Historia de Los Falsos Cronicones

7/24/2019 Historia de Los Falsos Cronicones

1/182


2/182


3/182

P A . , ) ' . -


4/182

H I S T O R I A C R I T I C A

F A L S O S C R O N I C O N E S .


5/182


6/182

O N O

EMETERKJ

VALVEROE V TELLE Z

H I S T O R I A C R T I C A

D E L O S

F A L S O S C R O N I C O N E S .

i .

E stado mora l de E spaa en la segunda mi tad de l s ig lo xv i E s p r i tu de

p ro fec a . P ergamino de la to r re T urp iana . Ant igua y moderna c r -

nica del rey don Rodrigo. Cuestio nes del prim ado y de la venida de

S an t iago . R omn de la Higuera . C ron icones de F lav io Marco Dex-

t ro , de Mx imo y E u t rando . Don Juan B au t is ta P e rez . C ar ta de l

rey don Silo Cixila.

R E P R I M I D O S

los cona tos de int roduc i r la r e forma

lute rana , Espaa s igui e l movimiento de reacc in

contra e l r enac imiento y sus tendenc ias , que cundi

en la sociedad catlica de la segunda mitad del si-

glo xvi . La re forma de costumbres , impuesta por la

re ina I sabe l y por Cisneros , pas con sus promove-

dores. La I talia escptica nos inocul por medio de

sus dom inado res el gus to de las f iestas y del lujo , de

la l i te ra tura l ig era y de la ga lante r a l ibre y r e f inada .

Pero al promediar el siglo, un soplo, que parece esca-

pado del sepulcro del autor de la Imitacin, recorre

toda Esp aa ; su l i te ra tura se liace ms t ica , la severi -

0 0 6 7 8 2


7/182

dad de su carc te r se ext rem a, m rcase enrgica-

mente la tendenc ia la unidad re l igiosa , que pasado s

a lgunos aos se r incont ras table ; los cenobios se

multiplican; y la nacin que en lo que iba de siglo no

contaba ms varn eminente en sant idad que e l sol -

dado de genio que aplic los principios de la milicia

un ins t i tuto organizado maravi l losamente para e l

combate , ve surgi r por todas par tes entus ias tas r e -

formadores , que devue lven momentneamente las

decaidas instituciones monsticas el espr itu de sus

pr imi t ivos fundadores . De nuest ros puer tos sa len

misioneros para evangel izar e l mundo; y la f e se

exalta con las relaciones de los trabajos de su apos-

tolado, de su abnegac in y de su mar t i r io . Apenas

hay ciudad ni aldea que no cuente favorecidos del

cielo, que obren milagros, conversen con los bien-

aventurados , l leven sagrados es t igmas y den e jem-

plo de todo gnero de auste r idades y mor t i f icac io-

nes . Pero e l ms extendido de los dones sobrena tu-

rales fu el de profeca: el pueblo espaol, sin tener

escuelas de profetas como el hebreo, los veia brotar

por todas par tes . Pre tendi encauzar un tanto e l en

este punto desbordado sent ido pbl ico don Juan de

Horozco y Co var ruvias , entonces a rcediano de Cu-

llar en la catedral de Segovia, y luego obispo de

Guadix, componiendo un l ibro sobre la verdadera

y falsa profeca, cuyo objeto no era declarar pseu-

do-profe tas todos los que p ululaba n en la nac in, S-

no dar r eglas para dis t ingui r los verdaderos

1

. Pu-

blicse el l ibro en 1588, cuando cabalmente se ha-

l laba Espaa ba jo e l te r ror de un pronst ico que le

anunciaba para dent ro de l mismo ao su des t ruc-

cin, de que solo algunos escogidos se salvaran en

1

Tratado de la verdadera y falsa prophecia. Hecho por Don

lun de Horozco y Covarruvias, arcediano de Cuellar en la san-

ta Yglesia de Segovia. Con privilegio. En Segovia. Por lun de

la Cuesta. Ao

1588 . 1 t . en 4 ."

D e s p u e s d e h a b l a r d e l d o n d e p r o f e c a q u e t u v o l a m a d r e T e -

r e s a d e J e s s , y q u e e l a u t o r e x p e r i m e n t e n n e g o c i o s p r o p i o s ,

c o n t i n a : R e s t a d e c i r q u e p o r s e r t a n v e r d a d e r a s e s t a s y o t r a s

r e v e l a c i o n e s y p r o p h e c i a s q u e e n e s t o s t i e m p o s s e h a n v i s t o , h a

quer ido e l dem on io des lu mhr a r la ve rd ad de l la s con o t ra s f ing i -

d a s , p r e t e n d i e n d o e l m i s m o c r d i t o , p a r a e n g a a r , y p o r l o m e -

nos desac red i t a r lo que fue re ve rdad e ro y c ie r to , y de lo que en

e s t o s e d e b e a d v e r t i r p a r a c o n o c e r l o y d i f e r e n c i a r l o s e t r a t a r e n

l o s c a p t u l o s q u e s i g u e n . ( C a p . V I I I . )

D g o l o p o r m u c h a s g e n t e s q u e e n r e a l i d a d s e h a n h a l l a d o

e s t o s d i a s c o n r a m o d e e s t a l o c u r a , y a l g u n o t a n a d e l a n t e e n

e l l a , q u e d e c i a e r a e l s e g u n d o B a p t i s t a , y q u e h a c i a d i e z a o s

q u e t e n i a d o n d e p r o p h e c i a , y n o s o l o e n u n l u g a r h a h a b i d o d e

e s t a g e n t e , s i n o e n m u c h o s , y p o r m e d i o d e e l l o s s e h a c o m e n -

z a d o s e m b r a r l a s m a l a s n u e v a s q u e v e n d r n p o r e l l o s , y s e h a

c r e i d o d e a l g u n a s p e r s o n a s c u e r d a s d e m a n e r a q u e p o n e e s p a n t o ,

p u d i n d o s e v e r e v i d e n t e s s e a l e s d e l e n g a o , p o r l o q u e l u e g o

d i r e m o s , y s e v i a e n a l g u n o s s u e o s , c o m o e s a m e n a z a r c o n

g r a n d e s m o r t a n d a d e s y d e s t r u y c i o n e s , y q u e s e h a b a n d e s a l v a r

l o s e s c o g i d o s e n c u e v a s p a r a s a l i r r e p a r a r l o p e r d i d o y p o b l a r

d e n u e v o . ( C a p . x v . )

H o r o z c o t e n a c u a l i d a d e s d e e x e g e t a ; l f u e l p r i m e r o , q u e

s e p a m o s , q u e s e a l e l c a m i n o p a r a d e s c i f r a r e l e n i g m a d e l n -

m e r o 6 6 6 d e l

Apocalipsis

, a c o n s e j a n d o d i r i g i r l a i n v e s t i g a c i n

o t r a s l e n g u a s q u e a l l a t i n . C o m o h a c e a l g u n o s a o s s e m o v i t a n


8/182

la cueva de San Gines de Toledo, como semilla de

r epob lacin. La p r o f eca hacia en Espa a e l mismo

oficio que en los dems pases de Europa la cabala,

la astrologa y la magia, ar tes cuyo ejercicio ofreca

aqu g r aves inconven ien tes . Fu la ms c leb r e de

aquel ao la de san Juan evangelista, que se descu-

br i en Grana da. Derr ib base all un viejo torren

para desembarazar el solar en que Diego de Siloe

levan taba la bel la ca ted r a l g r eco- r omana, cuando

una maana los obr er os , que r e t i r aban los escom-

bros del dia anter ior , hallaron en ellos una caja de

p lomo, que ab ier ta mos t r con tener r e l iqu ias y un

per gamino g r ande

1

. Servan de cabeza este docu-

r e i d a c o n t i e n d a e n t r e l o s t e l o g o s F r i t z s c h e , d e R o s t o c k ; H i t -

z i g , d e Z u r i c h ; B e n a r y , d e B e r l n , y R e u s s , d e S t r a s b u r g o ,

s ob r e qu i n L ab i a ha l l ado l a s o l uc i on , no aqu i e t ndos e has t a que

s e c o n v i n o e n q u e t o d o s c u a t r o l a h a b a n e n c o n t r a d o , p a r e c e

acr eedor e l a r ced i ano de C u l l a r que no quede i gnor ada l a pe -

q u e a g l o r i a q u e p u e d e c a b e r l e e n h a b e r s i d o e l p r i m e r o q u e d e -

s i gn l a s enda par a l l egar aque l r es u l t ado .

E l o b i s po d e S e g o r b e , d o n J u a n B a u t i s t a P e r e z , t a m b i n n o s d a

no t i c i a de aque l f u r o r p r o f t i co : ( ( E s t ando yo en M adr i d e l ao

de 1572 , me acue r do que s e ha l l a r on j un t o a l r i o a l gunas p i ed r as

t a n g r a n d e s c o m o l a m a n o , c o n l e t r a s r e l e v a d a s , q u e c o n t e n a n

c i e r t as p r o f ec as con pa l a b r as dud os as , y l a s andaba l a gen t e

g l os ando ; y des pues v i ne s aber qu i n t a l hac i a , y me l o con-

f es e l p r op i o au t o r , y que l o hac i a po r bu r l a r y hacer pecar . ) )

D e l a s p r o f e c a s d e l z a p a t e r o p o r t u g u s B a n d a r r a , q u e e r a n

de l as ms popu l a r es , e x i s t e co l ecc i on M S . en l a B i b l i o t . N ac . ,

ded i cada a l a r zob i s po de B r aga .

1

A e s t o s o b j e t o s a a d e e l M a r q u s d e E s t e p a : U n a i m g e n

d e l a V i r g e n p i n t a d a e n u n a t a b l i c a ; e r a p i n t a d a m u y l o a n t i -

ment cinco cruces en forma de cruz, y en caracte-

res arbigos decia ser aquella una profeca de san

Juan evangelista que san Cecilio, al pasar por Ate-

nas , de vuel ta de T ier r a San ta , hab ia ob ten ido de

san Dionisio, obispo de aquella ciudad, juntamente

con las reliquias qu e all esta ban ; luego ponia la

profeca en caracteres castellanos del t iempo, dis-

t r ibu idas las l e t r as , en que a l ter naban r o jas y ne-

gras, por cuadros escaques, leyndose seguidas las

de cada color . En la profeca se anunciaba la ve-

n ida de Mahoma en e l s ig lo vn bajo la f o r ma de

t in ieb las muy oscur as que se levan tar an en e l

Or ien te y se ex tender an a l Occiden te , y la de Lu te-

r o en e l xv i , ba jo la de un d r agn que sa ld r a

de la par te del Aqu i ln , y cuya boca ar r o jar a s i -

miente, que dividir a la fe en sectas, despues de lo

cual vend ra el Ant ecr isto , y en seguida el juicio f i-

nal. Sigue un comentar io en arbigo la profeca, y

los catorce pr imeros versculos del evangelio de san

Juan, sea el lt imo evangelio de la misa, alterado

en la versin el sentido de algunas f rases; y en tos-

co la t n , con o r togr af a cas te l lan izada, una r e lac in

de un sacerdote Patr icio, discpulo de san Cecilio,

en que decia haber recibido de ste el encargo de

esconder aquellos objetos; concluyendo todo con la

g u o , e n t r a j e e g i p c i a n o , c on el n i o e n b r a z o s , q u e t e n i a u n a

m a n z a n i t a d o r a d a e n l a m a n o , y e n c i m a d e l l a u n a c r u z . (

I n f o r -

macin para la historia del Sacromonte.)


9/182

f irma de san Cecilio en arbigo

1

. Anacr on ismos tan

torpes como poner al f rente del escr ito cruces, l la-

ma r san Cecilio obispo granate nse, mencio nar la

dominacin de los moros, suponer las lenguas caste-

l lana y ar b iga hab ladas en e l s ig lo p r imer o en Es-

paa, y el pobre ingenio con que todo estaba tejido,

H aqu l a r e l ac i n de P a t r i c i o , con s u o r t og r a f a o r i g i na l :

R e l a c i o p a t r i c i i s a c e r d o t i s , s e r b u s d e i c e c i l i u s e p i s c o p u s g r a n a -

t ens i s cum i n i be r i a es s e t e t cum v i de r e t d i e r um s u or um f i nem

o c u l t i m i b i d i x i t s e h a v e r e p r o c e r t o s u u m m a r t i r i u m e t a p r o p i n -

quar e e t u t po t e qu i i l l e qu i i n deo amava t t e s au r u r a s uar um

r r e l i q u i a r u m m i h i c o m e n d a v i t e t m e a d m o n u i t u t o c u l t e l ia v e -

r e m e t i n l o c o l o c a r e m e t u t i n p o t e n c i a m m a u r u r u m n u n q u a m

b e n i r e t a f f i r m a n s e s s e t t e s a u r u m s a l u t i s a t q ; c i e n c ia e c e r t a e e t

p l u r i mum l abor as e e t i t e r f f ec i s e t r r a mar i que e t dever e es s e i n

ocu l t o l oco doee deus ve l i t i l l um man i f f es t a r e e t ego mel i us

quam i n t e l l ex i i n hoc l oco c l aus i ub i i ace t de r r ogans u t eum

obs er ve t e t r e l i qu i ae q nunc h i c i acen t s un t

p r o f ec i ae d i v i i oannes evange l i s t ae c i r ca f i nem mund i

m e d i u s p a n n u s q u o v i r g o m a r i a a b t e r s i t a b o c u l i s l a c r i m a s i n

pas io sui f i l i i

o s d i v i s t e v a n p r i m i m a r t i r i s

deo g r ac i as .

P e d r o d e V a l e n c i a , e n s u i n f o r m e a l c a r d e n a l a r z o b i s p o d e T o -

l e d o , d e s c r i b e a s e l p e r g a m i n o : E l p e r g a m i n o m i s m o o r i g i n a l

e s v i e j o , p e r o n o a n t i g u o , q u e e s u s a d o y m a l t r a t a d o d e p r o p -

s i t o po r q ue par ec i e s e an t i gu o ; pe r o no de l a s uer t e qu e s ue l en

es t a r l o s que es t ando guar dados , l a an t i gedad l o s ha enve j ec i do .

T o d a l a l e t r a d e l , m a y o r m e n t e l a l a t i n a , e s m u y m o d e r n a y

e s c r i t a c o n c u i d a d o d e q u e p a r e c i e s e a n t i g u a , p e r o n o i m i t a n i

a u n l a m e d i a n a m e n t e a n t i g u a . L a t i n t a n e g r a y l a c o l o r a d a n o

es an t i gua , s i no mal a y s i n cuer po , pa r a que par ec i es e v i e j a . T odo

es t es c r i t o con p l u ma , y no con caa

(MS. de la Biblioteca

de la Romana.)

r evelaban c lar amente la m ano de un g r oser o f a l sario .

Sin embar go , e l descubr imien to de la to r r e Tur p ia-

na , que ta l er a e l nombr e con que en o t r os pos te-

r iores se la designaba, no fu por de pronto com-

batido. El hallazgo de reliquias era demasiado f re-

cuente en aquellos t iempos; y los que conocieron la

falsedad, no osando ponerse de f rente con la opinion,

que lo acep taba como ver dader o , guar dar on s i len -

c io , man i f es tar on la suya de una ma ner a embozada

ind i r ecta

1

.

4

Y au nqu e sea vu l g ar po r s e r ms c i e r t o que l o d i ch o , n o

es j u s t o s e o l v i de l o que a f i r m an t an t os de l a l mi na , e s c r i t a que

s e ha l l en T hr ac i a , en un s epu l c r o an t i guo en e l t i empo en que

en l a mi s ma l mi na dec i a s e hab i a de des cubr i r , y en g r i ego t e -

n i a es c r i t o l o s i gu i e n t e : ( ( C r i s t o ha de n acer de v i r ge n y en e l

c r e o . E n t i e m p o d e C o n s t a n t i n o y d e Y r e n e p r n c i p e s , o s o l ,

o t r a vez me ver as . ) ) S e gn es t o , pos i b l e s e r a haber h oy d i a

cos as en t e r r adas , que s i s e des cubr i es en d i r i an a l go ; mas yo no

har a cas o de l l a s , po r que s i e s l o que ya s e ha v i s t o , no es me-

nes t e r ; s i e s l o que s e agu ar da p r e s t o , e l l o d i r , como d i cen , y

no s i r ve de cos a c r i ada cuando no t i en e m s au t o r i dad qu e ha-

l l a r s e deba j o de t i e r r a .

E s t a s p a l a b r a s d e H o r o z c o ( L i b . I I , c a p . x i x ) , e n v u e l v e n

s e g u r a m e n t e u n a a l u s i n a l d e s c u b r i m i e n t o d e l a t o r r e T u r p i a n a ,

pues s t e ocu r r i e l 19 de M ar zo , y l a l i cenc i a pa r a l a i mpr es i n

de s u l i b r o l l eva l a f echa de 3 de Agos t o de l mi s mo ao .

D e n t r o d e l se e s c r i b i u n a i m p u g n a c i n , q u e , p o r l o s a b i a ,

v i g o r o s a y r e s u e l t a , n o p u e d e s e r d e o t r o q u e d e d o n J u a n B a u -

t i s t a P e r e z , e n q u e s e d e s m e n u z a y t r i t u r a e l p e r g a m i n o , s i b i e n

e l au t o r p r o t es t a que s u i n t enc i n es s o l amen t e l evan t a r l a caza

par a que o t r os l a s i gan y a l cance n , y o f r ece r mat e r i a en qu e

o t r os es c r i ban y como cada go l pe que da e l e s l abn en e l pe -

der na l , s i e s f i no, s a l t an nuevas cen t e l l as , a s , s i end o es t as r e -


10/182

Entre los l ibros popula res que ent re tenan los

ocios del pueblo espaol en el siglo xvi, cuntase la

c rnica annima de l r ey don Rodr igo, h is tor ia no-

velesca, en que se mezclan las tradiciones conserva-

das en los romances sobre aque l r ey y la conquis ta ,

con la s aventuras caba l le rescas de l gus to l i te ra r io

entonces dominante ; pe ro e s te l ibro no bas taba ya

satisfacer la curiosidad de los lectores, vidos de

detalles sobre las causas y consecuencias de aquella

ca ts t rofe . La pa r te de l ibro de caba l le r a s que

habia debido su for tuna ya le pe r judicaba , habiendo

venido en decadenc ia e s te gnero de l i te ra tura . Ne-

cesitbase otra historia de la destruycion de Espaa

ms en a rmona con e l gus to que iba predominando

y con las exigencias que se comenzaban tener en

l ibros de h is tor ia . Comprendilo a s un ta l Migue l

de Luna , h i jo de padres mor iscos en Granada , en

el cual supla lo atrevido lo mucho que le faltaba

de ingenio y de sabe r ; quien , conf iando en la igno-

ranc ia genera l de la lengua a rbiga , de que l e ra

intrprete oficial, escribi en 1589, y public en 1592,

l i qu i as de l a f ineza que s e c r ee , da r n nueva s y mu cha s cen t e l l as

d e s u a u t o r i d a d c u a n t o m s s e g o l p e a r e n e n l a d i s p u t a . (MS

de la Bibliot. Nac.

, 7 ho j a s en f l . ) A pes a r de es t a exc i t a c i n ,

n o s e q u e n a d i e c o m b a t i e r a a b i e r t a m e n t e y d a n d o s u n o m b r e e l

d e s c u b r i m i e n t o , h a s t a q u e e n 1 5 9 3 l o h i c i e r o n L u i s d e l M r m o l

y A n a s M o n t a n o , s t e a l c o n t e s t a r u n a c o n s u l t a d e l c a b i l d o

d e l a c a t e d r a l d e G r a n a d a . O p o s i c i o n m s m e n o s e n c u b i e r t a n o

d e b i n u n c a f a l t a r , p o r q u e n o d e j a b a n d e p u b l i c a r s e d e f e n s a s .

una nueva c rnica de l r ey don Rodr igo, des t inada

suplanta r la ant igua : pre tens in que os tentaba

desde la pr imera l nea , a l t i tu la r la

verdadera histo-

ria\ Pa ra no quedar infe r ior en autor idad, la supu-

so escrita , como la otra, por un contemporneo ; el

original lo habia hallado en el Escorial, y como

muestra de la f idelidad de la versin, saca al mrgen

los vocablos arb igos m enos usuales de qu e el au-

tor se sirve. El libro de Luna, infinitamente de me-

nos valer como obra de imaginacin que el que pre-

tenda reemplazar, pero embutido de todos los deci-

res, cuentos historietas que circulaban sobre aque-

llos sucesos hasta entre el nfimo vulgo, llen el ob-

je to que su autor se habia propues to , y obtuvo e l

honor de va r ia s r e impres iones . El a rd id de Migue l

de Luna, aunque no nuevo, y de l no se habia des-

deado usa r don Antonio de Guevara en su Marco

' La verdadera hystoria del rey Don Rodrigo, en la qual se

trata la causa principal de la perdida de Espaa y la coquista que

della hizo Miramamolin Almaqor R ey que fu del Africa, y de

las Arabias. Copuesta por el sabio Alcayde Abulcacim Tarif

Abentariq , de nacin rabe, y natural de la Arabia Petrea. Nue-

vamente traduzida de la lengua arbiga, por Miguel de Luna,

vezino de Granada, intrprete del rey Don Phelippe nuestro seor.

( E s c u d o d e a r m a s r e a l e s ) . Impressa por Rene Rabut, ao de 1 5 9 2 .

L a a n t i g u a c r n i c a s e t i t u l a : Crnica del Rey Don Rodrigo,

con la destruycion de Espaa, que en ed i c i ones pos t e r i o r e s s e

a a d i : y cmo los moros la ganaron. C o m p s o l a P e d r o d e l C o r -

r a l , p r i nc i p i o s de l s i g l o xv . S e l a conoc i t a mbi n con e l n om-

b r e d e Crnica Sarracina.


11/182

Aur el io , par eci per egr ino y tuvo imi tador es , que

af o r tunadamente puso p r on to ch is toso f in Cide Ha-

mete Benengel i .

Hab ase por en tonces exacer bado una cues t in ,

causa casi pere nne de ir r i taci n en tre las iglesias de

Espaa desde la poca visigoda : nos refer imos la

cues t in de p r imaca . Lejos de amor t iguar la e l ha-

ber se com pletado la un idad ter r i to r ia l , l a hab ia exas -

per ado , t r ayendo nuevos concur r en tes . D ispu tban-

sela To ledo , San t iago , Sev i l la , Tar r agona y Br aga.

Aspirando modelarse el imperio godo sobre el ro-

mano , el jefe del estado ralo al mismo tiem po de

la religin; el diocesano, pues, de la cor te era el ms

inf luyente y pr incipal de todos los prelados, aunque

no les fuese super ior ni en antigedad ni en cate-

gor a . Es tar p r x imo a l monar ca , r ec ib i r de l l as

rdenes y comunicar las los dems, conferenciar y

ser consultado para la resolucin de los asuntos

eclesisticos, f igurar entr e los altos dignata r ios de

la co r te , f uer on p r eeminencias que cons t i tuyer on

al arzobispo de Toledo en una posicion super ior la

de los otros prelados. Trasladada la cor te Sevilla

en t i empo de Amalar ico , cr ey t r ans f er idas su

per sona e l p r e lado h ispalense las p r ef er encias del

to ledano , y nacen sus p r e tens iones la p r imaca .

San t iago , sucesor a de I r ia F lav ia y de Emr i ta Au-

gus ta , no to ler a que n inguna ig les ia se t i tu le supe-

r ior la que posee el sepulcro del patrn de las

Espaas . Tar r agona p r esen ta san Pab lo desem-

barca ndo en su puer to , y sus prero gativ as de capital

de p r ov incia r omana. Por l t imo , l a anex in de

Por tugal nos t r a jo Br aga, con las p r e tens iones

que arrancan de su or igen apostlico. Ademas, igle-

s ias su f r agneas o t r as p r iv i leg iadas luchaban par a

sup lan tar sus met r opo l i tanas , como suced a en

Aragn con la del Pilar . Dif cil es dar idea de la

acr itud que ponan los contendientes en esta cuestin

del pr imado; andan bocados tras l) ) , decia el edi-

tor sevillano de los

Morales

de san Gregorio al arzo-

bispo de aquella ciudad, lamentando que se lo tuvie-

r an usur pado . N i ser v ia par a in f und i r t emplanza

que var ones p r uden tes y exen tos de toda van idad

mundana ocupasen las sil las, porque al punto se

identif icaban con tales pretensiones y hacian el sos-

tener las caso de honra y conciencia. Bar tolom de

los Mr t i r es , po r e jemplo , uno de los ms humi ldes

y santos prelados que han vestido palio, no transi-

ga sobre nada que su juicio menoscabara los pr i-

vilegios de su sede bracarense

1

. No era tenido por

1

Y con s e r en t odas l as cos as hum i l de , no quer a po r es o

p e r d e r u n p u n t o d e l a p r e e m i n e n c i a d e a q u e l l a d i g n i d a d y d e

l os p r i v i l eg i os de s u i g l es i a , l o s cua l es f u compel i do j u r a r s o -

l e m n e m e n t e c u a n d o t o m l a p o s e s i o n . P o r d o n d e , c u a n d o v i n o

l a s c o r t e s d e T o m a r , s i e m p r e t r a j o c r u z l e v a n t a d a , c o m o P r i -

m a d o q u e p r e t e n d a s e r , h a s t a l a c m a r a d e s u M a j e s t a d ( a u n -

q u e o t r o s p r e l a d o s r e c l a m a b a n ) , p o r n o m e n o s c a b a r e l d e r e c h o

de s u i g l es i a , Y a un m acon t ec i o t r a cos a s em ej an t e ; p o r -


12/182

m

i t w m m m m \

1

i w ' t i z m m m s

SW-

q u e i m p r i m i e n d o y o e l l i b r o l l a m a d o Stimulus Pastorum, y po -

n i e n d o a l p r i n c i p i o e l a u t o r , q u e e r a l , n o q u i s e p o n e r Primas,

p a r e c i n d o m e q u e p o r l a h u m i l d a d q u e s i e m p r e e n l c o n o c , s e

o f e n d e r a d e s t o ; m a s n o f u a s : a n t e s , p a r e c i n d o l e q u e e n a l -

g u n a m a n e r a d e r o g a b a e s t o l a p r e e m i n e n c i a d e s u i g l e s i a , m e

m a n d r a s g a r a q u e l p r i m e r p l i e g o y i m p r i m i r o t r o e n q u e s e p u -

s i e s e a q u e l l a p a l a b r a d e Primas; p o r q u e l a v i r t u d d e l a h u m i l -

d a d n o e x c l u y e l o q u e p e r t e n e c e l a a u t o r i d a d d e l a d i g n i d a d .

( F R A Y L U I S D E G R A N A D A , Vida de Fray Bartolom de los Mr-

tires, c a p . v i . )

1 2 H I S T O RI A CR T I CA

ar ma vedada desacr ed i tar los f undamentos de la

p r e tens in del con t r ar io ; y como es tos f undamentos

se refer an creencias piadosas, de antiguo arraiga-

das, la polmica iba socavando y desmoronando

cuan to de r espetab le y admi t ido por la t r ad ic in

kab ia en nues t r a h i s to r ia ec les is t ica . E r an p r inci -

pales man tenedo r es en la con t ienda To ledo y San-

t iago : toda la edad m ed ia dur a e s ta lucha ; To ledo

obtiene cada pontif icado bula conf irmator ia de

su p r imaca ; y San t iago oye r epet i r e l nescitis quid

petatis. Crey Toledo descargar un golpe cer tero y

decisivo sobre su r ival negando la venida del Aps-

to l; golpe que coincida con un ruidoso li t igio pro-

movido por los pecheros del voto, que trataban de

sacud i r es ta p r es tac in , par a lo cual t ambin nega-

ban los p r iv i leg ios de don Ramir o , p r e tend ido ven-

cedor de Clavijo, victor ia en que se apoyaba la po-

pu lar idad del pat r n bata l lador .

Habia conseguido la iglesia de Santiago que en la

D E L O S F A L S O S C R O N I C O N E S . 1 3

revisin del Breviario orden ada por el concilio de

Tr en to y l l evada cabo por Po Y , se conser var a

la venida y predicacin del Apstol. Ahora por el

t i empo en que vamos , hab ia ges t ionado y tam bin

logrado hacer extensiva toda Espaa la f iesta de

la Traslacin, y que Baronio consignase la venida en

lo s

Anales

, s i bien lo hizo como creencia establecida

en todas las ig les ias de Espaa. Escr i ta l a obr a de

Baronio con un f in de pur if icacin de la histor ia

eclesistica para no dejar le lado vulnerable los t i-

ros de los cr t icos novadores, la mencin en ella de

tal suceso era un tr iunfo considerable. Vino des-

vanecer lo, as como el efecto de las otras ventajas,

la publicacin de la Coleccion de Conciliospor Gar-

ca de Loaisa, dignidad de la iglesia de Toledo, en

que se inser t un escr ito, que decia haber hallado el

co lecto r , en que se r ef er ia una d i spu ta hab ida en

el IY concilio Lateranense entre los arzobispos de

Toledo y de Santiago, que llevaron ante aquella

asamblea su cuestin de pr imaca. El de Toledo,

que er a don Rodr igo J imenez de Ra da, hab ia de-

mos t r ado que er a in f undada la t r ad ic in de la ven i -

da del Apstol, y el de Santiago, estrechado por las

r azones y ar gumentos del con t r ar io , hab ia acabado

por ca l lar ; s i l encio que unn imemente se in ter p r e t

por confesion de vencimiento. La publicacin de es-

te documento p r odu jo una sensacin inmensa; e l la

cons ter n tan to los def ensores de San t iago cuan to


13/182

1 4 H I S T O RI A CR T I CA

regoc ij los parciales de Toledo. Sea la sorpresa

que p r odu jo tan inesper ada r evelacin , sea la f avo-

r ab le acog ida que tuvo la obr a en que se inser taba ,

el respeto que infunda su autor , ayo del Pr ncipe

y d ignatar io ec les is t ico pues to en p r e la tu r a , nad ie

por entonces se atrevi demostrar la falsedad de

ta l escr i to ; ms an : nad ie ocur r i obser var que

la opinion de don Rodrigo en tal mater ia, desde

luego suspechosa de parc ial , era de todo pun to in-

diferente, pues que en el siglo

' X I I I

110 hab ia ya , ni

en p r o n i en con t r a , mejo r es datos que los que se

posean.

Tal situacin af liga las personas patr iotas y

pr uden tes . La nacin espao la , b r azo der echo de la

Iglesia, debeladora de la hereja y del islamismo,

daba un bien tr iste espectculo: sus iglesias se des-

gar r ab an , l as t r ad ic iones ms vener anda s er an ho-

lladas, la piedad senta su fe quebrantarse, y la que

neces i taba apar ecer f uer te y compacta dejaba ver

sus entraas corrodas por el fomes de la vanidad y

la soberbia. De aqu el deseo bastante general de que

se encon t r ase tes t imonio i r r ef r agab le de la ven ida

de Santiago, que llevase la paz las iglesias y las

conciencias. L a poca god a 110 habia deja do m s

rastro de tal creencia que un pasaje de un libro, t i-

tu lado De ortu et obitu patrum, que se atr ibu a san

I s idor o . Lar go f uer a r ef er i r l as encar n izadas bata-

llas que se han reido al rededor de ese l ibro, por

mejor decir , de ese pasaje, que era lo nico que le

daba impor tancia , par a convencer de que er a obr a

del au to r que le p r es taba e l nombr e; por lo dems

en tiempo alguno de aquel per iodo histr ico se ha-

lla indicio de que Santiag o hubiese tenid o templo,

ni fiesta, ni culto

1

.

Tocaba p r obar los que sos ten an la af i r mat iva

de la ven ida del Aps to l ; mas no ex is t iendo p r ue-

bas, ocurr ise suplantar las. El f in justif icaba el me-

dio; los f raudes piadosos, el dolo po, es taban admi-

t idos en la mo r al co r r ien te cuando ten an por ob je to

un m otivo d e edif icacin; y no faltaban e scr itores

de autor idad que defendiesen que era l cito falsear

la histor ia cuando el honor el nteres de la patr ia

4

(( E n t od o l o que e n a de l a n t e s e c on t a r de l a c onve r s i n

d e l R e y A r i a m i r o c o n s u s s u e v o s e n G a l i c i a , y d e l o s c o n c i l i o s

q u e e n a q u e l l a p r o v i n c i a , y e n B r a g a , q u e e r a s u c a b e z a , s e c e -

l e b r a r o n ; j a m a s h a y m e m o r i a d e l s a n t o a p s t o l , n i d e s u c u e r -

p o . N o l a h a y t a m p o c o e n l o s c o n c i l io s d e T o l e d o , h a l l n d o s e e n

e l l os l o s ob i s po s de I r a F l a v i a . Y e s b i e n d e c r e e r qu e l a hu -

b i e r a , y q u e s e t r a t r a a l g u n a v e z d e s t o , s i n o e s t u v i e r a p e r d i d o

d e l t o d o e l r e c u e r d o d e l s a n t o c u e r p o e n G a l i c i a y p o r t o d a E s -

p a a . E l o l v i d o g e n e r a l l o h a b i a b o r r a d o t o d o , p r o c u r n d o l o

t a m b i n e l d e m o n i o c u a n t o p o d i a , d e m a n e r a q u e n a d i e t e n a y a

c ue n t a de l l o . ) ) ( A M B R O S I O D E M O R A L E S , Crnica general de Es-

paa, l i b . i x , c a p . v i l . )

E n u n c o m e n t a r i o m u y a n t i g u o s o b r e e l p r o f e t a N a h u m , i m -

p r e s o c o n l a s o b r a s d e l o s p a d r e s t o l e d a n o s , a l r e f e r i r l a d i s t r i b u -

c i n d e l m u n d o e n t r e l o s a p s t o l e s , s e a s i g n a E s p a a S a n t i a g o ;

p e r o n o e s d e l t o d o s e g u r o q u e e s t a o b r a c o r r e s p o n d a l a p o c a

v i s i g o d a .


14/182

lo ex ig an . No er an s tos , c ier tamente , lo s mvi les

que hab an deter minado Loaisa f ab r icar

adop tar su docume nto del conci lio Later ane nse , y

sin embargo, los que conocan la supercher a calla-

ban . Tal pensamien to , ven ido s in duda muchos ,

se p r opus ier on r ea l izar lo per sonas que v iv an lar -

ga distancia, desconocidos unos otros, y entre

quienes no existia conexion por estado, profesin

estudios; que las ideas t ienen, como las f lores, tra-

vs de los aires sus casamientos lejanos. Habia en

los jesu tas de To ledo un padr e Jer n imo Romn

de la H igue r a , hom br e de med iana ins t r uccin , de

natu r a l complacien te , cu r ioso de an t igedades , de

op in ion moved iza a l comps de sus impr es iones ,

dado intervenir en cuestiones de erudicin con

nim o conc iliador , y que se ocupab a en ilust rar la

geograf a antigua, escr ibir vidas de santos poco co-

nocidos, histor ias de viejas ciudades, cuyas oscu-

r idades i luminaba y cuyas lagunas co lmaba con

conjeturas inducciones pocas veces felices, que

muy luego t r ocaba en ver dades r ec ib idas ; acaban-

do, como Ulses, por creer sus propias f icciones.

Ahora empleaba sus ocios en componer una histor ia

eclesistica de Espaa sobre un plan anlogo al de

la gener a l de Mar iana . Par eci le lo mejo r r enovar

el expe diente que en el siglo xv habia recurr i-

do Anni o de Viterb o para satisfacer la cur iosidad

que se desarroll en las naciones occidentales por

saber la h i s to r ia de sus t i empos p r imi t ivos : que

consista en sacar luz' como encontrad a al guna

obr a de au to r an t iguo que se tuv ier a por per d ida , y

en que apareciese consignado lo que se pretenda re-

velar . Los muchos ar ch ivos que hab ia todav a inex-

p lo r ados har ia ver os mi l e l descubr imien to ; muer -

tos Anton io A gus t n y Am br os io de Mor ales , con

ellos podia tenerse por enterrada lo que para en-

tonces podr a l l amar se cr t i ca h i s t r ica ; Mar iana

110

era en punto depuracin de verdades dif cil . Ade-

ms no se trataba de f icciones puer iles como las de

Annio , que , s in embar go , con tar on por cr eyen tes

personas doctas como Marineo Siculo, Antonio de

Nebr i ja , Juan Yaseo y Flo r ian de Ocampo , s ino de

un libro de histor ia, en que discretamente se desli-

zase lo que conviniera autor izar ; l ibro en cuyo re-

dedor se ag r upar a la numer osa f a lange conser vado-

r a de las an t iguas t r ad ic iones . F i jse Romn de la

Higuera en Dextro, hijo del obispo de Barcelona

Paciano, de quien escr ibe san Jernimo que habia

compues to una omnmoda h is to r ia

1

. No era desacer-

1 H aqu t odo l o que d i ce s an J e r n i mo de Dex t r o :

De x t e r P ac i an i , de quo s up r a d i x i , f il iu s , c l a r us apud s ae -

e u l u m , e t C h r i s t i f i d e i d e d i t u s , f e r t u r a d m e m n i m o d a m l i i s t o -

r i a m t e x u i s s e , q u a m n e c d u m l e g i . ) )

(De viris illustribus

, cap -

t u l o

C X X X I I . )

A n t e a n n o s f e r e d e c e m c u m D e x t e r a m i c u s m e u s . q u i P r a e -

f e c t u r a m a d m i n i s t r a y i t P r a e t o r i i , m e r o g a s s e t , u t a u c t o r u m

2


15/182

tada la eleccin; porque, aunque de la existencia de

tal histor ia no hay ms noticia que la vaga y lac-

nica del solitar io de Beln, su testimonio es de tal

peso, que n adie osar a recu sar lo ; y atestigua da la ve-

nida de Sa ntiago por un a utor del siglo iv , amigo

de san Je rnim o, y que habia ocupado, entre o tras

altas posiciones, la de prefecto del Pretor io, queda-

ba en condiciones anlogas de verosimilitud la

ida de san Ped r o Rom a; la cualidad de espao l

explicar a satisfactor iamente su predileccin por los

n o s t r a e r e l i g io n i s e i i n d i c e m t e x e r e m )) ( L i b . n ,

pol. adver-

sum Eufinum.)

S obr e l a i n t e l i genc i a de l a f r as e l a t i na

fertur ad me

l i a hab i do

d i v e r g e n c i a . U n o s l a t r a d u c e n p o r

se dice

,

ha llegado mi no-

ticia ;

o t r o s , p o r

me ha dedicado.

De las i nc l i nac i ones p r ed i l ecc i o nes l i t e r a r i as de D ex t r o no

s e s abe ms que l o que puede deduc i r s e de l as s i g u i en t es pa l a -

b r as de l mi s mo s an J e r n i m o , en l a i n t r o ducc i n a l c i t ado l i b r o

De viris illustribus :

M e a n i m a s , D e x t r o , q u e i m i t a c i n

de S ue t o n i o haga yo un ca t l ogo de l o s es c r i t o r es ec l es i s t i cos ;

y as como l d i r azn de l o s s u j e t os i l u s t r es en l a l i t e r a t u r a

p r o f a n a , l a d y o de l o s n u e s t r o s ; e s t o e s , q u e b r e v e m e n t e t e

d no t i c i a de lo s que ha n es c r i t o a l gun a cos a s ob r e l a

Sagrada

Escritura.

O p i n i n h a h a b i d o , s u s t e n t a d a p r i n c i p a l m e n t e p o r d o n J u a n

B a u t i s t a P e r e z , e l M a r q u s d e M o n d j a r y F l o r e z , d e q u e e s t o s

pas a j es s e r e f e r i an dos d i s t i n t os Dex t r os ; pe r o l o poco comn

de l nombr e , e l s e r en t a l cas o ambos c r i s t i anos , i l u s t r es , dados

es t ud i os h i s t r i cos y conoc i dos de s an J e r n i m o , s i b i en no

exc l uye l a pos i b i l i dad de l a coex i s t enc i a de dos per s onas con l a

m i s m a d e n o m i n a c i n y c i r c u n s t a n c i a s , l a h a c e n s u m a m e n t e i n -

v e r o s m i l .

1 9

asuntos de este pas, donde en aquel mismo siglo

habia habido histor iadores que le alegaron en com-

probacin de hechos y sucesos de la histor ia nacio-

na l

1

. Pe ro H igue ra no se le alcanzab a lo que como

1

No e r a s t a l a vez p r i mer a que s e r ecu r r a l o s nombr es de

De x t r o y M x i mo , pa r a con e l l o s au t o r i z a r f i cc iones . E n t r e l o s

c r on i s t as ces r e os que b r o t a r on e n e l p r i m er t e r c i o de l s i g l o xv i ,

f u u n o f r a y J u a n d e l i i h u e r g a , f r a i l e m n i m o , q u e c o m p u s o u n a

Coronyca de las antigedades despana dirijida al muy alto, ca-

tholico e por esso muy poderoso e ynvictissimo enperador don carlos,

Seor de las espanas y de las alemanas y de los otros rreynos y

seoros sujettos a aquellas.

E l cd i ce de l a B i b l i o t eca Nac i on a l ,

que t eng o l a v i s t a , debe de s e r e l o r i g i na l , j uz gar po r l o que

e n l a b u n d a n l o s t a c h o n e s , e n m i e n d a s y r a s p a d u r a s . A l a v u e l t a

de l a p r i mer a ho j a l l eva es t a no t a de Vi l l egas e l hag i g r a f o : ( ( E l

au t o r des t a c r n i ca b r eve de cos as de l mundo y en par t i cu l a r de

l as de es paa , f u un f r a i l e d l os de l o s mi n i mo s , como par ece

en una ca r t a que es t a l f i n de l l a , y f o l i o 8 d i ce que es s acer do t e

y p r ed i cado r r e l i g i o s o , y que l a es c r i v i s i endo e l em per a dor

car l os qu i n t o de

25

a os , y conc ur r e con e l de 1525 . es muy b r e -

ve en s u p r os ecu c i n y par e ce qu e ac i e r t a en l a que t a d e l o s

aos , q es mucho de p r ec i a r en s emej a t es ch r on i cas . e s t e es mi

par ece r , y doy l e en 18 d i as de j u l i o , ao de 1 594 , en que l a ac a -

b de l ee r s i endo de edad de 60 aos .

m A l o n s o

de Vi l l egas . ) )

C o m i e n z a e s t a c r n i c a , q u e n o es m s q u e u n a d e s o r d e n a d a

c o m p i l a c i n d e p a t r a a s p u e r i l e s , p o r u n p r l o g o q u e p r i n c i p i a :

S acr a i mper i a l y ca t h

a

ma g . C omo l as cos as de n r as es pa as

no ayan s i do menos I l u s t r es que l as d l as o t r as nac i ones , &c . ) >

E numer a en l l o s au t o r es que s i gue , y d i ce : ( ( Des pues des t os a

es t r abon , t ho l omeo , p l i n i o , l i b i o , d i odor o , d i on i s i o , o r os i o , f l o r o ,

i u s t i no , dex t e r o , don r r od r i go , t odos h i s t o r i ador es muy c l a r os , y

e l a n y o v i t e r b i e n s e , q u e a u n q u e f u e n l o s ti e m p o s p r e s e n t e s , f u

en l a cens u r a de l o s t i empos y de t odas l as h i s t o r i as de l mun do


16/182

histor iador debi de ser Dextro. A deducir lo de la

exci tac in que h izo san Jer n imo par a que imi tase

Suetonio, modelo prefer ido en las pocas de deca-

dencia , l a omnmoda h is to r ia deb ier a ser una f r ia

muy s ab i o . ) ) C i t a Dex t r o , De x t e r o com o l l e l l ama e r r an do

l a dec l i nac i n , y M x i mo , en l o s l ugar es s i gu i en t es :

Capit. treinta y dos de nesteo veynte y cinco rrey de Espaa,

y de las cosas de su, tpo.

)) des t e d i ze un h i s t o r i ado r es pa o l que en a l gu nas cos as

s i go , que f u h i j o de t u r n o y n i e t o de t e ucr o , que av i a t oma do

as s i en t o en C ar t ag ena , como a r r i ba s e d i xo . y pa r a es t o a l ega un

h i s t o r i a dor s pa o l , que yo no he pod i do ha l l a r , l l amado d ex t e r o ,

que f u h i j o de s an t pa nc i ano mr t i r , na t a l de l a c i bda t de b ar -

ce l ona . y d i ze que t u r no , h i j o de t euc r o

Capit. treinta y quatro de argantonio 2., vicessimo sptimo

rrey de espaa, y de las cosas de sus tpos.

A r g a n t o n i o S e g u n d o s u c e d i s u p a d r e , s e g u n d d e x t e r o

bar ce l ons , y r r eyn 34 aos d i ze de l q f u ma l r r ey y dado a

m u c h a c o d i c i a , t a n t o q u e d i c a u s a a l g u n o s p u e b l o s s e l e v a n -

t a s s e n e n E s p a a .

E n e l c a p t u l o s i g u i e n t e , q u e t r a t a d e l r e y E g a , d i c e : ( ( E g a

r r e i n 44 aos s egu nd des t e r o f u de l d i l uv i o 1502 d i ze

e s t e a u t o r q u e f u a m a d o r d e j u s t i c i a

,

de donde s uced i en l o s

r r egn os mucha , paz . m ur i en l a c i uda t de ca l ah or r a , f u s epu l -

t ado en una mon t aa que de s u nombr e s e d i j o e l mon t e de l r r ey

E g a , y a l p r e s e n t e s e d i c e c o r r o m p i d o d e r r e n i e g a . C i t a t a m -

b i n Des t e r o en e l cap t u l o que s i gue , ded i cado a l r ey M edon

y l a s d i s ens i ones en t r e s us s e i s h i j o s , y en e l xx xv n , qu e t i -

t u l a de l o s s e i s h i j o s de M edon q cumpl i e r on e l nmer o de t r e i n -

t a y s e i s r r eye s q en es pa a r r ey nar o d s pue s de l d i l uv i o , d i ce :

as s i que en t r e es t os s e i s h i j o s de M ed on l as es pa as d i v i d i -

das , f ue r on de l l o s y s us s ubces s o r e s pos e i d as ha s t a e l t po de l a

g r a n s e c a , c o m o a f i r m a m x i m o , a r z o b p o d e c a r a g o z a e n s u h i s t .

a l Ovo des t os p r i nc i pes a l a g r a n s eca q f u en t po de t a r qno ,

s egu nd mx i mo en s u h i s t . a l

compilacin de ancdotas, sin imaginacin, sin cr -

t ica y sin ar te. Si porque san Jernimo, dir igindose

Dextro, l lama (( tu Cicern al pr ncipe de los ora-

dor es

,

suponemos Dextro apasionado de la elocuen-

((Capit. treinta y nueve desde el tpo de la gran seca de espaa

hasta que en ella vinieron los almonides, y de las cosas de aque-

llos tpos.

J u s t i n o y t r o g o p o m p e o a f f r m a n q u e m u c h o s d e s c e n d i e n t e s

de ab i do en es t e ao r r e i nar on de l o s q l es dex t e r o nos s ea l l o s

onze que a r r i ba n i s i mos . l o s dems no s abemos qu i en f uer on en

doz i en t os aos q s uced i e r on a l o s s us od i chos h i j o s de medo n ,

has t a que v i no l a g r an s eca en es paa , adonde po r ve i n t e y s e i s

aos nun ca l l ov i , como a f f i r ma mx i m o , a r zob i s po de ca r a goza ,

y l a g e n e r a l d e s p a a , H a s t a a q u R i h u e r g a e n c u a n t o D e x -

t r o y M x i m o .

V i n o e n s e g u i d a d o n L o r e n z o d e P a d i l l a c o n s u

Catlogo de

los santos de Espaa

, i mpr e s o en T o l edo en 1538 , y t r a t and o de

S an t P anc i ano , es c r i b i :

D e x e s t e s a n c t o u n h i j o ll a m a d o D e s t e r o : c u y a d i l i g e n c i a y

s agac i dad f u t an t o , que co l i g i a l gunas h i s t o r i as de l o s an t i guos

r eyes de E s paa que f uer on en e l l a has t a l a g r an s eca .

E s cr i b i pos t e r i o r men t e c l on L or e nzo de P ad i l l a s u

Crnica de

Espaa

, y en e l l a c i t aba Dex t e r o . Al eg ndo l a t r i un f a l men t e

l os de f ens o r es de es t e c r on i cn como t es t i mon i o i r r ecus ab l e de s u

e x i s t e n c i a n t e s d e r e a p a r e c e r e n F u l d a , d o n N i c o l s A n t o n i o

q u i s o c o n o c e r l a , y e n c a r g d e s u b u s c a V z q u e z S i r u e l a , p r e -

bendado de S ev i l l a, qu i en en ca r t a f echa 24 de Ag os t o de 1655 ,

l e d i en es t os t r mi n os no t i c i a de l r es u l t ado de s us i nv es t i g a -

c i ones :

E l o r i g i na l des t a h i s t o r i a es t en e l conven t o de S an P ab l o

de C r dova ; y de a l l s ac un t r as l ado don P edr o de C r denas y

Ang u l o par a ayuda r s e en l a h i s t o r i a que i ba es c r i b i endo de l a

c a s a d e H a r o M u e r t o d o n P e d r o d e C r d e n a s , l a c o p i a s e

v e n d i u n c a b a l le r o d e la m i s m a c i u d a d , h i e r n o d e S a n c h o H u r -

t ado de l a P uen t e , e l qua l l a compr y r emi t i s u s ueg r o , e s -


17/182

ca, de las cualidades del estilo, ele las miras elevadas,

la h is tor ia unive r sa l debi tomar por p r imera vez

bajo su pluma la forma literaria que la eclesistica

tom bajo la de su contemporneo Sulpicio Severo. Si

t a n d o y o e n M a d r i d . Y c o n l a m e r c e d q u e m e h a c i a e l s e o r S a n -

c h o H u r t a d o , m e p r e s t e s t a c o p i a : y m u c h o s d i a s l a t u v e e n m i

p o d e r , d e s u e r t e q u e t u v e l u g a r d e l e e r l a t o d a y s a c a r l o s a p u n -

t a m i e n t o s q u e m e p a r e c i e r o n t i l e s , y e n t r e e l l o s p r i n c i p a l m e n t e

l o s q u e t r a t a b a n d e F l a v i o D e x t r o y s u c h r o n i c o . E s t o s s o n c i n -

c o . E l p r i m e r o e s u n a n m i n a d e a u t o r e s q u e p o n e d e s p u e s d e l a

d e d i c a t o r i a a l e m p e r a d o r C a r l o s V e l a n o d e 4 5 , c u a n d o

b a j d o n L u i s , m i s e o r , a l a A n d a l u c a , y y o s i r v i n d o l e , t r a g e

c o n m i g o e s t o s p a p e l e s , y e n S a n P a b l o d e C r d o v a v i e l o r i g i n a l

de l a h i s t o r i a y l o s co t e j con l , y en t odo s e co r r es pond an con

g r a n a j u s t a m i e n t o , s i n m a s d i v e r s i d a d q u e a d o n d e m i c o p ia t i e n e

D e x t e r o , e l o r i g i n a l d e C r d o v a d i c e D e s t e r o . A g o r a t e n g o q u e

a a d i r q u e a u r a d o s s e m a n a s q u e m i a m i g o d o n C r i s t o v a l P e r e z

C ar o h i zo unas f e r i as de c i e r t o s l i b r os , en t r e l o s qua l es v i no un

m . s . d e s t a m i s m a h i s t o r i a d e d o n L o r e n z o d e P a d i l l a , s i n e n t e n -

d e r n i e l q u e c o m p r a r a n i e l q u e v e n d a , q u c o s a f u e s s e , p o r q u e

f a l t a e l n o m b r e d e l a u t o r . M a s l u e g o q u e m e l e e n s e d o n C r i s -

t ov a l , l e conoc E s b i en an t i guo , y c r eo que de l t i emp o de l

m i s m o a u t o r , a l g o m a s c o n t r a d o y n o t a n l i m a d o , c o m o e l o r i g i -

n a l d e C r d o v a . Q u a n t o l a s n o t i c i a s d e F l a v i o D e x t r o , f a l t a l a

p r i m e r a : p o r q u e e s t e m a n u s c r i p t o n o t r a e l a n m i n a d e a u t o r e s

que en e l o t r o s e pone a l p r i nc i p i o . L os dems s e l een po r e l m i s -

m o o r d e n q u e s e h a r e f e r i d o . E s t a h i s t o r i a d e l a r c e d i a n o d e R o n -

d a s e c o m e n z i m p r i m i r : y u n p e d a z o d e l l a e s t a m p a d o t u v o e l

c o r o n i s t a d e A r a g n d o n F r a n c i s c o d e U r r e a , q u e h o y p r a e n

n u e s t r o a m i g o e l D o t o r U z t a r r o z . ) )

T e n g o l a v i s t a e s t e c u r i o s o c d i c e , p e r t e n e c i e n t e l a b i b l i o -

t e c a d e l a R o m a n a , q u e s o s p e c h o s e a e j e m p l a r n i c o , p o s e i d o p o r

U r r e a y U z t a r r o z , y e n e l c u a l a m b o s d e j a r o n h u e l l a , e l p r i m e r o

c o n a n o t a c i o n e s m a r g i n a l e s , y e l s e g u n d o f o r m a n d o l a t a b l a d e

m a t e r i a s . L o c o m p o n e n 8 4 h o j a s i m p r e s a s , p e r o d e b i e r o n s e r p o r

D E L O S F A L S O S C R O N I C O N E S .

2 3

fu amigo y un pariente de Orosio y conocedor de

sus obras, como le hace Higuera, lo probable sera

que la omnmoda historia estuviese escrita por el

sistema de san Agustn, puesto en ejecucin por

l o mnos 101 , que es l a f o l i ac i n de l a l t i ma . L as 17 que en d i -

v e r s o s l u g a r e s f a l t a n , e s t n r e e m p l a z a d a s p o r o t r a s e n b l a n c o ,

d e s t i n a d a s c o m p l e t a r e l e j e m p l a r p o r m e d i o d e c o pi a m a n u s -

c r i t a , l o que no s e ve r i f i c . C omi e nza l a c r n i ca : S . C . F l av i a

M a g e s t a d . A b r a e s p a c i o d e t r e i n t a a o s q u e e l i n v i c t i s s i m o m o -

n a r c h a C a r i o e l M x i m o , p a d r e d e V . M . ) ) , y t e r m i n a c o r t a d a

b r u s c a m e n t e e n e l r e i u a d o d e R e c e s v i n t o ( R e c i s u n d o ) . U r r e a l l e v a

l a i mpr es i n l o s aos de 1570 . Dnde s t a s e h i zo , po r qu i n ,

y p o r q u c a u s a s e s u s p e n d i , n o e s p o s i b l e d e t e r m i n a r l o . V a n s e

a h o r a l a s c i t a s q u e h a c e d e D e x t r o y M x i m o . E n l a l i s t a d e a u -

t o r e s q u e h a s e g u i d o , i n c l u y e e n t r e l o s e s p a o l e s ( ( L u c i o d e s t e -

r o . M x i m o , e n t r e S i l i o I t l ic o y J u a n A b a d .

E n e l c a p . x d e l l i b r o p r i m e r o :

D e x t e r o , v a r n y l l u s t r e E s p a o l , y P l i n i o y E s t r a b o n , h a z e n

m e n c i n d e o t r o s r e y e s q u e u v o e n l a T a r t e s i a , s u b c e s o r e s d e

A u i d o , u n o d e l o s q u a l e s f u A r g a n t o n i o , q u e d i c e D e x t e r o c o -

men zar s u r ey no acer ca de l o s 1300 aos de l Di l uv i o d i ce

Dex t e r o que r eyn c i en aos y mas , y que l e s ubced i s u h i j o

n i e t o de l mi s mo nombr e , a l o s 1400 aos de l d i l uv i o , y que no f u

s e m e j a n t e s e n l a s o b r a s a A r g a n t o n i o , p o r q u e f u e m u y a v a r o y

t i r a n o , y j u n t g r a n d e s t h e s o r o s d e o r o y p l a t a , y a p r e t d e t a l

ma ner a s us s ub d i t o s , que s e r eve l a r on a l o s 35 aos de s u r ey -

nado , que f u acer ca de l o s 1440 aos de l d i l uv i o , y cada una de

l as s i e t e c i udades cabezas de j u r i s d i cc i n s e qued s eor a de l a

t i e r r a que l e obedes c i a )>

E n e l cap . XI I de l mi s mo l i b r o :

s e g n L u c i o D e s t e r o t r a t a a c e r c a d e l o s 1 5 2 0 a o s d e l

d i l u v i o . L o s G r i e g o s q u e h a b i t a v a n l a E s p a a C e t e r i o r y M e r i -

d i o n a l a v i a n e l e g i d o R e y , q u e f u l la m a d o E g a , q f u e m u y j u s t o

y gob er n con mu cha paz y qu i e t ud s u r ey no es pac i o de 44 aos ,

a q u i e n s u b c e d i s u h i j o l l a m a d o M e d o n p o r s u m u e r t e n a c i


18/182

aquel discpulo suyo, segn sus instrucciones, y cuyo

plan ha sido el patrn por que desde entonces han

venido cor tndose las histor ias universales.

Un Dex t r o en cualqu ier a de es tas maner as hub ie-

gr a n d i v i s i n en s u R eyno en t r e t r es h i j o s que dex , que r i endo

cada uno r eynar : e s t o f ue a l os 1600 aos de l d i l uv i o , poco mas o

m e n o s . E n e s t a s a z n t r a t a D e s t e r o q u e c o m e n f l a g r a n s e q u e -

d a d e n E s p a a , q u e d u r 2 6 a o s M x i m o , ob i s p o d e g a r a g o -

za , va r n doc t o , d i ze que f u doz i en t o s ao s ade l a n t e de l o que

t r a t a Des t e r o , yo aco r d de s egu i r e l med i o que es en e l t i empo

que t r a t a Des t e r o , po r q f ue doc t i s s i mo y s upo l o que es c r i b i . ) )

C o t e j a d o s l o s a p u n t a m i e n t o s q u e t o m V z q u e z S i r u e l a d e l

t r as l ado de l cd i ce que l t en a po r e l o r i g i na l , con es t e e j empl a r

i mpr es o , r es u l t an l as mi s mas i deas en e l f ondo , pe r o en d i f e r en t e

f o r m a e x p r e s a d a s . E l c a t l o g o d e a u t o r e s q u e s i g u e e s t o r d e -

nado de d i s t i n t o modo , y des pues de l nombr e des i gna l a pa t r i a :

P a u l o O r o s i o , n a t u r a l d e T a r r a g o n a ; L u c i o D e s t e r o , n a t u r a l d e

B a r c e l o n a ; P o m p o n i o M e l a , n a t u r a l d e M e n l a r i a , e t c . ; y e n l

omi t e M x i mo . H aqu l o que s e c i t a de Dex t e r o :

L i b r o p r i m e r o , c a p .

X X V I I I :

Ace r ca de l o s 1280 aos de l Di l uv i o , d i ce Dex t e r o , va r n

i l u s t r e , r e i n a r e n E s p a a u n p r i n c i p e l l a m a d o A r g a n t o n i o . E s t e

i l u s t r i s s i m o D e x t e r o f u n a t u r a l d e B a r c e l o n a , m u y d a d o a l a s

l e t r a s y c a v a l l e r i a , y f u P r e f e c t o d e l P r e t o r i o d e l E m p e r a d o r

T h e o d o s i o S e g u n d o E s t e D e x t e r o f u m u y a m i g o d e l B i e n -

aven t u r ado s an Ger n i mo , y l e ded i c e l l i b r o que h i zo de l o s i l u s -

t r es ch r i s t i anos . E s t a ob r a que es c r i b i Dex t e r o , f u ded i cada a l

E m p e r a d o r T h e o d o s i o I I . y a l g u n a p a r t e q u e y o h e v i d o d e

c i e r t o q u a d e r n o , h a c e m e n c i n d e r e y n a r e s t e A r g a n t o n i o y o t r o s

p r i n c i p e s q u e d i c e S t r a b o n di c e q u e r e y n e s te A r g a n t o n i o

s obr e l o s T ar t es i os 150 aos . L uc i o Dex t e r o d i ce que r eyn 110 ;

y l e s u c e d i u n h i j o d l , l l a m a d o A r g a n t o n i o c o m o l : y a u n q u e

l e f u s uces o r en e l nombr e y r e i no , no l e f u s emej an t e en l o de -

mas : po r q ue l e f a l t a r on l as ob r as de l pad r e , y l o p r i nc i pa l f u

l a cod i c i a , po r que s e d i t an t o a e l l a , que echava muy con t i nuos

DE LOS FALSOS CRONICONES. 25

r a s ido ver os mi l ; per o en manos de Romn de la

Higuera qued reducido uno de esos monjes de la

edad media, que ante todo procuraban ser concisos,

pechos en s us s ubd i t o s y d i os e t an t o a l a cod i c i a , que a l l eg

gr an des t hes o r os . Y v i s t o po r l o s s uyos , que mi e n t r a s mas r i co

e r a m a s l o s s u j e t a v a c o n p e c h o s , r e b e l r o n s e c o n t r a l , d e m a -

ner a que v i n i e r on a l a s a r m as , y nunc a l o s pudo as os egar . R e i -

n es t e p r i nc i pe 35 aos . Acer ca de l o s 1420 aos de l Di l uv i o ,

d i c e D e x t e r o r e i n a r e n E s p a a u n p r i n c i p e l l a m a d o E g a . F u

m u y j u s t o y p r u d e n t e M u r i e n l a c i u d a d d e C a l a h o r r a S u -

ced i en e l r eyno s u h i j o M ed on y po r s u muer t e nac i g r an

d i v i s i n en t r e s us h i j o s ))

E l mi s mo l i b r o , cap . xx i x :

S eg n L uc i o Dex t e r o , ace r ca de l o s 1580 aos de l Di l u -

v i o , 78 aos de l a muer t e de M edon , comenz l a g r an s eca en E s -

pa a , y no l l ov i en e l l a en es pac i o de 26 aos M x i mo , que

s e i n t i t u l a o b i sp o d e Z a r a g o z a , h a c e m e n c i n d e s t a s e c a , c o m o

De x t e r o ; y no en t a l man er a como l a Gen er a l Hi s t o r i a y o t r as

c h r o n i c a s d e E s p a a , m a s d i f i e r e e n e l t i e m p o d e D e x t e r o , p o r q u e

d i ce s e r 200 aos ade l a n t e en lo s t i em pos que B r u t o pus o en

l i b e r t a d R o m a , p o r l a m u e r t e d e T a r q u i n o D e m a n e r a , q u e

s egn l a cuen t a de Dex t e r o , e s t o f u mas de 720 aos an t es de

C hr i s t o . ) )

L i b r o x i , c a p . x x i x :

(( T or na dos a r ehac er ambo s e j e r c i t o s ( r om ano y ce l t i be r o ) ,

s e d i e r on o t r a vez l a ba t a l l a ce r ca de C a l a gur r i a C a l a hor r a

,

del

q u a l p u e b l o y a h e h e c h o m e n c i n t r a t a r D e x t e r o , s e r p o b la d o m u -

chos aos an t es . ) )

E n e l m i s mo l i b r o , cap . L I , hab l ando de l o s es pao l es que f l o-

r ec i e r on en c i enc i a en t i empo de l o s r omanos

;

d i c e :

(( en t i empo de C ons t an t i no J uvenc o , c l r i go , y P ac i a no , y

des pue s s u h i j o Dex t e r o , na t u r a l de B ar ce l ona ))

T ampoco concuer dan l as c i t a s de P ad i l l a que hacen o t r os au -

t o r e s, n i l a cop i a moder na que de s u ob r a ex i s t e en l a B i b l i o t eca

N a c i o n a l , y q u e s e a p r o x i m a b a s t a n t e a l e j e m p l a r i m p r e s o , s i e n -


19/182

por que ten an que r aspar lo an ter io r mente escr i to

en el pergamino de que se servan, y sobre el cual

arrojaban descarnados apuntes de los hechos su

do de obs er var que e l cop i an t e ha omi t i do cas i s i empr e e l nom-

br e de Dex t e r o , s i n cu i dar s e de l o f a l t o de s en t i do que es t a s u -

p r es i n de j aba e l pe r i odo , y aun un a vez l e ha conver t i do en f r a -

se

,

d e e s t a m a n e r a . D i c e el o r i g i n a l : Y s e g n L u c i o D e x t e r o

t r a t a ace r ca de l o s 1520 aos de l d i l uv i o ; y t r as l ada e l cop i an -

t e : Y s egn L uc i o des t e no t r a t a , &c .

R e s u l t a , p u e s , p r i m e r o : Q u e p r i n c i p i o s d e l s i g l o x v i , u n

c r o n i s t a a n n i m o , q u e t e n a n o t i c i a d e q u e D e x t r o y M x i m o h a -

b an es c r i t o h i s t o r i as , t om s us nombr es par a ac r ed i t a r r eyes y

s uces os de des conoc i das edades , como acababa de hacer J uan

Ann i o en I t a l i a , pe r o c i t ndo l es s l o en r e f e r enc i a s i n f i ng ir s u s

o b r a s , c o m o h i z o d e s p u e s O c a m p o c o n s u J u l i n L e a s . N a d i e

l l eg ve r n i o r i g i na l n i t r as l ad o de t a l es h i s t o r i as . E n b a l de l o s

bus car on l o s de f ens o r es i mpugnador es de l o s c r on i cones . S o l a -

men t e e l nada es c r upu l os o P e l l i ce r s e a t r ev i a f i r mar que hab i a

v i s t o un e j empl a r de l a

Historia omnmoda,

c u y a t r a d u c c i n e n

l e n g u a l e m o s i n a , d i c e el m a r q u s d e A g r p o l i e n su

Discurso

por el patronato de San Frutos,

es t u vo en l a l i b r e r a de M on-

s e r r a t , de donde l a s ac don J uan de F ons eca , y en cuyo poder

l a v i don J os ep h P e l l i ce r s eg n var i as veces me ha ce r t i f i -

cado . E l que t a l ce r t i f i cab a , s e t r as co r dab a men t a . L o que

pudo ver en poder de F ons eca f u e l cd i ce E s t epano de l moder -

no Dex t r o , de l que f u pos eedor des pues de E s co l ano . S i P e l l i -

ce r hub i es e l og r ad o poner l a mano s ob r e e l Dex t e r o que b a j o l a

f e d e o t r o c r o n i s t a a n n i m o c i t a R i h u e r g a , c m o l o h a b r a u t i -

l i zado , s egn l o s t i em pos , pa r a de f en der a t aca r l o s c r on i cone s

S eg undo : Que ya en e l s i g l o xvn n o s e t en a s eg ur i dad de

cu l f ues e l a ob r a au t n t i ca de P ad i l l a , de que ya e r a muy d i f -

c i l p r ocu r a r s e cop i a , s egn nos i n f o r ma e l c i t ado M ar qus de

A g r p o l i e n s u s

Dissertaciones ecclesisticas

, donde l a s ea l a

como uno de l o s mas r a r os l i b r os que ay es c r i t o s en cas t e l l ano ,

y m e h a c o s t a d o g r a n d i s s i m a s d i l i g e n c i a s e l e n c o n t r a r l e . C o n o -

ju ic io ms in ter esan tes que hal laban en o t r os cr on i -

cones que les suger a su memoria. Dextro resucita

l lamndose Flav io Mar co Dex t r o , en vez de Mar co

c i l o P e l l i ce r , y r ehac i endo i n t e r po l an do l a p r i m er a par t e como

cuadVaba s us f ines, d i l a l a es t am pa con e l s i gu i e n t e t t u l o :

E l l i b r o p r i m er o : de l as An t i gve dad es de E s p aa que es c r i v i

d o n L o r e n c o d e P a d i l l a , A r c e d i a n o d e R o n d a , C r o n i s t a d e s u

M a g e s t a d C e s a r e a . P u b l c a l e D o n l o s e p h P e l l i c e r d e O s s a u i T o -

var , C ava l l e r o de l Or den de S an t i ago , S eor d l a C as a de P e l l i -

ce r i de Os s au , C r on i s t a may or de l R ey Nue s t r o S eor y de s u

C ons e j o . Y l e ded i ca a l E xce l en t i s s i mo s eor don M anue l de

Z u i g a i G u z m a n , d e A g a y S o t o m a y o r , D u q u e d e B e j a r i d e

M a n d a s , & c . : c o n l i c e n ci a e n V a l e n c i a , a o 1 6 6 9 . V a s e l o q u e

cuen t a de Dex t e r o e l P ad i l l a de P e l l i ce r :

C ap . v i A M ne s t eo i C am i l da , s uced i en e l r eyno

Ar-

ganthonio,

s e g n a f i r m a

Dextero,

n a t u r a l d e B a r c e l o n a , h i j o d e

s an P ac i a no , que f u var n c l a r s i mo , en l o s t i empos de T h eodo -

s i o p r i m er o : i s e d i a co l eg i r much as h i s t o r i a s , i f u mui p r i -

vado des t e mon ar ca , i hace de l menc i n e l B i enave n t u r ad o s an

Ger n i mo , i l o pone en t r e s us va r one s i l u s t r es i r eyn con

g r a n p u j a n z a 1 1 0 a o s , s e g n D e x t e r o . S u c e d i l e s u h i j o , l l a -

m a d o a s s i m i s m o

Arganthonio,

a l o s 1389 aos de l d i l uv i o E s - .

c r i ve Dex t e r o , qu e no f u s eme j an t e en l as ob r as a s u pad r e , pues

s e d i a l a des o r den ada co d i c i a , i e s pec i e de t i r an a . M ed i a n t e l o

qua l s e l e r ebe l a r on a l gun os pueb l os en E s pa a , i ovo a l gu na

d i s co r d i a en e l l a , en 34 aos que es t e p r i nc i pe r eyn . Y s egn

Dex t e r o , l e f u s uces s o r en e l r eyno s u h i j o

Egla

o E ga , a l o s 1418

aos de l d i l uv i o y l uego que comen z a r eyna r s e e j e r c i t en

pac i f i ca r l a t i e r r a , que a s u pad r e s e l e hav i a r ebe l ado R ey -

n 44 ao s , i mur i en l a c i udad de C a l a hor r a d i ce Dex t e r o

q u e f u e s e p u l t a d o e n u n a m o n t a a , c e r c a d e l a q u a l P o m p e y o

ed i f i c des pue s de s u nomb r e a

Pompelona

, que co r r up t o en l o s

de V. M . s e l l ama

Pamplona

E s t a m o n t a a , d i c e D e x t e r o , q u e

f u l l a m a d a

Eg a

, de l nom br e de es t e p r i nc i pe , que co r r up t o a l a

s azn s e l l ama

Reiniega.

S uced i l e e n e l r eyno su h i j o , l l am ado


20/182

Medon,

s e g n D e x t e r o , a l o s 1 4 7 2 a o s d e l d i l u v i o D i c e D e x -

t e r o q u e p o r m u e r t e d e

Medon,

n a s c i e r o n g r a n d e s d i sc o r d i a s y

g u e r r a s e n E s p a a , m e d i a n t e s e i s h i j o s q u e d e x : l o s q u a l e s f u e -

r o n s t o s .

Argantlionio tercero, Paledon, Bureaba, Medon segun-

do, Valion

y

Coica.

Y d e v i s a E s p a a e n s e i s p a r t e s , l o s u n o s a

l o s o t r o s h a c a n m u i c r u d a g u e r r a . L o q u a l v i s t o p o r l a r e y n a

Aorelia

, s u m a d r e , e n t r e v i n o e n t r e e l l o s , y d i v i d i l a t i e r r a e n

e s t a m a n e r a . ( A q u c o p i a d e R i h u e r g a e l i n v e n t a r i o d e l o s t e r r i -

t o r i o s q u e l a m a d r e d i c a d a c u a l , l i m p i n d o l o d e l o m s d i s -

p a r a t a d o , c o m o e s l a d e s c r i p c i n d e l e s c u d o d e a r m a s q u e c a d a

u n o a d o p t ; n a d a d e e s t o s e h a l l a e n l o s o t r o s P a d i l l a s . T e r m i -

n a d a l a p a r t i c i n , c o n t i n a e l r e l a t o . ) E s t a d i v i s i n , d i c e D e x -

t e r o q u e h i z o A o r e l i a e n t r e s u s h i j o s , l o s 1 4 9 9 a o s d e l d i l u -

v i o , i 8 1 8 a n t e s d e C h r i s t o . M a s n o c o n t e n t n d o s e c a d a u n o c o n

l a p a r t e s e a l a d a , d e s e a n d o l a t i e r r a d e l o t r o , t o r n a r o n a p r o s e -

g u i r l a g u e r r a c o m e n z a d a , l a q u a l d u r e n E s p a a e s p a c i o d e 7 8

a o s .

C a p . v i l . D i g e , p u e s , D e x t e r o , q u e a l o s 7 8 a o s y a d i c h o s

d e l a d i v i s i n d e E s p a a e n t r e l o s h i j o s d e M e d o n , q u e s e c o n -

t a r o n 1 5 7 7 d e l d i l u v i o e l j u i g i o d e D i o s v i s i t a E s p a a , i n o

l l o v i en 2 6 a o s A ce r ca d e l o s t i em p o s d e s t a s ec a , d i f i e r e

f r a y l u n d e R i h u e r g a d e l a q u e n t a d e D e x t e r o ; i a l e g a n d o c o n

Mximo, obispo de Zaragoza

, d ip e s e r 2 1 8 a o s ad e l an t e , en l o s

t i e m p o s d e T a r q u i n o e l s o b e r b i o , l t i m o r e y d e R o m a .

E l P a d i l l a d e P e l l i c e r p r i v a D e x t e r o d e l n o m b r e d e L u c i o , y

c i t a J u a n d e R i h u e r g a h a s t a d i e z y o c h o v e c e s , c u a n d o e n l o s

d e m s n i u n a s o l a s e le n o m b r a . Q u e c o n o c a P a d i l l a l a o b r a d e

R i h u e r g a e s e v i d e n t e , y d e e l l a t o m a s u s r e f e r e n c i a s D e x t e r o ,

p e r o s e g u a r d d e c i t a r l e , p o r q u e s e g u a B e r o s o , d e q u i e n P a -

d i l l a se b u r l a b a ; r a z n p o r l a c u a l l u e g o n o c i t s t e O c a m p o ,

d e c i d i d o p a r t i d a r i o d e l e n g e n d r o d e A n n i o . P e l l i c e r , a l c o n f e c c i o -

n a r y p u b l i c a r e s t e n u e v o P a d i l l a , l l e v a b a p o r o b j e t o d e s a u t o r i z a r

2 8 HI S T OR I A C R T I C A

Flav io Dex t ro , co n t ra l a co s tu mb re ro man a , q u e ,

co mo en t re n o so t ro s , h ac ia p reced er e l n o mb re p er -

sonal al genti l icio ; dedica la obra Paulo Orosio

(Hig u era ig n o rab a q u e e l p r imero d e es to s n o mb res

es una in terpretacin equivocada de la P. in icial de

presbyter) , p o rq u e h ab ia mu er to s an J e r n imo , q u ien

la dest inaba

1

. La h is toria abrazaba desde la crea-

e l c r o n i c o n d e H a u b e r t o H i s p a l e n s e , y a c r e d i t a r s u s i s t e m a d e

r e y e s p r i m i t i v o s d e E s p a a , E l m a n u s c r i t o d e q u e s e v a l i p a s a b a

t a m b i n p o r s e r e l o r i g i n a l , y e l M a r q u s d e A g r p o l i n o s h a c e

d e l l a s i g u i e n t e h i s t o r i a : s e a p l i c e l m i s m o d o n L o r e n z o

( d e P a d i l l a ) a e s c r i v i r u n a h i s t o r i a d e n u e s t r a p r o v i n c i a , d e s d e

s u p r i m e r p o b l a c i o n , c o n t i t u l o d e

Antigedades de Espaa,

c u y o

o r i g i n a l p a r e n R o d r i g o C a r o , q u e e s e l m s a n t i g u o q u e l e

c i t a m u e r t o C a r o , l e h u v o e l d o c t o r S i r u e l a , y d e s p u e s d e s u

m u e r t e , p a s s a d o n J u a n L u c a s C o r t e s , e n c u y o p o d e r l e v i ,

p o r c u y o b e n e f i c i o i m p r i m i d o n J o s e p h P e l l i c e r , e l a o p a s s a d o

d e 1 6 6 9 , e l p r i m e r l i b r o d e l o s t r e s q u e c o n t i e n e . E l c d i c e d e

R i h u e r g a , q u e e x i s t e h o y e n l a B i b l i o t e c a N a c i o n a l , s e h a l l a b a

e n t o n c e s e n l a d e l C o n d e d e V i l l a u m b r o s a , d o n d e l o d i s f r u t P e -

l l i c e r p o r i n d i c a c i n d e A g r p o l i .

R o m n d e l a H i g u e r a n o c o n o c i a R i h u e r g a , p e r o s P a d i -

l l a , y l e c i t a en u n d i s cu r s o q u e en 1 5 9 6 en v i a l a r zo b i s p o d e

G r a n a d a , d o n P e d r o d e C a s t r o , e n d e f e n s a d e l a s l m i n a s d e l S a -

c r o m o n t e , t r a y n d o l e h b i l m e n t e e n a p o y o d e s u D e x t r o . H

a q u s u s p a l a b r a s : P o r e s t e t i e m p o , a o 4 2 6 , f lo re c a F l a v i o

M a r c o D e x t r o , e s p a o l , P r e f e c t o d e l P r e t o r i o d e O r i e n t e , h i j o

d e s a n P a c i a n o , o b i s p o d e B a r c e l o n a , g r a n d e a m i g o d e s a n G e -

r n i m o : e n u n o s f r a g m e n t o s q u e s e h a l l a n d e s u

Chronico

, p o n e

e s t a v e n i d a ( l a d e S a n t i a g o ) . E s t e a u t o r t a m b i n l e h e v i s t o c i -

t ad o en l a

Historia de Espaa,

d e m a n o i m p r e s a d e d o n L o r e n z o

d e P a d i l l a , a r c e d i a n o d e R o n d a .

1

S a n J e r n i m o e s c r i b i s u li b r o

De viris illustribus

en 3 9 0 , y

e s t o n o l o p o d i a i g n o r a r H i g u e r a , p o r q u e l o t r a e B a r o n i o , c u y a

o b r a l t a n t o m a n e j a b a ; e n t o n c e s e s t a b a e s c r i t a l a h i s t o r i a d e

D e x t r o , s a n J e r n i m o m u r i e n 4 2 6 , y e n 4 3 0 s e l a d e d i c a

O r o s i o , p o r q u e a q u l h a b i a f a l l e c i d o c u a n d o y a l a t e n a d i s p u e s t a

p a r a e n v i r s e l a ; e s d e c i r, q u e d e j t r a s c u r r i r t r e i n t a y s e is a o s


21/182


cion del mun do, p ero 110 se haban en contrad o ms

q u e d o s f rag men to s (es t e s i s t ema d e f rag men to s es

d e l Bero so d e An n io ) , q u e co r resp o n d an a fo r tu n a-

damente la era cris t iana, uno del ao 36 al 348, y

otro del 350 al 430. El primer fragmento comienza

candorosamente por la venida de Santiago Espa-

a, contina por la de san Pedro y san Pablo , la

persecucin de Ne rn , la predicacin de san M ancio

en Lusitania, la fundacin de las ig les ias de Csar-

augusta y de Brcara por Santiago; noticias que

cierra una procesion de obispos barcinonenses y to-

letanos. Afecta gravemente lo serio de es te frag-

mento una dis traccin lapsus de p luma, que, s in

recordar el tes t imonio evanglico , as igna la muer-

te de la M agdalena el ao 31, sea dos ntes de

la d e Cr i s to . E l s eg u n d o f rag men to , t an ex ten so

s i n p o n e r e n e j e c u c i n s u i n t e n t o . O r o s i o n o f u a f o r t u n a d o c o n

R o m n d e l a H i g u e r a . P r i n c i p i a a s i g n n d o l e d o s p a d r e s , y a c a b a

p o r d a r l e e n e l m i s m o c r o n i c o n q u e l e d e d i c a b a , s u p o n i n d o l e

v iv o , l a n o t i c i a d e s u mu e r t e y d e l a t r a s l ac i n d e s u s r e s to s

R o m a . H a q u l a s p a l a b r a s d e D e x t r o e n l o s a o s 4 1 7 y 3 6 5 :

P a u l u s O r o s i u s , F l . L u c i i O r o s i i f i li us , c o n s a n g u i n e u s q u e

P a c i a n i p a t r i s m e i , c i v i s q u e T a r r a c o n e n s i s

) ) S . P a u l u s O r o s i u s s n i o r d e c e d i t R o m a e , e j u s e x u x o r e f il iu s

P a u l u s O r o s i u s , C a r t b a g i n e m o r t u u s , R o m a m d e l a t u s e st . ))

D i s t r a c c i o n e s d e H i g u e r a , n a c i d a s d e o l v i d r s e l e q u e d e d i c a b a

e l c r o n i c o n O r o s i o , y d e e s t a r p r e o c u p a d o c o n h a c e r l e p a r i e n t e

d e D e x t r o p o r l o F l a v i o , n a t u r a l d e T a r r a g o n a , p a r a r e s o l v e r l a

c u e s t i n d e p a t r i a , f c i l l a a m i s t a d e n t r e a m b o s p o r l a p r o x i m i -

d a d B a r c e l o n a , y p o s i b l e e l q u e m u r i e s e e n E s p a a , c a l l a n d o

q u e l a

Cartlago

d e q u e s e t r a t a b a e r a l a d e f r i c a .

como el primero es d iminuto , es en su mayor parte

una abreviacin de la crnica de Prspero de Aqui-

tania, sobre la cual borda obispos, personajes y su-

cesos de la h is toria ecles is t ica de Espaa, especial-

mente de Toledo. Desde 431 prosigue el cronicon

de Dextro , es decir, de Prspero , bajo el nombre de

Mximo, obispo cesaraugustano. Los concil ios de fi-

nes del s ig lo v i y de principios del vn nos han con-

servado con la suscripcin la m emoria del obispo M-

xim o ; san Is idoro le seala como au tor de vrias

obras , entre el las un C ompendio de la historia de los

godos, que todas se han perdido . El redivivo Mxi-

mo encabeza su obra con una carta Argebato ,

obispo portucalense, quien habia conocido en un

concil io , d iciendo que le remit a aquella como pro-

mesa cumplida, por haberle s te manifestado deseos

d e t en er u n a co n t in u ac i n d e Dex t ro .

Termin an d o l a c r n ica d e P r sp ero en 4 5 5 , Hi -

guera se ayud principalmente de Idacio , que es t ira

hasta 481, urdiendo lo res tante de su propia h i laza

1

.

La h i s to r i a u n iv ersa l s e h ace p u ramen te esp a o la ;

las leyendas locales , la fundacin de famosos mo-

nasterios to ledanos d isputan el lugar los hechos de

carcter general ; el cronis ta es actor en los sucesos

que refiere; apariencia de autenticidad imitada de al-

guno s cronicones v erdad eros y de que en adelante

i E l c r o n i co n d e I d ac io s e d e t i e n e en e l a o 4 6 9 .


22/182


n o p resc in d i r Hig u era . Mx imo se h a l l a p resen te

la muerte de Leovigildo para poder cert ificar de

su conversin; y en la ceremonia teatral que dispone

para la abjuracin de Recaredo, y fiel el cronicon

su principal objeto , consigna en el ao 575 la cele-

bridad del templo del Pi lar ((constru ido por San-

t iago.

Contina despues de Mximo el cronicon empe-

zad o co n e l n o m b re d e Dex t ro , u n En t ran d o , d i -

cono t icinense y subdicono to ledano, como Prspe-

ro d e Aq u i t an ia co n t in u d esp u es d e s an J e r n imo

la h is toria de Eusebio de Cesarea. En carta dedica-

toria Regimundo, obispo el iberi tano, que figura

ser contestacin o tra de s te, Entrando le d ice que

ha encontrado en la b ib l io teca de Fulda, donde se

halla desterrado, el cronicon de Dextro y Mximo,

que le p ide, y que conforme sus deseos, continuar

h as ta en to n ces ( era 9 6 0 ) ; q u e s e a l eg ra d e h ab er -

se l levado Ital ia, de Toledo, donde fu subdicono

bajo el arzobispo Bonito , algunos l ibros de h is toria

en que estaba por su orden la sucesin de muchos

obispos de Es pa a : l ibros que hall tambin en

aquella b ib l io teca, donados por Carlomagno, quien

los ofreci el arzobispo de Toledo Elipando, des-

pues de haber hecho gran penitencia por su error

sobre la adopcion de Cris to . (Y a vermos adelante

lo que vena es ta noticia de la penitencia de Eli-

p an d o . ) Hab ia t ro p ezad o Ro mn d e l a Hig u era , en

el Catlogo de escritores eclesisticos d e l ab ad Ju an

d e Tr i t t en h em Tr i t t emio , co n u n Eu t ran d o , d i co -

no de la ig les ia t icinense de Pava, secretario del

rey d e I t a l i a Beren g u er , q u ien s t e d es t e r r

Francfort , y entre cuyas obras ci ta el abad una di-

rig ida Reg imu ndo , obispo l iberi tano : datos so-

b rad o s p ara q u e Hig u era s i tu a ra Eu t ran d o en

Ful da, res idencia m s pr opia ele un ecles is t ico es-

tudioso que la prxima ciudad l ibre del Mein , y

para que le h iciera v iajar por Espaa; con lo cual

se explicaran sus relaciones con el obispo muzrabe

d e El ib e r i , p u es Hig u era ig n o rab a q u e Reg imu n d o

h ab ia id o d e emb ajad o r d e Ab d errh man I I I l a

co r t e d e l emp erad o r Oth o n , d o n d e co n o cer a Eu -

t ran d o (Lu i tp ran d o , o b i sp o d e Cremo n a) , q u e aq u e l

mo n arca emp leab a co mo l eg ad o . No d ab a ms q u e

un pequeo fragmento de la continuacin del croni-

con por Eutrando, que abraza desde 606, en que

concluye el de Mximo, hasta 629, y lo ms impor-

tante que en l se acredita es la venida de Mahoma

Espaa, haber s ido monje el obispo Mximo, y la

s i tuacin del monasterio Agaliense, tan controvert ida

por los h is toriadores to ledanos. Esta carta y frag-

mento s ignificaban que s i sal ia b ien la prueba, ha-

bra cronicon hasta el s ig lo x y episcopologios com-

pletos para todas las ig les ias de Espa a. Es posible

que entonces todava no supiese Higuera que el Eu-

t ran d o d e Tr i t t emio es Lu i tp ran d o . Lo s t res c ro n is -


23/182

tas , v iv iendo uno de otro tanta d is tancia como del

s ig lo v al vu y al x , guardan en la redaccin la mis-

ma forma y es t i lo .

Supo Higuera que su consocio el clebre telogo

Gab r ie l Vasq u ez , ca t ed r t i co en Alca l , p rep arab a

un trabajo sobre le herej a de Elipando, en que ten-

dra que tocar la cuest in de s i , al fin , se arrepint i

n o d e su s e r ro res . Co mu n ic le l a ca r t a d e Eu t ran -

do que resolvala duda, y Vazquez la acept s in re-

celo, aducind ola como tes t imo nio decis ivo de la

opinion que l se incl in aba, s i b ien cuid de se-

alar el conducto por donde la habia recibido

1

. Im-

preso el l ibro de Vzquez, y no habiendo nadie im-

p u g n ad o l a re fe ren c ia aq u e l d o cu men to , Hig u

Documents

Historia de Los Falsos Cronicones