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O papel da Rede de Frio na Farmacovigilância das vacinas Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações CGPNI/DEVIT/SVS/MS II Seminário Nacional de Rede de Frio 2017 12--13 Dezembro 2017

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O papel da Rede de Frio na Farmacovigilância das vacinas

Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações

CGPNI/DEVIT/SVS/MS

II Seminário Nacional de Rede de Frio 2017

12--13 Dezembro 2017

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O que faz com que um medicamento/vacina seja seguro?

A Farmacovigilância¹ (FV)

• Farmacovigilância

– Farmacovigilância de vacinas é definida como a ciência e atividades

relativas à detecção, avaliação, compreensão e comunicação de eventos

adversos pós-vacinação (EAPV) e outras questões relacionados às vacinas

ou à imunizações, e para a prevenção de eventos adversos

– Também conhecida como vigilância pós-comercialização (post-marketing),

é composta pelo mesmo processo de detecção, acompanhamento e

controle de problemas decorrentes do uso de medicamentos já legalmente

autorizados e utilizados nos estudos de fase IV

¹ Grego: pharmakon – droga; latim: vigilare – estar atento, vigiar

Fonte: CIOMS / ref OMS grupo de trabalho 2012). Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação. Ministério da Saúde. 3ª Edição,2014

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Sistema Nacional de Vigilância de

EAPV¹

Autarquia:

ANVISA*Fundação pública:

FIOCRUZ/INCQS²

Secretaria de Vigilância de Saúde - SVS

Departamento de Logística em Saúde: CENADI³

²NCQS: Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde.³CENADI: Central Nacional de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos

DEVIT Programa Nacional de Imunizações – PNI

Ministério da Saúde

¹ Evento adverso pós-vacinação

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Estrutura organizacional da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI)

Gerência Técnica de Aquisição e Distribuição de

Imunobiológicos

Gerência Técnica de Normas e

Procedimentos

Gerência Técnica de Análise e

Informação

CGPNI

Gerência Técnica de Apoio

Administrativo

Rede de frio

Vigilância de eventos adversos pós-vacinação

(VEAPV)

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Estrutura organizacional da Anvisa

GFARM

Vigilância de eventos adversos pós-vacinação

(VEAPV)

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Componentes do sistema de segurança de vacinas

– Fabricantes ou detentores de registro de medicamentos (DRM)

• laboratório produtor é o maior responsável pela segurança, efeitos e eficácia dos seus

produtos. Plano de FV: especificações de seguridade (descrição EA/sinais populações

estudadas e de risco)

– Autoridades nacionais regulatórias (ANR) independentes e competentes –

Anvisa

• Sistema regulador, registro e licenciamento, ensaios clínicos, vigilância pré e pós-licenciamento

– Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde – INCQS

• Vigilancia pré-comercialização: liberação lote a lote - Revisão de documentos, análises de

amostras, revisão de resultados

• Vigilância pós-comercialização: avaliação das condições dos produtos que passaram por

situações inadequadas de conservação devido a falhas na cadeia de frio; análises laboratoriais

podem auxiliar nas causas dos EA supostamente atribuídos aos imunobiológico

– Programas Nacionais de Imunizações – PNI

– Usuários

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Programa Nacional de Imunizações - PNI• Missão institucional precípua:

– adquirir, distribuir e normatizar o uso dos imunobiológicos

• Objetivos

– Principal: destaca-se a oferta de vacinas de qualidade a todas as pessoas,tentando alcançar altas coberturas vacinais (de forma homogênea) em todo oterritório nacional

– implantação do Sistema de Informação e consolidação dos dados de coberturavacinal em todo o país – SIPNI

• Análises e retroalimentação

– Vigilância pós-comercialização: notificação/investigação de EAPV¹

• Responsabilidades definidas nos 3 níveis

• Identificar imunobiológicos ou lotes com desvios de qualidade (ex.: produção resultando

em produtos ou lotes mais “reatogênicos” ) e decidir quanto à sua utilização ou

suspensão

• Identificar possíveis falhas no transporte, armazenamento, manuseio ou administração

(erros de imunização) e que resultem em EAPV¹

¹ Evento adverso pós-vacinação

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Importância do Sistema Nacional de Vigilância de Eventos Adversos Pós-Vacinação - SNVEAPV

• Normatizar o reconhecimento e a conduta frente aos casos suspeitos de EAPV¹

• Identificar eventos novos e ou raros/inusitados

• Estabelecer ou descartar, quando possível, a relação de causalidade com osimunobiológicos

• Avaliar de forma continuada a relação de beneficio-risco quanto ao uso dosimunobiológicos, provendo regularmente informação pertinente à segurança dosmesmos

• Assessorar os processos de capacitação ligados à área de imunizações paraavaliação, diagnóstico e conduta frente aos EAPV¹, promovendo supervisões eatualizações científicas

• Efetiva Comunicação ao público

• Processo para tomada de decisões nos casos da ocorrência de problemas com odesempenho das vacinas

• Recomendações de estudos (pesquisas): epidemiologia, efetividade e eficácia(Comitês Nacionais)

• Colaboração internacional (OPAS/OMS/GACVS²)¹ Evento adverso pós-vacinação2Organização Panamericana de Saúde/Organização Mundial da Saúde/Global Advisory Committee on Vaccine Safety

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Objetivo maior .....

Rápida, honesta e eficiente comunicação dosresultados de investigações, assegurando aintegridade dos programas de imunizações emantendo a confiabilidade dos imunobiológicosutilizados pelo PNI¹, junto à população e aosprofissionais de saúde

¹ PNI: Programa Nacional de Imunizações

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Por que os países devem ter sistemas de vigilância de EAPV¹?

• Diferentes vacinas e diferentes esquemas

• Problemas relacionados com lotes

• Problemas com a rede/cadeia de frío

• Erros de imunização (programáticos)

• Diferenças entre doenças (endemias/epidemias)

• Diferenças genéticas

• Globalização com a segurança de vacinas

• Cuidado dos pacientes

¹ Evento adverso pós-vacinação

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Instrumentos do SNVEAPV¹

• Manual de Vigilância Epidemiológica de EAPV. MS, 3ª edição, 2014

• Formulários próprios

– Notificação/investigação de evento adversos pós-vacinação

– Registro de Desvio de Qualidade em Imunobiológico (s)

• Sistemas informatizados de notificação

– Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações - SIPNI

• Módulo - Eventos Adversos Pós-Vacinação – SIEAPV

Formulário próprio de registro de ocorrência diversas de desvio de

qualidade no(s) imunobiológicos(s) -> em desenvolvimento no SIPNI

– Anvisa - NOTIVISA

¹ Sistema nacional de vigilância de eventos adversos pós-vacinação

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Formulário de notificação/investigação EAPV

Fonte: SIPNI/SIEAPV/DATASUS/MS

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Formulário de Registro de Desvio de Qualidade em Imunobiológico (s)¹

Fonte: CGPNI/SVS/MS

¹Em fase de implantação no SIPNI

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SIPNI/SIEAPV módulo on-line

Acesso ao sistemahttp://sipni.datasus.gov.br/si-pni-web

Registro de desvio de qualidade

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Acesso ao sistema http://portal.anvisa.gov.br/notivisa

O Notivisa é um sistemainformatizado desenvolvido pelaAnvisa para receber notificaçõesde incidentes, eventos adversos(EA) e queixas técnicas(QT) relacionadas ao uso deprodutos e de serviços sobvigilância sanitária

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Sistema nacional de vigilância de eventos adversos pós-vacinação (SNVEAPV) – fluxograma de informações

* PT Conjunta SVS/Anvisa nº 92, 9/10/2008CIFAVI: Comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de Vacinas e outros Imunobiológicos

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Eventos adversos pós-vacinação - EAPV

EAPV é qualquer ocorrência médica indesejada após vacinação e

que, não necessariamente, possui uma relação causal com o uso

de uma vacina ou outro imunobiológico (imunoglobulinas e

soros)

Um EAPV pode ser qualquer evento indesejável ou não intencional, isto é,

sintoma, doença ou um achado laboratorial anormal

Fonte: Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação. Ministério da Saúde. 2014

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Porque acontecem os EAPV ?

1. Fatores relacionados à vacina: inclui o tipo (viva ou inativada), a cepa, o

meio de cultura dos microrganismos, o processo de inativação ou

atenuação, adjuvantes, estabilizadores ou substâncias conservadoras, o lote

da vacina

2. Fatores relacionados aos vacinados: idade, sexo, número de doses e datas

das doses anteriores da vacina, eventos adversos às doses prévias, doenças

concomitantes, doenças alérgicas, autoimunidade, deficiência imunológica

3. Fatores relacionados à administração: agulhas e seringas, local de

inoculação, via de inoculação (vacinação intradérmica, subcutânea ou

intramuscular

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Classificação dos EAPV de acordo com a relação causal¹

1. Reação inerente ao produto

EAPV causado ou precipitado pela vacina ou por um ou mais de seuscomponentes: imunógenos, adjuvantes, conservantes, outros (albumina,gelatina, proteínas do ovo, leveduras, formaldeído, etc

2. Reação inerente à qualidade do produto

EAPV causado ou precipitado por desvio (alteração) de qualidade² de uma vacina,incluindo as embalagens (ampolas, frascos, frasco-ampola, etc) e acessórios(agulhas, conta-gotas, diluente, seringas, etc) utilizados para administração dasmesmas

3. Erros de imunização

4. Reação de ansiedade associada à vacinação

5. Coincidentes

¹ Manual de VEAPV. MS, 2014²Desvio de qualidade: é o afastamento dos parâmetros de qualidade estabelecidos para um produto ou processo (RDC Anvisa

17/2010)

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Erros de imunização (EI)

• Vacinação segura é um componente crítico dos programas de imunizaçõesbem sucedidos. É parte fundamental para assegurar que a administração dosimunobiológicos seja segura e eficaz

• EI é qualquer evento que pode causar ou levar ao uso inadequado deimunobiológicos e ou danos ao paciente

Tais eventos podem estar relacionados à prática profissional, ao manuseio,prescrições, armazenamento, distribuição e ou administração inadequadas,portanto, são evitáveis/preveníveis

– As práticas adequadas, desde o produtor até a administração de vacinas,soros e imunoglobulinas, garantem o sucesso e a credibilidade dosprogramas de imunização

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Erros de imunização

• É essencial que as vacinas sejam utilizadas de acordo com suasindicações, contraindicações, dosagens, condições dearmazenamento, procedimentos de reconstituição descritas em bula,dentre outros

• Os erros de imunização, consequentes de atitudes ou procedimentosnão cumpridos conforme estabelecidos nas normas, por si só ou emconjunto, podem causar redução ou falta do efeito esperado eeventos adversos graves e até fatais

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Erros de imunização

• Podem estar relacionados:

– os produtos para a saúde

– procedimentos e sistemas, incluindo prescrição, orientaçãoverbal

– rotulagem, embalagem e nomenclatura de produtosindustrializados e manipulados

– distribuição e dispensação

– administração, monitorização e uso

– com a prática profissional (educação e capacitação)

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Relação de fatores que caracterizam os erros de imunização

1. Produção

2. Rede de frio

3. Manipulação e administração

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1. Produção • O não cumprimento das boas práticas de fabricação pode levar a um desvio de

qualidade como alterações de potência (quantidade inferior e qualidade dosmicrorganismos e menor resposta imunológica), aumento de reatogenicidade(alterações na esterilidade), dentre outros

http://who.int/biologicals/vaccines/en/

Boas práticas de produção (BPP) RDC Anvisa nº 33/2015

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2. Rede de frio

É o processo que compreende o transporte, armazenamento,acondicionamento, distribuição, controle de temperatura, alteraçõesde coloração, turvação, manipulação de produtos, desde olaboratório produtor até o momento em que a vacina éadministrada, em condições adequadas de temperatura

Dentro da faixa de temperatura de + 2 ° C a 8 ° C do local defabricação ao ponto de administração

Alterações da temperatura (excesso de frio ou calor) podemcomprometer a potência imunogênica da vacina,desencadearem reações locais ou sistêmicas decorrentes dealterações das condições físicas como aglutinação deexcipientes a base de alumínio

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Transporte adequado

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Armazenamento

CENADI

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SALA DE VACINA

Extramuros

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EI¹ - transporte e armazenamento

1. A cadeia de frio e a sensibilidade térmica das vacinas

• As vacinas, em comum com todas as substâncias biológicas, degradam ao longo dotempo e, se armazenadas fora da faixa de temperatura recomendada, podem perderrapidamente a sua potência

• Exposição a temperaturas extremas, frio, luz solar ou a luz fluorescente podeacelerar ainda mais esse processo e, uma vez que a potência foi perdida, não podeser restaurada

• Exposições repetidas a mudanças de temperatura (por exemplo, porta de geladeiraé aberta frequentemente) também tem efeito prejudicial sobre a potência da vacinadurante um período de tempo e, como tal, também pode encurtar vida média damesma

• Prazos de validade: demonstrou-se que quanto mais perto da data de expiração davalidade o produto torna-se mais vulnerável à degradação

Fonte: Vaccine Incident Guidance – Actions to take in response to vaccine errors. Public Health England, 2012¹ EI = Erros de imunizações

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Continuação

2. Contaminação bacteriana

• Os frascos congelados podem desenvolver fissuras invisíveis a olho nudevido à expansão em volume e contaminação bacteriana pode ocorreratravés dessas fissuras, levando a um aumento risco de reações locais,abscessos e até quadro de sepses após administração

3. Alterações organolépticas e físico-químicas

• Mudanças de coloração

• Mudanças de odor

• Turbidez

• Precipitação

• Dificuldades de solubilização (pó liófilo)

• Dificuldades de homogeneização

• Formação de gases

Fonte: Vaccine Incident Guidance – Actions to take in response to vaccine errors. Public Health England, 2012

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3. Manuseio e administração

• Erros de manuseio (conservação de temperatura, transporte earmazenamento inadequado)

• Erros de administração

– Tipo de imunobiológico utilizado

– Erros de reconstituição, uso incorreto de diluentes, administração deoutros produtos que não sejam vacinas e/ou diluentes, preenchimentode seringas e tamanho de agulhas

– Má técnica de aplicação

• Erros Intervalo inadequado entre doses

• Validade vencida

• Erros de prescrição ou indicações (fora da idade recomendada)

• Ausência de avaliação de contraindicações ou precauções

• Outros: descrever detalhadamente o(s) erro(s) de imunização

Fonte: Ficha de notificação/investigação – SIPNI/SIEAPV

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EI Eventos previstos

Utilização de seringas ou agulhascontaminadas

Infecções como abscesso localizados no localde aplicação, sepse, síndrome do choquetóxico ou morte, Infecções transmitidas pelosangue: hepatite B, HIV

Vacinas ou diluentes contaminadosInfecções como abscesso localizados no localde aplicação, sepse, síndrome do choquetóxico ou morte

Utilização de vacinas com prazos devalidade vencidos

Falha vacinal (ineficaz)

Reconstituição com diluente incorreto Abscesso por agitação incorreta

Troca da vacina/diluente por outrofármaco/medicamento

Evento adverso de outro fármaco, porexemplo, insulina

Exemplos

EI = Erros de imunizações

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Três idosos são internados com quadro de infecção após

tomarem vacina contra a gripe

Infecção em idosos apósvacina interdita unidade desaúde

“Não tinha tempo de lavaras mãos entre as vacinas”,diz enfermeira

Fonte: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/tres-idosos-sao-internados-com-quadro-de-infeccao-apos-tomarem-vacina-contra-a-gripe-em-curitiba.ghtml

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Enfermeira aplica insulina em vez de vacina contra gripe em 50 pacientes

Fonte: http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,enfermeira-aplica-insulina-em-vez-de-vacina-contra-gripe,10000047307

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Erros técnicos

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Enormes desafios ...

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Vacina BCG-ID

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EI: Impactos incluem:

Possíveis danos aos vacinados: ocorrência de EA e proteçãoimunológica inadequada – falha vacinal

Redução da confiança do público em geral, ao sistema desaúde, programas de imunizações e vacinas

Aumento de custos: revacinação necessária, tempo deserviço dos profissionais

Processos judiciais

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Acredita-se que ninguém quer errar.....

Todo programa de

imunizações deve garantir a

segurança nas atividades de

vacinação e estar preparado

para responder a qualquer

dúvida da população.

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Investigação de cluster de EI

Conclusão INCQS

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www.saude.gov.br/svsDisque Saúde - 136

Disque Notifica

0800-644-6645

[email protected]

Muito obrigada pela atenção...

[email protected]