . E s a par t i r de e se aná l i s i s que Marx desa r ro l la s u teo r ía de la l u c ha d e c la s e s que con s i s te e n la l u c ha ec onóm ica ca rac te r izada po r la r e s i s t e nc ia de l a c la se obre ra a se r exp lo tada , r e s i s t e nc ia que se man i f i e s ta en la de fensa de lo s in te re s es inmed ia to s de lo s t r aba jado re s s in poner e n c ue s t i ó n l a na t u r a le za de l s i s tema . La l u c ha id eo lóg i ca q ue s upone l a opo s ic i ó n de d i s t i n ta s concepc io ne s de la s o c iedad y la l u c ha po l í t i ca que se man i f i e s ta en e l e n f ren tamien to de la s c la se s s o c ia le s po r la apropiac ió n de l poder de l E s tado . La l u c ha de c la s e s e s qu izá e l con cep to más s ign i f i c a t i vo de la s c ie nc ia s s o c ia le s de l s ig lo X I X y s u pe r t ine nc ia h i s tó r i ca pudo cons ta ta r se en e l c r e c im ien to de l mo v im ie n to ob re ro o rgan i zado en e l mundo . É s te c r e c im ien t o s upuso la toma de c onc ie nc ia de lo s t rabajado re s de que pe r te ne cen a u na c las e s o c ia l d i s t i n ta a la de s u s pa t rono s y que para me jo ra r s u s i t uac ió n la ún ica v ía es la de la l u cha . La hue lga ha s id o la pr in c ipa l arma en la lu c ha obre ra en e l co n tex to de la l u cha de c la se s y ha s ido con e s ta a rma que lo s t raba jado re s han negoc iado con lo s pat rono s s u s ex igen c ia s y r e i v i nd icac io nes , med ian te una demos t rac ió n de f ue r za a l para l i za r la p roducc ió n de l a s ind us t r ia s . Ve r : B ER IA IN , JOSEXTO . Modern idades mú l t ip l e s y en c uen t r o s d e c iv i l i z ac io n e s en Rev i s ta Mad . No .6 . Mayo 2002 . Depar tamen to de An t ropo log ía . Un ive r s idad de Ch i le y tamb ién S . N . E IS ENS TADT : “Mu l t ip le mode rn i t ie s ” en Daeda lu s , Vo l . 129 , n . 1 , 2000 , 1- 31 , tamb ién D ie V ie l f a l t de r Moder ne , Gö t t i ngen , 2000 ; a s í c omo lo s t raba jos de CH . TAYLOR y B . L E E : Mu l t ip le Moder n i t i e s : Moder n i t y a nd D i f f e r ence , Ch i cago , Ce n te r f o r T rans cu l t u ra l S t ud ie s , 1998 , 10 . 24 Tran s cu l t u ra c ió n e s e l co ncep to que an te cede en an t r opo log ía a l de acu l t u ra c ió n y se r e f ie re a l “ c on j u n to de con tac to s e in te rac c io ne s r e c ípr ocas e n t r e la s cu l t u ra s ” . F ue f o rmu lado a f i na le s de l s ig lo X IX po r d i ve r so s an t r opó logo s no r teamer ica no s , s ob re todo por e l e tnó logo J .W . Powe l l s ( 1880 ) , pa ra ca rac te r i za r lo e n s u I n t e r p r e ta c ió n de l a s c iv i l i za c ion e s . Según Powe l l , e l f e nómeno acon te cer ía en va r ia s s e cuenc ias . E n p r ime r lugar , la c u l t u r a au tó c t o na s e opondr ía a la conqu is tado ra , despué s , co n la p ro lo ngac ió n de l con tac t o , s e empezar ían a acep ta r a lg uno s e lemen to s y s e r e chazar ían o t r o s , pe ro habr ía quedado sembrado e l ge rmen de una c u l t u ra s i n c r é t i ca . E s e n l a t e r ce ra fa se , e s c uando se hab la de he t e ro cu l t u ra , co ncep to que puede apl i ca r se c uando e l e t no t ipo o men ta l idad co le c t iva q ue cons t i t uye con la l e ng ua uno de lo s s u s t ra to s de la c u l t u ra , e s afe c tado def i n i t i vamen te po r in te r venc io ne s ex te r io r es . E s e n tonce s c uando lo s ind i v iduo s , co r tada la memor ia y con s u s i s tema so c ia l t rans fo rmado , s e c onve r t i r ían en agen te s ope rac io na le s de l e t noc id io (au toe t noc id io ) . Se p rodu c i r í a l uego la a s im i la c ió n comp l e ta y de sapar i c ió n de f i n i t i va de la cu l t u ra o r ig ina l , a l a cep ta r l o s va lo re s de l o t ro . Lo s cana le s f undamenta le s de e s t e p ro ce so s e r ían t r e s : la r e l ig ión , la e s c u e la y la emp res a . Cons umada l a acu l t u ra c ión e i n s ta lada l a he t e ro cu l t u ra , podr ía , s egún Powe l l hab la r s e de e tno c id io po r a s im i l ac ió n . E l f e nómeno de la acu l t u ra c ió n , de l i ng lé s ac cu l t u ra t io n , s e r e f ie re a l p ro ce so de adap tac ió n a ot ra c u l t u ra , o a la r e cepc ió n de e l la , po r par t e de un pueb lo a t ra vé s de l con tac t o con o t ra c iv i l i z ac ió n s upue s tamen te más de sa r ro l lada . F r en t e a l vo cab lo acu l t u ra c ió n , e l c ubano Fe r nando Or t i z p ropu so e l u s o de l té rm ino t r a n s cu l t u ra c ió n y lo pre s en ta de la s igu ie n te mane ra : (…) en t end emos que e l vo cab l o t rans cu l t u rac ión expr e sa me jo r l a s d i f e r e n te s f a s e s d e l p ro ce so t r an s i t i vo de u na cu l t u ra a o t r a , por que é s te no con s i s t e s o lamen t e e n adqu i r i r una cu l t u ra , q ue e s lo q ue en r igo r i nd i ca la voz ang lo -amer icana acu l t u rac ió n , s ino que e l p ro ce s o imp l i ca t amb ién ne ce sa r iamen te l a p é r d ida o desar ra igo de una cu l t u ra p r eceden te , lo q ue pud i e ra dec i r s e una pa r c ia l de s cu l t u rac ión , y , además , s ign i f i c a la con s igu i en te

27

vestir los de un ropaje posi t ivo justi f icado por la idea de progreso. Las élites

criol las latinoamericanas esperaban que por obra de la modernización y como

efecto de nuevas energías inculcadas por los modernizadores en las

poblaciones mestizas, estas fueran vistas como una nueva raza americana25, que

l legaría a la superación de ideas y prácticas socioculturales que entraban en

confl icto con las innovaciones que trataban de introducir los modernizadores,

fundamentalmente en los procesos de explotación de la t ierra y extracción de

los val iosos recursos mineros que guardaba el suelo americano. Con esas

expectativas emergería y se mantendría presente en las él ites criol las del

Nuevo Continente el mito de la modernidad americana . Muchos intelectuales, en

el contexto de las nuevas mezclas cul turales en las dist intas repúbl icas

americanas, saludaron la configuración de las neoculturas americanas26 desde

una perspect iva criol la y neonatal is ta y dieron la bienvenida a una aspiración

utópica de progreso y modernización . Esta aspiración de superación de la

pobreza y el atraso en que vivían grandes cont ingentes de latinoamericanos

puede ser vista en la obra de muchos arti stas que reflejaron esos enfoques

posi t ivos, desde fechas tan tempranas como el año de 1600.27

c r ea c ión de nu evo s f enómeno s c u l t u ra l e s q ue pud i e ran denom ina r s e neocu l t u rac ió n . D ic ho concep to de la s in f l u enc ia s y la s t r a n s formac io nes c u l t u r a l e s no s p e rm i te v e r e l p un t o de v i s t a la t i noamer i cano de l f enómeno , y r eve la u na r e s i s t e nc ia a con s id e ra r l a c u l t u r a p rop ia y t r ad i c io na l , q ue r ec ib e e l impac t o ex t e r no que hab rá de mod i f i ca r la , como u na en t idad so lamen t e pa s iva o i n c lu so i n f e r io r , d e s t inada a l a s mayo r e s p é rd ida s , s i n n i nguna c la s e de r e spues ta c r eado ra . En e l p ro ce so de t rans cu l t u rac ió n pod r ía n id en t i f i ca r s e t r e s e t apa s : - a ) una pa r c ia l p é rd ida de la c u l t u r a que puede a l canza r d iv e r so s g rado s y a f ec ta r va r iada s zona s t r a yendo con s igo s i emp re l a p é rd ida de componen t e s con s id e rado s como ob s o l e to s ; b ) l a i n co rpo ra c ió n de la c u l t u r a ex te r na ; c ) e l e s f ue r zo de r ecompo s ic i ó n med ian te e l ma ne jo de l o s e lemen to s q u e s ob r ev iv en de la c u l t u r a o r ig i nar ia y l o s q ue v i ene n de f ue r a . E n to nc e s , s e pu ede dec i r que ha y pérd ida s , s e l e c c io n e s , r edes cub r im ien t o s e in co rpo ra c io nes , y que e s t a s opera c io nes s e r e s ue l v en d en t r o de una r e e s t r uc tu r ac ió n genera l d e l s i s t ema cu l t u ra l , q ue e s l a f u nc ión c r eado ra más a l t a q ue puede c ump l i r s e e n un p r oc e so i n t e r c u l t u ra l . (…) . Ver ORT IZ , F ERNANDO, Con t rapun teo cubano de l a z úca r y e l taba co . Ed i to r ia l Ayac ucho . Caracas , 1997 . 25 Uno de lo s pr in c ipa le s ideó logo s de es ta no c ió n f ue e l mex ica no Jo sé Vas conce lo s c uya t e s i s ce n t ra l e ra que la s d i s t i n ta s razas de l mundo t ie nden a mezc la r se cada vez más , ha s ta f o rmar un n uevo t ipo humano , compue s t o con la s e le c c ió n de cada uno de lo s pueb lo s ex i s te n te s . S u l ib ro La r a za có sm i ca s e pub l i có po r p r ime ra vez ta l p re sag io en la época en que p reva le c ía en e l mundo c ie n t í f i co la doc t r ina da rw in i s ta de la s e le c c ió n na tu ra l q ue sa l va a lo s ap to s , co ndena a lo s déb i le s que , l le vada a l te r r eno so c ia l po r Gob ineau , d io o r igen a la t eo r ía de l a r i o puro , de fend ida po r l o s i ng le se s , l le vada a impo s ic i ó n po r e l naz i smo . 26 Ver Nota N° : 12 . 27 Ve r : JOSÉ VASCONCELOS , P EDRO HENR ÍQUEZ UREÑA y ARTURO USLAR P I E TR I , a s í como ALEJANDRO DE HUMBOLDT , e n t r e o t r o s .

28

F i g . 6 . Me r ca to r , Ge ra rdo . Amér ica S i v i I nd ia Nova e t Magnae . Ger a rd i Mer ca to r i s , 1602

No obstante el racismo imperante en la segunda mitad del s iglo XIX y en el

contexto de sociedades latinoamericanas recién independizadas, con su noción

de superioridad de la raza blanca, los blancos dominantes no podían dejar de

reconocer los méritos de los mest izos que ocupaban y habían ocupado desde

los inicios de la colonización los nichos reservados a las prácticas de los

diversos oficios artesanales, a los siervos y a los esclavos. Por encima de todos

sus prejuicios, los blancos criol los dominantes debieron reconocer el valor y

destreza de los mestizos que se desempeñaron como heroicos oficiales y

soldados en las gestas de independencia, que además fueron excelentes

cronistas, intérpretes y traductores cuyos esfuerzos y obras contr ibuyeron de

manera decidida con los procesos de integración pol í t ica, cultural y social en

ese dif íc i l período. La importancia de sus aportes se agranda si consideramos

que, luego de los contactos interculturales iniciales producto de las guerras de

conquista, las relaciones entre los blancos criol los y los mestizos se habían

comenzado a fracturar. Los mest izos fueron vistos como resul tado de mezclas

que se tenían por procesos de degeneración racial y se daba mayor valor

29

entonces al indio como exponente de pureza racial superior al mest izo. Muchos

españoles y blancos criol los notables asumieron desde muy temprano, durante la

conquista, la defensa de los indígenas para reivindicar diversos grados de

pureza étnica del aborigen , ya que se suponía que esa pureza portaba consigo

también la pureza moral, lo que sirvió de base a las primeras manifestaciones

de ind igenismo28 en América Lat ina.

F i g . 7 . Cód ice F lo ren t i no . Ca . 1570-1586 . Pág ina X I . Poc t eca s . B ib l io t eca Med icea- Lau renz ia na , F lo renc ia .

28 INDIGEN ISMO e s e l co n j un to de ideas y ac t iv idade s conc r e ta s que rea l i zan lo s i n ves t igado re s y e s t ud io sos e n lo s e s tado s la t i noamer ica no s e n r e la c ió n con la s pob lac io ne s ind ígenas . E s ta s i n i c ia t i va s de la s c ie nc ia s s o c ia le s l le va n e l nombre gené r i co de i nd igen i smo s egún l a de f i n i c ió n de l s o c ió logo mex i cano Rodo l f o S tavenhagen . E l s u je to s ine qua non de l i nd ig en i smo e s e l i nd io , té rm i no que nace de la equ i vo cac ió n geográ f i ca de Cr i s tóba l Co lón , c uando a la v i s t a de lo s p r ime ro s hab i ta n te s que en con t r ó en Guana han í lo s l lamó i nd io s p le namen te convenc ido de q ue hab ía l legado a l a a n te s a la de las s o ñadas I nd ia s Or i en ta l e s , co nv ic c ió n que po r lo meno s expl i ca ta l denom inac ión para t odo s lo s na tu r a le s d e Amér ica y que , como se l lo imbo r rable , pe r s i s t ió para s u s de s cend ien t e s . E s t e e r ro r f ue e l p r i n c ip io de muc ho s o t r o s que en de f in i t iva mar caron has ta n ue s t r o s d ías e l d i f í c i l camino de lo s na t u ra le s ame r i cano s . E l i nd io f ue p re sen tado a l r e s to de l mundo a t ravé s de un concep to léx ico gené r ico y como ca tego r ía s o c ia l e n c ond i c io ne s de f in ida s y conc re ta s p rede te rm inadas po r lo s e u ropeo s . D i ce Bon f i l Ba ta l la q ue e l nombr e enma s ca ró s u e spec i f i c i dad h i s t ó r i ca y l o conv i r t ió den t r o de l n ue vo or den co lo n ia l en un s e r p l u r a l y un i f o rme . I nexac t i t ud que obs tacu l i zó po r t r e s s ig lo s y más , e l de senvo l v im ien to de lo s hombre s au tó c to no s de Amér ic a , ya q ue a l e ng lobar lo s e n u n té rm ino ún i co quedaron o cu l t as d i f e renc ia s e senc ia le s , t a le s como : n i ve le s de desar ro l lo c u l t u ra l , le ng uas , v i s i o ne s de l mundo , r e l ig io s idad, m i to s , h i s to r ia y todo lo que c ons t i t u ía la manera de s e r d i f e renc iada y ún ica , p rop ia de cada u no de lo s g r upo s p reh i spán ico s . L a palabra i nd io no exp l i caba a l a n t iguo y , lu ego de la conqu i s ta l u s oh i spana , a l dominado hab i ta n te de Amér ic a , s ó lo lo nombraba a par t i r de la u n i f i cada impe r ia l idad h i s pana como catego r ía s o c ia l s ome t ida . Cf . : S TAVENHAGEN , RODOL FO. Derecho s i nd ígena s y Der ec ho s humano s en Amé r ica La t ina , Co leg io de Méx ico , Méx ico , 1988 . V I L LORO , LU IS . Lo s grandes momen to s d e l i nd igen i smo en Méx i co , Coleg io de Méx ico/FCE , Méx i co , 1996 . ALC IDES RE ISSNER , RAÚL . E l i nd io e n lo s d ic c io nar io s , exéges i s l éx ica de un e s te r eo t ipo , I n s t i t u to Nac io na l I nd igen i s ta , co l . IN I , núm . 67 , Méx i co , 1983 . BAL LESTEROS GA IBRO IS , MANUEL y JUL IA ULLOA SUÁREZ . I nd igen i smo amer i cano , Cu l t u r a H i spán i ca , Madr id , 1961 . BROWN, L ESTER R . S t a t e o f t he Wor ld 1993 , Organ izac ió n de la s Nac io ne s Un idas , W.W. No r ton a nd Company , New Yo rk , 1993 . CASO, AL FONSO. I nd igen i smo , Ed i to r ia l Cu l t u ra , Méx ico , 1958 . CASO, AL FONSO y FAVRE , HENR I . L ’ I nd ig én i sme , P re s se s Un ive r s i ta i r e s de F rance , Pa s , 1996 . L EWIS , OSCAR y ERNEST E . MOES . “Base s para una nueva de f i n i c i ó n p rác t i ca de l ind io ” , e n Amér ica I nd ígena , vo l . 5 , Méx ico , 1943 .

30

Tanto en la América recién conquistada y provincial como posteriormente en la

republ icana e independiente, la glori ficación indigenista corría paralela a la

consideración de lo occidental como dañino y contaminante, junto a una

percepción negativa de las nociones de tecnología , progreso , ciencia y razón

contenidas en el concepto de modernización . E l indigenismo l levaba entonces

impl íci to un rechazo radical hacia lo nuevo y lo extranjero , en nombre de lo

puro y originario en lo que se conoce como tecnotropismo negativo29. El

indigenismo sería entonces por definic ión americano y sobre todo

lat inoamericano . En tanto y cuanto mito, el indigenismo está fuertemente

vinculado a los del eterno retorno , la edad de oro , el buen salvaje y otros que

relacionan el terror atávico del hombre a hechos supuestamente

inexplicables30. El indigenismo valora entonces lo primigenio, lo anter ior , lo

supuestamente incontaminado en una remota edad de oro aborigen y rechaza lo

novedoso por considerarlo ajeno . El componente indigenista en las culturas

latinoamericanas reviste una gran importancia y de al l í las confrontaciones

entre las visiones del mundo que privi legian la modernización en América

Latina y las que propugnan la vuelta a los orígenes de lo americano autóctono,

polarización presente hasta hoy en las culturas de América Latina.

29 Den t r o de e s t o s f e nómeno s gene ra le s de t rans cu l t u ra c ió n habrá ma t i ce s impo r tan te s s egún s ean la s ca rac te r í s t i c as de lo s pa ideuma s o v i s io n e s d e l mundo , pa r t i c ipa n te s e n cada re lac ió n en par t i c u la r . Puede o cu r r i r que do s t ipos de men t a l idades , pue s ta s e n con tac t o , te ngan ra sgo s d i s t i n t i vo s y ún ico s c ada una pe ro que , e n s u n i ve l gene ra l de evo luc ió n y de sar ro l lo in s t i t u c io na l , s ean equ iparab le s aunque se las cons ide re “muy d i f e ren tes ” . En e se ca so , lo s i n te r camb io s p ueden e fe c tua r se i n t e r pa r e s , lo q ue lo s hace más aceptable s . E n la v i s ió n o c c i den ta l de l mundo , l o s s i s temas i n te r no s de domi nac ió n ca rac te r í s t i co s de toda so c iedad o rgan i zada , s e e s tab le cen a l r ededor de no rmas rac iona les , que ev i tan l o s abuso s de l pode r po r par te de a lg uno de lo s g r upo s y a s í pe rm i te n la p rogre s iva p reponde ranc ia de la razón c ie n t í f i ca y te cno lóg ica , e n a rmo n ía con e l pens am ien to emoc io na l , y e s as í como se l ogra e l eq u i l ib r io que carac t e r iza a la s comun idade s t e c no t r óp i ca s , p rogre s i s t a s de Oc c iden te . La v i s i ó n o c c iden ta l de l mundo s upone q ue ambos g r upo s e n con tac to , aunque d i f e ren te s , puede n l l egar a s ub l imar s u s o t r edade s conf l i c t i va s ( co s t umbre s , le ng ua je , r e l ig ió n , e t c . ) y que en e se p ro ce so s e enr ique cen . Ve r : HUNT INGTON, op . c i t . 30 Ve r : E L IADES , M IRCEA . E l m i to d e l e te r no r e t o r no ; a rque t i po s y r epe t i c ió n , Ba r ce lo na , P lane ta -Ago s t i n i , 1984 .

31

F ig . 8 . M i che le na , Ar t u ro , M ir anda en La Ca r ra ca . 1896 , ó l eo sob re te la , 197 x 245 , 2 cm .

Co le c c ió n GAN , Caracas .

Un ejemplo de interés de la perspectiva indigenista es el proyecto polí t ico

que, en 1790, el cr iol lo venezolano Francisco de Miranda31 presentó al Primer

Mini st ro Inglés Wil l iam Pitt . Miranda proponía una visión de un continente

americano organizado polít icamente en un conjunto de naciones federadas,

const ituido por terri torios emancipados del dominio español y regido por la

figura de un emperador que l levaría el t í tulo de Inca , nombre que daba a los

gobernantes de sus proyectos polí t icos. A los gobernadores de las provincias

les daba el nombre curacas , voz quechua que a sus ojos legit imaba en la

nomenclatura independentis ta al componente indígena al darle reconocimiento

a la presencia de grandes contingentes de indígenas y mest izos que poblaban

la zona andina del continente latinoamericano y que debían ser ganados para

la causa patr iota. Es también durante los confl i ctos independentis tas de la

31 Pa ra José Lezama L ima : (…) E sa g ran t r ad ic ió n r omán t i ca , l a d e l ca labozo , la a u s enc ia , la imagen y la muer te , l ogr a c r ea r e l hecho amer i cano , c uyo des t i no e s t á más hecho de aus enc ia s po s ib l e s q ue de p r e s enc ia s impo s ib l e s . La t r ad ic ión de la s a u s enc ia s po s ib le s ha s ido la g ran t r ad ic ió n amer i cana y donde s e s i t úa e l h echo h i s t ó r i co que s e ha log rado . (…)En : L EZAMA L IMA, JOSE . La exp r e s ió n amer icana . FCE , 1993, Méx i co , pp . 107-132 .

32

América hispanizada cuando son reivindicadas las figuras de los héroes de la

resistencia indígena que se opusieron a la conquista española, tales como

Monctezuma, Guatimosín, Atahualpa y Túpac Amaru, o Guacaipuro. Las

menciones de estos héroes indígenas que se enfrentaron a los españoles y

canarios por parte de los criol los que l iderizaron movimientos ant iespañoles de

emancipación, era una forma de asegurar la simpatía y adhesión a la causa

patriota de esos grandes contingentes de poblaciones indígenas y mestizas. Es

también entonces cuando al diseñarse los símbolos y emblemas patrios de las

nuevas repúbl icas americanas se incluyen í conos indígenas tales como el sol

incaico y el cóndor . La iconografía republ icana recibe entonces el al imento de

los mitos aborígenes y estos invaden las banderas y escudos de las nuevas

repúbl icas y se hacen presentes en las letras de los himnos patrios, invocando

las hazañas de la resi stencia aborigen. Las toponimias locales también

rescatarán sus nombres originarios y América Latina perfi lará su iconografía

republ icana con el rico aporte de las cul turas aborígenes.

F ig . 9 . P r ime r E s cudo de Armas de la Repúb l i ca de Venezue la , 1830 .

Ar ch ivo Gene ra l de la Nac ió n .

33

Pero la composición social de los ejércitos que luchaban en ambos bandos

durante los confl ictos independentis tas lat inoamericanos variaba

considerablemente. S i bien es cierto que del lado de los patr iotas se contaba

con una abrumadora mayoría de criol los de todas las mezclas, etnias y clases,

no es menos verdadero que bajo las banderas del Rey de España luchaba una

parte nada despreciable de hombres nacidos en América. No obstante y por

regla general , aunque con excepciones notables, los al tos mandos patriotas

estaban integrados por blancos criol los descendientes de europeos. En las

tropas y comandos en ambos bandos en lucha, el pan de cada día eran la

desconfianza, las traiciones y felonías y es también conveniente no olvidar a

los crio l los y a los mestizos que se unieron a los bandos real is tas . Es emblemático

el caso de los ejérci tos de l laneros venezolanos al mando de José Tomás

Boves32, el temido caudil lo asturiano que asolaba las plazas patriotas durante

la independencia de Venezuela y a quien se le atr ibuyen casi trescientas mil

muertes entre 1812 y 1814, ese terrible período conocido en Venezuela como

la Guerra a muerte . También está el caso de los mapuches chi lenos entre 1818

y 1824 y el de los l lamados pastusos en la Nueva Granada.

En cuanto a las guerras de castas que se produjeron, notablemente en América

Central , aún la Revolución Mexicana de comienzos del siglo XX puede

considerase como una manifestación del odio secular de los mestizos e indios

contra los blancos cr iol los y extranjeros que los habían explotado desde

siempre y que representaban un enemigo mucho más concreto y real que una

lejana monarquía madrileña, un usurpador francés del trono español o un

emperador delegado sentado en un trono americano. No cabe duda de que los

mest izos americanos que resul taron de las mezclas que produjeron los procesos

de conquista e hispanización de América así como los morenos descendientes

de esclavos africanos, consideraban “males menores” al Rey Fernando VI I ,

Napoleón Bonaparte o Napoleón I I I s i los comparaban con los blancos criol los

en funciones de gobierno, tanto durante el período provincial como durante el

republ icano, pues éstos les habían ocasionado indecibles sufr imientos como

resultado de una explotación sin cuartel , primero en nombre de España y luego

32 Jo sé Tomás Boves cons ide raba que se r b lan co e ra un de l i to . Se cuen ta que co lgó de una ce iba a uno s t r e i n ta de s u s a l iado s r ea l i s ta s s ó lo po r e s ta causa . Cf . : HERRERA LUQUE , FRANC ISCO. Boves : E l u r oga l l o , Ba r ce lo na-Caracas -Bueno s A i r e s , Ed i to r ia l Poma i re , 12a . ed i c ió n , 1980 .

34

en el contexto de los procesos de independencia, cuando ya los blancos criol los

ni siquiera estaban sujetos a los contro les del gobierno metropol i tano, ni los

indios y mestizos se beneficiaban de la protección , real o i lusoria, de la

corona de España. También como una manifestación de enfrentamiento entre

clases puede considerarse la Guerra Federal que se desarrolló en Venezuela

entre los años de 1859 y hasta 1863.

F ig . 10 . C iudadano Gene ra l E zequ ie l Zamora (1817-1860 )

F ig .11 . E s tamp i l la de co r reos de Bo l i v ia . 1987

Si es bien cierto que una vez lograda la independencia de España en muchas

de las nueva repúbl icas lat inoamericanas se suprimió la servidumbre de los

35

indígenas y se proclamó hasta la saciedad la igualdad de los indios, mestizos

y morenos con los blancos en materia de derechos, y que esas proclamas

estaban inspiradas en los más avanzados regímenes legales europeos y que

también se reconocieron a muchos mest izos sus invalorables contribuciones

mil i tares y civi les a la causa de la independencia, y que se l legó incluso a

abolir las denominaciones peyorativas de las castas que expresaban los

diversos entrecruzamientos étnicos desarrol ladas y usadas por los blancos

criol los en su trato con los indígenas, mest izos y morenos descendientes de

africanos33, es perfectamente comprensible darse cuenta de las razones por las

que esos grupos recibían las manifestaciones de igualitarismo con una fuerte

dosis de un arraigado esceptic ismo aprendido a lo largo de una historia plena

de traic iones y mentiras. Es así como la desconfianza y el esceptic ismo

pasarían entonces a ser rasgos diferenciales y casi que consti tut ivos de las

cul turas latinoamericanas post independentistas: Leyes de Indias, Leyes de

Burgos y Nuevas Leyes de Indias primero, seguidas de las medidas instauradas

por e l reformismo borbónico34 y que, supuestamente, emanaban de una buena

33 Godo s , ga chup i ne s , c hape ton es , ma tu r rango s , s o n a lg uno s de lo s t é rmino s con lo s que se de s ignaban a lo s e u ropeos y e spaño les e n la e s t r a t i f i cac ió n de la s ca s tas de la s s o c iedade s co lo n ia le s ame r i canas . E s bue no re cordar que , e n muc has pa r t e s de l mundo , l o s ape l l ido s empezar on en t r e la s e l i te s y s ó lo s ig lo s de spué s f ue ron ba jando en la e s ca la s o c ia l ha s ta que la gen te ord i na r ia p udo te ne r lo s . E n I ng la te r ra , la gen te c omún só lo empezó a te ne r ape l l ido s de spué s de la Edad Med ia y en Japón só lo f ue a f ine s de l s ig lo X IX c uando se au to r i zó a la gen te o rd i na r ia t ene r ape l l ido . La gen te c omún en I rán v i no a te ne r ape l l ido s - s e le s o rdenó que lo s t uv ie ran - e n e l s ig lo XX . L os dueño s de es c lavo s e n e l S u r de E s tados Un idos an te s de la gue r r a c iv i l e s taban par t i c u la rme n te opue s t o s a que lo s e s c lavo s t uv ie ran ape l l ido s po rque s ub rayaban lo s v ín c u lo s fami l iar es y e l ún ico v í n cu lo l ega lmen te r ec ono c ido que pod ía te ne r un e s c lavo e ra con s u dueño , q u ie n pod ía vender lo muy le jo s de s u fami l ia . Lo s e s c lavo s mi smo s , s i n embargo , u saban ape l l ido s para crear un s e n t ido de fami l ia , a unque te n ía n c u i dado de no u s ar lo s e n p re senc i a de lo s b lanco s . Aun de spué s de lo s p ro ceso s de independenc ia , lo s negro s que hab ían s i do c r iado s en la e s c lav i t ud f r e cuen temen te vac i laban c uando a lg ún b la nco le s p regun taba s u ape l l ido . Lo s l lamado s nombr es d e e s c la vo s que tan to s negro s de s cend ien te s de e s c lavo s empezaron a repud ia r e n l o s año s 60 en E s tado s Un ido s , n i le s f ue ron dado s por lo s dueño s de e s c lavo s n i e r an u s ua lmen te l o s ape l l ido s de lo s dueño s de e s c lavos . E ran nombre s e s cog ido s pe se a la s p roh ib ic i o ne s , pa ra s imbo l i zar lo s lazo s fami l ia re s que f r e cuen temen te e ran más f uer te s que lo s que hay en lo s gue tos negr o s de hoy en d ía e n E s tado s Un ido s . Pa ra lo s nombre s de lo s a f rodes cend ien te s e n e l Car ibe , ve r : ASCENC IO MICHELL E , Lo s nombr es d e lo s e s c la vo s , y t amb ién CABRERA , L YD IA , E l Mon t e , Oc ta va reed ic ió n . Ed ic io nes Un ive r sa l . M iami , F lo r ida . 2000 .

34 Ver : P ÉREZ ANTON IO, op . c i t . P . 1 . E l con t i nen te amer ica no c ono c ió un v igo r os o c re c im ien t o duran te e l S ig lo XV I I I . La pob lac ió n de la Amér ica e spaño la c re c ió e n uno s 16 mi l lo ne s de hab i t an te s y s e ca lc u l a a f i n de s ig lo hab ía en Amér ic a u no s 8 m i l lo ne s de i nd io s , 4 m i l lo ne s de me s t i zo s , 3 m i l lo ne s de b la nco s c r io l l o s y un m i l l ón de e s c lavo s negro s . E l c r e c im ien to de l a pob lac ió n f ue impo r tan te en c i udade s como LA Habana y Bueno s Ai r e s . En e l campo p redominaban lo s g rande s la t i f und io s y c re c ió no tab lemen te e l t rá f i co me r can t i l co n e l v ie jo mundo de l q ue se bene f i c iaba la burg ue s ía c ome r c ian te e spaño la y c r i o l la de Amér ica . A camb io de a r t í c u lo s i nd us t r ia le s , Amér ica pr opo r c io naba a Eu r opa p roduc to s como tabaco , cacao y azúca r pe ro duran te e l pe r iodo r e t r o ced ie ron la s expo r tac io ne s de o ro y p la ta de l Nuevo Mundo . Pa ra f ac i l i t a r e l come r c io co lo n ia l , s e c r eó en 1728 la Compañ ía de Come r c io Gu ipuzcoana de Caraca s , f u s i o nada más ta rde po r la de F i l ip i na s . Se c rearon en Amér i ca n uevas un i ve r s idade s , s e rea l i za ron impo r tan te s v ia je s c i e n t í f i co s y tamb ién pr ogre s ar on c ons ide rablemen te la Impren ta y la P rensa . Se conso l idó en tonce s una é l i te c u l t u ra l que p romov ió e l r e f ormi smo amer i cano . Pe rd idas a comie nzo s de l s ig lo XV I I I s u s po ses io ne s e n Eu ropa , E s paña cen t r ó s u s e s f ue r zo s e n Amér i ca , in t e n ta ndo lograr una mayo r in teg rac ión e conóm ica y admin i s t r a t i va y la po l í t i ca de Madr id co i nc id ió con un no tab le c re c im ien to de la pob lac ió n c r io l la . Lo s b lanco s amer icano s o c r io l lo s cada vez meno s neces i taban de la adm in i s t ra c i ó n cen t ra l para de fender s u s p rop iedades f re n te a lo s i nd io s . Se ca l c u la que en 1797 pob laban la Amér i ca es paño la uno s 15 m i l lo ne s de hab . de lo s que una

36

voluntad hacia los indios, mestizos y morenos por parte de los criol los del

periodo provincial y por los patriotas republicanos durante y luego de las

guerras de independencia, fueron todas desvirtuadas luego durante el periodo

republ icano para dar paso a nuevas formas de explotación y servidumbre, lo

que resul tó en resentimientos que perviven en la profundidad de la psique

colect iva latinoamericana hasta el presente. Desprovistos por los procesos de

independencia de la precaria o i lusoria protección de la corona española a los

indios y mestizos, se intensif icó entonces la tiranía de las ari stocracias blancas

criol las y se instaló un periodo de hegemonía de los bancos cr iol los conocido

como patriciado criol lo o período de las oligarquías conservadoras35.

F ig . 12 . Fe r nández , Carme lo . E l Congre so de Va le nc ia , 1843. Láp iz s obr e pape l .

Co lec c ió n F undac ió n John Bou l to n , Caracas

qu in ta par te e ran b la nco s nac ido s a l l í y s e hab ían f o rmado en u n ive r s idade s de l con t i nen te . Lo s l íde re s c r i o l lo s s e mo s traban reac io s a co labo ra r con la hac ie nda rea l y c r i t i caban f uer temen te e l monopo l io de Sev i l la -Cád iz . Apar ecen en to nce s me r cados y mer cade re s e n e l Car ibe y Sudamér ica c on me jo re s pr e c io s que lo s de la met rópo l i , lo que h i zo a lo s c r io l lo s tomar c onc ie nc ia de lo i n j u s to de l monopo l io , La l i b e r tad comer c ia l no s o lo no apac ig uó lo s án imo s c r i o l lo s s ino que lo s s o l i v ian tó aún más , a excepc ió n de Cuba , ya que la ape r tu ra bene f i c iaba a lo s come r c ian te s pen in s u l ar es e n s u s ope rac io nes con la s co lo n ia s más no a lo s ame r i ca nos . Una ava la ncha de mer canc ía s , tex t i l e s y aguard ien te s cata lane s i nu ndó lo s me r cado s amer i canos , e n de t r imen to de lo s p roduc to s ind íge nas . E s paña pen in s u l a r hu nd ía e n e l s ubde sa r ro l l o a a lg unas r eg io ne s amer i ca nas c omo la mex i cana , pe r uana y ar gen t i na , lo que s i r v ió para , av i var aún más e l r e s en t im i en to c r i o l lo co n t ra l a co r t e de Madr i d . La s c ue s t i one s e conómica s , de í ndo le s oc ia l y po l í t i ca te rm ina r ía n po r ind i s pone r a la pob lac ió n más i n f l uyen te cons t i t u ida po r l as é l i t e s c r i o l la s a l s u rg i r pr oyec tos como e l de l a abo l i c i ón de la s e ncom iendas lo q ue de sagradaba p ro f undamen te a lo s t e r ra ten ie n t e s mex i cano s y pe r uanos . E l s upue s to p ropós i to de la adm in i s t ra c ió n borbón i ca de la i l u s t r ac ió n e spaño la e ra m i t iga r la s d i s c r im i nac io ne s rac ia le s , e l im ina ndo f r on te ra s en t r e b lanco s y me s t i zo s , co s a que tamb ién d i s gus taba muc ho a lo s c r i o l lo s . La po l í t i ca r e f ormi s ta de Car lo s I I I hab ía imp l i cado r edob la r e l c on t r o l s ob re e l gob ie r no co lo n ia l a co s ta de re co r ta r lo s pode re s de lo s c r io l l o s . Tampoco la Ig le s ia pe rmanec ía i nd i f e ren te an te lo s camb ios i n t r oduc idos por e l r e fo rm ismo bo rbón ico en e l co n t inen te amer icano p ue s l e af ec taba la ac t uac ió n de un e s tado que l u chaba po r l im i tar s u s p r i v i leg io s y su s i ngr es os . Comp lac ie n te co n l a c or te madr i le ña , a qu ie n deb ía s u p romoc ió n , la j e ra rqu ía e c le s i ás t i c a no pare c ía dar se c uen ta de que e l ba jo c le ro tamb ié n empezaba a d i s tanc ia r se de la monarqu ía .

35 E l Congre so de Va lenc ia s e r e un ió e n e sa c iudad de l 6 de mayo a l 14 de o c t ubr e de 1830 , consagr ó la s eparac ió n de Vene zue la de la Gran Co lombia y aprobó una Cons t i t u c ió n que e s t uvo en v igenc ia d uran te 27 año s . F ue convocado po r de c re to de l gene ra l José An ton io Páez , en s u ca rác te r de je fe c i v i l y m i l i ta r de Venezue la , con f ec ha 13 de ene ro de 1830 .

37

F ig . 13 . Fe r nández , Carme lo . No tab le s d e la Cap i ta l , 1850 . Ac uare la ,

Co le c c ió n B ib l io te ca Nac io na l , Bogo tá .

Dueñas ahora de pleno derecho de los terr itorios americanos y sus gentes, las

clases dominantes criol las retomaron con mayor vigor aún la explotación de las

poblaciones que les servían como esclavos o cr iados. El lo ocasionaría

numerosas revueltas y rebeliones en Bolivia, Guatemala, México así como en

otros puntos del cont inente.36 Ya para la segunda mitad del s iglo diecinueve,

36 La nove la pó s tuma de Jo sé Mar ía Arguedas , E l zo r ro de ar r iba y e l zo r ro de aba jo , e s un b uen e jemp lo de e s te t ipo de man i f e s tac io ne s . Ve r : ARGUEDAS , JOSÉ MAR ÍA . E l zo r r o de a r r iba y e l zo r ro de aba jo . Ed i to r ia l Lo sada, B ue no s A i r e s , 1971 .

38

comienzan a insurgir contra a hegemonía de los oligarcas37 criol los en el poder

los intelectuales nativistas o indigenistas que, junto a los que apoyaban las

ideologías de contenido reivindicativo se aglutinaban en movimientos sociales

incipientes que cuestionaban los modelos de desarrol lo capital is ta que se

imponían en Latinoamérica. Es entonces cuando se comienzan a conceptual izar

de forma incipiente la dependencia, el neocolonialismo y la pobreza en

América Latina, vistos como resul tado de procesos pol í t icos, económicos y

socioculturales hegemónicos inspirados en modelos europeos y norteamericanos

de desarrollo capital ista38, que forzaban a los latinoamericanos a implementar

modos de vida que signif icaban un elevadísimo costos social . Es así como los

primeros intentos de industrialización en América Latina dieron como resultado

los primeros sindicatos y las primeras luchas del movimiento obrero organizado

en todo el continente.

Es conveniente recordar también que en la hi storia de la cul tura, los

nacional ismos latinoamericanos son también, paradój icamente, producto de

vi siones modernizadoras, que trataban de introducir componentes sociales de

reivindicación de lo autóctono junto a desvalorizaciones de lo extranjero ,

rasgos éstos que estarán presentes como dicotomías contradictorias en las

cul turas y en las artes de la América Latina y que las clases pol ít icas

hegemónicas en todo el continente uti l izarán de manera demagógica y poco

consistente.

37 E s de u so común en la l i te ra tu ra h i s t ó r i ca y e n c ie nc ia s po l í t i ca s hab lar de Ol igar qu ía -de l g r iego o l igo s (po co s ) + a rqu ía (pode r ) - para refe r i r s e a una fo rma de gob ie r no donde s on pocos qu ie ne s e je r cen e l pode r po l í t i co . E l té rm ino s e ha u t i l i zado para de s c r ib i r la compo s ic i ó n de lo s gobie r no s ex c lu s i vo s de la s é l i te s dominan te s que ha n e je r c ido e l pode r en d i ver sa s s o c iedade s y pe r íodo s h i s t ó r i co s . Lo s pe r t ene c ie n te s a ta le s é l i te s s o n l lamado s Ol iga r ca s . Ol iga rqu ía , e n c ie nc ia po l í t i ca , e s e l té rm ino que se u sa para refer i r s e a una fo rma de gob ie r no en que e l pode r s up remo e s tá en mano s de unas pocas per s onas . Lo s e s c r i to res po l í t i co s de la a n t ig ua Grec ia emp lea ron e l té rm ino para de s ignar la f o rma degenerada de a r i s t o c ra c ia .

38 GAL EANO, EDUARDO. La s vena s ab i e r ta s d e Amér ica La t i na , B ue no s A i r e s , 1984 y para la t eo r ía d e la d ependenc ia , ve r André Gunde r F rank , e conomis t a , s o c ió logo , a n t r opó logo , c ie n t í f i co s o c ia l , nac ido en A leman ia , t raba jó en E s tado s Un ido s , Canadá , Amér ica La t i na , Áf r i ca y Eu ropa . En señó en B ras i l , y de spué s e n Méx ic o y l legó a Ch i le e n 1968 donde v i v ió ha s ta 1973, hac ie ndo c la se s en la s e s cue las de e conomía y s o c io log ía de la Un i ve r s idad de Ch i l e . En t r e s u s ob ra s más cono c idas f igu ran : Cap i ta l i smo y s ubdesa r ro l lo e n Amér i ca La t ina ( 1967 ) ; Acumu la c ió n mund ia l 1492-1789 , Cr i s i s en l a economía mund ia l (1980 ) y E l s i s t ema mund ia l : ¿Qu in ie n to s o c i n co m i l año s ? Duran te lar go t iempo s u t r aba jo teó r ico s e concen t r ó en la teo r ía de la dependenc ia y e l examen de la s r e la c io ne s c en t r o -pe r i f e r ia , c ue s t io nando e l pape l de la l lamada burg ue s ía nac io na l , s ubord i nada a l cap i ta l ex t ran je ro .

39

F ig . 14 . Fe r nández , Carme lo . Mu je r e s b la nca s , 1850 . Ac uare la ,

Co le c c ió n B ib l i o te ca Nac io na l , Bogo tá

40

F ig . 15 . Fe r nández , Carme lo . I nd io s mes t i zo s co s eche r os d e an í s d e la p rov in c ia d e Ocaña . 1850 . Ac uare la .

Co le c c ió n B ib l io te ca Nac io na l , Bogo tá

Desde los valores de lo europeo puro con su descendencia acriol lada hasta los

de lo indígena puro con su descendencia mezclada con el blanco europeo y/o

con el negro, es posible construir una escala de los diversos grados de

intolerancia, expresada en las denominaciones de las castas de uso corr iente

en el léxico de las sociedades provinciales y republicanas lat inoamericanas

hasta bien entrado el siglo veinte. Esas denominaciones de castas van desde la

intolerancia blanca pura en un extremo para l legar, luego de diversas

gradaciones, a los extremos opuestos de lo africano puro y lo ind ígena puro .

Las denominaciones incorporaban en diversa medida los rasgos y valores de

41

las cul turas de origen de los dist intos grupos de población, concebidas estas

como cul turas puras y originales . Estos rasgos, supuestamente puros, se

fus ionaban de diversas maneras, en diferentes cantidades, con los rasgos y

valores de las di ferentes hibridaciones que ya habían resul tado de previos

procesos de mestizaje étnico e hibridación cul tural . Es posible ver así cómo los

valores criol los , independientemente de sus orígenes blanco-europeos,

indígenas o africanos, pueden l legar a encontrarse en diversos puntos de esas

vi rtuales escalas, para luego producir trayectorias divergentes y

ramificaciones de los diversos t ipos de intolerancia presentes hasta hoy en las

cul turas latinoamericanas. No se dificul ta entonces la percepción de las

maneras en las que se han profundizando las diferencias culturales entre

grupos, clases, etnias y castas en América Latina, para l legar a configurar e l

complejo mapa de hibridación cul tural latinoamericana de hoy en día, el cual se

ha complejizado considerablemente.

F ig . 16 . Debr e t , Jean Bap t i s t e . Fami l i a d e un j e f e camacán p r epa rándos e pa ra una f i e s ta . Acuar e la s ob re

pape l , ca .1820-30 , Co le c c ió n MEA , B ra s i l .

42

F ig . 17 . Debre t ; Jea n Bap t i s t e . Una ce na br as i l eña . 1827 , Acuar e l a s ob re pape l , 15 ,9 x 21 , 9 .

Co le c c ión MEA , B r as i l .

Los estudios39 de las combinaciones y recombinaciones de las raíces cul turales

aborígenes, africanas, cosmopolitas europeas y norteamericanas presentes en

la composición de las cul turas de Lat inoamérica, no pueden dar entonces como

resultado más que modelos muy diversos e incluso divergentes de hibridación

cul tural , dada la complej idad y diversidad de los procesos his tór icos y sociales

que han generado las cul turas de las diferentes formaciones sociohistóricas en

América Latina. Es justamente esa hibridación la que ha sido tenida como rasgo

esencial de lo latinoamericano aún a pesar de que ya no quede prácticamente

nada sin modificación en las l lamadas cul turas de origen40 ni de que ninguna de

las mismas pueda considerarse en el presente como pura en ningún sent ido.

39 Ve r la comp le ta b ib l iog ra f ía s um i n i s t rada en e l web s i t e cons t r u ido po r NORBERTO RAS : Cr io l l i smo y Moder n idad .Un aná l i s i s f o rma l d e l a id io s i n c ra s ia c r io l la . 40 Po r e jemp lo , para e l a n t r opó logo f rancé s Jacque s L i zo t , q u ien ha e s t ud iado dur an te muc ho t i empo la c u l t u ra de lo s i nd ígenas yanomam i , qu ie ne s hab i ta n en la Amazon ía venezo lana , la c u l t u ra yanomami s e r ía una cu l t u r a des t r u ida . Ve r : HU IZ I , ISAB EL . D ib u jo Yanomami , Ca tá logo , Museo de Be l la s Ar te s de Caracas , 2005 .

43

No obstante, lo que sí parece persis t i r aún es la intolerancia por parte de

quines postulan la existencia de una Cultura considerada como única, la

propia, la de quien emite el discurso o genera el texto cultural, y que intenta

afirmar su superioridad frente a otras cul turas casi siempre percibidas como

amenazantes o inferiores por la Cultura dominante, es decir la de la clase

dominante41 en cualquiera de las formaciones sociohistóricas de la América

Latina. Seguimos viviendo entonces en Latinoamérica en el contexto de

polarizaciones culturales y en medio de las tensiones producidas por la

pretensión hegemónica de una Cultura , de la que son portadoras las eli tes

dominantes y las de las otras cul turas , pretendidamente originarias, o tenidas

como tales por cada uno de los innumerables grupos aborígenes o mest izos que

pueblan el subcontinente.

41 Car lo s Marx e s c r ib ió : La s i d ea s d e l a c la s e dom ina n te s o n la s i d ea s dominan t e s e n c ada época ; o , d i c ho en o t r o s t é rm ino s , l a c la s e q ue e je r c e e l poder “ma te r ia l ” dom inan te en l a s o c iedad e s , a l m i smo t iempo , s u poder “ e sp i r i t ua l ” dominan t e . La c la s e q ue t i en e a s u d i s po s ic ió n l o s med io s pa ra la p r oduc c ió n mat e r ia l d i s pone con e l l o , a l m i smo t i empo , d e l o s med io s pa ra la p roduc c ió n e s p i r i t ua l , l o q ue ha ce q ue s e le s ome tan , a l p rop io t i empo , po r t é rm ino med io , la s id ea s d e qu i en e s c a r ecen de l o s med io s nec e sa r io s pa ra p roduc i r e sp i r i t ua lmen te . La s id ea s dominan te s no s o n o t r a co sa que l a exp r e s ió n id ea l [ e n i deas ] de la s r e lac io n e s ma t e r ia l e s domina n te s , la s m i smas r e la c io n e s ma te r i a l e s dominan t e s conceb ida s como id ea s ; por ta n t o , l a s r e la c io ne s q u e ha cen de u na de te rm inada c la s e , l a c la s e dom inan t e , o s ea , la s id ea s d e s u domina c ió n . C . MARX y F . ENGELS Ob ra s E s cog ida s , T . 1 . Ed i to r ia l P rogre so , Mo s cú , 1973 , pp . 11-44 .

44

F ig . 18 . Boggian i , Gu ido . Jo ven caduvea con e l c uer po p i n tado , ca . 1897 .

Pero todavía en los comienzos del siglo veintiuno, de las estrati fi caciones

cul turales existentes en Latinoamérica permaneces excluidos grandes sectores

de población que siguen estando marginados y sin posibil idad de realizar

intercambios culturales s ignificativos. No hay más que revisar los modelos e

ideales, por ejemplo, de belleza femenina preferidos entre las comunidades

criol las, blancas o mest izas, así como los modelos e ideales de los esti los de

vida, para darse cuenta de lo insigni fi cantes que han resultado los esfuerzos

de las manifestaciones culturales cr iol las o mestizas en el marco del avasal lador

proceso de homogenización cul tural y de estandarización de los gustos, signos ,

símbolos, lenguajes y códigos que cada día intentan reducir la compleja y

vasta divers idad cul tural de América Latina. Pero, a pesar de ello, en la

l lamada cul tura latinoamericana ─ o sea, el conjunto de las diversas cul turas de

los pueblos latinoamericanos ─ se han ido recombinando y organizando

hi stór icamente zonas cul turales según diversos modelos de hibr idación ,

45

caracterizados por mezclas diversas de componentes que colaboran para

mantener una i lusión de diferencias y de especificidades nacionales aunque las

mismas sean cultural y estét icamente cada vez menos s ignificat ivas. Muestra de

ello serían muchas de las actuales cul turas urbanas, configuradas en los

grandes centros urbanos en las capitales de los diversos países

latinoamericanos, por parte de quienes aspiran a definir ident idades propias y

a mantener una i l usión de parti cularidad que, al ser revisada con cierta

profundidad permite ver constantes homogeneizadoras en sus componentes

estructurales actuales.

El criol l ismo renovado que hizo su aparición en Latinoamérica durante las

primeras décadas del siglo veinte y que se entrecruza con las corrientes

modernizadoras en las artes visuales de ese mismo período, produce

expresiones art ís t icas de importancia en las décadas de los veinte, treinta,

cuarenta y cincuenta. Como programa polít ico, cul tural y art ís t ico este

movimiento es también resul tado de una hibridación que aparecerá en las artes

vi suales a través de idiomas plásti cos e imágenes que pueden confundir por

una aparente s imil i tud, en representaciones que emergen de convicciones

profundamente arraigadas en la subjet ividad de aquellos artis tas que han

buscado en las iconografías que incorporan mitos, ideologías, cul tos y

narrativas épicas nacionales y autóctonas de diverso origen. Pero hay que

recordar que no son sólo los indios, mestizos y morenos los que hibridizan su

cul tura, sino también los blancos dominantes que se pretenden, cada día, bien

sea más cosmopol itas o global izados o también más integrados a procesos

sociales reinvidicativos en sus respect ivos países y cul turas nacionales.

Las culturas dominantes, tradicionales, conservadoras y generalmente de un

anacrónico cosmopol it i smo son también, durante la primera mitad del siglo

veinte latinoamericano, objeto de revisiones crí t icas que proponen

transformaciones conceptuales profundas, a través de intentos programáticos

que aspiran vestir ─ enmascarar ─ los lenguajes y las formas de expresión

artís t ica de los mestizos, antes indios o esclavos, con los ropajes de los

discursos de sus anteriores amos y viceversa. Muchos inte lectuales y artistas

latinoamericanos a pesar de que no formaban parte, o no estaban vinculados

46

a las éli tes blancas o el patriciado criol lo, pasan también entonces, en la

primera mitad del siglo veinte, a tener en muchos casos como referentes de sus

obras a las artes de las cul turas cosmopolitas de sus ant iguos amos , clase a la

que estos artis tas supuestamente desafían con sus propias armas estéticas,

pero son también numerosos los art is tas l legan a romper con esas referencias

para acceder a temas, códigos y representaciones consideradas como tabú por

las cul turas blancas dominantes. Muchos de estos últ imos emprenden entonces

procesos de ruptura con el cosmopol i t i smo cul tural para dar cabida en sus

obras a contenidos y formas procedentes de procesos de la implantación de

nuevas ideologías que, a su vez, son resul tado de las diversas iniciat ivas de

modernización y democratización l legadas a América Lat ina de la mano de

nacionalismos fi losóficos y polít icos de principios de este siglo. Se configura

entonces, fundamentalmente en los años que transcurren entre las décadas de

los veinte y los sesenta del siglo veinte latinoamericano, todo un repertorio de

códigos artí st i cos que pasan a operar como recursos en los lenguajes plásticos

en las artes t ipificadas como modernas y contemporáneas que surgen en el

contexto de las cul turas de la modernidad y la contemporaneidad en las

diversas formaciones sociohistóricas latinoamericanas42.

42 Cf . Car ta de Bo l í var a F ranc i s co de Pau la San tande r : Somos e l v i l r e to ño de l e spaño l p r edado r , q ue v ino a Amér i ca pa ra s a ngra r la has ta t r o na r la b la nca y pa ra r ep roduc i r s e con s u s v í c t ima s . Má s t a rde , la de s cend enc ia i l eg í t ima de e s ta s un io nes s e j un tó con lo s d e s cend i en te s de lo s e s c la vo s t r a ído s d e Áf r i ca . Con s eme jan t e mezc la r a c ia l y ta l e s a n tec eden t e s mor a le s , ¿podemos a ca so perm i t i r no s poner a la s le ye s po r enc ima de lo s l íd e r e s y a lo s p r i n c ip io s por enc ima de l o s homb r es ? Tamb ién ve r l as r e f lex io ne s de Oc tav io Paz y Ezequ ie l Mar t íne z E s t r ada , en t r e o t r o s .

47

F i g . 19 . Mar ía Fé l ix e n “ E namorada” de Em i l i o Fe r nández .

Fo t ograf ía de Gabr ie l F igue roa . Méx ic o , 1946

F i g . 20 . To r r es Gar c ía , Joaqu í n . Pa is a j e d e c i udad , 1918 . Ó leo sobr e ca r tó n , 36 x 56 cm .

Co le c c ió n Mus eo Nac io na l de Ar te s V i s ua le s , Mon tev ideo .

48

F i g . 21 . F igar i , Pedro . P er icó n en e l pa t io d e l a e s ta nc ia , c a . 1923 , Ó leo sobre ca r tó n , 70 x 100 cm .

Co le c c ió n Mus eo Nac io na l de Ar te s V i s ua le s , Mon tev ideo .

Es durante este período de la historia de las artes visuales de la América

Latina cuando podemos observar t ratamientos explíci tos no sólo de temas

relevantes de la vida social en los países de los creadores, sino también

contenidos y signos que remi ten a diversas hibridaciones no-americanas,

expresados mediante tratamientos plást icos que aspiran a la modernidad a

través de la incorporación de elementos procedentes de los lenguajes de las

l lamadas vanguardias artíst icas del siglo veinte europeo y ruso.

Esto no es difíc i l de comprender, pues en muchos de los ambientes art íst i cos y

cul turales lat inoamericanos del período se pensaba que el componente

cosmopol i ta, tradicional y conservador, que había contr ibuido al desarrol lo de

los lenguajes plást icos del siglo diecinueve había sido alejado casi

defini t ivamente, y que ahora, a comienzos del veinte, al producirse nuevas

valorizaciones del arte europeo de la modernidad y la ruptura en las que se

incorporaba la presencia de las representaciones de los nacional ismos

europeos, se producían una revisión y nueva conceptualización de lo criol lo

como expresión de lo nacional y lo autóctono. Esto sucedía incluso en las

49

sociedades y culturas donde la presencia aborigen había sido no sólo casi

totalmente exterminada, sino que lo que había sobrevivido de dichas culturas

estaba prácticamente sometido al ostracismo y a la descalificación de la

crí t ica erudita y cosmopol ita. Pero, justamente desde su condición de cul tura

reprimida y por esa misma condición, ciertos contenidos y formas ejercían

notable presión estét ica sobre los art istas. Estos contenidos culturales y

artís t icos reprimidos continuaban pujando por establecer una presencia ya no

soterrada y acuciante, sino una que pronto emergería en la obra de artistas

plást icos de gran vi talidad, a mediados del siglo veinte y en práct icamente

todo el subcont inente.

Una notable ausencia de autoanális is en las artes vi suales de Lat inoamérica

permite constatar la vasta dimensión del vacío al que muchos arti stas,

intelectuales, historiadores y crít i cos de arte de las úl t imas décadas han

dejado s in atención, salvo en casos notables de miradas curiosas e insistentes43

y de creaciones que hasta hoy nos l lenan de estupor maravil lado. Una ul terior

real idad art ís t ica, al tamente individual izada y específica, resul tará no

obstante una manifiesta debi l idad e indefinición de procesos crí t icos y de

estudio rigurosos, de una ausencia polí t icas públicas para el fortalecimiento de

las culturas y las artes en muchos países latinoamericanos, así como de un

atraso técnico relat ivo de las inst ituciones que debían atender los campos de

las artes y la cultura44 ─ fundamentalmente en los ámbitos de la formación

para la investigación, la crí t ica y la histor ia del arte ─ lo que permitió que

durante los periodos l lamados de modernización en Latinoamérica se

enmascarara lo autóctono bajo los valores folk, dando así, muchas veces,

muestra de la gran superficial idad con que se tranquil izaban las conciencias

de muchos intelectuales, art is tas y pol ít icos que se sentían elegidos para

43 Mar ta T raba y Juan Ac ha , s o n do s au to re s c r uc ia le s e n la c r í t i c a y la h i s to r ia de l a r t e e n La t inoamér ica . Con d i f e ren te s pos tu ra s y en d i f e ren te s épocas , ambo s s o n impo r tan te s para cono ce r e l de sa r ro l lo a r t í s t i co la t i noamer ic ano f r e n te a la s co r r i e n te s no r t eamer ica nas y europeas dominan te s . Ve r e l tex to “Do s dé cadas vu l ne rab le s de la s a r t e s p lá s t i ca s la t i noamer i c anas ” de Mar ta T raba , e spec í f i c amen te e l cap í t u lo de la década de la en t r ega y l uego , e n e l l ib ro “ Las c u l t u ra s e s té t i c a s de Amér ica La t i na” de Jua n Acha , conf ron ta r lo que e s t e au to r t i e ne q ue dec i r ace r ca de la i n vas ió n te cno lóg i ca e n t r e 1950-1970 y la abs t rac c ió n . 44 Uno de lo s m i to s más d i f und ido s de la c u l t u ra in s t i t u c io na l la t i noamer i cana e s e l de la f o r ta le za de in s t i t u c io ne s como , po r e jemp lo , lo s museo s de a r te , c uya s co le c c io ne s y de sa r ro l l o ha obedec ido a c r i t e r io s e u ro cén t r i co s y c uya mode r n izac ió n s e ha v i s t o r ezagada dada la poca fo rmac ió n de c uadro s t é cn ico s y ge renc ia le s capace s de emprende r camb io s s u s ta n t i vo s en la s m ismas .

50

proponer en los países lat inoamericanos nuevas ideologías democrát icas y

nacional is tas45. Serán esos sectores inte lectuales y pol ít icos los que al asumir, a

mediados del siglo veinte la responsabi l idad de estimular y promover

inic iativas de reflexión sobre los procesos art íst i cos y culturales en América

Latina, conducirían a la f i jación de más de un estereotipo cul tural vinculado a

ideologías supuestamente democrát icas que trataban de imponer en el

contexto de la Guerra Fría su hegemonía polí t ica en América Latina46.

45 E l e s tud io de la i co nogra f ía en la emb lemát i ca de lo s l lamado s par t ido s democ rá t i co s de Amér ic a Lat i na , e n la s p r ime ra s dé cadas de l s ig lo ve i n t e e s ta rea pend ie n te de la h i s to r ia de la s a r te s v i s ua le s de La t i noamér ica .

46 Ac c ió n Democ rá t i ca en Venezue la y e l APRA en e l Pe r ú s u r g ie ron en la p r ime ra m i tad de l s ig lo XX c omo s upue s ta s i n te rp re tac io nes au tén t i ca s , i ndepend ien te s e inéd i ta s de una rea l i dad i ndoamer i ca na . Se cons ide raban a s í m i smo s con i n s t r umen to s para l le va r a cabo e s t ra teg ia s de l u c ha an t i impe r ia l i s ta s y p rogramas de l u c ha i ndoamer icana . A lguno s par t ido s la t i noamer icano s basar on s u i dear io , o rgan i zac ió n y f o rmas de l u c ha en p l an teamien to s s im i la re s a lo s de l APRA y Acc ió n Democ rá t i c a . A f ina le s de l s ig lo XX , an te la s nue vas f o rmas de expan s ió n de l impe r ia l i smo y la comp le j idad de lo s camb io s s o c iopo l í t i co s e n Amér i ca Lat i na , e ra ev iden te que ta le s concepc io ne s no daban la s r e spue s tas que se ne ce s i t aban y e so s par t ido s s u f r ie ron s e r ia s d i v i s i o ne s r equ i r i e ndo n uevas in t e r pr e tac io ne s de la r ea l idad y r eacomodo s po l í t i co s que re s u l t ar on i ne f i c ace s an t e lo s de sa f ío s de la segunda m i tad de l s ig lo XX la t i noamer ica no . Lo s ob so le to s e n foques de l APRA, s u indoamer i ca n i smo y s u s upue s ta l u cha a n t i imper ia l i s ta , as í como s u e squema de f r en te ún ico de c la se s , s u mé todo de aná l i s i s y e l de s af ío de conf ron tac ió n con e l n uevo mar co e s t ra tég ico de l pode r de lo s E s tado s Un ido s e n e l co n t i nen te han man ten ido tan to a l APRA en e l Pe r ú como Ac c ió n Democ rá t i ca en Vene zue la , p rác t i camen te f ue ra de l j uego po l í t i co de sde hace ca s i una década .

51

F ig . 22 . G i l de Cas t r o , Jo sé . Re t ra t o de S imón Bo l í va r , 1825. Ó leo sobre te la .

Co le c c ión Asamb lea Nac io na l , Caracas .

52

F i g . 23 . G i l de Cas t r o , Jo sé . R e t r a to de S imón Bo l í va r , ca . 1823-24 . Ó leo sobr e te la . Co le c c ión Par t i c u la r . L ima .

F ig . 24 . E sp i no sa , Jo sé Mar ía . S imón Bo l í va r . 1828 . Láp iz s ob re pape l .

Bogo tá

53

Hoy en día, una revisión del criol l i smo como categoría sociopolí t ica, artís t i ca y

estética, debería l levarnos a una autocr í t ica más profunda. La crí t ica severa

del criol l i smo ha tenido representantes i lustres desde Simón Bol ívar47 pero

pareciera que el t iempo no transcurre en la historia de la cul tura y las artes

latinoamericanas y que permaneciéramos, aún hoy, entre dos mundos en pugna:

por una parte el de las apologías de un arcaísmo autóctono y por otra la de un

Occidente cosmopoli ta y modernizante , propuesto hoy como global ización, cuyos

embajadores creen poseer las claves de la superioridad estética absoluta.

Vemos entonces cómo se suceden las generaciones lat inoamericanas de artis tas

y constatar que sobreviven en eterna coexistencia los mismos grupos-tipo, con

las mismas posiciones y roles, postulando nuevos ropajes para los mismos

valores y modelos cr ít icos, en una casi permanente e invariable estructura de

tendencias y posturas artíst icas que continúan ejerciendo su hegemonía bajo

diversas formas. Es doloroso ver que hoy esa clase intelectual y pol ít ica que se

pretende aún hegemónica sigue sosteniendo y promoviendo sin variación

valores, rasgos y pulsiones estét icas consideradas como de mayor jerarquía

que las otras , las de los demás , y esto ha sucedido de manera constante a lo

largo de sucesivas etapas histór icas. Es así como se ofrecen s in mayor

indagación, discursos “crít icos” sobre imágenes y representaciones de una

supuesta vi sualidad latinoamericana que se supone original y propia , por parte

de quienes enmascaran y disfrazan de racional idad, modernidad y civi l ización

posturas radicalmente conservadoras y a aún racistas en materia artís t ica. Se

nos ofrecen entonces discursos supuestamente crít icos que se valen de los

aportes formales de los discursos de la crí t ica contemporánea de las artes, que

proponen como tradic ionales, nacionales, puras, autóctonas manifestaciones

estéticas que son incluso concebidas y propuestas como verdaderas, y que no

son otra cosa que retardados ejercic ios de mimesis derivados de las artes

cosmopol i tas europeas y norteamericanas. Entre ambos extremos y ambos

mundos de imágenes y visualidades es posible ver que hay miríadas de

enclaves o nichos art ís t icos así como de artis tas que proponen dist intas

hibridaciones artíst icas , más allá de los rostros y máscaras de los mundos puros

o de los estereotipos del mest izaje art íst ico. Trátese de los que proponen

47 Cf . I n f o rme sobre De sa r ro l l o Humano , UNDP , 2000 . Lo s IDH re s u l tan de un cá l c u lo i n t egrado de ta sa s de lo ngev idad , ma t r i c u la c ió n en in s t i t u c io nes ed ucat i va s y n i ve l de v ida .

54

ficciones de contemporaneidad o de los que se postulan como los representantes

de las ficciones de lo príst ino originario, están los que pretenden y han

pretendido siempre desbarbarizar y c ivi l izar al otro, mientras que ese otro

pretende resguardar a toda costa lo que atesora como verdadero , valioso y

autóctono , en suma, lo originario puro . Es en este contexto que las minorías

modernizantes y democráticas de mediados del s iglo veinte artí st ico

latinoamericano asumen un criol l i smo renovado como programa de ensayo,

para operar como disfraz y simulacro a efectos de integrar y civi l izar a las

cul turas bárbaras mediante un proceso de reconversión cultural destinado a

inscr ib ir las cul turas y las artes latinoamericanas en el contexto mundial a

través de la lo que en las ciencias sociales del funcional ismo de mediados siglo

veinte norteamericano concebía como modernización y democratización de los

gustos y las prácticas art ís t icas en el contexto de la posguerra y la Guerra

Fría.

El cr iol l ismo renovado del siglo veinte latinoamericano se vale entonces, una

vez mas, de las representaciones y la iconografía de las masas mestizas así

como de sus mitos heroicos, tales como los que se condensan en la figuras del

j inete-caudil lo : el l lanero venezolano, gaucho argent ino, charro mexicano o en

la f igura múltiple y pol isémica de la hembra-virgen-madre-prosti tuta para

producir los torrentes de imágenes que inundaron la cultura de masas del siglo

veinte, primero en las pantallas del cine “lat inoamericano” ─ argent ino y

mexicano pero también el de Hol lywood ─ de los años cuarenta y luego en las

radionovelas inspiradas en el comic para adultos48 que pasarían después a la

48 La s rad ionove la s y te le nove la s mex icanas basadas en las h i s t o r ia s de Car idad B ravo Adams , mex ica na que re s id ió y labo ró en Cuba d u ran te décadas , t uv ie ron u n e spac io p r i v i leg iado en La nove la de l a i r e , a t ravé s de la s em iso ra s habane ra s RHC Cadena Azu l y CMQ Rad io a lo l ar go de 17 año s . L a t rad ic ió n mex icana en e s te campo es no tab le y la s p roducc io ne s de e s te pa ís i n undaron de la l lamada f o t o nove la a l o s demás paí s e s la t i noamer i cano s de hab la h i spana . Una de la s f uen te s impo r ta n te s de la s te lenove las mex ica nas f ue ron las h i s to r ie ta s o com i c s , e n e spec ia l aque l lo s a rgumen to s l le vado s a l pape l po r Yo landa Vargas Du lc he de sde la década de l 40 , c ua ndo s e e s t re na en la te le v i s i ó n mex i ca na . De sde 1968 , pasa ron a la te le nove la p ro ceden te s de la h i s to r ie ta p roducc io ne s como E l r ub í , co n 160 cap í tu lo s t ransm i t ido s y que s upe ró la aud ienc ia de muc ho s p rogramas e s t e la re s y o t ra s como Lad ronzue la , que ya hab ía t rans i t ado po r e l c ine en 1949 y que en 1966 f ue l l e vada a la te le nove la . Ve r : BORRAT , HÉCTOR . Des ar ro l l o y t endenc ia s d e l a s ind us t r ia s c u l t u r a le s en Amér ica La t i na y E u r opa Ib é r i ca : E spa c io s p úb l i co s , e s ta ta l e s y p r i vados . Cu l t u ra y comun i cac ió n s o c ia l : Amé r i c a La t i na y E u ropa Ibé r ica . I I I E ncuen t r o Ibe roamer i ca no de In ve s t igado re s de Comun icac ió n . Cen t r o de I n ve s t igac iones de la Comun i cac ió n . Ba r ce lo na , Un i ve r s idad Au tónoma , 1994 ; GET INO , OCTAV IO . La s i ndus t r i a s c u l t u r a l e s y e l Mer co s u r . Rev i s t a Of i c io s Te r r es t re s , Año 1 , Número 2 . ( s . l . ) . La P la ta . Fac u l tad de Pe r iod i smo y Comun i cac ió n So c ia l . Un i ve r s idad Nac io na l , 1996 . (pp .12 a 17 ) ; COSTA , CR IST IANE . Eu comp ro e s s a mu j e r . Romance e con s umo na s Te l eno ve la s b r as i le i r a s e mex i cana s . R io Ja ne i r o , Jo rge Zahe r Ed i t o r L tda . , 2000 .

55

telenovela latinoamericana de los cincuenta y sesenta. Muchos de esos t ipos

criol los que protagonizaron la cul tura de masas latinoamericana de la segunda

mitad del siglo veinte sería reivindicados desde y con los códigos art ís t icos de

un otro que ya histór ica y socialmente estaba perdido para siempre, pero que

no obstante parecía haberse conservado en estado de hibernación para

retornar en formas, retóricas y códigos de los que ahora se apropiaban

quienes secularmente habían negado valor a las fuentes que los generaron y

continuaban negando al miméticamente apropiarse de ellos a mediados del

siglo veinte.

Es aquí donde las relaciones entre modernización e inserción en mercados

cul turales más ampl ios obligarán a quienes promueven, coleccionan, producen y

difunden, venden o compran, investigan o hacen historia de artes vi suales y de

la imagen en general, a reformular conceptos, formatos, lenguajes, lecturas,

soportes y, sobre todo, programas. Será entonces a través de diversas

4 2 La er a moder na nace con la no c ió n de s ub je t i v idad c omo pr in c ip io c ons t r uc t i vo de la to ta l idad . No obs tan te , la s ub je t i v idad e s un e f ec to de lo s d i s c u r s o s o t ex to s e n lo s que e s tamo s s i t uado s . A l hace r se ca rgo de lo an te r io r , s e puede en tende r po r qué e l mundo pos tmoder no s e ca rac te r i za po r una mu l t ip l i c idad de j u ego s d e l e ngua j e que comp i t e n en t r e s í , pe ro de lo s que n i nguno puede re c lamar la l eg i t im idad de f i n i t i va de s u f o rma de mo s t ra r e l mundo . Con la de s leg i t imac ió n de la rac io na l idad t o ta l i zado ra p ro cede lo que ha ven ido en l lamar se e l f in d e la h i s to r ia . La po s tmoder n idad r e ve la que la r a zón ha s ido só lo una nar rat iva más en t r e o t ra s en la h i s to r ia ; u na g ran nar ra t i va , s i n duda , pe ro una de tan tas . E s tamo s en p re s enc ia de la mue r te de lo s me ta r r e la t o s , en lo s que la razón y s u s u je t o –c omo de ten tado r de la un idad y la t o t a l idad– e s ta l lan . S i s e mi ra con más de ten im ien to , s e t r a ta de un mov im ien t o de decons t r uc c ió n de l cog i to c ar te s iano y de la s u t op ías de un idad . Aqu í debe s ubrayar se e l i r r educ ib le ca rác te r lo ca l de t odo d i s c u r so , lo que no s in s t a la a l margen de l d i s c u r so de la t rad ic ió n ar t í s t i ca y e s té t i ca o c c ide n ta l . Ta l ve z de ah í provenga la v i t a l idad de lo s e ngendro s de lo s d i s c u r so s ar t í s t i co s pe r i f é r i c o s . S ub s i s t ie ron , no obs tan te en La t inoamér i ca , e nc la ve s de cu l t u ra co smopo l i ta e n todo e l co n t i nen te , que ba jo e l r opa je de l a s vanguard ia s a s um ió paradó j i camen te , la conse r vac ió n de lo s l ide razgo s ar t í s t i co s y c u l t u ra le s o c c iden ta le s t r ad i c io na le s . E s ta s po lém i ca s , d i s c u s io ne s y d ia t r iba s l le na ron toda la p r ime ra m i tad la h i s to r ia i n te le c t ua l y c u l t u ra l de l s ig lo XX la t inoamer ica no y aún con t i n úan , po r lo que e s bueno re cordar que : En una cu l t u r a en un momen to dado , nunca hay má s de una s o la épi s témè , q u e def i n e la s cond ic io ne s d e po s ib i l idad de todo saber . Sea e l q ue s e man i f i e s t a en una teo r ía o aque l q ue e s tá s i le n c io s amen t e env ue l to en una p rá c t i ca . Ve r : FOUCAULT , M ICHEL , La s pa lab ras y la s co sa s , Ga l l imard , Par í s , 1966 , p . 179 .

4 3 I n c l u so la l lamada “Doc t r i na Monroe” con t ie ne e leme n to s de e s t e s e n t im ien t o a n t iex t r an je ro . Fo rmu lada po r James Monroe , p re s iden te de lo s E s tado s Un ido s duran te do s per íodo s conse cu t i vo s (1817-1820-1821-1824 ) , e n s u d i s c u r so de i naugurac i ó n de la s s e s io ne s de l Co ngre so de 1823 , expus o la te s i s de lo que s e conoce r ía como “Doc t r i na Monr oe” , en r e lac ió n a la no - co lo n i zac ió n . E sa doc t r i na expre saba que lo s con t i nen te s ame r i ca no s e n lo s uce s i vo no deb ía n s e r cons ide rados c omo s u je to s de n inguna c o lo n izac ió n f u tu r a po r n i ng una po tenc ia e uropea . L a c ons e cuen c ia más impor ta n te de d ic ha doc t r i na f ue la c reac ió n de la t eor ía d e la s do s e s f e ras y de a l l í q ue se hable de la doc t r ina Monroe como de la doc t r i na de “Amér ica para lo s ame r i ca nos ” que imp l i ca la noc ió n de “Amér i ca para lo s no r tame r ica no s ” que e s como se au todenominan lo s e s tadoun idense s .

4 5 La s t eor izac io ne s s obr e la s r e la c io ne s cen t r o -pe r i f e r ia s e r emon tan po r l o meno s a Werne r Sombar t (Der moder ne Kap i t a l i smus , 1902 ) , s i no es a Marx ( la s r e la c io ne s c i udad/campo ) y f ue u t i l i zada tamb ié n po r l o s t eór ico s de l impe r ia l i smo ( Ro s a Luxemburgo , Boukhar i ne ) , a s í como tamb ién po r lo s e conomi s ta s de la s de s igua ldade s de de sa r ro l lo , q ue f ue ron qu ie ne s l e d ie ron s u f o rma con tempo ránea (Sami r Ami n , L e d éve loppemen t i n éga l , 1973 ) . A l a in Re ynaud de sa r ro l l ó l a no c ió n en geograf ía (Soc ié t é , e spa ce e t j u s t i c e , 1981 ) .

56

operaciones de apropiación que la nueva industria cultural lat inoamericana de

mediados del siglo veinte l legará a produci r y distribuir la inmensa cantidad

de repertorios de signos, códigos y retóricas que le permitieron crear

iconografías, discursos y narrativas susceptibles de ser uti l izadas con

propósi tos instrumentales y como emblemas en las luchas por la hegemonía

cul tural l levadas a cabo por las nuevas él ites democrát icas de la posguerra y

la Guerra Fría, que expresaban la férrea voluntad del patr iciado crio l lo de

incorporarse definit ivamente a la modernidad y a los mercados mundiales de

intercambios culturales. Solo que ahora el trabajo sucio de la polí t i ca había

sido delegado en nuevos mercenarios de las élites criol las para hacer efectiva

su voluntad de no rendirse nunca y no perder terreno ni poder aún ante nuevas

y más fuertes presiones sociales. Es entonces cuando esas nuevas el i tes criol las

modernizadas real izan nuevas apropiaciones cul turales y art ís t icas , mediante el

mecenazgo a artistas di spuestos a realizar nuevas recodificaciones,

transcodificaciones y reacomodos de elementos y valores art ís t i cos, ajustados y

acondicionados a los nuevos programas pol ít ico-económicos vestidos ahora con

ropajes democrát icos como resultado de las exigencias, tensiones y relaciones

internacionales producto de la Guerra Fría y de la ideología del

panamericanismo49.

Hemos vi sto como ya para los inicios de los movimientos independenti stas de la

América hispanizada existían grandes diferencias cul turales y resentimientos

entre clases sociales y pueblos, así como sent imientos anticosmopol itas

profundos, que se habían depositado en el seno de las c lases ubicadas en los

estratos inferiores de las sociedades latinoamericanas. No obstante la

distancia cul tural que durante siglos separó a los comerciantes criol los (a los

4 5 E l panamer ican i smo de f i e nde la po s tu r a “panamer ica na” de sde lo que Jo sé En r iq ue Rodó l lamó "no rdoman ía” . E l panamer ica n i s mo c uen ta con u na dec la r ac ió n púb l i ca , o f i c ia l y s o lemne e n la do c t r i na de Monroe . Lo s e n foque s de l panamer ican i smo pa r te n de do s p r i n c ip io s que cons ide ra in con t r o ver t ib le s : a ) que la concepc ió n ca tó l i c a e h i spán ica e s u na c onc epc ió n med ieva l f raca sada y s uperada en la h i s t o r ia y b ) que la concepc ió n sa jo na y p ro te s tan te c ons t i t uye e l ne r v io de l por ven i r ame r icano . Po r e l lo , e l panamer ican i smo p re tende la ag lu t i nac ió n de Amér i ca y s u u n i f i cac ió n po l í t i ca y c u l t u ra l con a r reg lo a la s no rmas e in s t i t u c io ne s de l p ueb lo no r t eamer icano y con d i c ho f i n , l o s gob ie r no s de lo s E s tado s Un ido s han segu ido la s po l í t i ca s l lamadas de l " b ig s t i k " ( Teodo ro Roo s ve l t ) y la s de la “ay uda” e conóm ica y té cn i ca ( “A l ianza para e l P rogre so ” e “ I n i c ia t iva para la s Amér i cas ” ) a s í c omo e l apoyo a la c reac ió n y per fe c c io nam ie n to de la Organ i zac ió n de lo s E s tado s Amer i cano s (OEA) . I n c lu so e l l lamado “P lan Co lomb ia” puede i n c l u i r s e den t ro de la s i n i c ia t i va s que res u l ta n de es te enfoque . Ve r : ATK INS G. POPE , ed . Th e Un i t ed S t a te s a nd La t i n Amer i ca : R edef in i ng U .S . p u rpo s e s in t h e Po s t - Co ld War E ra , 1992 . Un i ve r s i t y o f Texas P re s s , Au s t i n . p .1 .

57

indianos como se les denominaba en España) de sus socios metropoli tanos, los

vínculos de clase serían reconstruidos luego de las guerras de independencia

en el periodo republ icano y así se fortalecerían aún más las redes de vínculos

económicos, culturales y artíst i cos de América Latina con el Viejo Mundo, pero

ahora la hegemonía cultural de Estados Unidos, e l gran vencedor de la

Segunda Guerra mundial, se hacía sent ir con mucha más fuerza en el Caribe y

Latinoamérica en la segunda mitad del siglo XX. Ahora los esquemas de

relaciones se modificarían y la hegemonía norteamericana en el mundo de la

Guerra Fría superaría el alcance de las influencias europeas en la Cultura

hegemónica dominante en América Lat ina .

F ig . 25 . Love ra , J ua n . F i rma de l Ac t a de la I nd ependenc ia e l 5 de j u l io de 1811 . 1838 , Ó leo sobre te la .

Co le c c ió n Museo Caracas , Ca racas .

La histor ia cultural y art íst ica de América Lat ina está hecha entonces de una

acumulación de diferencias profundas, primero con Europa y luego con los

Estados Unidos y esto ha sido así aun para las éli tes que se han pretendido

cosmopol i tas. Esas diferencias reventaron primero en ese gran cisma cul tural

que fueron las guerras de independencia en la América hispanizada y que

tuvieron como consecuencia cul tural complejos procesos de desprendimiento de

58

los centros europeos de poder cultural y que contribuyeron a abrir en

Latinoamérica una brecha de sentimientos de repudio general izado a la cul tura

española ─ europea y cosmopoli ta , en general ─ por parte de sectores

importantes de una intelectualidad criol la de muchos países latinoamericanos50

que se pretendía americana por encima de todo. Tras las revoluciones

independentistas, algunos de los blancos criol los pasaron a reivindicar

actitudes y mentalidades postuladas por numerosos mest izos y morenos y los

resentimientos y heridas cul turales l legarían a profundizarse hasta l ímites de

mutua into lerancia entre c lases con opuestas visiones del mundo, debido a las

secuelas de una dominación cultural y polí t ica excluyente y despiadada no sólo

por parte de los españoles metropol i tanos, sino sobre todo por parte de las

éli tes de los blancos criol los republicanos que pasaron a ser los dueños de

América .

Un importante componente de las cul turas republicanas de la América Latina

de la segunda mitad del siglo XIX y aún en los in ic ios del XX, fue entonces e l

resentimiento. La reconstrucción intelectual y cul tural de la América

post independentis ta, el papel del odio antiespañol ─ y antiextranjero, en

general ─ no ha sido visto sino benévolamente. Este sentimiento había venido

recorr iendo desde los in icios de los procesos de conquista extensas regiones

del subcontinente latinoamericano y aumentó y se consolidó con los procesos de

independencia, lo que haría muy difíci l su posterior erradicación por parte de

quienes habían sido los primeros en promoverlo y ut i l izarlo como motivación

para la guerra. Ese sentimiento antiespañol, que sin duda es uno de los

factores que estuvo en la base de las rebeliones independent istas, pasó luego

a formar parte del conjunto de rasgos dist intivos compart idos por los

latinoamericanos blancos, morenos y mestizos y se encontrará presente en las

diversas configuraciones culturales denominadas americanistas , indigenistas y

criol l l i stas. Ese mismo sentimiento pasará también por diversos períodos y ciclos

4 8 La f r o n t er a es p ro c lamada , tamb ié n , como garan t ía de l de re cho de p rop iedad -«e s to e s m ío , e s to e s t uyo» - de re cho que se mar ca en f o rma de pue r ta s , bar r er as , ce r radura s y ca r te le s o rdenando «P roh ib ido pasar » . La f ro n t e ra f i ja lo s l ím i te s de ha s ta dónde se puede l l egar , lo « to le rado» y «admi t ido» , lo s n i ve le s e s tamen ta r io s de la d i f e renc ia en q ue se f unda toda dom inac ió n y dependenc ia , po r donde pasan tamb ié n la s de s igua ldade s que f undan l as d i f e renc ia s y la s i n j u s t i c ia s de la s c ua le s Amér i ca La t i na o f re ce tan to s e jemp lo s . F r on t e ra s e conómi cas y de s ubde sa r ro l lo , f r o n t e ra s s o c ia le s y ps ico lóg i cas , l i ng ü í s t i ca s , é t n ica s y c u l t u ra le s , en t r e mayo r ías domina n te s y m inor ía s s i n po s ib i l idad de expre sa r se , p ro l i f e ran en un con t i nen te mar cado po r s u d i ve r s idad y po r la s des igua ldade s que l as agud izan ha s ta e l l ím i te de lo i n s opo r tab le . Ver: MAÑACH , JORGE , Teo r ía d e l a f r on t e ra , Ed i to r ia l Un i ve r s i t a r ia de Pue r t o R ico , San J ua n , 1970 , p . 55 .

59

de adormecimiento y recrudecimiento y es así como lo veremos aparecer y

desparecer para nuevamente resurgir en la dinámica cul tural de América

Latina, desde el Río Grande hasta la Patagonia, en sus diversas

manifestaciones, durante todo el siglo veinte, aunque sus manifestaciones no

hayan dejado de estar presentes como fenómeno local izado en los estamentos

más bajos de las sociedades locales a lo largo de la histor ia cultural

latinoamericana. Es este uno de los componentes cul turales que pasan a ser

rasgos susceptibles de definirse como t ípicos de las culturas latinoamericanas.

Para fines del s iglo diecinueve, comienza a percibirse como algo unitario y

característ i co de ese conjunto cul tural complejo denominado Latinoamérica y

con un cambio en su objeto y contenido se verá reforzado por las ideologías

democráticas modernas de la segunda mitad del siglo veinte, tales como el

panamericanismo51 (en sentido de postular que lo español era medieval , caduco

y superado por la historia) y su contraparte el indoamericanismo que postulaba

la oposición a la nordomanía , como lo expresara José Enrique Rodó52. El

sentimiento antiespañol se verá sust ituido entonces por el sentimiento

antinorteamericano en el esquema de relaciones cul turales que resul ta del

triunfo de los Estados Unidos en la Segunda Guerra mundial y ocupará con

facil idad el mismo nicho de sentimiento antiextranjero construido desde hacía

varios siglos.

Pareciera, entonces, que Latinoamérica se ent iende y percibe a sí misma como

diversa, a la vez que se define como unidad plural demarcada y dividida al

mismo tiempo por fronteras cul turales que en un principio van a corresponder

forzadamente con las fronteras entre lo metropol i tano europeo y lo americano,

para luego deslindar lo norteamericano de lo latinoamericano. Estos desl indes

49 Ver : ARCAYA , P EDRO MANUEL . E s t ud io s de so c io log ía venezo la na . Caracas : Ed i to r i a l Cec i l i o Aco s ta , 1941 ; CARRERA DAMAS , GERMÁN . La c r i s i s de la s o c ie dad co lo n ia l venezo lana . Ca racas : Gobe rnac ió n de l D i s t r i to Fede ra l , 1976 ; IRAZÁBAL , CARLOS . Venezue la , e s c lava y f euda l . Caracas : A teneo de Caracas , 1980 ; PARDO, ISAAC J . E s ta t i e r ra de gr ac ia . 5 ª ed . Caracas : Mon te Áv i la , 1986 ; S ISO , CARLOS . La fo rmac ió n de l pueblo vene zo la no : e s tud io s s o c io lóg i co s . 6 ª ed . Madr id : P ub l i cado po r e l E s c r i t o r io S i s o , 1982 ; VALL EN IL LA LANZ , LAUREANO. Ce sa r i smo democ rá t i co . 5 ª ed . Caracas : Un i ve r s idad San ta Mar ía , 1984 , BR ITO F IGUEROA , FEDER ICO. « La e s t r uc tu ra soc ia l y demográf i ca de Venezue la co lo n ia l» . EN : Rev i s ta de H is to r ia . Caracas , núm . 7 -8 , abr i l -ago s to , 1961 ; L EAL , I LDEFONSO. « La ar i s t o c r ac ia c r io l la y e l cód igo negre ro de 1789» . EN : Rev i s ta de H is to r ia . Caracas , n úm . 6 , e ne ro , 1961 ; MAZA ZABALA , DOMINGO FEL IP E . «Mes t i za je y e s t ra t i f i c ac ió n de c la se s e n Venezue la (1780-1830 ) . EN : Rev i s ta Un ive r s i ta r ia de H is to r ia . Caracas , núm . 6 , s ep t iembre -d ic iembre , 1983 . 4 8 RODÓ, JOSÉ ENR IQUE . Ar i e l . En Ob ra s comp le t a s . Ed i to r ia l Agu i la r , 1957 .

60

luego serán susti tuidos efectivamente por las fronteras polít icas nacionales , que

más tarde se desdibujarán cul turalmente en un complejo mapa aún por

cartografiar, l leno de hibridaciones y mezclas que a inicios del s iglo veintiuno

aún resulta harto dificul toso esbozar.

61

2. Centros, peri ferias y fronteras

F i g . 26 . «P la n ta d e l a C i udad de Ca r tagena de l a s Ynd ia s . . .» c o n s u f o r t i f i cac ió n o c er ca q ue se p royec ta . E s ca la de 2 .000 p ie s lo s 105 mm , 18 de abr i l de 1594 . San Fe l ipe de Po r t obe lo , Manus c r i to co lo reado ,

416 x 592 mm. Ar c h i vo Gene ra l de I nd ia s , Sev i l la .

F ig . 27 . «P la n ta exec u t ada po r J uan Ramón sob r e la f o rma de f o r t i f i ca r a L ima» . E s ca la de 90 va ra s l o s 165 mm . , Cop ia de F ra nc i s co Dom ingo Be lba le t s egún o r ig ina l , Manus c r i t o co lo reado , 565 x 820 mm .

Ar ch ivo Gene ra l de I nd ia s , S ev i l la

62

Dentro de los modelos conceptuales apl icados al estudio de las relaciones

imperiales en general y en particular a las de España y América, es el de

centro/perifer ia el que con preferencia se ha usado para interpretar los

efectos del dominio imperial español en el Nuevo Mundo. Dicho modelo no ha

resultado de mucha ayuda para el estudio de los espacios y fenómenos

cul turales y mucho menos para el de los fenómenos artíst icos latinoamericanos,

salvo para constatar que, por ejemplo, en las primeras crónicas o en los

primeros poemas épicos americanos quienes escribían, narraban, dibujaban o

pintaban partían, sin duda, de una concepción del espacio que obedecía a la

lógica de expansión polí t ico-administrativa del imperio español . No obstante,

no resul ta forzado tomar la información espacial contenida en esas obras y

propuesta como geografía , como metáforas út i les a la hora de contrastarlas

con las configuraciones art íst icas y cul turales, e incluso con las polí t ico-

administrat ivas e insti tucionales edificadas por España en unos espacios

americanos vistos desde un poder central imperial que, en muchos casos, no

sólo no había visto e l Nuevo Mundo con sus propios ojos, s ino, sobre todo, que

este era figurado por quienes pensaban que ese mundo nuevo exist ía

únicamente como espacio cifrado, como mapa, es decir, como imagen.

Por otra parte y del lado de los pueblos conquistados, el Nuevo Mundo

tampoco existía como tal, ni a sus ojos ni en sus mentes se ofrecía tal concepto.

Durante los primeros años de la conquista y la hispanización, salvo en la vis ión

concreta del horror de la guerra y la crueldad de los funcionarios y del

ejercic io dominante de los conquistadores, la noción de un mundo nuevo nacía

para los americanos de las cenizas de su mundo antiguo. Sólo paulatinamente

esa extraña noción irá tomando forma y haciéndose realidad en la conciencia

de los conquistados, para l legar a ser en sus discursos algo propio: imagen con

precisiones y atributos formales reclamada como propia. Pero el lo sólo

ocurrir ía luego de un período relativamente largo de transculturación y

configuración de una cul tura hibridizada, edificada a partir de cul turas parcial

o totalmente destruidas, en las que ese icono remoto y desconocido, ese

signif icante “América”, l legaba a ser de alguna manera imaginado y visto por

63

los ojos de artis tas de las tempranas percepciones latinoamericanas, las de los

primeros t iempos de la conquista e hispanización53.

Podemos entonces darnos cuenta que la metáfora geométrica del centro y la

periferia , usada tan frecuentemente para describir la oposición entre dos t ipos

de lugares en un determinado sistema espacial, era para los habitantes del

Nuevo Mundo una imagen imprecisa: era la metáfora construida por el que

domina y saca provecho de su dominio, es decir la imagen del que ocupa el

centro es la del gobernante y la del lugar de los que sufrían el domino de un

gobernante nunca visto era el del otro , localizado en una posición ul tramarina

y periférica54. Por lo tanto, tal metáfora no podía dar cuenta a los ojos de los

53 En Méx ico , l o s e nca rgado s de e labo ra r lo s manus c r i to s cono c ido s como cód ic e s e r an d ib u jan te s y p i n to re s con ex tenso s cono c im ien to s de s u pr op ia le ngua , e l náhua t l . Pod ían s e r hombre s o mu je re s de cua lqu ie r c la se s o c ia l q ue se e s cog ían de sde muy jó vene s y s e le s in s t r u ía en s u l e ng ua y en e l sabe r de s u época y po s te r io rmen te s e e spec ia l i zaban en a lg ún t ema . Una vez p reparado s pasaban a f ormar par te de una c la se s o c ia l s upe r io r y te n ían q ue ded icar se a t i empo comp le to a e s ta s ac t i v i dade s . Se le s l lamaba t l a c u i lo s , té rm ino que p ro cede de l ver bo náhua t l t la cu i l oa , que s ig n i f i c a que e s c r ib i r p i n tando . S u s e s c r i to s e ran anón imo s pue s no f i rmaban n i i nd i caban s u s nomb re s , s u producc ión pe r t ene c í a a la c o le c t i v idad . E l pape l de lo s t la cu i l o s e ra muy impo r ta n te ya que te n ían la f unc ió n de pe rpe t uar e l s abe r . De acuerdo con s u e spec ia l idad , s e l e s de s t i naba a lo s cen t r o s r e l ig io so s , e conómico s o c i v i le s que ne ce s i t aban s u s s e r v ic i o s , como temp lo s , t r ibu na le s , cas as de t r ibu to , me r cado s y pa lac io s , e n t r e o t r o s . E l t la c u i lo r e s id ía en e sa s in s t i t u c io ne s , r ea l izaba lo s cód i c e s e spec ia l i zado s en s u p rop ia ma te r ia y e s taba enca rgado de es tab le ce r y lee r s egún s u s a t r ibuc io ne s y car go s . Lo s manus c r i to s s e guardaban en l ugare s l lamado s amoxca l l i de amox t l i , que s ign i f i c a " l ib ro " y ca l l i " ca sa" en le ngua náhua t l . L a po ses ión y mane jo de lo s c ód i ce s por la c la se d i r igen te , s e ñor e s y sacerdo te s , a seguraba la conse r vac ió n y e l co n t r o l exc l u s i vo de t odo saber . S in embargo , a unque so lamen te l o s t l a cu i l o s e s c r ib ía n cód ice s , ex i s t ían muchas pe r sonas que pod ían lee r lo s , como lo s eg resado s de las e s cue la s s upe r io re s , la buro c rac ia e s ta ta l y aun l a gen te de l pueb lo cono c ía s u f ic i e n te s s igno s e n la s i n s c r ip c io ne s de lo s f r i s o s de lo s ed i f i c i o s púb l i co s para d i f e renc ia r lo s , iden t i f i caban s i n d i f i c u l t ad lo s nombre s de lo s d io se s , lo s núme ro s , d ía s , me ses y año s de s u ca le ndar io a s í como o t r o s s ignos . Ver : SAHAGÚN , FRAY B ERNARDINO DE , H i s t o r ia Gene ra l de la s Co sa s de la Nueva E s paña , Méx i co , 1956 . 2 Para la m i t o log ía s ó lo hay f r on t e ra en t r e la v ida y la mue r t e F ron te ra e s l ím i te , y a que s i no hay l ím i te s ¿qu ié n e s e l o t r o ? , O , me jo r aún , ¿dónde se ub ica e se o t r o ? , ya que s i n é l jamás podremos sabe r qu ie ne s s omos . J uego e specu la r en e l que de s cub r imo s las iden t idade s , e n e l q ue uno s e ve a s í m i smo en e l ho r ro r a l ex t r a ño . La Mode rn idad , an c lando s u s r a í ce s e n p le no Med ioevo , hab ía a r t i c u lado e l co ncepto de E s tado sobre una n ueva rea l idad ex t r aña a lo s an t ig uo s : la f r o n te ra t e r r i t o r ia l e n t r e e s tado s . E l nac io na l i smo románt i co te rm ina va lo rando más e l s ue lo que lo s hombre s . E l s ue lo s e hace sagrado y de cada es tado se hace un s an t uar io de la s d i v i n idade s pa t r ia s , u n au tén t i co " campo san to " donde lo s mue r to s ( s u t umba – te r r i to r ia l izac ió n de la mue r t e - ) r e c rean la f u nc ió n mán t i c a de la pa t r ia ( " s o la r pa t r io " ) . De nuevo m i to e specu la r e n t r e la c i udad y e l c ampo , la c i udad e s e l l ugar de lo s hombre s (zoom po ly t i com ) , e l o t r o , e l campo e s e l lugar de la gue r ra , y pe r te ne ce a Mar te –Campo de Mar te- , donde la ba ta l la s e ad je t i va como " campa l" po r pura ex ige nc ia s emánt i ca . Nac ió n y t e r r i t o r io pasan a se r e n tonce s una m isma co sa f r u to de u na nueva conc ie nc ia de la na t u ra le za ( "Na t io " ) : e s f u s i ón de l hombre c on e l s ue lo . Ve r : Fe r nando Ol iva n “U l i s e s y la f r o n te ra . Re f lex io nes s ob re la f unc ió n e s pecu la r de un m i to ” e n NOMADAS .7 , R EV ISTA CR IT ICA DE C IENCIAS SOC IAL ES Y JUR ID ICAS , I SSN 1578-6730 . Un i ve r s idad Comp lu t e nse , Madr id , 2006. 3 Ve r : MAYZ VALL EN IL LA , ERNES TO, E l p r ob l ema de Amér i ca ( 1959 ) una de s u s impo r tan te s con t r ibuc io nes a l p rob lema de l “ s e r ” la t i noame r icano de sde una o r i g i na l pe r spec t i va ex i s t enc ia l y on t o lóg ica . 4 KANT , ENMAMUEL , Cr í t i ca d e l j u i c i o (Kr i t i k d e r Ur te i l s k ra f t , 1790 ) Madr id , E spasa Ca lpe , 1977 . 5 Ve r : FOUCAULT , M ICHEL , Lo s a no rma le s . FCE . B ueno s A i r e s . 2000 , p .115 , tamb ién V ig i l a r y ca s t iga r , S ig lo XX I Ed i t o r e s . B ueno s A i r e s , 1997 .

6 La pa labra abo r igen de s ig na a lo s pob lado re s o r ig ina le s de la t i e r ra donde v i ven . E t imo lóg icamen te s e r e f ie r e a a lgo o a lg u ie n s i n o r igen , lo c ua l r e s u l ta c on t rad ic to r io . Una mane ra más co r re c ta de denomina r a lo s pob lado re s o r ig i na le s s e r ía con e l t é rm i no na t ivo . E n la pa labra abo r igen e l pr ef i jo ab debe en tende r se como des de , e n opo s ic i ó n a ad que s ign i f i ca ha c ia . Po r l o tan to , abo r igen qu ie re dec i r desde e l o r igen . Se ha e s tab le c i do que e l hombre amer icano t ie ne una a n t ig üedad no in fe r io r a lo s 15 m i l año s y que s u o r igen e s p l u ra l : A s ia , Po l ine s ia , q u i zá s Áf r i c a . S u s c u l t u ra s p r im i t i va s e s tuv ie ron l im i tadas po r e l de s cono c im ien to de

64

lo s an ima les de t i r o y s i l la , de la r ueda y de lo s ce rea les pan i f i cab le s . E l hombre ame r icano u s ó de la p ied ra ta l l ada y p u l ida , la ob s id ia na , e l cob re , e l o ro y l a p la ta , la t umbaga , y mezc la s de l o r o y cobr e . F ue u n ex im io te jedo r y c u l t ivó e l a l godón y c r ió an ima le s que le d ie ron la la na para pr oduc i r co n mae s t r ía tex t i le s que se conse r va ron i n ta c to s duran te s ig lo s , t amb ién f ue un ce rami s ta o a l f ar ero admi rab le , como lo te s t imon ia n lo s r e s to s enc on t r ado s en toda Amér i ca .

7 Mes t i zo qu ie re dec i r mezc lado , e s un té rm ino que p ro cede de l la t í n v u lgar mix t i c iu s , de l la t ín mix t u s , par t i c ip io de mi s ce r e , «mezc lar» , u t i l i zado para de s ig nar a i nd i v iduo s c uyo o r ige n s e s upone compue s to de do s ra za s o cu l t u ra s d i s t i n ta s . E l té rm ino es mayo rmen te emp leado en Amér ica para refe r i r se a l me s t i za je de la s r a za s eur opea y amer ind i a , y que hab i ta n a lo la rgo de l con t inen te amer icano , de sde la s p rade ra s de l no r te á r t i co canad iense s ha s ta la Pa tagon ia a rgen t i na y c h i l e na en e l s u r . E n o t ra s r eg ione s y pa í s e s p rev iamen te ba jo domi n io c o lo n ia l e spaño l , po r t ugué s o f rancés , va r ia n te s de l té rm ino podr ían tamb ién emp lear s e para de s ignar a pe r s onas de o t ras mix tu r as r a c ia l e s e n la c ua l e l u no s ea una raza i nd ígena y la o t ra una co lo n ia l e u ropea . E n F i l ip i na s , e l té rm ino mes t i s o , o mi s t i s o , e s una r ef er enc ia gené r ica que de s ig na a t odo i nd i v id uo de a s cendenc ia m ix ta , de raza i nd ígena f i l ip i na y c ua lqu ie r e s t i rpe ex t ran je ra ( c h i na , e spaño la o japone sa ) .

8 Una c la s e s o c ia l , e s una ca tegor ía den t ro de un s i s t ema so c ia l de c la se s . E s un t ipo de e s t ra t i f i cac ió n s o c i a l e n e l que la pos ic i ón s o c ia l de un i nd i v iduo se de te rm ina bás icamen te po r c r i te r io s e conóm ico s . E l s i s tema de c la se s e s t íp i co de la s s o c iedade s ind us t r ia le s mode rnas . L a mov i l idad so c ia l imp l i ca y r e cono ce que t odo s lo s ind iv id uos t ie ne n la po s ib i l i dad de e s ca la r o a s cende r en s u po s i c ió n s o c ia l po r s u mé r i to u o t r o fac to r , lo c ua l s i gn i f i ca u n q u ieb re en u na o rgan i zac ió n e s tamen ta r ia , donde cada pe r sona es tá ub i cada según la t rad ic ió n en s u l ugar . La c la s e s o c ia l a l a que pe r te ne ce u n i nd i v id uo de te rm ina s u s opo r t un idades de v ida en a spec to s que no se l im i tan a s u s i t uac ió n e conóm ica s i no tamb ié n a s u s mane ras de compo r ta r se , s u s gus t o s , le ng ua je , op in io ne s e i n c l u so las c r eenc ia s é t i ca s y r e l ig io s as s ue le n co r re sponder se a la s de la po s i c ió n s o c ia l o es ta tu s s oc ia l a la que pe r te ne ce e l ind iv id uo . S i b ie n e l co ncepto f ue fo rmu lado po r Kar l Marx , po s te r io rmen te Max Weber le agrega o t ro s además de lo s ec onómico s . Ve r MARX , KARL , E l Cap i t a l , S ig lo XX I Ed i to re s , 2001 .

9 E l o r igen de l s i s tema de ca s tas no e s tá c la ro pe ro parece que lo s pueb los a r io s que i n vad ie ron la pen ín s u la Indo s tán i ca a par i r de l 1500 a .C . e n ade la n te t r a je ron ya e sbozada e s ta f orma de o rgan izac ió n s oc ia l que pau la t i namen te s e ex tend ió po r e s e te r r i to r io y a la vez que f ue to r nándo se más comp le jo . E l té rm ino ca s t a , de l la t í n ca s t u s (pu ro ) , f ue adop tado po r lo s m is i o ne ro s po r tugue se s e n e l s ig lo XV I . En sáns c r i to s e emp lean do s vo cablo s , va r na y j a t i . Varna a l ude a l co lo r de la p ie l y c omprende cua t ro ó rdene s je rá rqu i co s , s egún de s c r ibe la m i t o log ía h i ndú , s igu ie ndo c r i te r io s de pureza : e n la c ú sp ide se s i t úan lo s bramanes , que t ie ne n a t r ibu ida l a i n te rp re tac ió n y enseñanza de lo s t ex to s sagrados , además de la s f unc io ne s sace rdo ta le s . Lo s s ha t r i ya s s o n cons ide rado s t rad ic iona lmen te como gue r re ro s y o s t e n tan e l pode r tempo ra l . L o s va i s ya s s o n e l pueblo l lano y , por ú l t imo e s tán lo s s ud ras que s on l o s s ie r vo s . L os bramanes , e l o rden más puro , han man ten ido h i s t ó r i camen te s u s upe r io r idad en e l e s ca la fón y domin io s ob re lo s demás . Hay una eno rme masa de pe r sonas exc lu ida s de e s te s i s t ema , l o s pa r ia s o i n to c ab le s , co n temp lados den t r o de l menc io nado c r i t e r io de pureza como lo s más con tam inado s y que cons t i t uyen e l e s t r a to más ba jo de la s o c i edad . La s ca s tas so n en par te s im i la re s a lo s e s tamen tos y en par t e a lo s c lanes . Lo s c lane s s o n co lec t ivo s de una na tu ra leza muc ho más pr im i t i va . Según a lguno s so c ió logo s , la s ca s ta s , lo s e s tamen to s y la s c la se s s e d i f e renc ia n , además , po r la r ig idez de s u s l ím i te s . E s impos ib le pasa r de una ca s ta a o t ra (ex cep to para aba jo ) y e s muy d i f í c i l e s capar de un e s tamen to . La s c la se s , po r o t r o lado y de acue rdo c on a lguno s s o c ió logo s , s o n teó r ic amen te " lega lmen te ab ie r tas per o en la p rác t i ca s em ice r r adas " . Veáse : TÖNN IES , F ERD INAND , " E s ta te s and C la s se s " , e n Bend ix , R . a nd L ip se t , S . M . (ed . ) : Cla s s , S t a t u s a nd Power : A Reader in So c ia l S t r a t i f i ca t io n , The F ree P res s , 1953 , pp . 49-62 y tamb ién SOROK IN , P I T IR IM , "What i s a So c ia l C la s s ? " , e n B end ix , R . and L ip se t , S . M . (ed . ) , op . c i t . , pp . 87-91. 1 0 Ve r : Le zama L ima , Jo sé . La exp r e s ió n amer i cana , FCE , Méx ico , 1993 . 11 Ta l vez s ea e s t e e l s e n t ido de u n e s t ud io de sde u na pe r spec t i va endógena de las a r te s y la c u l t u ra la t i noamer ic anas .

65

primeros conquistados, de realidades culturales vivenciadas fuera de su propio

espacio, ni mucho menos de real idades artís t icas que impactaran estéticamente

a los conquistados a menos que se les “sensibil izara” previamente por medio

de la evangelización.

Cuando se intenta pasar a explicar fenómenos de transculturación desde la

noción de centro-perifer ia , se lo hace rápidamente y se los caracteriza

entonces como fenómenos de dependencia cultural . Al usar un modelo de

oposiciones espaciales como el que corresponde al paradigma centro-periferia ,

hay que desconfiar de aquellas representaciones que desvían los sentidos y

direcciones de los análi si s hacia simples delimitaciones espaciales, sin reparar

en lo diacrónico, en la dinámica de las etapas sucesivas, o en las reparticiones

de fenómenos de lo sincrónico que son de diferentes naturalezas. Al l imitarse

sólo a uti l izar parámetros de distancia para representar supuestas oposiciones

cul turales, al quedarse en lo meramente espacial y no entrar en la

profundidad y complejidad de los intercambios cul turales y estéticos entre

dominantes y dominados, los resul tados de los análisis basados en el

paradigma centro-perifer ia dejan fuera un buen número de matices y

complejidades.

No obstante, el modelo centro-periferia ha tenido éxito part icularmente como

representación del equivalente de los opuestos mundo desarrollado/mundo

subdesarrol lado o Norte/Sur . Hablar de centro/periferia sat isfizo ciertos

intelectos simples que se contentaron con una descripción de la oposición entre

lugares como metáfora de diferencias profundas y complejas pero, sobre todo,

pareció út i l a quienes pensaban que el mismo posibi l i taba un disposi t ivo

expl icat ivo de esas diferencias: la periferia estaba subordinada porque el

centro era dominante y viceversa . Tal modelo, uti l izado abundantemente en las

reflexiones tercermundistas, no opera para nada con la misma eficacia a la

hora de intentar una reflexión sobre la interacción cultural o artíst ica entre

lugares y cul turas diferentes: los lazos de dependencia cultural son recíprocos y

las desigualdades son la regla pero es necesario recordar que no funcionan en un

66

sentido único . Además, para que una pareja de opuestos tenga sent ido, es

necesario que existan relaciones e intercambios desiguales entre los dos tipos

de lugares y tal fue el caso de los procesos de conquista y colonización de

América por España, Portugal y demás potencias imperiales europeas, con sus

flujos de personas, mercaderías, capi tales, información, decisiones, etc. ,

procesos en los que las relaciones eran defini t ivamente asimétricas . No hay

duda, sin embargo, que el modelo centro-peri fer ia t iene una fuerte capacidad

heuríst ica, pero solo a condición de no triv ial izarlo excesivamente y de

recordar que conviene reservar su uso para la formalización de aquel los

sistemas fundados sobre relaciones de desigualdad y no uti l izarlo como simple

descripción mediante diferenciaciones espaciales y mucho menos como

metáfora descriptiva de diferencias culturales o art ís t icas entre sociedades

diversas.

Para revisar las impl icaciones del modelo, debemos recordar que el centro se

encuentra separado de la periferia por una frontera . La noción de frontera

aparece entonces como imprescindible al modelo centro-periferia en la medida

en que es necesaria una delimitación de los dos ámbitos que lo configuran; la

frontera sería entonces el producto de una necesidad de legitimar cultural y

polí t icamente la existencia de l ímites . En e l origen del concepto de frontera

hay siempre un poder que pretende dar una significación única a los l ímites

que instaura y controla: la frontera establece lo que es terri tor io propio y lo

que es el «extranjero» por lo que el or igen de todo l ímite es intencional y toda

frontera se concreta como expresión de un poder en acción. El l ímite fronter izo

establece un hasta donde a la autoridad que lo define y controla tanto su

propia voluntad expansionista como la resistencia a esa voluntad por parte de

los otros . La frontera detiene entonces las anexiones y conquistas que pueden

modificar su trazado, censura las influencias que supuestamente confunden

pero que, inevitablemente, la permean y permi ten que se mezclen con lo

defendido, pues las fronteras están all í , precisamente, para eso: para ser

transgredidas y empujadas. Entonces, toda l ínea fronteriza es generalmente

unilateral y se concibe e instala a partir de un centro que proyecta su propia

periferia y que pretende crear un espacio interior cuyo perímetro es la

frontera. Este espacio interior puede ser tanto un campo de l ibertad como uno

67

de concentración, de opresión, represión y violencia, donde se norma y regula

la estructuración de un mundo fortif icado y se contro la cualquier t ipo de

resistencia al poder que instrumenta el diseño social , polí t ico , ideológico y

cul tural, es decir, la vida social al interior de dicho espacio.

Es oportuno recordar ahora que toda ideología de lo nacional se funda en la

existencia de un terr itorio delimi tado por fronteras y que, por otra parte, una

frontera física es también la vivencia de una situación l ímite, donde al

agudizarse y crecer las tensiones entre los intereses y los problemas que

afectan a una Madre Patria ― es decir, a la persona hi stór ica a la cual le sirve

como frente la frontera, ya que una frontera geográfica no es sino «un frente de

avance que se ha estabil izado”― el espacio de la misma llega solamente hasta

donde el poder lo permite y hasta donde empieza el espacio del otro55.

Entonces, todo poder debe realizar una gestión propia al interior del espacio

que ha del imitado como nación mediante una frontera, que es el signo que

marca la divis ión terr itorial con el cual expresa su poder al interior de su

nación pero, también, ante las otras naciones del mundo .

También una frontera es un s igno que pone en funcionamiento un verdadero

sistema semiótico cuyo lenguaje de representaciones puede l legar a ser muy

suti l y variado o escaso y violento. El arte criol lo y la cultura criol la vendrían

entonces a ser arte y cul tura de fronteras , artes y cul turas de ori l la56 en tanto

fronteras entre las artes y las cul turas de otras naciones hispanizadas mediante

conquista y transcul turación ejercida por el conquistador español , portugués o

europeo, a la vez que también es expresión de una voluntad de separación de

los criol los , de los indios y de los mestizos, es frontera cul tura l que les permite

verse y reconocerse como separados de los españoles, concretada

art ís t i camente como conjunto de l ímites estéticos en las artes y en una cultura

producto de una hibridación forzada , que se postula como siendo y queriendo

ser estét icamente diferente de otros .

68

El concepto de frontera57 surge en América necesariamente asociado a los de

descubrimiento y conquista por España, pero las formaciones sociopol ít icas

aborígenes en todo el continente ya funcionaban con delimitaciones

terri toriales muy netas, había fronteras entre aymaras, quechuas e incas y

entre mayas, mixtecas y aztecas, para solo mencionar algunas. Para los

españoles conquistadores, la noción de frontera venía ya cargada de sentido

hi stór ico y expresaba una proyección de las l íneas de confl icto que separaban

a los crist ianos de los musulmanes en la península ibérica ― y en el resto de

Europa ― durante el largo periodo de presencia árabe en España, hasta fines

del s iglo quince, término de la “Reconquista” crist iana del terr i torio dominado

por los árabes y el I s lam. En este sentido, el concepto coincidía con el usado en

la América anglosajona y frontera entonces, en el concepto europeo de los

siglos XV y XVI , era una l ínea de separación que preludiaba la virtual

creación de un nuevo centro, otro centro de expansión: un nuevo mundo .

Pero en la América hi spanizada ese sentido original experimentó una

transformación importante desde los comienzos de la conquista para luego

petrificarse radicalmente. La frontera en la América hispanizada dejó así de

ser el objeto de la conquista y pasó a ser la l ínea que separaba lo conquistado

de lo aún por conquistar, lo descubierto de lo aún por descubrir como también

pasó a ser un lugar determinado en el espacio , con una cultura y un modo de

vida particular. De un concepto dinámico de frontera , tal como éste se venía

ut i l izando en la España de la Reconquista ― definido porque trasladaba

consigo la virtualidad de su propio centro ― en la América hispanizada se

pasó a un concepto estático y f i jo que se dist inguía de la noción europea por su

falta de movil idad y por carecer de un centro propio : La frontera cultural

iberoamericana se definió entonces durante el período de conquista ─ y luego

en el provincial y aún en el republicano ─ a partir de un centro polít ico y

cul tural extraterritorial metropoli tano y peninsular, es decir un centro

terri torialmente excéntrico. La independencia pol ít ica de España de un buen

número de naciones de América Latina no trajo tampoco consigo la

recuperación de ningún centro cul tural originario aunque se crearan nuevas

centralidades pol ít i cas Más bien, se produjo, notablemente en el s iglo

69

diecinueve y con anterioridad a los procesos de independencia, un traslado

paulat ino de la central idad cultural hacia Francia o Inglaterra y, finalmente,

ya en el siglo veinte, a Estados Unidos. La polarización civi l ización / barbarie

que caracterizó durante el siglo diecinueve el discurso intelectual de Occidente

sobre el desarrol lo sociopol ít ico del mundo ― americano y europeo ― era

precisamente una de las derivaciones de ese concepto estát ico y f i jo de

frontera que resultó de la conquista y penetración cultural europea en América.

En el concepto europeo de frontera se hacía s iempre referencia a una l ínea, a

un l ímite, a un borde como al lugar del encuentro fí sico y del confl icto

presencial con el enemigo, con el otro extranjero , que por el sólo hecho de ser

otro representaba al bárbaro : la frontera fue entonces para el sig lo diecinueve

latinoamericano la l ínea que separaba la cul tura y la civi l ización de la barbarie .

Para el europeo que se encontraba en Europa vivir en la frontera, por deber o

por castigo, era s iempre algo temporal . La frontera era el lugar donde se

cumplía con el deber o se sufría el castigo: el destierro y jamás podría

confundirse con el lugar de origen, e l hogar donde se pertenecía y que

const ituía el centro – vale decir, la civi l ización- pues la frontera era siempre un

lugar de residencia transitor ia cerca de los extranjeros bárbaros y de los

enemigos . Para el europeo que se encontraba en la América hispanizada, la

frontera era no sólo un espacio provisorio sino sobre todo el lugar donde se

mantenía vivo el confl icto entre lo que se rechazaba y no se comprendía bien

( lo autóctono americano ) y lo que se deseaba o se pretendía ser: español,

blanco, miembro del centro cosmopolita que siempre estaba afuera, distante y

lejos . Se contribuía así desde los primeros t iempos americanos a configurar un

nuevo modo de ser latinoamericano y criol lo que Ernesto Mayz Vallenil la definió

en términos fi losóficos como un rei terado no-ser-siempre-todavía58.

70

F ig . 29 . Mu ra l la s de Áv i la . F i na le s s ig lo X I .

F ig . 30 . R u i na s de la f o r ta leza de San t iago de Araya . 1623 . Pa r ia , Venezue la .

71

F i g . 31 . Mura l las de l Cas t i l lo de lo s T re s San to s Reye s Mago s de l Mo r r o , 1629 , La Habana , Cuba .

Al estudiar la geografía contenida en las narraciones de los cronistas de indias

y desde una óptica de la imagen, observamos que esas narrativas contienen

elementos que pueden considerarse como intentos de construcción de espacios

que nos invi tan a trabajarlos desde una geografía de relaciones y significados

simultáneos, que se vinculan más por una lógica espacial que temporal . Las

representaciones de los territorios americanos y las descr ipciones de

población, paisajes, flora y fauna en las narraciones de los cronistas de indias ,

articuladas dentro del resto de las fuentes l i terarias y visuales del período de

la conquista, forman conjuntos de vi siones de las que podemos suponer que

producían tanto en el imaginario europeo como en el americano, muy diversos

sentidos del ser del lugar. Las descripciones de los cronistas de indias

revelaban ent idades, posiciones y relaciones significativas para las gentes de

las provincias americanas, independientemente de sus respectivas

procedencias: patrias o suelos de origen. En las crónicas españolas de la

conquista de América, las enumeraciones y taxonomías que parecen ser meras

l is tas de pueblos conquistados, los hombres, los animales o las especies

72

vegetales descubiertas adquieren un nuevo tipo de consis tencia y pluralidad de

sentidos. Cuando estas se estudian través de enfoques que privi legian el

aspecto f ís ico de hombres, plantas, animales y cosas, así como de los espacios

y accidentes del terreno, del medio ambiente y el paisaje como atributos

adjudicados por quienes escribieron las narraciones de la conquista a la

identidad de objetos nuevos y desconocidos y de unos sujetos que la sufrieron

tales adjudicaciones pasivamente, como objetos que ni remotamente se sabían

descri tos, con rasgos que ni siquiera imaginaban, se da inicio a un proceso de

creación imaginaria . Es deci r, se da comienzo a lo que José Lezama Lima,

l lamaría, una era imaginaria59. Luego se añadirían a los atr ibutos y rasgos

producto de las primeras hibridaciones y transcul turaciones característ icas del

periodo de la colonización en el contexto de la era de los descubrimientos , las

del mest izaje, la hibridación violenta y las que resultaban de la destrucción

de las culturas autóctonas. Pero esa geografía cultural , as í como la zoología,

la botánica y la etnografía que nos trasmi ten los cronistas de Indias, al

ocuparse de los aspectos que contribuyen a conformar las imágenes ― y las

ideas ― que los europeos se hacían de los americanos y a las que los

americanos sólo muy posteriormente tendrían acceso, para reconocerse o

desconocerse en ellas, verse o negarse a verse a sí mismos, a sus terr itorios

convertidos en paisajes que incorporaban ya desde muy temprano no sólo los

valores plásticos y estéticos caracterís t icos de cada pueblo conquistador como

parte constitut iva de sus respectivas configuraciones ident i tarias, sino los

descriptores en los que se había asimi lado la fantasía propia de la era de los

descubrimientos. Es así como desde muy temprano se formularon, a través de

esos complejos de imágenes, las estrategias de ul ter iores procesos de

identificación que operarían como referentes para un pueblo o una nación, en

tanto y cuanto categorías que remit ían, y remiten aun hoy, a los

latinoamericanos a esas imágenes de sí mismos confusas y extrañas a su propia

memoria: la de un hogar y un origen desconocidos pero vividos, anteriores a

la destrucción de su real idad y su memoria y al que otorgan de manera

intui t iva un confuso sent ido de pertenencia , que tiene el poder para crear en la

psique colectiva de los latinoamericanos de todos los t iempos, la pertenencia a

una comunidad imaginada . Los repertorios de imágenes primordiales de la

73

América hispanizada contribuyen entonces a crear un sentido imaginario de

colectividad , a la vez actual y primit iva , que en la historia latinoamericana

pudiera considerarse ya como expresión temprana de un protoamericanismo .

Dicho de otro modo, los americanos nos unimos en la imagen y en la imaginación

con una facil idad que no encontramos en otros ámbitos de intercambio.

La manera en que tradicionalmente se estudian la geografía y sus imágenes en

los documentos antiguos, si fuese revisada a la luz de enfoques procedentes de

una geografía cul tural , puede dotar a los investigadores de arte de un

instrumento valioso que reivindica la independencia del concepto de espacio,

independizándolo del de tiempo. El lo no s ignif ica necesariamente que tal

método sea ahistórico, sino que es posible recurrir a una geografía artí st ica en

combinación con la histor ia del arte como fuentes para la invest igación y

estudio de las artes y las cul turas latinoamericanas. Así las imágenes que

operan desde la geografía cul tural y artí st ica pueden hacer que se expandan

los sentidos del objeto investigado al abrir los campos de invest igación a la

imagen y al s igno icónico, y al usar diferentes aproximaciones desde la imagen

para investigar el arte y la cul tura como espacios cul turales o artíst i cos . Ya

sabemos que Kant60 en su revis ión de la estética, real izó un intento por

reclamar legitimidad intelectual para el espacio y Michel Foucaul t61 predijo

también que una era del espacio emergería en la teoría cr ít ica de la sociedad,

afirmando que la ansiedad de nuestra era se relaciona fundamentalmente con el

espacio, sin duda mucho más que con el t iempo62. Hay autores que consideran

que la historia, como disciplina académica, fue el centro de la teoría social

durante el siglo diecinueve pero que ya en la segunda mitad del siglo veinte y

comienzos del veintiuno, la mayor preocupación de la teoría crít ica serían las

ciencias del espacio , como resul tado de la revalorización del concepto de

espacio y ello sería la causa por la que los contextos inte lectuales de la actual

teoría crí t ica de la sociedad se hayan desplazado hacia este ámbito,

dramáticamente, como prioridades del interés investigativo.

74

Fig. 32 . Gassmann , Imb i . La Gran Mural la China , 2004.

No obstante, el estudio de la geografía como discipl ina mantiene aún en

esencia un enfoque historicis ta tradicional, que reduce los enfoques y los

campos de anális is mientras que la geografía cul tural trata de expandirlos. Por

otra parte , es obviamente más difíci l considerar las fuentes l i terarias y aún las

vi suales ant iguas como s iendo susceptibles de estudio desde una perspectiva

espacial y geográfica. El tema de de las crónicas las Indias y los textos

hi stór icos de los primeros años de la conquista de América debería ser

reconsiderado según las tendencias actuales de las ciencias humanas y en

particular la revisión de la historia del arte desde la geografía art ís t ica, ya

que existe en la actualidad la oportunidad de repensar obras que no sólo no

habían sido estudiadas en detalle sino desde nuevas perspectivas

discipl inarias, art ís t icas y cul turales que permiten observar con un mayor

cuidado mucho de lo que en ellas no ha despertado el interés de los

hi stor iadores y crí t icos de arte del presente, como es el caso, por e jemplo, de

obras de que se prestan una profundización de los estudios de la geografía

cul tural latinoamericana y que cont ienen datos de interés sobre las

configuraciones de las estét icas aborígenes prehispánicas y también de las

poblaciones primitivamente hi spanizadas, cada una con sus diversas

75

configuraciones y desde perspectivas no-imperiales, es deci r desde una

periferia cultural excéntrica , entendida como fuera de las fronteras , que se ve

a s í misma63. La geografía cul tural puede ofrecernos entonces un marco teórico

referencial desde el cual pueden revelarse importantes aspectos no sólo vistos

desde el proyecto de expansión territorial de España en América, sino desde

perspect ivas verdaderamente descentral izadas en las que las resis tencias y

tensiones cul turales y art ís t icas puedan ser vis tas y analizadas desde nuevos

centros .

F i g . 33 . Mo s s , E r i c Owen . P r oyec t o de Mura l la de Cr i s t a l pa ra la f r o n te ra Méx i co–Es tado s Un ido s , 2006 ,

Nue va Yor k

Pero ¿Es posible estudiar el proyecto de expansión territor ial y dominio de

España en América desde una perspectiva no-imperial? De hecho, uno de los

mayores problemas de la geografía en las crónicas de indias es que sus

relaciones no parecen ser de interés prioritario para los di scursos culturales y

artís t icos contemporáneos. Tal vez la geografía cultural ofrezca una nueva

posibil idad de lectura de la geografía cul tural y artíst ica narrada por los

antiguos cronistas, justamente en aquellos textos que son considerados como

producto de la dominación española en América ─ y que sin duda lo son ―

76

pero en los que es, justamente, esa geografía imaginaria la que al parti r de

una aproximación excéntrica puede ofrecer hoy revelaciones estét icas e

imágenes de interés para el estudio de las artes y la cultura de los primeros

t iempos de la América prehispanizada, provincial y republicana y ayudarnos a

comprender los procesos artís t icos en las hiperhibridizadas cul turas

latinoamericanas contemporáneas.

77

3. Dialéctica de lo particular y lo universal

F ig . 41 . J uan Ve spuc c i , Mapa , 1526 .

F ig . 42 . Mapa de Teno ch t i t lá n y Go lfo de Méx ico s egún He rnán Co r t é s , 31 x 46 .5 cm . Nur enbe rg 1524 .

B ib l i o te ca Newber ry , Ch i cago .

Existen con respecto a las identidades culturales y a la cul tura, dos

concepciones valorat ivas opuestas que responden a diferentes cosmovisiones y

78

herencias intelectuales en confrontación. Para la actitud intelectual

particularis ta resul ta fundamental que un grupo humano comparta sin reservas

un sis tema de creencias, acti tudes y valores propios de una localidad o grupo

específico. La fuerza emocional de la identidad cul tural , ya sea consciente o

intui t iva, ha actuado históricamente como elemento cohesionador de acciones

humanas por lo que esta puede ser vista como el cemento que sol idifica las

alianzas entre los individuos, a la vez que les ha ofrecido, a lo largo de la

hi stor ia, posibi l idades de superar colect ivamente confl ictos con enemigos que,

si fuesen confrontados individualmente, resul tarían invencibles. En los momentos

de cri sis y agudización de confl ictos es cuando una supuesta perennidad,

contenida en las identidades culturales y vinculadas a los vestig ios de las

cul turas de origen de los pueblos, pueden instrumentarse como elementos de

defensa. Es entonces cuando las ident idades cul turales particular istas pueden

enarbolar sus identidades frente a los cuest ionamientos “desde afuera”. Las

tradiciones cul turales dotan así a los grupos humanos de una ident idad cultural

particular compartida y de valoraciones colectivas, más al lá de las diferencias

entre individuos, clases o etnias en las que se fragmentan las cul turas en las

sociedades humanas. El nombrar el continente “descubierto” por Cristóbal

Colón América64 fue una operación realizada “desde afuera”, que no obstante

particularizó desde los inicios una identidad cul tural.

La preservación del patrimonio art ís t ico de una local idad, comunidad o clase

social , como objetos tangibles contenidos en las obras de arte y monumentos

así como los valores espir i tuales profundos – intangibles- contenidos por igual

en las artes visuales y en la l i teratura o en hábitos y práct icas cul turales

colect ivas y aún aquellas cuyo origen se desconoce, o las creencias que

pueden conservarse de modo inconciente, se convierten entonces en testimonios

de la capacidad de creación y supervivencia para un determinado grupo y son

valoradas como imprescindibles para la vida social del mismo. Cada pueblo

que conserva sus trayectorias y su memoria histórica objetivada en el arte ,

64 E l nombre de Ve spuc c i e ra Amer ig ho y s u ma la fama se deb ió a Bar t o lomé de Las Casas , qu ie n lo acu só de habe r “ r obado” a Co lón s u de s cub r im ien to . Ve spuc c i nac ió e n F lo renc ia en 1554. E s te f lo ren t ino no s ó lo explo ró r eg ione s de s cono c idas s ino q ue e s tab le c ió l as bas es para e l cá l c u lo de la c i r c un fe r enc ia de l Ec uado r con un e r ro r m ín imo de c i n cuen ta m i l la s . E l nombre de Amer ic a dado a l Nuevo Mundo apare ce po r p r ime ra vez en e l l ib ro Cosmograph ia e I n t r oduc t io , impr es o en abr i l de 1507 , po r e l jo ven ca r tóg ra fo e impre sor Mar t ín Wa ld seemü l le r , de Sa in t D ié , en la Lo rena f rances a .

79

otorga a esos objetos diferentes grados de valor como manifestaciones de su

identidad concretada en un paideuma, es decir, un conjunto de valores y

creencias part iculares acerca del mundo y del lugar que ese pueblo ocupa en

el mundo. Un grupo humano que comparte estos elementos puede sentirse

amenazado, cuestionado o puesto en entredicho y aún negado cuando le son

impuestos desde afuera cambios profundos en su cul tura y que considera que

atentan contra la integridad de su identidad. Esto puede ocurrir ya sea por

aceleración histórica ─ el caso de las revoluciones ─ o porque las sociedades

son sometidas y vencidas en guerras o confl ictos armados.

Las tradiciones contenidas en los textos culturales y objetos art íst icos valorados

por un grupo contribuyen a estructurar entonces las bases de una ident idad

cul tural particular de una comunidad determinada y cumplen la función

fundamental de hacer que un individuo se perciba como un eslabón en una

cadena generacional de acciones significativas para esa comunidad. Es

entonces, a través de las obras de arte y demás textos cul turales, que los

miembros de una cul tura acceden a su propia histor ic idad particular , la de su

grupo, con sus valores y comportamientos histór icos específ icos. Es a través de l

acceso a estos elementos que somos capaces de integrarnos al imaginario

colect ivo de nuestro grupo part icular de pertenencia. Cada hombre y cada

mujer se convencen entonces, a través de las obras de arte y los textos

cul turales de valor en su comunidad, de la realidad de su propio ser físico-

espir itual, cul tural e histór ico, así como de las insti tuciones que norman su vida

y en las que ha nacido. Las obras de arte, en este sentido, son arquet ipos

aceptados por todos y es a part ir de estos que los individuos miembros de una

cul tura particular construyen los cri ter ios a partir de los cuales enjuician otras

cul turas, las cul turas ajenas, las culturas de los otros.

80

F i g . 43 . MONCTEZUMA I I XOCOYOTZ IN , Cód ic e Cozca tz i n , Lám ina X IV , Méx i co

F ig . 44 . R iver a , D iego . E l d e s embar co de Her nán Co r te s en Vera c r uz . 1951 . F re s co , 5 . 27 x 4 .92 m .

Pa lac io Nac io na l , Méx ico

81

F i g . 45 . La Ma l i n c he t r aduce de l e spaño l a l náhua t l . Cód ic e F lo ren t i no

Puede entonces suceder que en el transcurso de cambios hi stóricos, una cultura

sea destruida, o desintegrada parcial o totalmente como resul tado de guerras

y procesos de invasión y conquista. Donde había antes un grupo de individuos

cohesionados entre sí por una cul tura particular se produce entonces una

ausencia de cohesión y el anterior colect ivo pasa a estar ahora s in vínculos

coherentes entre sí y deja de existir como una verdadera comunidad orgánica

y dinámica. Eventualmente, todo grupo humano cohesionado por una cultura

particular desaparece y es desplazado por otros grupos con otras culturas y se

dan a sí mismos otras configuraciones sociohistóricas, aún cuando los que se

consideraban como portadores de una cul tura particular consigan incorporar

nuevos paradigmas que les permitan realizar un proceso de reconversión

cul tural mediante la hibridación. Es esta hibridación l levada a cabo mediante

procesos de reconvers ión cul tural lo que le permi te a un colectivo construir

nuevas ident idades cul turales sobre la base de nuevos paideumas expresadas

en nuevas configuraciones sociohistór icas.

La existencia de un mito grupal compart ido, junto a figuras, héroes y hechos

ejemplares guardados en narrativas l i terarias e imágenes es lo que se conoce

82

en las ciencias sociales como pasado usable,65 elemento considerado como

imprescindible para que un grupo determinado pueda cohesionar una identidad

presente y afirmar bases comunes para realizar acciones dirigidas al logro de

objetivos colect ivos. La suma consolidada de las escenas de ese pasado usable

compone una cosmovisión part icular , propia del grupo, cuyos miembros pasan a

integrarlas a su imaginario colectivo , lo que da a los individuos un marco de

pertenencia particular que les asegura aceptación social. Es esta una de las

principales funciones sociales de la conservación de las tradiciones y la

cul tura, dentro del enfoque parti culari sta de los fenómenos sociocul turales.

F i g . 46 . Ba r r a , P ie r r o t . Bande ra ce remon ia l de Vudú , 1974 . Ha i t í .

Desde una perspectiva universalista , este enfoque ha sido vi sto como

parroquia lismo intelectual por su falta de arti culación con los grandes principios

65 La s uma de e s cenas de l pa sado u sab l e conso l idadas , componen la co smov i s i ó n p rop ia de u n gr upo . Ver : SOWELL , THOMAS . Ra ce and Cu l t u r e . A Wor ld V i ew , New Yor k , Ba s i c Books , 1994 .

83

y procesos hi stóricos de la humanidad.66 Vemos entonces que el concepto de

identidad cul tural es propio de los enfoques particularis tas, pero que en

términos éticos, todas las ident idades culturales y mucho más cuanto más fuertes

estas sean, pueden l legar a ser susceptibles de convert irse en l imitantes para

una vis ión equil ibrada de la real idad del mundo y del lugar de un grupo en el

contexto de la universalidad. Sin embargo, en términos de confl ictos humanos

─ y el confl icto parece ser una forma inseparable y permanente de lo humano

─ la fuerza cohesionadota de la ident idad cultural pasa a ser también un arma

poderosa ya que es una manifestación dif íci lmente gobernable de las emociones

y parte de lo más profundo que el ser humano guarda en su psique, y en todo

encuentro con el arte y la cultura de otros , s in duda, las emociones t ienen un

lugar predominante. Conviene tener presente entonces que el universal ismo

que acompañó la difus ión a escala planetaria de la civi l ización occidental ,

cada vez más, ha sido fuertemente resi st ido y cuestionado desde los primeros

t iempos de la conquista y colonización de América así como de otros procesos

coloniales que se inic iaron en la l lamada Era de los Descubrimientos .

Luego de los procesos de independencia polí t ica en la América hispanizada,

numerosas identidades cul turales part iculares , locales y regionales, se

mantuvieron durante largo tiempo encubiertas bajo los Estados Nacionales

configurados entonces. Vemos así la importancia de lo part icular y podemos

ver también que no solamente los pueblos de religión islámica con sus grupos

fundamentalistas, sino que infinidad de minorías, etnias y sectas religiosas, en

todos los puntos del planeta y en diversos periodos de la historia humana, han

señalado combativamente sus diferencias con lo universal . El conocimiento de la

experiencia histór ica puede const i tuir para muchas minorías un arma contra

diversos t ipos de amenazas que puedan recibir en contra sus cul turas

particulares . Defensivamente los grupos humanos culturalmente amenazados

acuden entonces a una estrategia de autosegregación cultural como defensa

cuando se sienten, real o imaginariamente, amenazados. La segregación o

autosegregación cultural persigue el efecto de l impiar el mundo de quienes no

66 La fa lac ia l óg i ca de l r e la t i v i smo cu l t u ra l cons i s t e e n deduc i r la va l idez mo ra l de toda co s tumbre o t rad ic ió n por e l mer o he cho de se r aprobada po r una de te rm inada c u l t u ra , e s de c i r po r e l me ro he cho de ex i s t i r . Se s ubo rd ina , de e s t e modo , la é t i ca a l pode r cons t i t u ido , o po r l o meno s , a l éx i to . Cf : S EBREL I , JUAN JOSÉ . Bueno s A i r e s ; v ida co t i d iana y a l i e nac ió n , Bueno s A i r e s , S ig lo Ve in t e , 1966 p .63.

84

comparten, o contaminan, la cosmovis ión y la cultura de un determinado grupo

humano. Sólo que muchas veces, las minorías que comparten una ident idad

cul tural part icular mi l i tante, generalmente , están realmente siendo amenazadas

por lo que con frecuencia recurren a la autosegregación cultural o en gobiernos

autocráticos67. Estas s ituaciones proponen retos de gran envergadura para

quienes, como los lat inoamericanos, debemos buscar espacios de diálogo para

nuestras culturas así como ámbitos de visiones compartidas al interior de los

grandes grupos que en presente se pretenden fuerzas civi l izatorias

hegemónicas, en el contexto de una cultura irreversiblemente global izadas.

F i g . 47 . Tambor r i t ua l “ Se s e” de la s o c iedad Abakuá . Cuba

Las comunidades y naciones que integran el gran grupo formado por lo que

podemos considerar como culturas criol las, con su diversidad de componentes,

67 HUNT INGTON, SAMUEL P . E l o rden po l í t i co d e l a s s o c i edades en camb io , B ueno s A i r e s , Pa idó s , 1992 . _______________ La t e r c e ra o la . La democ ra t i za c ió n a f i n a le s d e l S ig lo XX , 1991 . _______________The C la s h o f C i v i l i za t io n s a nd t h e R emak i ng of Wor ld Order , New Yo rk , S imon and S ch us t e r , 1996 y tamb ién TOURAINE , ALA IN . La g loba l i za c ió n c omo id eo log ía . E n : L a Nac ió n , B ueno s A i r e s , 22 de o c tub re de 1996 y de l m i smo au to r Cr i t iq u e de la moder n i t é , Pa r í s , Fayard , 1992 ; ¿Pod remo s v i v i r ju n t o s ? La d i s c u s ió n pend i en t e : E l Des t i n o de l Hombr e e n l a A ld ea G loba l , Méx ico . Fondo de Cu l t u r a Eco nóm ica , 1997 .

85

son generalmente portadoras de un agregado de ident idades cul turales

particulares, débi les y fragmentarias , debido a que se caracterizan por vivir

desde hace varios s iglos una serie de confl ictos his tóricos y socio-cul turales

profundos. Es evidente que los pueblos cr iol los no tienen una ident idad cultural

única, compart ida por todos o por una mayoría abrumadora de sus miembros,

sino que en ellos coexisten ident idades propias de grupos sociales parti culares,

cul turalmente diferenciados. Las dificultades aumentan al intentar estudiar

identidades culturales y artíst icas particulares , no solamente por que todas son

diferentes, s ino porque incluso pueden existir en el seno de una comunidad

algunas identidades culturales que resul tan antagónicas en sus manifestaciones

y que pueden l legarse incluso a percibirse mutuamente como hosti les. Resul ta

entonces que las ident idades culturales part iculares híbridas , parecieran haber

resultado de una acumulación de innumerables soluciones a confl i ctos de muy

larga data, presentes en las sociedades criol las desde f ines del siglo XV y que

tales configuraciones socioculturales y art ís t icas hayan estado marcadas por

innumerables desencuentros y confl ictos ancestrales, lo que hace que se

dif iculte una precisión de las numerosas configuraciones cul turales part i culares

tenidas como crio llas , debido a los obstáculos que encuentra para avanzar en

una preci sión histórica de las maneras y momentos en la que tales

configuraciones incorporaron nuevos paradigmas culturales y artís t icos. Cuando

las hibr idaciones son producto de procesos muy lentos para las aspiraciones de

los más progresistas y avanzados, los rasgos arcaicos de las cul turas perduran

tercamente y pueden parecer como casos de fatiga moral , cansancio cultural y

art ís t i co , o melancol ía o incluso mimesis cul tural , preci samente por parte de

quienes han sido los más ardientes sostenedores de los paradigmas

civi l izatorios . En otro punto de vista y en una acti tud diferente frente a la

cul tura y las artes se colocan quienes, por el contrario , se reconcentran en sus

tradiciones particulares y conviven con insti tuciones, sent imientos y emociones

que son vistas como arcaicas por los portadores de los enfoques civi l izatorios y

universal is tas .

Las sociedades del t ipo estamental , o sea las divididas en castas o estamentos

sociales muy diferenciados, gastan la mayor parte de su energía protegiendo

celosamente los intereses de cada grupo contra la permanente amenaza de los

86

demás Esto es lo que se conoce como lucha de clases en los enfoques marxistas

y sería el motor de la historia según Carlos Marx68. Así surgen numerosas

cul turas de autodefensa en el seno de las cul turas particulares que pueden

incluso a pract icar la vio lencia defensiva, vi sta por otros como ilegítima y que

invita a respuestas violentas que son luego justif icadas como supuestas

herramientas de cambio, progreso y modernización. Esto es esgrimido como

expl icación parcial de una supuesta necesidad histórica de acciones de fuerza

por parte de las c lases que detentan el poder para mantener el orden en estas

sociedades e impedir e l avance y la toma del poder por clases que t ienen

como objetivo desplazarlas del poder. Esto ha hecho que las sociedades

criol las sufrieran reti rados retrocesos cada vez que ocurrían cambios pol í t icos

violentos como en los procesos de independencia polí t ica y de los numerosos

confl ictos armados que los s iguieron durante los s iglos diecinueve y veinte en

América Latina Las sociedades l lamadas cr iol las son ejemplo de esos retrocesos

rei terados ya que han sido víctimas frecuentes la arbitrariedad polí t i ca y la

explotación sis temática. Son ejemplos claros de estos procesos las sociedades

esclavistas de América y, paradój icamente y a pesar de los confl ictos y

rei terados retrocesos es en su seno donde se han producido algunas de las

manifestaciones más importantes de la cul tura y las artes del criol l ismo como

expresión de conservación de valores de cul turas defensivas part iculares.

68 MARX , CARLOS , E l cap i ta l .

87

F ig . 48 . E l A le i jad in ho . E l p r o f e ta Habacuc ca . 1800-1805 , San t ua r io de l B uen Je s ú s de l Ma to s i nho .

Congonhas do Campo , M i nas Gera i s .

88

F ig . 49 . Mapa de la Co s ta de Gu inea en e l o c c iden te de l con t i nen t e a f r i cano . 1743

La acti tud que se conoce en las c iencias sociales como de evitación instrumental

( instrumental avoidance) es la que tiene por función prevenir y eludir posibles

confl ictos con sus consecuentes complicaciones para un grupo humano. Esta

conducta, s in embargo, al mismo tiempo coarta las iniciativas de cambio, pues

reduce la posibi l idad de sinergia que resul taría de existir cooperación intra-

estamentos. Por lo general , es responsable de obstacul izar también la

individuación creativa y la asociación creadora entre individuos y grupos69 en

una sociedad.

69 C f . M IGUENS , JOSÉ ENR IQUE . E l P rob lema ra c ia l e n Amér ica La t i na , Pa r í s , Ed ic io ne s UNESCO, 1960 , p . 35 : La p r in c ipa l hab i l i dad que impo r t a en e s to s pa í s e s e s tamen ta le s , que po r e s o s on s ubdes ar ro l l ado s , e s la d e def ender lo s n i c ho s s o c ia l e s q ue s e o cupan en la e s ca la je r á rqu i ca y l a s pos e s io ne s económ ica s , co n t r a la s d ep r edac io nes d e l o s o t r o s gr upo s d e la s o c i edad , a t r a vés de l E s t ado , y no la d e c r ea r , p roduc i r o r ea l i za r s e como pe r sona .

89

F i g . 50 . E s c la vo s a f r i ca no s e n p lan t ac ió n de a lgodón en e l S u r de lo s E s tado s Un ido s .

L ib re r ía de l Congre so . Wash i ng ton DC .

F ig . 51 . Emb lema abo l i c io n i s t a . 1783 . L ibr er ía de l Congre so . Was h i ng ton DC .

En América Latina los cambios histór icos que ocurrieron tras lograrse la

independencia de España, fueron seguidos de incontables guerras c ivi les y

revoluciones que proclamaron mediante propuestas pol í t icas de muy diverso

tipo, la creación de normas e inst ituciones jur ídicas y polí t icas que abolieron

formalmente gran parte de los fueros y privi legios de las é lites. A su vez esas

mismas él ites pregonaron hasta el cansancio la igualdad de todos ante la ley,

como manera de mantenerse en sus nichos sociopol ít icos . No obstante, las

sociedades republicanas de los primeros t iempos postindependent is tas no

modificaron sino en lo superficial y parcialmente los s is temas estamentales

90

basados en privi legios grupales heredados de los modelos de dominación

española. Las clases dominantes latinoamericanas l lamadas patr ic iado crio l lo u

oligarquías cr iol las , eran y continúan siendo imitadas cul turalmente por las

clases medias en ascenso social en sus prácticas de exclusión. Esto hace que

estas últ imas al l legar a ascender, instalarse en el poder y fundirse en La

Cultura de las c lases dominantes. Ahora se mantendrán all í cul turalmente

atrincheradas y resist irán durante s iglos las presiones de los grupos e

individuos en situación de opresión y explotación que no l legan a formular

coherentemente sus aspiraciones de igualdad y ascenso social , o que no son

capaces luchar eficazmente por un tratamiento igualitario, o siquiera por uno

menos discr iminatorio que el que han venido soportando durante s iglos.

F ig . 51 . V i s ta de un I nge n io Azu car er o en Cuba , p ub l i cada en La Enc ic l oped ia de Den i s D ide ro t ,

Lám ina 1 , Vo l . I , Par í s , 1762 .

91

F ig . 52 . Fo r ta le za de San Jo rge d ’ E lm ina . Co s ta de Oro , Áf r i ca Occ iden ta l . 1704

Los dirigentes polí t i cos latinoamericanos más “populares” y “progresistas” y

que, se supone, encarnan los intereses de las clases más humildes, al acceder a

cargos de autoridad y poder ya sea como ministros, legisladores, dirigentes

sindicales, directores de empresas estatales, etc . se amoldan a la imagen del

poder proyectada por las clases dominantes y pasan entonces a encarnar los

atributos de los miembros del estamento al que ahora pertenecen, por lo que

92

actúan en consecuencia. Esta cualidad de mimesis psicopática característ ica de

las clases medias en el poder se debe, en parte, al hecho que los nichos

estamentales de arr iba están muy fuertemente instalados y definidos

cul turalmente pero también a que no existe una presión suficientemente fuerte

por parte de los de abajo para sustentar sus reclamos o desplazar del poder a

la nueva clase polí t ica. Esta actitud es vi sible en movimientos y partidos

polí t icos que surgen aún por vías “revolucionarias”70, ya que así se han

denominado muchos de los golpes de estado que han tenido lugar en América

Latina, cuyos perpretadores se presentan como representantes de las masas

desposeídas y cuyos discursos expresan una supuesta intención de arrasar con

el anterior pasado usable de los grupos anteriormente dominantes. Muchos de

estos movimientos, golpes y “revoluciones” se dieron en la segunda mi tad del

siglo diecinueve y comienzos de veinte latinoamericanos, adoptaron nombres

l lamativos y exhibieron acti tudes doctrinarias demagógicas pero, al poco

tiempo, cont inuaban las mismas prácticas de los desplazados, reproducían

idénticas act i tudes cul turales de clase, fuertemente codificadas, en conductas

como las del caudil lo o déspota civi l izador , uno de los personajes t ípicos del

criol l ismo polít ico lat inoamericano de ese período.

F ig .54 . Anón imo . Re t ra to de Po r f i r i o D ía z . Ca .1900 , Guac he sobre lám ina de mar f i l co n mar co de made ra

re cub ie r t o con lám ina de mar f i l t ar aceado con ca rey , mar c o i n te r io r de la t ó n , v idr io convexo

Óva lo : 79 x 66 mm. 139 x 122 mm . Co le c c ió n Museo Soumaya , Méx i co .

70 Lo s cas os de l APRA en e l Pe r ú y de ACC ION DEMOCRÁT ICA en Venezue la s on emb lemá t i co s e n e s t e s e n t ido .

93

F ig .54 .Tovar y Tovar , Mar t í n . Gener a l An ton io Guzmán B la nco , 1880 , ó leo sob re t e la , 240 x 150 c .

Co le c c ión Asamb lea Nac io na l , Caracas .

94

PARTE SEGUNDA EL CRIOLLISMO EN LOS SISTEMAS DE IMÁGENES DE LAS ARTES LATINOAMERICANAS

95

1. Tipos, t ipos ideales, estereotipos y arquetipos: lo t ípico cr iol lo

F i g . 54 . R i ve ra , D iego . Vendedo ra de f lo r e s , 1949 , Co le c c ió n Museo Nac io na l Ce n t ro de Ar t e Re ina So f ía , Madr id

F i g . 57 . Reng if o , Cé sa r . Hombres y f lo r e s d e Ga l ipán en e l a lba , 1980 , Co le c c ión Ga le r ía de Ar te Nac io na l , Caracas .

96

Una parte considerable de los estereotipos del aborigen71 y del mestizo72

dominado, así como del ibérico colonizador dominante , surgió de la necesidad

polí t ica de sis tematizar códigos que intentaban explicar y justi fi car las fuertes

asimetrías sociales, cul turales y psicológicas presentes en las manifestaciones

estéticas de cada una de las diversas clases sociales que conformaban en

Latinoamérica los diferentes modelos de sociedad provincia l hispanizada .

Modelos más o menos similares habían sido implantados por las naciones

imperiales en sus colonias ante una general izada pasividad o impotencia por

parte de los colonizados ante los desequi l ibrios de fuerza, ciencia y técnica,

en suma poder polí t ico-mil i tar en el lado de los poderes imperiales. Los

procesos de descolonización, iniciados en la América Española desde fines del

siglo dieciocho73 pero que se concretarían a comienzos del siglo diecinueve,

71 La pa labra abo r igen de s ig na a lo s pob lado re s o r ig i na le s de la t i e r ra donde v ive n . E t imo lóg icamen te se r e f ie r e a a lgo o a lg u ie n s i n o r igen , lo c ua l r e s u l ta c on t rad ic to r io . Una mane ra más co r re c ta de denomina r a lo s pob lado re s o r ig i na le s s e r ía con e l t é rm i no na t ivo . E n la pa labra abo r igen e l pr ef i jo ab debe en tende r se como des de , e n opo s ic i ó n a ad que s ign i f i ca ha c ia . Po r l o tan to , abo r igen qu ie re dec i r desde e l o r igen . Se ha e s tab le c i do que e l hombre amer icano t ie ne una a n t ig üedad no in fe r io r a lo s 15 m i l año s y que s u o r igen e s p l u ra l : A s ia , Po l ine s ia , q u i zá s Áf r i c a . S u s c u l t u ra s p r im i t i va s e s tuv ie ron l im i tadas po r e l de s cono c im ien to de lo s an ima les de t i r o y s i l la , de la r ueda y de lo s ce rea les pan i f i cab le s . E l hombre ame r icano u s ó de la p ied ra ta l l ada y p u l ida , la ob s id ia na , e l cob re , e l o ro y l a p la ta , la t umbaga , y mezc la s de l o r o y cobr e . F ue u n ex im io te jedo r y c u l t ivó e l a l godón y c r ió an ima le s que le d ie ron la la na para pr oduc i r co n mae s t r ía tex t i le s que se conse r va ron i n ta c to s duran te s ig lo s , t amb ién f ue un ce rami s ta o a l f ar ero admi rab le , como lo te s t imon ia n lo s r e s to s enc on t r ado s en toda Amér i ca .

72 Mes t i zo qu ie re dec i r mezc l ado , e s un t é rm ino que p ro cede de l la t ín vu lgar mix t i c iu s , de l la t í n mix t u s , par t i c ip io de mi s ce r e , «mezc lar» , u t i l i zado para de s ig nar a i nd i v iduo s c uyo o r ige n s e s upone compue s to de do s ra za s o cu l t u ra s d i s t i n ta s . E l té rm ino es mayo rmen te emp leado en Amér ica para refe r i r se a l me s t i za je de la s r a za s eur opea y amer ind i a , y que hab i ta n a lo la rgo de l con t inen te amer icano , de sde la s p rade ra s de l no r te á r t i co canad iense s ha s ta la Pa tagon ia a rgen t i na y c h i l e na en e l s u r . E n o t ra s r eg ione s y pa í s e s p rev iamen te ba jo domi n io c o lo n ia l e spaño l , po r t ugué s o f rancés , va r ia n te s de l té rm ino podr ían tamb ién emp lear s e para de s ignar a pe r s onas de o t ras mix tu r as r a c ia l e s e n la c ua l e l u no s ea una raza i nd ígena y la o t ra una co lo n ia l e u ropea . E n F i l ip i na s , e l té rm ino mes t i s o , o mi s t i s o , e s una r ef er enc ia gené r ica que de s ig na a t odo i nd i v id uo de a s cendenc ia m ix ta , de raza i nd ígena f i l ip i na y c ua lqu ie r e s t i rpe ex t ran je ra ( c h i na , e spaño la o japone sa ) .

73 E n 1791 com ie nza la r ebe l i ó n en Ha i t í . A f i ne s de 1791 , F ranc ia env ió u na Com is i ó n C i v i l que en t r e s u s p r in c ipa le s ob je t i vo s t e n ía e l de favo re ce r una a l ia nza en con t ra de lo s negro s . Per o pese a hace r causa común en s u e n f ren tam ien to con lo s negro s , la a l ia nza en t r e b lanco s y mu la to s r epo saba en bas es muy ine s tab les . E n marzo de 1792 lo s mu la to s ob t u v ie ron de l gob ie r no f rancé s la equ iparac ió n de s u s de re cho s con lo s b lanco s , aunque e s t o no ev i tó que con t i n ua ran lo s con f l i c to s in t e r é t n ico s e n t r e l o s dos gr upo s de p rop ie ta r io s . E n s ep t iembre de 1792 l legó a Cap F ranço i s una segunda Com is ión C i v i l , a compañada de una exped ic ió n de 6 .000 so ldado s que te n ía como p r i n c ipa l ob je t i vo acabar con l a r e vo l uc ió n . Ambos bando s bus ca ron a l iado s ex ter no s . M ien t r as lo s negro s s e in c l i na ron hac ia lo s e s paño le s de San to Dom ingo , pe ns ando en que é s t o s de seaban re cupe rar e l co n t r o l po l í t i co s obr e la t o ta l idad de la i s la , lo s b lanco s y mu la to s op ta ron po r lo s b r i tán ico s , dada la v ie ja r i va l idad que lo s e n f r en taba a F ranc ia y s u de seo de apode rar se de la co lo n ia ga la . Lo s je f es r ebe lde s B ia s sou y Jean F r anço i s , a umen ta ron s u s con tac t o s con lo s e s paño les , que le s p rove ían a l imen to s , a rmas y mun ic io ne s , pensa ndo que se t ra taba de la me jo r mane ra de expu l sa r a lo s f rance se s . Por s u par te , l o s grande s b lanco s p id ie ron a lo s b r i tán ico s de Jama ica e l e nv ío de una f ue r za a rmada q ue acabara con la r ebe l i ó n de lo s e s c lavo s , lo q ue po s te r io rmen te le s perm i t i r ía r e so lve r la c ue s t ió n de lo s mu la to s . Lo s g rande s b la nco s s e man i f e s ta ron con t r a e l gob ier no revo luc io na r io , po r la po s tu ra que te n ía f avo rab le a lo s mu la to s . La l l egada de lo s ja cob i no s a l poder en Par í s agud i zó aún más la s i t uac ió n y la gue r ra que e s ta l ló con t ra Gran B re taña , Ho la nda y E spaña p ron to r epe r c u t ió e n la co lo n ia . En Jama i ca se r e cog ió con in t e ré s la p ropue s ta de lo s d ueño s de p lan t ac io ne s y s e env ia ron t r opas que en co r to t i empo o cupar on e l s u r y la co s ta oe s te de Ha i t í . Lo s b r i tán ic o s pensaban que con la inva s ió n tamb ién podr ía n r e cupe ra r e l co n t r o l de la p roducc ió n azuca re ra . Lo s e spaño le s i nvad ie ron e l s e c to r f r ancé s y ráp idamen te

97

dieron lugar a guerras vio lentas mientras que la implantación de tales modelos

de sociedad se general izaron en Asia y África y sería sólo hacia mediados del

siglo veinte que en esas sociedades se emprenderían esfuerzos anticoloniales y

reivindicat ivos de importancia, l levados a cabo generalmente por miembros de

los estamentos más bajos, donde se ubicaban casi siempre los individuos y

grupos que portaban consigo las reservas de repertorios de signos y s ímbolos

ancestrales de las culturas aborígenes. En América Latina, luego de los procesos

independentistas y ante sociedades que ya habían absorbido un número

considerable de esclavos importados de África74 y ante la ausencia de

cambios sociales significativos luego de las guerras de independencia, muchas

de las tensiones producto de reivindicaciones sociales se expresaron en forma

de movimientos indigenistas , afroamericanistas o négri tudes .

conqu i s taron la mayo r par te de l no r te de la co lon ia , g rac ia s a l apoyo de lo s negro s s ub le vado s . E l 1 de ene ro de 1804 De s sa l i ne s y s u s s egu idor es p ro c lamaban la i ndependenc ia de Ha i t í (e l nombre amer ind io de La E spaño la ) . S igu ie ndo e l e jemp lo de Napo león , De s sa l i ne s s e p ro c lamó emperado r , pe ro en 1806 se r ía f u s i lado . Co n po s te r io r idad , e l No r te y e l S u r de l pa í s s e s epara ron ba jo gob ie r no s d i f e ren te s . E l No r t e , co n cen t r o en Cap Ha i t i e n , f ue gobe rnado po r Henr i Cr i s tophe , que l uego de hace r s e co ronar , r e i nó como Henr i I , e n t r e 1806 y 1820 . S u r e i nado f ue s umamente duro y s e ve ro , lo que t e rm i nó generando una g ran r ebe l ió n en 1820 , momen to en e l que se s u i c idó . E l S u r f ue pue s t o ba jo e l c on t r o l de A lexandre Pe t io n , e l "p re s iden te de la Repúb l i ca de Ha i t í " , que gobe rnó en t r e 1808 y 1818. Se t ra taba de u n mu la t o educado en F r anc ia , l ibe ra l , que pe rm i t i ó e l f l o r e c im ie n to de la s l ibe r tade s en s u te r r i to r io . Pe t io n f ue s uced ido po r Jean P ie r re Boyer , q ue t ra s e l s u i c id io de Cr i s t ophe , r e u n i f i có l a i s la . 74 Lo s da to s s obr e e l n úme ro de e s c lavos t ranspo r tado s a Amér ica de sde Áf r i ca en t r e e l s ig lo XV I y com ienzo s de l XX , va r ían cons ide rab lemen te . La tab la q ue i n c lu imo s e s una de la s más conse r vado ra s . Datos tomados de Paul E. Lovejoy Transformations in Slavery, Cambridge University Press, 2000. pp. 233-34

Exportaciones de Esclavos por Región 1650-1900

Región Número de esclavos registrados %

Senegambia 479.900 Alta Guinea 411.200 Costa Occidental 183,200 Costa de Oro 1.035.600

2.016.200 1.463,700

Costa Centro-Occidental 4.179.500 Sur Este 470.900

10.240.200

98

F ig . 58 . E va ns , R ic ha rd . R e t r a to de l R ey Henr i I . 1816 , ó leo sob re t e la .

Co le c c ió n Nemour s , P ue r to R i co

99

F ig . 59 . F ranço i s Dom in iq ue Tous sa in t Lo uve r tu re (1743? -1803) . Según Jo seph Du lompre en

Un iv e r sa l H i s to r y o f t h e 19t h Cen tu r y

Los núcleos tradicionales en las sociedades provinciales estaban consti tuidos ,

en su mayoría, por miembros de grupos que habían sido demográficamente

importantes en los primeros t iempos de la conquista pero que violentamente, o

poco a poco, habían sido exterminados por enfermedades o por las guerras y

la explotación sistemática. A esos primeros grupos se sumarían luego los

esclavos africanos y sus descendientes. Son estos los grupos que, para el fin de

la dominación española, conformaban la base social de las sociedades

latinoamericanas y const ituían las clases75 sociales más bajas dentro de la

75 Una c la s e s oc ia l , e s una ca tego r ía den t ro de un s i s tema s o c ia l de c la se s . E s un t ipo de e s t r a t i f i cac ió n s o c i a l e n e l que la pos ic i ón s o c ia l de un i nd i v iduo se de te rm ina bás icamen te po r c r i te r io s e conóm ico s . E l s i s tema de c la se s e s t íp i co de la s s o c iedade s ind us t r ia le s mode rnas . L a mov i l idad so c ia l imp l i ca y r e cono ce que t odo s lo s ind iv id uos t ie ne n la po s ib i l i dad de e s ca la r o a s cende r en s u po s i c ió n s o c ia l po r s u mé r i to u o t r o fac to r , lo c ua l s i gn i f i ca u n q u ieb re en u na o rgan i zac ió n e s tamen ta r ia , donde cada pe r sona es tá ub i cada según la t rad ic ió n en s u l ugar . La c la s e s o c ia l a l a que pe r te ne ce u n i nd i v id uo de te rm ina s u s opo r t un idades de v ida en a spec to s que no se l im i tan a s u s i t uac ió n e conóm ica s i no tamb ié n a s u s mane ras de compo r ta r se , s u s gus t o s , le ng ua je , op in io ne s e i n c l u so las c r eenc ia s é t i ca s y r e l ig io s as s ue le n co r re sponder se a la s de la po s i c ió n s o c ia l o es ta tu s s oc ia l a la que pe r te ne ce e l ind iv id uo . S i b ie n e l co ncepto f ue fo rmu lado po r Kar l Marx ,

100

estructura de clases sociales americanas, para ese entonces estratificada en un

sistema de castas76. En la América colonial las castas estaban ordenadas en

una tipología que las definía y en las que se incluían los blancos (españoles y

criol los), los l ibres (mest izos y mulatos de diversas mezclas) , los indígenas y los

esclavos.77

po s te r io rmen te Max Weber le agrega o t r o s además de lo s e conómi co s . Ve r Marx , Ka r l , E l Cap i t a l , S ig lo XX I Ed i to re s , 2001 .

76 E l o r ige n de l s i s tema de ca s ta s no e s tá c lar o per o par ece que lo s pueb lo s a r io s que i nvad ie ron la pen í n s u la Indo s tán i ca a par i r de l 1500 a .C . e n ade la n te t r a je ron ya e sbozada e s ta f orma de o rgan izac ió n s o c ia l que pau la t i namen te s e ex tend ió po r e s e te r r i to r io y a la vez que f ue to r nándo se más comp le jo . E l té rm ino ca s t a , de l la t í n ca s t u s (pu ro ) , f ue adop tado po r lo s m is i o ne ro s po r tugue se s e n e l s ig lo XV I . En sáns c r i to s e emp lean do s vo cablo s , va r na y j a t i . Varna a l ude a l co lo r de la p ie l y c omprende cua t ro ó rdene s je rá rqu i co s , s egún de s c r ibe la m i t o log ía h i ndú , s igu ie ndo c r i te r io s de pureza : e n la c ú sp ide se s i t úan lo s bramanes , que t ie ne n a t r ibu ida l a i n te rp re tac ió n y ens eñanza de lo s t ex to s sagrado s , además de la s f unc io ne s sace rdo ta le s . Lo s s ha t r i ya s s o n cons ider ado s t rad ic io na lmen te como gue r re ro s y o s t e n tan e l pode r tempora l . L o s va i s ya s s o n e l pueblo l lano y , por ú l t imo e s tán lo s s ud ras que s on l o s s ie r vo s . Lo s bramanes , e l o rden más puro , han man ten ido h i s t ó r i camen te s u s upe r io r idad en e l e s ca la fón y domin io s ob re lo s demás . Hay una eno rme masa de pe r sonas exc lu ida s de e s te s i s t ema , l o s pa r ia s o i n to c ab le s , co n temp lados den t r o de l menc io nado c r i t e r io de pureza como lo s más con tam inado s y que cons t i t uyen e l e s t r a to más ba jo de la s o c i edad . La s ca s tas so n en par te s im i la re s a lo s e s tamen tos y en par t e a lo s c lanes . Lo s c lane s s o n co lec t ivo s de una na tu ra leza muc ho más pr im i t i va . Según a lguno s so c ió logo s , la s ca s ta s , lo s e s tamen to s y la s c la se s s e d i f e renc ia n , además , po r la r ig idez de s u s l ím i te s , . E s impo s ib le pasa r de una ca s ta a o t ra (ex cepto para aba jo ) y e s muy d i f í c i l e s capar de un e s tamen to . La s c la se s , po r o t r o lado y de acue rdo c on a lgunos s o c ió logo s , s o n teó r ic amen te " lega lmen te ab ie r tas per o en la p rác t i ca s em ice r r adas " . Veáse : TÖNN IES , F ERD INAND , " E s ta te s and C la s se s " , e n Bend ix , R . a nd L ip se t , S . M . (ed . ) : Cla s s , S t a t u s a nd Power : A Reader in So c ia l S t r a t i f i ca t io n , The F ree P res s , 1953 , pp . 49-62 y tamb ién SOROK IN , P I T IR IM , "What i s a So c ia l C la s s ? " , e n B end ix , R . and L ip se t , S . M . (ed . ) , op . c i t . , pp . 87-91. 77 E l sa ce rdo te José Gumi l la d i s t ingue 4 generac io ne s p r i n c i pa le s : a ) de europeo e ind ia sa le mes t i zo (dos c ua r to s de cada par t e ) , b ) de europeo y me s t iza sa le c ua r te rona ( c ua r ta par te de i nd ia ) , c ) de eur opeo y cua r te rona sa le o chavona (o c tava par te de ind ia ) y d ) de europeo y o chavona s a le puchue la (e n te r amen te b la nca ) . E n e l s ig lo XV I I I s e gene ra l i zó en Venezue la e l emp leo de l té rm ino pa rdo para de s ignar , de mane ra impre c i sa , a lo s que de s cend ían de l c r uce é t n ico en t r e negr os y b lanco s . E l t é rm i no mu la to s e emp leó tamb ién con f r e cuenc ia como s inón imo de pa rdo . E l zambo (mezc la de ind io y negra , o v ice ve r s a) , mor i s co ( h i jo de e spaño l y mu la ta ) , coyo t e (mezc la de me s t i zo e i nd ia ) , t e n te e n e l a i r e ( h i j o de zambo y t e r c e rón o cua r t e rón ) e in c l u so , ha s ta e l mes t izo , s o l ían s e r menc io nado s en e l s ig lo XVI I I venezo lano como i n t egran te s de l grem io de lo s pa rdo s . E s bueno re co rdar e s to s concepto s y ca tego r ía s ya que hay q ue in s i s t i r s iempre en q ue la s gue r ra s de independe nc ia ─ s obre todo la venezo lana ─ f ue ron tamb ién guer ra s s o c ia le s o guer ra de co lo r , como la de nomi naba Bo l í va r . Ve r s u Car ta de Jama ica , de 1815 . Tamb ién e l 25 de mayo de 1828 , Per ú de la Cro ix y e l comandan te W i l s o n habr ían o ído dec i r a l L ibe r tado r en Bucamaranga q ue : " . . . la muer te de l gene ra l P i ar f ue en tonce s de ne ce s idad po l í t i ca y sa lvado ra de l pa ís , po rque s i n e l la iba a empezar la gue r ra de lo s hombre s de co lo r con t r a lo s b lanc os , e l ex te rm in io de t odos e l l o s y po r cons igu ien t e e l t r iu n fo de lo s e spaño le s : que e l ge nera l Mar i no mer ec ía la mue r te como P ia r , po r mot i vo s de s u d i s idenc ia , pe ro que s u v ida no p re sen taba la m ismo s pe l ig ro s y po r e s to m ismo la po l í t i ca pudo cede r a lo s s e n t im ien t os de h uman idad y a un de am is tad po r u n a n t iguo compañe ro " . Ver : S ISO, CARLOS . La f o rmac ió n de l p ueb lo ve nezo la no e n E s tud io s Soc io lóg ico s . 6 ª ed . , Ed ic io ne s E s c r i t o r io S i s o , Caracas -Madr id , 1982 y Lu i s Pe r ú de la Cro ix , D iar io d e Buca ramanga , Ed i c io ne s de la P re s idenc ia de la Repúb l i c a , Caracas , 2005 . pp . 59 .

101

F ig . 60 . Se l l o de co r reo s de Ha i t í . 1904 .

E l emperado r Jean Jacque s De s s a l ine s

F ig . 61 . Se l l o de co r reo s de Ha i t í . 1904 .

E l P re s iden te A lexande r Sabe s Pe t io n

En su teoría de los t ipos lógicos Bertrand Russell afirmaba que una clase de

objetos es de un tipo lógico superior a sus miembros y que, dado que los t ipos

lógicos no se pueden confundir, ninguna clase puede contenerse a sí misma

como miembro. Igual sucede con las proposiciones. Russel l postulaba que una

102

proposición sobre las proposiciones no debe confundirse con la proposición a

la que se refiere y, según su teoría, las afirmaciones autoreferenciales no son

verdaderas ni falsas sino que, senci l lamente, no tienen sent ido, const ituyen un

sinsentido.

F i g . 62 . T ipo s rac ia le s s egún un d ibu jo de E . Wa l lcous i n s .

H is t o r ia d e lo s M i to s d e Bab i l o n ia , Londre s , 1890 .

Tal vez uno de los aportes más importantes para la comprensión de los t ipos o

clases en las ciencias sociales sea la propuesta por Max Weber78 en su

concepto de t ipo ideal . Este concepto respondía a la argumentación de que

ningún sis tema cient íf ico es capaz de reproducir ninguna realidad concreta, de

manera total y que ningún aparato crí t i co-conceptual es capaz de hacer

just icia a la diversidad de los fenómenos particulares. Weber afirmaba que

78 E LWELL , FRANK , 1996 , The S oc io log y o f Max Weber , 1969 .

103

cuando a las ciencias sociales se les presentaba el di lema de seleccionar los

instrumentos para operar con su aparato conceptual , era muy probable que se

dejase por fuera lo que más dist intivo del fenómeno que se deseaba estudiar.

F ig . 63 . Po r tada de la r e v i s t a Amer ican Ph r e no log i ca l Jo u r na l .

Nue va Yo r k , marzo1848

El criol l ismo es uno de estos fenómenos frente a los cuales las

conceptual izaciones tradicionales de las ciencias sociales no ofrecen

herramientas suficientes y necesarias para realizar comparaciones con

104

fenómenos análogos y/o relacionados. La noción de Weber de t ipo ideal

ofrece una sal ida. Un t ipo ideal sería entonces un constructo analí t ico que se

ofrece al invest igador como herramienta para establecer tanto las simil i tudes

como las dist inciones en casos concretos de estudio comparado. Dice Weber:

Un t ipo ideal está formado por la acentuación unilateral de

uno o varios puntos y por la síntesis de los diversos, difusos,

discretos o más o menos presentes y ocasionalmente ausentes

fenómenos individuales concretos, organizados según esos

puntos de vi sta uni laterales enfat izados en un constructo

analí t ico79.

Un t ipo ideal , como podemos ver, no se refiere entonces a los ideales morales

de ninguna persona en particular, ni tampoco a promedios estadíst icos, por lo

que si pensamos en un t ipo ideal criol lo veremos que éste puede ser muy

diferente de un criol lo t ípico . Un t ipo ideal criol lo correspondería, en el

concepto de Weber, a un conjunto o repertorio de conductas y cursos de acción ,

pues los t ipos ideales de Weber se refieren a los colect ivos y no a las

conductas específicas de los individuos. Debemos entender entonces que s i

ut i l izamos el concepto de Weber estaríamos hablando de lo criol lo en tanto

expresión de un colectivo . Un t ipo ideal entonces nunca responde a un realidad

concreta ni a un individuo, s ino que siempre se aleja de esta. Si el t ipo ideal

está construido a partir de ciertos elementos tomados de la realidad y los

mismos forman un todo coherente y lógicamente preciso, nunca existirá en el

contexto del discurso sobre los criol los como tipología , una representación de

un segmento de la realidad. Es conveniente recordar e ins ist i r entonces que

nunca ha habido ni habrá una corporización empírica y real del t ipo criol lo o

de la bel leza criol la, como no la hay ni la ha habido de la bel leza clás ica, ni

de la ética católica o el l íder carismático , o el profeta . Los t ipos ideales ― y el

criol l ismo es uno de ellos ― han servido a las ciencias sociales para construir

hipótesis que vinculan esos t ipos a través del análisis , con condiciones

presentes en los fenómenos o eventos que son de interés para el investigador,

79 WEBER , MAX . The P ro te s ta n t E t h i c a nd th e Sp i r i t o f Cap i ta l i sm . S imon & S chus t e r , 1977 .

105

o con los que puedan vincularse a efectos de la del imitación de un problema a

investigar. Entonces, si deseamos estudiar las raíces de la estética criol la ,

puede ser recomendable construir un t ipo ideal en el que uno de los

componentes, el de la bel leza criol la, pueda ser definida a part ir de un

conjunto de rasgos f ísicos y atributos morales dist intivos de los miembros de

esa clase de elementos denominados crio l los , junto a aquellos que

consideramos bellos , tal como estos elementos emergieron luego de los

procesos de conquista y transculturación de América por España, Portugal ,

Inglaterra, Francia, Holanda y demás países que part iciparon en la

construcción de ese complejo campo histórico, cultural y estético en el que se

ubican las artes de América Lat ina en general y las artes criol las en part icular.

F ig . 63 . La va te r , Jo hn Caspar . T ipo me lancó l i co , f lemá t ico y co lé r i co .

En sayo de F i s o nomía . Pa r í s , 1789

¿Sería posible, entonces, determinar s i en la conducta concreta de valoración

estética , por ejemplo a mediados del siglo veinte y en el contexto de la

modernidad americana , efectivamente las obras de los art is tas criol l i stas se

aproximan a un t ipo ideal de bel leza que pueda ser caracterizado como criol lo

y en cuáles aspectos se alejan de éste? Ese t ipo ideal de bel leza criol la

expresado en algunas obras de arte, estaría solo construido como proposición

tanto de las artes como de la crít ica del arte latinoamericano y por lo tanto no

correspondería a ninguna persona, mujer u hombre, ni a ningún objeto en

particular y su uti l idad residiría exclus ivamente en permit irnos usarlo como

106

referente para dist inguir entre las conductas selectivas de los hombres y mujeres

que profesaban valores estéti cos propios del criol l i smo y quienes no los

profesaban en las artes y en la l i teratura, en un momento o período histór ico

delimitado por el interés de una investigación concreta. Este tipo de

proposiciones podrían, además, permiti r a la investigación intentar también

algún procedimiento para identificar tanto las relaciones causales como las

conexiones entre el surgimiento de una estética criol la en el contexto de la

modernidad americana concebida en términos t ípicos ideales. Julien Freud80 lo

dijo así :

Al ser irreal, el t ipo ideal t iene el mérito de ofrecernos un disposi t ivo

conceptual con el que podemos medir un desarrol lo real y clarificar

elementos importantes de la real idad empírica.

Max Weber estableció entonces tres clases de t ipos ideales que pueden

dist inguirse por sus niveles de abstracción. En primer lugar estarían los t ipos

ideales enraizados en las part icularidades históricas: la cul tura occidental , por

ejemplo, sería un t ipo ideal que se refiere a los fenómenos que aparecen en

períodos históricos específicos y local izados en áreas geográficas part iculares.

Una segunda clase se refiere a los elementos abstractos de una realidad social

dada y ejemplo de ellos serían conceptos como los de burocracia , feudal ismo o

esclavi tud , que son t ipos ideales que pueden encontrarse en diversos períodos

hi stór icos y en diferentes contextos cul turales y geográficos. Además, están

también los que Raymond Aron81 l lamó reconstrucciones racionalizadoras de

clases parti culares de conductas. Según Weber y Aron, todas las proposiciones,

por ejemplo, de la teoría económica, entrarían en esta categoría pues todas se

refieren a las maneras en las que los hombres se comportarían si actuasen

únicamente por motivos económicos, es decir, s i fuesen únicamente hombres

económicos . Pudiera pensarse que con la teoría estét ica pudiera suceder algo

parecido y entonces: Todas las proposiciones de la teoría estética caerían

80 FREUD , JUL IEN . The s o c io log y o f Max Weber , V i n tage Books , pp . 152 . 81 ARON, RAYMOND . Ma in c u r r en t s i n s o c io log ica l t ho ugh t , Anc ho r P ub l i s he r s , Nueva Yo r k , 1969 .

107

dentro de esta categoría, siempre y cuando los hombres se comportaran

únicamente como hombres que actúan por motivos estéticos.

F ig . 64 . Wa lke r , A lexande r . T ipo g r iego en Phys iognomy founded on Ph ys io logy . Lo ndre s , 1834

Otra herramienta conceptual de importancia a efectos del análisis del

fenómeno del criol l i smo es el concepto de estereotipo que nos permite analizar

la perpetuación de una imagen simpl is ta de una categoría y se refiere a la

jerarquía de valor de una persona, una insti tución o una cul tura. Este concepto

deriva de la imprenta y se aplicaba en el siglo dieciocho a la impresión de

copias a partir de un t ipo original . En este concepto ya estaba impl íci ta la

idea de un origen rígido y único que se reproducía indefinidamente en muchas

répl icas. El concepto de estereotipo, muy uti l izado en la socio logía de la

cul tura, suele ser negat ivo ya que desestima lo individual y lo subordina a

formulaciones predefinidas en t ipologías: los españoles, los criol los, los

lat inoamericanos, los blancos, los negros, los indios. El concepto de estereotipo

está l igado a los prejuicios y es, fundamentalmente, irracional . En su uso

actual, un estereotipo es una imagen mental muy simpl ificada de algún grupo de

gente que supuestamente comparte ciertas cual idades y característ icas

(cualidades t ípicas) . Se considera a menudo que los estereotipos contienen

creencias irracionales resultado de prejuicios que sólo se pueden cambiar con

la educación. Los estereotipos más comunes en el pasado provincial

latinoamericano incluían una amplia variedad de alegatos sobre supuestas

característ i cas de los diversos grupos raciales que const i tuían las clases

108

sociales en las provincias que l legaban hasta a incluir predicciones sobre el

comportamiento de cada uno de los grupos. Se basaban en valores que

correspondían a la jerarquía social de los individuos. No hay más que pasar

revista al l i stado de denominaciones de las castas según el Padre José

Gumil la82, para ver cómo operaban los estereotipos en las sociedades de la

América provincial hispanizada. En la l i teratura y el arte, los estereot ipos son

cl ichés o personajes o si tuaciones predecibles, por ejemplo, en el estereotipo

de la representación cr is t iana del diablo su color es rojo, t iene cuernos, la cola

termina en punta de flecha y l leva en la mano un tridente. Los estereotipos

criol los abundan en la historia de las artes de Latinoamérica y corresponden

tanto a las representaciones de las personas como a temas e imágenes cr iol las

a las que los art is tas cr iol l is tas dieron preferencia.

82 GUMIL LA , JOSÉ , m i s i o ne ro y e tnó logo es paño l ( Já novas de Aragón 1686-en Lo s L lano s , Vene zue la , 1750 ) , au to r de E l Or ino co i l u s t r ado y def e nd ido . Hi s to r ia na tu ra l , c i v i l y geogr áf ica de e s t e g ran r ío y s u s cauda lo sa s ve r t i e n t e s Bar ce lo na : Impren ta de Car lo s G ibe r t y Tu to , 1791 . La s c a s tas mues t ran la comp l i c ada es t r uc tu r a so c ia l q ue se f o rmó en la Nueva E s paña y en e l s ig lo XV I I I hab ía ya u na c la s i f i c ac ió n rac ia l de la s pe r sonas "mezc ladas " . E n e s ta apare c ía u na va r iedad de po s ib i l idade s i n f i n i t a . A lg unas de e l la s s o n :

De e spaño l e i nd ígena - mes t izo De Ind io c on negra - zambo De negr o con zamba - zambo p r ie t o De b la nco con negra - mu la to De mu la ta con b lanco - mo r i s co De e spaño l co n mo r i s c a - a lb i no De a lb i no con b la nco - sa l t a t rá s ( o sa l tapa t rá s ) De ind io c on me s t i zo - coyo te De b la nco con coyo te - ha r n i zo De coyo te con i nd io - c ham izo De c h i no c on i nd ia - cambu jo De cambu jo con ind ia - te n te en e l a i r e De te n te e n e l a i r e con c h i na - no te e n t ie ndo De mu la to con t en t e en e l a i r e - a lbarasado

De e spec ia l i n te r és para e l c r io l l i smo , e s la l lamada "p i n t u r a de ca s ta s " de p r in c ip io s de l s ig lo XV I I I . E s de c i r , imágene s p lás t i ca s que represen taban a la gen te de acue rdo a s u c la s i f i cac ió n rac ia l . E s ta s p i n t u ra s r e f le jan la v ida de la s o c iedad novoh i spana de l s ig lo XV I I I . Mue s t ran la s ac t iv idade s a las que se ded icaban , la r opa que u saban as í como lo s lugare s donde v i v ían . La p in t u ra de ca s ta s co n s t r uye la i d en t idad ra c ia l po r med io de l a r epr e sen tac ió n v i s ua l . E s uno de lo s géne ro s p ic t ó r i co s más fa s c i nan te s de l pe r iodo co lo n ia l e n Méx ic o par t i c u lar men te , y de l s ig lo XV I I I e n gene ra l . E je c u tadas a modo de se r ie s de imágenes conse cu t i vas , la s p i n t u ra s r ep resen tan e l comp le jo p ro ce so de mes t iza je en t r e lo s t r e s g r upos pr i n c ipa les que hab i taban e se te r r i to r io e s paño l : i nd ígenas , e spaño le s y a f r i c ano s . Aunque e l i n te r és po r la c la s i f i c ac ió n de la s razas puede ra s t r ear se desde la An t ig üedad c lá s i ca y dur an te la Edad Med ia , e l t ema e s tuvo en boga e spec ia lmen te dura n te e l s ig lo XV I I I , c ua ndo lo s e s tud io so s y la gen te común b us caban expl i ca r se por qué d i f e r ía e l c o lo r de la p ie l y e l compo r tam ien to de lo s ind i v iduo s . En t r e las c ues t i o ne s más amp l iamen te deba t i das f igu raba e l i n t e n so me s t i za je que se p roduc ía en Amér ica . Ta n to c ie n t í f i c o s como v ia je ro s y f unc iona r io s de la Co rona e spaño la , e n t r e o t r o s , avanzaron s u s h ipó te s i s s ob re la pob lac ió n h íb r ida de l Nue vo Mundo . L a p in t u ra de ca s ta s co n s t i t uye una f uen te va l i o sa de da to s v i s ua le s para la c r í t i ca y la h i s t o r ia de las a r te s de Amér ica Lat i na .

109

F i g . 63 . Woodrow , Ro s s , “ E l educado r popu lar ” . La in f l u e nc ia d e l a mor a l idad y de la i nmo ra l idad e n l a

con tenc ió n . L ond re s , 1890 .

Los estereotipos se han ut i l izado como racionalizaciones ─ reconstrucciones

racionalizadoras de clases particulares de conductas, en el deci r de Raymond

Aron ─ para referirse a las conductas de diversos grupos humanos,

notablemente los judíos , las mujeres , los negros , los indios , los homosexuales , los

extranjeros y a casi todos los colectivos estigmatizados negativamente y que

han estado sujetos a dominación o castigo, genocidio y asesinato. Algunos

antropólogos postulan que, en las primeras etapas evolutivas de las

sociedades humanas la construcción sociocultural de los estereotipos podría

haber tenido un valor selectivo para la supervivencia primit iva de la especie ,

en luchas por e l contro l de territorios y fuentes de recursos así como para la

cohesión del grupo. Ejemplos nefastos de aplicación de estereotipos anteriores

al racismo característ i co de los movimientos nazi-fascistas europeos surgidos

entre las dos guerras mundiales y del apartheid en África del Sur, han sido las

conductas y prácticas discriminatorias contra los aborígenes desde los in icios

de la conquista y colonización de América, que luego se intensificarían con la

l legada de los esclavos procedentes de la costa occidental de África y los

procesos de mest izaje e hibridación cultural.

110

F i g . 64 . Se l l o s de co r r eo s de Méx ico .

El psicoanáli sis también proporciona otra importante herramienta út i l al

anál is is del criol l i smo con el concepto de arquet ipo , i ntroducido en la

psicología por Carl Gustav Jung83, para designar las imágenes que, según su

teoría de lo inconciente colectivo , serían comunes a todos los individuos de la

especie humana y que se transmiten de generación en generación. Los

arquetipos eran, en t iempos de los griegos, ideas referidas a modos de

pensamiento que se representaban a través de personifi caciones de los

fenómenos de la naturaleza en las figuras de los dioses griegos. Platón84

definiría, en su teoría de las ideas , los modelos eternos de las cosas al

establecer un vínculo entre las divinidades supremas – ideas o real idades

supracelestes- y las creaciones existentes en el mundo de la materia. Para

Jung, los arquetipos son unidades de conocimiento intuit ivo presentes en lo

inconsciente colectivo que forman un patrimonio de imágenes comunes a todos

los seres humanos , transmitido a través del arte, los cuentos, las leyendas

populares y los mitos, que se manif iestan en los sueños y en las creaciones

artís t icas así como en todas las producciones en las que interviene la

imaginación del individuo, en las que también incluye las manifestaciones de

las enfermedades mentales. Según Jung, los arquetipos se mantienen ajenos a

la experiencia personal del individuo pero pueden act ivarse en forma de

patrones de conducta cuando éste entra en cr is is y necesita resolver algún

aspecto vital de su psique. Es entonces cuando los arquetipos entrarían a

83 JUNG , CARL GUSTAV. Arque t ipo s e i n con s c i en t e co l ec t i vo . Pa idó s , B ueno s A i r e s , 1972 . 84 P LATÓN , La Rep úb l i ca ,

111

aportar imágenes que pueden orientar la conducta del individuo haciéndole

posible visual izar su propia subjet ividad y verse a sí mismo en el contexto de

su propia vida. En Transformaciones y símbolos de la l ib ido (1912), Jung

introdujo el concepto de imago85 ( imagen) para referirse a los esquemas que

orientan con gran fuerza la experiencia psíquica humana. Algunas de las

imágenes primordiales o arquetipos descri tos por Jung son, por ejemplo, el de

anima, que representa el arquetipo de lo femenino que el hombre y la mujer

t ienen en su subjet ividad y que puede manifestarse ya sea como la madre

primit iva o a la doncel la virgen, o la mujer erót icamente deseable o como el

ideal de mujer; el animus, sería el arquetipo de lo masculino y el correlato del

anima ; también está, por ejemplo, el arquetipo del árbol que s imbolizaría la

persona en su proceso vital de nacimiento, crecimiento y muerte con sus raíces

en la tierra y que produce frutos. Los estudios tanto de Jung como de Sigmund

Freud86 aparecen entonces como complementarios, ya que estudian dos

dimensiones de lo inconsciente: Freud anal izó y teorizó más sobre el

inconsciente individual y Jung sobre lo inconsciente colectivo. Ambos aportes

nos pueden resul tar de gran ut i l idad al intentar comprender eso que l lamamos

el alma criol la , es deci r, al intentar figurarnos la estructura de una psique

criol la, que respondería a un repertorio determinado de imágenes contenidas

en los arquetipos crio l los o más bien en lo cr iol lo como arquetipo .

85 De l la t í n imago e s una imagen o r ep r e s en ta c ió n v i s ua l de un ob je t o med ia n te té cn ica s d i f e ren te s de d i s e ño , p i n t u r a , f o tog ra f ía , v ideo , e t c . En ma temá t i ca , una imagen de una f u nc ió n f e s e l c o n j un to de e lemen to s y para lo s c ua le s ex i s t e un e lemen to x ta l q ue y=f (x ) . E n f í s i ca la imagen óp t i ca de un ob je to e s la p royecc ió n de lo s pun tos de la s upe r f i c i e v i s ib le de l ob je to s ob re un p lano . E n i n f o rmá t ic a hacer una imagen es comp i la r toda la i n f o rmac ió n de un d i s co duro f í s i co e n un so lo ar ch ivo .

86 FREUD , S IGMUND , La i n t e rp r e ta c ió n d e lo s s u eño s . En Obra s comp le t a s . Ba r ce lo na , 1977.

112

2. Diversidad y homogenización

F i g . 66 . De ta l le de la fachada de la Ig le s ia de San Lo renzo , 1728-1744 . Po to s í .

F i g . 67 . B rown , Eve ra ld . Danza de l a V ic to r ia , ó leo s ob re te la , 1976 , Jama i ca ,

Co le c c ió n Organ i zac ió n de E s tado s Amer icano s (OEA)

113

A los fines de su análisis y comprensión, las manifestaciones artís t icas

latinoamericanas87 pueden ubicarse en un continuo virtual construido a

partir de dos polos: diversidad y homogenización. Para operar con una

categoría artíst ica como el criol l i smo , el construir ese continuo hipotético

facil i ta los procedimientos de análisis formal, pues a partir de la

ubicación de las obras objeto de anál is is entre ambos polos teóricos se

posibil i ta el estudio sincrónico de las manifestaciones artíst icas a fin de

caracterizarlas según su ubicación en dicho continuo. En un estudio

sincrónico del cr iol l i smo artís t ico esta doble perspectiva es importante

pues es en las artes visuales, y en part icular en sus códigos formales, uno

de los ámbitos de investigación donde los intercambios e hibridaciones

cul turales pueden ser apreciados con una relativa claridad. Esto nos

permite darnos cuenta de la poca polarización y frecuente fusión de

elementos presentes en nuestras artes y es esa presencia de elementos

que, por una parte tienden a la homogeneización y por otra a la

diversificación, lo que puede caracterizarlas con mayor fidel idad. Ese

movimiento, fundamentalmente l i terario, al que se ha l lamado criol l i smo

art ís t ico tuvo y continúa teniendo hoy importantes exponentes en las artes

plást icas de América Lat ina, particularmente en las expresiones de la

l lamada cul tura popular así como también en l lamada cul tura de masas

latinoamericana contemporánea.

Las manifestaciones plást icas del cr iol l ismo artí st ico distan mucho de ser

algo unívoco y homogéneo, aunque sin duda el fenómeno ofrece a la vista

constantes y estereotipos que aparecen en toda la geografía cultural

latinoamericana, como expresión de diversos momentos hi stóricos del

desarrollo de las cul turas y de las artes y que se insertan en el contexto

de las mismas. Si se real izara, paralelamente al esfuerzo de un estudio

87 En la v i s ió n de Jo sé Lezama L ima , e l bar ro co es cons ide rado como la p r ime ra expres ió n ve rdade ramen te amer i ca na . Pa ra e s te au tor “Amér i ca” como image n e s ta r ía f o rmada por con j un t o s de t ex to s c u l t u ra le s que se en t r e te je n e n una “ fábu la i n t e r tex tua l ” y e l deven i r ame r i cano se r ía una “e ra imag i na r ia ” e n la que han s ido depo s i tado s imag i na r io s d i ve r so s que d ia logan en t r e s i . Para Lezama , e l ba r ro co de Amér i ca s upe ra r ía en s u s concepc io ne s y e je cuc ió n a l eu r opeo , l o q ue da l ugar a que e l a u to r p roponga que lo s a r t i s ta s de l bar ro co amer i cano habr ía n l l e vado a cabo una ope rac ió n a r t í s t i ca de “ con t r aconqu i s ta ” s ob re las f o rmas de l a r te e uropeo . E jemp lo de lo s a r t i s ta s que ope ran e s ta hazaña bar ro ca s on para Lezama e l A le jad inho (An ton io F ranc i s co L i sboa , 1738-1814 ) en B ra s i l y J o sé Kondo r i e n Bo l iv ia , co n s u monumen ta l ob ra a rqu i te c t ón i ca y es cu l tó r i c a de la ig le s ia de San Lo renzo de Po to s í . Ve r : Le zama L ima Jo sé . La exp r e s ió n amer icana . Fo ndo de Cu l t u ra Económi ca , Méx ico 1993 .

114

sincrónico, el de una construcción de tipologías de obras, es decir , un

orden razonado de conjuntos de tipos y subtipos según sus característ icas

de homogeneidad/diversidad , pudieran dividirse las manifestaciones del

cr iol l ismo artís t ico según los criterios propuestos configurando una

tipología de relaciones entre los polos divers idad/homogeneidad . Veríamos

en las t ipologías resul tantes cómo aparecen a causa de intensas presiones

homogenizadoras y modernizantes, famil ias de rasgos t ípicos vis ibles se

han atribuido a los estereotipos criol los en tanto t ipos culturales ideales .

Tales rasgos serían producto de un imaginario latinoamericano que se

expresa en lo cr iol lo y que identifica, construye y separa: lo criol lo , e l

hombre criol lo y la mujer criol la , el paisaje criol lo , el l ugar criol lo , con sus

atributos de bel leza cr iol la , en tanto y cuanto tipos ideales en el sentido

weberiano, diferentes de los t ipos de lo blanco-cosmopol ita-puro , lo

indígena y lo africano pues lo criol lo como tipo ideal, absorbe y s intetiza

todos estos t ipos y los trasciende .

F i g . 68 . M is s B ra s i l e n t ra je t íp ico . M is s Un ive r so 2003

Pero la contaminación del criol l i smo en el melt ing pot de la cultura de

masas contemporánea, ha invadido todo aquello que un realismo criol lo

115

fuertemente cr ít ico sentía la necesidad de registrar e incorporar a códigos

artís t i cos de expresión. Hoy en día lo t ípico , se ofrece al público de los

medios masivos como estereotipo criol l is ta contenido en nuevos t ipos

ideales construidos partir de una contaminación de elementos cada vez

menos criol los y cada vez más fáciles de identificar con los desfasados

estereot ipos de Hollywood y aún con las revistas musicales europeas de la

posguerra, cuya imagen puede ser la de la art is ta del vaudevi l le del

período de entre guerras, Josephine Baker.

F ig . 69 . Anó n imo . Jo seph i ne Bake r como L a C l eopa t ra de l Ja zz . 1936 . Co l . Mary S t ra us s , S t . Lou i s

Al operar con los códigos expresivos del criol l i smo un art is ta

latinoamericano se encontraría en medio de tensiones que resultan, por

una parte, de las presiones que lo empujan hacia la homogenización ― lo

que hipotét icamente le garant izaría un mayor espectro de decodificación

y lectura y por ello de ampl itud de mercado artís tico ― y por la otra de

las que proceden de la necesidad de conservar, afirmar y aludir a una

116

diversidad de orígenes, que empujan al artista hacia lo originario-

primigenio, lo que resul ta en obras mucho más cr ípticas y mister iosas con

un ámbito mucho más restringido de decodif icación e interpretación.

F ig . 70 . Lam , W i f redo . La j ung la . 1943 , guac he sobr e pape l mon tado sobre t e la , 239 , 4 x 229 , 9 cm .

Co le c c ió n Museo de Ar te Moder no de Nueva Yo r k

A la hora de revisar la obra de muchos artis tas latinoamericanos, resul ta

entonces conveniente recordar que están representando, o aspiran a

representar o a crear, elementos y configuraciones a-típicas con

caracterí st icas y rasgos propios y únicos, tenidos como esenciales , que

hipotét icamente diferenciarían sus obras tanto de lo cr iol lo como de lo

originario pero sobre todo de lo extranjero , entendida esta últ ima

categoría como el conjunto de rasgos visibles presentes en las artes

visuales de otras formaciones sociohi stóricas, particularmente los que

encontramos en las manifestaciones de las cul turas y las artes de las

117

formaciones sociohistór icas que han dado sus aportes a las cul turas

latinoamericanas a lo largo de la histor ia

Cuando entramos a operar analí t icamente con una categoría como el

cr iol l ismo art ís t ico desde la crí t ica o la histor ia del arte, nos damos cuenta

que estamos ante una forma de esencia lismo : l i terario, pictórico ,

escul tórico, arquitectónico, etc . , que esti l í st icamente debe hacer frente a

una necesidad de incorporar constantemente nuevos códigos que lo

diferencien esencialmente de otros esti los plást icos, caracterizados como

originarios o como extranjeros . Esa necesidad de incorporación de nuevos

códigos esti l í st icos resul ta no sólo entonces de las presiones producidas

por la aceleración de los procesos históricos, sino de nuevas lecturas y

decodif icaciones de entornos cuya comprensión histórica se ha ido

ampliando y se amplía de manera constante a través de la dinámica de

los intercambios artíst i cos. Aún antes de la l legada de los europeos, los

entornos locales y sus cul turas y las artes en el seno de las mismas, se

ampliaban a causa de guerras e invasiones por lo que se producían

importantes procesos de hibridación cul tural como fue el caso de las

cul turas de Mesoamérica con anterioridad a l legada de Hernán Cortés. Ya

para los t iempos de la l lamada modernización y debido a la permanente

transculturación a la que estuvieron y siguen estando sometidas las

diversas cul turas latinoamericanas, las presiones globalizantes traían

consigo desde hacía siglos un inevitable impulso de homogeneización que

entraba en confl icto con una voluntad diferenciadora característ ica de la

voluntad artíst ica88 que podemos percibir en las estét icas que gobiernan la

expresión en las diferentes cul turas artís t i cas de América Lat ina, tal como

estas se han concretado hi stór icamente en las artes vi suales

latinoamericanas y en particular en las expresiones que se subsumen

dentro de esa categoría art ís t i ca denominada criol la o criol l is ta.

88 Kuns two l l en e s e l té rm ino que u s ó e l teó r i co aus t r iaco de l a r te A lo i s R ige l para de s ig nar e l impu l s o de la vo l un tad q ue l l e va a l a r t i s t a a c rear una obra de ar te . Pa ra R ige l e s una c ond i c ió n de la ex i s te nc ia de una obra de a r te . Ve r : Ocampo E s te la y Pe ran , Mar t í . Teo r ía s d e l Ar t e . I ca r ia Ed i t o r ia l , S .A . Bar c e lo na , 2002 , pp . 45-46 , 79 , 104-111 .

118

La aceleración de los procesos de modernización, con sus correspondientes

fenómenos de hibridación cul tural en América Latina, también ha traído

consigo una condena al atraso, lo que de hecho condenaba a la exclusión

a una gran parte de las manifestaciones artí st icas de las cul turas de

grandes sectores población que por causas hi stóricas habían pasado a

engrosar las fi las de los vencidos y que se ubicaban en un pasado

correspondiente a períodos de la histor ia de las artes en Latinoamérica

que fueron largamente ignorados, menospreciados o insuficientemente

comprendidos. Luego del inicio de los intercambios art íst icos entre

latinoamericanos y europeos quienes vivían en condiciones de esplendor

pasaron a vivir en condiciones de extrema pobreza material conservando,

no obstante, importantes patrimonios intangibles de gran valor en términos

de memoria cul tural y de tesoros artí st i cos, la mayor parte de las veces

ignorados hasta bien entrado el siglo veinte. Fueron esos cont ingentes de

población lat inoamericana los que unidos a los esclavos traídos de África

pasaron a engrosar las multi tudes que viven en las condiciones

socioeconómicas y cul turales que se ha convenido en l lamar tercermundistas

y que son caracterizadas por su marginalidad o exclusión de los

intercambios art íst icos con centros metropol itanos con altos niveles de

producción y consumo cultural. En los albores del siglo veint iuno, una gran

mayoría de los descendientes de esos lat inoamericanos continúan viviendo

en dos mundos: el de los descendientes de los conquistadores y el de los

conquistados. El examen de los procesos históricos que han conformado las

sociedades l lamadas criol las no puede prescindir entonces de una revis ión

y comprensión exhaust iva de los modelos sociopolí t icos y jurídico-

inst itucionales que determinaron y permitieron integrar o excluir de los

intercambios artí st icos y de la escri tura de la historia de las artes

latinoamericanas los procesos que se daban en el contexto de las

corr ientes cul turales dominadas por los intereses de élites y que excluían

la expresión artís t ica de mi l lones de seres condenados a ser vistos como

folklore , en el mejor de los casos. Es claro que los elementos culturales y

artís t i cos aportados por los diversos invasores primero, por los esclavos

traídos de África luego y por los inmigrantes europeos durante los siglos

diecinueve y veinte , una vez l legados a las diversas sociedades e

119

hibridazados en las cul turas de América Lat ina en dist intos momentos,

aportaban visiones del mundo configuradas y contenidas en los diversos

paideumas que se venían enfrentando en los territorios culturales y

artís t i cos latinoamericanos desde el siglo quince y que son, prácticamente,

los mismos que continúan hoy enfrentándose en todos los ámbitos de acción

polí t ica incluida la lucha cultural, a comienzos del s ig lo veintiuno, como se

puede constatar al revisar un sinnúmero de textos y documentos de la

histor ia y la cr ít ica de las artes en América Latina en los que se

confrontan las imágenes del Nuevo Mundo en el imaginario europeo.89

F ig . 71 . Le Moyne , Jacque s , Rene Gou la i ne d e L audonn i e r e y e l J e f e I nd io A t ho r e v i s i ta ndo la Co lumna de

R ibau t , ca .1570 , g uache sob re pe rgami no , B ib l io te ca Púb l i ca de Nueva Yor k .

89 E l p ro ce so med ia n te e l c ua l e l Nuevo Mundo encon t ró lugar en e l imag i na r io e u ropeo f ue le n to , p ue s imp l i c aba rev i s io ne s de es quema men ta le s , imágene s an ces t ra le s y pa t rone s de pensamie n to . As í c omo f ue conf l i c t i va la in c or po rac ió n de l Nuevo Mundo a lo s s i s temas e conómic os y po l í t i co s eu r opeo s , la i n co rpo rac ió n de lo amer ica no a lo s s i s t emas i n te le c tua le s de Eu r opa se r ea l i zó g radua lmen te , de sde lo s cons t r uc to s med ieva les y de l Renac im ie n to t emprano , pasando po r la s u top ía s de lo s human is ta s y ha s ta b ien en t rado e l s ig lo d ie c i s i e te , la s d i s c r epanc i a s e n t r e imagen y r ea l idad er an pr of undas . Ve r : E l l i o t , Jo h n . Th e O ld Wor ld a nd th e New 1492-1650 . Cambr i dge Un i ve r s i t y P re s s , 1970 .

120

F ig . 72 . Le Moyne , Jacque s . De l l ib ro The Work of Ja cque s L e Moyne De Morgues : A Hugueno t Ar t i s t in

F rance , F lo r ida and Eng land . Museo B r i t án ico , Lo ndre s , 1977 .

F ig . 73 . Me r ian , Mar ía S ib i la , Un c a imán de S ur i nam lu c hando con una fa l s a s e rp ie n t e c o ra l , Áms te rdam ,

ca . 1701-1705 , d ibu jo s ob re pe rgami no . Museo B r i t án i co , L ondre s

121

Para f ines del s iglo diecinueve y comienzos del veinte , las o leadas

migratorias europeas que formarían los ejérci tos de la modernización

latinoamericana ─ integrados por gente prácticamente expulsada de sus

países de origen por causas muy diversas pero casi todas

fundamentalmente relacionadas con los brutales procesos de

industrialización iniciados en Europa desde fines del siglo dieciocho ─

traían consigo no sólo profundos resentimientos s ino ideologías, mitos,

utopías y lenguas90, por lo que uno de los primeros obstáculos a los que

debe enfrentarse cualquier teorización sobre lo lat inoamericano, como

supuesta unidad cultural, es el de una diversidad poblacional , l ingüíst ica y

cul tural que hace imposible descr ibir a Lat inoamérica salvo como

diversidad .

90 Ser ia po s ib le p ropone r un e squema de l pa ideuma la t ino amer icano a par t i r de lo s e s tud io s d iac rón ico s de léx ic o de l e spaño l de Amér i ca . E s to s pe rm i te n dar se c uen ta de la comp le j idad y d ive r s idad cu l t u ra l q ue ca rac te r i za lo la t i noamer ic ano . Ba s te menc io nar a lg uno s de lo s componen te s lex i ca le s que se l e ha n in co rpo rado ha s ta hoy : E l p o r cen ta je de pa labra s de p ro cedenc ia la t i na p re sen te s e n e l e spaño l que no s l l egó a Amér ica se e s t ima en un 73% y a e sa base la t i na se hab ían ido in co rpo rando o t r o s pr és tamo s de lo s que u nos s e f ue ron in co rpo rando a l la t í n , de sde donde han s u f r ido lo s m ismo s camb ios que c ua lqu ie r o t ra palabra la t i na , s e t r a ta f undamen ta lme n te de vo ce s p re r romanas , gaé l i ca s y ge rman ismo s . E n e l 711 AD lo s á rabe s i n i c iar on la conqu i s ta de la Pen í n s u la y en s ó lo s i e te años la o cuparon t oda , po r l o q ue e l la t ín pe rd ió la homogene idad y s e p rodu jo la f ragmen tac ió n l i ngü í s t i ca de la Pen í n s u la donde f ue ron s u rg ie ndo nuevas le ng uas r omance s , s ig u ie ndo e l avance de la Re conqu i s ta . E s to s e t radu jo en una i n co rpo rac ió n mas i va de pa labra s ár abe s a la s d i ve r sa s le nguas h i spán ica s que se hab laban para e l s ig lo qu i nce en e so s te r r i to r io s . Se es t ima que e l ca s t e l la no po seer ía hoy al r ededo r de una s c ua t ro mi l pa labra s á rabe s que represen tan aprox imadament e un 17% de léx ico de l e spaño l amer ic ano . La s vo ce s pro ceden te s de l f rancé s (ga l i c i smo s ) s e han in co rpo rando abundan temen te a l ca s t e l la no no tab lemen te en do s épocas , la Edad Med ia , a t ravé s de l Cam ino de San t i ago y o t ra s r u ta s de pe regr i nac ió n y en e l s ig lo XV I I I , co n la l legada a E s paña de una nueva d i nas t ía r e i nan te , l o s Bo rbones de o r igen f rancé s . Lo s ame r i can i smo s h i c ie ron s u i n co rpo rac ió n con la conqu i s ta de Amér i ca , lo que s ign i f i có la i n co rpo rac ió n de vo ce s de nume ro sa s le nguas , de sde Méx ico ha s ta la Pa tagon ia , po r lo q ue hoy se u san en e l e spaño l de Amér ica vo ce s p ro ceden te s de lenguas az t eca s , maya s , a ima ra s , a raucana s , quec h uas , a rawakas , e tc . L uego s e in co rpo ran lo s ang l i c i s mo s , f undamenta lmen te con lo s p ro ce so s de mode rn i zac ió n y la s s uce s i va s o leadas de i nm igr an te s apo r ta rán lo s i t a l ia n i smos , l u s i smos , ga l leg u i smo s , ca ta la n i smo s y va squ i smo s . Ver : WOLF , PH I L L IP . Or ig en de l a s l engua s o c c id en ta l e s . Ed ic ione s Guadar rama , Madr id , 1971 .

122

F ig . 74 . I nm igr an te s i t a l iano s l legando a B uenos A i r e s , ca . 1916 . Fo togra f ía Anón ima .

Co le c c ió n Rev i s ta Con t ra t iempo , B ueno s A i r e s

Si para f ines del s iglo diecinueve América se presentaba a los europeos

como una tierra de luminosa esperanza, donde los más pobres de Europa

podían recuperar el atraso y la miseria en que habían caído esos

inmigrantes no obstante su procedencia cosmopol ita, aparecían a los ojos

de los americanos que para ese entonces ya se consideraban criol los o

nativos, como toscos, atrasados, portadores de enfermedades y tendencias

delict ivas y polít icamente subversivos. Es necesario recordar que el

inmigrante de principios del siglo veinte, era visto con suma desconfianza

por los americanos de entonces pues pensaban que venían a desplazar a

los trabajadores locales, a usufructuar poca ayuda estatal de escasa

accesibil idad y , en suma, a perturbar lo que era percibido como una

idí l ica vida criol la propuesta como visión del mundo por el patr iciado

cr iol lo.

123

F ig .75 . Char t rand Dubo i s , E s t eban Sebas t ián . Camp iña c ub ana con campes i nos , ca . 1870 , ó leo sob re

made ra , 10 ,2 x 17 ,7 cm. , Ce r nuda Ar te , M iam i

No cabe duda entonces de que resul taba compleja y con frecuencia

problemática la incorporación de los aportes de las culturas de las

corr ientes migratorias que l legaron a América desde fines del siglo

diecinueve y hasta mediados del veinte, a las cul turas locales, pues tales

procesos complicaban con frecuencia la convivencia cultural no sólo en las

ciudades sino en los campos, dificul tando el logro de metas de

estabil ización social y polít ica que se habían f i jado las e lites dominantes

y los gobiernos de algunas naciones lat inoamericanas. A pesar de que los

contingentes de inmigrantes cosmopol itas trajeran consigo recursos

intelectuales, innovaciones y técnicas que, de ser adoptados por los

cr iol los, significaban ventajas en términos del modelo de desarrol lo

capi tal is ta imperante en práct icamente toda Lat inoamérica para ese

momento, y como factor que impactaba la calidad de vida y la

product ividad económica de las sociedades que recibían a estos

inmigrantes, los cr ít icos criol los de la inmigración y de la modernización de

las primeras décadas del siglo veinte só lo destacaban en el inmigrante

124

una supuesta intencionalidad de lucro y ambición desmedida, frente a una

imagen ideal izada de los valores “desinteresados” y “fi lantrópicos” de las

sociedades cr iol las, cuyas eli tes se pretendían portadoras de un criol l i smo

patricio benefactor con el que intentaban disimular sus act i tudes y

conductas de explotación de los menos favorecidos de la fortuna.

F ig . 76 . T raba jado ra en u na maqu i l a ce n t r oamer i ca na . 2003. Ar ch ivo “ La p rensa g rá f i ca” , E l Sa l vado r

Uno de los argumentos más fuertes que esgrimían los cr ít i cos de la

inmigración europea desde fines del siglo diecinueve, era que los

inmigrantes eran portadores de una fi losofía posit ivista ― aún con

anterior idad al auge del pensamiento de Augusto Comte en Europa ―

pues ya en el Nuevo Mundo había se había producido para ese entonces

una importante oleada de pensamiento cri t ico91. Por otra parte y

paradój icamente, a los ojos del patriciado criol lo esos cont ingentes de

inmigrantes cosmopoli tas, aunque depauperados en su mayoría, eran la

91 C f . Sa rm ien to , A lbe rd i y Ec hever r ía en la Argen t i na , e n t r e o t r o s .

125

única esperanza para alejar el temido fantasma del mest izaje y de

reforzar los caracteres blancos de los miembros de las clases dominantes

cr iol las, que tendrían a su cargo la realización de los diversos milagros

económicos en países como Argentina, Venezuela, Brasil , Uruguay y Chile .

Así los descendientes de la inmigración cosmopoli ta integrada a los

cr iol los dominantes de principios del siglo veinte serían quienes se

ubicarían en las posiciones más altas en las sociedades lat inoamericanas,

particularmente en los espacios pol í t icos de importancia. Dentro cada

sistema de dominación caracterís t ico de cada país latinoamericano, esos

contingentes migratorios y sus descendientes se integrarían según diversos

esquemas y modelos que incluían desde los vínculos de negocios hasta el

matrimonio.

F i g . 77 . Rodo lf o Va len t i no y G lo r ia Swanson en Más f u e r te qu e s u amor , de Sam Wood , 1922 .

El surgimiento de las clases medias en muchos países latinoamericanos

respondió a una necesidad ideológica de actualización de las categorías

126

de una sociología funcional is ta calcada de los modelos de las socia l

sc iences norteamericanas, junto a la postulación de la existencia de

fenómenos como los de movil idad social ascendente como uno de los

supuestos efectos de los procesos de modernización, lo que unido a las

caracterí st icas de las culturas de origen de los inmigrantes cosmopol itas

contr ibuiría a configurar hibridaciones culturales que contrastaban

visiblemente con los rasgos de las cul turas de las grandes mayorías

autóctonas, mestizas y morenas que permanecían en los niveles más bajos

de las pirámides sociales. Esos grupos mest izos más pobres se unieron a

los inmigrantes árabes y judíos, i ta lianos, españoles, rusos y polacos que

eran objeto de burla a causa de sus nombres “impronunciables”, sus

formas peculiares de hablar el español de América y sus maneras de

vestir , y porque portaban culturas hasta ese entonces desconocidas para

las grandes mayorías latinoamericanas. Serían entonces las clases al tas

cr iol las las que, unidas a la inmigración cosmopol ita europea, impondrían

en América Lat ina su modelo hegemónico de una Cultura , como única, con

mayúscula y s ingular, adscr ibiéndose así formalmente el patr iciado criol lo

a ese t ipo ideal denominado la cul tura occidental . Pero, a los efectos de

una revisión más exhaustiva de los aportes propiamente americanos al

arte y a las cul turas, se hace necesario detenerse en part icular en esa

Cultura hegemónica , s ingular y con mayúscula, alimentada por el patriciado

cr iol lo con los aportes de las vert ientes migratorias europeas cosmopol itas

y modernizantes de comienzos del siglo veinte.

127

F i g . 78 . I nm ig ran te s l iba ne se s l l egado s a Argen t i na en 1920 .

Co lec c ió n Rev i s ta Árabe , B ue no s A i r e s

Pero el examen de la evolución histórica de las sociedades criol las obl iga

también a mirar hacia las artes y manifestaciones estét icas de los grupos

considerados como nativos u originarios , es deci r, los que hipotéticamente

poblaron el continente en oleadas migratorias l legadas a través de

Alaska y que habrían sido los primeros humanos en poblar el continente92.

No obstante, es sólo a fines del s iglo diecinueve y comienzos del veinte

cuando en América del Norte y América del Sur se comienzan a examinar

sistemáticamente las producciones artíst icas los grupos que poblaban

Mesoamérica y las zonas de El Caribe y los Andes suramericanos desde

antes del sig lo XV.

92 En la i nve s t igac ió n más r e c i e n te s e e s tab le ce que habr í an s ido a l meno s s i e te g r upo s humano s ( s egún ADN mi to condr ia l ) lo s que habr ían en t rado po r e l E s t r e cho de Behr ing a Amér i ca , y q ue e s to s pr imer o s g r upo s s e habr ía n q uedado a i s lados e n Nor teamér i ca ha s ta q ue o leadas s uce s i va s po s te r io r es a la ú l t ima g lac iac ió n s e in t e r naran en e l co n t i nen te amer ica no a lo la rgo per iodo t rans cu r r ido en t r e l o s 20000 y 10000 año s a t rá s o BP , s egún las da tac io ne s po r rad io ca rbono “BP ” (Befo r e P r e s en t ) . Ve r : OPPENHE IMER , S TEPHEN, La s a l i da de l Edén . Fo ndo de Cu l t u ra Económi ca , Méx i co , 1994 y WELLS , SPENCER , Th e Jour ne y o f Man : A Gene t i c Od ys s ey . P r in ce ton Un i ve r s i ty P re s s , Nueva Je r sey , 2002 .

128

Las opiniones están divididas en cuanto a cuál sería el origen o los

diversos orígenes, de los primeros grupos de población l legados a

América pues para unos investigadores toda la población americana

tendría una misma procedencia mongoloide l legada en oleadas a través

del estrecho de Behring93, mientras que para otros, esos primeros grupos

tendrían procedencias diversas, sin ningún tipo de vínculos étnicos o

cul turales significativos entre sí , lo que daría cuenta de de la gran

diversidad de las cul turas de los pueblos l lamados autóctonos u originarios

del continente americano, desde los inicios de sus procesos de

poblamiento. Diversas hipótesis nos dicen que desde mucho antes de la

l legada de los europeos modernos se habrían establecido entonces,

aunque sin duda de manera esporádica, relaciones interétnicas e

interculturales entre grupos americanos a los que, luego de la l legada de

los europeos en el siglo quince, se añadir ían las dinámicas de intercambios

impuestas por esa ul ter ior oleada de invasores europeos. A su vez, a las

oleadas de esos primeros invasores de orígenes diversos y supuestamente

procedentes de las mesetas de Asia central , sucederían varias oleadas de

invasores y colonizadores del norte de Europa a lo largo de los siglos y

así hasta el sig lo veinte.

93 L o s gr upo s humano s por tado re s de una cu l t u r a de reco le c t o r e s -pe s cadore s - cazado res i n f e r io re s y una indus t r ia de la s ca s y nódu lo s , habr ían em ig rado de sde e l ce n t r o de As ia hac ia e l nor de s t e y pene t rado p robab lemen te en Amér ica po r la s A le u t ianas o po r e l e s t r e cho de Behr i ng , e n tonce s de se cado como conse cuenc ia de l de s c ens o de l n ive l mar i no ; s egu i r ía n l u ego e l cam ino de la co s ta de l Pac í f i co no tab leme n te amp l iado en aque l momen to ya que la masa g lac ia r s e ex tende r ía de sde e l A t lán t i co ha s ta la s mon ta ñas Ro co sas ; y f i na lmen te habr ía n en t rado hac ia e l i n t e r io r t a l vez po r e l Ba jo Co l umb ia , o po r e l Snake , ha s ta la Gran Cuenca . Ver : BOSCH-GIMPERA , As ia y Amér i ca en e l Pa l eo l í t i co i n f e r io r . S uper v i v enc ia s , «M is ce l la n ea Pau l R i ve t » I , Méx i co 1958 , 49-76 ; id . , La P r eh i s to r ia y lo s o r ígen es d e l homb re amer icano , e n “Or ige ns do Homem Amer icano ” , Sao Pau lo 1961 . Sobre e l o r igen de l hombre amer ica no : P . MART ÍNEZ DEL R ÍO , Lo s o r ígen es amer i ca no s , 3 ed . Méx ico 1953 ; P . R IVET , Lo s o r í gen es d e l homb re amer ica no , Méx ic o 1945 .

129

F ig . 79 . Mu je r i nd ígena e cua tor iana de o r igen que c hua .

Al desconocimiento de una porción considerable de hi stor ia americana de,

al menos, unos diez mil años se añadió una act i tud ambivalente cuando no

de franco desprecio, hacia los l lamados indios americanos por los

europeos del siglo quince, que perdura aún muchas veces escondida o

disimulada hasta nuestros días. Pero esta act itud no es exclusiva de los

procesos de conquista y colonización de América, sino que aparece

prácticamente todos los procesos de colonización94 que necesitaban del

trabajo esclavo de los colonizados para sus procesos de acumulación de

capi tal . Paralelamente a la desvalorización del indio surgieron en

América, desde el siglo dieciséi s, propuestas intelectuales y fi losóficas que

reivindicaban al aborigen a través de toda una l i teratura apologética y

utópica que contribuyó a formar la base ideológica de muchos

movimientos cul turales y artí st i cos, prácticamente en toda Latinoamérica.

La prédica ind igenista temprana buscó apoyo en la corona de España y su

expl íci to propósito era el de l iberar a los indios de su servidumbre de los

encomenderos criol los a la vez que servirían como justif icación

“humanitaria” para la importación de esclavos procedentes de África.

94 FANON, FRANZ , Lo s condenado s d e l a t i e r r a . Par í s , 1961 .

130

En América se suceden entonces, en diversas regiones y durante varios

siglos, numerosos movimientos y sublevaciones que efectivamente

socavaban parcialmente el poder, primero de los españoles y luego de las

clases dominantes acriol ladas . Serían esos primeros movimientos los que

fi jados en diversas narraciones l i terarias, representaciones iconográficas y

cosmográficas, operarían como antecedentes de los procesos

independenti stas en la América hispanizada.

F i g . 80 . I nd ígenas devo rado s por pe r ro s ob ser vado s po r e spaño le s , s / f .

Co lec c ió n B ib l io te ca Nac io na l , Pa r í s

131

F i g . 81 . M in i a tu ra con e s c la vo s i nd io s t r aba jando para u n encomende ro , s / f .

Co le c c ió n B ib l io t e ca Nac iona l , Pa r í s .

Pero muchos cronistas españoles y criol los al l levar al plano del heroísmo

la gesta de los conquistadores de los territor ios americanos descr ibieron

también con relat ivo detalle no sólo los imperios indígenas sino la

resistencia que las diferentes tr ibus opusieron a la conquista y

colonización. Es c laro que esto tenía como propósi to justi fi car la poderosa

fuerza y recursos financieros invert idos en el componente mil i tar necesario

para someterlos, pero también sirvió para presentar al mundo europeo

una imagen altamente posit iva de las capacidades y valor de las

comunidades aborígenes en sus procesos de resis tencia a la conquista

española. En esas descripciones que hacían la apología del valor y e l alto

grado de desarrol lo cultural y de organización polí t ica de las

comunidades americanas se inspirarán muchos de los primeros movimientos

intelectuales indigenistas lat inoamericanos. Ya para el siglo quince y al

momento de la l legada de los conquistadores españoles, los grupos de

pobladores nat ivos organizados en los l lamados “imperios” americanos,

habían alcanzado muy diversos grados de desarrollo cultural y artíst i co .

Muchas de estas formaciones sociales exhibían complejas culturas,

claramente diferenciadas entre sí . Desde el sur de los Estados Unidos

hasta la Patagonia, la América prehispánica representaba un altamente

complejo mosaico cul tural, estético y l ingüíst ico. A su vez, los

132

conquistadores y colonizadores que emprendieron viaje a las Américas

durante los sig los quince y dieciséis, procedían de muy diversas regiones

de España95 y del resto de Europa occidental, para ese entonces

dominada por la dinastía de los Austria por lo que los idiomas, hablas y

dialectos de los l lamados viajeros de Indias eran tan variados como sus

visiones del mundo. Teniendo en cuenta el lapsus que hubo entre el

l lamado “encuentro” y los procesos propiamente de colonización de

América, varios autores ofrecen diversos modelos de periodización de la

colonización española que se sintet izan en la siguiente tabla:

Fig. 1: Tabla de periodización de la colonización española de América

PR IMER PÉR IODO

1500- 1550

SEGUNDO PER ÍODO

1550-1600

TERCER PERIODO

1600-1750

H ispan io la T ie r ra s a l ta s de Bo l i v ia Bueno s A i r e s

P ue r to R i co T ie r ra s a l ta s de Pe r ú Pa raguay

Cuba T ie r ra s a l ta s de Ec uado r Oes te de Argen t i na

Cos ta ca r ibeña de

Co lomb ia

T ie r ra s a l ta s de Co lomb ia E l Sa lvador

Cos ta ca r ibeña de

Venezue la

T ie r ra s a l t as de Méx ico y Sur de

No r teamér i ca

Hondura s

Cos ta y t ie r ra s a l ta s

de Méx ico

Gua tema la N ica ragua

Cos ta R ica Sur de Ch i le

No r es te de Argen t i na Ur uguay

No r te de Méx ic o y c uenca de l R ío

Co lo rado

Méx i co/Co lo rado

Ande s venezo lanos La F lo r ida y e l S u roe s t e

no r t eamer ica no

95 Se e s t ima q ue a l r ededo r de un 18 % pro ced ían de Cas t i l l a la V ie ja , de Ex t r emadura un 14%, de Cas t i l la la Nueva un 9 % , de León un 7% y un 12 % de l r e s t o de E spaña meno s Aragón . C f . RESN IK , Y CANF IELD , 1975 . Duran te e l s ig lo XV , de lo s v ia je ro s que v i n ie ron a Amér i ca en pr imer c ua r to de l s ig lo , e l 40 % e ran anda luce s y apr ox imadamen te la m i tad p ro cedían de la c iudad de Sev i l la , e l 67 % de la s mu je re s e ra de p ro cedenc ia anda l uza y e l 70 % de lo s t r ipu lan te s de la s nave s e ra de o r igen anda lu z . Fue la no rma u r bana sev i l lana la q ue se impus o como no rma c u l ta a la no rma u rbana to ledana , a m i tad de l s ig lo . La expans ión de lo s e spaño le s e n e l Nuevo Mundo f ue r áp ida y muc ho s de lo s que pob la ron lo s t e r r i t o r io s más i nac ce s ib le s ( T ie r ra s a l ta s de Méx ico y Pe r ú ) quedaron s i n con tac to c on E spaña . E n la s zonas de l Car ibe y de l p ue r to de Bueno s A i r e s o t ro s gr upo s e s taban ba jo la cons ta n te i n f l u enc ia de no t i c ias f r e s ca s de E s paña y con tac to s con v ia je ro s , co lo no s y of i c ia le s de la co rona , a s í la s hab la s de las zonas mon t año sa s c on se r van más l o s ra sgo s d ia le c ta le s de l p r ime r pe r íodo de conqu i s ta y co lo n izac i ó n (1493-1519 ) m ien t ra s que e l habla de la s zonas co s te ras e s más d i nám ica y camb ian te par t i r de lo s apo r t e s i n i c i a le s de o r igen anda lu z . Ve r : H is t o r ia ex te r na d e l e spaño l d e Amér i c a .

133

F ig . 82 . Muns t e r , Sebas t ián . Mapa de Amér ica ca . 1544 .

Ya para el año de 1562, en tiempos de Felipe I I , el imperio español había

cartografiado con bastante precis ión la geografía americana casi en su

totalidad. La cartografía paso a ser, sin duda, uno de los principales

instrumentos de la corona de España para la legitimación de sus

ocupaciones territoriales en América a los ojos del resto de los europeos

de los sig los quince y dieciséis.

134

F i g . 83 . Mapa de Amér ica he cho po r D iego de Gut ié r rez en 1562 para e l Rey Fe l ipe I I de E spaña y

que se cons ider a u no de lo s pr imer o s de l con t inen te amer ica no . (Amer i cae s i ve q va r ta e o r b i s pa r t i s nova

e t exa c t i s s ima des c r ip t io / av t o r e D i ego Gv t i e r o Ph i l i pp i R eg i s H i s p . e t c . Co smographo ; H ie r o . Cock

ex cvde 1562 ; H ie ron ymus Cock ex cude cum g ra t ia e t p r iu i l eg io 1562) .

Para los inicios del proceso de colonización ya exist ían condiciones de

observación que permitían a los colonizadores diferenciar claramente las

diversas cul turas existentes en terri torios americanos. Esas

caracterizaciones primit ivas de esas dist intas culturas americanas descri tas

135

en las primeras crónicas y epistolarios de españoles en América,

obviamente no correspondían a los pretendidos cri terios de “pureza” u

“originalidad” que muchos de los cronistas adjudicaban a los polos

cul turales que se enfrentaron en los procesos de conquista, acul turación y

asimi lación cultural forzada. Los conjuntos de comunidades aborígenes,

particularmente en Mesoamérica, se encontraban para el momento de la

l legada de Hernán Cortés, no sólo sometidas a fuertes tensiones y

procesos de transcul turación ocurridos como resul tado de procesos previos

de guerras de conquista y anexión entre poblaciones autóctonas venidas

desde el norte del Valle de México, sino que también mantenían intensos

intercambios comerciales y tributarios entre centros cul turales muy

distantes y diversos, lo que implicaba que habían tenido lugar

consecuentes procesos de hibridación entre las diversas culturas

mesoamericanas, lo que habría contribuido a configurar las complejas

cul turas con las que se encontraron los europeos96 a su l legada a América

Central.

F i g . 84 . Crono log ía me soamer icana 1200 a .C . ha s ta 1521 AD . ( Tomado de John Poh l : Me soamér i ca )

Para ese momento, las poblaciones de los terri torios de Mesoamérica se

encontraban organizadas en comunidades más o menos complejas, según

muy diversos modelos de organización sociopol ít ica, que incluían desde

grupos nómades hasta los l lamados “imperios”97 mesoamericanos. Los

96 La h i s to r ia c u l t u ra l de la Amér ica an te r io r a la l legada de lo s e u ropeo s e s un p ro ce so que abar ca de sde e l 40 000 a . C . ha s ta e l 1492 AD . E n e s e p ro ceso , s i po r una par t e hay q ue te ne r e n c uen ta lo s apor te s r e c ib ido s , t an to rac ia l y l i ngü í s t i c a como cu l t u ra lmen te , de o t r o s con t inen t es , po r o t ra hay que ana l iza r bás icamen te lo s mov im ie n to s e vo l u t ivo s de ca rác te r in te r no y la s in t e r ac c io ne s nac idas de l con tac to c u l t u ra l e n t r e las s o c iedade s au tóc to nas e n e l m i smo con t i nen te amer ica no . E l e squema h i s tó r i co - cu l t u ra l de l mundo amer i ca no pr eh i spán ico que p re sen tan a lguno s in ve s t i gado res ha s ido s ubd iv i d i do en o cho fa ses , momen to s o pe r iodo s : 1 ) . Pa leo l í t i co i n f e r io r : 40000 a 15000 a . C . ; 2 ) Pa leo l í t i co s upe r io r : 15000 a 7000 a . C . ; 3 ) . Me so l í t i co y P ro toneo l í t i c o : 7000 a 3000 a . C . ; 4 ) Neo l í t i co : 3000 a 1500 a . C . ; 5 ) ; A r ca ic o : 1500 a . C . a 100 d . C . ; 6 ) C lá s ico : 100 a 700/1000 ; 7 ) Renac im ien to lo ca l : 1000 a 1200 ; 8 ) E l m i l i ta r i smo y lo s g rande s impe r io s : 1200 a 1500 . Ve r : J . D . J ENN INGS y E . NORBECK ( ed . ) , Pr eh i s t o r i c Man i n t he New Wor ld , C h ic ago 1964 ; W. KR ICKEBERG, La s An t igua s c u l t u r a s mex i cana s , Méx ico 1961 ; L . LORENZO, La Revo l uc ió n Neo l í t i ca en Mesoamér ica , Méx i co 1961 . 97 Lo s e s tud io s de lo s p ro cesos de conqu i s ta q ue condu je ron a la de s i n teg rac ió n , adap tac ió n y s upe r v i venc ia de la s c u l t u ra s i nd ígenas s e o rgan izan gene ra lmen te en b loques i n teg rado s po r temas que se r e f ie ren a la conqu i s ta de lo s d i f e ren te s te r r i to r io s ame r icano s , den t r o de lo s c ua le s s e e s tud ian po r s eparado lo s d i f e ren te s r i tmo s y pene t rac io ne s de lo s p ro ce sos de conqu i s ta r e la c io nado s con cada una de la s c u l t u ra s

136

cr iterios para la valoración de esas diversas culturas han ido desde la

apología hasta la descal ificación debida, entre otras razones, a una

supuesta ausencia de sis temas de escritura98.

ex is te n t e s e n cada una de fo rmac io ne s s o c io - po l í t i ca s q ue lo s conqu i s tado re s e ncon t ra ron a s u l l egada . E n genera l , e n d ic ho s e s tud io s puede cons ta r se la r e lat i va r ap idez de conqu i s ta de aque l l o s t e r r i to r io s o rgan izados como “ impe r io s ” con t ra r iamen te a l a le n t i t ud de conqu i s ta y s ome t im ie n to de aque l l o s donde e s taba ausen te una e s t r uc tu ra cen t ra l i zada de e s tado . La s conse cuenc ias más inmed ia ta s de la conqu i s ta e spaño la sob re la pob lac ió n i nd ígena f ue ron : a ) co lapso demográf ic o deb ido a la s gue r ra s de conqu i s ta as í como a la s l u c has e n t r e l o s m ismo s conqu i s tado re s ; b ) ep idem ia s que i n c lu so l legaban an tes que lo s e jé r c i t o s ; c ) de se s t r uc tu rac ió n de la o rgan izac ió n s o c iopo l í t i ca de lo s gr upo s ind íge nas e impo s i c i ó n de repar t im ien t os , m ig rac io ne s f o r zos as , f undac i ón de nuevas c i udade s , e t c . ; d ) exp lo tac ión y e s c la v i zac ió n , e t c . No obs ta n te , e s po s ib le cons ta ta r la mane ra en que c ie r tas fo rmas de o rgan izac ió n po l í t i c a y s o c io -e conómi ca de g r upo s abo r ígenes a s í como pr in c ip i o s r e l ig io so s y le ng uas de muc hos gr upo s s obr ev iv ie ron a la Conqu i s t a aunque re legados a l " u s o de Ind io s " o t rans formado s en s u apar ienc ia ex te r na . Todo e s t e ace rvo cu l t u ra l conse r vado a pe sa r de la i nva s ió n e spaño la j ugó un pape l muy impo r tan te en la f o rmac ió n de nuevas r ea l idade s c u l t u ra le s p roduc to de l me s t i za je y la s h ib r idac io ne s . E l h i s to r iado r no r t eamer ica no R i c hard Wh i te de sa r ro l ló e n concep to de Midd le Gro und para re fe r i r s e a l e spac io de enc uen t r o en t r e la s c u l t u ra s au tó c t onas de Amér i ca de l Nor te y lo s co lo n i zado re s f rance ses e n la zo na de lo s Grande s Lagos , e n t r e med iado s de l s ig lo XV I I e i n i c i o s de l X IX . E l midd le gr ound s e conforma donde n i nguna de las s o c iedade s en con tac to ha pod ido imponer s u c u l t u ra y s e deben t omar e lemen to s de la o t ra para log ra r una comun icac ió n adec uada y pe rm i t i r e l de sa r ro l lo de la v ida c o t id ia na . E s te concep to de midd le g round s e r ía ap l i cab le a muchas s i t uac io ne s que s u rg ie ron a ra í z de la conqu i s ta e spaño la y a l a s upe r v i ve nc ia de c u l t u ra abo r ígene s que no f ue ron “ in t egradas ” a pro ces os de me s t i za je a h ib r idac ió n . Ve r : WHI TE , R ICHARD . The M idd l e Ground : I nd ian s , Emp i r e s , a nd Rep ub l i c s i n t h e Grea t Lakes R eg ion , 1650-1815 , Cambr idge Un i ve r s i ty P re s s , 1991 .

98 De sde lo s p r ime ro s t raba jos an t r opo lóg ico s de Lewis Mo rgan y Edward B . Tay lo r e l u so de la e s c r i t u ra ha s ido u sado como mar cador de la f r o n te ra en t r e “ c i v i l i zac ió n” y “barbar ie ” . La cé leb re de f i n i c i ó n que E .B . Ty lo r d io de la « cu l t u ra» e s p r i n c ipa lmen te una de f i n i c ió n deno ta t i va (aún c ua ndo con t i e ne a lguno s ra sgos de in t enc ió n g loba l izado ra ) : « La cu l t u ra o c iv i l i zac ió n , e n s e n t ido e t nográf ico amp l io , e s t odo aque l comple jo que i n c l uye e l co no c im ien to , la s c r eenc ia s , e l a r t e [ i n c l uyendo la te cno log ía ] , la mo ra l , e l der ec ho , la s co s tumbre s y c ua le squ ie r a o t r o s hábi to s y capac idade s adqu i r ida s po r e l hombre en c uan to m iembro de la s o c iedad» E l co ncep to de « cu l t u ra» de Ty lo r abar ca tamb ién c ua lq u ie r con ten ido humano en c uan to ta l . No so lamen te e l a r te e s una ac t i v idad cu l t u ra l , s i no que tamb ién lo e s e l t r aba jo manua l o t e cno lóg ico ; no s o lamen te hay cu l t u ra en las « ca sa s de la c u l t u r a» , pue s to que una ca sa c ua lq u ie ra , aunque sea una choza , e s tamb ié n u n «ob je to c u l t u ra l» o según l a s em ió t i ca de la c u l t u ra un “ tex to c u l t u ra l” . L a expre s ió n « iden t i dad cu l t u ra l» , en s u s e n t ido ideo lóg ico , va re fe r ida no a una par te ( r asgo , no ta , car ác t e r , e t c . ) de la c u l t u ra , s i no a l « todo» de e sa cu l t u ra , pe ro no tomada en la un i ve r sa l idad de s u ex tens ió n ( «c u l t u ra h umana» ) s i no en tan to e s tá d i s t r ib u ida en es f e ras o c í r cu los de cu l tu ra ( nac io ne s , e n s e n t i do canón i co , e tn ias , pueb lo s , e t c . ) . Cuando se hab la de « iden t idad cu l t u ra l maya» , de « iden t idad c u l t u ra l a nda lu za” o de « iden t idad c u l t u ra l a s tu r iana» , pare cen pone r no s no de la n te de uno s ma te r ia le s mayas , a nda luce s o a s t u r ia no s , s ino a n te una s ex t rañas ra íce s o t r o ncos , que pare cen do tado s de una s ue r te de e ter na fe cund idad según pau ta s pe renne s c uyo va lo r o n t o lóg ico pare ce e s ta r garan t i zado por e l he cho m ismo de s u iden t idad . A l hab la r de iden t idad de una c u l t u r a s e e s tá p id ie ndo la p re se r vac ió n de s u p ureza pr í s t i na y v i rg ina l , q ue se no s p re sen ta como in co nd ic io na lmen te va l io s a y d ig na de se r conse r vada a t oda co s ta y en toda s u pureza . Cuando se hab la de « iden t idad cu l t u ra l» de un p ueblo s e u t i l i za u na idea de id e n t i dad ana l í t i ca y s u s ta nc ia l : l o q ue se po s tu la s e r ía e l r e cono c im ien to de l p ro ceso median te e l c ua l te nd r ía l ugar la ide n t idad s u s tanc ia l de un m ismo pueblo que , e n e l c u r s o con t i nuo de s u s ge ne rac ione s , ha log rado man te ne r (o « reproduc i r » ) la m isma cu l t u ra (m isma en s en t ido s u s tanc ia l y e senc ia l ) r e cono c ié ndo se como e l m i smo pueb lo a t ravé s p re c i s amen te de la in va r ianc ia h i s t ó r i ca de s u c u l t u r a , co nve r t ida en pa t r imon io o s u s tanc ia de la v ida de e se pueblo . E l m i to de la id en t i dad cu l t u ra l e s un de lo s m i t o s f undac io na le s de la “ cu l t u ra la t i noamer ic ana” . La an t r opo log ía f i l o só f i ca toma c omo c r i te r i o de human izac ió n de la c u l t u ra e l de la no rma l iza c ión d e la s pau ta s c u l t u ra le s ; é s ta s imp l i ca n l enguaje f oné t i co y represen tac i ón de es t ad i os soc ia les an te r io res . Como c r i te r io d i f e renc ia l , e n la s c u l t u r as h umanas , s e toman la s t r e s capas ( s ub je t ua l , i n te r s ub je t i va y ma te r ia l ) e n la s que se cons ide ran agrupado s lo s ra sgo s o no ta s s ome t idos a normas ( y , po r tan to , la s no rmas s u s cep t ib le s de se r in c ump l ida s ) . Lo s s i s temas mo r f od inám ic os ( la s c u l t u ra s ) d i s t r ib u ido s , por e l he cho de man tener se o r ep roduc i r s e en un in te r va lo tempo ra l amp l io , demue s t ran s u «adaptac ió n a l med io» ( cons t i t uyen s i s temas en equ i l ib r io d i nám ico con s u e n to r no , c uyas par t e s a t r ibu t i va s habrán de en tender se dadas s iempre en f unc ió n de la dependenc ia i nmed ia t a de l medio ) . La c u l t u ra es un concep to eco lóg i co que e s e l que u t i l i za la Ant ropo log ía cul tu ra l e n s u s e n t ido más e s t r i c to . Pe ro e s t e concepto p ie rde s u f ue r za en e l momen to en e l que ta le s « cu l t u ra s d i s t r ib u i das» ( sa lva je s , bárbara s , a r ca ica s , e t c . ) com ienzan a en f ren tar s e , no ya con s u med io , s i no con o t ra s s o c iedade s o c u l t u ra s q ue se r egu la n po r no rmas in compat ib le s , d e sde un p un to de v i s ta p rác t i c o , co n la s no rmas de e s ta s s o c iedades pr im i t i va s ; ta l e s e l ca so de la s so c iedade s « c iv i l i zadas» y , e n t r e e l la s , e l de la s s o c iedade s ind us t r ia le s « un i ve r sa le s» , e s de c i r , aque l la s que han de sbo rdado e l e s tado de d i s t r ibuc ió n . E l t amaño de e s ta s e s fer as i rá aumen tando ; lo que s ign i f i ca que e l n úmer o de es fe ras de un de te rmi nado rango s uper io r i r á d i sm in uyendo . E l l ím i te e s tá dado po r e l e s tado f ina l de la ma t r i z : s u e s t r uc t u ra apun ta a u na « ref und ic ió n» de la s e s f er as ind iv i dua le s e n una ú n i c a e s fe ra un i ver sa l ( t r ans fo rmac ió n de la « c la se d i s t r ibu t iva de la s c u l t u ra s» en u na c la se un i t ar ia ) , s imu l tánea a la c ons t i t u c ió n de ca tegor ía s ob je t i va s (a e s t r uc tu ra le s ) que l l egan a s egr egar en t er amen te la s operac io ne s de l homo faber que la s gene ra ron . Podr íamo s ana l iza r e s t e p ro ce so acogiéndono s a l f o rma to t rad i c io na l de una ley : « Le y de l

137

F ig . 85 . E l Cód i ce de Dre sde , ca . 1200-1250 AD . Co le c c ió n B ib l io te ca de la Un ive r s idad de Dre sde

desa r ro l l o i nv e r so de la evo l u c ió n c u l t u ra l : La Cu l t u ra , e n c uan to todo comple jo que reúne a t odas la s c u l t u ra s humanas , tomada en s u e s tado in i c ia l , r e cono c ib le ya como humano , e vo luc io na de s ue r te que e l g rado de d i s t r ibuc ió n (d i sper s ivo ) de s u s 'e s f e ra s ' (o ' c u l t u ra s ' ) d i sm inuye en pr opo r c ió n in ve r sa a l in c r emen to de l g rado de a t r ib uc ió n (d i s o c ia t i va ) cons t i t u t i vo de s u s ca tego r ías » . En e l ca so de la s l enguas de lo s mayas de Méx ic o e l d ibu jo , la p in tu ra y la e s c r i t u ra s on u na m i sma pa labra , q ue ta l vez s ig n i f i caba "ar te " para lo s mayas , s i e s que t en ía n e se concepto . Ah Chuen , e l d io s mono , e ra e l a r te sano s up remo para lo s mayas , e l a r t i s ta y e s c r iba , pa t r ón de la s "be l la s ar te s " .Ve r : P ELAYO GARC ÍA S I ERRA , Dic c iona r io f i lo só f i co . www .f i lo so f ía .o rg/f i loma t/ y DE LA FUENTE , B EATR IZ , Voc es p i n tada s . UNAM , I n s t i t u t o de In ve s t igac io ne s E s té t i c a s . Méx ico , 2006 .

138

F i g . 86 . De ta l l e de l mura l de l Cuar to Nº 3 . c a . f i na le s s . V I I I AD . Pa lac io de la s p i n t u ra s ,

Bonampak , Méx i co

Era común entre los primeros observadores y estudiosos de los procesos

cul turales que se dan como resultado de la colonización de América por

España, considerar que las culturas l lamadas “precolombinas” habrían

sufrido un retraso considerable con respecto a las cul turas mesopotámicas

y europeas, y que solo con un gran retraso con relación a estas culturas

habría tenido lugar en América una supuestamente obligada transición

entre un nivel arcaico de desarrollo sociocultural como recolectores-

cazadores y uno de mayor grado con la domest icación de animales y

plantas y la organización socioeconómica y técnica de la agricul tura99.

99 Hace unos qu i nce m i l año s s e habr ía i n i c iado l a l lamada r evo luc ió n neo l í t i ca , que imp l i có e l p r ime r pe r iodo de camb io s rad i ca le s e n la h i s t o r ia h umana . La agr ic u l t u ra , la domes t i cac ió n de an ima le s , la i n venc ió n de la a l fa re r ía y la i ndus t r ia tex t i l a s í como la apar i c ió n de t ec no log ía comp le ja aunado a u na so f i s t i ca c ión de la s c r eenc ia s mág ico - re l ig io sa s j un to a o t r o s ade lan tos e n e l de sa r ro l lo de la s comun idades humanas o cu r r ie ron duran te e sa época . La s c ienc ia s s o c ia le s d iv ide n l a v ida de la h uman idad en do s g rande s e tapas cono c idas como Pr eh i s t o r ia e H is to r ia . La p r ime ra habr ía comenzado con la apar ic i ó n de lo s p r ime ros homín ido s s obre la faz de l p lane ta , hace u no s 4 m i l lo ne s de año s y e s ta e tapa se d iv ide en do s pe r iodo s : Pa leo l í t i co y Neo l í t i co . La H i s to r ia comenzar ía c uando e l s e r h umano i nven tó la e s c r i t u ra , a l r ededo r de 3 .500 an te s A .C . y con t i n úa

139

Dadas las condiciones de fauna y f lora existentes en el cont inente

americano, esta fase sólo se habría producido con un “retraso” de unos

diez mil años. La hi storiografía convencional consideraba casi como una

norma postular que la transición de la fase de cazadores-recolectores al

período de la agricul tura socialmente organizada, cuya datación se

señala convencionalmente alrededor de 15.000 y 10.000 años a.C. en las

zonas euro-asiáticas, sólo habría tenido lugar en las sociedades

americanas hacia el año 2.500 a.C. Esos casi 10.000 años de diferencia

han sido dados como supuesta expl icación de un atraso atávico que las

poblaciones de Latinoamérica vendrían arrastrando con respecto al resto

del mundo. Según algunos autores, para la fecha de la l legada de los

españoles, a finales del siglo quince, una gran mayoría de los aborígenes

americanos se mantenía aún en modelos de organización social

relativamente “primitivos” y únicamente grupos más avanzados en su

desarrollo pract icaban una agricultura de regadío en las t ierras altas de

los Andes y México. Sólo los mayas, en el ocaso de su civi l ización para el

momento de la conquista española, habían logrado desarrollar un sistema

de signos considerado como una protoescri tura por la mayoría de los

investigadores (Ver Fig. 85). Octavio Paz100 ha dicho que los aborígenes

americanos vivían en “soledad histórica” y que no l legaban a concebir a

los conquistadores españoles como seres humanos sino como dioses o

semidioses dotados de poderes superiores.

has ta hoy . So lamen te de spué s de la r evo luc ión n eo l í t i ca l a e s pec ie humana habr ía c omenzado a mu l t ip l i ca r se con rap idez deb ido a la i n t r oduc c ió n de u na e conom ía p roduc to ra de a l imen to s que af e c tó , como u na ve rdade ra revo l uc ió n , la s v ida s de t odo s l o s humano s lo que se r e f le jó s ign i f i ca t i vamen te en la c u r va de la poblac ió n y e l aumen to de la e s tab i l idad de lo s as en tami en to s h umanos . 100 PAZ , OCTAV IO . E l laber i n to d e l a s o l edad . Cuade rno s Amer icano s . Fondo de Cu l t u ra E conóm ica , Méx ic o 1959 .

140

F i g . 87 . Da t i , G iu l iano . I l u s t ra c ió n para la pr ime ra ed i c ió n de l a Segunda Ca r t a de Co lón s ob r e La s

I nd ia s , Roma , 1494-95

En la prehistor ia suramericana, según algunos invest igadores, el terr itorio

al oeste de lo que más tarde sería Argentina, habría estado poblado por

grupos nómadas denominados pámpidos que recorrían extensas regiones

conocidas como pampas y a quienes, posteriormente, se añadirían grupos

de ándidos procedentes de los territorios que hoy forman Chile. Esos y

otros grupos nómades, de mayor o menor grado de desarrollo técnico y

organización social, habrían estado distribuidos por todo el terr itorio

americano en su prehistor ia, desde Tierra del Fuego hasta el círculo ártico

y habrían vivido casi en aislamiento endogámico, con muy pocos

intercambios y contactos esporádicos entre sí . Ya para los t iempos de los

primeros estados andinos y mesoamericanos, se tiene como hipótesis

generalmente aceptada que las cul turas americanas se habrían hecho más

o menos elaboradas en la medida en que los grupos humanos se acercaran

o alejaran de los grandes centros culturales de importancia, tales como

Tahuantisuyo en la zona andina o las ciudades del Valle de México.

141

F i g . 88 . E s ca l i na tas de Ka la sa saya , T ih uanaco , Bo l i v ia .

F ig . 89 . F ie s ta de l T i nk u , e n Po to s í , Bo l iv ia

142

F i g . 90 . Anó n imo . Vi rgen de l Cer r o . Ó leo sob re t e la , 72 x 96 cm .ca . 1701-1800 ,

Museo Nac io na l de Ar te , L a Paz

Como paradoja aparente, a los conquistadores les resultaría más fácil e l

sometimiento de las sociedades más organizadas y fuertemente

estratificadas, que el de las comunidades más “primit ivas”. Es así como los

encomenderos de indios más salvajes fracasarían más rápidamente en sus

empresas pues los indios nómadas eran mucho mas difíci les de someter y

143

estaban considerados como furt ivos, intratables, rebeldes, caníbales y

ladrones.

F ig . 91 . S taden , Hans . Can íba le s de la t r ib u de lo s Tup i nambá , e n B ra s i l . Ba s i l ea , 1557

Para la revisión de este importante periodo de la histor ia de las cul turas

y las artes visuales lat inoamericanas, debemos entonces basarnos en

múltiples relatos y representaciones de los “encuentros” entre civi l izados e

indios . En estos muy diversos relatos e imágenes es posible constatar que

el shock cul tural civi l ización/barbarie parecería haber s ido igualmente

fuerte para ambas partes. Encontramos numerosas narraciones y

representaciones gráficas que nos cuentan que se pasaba de un shock

in ic ial al exterminio inmediato, en otras se nos cuenta que los primeros

encuentros eran sólo el inicio de prolongadas guerras, con treguas e

intervalos de intercambios, para luego volver a incursiones periódicas de

uno y otro bando, hasta que se l legaba a un status quo , generalmente con

la pérdida de territorios por la parte aborigen, el mestizaje forzado con

las consecuentes epidemias y un saldo de muertes del lado indígena

144

ocurridas en combate o a causa de las enfermedades que portaban los

europeos blancos, lo que conducía a un estado de cosas que perduraría en

el t iempo y que los criol los blancos de ul ter iores generaciones heredarían

para, a su vez, consol idar y dominar defini t ivamente y así continuar

explotando de manera continua, durante siglos, a las poblaciones nativas

y mestizas. En países como Guatemala y México, Bol ivia, Perú y Ecuador

las poblaciones étnica y culturalmente indígenas, representan, aun hoy en

día, porcentajes muy elevados del total de habitantes de esos países y los

grados de aculturación de sus poblaciones indígenas varían aún hoy

considerablemente101, s i se comparan con modelos cul turales que toman

como referencia la Cultura Occidental.

101 Pa ra a lgunos i n ve s t igado res , l o s e s tud io s an t r opo lóg ic os demos t ra r ían que e l c le ro ca tó l i co en e l mundo and ino habr ía i den t i f i cado a la V i rgen Mar ía con la Pachamama o la Madre T ie r r a . Son muy ra ra s la s r ep resen tac io ne s ar t í s t i ca s q ue ev i denc ian e s ta ide n t i f i cac ió n y uno de e l l o s e s un l i e nzo donde Mar ía Re i na e s tá iden t i f i cada con e l Ce r ro de Po to s í (Ve r F ig .86) . La compo s ic i ó n mue s t ra la mon taña con r o s t r o f emen ino y la s manos con la s pa lmas ab ier ta s . A lo s p ie s e s tá e l Papa Pab lo I I I f r e n te a Car lo s V . De t rá s de é s te puede ver se un cac ique . E n e l m i smo ce r ro y a s cend iendo e s tá e l I n ca , e n la par te a l ta la T r i n idad c r i s t ia na y ambos lados e l s o l y la lu na , que rep re sen tan lo s an t ig uo s d io se s de qu ie ne s l o s i n cas s e c re ían de s cend ien te s . L a r e la c ió n p lá s t i ca "V i rgen-Cer ro " se basa en la ob ra de l c r o n i s ta de Copacabana FRAY ALONSO RAMOS GAV ILÁN (1621 ) . E se au to r d i ce : "Mar ía es e l mon te de donde sa l i ó aque l la p ied ra . . . . que e s Cr i s t o " . Po r o t ra par te e l je s u i ta FRAY JOSÉ DE ARR IAGA en ca r ta de 1599 i nd i ca con r e fe renc ia a l Ce r ro de Po to s í l o s igu ie n t e : Una so la co sa d i r é . . . po co má s de do s m i l l a s d e e s ta V i l l a . . . e s tá n do s c e r r o s a que lo s ind io s d e sde t i empo i nmemor ia l han te n ido ex t r a ña devo c ió n a cud i e ndo a l l í a ha ce r s u s o f e r t a s y sa c r i f i c io s ( . . . ) A r r iaga se r e f ie re a l Ce r ro de Po tos í y a l pequeño mo n t í c u lo q ue lo an te cede . Po r e se t ex to s e sabe que e l famo so Ce rr o era una hua ca ado rada , a la q ue tamb ién l lamaban Coya o Re ina ; e s dec i r que e sa hua ca te n ía una iden t i f i cac ió n f emen i na . En la s r e lac io ne s de Ind ias s e i nd ica q ue : E l Cer ro R i co que l l aman Po toc ch i , e s d e muy h e rmo sa hec hu r a . . . po r e s to , o po rque a l a s m ina s l laman Coya e n le ngua de l o s i nd io s , q u e qu ie r e d ec i r R E INA, l l aman a e s te Cer ro po r exc e le nc ia RE INA . E l c u l to au tó c t o no p reex i s te n te en e l Ce r ro de Po to s í habr ía f o r zado a la s au to r idade s r e l ig io s as de la co lo n ia a c r i s t ia n iza r e l m i to i nd íge na y a iden t i f i ca r la mon ta ña con la V i rgen Mar ía . La i den t i f i cac ió n de "Mar ía -Mon ta ña" con "Mar ía -Pachamama" er a acep tada po r teó logo s como Ca lanc ha y Ramos , ambo s de la o rden Agus t i na . Ve r : RAMOS GAV ILAN, ALONSO ( FRAY ) . H i s to r ia d e l c é l ebr e Sanc t ua r io d e Nues t r a Seño ra de Copacabana y s u s M i lag ro s e I nve nc ió n de la Cr u z de Car abuco (1621) . Academ ia Bo l i v iana de la H i s to r ia , La Paz 1976 , pp . 49-63 y tamb ién e l t raba jo e tnoh i s t ó r i co que d i s c u te la dua l idad c r eac ió n -de s t r uc c i ó n en lo s m i t o s de la co s ta and i na a s í como la pe r s i s t e nc ia de e s ta s c r eenc ia s duran te e l pe r íodo co lo n ia l . C f . MANGA QU ISPE , EUS EB IO . Luc ha de d io s e s y c r ea c iones h umana s en la co s ta a nd ina ,h t t p : / /www.andes .m issour i .edu/andes /Espec ia les /EMQDioses /EMQ_D ioses1 .h tm l . Tamb ién ARR IAGA, PABLO JOSÉ DE [1621 ]1968 Ex t i r pa c ió n de l a ido la t r ía en e l P e r ú . B ib l io t e ca de Au to re s E spaño le s . Tomo 209 . Ed i to r ia l At la s . Madr id y CALANCHA , ANTON IO DE LA (FRAY) 1638- 1638 , Cho ron ica Mora l i zado ra de l a o rden de San Agu s t ín en e l P e r ú . Ed i tado po r Pedro Lacava l le r í a . Ba r ce lo na .

145

F i g . 92 . De ta l l e de l mura l denom inado “ La cap tu ra de l e s c r iba” . Cuar to Nº 3 , ca f ina l e s S . V I I I .

Pa lac io de las p i n t u r as , Bonampak , Méx ico

F ig . 93 . Mura l de San Bar to l o (de ta l l e ) , ca . 400-200 a .C . Gua tema la

146

La desaparición de grandes cont ingentes de población aborigen102 como

resultado la extinción o disminución cr it i ca de la población aborigen,

muchos colonos y encomenderos recurrieron a la trata de los esclavos

procedentes de África103. Sería sobre los esclavos afr icanos que recaería

entonces casi íntegramente el trabajo de hacer producir la tierra, así como

desempeñar prácticamente todos los oficios más duros necesarios tanto a

la supervivencia de los colonos como para su acumulación de riqueza. Los

cálculos del rendimiento del trabajo esclavo en América informan que el

trabajo de un esclavo equivaldría, aproximadamente, al de cuatro indios.

Es así como la importancia de la contribución africana a la producción de

riqueza americana y a la acumulación de capital financiero y capital

social104 fue tanto cuantitativamente como cualitat ivamente excepcional y

condujo al surgimiento de nuevos rasgos cul turales, particularmente en

zonas como El Caribe insular y continental y en sociedades como la

brasi leña, dado que eran los portugueses quienes habían dominado el

comercio de esclavos africanos desde los in icios de la edad moderna.

102 La v i r t ua l ex t i n c ió n de la pob lac ió n de las l lan u ra s a l no r te de l R ío Grande , ha s id o es t imada en va r io s m i l l ones de a lmas , la de la s An t i l la s , e n u no s 500 .000 , y la r educ c ió n de la s g rande s concen t rac io ne s demográf ica s de Méx i co , de l Pe r ú f uer on cata s t r ó f i ca s . E s tán b ie n r eg i s t rado s de sde la s p r ime ra s e tapas de l De s cub r im ien to , lo s e fe c to s de la s s uce s i va s i r r upc io ne s de la v i r ue la , sa ramp ió n , e r i s ipe la , e s ca r la t i na , to s convu l sa , t i f u s ( tabard i l lo ) , g r ipe ( t r anc azo ) , d i f te r ia , d i s e n te r ía , e nce fa l i t i s d i ver sa s ( c hava longo ) , pape ra s , y la ac c ió n endémi ca de la s í f i l i s (b ubas ) , la t ube r cu lo s i s ( t i s i s ) y o t ra s mu chas af e c c io ne s , cada b ro te de las c ua le s c obraba la a ter rado ra c i f ra de ha s ta un 50 % de la s pob lac io ne s abo r ígene s , exp l i c ando que a lg ún europeo se expresa ra g rá f icamen te d ic iendo : " nue s t r o s ó lo a l i e n to lo s ma taba" . Has ta muc ho má s ade la n te en la h i s to r ia s egu i r ía cons ta tándo se la a l ta mo rb i l idad y g ravedad de la s e n fe rmedade s impo r tadas que man tendr ían pe rmanen temen te u na acc ió n b lanqueado ra de l cong l ome rado in te r r ac ia l a l in c i d i r p ropo r c io na lmen te mu cho más t rág icamen te s ob re lo s compone n te s moreno s , ha s ta que , co n e l t iempo , é s to s e le var on s u s p rop ia s de fensa s i nmun i ta r ia s .Cf . : KRAUT , A lan M . S i l e n t Uave l l e r s : Germs , Genes a nd th e I nm ig ran t Menace , Ba l t imo re , The Jo hns Hopk i n s Un i ve r s i t y P res s , 1994 . 103 E l tema es comp le jo y la l i t e ra tu ra con f r e cuen c ia muy ca rgada de p re ju i c io s . Se r e comie nda para todo lo que t ie ne que ve r con e l come r c io de e s c lavo s a f r i cano s e n Amér i ca e l e s tud io r ea l i zad po r la UNESCO : La t r a i t e nég r i è r e d u XV e au X IX e s i è c le . UNESCO, Par i s , 1979 104 Cap i t a l s o c ia l e s un con c ep to de o r igen e conómico , s e re f ie re a l equ i l ibr io e n t r e l o s p ro ce sos de acumu lac ió n y amor t izac ió n de ca rác te r s o c ia l . I n c l uye componen te s i n ta ng ib le s , t a le s como lo s de la pe r sona l idad i nd iv idua l , g r upal e i n s t i t u c io na l que pueden s e r ca rac te r izado s como moder no s , c i v i l i zado s , t e c no t r óp i co s o c on denomi nac io ne s equ i va le n te s , que p ueden se r amor t izado s o de s t r u ido s po r d i ve r so s p ro ce so s s o c io h i s t ó r i co s .

147

F i g . 94 . Casa Grande de due ño s de p la n tac ió n en e l S u r de lo s E s tado s Un ido s . Oak ley , Lou i s ia na

Las diversas culturas en las zonas donde imperaba el trabajo esclavo y

donde el modelo l lamado de plantación105 era la base de la economía,

incorporaron entonces como rasgo cultural una rígida noción de la relación

amo-esclavo, basada en la supuesta superioridad étnica y moral del amo

y la inferioridad del esclavo, lo cual excluía la consideración de la

viabi l idad de cualquier intento de modernización tecnológica del trabajo,

o la implantación de modelos de relaciones de trabajo de inspiración

democrática, lo que plantearía no pocas contradicciones a las c lases

esclavistas dominantes como se demostraría en la Guerra de Secesión de

los Estados Unidos y en las múlt iples revueltas e insurrecciones en todo el

continente americano así como a los abol icionistas tanto en Estados Unidos

como en Inglaterra, donde este movimiento fue particularmente

importante. Los esclavos de origen africano sufri rían también los efectos

de las enfermedades infecciosas no solo debidas a las dureza de las

105 La s s o c iedade s en la zona de l Car ibe no te n ía n u na fo rma ú n ica , aunque e s t uv ie sen ca rac te r i zadas c omo mode lo de p la n ta c ió n ex i s t ía n muchas va r ia n te s de l m i smo y s e encon t raban d i f e renc ia s cons ider ab le s e n t r e é s ta s y lo s mode lo s de l as s o c iedade s de p lan tac ió n en E s tado s Un ido s y e l B ra s i l . E n muchas de e s ta s s o c iedade s s e añad ió a la impo r tac ió n de lo s e s c la vos a f r i cano s , a cu l í e s pro ceden te s de la I nd ia , como f ue e l c as o e n la s po se s io ne s de la co rona i ng le sa . Ver : UNESCO , op c i t .

148

condiciones de los viajes trasatlánt icos y de la vida en las plantaciones,

pero aun así con la continuidad del tráfico y la trata de esclavos se irían

formando numerosas comunidades afroamericanas, principalmente en las

costas tropicales del Atlántico y en las islas del Caribe, que desarrol larían

configuraciones culturales propias. El auge de productos americanos de

consumo hasta ese entonces poco conocidos en Europa que, rápidamente,

fueron incorporados a los hábitos de consumo europeos, contribuir ía a

formar un amplio mercado de consumo que daría origen y sostenibil idad a

las l lamadas plantocracias esclavistas.106

F ig . 95 . Due ño de p lan tac ió n en Sur i nam en s u a t uendo d i u r no .

Grabado de W.P . B lake , Londre s 1793

106 WALV IN , JAMES - B lac k I vo r y , Glasgow , Fon t ana Pr es s , Harpe r Co l l in P ub l i ca t io n s , Lo ndre s , 1993

149

F i g . 96 . Bo i la t , Dav id P . Mu je r Bambara en Esqu i s s e s S e nge la i s e s , Pa r i s , 1853 , lám i na 24 .

Co le c c ió n Un i ve r s i t y o f V i rg i n ia L ibr ar y

F ig . 97 . E s c lavo s l ibr es e n Sagua la Grande , ca . 1900 , Cuba .

En toda la porción meridional de la América adjetivada como lat ina ,

surgiría entonces del mestizaje una vasta población morena . El desarrol lo

150

de esas nuevas comunidades de origen africano se cumpliría en el

contexto de un c l ima de violencia y colapso de las culturas nativas y

tradicionales y bajo la presión despiadada de la Cultura occidental ,

blanca, importada y hegemónica. Se const ituirían así en diversas zonas del

continente americano pirámides demográficas bien definidas, con una

cúspide de una minoría de blancos cr io l los que formaban una incipiente

burguesía terrateniente y comercial, junto a grupos de mestizos

blanqueados de formación cul tural impuesta a part ir de la cultura

cosmopol i ta europea occidental , mientras que las bases de las pirámides

sociales estaban formadas por numerosas poblaciones de indios y negros,

en sus diversas mezclas y con dist intos grados de sangre blanca, que eran

mantenidas bajo esclavitud o servidumbre. A estos grupos, sus

idiosincrasias particulares los mantenían próximos a las influencias

cul turales de sus orígenes a través de la conservación, resguardo y

ocultamiento de sus tradiciones y costumbres. Esas estructuras sociales con

sus respectivas estratif icaciones se repetirán en todas las regiones de la

América hispanizada y muy especialmente en las zonas dónde se

desarrollaron las sociedades de plantación , como fue el caso de las

sociedades del Caribe y del Brasil107. En los casos de las Provincias Unidas

del R ío de la Plata, se calcula que para 1826, de un total de unos

600.000 habitantes sólo unos 13.000 podían censarse como blancos o casi

blancos, europeos y crio l los, en tanto que los 587.000 restantes eran

morenos108. En otras regiones de América, en las cuales el porcentaje de

población europea fue siempre menor (ver capítulo V), el espectro de la

distr ibución de los grupos étnicos sería aún más pronunciadamente mestizo .

No obstante, no todos los pobladores blancos fueron dueños de siervos

aborígenes o de esclavos negros. Un número bastante importante de

blancos pobres se asentó en regiones donde emprendieron procesos de

colonización menos autori tarios y con rasgos de una mayor hibridación

cul tural . Pero la senda del mestizaje forzado fue continua y la

polarización segregación/integración del otro se insti tuyó casi como una

107 Ve r : UNESCO. ob . c i t . 108 BUNGE , AL EJANDRO E . Una nueva Argen t i na , Hy spamér i c a , B ib l io te ca de nue s t r o s ig lo , B ue no s A i r e s , 1984 , p . 64 .

151

constante y principal rasgo dominante de las cul turas latinoamericanas,

tanto en los grupos de raíz aborigen como en los de raíz africana, o

ibérica-europea cosmopol ita. Podemos decir entonces que las cul turas de

América Lat ina pueden caracterizase por rasgos muy diversos, pero entre

todos sobresale un rasgo común de importancia: el de vivir pendularmente

entre el rechazo o la intolerancia mutua y la integración o asimilación.

152

3. Hibridación y modernización

F ig . 98 . Comi c s me j i c ano s , una e squ ina en Pue r to P r í n c ipe , Ha i t í y u na ca l le de Ca l i , Co lomb ia .

El mestizaje ser ía entonces la base biológica de los procesos de

hibridación cul tural aunque no necesariamente condición de los mismos .

153

Aunque es importante tener en cuenta que la hibridación cul tural se ha

dado permanente a lo largo de la histor ia de la cultura y práct icamente

en todas las sociedades del mundo, de hecho, la mezcla de cul turas puede

darse también sin que ocurran procesos de mest izaje étnico y sólo a través

de contactos e intercambios específicamente culturales. Tales procesos de

hibridación no son exclusivos de las cul turas de la América Latina ni

caracterí st icos, únicamente, de los procesos de invasión, conquista,

colonización e independencia de América, más bien puede decirse que

todas las cul turas están y han estado permanentemente en procesos de

hibridación como resultado de diversos t ipos de intercambios.

La fusión étnica y cul tural de las vert ientes poblacionales euroasiát icas,

europeas, aborígenes y africanas en América Latina, desde los inicios del

poblamiento del continente, durante la conquista luso-española y hasta

hoy, fue considerablemente problemática y violenta, como lo han sido

prácticamente todos los procesos de conquista y posterior hibridación

cul tural en diversas partes del planeta y en dist intos momentos de la

histor ia. Pero lo reciente y vis ible de tales procesos en América Latina, así

como también la visibil idad y rei terada expresión de las manifestaciones

de los etnocentr ismos de cada grupo al interior de las diversas

formaciones sociohistóricas, expresadas de muchas formas en las artes de

las culturas latinoamericanas, originaron desde los primeros t iempos de la

conquista y hasta hoy, rechazos profundos entre grupos y cul turas. Este

rechazo, como fenómeno cultural, ha continuado hasta muy entrados los

t iempos de una mayor estabi l idad e independencia polí t ica y const ituye

también un rasgo cul tural de importancia en América Latina y aún hoy es

posible observarlo en muchos fenómenos artíst icos y cul turales

latinoamericanos contemporáneos. Es muy difíci l en América Latina ─ y en

todas las sociedades en general ─ postular la existencia de procesos

histór icos pacíf icos y sin confl ictos como base para el surgimiento de

cul turas híbridas que resul tarían de la fusión de culturas puras, s i por

pacífi co se entiende un espectro de modos de inculcación de visiones del

154

mundo109 en los que un ego es impuesto sobre el otro, mediante formas y

modos carentes de fuerza o violencia , que no obligan a dejar de lado o a

enmascarar, reprimir o suprimir las expresiones de la propia cul tura y que

se valen casi exclusivamente de la persuasión.

Las primeras formas de contacto americano-europeo se establecieron a

partir de la fuerza mi l itar y mediante relaciones de dominación violenta

por parte de los grupos europeos, tecnológicamente mejor dotados, sobre

los pueblos aborígenes. Pero, aún a pesar de que ciertas formas de esa

violencia fueron dando paso a otras más suti les, en Latinoamérica no se ha

dejado nunca de asociar las expresiones de la cul tura con la memoria de

la violencia de la hibridación y la asimi lación de la cul tura propia por la

del otro . Esto es part icularmente evidente en las artes visuales, la

l i teratura y en incontables expresiones y textos cul turales

latinoamericanos. Es así como la noción misma de cul tura así como las

expresiones artí st icas en las sociedades de la América Latina, traen

aparejadas toda una compleja problemática de paradojas y

contradicciones en el campo de las relaciones entre el yo y el otro.

No obstante los rasgos comunes que pueden observarse en muchos de los

procesos de colonización a lo largo de la histor ia de la cultura, en todo el

planeta, es posible dist inguir en las sociedades provinciales del periodo

hispánico y hasta los t iempos de la modernización en América Latina,

aspectos relevantes que se dan como fenómenos reiterados y

caracterí st icos de esta región en los diversos t ipos de provinciali smo

cul tural, conducidos desde las dist intas metrópol is europeas y que

109 “ E l mundo” e s e l amb ie n te que pueda te ne r la mayo r capac idad y r e levanc ia cogn i t iva , emoc io na l y p rác t i c a para u n i nd i v iduo . Hab lamos de l “mundo” en que v iv imo s , de l “mundo de la v ida” como lo f o rmu ló Edmund Hus se r l . E s e “mundo ” e s d i f e ren te en cada ind i v i duo y e s tá e n g ran med ida de te rm inado po r s u c u l t u ra . Podemos r e fe r i r nos a l “mundo a n t iguo ” o a l “ mundo de lo s sa l va je s ” o a l “ nuevo mundo” . E l “mundo” no qu ie re dec i r e l p lane ta “ t ie r ra” n i e l “ co smo s ” n i e l “ un ive r so ob ser vab le ” s i no la to ta l idad en l a que v i v imo s y con la q ue nos r e la c io namos de manera s ign i f i ca t iva . Una “v i s i ó n de l mundo” en u na co le c c ió n cohe ren te de concep to s y po s tu lados que nos pe rm i te cons t r u i r u na imagen g loba l de l “mundo” y as í comprende r la mayo r can t i dad po s ib le de e lemen to s de nue s t ra s exper ie nc ia s . La s s o c iedade s , a l ig ua l que lo s i nd iv iduo s , s i empre han c ons ide rado as un to s de g ravedad que s e r e la c ionan con e l s e r y con e l deven i r de s í m i smo s y con e l s e r y e l deven i r de l mundo . La s r e spue s ta s que se dan a la s i n t e r rogan tes que s u rgen de l examen de d i c ho s as un to s conf igura n la “ v i s ió n de l mundo” . Las mú l t ip le s v i s io ne s de l mundo re f le jan la ape r t u ra de la me n te h umana a la r ea l idad como t o ta l idad . Una v i s i ó n de l mundo e s un s i s tema de coo rdenadas , o un mar co de referenc ia s e n e l c ua l u na to ta l i dad no s e s p resen tada y en la que nue s t ra s expe r ie nc ia s pueden ub ica r se . E s un s i s tema s imbó l i co de repre sen tac io ne s que no s pe rmi te in t egrar todo lo que sabemos s ob re e l mundo y s ob re no so t r o s mi smos en una v i s i ó n g loba l que i l um ina l a r ea l idad ta l como e s ta no s e s p re sen tada po r u na de te rm inada c u l t u ra .

155

dominaron las relaciones con las diversas zonas cul turales de América

Latina. Por ejemplo, el intercambio sexual amplísimo y el consecuente

mestizaje general izado caracterizaron la colonización española y lusi tana

en la América Latina , y este sería uno de los rasgos dist intivos de estos

procesos, si se les compara con los efectuados en otras colonias dominadas

por ingleses, franceses, alemanes, flamencos, escandinavos, o aún con los

l levados a cabo por los mismos portugueses en sus posesiones de África y

Asia, donde los blancos y los nativos se mantuvieron netamente separados

en capas estamentales, con una mucho menor presencia amortiguadora de

capas intermedias formadas por una divers idad de mestizos como las que

se produjeron en América Latina, donde la existencia de las capas

mest izas determinaría, en gran medida, t ipos sui géneris de relaciones

socioculturales y de funcionamiento de inst ituciones provinciales que

sobrevivieron hasta mucho tiempo después de una descolonización

temprana , producto de violentos procesos de rebeliones de indios y

esclavos así como de guerras de independencia.

Existen opiniones divididas en cuanto a que en las colonias no-ibéricas de

América el terror colonial sufrido por los colonizados habría tenido

caracterí st icas de mayor ferocidad sobre las poblaciones nativas que el

sufrido por las poblaciones mest izas en la América hispanizada. Se piensa

que el mest izaje amort iguaba ese terror, dado que los opresores y los

oprimidos estaban en Latinoamérica vinculados por lazos de sangre.

156

F ig . 99 . Cabre ra , M igue l . Me s t iza je . Ó leo sob re t e la , 1763. Co le c c ió n Museo de Amér i ca , Madr id .

157

F i g . 100 . Ba squ ia t , Jea n M ic he l . S in t í t u lo , 1981 , ac r í l i co y med io s m ix to s s ob re te la , 205,7 x 177 ,8 cm . Co le c c ió n The B road Ar t Founda t io n , San ta Món ica

Esto sin duda fue así , pero el hecho de que muchas mujeres y hombres, a

pesar de que fueran madres, padres, hi jos o hi jas , abuelas o nietas

mestizas, indias o negras , seguían siendo considerados como inferiores por

los dominadores y sus relaciones de parentesco no sólo no aminoraban la

violencia cultural ejercida sobre estas poblaciones, sino que añadían más

bien a estas un e lemento más de perversidad. En general , las poblaciones

mest izas de la América luso-española sufrieron la opresión de los blancos

no sólo en el cepo y los castigos terribles, sino el de la vio lencia mil i tar

sobre sus vidas y creencias, que incluía el derribamiento de sus viviendas

consideradas como rancherías y focos de malandraje así como de

158

patologías famil iares y comunitarias que se derivaban de las complejas

interacciones entre individuos y comunidades de diversos orígenes étnicos

y culturas en procesos de violenta hibridación. No obstante las

represiones, sangrientas y crueles, que se l loran muchos cantos y poemas

latinoamericanos y cuya representación plásti ca fuera objeto de particular

énfasis represivo, estas prácticas pueden ser consideradas como escasas si

se comparan con los rei terados genocidios cometidos por los europeos en

África, India, Indonesia y otros puntos de dominación no-ibérica.110 En

algunos casos, como en los de la Norteamérica anglosajona, Australia y

Nueva Zelanda, se l legó al exterminio casi total de las poblaciones

aborígenes, o al mantenimiento de una escasa población de sobrevivientes

encerrados en reservas , con lo que los mapas de estos países, en el

período pos-provincial, se poblarían de enclaves segregados de colonos,

formados íntegramente por blancos caucásicos separados netamente de

los nat ivos . En esos enclaves blancos la cul tura europea se trasplantó casi

intacta, mientras que en los muchos lugares donde se mantenía encerrada

a la población aborigen que no se había eliminado, se mantenían vestigios

de sus cul turas aunque fuertemente reprimidos a través de iniciat ivas de

educación y evangelización l levadas a cabo por los blancos que eran

vistas como fi lantrópicas. Es así como se impondrían los diversos regímenes

de apart-heid y segregación que sobrevivieron hasta el siglo veinte en

África y Estados Unidos, con normas y cast igos severísimos para la

integración. Pero lo importante es constatar que aún bajo este tipo de

regímenes se produce hibridación cul tural , tal como lo demuestran, por una

parte la existencia del jazz en los Estados Unidos como también los

fenómenos cul turales híbridos que se dan en las propias cul turas africanas

producto de la transcul turación.

Un factor de gran importancia a la hora de hacer dist inciones entre los

diversos t ipos y modelos de colonización sería el de la presencia de las

órdenes religiosas y en particular la Iglesia Católica en las colonias luso-

ibéricas. La Iglesia Catól ica de Roma pudo convencer a las casas reales

2 Pa ra una v i s i ó n de l hombr e b lanco como dueño benevo len t e y has ta amoro so de lo s e s c lavo s negro s , ver : CABRERA , LYD IA . E l mon t e . Ig bo F inda . Ed ic io ne s E l Che che r ké en e l ex i l io , M iam i , 1974 .

159

peninsulares de la importancia de la evangelización como forma de

expiar las culpas por los vicios, violencia y abusos de los procesos de

conquista. Aún contando las muchas excepciones que documenta la

histor iografía de la evangelización de las poblaciones del Nuevo Mundo,

es evidente que en la gran mayoría de los casos, los rel igiosos catól icos

desempeñaron el rol de mediadores que incluso lograrían suavizar de

alguna forma las traumáticas relaciones entre amos, siervos y esclavos

indígenas en la América Latina. No fue, s in embargo ese el caso con

relación a las poblaciones africanas, tratadas, o más bien maltratadas,

con mucha mayor crueldad y dureza salvo en casos excepcionales.

Los misioneros protestantes y catól icos serían numerosos y estuvieron

activos también en las colonias africanas y asiáticas. En muchos de los

países de esos continentes, s in embargo, no se establecerían los vínculos

de comunicación con las poblaciones nat ivas que algunos curas y frailes

catól icos lograron establecer y mantener en los países de América Lat ina,

particularmente en Mesoamérica. Es este, sin duda, uno de los rasgos

diferenciales de la colonización ibérica que puede contribuir a la

comprensión de algunos de los rasgos de una poco estudiada rel igiosidad

cr iol la , tenida muchas veces como atributo esencial o t ípico criol lo .

160

F ig . 101 . Po sada , Jo sé Guada lupe . A l ta r d e l a V i rgen de Guada lupe , Méx ico , 1900 .

161

F ig . 102 . Pos ada , Jo sé Guada lupe . Co loqu io pa ra Ce leb ra r la s Apa r i c io n e s d e La V i rg en de Guada lup e . Ca r te l , Méx i co , 1900 .

Otro dato de interés que emerge al revisar la histor ia de los procesos

cul turales provinciales tanto en la América hispanizada como en otros

continentes, junto a los datos procedentes de estudios comparados de las

poblaciones latinoamericanas, africanas y asiát icas del presente, es que

las poblaciones afr icanas y asiáticas hoy descolonizadas presentan índices

de desarrol lo humano notablemente inferiores a los de las poblaciones de

los países mestizos latinoamericanos, aun a pesar de los genocidios y e l

exterminio de poblaciones enteras en el continente americano. Este dato

162

pudiera tenerse como un indicador de condiciones generales relativamente

mejores que habrían permitido a las poblaciones latinoamericanas un

mayor grado de desarrol lo humano, aún durante y después de los

períodos de conquista y colonización en la América Latina independizada

en el siglo diecinueve de la dominación luso-española, que las que se

dieron en las colonias de África y Asia.

F ig . 103 . I ngen io azuca re ro moder n i zado , c a .1920 , Cuba

Sin embargo, y dado que los procesos que se conciben como progreso de

la civi l ización y que se identi fican con la modernización , implican

básicamente un salir de formas culturales y expresiones consideradas

como arcaicas o primitivas tanto por las ciencias sociales como por la

histor ia y la crí t ica de arte, es importante ver cómo eran y aún son estas

expresiones que han sido caracterizadas por rasgos que pueden resumirse

como: a) predominio de act itudes de confianza en lo mágico, b)

aceptación de la arbitrariedad, c) dependencia de l iderazgos

163

carismáticos que operan mediante la excepción a las reglas, d) valoración

de los beneficios según un interés inmediato a expensas de vis iones de

mediano y largo plazo, y e) remuneraciones al servicio personal

incondicional s in consideraciones ét icas.

F i g . 104 . E l i s o fon , E l i o t . Danzan te de la t r ib u DAN . 1971 . Co le c c ió n Ar c h i vo Fo tográ f ic o de E l i o t E l i s o fon , Na t io na l Museum o f Af r i can Ar t , Wash i ng to n DC .

Paralelamente a los procesos de conquista y colonización y luego a raíz

de los de independencia polí t i ca, iban teniendo lugar en las sociedades

latinoamericanas así como en los paideumas de los portadores de sus

diversas culturas, importantes aunque muy lentos procesos de susti tución de

valores, tales como los de la autonomía de la persona sujeta a la

universalidad de la ley y no al capricho de un l íder arbi trario, la

remuneración justa con base en el méri to y sin favorit i smos y sobre todo,

el desarrol lo de una ética del trabajo que permitía una capitalización

socia l de desarrol los tecnológicos y de innovaciones técnicas. Esos cambios

permitieron a algunos segmentos de la población latinoamericana alcanzar

164

un relativo estadio desarrol lo capitalista, que las él ites lat inoamericanas

vendieron como modernidad111. Será a comienzos del siglo veinte cuando

podremos ver que al finalizar la Segunda Guerra Mundial, era

observable en algunas ciudades de América Latina y en pequeños

segmentos de población urbana, el surgimiento de elementos de cul turas

urbanas que se ha convenido en l lamar cul turas de la modernización. El

surgimiento de estos fenómenos de las cul turas urbanas, s in embargo, no

fue tarea de una, ni siquiera dos generaciones, sino un lento proceso de

susti tución de valores en lenta hibridación y reconversión cul tural .

F ig . 105 . P la n te , E l l en M . La co c i na amer i cana moder na . 1920-1940 , lám ina p .242

111 E l h i s to r iado r venezo lano Germán Car r e ra Damas , e n una ponenc ia t i t u lada “Venezue la , pe t ró leo , mode rn idad y democ r ac ia” p re sen tada en la Un i ve r s idad de lo s Ande s , a l ana l iza r la r e la c ión h i s tó r i c a de l pe t ró leo con la mode rn idad y con la democ r ac ia , de s taca que e l p royec to de la s é l i te s venezo lanas de sde 1811 , e r a e l de i n se r ta r a Venezue la en un mode lo de “ repúbl i ca l ibe ra l” (…) “a r t i c u lada con e l s i s t ema cap i ta l i s ta in t e r nac io na l e n expans ió n” , pa ra lo que habr ía in s t r umen tado po l í t i ca s de i nm ig rac ió n que le garan t izaban , de paso , a c ce so a l cap i ta l f i nanc ie ro in te r nac io na l . Seña la Car re ra , tamb ié n , que la inm ig rac ió n deb ía se r “b lanc a” a f i n de que lo s i nm ig ran te s pud ie sen c r uzar se con la de s cendenc ia de lo s man t uano s c r io l l o s , po r l o que : e l e s f ue r zo or ig ina l pa r a moder n i za r a l pa í s f ue e l i t e s co y ex c luy en t e de la s g randes mayo r ía s na c io na l e s . Ve r : Qu i r ó s Co r rad i , A lbe r t o “ La es t ra teg ia e s e l mensa je ” , e n E l Nac iona l , A -24, domi ngo 18 de ju n io 2006 .

165

No obstante, la variable t iempo en cualquier estudio diacrónico está

siempre culturalmente determinada y en los procesos de hibridación,

desarrol lo y reconversión cultural para que una comunidad llegue a una

etapa en la que pueda juzgar las ventajas y desventajas de nuevas

tecnologías e innovaciones y tomar decis iones sobre la conveniencia o no

de adoptarlas, deberán crearse diversas i nst ituc iones instrumentales que

permitan a los miembros de la comunidad tomar decisiones en un ambiente

relativamente abierto y participativo , donde las opiniones “de todos” sean

tenidas en cuenta. Esto se convirt ió, sin duda, en uno de los cuellos de

botellas más duros para una efect iva instrumentación de las pol ít i cas de

modernización y democrat ización en América Latina en las que estaban

empeñadas las el ites latinoamericanas de los anos treinta y cuarenta del

siglos veinte lat inoamericano. Es entonces cuando vemos cómo se inauguran

y echan raíces las nuevas clases medias latinoamericanas del final de la

primera mitad del siglo veinte, como categoría sociológica producto las

ideologías democrát icas que hacen su aparición entonces en América

Latina, asociadas a la “idea” de modernización y que t raen consigo su

secuela de inst ituciones instrumentales tales como la educación laica y

públ ica y otras de importancia en el campo de la salud pública, creadas

por encima de todo para la legitimación de una superestructura cul tural e

ideológica que servi rá como instrumento de dominio cultural a las éli tes

para la inculcación de los nuevos valores democráticos requeridos por las

polí t icas hegemónicas del panamericanismo y la Guerra Fría, que

postulaban la necesidad de la modernización de América Lat ina dentro de

los esquemas de desarrollo del capitalismo internacional, contexto en el

que las cul turas criol las debían insertase ahorra definit ivamente al dejar

atrás modelos mas primit ivos, surgidos de románticos nacional ismos

cul turales que tuvieron su expresión pol ít i ca en las dictaduras mil i tares

supuestamente nacional is tas de América Latina.

166

F ig . 106 . Ac c ió n Democ rá t i ca . Juan B imba . 1945 , Caracas

F i g . 107 . “Mamá Do lo re s ” , e n E l d e r echo de na ce r de Fé l i x B . Ca igne t . 1945 .

167

Las l lamadas instituciones democráticas fueron desarrolladas entonces en

las sociedades latinoamericanas de los inicios y mediados del siglo veinte

y compartían los valores cul turales diferenciales contenidos tanto en las

configuraciones de las l lamadas culturas nacionales como los postulados

por las nuevas cul turas democráticas surgidas de la ideología de la

modernización . Mediante el juego de tensiones y restricciones formales,

polí t icas e ideológicas, se crean entonces en América Latina, desde

mediados del siglo veinte, las condiciones apropiadas para la toma del

poder por parte de organizaciones pol í t icas que dicen representar a los

colectivos nacionales en la toma de decisiones, pero que no son otra cosa

que los representantes polí t icos de las él ites. Fueron esas éli tes

latinoamericanas de entonces las que instrumentaron la creación y el

desarrollo de las inst i tuciones democráticas que se requerían para la

creación y promoción de su capital socia l .

En el campo de las artes y la cul tura se comenzaron a crear las

inst ituciones artí st icas y culturales necesarias para la recreación,

reinterpretación y e inculcación de los diversos componentes ideológicos

de una vis ión romántica de un pasado heroico, expresado en los mitos

nacionales ahora leídos y re interpretados desde la modernidad y la nueva

cul tura de la democracia. Surge entonces el mito de la democracia

representativa y se actualizan, reinterpretan y reescr iben las epopeyas

nacionales . Se dan nuevas lecturas a la iconicidad independentis ta y

republ icana, con énfasis en la puesta en valor de sus componentes

cosmopol itas y se va abandonando paulat inamente la valorización del

componente mestizo que habían reivindicado los nacional ismos y los

indigenismos cul turales. Es en ese entonces cuando vemos surgir nuevos

movimientos artíst icos a través de una revalorización hecha a partir de

nuevos cri terios en la crí t ica de las artes en el contexto de la cr ít ica de

arte de s igno internacional y de los procesos artíst i co-cul turales europeos

y norteamericanos de los anos cuarenta y cincuenta. Pero es también

entonces cuando se comienzan a sistematizar, en diversos países de

América Latina, los estudios cientí ficos de las cul turas y las artes

prehispánicas y también cuando se comienzan a reescribir desde

168

perspectivas más actual izadas, la historia de las artes visuales en toda

América Latina desde enfoques y discursos que persiguen insertarse en los

grandes c ircui tos cul turales y artíst icos del mundo. Tristemente, la

valoración de las artes aborígenes de las diversas cul turas americanas

tuvo como efecto el aumento del pil laje y saqueo de los tesoros art ís t icos

de América Latina por parte de muchos de los centros hegemónicos del

poder cul tural , en Norte América y Europa.

F i g . 108 . Char t r and , E s teban Sebas t iá n . Camp iña c ubana . 1870 , láp i z s ob re pape l . 7 ,6 x 12 , 7 cm .

Co le c c ió n Cer n uda Ar t e , M iami

Pero las hibridaciones culturales urbanas no entraban aún en el foco del

interés académico o científico de la crí t ica de arte latinoamericana, a

pesar de que se inic iaban estos esfuerzos en el contexto de los estudios

urbanos en el mundo de las culturas anglosajonas. Habrá que esperar casi

al final de s iglo veinte para que estos fenómenos de cultura urbana sean

en América Latina objeto de estudios por parte de la sociología y

antropología de las l lamadas cul turas populares y luego culturas urbanas o

también de los que se conoció como la cultura de masas112, concepto

112 Con u na c u l t u ra dominada po r l o s impe ra t i vo s de la ind u s t r ia y de la r e n tab i l idad e conóm ica , e sa cu l t u ra , conc l uye Edgard Mor in , e s la ú l t ima c r ia tu ra de la p roduc c ió n e n ma sa . ¿ E s ob je t i va , o ú t i l , una v i s ió n apoca l íp t i c a de e s ta r ea l idad y de l f u t u ro ? ¿Se r ía qu i zá s más r ea l una v i s ió n i n t egrada , más po s i t iv i s ta y a la vez más po s i t i va? La p r ime ra , la v i s ió n apoca l íp t i ca , como Umber t o Ec o ha de s c r i to , e s la de q u ie ne s s ob rev iven g rac ias a la p roducc ió n de teo r ía s s obr e la decadenc ia m ien t ra s que lo s s egundo s , lo s i n tegrados ,

169

creado los comunicólogos norteamericanos y adoptado por los estudiosos

latinoamericanos del impacto de los medios de comunicación social en la

cul tura latinoamericana, particularmente del fenómeno de la televis ión en

las principales ciudades de América Latina.

s in apenas teo r i zac ió n cons c ien t e , em i te n cada d ía s u s mensa je s y hacen amab le y l i v iana la abso r c ió n de no c io ne s y la r e cepc ió n de in f ormac ió n : s e r ea l i za f i na lmen te a un n i ve l ex tenso , mas i vo , co n e l co ncu r so de “ lo s me jor es ” , la c i r c u la c ió n de un a r t e y una cu l t u ra cons ide rada como "popu lar " s ó lo po rque e s in c u l cada a g rande s con t i ngen te s de pob lac ió n . L a v i s i ó n apoca l íp t i c a f ue r e chazada po r e l g ran t eó r ico de la comun i cac ió n Abraham Mo le s , pa ra qu ien la no rma de nues t r o t i empo no e s o t ra que la d ive r s i f i cac ió n . Pa ra Mo les la d ive r s i f i cac ió n ha i nu ndado todo s l o s campos , p royec tos y sabe res : lo s m in i c ine s , la s r e v i s ta s , lo s cana le s de t e le v i s i ó n , la s em i so ra s de rad io y s u s mú l t ip le s f r e cuenc ia s , l o s n uevo s d ia r io s , la s f o rmas d i ve r sa s de c oc ina y ha s ta la s f o rmas de abso rber e i n teg ra r la c u l t u r a en la p rop ia pe r sona l idad : E l homb re que v i ve i nmer s o en la vo rág in e de lo s med io s –conc l uye Mo le s - ac aba i n co rporando una c u l t u ra de r e t a zo s , ab sorb ida en pequeña s dos i s , s in e s t r uc tu r a , o rden n i je r a rqu ía , muy l e jo s d e la c u l t u r a l in ea l y e s t r uc t u rada de la e s cu e la y d e l a un i ve r s i dad c lá s i ca s . Ver : Mo le s , Abraham . La s o c iod inám i ca de l a c u l t u r a , Gus tavo P i l i , Ba r ce lo na , 1962 , pp . 58-63 ; Eco , Umber t o , Apoca l íp t i co s e in teg rado s a n te l a c u l t u r a de ma s as . Ed i to r ia l L umen , Ba r ce lo na , 1968 . En Venezue la , s e com ienza a p roduc i r e l p roduc to más ca rac te r í s t i co de la “ cu l t u ra de masas ” e n la dé cada de l o s c i n cue n ta . En 1955 se t ran sm i te la pr ime ra te le no ve la venezo lana : L a e squ ina e s c r i ta po r Román Cha lbaud y t ransm i t ida po r Rad io Ca racas Te le v i s ió n , p roduc ida po r Co lga te -Pa lmo l ive que tu vo u na durac ió n de 18 cap í tu lo s y f ue t r ansm i t ida de lu ne s a v ie r ne s , a razón de 12 m in u to s y med io po r d ía . Tamb ién ve r : CAPR I LES , Oswa ldo . E l negoc io de la i l u s i ó n . En : Apun te s , Caracas : Cuade rno s de la E s cue la de Comun icac ió n So c ia l , UCV , Nº 23 ; 1991 y GARC ÍA CANCL IN I , NÉSTOR . I ndus t r i a s c u l t u r a l e s e in t egr ac ió n la t inoamer icana , Méx ico , Gr i ja lbo , 1999 ; I SHI BASH I , JUAN “Hac ia una ape r t u ra de l deba te s ob re e l ra c i smo en Venezue la : ex c l u s ió n e i n c l u s i ón e s te reo t ipada de pe r sonas ‘ negras ’ en lo s med io s de comun i cac ió n” , e n : DANIEL MATO ( coo rd . ) : Po l í t i ca s d e id en t i dades y d i f e r enc ia s so c ia l e s en t iempo s de g loba l i za c ió n . Ca racas : FACES , UCV , 2003 .

170

F ig . 109 . Renny Ot to l i na , E l R ey M idas Cr io l l o , Caracas , 1962 .

171

4. Identidad y mestizaje

F ig . 110 . Carme n M iranda , B r as i l , 1943 . F ig . 111. Anón imo . Dama I n ca . S . XV I I , Pe r ú

La pregunta ¿quiénes somos? surge ya en Latinoamérica con la primera

generación que sigue a la conquista. Es quizás lo que más destaca y

caracteriza las expresiones culturales de quienes sienten que viven en un

"nuevo mundo"; es decir, en un continente visto desde "el otro", desde un

centro que no es el suyo. Simón Bolívar113 ─ y con él toda una generación

de americanos ─ lo expresó así :

No somos indios ni europeos, sino una especie media

entre los legít imos propietarios del país y los

usurpadores españoles: en suma, [somos] nosotros

americanos por nacimiento y nuestros derechos los

de Europa, tenemos que disputar éstos a los del país

y (tenemos] que mantenernos en él contra la invasión

de los invasores .

113 S imón Bo l í va r e n s u Car ta de Jama ica , de 1815 , conv ie r t e de modo s imbó l i co , la f r o n t e r a en e spac io .

172

Al cortar las l igaduras con la metrópoli , al desvincularse de un centro, se

destruía también la pretensión de un vivir transi torio, provisional , y el

Nuevo Mundo pasaba a ser entonces el mundo americano . Pero ni Bolívar ni

los patr iotas de la independencia de las naciones latinoamericanas

trasladan la centralidad cul tural a América. La independencia sólo corta

los lazos polí t icos con el centro: nuestros derechos [son] los de Europa, dice

Bolívar. En real idad ésta es la única afirmación que se formula por vía

posit iva, al reconocer como centro del nuevo derecho americano el centro

europeo. Las demás afi rmaciones se expresan por vía negativa: no somos

indios ni europeos y nos encontramos entre los legít imos propietarios del

país y los usurpadores españoles . Desde esta perspectiva el concepto de

frontera se mantiene en su integridad; lo que se amplía es el espacio

cul tural para incluirse, ahora como americanos republ icanos, y esa es

también ahora la causa de la lucha. Luego de la independencia se

reclama la posesión de la antigua frontera pero vivir en la antigua

frontera sigue siendo confl ict ivo, pues se rechaza lo indio por parte de los

legít imos propietarios del país, pues estos s iguen representando la

barbarie . Para mantener nuestros derechos, los de Europa, Bol ívar señala

de modo contundente que no somos indios ni europeos como correspondía a

la perspectiva que de Latinoamérica se tenía desde Europa. Para el

europeo, Bolívar y los patriotas que lo acompañaban, eran cr iol los; es

decir, nacidos en la frontera de una lejana provincia y por lo tanto un

producto de la frontera, aunque eso s í , del lado europeo de la frontera , lo

que los hacía más humanos y civi l izados que los bárbaros . Bolívar era

entonces considerado como más europeo que ind io. Al haber nacido y

habitar en la frontera era un cr iol lo y de ningún modo igualaba al

europeo, al habitante del centro. Al combatir y ganar una guerra por el

dominio pol ít ico de la frontera provincial y al convertirla en un espacio

polí t ico diferente y separado del centro , era un insurrecto . La generación

de Bolívar comienza también a borrar la l ínea que mantenía al otro

separado, con lo que el habitante de los nuevos espacios americanos

independientes empieza a definirse como un ser y al mismo tiempo como

un no-ser , es a un tiempo lo uno y lo otro : pues es el resultado de una

173

hibridación cul tural. Sin duda, el que así sucediera en la superficie de la

dimensión cul tural vino a reafirmar la cul tura de la independencia, la

cul tura republ icana , pero no se l legaba con ello a definir ni a superar la

mental idad de cul tura de frontera y cul tura de provincia . Sucede justamente

lo contrario: la hibridación cultural seguía siendo vista a través del horror

de los blancos al mestizaje racia l y ambos fenómenos se juzgaban desde el

concepto de frontera de provincia , es decir, desde la perspectiva de un

centro alejado y ajeno , donde el mest izaje y la hibridación significaban

degeneración y contaminación cul tural : en suma, en la medida en que

América mas se americanizaba, mas se consideraba desde muchos círculos

europeos y americanos que se retrocedía desde la civi l ización hacia la

barbarie114. .

El iberoamericano, e l cr iol lo – o latinoamericano- se disfrazó entonces del

otro europeo y se dis imuló para ocultar la casi esquizofrenia de su estado

y proyectar el mismo desprecio con que se sentía observado en su

realidad a través de un odio expl íc ito hacia sus ancestros europeos. En su

origen, barbarie era lo "otro", lo si tuado al otro lado de la frontera: lo

indio, lo autóctono americano opuesto a lo español , a lo europeo , en los

comienzos de la dominación española. Pero la permanencia de este ser-

expectativa en el contexto del nuevo espacio americano independiente

creado, dio lugar según el fi lósofo venezolano Ernesto Mayz Val lenil la115,

a un modo peculiar del ser iberoamericano: ¿Es que por vivir de

expectativa.. . no somos todavía? ¿O será, al contrario, que ya somos. . . y

nuestro ser más íntimo consiste en un esencial y rei terado no-ser-siempre-

todavía? Con esta expresión nos está indicando Mayz Valleni l la que el

iberoamericano, el criol lo , no es, o más bien que es no siendo . No indica,

simplemente, que el nuevo americano independizado consti tuye un mero

episodio temporal inacabado sino que esencialmente somos y seremos un

no-ser-siempre-todavía . Las conclus iones de Leopoldo Zea116 de que no

114 La l i te r at u ra sob re la opo s i c ió n de mucho s b lanco s c r i o l lo s a la i ndependenc ia e s va s t a en Ve nezue la y en Amér i ca La t ina . 115 Mayz Va l le n i l la , E r nes to . E l p rob lema de Amér ica . C uade rno s Amer ic ano s . Méx i co 1975

116 Zea , L eopo ldo . Amér i ca como conc i enc ia . C uade r nos Amer i ca nos , Méx i co . 1953 .

174

existen pueblos civi l izados y pueblos bárbaros o sa lvajes, sino pueblos

formados por hombres concretos, entrelazados en sus esfuerzos por

sat isfacer sus peculiares necesidades117, resume perfectamente el aporte de

las generaciones intelectuales lat inoamericanas contemporáneas. Pero esas

conclusiones destacan, también, la doble cara de la problemática: En

efecto, no basta deconstruir o problematizar el pensamiento que,

instalado ya en un centro propio, considera como periférico al antiguo,

aunque se sienta contaminado e inferior al pensamiento del otro , s ino que

se hace necesario al criol lo más que nada superar su mentalidad de

periferia , de provincia de frontera , de habitantes de un espacio que fue

necesario l iberar. En sus úl t imas consecuencias, el pensamiento de la

l iberación desenmascara el contenido de opresión de todo centro y busca

destruirlo, pero con el lo no sugiere la negatividad de borrarlo tal como lo

propone el discurso posmoderno europeo, sino de superarlo y

transformarlo en un centro dialógico que sea por su naturaleza dinámico,

para evitar así en el futuro nuevas formas de dominación. Cuando el

pensamiento de la l iberación desenmascara los esquemas de opresión

presentes en todo centro que juzga periféricos los espacios de los demás ,

posibil i taba no sólo la l iberación de los países latinoamericanos

subdesarrollados, sino también la de ciertas zonas a l interior de la cul tura ,

de los espacios cul turales interiores y de territor ios estéticos anteriormente

considerados como marginales .

_______E l p e n sami en to l a t i noamer icano . Cuade rno s Amer ic ano s . Méx i co ,1975

_______E l Nuevo Mundo en l o s r e t o s d e l nu evo m i l en io . C uade rno s Amer ic ano s . Méx i co , 2003 .

116 Zea , E l p en sam i en to… pp . 44-50 .

175

F ig . 112 . Danzan te s de la f e s t i v idad de La T i r ana , 2001 , Pe r ú .

176

F ig . 113 . “ Lo s r ub io s ” danzan te s de Oaxaca , 2002 , Méx i co .

La repercusión de este proceso de incorporación de lo marginal, lo

excéntr ico a las artes y cul turas lat inoamericanas es doble y constituye,

quizás, uno de los aspectos más importantes y característ icos de la

presente s i tuación cul tural latinoamericana así como de las artes

contemporáneas de la América Lat ina. Es de doble importancia en el

sentido de que supone una independencia cultural del tradicional centro

europeo o norteamericano, pero implica asimismo un descubrimiento los

propios centros internos de opresión cultural ocultos en lo profundo de

Latinoamérica misma, en los centros de nuestras culturas dominantes . Es así

como surgen no sólo los discursos testimoniales de los pueblos secularmente

marginados sino que, ahora, los pueblos latinoamericanos se apoderan de

la palabra y de la imagen artíst ica, para reclamar sus derechos

expresivos como seres humanos dueños y creadores de sus propios

discursos, sus propias cul turas, sus propias estéticas. Las nuevas fronteras

cul turales y art ís t icas contemporáneas que se muestran hoy en América

Latina no implican únicamente una toma de conciencia de la existencia de

grupos que desde hacía s iglos se encontraban cultural y socialmente

marginados, sino que el proceso va más al lá: ahora en las artes

177

contemporáneas de los diversos países de América Lat ina se descubren y

hacen explíci tas otras formas de marginación, como la marginación

art ís t ica, estét ica e incluso iconográfica que es diferente pero está

asociada a los espacios pol ít i cos e inst itucionales y en particular a la

participación de art istas no-canonizados en los espacios inst itucionales de

difusión art ís t ica.

F ig . 114 . To ro , Mandy , La mo na . 2002 , ó leo sob re te la , Maraca ibo

A las diferencias étnicas y cul turales tradicionales se añaden las

diferencias en los nuevos discursos artís t icos y en las estéticas no-

convencionales, donde surgen las voces y los discursos de grupos e

individuos marginados no sólo por la pobreza s ino por la realidad de una

herencia de cul turas destruidas, cuyos vest igios comienzan a renacer de

178

una frági l memoria para hacerse visibles, pues a quienes se les había

negado el pan e identidad se les habían negado también las voces y las

imágenes de su propia cul tura en muchas zonas del continente donde s iguen

exist iendo mil lones de seres humanos sometidos a estados de subsistencia

cul tural , sólo que ahora esa marginación cul tural es cada vez más visible y

es percibida por un mayor número de personas.

F ig . 115 . Ma ika . S in t í t u l o , mar cado r s ob re pape l , 1974 . Expo s ic i ó n D ibu jo Yanomami . Museo de Be l la s

Ar te s , Caracas , 2006 . Co le c c ió n An ton io Pé rez , Cáce re s

Al surgir un nuevo centro americano , que no se define por sus diferencias

con los demás sino que busca eliminar el tradicional concepto de provincia

de frontera , el criol lo , el mestizo, el negro, el mulato y el indio intentan

entablar diálogos . La hibridación postula entonces la incorporación a una

cul tura dialógica , lo que permite un reconocer (se) en la propia ident idad

179

en presencia de otro y en el ejercicio de los derechos del otro impl íci tos

en la relación de un nosotros .

F i g . 114 . Danzan te s Ch uncho s en Oruro , Bo l iv ia .

.

F ig . 115 . Landa luze , V íc to r Pat r i c i o . La danza . , ó leo s ob re te la , La Habana 1875

180

F i g . 116 . La nda luze , V í c to r Pat r i c i o . La danza b la nca d e l o s s ombr ero s . 1880 , ó leo sob re te la , 35 x 46 cm . , L a Habana

Si uno de los caminos de la propia identidad se construye a través de las

artes de la contemporaneidad latinoamericana, a pesar de que las teorías

artís t i cas postulaban la autonomía del arte en sus relaciones directas con

la realidad, el lo no ha s ignifi cado que los criol los ─ y en particular los

artistas latinoamericanos actuales, inscr itos en los malestares de la

identidad y la cul tura desde los primeros t iempos de la hibridación

art ís t ica ─ accedieran a una i rrealidad de supuestos sentidos secretos en

las artes, o que se expresasen mediante formas no-miméticas. Fue en esos

espacios de lo real-mágico , del no-objeto , del tropicali smo o de la estética

del hambre o incluso en los de la abstracción donde los artistas de los

t iempos de la modernidad en América Latina hubieron de dar muchas

batallas por configurar ident idades artíst icas en otro terreno , el de lo

otro, lo oculto, lo supuestamente no visto por las artes cosmopol itas

europeas, que los habían obl igado a asumirse como artis tas sólo a través

de tránsi tos casi obligados que los l levaban por los caminos de la historia

181

canónica del arte, accediendo únicamente a los desvíos de sus propias

excentr icidades118.

F i g . 117 . Lam , W i f redo . E l ú l t imo v ia je . 1976 , l i tog ra f ía s ob re pape l , 22” x 29” . 33/99.

F i g . 118 . Más ca ra r i t ua l de la s o c iedad Abakuá . Cuba

118 Pa ra u na c r í t i ca a l exo t i smo , ve r : HERNÁNDEZ , CARMEN , “Cr í t i c a a la exo t i zac ió n y a l a s o c io log i zac ió n de l a r te la t i noamer icano ” , Caracas , 1999 .

182

F ig . 118 . Danzan te Abakuá , Cuba

El exotismo, la evasión y las utopías estaban presentes como contenidos

tanto en los múltiples secretos de lo autóctono como en los nuevos

imaginarios y programas artíst icos dest inados a transformar la suspicacia

y la paranoia conservadora – e ignorante- de las él ites cr iol las que se

adscribían a una cul tura cosmopol i ta dominante, para las que todo lo local

era exótico , excéntrico, o incluso extraño .

183

F ig . 119 . Car lo s Garde l , “ E l zo r za l c r i o l l o” , B ue no s A i r e s .

F ig . 120 . “Cr io l lo ” de l ar t i s t a W i l l ie Co lón , P ue r to R i co .

184

F i g . 121 . Po r t ocar re ro , René . F ig ura pa ra una m i to log ía imag ina r ia . 1943 , 60 ,5 x 45 ,5 cm . , ó leo s ob re

te la , Cuba

Un programa como el del criol l i smo art ís t ico revisaba entonces esas

categorías con la reverencia y respeto que los arti stas otorgaban a sus

propias percepciones de lo la tinoamericano y lo nacional como elementos

que formaban parte de la categoría de lo sagrado . Pero también los

promotores de ident idades configuradas a partir del criol l i smo art íst ico

partían de una postura de desaliento pues se sent ían, a comienzos del

siglo veinte y de cara a la modernidad como lo expresara Cinto Vitier119

119 Ve r : V I T I ER , C INT IO , Lo c ubano en la poes ía , e n Vi t ie r , C i n t io : Obra s (1 ) : Poé t i c a . Ed i to r ia l L e t ras Cubanas , La Habana , 1997 . C i tamo s tamb ién a V i t ie r en una en t r e v i s ta t i t u lada DE ORIGENISMOS , r ea l i zada

185

para referirse a los cubanos: se sentían como americanos s in dest ino . En

Cuba, desde la revi sta Orígenes se divulgaron muchos de los postulados

propuestos por los artistas que participaron en la exposición titulada La

Vanguardia Cubana y en la l lamada Arte Nuevo , realizadas en La Habana

en 1927. De all í surgieron algunos de los artistas de la l lamada primera

generación de vanguardia , const i tuida, entre otros por notables arti stas

cr iol los como Eduardo Abela, Víctor Manuel y Jorge Arche.

po r Ange l Gur r ia Qu in ta na , apare c ida en La Jo r nada Semana l , 5 de oc tub re de 1997 . CV : En l a épo ca en q ue Or íge nes s u rge , a l r ededo r d e l a ño ' 37 - la r e v i s ta emp ezó en '44 , p e ro e l mo v im i en t o , c en t r ado en L ezama , emp ie za en e l '37 con la r ev i s ta Ve rbum- , s e d eba t ía e n Cuba sobr e la poes ía l lamada ` ` pura ' ' y l a poes ía ` ` so c ia l ' ' . L ezama t r a ic i onó , e n to nce s , a la s dos t end enc ia s : no quer ía n i la una n i la o t r a . Ha y u n ed i to r ia l s uyo en f o rma de a fo r i smos que emp ie za po r d ec i r : ` ` E l ho rm iguero s e ag i ta ' ' , en r e f e r enc ia a l a d i s c u s ió n e n t r e a r te ` ` p u ro ' ' , a r t e ` ` s oc ia l ' ' , e s to , l o o t r o . Y des pués v ie ne y no s d i c e : ` ` P r epara la s opa , m ie n t r a s voy a p i n ta r un á nge l má s . ' ' Lo d e l a s opa e s impo r ta n t e , no s ó lo lo d e l á nge l . E s una e spec i e d e s ímbo lo , tamb ién , d e c i e r ta id ea de pob r eza que podemos dec i r q ue t u vo Or ígen es . No de ma soqu i smo , no de m i s e r ia , p e ro s í d e con fo rma rs e con lo po co , po rque e n Cuba e s t ábamos v iv i endo un v e r dadero f r ene s í d e e n r iq u ec im ie n to y d e co r r up c ión . Y Or ígene s tamb ié n r ea c c io nó con t r a e so . B u s c aba , en camb io , u n id ea l d e v ida deco ro sa , d e t r aba jo . No no s p r eo cupamos por lo s ` ` i smo s ' ' . Or ígene s no f ue una r ev i s ta de ` ` i smo s ' ' : no le i n t e r e s ó n i nguno , y e ran todav ía la s ú l t ima s época s d e l a s vangua rd ia s , que i r r umpen e n toda Amér ic a . No s i n t e r e saban lo s poe ta s , no lo s man i f i e s to s n i la s e s c u e la s . La c r ea c ión , lo s g randes c r eador e s , p e r tenec i e ran o no a e so s ` ` i smo s ' ' . F u e e l c a s o de la g enera c ió n de l '27 , d e J uan R amón J iménez y o t r o s g randes poe tas . P e ro además , E l i o t , R imbaud . No bus c ábamos co r r i en t e s e s co lá s t i ca s d en t r o de l a poes ía s i no g randes c r eado r e s . Y e sa f ue una no rma de lo s poe ta s d e la r ev i s ta . Que f u e , por c ie r t o , muc ho má s que una r ev i s ta : é s ta t e rm inó y Or ígene s s igu ió . Yo c r eo q ue Or ígene s s igue v i vo . Pero s í , hab ía un p r ob l ema con la h i s to r ia . Yo he l l egado a la conc l u s i ó n d e que conver t imos la f r u s t r a c ión h i s t ó r i ca d e l pa í s en un a r gumen to en c on t r a de la h i s to r ia . Hab ía una e spec ie d e r e s en t im i en to con t r a e l l a : la h i s to r ia s e hab ía f r u s t r ado . S in embargo , e s e de s apego de la h i s t o r ia inmed ia ta que no s r odeaba e ra , en e l f o ndo , todo lo con t r a r io : la ape tenc ia d e u na h i s t o r ia ve rdaderamen t e r ea l , f e cu nda , en ra i zada en l o s o r ígenes d e l pa í s . En e so no s d eba t íamo s . En Lo c ubano en la poes ía (1958) yo me mues t r o ba s t a n te r ece lo so de la h i s to r ia , como s i poes ía e h i s to r ia f u e ran do s po tenc ia s enem iga s . Después , e n e l nu e vo p ró logo a la s egunda ed ic ión , hec ha e n e l a ño s e t en ta , co n f ie so que e l t r i u n fo de la R evo luc ió n me h izo pen sa r q ue s í e r a po s ib l e la enc a r na c ió n de la poes ía en la h i s to r ia - que e ra lo q ue s ign i f i caba pa ra no so t r o s Mar t í .

186

.

F i g . 122 . Abe la , Eduardo . Gua j i r o s , 1938 , ó leo sobre te l a , 84 x 71 cm . Cuba

187

F ig . 123 . Ar che , Jo rge . P r ima vera o des can so . 1940 , ó leo sobr e te la , La Habana

F ig . 124 . Po r t i nar i , Cand ido . P ie y Machado , 1938 . Carbo nc i l l o s ob re pape l K ra f t , 40 x 65 cm .

E s c r i t o r io de Ar te , Sao Pau lo

188

Es este el hito que la hi stor ia de la cul tura cubana y de las artes

latinoamericanas en general, reconoce como el inicio de la modernidad

visual cubana. Se acompañaría con esfuerzos de igual importancia en

otros países del continente y será a partir de estas exposiciones que se

produce un reconocimiento público de un espíritu de vanguardia en Cuba,

que se concretará en la madurez de una segunda generación plástica

const ituida, entre otros, por Wifredo Lam, Amelia Peláez y René

Portocarrero, desde fines de la década del treinta y en la segunda mitad

del siglo veinte.

F i g . 125 . Pe láez , Ame l ia . S in t í t u lo . 1963 . Tempe ra sobre ca r t u l i na , 45 , 5 x 32 , 6 cm . Co le c c ió n p r i vada , La Habana

Pero una de las característ icas más resaltantes de las artes visuales

latinoamericanas de la modernidad sería, justamente, la imposibil idad de

189

ubicarlas conceptualmente dentro los sistemas de valoraciones y

categorías que una teoría del arte eurocéntr ica ha construido. Es

importante señalar el empeño de los artistas en trabajar desde, por y

hacia Latinoamérica. Esta actitud no parte de nociones convencionales de

lo nacional ni expresa necesariamente algún tipo de nacional ismo . A muy

grandes rasgos pueden percibirse en América Latina dos grandes campos

de acción art íst ica así como de identidades artíst icas: uno en el que pueden

ubicarse las reacciones a los fenómenos cosmopol itas europeos y otro en el

que pueden s ituarse las l lamadas propuestas de ruptura , ya sea que estas

se refieran a rupturas con pasados históricos locales o con postulados

teóricos que puedan considerarse que valoran propuestas de mimesis u

operaciones de reproducción de valores y categorías estéticas que, en el

caso de las artes lat inoamericanas, se expresan con mutaciones formales

que rechazan yuxtaposiciones y sumatorias o entrecruzamientos con el

cosmopol it i smo de la modernidad artís t ica europea o norteamericana.

Estas propuestas emergen desde una profundidad poco articulada en un

pensamiento o reflexión teórica, pero están dotadas, sin duda, de una

gran vi tal idad artíst ica.

F ig . 126 . Bed ia , Jo sé . I s l a a rmada , 2004 . Med io s m ix t o s s ob re ca r t ón , 119 , 4 x 240 cm . Ga le r í a Panamer ic ana .

190

Los artistas latinoamericanos de los inicios del siglo veinte propusieron

entonces a las artes contemporáneas del mundo la fundación de nuevas

genealogías artís t icas, con base en nuevas realidades estét icas,

conceptual izadas sobre un eclecticismo radical que se proponía

desconocer, romper y saltar la tradición de la continuidad artíst ica ─ aún

la de las vanguardias revolucionarias europeas así como las de sus

propios países ─ para fundar terri tor ios artíst icos propios , donde se

niegan formulaciones y f i l iaciones del t ipo centro-periferia. No obstante,

las fi l iaciones artí st icas de los principales art istas de las vanguardias

plást icas latinoamericanas han sido bien establecidas por la histor ia de

las artes visuales latinoamericanas120.

F ig . 127 . Mo ra , E l sa . La v ida e t e r na con t r a la s u e r t e d e l f l u i do . 1998 , té cn i ca m ix ta s ob re ca r t u l ina , 51

x 73 , 5 cm . Co le c c ió n p r i vada , L a Habana

120 Ve r : AREST IZÁBAL IRMA, “Cub ismo s y a r t e mode rno en Amér ica La t i na . Año s 20” , donde la a u tor a e s tab le ce la s s igu ie n te s r e la c io ne s : 1 . Gr i s -Me tz i nge r -Mar cous s i s - Pe t to r u t i - R i ve ra -B lanc ha rd ; 2 . Pe t to r u t i -X u l So la r -Gut te ro ; 3 . R i ve r a-Mar ie B la nchard- Ramón Gómez de la Se r na , a s u vez r e la c io nado con Rafae l Ba r radas por s u ac t uac ió n e n e l Ul t r a í smo ; 4 . V ic en t e do R ego Mon te i r o -Vi c to r B r e che re t - Fe r nand Lége r ; 5 . Ta r s i la do Amara l- Fer nand L ege r -Mar ie B la nchard-A lber t G le i ze s -Andre Lo t he ; 6 . Garga l lo -Cura te l la Mane s -B re che re t - Bourde l l e ,7 . De launay -He rb in -Bar radas - To r re s Gar c ía-Mir ó-Vázque z D íaz ; 8 . Ame l ia Pe láez - A le ja ndra Ex te r . Ve r tamb ién : DE ANDRADE , OSWALD, e n un ba la nce r e t r o spec t i vo («O cam in ho pe r co r r ido» , Pon ta de La nca , L iv r . Mar t i n s ed i to ra ) ; SALZSTE IN ,SÔN IA , «A saga mode r na de Tar s i la» , Ta r s i l a - Ano s 20 , São Pau lo , Ga le r ia de Ar t e do Se s i , 1997 y TRABA , MARTA , Ar te d e Amér ica La t ina - 1900-1980 , New Yo rk , Banco In te r amer ic ano de De sa r ro l lo , 1994 .

191

El programa artíst ico latinoamericano de los mít icos primeros años de la

l lamada modernidad art ís t ica, se propuso entonces no sólo crear nuevas

visualidades sino refundar el imaginario americano , muchas veces a partir

de lo autóctono, pero con l íneas de fi l iación innegables para con las artes

no sólo de la modernidad artíst ica del viejo mundo sino de la

contemporaneidad europea y norteamericana. Los procesos de construcción

de nuevos sentidos en las artes visuales latinoamericanas se realizaron

entonces a parti r de elementos muy dispersos, divergentes y

contradictorios, tomados de muy diversos contextos artí st i cos en los que el

cr iol l ismo con su emblemática part icular, trataría de insertarse, fusionarse

y hacer valer sus modalidades expresivas y sus explícitas temáticas

latinoamericanas que se postularon como las vías por excelencia para una

expresión de lo esencia l lat inoamericano , ante los incontables caminos que

los art is tas de las l lamadas vanguardias latinoamericanas del siglo veinte

recorr ían con sus propuestas.

El criol l i smo , como programa cul tural , estético y pol ít ico, ha tenido

entonces una aspiración internacional y no sólo latinoamericana, por lo

que la noción de identidad nacional , o de lo nacional como constructo

cul tural , resul taba no sólo forzada s ino de aplicación difí ci l , tanto a la

categoría conceptual misma como a las operaciones cr í t icas o difus ivas

que se pretenden realizar con ella.

192

F ig . 128 . Abreu , Mar io . Yo Mar io , e l s a l tap la n e ta s . 1966 , e n samb la je de mate r ia le s d i ve r so s s ob re

made ra p i n tada . 81 ,7 x 81 , 7 x 17 cm . Co le c c ió n Ga ler ía de Ar te Nac io na l , Caracas

Proponemos entonces que el criol l i smo artíst ico sea visto entonces como una

categoría muy amplia, construida no sólo art ís t icamente sino con elementos

estéticos extra-art íst icos, que se incorporan a las artes contemporáneas y

que parten de universos i cónicos construidos desde hace varios s iglos ,

colectivamente, como resultado de procesos histór icos y cul turales

concretos que l legan a expresarse en las artes y que contienen valores

atribuidos a identidades étnicas que han pasado por sucesivos procesos de

mestizaje e hibridaciones cul turales aún cuando estos se hayan dado dentro

de los l ími tes territor iales de las repúblicas de la América “colonizada” o

posteriormente “l ibertada” pol í t icamente de España y hasta todavía mucho

después de finalizadas exitosamente las luchas por la independencia

193

polí t ica para l legar a los t iempos de una supuesta y mas que nada

imaginaria modernidad latinoamericana y hasta el presente.

Queremos decir que nociones como las de identidad nacional , o de lo

nacional , problematizan esteri lmente al cr iol l ismo artíst ico si el mismo es

considerado exclusivamente como producto ideológico de procesos

histór icos, localizados en terr itorios definidos únicamente a parti r de lo

estético. Sin entrar a considerar si la noción de lo nacional es una

categoría cient íficamente sustentable, o s i puede, a veces, l legar a tener

un sent ido casi metafísico y l leno de romanticismo, nos interesa intentar

esbozar una breve reflexión epistemológica que permita situar la

categoría criol l i smo art ís t ico en el ámbito de lo estético y lo artíst ico en

sus contextos his tóricos concretos. El lo nos parece necesario a fin de

determinar si sería posible operar con dicha categoría introduciendo en

el la los elementos hi stóricos que condujeron a la construcción de lo criol lo

en las artes visuales, o del criol l i smo como categoría estét ico-cul tural-

polí t ica. Estas preci siones aparecen como necesarias a la hora de revisar

las condiciones de producción de los diversos discursos artíst icos, producto

de los diversos procesos históricos que condujeron a la construcción social

de la institución de las artes desde la independencia de las repúblicas

latinoamericanas y cuando las elites dominantes y hegemónicas en América

Latina habían logrado imponer sus diversas y respectivas visiones del

mundo y en consecuencia sus visiones part iculares de las artes.

Esas visiones, diversas en lo formal pero con grandes espacios de

coincidencias en lo axiomático, en lo temático y aún en lo estético, han

sido constante causa de confl ictos y discusiones derivadas de las

pretensiones de ident if icación cul tural y artíst ica como expresión del

sentido pertenencia de sectores sociales agrupados en torno a la

construcción de ident idades colect ivas del imitadas por lo nacional , y que

debían corresponder necesariamente con los l ímites o fronteras pol ít icas

de los estados nacionales. La noción de identidad cont iene entonces una

plural idad de sent idos y su pol isemia, sin duda, puede generar

confusiones o interpretaciones acomodaticias, susceptibles de servir a

194

manipulaciones de diverso tipo. El primero de los sent idos sería el de la

mismidad, o igualdad de un objeto consigo mismo , que propone la

psicología. Cuando un yo ─ ente dinámico que cambia a través del

t iempo ─ es propuesto como algo fi jo y esencial , constelizado en atributos

invariables que se suponen vinculados a un origen . La identidad personal

en la psicología define al individuo121 como una entidad independiente de

otros, en relación de independencia de la naturaleza y como sujeto

voluntario de sus acciones. Las ciencias sociales están de acuerdo en que

son diversos los supuestos epistemológicos que sustentan lo que debe

entenderse por identidad . Siendo que tanto lo nacional como lo criol lo

refieren también a identidades estét icas colectivas, proponemos abarcar

con dichos términos los fenómenos art íst icos re lacionados a través de

relaciones de semejanza de sus elementos const itutivos y que cumplan la

condición de ser comunes para una gran mayoría de expresiones artíst icas

de América Latina, en sus diversos periodos de desarrol lo cul tural y

artís t i co .

Conceptos y términos como: arte nacional , arte popular, arte criol lo,

identidad cul tural, identidad nacional, pueblo, nación, alma nacional, alma

cr iol la, arte latinoamericano, arte americano nativo, arte americano

primitivo y todos aquellos términos asociados a la historia y la crí t ica de

arte que se usan a la hora de identi fi car los objetos que ─ se supone ─

pertenecen a una determinada nacionalidad, en las artes y las cul turas de

los pueblos que conforman las sociedades de la América Latina, postulan

de hecho la existencia de una constelación impl íc ita de atributos y rasgos

que parece necesario precisar. Esos atributos van desde los rasgos físicos

y visibles en los constructos que se tienen como t ipos nacionales o en los

constructos considerados t ipos criol los , al interior de cada conjunto

121 " I nd i v id uo " s ign i f i ca " i nd iv i s ib le " , e s to e s , que no s e puede d i v id i r . U n ind iv id uo e s una u n idad e lemen ta l de un s i s tema mayo r o más c omp le jo . Re spec to de d icho s i s t ema no t ie ne sen t ido a lgo meno r que u n i nd i v id uo . Po r e jemp lo , r e s pec t o de una s o c iedad humana no t i ene s en t ido a lgo menor que u na pe r s ona . En meta f í s i ca , la pa labra i nd i v iduo s i b ie n a lgunas ve ce s s ign i f i ca " u na per sona" , más f r e cuen temen te de s igna c ua lq u ie r co sa numé r i camen te s i ng u la r . " I nd iv iduo " , e n c uan to e lemen to de l vocabu lar io f i l o só f i co e s un t é rm i no muy u sado que se s ue le encon t ra r e n compañ ía de "par t i c u lar " (De he cho muchas ve ce s s e t ra ta como s inón imo de par t i c u la r , a unque uno se p regun ta s i lo s par t i c u la re s abs t rac to s s e pueden con ta r c omo i nd i v id uo s ) y a s í s e u sa en con t rapo s i c ió n con " u n i ve r sa l" . Ver : P . F . S TRAWSON I nd i v idua l s : An e s say in Des c r ip t i ve Metaphys ic s , Nueva Yo r k : Anc ho r 1963 .

195

nacional, hasta l legar a abarcar los rasgos implíci tos que la subjet ividad

de los individuos que se identifican con esos t ipos proponen en sus

expresiones y que determinan las formas y conductas con las que los

mismos son representados y recibidos a través de los productos de las

diversas discipl inas artís t i cas. Estos son los personajes-tipo tanto en la

l i teratura como en las artes vi suales, portadores de atributos que junto a

actitudes y valoraciones de la crí t ica de arte convencional junto a valores

estéticos considerados como condición y norma para que existan las obras

de arte, determinarían la construcción de un canon artís t ico particular: e l

canon cr iol l i sta, en cada una de las formaciones culturales y sociales que

configuran los espacios estéticos de lo lat inoamericano .

Se hace necesario observar también que la noción de identidad ha

acompañado el desarrol lo del pensamiento occidental y la noción misma

de occidente , afi rma y diferencia la identidad de los miembros de las

sociedades europeas que emprendieron la conquista y colonización de

América pues la misma se funda en una constelación de atributos que se

han acumulado desde la romanización de Europa primero y posteriormente

su crist ianización, que sost iene la ident idad colectiva de la cr is t iandad,

como rasgo de l impieza de sangre, atributo esencial y característ ica

principal del colectivo de blancos europeos y crist ianos que portaban como

identidad esencial la mayoría de los miembros de los grupos dominantes en

América durante los sig los XV, XVI, XVI I , XVII I , X IX y aún hasta comienzos

del XX. Son algunos de esos atr ibutos los que, por razones culturales y no

biológicas y mucho menos científi cas, sostenían la que los atributos del

europeo blanco y cr ist iano eran la base de una noción ─ metafísica ─

como la de raza pura , concepto instrumental con el que se operó durante

siglos para sustentar primero la exclus ión de judíos y musulmanes del

terri torio español y por ende su acceso a las t ierras americanas y luego a

los aborígenes americanos y esclavos africanos. Este mismo concepto al

operar como instrumento de exclusión de todos los no-blancos, no-

europeos , no-cri st ianos , equivale a operar con un disposi t ivo que sacaba

del mapa de occidente prácticamente a todas las poblaciones mestizas y

autóctonas del nuevo mundo, incluidos los africanos.

196

Luego de los procesos de mezcla , mestizaje e hibridación que comenzaron

desde los inicios de la conquista americana, se sintetizan en el proceso

postulado como criol l ización , las hibridaciones culturales que producen una

nueva iconografía, con su correspondiente iconología, que comprende las

imágenes contenidas en las descripciones de los l lamados cronistas de

indias122 hasta las que registran y entregan los artis tas que participan en

los procesos de independencia y que constituyen los primeros acervos

iconográficos lat inoamericanos. Dentro de esta úl t ima categoría comienzan

ya a entrar las imágenes que la historia y la cr í t ica de las artes en

Latinoamérica han incluido en el canon criol lo , aunque es conveniente tener

muy presente que la formación del canon artís t ico latinoamericano ha s ido

problemática y convulsa, como lo atestiguan, desde el siglo XIX, los

escr itores y art is tas latinoamericanos cuyos nombres y obras sería

demasiado largo enumerar. La noción de una expresión americana123

signada por la búsqueda de una diferencia , marca desde sus inic ios un

proceso de construcción art ís t i ca identi taria que necesariamente debe

inclui r el concepto de transculturación propuesto por el cubano Fernando

Ortiz124 por oposic ión a la de acul turación . El criol l i smo entonces, como

programa artís t ico, podría resumirse en el siguiente esquema:

a) El criol l i smo artíst ico es un movimiento que se opone al moderni smo pero

que, paradójicamente, deriva intelectualmente del mismo, en la medida

122 Cron i s t a s d e I nd ia s , s o n lo s au tor es e nca rgado s o f i c ia lmen te de e s c r ib i r la h i s to r ia de l de s cubr im ie n to y conqu i s ta de Amér ica y e l de sar ro l l o h i s t ó r i co de lo s v i r r e i na to s . E s to s t ex to s s o n una f uen te de conoc im ien to no s ó lo de l pe r iodo que t r a tan , s i no tamb ién de l mundo p reh i spán ic o . De sde e l p r ime r momen to , l o s au to re s de e s to s e s cr i to s pe r t e nec ie ron a do s g r upo s c la ramen te d i f e renc iado s : lo s que hab ía n e s tado en Amér ica y t ransm i t ía n v i venc ia s pe r sona le s o no t i c ia s adqu i r ida s e n e l e n to r no amer ica no , y l o s que e labo ra ron s u s p rop ia s ob ra s r e un ie ndo la i n f o rmac ió n a t ravé s de la s no t i c ia s de o t r o s , po r med io de na r r ac io ne s d i r ec ta s o ind i r ec ta s y l ec t u ra s de e s c r i to s o f i c ia le s o p r ivado s , s i n habe r e s tado nu nca e n e l co n t ine n t e amer i cano . Lo s que v i n ie ron a Amér i ca se h ic i e ron acompañar tamb ién de d ib u ja n tes e i lu s t rador es . Una de las s e r ie s de imágene s de Amér ica más cono c idas e s la r ea l i zada po r e l be lga T héordo r e de B ry (1528-1598 ) , qu ie n h i zo nume r os as e n t r egas a la que d ie ron con t i nu idad s u s he rede ros , e spec ia lmen te s u h i jo J ohann Théodo re (1561-1623 ) . De Br y d io a Eu ropa una imagen re c reada y f ic c io nada de Amér i c a , f r u t o de no t i c ias y c rón ica s de v ia je s , e n t r e o t ra s las de An t on io de He r re ra , J e r ón imo Benzon i y Ba r to lomé de la s Casa s . De B ry of re ce una de la s v i s i one s g rá f i ca s má s d i f u nd idas a f ina le s de l s ig lo XV I y e l XV I I , he c ha de sde una per spec t i va euro cén t r i ca , e n la que la s f o rmas ana tóm ica s de lo s i nd í genas y la a rqu i t e c t u ra de l as e s cenas no s e a j u s ta n a la r ea l idad que p re tenden de s cr ib i r . Ve r : COLMAN, P I ERRE , Ré t ro spec t i ve T héodor e , J ean - Th éodo re e t J ean -I s r a ë l d e B r y , e n Pr emi è r e b ie nna le i n te r na t io na l e d e g ravur e d e L i ège , ca tá logo de la expo s ic i ó n (15 de febrero a l 16 de nov iembre 1969 ) , L iège , 1969 , pp . 71-87 . 123 Ve r : L EZAMA L IMA , JOSÉ , « La expres ió n amer icana» , e n E l r e i no de la imagen . B ib l io t eca Ayac ucho , Caracas , 1981 , pp . 369-413 . y tamb ién LÓPEZ , IR ENE , « Fo rmac ió n de l ca non y cons t r uc c ió n iden t i ta r ia en c u l t u ra s depend ien te s» en Ac ta s I Co ngre so In t e r nac io na l , 2004 ; La c u l t u ra de la c u l t u r a en e l MERCOSUR . Sa l ta , Mayo de 2003 , Vo l . I I , Sa l ta : M in i s t e r io de Ed ucac ió n . Sec re ta r ía de Cu l t u r a de la P rov inc ia , Conse jo Federa l de In ve r s io ne s , 1162 -1177 . 124 Ve r . No ta no . 9

197

que se pretende expresión de “progreso social y cultural” integrador y

vinculado a la vuelta a la t ierra y a los orígenes

b) Algunos artistas criol l i stas comenzaron como modernistas pero dejaron

atrás el preciosismo para volver los ojos a lo nativo y lo cot idiano . Estoa

artis tas a veces son presentados como nativi stas.

c) Los art is tas cr iol l i stas no imitan lo español o lo europeo como pueden

hacerlo los costumbristas, aunque si incorporan elementos de técnicas

procedentes de dotaciones artíst icas europeas. . .

d) Tampoco imitan o toman prestados rasgos esti l ís t icos de las artes de

otras culturas “exóticas” como lo hicieron los art is tas modernistas, por

ejemplo con las artes de África y Oceanía, como lo muestras el arte de las

vanguardias europeas.

e) Tratan de crear formas americanas o latinoamericanas y / o nacionales

desde lo criol lo .

f) Dan expresión a temas nativos o temas criol los y por el los se les

denomina también nativistas.

g) Han aprendido de los moderni stas la importancia de los problemas de

la técnica y del esti lo y de sus propias producciones artís t icas han

aprendido también muchos repertorios de códigos simbólicos, por lo que

en las artes del criol l ismo podemos encontrar con frecuencia,

particularmente en los siglos XVII I y XIX, técnicas esmeradas , esti los

refinados y semejanza de símbolos.

h) Han aprendido del realismo pero, a diferencia de los modernistas,

imitan cr ít i camente lo real y se refieren en sus temas a real idades

concretas y local izadas geográfica y temporalmente.

i) Los crio l l i stas dan expresión a lo americano y hacen uso del paisaje, las,

costumbres, los personajes t ípicos y el léxico criol lo, pero sin

necesariamente caer en lo costumbrista, no usan el folklore y los art is tas

198

plást icos, en general , hacen una pintura de lo americano, o de sus

realidades nacionales y locales el objeto principal de su arte.

j ) El lenguaje plást ico del crio l l i smo125 es técnicamente cuidado, los temas

de importancia son el paisaje, las costumbres y los personajes t ípicos que

entran a formar parte sustancial de los temas criol los, que son los que

interesan a los artis tas criol l i stas

k) El propósito de los artistas criol l i stas es revelar todas las facetas de la

vida americana pero sin dejar de crear obras de arte . En el cr iol l ismo, e l

arte se subordina a la afirmación de la identidad criol la .

l ) La denuncia social nunca l lega a ser lo central en los temas tratados por

los arti stas cr iol l is tas y, en caso de que esté presente, ésta es

representada de manera indirecta, puede ser que en forma de tesis, pero

casi siempre está subordinada a las formas de lo criol lo .

m) Puede decirse que el arte criol lo , es decir el de los art is tas criol l i stas

canónicos, es un arte formal ista .126

125 Un l eng ua je p lá s t i co c r io l l o , co r re sponde r ía a un id ioma c r eo l o pato i s , que e s una l e ngua nac ida hab i t ua lmen te en una comun idad de gen te s con o r ígene s d ive r s os que no compar ten p rev iamen te n i ng una le ng ua , q ue t i e ne n ne ce s idad de comun i ca r se , y que s e ven f o r zados a va le r se de un i d ioma que no es e l de n i ng uno de e l l o s . E l r e s u l t ado e s una le ngua que t oma e l l éx i co ( no rma lmen te muy de fo rmado ) de la l engua impue s ta y q ue s in embargo t ie ne una s i n tax i s que se par ece más a la de ot ra s l e ngua s c r io l la s que a la de la l e ngua "madre " . E l e jemp lo t íp ico e s e l de lo s obrero s (o e s c lavos ) l l e vado s a la s p la n tac io ne s de l Car ibe de sde d i f e ren te s par te s de l mundo que se v ie r on ob l igado s a u t i l i za r la l e ngua de la po tenc ia co lo n ia l ( e l ing lé s , e l ca s te l la no ) para comun ica r se . En e l ca so de lo s le ng ua je s p lá s t i co s u t i l i zado s po r lo s a r t i s ta s c r i o l l i s ta s , o na t iv i s ta s , é s to s no de sa r ro l lan n i ngún t ipo de c r eo l o pa to i s p lá s t i co , s i no que se expresan con lo s m i smo s l e ngua jes p lá s t i co s u sado s po r l o s ar t i s t a s mode r n i s ta s o l o s a r t i s t a s de la s vanguard ia s amer i ca nas y europeas .

126 La s teo r ía s f o rma l i s t a s de l a r te o de la v i s ib i l idad pura , desde e l s ig lo X IX ha s ta e l XX , p roponen que la h i s t o r ia de l ar te p ud ie ra con ceb ir s e como e l r e cuen to de un p ro ce so d ia léc t i co en t r e o r ig i na le s y c op ias . Ve r : OCAMPO, E s t e la y PERÁN, Mar t í n . Teor ía s d e l a r te . Ed i to r ia l I ca r ia , Bar ce lo na , 1991 , pp . 55-90 .

199

F ig . 129 . Héc t o r Po leo . Fami l ia and i na , ó leo s ob re te la , 1944 , Co l . OEA

200

F ig . 130 . Cen teno Va l le n i l la , Pedro . La mu la ta Ana Remed i o s . 1960 , ó leo sob re te la . Co le c c ió n Ga le r í a

Muc i . Caracas .

Tal vez uno de los primeros e lementos contextuales que debamos

considerar a la hora de pensar en el criol l i smo artís t ico y una vez

revisados ─ si no exhaustivamente al menos con cierta precisión conceptual

─ alguno de los contextos historiográficos de lo que se denota, o esconde,

en el término cuando es aplicado a las artes visuales, es que el criol l i smo

parecería ser un programa estét ico y pol í t ico. Con esto queremos decir que

el cr iol l ismo art ís t ico se vincula a propósitos de rescate de elementos

fundacionales y originarios en lo cultural , así como a la búsqueda de

representaciones de héroes civi l izatorios vinculados a los orígenes de las

cul turas que fueron reducidas durante la conquista y la hibridación

primitiva y que, por lo general , se expresan en estereotipos de gente de

humilde extracción, que puedan referir al espectador la visión de los

valores en tensión en los procesos de hibridación cul tural vis tos como

espectáculo hi stór ico. El espectáculo del mest izaje étnico en las sociedades

latinoamericanas, con sus héroes y heroínas, donde se viven relaciones

idíl icas, románticas o trágicas, en el contexto de un tiempo pasado y en

una sociedad, generalmente, ideal izada. Estas imágenes parecen ser

201

capaces de hacer que el espectador se proyecte hacia un futuro utópico

de l ibertad o “superación” de l legar al fondo insondable de una

americanidad misteriosa y dol iente , conservada a pesar de todo, en sus

rasgos cul turales y atributos de identidad considerados como esenciales y

aun como eternos, por algunas de las versiones de la cul tura de un

romantici smo criol lo . El crio l l i smo art ís t ico puede entonces ser considerado

como ideal ista, como un deber ser construido intencionalmente y en este

sentido puede equiparse al realismo social, pudiendo ser considerado casi

como una norma estética, alejada del natural ismo que busca la creación

de realidades estéticas propias en lo latinoamericano. Vemos entonces que

al cr iol l ismo artís t i co le sería necesaria también la creación y fundación de

instrumentos teóricos que lo contengan, anal icen y expliquen

estéticamente, necesarios para que el historiador del arte, el cr ít ico y el

mismo art is ta criol l i sta , ─ en cada cul tura que se autodefine y manif iesta

como criol la ─ en su propio proceso particular de configuración de un

mundo estéti co posible , pueda ser conducido a través de la reflexión hacia

esa matriz estéti ca originaria, individual y única donde supuestamente se

habrían gestado las formas primigenias de lo criol lo primordial . Es decir,

un trabajo de construcción de una poética de lo cr iol lo que, aunque

presente en las artes, se mantiene ausente de la teoría y la historia de las

artes latinoamericanas.

No obstante, un problema se presenta al constatar que, en América Latina

en los más de quinientos años de vida cul tural postprovincial , los textos

cul turales conservados en las en obras susceptibles de ser ubicadas en

corr ientes estét icas propiamente lat inoamericanas y que puedan

considerarse como signos propios y exclusivos de lo latinoamericano,

serían únicamente los producidos por las cul turas autóctonas anteriores al

“encuentro”, que sufrieron no sólo brutales procesos de destrucción f ísica

sino de temprana hibridación cul tural durante los procesos de conquista y

colonización en el siglo XV. Descontadas las artes indígenas de período

prehispánico, que consti tui rían una especie de ámbito de un claci si smo o

periodo arcaico americano , ese otro ámbito relegado y desatendido ha

sido el de la visual idad popular urbana contemporánea lat inoamericana .

202

Parece haber no pocos estudiosos de las artes contemporáneas que

piensan que América Latina no ha producido obras que puedan

considerarse, en rigor, como pertenecientes a un arte propiamente

latinoamericano, a la manera que lo han producido las cul turas del

continente africano o de Oceanía. Hay quienes l legan a postular que lo

que han hecho los artis tas nacidos en el subcont inente latinoamericano

sería puro espejismo estéti co , reflejo de la estét ica dominante desde la los

conquistadores-colonizadores hasta la de los centros cul turales y art ís t icos

hegemónicos de hoy en día, los que algunos artistas de las nuevas

generaciones rechazan casi de manera mi l itante.

Como consecuencia de la imposición brutal de sis temas económicos,

inst ituciones, rel igión, idiomas, tuvo lugar en América Latina una

l iquidación apresurada y violenta de las cul turas vernáculas con sus

productos art ís t icos y artesanías, sus práct icas sociales y valores, lo que

tuvo como resultado que los procesos de creación estética fuesen

cercenados rápidamente, para ser reemplazados por las artes y valores

estéticos y práct icas artís t icas de las culturas luso-españolas, afirmados

mediante privi legios y normas que se derivaban de las estructuras

polí t icas e ideológicas propias de la configuración feudal característ icas

de los inicios de la conquista y luego por los de la monarquía absolut is ta

que imperaba en Europa hasta la Revolución Francesa de 1789 y que

hasta los procesos de independencia regía los destinos de

Hispanoamérica.

Con el advenimiento de las repúblicas en América Lat ina, el criol l i smo

porta consigo una i lusión romántica de haberse emancipado polí t icamente

del control inmediato y directo de la estét ica y las artes de las metrópol is,

pero quedaban sin alterar sus hondas raíces en el feudalismo lusohispano,

como cultura que dominara durante al menos trescientos años y que siguió

siendo el componente medular en las culturas postprovinciales

latinoamericanas aun luego de los procesos de independencia polí t i ca. En

las artes, así como en las estructuras jur ídico-polí t icas y socioeconómicas,

las repúbl icas seguirán siendo feudales y cul turalmente seguirán siendo

203

provincias de frontera españolas o portuguesas. Apenas una que otra

mental idad de excepción superará esa fi l iación cultural lusohispánica y

serán muy pocos los l iderazgos cul turales que agiten las aguas artíst icas

durante los movimientos independentistas lat inoamericanos ─ a su vez,

también réplicas ideológicas de románticos movimientos revolucionarios

europeos.

Los movimientos precursores de la emancipación de España, aunque se

inic ian en muchas provincias desde muy temprano a mediados del s iglo

XVI127, salvo en caso de Haití , todavía en el s. XVI I no poseían vigor

suficiente como para l levar a cabo una independencia auténtica y total

sino que debieron recurrir al préstamo de dotaciones fi losóficas,

ideológicas y culturales europeas y, en el caso de los movimientos

precursores de independencia, se trataba de dotaciones primordialmente

127 E s tán amp l iamen te documen tadas las r ebe l io ne s de e s c lavo s que , s egún Fe r nando Or t i z , hoy l lamar íamos “ hue lgas r e vo luc io nar ia s ” que c omenzaron desde lo s p r ime r os t iempo s de la imp la n tac ió n de la i nd us t r ia azuca re ra en e l Car ibe . La p r ime ra c i t ada po r Or t i z e s en 1522 en La H i span io la , e n e l i ngen io nada meno s que de l h i jo de l de s cub r ido r , Don D iego de Co lón . E l p ro ceso de la emanc i pac ió n h i spanoamer i cana y en par t i c u la r e l de Ve nezue la , s e in c uba y de sa r ro l la a to do lo la rgo de lo s s ig lo s XV I , XV I I y XV I I . Mo t i nes , a sonadas , r ebe ld í as , i n s u r r e c c io ne s de ca rác t e r i nd i v idua l y co le c t i vo s e s uceden y ca s i todas e ran man i f e s tac io ne s de l de s con ten t o de lo s c r i o l l o s , de lo s i n d i o s y de lo s e sc l avo s p or c aus as e conómica s y s o c ia le s , más q ue po l í t i ca s . Cas i todas e ran r epe t ida s e in ce san te s p ro te s tas con t ra la s c on t r ibuc io nes , impue s to s , i n ju s t i c ias , abus os y exacc ione s a que e ran some t i da e s ta s c la se s s o c ia le s po r la s au to r idade s e spaño la s . E n c uan to a lo s e s c lavo s , man i f e s taban s u anhe lo común de consegu i r la l i be r tad y aunque e so s mov im ien to s por la l ibe r tad p ro tagon i zados po r e s c lavos no pueden s e r cons ide rados d i r e c tamen te como p re cu r sores de la independenc ia de Venezue la , s i n duda s í con t r ib uye ron a u n i f i ca r y f o r t i f i ca r e l s e n t im ien to l ibe r ta r io de u na pob lac ió n que ya man if e s taba, de un modo u o t r o , a ún s i n idea le s muy b ie n de f in ido s , s u r epud io a l s i s tema impe ran te . E s to s mov im ien to s s o n es labone s de una la rga cadena de re iv i nd i cac io ne s y p ro te s ta s . Lo s p r i n c ipa le s o cu r r ido s e n Venezue la duran te e l s ig lo XV I I I , s o n : a ) La rebe l i ón de Andreso te e n e l va l l e de l Yarac uy (1730-1733 ) ; b ) e l mo t ín de San Fel ipe e l F ue r te (1741) ; c ) la rebe l ión de E l Toc uyo (1744) ; d ) la Insur r ecc ión de Juan Franc i s co de León (1749-1751 ) , y e ) e l mov im ien t o de lo s Comuneros de lo s Ande s (1781 ) . A e l l o s habr ía q ue agregar o t r o s que además de la s mo t i vac io ne s e conómi ca s y s o c ia les , tamb ié n pr opon ían camb io s po l í t i co s , q ue f ue ron lo s s igu ie n te s : a ) mov im ien to de José Leonardo Ch i r ino y José Car idad Gonzá lez (1795 ) ; b ) consp i rac ió n de Manue l Gua l y José Mar ía España ( 1797 ) ; c ) t en ta t i va de F ranc is co Jav ie r P i re la (1799 ) , y d ) invas iones de F ranc is co de Mi randa ( 1806 ) .Ver : ACADEM IA NAC IONAL DE LA H ISTOR IA , ed . E l mov im ie n to emanc ipador d e Hi s panoamér i ca : a c ta s y ponenc ia s . Ca racas : Academ ia Nac io na l de la H i s to r ia , 1961 . 4 v . ; ARCAYA, PEDRO MANUEL . I n s u r r ec c ió n de l o s neg ro s d e la s e r r a n ía de Co ro en 1795 . Ca racas : I n s t i t u to Pa namer i c ano de Geograf ía e H is to r ia , 1949 ; BR ICE , ÁNGEL FRANC ISCO. La s ub le va c ión de Mara ca ibo en 1799 : man i f e s ta c ió n de s u l u c ha por la i ndependenc ia . Ca racas : I t a l g ráf ica , 1960 ; __ , comp . Con ju ra c ió n de 1808 en Ca ra cas pa ra f o rma r una Jun ta Sup r ema Guber na t i va : do cumen to s comp le to s . Cara cas : I n s t i t u to Panamer ic ano de Geograf ía e H i s to r ia , 1969 . 2 v . ; BR I TO F IGUEROA, F EDER ICO . La s in s u r r ec c io ne s d e l o s e s c lavo s negr os en la s o c i edad co lo n ia l v en ezo la na . Ca racas : Ed i to r ia l Can tac la ro , 1961 ; CALLAHAN , W IL L IAM J . La p ropaganda , l a s ed ic i ón y la R evo l uc ió n F rance sa en la cap i ta n ía gen era l d e Venezue l a , 1789-1796 . Caracas : I ta lg rá f i ca , 1967 ; FEL ICE CARDOT , CARLOS . La r ebe l ió n d e Andr e so te : va l l e s d e Ya ra cuy , 1730-1733 . 2ª ed . Bogo tá : Ed i to r ia l ABC , 1957 ; __ . Reb e l io ne s , mo t i n e s y mov im ie n to s d e ma sa s en e l s ig lo XVI I I v en ezo la no (1730-1781) . 3 ª ed . Caracas : A cadem ia Nac io na l de la H i s to r ia , 1977 ; GRASES , P EDRO . La con sp i r a c ió n de Gua l y E spaña y e l i d ear io d e l a i ndependenc ia . 2ª ed . Caracas : Mi n i s t e r io de Educa c ió n , 1978 ; LÓPEZ , CASTO FULGENC IO. Juan Bau t i s ta P ic or ne l l y la con sp i r a c ió n de Gua l y E spaña . Ca ra ca s : Ed i c io ne s Nueva Cád iz , 1955; MAGALLANES , MANUEL V ICENTE . Lucha s e in s u r r ec c io n e s en l a Venezue l a Co lon ia l . 2 ª ed . Caracas : Academ ia Nac io na l de la H i s to r ia , 1983 ; P ÉREZ , JOSEPH . Lo s mov im ie n to s p r ecu r so r e s d e l a emanc ipa c ió n e n H i s panoamér i ca . Madr id : Ed i to r ia l A lhambra , 1977 ; T ISNES J IMÉNEZ , ROBERTO MAR ÍA . Mov im ie n t o s p r e - independen t i s ta s g ranco lomb iano s . Bogo tá : Academ ia Co lomb iana de H is to r ia , 1962 ; TRUJ IL LO , L EÓN . Mot í n y s ub l eva c ió n de San Fe l ip e . Ca racas Ja ime V i l l egas Ed i t o r , 1955 ; VARSA UGARTE , RUBÉN. La ca r t a a lo s e spaño le s amer ic ano s d e don Juan Pab lo V izca rdo y Guzmán . 3 ª ed . L ima : [ Ed i c io ne s CMB ] , 1971 y tamb ié n : ORT IZ , F ERNANDO, Con t rapun t eo c ubano de l t aba co y e l a zú car . Caracas , B ib l io t e ca Ayacuc ho , 1987 .

204

francesas, tomadas del ideario de la Revolución Francesa de 1789.

Durante los siglos XVII I y XIX, las reacciones contra las proyecciones del

poder español y francés en América128 se acentúan y culminan en fuertes

virajes hacia nuevas fuentes culturales e ideológicas y se produce entonces

la importación a gran escala de métodos y tendencias europeas

posteriores a la emancipación de las repúblicas americanas129, promovidos

por nuevas generaciones de criol los entusiastas por nociones de carácter

aun mas utópico, como las de progreso y modernización.

En los primeros t iempos de la invasión de América, las economías de

España y Portugal trajeron consigo el tutelaje pol ít ico y cul tural . Era

tenida como inevitable la asimi lación americana a la cul tura y las artes

lusoespañolas. Una vez real izada una independencia pol ít i ca formal, tuvo

lugar en las formaciones sociohistóricas lat inoamericanas un simple

traslado de los centros de poder cul tural . Continuaba, no obstante, en la

cul tura y las artes, la dominación de una misma visión de la realidad y los

mismos valores estéticos. Esto puede expl icar parcialmente las razones de

la perpetuación de las fuentes lusoespañolas contenidas en la cul tura

latinoamericana hasta bien entrado el siglo veinte y la persi stencia de sus

influencias en los valores estét icos y en las artes. Pero al transportar las

artes de España y Portugal —sin acl imatarlas siquiera— a las

temperaturas de nuevas inquietudes estéticas lat inoamericanas

postindependentis tas, con sus correspondientes fuentes fi losóficas,

económicas y pol ít icas que databan del medioevo ibérico, se les

planteaba a los artis tas e intelectuales latinoamericanos profundos

di lemas sobre la vigencia de los valores y modalidades estéticas tenidas

aun como actuales. Ahora nuevos desarrol los cul turales eran vi sibles en

terri torios americanos en ámbitos y niveles donde una cultura de un

incipiente capital ismo y posteriormente de la sociedad industr ial europea,

128 Re co rdar e l ca so de Napo le ón I I I e n Méx i co con la in s u r r e c c ió n de Ben i t o J uá rez y e l co nse cuen te f u s i lam ie n to de Max im i l ia no de Hasburgo e n 1867 . 129 L a r evo l uc ió n i ndus t r ia l aún no s e hab ía de sar ro l lado en E spaña , y s í en I ng la te r ra , F r anc ia y lo s Pa í s e s Ba jo s , que domi na n de sde 1713 ( t ra s e l T ra tado de U t re ch t ) e l come r c io con Amér i c a . I ng la ter ra , par t i c u la rmen te , t i e ne un in t e n so come r c io c on Amér ica . Sobre t odo t ras la ba ta l la de T r af a lgar , e n la q ue E spaña p ie rde la s r u t a s de navegac ió n a Amér ica , y por e l b loqueo napo león ico de E u ropa , q ue d i f i c u l t a e l come r c io amer ica no con E s paña .

205

l lenaría muchos de los reductos donde se producían la cul tura y el arte con

una relat iva independencia cultural.

Luego de los procesos de emancipación polít ica, una misma realidad

cul tural inalterada aun impedía a los art istas de América Lat ina percibir

signos que les orientasen por nuevos senderos estéticos y que se les

abrieran nuevos ámbitos donde iniciar nuevos y diferentes experimentos

artís t i cos, concretos y definidos según experiencias propias, ya que las

bases autóctonas sobre las que descansaban algunas de las

manifestaciones artís t icas lat inoamericanas, a ojos canónicos hispanizados

y/o europeizados de larga data, representaban exotismos locales . Ya

para los comienzos el siglo veinte lat inoamericano y durante las dos

primeras décadas, veremos surgir en algunas manifestaciones de las artes

visuales una negación de lo que pudiera l lamarse lat inoamericanismo

estético. Puede verse un acrecentamiento de la valoración de la

modernidad art ís t ica , en el sentido que dio al concepto el ideólogo

norteamericano del arte moderno y fundador del MoMA de Nueva York,

Alfred Barr130. Como opuesto a la l lamada modernidad artíst ica prevaleció,

notablemente en Venezuela pero también en otros países suramericanos,

una tendencia artís t ica cr iol l is ta que, no obstante, re ivindicaba no solo una

concepción nacionalista de la modernidad artíst ica sino que proponía

inusuales fus iones de lo tradicional y lo más desafiante de la modernidad.

130 BARR , ALFRED . La Def i n i c i ó n d e l Ar t e Moder no , A l ia nza , B ueno s A i r e s , 1996 .

206

F i g . 131 . Ta r s i la do Amara l . Abapor u , ó leo sobr e te la , 1928 . Co le c c ió n Cons tan t i n i , B ueno s A i r e s .

F i g . 132 . Muns te r , Sebas t ián . Cosmograph ia , Bas i lea 1623 .

207

Dentro de las obras de arte que en Venezuela conforman el canon

cr iol l is ta de la primera y segunda mitad del siglo veinte, pueden

destacarse hitos plásticos como los casos de Armando Reverón, Héctor

Poleo y Francisco Narváez.

F ig . 133 . Reve rón , Armando . Juan i t a y e l a r r ie r o . 1934 , g uache y tempe ra sobre pape l , Co le c c ió n GAN . Caracas

208

F ig . 134 . Po leo , Héc to r . Lo s t r e s c om is ar io s . 1942 , ó leo sob re l ie n zo , 90 x 70 cm . Co le c c ió n Ga le r ía de

Ar te Nac io na l , Caracas

209

F i g . 135 . Narváez , F ranc i s co . L a c r io l la . Ta l la en made ra . Co le c c ió n GAN , Caracas

Además de la obra de estos artistas se produci rán también en las artes

visuales latinoamericanas múlt iples ramificaciones que buscaban afirmar lo

identitario mediante intentos que iban desde un reali smo crudo y con

aspiraciones de arte de contenido social expresado en fuertes proclamas

visuales que buscaban establecer una diferencia neta frente al

cosmopol it i smo artís t ico europeo y universal, hasta búsquedas que se

210

internaban en una abstracción caracterizada por sus singulares formas

estéticas y esti l í st icas y sus modos de aproximarse a la obra de arte.

F ig . 136 . León Cas t r o , Pedr o , A u to r r e t r a to . 1978 , ó leo sob re te la , 120 x 75 cm . , Co lec c ió n F undac ió n Po la r , Caracas

Es así como la representación, dentro del programa art ís t ico criol l i sta

latinoamericano ─ y particularmente en el venezolano ─ pasa a ser

instrumento de una estrategia que t iene por objetivo la creación de un

repertorio de signos y sent idos, í conos y s ímbolos cuyos referentes remiten

211

visualmente al espectador a regiones y personajes supuestamente aún no

alcanzados ─ o no contaminados ─ por los procesos de conquista,

colonización y modernización que se iniciaron en América Latina desde

finales del siglo XV.

F ig . 137 . Oter o , A le jandro . Caf e te ra , 1948 . Carbonc i l lo s ob re pape l , 65 x 50 cm . Co le c c ió n par t i c u la r , Caracas

Paradójicamente y dentro del paradigma cr iol l is ta , los procesos de

modernización art ís t ica debían ser incorporados a las ident idades

nacionales y viceversa, sin lo cual ninguno de ellos tendría viabi l idad

sociocultural ni legitimidad o reconocimiento por parte de los países

modernos , es decir , aquellos en cuyas sociedades se habían implementado

intensos procesos de industrial ización y que, a mediados del siglo veinte ,

eran considerados como potencias artís t i cas, notablemente Francia, Estados

Unidos y la Unión Soviética. Por lo dicho anteriormente, podemos entender

212

que lo criol lo en las artes resul taba problemático aún desde el nacimiento

mismo del concepto, pues operar con y desde el mismo exigía el hallazgo

de esos “rasgos diferenciales de lo originario americano”131 que

implíci tamente negaban la modernidad artís t ica y el cosmopoli t i smo

cul tural , atr ibutos que de estar ausentes en las artes de la modernidad

latinoamericana podían impedir su acceso a los grandes centros art ís t icos

del mundo con los correspondientes accesos a los mercados artíst icos

internacionales.

F i g . 138 . Cr u z -D iez , Car lo s . F i s i c r om ía Nº 978 . 1978 , ma te r ia le s d i ve r so s , 150 x 150 cm . Co le c c ió n Po la r , Caracas

131 HORAC IO L EGRÁS . Co labo rac ió n para La t in Amer i can L i t e r a t u r e s : A Compar a t i v e H i s to r y o f Cu l t u r a l Fo rmat io n s . Ed . Mar io Va ldé s and L i nda Hu t c heon . Geo rge town Un i ve r s i ty .

213

PARA DEJAR ABIERTO EL TEMA

Recordemos que tradicionalmente en América Latina se ha enseñado arte

con el objeto de formar profesionales con conocimientos tanto de la

histor ia de estos fenómenos como con capacidades crí t icas necesarias y

suficientes para producir teoría que permita apreciar y valorar las

riquezas art ís t icas de todo el mundo. En el caso de Venezuela, más que la

capacidad para analizar crít icamente y juzgar los valores estéticos y

plást icos de las obras, es tradicional que en las escuelas de arte se

presente el conocimiento dentro de esquemas propios de enfoques

polí t i camente correctos , ya sea que procedan de enfoques l iberales ,

humanistas o incluso marxistas y aún desde ideologías convencionalmente

radicales hasta posmodernas . Así tanto las obras como los artis tas y los

movimientos art ís t icos son aprisionados dentro de chaquetas de fuerza

const ituidas por categorizaciones instrumentales, procedentes de enfoques

con fuertes sesgos ideológicos.

Si se intentara una operación de rescate teórico y emancipador de la

histor ia de las artes en América Latina, desde perspectivas más l ibres, se

podría constatar que muchas de las obras que const ituyen el canon de la

histor ia artís t ica lat inoamericana , y en particular el canon de obras

categorizadas como criol l i stas, han sido y son aún sólo fragmentaria y

parcialmente vistas y comprendidas. Muchas de el las han sido incluidas de

manera forzada en dicho canon y un universo considerable de obras que

pudieran incluirse en el mismo han permanecido inexplicablemente

excluidas debido a visiones reduccionistas de un fenómeno que presenta

una relat iva complej idad de interpretación.

De l levarse a cabo lecturas de las artes visuales desde enfoques

emancipados de muchos de los condicionamientos y sesgos ideológicos

tradicionales de la hi stor ia de las artes en Lat inoamérica, necesarias en

tiempos en las que las mismas no resul tan ya operativas para realizar

evaluaciones justas de los cr iterios que han determinado las escalas de

valores que sustentan hasta hoy los juic ios sobre las artes vi suales de

214

América Lat ina, se haría necesario exponer no sólo lo forzado de algunos

de los di scursos y enfoques de nuestras histor ias artíst icas, s ino desmontar

mediante programas difusivos y de investigación apoyados en

conocimiento cr ít i co y emancipador, los valores y sesgos que han

al imentado ya por demasiado tiempo en nuestro cont inente muchas de las

prácticas art ís t icas, particularmente en los discursos museológicos y el

coleccionismo públ ico.

Es evidente hoy que dichos discursos no sólo afectan los cr iterios del

coleccionismo público y por ende han determinado los perf i les y

composiciones de las colecciones de los museos de América Lat ina, sino

sobre todo sus práct icas exposit ivas e investigativas como también y

necesariamente el desarrol lo de los gustos de los públ icos. Estos sesgos

afectan y determinan, igualmente, las maneras en que los latinoamericanos

nos aproximamos a cualquier manifestación art ís t ica tanto dentro como

fuera de nuestras cul turas. Los enfoques multicul turales no-eurocéntricos de

la historia del arte no son nuevos y se han concretado en polémicas

famosas y es sabido que el debate desde la perspectiva multicultural

dominó los discursos en el campo de las artes visuales en centros cul turales

de importancia desde finales de los años ochenta, pero no pareciera

haber l legado aún a muchos de nuestros museos y univers idades. Desde los

enfoques estructural istas hasta los postmodernos y sin prejuic ios hacia los

clásicos, todos los enfoques pueden ser válidos siempre y cuando no los

tratemos como dogmas ni pretendamos instrumentalizarlos como

disposi t ivos para la exclusión.

Obviamente, en una invest igación sobre el criol l i smo ser ía necesario

trabajar permanentemente con redes de ideas y conceptos interconectados

para desarrollar diversas l íneas de estudio . Se regresaría entonces

muchas veces a los conjuntos centrales de conceptos que denominamos

clásicos o canónicos y que resul tan necesarios para la construcción de

nuevos modelos de interpretación de fenómenos estéticos, en el contexto

de procesos his tóricos que creíamos conocer re lativamente bien pero que

deben ser, no obstante, incesantemente revisados. También úti l a una

215

investigación y de uso corriente hoy en día en ciencias sociales, es el

concepto de reconvers ión cul tural que aparece como opción de valor

conceptual y operativo para orientar una revi sión de la dinámica de la

construcción hi stór ica del criol l i smo artís t i co a través de búsquedas ,

anál is is y valoraciones tanto de las obras de arte como de otros textos

cul turales . En e l caso de la histor ia del arte en Venezuela, se trataría de

asumir una responsabil idad crí t ica por revisar teóricamente conjuntos de

valores estéticos y plást icos presentes tanto en la historia oficial de las

artes visuales como en los fenómenos que no se han incluido en la misma

indagando en las razones de su exclus ión.

Se trata de producir información que ubique con just ic ia y rigor teórico y

metodológico, fenómenos producto de la exclusión de los circui tos de

producción, difusión y consumo del arte, a fin de ubicarlos de manera

documentada en el ámbito de la cultura y las artes y rest itu irles los

contextos y espacios simbólicos y artíst icos que les corresponden. El objeto

de tal esfuerzo es que dichos fenómenos art ís t icos puedan ser vis tos y

decodificados por públ icos amplios y para una comprensión de procesos

de producción artíst ica que han sido vistos y referidos al campo del otro y

no al de lo nuestro .

El concepto de hibr idación que hemos manejado hasta ahora, l levaría

clausurar la pretensión de establecer ident idades art ís t icas cerradas,

basadas en cul turas puras o auténticas , construidas a part ir de fronteras

duras y del imitadas en localidades autocontenidas que pretenden afi rmarse

como siendo radicalmente opuestas a otras sociedades o incluso a lo

occidental . La revis ión del criol l ismo como categoría cul tural y artí st ica,

demanda entonces la necesidad de permear antiguos conceptos de

identidad artís t ica afianzados en rasgos tenidos como esenciales . Ese

esencialismo, que ha nutrido la etnografía y con frecuencia la

antropología, la hi s tor ia y la crí t ica de las artes visuales en América

Latina, es otra noción a revisar en profundidad, lo que serviría para

promover formas de ver hechos artíst icos desde la heterogeneidad, la

diversidad y la complej idad y a admitir la alteridad y la diferencia,

216

desarrollando formas de comprender que a las artes visuales les son

necesarias las hibridaciones interculturales y los enfoques orientados hacia

el diálogo, en el marco de procesos dialógicos de desarrol lo art íst ico y

sociocultural, que permitan reconci l iar lo que, a veces, se nos aparece casi

como irreconcil iable, tanto el arte como en la historia y en la vida.

Se trataría entonces de que esta propuesta de revisión crí t ica del

cr iol l ismo artíst ico promueva la expansión y apropiación de viejos y

nuevos saberes sobre las artes visuales, integrados mediante diferentes y

novedosas articulaciones que nos ale jen de los actuales modelos de

interpretación histórica o historicista, así como de hermenéut icas agotadas,

que han estado en manos de grupos minori tarios de “especialistas”. Se

trata de hacer las nuevas lecturas, accesibles a grupos más amplios de

públ icos y su objeto es corregir asimetrías y desequil ibrios de información

histór ica y poder s imbólico, propiciados por el aún existente modelo de la

inst itución de las artes en Venezuela, el cual es del t ipo “enclave cultural,

intelectual, académico, económico y tecnológico”, que ha dado por

sentado y sigue dando como un hecho su supuesta legit imidad de origen sin

mirar a fondo sus propias prácticas, en el marco de los procesos de

hibridación en y de las artes visuales nacionales y continentales. Hagamos

un esfuerzo serio y colectivo entonces por dejar a las nuevas generaciones

de artistas y públicos de arte, algo más profundo en materia de estudios

cr ít icos e hi stóricos para la investigación de modelos alternativos de

interpretación de las artes visuales de Venezuela y de América Latina.

Espero, en este necesariamente breve texto sobre un tema de gran

envergadura y ampli tud, no haber dado una impresión de l ineal idad en un

imaginario proceso que hubiese partido de la incomprensión para l legar a

la supuesta compresión de un fenómeno tan complejo como el cr iol l ismo .

Sólo quis iera recordar lo dicho por Anthony Padgen en su espléndido l ibro

The Fall of Natural Man132 al señalar que muchas veces es e l

descubrimiento de la incoherencia interna de un sistema, más que el

impacto sobre el mismo de una “real idad” exterior , lo que conduce a

132 Cambr idge Un i ver s i ty P re s s , 1982 , pp . 47-50

217

descartar nociones o categorías equivocadas. Cambiar de enfoques y

paradigmas no es una tarea sencil la. La incoherencia e inconsistencia de

nuestras propias percepciones y juicios sobre nosotros mismos, sobre

nuestras cul turas y nuestras artes es lo que ahora debe ocuparnos en

Nuestra América.

218

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